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LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
PROVA DE REDAÇÃO E DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIASPROVA DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
SIMULADO ENEM
2014
19993854
Instituição de ensino:
Aluno:
2° DIA
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém a Proposta de Redação e 90 questões numeradas de 91 a 180, dispostas da seguinte maneira:
a. as questões de número 91 a 135 são relativas à área de Linguagens, Códigos e sua Tecnologias;
b. as questões de número 136 a 180 são relativas à área de Matemática e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 91 a 95 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida.
2 Verifi que, no CARTÃO-RESPOSTA e na FOLHA DE REDAÇÃO, que se encontra no verso do CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.
3 Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfi ca de tinta preta.
4 Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.
5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão.
6 No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação
em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
7 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
8 Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO--RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
9 Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
10 Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO--RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
11 Você somente poderá deixar o local de prova após decorridas duas horas do início da sua aplicação.
12 Você será excluído do exame caso:
a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie;
b. se ausente da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO--RESPOSTA antes do prazo estabelecido;
c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas;
d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal.
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 3
ProPosta de redação
Com base na leitura dos textos a seguir e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, escreva um texto dissertativo--argumentativo em norma -padrão da língua portuguesa sobre o tema: animais domésticos: responsabilidades e cuidados. Apresente uma proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defender o seu ponto de vista.
abandono de animais cresce até 1 000% nas férias
no período entre dezembro e janeiro – meses de férias de verão –, o número de animais domésticos abandonados
cresce até 1 000%, segundo dados da associação Protetora de animais são francisco de assis (apasfa). a entidade
recebe nesta época do ano até 50 denúncias diárias de maus ‑tratos e abandono de animais em todo o brasil, contra uma
média de cinco nos outros meses do ano.
Luiz Scalea, 40 anos, gerente administrativo da associação, afirma que dois tipos de crimes comuns são cometidos por parte
dos proprietários dos animais, principalmente nestes meses.
“Um crime comum é a família inteira viajar por um período longo. Parte dessas pessoas têm os animais como objetos. Aban-
donam os bichos na rua e justificam aos filhos pequenos dizendo que na volta das férias outro será comprado. Abandonar um
animal é crime”, diz.
Segundo ele, outra prática comum é deixar os animais trancafiados em casas ou apartamentos, apenas com um pouco de
comida e água, que se esgotam rapidamente.
“Quem tem um animal doméstico em casa precisa começar a tratar os bichos como membros da família. Saber que eles vão
viver de dez a 15 anos e que ele sente fome, dor e frio como cada um de nós”, diz.
Extraído do site: <http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI2214446-EI306,00-Abandono+de+animais+cresce+ate+nas+ferias.html>. Acesso em: 30 jul. 2014
associação Prevê um comércio de r$ 15,4 bi em Pet shoPs
O comércio de produtos para animais de estimação movimentou mais de R$ 14 bilhões em 2012 e colocou o Brasil no posto
de segundo lugar no faturamento mundial, atrás dos Estados Unidos.
As informações foram divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet),
que discute hoje (12) os desafios do setor no Brasil e no exterior.
Segundo a Abinpet, a tributação do setor no Brasil neste ano deve atingir R$ 15,4 bilhões, um aumento de 8,1% sobre 2012.
A associação calcula que, com uma redução da carga tributária em 20%, o crescimento do setor poderia chegar a 12,2%,
alcançando R$ 23,1 bilhões apenas neste ano.
A associação destacou que o país é o quarto no ranking de população de animais de estimação no mundo, de acordo com
os dados de 2012, e representa 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
No encontro, participam representantes dos ministérios da Agropecuária e Abastecimento, das Relações Exteriores, do
Desenvolvimento da Indústria e Comércio, além de parlamentares e entidades setoriais.
O Brasil ainda tem um grande potencial de comercialização de comida para animais que é inexplorado pelo mercado. Se-
gundo a apuração deste ano, o consumo médio diário de alimento completo para cães e gatos é de 4,4 milhões de toneladas
e o abastecimento industrial de 2,3 milhões.
[…]
Associação prevê um comércio de R$ 15,4 bi em pet shops. Agência Brasil, 12 nov. 2013. Extraído do site: <http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-11-12/associacao-preve-um-comercio-de-r-154-bi-em-produtos-de-pet-shop-em-2013>. Acesso em: 22 jul. 2014.
iniciativas Públicas defendem animais abandonados
Os animais abandonados nas ruas das cidades têm cada vez mais recebido ajuda de ONGs e governantes. Um bom exemplo
pode ser observado na cidade de Araquari, em Santa Catarina. Desde julho de 2014, os moradores da cidade que adotarem um
animal abandonado receberão um desconto de até 50% por ano no IPTU.
O programa prevê visitas de equipes do governo que fiscalizem e avaliem os adotantes em relação aos cuidados dispensados
aos animais, sob o risco de cancelar o benefício de desconto no IPTU para quem for pego maltratando os pets.
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 4
Uma ONG da cidade também atua na iniciativa, vacinando e castrando os animais recolhidos nas ruas. O governo da
cidade já prevê outras políticas em prol dos animais abandonados: realizará campanhas de conscientização e ações de
castração gratuita.
Fonte: <http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/06/prefeitura-vai-dar-desconto-no-iptu-para-quem-adotar-animal-de-rua.html>. 04 jun. 2014. Acesso em 13 ago. 2014.
Orientações
1. O texto deve ser escrito em prosa e conter, no máximo, 30 linhas.
2. O texto deve conter, no mínimo, 7 linhas. Não se esqueça de que um texto completo deve apresentar: introdução, desenvolvimento e conclusão.
3. Os textos apresentados possuem caráter motivador; os alunos não precisam, necessariamente, fazer alusão a eles em sua redação.
4. A redação que apresentar cópia dos textos da proposta terá o trecho copiado desconsiderado para efeito de correção.
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 5
linguagens, códigos e suas tecnologias
Questões de 91 a 135Questões de 91 a 95 (opção inglês)
QUESTÃO 91
facebook to launch ‘i´m a voter’ feature
worldwide after india election success
Facebook users in the EU, Colombia, South Korea, Indonesia,
New Zealand and Brazil will all be able to broadcast their status
as voters
Facebook is rolling out its “I’m a voter” feature worldwide,
after the app’s success in the Indian elections in early May.
More than four million Indian voters clicked the button,
registering that they had voted during the country’s parliamentary
elections, according to Reuters. Thanks to that success, the
company is rolling the feature out for a number of upcoming
elections.
Facebook users in the EU, Colombia, South Korea,
Indonesia, New Zealand and Brazil will all have the option to
broadcast their status as voters. […]
The feature was first introduced for the 2010 US mid-term
elections, and by 2012, more than nine million voters had clicked
it to report that they had taken part in the US presidential election.
Now that the feature is active worldwide, Facebook estimates
that a third of its active users will see the message in their news
feeds at some point this year – more than 400 million people.
[…]
According to a study published in Nature by UCSD professor
James Fowler, the “social, non-partisan ‘get out the vote’
message” had such a strong effect that 60,000 people who
directly saw it will have been encouraged to vote. A further
280,000 users who saw the message when it was shared by
their friends were also motivated to vote. “The social network
yielded an additional four voters for every one voter that was
directly mobilized,” Fowler said.
HERN, Alex. Facebook to launch ‘I’m a voter’ feature worldwide after India election success. Extraído do site: <http://www.theguardian.com/technology/2014/may/20/facebook-launch-im-
a-voter-worldwide-india>. Acesso em: 14 jul. 2014.
De acordo com a notícia, o Facebook irá disponibilizar um re-curso para seus usuários da União Europeia, Brasil, Colômbia, entre outros países do mundo, durante o período de eleições. Esse recurso, lançado em 2010, foi um sucesso na Índia recen-temente, bem como nas eleições de 2012 nos Estados Unidos. Por meio dele os usuários poderão publicar para outros usuários do Facebook:
A que eles participam da eleição.
B que eles são contra a eleição.
C em quem eles votaram na eleição.
D quem eles desejam que ganhe a eleição.
E quem são seus candidatos favoritos.
QUESTÃO 92
Calvin and Hobbes, de Bill Watterson. Disponível em: <www.gocomics.com/calvinandhobbes/#.U57RGvldWSp>. Acesso em: 14 jul. 2014.
Nesta tirinha de Calvin e Hobbes, de Bill Watterson, Calvin diz que sua vida está passando diante de seus olhos porque:
A ele poderia ter se machucado gravemente no acidente de carro.
B seus pais irão “matá-lo” após saberem que ele bateu o carro deles.
C ele pegou o carro antes de completar 16 anos de idade.
D seus pais nunca iriam imaginar que ele fosse bater o carro.
E seus pais confiavam demais nele e ele os decepcionou.
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LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 6
QUESTÃO 93
live text
Argentina (1) 2 – 1 (0) Bosnia-Herzegovina
Sead Kolasinac 3 o. g. Vedad Ibisevic 84
Lionel Messi 65
Marcos Rojo 25 Emir Spahic 63
87:03 Play continues after Sergio Romero takes the goal kick.
SUBSTITUTION
86:50 Right-footed shot by Haris Medunjanin. Lucas Biglia joins the action as a substitute, replacing Sergio Aguero.
85:23 The ball is swung over by Gonzalo Higuain. Clearance by Ermin Bicakcic.
GOAL
83:57 Effort from 25 yards by Edin Visca. Save by Sergio Romero. Senad Lulic provided the assist for the goal. Shot by Vedad Ibisec from 12 yards. Goal scored by Vedad Ibisevic from inside the penalty area the left low.
Argentina v Bosnia LIVE: Minute-by-minute updates from World Cup Group F Clash. Disponível em: <www.express.co.uk/sport/worldcup2014/482621/Argentina-v-Bosnia-LIVE-
Minute-by-minute-updates-from-World-Cup-Group-F-clash>. Acesso em: 14 jul. 2014.
Para as pessoas que não podem acompanhar uma partida de futebol pela televisão ou pelo rádio, existem sites na inter-net que informam os lances dela minuto a minuto. Na imagem acima, temos os lances finais da partida entre Argentina e Bósnia-Herzegovina pela Copa do Mundo de 2014, que termi-nou com a vitória do time argentino. Aos 83:57, a equipe da Bósnia conseguiu marcar o seu gol, que foi feito por:
A Edin Visca em um chute de longa distância no canto inferior esquerdo.
B Senad Lulic, que acertou o canto inferior esquerdo após o passe de seu companheiro.
C Vedad Ibisevic, que, de pênalti, acertou o chute no canto in-ferior esquerdo.
D Senad Lulic, que errou o passe dentro da área do pênalti e acabou acertando o gol.
E Vedad Ibisevic, que recebeu a bola pelo lado esquerdo e acer-tou o fundo do gol.
QUESTÃO 94
USA 2-2 Portugal: World Cup 2014 – as it happened. Disponível em: <www.theguardian.com/football/2014/jun/22/usa-v-portugal-world-cup-2014-live>.
Acesso em: 14 jul. 2014.
A Copa do Mundo de 2014 mobilizou o povo norte-americano, que acompanhou os jogos da seleção dos Estados Unidos como nunca antes em uma Copa. Em seu Twitter, o jornalista
norte-americano Russell Lewis, do NPR News, fez um comentá-rio sobre o jogo dos Estados Unidos contra Portugal, realizado em Manaus. Nesse comentário, ele afirma que não consegue descrever:
A a felicidade da torcida dentro do estádio quando os EUA fize-ram os dois gols.
B o quanto a torcida gosta do jogador Clint Dempsey, que fez o segundo gol.
C o ambiente fora do estádio em Manaus quando os EUA fizeram o segundo gol.
D a emoção da torcida quando Dempsey marcou o segundo gol dos EUA.
E o quanto os jogadores comemoraram dentro de campo o segundo gol.
QUESTÃO 95
sales advisor – computing sales
Bolton, Greater Manchester
£6.35 to increase dependant on training completion
Helping customers have a great experience in the store and finding the right products for them. You will do this by understanding their needs, asking the right questions, sharing your passion and knowledge and bringing products to life.
All jobs from: DIXONS RETAIL.
Extraído do site: <http://jobs.theguardian.com/jobs/sales/>.
A imagem acima mostra um anúncio de empregos para a em-presa Dixons Retail. De acordo com o anúncio, o candidato deve:
A ajudar na criação de produtos para a empresa.
B fazer pesquisas de satisfação do cliente enquanto ele estiver na loja.
C entender do que o cliente necessita e ajudá-lo a encontrar o produto ideal.
D mostrar ao cliente que os produtos da Dixons Retail são os melhores.
E fazer com que o cliente compre o produto que o funcionário acha melhor.
Questões de 91 a 135Questões de 91 a 96 (opção espanhol)
QUESTÃO 91
infancia del revés
[…]
Imagínese usted el mundo al revés. Imagínese mañana
mismo, a las ocho de la mañana. Cuando se dispone a llevar a
su hijo o a su hija a la escuela, descubre que no carga sobre la
espalda una mochila, sino un emplomado pico y una pala. No
una pala de playa, sino de las de verdad, de las que doblan la
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 7
espalda y cuartean los dedos. Y cuando va a ayudarle a cruzar
la calle ve usted dibujadas en sus manos grietas de duras horas
de trabajo bajo el sol. No puede creerlo cuando escucha “voy a
trabajar”, con ese tono responsable que se le pone a los críos
de 10 años acostumbrados a llevar a casa un sueldo todos los
meses. “Esto es el mundo al revés”, piensa usted extrañado.
Al revés, según desde dónde se mire. Para Juan Huachaca,
un niño peruano de 10 años que trabaja haciendo ladrillos en
Huachipa, una localidad del extrarradio de Lima (Perú), este
es el pan de cada día. Para él y para los 168 millones de
niños y niñas que acuden cada mañana a su trabajo, según la
Organización Internacional del Trabajo (OIT).
[…]
DEL BERRO, Fernando. Infancia del revés. Elpais.com, 11 jun. 2014. Extraído do site: <http://elpais.com/elpais/2014/06/10/planeta_futuro/1402419505_829394.html>.
Acesso em: 17 jul. 2014.
Nos textos de opinião, geralmente publicados em jornais, revis-tas e blogs, o título costuma nos dar indícios do tema que será tratado nos parágrafos que o seguem. Nesse texto, a palavra revés, que aparece no título, é usada também em Esto es el mundo al revés e em al revés, según desde dónde se mire. Essa ratificação tem por objetivo:
A chamar a atenção do leitor para o fato de existirem crianças que não vão à escola todos os dias como seus filhos.
B demonstrar descontentamento com a (OIT), que permite que crianças peruanas trabalhem a partir dos 10 anos de idade.
C evidenciar que existem crianças em todo o mundo que aju-dam a sustentar suas casas com seu trabalho e que isso é o contrário de uma infância feliz a que todos têm direito.
D criticar a (OIT), que, embora saiba que existem ao menos 168 milhões de crianças em todo o mundo que trabalham, nada faz para mudar essa realidade.
E chamar a atenção do leitor para a história do menino peruano, que teve o direito à educação e ao desenvolvimento saudável podado por pessoas que acreditam que o desenvolvimento econômico é mais importante.
QUESTÃO 92
Gaturro, Nik
De acordo com a personagem Gaturro, o porquê de a aliança ser colocada no dedo anelar tem a ver com o fato de que, após o casamento:
A anular as vontades do parceiro é algo frequente na relação, e as negativas tornam-se recorrentes no dia a dia.
B os noivos sabem que suas vontades devem ser reprimidas em função das vontades do outro.
C os noivos fazem poucas concessões um ao outro, anulando a relação em decorrência de tantos “nãos”.
D negar as vontades do parceiro é algo corriqueiro, portanto a aliança não poderia ser usada em outro dedo senão o “anular”.
E geralmente a esposa deixa de sair com suas amigas e de fazer compras, enquanto o marido deixa de assistir aos seus programas preferidos em decorrência das negativas comuns ao casamento.
QUESTÃO 93
si tu te vas
Si tú te vas,te llevarás mi corazón.Y yo sin tiya no sé por dónde ir.
Si tú te vas,nunca te podré olvidarMe quedo aquísólo pensando en ti.[…]Mis lágrimas hacen un mar.Nadaré sin descansaresperando tu llegar.Y es que estoyimaginándome el finaly me da miedo pensarque algún día llegarási tú te vas.
[…]IGLESIAS, Henrique. Extraído do site: <http://letras.mus.br/enrique-iglesias/18782/>.
Acesso em: 17 jul. 2014.
Na letra dessa canção, o eu lírico demonstra medo de um acontecimento futuro, expressado especialmente por orações condicionais. Um trecho representativo desse medo está em:
A Si tú te vas / te llevarás mi corazón.
B Me quedo aquí / sólo pensando en ti.
C Mis lágrimas hacen un mar.
D Nadaré sin descansar / esperando tu llegar.
E Y es que estoy / imaginándome el final.
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LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 8
QUESTÃO 94
¿te gustaría ser Parte de game of thrones?
¡Atención! Es posible aparecer en el próximo libro de la saga
Canción de Hielo y Fuego, el libro en el que se basa la serie
Game of Thrones. Pagando la suma de 20 mil dólares, claro.
Mirá todo lo que ofrece George R. R. Martin, su escritor, para
que lo ayuden a salvar a un albergue de animales…
george martin es un reconocido novelista de fantasía
y ciencia ficción. Y el que creó esos mundos que todos
conocemos a través de la televisión y el furor de got. Resulta
que este hombre, de 65 años, quiere colaborar con wild spirit
wolf, una organización que cuida lobos en Nueva México.
Empecinado con recaudar dinero para que estos animales vivan
sanos y fuertes, Martin creó una causa de Crowdfounding – el
sistema de financiamiento colectivo, como lo es idea.me – en
el que ofrece distintos premios tales como:
– Por 350 dólares te llevás mapas de Westeros y libros
firmados por Martin.
– Por 4 500 dólares, una copia del guión del primer episodio
de Game of Thrones firmada por todos los actores.
– Por 7 500 dólares, un sombrero usado por el propio escritor
ó la posibilidad de visitar el santuario de lobos en cuestión junto
con Martin, además de tomar un desayuno junto a él.
– El premio más importante es, pagando 20 000 dólares,
que aparezcas en el próximo libro de la saga. Con nada menos
que esa suma, Martin creará un personaje con tu nombre y
vos podés elegir tu cargo y status social. Eso sí, el autor se
reserva la forma en la que vas a intervenir en la serie y en cómo
será tu muerte. Sólo hay dos premios como éste, esperando
por un personaje hombre y una mujer.
¿Te gustaría ser parte de Game of Thrones? Extraído do site: <www.metro951.com/2014/06/te-gustaria-ser-parte-de-game-of-thrones/>.
Acesso em: 17 jul. 2014.
Os textos jornalísticos que relatam fatos considerados de inte-resse do público em geral, como esse financiamento coletivo promovido pelo autor de Game of Thrones, necessitam de uma linguagem clara e objetiva para não dar margem a múltiplas interpretações por parte do leitor. Nesse texto, o uso do “voseo”, pronome pessoal usado em algumas partes da América Latina:
A é parte da intenção do jornalista de se aproximar do leitor e persuadi-lo a colaborar com a campanha de ajuda aos lobos promovida por George Martin.
B não aparece no título da notícia, pois, por não se tratar de forma culta, poderia não chamar a atenção do leitor a participar da campanha.
C acontece por se tratar de um convite para que o leitor participe da campanha de George Martin e, por ser um chamado, não caberia usar a linguagem formal.
D apresenta-se de maneira irônica, com a intenção de causar graça no leitor ao ler que é possível fazer parte de uma das séries de livros mais vendidos na atualidade.
E é a representação da forma como fala o autor da notícia e também seus leitores; ao dar um caráter mais informal ao texto, aproxima-se de seu interlocutor.
QUESTÃO 95
cien años de soledad
[…]
Para esa época, Melquíades había envejecido con una rapidez asombrosa. En sus primeros viajes parecía tener la misma edad de José Arcadio Buendía. Pero mientras éste conservaba su fuerza descomunal, que le permitía derribar un caballo agarrándolo por las orejas, el gitano parecía estragado por una dolencia tenaz. Era, en realidad, el resultado de múltiples y raras enfermedades contraídas en sus incontables viajes alrededor del mundo. Según él mismo le contó a José Arcadio Buendía mientras lo ayudaba a montar el laboratorio, la muerte lo seguía a todas partes, husmeándole los pantalones, pero sin decidirse a darle el zarpazo final. Era un fugitivo de cuantas plagas y catástrofes habían flagelado al género humano. Sobrevivió a la pelagra en Persia, al escorbuto en el archipiélago de Malasia, a la lepra en Alejandría, al beriberi en el Japón, a la peste bubónica en Madagascar, al terremoto de Sicilia y a un naufragio multitudinario en el estrecho de Magallanes. Aquel ser prodigioso que decía poseer las claves de Nostradamus, era un hombre lúgubre, envuelto en un aura triste, con una mirada asiática que parecía conocer el otro lado de las cosas. Usaba un sombrero grande y negro, como las alas extendidas de un cuervo, y un chaleco de terciopelo patinado por el verdín de los siglos. Pero a pesar de su inmensa sabiduría y de su ámbito misterioso, tenía un peso humano, una condición terrestre que lo mantenía enredado en los minúsculos problemas de la vida cotidiana. […]
MÁRQUEZ, Gabriel García. Cien años de soledad. Extraído do site: <www.literatura.us/garciamarquez/soledad1.html>. Acesso em: 17 jul. 2014.
Um dos elementos mais usados na literatura é a hipérbole, figu-ra de linguagem que consiste em exagerar uma ideia de forma dramática. Gabriel García Márquez, em Cien años de soledad, uma das obras mais importantes da literatura mundial, utiliza -a para narrar de maneira mágica a vida da família Buendía, as-sim como do povoado onde viviam. No trecho apresentado, encontramos esse elemento em:
A Para esa época, Melquíades había envejecido con una rapidez asombrosa.
B Pero mientras éste conservaba su fuerza descomunal, que le permitía derribar un caballo agarrándolo por las orejas.
C Era, en realidad, el resultado de múltiples y raras enfermedades contraídas en sus incontables viajes alrededor del mundo.
D Sobrevivió a la pelagra en Persia, al escorbuto en el archipiélago de Malasia, a la lepra en Alejandría.
E envuelto en un aura triste, con una mirada asiática que parecía conocer el otro lado de las cosas.
Texto para as questões 96 e 97.
ode triunfal
À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábricaTenho febre e escrevo.Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 9
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
[…]
CAMPOS, Álvaro de. Extraído do site: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/jp000011.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2014.
O trem cruz vermelha passando uma vila, de Gino Severini, 1915.
QUESTÃO 96
Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa, é um poeta futurista, admirador do progresso e das transformações vividas pelas cidades no início do século XX. Tal fascinação faz o eu lírico exaltar a nova realidade, trazendo para o poema:
A referências a um passado glorioso, que, no momento de sua escrita, o fazem pensar quanto seu país se desenvolveu.
B elementos inéditos da poesia universal, tais como o barulho das máquinas e a luminosidade das lâmpadas elétricas.
C sons de máquinas que, de tão ensurdecedores, são capazes de deixá-lo doente, mesmo que ele as admire de longe.
D a forma fixa praticada pelos antigos poetas, porém com um tema novo, que eles não tiveram a oportunidade de admirar.
E uma metodologia empírica de usar os sentidos para conseguir extrair o sentimento humano de objetos inanimados, como as máquinas.
QUESTÃO 97
O Futurismo, movimento artístico do início do século XX, ex-pressou-se tanto nas artes visuais quanto na literatura. Sua principal característica é rejeitar o passado e exaltar o presente, o moderno, o novo. Ainda que possuam linguagens artísticas diferentes, o poema do português Álvaro de Campos e o qua-
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dro do italiano Gino Severini assemelham-se do ponto de vista futurista, uma vez que ambos expressam a ideia de:
A agressividade das máquinas modernas, que rangem e avan-çam passando por cima de seu criador, o homem.
B velocidade que as máquinas trazem à vida moderna, seja nas fábricas dentro da cidade, seja nos trens a vapor no campo.
C incapacidade humana perante a superioridade das máqui-nas, pois agora são as fábricas e os trens que levam adiante a civilização.
D enfermidade ocasionada pelas máquinas, que passaram a dominar o campo e a cidade em detrimento da saúde do homem.
E virilidade que as máquinas trazem ao homem, transformando-o em um só ser que avança para o futuro.
QUESTÃO 98
[…] Na lenta maturação da nossa personalidade nacio-
nal, a princípio não nos destacávamos espiritualmente dos
nossos pais portugueses. Mas, à medida que fomos tomando
consciên cia da nossa diversidade, a eles nos opusemos, num
esforço de autoafirmação, enquanto, do seu lado, eles nos
opunham certos excessos de autoridade ou desprezo, como
quem sofre ressentimento ao ver afirmar-se com autonomia
um fruto seu. A fase culminante da nossa afirmação – a Inde-
pendência política e o nacionalismo literário do Romantismo
– se processou por meio de verdadeira negação dos valores
portugueses, até que a autoconfiança do amadurecimento
nos levasse a superar, no velho diálogo, esta fase de rebeldia.
Tomada de consciência, portanto, como rebeldia de um lado
e despeitado menosprezo de outro. […]
Na verdade, esse longo e por vezes áspero diálogo de
família apresenta outros aspectos, se, ainda aqui, passarmos
da atitude literária para o mecanismo profundo das influências
e das trocas culturais. Pode-se mesmo dizer que a nossa re-
beldia estereotipada contra o Português, representando um
recurso de autodefinição, recobria no fundo um fascínio e
uma dependência. Todo o nosso século XIX, apesar da imita-
ção francesa e inglesa, depende literariamente de Portugal,
através de onde recebíamos não raro o exemplo e o tom da
referida imitação. Quando o diálogo se despoja da sua as-
pereza, amainando-se em mesuras acadêmicas, convênios
ortográficos, exaltações e louvores recíprocos, na retórica sen-
timental e vazia das missões culturais (estamos descrevendo
o que se passa no século XX), podemos ver que a influência
morreu, praticamente, tanto é verdade que a vida se nutre das
tensões e dos conflitos.
CANDIDO, Antonio. Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: ___. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2006. Extraído do site: <www.fecra.edu.br/admin/arquivos/
Antonio_Candido_-_Literatura_e_Sociedade.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2014.
O texto trata de um período fundamental na formação da literatura nacional, cada vez mais desenvolvida a partir da Semana de Arte Moderna de 1922. Segundo o autor, o
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Romantismo teve participação determinante nesse processo, pois promoveu:
A a independência do país em relação a Portugal, não apenas po-lítica, mas também artística, o que gerou conflitos de interesses.
B uma tentativa de ruptura dos autores brasileiros com a literatura portuguesa, que não se concretizou dada a ligação natural entre os dois países.
C a tomada de consciência dos autores brasileiros a respeito da cultura nacional, embora ainda estivessem bastante ligados às influências europeias.
D o estreitamento do diálogo entre os autores europeus e os brasi-leiros, estes historicamente carentes de boas influências artísticas.
E a sobreposição da cultura europeia presente no Brasil, que passou a ser um país dedicado à sua própria cultura.
QUESTÃO 99
criança diz cada uma…
[…]
Aninha já estava com dois anos. Loira, linda. Nunca tinha cortado o cabelo. Era amarelo-ouro e cacheado. Parecia um anjinho barroco.
Lá um dia, a mãe pega uma enorme tesoura e resolve dar um trato na cabeça da criança, pois as melenas já estavam nos ombros. Chama a menina, que chega ressabiada, olhando a cintilante tesoura.
– Mamãe vai cortar a cabelinho da Aninha.
Aninha olha para a tesoura, se apavora.
– Não quero, não quero, não quero!!!
– Não dói nada…
– Não quero!, já disse.
E sai correndo. A mãe sai correndo atrás. Com a tesoura na mão. A muito custo, consegue tirar a filha que estava debaixo da cama, chorando, temendo o pior. Consola a filha. Sentam -se na cama. Dá um tempo. A menina para de chorar. Mas não tira o olho da tesoura.
– Olha, meu amor, a mamãe promete cortar só dois dedinhos.
Aninha abre as duas mãos, já submissa, desata o choro,
perguntando, olhando para a enorme tesoura e para a própria
mãozinha:
– Quais deles, mãe?
PRATA, Mario. Criança diz cada uma… Extraído do site: <http://marioprata.net/cronicas/crianca-diz-cada-uma/>. Acesso em: 18 jul. 2014.
Nessa crônica, o autor relata uma situação vivida por uma criança e suas declarações inusitadas. No trecho reproduzido, Aninha foge da mãe, pois não quer cortar o cabelo. A pergunta da menina, ao final do texto, revela que ela, por ser muito criança:
A fingiu desentender o que a mãe dizia para fugir do corte de cabelo.
B gostaria de saber quais dedos para ter ideia da quantidade de cabelo que seria cortado.
C não entendeu o significado de uma conhecida expressão idiomática.
D tenta escapar do corte fazendo drama para sua mãe.
E abre mão de seus dedos para conservar suas belas melenas.
QUESTÃO 100
Os alunos, principalmente aqueles das séries iniciais, de-
monstram seus sentimentos através do corpo, de suas feições.
A expressão corporal é uma fonte de aprendizado e também
uma forma de comunicação. […]
SILVA, Renata Nunes da. Expressão corporal na educação: a dança como instrumento crítico/criativo no processo de ensino-aprendizagem. Extraído do site:
<www.facevv.edu.br/Revista/08/Artigo10.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2014.
Ao alinharem-se as formas naturais de expressão das crianças às maneiras de educá-las, entende-se que:
A crianças pequenas não demonstram sentimentos precisos.
B a comunicação de crianças acontece quando aprendem a falar.
C a expressão corporal na educação deve ser uma prática pedagógica.
D os professores devem se preocupar pouco com expressões corporais infantis.
E não se deve valorizar a imaginação de crianças, pois ela não é real.
QUESTÃO 101
O desenvolvimento de alguma capacidade física (qualidades motoras treináveis) faz a realização do movimento pretendi-do ocorrer da melhor forma possível, evitando desperdício de energia. A principal capacidade física do movimento realizado pelas pessoas da imagem é:
A a agilidade, que permite a mudança de direção do corpo o mais rápido possível ou uma boa “velocidade de troca de direção”.
B a resistência, que permite efetuar um esforço por tempo prolon-gado, suportando a fadiga e tendo uma recuperação rápida.
C a coordenação motora, que permite executar uma sequência de exercícios de forma coordenada.
D o equilíbrio, que permite a ação de vários músculos ao mesmo tempo, com o objetivo de sustentar o corpo sobre uma base.
E a velocidade, que permite aos músculos realizarem movi-mentos rápidos e explosivos no menor tempo possível.
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QUESTÃO 102
[…] a vigorexia caracteriza-se pela distorção da autoima-
gem do corpo voltada para a questão da força. Os indivíduos
vigoréxicos usualmente se descrevem como fracos, pequenos,
mesmo tendo desenvolvido musculatura acima da média. O
resultado é que acabam desenvolvendo a dependência pelo
exercício físico e uma espécie de obsessão pelo corpo mus-
culoso, uma vez que nunca se satisfazem com a condição em
que se encontram, ou seja, nunca se sentem suficientemente
fortes ou musculosos.
[…]FERRARI, Juliana Spinelli. Vigorexia. Extraído do site: <www.brasilescola.com/
psicologia/vigorexia.htm>. Acesso em: 14 jul. 2014.
A preocupação excessiva com a massa muscular compreen-de inúmeras alterações comportamentais significativas na rotina, como:
A períodos cada vez menores na academia, pois, quanto mais curto e mais intenso o treino, melhor.
B diminuição dos pesos nos exercícios para obter cada vez mais resistência muscular.
C uso de suplementos caros e dietas com alimentos funcionais para não precisar de anabolizantes.
D períodos cada vez maiores na academia, devido à liberação de endorfinas, causando dependência.
E sentir-se bem quando, por algum motivo, não puder treinar, pois admite a importância do descanso.
QUESTÃO 103
a arte de esculPir
Considerada uma arte clássica, a escultura representa ima-gens em relevo, sejam elas de seres vivos ou inanimados. Nesse trabalho, podem ser utilizados os mais diversos mate-riais, como a madeira, o mármore, o bronze, a cera e a argila. A escultura acompanha o desenvolvimento do homem desde a Pré-História, período em que ainda não havia a ideia dos objetos como obras de arte, como representações artísticas. Assim, a escultura se apresentava como um amuleto, ou seja,
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um objeto mágico cuja função era proteger ou preservar o seu guardião de algum possível mal.
Vênus de Willendorf – Período Paleolítico.
A Vênus de Willendorf foi descoberta na Áustria e sua ori-gem remete ao período Paleolítico. Considerando a ideia da escultura como um amuleto, pode-se dizer que a Vênus de Willendorf, com suas formas avantajadas, representa:
A a força de que os homens pré-históricos dependiam para so-breviver, uma vez que a caça e a coleta eram os seus únicos meios de sobrevivência.
B a longevidade, uma vez que se destacam na imagem as ca-racterísticas de um ser humano de mais idade.
C a fragilidade da saúde dos povos pré-históricos, pois a escul-tura apresenta deformidades comuns àquele período.
D a fertilidade da figura feminina, registrada no exagero dos seios, ventre e quadril.
E a beleza estereotipada do período, que valorizava apenas as mulheres mais obesas.
QUESTÃO 104
texto i
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.
[…]
ANDRADE, Mario de. Macunaíma. Extraído do site: <http://download.baixatudo.globo.com/docs/Macunaima.pdf>.
Acesso em: 17 jul. 2014.
texto ii
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no hori-
zonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos
mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe
de palmeira.
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O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a bauni-lha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
[…]
ALENCAR, José de. Iracema. Extraído do site: <www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000136.pdf>.
Acesso em: 17 jul. 2014.
O projeto modernista de Mario de Andrade procurava alicerces na literatura tradicional para construir uma literatura genuina-mente nacional. Nesse sentido, a alusão ao romance Iracema tem a intenção de:
A retomar a forma romântica de narrar, que o modernista consi-derava melhor que a sua.
B desconstruir um mito gerado na formação literária brasileira: o do índio como selvagem.
C denunciar o preconceito contra o índio nutrido pelas escolas literárias anteriores.
D aproveitar o texto já escrito para construir sua paráfrase, apli-cada ao novo século.
E resgatar a imagem do índio na formação do povo brasileiro, mas sem a idealização romântica.
QUESTÃO 105
Procura da Poesia
Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.A
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso [a efusão lírica.
[…]
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
[…]
ANDRADE, Carlos Drummond de. Procura da poesia. In: ___. A rosa do povo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
A poesia é, antes de tudo, uma forma de expressão, não ape-nas de sentimentos, mas também de opiniões e críticas. O poema Procura da poesia, de Carlos Drummond de Andrade, é uma pequena poética do autor, demonstrando a opinião dele a respeito de como se deve escrever poesia. Ele orienta os poetas sobre:
A os temas que não devem ser tratados, como os acontecimentos banais do cotidiano.
B a facilidade de se fazer poemas sobre a natureza, pois ela é estática.
C a melhor maneira de falar sobre os próprios sentimentos, tema fundamental na poesia.
D a importância da escrita compromissada com a situação social dos menos favorecidos.
E o valor das palavras rebuscadas, que apresentam significados mais completos.
QUESTÃO 106
No conto “A menina de lá”, que integra a obra “Primeiras Es-
tórias”, o autor João Guimarães Rosa nos apresenta a história da
personagem Nhinhinha. Propomos focar esta narrativa a partir
da seguinte questão: será o Homem um ser de linguagem que
só existiria a partir do momento em que conseguisse estabelecer
uma comunicação com o Outro e com o Universo ao seu redor?
E se o Outro não compreende a mensagem estabelecida… Esta
inabilidade estaria na linguagem? O fato é que, de acordo com
a escritura, esta menina de nem quatro anos, Nhinhinha – cuja
grafia do nome já indicia sua “pequenez” –, revela a dificuldade da
criança ao deparar-se com a necessidade de comunicação com
o Outro, ou melhor, com o Universo ao seu redor. O Universo das
coisas nomeadas. Neste conto de João Guimarães Rosa, a perso-
nagem principal personifica a relação da criança com o poético.
[…]CARNIAL, Luciana. A palavra transformadora em “A menina de lá”. Kalíope. São Paulo, ano 4, n. 2, jul./dez. 2008. Extraído do site: <http://revistas.pucsp.br/index.php/kaliope/
article/view/3814/2484>. Acesso em: 17 jul. 2014.
A obra crítica tem como objetivo analisar o conto A menina de lá, de João Guimarães Rosa. Segundo o excerto apre-sentado, o conto guarda características que extrapolam a sua leitura, pois permite reflexões acerca:
A da comunicação humana, principalmente na relação das crian-ças com o universo das palavras.
B do universo metafísico, expresso no advérbio “lá” presente no título do conto.
C da construção de personagens cujos nomes revelam sua re-lação com a realidade.
D da palavra pequenez, revelada no nome da menina e no título do conto.
E do elemento poético presente em todo o texto literário, tornando o conto metalinguístico.
QUESTÃO 107
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Armandinho é uma personagem conhecida pela sinceridade e pela ingenuidade próprias de uma criança. Na tirinha, o menino fica desapontado ao parar diante de uma árvore cortada. A reação de Armandinho ao ver a pequena planta deixa implícito que o menino:
A é ingênuo por não reconhecer que o desmatamento é uma realidade e que uma erva daninha não pode revelar a espe-rança de que esse quadro seja reversível.
B possui uma consciência diante dos problemas sociais do mun-do e espera revertê-los combatendo o desmatamento com o plantio de mudas.
C demonstra uma inocência diante de um problema de amplitude global e não entende que a planta é pequena demais perto das consequências do desmatamento.
D possui consciência ambiental e esperança de que ainda é possível reverter os efeitos das agressões ao meio ambiente.
E entende que o desmatamento é um problema grave e ameaça a todos que não compreendem as consequências das agres-sões ao meio ambiente.
QUESTÃO 108
introdução
[…] O objetivo de Aventuras orientais é fornecer uma am-
pla lista de opções – classes de personagens, raças, classes
de prestígio, perícias e talentos, armas, armaduras e outros
equipamentos, itens mágicos, monstros e mais monstros – que
você será capaz de usar para jogar Dungeons & dragons numa
campanha baseada nas fantasias, mitos e lendas da Ásia. […]
Mistério e magia. A Ásia fantástica não é mais ou menos
exótica e misteriosa do que qualquer outra fantasia. Mas, se
o seu gosto em fantasia é jogar com os samurais honrados,
monges tatuados, ninjas, animais metamorfose, magos espa-
dachins que podem correr sobre árvores, dragões serpentinos,
vampiros saltadores e duelos… bem, você deve encontrar o
suficiente aqui para abastecê-lo de ideias para a criação de
suas personagens. […]
WYATT, James. Dungeons & dragons: aventuras orientais. Trad. Cassio Myiassaki e Claudio Antonio Fernandes. São Paulo: Devir, 2005. p. 5.
O excerto acima é a introdução de um livro especializado em jogos de interpretação, caracterizados por serem jogos nos quais todos participam da construção da aventura, considerada uma criação coletiva.
Pela leitura do trecho e pelas características desses jogos, fica implícito que o texto é uma introdução a um livro:
A de curiosidade, no qual se pretende apresentar as caracterís-ticas mais marcantes desses jogos e os objetivos do jogo.
B narrativo, pois pretende explicar o jogo e suas regras pela própria construção do jogo e de suas personagens principais.
C argumentativo, no qual se pretende dissertar a respeito da contribuição desse tipo de jogo para a criatividade dos jovens.
D instrucional, no qual se pretende oferecer opções e instruções para a criação da aventura e de suas personagens.
E histórico, por apresentar o percurso do jogo no decorrer dos séculos, mostrando a construção das personagens de hoje em oposição às antigas.
QUESTÃO 109
O cartaz anterior faz parte de uma campanha da prefeitura da cidade de São Paulo para valorizar e incentivar o transporte coletivo. A imagem e a frase de destaque complementam- -se, pois:
A a feição do homem demonstra que o cidadão não sabe o que o acorrenta: o carro, que representa o trânsito. Por esse motivo, não há como a campanha atingir o seu objetivo.
B o carro acorrentado à perna do homem evidencia o motivo pelo qual o cidadão se sente preso: o trânsito. O incentivo ao uso do transporte coletivo é uma tentativa de diminuir a frota de carros na cidade.
C demonstram que, de tão dependente do carro, o cidadão aca-ba perdendo tempo preso no trânsito, já que não sabe utilizar o transporte coletivo. A campanha tem como papel divulgar esse meio.
D constituem uma contradição, uma vez que está explícito o que prende o cidadão: o trânsito. A campanha tem como objetivo diminuir a circulação de carros nos horários de pico.
E criam uma relação metonímica na qual o carro simboliza o maior problema de São Paulo: o trânsito. A feição do homem é a representação da reação do cidadão diante do caos.
QUESTÃO 110
o retirante exPlica ao leitor Quem é e a Que vai
– O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
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deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
[…]
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
[…]
MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida Severina. Extraído do site: <www.culturabrasil.pro.br/joaocabraldemelonetoo.htm>. Acesso em: 23 jul. 2014.
A poesia da terceira geração modernista investe em temas sociais e na linguagem simples e direta. Na realidade em que vive o eu lírico do poema Morte e vida Severina, o nome próprio torna-se desimportante, transformando-se em:
A adjetivo, pois indica que a condição de pobreza se espalha pela região.
B verbo, pois indica a ação do sertanejo de buscar melhores condições de vida.
C advérbio, pois indica as circunstâncias do local em que estão os personagens.
D pronome, pois indica a substituição do indivíduo pelo coletivo.
E numeral, pois indica a quantidade de pessoas com o mesmo nome.
QUESTÃO 111
O cartaz acima é uma propaganda de sopa instantânea. A imagem do homem acorrentado em um trilho de trem e a do herói em pó associam-se ao (à):
A fato de que uma situação de perigo necessita de uma rápida solução, podendo ser comemorada depois com uma sopa.
B modo de preparo da sopa, que deve ser consumida sempre em momentos de tensão por conter propriedades fitoterápicas.
C fato de a sopa ser de rápido preparo, diferentemente da si-tuação demonstrada no cartaz, inverossímil e impossível de acontecer.
D forma de consumo da sopa, que exige pouco tempo de preparo, tão pequeno quanto o do preparo e treinamento de um herói.
E slogan Resolva rápido, demonstrando uma situação que pre-cisa de uma rápida solução, aludindo ao modo de preparo da sopa.
QUESTÃO 112
Bem maior que a vida
O recurso de linguagem que confere uma dimensão mítica às
narrativas literárias
A “linguagem elevada” é aquele registro narrativo que usa
um tom especial para descrever situações, dando aos fatos uma
estatura mítica, aquela proporção que às vezes chamamos de
“maior que a vida real”. Aparece com frequência em romances
históricos ou em romances de fantasia heroica no estilo de
J. R. R. Tolkien, e envolve uma mistura de elementos, que às
vezes remete às crônicas medievais, às novelas de cavalaria,
à Bíblia, à poesia épica.
[…]
A descrição heroica de personagens da história pede essa
linguagem que aumenta, amplia, projeta para dimensões im-
pressionantes os menores fatos.
[…]
O vocabulário, as repetições que sugerem a dicção bíblica
ou poética, a estranheza do ambiente, tudo isto produz o efeito
de uma linguagem acima da linguagem comum para descrever
um ambiente extraordinário.
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[…]
A linguagem elevada cria uma tensão interna em si própria
que lhe dá um poder quase musical, quase hipnótico, e sua
verossimilhança passa a se transferir para a música verbal que
produz, deixando em segundo plano a plausibilidade ou não
dos fatos que relata.
[…]
TAVARES, Braulio. Bem maior que a vida. Extraído do site: <http://revistalingua.uol.com.br/textos/100/bem-maior-que-a-vida-304520-1.asp>.
Acesso em: 18 jul. 2014.
A linguagem elevada é dada como característica primordial para as narrativas literárias. Segundo o autor, essa linguagem cria uma narrativa “maior que a vida real”, pois:
A transcende a verossimilhança, produzindo um efeito fantásti-co e extraordinário, que se sobrepõe àquilo que é tido como plausível e passível de acontecer.
B aumenta a descrição das personagens, deixando em segundo plano os fatos e feitos do herói, transformando em mito toda a narrativa.
C constrói uma esfera mítica dos fatos, que se propõe a cuidar da verossimilhança em detrimento da linguagem, uma vez que esta é fantasiosa demais.
D o vocabulário rebuscado e a descrição superficial das perso-nagens reduzem a verossimilhança, favorecendo uma narrativa mais próxima da realidade.
E o ambiente extraordinário distancia-se da realidade, indo além do que é considerado verossímil, sobrepondo-se ao elemento mítico da narração.
QUESTÃO 113
insônia
Considerando que oito horas de sono são o ideal para uma
pessoa, quase oito horas de sono devem ser quase o ideal. É
lógico. Então, se eu conseguir dormir até a meia-noite e acordar
amanhã às sete e vinte, está ótimo. Ou quase ótimo. Vou acordar
feliz, bem-disposta, capaz, praticamente recuperada. Se eu dor-
mir até a meia-noite. Ainda tenho cinco minutos. Cinco minutos
é tempo de sobra pra uma pessoa pegar no sono, quer ver?
Vou pegar no sono em cinco minutos. Boa noite. Estou quase
dormindo. Quase. Dormi. Não dormi? Acho que não. Mas vou
dormir agora. Senão os pensamentos começam a entrar na mi-
nha cabeça e aí, minha filha, nunca mais. Um pensamento puxa
outro, que puxa outro, parece até que pensamento tem corda. O
negócio é não deixar entrar o primeiro, tá vendo? Foi só começar
a pensar em não pensar e quando eu vi já estava pensando em
pensamento com corda. E de corda pra acorda é um pulo. […]
FALCÃO, Adriana. Insônia. Extraído do site: <http://veja.abril.com.br/vejarj/161002/cronica.html>. Acesso em: 18 jul. 2014.
Nesse trecho da crônica, é possível observar diversas expres-sões características da oralidade, ou seja, de uma linguagem mais espontânea. O uso dessa linguagem justifica-se pelo fato de que:
A a personagem está com muito sono e não consegue perceber os deslizes cometidos na construção de seu texto.
B a organização das ideias é metódica e calculista; por isso, a linguagem precisaria ser mais leve e informal para se entender o que a personagem diz.
C o texto é o relato de um sonho confuso, no qual a personagem sonha conversar consigo mesma, provocando a sensação de insônia.
D a personagem está acometida pela insônia e, por esse motivo, é incapaz de utilizar a linguagem culta para adequar o seu discurso.
E a narrativa acontece na hora de dormir, ou seja, um momento informal da personagem e do fluxo de consciência.
QUESTÃO 114
Palavras Que soam mal
Uma mácula na produção textual certamente é a ocorrência
de cacófatos. Os professores de Língua Portuguesa têm fé
demais que os alunos passem a evitar esse tipo de construção,
tendo em vista o surgimento de sons desagradáveis e palavras
que nada tem a ver com o texto e o seu contexto.
Somente no primeiro parágrafo deste texto, podemos ob-
servar dois exemplos de cacófatos: “Uma mácula” (mamá) e
“Fé demais” (fede). Esses exemplos foram colocados conscien-
temente, mas a maioria dos cacófatos nasce de uma redação
desatenta ou até mesmo por falta de conhecimentos gramati-
cais que permitam outras formas de se dizer a mesma coisa.
Embora os textos ainda transmitam as mensagens deseja-
das pelo autor, a escrita poderia ser melhorada. Em vez de “uma
mácula”, poderíamos usar “um problema”, “um equívoco”, “uma
ocorrência desagradável” e outras opções. Para “Fé demais”
a solução é ainda mais simples: “muita fé”.
Júlio C. Silva
Nesse artigo, o autor manifesta-se a respeito de cacofonias. A construção de seu texto e a articulação de seus argumentos revelam um posicionamento:
A de repúdio, indicando que o autor que não percebe esse fe-nômeno não sabe fazer bom uso da linguagem, pois prejudica a sintaxe do texto.
B crítico, indicando que tal ocorrência soa mal, é desnecessária e prejudica a leitura do texto.
C incoerente, pois é possível encontrar problemas como esse logo no título de seu artigo.
D agressivo, uma vez que utiliza palavras fortes e impróprias para um artigo de opinião.
E pouco científico, por se servir de juízos de valor para avaliar a presença da cacofonia sem utilizar qualquer embasamento teórico que indique a existência de prejuízo na leitura.
QUESTÃO 115
no domínio do futebolês
Dicionário coleciona termos do esporte surgidos entre os anos
30 e 90, além de expressões atuais em português e inglês
Ninguém espera um “jogador bonde” em campo pela
seleção brasileira contra a Croácia no jogo de abertura da
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Copa, em 12 de junho. Muito menos que se descubra algum
“caldeirão” no mundial da Fifa. Se você não entendeu estas
duas expressões é porque elas ficaram de escanteio em algum
momento do passado recente. Mas “jogador bonde” era, nos
anos 1930 e 40, aquele atleta que passava a jogar não tão
bem quanto antes. E o “caldeirão” era, na década de 50, um
esquema para subornar algum jogador.
Estas e outras expressões compõem o novo Dicionário
de Futebolês, coletânea de verbetes do universo do futebol
em produção desde 2011 por um grupo de pesquisado-
res do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Futebol
e Modalidades Lúdicas (Ludens), da Universidade de São
Paulo (USP).
O projeto é dividido em duas partes. Uma, histórica,
apresenta termos em português que surgiram entre os anos
30 e 90 – alguns não mais usados, como “jogador bonde”
e “caldeirão”. A outra parte, bilíngue, traz palavras atuais
equivalentes entre o português e o inglês, o que pode ser
útil a brasileiros e estrangeiros se entenderem durante as
transmissões dos jogos.
PLOENNES, Camila. No domínio do futebolês. Extraído do site: <http://revistalingua.uol.com.br/textos/103/no-dominio-do-futeboles-311345-1.asp>.
Acesso em: 18 jul. 2014.
O texto acima evidencia um fenômeno conhecido: a variação linguística. O Dicionário de Futebolês é uma publicação inte-ressante aos curiosos sobre futebol e evidencia as variantes:
A geográfica, por apresentar as gírias de determinada região do país, e social, por demonstrar vocabulário restrito a um determinado grupo.
B situacional, por trazer as gírias em uso no universo do futebol, e histórica, por apresentar expressões surgidas no decorrer do século.
C histórica, por apresentar expressões que surgiram no decorrer das décadas, e social, por apresentar as gírias de determinado grupo.
D de gênero, por apresentar gírias do universo masculino, e geo-gráfica, por apresentar gírias ligadas ao futebol surgidas na cidade de São Paulo.
E regional, por apresentar expressões restritas ao Brasil, e so-cial, por demonstrar o grau de informalidade dos vocabulários relativos ao futebol.
QUESTÃO 116
“Sempre que me acontece alguma coisa importante, está
ventando”, costumava dizer Ana Terra. Mas, entre todos os dias
ventosos de sua vida, um havia que lhe ficara para sempre na
memória, pois o que sucedera nele tivera a força de mudar-lhe
a sorte por completo. Mas em que dia da semana tinha aquilo
acontecido? Em que mês? Em que ano? Bom, devia ter sido em
1777: ela se lembrava bem porque esse fora o ano da expulsão
dos castelhanos do território do Continente. Mas, na estância
onde Ana vivia com os pais e os dois irmãos, ninguém sabia
ler, e mesmo naquele fim de mundo não existia calendário
nem relógio. Eles guardavam na memória os dias da semana;
viam as horas pela posição do sol; calculavam a passagem
dos meses pelas fases da lua; e era o cheiro do ar, o aspecto
das árvores e a temperatura que lhes diziam das estações do
ano. Ana Terra era capaz de jurar que aquilo acontecera na
primavera, porque o vento andava bem doido, empurrando
grandes nuvens brancas no céu, os pessegueiros estavam
floridos e as árvores que o inverno despira se enchiam outra
vez de brotos verdes.
[…]
VERISSIMO, Erico. Ana Terra. Extraído do site: <www.companhiadasletras.com.br/trecho.php?codigo=12039>.
Acesso em: 18 jul. 2014.
O excerto é parte da obra Ana Terra, de Erico Verissimo. O romance reconstitui um momento histórico do sul do Brasil, no século XVIII. Naquele tempo, nem todos tinham acesso a relógios e calendários. Pela leitura do trecho, pode-se afirmar que a passagem do tempo era:
A marcada por fatos históricos importantes, associados aos problemas familiares surgidos na vida das pessoas daquela época.
B impossível de ser determinada, uma vez que não existiam instrumentos precisos de medição e registro da passagem das horas.
C incerta, pois dependia exclusivamente das variantes da natu-reza, que oscilavam ano a ano.
D marcada por elementos e fenômenos da natureza, tendo tam-bém fatos históricos como ponto de referência.
E impossível de ser definida, pelo fato de que a vegetação muda-va de acordo com as fases do ano, criando uma inconstância na paisagem.
QUESTÃO 117
seleção com muita certeza. cairia bem Pitada
de dúvida
[…]
[…] Convicção aos borbotões breca a sabedoria. Os an-
tigos gregos – não o Greco aqui – recomendavam ao homem
sempre levar na algibeira (hoje seria na mochila ou na bolsa)
uma pitada de dúvida.
A incerteza, o questionamento, as avaliações de prós e
contras de qualquer questão, nos colocam em alerta, estimulam
o pensamento, levam à criatividade. E, por extensão, condu-
zem à luz. Bacana. Meus antepassados remotos eram bons
de filosofia. Um deles advertia, num diálogo pelas praças ate-
nienses: “Só os cretinos não têm dúvidas”. Ao que o discípulo
perguntava: “Tem certeza?”. A resposta, irônica: “Não tenho
dúvida alguma”.
Felipão é inteligente e espero que tenha pulguinha atrás
da orelha a cutucar-lhe e impeça que ostente decisões irre-
vogáveis. Tomara fique a matutar, por exemplo, como recorrer
a Willian, destaque nos treinos, pela velocidade e passes, ou
como apelar para Hernanes, o reserva que mais entra. Ou como
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 17
aproveitar a fase goleadora de Marcelo. Enfim, que não flerte
com a inércia.
GRECO, Antero. Seleção com muita certeza. Cairia bem pitada de dúvida. Extraído do site: <http://esportes.estadao.com.br/noticias/geral,selecao-com-
muita-certeza-cairia-bem-pitada-de-duvida-imp-,1504028>. Acesso em: 18 jul. 2014.
O trecho é parte de uma crônica de opinião. Nela, o autor res-salta a importância da dúvida para o estímulo ao pensamento. O título do texto e a forma como o autor organiza suas ideias deixam implícito que:
A a seleção está repleta de dúvidas e, por isso, necessita de um pouco mais de confiança, motivo pelo qual o autor provoca o técnico Felipão.
B o excesso de confiança por parte dos jogadores pode esti-mular o desempenho da seleção e, por esse motivo, o autor aconselha que se tenha cautela assim como os antigos gregos.
C há um sentimento excessivo de confiança na seleção brasileira e, por esse motivo, o autor faz uma provocação incentivando um pouco de dúvida.
D a confiança em abundância provoca incertezas e dúvidas, objeto da provocação e da advertência do autor.
E a ironia do autor decorre do fato de que há uma excessiva confiança na seleção brasileira, mesmo com todas as dúvidas que pairam na cabeça do técnico Felipão.
QUESTÃO 118
[…]
Quanto à moça, ela vive num limbo impessoal, sem alcançar
o pior nem melhor. Ela somente vive, inspirando e expirando,
inspirando e expirando. Na verdade – para que mais que isso?
O seu viver é ralo. Sim. Mas por que estou me sentindo culpa-
do? E procurando aliviar-me do peso de nada ter feito de con-
creto em benefício da moça. Moça essa – e vejo que já estou
quase na história – moça essa que dormia de combinação de
brim com manchas bastante suspeitas de sangue pálido. Para
adormecer nas frígidas noites de inverno enroscava-se em si
mesma, recebendo-se e dando-se o próprio parco calor. Dormia
de boca aberta por causa do nariz entupido, dormia exausta,
dormia até o nunca.
[…]
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Extraído do site: <http://www.pcc.usp.br/ files/text /publications/temp_lixo/ faa62bd0a32af1915ec2e9b66a0b91e9_mind_
40b15c5caa88d6b38c6649a297 fb8f8735882_22WedWednesday3nd2 3434AugustAug088312012183028000 000PM.pdf>.
Acesso em: 17 jul. 2014.
A hora da estrela conta a história de Macabéa, uma retirante nordestina que vai para o Rio de Janeiro, onde sobrevive com dificuldades. A caracterização da personagem mostra que Ma-cabéa é uma mulher:
A com problemas de saúde, mas que precisa trabalhar para se sustentar.
B frágil, porém com vontade de perseverar e encontrar seu caminho para a felicidade.
C corajosa, pois almeja uma vida melhor a despeito das difi-culdades.
D insignificante na sociedade, a quem poucos olharão, a não ser por pena.
E medrosa, que não corre atrás dos sonhos por falta de oportunidades.
QUESTÃO 119
[…]
Cada artista desenvolverá o seu trabalho conforme as
suas próprias peculiaridades. Isso dará a sua marca, que é a
maneira como ele se situa em meio às contradições. O traba-
lho literário é, assim, ao mesmo tempo, amaldiçoado porque
lembra o homem, pelo revés, a sua falta de liberdade, mas
também um espaço de resistência porque reafirma o horizonte
da liberdade.
No seu trabalho, o artista não age para atender a qualquer
finalidade prática. Na vida comum, porém, todos nós, incluído
o artista enquanto membro da sociedade, somos obrigados a
produzir segundo técnicas que interessam à reificação já em
vias de ser absoluta. A primeira coisa que nos diz uma obra
de arte é que o mundo da liberdade é possível, e isso nos dá
força para lutar contra o mundo da opressão. A arte é a antítese
da sociedade.
Em “Baleia” (inicialmente conto, depois capítulo, mas sem-
pre o núcleo de que se originou a obra) inscreve-se essa dialé-
tica. Quando acompanhamos seus pensamentos e projetos,
sonhos, delírios e juízos de valor, nós leitores somos também
parte da subjetividade que leva o seu nome.
BASTOS, Hermenegildo. Inferno, alpercata: trabalho e liberdade em Vidas secas. Extraído do site: <http://colegioconexaoserradamesa.com.br/public/
material/material_1ano_em_livro_vidassecas.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2014.
O texto acima é trecho do posfácio à obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, em que Hermenegildo Bastos disserta a respeito da liberdade e do trabalho literário. Ao afirmar que a arte é a antítese da sociedade, o autor refere-se ao fato de que:
A na arte, a liberdade é ilimitada, sendo fruto da fruição poética do autor; em sociedade, a liberdade não existe, pois sempre haverá a reificação dos valores.
B na sociedade, os limites são impostos pelas esferas de poder; na arte, os limites são ditados pelos desejos e pela subjetivi-dade do leitor.
C na sociedade, a liberdade não é plena por causa dos proble-mas que a oprimem; na arte, a liberdade é ilimitada, sendo objeto de crítica por parte dos governantes.
D na arte tem-se maior liberdade e maior espaço para expres-sar o quanto ela é necessária na realidade; na sociedade, a liberdade é limitada pela injustiça e pela opressão.
E na arte, a liberdade é ilimitada, porém irreal; na sociedade, a liberdade plena não pode ser alcançada, mas pode-se viver próximo a isso.
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QUESTÃO 120
O grande chefe de Washington mandou dizer que quer com-
prar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da
sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois
sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos
pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o
homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O gran-
de chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle
diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos
podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra
é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra?
Tal ideia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar
ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós?
Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta
terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas
as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras,
cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas
tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso
modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro.
Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra
tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga,
e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo
de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada
respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua
ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos.
Suas cidades são um tormento para os olhos do homem ver-
melho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um
selvagem que nada compreende.
[…]
A Carta do Cacique Seattle, em 1855. Extraído do site: <http://www.culturabrasil.org/seattle1.htm>. Acesso em: 18 jul. 2014.
Na carta anterior, o Cacique Seattle dirige-se ao presidente americano. Para fundamentar sua argumentação, o cacique constrói a imagem de seu povo e a imagem do homem branco. Segundo o cacique, o povo indígena mantém uma relação de igualdade entre si e com a natureza, que é irmã e amiga. Con-tudo, o homem branco:
A a tudo atribuiu um valor e um sentimento de posse, argumento evidenciado pelo trecho Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra?.
B é ganancioso e não respeita a natureza, característica evi-denciada pelo trecho Esquece os antepassados e os direitos dos filhos.
C conhece melhor os modos de se aproveitar a terra, caracte-rística explicitada no trecho por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
D pretende negociar as terras com os índios, fato implícito no trecho o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra.
E sabe que é dono daquele território, fato afirmado pelo ca-cique no trecho não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água.
QUESTÃO 121
A evolução das línguas é um fenômeno natural e acontece no decorrer dos séculos. Novos vocábulos surgem a cada novo contexto criado pela sociedade.
A palavra ‘cesárea’, por exemplo, é muitas vezes atribuída de maneira equivocada ao romano Júlio César ou à manei-ra como ele nasceu. Tudo indica, porém, que o imperador tenha nascido de parto normal. Um traçado etimológico tortuoso chega ao verbo caedere, que significa ‘cortar’. Os filólogos modernos, no entanto, sinalizam que o porto seguro de chegada é o substantivo caesaries, que signifi-ca ‘cabeleira’. Esses caminhos etimológicos errados foram historicamente aceitos e acabaram criando o substantivo latino caesar ou ‘aquele que foi tirado da mãe por excisão’ e, por fim, césarienne, o vocábulo francês usado para as cirurgias cesáreas.
O equívoco verificado, derivado da etimologia popular, de-monstra que a língua é viva, e suas mudanças decorrem, por vezes:
A das lendas e histórias míticas inventadas e dos contextos cria-dos para contá-las.
B das influências dos grandes líderes na vida da sociedade e do legado deixado por eles na história dos países.
C do estudo da etimologia associado às obras filológicas que descrevem a evolução de cada língua.
D da influência das histórias da medicina e das ciências e de sua aceitação por parte dos usuários da língua.
E do uso da língua por parte dos falantes e dos contextos histó-ricos vividos ou criados.
QUESTÃO 122
[…]
O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi teatro
na sexta-feira 13 de dezembro do ano de 1963, tornou essa
localidade conhecida e de certo modo famosa da noite para
o dia – fama um tanto ambígua e efêmera, é verdade – não
só no Estado do Rio Grande do Sul como também no resto
do Brasil e mesmo através de todo o mundo civilizado. En-
tretanto, esse fato, ao que parece, não sensibilizou até agora
geógrafos e cartógrafos.
Tão insólitos, lúridos e tétricos – e estes adjetivos foram
catados no artigo alusivo àquele dia aziago, escrito pelo jorna-
lista Lucas Faia para o seu diário A Verdade, porém jamais pu-
blicado, por motivos que oportunamente serão revelados – tão
fantásticos foram esses acontecimentos, que o Pe. Gerôncio
chegou a exclamar, dentro de seu templo, que aquilo era o
começo do Juízo Final. Nesse momento de susto e angústia
coletiva, um cético gaiato, desses que costumam menosprezar
a terra onde nasceram e vivem, murmurou: “A troco de quê
Deus havia de começar o Juízo Final logo neste cafundó onde
Judas perdeu as botas?”.
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 19
Bem, mas não convém antecipar fatos nem ditos. Me-
lhor será contar primeiro, de maneira tão sucinta e imparcial
quanto possível, a história de Antares e de seus habitantes,
para que se possa ter uma ideia mais clara do palco, do
cenário e principalmente das personagens principais, bem
como da comparsaria, desse drama talvez inédito nos anais da
espécie humana.
VERISSIMO, Erico. Incidente em Antares. Extraído do site: <http://www.igtf.rs.gov.br/wp-content/uploads/2012/04/ERICO_incidente_em_antares.pdf>.
Acesso em: 18 jul. 2014.
Incidente em Antares é um romance de Erico Veríssimo que narra um incidente um tanto quanto incomum: uma greve ge-ral assola toda a cidade, de modo que até os coveiros param de trabalhar, impedindo que os mortos sejam enterrados. Diante dessa situação, os defuntos decidem reivindicar, na praça da cidade, o direito de serem enterrados, ameaçando assombrar a cidade.
O trecho transcrito apresenta indícios desse lado fantástico, que podem ser percebidos pela:
A presença de personagens ilustres, pelo elemento dramático e pela angústia coletiva.
B fama ambígua, pela alusão ao juízo final e pelo fato de a cidade ser desconhecida.
C escolha lexical, pela data do incidente e pela alusão ao juízo final.
D posição geográfica da cidade, pelo susto coletivo e pela data do incidente.
E data do incidente, pela história da cidade e pelo drama vivido.
QUESTÃO 123
Ao Leitor
Que, no alto do principal de seus livros, confessasse
Stendhal havê-lo escrito para cem leitores, coisa é que admira
e consterna. O que não admira, nem provavelmente conster-
nará é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal,
nem cinquenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? Talvez
cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu,
Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Stern de um Lamb
ou de um de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens
de pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevia-a com a
pena da galhofa e a tinta da melancolia; e não é difícil antever
o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave
achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo
que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; e
ei-lo aí fica privado da estima dos graves do amor dos frívolos,
que são as duas colunas máximas da opinião.
Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e
o meio eficaz para isto é fugir a um prólogo explícito e longo.
O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as
diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito
contar o processo extraordinário que empreguei na composi-
ção destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria
curioso, mas nimiamente extenso, e aliás desnecessário ao
entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agra-
dar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te
com um piparote, e adeus.
Brás CubasASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Extraído do site:
<www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000213.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2014.
Na abertura do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, o defunto-autor dirige-se ao leitor para apresentar a sua obra. Pela leitura dessa carta ao leitor, pode-se dizer que a apresentação de sua obra tem um caráter:
A didático, no qual o autor apresenta sua obra com explicações metódicas e lineares.
B metalinguístico, na medida em que o autor explica como é a sua obra e seu modo de escrever.
C referencial, pois expõe seu ponto de vista de maneira subjetiva numa tentativa de agradar o leitor.
D fático, pois tem como objetivo estabelecer um primeiro contato com os seus leitores.
E introspectivo, por se tratar de puras divagações do autor em um primeiro contato com seu leitor.
QUESTÃO 124
A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou – eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
BARROS, Manoel de. Extraído do site: <http://pensador.uol.com.br/poemas_de_manoel_de_barros/>.
Acesso em: 18 jul. 2014.
O poema de Manoel de Barros, de maneira muito simples, versa sobre a maior riqueza do homem: a incompletude. O eu lírico se diz abastado, pois sua incompletude reside no fato de que:
A precisa renovar-se constantemente para que seja aceito não só pelas palavras, mas também pela sociedade.
B não aguenta ser um homem comum, mas procura ser alguém extraordinário e acima do comum.
C as palavras o aceitam tal como é, mas a realidade demonstra que essa aceitação não é verdadeira.
D suas tarefas são comuns como as borboletas, mas precisa renovar-se assim como elas o fazem.
E precisa ser diferente, ou seja, não se aceita como é, pois pro-cura ser alguém fora do lugar-comum.
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QUESTÃO 125
mentira e verdade
Alguns estudiosos afirmam que a mercadoria mais impor-
tante do mundo moderno é a informação. Pensando bem, foi
sempre mais ou menos assim. Quem detinha a informação era
poderoso – daí que a mídia foi elevada a quarto poder, tese
contra a qual sempre me manifestei, achando que a mídia é
uma força mas não o poder.
Com a chegada da internet, suas imensas e inesperadas
oportunidades, o monopólio da informação pulverizou-se. Os
jornais, creio eu, foram os primeiros a sentir o golpe, os livros
logo em seguida, havendo até a previsão de que ele acabará
na medida em que se limitar ao seu atual desenho gráfico, que
vem de Gutenberg.
Acontece que, mais cedo ou mais tarde, a mídia impressa
ficará dependente não dos seus quadros profissionais, de
sua estrutura de captação das informações. Qualquer pes-
soa, a qualquer hora do dia ou da noite, acessando blogs
e sites individualizados, ficará por dentro do que acontece
ou acontecerá.
Na atual crise que o país atravessa, a imprensa em muitas
ocasiões foi caudatária do que os blogs informavam duas, três
vezes ao dia. Em termos de amplidão, eles sempre ganharão
de goleada da imprensa escrita e falada.
O gigantismo da internet tem porém pés de barro. Se
ganha no alcance, perde no poder de concentração e aná-
lise. Qualquer pessoa, medianamente informada ou sem
informação alguma, pode manter uma fonte de notícias ou
comentários com responsabilidade zero, credibilidade zero,
coerência zero.
O mercado da informação, que formaria o poder no mun-
do moderno, em breve estará tão poluído que dificilmente
saberemos o que ainda não sabemos: o que é mentira e o
que é verdade.
CONY, Carlos Heitor. Mentira e verdade. Extraído do site: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u241.shtml>. Acesso em: 18 jul. 2014.
A crônica de Carlos Heitor Cony versa sobre um assunto muito atual: a rápida difusão de informações. Sua crítica maior con-centra-se no fato de que, embora informação possa simbolizar poder, essa força é enfraquecida, pois:
A como todos têm acesso à informação, esta já não mais serve como moeda de troca para obter favores e facilidades.
B são poucas as fontes confiáveis de informação, uma vez que os blogs são sempre escritos por fontes amadoras.
C há uma excessiva disponibilização de informações, gerando dúvidas a respeito da veracidade das informações veiculadas.
D não há como comprovar que a captação das informações é feita de maneira correta, uma vez que as fontes confiáveis não estão na internet.
E as informações são veiculadas no momento do acontecimento, não havendo tempo para a correta captação do fato.
QUESTÃO 126
Sexta-feira, 3 de Julho de 1942
Querida Kitty:
Ontem esteve cá o Harry. Quis conhecer os meus pais. Eu
tinha ido buscar torta, doces e bolachas e tomamos chá. Ao
Harry e a mim não nos apetecia nada ficar em casa quietinhos.
Saímos, demos um passeio e eram oito e dez quando ele me
deixou em casa.
O pai estava zangadíssimo por eu chegar tão tarde, que era
muito perigoso, para judeus, andar pelas ruas depois das oito.
Prometi de hoje em diante estar sempre em casa, pontual-
mente, às oito menos dez minutos. Amanhã estou convidada
para ir a casa do Harry. A minha amiga Jopie faz troça de mim
por causa dele. Mas não estou apaixonada. Então não posso ter
um amigo? Ninguém acha mal que tenha um amigo ou – como
costuma dizer a mãe – um cavalheiro. Eva contou-me que o
Harry esteve outro dia em casa dela e que ela lhe perguntou:
– Quem achas mais simpática: a Fanny ou a Anne?
– Não tens nada com isso – respondeu ele.
Então não falaram mais no assunto, mas ao despedir-se o
Harry disse:
– A Anne é mais simpática, claro, mas não precisas de falar
nisso a ninguém.
As últimas palavras já foram ditas na rua.
Sinto que o Harry está apaixonado por mim e, para variar,
isto é engraçado. A Margot dizia:
– Um tipo simpático.
– Acho-o também simpático, mais até do que simpático.
A mãe anda encantada com ele.
– Um rapaz bonito, muito gentil e bem-educado.
Ainda bem que o Harry agrada tanto a toda a família. Ele
também nos acha a todos muito simpáticos. Só acha a minha
amiga infantil e não deixa de ter razão.
Tua Anne
O diário de Anne Frank. Extraído do site: <http://www.ifgoiano.edu.br/ipora/images/stories/coordenacao/Maria_Eugenia/O_Dirio_de_Anne_Frank.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2014.
O texto lido é uma passagem do livro O diário de Anne Frank. Esse gênero tem como característica o relato e o registro de acontecimentos de caráter pessoal. Sobre as características do gênero, observa-se no texto transcrito:
A um equívoco na saudação ao diário, pois a menina utilizou um nome próprio na interlocução.
B um equívoco de classificação, pois o texto tem a estrutura de uma carta pessoal.
C a estrutura canônica do gênero, com data, saudação ao diário, relato e assinatura.
D uma narrativa próxima à de um conto fantástico, devido à im-possibilidade da ocorrência dos fatos.
E a presença do discurso indireto livre, que dá um tom subjetivo à narrativa da menina.
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QUESTÃO 127
Dentro de uma caixinha colorida de menos de um palmo de
altura, 18 livros constituem um mundo inteiro inventado: árvores,
lesmas, águas, sapos, pedras; e ainda Cabeludinho, Sombra-
-Boa, Bernardo, Andaleço; e todas as infâncias, dos primeiros
fios aos cabelos brancos. Recém-lançada pela Editora Leya, a
poesia completa de Manoel de Barros, transformada em som,
gorjeia. Mas, pegando emprestado um verso de João Guima-
rães Rosa, citado pelo poeta mato-grossense em obra publi-
cada em 2001, o escritor passarinho desapareceu de cantar.
No ano passado, antes de completar 97 anos, ainda escreveu
o poema “A turma”, incluído no último volume da caixinha e
também na reedição da poesia completa em formato brochura,
lançadas em conjunto. Depois, silenciou.
Em agosto de 2013, o poeta desabou com a perda do primo-
gênito, Pedro, conta a filha Martha. Em 2008, Manoel já passara
pelo mesmo sofrimento com João, vítima de um acidente de avião.
– Papai sofreu um baque. E tem o problema da idade. Ele
está se apagando como se fosse uma velinha – compara a artis-
ta plástica, revelando que o poeta está cercado de cuidados e
já não recebe ninguém na casa em Campo Grande, onde mora
com a mulher, Stella, de 92 anos, com quem está casado desde
1947, primeira leitora de suas obras antes do envio às editoras.
Diretor editorial da Leya, que publica a obra de Manoel de
Barros, Pascoal Soto diz que o poeta ficou ensimesmado após
a perda de mais um filho.
– Ele já vinha com a saúde frágil e, após a morte de Pedro,
ficou realmente muito debilitado. Então, Manoel, que se auto-
denomina um bicho do mato, fechou-se por completo.
RODRIGUES, Karine. Manoel de Barros de cartas abertas. Extraído do site: <http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2014/02/01/manoel-de-barros-de-cartas-abertas-522704.asp>.
Acesso em: 18 jul. 2014.
O poeta brasileiro Manoel de Barros é conhecido como escritor passarinho em razão do caráter musical e simples de seus poe mas. Apesar de escrito em prosa, o texto acima é permeado por uma linguagem poética:
A evidenciada pela forma como se conta sobre o silêncio de Manoel.
B explicitada pelo uso de uma linguagem rebuscada, cheia de inversões sintáticas.
C por apresentar a face íntima do poeta e os problemas que está enfrentando.
D explicitada pelo nome das poesias citadas.
E por apresentar a vida pessoal do poeta, pouco conhecida por seus leitores.
QUESTÃO 128
não coisa
O que o poeta quer dizer no discurso não cabe e se o diz é pra saber
o que ainda não sabe. Uma fruta uma florum odor que relume…Como dizer o sabor,seu clarão seu perfume?
Como enfim traduzirna lógica do ouvidoo que na coisa é coisa e que não tem sentido?
[…]
GULLAR, Ferreira. Não coisa. Extraído do site: <http://www.releituras.com/fgullar_naocoisa.asp>. Acesso em: 17 jul. 2014.
É muito comum o uso da poesia para tratar do fazer poético, recur-so denominado metalinguagem. Nesse poema, o autor contrapõe:
A as experiências sensoriais à definição em palavras dessas sensações.
B a linguagem do sentimento à formulação de regras do mundo físico.
C o sabor e o perfume das coisas ao que se pode fazer para senti-los com o coração.
D o sentimento que tem em relação às coisas à facilidade de traduzi-lo em palavras.
E a felicidade expressa nos sentimentos à falta de pessoas ca-pazes de senti-la.
QUESTÃO 129
ameixas
ame-as
ou deixe-as
LEMINSKI, Paulo. Caprichos e Relaxos In: Toda a Poesia. São Paulo, Companhia das Letras, 2013, página 105.
A concisão do poema de Paulo Leminski não traduz o sem-nú-mero de leituras que podem ser feitas dele. O poema retoma o slogan da ditadura militar, que impunha uma ideologia pela in-timidação. A intenção dessa intertextualidade é promover uma:
A retratação, pois o texto original foi muito incisivo em seu tom, o que fez o poeta adequá-lo a uma linguagem eufêmica.
B reafirmação, que busca recuperar o texto original, mas colo-cando-o em termos atuais, pois o sentimento nacionalista já não existe mais.
C ironia, tendo em vista que a ameixa é algo banal diante do tom incisivo e intimidador do texto original.
D analogia, na qual a ameixa representa aquilo que o país tem de ruim, deixando a mensagem de que as pessoas têm de esquecer os problemas.
E desconstrução, demonstrando a necessidade de se rever os conceitos quando aplicados a diferentes épocas históricas.
QUESTÃO 130
[…]
CHICÓ: Bom, eu digo assim porque sei como esse povo é cheio de coisas, mas não é nada de mais. Eu mesmo já tive um cavalo bento.
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 22
[…]
JOÃO GRILO: Quando você teve o bicho? […]
CHICÓ: Foi uma velha que me vendeu barato, porque ia se mudar, mas recomendou todo cuidado, porque o cavalo era bento. E só podia ser mesmo, porque cavalo bom como aquele eu nunca tinha visto. Uma vez corremos atrás de uma garrota, das seis da manhã até as seis da tarde, sem parar nem um momento, eu a cavalo, ele a pé. Fui derrubar a novilha já de noitinha, mas quando acabei o serviço e enchocalhei ares, olhei ao redor, e não conhecia o lugar onde estávamos. Tomei uma vereda que havia assim e aí tangendo o boi…
JOÃO GRILO: O boi? Não era uma garrota?
CHICÓ: Uma garrota e um boi.
JOÃO GRILO: E você corria atrás dos dois de uma vez?
CHICÓ (irritado): Corria, é proibido?
JOÃO GRILO: Não, mas eu me admiro é eles correrem tanto tempo juntos, sem se apartarem. Como foi isso?
CHICÓ: Não sei, só sei que foi assim. […]
SUASSUNA, Ariano. O Auto da Compadecida. Extraído do site: <www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/ariano-suassuna/auto-da-compadecida.php>.
Acesso em: 18 jul. 2014.
Nessa cena de O Auto da Compadecida, o personagem Chicó conta uma história absurda a respeito de um cavalo. Narrações como essa fazem parte da cultura popular brasileira, e sua linguagem é característica de:
A lugares reconhecidos por suas indústrias e ligados à tecnologia moderna.
B pessoas simples e de pouco estudo, que vêm de áreas rurais afastadas dos grandes centros.
C ambientes rurais, nos quais a maquinização promoveu o êxodo para as cidades.
D habitantes de cidades pequenas próximas às grandes metrópoles.
E cidades pequenas e ricas, típicas do interior dos estados brasileiros.
QUESTÃO 131
Imagem 1: Dança clássica
Serg
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Imag
esImagem 2: Dança moderna
A dança é uma expressão artística que utiliza o corpo humano em uma sequência de movimentos, preconcebidos ou espon-tâneos, cadenciados pela música. Sendo uma das expressões humanas mais antigas, ela acompanha as características de sua sociedade. Dessa forma, a dança clássica, na figura do balé, surgida nas cortes renascentistas, carrega em sua forma um código de normas e um rigor característicos do período hie-rárquico e aristocrático vigente. Já a dança moderna, originada entre o final do século XIX e o início do XX, liberta-se desse rigor aristocrático, como se nota no contraste das imagens anteriores, representado pela:
A ausência do homem, cujo papel na dança clássica era impor à mulher a sua vontade, assim como nos reinos patriarcais.
B presença de palco, pois a dança clássica se posiciona voltada para a plateia, enquanto a dança moderna se volta para si, para dentro do próprio cenário.
C mudança de estereótipo de beleza adotado pela dança mo-derna, que passa a aceitar somente dançarinos com pouca definição muscular.
D altitude atingida pelos movimentos, pois, enquanto a dança clássica se mantém firme ao chão, a contemporânea atinge um patamar mais elevado.
E vestimenta livre de sapatilhas, de amarras para o cabelo, de roupas características e todos os requisitos totalmente obri-gatórios e essenciais à dança clássica.
QUESTÃO 132
ISRAELPALESTINA PAZ
As charges, muito utilizadas para abordar acontecimentos atuais, misturam arte com crítica social e/ou política. O seu
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stud
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ck/G
low
Imag
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LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 23
poder de síntese permite ilustrar de forma minimalista aquilo que, em um texto escrito, demandaria várias páginas. Na charge acima, referente ao conflito entre Israel e Palestina, o objetivo é:
A mostrar que a situação conflituosa entre Israel e Palestina dividiu o mundo em dois.
B comparar a situação de Israel e Palestina, que buscam a paz entre si.
C denunciar os crimes de guerra ocorridos durante o conflito entre Israel e Palestina.
D demostrar que a relação entre Israel e Palestina opõe-se à paz.
E mostrar que todos os países árabes estão na contramão da paz.
QUESTÃO 133
Figura 1: Meteoro, de Bruno Giorgi, 1967.
Figura 2: Integração, de Bruno Giorgi, 1989.
As obras acima foram criadas pelo escultor brasileiro Bruno Giorgi, pertencente ao movimento modernista. A criatividade é o grande motivo desse movimento, não cabendo mais ao artista se adequar às normas acadêmicas da sociedade, mas buscar
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as suas próprias normas. Nas esculturas acima, a ruptura com as normas tradicionais evidencia-se por meio:
A da utilização de uma única cor na produção de sua obra, pois a escultura tradicional exige um trabalho multicolorido.
B do ambiente ao ar livre, uma vez que as esculturas até então eram alocadas dentro de museus e ambientes frequentados apenas pela elite brasileira.
C das formas abstratas, do vazio e das curvas; características também presentes no trabalho de outro modernista brasileiro, o arquiteto Oscar Niemeyer.
D da ausência de motivo sacro tradicional às artes plásticas brasileiras devido à influência dos jesuítas em nossa cultura.
E da falta de patriotismo e de símbolos nacionais, como fazia o escultor barroco Aleijadinho ao adicionar fisionomias brasileiras aos seus santos.
QUESTÃO 134
O movimento faz parte da infância da maneira mais natural
possível. Ou, pelo menos, deveria fazer. Quando aprende a
andar, a criança quer fazer isso o tempo todo. Depois passa
a saltitar, e então a correr. E, durante alguns anos da vida, ela
passa o tempo todo correndo. Repare bem nos shoppings, nas
praças, sempre há um adulto correndo atrás de uma criança
sapeca. Com o tempo, os pequenos aprendem a brincar de
pega-pega, a pular corda etc. Experimente juntar algumas
crianças e dar a elas espaço para se movimentar. Elas correrão
de um lado para o outro durante horas, sem se cansar. Afinal,
estão se divertindo.
ATALLA, Marcio. Sua vida em movimento. São Paulo: Paralela, 2012. p. 54.
Para que as crianças continuem estimuladas a se movimentar e não sejam envolvidas totalmente pelas facilidades tecnológicas, é importante que os pais:
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LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 24
A gostem de jogos on-line e participem com os filhos dessas competições.
B incentivem atividades tradicionais, como jogar xadrez e ludo.
C incentivem seus filhos a interagir com o mundo virtual em casa, pois o mundo real está muito perigoso.
D comprem jogos e filmes de esportes, para despertar nos seus filhos o interesse em realizar algum movimento.
E coloquem limites para o uso da tecnologia e incentivem ativi-dades que produzam movimento.
QUESTÃO 135
Ser um atleta de fim de semana pode ser perigoso. Mui-
tos acidentes cardíacos acontecem no sábado de manhã, no
primeiro pique atrás da bola de futebol. Fazer um pouco de
exercício é melhor que não fazer nada, claro.
ATALLA, Marcio. Sua vida em movimento. São Paulo: Paralela, 2012. p. 37.
Considerando o texto de Marcio Atalla e os conhecimentos sobre o assunto, qual a principal precaução a ser tomada para praticar atividades físicas com segurança?
A Tomar um bom café da manhã antes de iniciar atividades físicas.
B Começar devagar e tirar o corpo da inércia aos poucos.
C Respeitar e admitir os limites do corpo, não exagerando no tempo da atividade.
D Inserir exercícios físicos no seu dia a dia e depois buscar orientação de um profissional.
E Consultar um médico para assegurar-se de que está apto à prática de exercícios físicos.
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 25
QUESTÃO 136
O consumo mundial de água dobrou nos últimos 50 anos, em grande parte devido ao crescimento da população e à urbanização acelerada. Por ano, são consumidos no planeta cerca de 4 500 km3 de água doce, o que corresponde à metade da disponibilidade anual efetiva de todos os recursos hídricos acessíveis, incluindo rios, lagos, aquíferos subterrâneos e águas do degelo sazonal. O gráfico de setores a seguir ilustra o consumo mundial de água.
70%Uso na agricultura
8%Uso doméstico
22%Uso industrial
Fonte: <http://webworld.unesco.org/water/wwap/facts_figures/water_industry.shtml>. Acesso em: 15 jul. 2014.
De acordo com as informações apresentadas pelo enunciado e pelo gráfico, pode-se concluir que o consumo doméstico mundial de água, em litros por ano, é aproximadamente:
A 3,6 · 1011
B 3,6 · 1012
C 3,6 · 1013
D 3,6 · 1014
E 3,6 · 1015
QUESTÃO 137
Toda nota emitida por um instrumento musical tem uma frequên-cia, em hertz (Hz), que depende da afinação do instrumento. A frequência de uma nota musical é medida em hertz (Hz) e a tabela a seguir mostra algumas notas musicais emitidas por um determinado instrumento.
nota frequência
Dó 536 Hz
Ré 578 Hz
Mi 660 Hz
Fá 715 Hz
Sol 770 Hz
Lá 880 Hz
Si 990 Hz
Na linguagem musical, quando uma nota é sustenida (#), sua
frequência fica multiplicada pela fração 2524
e quando uma nota
é bemolizada (b), sua frequência fica multiplicada pela fração 2425
. Então, de acordo com essas definições, considerando-
-se as frequências apresentadas na tabela para as notas lá
e si, pode-se estimar a diferença entre as frequências de um si bemol e um lá sustenido emitidos por esse instrumento em aproximadamente:
A 25 Hz
B 34 Hz
C 44 Hz
D 54 Hz
E 64 Hz
QUESTÃO 138
Uma pesquisa mostra que as vendas no Brasil de carros im-portados da Ásia, em especial da China e da Coreia do Sul, cresceram bem mais que o mercado como um todo, de janeiro a novembro de 2010. Nesse período, a venda de veículos chi-neses no Brasil cresceu 220% e a de veículos coreanos, 56%. Os gráficos mostram a evolução das vendas dos dois países:
vendas mensais de veículos coreanos no brasil em 2010
14 000
12 000
10 000
8 000
6 000
Qua
ntid
ade
4 000Jan. Mai. Set.Mar. Jul. Nov.Fev. Jun. Out.Abr. Ago.
vendas mensais de veículos chineses no brasil em 2010
Qua
ntid
ade
2 000
1 500
1 000
500
0Jan. Mai. Set.Mar. Jul. Nov.Fev. Jun. Out.Abr. Ago.
Fonte: <www.contagiros.com.br/vendas-de-carros-chineses-aumentaram-220-e-coreanos-56-somente-em-2010>. Acesso em: 17 jul. 2014.
De acordo com os gráficos é correto afirmar que, em outubro de 2010, o número de vendas de carros chineses em relação ao número de vendas de carros coreanos foi aproximadamente:
A o triplo.
B o quíntuplo.
C a metade.
D um quarto.
E um oitavo.
QUESTÃO 139
A prova final de um concurso era composta de seis problemas, mas cada candidato tinha que resolver apenas três deles. A ta-bela a seguir considera a totalidade de candidatos e apresenta o número de resoluções de cada problema e suas respectivas porcentagens de acertos.
matemáticae suas tecnologias
Questões de 136 a 180
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 26
Problemanúmero de
respostas
Percentual de
acertos
1 120 50%
3 80 80%
2 70 90%
6 60 75%
4 35 80%
5 25 100%
Se todos os candidatos responderam o maior número de pro-blemas permitido, então, de acordo com a tabela e as regras do concurso, o número total de candidatos que fizeram a prova e o número do problema que teve a maior quantidade de acertos são respectivamente:
A 130 e 3.
B 130 e 2.
C 130 e 1.
D 390 e 3.
E 390 e 2.
QUESTÃO 140
Em 1964, os professores John Kemeny e Thomas Kurtz criaram uma linguagem de programação de alto nível chamada BASIC. Um programa em BASIC tradicional tem suas linhas de código numeradas em ordem crescente usando-se apenas números inteiros e positivos, principalmente números que estejam em progressão aritmética, pois isso facilita a posterior introdução de novas linhas de código intermediárias quando necessário.
100 MyName$ – “Ken”105 Age – 30110 Message$ – “Loves BASIC”115 IF Age >_10 THEN Message$ – “loved BASIC”120 GOTO 125125 PRINT MyName$;130 PRINT Message$
C:\Users\Ken\AppData\Local\Temp\TEMP1_~3.ZIP\GWBASIC.EXE
Um programador tinha o hábito de numerar as linhas de código de seus programas em BASIC começando pelo número 100 e usando apenas números terminados por 0 ou por 5. Assim ele deixava espaço para introdução de até quatro novas linhas de código intermediárias entre quaisquer duas linhas consecutivas da programação original, além de um espaço para 99 linhas de código que poderiam vir a preceder a primeira linha escrita.Se a última linha de código de um programa em BASIC ini-cialmente escrito por esse programador tiver o número 1 005, então, o espaço deixado para introdução de novas linhas de código com numeração inferior a 1 005 comportará no máximo:
A 905 novas linhas de código.
B 823 novas linhas de código.
C 432 novas linhas de código.
D 238 novas linhas de código.
E 182 novas linhas de código.
QUESTÃO 141
Sabe-se que a energia cinética E, em joules, a massa m, em quilogramas, e a velocidade v, em metros por segundo, de um
corpo obedecem à relação Emv=
2
2.
Um determinado corpo é arremessado para o ar e sofre de-terioração, perdendo massa enquanto está em movimento de tal forma que sua energia cinética, em joules, é expressa pelo polinômio E(t) = –12,5t3 + 225t2 – 1 200t + 2 000, com t em se-gundos a partir do momento do arremesso.
Então, se a velocidade desse corpo, em metros por segundo, é dada por v(t) = 20 – 5t, é correto concluir que a sua massa, em quilogramas, obedece à função:
A m(t) = 10 – t
B m(t) = 10 – 2t
C m(t) = 20 – t
D m(t) = 20 – 2t
E m(t) = 12 – t
QUESTÃO 142
Todo mês o lucro de uma empresa é dividido em cotas iguais e repartido entre os quatro sócios da empresa: Alberto, Bernar-do, Cláudia e Débora. Nessa partilha, cada sócio recebe um número inteiro de cotas proporcional a sua contribuição efetiva nas negociações realizadas no mês.
Na partilha de janeiro desse ano, Alberto recebeu R$ 20.000,00; Bernardo, R$ 45.000,00; Cláudia, R$ 35.000,00 e Débora, R$ 25.000,00.
Então, de acordo com esses dados, qual pode ter sido o valor máximo de cada cota no mês de janeiro?
A R$ 750,00
B R$ 1.500,00
C R$ 2.800,00
D R$ 4.000,00
E R$ 5.000,00
QUESTÃO 143
Um web designer foi contratado para fazer o site de uma institui-ção educacional dedicada à Astronomia chamada “Elipse”. Os diretores da instituição decidiram que a logomarca presente no site deveria ser a figura formada pelos gráficos das equações 4x2 + 9y2 = 36 e 4x2 + y2 = 4 em um mesmo sistema cartesiano tradicional com o eixo x na horizontal.
Então, o web designer digitou corretamente essas equações em um de seus programas de computação gráfica e descobriu que a imagem da logomarca da instituição no site seria:
A
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 27
B
C
D
E
QUESTÃO 144
O Popclock calculado a partir da nova Projeção de População do Brasil serve para estimar a população residente do Brasil, ajustada a cada segundo, utilizando as populações projetadas para 1o de julho, cobrindo os anos de 2000 a 2020, extraídas da Projeção de População do Brasil 2013. Elaborada pelo Método das Componentes Demográficas (MCD) para cada uma das 27 unidades da federação, essa estimativa leva em consideração uma população de partida verificada pelo Censo Demográfico de 2000, além das taxas de mortalidade, fecundidade e migra-ção internacional.
As populações mensais, com data de referência à 00:00 h dos dias 1o de cada mês, foram estimadas mediante um ajuste de uma função polinomial, a partir das populações anuais (em 1o de julho de cada ano) compreendendo o período 2000-2020.
Com o objetivo de verificação da aderência do ajuste polinomial aos dados observados, o gráfico a seguir compara os valores ajustados e projetados, a partir do cálculo das diferenças rela-tivas e das taxas de crescimento em cada caso:
diferenças relativas entre as populações projetadas e ajustadas
(ajustado – projetado)/projetado
01/01/2000
01/01/2008
01/01/2004
01/01/2012
01/01/2017
01/01/2002
01/01/2010
01/01/2006
01/01/2014
01/01/2019
01/01/2001
01/01/2009
01/01/2005
01/01/2013
01/01/2018
01/01/2003
01/01/2011
01/01/2016
01/01/2007
01/01/2015
01/01/2020
– 0,000125
– 0,000100
– 0,000075
– 0,000050
– 0,000025
0,000000
0,000025
0,000050
0,000075
0,000100
0,000125
Fonte: <http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/notatecnica.html>. Acesso em: 17 jul. 2014.
Observando-se o formato desse gráfico, pode-se concluir que o polinômio de menor grau possível usado para verificar as diferenças relativas entre as populações projetadas e as ajus-tadas é de:
A 1o grau
B 2o grau
C 3o grau
D 4o grau
E 5o grau
QUESTÃO 145
O radônio, usado como fonte de radiação em terapias contra o câncer, é um gás nobre incolor, inodoro e insípido que, na forma sólida, tem cor avermelhada.
Como todo elemento radioativo, o isótopo mais comum do Radônio possui uma meia vida de aproximadamente 3,8 dias perdendo aproximadamente 16,5% de sua massa diariamente.
Sendo assim, considerando-se uma porção inicial de 100 g de radônio, é correto afirmar que os valores diários (a cada 24 horas) da massa em gramas dessa porção seguem uma:
A progressão aritmética de razão –16,5.
B progressão aritmética de razão 16,5.
C progressão geométrica de razão 16,5.
D progressão geométrica de razão 0,165.
E progressão geométrica de razão 0,835.
QUESTÃO 146
Um terreno no interior do estado de Santa Catarina é quadran-gular e tem seus vértices nos pontos A, B, C e D, tais que:
• O ponto B está a 5 km ao leste e a 2 km ao norte do ponto A.
• O ponto C está a 4 km ao leste e a 5 km ao norte do ponto A.
• O ponto D está a 1 km ao leste e a 4 km ao norte do ponto A.
O preço médio dos terrenos rurais nessa região do país é de R$ 2.500,00 por hectare, mas o dono desse terreno quer ven-dê-lo rapidamente e, por isso, irá oferecê-lo por um valor 10% inferior ao preço médio praticado na região.
Então, sabendo que um hectare equivale a 10 000 m2, o dono do terreno deverá oferecer o terreno por um valor total de:
A R$ 3.150.000,00
B R$ 3.500.000,00
C R$ 5.600.000,00
D R$ 6.300.000,00
E R$ 7.000.000,00
QUESTÃO 147
Um supermercado que fica aberto 24 horas costuma anunciar promoções pelos alto-falantes aos seus clientes. Uma dessas promoções estabelecia que na compra de um televisor em duas parcelas iguais até a meia-noite de um determinado dia, o cliente só precisaria pagar a primeira parcela após 30 dias da compra e a segunda, após 60 dias da compra.
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 28
Se o preço à vista do televisor era R$ 1.999,99 e a taxa de ju-ros mensais cobrada na compra parcelada era de 20% sobre o saldo devedor, então cada parcela dessa promoção era de aproximadamente:
A R$ 1.310,00
B R$ 1.290,00
C R$ 1.250,00
D R$ 1.190,00
E R$ 1.120,00
QUESTÃO 148
O Sr. João fez um investimento de R$ 100.000,00 em um fundo de capitalização a longo prazo que rende 20% ao ano, mas que só permite resgate após cinco anos de aplicação. O Sr. José fez um investimento de R$ 200.000,00 em outro fundo de capitalização que rende 11% ao ano, mas cujo período mínimo para o resgate é de apenas um ano.
Se nenhum resgate for efetuado, após quantos anos o montante acumulado no investimento do Sr. João terá ultrapassado o montante acumulado no investimento do Sr. José?
Dados:
• log (0,5) = –0,30
• log (0,925) = –0,011
• log (1,081) = 0,034
• log (2) = 0,30
A 5 anos
B 6 anos
C 7 anos
D 8 anos
E 9 anos
QUESTÃO 149
A distribuição normal é uma das mais importantes distribuições estatísticas, também conhecida com distribuição de Gauss. Em uma distribuição normal com média µ e desvio-padrão σ, pode-se afirmar que 68% dos dados têm valores pertencentes ao intervalo limitado por µ – σ e µ + σ.
Uma pesquisa sobre a faixa etária dos alunos de uma univer-sidade federal revelou que essas idades obedeciam a uma distribuição normal com média de 22 anos. A pesquisa tam-bém revelou que os valores do desvio-padrão σ, em anos, e
da variância V dessas idades satisfaziam à relação V 96
= + σ .
Nessas condições é correto inferir que 68% dos alunos dessa universidade têm idades que variam de:
A 17 a 23 anos.
B 18 a 24 anos.
C 19 a 25 anos.
D 20 a 24 anos.
E 21 a 23 anos.
QUESTÃO 150
A figura a seguir apresenta o desenho e as medidas de algumas dimensões de uma quadra oficial de basquete.
14,0 m
3,6 m
5,8 m
28,0 m
x
y
Se for adotado um sistema cartesiano de coordenadas com os eixos cotados em metros e com o eixo das abscissas contendo os centros dos três círculos apresentados na figura, então será possível expressar a circunferência de diâmetro 3,6 m que con-torna o círculo destacado (à esquerda) na figura pela equação:
A (x – 8,2)2 + y2 = 3,6
B x2 + (y – 8,2)2 = 3,6
C x2 + (y + 8,2)2 = 3,24
D (x + 8,2)2 + y2 = 3,24
E (x + 8,2)2 + y2 = 1,8
QUESTÃO 151
As antenas parabólicas, utilizadas para recepção de sinais de rádio e televisão, têm a forma geométrica de um paraboloide de revolução que reflete feixes paralelos de radiação eletromag-nética vindos do espaço, concentrando-os no foco da antena onde fica localizado o receptor chamado LNB. A figura a seguir mostra uma antena parabólica com 1,2 m de diâmetro e uma de suas secções meridianas:
1,20 m
?
LNB
18 cm
A secção da antena tem a forma de um arco de parábola ins-critível em um retângulo de 1,2 m por 18 cm, em cujo eixo de simetria fica localizada uma haste de alumínio presa ao vértice da parábola que serve para manter o receptor LBN posicionado no foco da parábola.
Sabendo que a distância entre o vértice e o foco de uma pará-
bola de equação y = ax2 é dada pela expressão 1
4 a, pode-se
estimar o comprimento da haste dessa antena em:
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 29
A 20 cm
B 30 cm
C 40 cm
D 50 cm
E 60 cm
QUESTÃO 152
Em dias de greve dos funcionários do transporte público, o departamento de trânsito da capital de certo estado usa o polinômio P(x) = –0,25x4 + x3 + 9x2 + 50 para estimar o nú-mero de quilômetros de engarrafamento em função do nú-mero x de horas antes ou depois do meio-dia, de modo que x = 0 representa o meio-dia (12h00), x = 1 representa 13h00 e x = –1 representa 11h00, por exemplo. A figura a seguir mostra o gráfico da função y = P(x).
765432100
–1–2–3–4
100
200
300
x
y
De acordo com o gráfico e com a forma algébrica da função y = P(x), o número máximo de quilômetros de engarrafamento que pode ser estimado por esse polinômio é igual a:
A 280 km
B 266 km
C 250 km
D 232 km
E 220 km
QUESTÃO 153
Os executivos de um determinado jornal verificaram que as visualizações das notícias esportivas publicadas em seu site diminuem a uma taxa diária de 20%, decrescendo em pro-gressão geométrica à medida que as notícias ficam desatua-lizadas. Assim, depois de uma semana sem visualizações, a notícia é retirada do site. Então, se uma notícia sobre a seleção brasileira obteve 30 mil visualizações no dia de sua publicação, o número total esperado de visualizações para essa notícia, antes de ela ser retirada do site, deve ser em torno de:
A 100 mil
B 150 mil
C 200 mil
D 250 mil
E 300 mil
QUESTÃO 154
Smartphones são telefones celulares dotados de sistema ope-racional que permite ao usuário acessar a internet e baixar diversos tipos de aplicativos. O mercado de smartphones está em franco crescimento. A tabela a seguir apresenta as ven-das (em milhões de unidades), por dois anos consecutivos, de algumas das principais marcas, suas respectivas taxas de crescimento anual no período e as respectivas fatias de mer-cado conquistadas.
vendas
em 2010
vendas
em 2011crescimento
fatia de
mercado
em 2011
samsung 22,9 94,0 310,5% 18,80%
apple 47,5 93,2 96,2% 18,64%
nokia 100,1 77,3 –22,8% 15,46%
outras 134,2 235,5 75,6% 47,10%
total 304,7 500,0 64,1% 100%
Fonte: <www.teleco.com.br/smartphone.asp>. [Adaptado]. Acesso em: 17 jul. 2014.
Se os dados das outras marcas estivessem expressos na ta-bela, as informações de cada uma seriam representadas em uma linha genérica como:
vendas
em 2010
vendas
em 2011crescimento
fatia de
mercado em
2011
marca x y z% w%
As expressões que relacionam corretamente os valores x, y, z e w são:
A = −
⋅zyx
1 100 e =wy
500
B = −
⋅zxy
1 100 e =w5y
C = −
⋅zyx
1 100 e =wy5
D = −
⋅z 1 xy
100 e =w500
y
E zxy
= −
⋅ 1 100 e wy=5
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 30
QUESTÃO 155
O gráfico a seguir mostra a variação da temperatura, em função do tempo, das mudanças de estado físico do etanol:
Temperatura (ºC)
78,0B
A
x4x3
x2x10
–117,0
tempo (minutos)
Se a relação y = m · x + q modela corretamente o trecho AB do gráfico e x3
– x2 = 10, então o coeficiente m vale:
A 27,3 °C/min
B 21,8 °C/min
C 19,5 °C/min
D 16,4 °C/min
E 12,6 °C/min
QUESTÃO 156
Consumidor mais velho prefere contratar seguro e mais novo bus-ca serviços de telefonia aponta estudo inédito da Serasa Experian.
Levantamento inédito analisou cerca de 1 milhão de propostas
feitas para contratação de crédito e serviços no Brasil
Estudo inédito da Serasa Experian aponta as diferenças de consumo de crédito e serviços entre as gerações no Brasil. Enquanto os consumidores mais velhos optam pela contrata-ção de seguros, principalmente de carros, os mais novos, com afinidade maior com a tecnologia, buscam adquirir serviços de telefonia. O levantamento considerou cerca de 1 milhão de consultas realizadas pelas empresas de todo o país na Serasa Experian no primeiro semestre de 2012.
Os consumidores foram divididos em quatro grupos no es-tudo: os Veteranos, nascidos até 1945; os Baby Boomers, de 1946 a 1965; a geração X, de 1966 a 1977, e a geração Y, a partir de 1978.
No total de demanda de crédito e contratação de serviços, a geração Y corresponde a 38,7%; a X a 28,6%; os Baby Boomers a 27,5% e Veteranos a 5,2%.
Extraído do site: http://noticias.serasaexperian.com.br/consumidor-mais-velho-prefere-contratar-seguro-e-mais-novo-busca-servi%C3%A7os-de-telefonia-aponta-estudo-
in%C3%A9dito-da-serasa-experian/. Acesso em 31 de jul. 2014.
De acordo com os dados apresentados na notícia, é correto inferir que, dentre as propostas feitas para contração de crédito analisadas, cerca de:
A 327 mil são de consumidores nascidos antes do ano de 1966.
B 275 mil são de consumidores nascidos antes do ano de 1966.
C 327 mil são de consumidores nascidos após o ano de 1965.
D 275 mil são de consumidores nascidos após o ano de 1965.
E 367 mil são de consumidores nascidos após o ano de 1970.
QUESTÃO 157
No final do ano de 2013 a secretaria estadual da fazenda do Rio de Janeiro divulgou uma lista com os valores venais dos veículos registrados no estado cujos proprietários teriam de pagar o IPVA em 2014. A tabela com os valores do tributo a pagar não foi divulgada, o que obrigou o contribuinte a fazer o cálculo de acordo com o tipo de combustível de seu veículo.
Para os veículos movidos à gasolina, o imposto equivale a 4% do valor venal do automóvel; para os de motor flex, o imposto equivale a 3% do valor venal; para os movidos a etanol, 2%; para os movidos a gás natural, apenas 1%.
Em janeiro de 2014, Marcos teve de pagar o IPVA de seus dois automóveis: um movido a etanol, com valor ve-nal de R$ 8.200,00, e um de motor flex, com valor venal de R$ 23.500,00. O valor pago por Marcos foi:
A R$ 1.089,00
B R$ 986,00
C R$ 869,00
D R$ 705,00
E R$ 649,00
QUESTÃO 158
Dois arbustos de espécies diferentes foram plantados no mes-mo dia e brotaram três dias depois. O gráfico a seguir compara o crescimento em centímetros dos dois arbustos em função do número x de dias após o plantio.
Espécie A
Espécie B
6
6 7 8 9 10
5
5
4
4
3
3
2
2
1
10
0
y x
y x
–
–
=
=
2 9
3
y x
y x
–
–
=
=
2 9
3
De acordo com as expressões algébricas que modelam o cres-cimento das espécies A e B, pode-se concluir que as curvas apresentadas no gráfico são arcos de:
A parábola (espécie A) e elipse (espécie B).
B hipérbole (espécie A) e parábola (espécie B).
C elipse (espécie A) e parábola (espécie B).
D elipse (espécie A) e hipérbole (espécie B).
E hipérbole (espécie A) e elipse (espécie B).
QUESTÃO 159
ICMS é a sigla que identifica o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Co-
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 31
municação. É um imposto que cada um dos Estados e o Distrito Federal podem instituir, como determina a Constituição Federal de 1988.
[...]
Esse imposto pode ser seletivo. Na maior parte dos casos o ICMS, que é embutido no preço, corresponde ao percentual de 18%. Entretanto, para certos alimentos básicos, como arroz e feijão, o ICMS cobrado é de 7%. Já no caso de produtos con-siderados supérfluos, como, por exemplo, cigarros, cosméticos e perfumes, cobra-se o percentual de 25%.
SÃO PAULO. Secretaria da Fazenda. ICMS. Extraído do site: <www.fazenda.sp.gov.br/oquee/oq_icms.shtm>. Acesso em: 17 jul. 2014.
Um comerciante deseja receber um determinado valor X pela venda de uma de suas mercadorias, mas sabe que deve pagar 18% de ICMS sobre o preço pelo qual essa mercadoria é ven-dida. Então, para que esse comerciante receba efetivamente o valor X esperado depois de descontados os 18% de ICMS, ele deve embutir esse tributo no preço Y de venda da mercadoria.
Assim, ele deve calcular o valor Y:
A dividindo X por 1,18.
B multiplicando X por 1,18.
C dividindo X por 0,82.
D multiplicando X por 0,82.
E dividindo X por 0,18.
QUESTÃO 160
Os vértices A(1, 0), B(5, 2) e C(1, y3) do triângulo da figura abaixo são representações geométricas dos números com-plexos z1, z2 e z3, respectivamente.
Im
Re
C
0
B
A
Sabendo que a área do triângulo ABC é igual a 10, a represen-tação algébrica do número z3 é:
A 1 + 5i
B 1 + 4i
C 1 + 10i
D 2 + 3i
E 5 + i
QUESTÃO 161
Dois amigos inventaram um jogo chamado Soma 97, com as seguintes regras:
• Passo 1: Para começar, o jogador 1 diz um número inteiro menor que 30;
• Passo 2: Em seguida, o jogador 2 diz um sucessor do número escolhido pelo jogador 1, e desse modo é definida a diferença entre esses dois números, porém essa diferença não deve ser maior do que 10;
• Passo 3: O jogador 2 acrescenta ao número dito pelo jogador 1 o valor da diferença definida no passo 2;
• Passo 4: O jogador 1 acrescenta novamente o valor da di-ferença definida no passo 2 ao número obtido no passo 3;
• Passo 5: Os jogadores 1 e 2 seguem fazendo a adição da diferença obtida no passo 2 aos números que forem sendo obtidos em cada passo, consecutivamente, até que a soma seja igual a 97;
• Passo 6: Caso a soma ultrapasse 97, a rodada não tem ven-cedor e o jogo recomeça com o jogador 2.
• Passo 7: Vence o jogador que disser 97 como resultado da sua soma.
Sabe-se que o jogador 1 disse o número 4. Então, o número que o jogador 2 deve dizer na primeira rodada para que na sua 16a soma encontre o resultado 97 e seja o vencedor da partida é:
A 3
B 4
C 5
D 6
E 7
QUESTÃO 162
A tabela a seguir apresenta os resultados dos dez primeiros jogos da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil.
seleção 1 no de gols seleção 2
Brasil 3 1 Croácia
Chile 3 1 Austrália
Espanha 1 5 Holanda
México 1 0 Camarões
Colômbia 3 0 Grécia
Uruguai 1 3 Costa Rica
Inglaterra 1 2 Itália
Costa do Marfim 2 1 Japão
Suíça 2 1 Equador
França 3 0 Honduras
Os valores da moda, da mediana e da média de gols marcados por partida são, respectivamente:
A 3; 3; 3
B 3; 3,5; 3,4
C 3; 4; 3
D 3; 3; 3,4
E 3; 3,5; 3,5
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 32
QUESTÃO 163
As taxas de juros voltaram a subir em abril, segundo a pes-
quisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade.
[...]
O maior reajuste foi na taxa do cartão de crédito, que subiu
0,44 ponto percentual no último mês, chegando a 10,52% ao
mês [...].
MELLO, Daniel. Taxas sobem e cartão de crédito cobra 232% de juros ao ano. Exame.com. Extraído do site: <http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/taxas-sobem-e-cartao-de-
credito-cobra-232-de-juros-ao-ano>. Acesso em: 10 jul. 2014.
Considerando as aproximações 1,10526 = 1,8 e 1,0526 – 1,4 e o reajuste indicado no texto, a taxa anual de juros cobrada pelo cartão de crédito é aproximadamente igual a:
A 324%
B 224%
C 196%
D 124%
E 96%
QUESTÃO 164
Cinco anos depois do início da crise econômica mundial,
marcada pela quebra do banco norte-americano Lehman Bro-
thers, os indicadores financeiros seguem apontando para uma
concentração da riqueza ao redor do globo.
CALIXTO, Dodô. Mapa da desigualdade em 2013. Operamundi. Extraído do site: <http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/31831/mapa+da+desigualdade+
em+2013+07%25+da+populacao+detem+41% 25+da+riqueza+mundial.shtml>. Acesso em: 11 jul. 2014.
O gráfico a seguir apresenta essa distribuição da riqueza mundial.
Pirâmide da riqueza mundial
0,7%têm acima de U$ 1 milhão
Divisão em % da população mundial por patrimônio/riqueza
Soma da riqueza/patrimônio do grupo social em dólares
U$ 98,7 trilhões
U$ 7,3 trilhões
U$ 33 trilhões
U$ 101,8 trilhões
22,9%têm entre U$ 10 mil e U$ 100 mil
7,7%têm entre U$ 100 mil e U$ 1 milhão
68,7%têm menos de U$ 10 mil
Fonte: James Davies, Rodrigo Luberas e Anthony Shorrocks, da Credit Suisse 2013 Global Wealth
Observa-se que, enquanto quase 70% da população detém apenas 3% da riqueza mundial, 0,7% da população detém:
A menos de 29% da riqueza mundial.
B entre 30% e 39% da riqueza mundial.
C entre 40% e 49% da riqueza mundial.
D entre 50% e 59% da riqueza mundial.
E mais de 60% da riqueza mundial.
QUESTÃO 165
A figura a seguir representa a personagem Eva, do filme Wall-e.
Considere que no processo de criação dessa personagem te-nha sido utilizado o gráfico a seguir, composto por uma circun-ferência com centro A(3, 1) e uma elipse com centro B(3, –2), focos C(3, 2) e D(3, –6) e eixo menor com medida 6. Observe que a circunferência e a elipse se tangenciam no ponto E(3, 3).
3
1
2
0
–16543210
B
D
A
C
E
–3
–5
–7
–2
–4
–6
y
x
As equações reduzidas da circunferência e da elipse são, res-pectivamente:
A ( ) ( )x y− + − =3 1 42 2 e ( ) ( )x y+ + − =39
225
12 2
.
B ( ) ( )x y− + − =3 1 42 2 e ( ) ( )x y− + + =3
92
251
2 2
.
C ( ) ( )x y+ + + =3 1 22 2 e ( ) ( )x y− + + =336
2100
12 2
.
D ( ) ( )x y− + − =3 1 22 2 e ( ) ( )x y− + + =3
362
1001
2 2
.
E ( ) ( )x y+ + − =3 1 42 2 e ( ) ( )x y− + + =36
210
12 2
.
Film
e de
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M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 33
QUESTÃO 166
Para simular um processo de despoluição de um lago, um professor utilizou uma vasilha de vidro com água e corante, formando uma mistura homogênea.
A simulação ocorre retirando-se 14
do volume de água colo-
rida da vasilha e repondo-o com água limpa, em processos sucessivos.
Considerando o momento inicial do processo com 20 mL de corante e 180 mL de água, após n retiradas e reposições, a quantidade Q (em mL) de corante contido na vasilha é obtida por:
A Qn
= ⋅
2034
B Qn
= ⋅
18034
C Qn
= ⋅
−
20034
1
D Qn
= ⋅
1534
E Qn
= ⋅
−
18034
1
QUESTÃO 167
A média geométrica de três números m, n e p representa a medida a da aresta de um cubo de mesmo volume que um prisma retangular reto cujas arestas medem m, n e p.
Sabendo que as arestas de um prisma retangular reto medem 3 cm, 6 cm e 12 cm, a medida da aresta de um cubo cujo volume é o mesmo que o do prisma é:
A 4 cm
B 6 cm
C 7 cm
D 10,5 cm
E 6 6 cm
QUESTÃO 168
Para diminuir a emissão de poluentes no ambiente, entre
eles o CO2, algumas empresas de aviação têm trocado o com-
bustível fóssil querosene por bioquerosene.
O primeiro voo comercial com o bioquerosene produzido
pela empresa Solazyme aconteceu em 2011, num Boeing 737-
-800 da United Airlines, entre as cidades de Houston e Chica-
go, numa distância de 1,7 mil quilômetros. Segundo dados da
Solazyme, o voo deixou de emitir cerca de 10 toneladas de
CO2 na atmosfera. Essa quantidade é equivalente ao percurso
de 48 mil quilômetros de um automóvel de passageiro médio
utilizando gasolina nos Estados Unidos.
OLIVEIRA, Marcos de. Voo verde. Pesquisa Fapesp. Extraído do site: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/07/11/voo-verde>. Acesso em: 11 jul. 2014. [Adaptado.]
Suponha que o automóvel citado percorra, em média, 12 mil quilômetros por ano utilizando gasolina e que a redução de CO2 do Boeing seja proporcional à distância percorrida.
Desse modo, ao fazer um voo de 17 mil quilômetros, a redução de emissão de CO2 do Boeing seria equivalente a:
A 4 anos de uso do carro.
B 10 anos de uso do carro.
C 12 anos de uso do carro.
D 40 anos de uso do carro.
E 100 anos de uso do carro.
QUESTÃO 169
O projeto de iluminação de uma praça com formato triangular inclui quatro postes. Três postes serão instalados nos vértices do triângulo ABC da figura abaixo e o quarto poste deverá ser equidistante a eles.
Para obter a localização correta do quarto poste, associa-se o triângulo ao plano cartesiano, de modo que as coordenadas dos vértices A, B e C são indicadas na figura a seguir.
y
5
5
0
0 10
B = (4, 7)
A = (2, 2)x
C = (12, 0)
As coordenadas do ponto D no qual o quarto poste deverá ser instalado são:
A (5; 3)
B (5; 4)
C (6; 3)
D (6; 4,5)
E (9; 1)
QUESTÃO 170
No plano cartesiano a seguir estão representadas três aveni-das de uma grande cidade de modo que o centro da cidade é a origem do sistema, a via leste-oeste da cidade é o eixo das abscissas (Ox), e as avenidas Pirapora e Santa Clara são representadas pelas retas AB e BC respectivamente.
Av. Pirapora Av. Santa Clara
y6
A O 3 C
x
B = (3, 6)
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 34
Um motorista seguia pela via leste-oeste e por distração entrou na Avenida Pirapora, seguindo até o ponto B de coordenadas (3, 6), quando percebeu o erro. Para retomar o seu caminho, entrou na Avenida Santa Clara, voltando à via leste-oeste no ponto C.
Se a reta AB tem equação 3x – 4y + 15 = 0 e é perpendicular à reta BC, então, sabendo que a unidade de escala dos eixos do sistema cartesiano equivale a 400 metros, pode-se concluir que a distância que o motorista estava do centro da cidade quando retornou à via leste-oeste (ponto C) era de:
A 300 m
B 1,5 km
C 750 m
D 7,5 km
E 3 km
QUESTÃO 171
Um jogo de loteria consiste em escolher cinco números entre 1 a 30. Em um dos sorteios dessa loteria, os cinco números sorteados, quando colocados em ordem crescente, formaram uma progressão aritmética de razão 3. Sabe-se que a soma dos termos dessa progressão resulta 75. O primeiro termo dessa sequência é:
A 1
B 6
C 9
D 15
E 18
QUESTÃO 172
O saldo de gols de uma partida de futebol é obtido pela dife-rença entre os gols marcados pelo time (gols pró ou GP) e os gols sofridos (gols contra ou GC).
Em uma rodada de um campeonato, o time A participou de três partidas. Os saldos de gols nessas três partidas formam uma
progressão geométrica de razão − 12
. O resultado do time A
na última partida foi:
gP gc
1 0
Um possível resultado do time A no primeiro jogo é:
A gP gc
4 1
B gP gc
4 0
C gP gc
0 2
D gP gc
2 1
E gP gc
1 2
QUESTÃO 173
Antônio recebeu uma herança de R$ 200.000,00. Pensando em como investir o dinheiro, Antônio pesquisou dois tipos de aplicações financeiras:
aplicação rendimento
A 1,5% a.a.
B 0,5% a.m.
Após analisar as duas possibilidades, Antônio concluiu que o investimento que lhe oferecerá o melhor rendimento após um ano é a aplicação:
Dado: , ,1005 10612( ) =
A A, pois renderá R$ 3.000,00 a mais que a aplicação B.
B B, pois renderá R$ 9.000,00 a mais que a aplicação A.
C A, pois renderá R$ 9.000,00 a mais que a aplicação B.
D B, pois renderá R$ 12.000,00 a mais que a aplicação A.
E A, pois renderá R$ 12.000,00 a mais que a aplicação B.
QUESTÃO 174
Um acidente em uma usina nuclear contaminou uma área gran-de em seu entorno. Os aparelhos utilizados para calcular a área de contaminação apontaram a equação x y2 2 40000+ = para descrever o contorno da área contaminada. O resultado da medição foi calculado utilizando como unidade de medida o metro. Assim, considerando π = 3, a contaminação provocada pelo acidente corresponde a:
A uma área de 200 metros quadrados.
B uma área de 400 metros quadrados.
C uma área de 20 000 metros quadrados.
D uma área de 40 000 metros quadrados.
E uma área de 120 000 metros quadrados.
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 35
QUESTÃO 175
Uma campanha municipal para a redução de energia elétrica aplicada ao primeiro semestre de 2014 oferece um desconto de 20% na fatura das residências que apresentarem uma economia de, no mínimo, 30% de energia elétrica em relação ao mês anterior.
O quadro a seguir apresenta os dados da fatura de energia elétrica do mês de abril de uma família.
vencimento consumo faturado (KWh) valor (r$)
15/4/2014 150 108
Se na fatura do mês de maio o consumo de energia dessa família for reduzido para 100 KWh, o valor cobrado será:
A R$ 57,60
B R$ 60,48
C R$ 72,00
D R$ 75,60
E R$ 86,40
QUESTÃO 176
A previsão do tempo para a região onde se localiza uma praia com grande movimento de turistas está descrita abaixo:
segunda Terça quarta quinta sexta sábado domingo
Temperatura mínima (°c) 24 23 23 24 22 23 24
Temperatura máxima (°c) 31 29 29 30 28 29 30
Assim, as temperaturas dessa previsão apresentam uma:
A média de, aproximadamente, 24 °C para as temperaturas mínimas apresentadas.
B mediana de, aproximadamente, 26 °C para todas as temperaturas apresentadas.
C moda de, aproximadamente, 23 °C para as temperaturas máximas apresentadas.
D média de, aproximadamente, 28 °C para todas as temperaturas apresentadas.
E mediana de, aproximadamente, 24 °C para as temperaturas mínimas apresentadas.
QUESTÃO 177
Ao comprar esmaltes importados pela internet, Camila observou que as embalagens apresentavam uma unidade de medida diferente, como o exemplo a seguir.
0,5 f l oz
l l ozoz
Fonte: <http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-verniz-para-as-unhas-roxo-com-tamp%C3%A3o-de-prata-image38995432>. Acesso em: 14 jul. 2014.
Desejando descobrir a quantidade de mL correspondente ao volume da embalagem de esmalte, Camila pesquisou e des-cobriu que a unidade utilizada é a onça fluida (fl oz), que cor-
Jane
Kel
ly/S
hutte
rsto
ck/G
low
Imag
es
responde a aproximadamente 2,95 cL. Assim, Camila realizou as conversões e concluiu que a embalagem contém:
A 5,75 mL
B 10,5 mL
C 14,75 mL
D 22,75 mL
E 29,5 mL
QUESTÃO 178
Para a fabricação de uma pequena embalagem, utiliza-se o seguinte modelo:
h
h
h h
y
x
M - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 36
Esse modelo é feito a partir de um retângulo de dimensões x e y, do qual são retirados quatro quadrados de lado h, que cor-responde à altura da embalagem. Nas especificações desse modelo, encontram-se as seguintes informações:
• O produto das medidas dos lados do retângulo do modelo deve ser sempre igual a 18 cm.
• A soma das medidas dos lados do retângulo do modelo deve ser sempre igual a 9 cm.
• A altura da embalagem não deve ultrapassar 3 cm.
• O volume da embalagem deve ser o maior possível.
Analisando essas especificações, é possível concluir que a medida da altura h da embalagem se encontra no intervalo:
A 0 1 5; ,] [B 1 5 2 0, ; ,] [C 2 0 2 5, ; ,] [D 2 5 2 7, ; ,] [E 2 7 3 0, ; ,] [
QUESTÃO 179
Uma peça de teatro interativa foi apresentada em um salão onde foram posicionados dois palcos e, entre eles, as me-sas nas quais os espectadores iriam sentar-se. O palco 1, P1, é um palco circular pequeno no qual fica posicionado um único ator e o palco 2, P2, é um palco retangular onde posicionam-se os demais atores. A imagem abaixo ilustra a disposição do salão:
P2
P1
Sabe-se que a organização do evento tomou o cuidado de manter cada mesa igualmente distante dos dois palcos. Assim, a curva formada pelas mesas dos espectadores é:
A uma circunferência.
B uma parábola.
C uma hipérbole.
D uma semicircunferência.
E uma elipse.
QUESTÃO 180
[O Prouni] é um programa do Ministério da Educação, cria-
do pelo Governo Federal em 2004, que concede bolsas de
estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de
ensino superior, em cursos de graduação e sequenciais de
formação específica, a estudantes brasileiros, sem diploma
de nível superior.
BRASIL. Ministério da Educação. O que é o Prouni. Extraído do site: <http://siteprouni.mec.gov.br>. Acesso em: 14 jul. 2014.
O gráfico abaixo apresenta a distribuição dos bolsistas do Prouni dentre as regiões do Brasil no segundo semestre de 2013:
BolsisTas Por região
6%10%
15%
19%
51%
NorteCentro-OesteNordesteSulSudeste
Fonte: Sisprouni 6/11/2013
De acordo com o gráfico, mais da metade dos bolsistas do Prouni está concentrada na região Sudeste, o que correspon-de a 649 286 estudantes. Então, nesse período, o número de bolsistas do Prouni no Brasil era aproximadamente:
A 650 000
B 953 000
C 1 150 000
D 1 273 000
E 1 353 000
LC - 2o dia | Caderno 2 – Azul – Página 37
ra
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Transcreva a sua redação para a Folha de redação
1
2
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