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Seminário de Integração e Missão de Supervisão Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para a Biodiversidade – Probio II Laboratório de Biotecnologia do Solo Londrina, Paraná [email protected] [email protected] Mariangela Hungria Marco Antonio Nogueira Componente 1. Priorização da Biodiversidade em Setores Governamentais Sistema de Plantio Direto e seus Impactos na Conservação da Biodiversidade

Sistema de Plantio Direto e seus Impactos na Conservação ... · “A capacidade de um solo, dentro dos limites de seu ecossistema natural ou manejado, de sustentar a produtividade

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Seminário de Integração e Missão de Supervisão

Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para a Biodiversidade – Probio II

Laboratório de Biotecnologia do Solo

Londrina, Paraná

[email protected]

[email protected]

Mariangela Hungria Marco Antonio Nogueira

Componente 1. Priorização da Biodiversidade em Setores Governamentais

Sistema de Plantio Direto e seus Impactos na Conservação da Biodiversidade

“A capacidade de um solo, dentro dos limites de seu ecossistema natural ou manejado, de sustentar a produtividade de plantas e animais, manter ou melhorar a qualidade da água e do ar, garantindo a saúde e permitindo a habitação humana”

Conceito: início da década de 1990, E.U.A.

Definição: Soil Science Society of America Agronomy News, Junho 1995

Qualidade do Solo “soil quality”, “soil health”

Antes Depois

Estrutura do solo

Plantio convencional

PD – Cerrados

PD – Região Sul do Brasil

Plantio direto

Fotos: Dra. Iêda C. Mendes

Fotos: Agrisus

Fotos: IAPAR

pequenos agricultores

Grandes e....

Fotos: Grupo Pinesso

Tecnologia aplicável a ....

Primeira Etapa do Projeto:

Quantificação da Microbiota

do Solo

Parte viva da matéria orgânica do solo, incluindo todos os

organismos menores do que 5 x 10-3 µm3, tais como fungos,

bactérias, leveduras, microfauna, protozoários

Biomassa microbiana do solo

Extração

K2SO4 0,5M

C - colorimetria N - colorimetria

solo

NaOH

Incubação 7/20 Dias

C - titulação N - colorimetria

Biomassa microbiana do C e do N

Clorofórmio isento álcool

Não fumigada amostra

Fumigada amostra

Ensaio de 14 anos, Londrina Manejo do solo – 1) Plantio direto; 2) Plantio convencional; 3) Escarificador a cada 3 anos Manejo das culturas – 1) Sucessão soja/trigo; 2) Rotação soja/trigo/trevo branco/milho/aveia preta

Bioindicadores microbiológicos foram mais efetivos do que parâmetros químicos e físicos

Estudo 1)

+ BM-C – 80% + BM-N – 104%

Parâmetros microbiológicos

Londrina, 5 anos

Londrina, 2 anos + BM-C – 15% + BM-N – 18%

Parâmetros físicos, químicos, estabilização do rendimento

após 5-10 anos

INDICADORES DE QUALIDADE DO SOLO

Magnitude

+ BM-C – 74% + BM-N – 140% Londrina, 14 anos

Experimento 1 - 26 anos: (1) PD; (2) PC; (3) SS; (4) grade pesada (GP), com (i) (SC) soja/trigo

Experimento 2 – 21 anos: (1) PC e (2) PD com (i) SC soja trigo; (ii a viii) 7 rotações de cultura (RC) com soja, trigo, tremoço, nabo forrageiro, aveia preta;

Experimento 3 – 14 anos: (1) PD de 4 anos (novo); (2) PD de 14 anos; com (i) SC soja/trigo; (ii e iii) (RC)

Experimento 4 – 10 anos: (1) PC; (2) PD e (i a iii) RC

Estudo 2)

Plantio convencional

Grade pesada 300

350

400

450

PC GP ES PD

BM-Ca

ab ab b

Escarificador

Plantio direto

30

40

50

60

70

PC GP ES PD

BM-N a

b

c c

(µg C ou N g-1 solo seco)

Silva et al., Field Crops Res. (2010)

Tempo PD

BM-C BM-N BM-C/BM-N Rendimento

(anos) -------µg C/N g-1 solo seco ----- -------------- ----(kg ha-1) ----

Manejo do Solo ------------------- -------------- ------------- ---------------

PC PD PC PD PC PD PC PD

4 261 B 316 A 30 B 53 A 8.7 A 6.0 B 2988 A 3173 A

10 299 B 431 A 36 B 72 A 8.3 A 6.0 B 6985 B 7628 A

14 261 B 451 A 30 B 65 A 8.7 A 6.9 B 2988 B 3399 A

26 303 B 430 A 33 B 61 A 9.2 A 7.0 B 2058 B 3472 A

Silva et al., Field Crops Res. (2010)

Soja Milho Soja Soja

“Não há evidências conclusivas de incremento na matéria orgânica do solo ou de sequestro de C pelo PD, pois a maioria dos estudos analisou ensaios a uma profundidade de 30 cm ou menos. Baker et al. (2007)”

“Não há diferenças quando os dados são corrigidos para a densidade do solo”

Estudo 3)

0-5 5-10 10-20 20-30 30-40 40-50 50-60

Profundidade (cm)

PD X PC 20 anos

Babujia et al., Soil Biol. Biochem. (2010)

20 anos

COTS (Mg C/ha)

0

50

100

150

200

NT NT CT CT

0-30 0-60 0-30 0-60

Carbono orgânico total do solo

60% 58%

a b

BM-C (Mg C/ha)

0

1

2

3

NT NT CT CT

0-30 0-60 0-30 0-60

70% 59%

Biomassa microbiana de C

a b

NTS (Mg N/ha)

0

5

10

15

20

NT NT CT CT

0-30 0-60 0-30 0-60

Nitrogênio total do solo

70% 65%

a a

BM-N (Mg N/ha)

0

0,05

0,1

0,15

0,2

NT NT CT CT

0-30 0-60 0-30 0-60

Biomassa microbiana de N

79%

68% a b

0,8 Mg C/ha/ano

70 kg N/ha/ano

Biomassa microbiana – 38 kg C/ha/ano

Biomassa microbiana – 1,5 kg N/ha/ano

Babujia et al., Soil Biol. Biochem. (2010)

+ Rádio + Revista + TV

Estudo 4)

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

0 5 10 15 20 25

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

0 5 10 15 20 25

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

0 5 10 15 20 25

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

0 5 10 15 20 25

Tempo (anos) Tempo (anos)

Tempo (anos) Tempo (anos)

C o

rgânico

tot

al do

solo

Biomass

a m

icro

biana

de C

Biomass

a m

icro

biana

de C

/ C o

rgânico

tot

al do

solo

Quo

cient

e r

esp

irató

rio

(qCO

2)

2

n=83 n=67

n=23 n=26 n=34

n=18 n=10

n=19

n=30

n=24

n=38 n=17

n=4

n=20

n=14

n=60

n=18

n=7

n=11

n=18

(a) (b)

(c) (d)

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

0 10 20 30 40 50 60 70

(b1)

Meta-análise de 233 tratamentos - dados de ensaios comparando plantio direto (PD) e plantio convencional (PC)

Kaschuk et al., Soil Biol. Biochem. (2010)

maior eficiência metabólica dos microrganismos do solo

incremento na biomassa microbiana do solo

Bioma R IC n

Amazônia 1,02 0,10 – 10,45 2

Floresta Atlântica 0,68 0,63 – 0,72 105

Cerrado 0,84 0,78 – 0,91 65

Pampas 0,73 0,62 – 0,87 16

Geral 0,74 0,71 – 0,78 188

Kaschuk et al., Soil Biol. Biochem. (2010)

BM-C – PC X PD

Foto: Dr. Julio C. Franchini

PD PC

26% menos BM-C no PC

Estudo 5)

Tratamento Controle MB-C (Relação)

Culturas perenes Floresta 0,66

Pastagem Floresta 0,68

Culturas anuais Floresta 0,44

Culturas anuais Culturas perenes 0,87

Culturas anuais Pastagem 0,74

Tratamento Controle Bioma BM-C (Relação)

Culturas perenes Floresta Amazônia 0,27

Floresta Atlântica 0,70

Caatinga 1,14

Cerrado 0,57

Pastagem Floresta Amazônia 0,81

Floresta Atlântica 0,97

Caatinga 0,70

Cerrado 0,53

Culturas anuais Floresta Amazônia 0,35

Floresta Atlântica 0,59

Cerrado 0,42

Culturas anuais Culturas perenes Amazônia 1,16

Floresta Atlântica 0,74

Cerrado 0,94

Culturas anuais Pastagem Floresta Atlântica 0,65

Caatinga 0,52

Cerrado 0,86

Pampas 0,68

Meta-análise indicando o efeito dos diferentes manejos na BM-C

Kaschuk et al., Plant Soil (2010)

Conceitos combinados

resiliência (capacidade dos microrganismos do solo de recuperar a integridade funcional e estrutural após um impacto)

Cerrado < Amazônia < Floresta Atlântica < Caatinga

resistência (capacidade dos microrganismos do solo de resistir a mudanças imediatamente após um impacto)

Amazônia < Cerrado < Floresta Atlântica < Caatinga

Kaschuk et al., Plant Soil (2010)

2011

Finalização do banco de dados (quantitativo)

Segunda Etapa do Projeto:

Avaliação da Biodiversidade

do Solo

Sistema de eletroforese vertical

Diversidade genética: DGGE

Soil

Genes ribossomais: 16S, 18S

M 3 4 5 6 71 2 8 9M 3 4 5 6 71 2 8 9

Jaccard (Tol 1.0%-1.0%) (H>0.0% S>0.0%) [0.0%-100.0%]

DGGE

100

8060

DGGE

02

04

06

01

08

05

07

03

09

Gra

dien

t of d

esna

ura

tion

Comunidade Bacteriana

Metagenoma e metaproteômica do PD X PC Rotação e sucessão de culturas

2011

PC

R

PC

S

PD

R

PD

S

Biodiversidade (Genética e funcional)

Abrangência

Já há alguns dados conclusivos para subsidiar políticas agrícolas (por exemplo, COP 15, plantio direto) Já estamos sendo procucrados pela iniciativa privada Perspectivas fascinantes para as avaliações da biodiversidade microbiana do solo. Podem ser decisivos para a implementação de uma Política Nacional de Biodiversidade

Início: 03/2009

Nome Função ADRIANA PEREIRA DA SILVA CNPq - PhD

EDUARA FERREIRA ANALISTA A

JOSÉ ZUCCA DE MORAES TÉCNICO AGRICOLA

LETICIA CARLOS BABUJIA PROBIO - PhD

LIGIA MARIA DE OLIVEIRA CHUEIRE ASSISTENTE DE PESQUISA

MARCO ANTONIO NOGUEIRA PESQUISADOR

MARIANGELA HUNGRIA PESQUISADORA

MIGUEL PEREIRA DE SOUZA TECNICO AGRICOLA

PÂMELA MENNA PEREIRA CNPq - POS-DOC

REBECA DALL´AGNOL PROBIO - MSc

RENATA CAROLINI DE SOUZA CNPq - MSc

LEOPOLDO SUSSUMI MATSUMOTO CNPq – POS-DOC

RINALDO BENEDITO CONCEIÇÃO ASISTENTE DE OPERAÇÕES

Equipe