28
CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 – MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico (IAC) Centro de Cana – Ribeirão Preto – SP Julho - 2017

SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 – MATURAÇÃO

SISTEMA DE PRODUÇÃO EM

Prof. Dr. Carlos AzaniaPesquisador Científico VI do Instituto Agronômico (IAC)

Centro de Cana – Ribeirão Preto – SP

Julho - 2017

Page 2: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

ETAPA I

ENTENDENDO A FORMAÇÃO DE AÇÚCAR (SACAROSE)

Page 3: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

ECONÔMICA

quando a cana atinge o

teor mínimo de

sacarose de 13% do

peso do colmo,

necessário para que

possa ser viável

industrialmente.

BOTÂNICA

a cana só é considerada

madura após a emissão de

flores e a formação de

sementes. Na reprodução

por toletes, a maturação é

considerada quando as

gemas estão em condições

de dar origem a novas

plantas

FISIOLÓGICA

a maturação ocorre

quando o colmo

atinge seu máximo

armazenamento de

açúcar (sacarose);

PROCESSO DA MATURAÇÃO

ROSSETTO, R

Page 4: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

IAs IAs IAs

IAs IAs IAs

IAs IAs IAs

IAs IAi IAi

IAs IAs IAs

IAi IAi IAi

IN

IAs IAi IAi

IAi IAi IAi

IN IN IN

IAi IAi IAi

IAi IAi IAi

IN IN IN IN

IAs IAs IAs

IAi IAi IAi

IN

Enzimas: invertase ácida e invertase neutra

Page 5: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

ATPNADPH

fitocromo

glicose + frutose

IAs(glicosefrutose)

IAiIN

(sacarose)

Page 6: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

ETAPA II

INTERPRETANDO OS RESULTADOS DE SACAROSE NA CANA-DE-AÇÚCAR

Page 7: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

BRIX%caldo

Page 8: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

AR

AR

AR

SAC

SAC

SAC

SAC

aa

aa

aa

P2O5

P2O5

K2O

K2O SAC

BRIX%caldo

Pol%caldo

(1,00621 x LAl + 0,05117)*(0,2605 - 0,0009882 x B)

LAI=leitura sacarimétricaB=Leitura Brix

PrZ%caldo

(Pol%caldo*100)/Brix%caldo

sólidos solúveis totais

% SAC+glicose dentro dos sólidos solúveis totais(Pol aparente)

“cálculo” descarta a glicose da Pol

AR%caldo

3,41-(0,0343*PrZ)

% AR dentro dos sólidos solúveis

Brix + LAI (variáveis determinadas)

VARIÁVEIS DETERMINADAS E CALCULADAS

Page 9: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

Fibra Pol AR ATR

amostra % cana % cana % cana kg aç t cana

1 11,25 8,07 0,98 85,85

2 11,79 12,54 0,66 125,47

PBU (variável determinada)

F = 0,08 x PBU + 0,876

PC = PoL caldo x (1 - 0,01 x F) x C,

C = 1,0313 – 0,00575 x F

ARC = AR x (1 – 0,01 x F) x C

ATR = 9,5263 x PC + 9,05 x ARC

Page 10: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

BRIX LAI POL AR PRZ PBU FIBRA POL AR ATR

%caldo %caldo %caldo %caldo %caldo %cana %cana %cana %cana %cana

1 12,97 37,76 9,42 1,15 72,66 129,68 11,25 8,08 0,986 85,93

2 13,5 40,31 10,04 1,09 74,35 133,05 11,52 8,57 0,931 90,08

3 14 45,12 11,21 0,89 80,08 133,05 11,52 9,57 0,764 98,11

4 15,5 52,33 12,92 0,78 83,37 133,05 11,52 11,03 0,667 111,16

5 17,67 60,36 14,77 0,77 83,61 136,42 11,79 12,56 0,657 125,56

leitura sacarimétrica (SAC+glicose)

6 17,67 55,02 13,47 1,03 76,22 136,42 11,79 11,45 0,873 116,94

A medida que o processo de maturação da cana-de-açúcar se intensifica, o Brix%caldose concentra indicando mais sólidos solúveis presentes no caldo.

Simultaneamente se a LAI (leitura sacarimétrica) também aumenta, significa que aconcentração de Pol e glicose são as principais responsáveis pelo aumento do Brix

Simultaneamente se a LAI (leitura sacarimétrica) decresce, significa que aconcentração de Pol e glicose não são responsáveis pelo aumento do Brix,

mas sim outros sólidos.

Page 11: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

ETAPA III

FLORESCIMENTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Page 12: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico
Page 13: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

• concentração de sacarose nos

colmos – “chochamento “

• senescência do ápice do colmo

PREJUÍZOS DO FLORESCIMENTO

Page 14: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

•Suspensão da irrigação

• desfolhação do ápice (folhas novas)

• alocação de cultivares

• reguladores de crescimento (maturador)

PREVENÇÃO AO FLORESCIMENTO

Page 15: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

ETAPA III

USO DOS MATURADORES OU REGULADORES DE CRESCIMENTO

Page 16: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

INDIRETA

Qualidade da matéria prima

Gerenciamento safra

Não afetar os canaviais

Não afetar os processos industriais

DIRETA

Inibição do florescimento

Antecipar POL (inicio de safra)

Manter POL (final da safra)

RESPOSTAS DOS MATURADORES

Page 17: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

FEVEREIRO/ABRIL

Acumular sacarose mais rapidamente

Início da fase acumulo de sacarose.

Minimizar o efeito do florescimento

SETEMBRO/OUTUBRO

Manter a sacarose acumulada

final da fase acumulo de sacarose.Sub doses de herbicidas

APLICAÇÃO

Page 18: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

Hormonais (retardantes do crescimento)

etefon Ethrel, Ethrel 720, ZAZ

trinexapaque-etílico Moddus

Estressantes (inibidores do crescimento)

sulfumeturon-metílico Curavial

glifosato Roundup

cletodim Centurion

bispiribaque sódio Riper

fluazifop-P-butilico Fusilade 250

Outros

Biocatalisador Atrium

Nutricionais boro, silício, potássio

Page 19: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

ETAPA IV

EFEITOS DOS MATURADORES OU REGULADORES DE CRESCIMENTO

Page 20: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

•Paralisação do crescimento da planta e o não

florescimento

As plantas param de crescer e não emitem folhas novas, diminui a quantidade de fitocromos e a

planta não consegue receber o estímulo fotoperiódico necessário à indução da gema de

crescimento para floral.

EFEITOS MATURADORES

Page 21: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

•Antecipação no acumulo de sacarose

As plantas tratadas com maturador tendem a acumular sacarose mais rápido, permitindo a colheita antecipada da cana-de-açúcar.

EFEITOS MATURADORES

testemunha

maturador

15 30 45 60 75

Page 22: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

EFEITOS MATURADORES

•Menor prejuízo à gema apical

É conveniente que as gemas apicais tratadas com maturador não morram, evitando “porta de entrada de microrganismos”. Pode ocorrer

brotação lateral, que é melhor que a morte da gema porque as brotações laterais fotosintetizam

e produzem sacarose.

Page 23: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

EFEITOS MATURADORES

•Reduzir isoporização e manter a produtividade

A paralisação do crescimento da planta evita o florescimento devido a redução no número de

fitocromos (menor folhas novas), consequentemente, não ocorre a isoporização e a

produtividade é mantida.

Page 24: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

kg t cana kg ha (m=85 t ha)

trinexapac-ethyl 30 DAA 4,33 368,05

trinexapac-ethyl 50 DAA 4,75 403,75

sulfometuron-methyl 30 DAA 12,21 1037,85

sulfometuron-methyl 50 DAA 10,08 856,8

qt ATR > testemunha

kg t cana kg ha (m=85 t ha)

trinexapac-ethyl 30 DAA 8,49 721,65

trinexapac-ethyl 50 DAA 6,9 586,5

sulfometuron-methyl 30 DAA 5,24 445,4

sulfometuron-methyl 50 DAA 3,4 289

qt ATR > testemunha

Page 25: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

kg t cana kg ha (m=85 t ha)

trinexapac-ethyl 15 DAA 12,89 1095,65

trinexapac-ethyl 30 DAA 3 255

sulfometuron-methyl 15 DAA 9,11 774,35

sulfometuron-methyl 30 DAA 11,28 958,8

qt ATR > testemunha

kg t cana kg ha (m=85 t ha)

trinexapac-ethyl 15 DAA 11,01 935,85

trinexapac-ethyl 30 DAA 10,45 888,25

sulfometuron-methyl 15 DAA 5,46 464,1

sulfometuron-methyl 30 DAA 6,43 546,55

qt ATR > testemunha

Page 26: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

95

100

105

110

115

120

125

130

135

140

21 35 50

ATR

(kg

açú

car

t ca

na)

dias após tratamento

Maturadores aplicados em início de safra (fevereiro) RB925211

testemunha etefon sulfometuron-methyl trinexapac-ethyl bispiribac-sodium

Page 27: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

95

100

105

110

115

120

125

130

135

140

13 27 48

ATR

(kg

açú

car

t ca

na)

dias após tratamentos

Maturadores aplicados em início de safra (março) RB855453

testemunha etefon sulfometuron-methyl trinexapac-ethyl bispiribac-sodium

Page 28: SISTEMA DE PRODUÇÃO EM CANA-DE-AÇÚCAR · CANA-DE-AÇÚCAR AULA 10 –MATURAÇÃO SISTEMA DE PRODUÇÃO EM Prof. Dr. Carlos Azania Pesquisador Científico VI do Instituto Agronômico

OBRIGADO!!!