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Sistema dos Recursos Trabalhistas

Sistema dos Recursos Trabalhistas - ltr.com.br · Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Teixeira Filho, Manoel Antonio

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1.ª edição — 1987

2.ª edição — 1988

3.ª edição — 1989

4.ª edição — 1991

5.ª edição — 1991

6.ª edição — 1992

7.ª edição — 1993

8.ª edição — 1995

9.ª edição — 1997

10.ª edição — 2003

11.ª edição — 2011

12.ª edição — 2014

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MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

Advogado. Juiz aposentado do TRT da 9.a Região. Fundador da Escola da Associação dos Magistrados do Trabalho do Paraná. Membro do Instituto

Latino-Americano de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social; daSociété Internationale e Droit du Travail et de la Sécurité Sociale; do Insti-

tuto dos Advogados do Paraná; da Academia Brasileira de Direitodo Trabalho; da Academia Paranaense de Letras Jurídicas; do Instituto dos

Advogados de São Paulo; Professor Emérito ma Faculdade de Direitode Curitiba – UNICURITIBA

Sistema dos RecursosTrabalhistas

12.a Edição

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Teixeira Filho, Manoel Antonio

Sistemas dos recursos trabalhistas / Manoel Antonio Teixeira Filho. — 12. ed. — São Paulo : LTr, 2014. Bibliografi a.

Direito do trabalho — Brasil 2. Recursos (Direito) 3. Recursos (Direito) — Brasil I. Título.

)18(133:559.743-UDC 75230-41

Índice para catálogo sistemático:

1. Brasil : Recursos : Direito processualdo trabalho 347.955:331(81)

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Produção Gráfi ca e Editoração Eletrônica: Peter Fritz Strotbek

Projeto de Capa: Fabio Giglio

Impressão: Graphium

Maio, 2014

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Versão impressa - LTr 5068.1 - ISBN 978-85-361-2959-4Versão digital - LTr 7804.5 - ISBN 978-85-361-3018-7

À Rosangela,ao Manuel Neto e

ao João Luís —razão de tudo.

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7SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

Índice Sistemático da Matéria

Preâmbulo ............................................................................................................................... 17

Preâmbulo à 12.ª edição ......................................................................................................... 21

Primeira Parte — Generalidades

Capítulo I — O Reexame das Decisões Judiciais ao Longo dos Tempos ............................ 251. Escorço histórico ................................................................................................................ 25 1.1. Babilônia ...................................................................................................................... 27 1.2. Índia ............................................................................................................................. 28 1.3. Hebreus ........................................................................................................................ 28 1.4. Egito .............................................................................................................................. 28 1.5. Islã ................................................................................................................................. 29 1.6. Grécia ............................................................................................................................ 29 1.7. Roma ............................................................................................................................. 29 1.8. Direito canônico............................................................................................................ 31 1.9. Direito reinol português ................................................................................................ 31 1.10. O direito processual moderno .................................................................................... 33 a) O processo civil. Portugal e Brasil ......................................................................... 33 b) A legislação processual trabalhista. O advento da CLT ......................................... 35 b.1.) o anteprojeto de 1952 ................................................................................... 38 b.2.) o anteprojeto de 1963 ................................................................................... 39 b.3.) o anteprojeto de 1991 ................................................................................... 41

Capítulo II — Propedêutica ................................................................................................... 421. Recurso e impugnação das resoluções judiciais .................................................................. 42 1.1. Recursos ........................................................................................................................ 44 1.2. Ações autônomas de impugnação ................................................................................. 44 1.3. Medidas saneadoras ...................................................................................................... 45 1.4. Providências corretivas ................................................................................................. 45 1.5. Providências ordenadoras do procedimento ................................................................. 45 1.6. Atos protetivos de direitos ............................................................................................ 452. Duplo grau de jurisdição ..................................................................................................... 46 2.1. Duplo grau e Constituição ............................................................................................ 513. O princípio da lesividade da decisão ................................................................................... 55 4. Etimologia e conceito de recurso ...................................................................................... 57 4.1. Etimologia ................................................................................................................. 57 4.2. Conceito .................................................................................................................... 58

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8 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

5. Finalidade dos recursos e fundamento do direito de recorrer .......................................... 63

6. Natureza jurídica .............................................................................................................. 64

7. Classifi cação dos recursos................................................................................................. 66

8. Recurso e direito intertemporal ........................................................................................ 72

9. Atos judiciais sujeitos a recurso ....................................................................................... 74

9.1. Sentenças ................................................................................................................... 77

9.1.1. Somente o decisum é impugnável .................................................................... 82

9.2. Irrecorribilidade das decisões interlocutórias ............................................................ 86

9.3. Irrecorribilidade dos meros despachos de expediente ............................................... 87

10. Condição jurídica da sentença recorrível ......................................................................... 88

11. Sentenças irrecorríveis ...................................................................................................... 89

a) Salário mínimo ............................................................................................................. 90

b) Momento de determinação da alçada ........................................................................... 91

c) Valor determinante da alçada ....................................................................................... 92

d) Falta e fi xação do valor da causa .................................................................................. 94

e) Matéria constitucional .................................................................................................. 94

f) Recurso pelas pessoas jurídicas de direito público ....................................................... 95

g) Reunião de autos .......................................................................................................... 97

h) Ação rescisória ............................................................................................................. 97

i) Embargos de declaração ................................................................................................ 98

12. A pessoalidade dos meios recursais .................................................................................. 98

12.1. Que meios o processo do trabalho reserva para a sanação das decisões que impli- carem a reformatio in peius? ..................................................................................... 101

13. O princípio da unirrecorribilidade ................................................................................... 102

14. Os princípios da variabilidade e da fungibilidade ............................................................ 103

14.1. Variabilidade ............................................................................................................ 103

14.2. Fungibilidade .......................................................................................................... 105

14.3. Síntese dos princípios recursais examinados .......................................................... 107

15. Forma de interposição dos recursos ................................................................................. 107

15.1. A interposição de recurso mediante fac-símile ........................................................ 110

15.2. A interposição de recurso por meio eletrônico ....................................................... 111

16. Pressupostos recursais ...................................................................................................... 112

16.1. Subjetivos (intrínsecos) ........................................................................................... 112

a) Legitimação ......................................................................................................... 112

b) Interesse .............................................................................................................. 114

c) Capacidade .......................................................................................................... 118

d) Representação ..................................................................................................... 118

16.2. Objetivos (ou intrínsecos) ....................................................................................... 120

a) Recorribilidade do ato ........................................................................................ 120

b) Regularidade formal do ato ................................................................................ 120

c) Adequação .......................................................................................................... 121

d) Tempestividade ................................................................................................... 122

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9SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

d.1.) Princípio da utilidade dos prazos .............................................................. 125 d.2.) Princípio da continuidade .......................................................................... 127 d.3.) Princípio da inalterabilidade ...................................................................... 127 d.d.) Princípio da peremptoriedade ................................................................... 127 d.e.) Princípio da preclusão ................................................................................ 128 e) Representação ..................................................................................................... 133 f) Depósito pecuniário ........................................................................................... 137 g) Custas ................................................................................................................. 146 h) Delimitação de matérias e valores ...................................................................... 158 i) Prequestionamento ............................................................................................. 158 j) Transcendência ................................................................................................... 159 k) Falta de impugnação dos fundamentos da decisão ............................................ 159 l) Sentença em conformidade com Súmula ........................................................... 160 m) Recurso em confronto com Súmula ................................................................... 160 n) Decisão recorrida em harmonia com Súmula ou com jurisprudência dominante 161 o) Repercussão geral ............................................................................................... 16217. Juízo de admissibilidade ................................................................................................... 16218. Recurso pelas pessoas jurídicas de direito público ........................................................... 16719. Recurso e litisconsórcio .................................................................................................... 16920. Recurso interposto por terceiro ........................................................................................ 17221. Recurso interposto por ambas as partes ........................................................................... 17422. Recurso total e recurso parcial .......................................................................................... 17623. Aceitação tácita da sentença ............................................................................................. 17924. Desistência do recurso ...................................................................................................... 18125. Renúncia ao direito de recorrer ........................................................................................ 18426. Efeitos dos recursos .......................................................................................................... 186

a) Efeito devolutivo .......................................................................................................... 186

b) Efeito suspensivo.......................................................................................................... 187

c) Efeito expansivo ........................................................................................................... 188

d) Efeito translativo .......................................................................................................... 188

e) Efeito substitutivo ........................................................................................................ 190

27. As questões de fato não propostas perante o órgão de primeiro grau .............................. 201

28. As nulidades arguidas no recurso ..................................................................................... 204

28.1. Princípio da transcendência .................................................................................... 206

28.2. Princípio da instrumentalidade ............................................................................... 208

28.3. Princípio da convalidação ....................................................................................... 210

28.4. Princípio da proteção .............................................................................................. 210

29. Efi cácia e substitutividade da decisão proferida pelo juízo recursal ................................. 213

29.1. Recurso admitido .................................................................................................... 213

29.2. Recurso não admitido .............................................................................................. 214

30. Recurso extraordinário e execução da sentença ............................................................... 215

31. O retorno dos autos ao juízo de origem ........................................................................... 217

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10 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

32. Os recursos no processo cautelar...................................................................................... 220 32.1. Sentença .................................................................................................................. 220 32.2. Liminar .................................................................................................................... 221 32.2.1. Em primeiro grau de jurisdição ................................................................... 221 32.2.2. Nos tribunais ............................................................................................... 222 32.3. Modifi cação ou revogação ....................................................................................... 222

Segunda Parte — Dos Recursos em Espécie

Capítulo I — Recurso Ordinário ........................................................................................... 2291. Breves notas históricas ........................................................................................................ 2292. Cabimento do recurso ......................................................................................................... 235 2.1. Das decisões de primeiro grau ...................................................................................... 236 2.2. Das decisões dos tribunais ............................................................................................ 2393. Forma de interposição. Fundamentação ............................................................................. 2414. Devolutibilidade .................................................................................................................. 2445. Questões anteriores à sentença ............................................................................................ 2466. Declaração do efeito em que o recurso é recebido .............................................................. 2487. Processamento do recurso e técnica do julgamento ............................................................ 249 7.1. No procedimento ordinário .......................................................................................... 249 a) Interposição .............................................................................................................. 249 b) Medidas preliminares ............................................................................................... 251 c) Julgamento ................................................................................................................ 255 7.2. No procedimento sumaríssimo ..................................................................................... 257 7.2.1. Distribuição imediata .......................................................................................... 258 7.2.2. Sem revisor.......................................................................................................... 258 7.2.3. Prazo para o visto do relator ............................................................................... 259 7.2.4. Pauta de julgamento ........................................................................................... 259 7.2.5. Parecer do Ministério Público ............................................................................. 259 7.2.6. O acórdão ............................................................................................................ 260 7.2.7. Especialização de turma ...................................................................................... 263

Capítulo II — Recurso de Revista ......................................................................................... 2651. Escorço histórico ................................................................................................................. 2652. Considerações propedêuticas .............................................................................................. 2663. Cabimento do recurso ......................................................................................................... 268 3.1. Divergência jurisprudencial ......................................................................................... 269 3.2. Violação de literal disposição de lei federal ou afronta direta e literal da Constituição da República ................................................................................................................. 276 3.3. O prequestionamento ................................................................................................... 279 a) na mesma relação jurídica processual ...................................................................... 280 b) no plano dos recursos de natureza extraordinária ................................................... 2804. O problema da transcendência ............................................................................................ 282 4.1. A Medida Provisória .................................................................................................... 282

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11SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

4.2. O Projeto de Lei n. 3.267/00 ........................................................................................ 285

4.3. As Inconstitucionalidades da Medida Provisória n. 2.226/01 ...................................... 286

4.3.1. Violação do art. 62, da Constituição Federal .................................................... 286

4.3.2. A falta de previsão constitucional para o TST exercer a seleção prévia de recur- sos de revista a serem julgados .......................................................................... 287

4.3.3. Violação aos arts. 22, I, 48 e 68, § 1.º, da Constituição .................................... 288

4.3.1.1. A arguição da inconstitucionalidade .................................................... 288

4.3.1.2. A situação da Medida Provisória n. 2.226/01, em face da Emenda Constitucional n. 32/2001 .................................................................... 289

4.4. Inconveniências da Medida Provisória n. 2.226/01 ..................................................... 289

4.4.1. Utiliza-se do vago critério da “transcendência” ................................................ 289

4.4.2. Equipara, impropriamente, o TST ao STF......................................................... 290

4.4.3. Preocupa-se, unicamente, com o TST, não com os jurisdicionados.................. 291

4.4.4. Dota o TST de um autoritarismo sobre os demais órgãos da jurisdição trabalhista 292

4.4.5. Impede a evolução da jurisprudência ............................................................... 292

4.4.6. Difi culta a uniformização da jurisprudência nacional ...................................... 293

4.4.7. Pode conduzir, na prática, a uma discriminação entre iguais ........................... 293

4.4.8. Concede ao TST o poder de dizer às pessoas o que é importante e o que não é importante para elas .......................................................................................... 293

4.4.9. A sustentação oral, nas sessões em que se decidirá sobre a transcendência, poderá resumir-se a um discurso ao vento ........................................................ 294

5. Processamento do recurso ................................................................................................... 294

5.1. No procedimento ordinário .......................................................................................... 294

5.2. No procedimento sumaríssimo ..................................................................................... 296

Capítulo III — Embargos ....................................................................................................... 302

1. Conceito e aspectos históricos ............................................................................................ 302

2. Cabimento do recurso ......................................................................................................... 303

3. Processamento ..................................................................................................................... 310

Capítulo IV — Embargos Infringentes .................................................................................. 312

1. Cabimento ........................................................................................................................... 312

2. Processamento ..................................................................................................................... 312

Capítulo V — Agravo de Petição ........................................................................................... 314

1. Lineamentos históricos........................................................................................................ 314

2. Cabimento ........................................................................................................................... 314

a) Decisão ........................................................................................................................... 315

a.1) Despacho com conteúdo decisório .......................................................................... 316

b) Decisão interlocutória .................................................................................................... 317

c) Sentença .......................................................................................................................... 318 d) Execução ............................................................................................................................. 320

e) Síntese ............................................................................................................................. 321

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12 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

2.1. O problema da impugnação da decisão qie julga exceção de pré-executividade ......... 322 2.2. Inadmissibilidade do recurso de revista das decisões proferidas no julgamento de agravo de petição .......................................................................................................... 323 2.3. Inadmissibilidade do agravo de petição ....................................................................... 324 a) Das decisões proferidas nas ações de alçada ............................................................ 324 b) Quando o devedor não houver oferecido embargos à execução ............................. 326 b.1.) Impugnação .................................................................................................... 326 b.2.) Embargos ........................................................................................................ 326 b.3.) Depósito em dinheiro ..................................................................................... 328 b.4.) Efeito da interposição ..................................................................................... 330 b.5.) Custas ............................................................................................................. 333 b.6.) Processamento ................................................................................................ 335

Capítulo VI — Agravo de Instrumento ................................................................................. 338 1. Histórico ............................................................................................................................ 338 2. Cabimento ......................................................................................................................... 338 3. Não cabimento .................................................................................................................. 342 a) Indeferimento de prova ................................................................................................. 342 b) Deferimento ou indeferimento de prova ...................................................................... 342 c) Admissão ou denegação da intervenção de terceiros .................................................... 343 d) Decisão que admite recurso de revista ......................................................................... 343 e) Decisão que rejeita embargos à execução ..................................................................... 343 f) Decisão denegatória de agravo de instrumento ............................................................. 344 4. Traslado ............................................................................................................................. 344 5. Juízo de apresentação ........................................................................................................ 349 6. Juizo de retratação ............................................................................................................. 350 7. Efeito ................................................................................................................................. 351 8. Devolução ......................................................................................................................... 351 9. Processamento .................................................................................................................. 35310. Agravo retido ..................................................................................................................... 355

Capítulo VII — Embargos de Declaração .............................................................................. 357 1. Antecedentes históricos .................................................................................................... 357 2. Os embargos de declaração na CLT .................................................................................. 359 3. Conceito e fi nalidade ........................................................................................................ 360 4. Natureza jurídica ............................................................................................................... 361 5. Inalterabilidade do julgado ............................................................................................... 363 6. Pronunciamentos jurisdicionais embargáveis ................................................................... 364 7. Matéria não embargada ..................................................................................................... 368 8. Prazo para o oferecimento ................................................................................................ 370 9. Interrupção do prazo para recurso .................................................................................... 37210. Causas para a oponibilidade dos embargos ....................................................................... 374 10.1. Obscuridade ............................................................................................................. 375 10.2. Contradição ............................................................................................................. 375

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13SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

10.3. Omissão ................................................................................................................... 377 10.4. O problema da dúvida .............................................................................................. 37911. Embargos protelatórios ..................................................................................................... 38012. Embargos à sentença declarativa ....................................................................................... 38713. Embargos simultâneos ...................................................................................................... 38814. Erros de escrita ou de cálculo ........................................................................................... 38915. Processamento .................................................................................................................. 390 15.1. Em primeiro grau ..................................................................................................... 390 15.2. Nos tribunais ............................................................................................................ 39516. Embargos de declaração e prequestionamento ................................................................. 396 16.1. Negativa de prestação jurisdicional ......................................................................... 397 17. Uma nova faceta dos embargos declaratórios ................................................................... 398

Capítulo VIII — Agravo Regimental ..................................................................................... 401 1. Considerações introdutórias ............................................................................................. 401 2. Cabimento ......................................................................................................................... 402 2.1. No TST ....................................................................................................................... 402 2.2. Nos Tribunais Regionais............................................................................................. 403 3. Formação do agravo .......................................................................................................... 404 4. Juizo de retratação ............................................................................................................. 404 5. Processamento .................................................................................................................. 404

Capítulo IX — Agravo ............................................................................................................ 406 1. Cabimento ......................................................................................................................... 406 2. Processamento .................................................................................................................. 408

Capítulo X — Pedido de Revisão do Valor da Causa ............................................................ 410 1. O valor da causa ................................................................................................................ 410 2. Pressupostos ...................................................................................................................... 413 3. Natureza jurídica ............................................................................................................... 414 4. Efeito ................................................................................................................................. 414 5. Processamento .................................................................................................................. 415

Capítulo XI — Recurso Extraordinário ................................................................................. 417 1. Aspectos históricos ........................................................................................................... 417 2. Natureza jurídica ............................................................................................................... 419 3. A matéria na CLT .............................................................................................................. 420 4. Pressupostos ...................................................................................................................... 421 4.1. Contrariedade à Constituição .................................................................................... 423 4.2. Declaração de inconstitucionalidade ......................................................................... 425 4.3. Julgar válida lei ou ato do governo local contestado em face da Constituição .......... 426 4.4. Julgar válida lei local contestada em face da lei federal ............................................. 427 4.5. Repercussão geral ....................................................................................................... 4275. Súmulas do STF sobre a matéria ......................................................................................... 428

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14 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

6. Interposição e processamento ............................................................................................. 440 6.1. No tribunal a quo ......................................................................................................... 440 6.2. No STF ......................................................................................................................... 443

Capítulo XII — Correição Parcial .......................................................................................... 4461. Notulas históricas ............................................................................................................... 446 1.1. A correição no direito estrangeiro antigo .................................................................... 446 1.2. A correição parcial no Brasil ........................................................................................ 4472. Natureza jurídica ................................................................................................................ 4483. Cabimento .......................................................................................................................... 449 3.1. Ato atentatório à boa ordem processual ...................................................................... 450 a) Conversão do julgamento em diligência ................................................................. 453 b) Indeferimento de provas .......................................................................................... 453 c) Indeferimento de reunião de autos .......................................................................... 454 d) Designação de audiência ......................................................................................... 454 3.2. Inexistência de recurso específi co ............................................................................... 456 a) Recursos .................................................................................................................. 456 b) Mandado de segurança ............................................................................................ 456 c) Correição parcial ..................................................................................................... 4574. Pressupostos, propriamente ditos ....................................................................................... 457 4.1. Competência ................................................................................................................ 457 4.2. Legitimação .................................................................................................................. 458 4.3. Prazo ............................................................................................................................ 4595. Procedimento ...................................................................................................................... 4596. Recurso cabível ................................................................................................................... 461

Capítulo XIII — Recurso Adesivo ......................................................................................... 4621. Origem ................................................................................................................................ 4622. Denominação ...................................................................................................................... 4623. Fisiologia do instituto ......................................................................................................... 4634. Pressupostos de admissibilidade ......................................................................................... 470 4.1. Existência de recurso principal .................................................................................... 470 4.2. Sucumbência parcial .................................................................................................... 4705. Cabimento .......................................................................................................................... 4716. Singularidades ..................................................................................................................... 4727. Processamento .................................................................................................................... 475

Capítulo XIV — Reclamação ................................................................................................. 4761. Cabimento .......................................................................................................................... 4762. Finalidade ........................................................................................................................... 4773. Legitimidade ....................................................................................................................... 4774. Competência ....................................................................................................................... 4775. Atuação do Ministério Público, como fi scal da lei .............................................................. 4776. Processamento ..................................................................................................................... 477

Bibliografi a .............................................................................................................................. 479

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“Ninguém ignora o quão necessário e frequente é o uso daapelação porque, sem dúvida, corrige a iniquidade ou a

injustiça dos julgadores, embora, às vezes, reforme para piorsentenças que foram bem proferidas, porquanto o julgar por

último não é razão para julgar melhor.”

Ulpiano

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Preâmbulo

I

A escolha do título deste livro foi precedida de minuciosa refl exão — imposta por nosso espírito científi co — sobre ser real ou meramente imaginária a existência, no plano do processo do trabalho, de um “sistema” relativo aos recursos nele admissíveis.

Essa investigação, como convinha aos métodos jurídicos, iniciou-se pelo estudo do signifi cado do termo sistema, quando menos para verifi car se não o caracterizava eventual polissemia, capaz de difi cultar a percepção de seu verdadeiro sentido na ordem processual. Originário do grego systema, o vocábulo expressa o conjunto de partes, ordenadas entre si, de modo a constituir um todo, em regra harmonioso. Sugere, em suma, a ideia central de combinação de meios ou técnicas destinados a obter certo resultado, prático ou especulativo.

À luz dessa orientação léxica, e de sua irradiação no particularismo da ciência processual, lançamo-nos ao exame das diversas modalidades recursórias, previstas na CLT, dissecando-as sob a óptica das suas razões ontológicas e fi nalísticas para depois verifi carmos se havia, entre elas, um relacionamento de caráter orgânico.

A conclusão que daí extraímos foi quanto à efetiva existência de um sistema recursal trabalhista, em que pese ao fato de estar marcado por certas defi ciências tópicas — a par de inadequado tratamento científi co de cada meio — que, entretanto, não chegam a comprometer-lhe a efi cácia nem a frustrar os objetivos projetados pelo legislador.

Com efeito, se levarmos em conta de critério que a CLT destinou: a) ao recurso ordinário (art. 895) a impugnação às sentenças proferidas no processo de conhecimento (embora seja também interponível das prolatadas no cautelar); b) ao agravo de petição (art. 897, a) o ataque às decisões proferidas na execução; c) ao agravo de instrumento (art. 897, b) a fi nalidade genérica de destrancar recursos denegados pelo juízo de admissibilidade a quo; d) aos recursos de revista e de embargos (arts. 896 e 894, respectivamente) a tarefa de, no âmbito de sua área de incidência, servir às causas da uniformização da jurisprudência trabalhista nacional e da preservação da incolumidade da legislação federal, veremos que o conjunto integrado desses meios impugnativos revela os traços de peculiar sistematiza-ção elaborada pelo legislador de 1943 — com as imperfeições técnicas já denunciadas.

Esse sistema é complementado pelos recursos a que denominamos referidos, com-preendendo: a) o agravo regimental; b) os embargos de declaração; c) a correição parcial; d) o pedido de revisão (Lei n. 5.584/70, art. 2.º, § 1.º) e o extraordinário.

Com recursos referidos queremos designar todos aqueles que se encontram apenas mencionados (“referidos”) no texto da CLT, sem que tenham sido disciplinados por

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inteiro, como seria desejável, notadamente no que respeita aos casos de cabimento e ao procedimento.

O agravo regimental (de duvidosa natureza recursória) sói estar regulamentado pelas normas interna corporis dos tribunais; por esse motivo, a sua fi nalidade varia de Regimento para Regimento, conquanto seja possível afi rmar que, no geral, tende a buscar a reforma das decisões proferidas pelo Corregedor, nessa qualidade, bem como dos despachos do relator que impliquem o indeferimento, de plano, de iniciais de ação rescisória, de mandado de segurança, de habeas corpus, ou, ainda, que deneguem ou concedam medidas liminares.

Os embargos declaratórios (que, sob o rigor doutrinário, não se trata de recursos) destinam-se a expungir imperfeições formais dos pronunciamentos jurisdicionais, como quando se apresentam obscuros, omissos, ou contraditórios.

O pedido de revisão (recurso sui generis) foi instituído pela Lei n. 5.584/70 (art. 2.º, § 1.º), tendo como escopo específi co a modifi cação do valor da causa, atribuído pelo juiz de primeiro grau, sempre que indeterminado na peça vestibular. Esse “recurso” é, peculiarmente, julgado por órgão monocrático, representado pelo Presidente do Tribunal competente.

Ao recurso extraordinário (o único, dentre todos, verdadeiramente “constitucio-nalizado”) (Const. Fed., art. 102, III) atribui-se a elevada incumbência de promover a salvaguarda da supremacia constitucional, violada em seu espírito ou literalidade por ato inferior.

O sistema recursal trabalhista, de que estamos a nos ocupar, foi acrescido, via Súmula n. 196 do TST, do recurso adesivo, de origem eminentemente forânea (prevê-o, apenas, o CPC), porquanto nem sequer está referido na CLT — embora por motivos cronolo-gicamente justifi cáveis. Nossa antipatia por essa fi gura decorre do fato de a doutrina, em opinião — segundo entendemos — equivocada, vir-lhe reconhecendo efi cácia para afrontar e desconstituir os efeitos da coisa julgada material — atributo que as leis só reconhecem à ação rescisória.

De lamentar-se, por outro lado, a supressão — decorrente da Lei n. 5.442, de 24 de maio de 1968 — dos embargos de nulidade e infringentes do julgado, a que ainda se refere a letra-morta do art. 652, c, da CLT, pelos quais se permitia ao próprio órgão de primeiro grau rever as decisões por ele proferidas e, se fosse o caso, modifi cá-las; com isso, abreviava-se, muitas vezes, a formação da res iudicata, na medida em que o reexame, como dissemos, era realizado pelo próprio juízo de proferimento da decisão impugnada.

No processo do trabalho, p. ex., não raro surgem casos em que o órgão de primeiro grau convence-se, em face das razões do recurso ordinário interposto da sentença por ele proferida, da existência da nulidade processual alegada pelo recorrente; nada obstante, impede-o de eliminar a causa nulifi cante a regra imperativa inscrita no art. 463 do CPC, a teor da qual o juiz, ao publicar a sentença de mérito, cumpre e acaba o ofício jurisdicional, somente podendo alterá-la em virtude de embargos declaratórios opostos

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ou para corrigir-lhe inexatidões materiais (de escrita, de cálculo etc.). Ao juiz só resta, diante disso, resignar-se e ordenar a remessa dos autos ao órgão ad quem, para a virtual reforma da sentença.

Situações como a narrada aconselham a que, de lege ferenda, restituam-se ao pro-cesso do trabalho os embargos de nulidade e infringentes do julgado, como instrumento apto a ensejar que o próprio órgão prolator da sentença possa, nos casos a serem previs-tos (e em especial os concernentes a nulidades), rever as sentenças por ele proferidas, modifi cando-as, se dessa necessidade convencer-se, com o que se estará, de um lado, ensejando que a coisa julgada se constitua com maior rapidez e, de outro, contribuindo para o desafogo dos tribunais.

Os embargos em foco, aliás, no âmbito do primeiro grau de jurisdição, estavam previstos no art. 839 do CPC de 1939; já o CPC de 1973 admite esses embargos unica-mente nos graus superiores da jurisdição (arts. 530 a 534), tendo, porém, pressupostos e fi nalidade diversos.

II

Haverão, por certo, de notar os perspicazes leitores que, ao longo de todo o livro, empregamos o vocábulo Súmula ao designarmos o instrumento específi co de que se vale o TST para realizar a cristalização formal da sua jurisprudência uniforme. Isso não resulta, como possam supor, de uma nossa insciência a respeito da Resolução Administrativa n. 44/85 daquela Corte, que — bem sabemos — alterou a nomenclatura desse instrumento para Enunciado; nossa atitude decorre, sim, de fundada reação a essa novidade, sem que nisso nos tenhamos deixado presidir por qualquer laivo de xenofobia ou por ocasional espírito heterodoxo. Apenas não cremos que, à força de princípio, o novo deva ser sempre aceito só porque de novo se trata; a ser assim, teríamos de começar a temer pela sorte das boas tradições, em muitas das quais estão fi ncadas as pilastras de nossa cultura jurídica.

O substantivo Súmula (do latim summula), do ponto de vista léxico, indica a pequena suma, a epítome, o resumo que se faz de alguma obra, com precisão e clareza; transposto para o tecnicismo da linguagem processual, representa a sedimentação compendiada da jurisprudência dos tribunais. Sob esse aspecto, o termo pode ser visto como uma espécie de abreviativo — e não corruptela — da expressão: Súmula da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. Do mesmo radical defl uem o verbo sumular (fazer a súmula de) e o substantivo sumulista (aquele que faz súmulas), não estando dicionarizada a adjetivação do vocábulo (v. g., direito sumular, atividade sumular e o mais).

No Brasil, o verbete está entranhado na tradição processual e judiciária, bastando lembrar que a prática, em nosso meio, da adoção de súmulas foi inaugurada pelo STF, mediante emenda ao seu Regimento Interno, realizada em 28 de agosto de 1963; a Súmula do Excelso Pretório foi aprovada na sessão plenária de 13 de dezembro do mesmo ano, sendo publicada, ofi cialmente, como anexo à norma interna corporis daquele sodalício.

No TST, elas penetram também por força de emenda regimental. Consulte-se, a respeito, a Emenda n. 16 (Revista LTr, 1970, p. 100).

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As primeiras Súmulas do TST foram aprovadas — em grupo, aliás — pela Resolução Administrativa n. 28/69, publicada no DOG de 21 de agosto de 1969 (Parte III, p. 13.393).

Já enunciar, verbo transitivo (do latim enuntiare), signifi ca a expressão de uma ideia, de um pensamento, de um problema; daí o adjetivo enunciado dizer daquilo que foi mani-festado por palavras: o enunciado de uma tese, de uma proposição, de um discurso, de uma norma legal etc.

Quando deslocado para o campo jurídico, todavia, o termo revela-se vago, impreciso, diáfano, não identifi cando, como exige o rigor técnico, o ato ou a coisa a que pretende referir-se; afi nal, o enunciado pode ser de um despacho, de uma sentença, de um acórdão, de qualquer ato jurisdicional ou administrativo. Como dele diria Julliot de La Morandière, na esfera jurídica: “cela ne signifi e rien”. Segue-se que a única transigência possível, nessa matéria, é quanto ao uso da palavra com função caracteristicamente elíptica: enunciado(= da Súmula da Jurisprudência Uniforme do TST); fora disso, pelo que nos é dado opinar, será fazer perigosa concessão à acirologia.

Nossa defesa da permanência do vocábulo súmula não deve ser interpretada como reacionarismo retrógrado ou como um obstinado amor à logomaquia; se assim agimos — quem sabe até de maneira insulada — é porque estamos conscientes da necessidade de preservar-se a linguagem jurídica da infi ltração de certas palavras inadequadas, capa-zes de lhe comprometer a exação científi ca, com serem, v. g., de signifi cado impreciso, anfi bológico, metafórico e o mais.

Súmula, portanto, e não, data venia, Enunciado.

Salvo se Enunciado da Súmula.

Ou Enunciado, por elipse.

Curitiba, abril de 1986.

O Autor

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21SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

Preâmbulo à 12.ª Edição

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 405.031-AL, realizado em 15-10-2008 (acórdão publicado em 16-4-2009), sendo Relator o Ministro Marco Aurélio, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucionais as normas do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho, que dispunham sobre a fi gura da Reclamação, por entender que somente mediante lei é que se poderia instituí-la.

Eis a ementa do acórdão:

“RECLAMAÇÃO — REGÊNCIA — REGIMENTO INTERNO — IMPROPRIEDADE. A criação de instrumento processual mediante regimento interno discrepa da Constituição Federal. Considerações sobre a matéria e do atropelo da dinâmica e organicidade próprias ao Direito”.

Tempos depois, o TST, por seu Tribunal Pleno, editou o Ato Regimental n. 2, de 15 de setembro de 2011 (DEJT de 16 do mesmo mês e ano), revogando os arts. 69, I, “a”, e 196 a 200, do seu Regimento Interno, que disciplinavam a competência, o cabimento e o processamento da Reclamação.

A despeito disso, para efeito de registro histórico, mantivemos o Capítulo XIV, da Segunda Parte deste livro, que se ocupava da Reclamação.

Curitiba, abril de 2014.

O Autor

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Primeira Parte

Generalidades

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25SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

Capítulo I

O Reexame das DecisõesJudiciais ao Longo dos Tempos

1. Escorço histórico

A aptidão para formular juízos de valor a respeito das coisas do mundo sensível em geral constitui, sem dúvida, um dos mais signifi cativos predicados da racionalidade humana; daí por que o notável fi lósofo René Descartes — fundador do moderno racio-nalismo (penso, logo existo) — pôde afi rmar, com inegável acerto, que “o poder de bem julgar e de distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o bom-senso ou a razão, é igual, por natureza, em todos os homens”(1).

Esse atributo, todavia, adquire extraordinária importância quando, ajustado à óptica do ordenamento jurídico em vigor, é utilizado na apreciação dos próprios atos humanos, ou dos fatos da vida em sociedade — pois se sabe que o homem, a partir de certo momento de sua história, tornou-se julgador dos seus semelhantes, na ordem terrena, seja para reconhecer-lhes a existência de um direito; seja para compeli-los a respeitar a esfera jurídica alheia, seja para o que mais fosse necessário ou conveniente.

Pode-se sustentar, por isso, que o homem, a par de reconhecidamente gregário, é também um ente capaz de julgar.

As fontes revelam, a propósito, que no curso da História a fi gura do julgador precedeu, em muito, à do legislador(2); com efeito, o ofício de julgar, bem antes da existência da judicatura de natureza institucional, foi cometido aos sacerdotes (cujas decisões supunham-se consoantes com o desejo das divindades) ou aos anciãos (que eram, pela longa vivência, profundos conhecedores dos costumes do grupamento social a que os indivíduos em confl ito se achavam integrados). Só mais tarde foi que o Estado avocou, em caráter monopolístico e como medida tendente a preservar a estabilidade das relações sociais, o encargo de compor heteronomamente as lides, instituindo, para essa fi nalidade, um poder específi co: o Judiciário.

A falibilidade, contudo, sempre se fez inerente à natureza humana; sendo assim, a possibilidade de haver equívoco ou qualquer outra erronia (involuntária, ou não) nas decisões proferidas pelos julgadores logo afl orou à consciência de todos, e, em particular, do legislador, como algo tão natural e inevitável quanto o próprio ato de pensar. Também

(1) Discurso sobre o método. Trad. Paulo M. Oliveira. Rio de Janeiro: Athena, s.d., p. 9.

(2) CINTRA; GRINOVER; DINAMARCO. Teoria geral do processo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1979. p. 5.

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não se perdeu de vista a circunstância de alguns julgamentos serem até mesmo suscetíveis de sofrer fortes infl uências de fatores subjetivos, como a emoção, ou de certas injunções externas, como, v. g., as pressões do poder constituído, da Igreja, a ingerência das classes dominantes, os interesses de grupos etc.

Parece-nos razoável reconhecer nessa espécie de consciência de falibilidade das decisões humanas a causa essencial e remota de haver-se permitido — e em alguns casos tornado obrigatório — o reexame dos pronunciamentos jurisdicionais por órgão, em regra, hierarquicamente superior. Do ponto de vista eminentemente objetivo, todavia, não há negar que essa revisão dos julgamentos surgiu para atender aos inomitíveis im-perativos de justiça e de credibilidade das resoluções judiciais, como forma de preservar a própria paz social. Os jusnaturalistas, porém, sustentam que os recursos decorrem do direito natural; dentre eles, citamos Gouvea Pinto. Não concordamos, data venia, com esse entendimento. Pode-se dizer que o anseio de justiça seja algo que se relacione com o direito natural; não há, todavia, como vislumbrar nesse direito o fundamento do instituto recursal, uma vez que — embora infrequente — há casos em que uma sentença justa é substituída por um acórdão injusto, conforme já advertia Ulpiano.

Seria inescusável omitir, por outro lado, que esse revisionamento teve, em deter-minadas épocas, um escopo marcadamente político, bastando lembrar a atuação dos Príncipes, no século XV, que, ao se tornarem antifeudais, passaram a empenhar-se, com denodo, na centralização — e no consequente monopólio — da atividade legislativa e da administração da justiça, como estratagema sutil para provocar o enfraquecimento dos feudos. Tal fato levou Glasson e Tissier a afi rmarem, com razão, que “l’histoire du droit d’appel est étroitement mêlée à l’histoire des progress du pouvouir royal” (Traité Théorique et Pratique d’Organisation Judiciaire de Compétence et de Procédure Civile, vol. I, p. 81). Em tradução livre: “A história do direito de apelação está estreitamente ligada ao progresso do poder real”.

Nesse quadro de prepotência e de despotismo, avultava-se, como uma espécie de senhor da justiça, a fi gura do rei; qualquer julgamento somente poderia ser realizado por ele, ou mediante sua delegação de poderes. Ao monarca fi cava reservado, em qualquer hipótese, o direito de rever as decisões prolatadas por seus prepostos; essa prerrogativa o fazia, à evidência, todo poderoso diante dos senhores feudais, dos suseranos, e, em sentido mais amplo, dos reinóis em geral.

Vale ser mencionado, como espelho fi el e expressivo desse período, o § 1.º do Título V, Livro III, das Ordenações Filipinas, que estatuía: “Porém, nós poderemos mandar em todo caso por simples petição trazer perante nós per nosso especial mandado qualquer feito, ainda que seja da almotaceria, quando houvermos por nosso serviço, porque assim foi usado pelos Reis, que ante nós foram”. A almotaceria era um tribunal antigo, presidido por um almotacel, cuja competência era para taxar, avaliar e fi xar os preços dos gêneros alimentícios, ao qual igualmente se atribuía o encargo de cuidar da exatidão dos pesos e medidas (do árabe: Al muhtaçaib = mestre de aferição).

A reapreciação dos julgados, entretanto, não data do período reinol, como se possa supor; em verdade, é quase tão antiga quanto o próprio direito material dos povos, a

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despeito de não se poder cogitar, em rigor, nos albores da civilização humana, da fi gura do recurso, conforme a posição que esse salutar instituto ocupa no quadro da moderna ciência processual. De qualquer maneira, como pondera Alcides de Mendonça Lima, o que importa, efetivamente, é “estabelecer, nas fontes históricas, que, em essência, a ideia de recurso se acha arraigada no espírito humano, como uma tendência inata e irresistível, como uma decorrência lógica do próprio sentimento de salvaguarda a um direito, já ameaçado ou violado em uma decisão”(3).

Dessa linha de entendimento não discrepa Othon Sidou, para quem “A reanálise das apreciações destinadas a fazer justiça há de perder-se, pois, na aurora da vida coletiva, conferindo aos recursos, sentido lato, a mais natural contemporaneidade com as sen-tenças, o que vale dizer, nasceu com o direito”(4). Observa com propriedade Mattirolo: “Se per ‘appello’ s’intende ‘in genere’ il mezzo di chiedere e di ottenere la riparazione di una sentenza ingiusta, ben si puó dire che esso è coavo alle più remotte civilitá; perchè in tutti i tempi si è sentido il bisogno di protestare contro una sentenza ingiusta, ed al bisogno si è provveduto com mezzi conformi alle idee ed alle condizioni dei tempi”(5).

Estabelecidas essas considerações, convém efetuarmos, a seguir, a título de ilustração, um escorço histórico das principais legislações que dispuseram, segundo as suas peculia-ridades, sobre a impugnação das decisões inferiores, cujos meios se foram aprimorando na sequência dos séculos, e mesmo dos milênios, até atingirem o atual estádio dos recursos.

1.1. Babilônia

Mandado elaborar pelo fundador da dinastia amorita, entre os anos 2123 a 2080, antes de Cristo, o Código de Hammurabi constitui, até onde sabemos, o mais antigo texto legislativo conhecido pelo homem. Trata-se de um monólito insculpido em uma estela de diorito, medindo 2,25 metros de altura, por 1,90 de circunferência, na base, que atual-mente está a enriquecer o acervo do famoso museu do Louvre, em Paris. Nele, segundo Jayme de Altavila (Origem dos Direitos dos Povos. 3.a ed., São Paulo: Melhoramentos, 1963. p. 29), ressalta a fi gura de Schamasch, o Deus-Sol, atribuindo à juventude e à capacidade de Hammurabi (também denominado Khamu-Rabi, de origem árabe) a codifi cação que remonta a milênios.

Conforme demonstram as suas disposições, os juízes eram nomeados pelo próprio rei, admitindo-se, inclusive, a revogação das suas sentenças, não sem graves consequências morais para o julgador que as houvesse proferido; sem embargo, estava expresso no art. 5.º

(3) Os jusnaturalistas, porém, sustentam que os recursos decorrem do direito natural; dentre eles, citamos Gouvea Pinto. Não concordamos, data venia, com esse entendimento. Pode-se dizer que o anseio de justiça seja algo que se relacione com o direito natural; não há, todavia, como vislumbrar nesse direito o fundamento do instituto recursal, uma vez que — embora infrequente — há casos em que uma sentença justa é substituída por um acórdão injusto.

(4) Tal fato levou Glasson e Tissier a afi rmarem, com razão, que “l’histoire du droit d’appel est étroitemente mêlée à l’histoire des progress du pouvouir royal» (Traité théorique et pratique d’organisation judiciaire de compétence et de procédure civile, vol. I, p. 81).

(5) Trattato di diritto giudiziario civile italiano, vol. IV, p. 404, apud BERMUDES, Sergio. Comentários ao Código de Processo Civil. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1977. p. 14.

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desse vetusto Código que, “Se um juiz dirige um processo e profere decisão e redige por escrito a sentença, se mais tarde o processo denota erro e aquele juiz, no processo que dirigiu, é convencido de ser causa do erro, ele então deve pagar doze vezes a pena que era estabelecida no processo e se deverá publicamente expulsá-lo de sua cadeira de juiz” (reconstituição do texto efetuado por Bonfante, apud Othon Sidou, obra cit., p. 9).

Como se percebe, essa penalidade infamante, que o Código de Hammurabi infl igia ao juiz que incidisse em erro (e reconhecesse, mais tarde, que lhe havia dado causa), decorria do fato manifesto de se haver feito, em atitude insensata, tábua rasa do truísmo da falibilidade humana, sobre a qual estivemos a discorrer há instantes.

A punição violenta aos julgadores pode mesmo ser apontada como uma das característi-cas de certas legislações priscas, como é o caso da pérsica; com apoio nela, Cambises mandou que se esfolasse vivo um juiz considerado corrupto, tendo a sua pele sido utilizada para estofar a cadeira do litigante prejudicado por ele. Como se não bastasse, o fi lho deste foi designado para exercer as mesmas funções do magistrado submetido a essa execrável imolação.

1.2. Índia

Embora o Código de Manu (Manava Dharma Sastra) houvesse instituído a fi gura do juiz-instrutor, as fontes indicam que o julgamento defi nitivo incumbia ao rei, prevalecendo, dessa forma, aquilo que fosse por ele decidido. Manu foi uma espécie de Adão do paraíso indiano. Esse Código integra a coleção dos livros bramânicos, estando compreendido em quatro compêndios: o Maabárata, o Romaina, os Purunas e as Leis de Manu.

Essa singularidade evidencia que o referido Código também previa a reapreciação dos julgados inferiores.

1.3. Hebreus

Organizados, inicialmente, sob um governo teocrático, os hebreus entendiam que o juízo único apenas poderia ser realizado por Deus, nunca pelos homens; por isso, não deferiam ao monarca a função de julgar.

Os seus órgãos judicantes eram compostos de três ou mais pessoas: o Din Mirphat (tribunal dos vinte e três), por exemplo, era dotado de competência para apreciar, em grau de apelação, as decisões proferidas pelo Din Mammona (tribunal dos três), com o que se constata, igualmente, nessa legislação, a possibilidade de reexame das decisões do órgão secundário (Din Mammona).

1.4. Egito

Posteriormente à vigésima-primeira dinastia, as cidades egípcias de Heliópolis, Mênfi s e Tebas passaram a contar com tribunais compostos de sacerdotes, a quem se cometia o ofício de julgar (secretamente, aliás); acima deles havia, em Tebas, uma Corte Suprema constituída de trinta membros, cuja competência era para conhecer, em grau de recurso, as causas cíveis decididas pelos órgãos inferiores.

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