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Sociedade, Estado e Mercado Modernidade e teoria social Prof.: Rodrigo Cantu

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Sociedade, Estado e Mercado

Modernidade e teoria social

Prof.: Rodrigo Cantu

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Capa do Livro da Confraria da SantíssimaTrindade de Luton, Inglaterra, ca. 1475

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• Reforma protestante

• Revolução Gloriosa / Revolução Americana / Revolução Francesa

• Iluminismo

• Revolução científica

• Revolução industrial

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Reforma protestante – século XVI

Martinho Lutero (1483-1546) Teólogos puritanos

Menno Simons(1496-1561)

João Calvino (1509-1564)

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Reforma protestante – século XVI

• 1517 - 95 Teses de Lutero

5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é

absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.

52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.

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• Guerra Civil Inglesa (1642–1651)

• Realistas contra parlamentaristas

• Petição de direitos (1628)

• Fim das detenções arbitrárias (habeas corpus)

• Consentimento do parlamento para os impostos

• Fim da lei marcial em tempo de paz

“Revolução Inglesa”

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“Revolução Inglesa”

• Revolução Gloriosa (1688)

• Declaração de Direitos de 1689

"Os Lords, espirituais e temporais e os membros da Câmara dos Comuns declaram, desde logo, o seguinte:

- Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento.

- Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio.

- Que o ato de levantar e manter dentro do país um exército em tempo de paz é contrário a lei, se não proceder autorização do Parlamento.

- Que devem ser livres as eleições dos membros do Parlamento.

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Revolução Americana (1765-1783)

John Trumbull, Declaration of Independence (1819)

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Revolução Americana (1765-1783)

• Declaração de independência dos Estados Unidos (1776)

• Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens

são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre

estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade.

• Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens,

derivando seus justos poderes do consentimento dos governados;

• Que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao

povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade.

• Tal tem sido o sofrimento paciente destas colónias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo. A história do atual Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidas injúrias e usurpações, tendo todos por objetivo

direto o estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados.

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Revolução Francesa (1789)

Bernard René Jourdan, La prise de la Bastille (1788)

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Revolução Francesa (1789)

• Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.

Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e

imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a

segurança e a resistência à opressão.

Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação.

Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.

Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de

concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação.

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Revolução Francesa (1789)

• Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados

pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas.

Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.

Art. 11º. A livre comunicação das idéias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem. Todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.

Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.

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Iluminismo – séc XVIII

Razão e justificação X Tradição e arbitrariedade

Secular X Religioso

Consentimento dos governados X Direito divino

História como progresso X História plano divino

Empiricismo X Doutrina

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Revolução científica – sécs XVI-XVIII

Johannes Kepler (1571-1630)

Galileo Galilei (1564[3]-1642)

Antoine de Lavoisier (1743-1794)

Nicolau Copérnico (1473-1543)

Isaac Newton (1643-1727)

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Revolução Industrial – sécs XVIII-XIX

• Carvão como base energética

• Maquinário ao invés de tração animal, eólica, etc.

• Produção fabril ao invés de produção agrária

• Aumento da produtividade

• Pioneirismo da indústria têxtil

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População mundial – bilhões de habitantes

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PIB per capita– EUA, Europa ocidental, Ex-URSS, América Latina, Ásia, África

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Taxa de fecundidade – Nigéria, Brasil, India, EUA, Alemanha, Suécia

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Vida na modernidade

• Urbanização – grandes cidades• Aumento da população• Radicalização da divisão do trabalho

• Questionamento da tradição• Questionamento das garantias transcendentes (religião)• Individualidade (como projeto reflexivo)• Autonomia pessoal• Questionamento das hierarquias arbitrárias

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Paradoxos da Modernidade

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De acordo com o relatório do oficial superior do registro civil, G. Graham, a

mortalidade anual em toda a Inglaterra e no País de Gales é ligeiramente

inferior a 2,5%, ou seja, a cada ano, morre 1 entre 45 homens. [...] Mas, nas

grandes cidades, o quadro é diferente. Tenho diante de mim estatísticas

oficiais (Manchester Guardian, 31 de julho de 1844) segundo as quais, nas

grandes cidades, a mortalidade seria de: em Manchester (incluindo Salford

e Chorlton), 1 óbito para cada 32,72 habitantes (excluindo Salford e

Chorlton, 1 para 30,75); em Liverpool (incluindo o subúrbio de West-

Derby), 1 para 31,90 (excluindo West-Derby, 1 para 29,90) - enquanto que

em todos os outros distritos listados (Cheshire, Lancashire e Yorkshire, e

estes compreendem numerosos distritos rurais e semirrurais, além de

cidadezinhas), com uma população total de 2.172.506 pessoas, a

mortalidade média foi de 1 óbito para cada 39,80 habitantes.

Engels, F. 2010 (1845). A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, p.145.

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O relatório sobre as condições sanitárias das classes trabalhadoras contém

dados que confirmam esse fato. Em Liverpool, em 1840, a duração média

de vida era de 35 anos para as classes altas (gentry, professional mena etc.),

de 22 anos para os homens de negócios e os artesãos abastados e de

apenas 15 anos para os operários, os jornaleiros e os servidores

domésticosb. Os relatórios parlamentares contêm um grande número de

indicações análogas.

Engels, F. 2010 (1845). A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, p.145.

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Em 10 mil pessoas, morrem

com

Menos de 5 anos

5 a 19 anos

20 a 39 anos

40 a 59 anos

60 a 69 anos

70 a 79 anos

80 a 89 anos

90 a 99 anos

Mais de 100 anos

Cond. de Rutland, dist. rural salubre

2.865 891 1.275 1.299 1.189 1.428 938 112 3

Cond. de Essex, dist. agrícola pantanoso

3.159 1.110 1.526 1.413 963 1.019 630 77a 3

Cid. de Carlysle, antes do

surgimento de fábricas (1779-

1787)

4.408 911b 1.006 1.201 940 826 533 153 22

Cid. de Carlysle, depois da

instalação de fábricas

4.738 930 1.261 1.134 677 727 452 80 1

Preston, cid. industrial

4.947 1.136 1.379 1.114 553 532 298 38 3

Leeds, cid. industrial

5.286 927 1.228 1.198 593 512 225 29 2

Engels, F. 2010 (1845). A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Boitempo, p.148.

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Paradoxos da Modernidade

Projeto emancipador• Dos privilégios feudais• Da imobilidade da tradição• Das hierarquias recebidas• Das crenças místicas

Convivendo com...

Desenvolvimentos perversos• Miséria

• Desigualdade• Colonização• Escravidão• Militarismo

• Guerra