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SOLIDARIEDADE IMIGRANTE DEZEMBR DEZEMBR DEZEMBR DEZEMBR DEZEMBRO 2006 PREÇO: UMA MOED O 2006 PREÇO: UMA MOED O 2006 PREÇO: UMA MOED O 2006 PREÇO: UMA MOED O 2006 PREÇO: UMA MOEDA Nº 22 A Nº 22 A Nº 22 A Nº 22 A Nº 22 1 - A - A - A - A - A SSIM SSIM SSIM SSIM SSIM FOI FOI FOI FOI FOI O II F II F II F II F II F ÓRUM ÓRUM ÓRUM ÓRUM ÓRUM S S S S S OCIAL OCIAL OCIAL OCIAL OCIAL P P P P P OR OR OR OR ORTUGUÊS TUGUÊS TUGUÊS TUGUÊS TUGUÊS - - - - - - M - M - M - M - M ANIFEST ANIFEST ANIFEST ANIFEST ANIFESTO DOS DOS DOS DOS DOS M M M M M ORADORES ORADORES ORADORES ORADORES ORADORES DOS DOS DOS DOS DOS B B B B B AIRR AIRR AIRR AIRR AIRROS OS OS OS OS P ERIFÉRICOS ERIFÉRICOS ERIFÉRICOS ERIFÉRICOS ERIFÉRICOS DE DE DE DE DE L L L L L ISBO ISBO ISBO ISBO ISBOA , , , , , EM EM EM EM EM D D D D D EMOLIÇÃO EMOLIÇÃO EMOLIÇÃO EMOLIÇÃO EMOLIÇÃO - - - - - - SIM - SIM - SIM - SIM - SIM À D D D D D ESPENALIZAÇÃO ESPENALIZAÇÃO ESPENALIZAÇÃO ESPENALIZAÇÃO ESPENALIZAÇÃO DO DO DO DO DO A A A A A BOR BOR BOR BOR BORTO - - - - - Pesem as propostas das mais de 60 associações organizadas na Plataforma das Estruturas Plataforma das Estruturas Plataforma das Estruturas Plataforma das Estruturas Plataforma das Estruturas Repr Repr Repr Repr Repr esentativ esentativ esentativ esentativ esentativ as das as das as das as das as das Com Com Com Com Com unidades Imig unidades Imig unidades Imig unidades Imig unidades Imig rantes em rantes em rantes em rantes em rantes em P P P ortug ortug ortug ortug ortug al al al al al (PERCIP), apresentadas aos Grupos Parlamentares no quadro da recente alteração à Lei de Imigração, o que foi aprovado está longe de contemplar o que nelas era proposto. Assim, mais uma vez ficou adiada a abertura de um novo pr pr pr pr pr ocesso de r ocesso de r ocesso de r ocesso de r ocesso de r egularização egularização egularização egularização egularização de todos os imigrantes; prossegue a política de contingentação da imigração através de quotas quotas quotas quotas quotas, agora com o pomposo nome de “Contingente de Oportunidades de Emprego” – como se o problema fosse o nome da coisa e não a coisa em si. De fora também voltou a ficar o direito ao r r r eag eag eag eag eag rupamento familiar rupamento familiar rupamento familiar rupamento familiar rupamento familiar, mantendo-se os critérios, burocracia e custos anteriores. LEI DE LEI DE LEI DE LEI DE LEI DE IMIGRAÇÃO IMIGRAÇÃO IMIGRAÇÃO IMIGRAÇÃO IMIGRAÇÃO Aquém Aquém Aquém Aquém Aquém das expectativ das expectativ das expectativ das expectativ das expectativ as as as as as

SOLIDARIEDADE IMIGRANTE e sem fins lucrativos, membros da Rede Anti-Racista, do Secretariado Coordenador das Associações de Imigrantes, do Conselho Consultivo para os Assuntos da

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SOLIDARIEDADEIMIGRANTEDEZEMBRDEZEMBRDEZEMBRDEZEMBRDEZEMBRO 2006 PREÇO: UMA MOEDO 2006 PREÇO: UMA MOEDO 2006 PREÇO: UMA MOEDO 2006 PREÇO: UMA MOEDO 2006 PREÇO: UMA MOEDA Nº 22A Nº 22A Nº 22A Nº 22A Nº 22

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- A- A- A- A- ASS IMSSIMSSIMSSIMSSIM FOIFOIFOIFOIFOI OOOOO I I F I I F I I F I I F I I FÓRUMÓRUMÓRUMÓRUMÓRUM S S S S SOCIALOCIALOCIALOCIALOCIAL P P P P PO RO RO RO RO RTUGUÊSTUGUÊSTUGUÊSTUGUÊSTUGUÊS - - - - -- M- M- M- M- MANIFESTANIFESTANIFESTANIFESTANIFESTOOOOO DOSDOSDOSDOSDOS M M M M MORADORESORADORESORADORESORADORESORADORES D O SD O SD O SD O SD O S B B B B BAIRRAIRRAIRRAIRRAIRRO SO SO SO SO S

PPPPPERIFÉRICOSERIFÉRICOSERIFÉRICOSERIFÉRICOSERIFÉRICOS D ED ED ED ED E L L L L LI SBOISBOISBOISBOISBOAAAAA , , , , , E ME ME ME ME M D D D D DEMOLIÇÃOEMOLIÇÃOEMOLIÇÃOEMOLIÇÃOEMOLIÇÃO - - - - -- SIM - SIM - SIM - SIM - SIM ÀÀÀÀÀ D D D D DESPENALIZAÇÃOESPENALIZAÇÃOESPENALIZAÇÃOESPENALIZAÇÃOESPENALIZAÇÃO D OD OD OD OD O A A A A ABORBORBORBORBORTTTTTOOOOO - - - - -

Pesem as propostas das mais de60 associações organizadas naPlataforma das EstruturasPlataforma das EstruturasPlataforma das EstruturasPlataforma das EstruturasPlataforma das Estruturas

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LEI DELEI DELEI DELEI DELEI DEIMIGRAÇÃOIMIGRAÇÃOIMIGRAÇÃOIMIGRAÇÃOIMIGRAÇÃOAquémAquémAquémAquémAquémdas expectativdas expectativdas expectativdas expectativdas expectativa sa sa sa sa s

SOLIDSOLIDSOLIDSOLIDSOLIDARIEDARIEDARIEDARIEDARIEDADEADEADEADEADEIMIGRANTEIMIGRANTEIMIGRANTEIMIGRANTEIMIGRANTE

Boletim InformativBoletim InformativBoletim InformativBoletim InformativBoletim Informativoooooda Associação para ada Associação para ada Associação para ada Associação para ada Associação para aDefesa dos DirDefesa dos DirDefesa dos DirDefesa dos DirDefesa dos Direitoseitoseitoseitoseitos

dos Imigdos Imigdos Imigdos Imigdos Imigrantesrantesrantesrantesrantes

REDREDREDREDREDAAAAACÇÃOCÇÃOCÇÃOCÇÃOCÇÃOJorJorJorJorJorggggge Silve Silve Silve Silve SilvaaaaaLay KorLay KorLay KorLay KorLay Korobooboobooboobo

Mariama DialloMariama DialloMariama DialloMariama DialloMariama Diallo

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à Habitação (Dà Habitação (Dà Habitação (Dà Habitação (Dà Habitação (DAH)AH)AH)AH)AH)IvIvIvIvIvo Catanao Catanao Catanao Catanao Catana

Sylvia AlmeidaSylvia AlmeidaSylvia AlmeidaSylvia AlmeidaSylvia AlmeidaTTTTTimóteo Macedoimóteo Macedoimóteo Macedoimóteo Macedoimóteo Macedo

DESIGNDESIGNDESIGNDESIGNDESIGNE PE PE PE PE PAAAAAGINAÇÃOGINAÇÃOGINAÇÃOGINAÇÃOGINAÇÃOAntónio BarataAntónio BarataAntónio BarataAntónio BarataAntónio Barata

SEDESEDESEDESEDESEDERua da Madalena,Rua da Madalena,Rua da Madalena,Rua da Madalena,Rua da Madalena,

nº 8 - 2ºnº 8 - 2ºnº 8 - 2ºnº 8 - 2ºnº 8 - 2º1100-321 LISBO1100-321 LISBO1100-321 LISBO1100-321 LISBO1100-321 LISBOAAAAA

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E-mail: solidariedade-E-mail: solidariedade-E-mail: solidariedade-E-mail: solidariedade-E-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected]

Este boletim está aberto eEste boletim está aberto eEste boletim está aberto eEste boletim está aberto eEste boletim está aberto edeseja a participação dos seusdeseja a participação dos seusdeseja a participação dos seusdeseja a participação dos seusdeseja a participação dos seus

leitorleitorleitorleitorleitores. Envia-nos as tuases. Envia-nos as tuases. Envia-nos as tuases. Envia-nos as tuases. Envia-nos as tuascolaborações. Critica e sugcolaborações. Critica e sugcolaborações. Critica e sugcolaborações. Critica e sugcolaborações. Critica e sugererererere.e.e.e.e.

Comenta e dá a tua opiniãoComenta e dá a tua opiniãoComenta e dá a tua opiniãoComenta e dá a tua opiniãoComenta e dá a tua opiniãosobrsobrsobrsobrsobre o boletime o boletime o boletime o boletime o boletim

e o que te pre o que te pre o que te pre o que te pre o que te preocupa.eocupa.eocupa.eocupa.eocupa.Denúncia as violações aosDenúncia as violações aosDenúncia as violações aosDenúncia as violações aosDenúncia as violações aos

dirdirdirdirdireitos e à dignidade humana.eitos e à dignidade humana.eitos e à dignidade humana.eitos e à dignidade humana.eitos e à dignidade humana.

É prÉ prÉ prÉ prÉ proibido roibido roibido roibido roibido reprepreprepreproduzir asoduzir asoduzir asoduzir asoduzir asilustrações semilustrações semilustrações semilustrações semilustrações sem

autorização do autorautorização do autorautorização do autorautorização do autorautorização do autor

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Somos uma associação de defesa dos dirSomos uma associação de defesa dos dirSomos uma associação de defesa dos dirSomos uma associação de defesa dos dirSomos uma associação de defesa dos direitos dos imigeitos dos imigeitos dos imigeitos dos imigeitos dos imigrantes, de âmbitorantes, de âmbitorantes, de âmbitorantes, de âmbitorantes, de âmbitonacional e sem fins lucrativnacional e sem fins lucrativnacional e sem fins lucrativnacional e sem fins lucrativnacional e sem fins lucrativos, membros, membros, membros, membros, membros da Rede Anti-Racista, doos da Rede Anti-Racista, doos da Rede Anti-Racista, doos da Rede Anti-Racista, doos da Rede Anti-Racista, doSecrSecrSecrSecrSecretariado Coordenador das Associações de Imigetariado Coordenador das Associações de Imigetariado Coordenador das Associações de Imigetariado Coordenador das Associações de Imigetariado Coordenador das Associações de Imigrantes, do Conselhorantes, do Conselhorantes, do Conselhorantes, do Conselhorantes, do ConselhoConsultivConsultivConsultivConsultivConsultivo para os Assuntos da Imigo para os Assuntos da Imigo para os Assuntos da Imigo para os Assuntos da Imigo para os Assuntos da Imigração e da Comissão para a Igualdaderação e da Comissão para a Igualdaderação e da Comissão para a Igualdaderação e da Comissão para a Igualdaderação e da Comissão para a Igualdadee contra a Discriminação Racial.e contra a Discriminação Racial.e contra a Discriminação Racial.e contra a Discriminação Racial.e contra a Discriminação Racial.QuerQuerQuerQuerQueremos dar a palavra aos imigemos dar a palavra aos imigemos dar a palavra aos imigemos dar a palavra aos imigemos dar a palavra aos imigrantes – uma palavra autônoma erantes – uma palavra autônoma erantes – uma palavra autônoma erantes – uma palavra autônoma erantes – uma palavra autônoma eindependente, para que sejamos os vindependente, para que sejamos os vindependente, para que sejamos os vindependente, para que sejamos os vindependente, para que sejamos os verdadeirerdadeirerdadeirerdadeirerdadeiros pros pros pros pros protagotagotagotagotagonistas na defesaonistas na defesaonistas na defesaonistas na defesaonistas na defesados nossos interdos nossos interdos nossos interdos nossos interdos nossos interesses; que todos possam exesses; que todos possam exesses; que todos possam exesses; que todos possam exesses; que todos possam exererererercer os seus dircer os seus dircer os seus dircer os seus dircer os seus direitos deeitos deeitos deeitos deeitos decidadania, independentemente do país de origcidadania, independentemente do país de origcidadania, independentemente do país de origcidadania, independentemente do país de origcidadania, independentemente do país de origem, da rem, da rem, da rem, da rem, da religião, da etnia eeligião, da etnia eeligião, da etnia eeligião, da etnia eeligião, da etnia edo sexo, através da luta por dirdo sexo, através da luta por dirdo sexo, através da luta por dirdo sexo, através da luta por dirdo sexo, através da luta por direitos iguais.eitos iguais.eitos iguais.eitos iguais.eitos iguais.A nossa associação é uma orA nossa associação é uma orA nossa associação é uma orA nossa associação é uma orA nossa associação é uma orggggganização de luta e de pranização de luta e de pranização de luta e de pranização de luta e de pranização de luta e de pressão. Apostamosessão. Apostamosessão. Apostamosessão. Apostamosessão. Apostamosna solidariedade entrna solidariedade entrna solidariedade entrna solidariedade entrna solidariedade entre os trabalhadore os trabalhadore os trabalhadore os trabalhadore os trabalhadores estranges estranges estranges estranges estrangeireireireireiros e portugueses naos e portugueses naos e portugueses naos e portugueses naos e portugueses nadefesa dos nossos interdefesa dos nossos interdefesa dos nossos interdefesa dos nossos interdefesa dos nossos interesses comesses comesses comesses comesses comuns.uns.uns.uns.uns.

EDITEDITEDITEDITEDITORIALORIALORIALORIALORIAL

P(E)NAAI ImigP(E)NAAI ImigP(E)NAAI ImigP(E)NAAI ImigP(E)NAAI ImigrantesrantesrantesrantesrantesNo passado dia 18 de Dezembro foi apresentado pelo governo o Plano

Nacional de Acção para o Acolhimento e Integração de Imigrantes (PNAAIImigrantes). Um dia depois, o Parlamento debatia e aprovava a nova lei deimigração.

Com 123 medidas e envolvendo 13 ministérios, o PNAAI Imigrantes pretendeabranger todos os sectores da vida dos imigrantes. Acesso à habitação,educação, saúde, justiça e direitos políticos, entre outras medidas que têmmais a ver com as liberdades individuais de cada cidadão, compõem um plano(sem dúvida um instrumento de trabalho político importante), que se apresentainclusivo e visando a integração dos imigrantes.

Apesar das intenções manifestadas (e de boas intenções está o mundocheio), o que mais se necessita são boas práticas que permitam, utilizando osinstrumentos políticos disponíveis, inserir toda a gente. Assim, verificamos queao invés de incluir, o PNAAI Imigrante nasce exclusivo, por manter de foramais de 100 mil homens e mulheres que cá estão – e que a lei apre que a lei apre que a lei apre que a lei apre que a lei aprovovovovovada nãoada nãoada nãoada nãoada nãoquer rquer rquer rquer rquer regularizar egularizar egularizar egularizar egularizar –, ou ao recusar, ao abrigo da obrigatoriedade dereciprocidade, os direitos políticos à maioria dos imigrantes em Portugal.

Contrariamente à perspectiva de Igualdade de Oportunidades consagradosem 2007 – ANO EUROPEU PELA IGUALDADE DE OPORTUNIDADES –,corre-se o risco de termos um “Plano” estigmatizante, que trata os imigrantescomo cidadãos de segunda.

A habilidade de se mostrar que se dá o que na realidade se recusa, atravésde pequenos artifícios, é sem dúvida um exemplo da vontade de não integrar eacima de tudo um serviço prestado a quem lucra com a exploração dosclandestinos.

JorJorJorJorJorggggge Silve Silve Silve Silve Silvaaaaa

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Realizou-se o 2º Fórum Social Português,em Outubro de 2006, na cidade de Almada,com o mesmo estigma do 1º Fórum Social.Apesar dos alertas deixados por algunsrelativamente aos erros do passado, existiuuma grande apetência de hegemonia por partede alguns partidos políticos, preocupados emque o movimento não fugisse ao seu controle.

Não houve arte e engenho para trazernovos actores e novos activismos, naperspectiva da ampla participação ealargamento do Fórum a mais e mais pessoas,a mais actores e movimentos sociais. Factoque a participação pela primeira vez, queaplaudimos, da Obra Católica para asMigrações e de Helena Roseta (integrante daPlataforma Artº 65º - Habitação paraPlataforma Artº 65º - Habitação paraPlataforma Artº 65º - Habitação paraPlataforma Artº 65º - Habitação paraPlataforma Artº 65º - Habitação parat@dos) t@dos) t@dos) t@dos) t@dos) não chegou para alterar, pese ainovação e qualidade com que marcaram adiferença neste Fórum.

Este foi sem duvida o Fórum menosparticipado, apesar do envolvimento muitoactivo das organizações das mulheres, quetiveram um papel de relevo, e dos movimentossociais habituais. Sabemos que o estado dedesenvolvimento e participação dosmovimentos sociais em Portugal ainda é frágil,mas ele por si só não se emancipa sepersistirem as tendências de controlo políticoe de os transformarem em correias detransmissão dos partidos.

A vivência que preconizamos para estesFóruns deve respeitar, em primeiro lugar, aindependência dos movimentos sociaisrelativamente aos poderes económicos quenos oprimem e aos poderes políticos; devemassentar em relações de democracia,cooperação e participação, pautadas por umarelação de igualdade entre o Eu e o Outropara chegarmos ao Nós; na promoção doconhecimento mútuo como eixo estruturante emola impulsionadora de projectos e sentidos,devolvendo à sociedade civil e aosmovimentos sociais um maior activismo nocombate aos preconceitos e desigualdades.

A diversidade de posicionamentos nosmovimentos sociais é uma questão essencialque traduz a sua riqueza e algumascaracterísticas inovadoras, mas que, queremosaqui acentuar, não são globais a todos. Num

acto de cidadania e resistência, as suaspotencialidades culturais evidenciam-seatravés das mais variadas formas.

Nestes espaços pretendemos seralternativos. Neles as pessoas sentem-secidadãos de corpo inteiro e vêm reconhecida asua dignidade e singularidade. Aí ascumplicidades estão sempre presentes, na lutamais global por uma vida mais digna e por umoutro mundo.

Estamos comprometidos e tudo faremospara que outro Fórum seja construído, onde osmomentos partilhados sejam geradores deespaços alternativos e de compromissos comtodos e todas.

O futuro do Fórum – na sua estrutura eorganização – como movimento político,festival anual ou bianual, também levantoupolémica numa das conferências.

Com a crise dos sistemas políticosrepresentativos, alguns partidos “comportam--se como cartéis”. Quando a democracia seencontra em lugares diferentes do Parlamento,deve o FSP abster-se de ter um papel nacoordenação das lutas? Movimentos como ofeminista, o ecologista, os étnicos, dosexcluídos e de luta contra as discriminações,que surgem pela falta de realrepresentatividade do povo por parte doseleitos, exigem soluções. E estes reivindicamdirectamente ao Estado. Razão pela qual aautonomia do Fórum não deve negar umdiálogo crítico com a sociedade política, dadoque as mudanças e as transformaçõesnecessárias ocorrem forçosamente no espaçopolítico.

Em confronto surge a opinião de que oFórum não deve traçar linhas de conduta e deacção, mas contribuir pela sua diversidadeessencial para a unificação das iniciativas que,na sua diversidade, o movimentoalteroglobalista vai levando à prática, semhierarquias impostas e pré estabelecidas,travando a tendência para a criação (na linhada velha tradição do século XX, jáultrapassada) de dois espaços“complementares” – o das ideias e o da acção.

A luta continua!A luta continua!A luta continua!A luta continua!A luta continua!

TTTTTimóteo Macedoimóteo Macedoimóteo Macedoimóteo Macedoimóteo Macedo

Assim foi o 2º Fórum Social PAssim foi o 2º Fórum Social PAssim foi o 2º Fórum Social PAssim foi o 2º Fórum Social PAssim foi o 2º Fórum Social Portuguêsortuguêsortuguêsortuguêsortuguês

O que pretendemosdos Fóruns e qual oseu papelalternativo noactual contextoglobal de luta eresistências, sãofactores de reflexãoque gostaríamos departilhar com todos

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ContagContagContagContagContagem macabraem macabraem macabraem macabraem macabra- Segundo a imprensa turca, a Turquia e a

Grécia são responsável pela morte porafogamento de vários imigrantes, abandonadospela guarda costeira daqueles países naspraias da Turquia. Em 26 de Setembro foram40, abandonados pelas autoridades gregas.Seis foram encontrados mortos estando outrostrês desaparecidos. Em outras duas ocasiões,oficiais da guarda costeira turca abandonaramimigrantes indocumentados no mar, havendoregisto em vídeo destes factos. Confrontadoscom as denúncias, os governos grego e turcotrocam acusações sobre quem cumpre melhoras determinações da União Europeiarelativamente ao espaço Schengen;

- No dia 24 de Setembro dois imigrantessem documentos (uma mulher e uma criança)morreram quando o barco em que seguiam seafundou na costa italiana de Lampedusa.Outros 21 foram resgatados pela guardacosteira de Palermo;

- Um dos cinquenta e sete imigrantesilegais que chegou ao porto de Los Critianos,Tenerife, em 16 de Setembro, morreu deparagem cardíaca. Segundo a ConfederaçãoEspanhola de Policia, a vítima sentiu-se malapós desembarcar, tendo repetidamentepedido assistência médica. Apesar disso nãofoi levado a nenhum centro médico nemrecebeu qualquer cuidado enquanto estevesob a alçada das autoridades. Só foi assistidoàs 10 horas da manhã do dia seguinte, tendomorrido uma hora depois;

- Em 10 de Outubro um barco de madeiranaufragou com quarenta imigrante ilegais, nacosta sul da Grécia, tendo sido encontradosalguns sobreviventes nas ilhas próximas;

- Em 5 de Outubro vinte imigrantesmorreram afogados ao tentarem chegar àsilhas Canárias. Os sobreviventes (sete adultose quatro crianças) disseram que foramresgatados por um navio após o afundamentoda embarcação em que viajavam.

EurEurEurEurEuropa fortalezaopa fortalezaopa fortalezaopa fortalezaopa fortaleza- Em 20 de Setembro a França e o Senegal

assinaram um acordo de imigração, no qualconcordam em unir esforços na deportação deimigrantes indocumentados para os países deorigem, e no patrulhamento da costasenegalesa. Em troca da colaboração destepaís africano, académicos, empresários eartistas poderão ver a obtenção de vistofacilitada. A imprensa senegalesa denunciaeste acordo como parte de uma política“selectiva de imigração” que discrimina osimigrantes desqualificados e com baixaescolaridade;

- Em 9 de Setembro realizou-se em Parisuma manifestação exigindo o alojamento,regularização e acesso à educação para as milpessoas que foram expulsas pela polícia deuma residência abandonada, em Cacham,onde se encontravam há três anos;

- No dia 23 de Setembro realizou-se naBélgica uma manifestação para assinalar oassassinato por sufocação de Samira Adamu,praticado pela polícia belga quando atentavam deportar, em 1998;

- Em 28 de Setembro entraram em vigor asnovas leis de controlo das fronteiras do ReinoUnido que aceleram os processos deextradição dos estrangeiros que ameacem asegurança nacional. Assim, estes devem deixara Grã-Bretanha de imediato, mesmo quetenham apelado (esta medida é aplicada háanos no nosso país); a vigilância através deinformação biométrica passou a ser aplicada aimigrantes; a polícia de fronteiras pode detertemporariamente quem pretenda abandonar opaís se houver alguma suspeita sobre a suaidentidade ou legalidade;

- Segundo o Comité de Investigação àmorte de 11 pessoas no incêndio que deflagrouem 27 de Outubro de 2005 no centro deDetenção do aeroporto holandês de Schiphol,teriam morrido menos pessoas ou nenhumas,se fossem respeitadas as normas desegurança. No centro de detençãoencontravam-se suspeitos de tráfico de drogase imigrantes a aguardar repatriamento;

- Em 30 de Setembro centenas de pais,crianças, professores e outros, manifestaram-

Assim vai a Europareal, aquela queexiste para além daretórica humanitáriadifundida pelospropagandistas deBruxelas

se contra a detenção de crianças imigrantes naHolanda. Em foco esteve o caso de ummenino de 8 anos, filho de uma imigrantechinesa indocumentada, que por esse motivonão pode estar com o seu filho.

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Dia 11 de JaneirDia 11 de JaneirDia 11 de JaneirDia 11 de JaneirDia 11 de Janeiro - Po - Po - Po - Po - Pelo SIM, pela dignidadeelo SIM, pela dignidadeelo SIM, pela dignidadeelo SIM, pela dignidadeelo SIM, pela dignidadeDevDevDevDevDevem as mem as mem as mem as mem as mulherulherulherulherulheres ves ves ves ves ver a sua intimidadeer a sua intimidadeer a sua intimidadeer a sua intimidadeer a sua intimidade

devdevdevdevdevassada, serassada, serassada, serassada, serassada, serem humilhadas,em humilhadas,em humilhadas,em humilhadas,em humilhadas,estigmatizadas e condenadas a pena deestigmatizadas e condenadas a pena deestigmatizadas e condenadas a pena deestigmatizadas e condenadas a pena deestigmatizadas e condenadas a pena deprisão por abortarprisão por abortarprisão por abortarprisão por abortarprisão por abortarem?em?em?em?em? É isto – e só isto –aquilo que está em causa no referendo de 11de Janeiro. Por muito que se agitemfantasmas, se tente confundir e chantagear aspessoas, em particular as mulheres, nestereferendo não se vai decidir sobre se o abortoé moral ou imoral, qual a moral religiosa quesobre a matéria deve ser imposta aosportugueses, se este é um métodocontraceptivo (questão idiota, dada que não seconhece nenhum movimento ou pessoa quedefenda tal ideia), em que altura começa avida, etc. Também não se vai decidir emalternativa, entre a democratização dosmétodos contraceptivos ou o aborto (outraquestão idiota, pois todos estão de acordoque o conhecimento e o acesso aos meio deprevenção da gravidez são uma forma de odiminuir). O que de facto está em causa éO que de facto está em causa éO que de facto está em causa éO que de facto está em causa éO que de facto está em causa ésaber se as msaber se as msaber se as msaber se as msaber se as mulherulherulherulherulheres pobres pobres pobres pobres pobres vão ter dees vão ter dees vão ter dees vão ter dees vão ter decontinuar a rcontinuar a rcontinuar a rcontinuar a rcontinuar a recorrecorrecorrecorrecorrer ao aborto clandestinoer ao aborto clandestinoer ao aborto clandestinoer ao aborto clandestinoer ao aborto clandestino,

arriscando a sua saúde, a tornarem-se estéreis,a serem humilhadas por polícias e tribunais ea serem condenas a penas de prisão efectivaou, nalguns casos, a morrerem; a terem decarregar com a responsabilidade de criarem eeducar um filho que não foi desejado, porrazões económicas ou outras, como porexemplo, assim se liquidarem possibilidadesde uma jovem continuar os seus estudos, vivera sua adolescência e amadurecer comopessoa, ficar uma mulher sujeita a uma relaçãonão desejada; e, acima de tudo, saber se asmulheres forçadas a abortar (ainda está pordescobrir a primeira mulher que o faça pordesporto ou de ânimo leve) o podem fazer emcondições clínicas seguras ou estãocondenadas a fazê-lo em locais manhosos, ese o negócio do aborto clandestino vaicontinuar em alta e a mandar todos os mesesumas tantas dezenas das mulheres pobres quea ele recorrem, para as urgências hospitalares.

Posto isto, convém lembrar que estaquestão há muito poderia ter sido resolvido noparlamento – dado que há uma maioria

VIDVIDVIDVIDVIDAS AS AS AS AS por Dom Laypor Dom Laypor Dom Laypor Dom Laypor Dom Lay

favorável à despenalização –,e que o problema só vai ficarmeio resolvido: não sepercebe porque é que oaborto vai deixar de ser crimese praticado até aos 10meses, continuando asmulheres a ser criminalizadasse abortarem um dia, duassemanas, ou três mesesdepois. Porquê este recuo emrelação ao que a actual leiprevê relativamente aos casosde malformação, violação, ouquando está em risco a vidada mãe, em que o aborto élegal até aos 16 meses?

António BarataAntónio BarataAntónio BarataAntónio BarataAntónio Barata

MANIFESTO DOS MORADORESDOS BAIRROS AFECTADOS PELAS DEMOLIÇÕES

Habitação para todos!Habitação para todos!Habitação para todos!Habitação para todos!Habitação para todos!Manifesto de umgrupo deMoradores dosBairros dasMarianas, Azinhagados Besouros,Estrada Militar,Quinta da Vitória,Fim do Mundo eQuinta da Serra,com o apoio dogrupo Direito àHabitação / SOLIM

Nós, moradores dos bairros demolidos ou naiminência de o serem, expomos o seguinte:

Vários bairros da Área Metropolitana deLisboa, construídos há décadas por portuguesesmigrantes do interior do país e pelos imigrantese os seus descendentes, estão a ser demolidos.Muitas pessoas estão a ser expulsas das suascasas e não têm direito ao realojamento.

O Programa Especial de Realojamento (PER)baseia-se num recenseamento realizado em1993.

Muitos moradores, chegados aos bairrosantes de 1993, não foram incluídos no PER.Nós, por exemplo, que somos trabalhadores daconstrução civil, fomos excluídos. O nossotrabalho exige frequentes deslocações, durantedias seguidos, aos locais das obras. É essa arazão da nossa ausência do bairro e da nossafalta de informação durante o recenseamento.

Também existem, nos nossos bairros,milhares de pessoas que chegaram depois de1993 e que pela sua situação económicaprecária, pela discriminação à qual estãosujeitos no acesso à habitação no mercadoprivado e pela inexistência de uma política realde habitação que possa responder às suasnecessidades habitacionais, não tiveram outraalternativa que os bairros de barracas.

Agora, as câmaras expulsam-nos sem nosdeixar nenhuma alternativa habitacional,tirando-nos o único tecto que temos.

Trabalhamos para construir Portugal.Pagamos os nossos impostos econtribuímos para a economia do país.

Como qualquer cidadão,descontamos para oEstado mas este não nosreconhece o direitoconstitucional a umahabitação.

Considerando ahistória da colonizaçãonos últimos cincoséculos e a daemigração portuguesa,não achamos justo o

tratamento recebido pelos imigrantes em soloportuguês.

Não estamos a pedir casas de graça, mas oacesso a uma habitação com uma renda deacordo com os nossos rendimentos.

Estamos dispostos a colaborar com oEstado para encontrar uma solução querespeite os direitos de todas as pessoas.

DENUNCIAMOS:DENUNCIAMOS:DENUNCIAMOS:DENUNCIAMOS:DENUNCIAMOS:O Programa Especial de Realojamento

(PER) revelou-se um programa limitado einjusto que tem excluído muitas pessoas.

As autarquias estão a tratar-nos como senão fossemos seres humanos.

As demolições contribuem para adegradação dos bairros, provocando inúmerosdanos psicológicos, morais e materiais. Ascondições de habitabilidade têm vindo a piorarsubstancialmente desde o início dasdemolições (entulho, canalizações partidas,estruturas danificadas que criam infiltraçõesquando chove...).

Estes processos de demolição, além de nãoterem tido nenhum acompanhamento social,têm-se caracterizado por uma presençaviolenta e abusiva das forças policiais, que selimitam a expulsar brutalmente as pessoas dassuas casas sem qualquer diálogo. Isto é abusode poder.

Existem inúmeras casas fechadas nosbairros de realojamento, destinadas à venda eque permanecem vazias até hoje.

O estatuto ilegal das nossas casas não éassim tão evidente. O Estado permitiu aconstrução destes bairros e, em certos casos,até a apoiou; pois, estes remediavam acarência de habitação para os trabalhadoresque chegavam à cidade. Posteriormente oEstado deixou desenvolver este mercadoparalelo de habitação. Em muitos casos ascasas foram compradas pelas pessoas. Outraspessoas sempre pagaram aluguer, facturas deelectricidade, água, esgotos e contribuiçõesautárquicas. Existem mesmo casos de“habitação ilegal”registada nas finanças.

Achamos absolutamente inadmissível adesresponsabilização do Estado e a suacompleta despreocupação para com os seuscidadãos. Sentimo-nos tratados como se nãofossemos pessoas. As Câmaras e o Governopassam as responsabilidades um para o outrocomo num jogo de ping-pong.

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No dia 14 de Novembro os moradores dosbairros de Quinta da Serra e da Quinta daVitória e o grupo Direito à Habitação daassociação Solidariedade Imigrante assistiramà Assembleia Municipal Extraordinária,convocada pela CM de Loures, exclusivamentededicada à habitação social.

Na esperança de obterem algumasrespostas sobre os planos da autarquia para asvárias centenas de moradores que vivemnestes bairros, cujas casas serão derrubadasnos próximos meses (não lhes tendo sidoproposto qualquer realojamento), osrepresentantes das comissões de moradoresinterpelaram a Assembleia, o Presidente e oVereador da Câmara de Loures, sobre oassunto.

Como única resposta para resolver osproblemas de habitação do Concelho deLoures, a Assembleia Municipal aprovou oseguinte:

“Solicitar ao Ministro do Ambiente que osbairros da Quinta das Mós, Quinta da Vitória,Quinta da Serra, os bairros inseridos noTalude Militar, os agregados familiares do Altodo Andrade e o Bairro da Torre, façam partedo projecto integrado de recuperação aoabrigo do Programa Bairros Críticos, uma vezque estes bairros reúnem as condiçõesestabelecidas na Resolução do Conselho deMinistros nº 143/2005”

É preciso esclarecer que o programa emquestão é um projecto piloto experimental

finnaciado pela UE, limitadoa três bairros (um na regiãodo Grande Porto, um na deSetúbal e o outrona da grandeLisboa – obairro da Covada Moura) quepretenderequalificaráreas críticas,principalmente,através dareabilitaçãourbana, cuja concretização pode demoraranos. Não existe nenhuma garantia de que estesbairros venham a ser integrados neste programa.

De que pode servir esta medida ao bairro daQuinta de Vitória se a vontade do proprietário doterreno é de “limpá-lo” nos próximos meses?

De que pode servir este programa ao bairro daQuinta da Serra quando se está a oferecer dinheiroàs famílias com direito ao realojamento paraencontrarem casa fora do bairro rapidamente?

De que poderá servir este programa quando jánão houverem moradores a viver nos bairros?

Mais uma vez a Câmara de Loures demonstra oseu total desinteresse e desrespeito pelos seusmunícipes, mais uma vez tenta enganar aspopulações com falsas respostas que não sãosoluções.

Sylvia Almeida/D Sylvia Almeida/D Sylvia Almeida/D Sylvia Almeida/D Sylvia Almeida/DAHAHAHAHAH

Com papas e bolos...Com papas e bolos...Com papas e bolos...Com papas e bolos...Com papas e bolos...

Quando confrontadas por nós, as Câmarasdão esperanças, mas logo a seguir dão o ditopelo não dito. O Governo fez promessas eapresentou soluções que nunca cumpriu. Asfalsas alternativas são injustas, provisórias ediscriminatórias: apoio incerto de três mesesde renda, dias em centros de acolhimento oupensões, propostas de regresso ao país deorigem.

EXIGIMOS QEXIGIMOS QEXIGIMOS QEXIGIMOS QEXIGIMOS QUE SEJAM RESPEITUE SEJAM RESPEITUE SEJAM RESPEITUE SEJAM RESPEITUE SEJAM RESPEITADOSADOSADOSADOSADOSOS NOSSOS DIREITOS NOSSOS DIREITOS NOSSOS DIREITOS NOSSOS DIREITOS NOSSOS DIREITOS!OS!OS!OS!OS!

EXIGIMOS que seja respeitado o direito àhabitação para todos, consagrado pelo artigo65 da Constituição Portuguesa.

EXIGIMOS que sejam suspensas as demoliçõesdas casas onde moram pessoas que não têmalternativa habitacional.

EXIGIMOS o realojamento de todos osmoradores dos bairros que não estão incluídos noPER.

EXIGIMOS que o Estado crie e aplique umaverdadeira política da habitação para todos oscidadãos.

EXIGIMOS o acesso a uma habitação condignaem que nos responsabilizamos pelo pagamento deuma renda de acordo com os nossos rendimentos,de forma a criar uma oportunidade para podermosmostrar e defender a possibilidade de uma vidamelhor.

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Nascido no México, naturalizado norte-americano,Agustin Aguayo, agora com 34 anos, mulher e duasfilhas, alistou-se no Exército em 2002. Não por desejode ir combater mas porque o recrutador soubeconvencê-lo de que teria condições muito favoráveispara tirar um curso de enfermagem e conseguirsegurança económica para a família. Surpreendido pelainvasão do Iraque, enviado para a base de Schweinfurt,na Alemanha, sentiu-se apanhado numa armadilha ecomeçou a procurar sair da tropa como objector deconsciência. Mas o processo é arrastado, e entretantoenviam-no para Tikrit, no Iraque. Aí, segundo o seudepoimento posterior, “fui testemunha da nossa formade desumanizar o povo iraquiano e de exterminarinocentes. Que contra-senso! A minha convicção doabsurdo e da nocividade de todas as guerras tornou-seainda mais forte”. Em Agosto de 2004, chega a respostaao seu pedido de objector: recusado. Após um ano na

frente de combate,regressa à Alemanha.Confirmada a recusa aconceder-lhe a objecçãode consciência, écastigado com mais umano de serviço porque,quando no Iraque, serecusava a usar aarma.Uma disposiçãoaprovada depois do 11 deSetembro permite que oexército prolongueunilateralmente o tempode serviço de umsoldado.

Desesperado, Agustin deserta na Alemanha a 1 deSetembro 2006 quando é convocado para regressar aoIraque. Ingenuamente apresenta-se no dia seguinte,vestido à civil, disposto a ser preso e julgado emtribunal marcial. Mas anunciam-lhe que partirá deimediato noutro avião para o Iraque. Consegue evadir-se, regressar ao México e daí à Califórnia. Em 26 deSetembro, à porta de uma igreja de Los Angeles,rodeado pela família, Agustin dá uma conferência deimprensa: “Assumo a minha posição de objector, prefiroa prisão à guerra”. Mas o Exército não está interessadonum julgamento que dê ainda maior projecção ao caso.A 3 de Outubro levam-no preso para a base deMannheim, na Alemanha. Aí se encontra, aguardando adecisão do seu comandante.

(Le MondeLe MondeLe MondeLe MondeLe Monde, 31/10/06)

História de um soldadoHistória de um soldadoHistória de um soldadoHistória de um soldadoHistória de um soldadoBREVESBREVESBREVESBREVESBREVESPPPPPortugortugortugortugortugal define áral define áral define áral define áral define áreas prioritáriaseas prioritáriaseas prioritáriaseas prioritáriaseas prioritárias - O ministroda Administração Interna definiu três grandesobjectivos a desenvolver na área da imigração du-rante a presidência portuguesa da União Europeia.António Costa revelou recentemente que realizaráem Julho do próximo ano uma conferência dealto nível para debater iniciativas que a Comissãovai apresentar: “uma directiva sobre a imigraçãopara território europeu de pessoas altamentequalificadas e outra directiva sobre canais deimigração legal. Finalmente, vamos organizar umaCimeira a nível ministerial Euromed, os paísesda UE com os 10 países do Mediterrâneo”, disse.A presidência portuguesa da UE é no segundosemestre de 2007.

ImigImigImigImigImigrantes aumentam economia espanholarantes aumentam economia espanholarantes aumentam economia espanholarantes aumentam economia espanholarantes aumentam economia espanhola- A população imigrante em Espanha, que quadru-plicou nos últimos cinco anos, foi responsávelpor metade do crescimento económico.De acordo com um estudo do Governo, a imigra-ção contribuiu com mais de cinco mil milhões deeuros do que recebeu das contas públicas. Foiresponsável por um crescimento de 1,6% da eco-nomia nacional, metade dos valores de crescimen-to do Produto Interno Bruto (PIB). De 2000 a2005, os imigrantes contribuíram com 23.402 mi-lhões de euros para as contas públicas, atravésde impostos, e representando gastos públicos decerca de 18.618 milhões de euros em pensões,saúde, educação, políticas de inserção e outras.

42 mortes em dez meses 42 mortes em dez meses 42 mortes em dez meses 42 mortes em dez meses 42 mortes em dez meses - Quarenta e doisimigrantes clandestinos morreram no mar quandotentavam viajar para Europa a partir das costasocidentais da Argélia e 27 outros desapareceramdurante o período de Janeiro a Outubro de 2006,de acordo com fontes da marinha argelina.A imprensa local, noticiou que em finais de No-vembro, 388 pessoas foram salvas por unidadesda marinha argelina durante o mesmo período.373 eram argelinos, 11 marroquinos, dois Lituanose dois das ilhas das Caraíbas. Ainda no mês passa-do, 65 argelinos que tentaram emigrar clandesti-namente antes de ser interceptados, foram conde-nados à dois meses de prisão pelo tribunal. AArgélia tornou-se um país de trânsito para milha-res de cidadãos africanos que se aventuram clan-destinamente para Europa, através de Marrocose da Espanha.

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CULCULCULCULCULTURATURATURATURATURA

Lisboa acolhe festivLisboa acolhe festivLisboa acolhe festivLisboa acolhe festivLisboa acolhe festival de cinemaal de cinemaal de cinemaal de cinemaal de cinemaafricanoafricanoafricanoafricanoafricano - - - - - Sob a iniciativa da Tamarindo,uma associação para a Promoção eCooperação Cultural entre os Povos, realizou--se de 17 a 26 de Novembro, em Lisboa, oKanemaKanemaKanemaKanemaKanema - F- F- F- F- Festivestivestivestivestival Internacional dos Cinemaal Internacional dos Cinemaal Internacional dos Cinemaal Internacional dos Cinemaal Internacional dos CinemaAfricanoAfricanoAfricanoAfricanoAfricano. O evento sucede à primeira Mostra,realizada no mesmo mês do ano passado, emAlmada. Ao longo de dez dias foram exibidasno cinema São Jorge mais de duas dezenas defilmes, incluindo ficção e documentários decineastas do continente africano e não só.

Dos países africanos de língua portuguesaforam incluídos alguns títulos de produçãoangolana, como Na cidade vazia, de MariaJoão Ganga, e Oxalá cresçam Pitangas -Histórias de Luanda, de Kiluanje Liberdade ede Ondjaki, e de Moçambique, como O jardimdo outro homem, de Sol de Carvalho. Foramainda exibidos filmes da Argélia, África doSul, Burkina-Faso, Benim, Chade, Camarões,República Centro Africana, Egipto, Guiné--Conacry, Mali, Costa do Marfim, RepúblicaDemocrática do Congo, Marrocos, Niger,Nigéria, Senegal e Zimbabwe. Segundo osorganizadores, a iniciativa, tem como principalobjectivo mostrar o que os cineastas africanostêm a dizer das “suas sociedades, dos seusproblemas e da sua História”. Mas também,promover as suas obras a nível internacional,uma vez que deixaram de circular pelas salasde cinema com a regularidade dos anos de1980, devido a inúmeros problemas internosnos respectivos países.

Juventude em marcha, do português PedroCosta, que conta a história uma família cabo--verdiana durante a fase de demolição eentrega de novas casas aos residentes noBairro das Fontaínhas (arredores da capital),foi exibido na sessão “Olhar exterior”, queincluiu filmes de França, Suiça, Itália eCanadá.

A Cinemateca fez uma retrospectiva daobra de um dos históricos do cinema africano,o maliano Souleymane Cissé, que, recorde-se,estreara nas salas portuguesas A luz, no final

dos anos 80. O nome do realizador guineenseFlora Gomes, foi evocado como prémio paradistinguir obras de cineastas não africanos quetenham um olhar sobre África ou sobreafricanos na diáspora, como é o caso de PedroCosta. O Grande Prémio – Paulin Vieira(outro nome de referência do cinemasenegalês) destina-se a obras realizadas nosúltimos dois anos, e apresentadas emconcurso. Os dois prémios são “simbólicos” ,sem qualquer “valor pecuniário”, disse à Lusa,Loja Neves, um dos organizadores do festival,que contou com o apoio da C. Municipal deLisboa e do Instituto do Cinema, Audiovisuale Multimédia.

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C I N E M AC I N E M AC I N E M AC I N E M AC I N E M A

FFFFFedraedraedraedraedra - Jean RacineJean RacineJean RacineJean RacineJean Racine. Com AdelinaOliveira,AlexandreSousa,BeatrizBatarda,CândidoFerreira,CristinaBizarro,Kjersti Kaasa,Pedro Carmo

e Sara Carinhas.Teatro Maria Matos, até 18 Fevereiro– Quarta a Sábado, às 21h30 Domingo às 17h.

Escrita por Racine (1639-1699), a partir dotexto clássico de Eurípedes, e encenada porAna Tamen a peça conta o mito de Fedra,mulher de Teseu e rainha de Atenas que seapaixona pelo seu enteado Hipólito. Esseamor proibido, incestuoso, do qual Fedrasente uma enorme culpa despoleta, quandorevelado, uma série de acontecimentostrágicos que culminam no suicídio da rainha.

T E AT E AT E AT E AT E A T RT RT RT RT R OOOOO

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CULCULCULCULCULTURATURATURATURATURA

EmigEmigEmigEmigEmigraçãoraçãoraçãoraçãoração

Quando no silêncio das noites de luarVinha uma estrela pelo céu a correrDizia minha mãe de mãos erguidas:Deus te guie por bem!

Desde então quando vejo que um homemDeixa a terra onde infeliz nasceuE fortuna busca noutras praias, digo:Que te guie Deus, também!

Não o culpo, coitado, não o acusoNem lhe rogo pragas nem castigosNem de que é dono de escolher me esqueçoO que lhe convier!

Porque quem deixa o seu torrão natalE fora dos seus caminhos põe os pésQuando troca o certo pelo incertoMotivos há-de ter!

Curr Curr Curr Curr Curros Enrriquez - Espanhaos Enrriquez - Espanhaos Enrriquez - Espanhaos Enrriquez - Espanhaos Enrriquez - Espanha

The KlezmaticsThe KlezmaticsThe KlezmaticsThe KlezmaticsThe Klezmatics – 24 de Janeiro,Culturgest - Grande Auditório, 21,30 h.Entradas: 20 ••••• - Até aos 35 anos, 5 •••••.

Este é oprimeiro concertoda série “Os Filhosde Abraão”,dedicado às culturasmusicais deinfluência judaica,organizados pelaCulturgest. É demúsica klezmer,género musicaltradicional dosjudeus ashkenazes(da Europa Centrale do Leste) que sedesenvolveu a partirdo século XV. As

canções, geralmente na língua Yddish, fazemreferência à vida comunitária judaica, às festasreligiosas, a elementos do quotidiano e aacontecimentos históricos. E destina-se, emgrande medida, a ser dançada em casamentose outras ocasiões festivas.

É a segunda vez que os Klezmatics actuamem Portugal, sendo considerados um dosnomes grandes da música klezmer. Nasceramem 1986, em Nova Iorque, Estados Unidos,onde este tipo de música e grupos são muitopopulares e influenciados pela música negranorte-americana, o jazz nomeadamente. Amúsica deste grupo, envolta no espiritualismojudeu e na tradição europeia, é atravessadapor preocupações de justiça social, anti-racistase ecuménicas, espelhando igualmenteecléticas influências musicais que incluemgospel, punk, ritmos árabes, africanos oubalcânicos. Editaram seis álbuns, colaboraramcom músicos tão diversos como Arlo Guthrie,figura fundamental da folk americana, ItzhakPerlman, grande violinista e maestro, osisraelitas Chava Alberstein e Ehud Banay, osaxofonista John Zorn, os marroquinos MasterMusicians of Jajouka, o percussionista egípcioMahmoud Fad.

Participaram em inúmeros filmes,espectáculos de teatro e dança e programas detelevisão, apresentaram-se em mais de vintepaíses, receberam vários prémios. A nãoperder!

P O E S I AP O E S I AP O E S I AP O E S I AP O E S I A

M Ú S I C AM Ú S I C AM Ú S I C AM Ú S I C AM Ú S I C A

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TTTTTodjo, o andarilho odjo, o andarilho odjo, o andarilho odjo, o andarilho odjo, o andarilho (Parte 1) Após sucessivos adiamentos, marcara

finalmente férias para o mês de Dezembro. Navéspera da partida não dormira. O frio, queultimamente transformara o cubículo, quepartilhava com um colega num gueto daAmadora, numa espécie de geleira, contribuíraà aturar a noite branca.à aturar a noite branca.à aturar a noite branca.à aturar a noite branca.à aturar a noite branca.

Foi o primeiro passageiro a chegar naquelamadrugada ao aeroporto de Portela e oprimeiro a fazer o cheyk-in. Estava ele tãoimpaciente, que a hora de embarque pareciademorar uma eternidade.

Finalmente, o avião que o transportavapara a terra natal, em África, levantara voo.Passada uma hora, muitos passageirosrecuperam o resto do sono. Sentado no cantoesquerdo, Todjo prefere colar o rosto à janela,contemplando a doze mil metros de altitude,as nuvens e as paisagens que desfilavamvagarosamente debaixo dos seus olhos.

- “Impressionante” – murmurava ele.Era um homem que teve uma vida e um

percurso atípico. Por razões políticas, ficaraórfão de pai aos oito anos de idade; dois anosmais tarde, da mãe e da irmã mais nova, quepereceram num acidente de viação. Fora então

CULCULCULCULCULTURATURATURATURATURA

educado pelos avós, Balimba eMassia, que sempre o cobriramde afecto e mimo, que vizinhosviam como excessivos.

Porém, cedo o velhoapercebera que o garoto, alémde inteligência, era dotado deespírito combativo e sonhavadescobrir horizontes longínquos. Aos 17 anos,além de trabalhar duro para sustentar as duasalmas que até aqui lhe nortearam a vida,concluíra os estudos com brilho. Achando-sejá um homem, um dia, após múltiplashesitações, manifestara aos avós – a quemapelidava pelo diminutivo de Vovó Bali e aDona Más, respectivamente – que o deixasseviajar para terras desconhecidas.

Estes, vendo frustrada a tentativa dedissuadi-lo, concordaram e abençoaram-no.Todjo iniciara então uma longa caminhada. Dacosta ocidental do continente, optara poratravessar o deserto de Saara, numa caravanade touaregues, para atingir o Magrebe. Foi umautêntico percurso de combatente. No meiodaquele manto de areia escaldante, teve quesuportar temperaturas de cerca de 50 graus.Passo a passo. Dia após dia. Com fome esede, cada vez mais cansado e debilitado; foidesfazendo-se dos seus haveres, ficandoapenas com o essencial. Ou seja, a roupa que

DESCUBRA AS 7 DIFERENÇASDESCUBRA AS 7 DIFERENÇASDESCUBRA AS 7 DIFERENÇASDESCUBRA AS 7 DIFERENÇASDESCUBRA AS 7 DIFERENÇASEstes desenhos parecem Iguais. Mas entre o primeiro e o segundo há sete pequenas diferenças. Descubra-as.

1 - Saco do Pai Natal mais volumoso;

2 - Estremo esquerdo do topo do edifício

desnivelado;

3 - Meia-lua negra mais grossa;

4 - Ponta inferior esquerda da estrela, no

topo da árvore de Natal, mais comprida;

5 - Lata de tinta maior;

6 - Ponta do gancho do Pai Natal mais curto;

7 - Candeeiro do poste de iluminação maior.

SOLUÇÃO:

C O N TC O N TC O N TC O N TC O N T OOOOO

vestia. Viu esqueletos dealguns aventureiros quesucumbiram naqueleterritório hostil. Foi ali quedescobriu, pela primeiravez, o valor supremo daágua, esse líquido vital, tãoabundante na terra ondenascera.

(continua na próximaedição)

IvIvIvIvIvo Catanao Catanao Catanao Catanao Catana

PPPPPASSA TEMPO ASSA TEMPO ASSA TEMPO ASSA TEMPO ASSA TEMPO por Dom Laypor Dom Laypor Dom Laypor Dom Laypor Dom Lay

Foi aprovada nova alteração à lei deimigração.

O movimento associativo imigrante nãoesteve indiferente ao processo. Fez críticas,apresentou propostas alternativas, indicoucaminhos que a experiência no trabalhocom os imigrantes aconselhava. Organizadona PERCIP - Plataforma das EstruturasRepresentativas das ComunidadesImigrantes em Portugal, composta por maisde 60 associações, apresentou numasegunda ronda de reuniões com os gruposparlamentares, um documento com as suasprincipais reivindicações, das quais se

destacam:

- A REGULARIZAÇÃO DE TODOS OSIMIGRANTES QUE ESTÃO EM PORTUGAL

A nova lei ignora completamente os maisde 100 mil imigrantes mantidos em situaçãoirregular, por vezes em situações próximas daescravatura, à mercê das máfias quealimentam parte dos reconhecidos 23% daeconomia informal. A regularização destesimigrantes reduziria não só o negócio dasmáfias e patrões sem escrúpulos, comotambém a fuga ao fisco e à segurança social.

Le i de ImigLe i de ImigLe i de ImigLe i de ImigLe i de Imigr açãor açãor açãor açãor ação- A RETIRADA DA FILOSOFIA DASQUOTAS

Afinal a fracassada política das quotas, tãocombatida por todos, mantém-se. Ganhounova roupagem, passando a designar-seContingente Global de Oportunidades deEmprego, contingente este a fixar anualmentepelo Conselho de Ministros, mediante parecerprévio da Comissão Permanente daConcertação Social. Excluindo o nome, tudose mantém, não se criando alternativas viáveisà imigração ilegal.

- O REAGRUPAMENTO FAMILIARA nova lei mantém os requisitos e os

procedimentos extremamente burocráticos,morosos e dispendiosos para as famílias,constantes na anterior lei. Para além disso,não contempla os filhos maiores de 18 anos, aestudarem no país de origem e a cargo dospais, nem pais ou avós sem outros meios desubsistência no país de origem.

Assim, estamos perante uma lei quemantém na exclusão milhares de imigrantes, oque convém a quem enriquece com aexploração desenfreada e a fuga aos impostos.

2007 é o “ ANO EUR2007 é o “ ANO EUR2007 é o “ ANO EUR2007 é o “ ANO EUR2007 é o “ ANO EUROPEU PELAOPEU PELAOPEU PELAOPEU PELAOPEU PELAIGUALDIGUALDIGUALDIGUALDIGUALDADE DE OPORADE DE OPORADE DE OPORADE DE OPORADE DE OPORTUNIDTUNIDTUNIDTUNIDTUNIDADES “, masADES “, masADES “, masADES “, masADES “, masnão para todos.não para todos.não para todos.não para todos.não para todos.

JorJorJorJorJorggggge Silve Silve Silve Silve Silvaaaaa

A recente alteraçãoà Lei de Imigraçãomantém na ilegalidademais de 100 milestrangeiros,a política de quotas,a burocracia e oscustos excessivos quequase anulam o direitoao reagrupamentofamiliar

AAAAACTIVIDCTIVIDCTIVIDCTIVIDCTIVIDADES DADES DADES DADES DADES DA SOLIMA SOLIMA SOLIMA SOLIMA SOLIM1 ª1 ª1 ª1 ª1 ªsssss Jornadas da HabitaçãoJornadas da HabitaçãoJornadas da HabitaçãoJornadas da HabitaçãoJornadas da Habitação (exposição | filmes | debates) 12 e 13 de Janeiro / 24 e 25 de FevereiroAs Jornadas da Habitação, que se estendem ao longo de Janeiro e Fevereiro e que se desdobram em actividades organizadas poroutras associações pertencentes à Plataforma ArtigPlataforma ArtigPlataforma ArtigPlataforma ArtigPlataforma Artigo 65,o 65,o 65,o 65,o 65, pretendem, para além de uma reflexão sobre o direito à habitação,«iniciar a discussão sobre a construção de uma futura Lei-Quadro baseada neste direito fundamental».Mais informações em: http://www.plataformaartigo65.org / [email protected] / tel: 213 241 135

MANIFESTMANIFESTMANIFESTMANIFESTMANIFESTAÇÂO pelo DirAÇÂO pelo DirAÇÂO pelo DirAÇÂO pelo DirAÇÂO pelo Direito à Habitação eito à Habitação eito à Habitação eito à Habitação eito à Habitação - - - - - 25 de Fevereiro, 15 horas, Lisboa.

ImigImigImigImigImigrArterArterArterArterArte – 2, 3 e 4 de Fevereiro - concertos, dança, projecções, debates, oficinas, exposições, artesanato e comida domundo. Na associação Solidariedade ImigSolidariedade ImigSolidariedade ImigSolidariedade ImigSolidariedade Imigrante,rante,rante,rante,rante, espaço BacalhoeirBacalhoeirBacalhoeirBacalhoeirBacalhoeirososososos, CEMCEMCEMCEMCEM, Ateneu ComerAteneu ComerAteneu ComerAteneu ComerAteneu Comercial de Lisboacial de Lisboacial de Lisboacial de Lisboacial de Lisboa, colectivo culturalCrCrCrCrCrew Hassanew Hassanew Hassanew Hassanew Hassan” e CentrCentrCentrCentrCentro Desportivo Desportivo Desportivo Desportivo Desportivo da Mourariao da Mourariao da Mourariao da Mourariao da Mouraria. Apresenta-se assim uma boa ocasião de conhecer, experimentar, divertir-se,aprender e trocar saberes e sorisos.As actividades, ao longo de um percurso entre a Baixa e os Restauradores, pretendem ser um meio eficaz de divulgaçãointercultural, dado ser a linguagem artística um código universal e heterogéneo. Tod@s são [email protected] informação sobre o festival na associação Solidariedade Imigrante / Grupo de Trabalho Interculturalidade (Rua da Madalena,8 - 2 º) ou pelo endereço electrónico [email protected]

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