263
2 SUBPROJETO QUALISUS-REDE DA REGIÃO DO ALTO SOLIMÕES LISTA DE ABREVIATURAS AC Aparelho Circulatório AB - Atenção Básica AD Aparelho Digestivo AIH Autorização de Internação Hospitalar AR Aparelho Respiratório AM Amazonas BR Brasil CES - Conselho Estadual de Saúde CIB - Comissão Intergestora Bipartite CIR - Comissão Intergestora Regional CIT - Comissão Intergestora Tripartite; CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saude DCV Doenças Cardiovasculares DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias. DM Diabetes Mellitus DNV Declaração de Nascido Vivo DO Declaração de Óbito DSEI Distrito Sanitário Especial Indígena EACS - Estratégia Agentes Comunitários de Saúde ESB Estratégia Saúde Bucal ESF - Estratégia Saúde da Família EXT Causas Externas GPP Gravidez, Parto e Puerpério. GU Aparelho Geniturinário HAS Hipertensão Arterial Sistêmica IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MDDA Monitoramento das Doenças Diarréicas Agudas

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SUBPROJETO QUALISUS-REDE DA REGIÃO DO ALTO

SOLIMÕES

LISTA DE ABREVIATURAS

AC – Aparelho Circulatório

AB - Atenção Básica

AD – Aparelho Digestivo

AIH – Autorização de Internação Hospitalar

AR – Aparelho Respiratório

AM – Amazonas

BR – Brasil

CES - Conselho Estadual de Saúde

CIB - Comissão Intergestora Bipartite

CIR - Comissão Intergestora Regional

CIT - Comissão Intergestora Tripartite;

CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saude

DCV – Doenças Cardiovasculares

DIP – Doenças Infecciosas e Parasitárias.

DM – Diabetes Mellitus

DNV – Declaração de Nascido Vivo

DO – Declaração de Óbito

DSEI – Distrito Sanitário Especial Indígena

EACS - Estratégia Agentes Comunitários de Saúde

ESB – Estratégia Saúde Bucal

ESF - Estratégia Saúde da Família

EXT – Causas Externas

GPP – Gravidez, Parto e Puerpério.

GU – Aparelho Geniturinário

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MDDA – Monitoramento das Doenças Diarréicas Agudas

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MEC – Ministério da Educação e Cultura

MIF – Mulher em Idade Fértil

MS – Ministério da Saúde

NBAH – Normas Brasileiras de Avaliação Hospitalar

NEO - Neoplasias

NOAS – Norma Operacional de Assistência a Saúde

NOB – Norma Operacional Básica

OUT – Outras Causas de Óbito ou Internação Hospitalar

PAVS – Programação de Ações de Vigilância em Saude

PMAQ – Programa de melhoria e Acesso da Qualidade

PE – Peru

PNI – Programa Nacional de Imunizações

PACS – Programa de Agentes Comunitários de Saúde

SES - Secretaria Estadual de Saúde

SIA - Sistema de Informações Ambulatoriais

SIAB - Sistema de Informações da Atenção Básica

SIH – Sistema de Informações Hospitalares

SIM - Sistema de Informações de Mortalidade

SINASC – Sistema de Informações de Nascidos Vivos

SISAGUA - Sistema de Informações da Qualidade da Água para Consumo

Humano

SISCOLO - Sistema de Informações de Câncer de Colo Uterino e Mama

SIS-Fronteiras — Sistema Integrado de Fronteiras

SIVEP – Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica

SMS - Secretaria Municipal de Saúde

SUS – Sistema Único de Saúde

TMC – Transtornos Mentais e Comportamentais

TMI – Taxa de Mortalidade Infantil

TMI-NP – Taxa de Mortalidade Infantil Neonatal Precoce

TMI-NT – Taxa de Mortalidade Infantil Neonatal Tardia

TMI-PN – Taxa de Mortalidade Infantil Pós-Neonatal

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO ESTADO PROPONENTE ............................... 6

IDENTIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS .................................................. 7

CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO ........................................ 8

Visão panorâmica dos municípios .................................................................... 8

Localização, Composição e Aspectos do Povoamento .................................... 8

Urbanização ................................................................................................... 10

Saneamento ................................................................................................... 10

Redes de Abastecimento de Água ................................................................. 11

Esgotamento Sanitário ................................................................................... 12

Destino Final do Lixo ...................................................................................... 12

Estrutura de Transporte ................................................................................. 13

Distribuição da População .............................................................................. 13

Evolução Econômica ...................................................................................... 14

Potencialidades Econômicas da Região ........................................................ 15

SISTEMAS DE GESTÃO DO SUS .....................................................16

Âmbito Municipal ............................................................................................ 16

Âmbito Estadual ............................................................................................. 20

Âmbito Regional ............................................................................................. 21

CONDIÇÕES SOCIAIS E DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ..................35

Aspectos Demográficos ................................................................................. 35

Aspectos Socioeconômicos ........................................................................... 37

Mortalidade .................................................................................................... 42

Morbidade ...................................................................................................... 56

ORGANIZAÇÃO DO SUS NO AMBITO REGIONAL .........................66

Pontos de Atenção Primária ........................................................................... 66

Pontos de Atenção Ambulatorial Especializada ............................................. 80

Pontos de Atenção de Urgência e Emergência .............................................. 89

Pontos de Atenção Especializada Hospitalar ................................................. 93

Pontos de Atenção de Alta Complexidade ..................................................... 99

Pontos de Atenção de Saúde Publica .......................................................... 100

Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico ............................................... 116

Sistemas Logísticos ..................................................................................... 119

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SAUDE INDIGENA .......................................................................... 122

DSEI Alto Rio Solimões ................................................................................ 124

DSEI Vale do Javari ..................................................................................... 140

DSEI Médio Solimões e Afluentes ............................................................... 164

SAÚDE MATERNO – INFANTIL ...................................................... 165

AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE .............................................. 190

Escolha das Redes Temáticas ..................................................................... 191

Atividades e Iniciativas em Desenvolvimento ............................................... 193

SUBPROJETO QUALISUS-REDE PARA O ALTO SOLIMÕES ..... 200

Eixos Estruturantes – Objetivos ................................................................... 200

Objetivos - Atividades, Metas/Resultados e Custos Estimados. .................. 206

Formulação do Plano – Quadro síntese dos custos estimados por objetivo 213

Cronograma de Atividades ........................................................................... 215

DETALHAMENTO E ESPECIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES PROPOSTAS NO SUBPROJETO ................................................... 222

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ................................................ 253

REFERÊNCIAS ................................................................................ 257

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6

APRESENTAÇÃO DO ESTADO PROPONENTE

PARTE I - APRESENTAÇÃO DO PROPONENTE

ESTADO: AMAZONAS

GOVERNADOR (A): OMAR JOSÉ ABDEL AZIZ

SECRETÁRIO (A) ESTADUAL

DE SAÚDE WILSON DUARTE ALECRIM

Dados do Coordenador do Grupo Condutor do Subprojeto da SES

Nome: LAERCIO CAVALCANTE

Cargo: Coordenador Executivo do PRODERAM

Matrícula:

Telefones: 92 2123-9961

Fax: 92 2123-9962

E-mails: [email protected]

Endereço para

Correspondências:

Av. Tefé, 3.279 - Japiim | Fone: (92) 2123-9999 |

Fax: (92) 2123-9950 | CEP: 69078=000 | Manaus

Amazonas.

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7

IDENTIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

CIR/CGR Município

s

Código

IBGE Prefeito

Secretário

de

Saúde

Endereço Telefones E-mail

Alto

Solimões Amaturá 130006

João Braga

Dias

Meiriane

Ferreira de

Souza

Rua 21 de

junho, 174.

Centro. CEP:

69.620-000

(97) 3463-

1150 3463-

1121

sms-

amatura@sau

de.am.gov.br

Alto

Solimões

Atalaia do

Norte 130020

Anete Peres

Castro Pinto

Adno Castro

da Silva

Rua Téofilo

Brasil, s/n.

Centro. CEP:

69.650-000

(97) 3417-

1146

adnopedrinho

@hotmail.com

Alto

Solimões

Benjamim

Constant 130060

José Maria

Freitas da

Silva Júnior

Raimundo Coelho de Oliveira

Avenida Castelo Branco s/n. Centro. CEP: 69.630-000

(97) 3584-

3790 3584-

0506

semsabenjami

[email protected]

Alto

Solimões Fonte Boa 130160

Antônio

Gomes

Ferreira

Eulenice

Gomes

Coelho

Rua Boulevard Álvaro Maia, 260 A – São Francisco I. CEP: 69.670-000

(97) 3423-

1905 9161-

8011 9249-

8779

eule_nice@ho

tmail.com

Alto

Solimões Jutaí 130230

Asclepíades

Costa de

Souza

Francisco

Aldeimir do

Nascimento

Rua Sicero, Tuxaua, s/n – Santo Antônio. CEP: 69.660-000

(97) 3425-1549 3425-1401 9180-3076

sms-

[email protected]

m.gov.br

Alto

Solimões

Santo

Antônio do

Iça

130370 Antunes Bitar

Ruas

Cristóvam Luiz

Bitar Ruas

Rua Cap. Ribeiro, 190 – Centro. CEP: 69.680-000

(97) 3461-

1273 9158-

0757

ane.bessa@h

otmail.com

Alto

Solimões

São Paulo

de Olivença 130390

Raimundo

Nonato Souza

Martins

Margarete Souza Martins

Rua Prudente de Moraes, s/n – São João. CEP: 69.6000-000

(97) 3431-

1556, 3431-

1084, 9195-

7843

martinsspo@g

mail.com

Alto

Solimões Tabatinga 130406

Saul Nunes

Berneguy

Marlem

Riglison Silva

Ferreira

Avenida da

Amizade s/n.

Centro. CEP:

69.640-000

(97) 3412-

3548

9156-4491

riglison@hotm

ail.com

Alto

Solimões Tonantins 130423

Simeão Garcia

Nascimento

Clícia da Cruz

Calmont

Rua Valentina Santos s/n. CEP: 69.685-000

(97) 3464-

1323

sms.tnt@hotm

ail.com

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CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REGIÃO

Com identidade fortemente marcada pela presença do rio Solimões,

principal elemento de conexão e acessibilidade aos municípios, a região apresenta

ocupação humana, condições ambientais e climáticas que condicionam fortemente

as relações sociais e atividades econômicas. Abriga um enorme patrimônio

ambiental e humano, com uma grande potencialidade na sua biodiversidade a ser

explorada, com grandes contingentes de populações indígenas, ribeirinhas e

extrativistas, numa área fortemente marcada pela diversidade ambiental, cultural,

étnica e de convivência de três nacionalidades (brasileira, peruana e colombiana).

Visão panorâmica dos municípios

Como é comum na Amazônia, todos os municípios componentes da região

são ribeirinhos. O fato de pertencerem a uma única região deve ser relativizado,

em termos ―amazônicos‖, pois a distância entre o primeiro e o último da sequência

ultrapassa 500 km em linha reta, o que, em deslocamento de barco, significa

praticamente dois a três dias de viagem rio abaixo e mais do que isso rio acima.

Todos os municípios, com exceção de Atalaia do Norte estão localizados às

margens do Rio Solimões o que significa a não existência de maiores problemas

de navegação entre eles e a capital, salvo o tempo consumido nas viagens. As

populações locais variam, desde cerca de cinquenta e dois mil habitantes (em

Tabatinga), a pouco menos de dez mil em Amaturá. A região apresenta algumas

peculiaridades, tais como: uma vasta extensão de fronteiras com o Peru e a

Colômbia, presença de unidades de saúde das Forças Armadas e existência de

variadas etnias indígenas.

Localização, Composição e Aspectos do Povoamento

A região alvo do Alto Solimões é constituída por nove municípios, Amaturá,

Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Fonte Boa, Jutaí, Santo Antônio do Içá, São

Paulo de Olivença, Tabatinga (sede) e Tonantins, divididos em três microrregiões

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(Tabatinga, Santo Antônio do Içá e Fonte Boa), dispostos numa área (de

Segurança Nacional na maior parte), de 213.281,24 km², nas fronteiras com o

Peru e a Colômbia.

A microrregião de Tabatinga compreende os Municípios de Tabatinga

(sede), Atalaia do Norte, Benjamin Constant e São Paulo de Olivença. Integram a

Microrregião de Santo Antônio do Iça, além deste que é a sede os municípios de

Amaturá e Tonantins. Na microrregião de Fonte Boa (sede) se inclui o município

de Jutaí. Os limites internacionais da região se dão com a Colômbia e Peru. No

Estado os limites municipais ocorrem com Japurá, Maraã, Juruá, Carauari,

Itamarati, Eirunepé, Ipixuna e Guajará.

Além da região do curso hidrográfico do rio Solimões, incluem-se mais

duas bacias importantes. A primeira delas é a do rio Içá, que nasce nos Andes, na

Colômbia, correndo por uma extensão de 1.452 km. Em certos trechos desse rio,

a população é muito escassa, necessitando de uma efetiva ocupação e vigilância,

já que é um caminho aberto às relações com a Colômbia. A segunda bacia é a do

rio Javari, com uma extensão de 1.180 km, dos quais apenas 510 km são

navegáveis para embarcações de médio calado; fronteira natural entre Brasil e

Peru tem suas margens habitadas pelos diversos grupos indígenas da área

(Biblioteca Virtual do Amazonas).

A população da Região, segundo o Censo IBGE 2010, é de 224.094

habitantes, com crescimento anual médio de 1,12%. Esta se caracteriza pela

grande presença indígena que corresponde a 27,6% da população regional, com

cerca de 62.000 índios em sua maioria da etnia Tikuna. Na parte mais isolada da

região, a do município de Atalaia do Norte, vivem cerca de 4 mil índios das etnias

Marubo, Mayorúna, Matís, Kulina, Korubo entre outras, alguns deles ―arredios‖ e

com pouco contato com os habitantes locais.

As sedes municipais têm sua fundação ligada às missões religiosas, às

fortificações militares e ao comércio da borracha, madeira e outros produtos do

extrativismo. O caso do município de Tabatinga exemplifica bem a questão, lugar

estratégico escolhido pelos portugueses no século XVIII para construção de uma

fortificação às margens do Rio Solimões, posteriormente abandonada. No século

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XX voltou a ser considerado lugar estratégico pelo Governo Brasileiro, abrigando

hoje importante infraestrutura militar que ocupa boa parte da área do município.

A fronteira seca entre Tabatinga e Letícia, bem como a presença militar

brasileira, levou os colombianos a transformar Letícia em capital do Departamento

do Amazonas, o que lhe proporciona infraestrutura institucional razoável, incluindo

uma unidade importante de comando militar e um aeroporto internacional. Mais

recentemente a luta do Estado Colombiano contra as FARC e o tráfico de cocaína

(PLAN - Colômbia) reforçou o aparato militar com campos de treinamento

especializados na luta anti-guerrilha. Um problema que preocupa as autoridades

em todas as esferas de governo é a atuação do narcotráfico na região. Situada em

ponto de entrada estratégico ao território nacional, esta região é há muito tempo

utilizada para a entrada de drogas no país e sua exportação para a Europa e

Estados Unidos.

Urbanização

É grande a integração entre brasileiros, colombianos e peruanos na região

tanto indígenas quanto não indígenas, encontrando-se facilmente pessoas dessas

nacionalidades vivendo, trabalhando e circulando pelas cidades da região,

principalmente nas gêmeas Tabatinga e Letícia e nas cidades próximas como

Benjamin Constant (BR), Islândia (PE) entre outras. Como também se encontram

brasileiros nos países vizinhos.

A zona de fronteira Brasil-Colômbia-Peru caracteriza-se pelas interações

do tipo capilar na área do Trapézio Amazônico (nas proximidades de Tabatinga e

Benjamin Constant), do tipo frente indígena nas regiões do Javari (Atalaia do

Norte) e do Içá (Santo Antônio do Içá), e frentes de trabalho nas demais

localidades.

Saneamento

Atualmente, a questão do saneamento básico é verificada prioritariamente

através da população coberta por serviços de água tratada e esgotamento

sanitário e coleta de lixo. A interferência da origem e tratamento da água de

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consumo e do destino dos dejetos humanos no processo saúde-doença dá-se por

inúmeros agravos (patológicos ou não) de transmissão hídrica, destacando-se as

infecções intestinais, hepatite A e parasitoses intestinais de um modo geral.

Os gráficos abaixo apresentam indicadores de cobertura relacionados ao

abastecimento de água, saneamento básico e coleta de lixo, tendo como

referência Os dados referentes ao Saneamento Básico dos Censos 2000 e2010 -

IBGE. Apesar das limitações dos indicadores selecionados, é possível, a partir da

sua análise, obter uma aproximação da realidade, considerando que baixas

coberturas favorecem a proliferação de doenças transmissíveis decorrentes de

contaminação ambiental.

Gráfico 01 - Evolução do Saneamento Básico na Regional do Alto Solimões

Amazonas, 2000-2010.

Redes de Abastecimento de Água A captação e distribuição de água para a população oferecem cobertura

para 46,6% da população em 2010. Este valor indica um pequeno crescimento em

relação a 2000 (3,6%).

O indicador apresentado representa o percentual da população servida por

rede de abastecimento, com ou sem canalização domiciliar e mede a cobertura de

abastecimento adequado de água à população através de rede geral de

distribuição. A principal limitação do indicador é que ele não considera o uso

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efetivo pela população e nem a qualidade ou intermitência do fluxo do

abastecimento.

A insuficiência de cobertura por água tratada tem entre suas

consequências, o elevado número de internações hospitalares por infecções

intestinais, especialmente aquelas ocorridas em crianças. Uma conclusão inicial

leva a pensar que os serviços de tratamento de água cobrem quase a totalidade

da população urbana dos municípios, ficando aquelas pessoas da zona rural sem

o acesso a esses serviços. É comprovada a relação entre adoecimento infantil e

falta de água tratada. As causas de internação e óbito em crianças, associadas à

procedência poderão auxiliar na investigação dessa hipótese.

Esgotamento Sanitário Os municípios dispõem de pequena rede de esgoto estabelecida sem

tratamento de dejetos. Utilizando-se como destino de dejetos de fossas secas ou

biológicas.

Os dados do IBGE de 2010 apontam que 2,6% população urbana dispõe de

escoadouro de dejetos através de ligação do domicílio à rede coletora ou fossa

séptica, e 56,1% utilizam-se de fossas secas.

Destino Final do Lixo O destino final do lixo urbano são depósitos a céu aberto sem tratamento

(lixões). Na área rural não há coleta de lixo. Segundo o IBGE, 43% da população

residente na área do estudo possuem serviço de coleta de lixo. Apesar do

indicador não incluir informações sobre as condições de funcionamento do

serviço, como frequência, assiduidade e destino final, ele permite uma boa

aproximação da realidade. Nenhum dos municípios dispõe de coleta e destino

adequado para o lixo hospitalar.

Na analise mostram-se crítico a coleta de lixo no municipio São Paulo de

Olivença. Apesar de todos os outros terem melhorado sua cobertura esta mostra

situação bastante parecida com os resultados observados para coberturas de

água e esgoto e reafirmam que estas devem ser consideradas como áreas

prioritárias de atuação na região.

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Estrutura de Transporte Área: Manaus para Tabatinga, São Paulo de Olivença e Fonte Boa, com linhas

regulares, 2 a 4 vezes por semana.

Fluvial: Entre todos os municípios e Manaus.

Terrestre. Entre Atalaia do Norte e Benjamin Constant.

Tabela 01 - Municípios da Regional do Alto Solimões com suas fronteiras e tipo de acesso.

CÓDIGO MUNICÍPIOS LIMITES

DISTANCIA EM

LÍNEA RETA A

MANAUS

ACESSO

130006 AMATURÁ Jutaí, São Paulo de Olivença e Santo Antonio

do Içá 1.072 km Fluvial

130020 ATALAIA DO

NORTE

Benjamin Constant, Ipixuna, com o estado do

Acre e com a República do Peru.. 1.138 km.

*Fluvial e

Terrestre

130060 BENJAMIN

CONSTANT

Tabatinga, São Paulo de Olivença, Ipixuna,

Eirunepé, Jutaí, Atalaia do Norte e com a

República do Peru

1.118km *Fluvial e

Terrestre

130160 FONTE BOA Uarini, Juruá, Jutaí, Tonantins, Japurá, Maraã 602 km Fluvial e

Aéreo

130230 JUTAÍ

São Paulo de Olivença, Amaturá, Juruá,

Benjamin Constante, Santo Antonio do Iça,

Tonantins, Fonte Boa, Carauari, e Eirunepé.

632 km Fluvial

130370

SANTO

ANTONIO DE

IÇA

Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do

Norte, Jutaí, Amaturá e Santo Antonio do Içá 1.235 km Fluvial

130390

SÃO PAULO

DE

OLIVENÇA

Jutaí, Amaturá, São Paulo de Olivença,

Tabatinga, República da Colombia, Japurá e

Tonantins

878 km Fluvial e

Aéreo

130406 TABATINGA

SAI, APO, Benjamim e Atalaia do Norte.

Tríplice fronteira: República da Colombia e

Republica do Peru

1.105km Fluvial e

Aéreo

130423 TONANTINS São Paulo de Olivença e Santo Antônio, do

Içá 863 km Fluvial

Fonte: BVS/AM

Distribuição da População

Tabela 02 - Distribuição da População da Regional do Alto Solimões por Sexo,

Faixa Etária e Situação do Domicilio.

2010

URBANA RURAL GERAL

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Faixa Etária

M F T M F T M F T

0-1 1643 1630 3273 1509 1514 3023 3152 3144 6296 1-4 6776 6819 13595 6236 6098 12334 13012 12917 25929 5-9 8399 8143 16542 6976 6799 13775 15375 14942 30317

10-14 8293 8037 16330 6595 6046 12641 14888 14083 28971 15-19 7617 7608 15225 5295 5165 10460 12912 12773 25685 20-29 12098 12129 24227 8473 7566 16039 20571 19695 40266 30-39 8427 8176 16603 5784 4832 10616 14211 13008 27219 40-49 5654 5013 10667 3730 2986 6716 9384 7999 17383 50-59 3379 3135 6514 2174 1680 3854 5553 4815 10368 60-69 2026 1911 3937 1466 1185 2651 3492 3096 6588 70-79 1112 1092 2204 733 534 1267 1845 1626 3471

80 ou + 529 476 1005 340 256 596 869 732 1601 Total 65953 64169 130122 49311 44661 93972 115264 108830 224094

Fonte: IBGE – Censo 2010

A Regional de Saúde do Alto Solimões possui uma população de 224.094

habitantes sendo que 130.122 residem na área urbana (58,06%) e 93.972 residem

na área rural (41,94%).

A razão de sexo na população estudada mostra predomínio do sexo

masculino em todos os municípios (r = 1,057). No Brasil, os Censos Demográficos

mostram população feminina maior que a masculina, o que não acontece no

interior do Amazonas.

A população masculina é maior proporcionalmente na área rural que na

urbana sem que isto modifique a relação de dominância estando mais perto do

equilíbrio na região urbana de Tabatinga. Acredita-se que este desequilíbrio

urbano-rural esteja relacionado com as perspectivas de educação maiores para a

população feminina que não necessita contribuir com seu trabalho para o sustento

da família.

Evolução Econômica Atualmente a área vive da pesca, de atividades extrativas (madeira e

castanha), plantio de mandioca, agricultura de subsistência e de transferências do

setor público.

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Os governos (estadual e federal) vêm tentando implantar projetos de

desenvolvimento sustentável, geração de emprego e renda na região,

regularizando e aumentando a produtividade da pesca, implantando a piscicultura

e incentivando as atividades de extrativismo e artesanato indígena, como uma

saída para a situação de estagnação da economia local e precariedade das

condições de vida de suas populações (Programa de Desenvolvimento

Sustentável – Zona Franca Verde, Projeto SIS-Fronteiras, Programa Calha Norte,

entre outros).

A área rural da região polariza o limite mais precário na ordem das

desigualdades sociais. Não bastassem as condições naturais adversas ao

aproveitamento econômico, os municípios sofrem isolamento no que concerne às

comunicações devido a precariedade de acessos.

Potencialidades Econômicas da Região 1. Agricultura de Curto Ciclo: Hortaliças: tomate, couve, couve-flor, pimentão,

maxixe, quiabo, feijão-de-metro, cheiro verde, coentro, pimenta-de-cheiro,

cebolinha, alface, pepino, repolho, abóbora. Arroz, Feijão, Milho. Tubérculos:

batata doce, cará, batata inglesa, macaxeira, mandioca.

2. Fruticultura: - Banana, Abacaxi, Cupuaçu, Citricultura, Acerola, Maracujá,

Melancia, Coco.

3. Agroindústria:

- Beneficiamento de frutas regionais: frutas amazônicas de excelente sabor e alto

valor como alimento, dentre elas: açaí, patauá, bacaba, buriti, camu-camu,

acerola, araçá-boi, manga, cupuaçu, pupunha, tucumã, graviola, caju, melão, além

do abacaxi, banana, cítricos (laranja, limão), acerola, morango, mamão, melancia,

abacate. A partir dessas e de outras frutas amazônicas ou aclimatadas poderão

ser produzidos sucos, compotas, geléias e doces, destinados aos mercados

interno e externo.

- Produtos derivados da mandioca (farinha e amido); Produtos derivados do peixe

(filé, salga e couro); Produtos da pupunha; Óleo de Dendê; Cana-de-açúcar

4. Bio-agroindustria:

- Plantas medicinais: crajirú, cipó-alho, amor-crescido, carapanaúba e mucuracaá.

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- Óleos essenciais: andiroba, copaíba, capim-santo, louro-pimenta, puxiri, para

perfumes, sabonetes e cosméticos de base vegetal, resinas (copaíba, andiroba,

jatobá) e gomas elásticas e não-elásticas (sorva).

- Especiarias: urucu, pimenta-do-reino, cravo-da-índia, cominho, canela, anis,

gengibre, gergelim e outras especiarias tropicais, retomando - se, em bases

técnico-empresariais modernas, o ciclo de extração das drogas do sertão.

- Corantes naturais e Cosméticos

5. Pecuária não extensiva: - Avicultura, Suinocultura, Bovinocultura de corte,

leiteira.

6. Extrativismo animal: - Aqüicultura, Pesca comercial, Minhocultura e apicultura.

7. Extrativismo vegetal: - Madeira (serrada e pré-beneficiada); Beneficiamento

da madeira (laminados, móveis, brinquedos, utilidades);Castanhas; Resinas e

Látex: resinas (copaíba, andiroba, jatobá) e gomas elásticas e não-elásticas

(sorva, balata, seringa).

8. Indústria e Comércio: - Olaria, serraria; Frigorífico, panificação.

9. Carpintaria naval: - Reparos e construção

10. Artesanato e cerâmica.

11. Serviços e Ecoturismo: hotéis convencionais e de selva (lodges), operadoras

de turismo, restaurante, empreendimentos de lazer, turismo rural.

Existem pequenas unidades locais industriais, às vezes empresas de tamanho

médio em termos de pessoal empregado e valor agregado, que ―não existem‖

simplesmente por não estarem legalizadas, de acordo com os critérios da Receita

Federal. Não só podem ser a fonte de novos ―arranjos produtivos‖, como de fato

constituem arranjos espaciais emergentes.

SISTEMAS DE GESTÃO DO SUS Âmbito Municipal

Dos 09 (nove) municípios do estudo apenas Benjamin Constant e Fonte

Boa encontra-se habilitado na Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde

conforme a NOB/98, estando os demais na Plena da Atenção Básica.

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Dos 09 (nove) municípios, apenas Tabatinga e Fonte Boa estão Certificado

junto a Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas através da Portaria

Ministerial nº 224 de 17 de março de 2004 e Portaria GM / MS de nº 843 de 27 /06

/2000 respectivamente. Nenhum dos municípios aderiu ao Pacto de Gestão.

Os Conselhos Municipais de Saúde obedecem aos princípios de paridade,

possuem regimento interno, não possuem câmaras técnicas, reúnem-se ordinária

e extraordinariamente se necessário, as deliberações são consubstanciadas em

resoluções nem sempre implementadas, não fiscalizam o Fundo Municipal de

Saúde, tem qualificação realizada pelo Conselho Estadual e Saúde sob agenda.

Todos os municípios realizaram a ultima Conferência de Saúde em 2011; no

período hábil e encaminharam seus relatórios para o nível estadual.

Dos nove municípios apenas 04 (quatro) apresentaram Plano Municipal de

saúde para o Quadriênio 2010-2013.

Dos nove municípios apenas 05 (cinco) apresentaram relatório de Gestão

em Saúde do ano de 2010.

Tabela 03 - Instrumentos de Gestão por município do Alto Solimões, 2007-2010

Municípios Relatório Anual de Gestão - RAG PMS

2007 2008 2009 2010 2010-2013

Amaturá Sem

Informação Sem

Informação OK OK OK

Atalaia do Norte

OK OK Sem

Informação OK

Sem Informação

Benjamin Constant

OK Sem

Informação OK

Sem Informação

OK

Fonte Boa OK OK OK OK OK

Jutaí Em Análise Sem

Informação Sem

Informação Sem

Informação Sem

Informação

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Sto. Antônio do Iça

Sem Informação

Sem Informação

Sem Informação

Sem Informação

Sem Informação

São Paulo de Olivença

OK OK OK OK Sem

Informação

Tabatinga OK OK OK OK OK

Tonantins Sem

Informação Sem

Informação Sem

Informação Sem

Informação Sem

Informação

Fonte: Comissão Intergestores Tripartite (CIT) Atualizado em 01/03/12

Somente Tabatinga tem um núcleo de Planejamento razoavelmente

estruturado, formalmente inserido no organograma da Secretaria Municipal de

Saúde.

As unidades hospitalares de Benjamin Constant e Fonte Boa funcionam

informalmente como unidades de referencia para Atalaia do Norte e Jutaí. As

demais referências são de gestão estadual ou federal.

Nenhum dos municípios integrantes da Regional de saúde do Alto Solimões

possui Plano de Cargos, Carreiras e Salários.

SIOPS

Tabela 04 - Informação do SIOPS por município do Alto Solimões, 2008 a 2011

Município

2008 2009 2010 2011

1o.

Sem.

2o.

Sem.

1o.

Sem.

2o.

Sem.

1o.

Sem.

2o.

Sem.

1o.

Sem.

2o.

Sem.

Amaturá X X X X X X X NI

Atalaia do Norte

NI X NI X NI X NI NI

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Benjamin Constant

X X X X X X NI NI

Fonte Boa NI X X X NI X NI NI

Jutaí NI X NI X NI X NI NI

Sto. Antônio do

Içá X X X X NI X NI NI

São Paulo de

Olivença SB SB X X X X NI NI

Tabatinga X X X X NI NI NI NI

Tonantins X X X X NI X NI NI

Fonte: SIOPS/MS

X - Municípios que informaram o SIOPS

NI - Municípios que não informaram o SIOPS

SB - O Município está sem balanço no ano assinalado, com processo judicial aberto.

Obs: os municípios sem balanço estão sendo considerados como não transmitidos

Tabela 05 - Percentual aplicado em despesas da saúde por município do Alto Solimões, 2008 a 2011

Município

2008 2009 2010 2011

%mínimo

%aplicado

%mínimo

%aplicado

%mínimo

%aplicado

%mínimo

%aplicado

Amaturá 15 16,04 15 18,25 15 15,87 15 NI

Atalaia do Norte

15 17,59 15 15,78 15 15,03 15 NI

Benjamin Constant

15 16,88 15 17,98 15 17,75 15 NI

Fonte Boa

15 15,24 15 23,74 15 21,74 15 NI

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Jutaí 15 13,61 15 20,89 15 13,89 15 NI

Santo Antônio do Içá

15 15,67 15 15,75 15 19,11 15 NI

São Paulo de Olivença

15 SB 15 16,22 15 17,2 15 NI

Tabatinga

15 19,81 15 18,56 15 NI 15 NI

Tonantins

15 15,59 15 21,14 15 15,09 15 NI

Fonte: SIOPS/MS

NI - Municípios que não informaram o SIOPS. SB - O Município está sem balanço no ano assinalado, com processo judicial aberto. Obs: os municípios sem balanço estão sendo considerados como não transmitidos.

Âmbito Estadual O Estado do Amazonas aderiu ao Pacto pela Saúde em 2008.

O Plano Diretor de Regionalização e o Plano Diretor de Investimento do

estado são de 2003. Em 2011, a CIB/AM visando uma melhor conformação das

regiões de saúde do estado, consensuou um novo desenho regional. Sendo

composto por 09 (nove) regiões de saúde e 18 (dezoito) microrregiões de saúde.

A Programação Pactuada e Integrada vigente é de 2005. O Estado do

Amazonas está trabalhando na atualização do instrumento através do grupo de

trabalho da PPI com participação de técnicos da Secretaria de Estado da Saúde

do COSEMS/AM.

A Comissão Intergestores Bipartite do Amazonas e o Conselho Estadual de

Saúde possuem conformação paritária, regimento interno, câmaras técnicas

instituídas, reúnem-se ordinariamente e extraordinariamente se necessário e as

deliberações são consubstanciadas em resoluções.

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Âmbito Regional

Distritos Sanitários Especiais Indígenas

Na Região do Alto Solimões existem três Distritos Sanitários Especiais

Indígenas:

DSEI Alto Rio Solimões (Municípios de Tabatinga, Benjamin Constant, São

Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio de Içá, Tonantins)

DSEI Médio Amazonas e Afluentes (Municípios de Fonte Boa, Jutaí, Tefé,

Japurá, Alvarães, Maraã, Juruá, Itamarati, Envira, Eirunepé, Ipixuna e

Guajará).

DESI Vale do Javari (Município de Atalaia do Norte)

Ao Distrito Sanitário Especial Indígena. DSEI compete atuar como unidade

de execução das ações destinadas à promoção, proteção e recuperação da saúde

do índio, objetivando o alcance do equilíbrio bio-psico-social, com o

reconhecimento do valor e da complementaridade das práticas da medicina

indígena, segundo as peculiaridades e o perfil epidemiológico de cada

comunidade. Ao DSEI cabe a responsabilidade sanitária sobre determinado

território indígena e a organização de serviços de saúde hierarquizados, com a

participação do usuário e sob controle social.

Cada Distrito Sanitário Especial Indígena tem um Conselho Distrital de

Saúde Indígena, com as seguintes competências:

Aprovação do Plano de Saúde Distrital;

Avaliação da execução das ações de saúde planejadas e a proposição, se

necessária, de sua reprogramação parcial ou total; e

Apreciação da prestação de contas dos órgãos e instituições executoras

das ações e serviços de atenção à saúde do índio.

O Conselho Distrital esta integrado de forma paritária por:

Representantes dos usuários, indicados pelas respectivas comunidades;

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Representantes de Instituições Governamentais, sendo uma vaga

reservada à FUNAI, e de prestadores de serviços e trabalhadores do setor

saúde.

Conselho Regional de Saúde Alto Solimões

Em processo de implantação.

Projeto de Desenvolvimento Regional do Amazonas para o Zona Franca

Verde - PRODERAM

É um projeto desenvolvido pelo governo do estado do amazonas com apoio

do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD, que visa

executar políticas regionais integradas nas áreas de desenvolvimento sustentável,

saneamento e saúde.

Objetivos

Incentivar a geração econômica;

Promover o saneamento básico na região;

Melhorar os resultados de saúde.

Organograma

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Componentes do Projeto

Componente A – Fortalecimento institucional para o desenvolvimento

regional e intersetorial;

Componente B – Desenvolvimento sustentável, baseado no uso dos

recursos naturais;

Componente C - Saneamento Básico;

Componente D - Atenção à Saúde.

Objetivos do Componente D – Atenção à Saúde

Melhorar o acesso, a qualidade e a resolubilidade dos serviços de saúde;

Fortalecer e modernizar a Secretaria de Estado da Saúde-SUSAM.

Eixos de atuação

Extensão da cobertura e melhoria da qualidade da atenção à saúde

o Apoio estadual para a melhoria da atenção básica / saúde da família;

o Apoio estadual para o fortalecimento do sistema de vigilância à

saúde;

o Melhoria de acesso e da qualidade dos serviços de média

complexidade;

o Estruturação do complexo regulador e sistema de referência e contra

referência.

Desenvolvimento da capacidade institucional da SUSAM

o Fortalecimento da capacidade de gerenciamento básico e

reestruturação organizacional;

o Aumento da eficiência e da qualidade dos serviços de saúde;

o Apoio à gestão da mudança organizacional da SUSAM, avaliação e

monitoramento do Projeto;

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Capacitação.

Resumo histórico do projeto

De 2003 a 2007:

o Fases iniciais de elaboração do diagnóstico situacional através de

estudos realizados por consultores especializados, contratados para

esse fim;

o Instituída a Unidade de Coordenação do Projeto (UCP), mediante

Decreto nº 26.623, de 21/05/2007;

o Instalado e em funcionamento o Escritório de Administração

Regional (EAR) do Projeto em Tabatinga;

o Contratação de Técnicos e agentes administrativos para EAR;

o Acordo de Empréstimo assinado em 12 de agosto de 2008:

cerimônia realizada em Tabatinga.

2008

o Discussão de viabilidade de um consórcio de saúde para a região,

bem como de uma rede de saúde;

o Elaboração de minuta do protocolo de intenções para o consórcio de

saúde;

o Capacitação da Equipe Técnica de Saúde:

Visita à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e

observação do funcionamento de uma rede de saúde sob a

gestão de uma Organização Social;

Visita à Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais e

observação do funcionamento de redes de saúde cuja

modalidade de gestão recorre à ferramenta Consórcio de

Saúde. Visita à cidade de Janaúba para observar o

funcionamento de uma rede de saúde.

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2009

o Realização das oficinas de fluxos assistenciais para viabilizar a

implantação da rede de saúde do Alto Solimões;

o Construção coletiva (participação efetiva dos Conselhos Municipais

de Saúde e representantes das instituições de saúde que atuam na

região) do Plano Microrregional de Saúde (quadriênio: 2010-2013)

para os municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e

Tabatinga, os três que foram priorizados para a primeira fase do

projeto;

o Construção coletiva da Programação Anual de Saúde- PAS para

2010 (municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e

Tabatinga).

2010

o Realização de três Cursos Introdutórios em Saúde da Família para

os municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Tabatinga.

o Negociação com a Universidade do Estado do Amazonas para o

oferecimento do curso de Especialização em Gestão em Saúde;

o Licitação das obras de reforma/ampliação das unidades hospitalares

de Atalaia do Norte e Benjamin Constant;

o Elaboração de projetos para reforma e ampliação de seis Unidades

Básicas de Saúde nos municípios de Atalaia do Norte, Benjamin

Constant e Tabatinga;

o Elaboração de projetos de ampliação e adequação de uma UTI e

Serviço de Fisioterapia no Hospital de Guarnição de Tabatinga, com

negociação com a 12a. Região Militar;

o Contratação de profissional de saúde para iniciar as atividades da

futura Sala de Situação de Saúde;

o Preparação do processo de licitação dos equipamentos hospitalares.

o Aprovação do Protocolo de Intenções nas Câmaras Municipais,

Conselhos Municipais de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e

Comissão Intergestores Bipartite-CIB.

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2011

o Visita técnica da equipe de saúde aos municípios de Fonte Boa e

Jutaí para estabelecimento do diagnóstico da situação da Atenção

Básica e apoio técnico às Secretarias de Saúde;

o Acompanhamento do andamento das obras de reforma e ampliação.

o Preparação do processo de ratificação do Protocolo de Intenções

junto à Assembleia Legislativa;

o Promulgação da Lei 3.626 de 01.06.2011 ratificando o protocolo

(Contrato de Consorcio Publico);

o Assembleia de Instalação do Consórcio, aprovação do Estatuto,

eleição da primeira diretoria e aprovação do Regimento Interno:

16.07.2011 em Tabatinga;

o Capacitação da Equipe do PRODERAM e Secretário de Saúde de

Benjamin Constant no CISMEP de 26.09 a 05.10.11 (Consórcio

Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba: Betim/MG);

o Participação de técnicos do PRODERAM em reunião do

Observatório dos Consórcios Públicos-OCP, em São Paulo, para

discussão dos procedimentos contábeis e financeiros para os

consórcios públicos (outubro);

o Visita técnica aos nove municípios para estudos iniciais com o

objetivo de preparar a segunda fase do projeto (diagnostico

situacional realizado pela equipe do PRODERAM e do Banco

Mundial com a presença do novo Coordenador da Saúde junto ao

banco: dezembro);

o Participação nas oficinas de integração com o projeto QualiSUS

Rede (Tabatinga em novembro e Manaus em dezembro).

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Investimentos do Componente Saúde

Tabela 06 – Investimento do PRODERAM na Região do Alto Solimões

INVESTIMENTO VALOR EM R$ OBS.

Reforma e Ampliação do Hospital

de Atalaia do Norte

REFORMA

1.789.413,43

Em fase de conclusão FOSSA

399.357,25

SUBESTACAO

279.277,85

Reforma e Ampliação do Hospital

de Benjamin Constant

REFORMA

1.952.977,69 Em fase de conclusão

SUBESTACAO

279.277,85

Adequação da sala de

estabilização e ampliação da sala

de fisioterapia do Hospital de

Guarnição de Tabatinga

1.200.000,00

Aguardando licitação.

Processo com projeto

básico devolvido da

SUSAM em 23.02.12

Equipamentos para o Hospital de

Atalaia do Norte 845.832,11

Comprados, entregues e

montados

Equipamentos para o Hospital de

Benjamin Constant 928.635,64

Comprados, entregues e

montados

Equipamentos para a sala de

ESTABILIZACAO do Hospital de

Guarnição de Tabatinga

700.000,00 Aguardando licitação e

conclusão da obra

Reforma e Ampliação de seis

(06) UBS em Atalaia do Norte,

Benjamin Constant e Tabatinga.

2.000.000,00

Aguardando o termino

da revisão dos projetos

pela GEPRO-SUSAM

iniciada em julho de

2011

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Componente Saúde: PRODERAM II

Definições iniciais após visita técnica aos 09 municípios - Intervenções

previstas:

Implantação de sistema de coleta, tratamento e destino final do lixo

hospitalar (Unidades hospitalares e UBS) com capacitação de profissionais

para a viabilização do sistema;

Desenvolvimento e implantação de um sistema informatizado de

monitoramento e avaliação epidemiológica, com capacitação de gestores e

profissionais de saúde para a operação do sistema;

Implantação da Central Regional de Regulação; e

Adequações físicas e equipamento de Unidades Hospitalares para a

operacionalização da rede de saúde.

Estudo de viabilidade da proposta para a organização da rede de saúde do

Alto Solimões (discussão iniciada em maio de 2008 com oficinas para a

construção de fluxos em julho e setembro de 2009), considerando a

implantação do projeto QualiSUS Rede (projeto do Ministério da Saúde,

também financiado pelo Banco Mundial-BIRD)

Consórcio Alto Solimões Saúde e Vida (ASAVIDA)

É o primeiro de saúde pública do Amazonas, tem participação do Governo

do Estado e os municípios de Amaturá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant,

Fonte Boa, Jutaí, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga e

Tonantins. Instalado no município de Tabatinga em 16 de julho de 2011 com o

objetivo de viabilizar a gestão associada de serviços públicos na área de saúde e,

com isso, expandir e melhorar à assistência nos municípios consorciados. O

funcionamento do consórcio tem o suporte técnico do Projeto de Desenvolvimento

Regional no Amazonas para a Zona Franca Verde (PRODERAM), que realizou

estudos para a definição do modelo. Os recursos iniciais para as ações

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consorciadas são do Governo do Estado e do Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID), que disponibilizaram 01 milhão e 300 mil dólares para os

primeiros programas integrados.

Observados os limites constitucionais e legais, os objetivos do

CONSÓRCIO DE SAÚDE ENTRE ENTES PÚBLICOS DO ALTO SOLIMÕES

serão determinados pelos entes que se consorciarem, admitindo-se, entre outros,

os seguintes casos:

A gestão associada de serviços públicos;

A prestação de serviços de saúde, bem como a possibilidade do

fornecimento de bens à administração direta ou indireta dos entes

consorciados;

O compartilhamento ou o uso em comum de instrumentos e equipamentos,

inclusive de gestão, de manutenção, de informática, de pessoal técnico e

de procedimentos de licitação e de admissão de pessoal;

A produção de informações ou de estudos técnicos;

O apoio e o fomento do intercâmbio de experiências e de informações entre

os entes consorciados;

O CONSÓRCIO DE SAÚDE ENTRE ENTES PÚBLICOS DO ALTO

SOLIMÕES poderá desenvolver as ações e os serviços de saúde, obedecidos aos

princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde - SUS.

Para o cumprimento de suas finalidades o Consórcio poderá:

Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber

auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras

entidades e órgãos do governo;

Ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da

Federação consorciados, dispensada a licitação.

Adquirir bens que entender necessários, os quais terão uso decidido

pela Assembleia Geral. Nos casos de retirada de consorciado ou de

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extinção do consórcio de saúde entre entes públicos do Alto Solimões,

os bens permanecerão em condomínio, até o ajuste entre os

interessados;

Prestar a seus associados serviços de qualquer natureza, fornecendo

inclusive recursos humanos e materiais.

Receber materiais, serviços de qualquer natureza e recursos humanos,

de outras entidades e órgãos do governo, mediante regulamentação

específica.

Celebrar Termo de Parceria: instrumento passível de ser firmado entre

consórcio público e entidades qualificadas como Organizações da

Sociedade Civil de Interesse Público, destinado à formação de vínculo

de cooperação entre as partes para o fomento e a execução de

atividades de interesse público, previstas no art. 3.º da Lei Federal n.º

9.790, de 23 de março de 1999.

Celebrar Contrato de Gestão: instrumento firmado entre a

administração pública e autarquia ou fundação qualificada como

Agência Executiva, na forma do artigo 51 da Lei Federal n.º 9.649, de 27

de maio de 1998, por meio do qual se estabelecem objetivos, metas e

respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os

recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do

seu cumprimento. Viabilizar a gestão associada de serviços públicos na

área de saúde e, com isso, expandir e melhorar à assistência naquela

região. Deverá desenvolver as ações e os serviços de saúde,

obedecendo aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema

Único de Saúde - SUS.

O consórcio se apresenta como alternativa viável para a implementação e

melhoria da qualidade dos serviços oferecidos à população.

Para os municípios da região, representa a possibilidade de oferecer à sua

população um atendimento de maior complexidade.

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31

É importante observar que todas as ações, previstas no subprojeto, são

passíveis de execução pelo consórcio, algumas, no entanto, não devem ser

consorciadas, pela sua natureza e especificidade.

Comissão Intergestores Regional – CIR

A Secretaria de Estado de Saúde, através do Departamento de

Planejamento - DEPLAN, realizou em 2009 o 1º Seminário Estadual para

fortalecimento das CIR.

No ano de 2010, o DEPLAN, realizou oficina para alinhamento conceitual

com técnicos da Secretaria de Estado da Saúde para apoiar e compor as câmaras

técnicas das CIR e CIB no estado do Amazonas.

No ano de 2011, em parceria com o ETSUS, foram realizadas 07 oficinas

descentralizadas para alinhamento conceitual de gestores e gerentes municipais

de saúde nas sedes das regionais de saúde do Alto Solimões, Triângulo, Médio

Amazonas, Rio Negro e Solimões, Baixo Amazonas e Entorno de Manaus e Alto

Rio Negro, atendendo ao disposto na Portaria GM/MS 399/2006.

A Comissão Intergestores Regional – CIR do Alto Solimões foi instalada em

20 de janeiro de 2012. O Regimento Interno aprovou a seguinte composição:

01 (um) representante das Secretarias de Municipais de Saúde, de

cada um dos 09 (nove) municípios que compõe a região do Alto

Solimões;

01 (um) representante da Secretaria de Estado da Saúde;

01 (um) representante de cada Distrito Sanitário Especial Indígena

da região;

01 (um) representante do Ministério do Exército, devido a presença

do Hospital de guarnição de Tabatinga e por se tratar de área de

fronteira.

A presença necessária dos DSEIs e do Ministério do Exército configura um

Conselho Tripartite e não um Bipartite como demanda a legislação vigente. Foi

solicitada a Comissão Intergestores Tripartite uma orientação sobre a composição

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da CIR, que por se tratar de área com presença indígena e de fronteira demanda

tal formação. Até o momento não houve qualquer orientação da CIT.

A CIR terá sede no município de Tabatinga com reuniões mensais, com

agenda pré-definida e, no ano de 2012 se reunirá de forma itinerante no primeiro

semestre em alguns dos municípios integrantes da regional, conforme acordado

por seus membros.

Grupo Condutor do QualiSUS-Rede e suas atividades

Com o surgimento do projeto QualiSUS-Rede para o Alto Solimões o

primeiro passo foi a instituição do Grupo Condutor de operacionalização do

projeto. Considerando que no momento ainda não existia a Comissão

Intergestores Regional instalada e em funcionamento o processo se deu na

Comissão Intergestores Bipartite do Estado do Amazonas.

Foram realizadas 03 oficinas regionais de discussão e construção do

subprojeto para região, contemplando o Componente 01 do Projeto QualiSUS-

Rede com propostas de atividades nos eixos estruturantes (Atenção Primária à

Saúde, Redes Temáticas – Rede Cegonha e Rede de Atenção às Urgências,

Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, Assistência Farmacêutica, Sistemas

de Apoio Logístico e Governança).

Durante todas as discussões o Grupo Condutor contou com o apoio do

Ministério da Saúde com representantes da Secretaria Executiva, Secretaria de

Atenção à Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão

Estratégica e Participativa e Secretaria Especial de Saúde Indígena.

Na 1ª. Oficina, realizada no município de Tabatinga - AM, no período de 07

a 08 de novembro de 2011, foram trabalhados: diagnóstico inicial da região de

saúde, indicação dos membros (titulares e suplentes) do grupo condutor, trabalho

em grupo e plenária com apresentação das expectativas da região em relação ao

projeto, formação de grupo de interlocutores locais para o levantamento de

informações para a construção do Diagnóstico Situacional da Saúde da região.

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Na 2ª. Oficina, realizada no município de Manaus - AM, no período de 12 a

16 de dezembro de 2011, foram trabalhados: consolidação das informações de

saúde levantadas pelos interlocutores locais, reunião do grupo condutor para

definição de prioridades e eixos estruturantes a serem abordados no subprojeto.

Na 3ª. Oficina, realizada no município de Benjamin Constant - AM, no

período de 16 a 20 de janeiro de 2012, foram trabalhados: apresentação,

discussão e validação do Diagnóstico Situacional de Saúde da região, discussão e

elaboração de propostas de atividades do subprojeto nos eixos estruturantes.

Em seguida, o subprojeto foi enviado para as áreas estratégicas do

Ministério da Saúde para análise e contribuições a cerca das atividades propostas.

Após a consolidação das propostas o passo seguinte foi o encaminhamento

do subprojeto para aprovação da Comissão Intergestores Regional do Alto

Solimões e homologação na Comissão Intergestores Bipartite do Amazonas.

Atualmente o Grupo Condutor está formatando a Proposta Final para envio

ao Ministério da Saúde para análise e aprovação e posterior liberação dos

recursos financeiros.

As principais adversidades encontradas durante o processo estão

diretamente relacionadas ao fato de que as redes de atenção à saúde estão em

fase de implantação na região o que confunde o objetivo do projeto, uma vez que

o mesmo surge como complemento às demandas e necessidades da região.

Somadas a estas destacamos as peculiaridades da região amazônica no que diz

respeito às longas distâncias e deficiências de comunicação, a dificuldade de

obtenção de informações confiáveis no nível municipal e atraso no processo de

regionalização no âmbito estadual.

Considerando a dificuldade e altos preços do deslocamento na região,

optou-se pela realização mensal das reuniões do Grupo Condutor nos mesmos

dias das reuniões da Comissão Intergestores Regional.

A composição do Grupo Condutor se deu da seguinte forma:

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REPRESENTAÇÃO TITULAR SUPLENTE

COORDENAÇÃO GERAL Laércio Cavalcante -

COORDENAÇÃO TÉCNICA Antônio Evandro Melo

de Oliveira -

SECRETARIA DE ESTADO

DA SAÚDE

Roberto Maia Maria Artemisa Barbosa

Aída Cristina Tapajós

Andrade Osminda Loblein

MICRORREGIÃO DE

TABATINGA Luzia Martins Sobrinho

Adriana Sampaio de

Oliveira

MICRORREGIÃO DE SANTO

ANTÔNIO DO IÇÁ

Fabiane Rodrigues

Bessa Clícia Calmont

MICRORREGIÃO DE FONTE

BOA

Ane Rose Gomes de

Oliveira

Cristiane de Aquino

Siqueira

DSEI VALE DO JAVARI Samara Machado da

Silva Evan de Almeida Lima

DSEI ALTO RIO SOLIMÕES Leandro Souza dos

Santos Alana Macedo Bispo

DSEI MÉDIO SOLIMÕES Thiago Felix Prates -

HOSPITAL DE GUARNIÇÃO

DE TABATINGA

Ten. Cel. Orlando

Carlos Fleith Sobrinho

Maj. Rogério Rodrigues

da Silva

UNIVERSIDADE FEDERAL

DO AMAZONAS

Heliana Nunes Feijó

Leite -

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CONDIÇÕES SOCIAIS E DE SAÚDE DA POPULAÇÃO

Aspectos Demográficos

A taxa de crescimento populacional na região entre 2000 e 2010 foi de

1,2% ao ano e a urbanização passou de 44,8% em 2000 para 58,1% em 2010.

A proporção de idosos na região do estudo representa 5,2% dos indivíduos e a

Razão de Dependência é de 79,9% e o índice de envelhecimento é de 8,78%.

A população indígena é referida como tendo 61.901 indivíduos

representando 27,2% do total da área.

Tabela 07 - População por Sexo e Faixa Etária, Microrregião e Regional do Alto

Solimões - Amazonas 2010.

População por Faixa Etária e Sexo e Microrregional no Alto Solimões - 2010

Faixa

Etária Tabatinga Fonte Boa Santo Ant. do Içá Regional

M F T M F T M F T M F T

0-1 1.846 1.838 3.684 584 585 1.169 722 721 1.443 3.152 3.144 6.296 1-4 7.368 7.391 14.759 2.722 2.505 5.227 2.922 3.021 5.943 13.012 12.917 25.929 5-9 8.987 8.687 17.674 2.915 2.828 5.743 3.473 3.427 6.900 15.375 14.942 30.317

10-14 8.522 8.069 16.591 2.733 2.581 5.314 3.633 3.433 7.066 14.888 14.083 28.971 15-19 7.635 7.573 15.208 2.297 2.250 4.547 2.980 2.950 5.930 12.912 12.773 25.685 20-29 12.201 11.802 24.003 3.719 3.507 7.226 4.651 4.386 9.037 20.571 19.695 40.266 30-39 8.373 7.865 16.238 2.535 2.116 4.651 3.303 3.027 6.330 14.211 13.008 27.219 40-49 5.711 5.022 10.733 1.563 1.298 2.861 2.110 1.679 3.789 9.384 7.999 17.383 50-59 3.386 2.915 6.301 987 875 1.862 1.180 1.025 2.205 5.553 4.815 10.368 60-69 2.086 1.915 4.001 685 570 1.255 721 611 1.332 3.492 3.096 6.588 70-79 1.106 1.017 2.123 365 303 668 374 306 680 1.845 1.626 3.471

80 + 516 427 943 151 135 286 202 170 372 869 732 1.601

Total 67.737 64.521 132.258 21.256 19.553 40.809 26.271 24.756 51.027 115.264 108.830 224.094

Fonte: IBGE (Censo 2010)

A população menor de 14 anos é composta de 91.513 indivíduos o que

representa 40,8% dos habitantes da área, caracterizando uma população muito

jovem. As mulheres em idade fértil representam 62,% das mulheres e 30,1% do

total da população em 2010. Em 2000 estas representavam 28,5% da população

geral da área.

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Tabela 08 - Área Geográfica, População e Densidade Demográfica nos Municípios

da Regional do Alto Solimões.

Município Área Km²

População

2010

Densidade

Hab/Km²

Amaturá 4.758,82 9.657 2,03

Atalaia do Norte 76.354,99 15.149 0,20

Benjamin Constant 8.793,43 33.391 3,80

Fonte Boa 12.110,91 22.659 1,87

Jutaí 69.551,86 17.964 0,26

Santo Antônio do Içá 12.307,77 24.487 1,99

São Paulo de Olivença 19.745,81 31.426 1,59

Tabatinga 3.225,06 52.279 16,21

Tonantíns 6.432,59 17.056 2,65

Tríplice Fronteira 213.281,24 224.094 1,05

Fonte: IBGE – Censo 2010

O município de Atalaia do Norte apresenta a maior extensão geográfica e a

menor população do estudo; Inversamente Tabatinga concentra a maior

população na menor área geográfica.

Gráfico 02 - Pirâmide Populacional da Regional do Alto Solimões Amazonas,

2010.

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Aspectos Socioeconômicos

Esta área de fronteira caracteriza-se por ser uma região inóspita, sem o

peso da estrutura dos Estados (Brasileiro, Colombiano e Peruano) onde conflitos

políticos e ideológicos associados aos problemas sociais e econômicos se

agregam aos estabelecidos pelo narcotráfico, porem, gerando a uma renda per

capita não mensurável pelos padrões estabelecidos.

Distribuição do Valor Adicionado das atividades Rurais, Indústria e Serviços.

As atividades que compõem o PIB municipal são:

Agropecuária – Agricultura (lavouras temporárias e lavouras

permanentes), Pecuária (criação de bovinos e outros animais, criação de

suínos, criação de aves), Exploração vegetal, silvicultura e Pesca.

Indústria - Setor Secundário – Indústria Extrativa Mineral, Indústria de

Transformação, Serviços de Utilidade Pública (fornecimento de água, luz,

telefone, gás) e Construção Civil.

Serviços - Setor Terciário – Comercio Atacadista, Comercio Varejista,

Alojamento e Alimentação, Transporte, Serviço de Informações,

Intermediação Financeira, Atividades Imobiliárias e Aluguel, Serviços

Prestados as Empresas, Administração Pública, Educação Mercantil,

Saúde e Serviços Sociais e Demais Serviços.

Tabela 09 - Evolução do Valor Adicionado das Atividades Rurais, Indústria e

Serviços, Alto Solimões 2002-2009.

MUNICIPIO AGROPECUÁRIA INDUSTRIA SERVIÇOS PIB MUNICIPAL PIB /CAPITA

2002 2009 2002 2009 2002 2009 2002 2009 2002 2009

Amaturá 4.773 5.341 1.225 3.163 10.048 25.223 16.634 34.506 2.078 3.909 Atalaia do Norte 4.472 6.222 1.652 5.309 13.687 42.013 20.350 54.603 1.919 3.711 B. Constant 26.512 11.896 3.910 11.861 33.844 89.740 67.404 116.750 2.746 3.743 Fonte Boa 57.420 44.126 5.288 7.565 43.275 61.698 111.889 115.857 3.144 6.162 Jutaí 30.674 10.863 3.652 6.349 29.512 49.935 67.067 68.712 2.731 4.092 Santo A. do Içá 12.666 11.686 4.566 9.745 34.438 70.633 53.158 94.013 1.704 3.098 São P. Olivença 21.440 14.296 3.824 10.761 30.717 81.979 58.323 109.349 2.271 3.318

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Tabatinga 6.645 13.210 6.382 22.316 48.863 157.943 64.208 202.661 1.580 4.227 Tonantíns 11.312 12.016 2.439 6.490 17.366 47.375 67.153 32.290 1.900 3.310

Fonte: SEPLAN-AM, SASS/FVS Em R$ 1,00

OBS: Dados de 2010 ainda não estão disponíveis.

O município de Tabatinga apresenta o maior valor adicionado em todas as

atividades que compõem o PIB Municipal. Atalaia do Norte ocupa a segunda

posição. Tonantins tem o menor valor adicionado ao PIB Municipal entre 2002 e

2009 com crescimento de apenas 48,1% para uma média regional de 175,9%. Na

agropecuária o município que menos cresceu foi Jutaí com 35,4% (média de

96,9%).

Na indústria o menor valor em 2009 é o de Fonte Boa assim como no de

Serviços. O menor PIB per Capita é o de Benjamin Constant em 2009 (Em 2002

era o de Tabatinga).

Evolução do Pessoal Ocupado

Tabela 10 - Empresas e Pessoal Ocupado, Alto Solimões, 2006-2009

Empresas 2006 2009 Unidades

Número de unidades locais 491 733 Unidades

Pessoal ocupado total 5.022 7.436 Pessoas

Pessoal ocupado assalariado 4.547 6.768 Pessoas

Salário e outras remunerações 33.499 65.249 Mil Reais

Número de empresas atuantes 491 721 Unidades

Fonte: IBGE - cidades@

A Tabela mostra evolução favorável na regional do Alto Solimões, com

crescimento de 48,1% do pessoal ocupado e de 49,3% no numero de empresas

regularizadas junto aos órgãos estaduais e federais de controle.

Educação

As carências no campo da educação se fazem notar em todos os

indicadores analisados. Ainda são elevados os índices de analfabetismo nestes

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municípios, como são baixos os níveis de escolaridade. Pequena percentual da

população chega ao ensino médio e parcela ínfima conseguia algum tipo de

especialização ou alcançar o nível superior (em geral fora da região) antes da

instalação do Campus da Universidade Estadual do Amazonas em Tabatinga.

A baixa formação da mão-de-obra local tem sido um entrave importante

para o desenvolvimento, mas já refletindo melhora após o inicio das atividades da

Unidade do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas em Tabatinga. A falta

de acesso da população à educação (principalmente os ribeirinhos localizados em

áreas distantes das sedes municipais) dificulta a formação de profissionais

capacitados para tomar para si os desafios do desenvolvimento. Desse modo, a

região ainda depende permanentemente de recursos humanos externos para a

implementação de projetos econômicos que demandem uma formação mais

especializada, além da dificuldade de atração de profissionais.

Tabela 11 - Indicadores ligados à Educação da População Regional do Alto

Solimões – AM, 2010.

Matriculas e Estrutura Escolar Alto Solimões 2010

Indicador Total

MATRICULAS

Fundamental 62.869

Médio 11.547

Pré-escola 8.918

Superior 3.487

DOCENTES

Fundamental 2.311

Médio 411

Pré-escola 314

ESCOLAS

Fundamental 505

Médio 33

Pré-escola 324

Fonte: Censo Escolar 2010

Analisando-se a tabela acima vemos que 38,7% dos habitantes da área

brasileira da Região do Alto Solimões são estudantes (população de 224.094 hab

em 2010). Com média geral de 101 alunos por escola e 29 alunos por professor.

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No Alto Solimões as taxas de analfabetismo atingem 21,7% da população

acima de 15 anos (9,9% no Amazonas), sendo maiores em Atalaia do norte com

35,9% de ocorrência e menores em Tabatinga com 14,4%.

Renda Familiar

A renda média domiciliar no Alto Solimões é de R$ 247,44 de acordo com o

Censo IBGE de 2010. Tabatinga apresenta a melhor renda e São Paulo de

Olivença à pior. Comparando com a média regional, quatro municípios situam-se

acima desta (Tabatinga, Atalaia do Norte, Benjamin Constant e Fonte Boa na

ordem do maior ao menor) e cinco abaixo. Esta situação se mantem avaliando-se

somente a área urbana. Na área Rural Atalaia do Norte e Santo Antônio do Içá

apresentam valores mais altos, enquanto Fonte Boa e Amaturá têm o menor

rendimento.

Tabela 12 - Rendimento Mensal Domiciliar Per Capita Nominal, Alto Solimões,

2010.

Municípios Urbano Rural Total

Amaturá 244 93 176 Atalaia do Norte 253 149 215 Benjamin Constant 255 106 199 Fonte Boa 244 82 195 Jutaí 272 109 211 Santo Antônio do Içá 178 137 160 São Paulo de Olivença 214 101 152 Tabatinga 345 97 270

Tonantíns 222 100 176

Valor Médio 247,44 108,22 194,89

Fonte: IBGE/ Censo 2010 R$1,00

No ano de 2010, sete dos nove municípios da região do Alto Solimões,

possuíam 45% da população em situação de extrema pobreza, variando de 42,5%

em Amaturá e 49,2% em Atalaia do Norte. Apenas os municípios de Benjamin

Constant e Tabatinga, não estavam entre os municípios do Brasil com

concentração de população em extrema pobreza segundo o Ministério do

Desenvolvimento Social – MDS.

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Tabela 13 - População em extrema pobreza por município do Alto Solimões em

2010.

Município População Censo 2010

População em extrema pobreza

%

Amaturá 9.467 4.020 42,5

Atalaia do Norte 15.153 7.453 49,2

Fonte Boa 22.817 9.919 43,5

Jutaí 17.992 8.012 44,5

Santo Antônio do Içá 24.481 11.519 47,1

São Paulo de Olivença 31.422 13.455 42,8

Tonantíns 17.079 7.849 46,0

Região do Alto Solimões 138.411 62.227 45,0

Fonte: IBGE, Censo 2010; MDS 2010.

Beneficiários do Sistema de Saúde Suplementar

Tabela 14 - Percentual de Beneficiários do Sistema de Saúde Suplementar, Alto

Solimões, 2000-2010.

LOCAL Plano de Saude

2000 2010

Amaturá 0,0 0,0

Atalaia do Norte 0,0 0,2

Benjamin Constant 0,0 0,0

Fonte Boa 0,0 0,1

Jutaí 0,0 0,0

Santo Antônio do Içá 0,0 0,0

São Paulo de Olivença 1,2 0,0

Tabatinga 6,4 0,3

Tonantins 0,0 0,1

Total 2,6 0,1

Fonte: SIAB / MS

Como se observa na Tabela as atividades de saúde suplementar no Alto

Solimões, que já eram muito baixas em 2000, em 2010 são apenas residuais.

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Mortalidade

Evolução de Coeficiente de Mortalidade Geral

Embora a regional venha apresentando melhora na captação de óbitos

observa-se que em relação aos municípios componentes há grande disparidade e

oscilação das mesmas no período analisado.

Tabela 15 - Evolução da taxa de Mortalidade Geral, Municípios, Regional e

Amazonas, 2000-2010.

Municipio 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Amaturá 0,5 1,8 1,3 1,6 2,3 1,1 2,5 3,6 2,4 3,6 2,0

Atalaia do Norte 4,4 4,2 3,6 4,0 4,1 2,7 2,1 1,4 2,7 2,0 2,8

Benjamin Constant 2,6 3,5 3,3 3,3 3,1 2,7 2,2 3,0 3,5 3,6 4,3

Fonte Boa 3,4 1,7 2,1 1,9 1,7 1,3 1,5 1,2 2,9 3,6 2,9

Jutaí 0,8 1,3 1,6 0,8 1,1 0,6 1,2 1,1 1,5 1,1 0,9

Santo Antônio do Içá 0,6 0,8 0,7 1,5 1,6 1,2 1,6 1,2 1,6 1,5 2,6

São Paulo de Olivença 2,0 2,1 1,7 2,0 2,0 1,5 2,0 2,1 2,0 2,8 2,4

Tabatinga 3,8 3,3 4,5 3,2 3,6 2,9 3,6 3,5 4,4 4,7 4,2

Tonantins 2,3 1,5 1,8 1,5 1,2 1,1 1,5 1,4 0,7 0,7 0,9

Regional 2,4 2,2 2,4 2,2 2,3 1,7 1,9 1,9 2,5 2,7 2,7

Amazonas 3,7 3,6 3,6 3,5 3,5 3,4 3,7 3,7 4,1 4,1 4,0 Fonte: IBGE- NUSI/FVS – Banco: 12/08/2010 sujeito a revisão

Em situação critica encontramos os municípios de Jutaí e Tonantins onde a

Cobertura de óbitos está em 20%. Benjamin Constant e Tabatinga apresentam

cobertura acima de 90% em 2010. Este indicador também reflete no Estado a

baixa captação de óbitos realizada pela maioria dos municípios.

Uma hipótese levantada para a baixa cobertura do SIM em alguns

municípios é a evasão de óbitos combinada com a declaração de endereço no

município de ocorrência pelo temor de não atendimento em município outro que o

de residência. No entanto, se consolidarmos os dados dos municípios da região

do Alto Solimões obtemos uma cobertura estimada do SIM em 2010 de 62,4% no

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conjunto da região, variando de 20,0% em Tonantins a 97,3% em Benjamin

Constant. A cobertura no conjunto do estado também aponta para a não

confirmação desta hipótese, e sim para a hipótese da existência de grande

número de óbitos não registrados.

Evolução das Principais Causas de Mortalidade

As informações de mortalidade podem contribuir para orientar a priorização

de ações de saúde, monitorar tendências e avaliar o impacto de medidas voltadas

à resolução dos problemas de saúde existentes, sendo fundamentais para o

planejamento e execução de ações de saúde nas suas diversas etapas. Estas

informações apresentam características específicas que reforçam sua importância

como um instrumento para o conhecimento da realidade social e de saúde de

uma localidade. O óbito é evento único e de registro obrigatório e possui os

procedimentos para seleção e processamento padronizados.

Assim, estas informações permitem comparações das causas de morte

entre diferentes locais e tempos, possibilitando estabelecer parâmetros e metas

voltados à sua redução.

A iniquidade de acesso aos serviços de saúde, medida por meio de

elevados percentuais de óbitos por causas mal definidas e sem assistência

médica, é um dos fatores importantes na ocorrência de sub-registro de óbitos.

Portanto, territórios menos desenvolvidos, com precárias condições de vida e rede

insuficiente de serviços de saúde, devem apresentar maior imprecisão em suas

estatísticas vitais. A ausência de informação adequada de mortalidade é o

principal sintoma da precariedade de oferta de serviços de saúde no Brasil.

As informações sobre mortalidade por causa de morte nos permite

acompanhar suas mudanças na região, desagregadas espacialmente, em seu

período mais recente (2000 a 2010). Ao lado disso, fornecem elementos para o

desenho de políticas de saúde voltadas à diminuição daquelas causas de óbitos

evitáveis, especialmente nas áreas menos desenvolvidas econômica e

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socialmente, onde a exposição ao risco de morrer dos grupos infantis e da infância

é ainda muito relevante.

Mortalidade Proporcional por Faixas Etárias

A análise da mortalidade proporcional por grupos de idade representa a

importância relativa de cada grupo etário sobre o total, e é uma forma interessante

de avaliar a situação de saúde de uma população.

A tabela abaixo apresenta a mortalidade proporcional por faixas etárias

para os nove municípios que compõe a Regional do Alto Solimões, e do Estado do

Amazonas 2000 e 2010.

Tabela 16 - Mortalidade Proporcional por Faixa Etária na Regional do Alto

Solimões e Amazonas, 2000-2010.

Faixa Etária Regional Amazonas

2000 2010* 2000 2010*

<1 Ano 24,4 18,5 17,8 8,8

1 a 4 7,8 7,0 3,8 2,2

5 a 9 2,1 2,0 1,3 1,0

10 a 14 2,3 2,6 1,2 1,0

15-19 3,2 4,2 3,0 2,9

20-29 7,2 7,0 7,4 8,5

30-39 5,1 7,8 7,0 7,8

40-49 6,1 5,9 7,9 8,7

50-59 7,2 7,2 9,1 11,2

60-69 9,7 8,8 12,4 13,0

70-79 15,2 10,7 14,5 15,9

80 e+ 9,9 18,0 14,5 18,7

Fonte: SASS/NUSI – FVS *Dados Sujeitos a Revisão. Banco: 12/08/11

Ao avaliarmos a tabela de mortalidade proporcional da área de estudo

observamos tendência à mudança com melhoria no nível de saúde, com o

percentual de óbitos menores de um ano diminuindo em 24,2% (Passou de 24,4%

em 2000 para 18,5% em 2010) e a de maiores de 60 anos, aumentando em 8,4%

(de 34,7 para 37,6%), considerado os óbitos informados no período. Neste mesmo

período o Estado reduziu a mortalidade proporcional em menores de 01 ano em

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50,6% e ampliou a participação proporcional dos óbitos em maiores de 60 anos

em 15%.

No período houve aumento de cobertura de óbitos em cerca de 24% na

Regional do Alto Solimões, assim podemos pressupor que há tendência a

melhoria de saúde pelo menos em alguns municípios da região.

Gráfico 03 - Mortalidade Proporcional por Faixa Etária na Regional do Alto

Solimões - Amazonas - Curva de Nelson de Moraes, 2000-2010.

A mortalidade proporcional por faixa etária permite avaliar as desigualdades

nos níveis de saúde entre os municípios do estudo indicando as áreas com piores

níveis de saúde, onde devem ser concentrados os recursos para a redução da

mortalidade, principalmente em relação a mortalidade infantil.

A projeção gráfica dos valores da mortalidade proporcional nos grupos

etários propostos por Nelson de Moraes permite avaliar o nível de saúde. Quanto

mais próxima do formato de um J, melhor o nível de saúde. A Curva de Nelson de

Moraes construída com os dados referentes aos anos de 2000 e 2010, mostra

melhoria na qualidade de vida com diminuição da mortalidade infantil e aumento

nas faixas etárias mais avançadas, embora apresente um formato compatível com

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aquele que classifica a população como de nível de saúde médio, deve-se atentar

que mesmo com melhora na cobertura a subnotificação de óbitos ainda é alta.

A tabela abaixo mostra por município a correlação entre as Curvas de

Nelson de Morais, o Quantificador de Guedes e a razão de Mortalidade

Proporcional (Indicador de Swaroop-Uemura) para o ano de 2010.

Tabela 17 - Correlação de Indicadores de Mortalidade por Município, Regional do

Alto Solimões em 2010.

Município Nelson de Moraes

Quantificador de Guedes Swaroop-Uemura

Amaturá Regular 13,5 47,1

Atalaia do Norte Regular -0,3 20,5

Benjamin Constant Regular 16,0 47,8

Fonte Boa Regular 12,9 49,2

Jutaí Não avaliável Não avaliável Não avaliável

Santo Antonio do Içá Médio 16,9 49,2

S.Paulo de Olivença Regular 17,1 47,2

Tabatinga Regular 11,7 43,9

Tonantins Não avaliável Não avaliável Não avaliável

Regional Regular 13,0 44,7

Amazonas Elevado 20,4 58,8

Fonte: SASS/FVS

Quanto a Curva de Nelson de Morais todos os municípios estão em

situação semelhante, pois todas se classificam como regular e o Estado do

Amazonas com desenvolvimento elevado. O Quantificador de Guedes mostra São

Paulo de Olivença com melhor nível de desenvolvimento enquanto o Indicador de

Swaroop-Uemura trás Santo Antônio do Içá e Fonte Boa com melhor perspectiva

de sobrevida. Jutaí e Tonantins não apresentam informações de mortalidade em

quantidade e qualidade suficiente para serem avaliadas.

As acentuadas diferenças entre as principais causas de morte nos nove

municípios vis-à-vis a coincidência das principais causas de morbidade, apontam

para possíveis problemas de notificação nos municípios em foco.

Em nenhum dos municípios as doenças infecciosas e parasitárias ocupam

o primeiro lugar, mas ocupa o segundo Atalaia do Norte, Benjamin Constant e

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Tabatinga e a quarta posição no total da área em 2010. Em 2000 ocupava a

terceira posição. No estado em 2000 estava na 6a posição, em 2010 com a

redução acentuada na mortalidade por causas perinatais se apresentam no 5o

lugar em mortalidade por causas definidas.

Tabela 18 - Evolução das principais Causas de Morte, Segundo Capítulos CID 10,

Regional do Alto Solimões e Amazonas, 2000-2010.

Mortalidade proporcional por Capitulo do CID-10 Regional Amazonas

2000 2010* 2000 2010*

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 13,9 12,9 8,5 7,3

II. Neoplasias (tumores) 9,2 9,4 15,0 16,6

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 7,1 7,2 5,4 6,8

IX. Doenças do aparelho circulatório 16,3 13,7 18,8 21,2

X. Doenças do aparelho respiratório 10,9 13,7 9,3 9,7

XI. Doenças do aparelho digestivo 5,0 5,2 4,6 4,9

XV. Gravidez parto e puerpério 1,5 2,2 0,8 0,6

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 17,5 8,5 13,1 5,0

XVII.Malf. cong. def. e anomalias cromossômicas 1,5 3,3 2,6 2,6

XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 13,0 17,4 17,3 20,0

Demais definidas 4,1 6,5 4,6 5,4

Total definido 71,2 74,6 74,8 84,8

XVIII. Sint sinais e achad. Anorm.ex. clín e laborat 28,8 25,4 25,2 15,2

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: SASS/NUSI-FVS* Dados sujeitos a revisão Banco 12/08/11

Em Amaturá, Atalaia do Norte, Fonte Boa e São Paulo de Olivença, e

Tonantins o maior número de óbitos em 2010 foi por doenças do aparelho

circulatório. Em Tabatinga ocupa o terceiro lugar e na área total do estudo é a

segunda causa de óbito, No Estado do amazonas ocupa o primeiro lugar entre as

causas definidas.

As causas externas são as primeiras causas de mortalidade na Regional do

Alto Solimões e em Tabatinga, Benjamin Constant e Tonantins a segunda em

Fonte Boa, Jutaí, Santo Antônio do Içá. No Amazonas ocupa também a segunda

posição.

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As Causas Externas, que incluem os acidentes, homicídios e suicídios, são

a 1ª causa de óbito na Regional do Alto Solimões (17,4%). À medida que se faz

mais eficaz a luta contra os agravos infecciosos, as mortes violentas adquirem

uma importância proporcional cada vez maior, chegando a ser a principal causa

de morte entre crianças e adolescentes. A análise detalhada das circunstâncias

dos acidentes e violências mais freqüentes, assim como das áreas mais atingidas

é fundamental para nortear as medidas preventivas. Os principais conjuntos de

problemas são as agressões, que representam 35% das mortes neste

grupamento reafirmando a necessidade de uma articulação intersetorial a fim de

que tais mortes sejam minimizadas. Os eventos classificados como auto-

inflingidos representam 27,5% dos óbitos por causas externas, merecendo estudo

de condicionantes e determinantes em data futura.

Os óbitos por doenças Cardiovasculares ocupam o 2º lugar

correspondendo a 13,7% das causas definidas. As incorporações, na rotina da

atenção primária à saúde, de medidas de promoção da saúde, possam, junto com

o diagnóstico precoce e pronto tratamento, colaborar na redução da morbi-

mortalidade por doenças do aparelho circulatório, priorizando áreas onde o

problema assume maior importância.

As Neoplasias aparecem em quarto na ordenação das causas de óbito,

com 9,4 % dos óbitos. Destes, 50% tinham menos de 60 anos, o que mostra que o

câncer, com seus níveis atuais de incidência e prevalência, apresentam-se como

sério problema de saúde pública nos municípios da Regional. Presume-se que o

aumento decorre de uma melhoria do sistema de informação, da melhoria dos

indicadores de morbimortalidade em relação às doenças infecciosas e da melhoria

do acesso aos serviços de diagnóstico relacionado às neoplasias. Não

esquecendo porem que pelo tipo de repercussão causado sobre a família estes

quadros costumam ter acompanhamento médico e assim não haveria

subnotificação nem óbito com causa mal definida e consequentemente tratar-se-ia

de um viés de qualidade de informação.

No sexo masculino, as três principais localizações são: próstata, traquéia,

brônquios e pulmões e as de comportamento incerto, que juntas, representam

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mais de 60% dos óbitos por neoplasias entre os homens e estão relacionadas a

hábitos como o tabagismo e a não valoração de exames preventivos. Entre as

mulheres, o câncer de colo de útero registrou dois óbitos, ambos na faixa etária

de 30 a 39 anos (Fonte Boa e Tabatinga) representando 40% dos óbitos por

neoplasia desta faixa. No Alto Solimões 73,3% das mortes femininas por

neoplasias ocorreram antes dos 60 anos, o que aponta para a necessidade de

implementar programas para o seu controle, com base em ações educativas e de

promoção da saúde da mulher. Em 2010 foi registrado apenas um óbito por

câncer de mama no Alto Solimões (Tabatinga na faixa etária de 60-69 anos).

As Doenças do Aparelho Respiratório respondem por 13,7 % do total de

óbitos, sendo que neste grupamento sobressaem as Pneumonias, com 71,4%

dos óbitos deste grupo. Quase 41,3 % dos óbitos por Doenças do Aparelho

Respiratório estão concentrados na faixa etária de maiores de 60 anos, em 2005

eram 65% indicando que as campanhas de vacinação para idosos devam

continuar sendo implementadas, a fim de reduzir a incidência e a mortalidade por

estas causas.

As Doenças Infecciosas e Parasitárias estão em 4º lugar entre as causas

de morte na Regional do Alto Solimões e são responsáveis por 12,9% do total de

óbitos. A maior proporção de óbitos ocorre por diarréias (52,5,0% dentro do grupo

respondendo por 9,2% dos óbitos por todas as causas definidas no Alto Solimões

em 2010). As septicemias (que podem ser consideradas mal definidas) ocupam o

segundo lugar com 11,9% dos óbitos neste grupo.

Finalmente, é importante ressaltar que se o grupo das ―mal definidas‖ fosse

incluído no ordenamento, ocuparia o 1º lugar entre as causas de óbito,

representando 25,4 % do total. Se essas causas pudessem ser definidas, o

padrão de mortalidade poderia alterar-se consideravelmente.

Chama a atenção ainda a grande proporção de óbitos por causas mal

definidas nos Municípios de São Paulo de Olivença e Santo Antônio do Içá. De

certa forma o indicador fornece informação sobre o acesso aos serviços de saúde,

visto que 68,1 e 54,1% respectivamente dos óbitos incluídos neste grupo foram

registrados como ―mortes sem assistência médica‖.

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Os óbitos por causas mal definidas foram registrados em 50% das vezes

em indivíduos acima de 60 anos no ano de 2010 no conjunto dos municípios que

compõe a Regional do Alto Solimões. O pico de óbitos entre 15 e 39 anos (18,6%

dos de causas mal definidas) pode estar subdimensionando os óbitos na

população masculina por causas externas e óbitos maternos na feminina.

Evolução do Coeficiente de Mortalidade Infantil e seus Componentes

No Amazonas o Coeficiente de Mortalidade Infantil apresentou queda de

42,8% e o componente neonatal tardio apresentou a maior redução com 46,4%. O

conjunto dos municípios componentes do estudo apresentou queda de 35,8% na

Taxa de Mortalidade Infantil entre 2000 e 2010.

Atalaia do Norte apresentou aumento de 8,2% na Taxa de Mortalidade

Infantil entre 2000 e 2010, Santo Antônio do Içá de 113,7%, Benjamin Constant de

55,4%. Amaturá e São Paulo de Olivença registram queda de 39,7, e 7,2%

respectivamente, assim como Tabatinga e Fonte Boa (com 37,5 e 83,6%). Para

Tonantins e Jutaí este indicador não pode ser analisado devido a critica captura de

óbitos registrada pelos mesmos.

O componente do TMI no Alto Solimões, que sofreu maior redução foi o

neonatal precoce (55,9%), enquanto a TMI Tardia mostrou queda de 19,5%.

Tabela 19 - Taxa de Mortalidade Infantil e Seus Componentes, Alto Solimões e

Amazonas, 2000 - 2010

ANOS ÁREA NASC. VIVOS

NEONATAL PRECOCE

NEONATAL TARDIO

TOTAL NEONATAL

INFANTIL TARDIO

MORT. INFANTIL

óbitos.

%o

óbitos.

%o

óbitos.

%o

óbitos.

%o

óbitos.

%o 0 - 6 d 7-27 d < 28 ds

28 d-11m

< 1 ano

2000 Amazonas 67.646 885 13,1 279 4,1 1164 17,2 700 10,3 1.864 27,6

Regional 3.165 48 15,2 16 5,1 64 20,3 52 16,4 108 34,1

2010* Amazonas 73.862 545 7,4 161 2,2 706 9,6 463 6,3 1.169 15,8

Regional 5.209 35 6,7 10 1,9 45 8,6 69 13,2 114 21,9 Fonte: SSAS/NUSI/FVS Banco: 12/08/2011 *Sujeito a revisão.

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Na análise da mortalidade infantil, deve-se considerar que, embora altas

taxas de mortalidade infantil possam revelar precárias condições sociais e de

saúde, baixos níveis de mortalidade infantil não refletem necessariamente

melhoria das condições de vida da população. Por outro lado, o aumento na taxa

de mortalidade infantil pode, em determinadas situações, ser resultante da

melhoria dos registros dos óbitos infantis. O declínio das taxas de mortalidade

infantil reflete a cobertura e eficácia de ações de saúde específicas (TRO,

imunização, incentivo ao aleitamento materno, etc.), mais do que a melhoria das

condições de vida da população.

Uma primeira distinção é feita mediante a classificação dos óbitos segundo

a idade: neonatal (até 27 dias) e pós-neonatal (acima de 27 dias). Posteriormente,

em cada grupo de idade, as doenças podem ser classificadas segundo as

possibilidades de intervenção, determinadas pela existência de tecnologia

apropriada para evitar seu aparecimento, progressão e óbito, independentemente

do fato de os procedimentos não estarem disponíveis para a maioria da população

neste momento. Assim se delineia um perfil da mortalidade infantil que retrata o

grau de desenvolvimento socioeconômico e o resultado das ações de saúde

desenvolvidas, possibilitando avaliar as intervenções que vêm sendo realizadas e

apontar aquelas que devem ser feitas no sentido de reduzir esses índices, tanto

pelo setor de saúde como por outros setores da esfera de governo.

Adota-se essa subdivisão em função da observação de que esses períodos

apresentam causas de morte bastante específicas. Enquanto as mortes neonatais

são, na quase totalidade, devidas às chamadas causas perinatais e às anomalias

congênitas, a mortalidade infantil tardia deve-se fundamentalmente às causas

ligadas a fatores ambientais, tais como as doenças infecciosas e a desnutrição.

Quando o CMI é muito baixo, ele é quase totalmente representado pela

mortalidade neonatal e, quando é muito alto, observa-se exatamente o inverso, a

mortalidade infantil tardia representa, proporcionalmente, quase a totalidade dos

óbitos de menores de um ano.

Especificamente em relação ao Alto Solimões observamos que os

municípios com aumento na TMI, registraram também, melhora na captação de

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óbitos, o que relativizaria o aumento, mas não a amplitude destas considerando-se

os serviços de saúde que estão sendo disponibilizados para a população.

Para analisar as desigualdades locais nos riscos de morrer antes de

completar um ano de idade existentes na Regional, foram calculados, os

coeficientes de Mortalidade Infantil para cada município. Os resultados mostram

que o coeficiente de mortalidade infantil da região é de 21,9 óbitos menores de 1

ano para cada 1000 crianças nascidas vivas. Este risco é 38,6% maior que a

média do Estado.

A tendência de queda da mortalidade neonatal precoce é lenta, porém

gradual nas áreas analisadas, porém há oscilações e variações entre os anos e

por município No coeficiente de mortalidade neonatal tardia (7 a 28 dias), verifica-

se uma tendência de queda em todos os municípios.

Com relação ao coeficiente pós-neonatal (período 28 dias a um ano)

verifica-se também uma tendência de queda, porém os coeficientes da região

estavam acima da média do estado do Amazonas.

Em 2010 o município de Atalaia do Norte apresentava a maior taxa de

mortalidade infantil da área do estudo sendo reflexo das precárias condições de

vida existente nesta área, como já foi mencionado, bem como da importância das

doenças infecciosas no obituário desta área. A mortalidade infantil é elevada no

município com predominância da mortalidade neonatal precoce sugerindo a

necessidade de melhorar a assistência pré-natal e ao parto.

As duas principais causas de mortalidade infantil são as Afecções

Originadas no Período Perinatal e as Anomalias Congênitas. Juntas, elas

representam 43,1% do total de óbitos menores de um ano. No grupo das

Perinatais, a causa de óbito mais frequente são os transtornos cardiovasculares

específicos do período perinatal.

As três anomalias informadas foram as anomalias congênitas do coração

(42,9 %), as anencefalias (14,2%) e outras mal formações (42,9 %).

As mortes por Doenças Infecciosas e Parasitárias, todos incluídos na

mortalidade infantil tardia, tiveram como principal causa as doenças infecciosas

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intestinais, que foram responsáveis 62,5% dos óbitos incluídos neste capítulo. Em

segundo lugar, aparecem as septicemias (37,5%).

No grupo das Doenças do Aparelho Respiratório, as pneumonias são as

principais causas de óbito no primeiro ano de vida, responsáveis por 75,0% dos

óbitos deste grupo. As outras infecções agudas de vias aéreas inferiores

(bronquites, bronquiolites, etc.), aparecem em 2o lugar no grupamento, com 25%

dos óbitos.

Não foram informados óbitos infantis por Causas Externas em 2010.

Do total dos óbitos infantis, 19,8% foram por causas Mal Definidas. Todos

os óbitos deste grupo foram informados como ―sem assistência médica‖,

demonstrando dificuldades no acesso aos serviços de saúde.

Óbitos por diabetes

O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial,

traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O

envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de

vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os

grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes em

todo o mundo. Um indicador macroeconômico a ser considerado é que o diabetes

cresce mais rapidamente em países pobres e em desenvolvimento e isso impacta

de forma muito negativa devido à morbimortalidade precoce que atinge pessoas

ainda em plena vida produtiva, onera a previdência social e contribui para a

continuidade do ciclo vicioso da pobreza e da exclusão social.

Considerando a elevada carga de morbi-mortalidade associada, a

prevenção do diabetes e de suas complicações é hoje prioridade de saúde

pública. Na atenção básica, ela pode ser efetuada por meio da prevenção de

fatores de risco para diabetes como sedentarismo, obesidade e hábitos

alimentares não saudáveis; da identificação e tratamento de indivíduos de alto

risco para diabetes (prevenção primária); da identificação de casos não

diagnosticados de diabetes (prevenção secundária) para tratamento; e

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intensificação do controle de pacientes já diagnosticados visando prevenir

complicações agudas e crônicas (prevenção terciária).

Gráfico 04 - Mortalidade por Diabete Mellitus, Alto Solimões e Amazonas, 2000-2010

O óbito por Diabetes Mellitus no Alto Solimões vem registrando aumento

em alguns municípios na medida em que estes melhoram a qualidade e

quantidade de registros de mortalidade. Assim, nota-se que somente Benjamin

Constant, Fonte Boa e Tabatinga registraram óbitos por este agravo em 2010 com

coeficientes de 65,1; 49,6 e 71,3 óbitos por 100.000 habitantes com mais de 40

anos de idade.

Em 2000 a Regional mostra Coeficiente de Mortalidade por Diabete Mellitus

de 10,4 e em 2010, este é de 30,4/ 100.000 hab> 40 anos registrando um

aumento de 192,3% nos anos analisados. Neste mesmo intervalo de tempo o

Amazonas passou de 53,3 para 74,2/100.000 hab> 40 anos (aumento de 39,2%

nos registros).

A precariedade dos registros de óbitos na região impede a realização de estudos

de tendências.

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Óbitos por Doença Hipertensiva.

O óbito por Doença hipertensiva no Alto Solimões vem registrando aumento

em alguns municipios na medida em que estes melhoram a qualidade e

quantidade de registros de mortalidade. Assim, nota-se que somente Benjamin

Constant, registra óbitos por este agravo em 2000 e 2010 com coeficientes de

77,3 e 16,3 óbitos por 100.000 habitantes com mais de 40 anos de idade,

respectivamente.

Em 2000 a Regional mostra Coeficiente de Mortalidade por DH de 13,9 e

em 2010 este é de 33,0/ 100.000 hab.> 40 anos registrando um aumento de

137,4% nos anos analisados. Neste mesmo intervalo de tempo o Amazonas

passou de 30,2 para 47,8/100.000 hab.> 40 anos (aumento de 58,3% nos

registros).

Gráfico 05 - Mortalidade por Doença Hipertensiva, Alto Solimões e Amazonas,

2000-2010

A precariedade dos registros de óbitos na região impede a realização de

estudos de tendências. A correlação entre morbidade e mortalidade, assim como

avaliação da qualidade da informação em saúde são fundamentais para uma

análise mais acurada.

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Uma hipótese seria a má qualidade das informações sobre causas de

morte, bem como o problema do sub-registro diferencial de óbitos que poderiam

interferir nos resultados das analises de mortalidade, bem como no registro do

SIM. Alem disso, a captação deficiente de óbitos e elevadas proporções de causas

mal definidas informadas no SIM, podem ocasionar um comprometimento na

informação sobre mortalidade, por conseguinte, a probabilidade de obtermos

dados mais fidedignos é reduzida. A região comporta alto percentual populacional

jovem outro possível fator explicativo para o baixo índice de óbitos por doença

hipertensiva.

Os resultados deste estudo sugerem uma reavaliação da associação entre

piores condições de vida e maior mortalidade por DAC. Os aspectos climáticos e o

estilo de vida, inclusive alimentação, poderiam ser investigados, pois podem ter

contribuído para os resultados encontrados, uma vez que o clima quente e úmido

favorece a vasodilatação, podendo influenciar as baixas taxas de mortalidade por

doenças do aparelho circulatório; o estilo de vida e a alimentação mais saudável

poderiam também influenciar as baixas taxas de morbi-mortalidade.

Morbidade

Apesar de apresentarem a restrição de serem seletivas e parciais, as

informações do SIH constituem-se em uma das poucas fontes de morbidade com

abrangência nacional disponíveis. São seletivas, porque se restringem aos casos

de doenças que exigiram internação e parciais, porque, por inúmeras razões, não

incluem todos os casos que deveriam ser internados sendo, portanto influenciada

por numerosos fatores, dentre os quais PEREIRA (1995) destaca o tipo de agravo,

a oferta, o grau de acesso da população, a efetividade dos serviços e os custos

envolvidos no contato do paciente com o sistema de saúde. A distribuição das

internações hospitalares segundo diferentes grupos de diagnósticos pode,

portanto, estar influenciada por cada um desses fatores.

Além disso, a falta de padronização e treinamento para a classificação das

doenças ou lesões que motivaram a internação, assim como problemas relativos à

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crítica de inconsistências, pode interferir na qualidade dos dados. Outra limitação

do SIH diz respeito à unidade de análise utilizada, que é a internação e não o

indivíduo, fazendo com que a doença que necessite mais de uma internação

apareça com freqüência maior do que a real (Um mesmo indivíduo pode ter

diferentes episódios de um mesmo processo mórbido que necessite internação

hospitalar durante o ano). A internação por suspeita clinica não confirmada

posteriormente, deve ser dirimida através de comissão de revisão diagnóstica que

deveria existir em cada unidade hospitalar.

Ao analisar o atendimento hospitalar com finalidade de conhecer a

morbidade, realizado nos municípios do estudo, destacamos alguns aspectos

destes serviços:

Observa-se que o número de hospitalizações é baixo, cerca de 694 internações

hospitalares mês, com uma média de 23 internações/dia, correspondendo a 37,1

internações por grupo de 1000 habitantes ao ano em 2010.

Comparando 2000 com 2010, os municípios de Atalaia do Norte, Fonte

Boa, São Paulo de Olivença e Tabatinga aumentaram as internações, enquanto

Benjamin Constant e Jutaí diminuíram (40,5 e 23,1% respectivamente). Amaturá,

Santo Antônio do Iça e Tonantins não dispunham de unidade hospitalar em 2000.

No Amazonas ocorreu aumento de 1,8% das internações no Sistema Único de

Saúde (Passou de 45,4 para 46,2 internações por 1.000 habitantes). Quanto ao

número de casos, a partir de 2001 ocorreu importante aumento, podendo estar

relacionada com as ações básicas de saúde, desenvolvida pelas UBS,

principalmente relacionadas ao controle de agravos levando a internação precoce

e deste modo reduzindo a gravidade dos casos (vide tempo médio de

permanência hospitalar)

Não há sistema privado de saúde atuando nesta região, Assim como os dados

referentes a este para o Brasil e Amazonas não estavam disponíveis no momento

da pesquisa.

Espera-se que na medida em que se amplie à Estratégia Saúde da Família

diminuam as internações hospitalares por causas evitáveis como por diarréia,

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infecções respiratórias, diabetes, complicações de hipertensão arterial e outras,

restando às internações por parto e causas externas.

Distribuição percentual das Causas de Internação, Segundo Capitulo do CID 10

Se excluirmos as internações por Gravidez, Parto e Puerpério, encontramos

que no ano de 2010, utilizando a classificação por capítulos da CID 10:

79,5% dos casos estão em apenas 05 capítulos, a saber:

Cap. XI - Doenças do Aparelho Digestivo – 20,1%

Cap. X - Doenças do Aparelho Respiratório – 19,2 %

Cap. XIV – Doenças do Aparelho Geniturinário – 16,1%

Cap. I - Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias – 14,4 %

Cap. IX - Doenças do Aparelho Circulatório – 9,7%

As doenças infecciosas e parasitárias situam-se em 4º lugar nas internações

hospitalares realizadas nos municípios que compõem a faixa de fronteira física do

Amazonas no Alto Solimões, refletindo a baixa qualidade do saneamento básico

nestes, como já foi discutido anteriormente.

As causas externas foram responsáveis por 1,9% das internações. Chama

também a atenção, ainda o pequeno número os atendimentos que registraram

diagnóstico de anomalias congênitas e afecções perinatais na internação. A

presença destes poucos diagnósticos sugere duas possibilidades: os recém-

nascidos com problemas tiveram óbito imediato ou não foi preenchido AIH para os

mesmos.

Ainda fazendo uma análise geral pode-se dizer também que as doenças do

aparelho circulatório que se constituem a segunda causa de óbito na região

aparecem no 5º posto entre as internações realizadas. Vale ressaltar que as

causas externas que aparecem como a 1ª causa de morte na região, aparecem

como 7ª causa de morbidade hospitalar da área;

Em relação à Morbidade atendida nos Hospitais em 2010, 36,6% foram

relacionados ao Capitulo de Gravidez, Parto e Puerpério, 12,8% as Doenças do

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Aparelho Digestivo seguido por Doenças do Aparelho respiratório que contribui

com 12,2%. Doenças do Aparelho Geniturinário aparecem com 10,2% e com 9,1%

com o Capitulo Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias.

Comparando os 5 primeiros capítulos da CID 10 para internações no

Amazonas para o mesmo ano , teríamos na ordem: Gravidez, Parto e Puerpério

(37,4%), Doenças do Aparelho respiratório (11,4%), Doenças do Aparelho

Digestivo(10,1%) Algumas Doenças Infecciosas e Parasitárias (9,4%). As

Doenças do Aparelho Geniturinário aparece com 6,6%, totalizando 74,9% das

internações.

Observa-se que as internações por neoplasias ocupam poucas internações

nos municípios estudados, mas aparecem em 7º lugar no Estado, entende-se que

a ausência de serviços de oncologia naquela área leve estes pacientes a

tratamento fora do domicílio sendo referenciados para Manaus.

As Doenças do Aparelho Circulatório ocupam, na área do estudo e no

Amazonas o 5º lugar representando 6,2 e 5,7% das internações respectivamente.

Poderia se supor que estas não sejam importantes em termos de saúde pública,

mas o mais provável é que estes pacientes evoluam para óbito antes da

oportunidade de hospitalização, pois ocupam segundo lugar em mortalidade

proporcional na Regional do Alto Solimões e primeiro lugar no estado do

Amazonas.

Deve-se destacar que houve uma participação baixa em todas as faixas

etárias de internações hospitalares, na área de estudo, em que não foi definido o

diagnóstico, o que sugere ausência de problemas no registro de dados nas AIH

pelos profissionais, facilitando posteriormente sua classificação.

Internações Hospitalares por Sexo e Faixa Etária, 2010.

Em 2010 as internações hospitalares de 0 a 14 anos representaram 23,3%

do total de internações sendo que a faixa com maior número é a de 1 a 4 anos

(8,8%). A faixa Etária que vai dos 15 aos 39 anos colabora com 60,8% das

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internações evidenciando o peso decorrente das internações por gravidez parto e

puerpério; Já a faixa acima dos 60 anos tem 9,5% destas.

Analisando-se o Conjunto de Diagnósticos em Relação às Faixas Etárias

observa-se que as doenças do aparelho respiratório são as primeiras causas de

internações hospitalares em menores de 15 anos. Nos menores de 4 anos

representam 43,0% dos diagnósticos; já na faixa etária de 5 a 9 anos representa

26,4% e na faixa 10 a 14 anos 12,9%.

Nas faixas etárias de menores de 1 ano, 1 a 4 anos e 5 a 9 anos, algumas

doenças infecciosas e parasitárias são importantes, apresentando-se proporções

de 13,3%, 19,6% e 18,9% respectivamente das internações ocorridas em 2010

nestas faixas etárias. Aparecem na sequência neste grupo as doenças do

aparelho digestivo representando 16,6% das internações.

As lesões e envenenamentos e algumas consequências de causas

externas aparecem já entre os principais motivos de hospitalização; Na faixa etária

de 1 a 4 anos representando 2,0%; na faixa etária de 5 a 9 anos este percentual

se eleva para 5,7% e na faixa etária de 10 a 14 anos representam 6,2%. Em

todas as outras faixas etárias as causas externas encontram-se entre as principais

causas de atendimento, exceto menor de 1 ano, indicando sua importância na

região.

Na faixa etária de 15 a 19 anos as principais causas são: gravidez, parto e

puerpério 29,4% seguidos as do aparelho digestivo com 17,4% das causas e

como terceiro grupo encontramos as infecciosas e parasitárias com 16,2%, as

causas externas representam 6,2 % das internações.

De 20 a 59 anos a gravidez, parto e puerpério representam 57,7% das

internações. Em uma região com fecundidade ainda alta, é natural que as causas

obstétricas representem os primeiros postos em termos da freqüência de

internações. Em segundo lugar vêm as doenças do Aparelho digestivo com 12,9%

seguindo-se na ordem, infecciosas e parasitárias (6,3%), aparelho geniturinário

(5,7%) e aparelho respiratório (4,9%).

Já na faixa etária de 60 anos e mais as doenças do aparelho respiratório

(27,5%) são a 1ª causa de internação hospitalar; as do aparelho circulatório com

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21,6% são a segunda seguindo-se das digestivas, infecto-parasitárias, e as do

aparelho geniturinário com 18,7%, 14,1%, 6,2% respectivamente. As lesões e

envenenamentos representam 4,3% das internações nesta faixa etária.

A idade apresenta associação com a necessidade e a predisposição à

utilização dos serviços de saúde, visto sua relação com a distribuição de saúde e

de doenças. A literatura sugere que tanto países desenvolvidos quanto países em

desenvolvimento apresentam uma estrutura de utilização caracterizada por

concentração de uso de cuidado médico-hospitalar nas idades extremas

(MAPELLI, 1993; SASSI E BÉRIA, 2001; FACHINI E COSTA, 1997).

No Brasil, estudos apontam que a estrutura de utilização de internações por

idade assume o formato de ―u‖, sendo altas nas idades iniciais, decrescentes até

as idades adultas, passando a se elevar sensivelmente nas idades avançadas.

Este fato não ocorre na área do estudo onde os picos de internação estão

localizados entre 0 e 5 anos e 20 a 39 anos apresentando os menores níveis nas

idades mais avançadas mesmo excluindo as internações obstétricas.

Com relação à distribuição dos diagnósticos por faixa etária em 2010,

excluindo-se as internações obstétricas, destacam-se: Até os 59 anos as doenças

do aparelho respiratório são a primeira causa de internação hospitalar e as

doenças infecciosas e parasitárias são a 2ª causa; as ―Lesões, envenenamentos e

outras consequências de causas externas‖ já aparecem no grupo de 1 a 4 anos,

sendo 2ª Causa na faixa etária de 10 a 14 anos (14,7%) sendo importante como

diagnóstico em todas as faixas etárias até os 70 anos quando se reduzem

acentuadamente , indicando o grau de violência na região.

Os transtornos mentais registram apenas duas internações nos anos do

estudo, provavelmente decorrente da ausência de instituição apta para este

procedimento na área e a dificuldade de acesso á referência (Manaus).

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Tabela 20 - Internações Hospitalares segundo Capitulo do CID, por Sexo e Faixa Etária no Alto Solimões em 2010.

Internações Hospitalares por Sexo, Faixa Etária e Capitulo do CID, Alto Solimões, 2010

Capitulo < 1 ano 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 e + total T

M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F

DIP 15,4 11,3 21,7 17,7 14,7 24,5 28,9 10,0 21,5 2,5 25,8 2,0 18,7 4,1 16,8 8,8 9,2 10,9 13,8 15,3 18,3 5,9 9,0

NEO 0,0 0,0 0,6 0,3 1,2 0,7 1,7 0,9 3,1 0,2 1,6 0,7 1,9 1,6 0,6 4,0 2,8 2,7 0,0 0,8 1,1 1,0 1,0

Endoc. Nut. E Met. 7,0 6,9 6,5 3,7 3,5 3,5 1,7 0,0 0,0 0,3 2,3 0,6 4,3 0,3 4,0 0,9 6,4 3,8 2,5 4,2 4,0 1,3 2,0

Ap.Circulatório 1,8 1,7 0,8 1,2 2,4 2,8 3,3 1,3 5,4 0,9 5,1 1,2 9,6 2,1 12,7 9,1 14,9 25,7 18,0 20,6 7,4 3,7 4,7

Ap. Respiratório 46,1 42,9 43,1 42,2 29,4 23,8 14,0 12,7 7,7 1,3 13,7 1,5 11,5 3,4 12,7 7,7 10,6 16,4 25,1 19,2 24,0 8,4 12,6

Ap. digestivo 9,2 8,2 15,5 24,8 20,0 23,8 21,5 15,7 30,8 5,6 30,1 5,1 33,0 9,7 28,9 21,3 39,0 26,2 30,4 26,3 24,7 10,8 14,5

Ap. geniturinário 1,3 0,9 4,2 4,0 10,6 9,1 5,8 6,1 6,2 2,5 4,7 3,4 7,7 7,2 8,1 12,8 5,7 9,8 6,9 5,9 5,8 4,9 5,1

Grav. parto e puerp. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 45,9 0,0 84,3 0,0 84,7 0,0 68,8 0,0 30,4 0,0 0,5 0,0 0,0 0,0 60,0 44,1

Afec perinatal 18,4 24,2 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 0,0 0,1 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,0 1,0 1,3

Causas externas 0,0 0,0 2,0 2,1 5,9 5,6 12,4 3,1 9,2 1,2 8,6 0,3 5,7 1,1 8,7 1,7 7,8 2,7 1,1 0,8 5,1 1,1 2,2

Demais definidas 0,9 3,9 5,6 3,7 12,4 6,3 10,7 4,4 16,2 1,0 8,2 0,1 7,7 1,6 6,9 3,4 3,5 1,1 2,2 6,8 7,6 1,9 3,5

Total definidas 99,6 100,0 99,4 98,8 98,8 97,9 99,2 97,4 97,0 98,8 97,0 99,0 96,3 98,9 98,3 98,3 98,6 99,5 98,1 96,2 98,3 98,7 98,6

Mal definidas 0,4 0,0 0,6 1,2 1,2 2,1 0,8 2,6 3,0 1,2 3,0 1,0 3,7 1,1 1,7 1,7 1,4 0,5 1,9 3,8 1,7 1,3 1,4

Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Fonte:DATASUS/MS

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E ao se analisar o diagnóstico em relação ao sexo, observa-se que no sexo

feminino excluindo-se gravidez, parto e puerpério, as doenças do aparelho

digestivo estão em 1º lugar (10,8%), seguidas do aparelho respiratório (8,4%), de

doenças infecciosas e parasitárias (5,9 %). No sexo masculino apenas 03 grupos

de doenças representam 65,8% dos diagnósticos: como primeira causa temos as

doenças do aparelho digestivo com 24,3% das internações, as doenças do

aparelho respiratório aparecem em 2º lugar com 23,6 % e as doenças infecciosas

e parasitárias com 17,9% em 3º lugar.

Este perfil não é compatível com os dados de mortalidade encontrados na

área em que as causas externas encontram-se em 1º lugar como mortalidade,

indicando possível dificuldade de tratamento de ferimentos graves, seja por

problemas no acesso, infraestrutura ou falta de profissionais especializados.

A relação da variável sexo com o uso da assistência hospitalar decorre de

fatores que influenciam na necessidade, na predisposição e na decisão de busca

por atendimento médico. Homens e mulheres apresentam exposição ao risco de

adoecimento e funções sócio-culturais diferenciadas. Alem disso, há uma

demanda feminina por serviços de saúde, por motivos obstétricos e ginecológicos,

durante o período reprodutivo (CASTRO et al., 2004). No Brasil, a diferenciação

por sexo também é evidente. Estudos apontam que as taxas de utilização por

idade, em geral, são mais elevadas para mulheres. As diferenças se tornam

expressivas a partir do início do período reprodutivo, associadas à demanda de

serviços obstétricos. As taxas de internação são maiores entre as mulheres,

mesmo quando são excluídas as internações por motivo de parto (CASTRO

2004). Já Baptista et al (2003) referem que as taxas de internações hospitalares

na população masculina, são superiores a feminina em todas as faixas etárias. De

acordo com Nunes (2001), as mulheres são mais avessas ao risco e, por esse

motivo, utilizam mais ações preventivas de saúde, enquanto os homens usam

mais intensamente os serviços curativos.

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Taxa de Internações Hospitalares por Doença Hipertensiva

As Doenças Hipertensivas estão fortemente ligadas a ocorrência de

acidente vascular cerebral e tem sido um enorme problema de saúde pública, que

se situa entre as quatro maiores causas de morte em muitos países e é

responsável por uma grande proporção de distúrbios neurológicos. Mais

incapacitante que fatal, o acidente vascular é a principal causa de incapacidade

neurológica grave e acarreta custos enormes, tanto em gastos com a saúde, como

em perda de produtividade (ANDRÉ, 1999). Um terço dos doentes que sobrevivem

a um acidente vascular cerebral agudo ficam com incapacidade importante e 10%

ficam incapacitados de viver na comunidade, necessitando dos cuidados de

terceiros, em geral devido a uma combinação de falta de apoios sociais e

incapacidade grave, muitas vezes incluindo demência. Nos países desenvolvidos,

o AVC é a terceira causa de morte e a causa mais importante de incapacidade

crônica.

A taxa de internações hospitalares por doenças hipertensivas utiliza como

denominador a população acima de 40 anos residente no local do estudo.

Em nosso estudo, no ano de 2010, Fonte Boa apresentou a maior taxa de

internação por doença hipertensiva com 3345,7por 100000 habitantes com mais

de 40 anos de idade. Amaturá foi a segunda com 838,3 / 100.000 habitantes com

mais de 40 anos, seguida de Tonantíns com 616,8 e São Paulo de Olivença com

454,4. Atalaia do Norte com 41,3 foi o municipio com a menor taxa de internação.

Culturalmente, os AVC não são hospitalizados no interior (doença do ar), assim a

tendência crescente nas internações como vem ocorrendo pode estar significando

apenas maior proporção de hospitalizações.

A aceleração da queda na mortalidade por AVC tem sido associada com

um aumento da proporção de hipertensos detectados, tratados e controlados na

população. Este indicador objetiva avaliar, de forma indireta, a disponibilidade de

ações básicas de prevenção e controle (diagnóstico precoce, tratamento e

educação para a saúde) da doença hipertensiva. Não existem parâmetros de

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comparação. Espera-se que nos municípios que priorizem a execução dessas

ações ocorra uma redução dessa taxa.

Em nosso estudo, excluindo-se as causas obstétricas, as internações

hospitalares ocorridas nos anos de estudo apresentaram ligeira predominância

feminina (52,9%), Quanto à distribuição segundo causas, a razão entre

hospitalizações masculinas e femininas está balanceada, com exceção das

internações por doenças infecciosas e parasitárias (1,2:1) e lesões e

envenenamentos (1,9:1). A menor proporção de internações masculinas diante

das femininas ocorre entre as relativas às neoplasias (1:2,4) e as doenças do

sangue e transtornos geniturinário (razão igual a 1:1,4)

Em relação ao atendimento ao parto na área do estudo, verifica-se que os

hospitais realizaram, em 2010, 3843 partos, e foram feitos 3621 atendimentos

hospitalares à gravidez, parto e puerpério. Assim, verifica-se que há 222 partos

que ocorreram na rede hospitalar fora da região em estudo. Estes dados parecem

indicar que há dificuldade na organização da assistência ao parto na região,

sugerindo que a baixa cobertura da rede básica do pré-natal, a dificuldade de

acesso à internação para o parto; e a falta de integração da atenção pré-natal e ao

parto aumentam significativamente a morbidade nesta região. Estudos posteriores

deverão ser realizados avaliando também a morbimortalidade perinatal e maternos

dentro deste contexto.

Observamos ainda, aumento de internações praticamente em todas as

faixas etárias, porém lembramos que as internações de Amaturá, Santo Antônio

do Içá e Tonantins só foram incluídas em 2010. O aumento da cobertura de

assistência na atenção básica pode ter influência na diminuição das internações

de crianças e idosos na Tríplice fronteira, porém é necessário estudo mais

aprofundado, para avaliar melhor a causa deste aumento.

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66

ORGANIZAÇÃO DO SUS NO AMBITO REGIONAL

A Análise da Situação de Saúde deve subsidiar as decisões necessárias

para a garantia de atenção à saúde de uma população e o planejamento

necessários das ações e serviços de saúde que o SUS deve oferecer a essa

população garantindo assim a equidade, integralidade e resolutividade necessária.

Além dos indicadores de morbimortalidade é preciso qualificar o acesso da

população as ações e serviços e a qualidade do mesmo. Assim foi estabelecido

um índice que mediria esses dois componentes, acesso e qualidade, gerando um

índice que possibilita avaliar como o SUS encontra-se em cada município, região e

estado do país, o IDSUS.

O Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde – IDSUS para a

região do Alto Solimões foi de 4.8, sendo que os municípios de Santo Antônio do

Içá e São Paulo de Olivença tiveram desempenho menor que o da Região e os

municípios de Benjamin Constant e Tonantins obtiveram um resultado maior que

6,0. Quando decompomos o indicador e observamos o índice de acesso ao SUS à

exceção de Fonte Boa os demais municípios apresentam resultados menores que

4,0, enquanto o índice de qualidade do SUS fica acima de 6,0, exceto por Santo

Antônio do Içá que possui índice menor (Anexo 5).

Pontos de Atenção Primária

Um poderoso mecanismo de indução utilizado pelo governo federal para

priorizar a atenção básica é a adoção da ESF e do EACS. O governo federal lança

mão de diversos meios para tornar atraente para os governos locais a adesão a

tais programas. O principal incentivo é o financeiro, decisivo para o cálculo político

dos gestores municipais em prol da adesão. Ademais, dada a condição de

programa estratégico, o Ministério da Saúde vem empenhando esforços no

sentido de fornecer suporte técnico e de gestão para a execução das ações

previstas.

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Inicialmente, o governo federal assumiu como prioridade dentro da agenda

setorial a implementação do EACS, existente nos estados nordestinos desde

1991, visando estender a cobertura do sistema público de saúde às populações

rurais e das periferias urbanas, sobretudo para a população materno-infantil. A

partir de 1994, num contexto de mobilização dos secretários municipais de saúde

em torno da atenção básica, o governo federal assumiu a implantação do ESF

como uma estratégia para a mudança do modelo de assistência à saúde no país,

prevendo um impacto na reestruturação em todos os níveis de atendimento. As

inovações trazidas pelo EACS/ESF residem na vinculação da população a uma

equipe básica de saúde, composta por um médico generalista, um enfermeiro, um

auxiliar de enfermagem e de quatro a seis agentes comunitários de saúde. É esta

equipe que identifica, mediante diagnóstico, as necessidades e organiza a

demanda a partir da comunidade, das famílias e dos domicílios, prestando

assistência integral e realizando atividades de informação, de orientação e de

promoção da saúde.

A proposta de universalização da atenção básica, atualmente em curso, não

pode ser avaliada de forma isolada, sem o contexto mais geral da política setorial e

do conjunto de medidas e programas implantados a partir de 1998 e que, de fato,

dão sentido à proposta: o PAB fixo, o EACS/ESF e os demais incentivos que

compõem a parte variável do PAB. Deve ser vista como uma estratégia legítima e

efetiva de descentralização da promoção e da assistência médico-sanitária e de

ampliação do direito à saúde, ainda não inteiramente garantido pelo poder público.

Como programa de saúde coletiva e, acompanhado por políticas intersetoriais,

exerce um papel central junto às políticas de combate à pobreza e à exclusão

social. Além disso, os custos crescentes das ações médicas e terapêuticas, bem

como o declínio da qualidade do atendimento tornam as estratégias de

reorganização e fortalecimento das ações básicas e de desenvolvimento da atenção

primária um mecanismo efetivo de ampliação da oferta de saúde e de extensão de

cobertura, especialmente em áreas carentes de outros recursos médico-

assistenciais. São questões aparentemente óbvias, mas que, ainda hoje, parecem

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extremamente úteis para o avanço do debate e da discussão sobre os rumos do

SUS entre nós.

Número de Unidades

A regional do Alto Solimões conta com 31 Unidades de Atenção Básica.

Benjamin Constant, Tabatinga e São Paulo de Olivença contam com os maiores

números, 71% estão nestes três municípios.

Tabela 21 - Numero e localização das Unidades de saúde, por Município, Alto Solimões, 2012.

LOCAL Posto de Saude Centro de Saude/UBS

Total Urbano Rural Urbano Rural

Amaturá 1 0 0 0 1

A.do Norte 1 0 0 0 1

B. Constant 2 1 4 1 8

Fonte Boa 0 0 2 0 2

Jutaí 0 0 2 0 2

S.A. do Içá 0 0 1 0 1

S. P. Olivença 0 2 4 0 6

Tabatinga 0 0 8 0 8

Tonantíns 1 0 1 0 2

Total 5 3 22 1 31 Fonte: CNES/MS

Adequação do número de unidades e da distribuição geográfica

No Alto Solimões existe uma unidade de Saúde para Atenção Básica para

cada 7.229 habitantes. Destes 87,1% localizam-se na área urbana onde estão

58% da população, ou seja, 42% da população da região têm dificuldade em maior

ou menor grau de acesso aos serviços básicos.

Para atender a estimativa de 1,98 consultas habitante / ano, considerando o

ano com 246 dias (365 menos 52 domingos, 52 sábados e 15 dias de feriados ou

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pontos facultativos), cada unidade urbana deve atender 39 habitantes ao dia.

Enquanto na área rural este deve ser de 188 habitantes.

Analisando a capacidade de produção (Numero de consultórios médicos em

dois turnos, com 16 atendimentos por turno) teríamos em produção plena 503.360

consultas para uma necessidade de 443.706 ao ano. Sob esta ótica a capacidade

instalada é suficiente. Porem deve ser vista em termos de localização urbana e

rural e por município.

Do total de 65 consultórios médicos, 20 estão em Tabatinga (30,8%) e 12

em Benjamin Constant (18,5%). Estes dois municípios concentram 38% da

população da área e 49,3% dos recursos de AB.

Modelo adotado (ESF exclusivo, híbrido, tradicional exclusivo)

O modelo ESF é o único adotado.

Evolução da cobertura populacional

Analisando a Tabela abaixo observamos que no período compreendido

entre 2000 e 2010 a Cobertura populacional passou de 34,6% para 55,3

representando um aumento de 59,8% na Regional. Os municípios que apresentam

as melhores coberturas em 2010, Jutaí (76,9%) e Tonantins (100%), não tinham

implantado a estratégia em 2000. Santo Antônio do Içá e São Paulo de Olivença

apresentam as coberturas mais baixas com 28,2 e 43,9% respectivamente.

Tabela 22 - Evolução da cobertura populacional, por Município do Alto Solimões, 2000-2010.

Município

2000 2010

Pop. coberta

Pop. Censo

% Pop.

coberta Pop.

Censo %

Amaturá 2.697 7.308 36,9 6.900 9.467 72,9

Atalaia do Norte 2.840 10.049 28,3 6.900 15.153 45,5

Benjamin Constant 8.381 23.219 36,1 17.250 33.411 51,6

Fonte Boa 13.470 31.509 42,7 10.350 22.817 45,4

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Jutaí 0 22.500 0,0 13.800 17.992 76,7

Santo Antônio do Içá 5.573 28.213 19,8 6.900 24.481 28,2

São Paulo de Olivença 10.531 23.113 45,6 13.800 31.422 43,9

Tabatinga 25.390 37.919 67,0 31.050 52.272 59,4

Tonantíns 0 15.512 0,0 17.079 17.079 100,0

Total 68.882 199.342 34,6 124.029 224.094 55,3

Fonte: SIAB / MS

Necessidades e produção de Consultas Básicas e de Ações Básicas

Considerando-se a população da área e aplicando-se as projeções

estimadas nos parâmetros da Portaria no 1101/2010/GM/MS, teríamos:

A cobertura registrada pela estratégia saúde da família vem se mostrado

com tendência crescente ao longo dos anos analisados, mas apresenta uma

defasagem muito grande entre o que deveria ter sido realizado e o que de fato foi

como se pode ver no gráfico x que compara as consultas realizadas e a cobertura

populacional do período. Se houvesse atendimento pleno as linhas deveriam

coincidir.

Gráfico 06 - Comparação entre cobertura Populacional e Consultas Médicas em Atenção Básica, Alto Solimões, 2000-2010.

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As consultas médicas indicam o acesso da população às unidades

ambulatoriais bem como a disponibilização de estrutura e recursos humanos nos

municípios.

Quando é considerada a produção de consultas por habitante/ano em nas

redes de serviços de saúde, verifica-se que ocorreram progressos entre 2000 e

2010, dado que o número de consultas per capita/ano passou de 0,2 para 0,9.

Nota-se que a área do estudo encontra-se em regular situação; porém, as

desigualdades internas quanto a esse indicador são muito elevadas, uma vez que:

somente Fonte Boa, se encontra produzindo acima de 1,5 consultas por

habitante/ano (1,6 consultas/habitante/ano considerando-se apenas a população

coberta); os municípios de Jutaí e Tonantins produzem menos da metade desse

padrão (0,5). Considerando-se que o padrão das Nações Unidas é de 4,0

consultas médicas por habitante/ano, e a do Ministério da Saúde é de 1,98 a

região se encontra bem abaixo deste patamar.

Analisando-se este indicador em relação à frequência aos serviços em cada

faixa etária, observou-se maior frequência de 21 a 30 anos e dos menores de 4

anos. No grupo de 15 a 64 anos a concentração de consultas é maior nas

mulheres.

Estes resultados são comuns a outros estudos (Benitez e Monzón, 1985;

Deloizer e Gagnon, 1991; Tanaka e Rosemburg, 1990; Yazzele-Rocha e

Nogueira, 1985), provavelmente condicionados pela prioridade dada à atenção à

infância e pela menor inserção da mulher no mercado formal de trabalho, com

maior disponibilidade de tempo, além de uma possível percepção diferenciada do

seu processo saúde-doença.

Por outro lado, o horário de funcionamento e a oferta de atendimento não

facilitam o acesso da população masculina adulta ao serviço. Estes motivos,

acrescidos da maior frequência de problemas de saúde, geram um novo aumento

na concentração de consultas na terceira idade. Nos Pronto-Atendimentos, onde o

atendimento é feito em regime de plantão, sem marcação prévia, a procura de

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homens é maior, aproximadamente 50% da demanda. Entretanto, a forma de

registro, inviabiliza a análise da queixa do paciente ao serviço e, portanto, o

cálculo da concentração de morbidades de consultas. É importante ressaltar que,

em unidades ambulatoriais, é esperado um percentual elevado de atendimentos

sem diagnóstico ou com patologias mal definidas.

Gráfico 07 - Consultas de Pré-Natal Realizadas X Consultas de Pré-Natal Necessárias, Alto Solimões, 2000-2010.

Em relação às consultas de pré-natal, sendo usadas como exemplo, em

2000 mesmo com cobertura de 34,6% da população somente foram realizadas

3,4% destas. Em 2010 realizaram-se 22,1% das necessárias.

O gráfico mostra um pico de atendimento de pré-natal em 2004. Este se

deve a hiper-registro realizado em Fonte Boa naquele ano em que computa

62.048 consultas destas tendo registrado 553 nascidos vivos no mesmo ano; o

que daria 114 consultas por gestante, ou seja, uma consulta a cada 2,4 dias, o

que não é possível até porque neste ano o município contava com cobertura de

49,9% da população.

Em relação às consultas de enfermagem esperava-se ampliação gradativa destas

nas unidades básicas com o crescimento da demanda por atenção realizada por

estes profissionais inseridos especialmente em ações programáticas à medida que

os municípios adquirissem maior cobertura populacional pela Estratégia Saúde da

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Família e Estratégia Agentes Comunitários de Saúde ambos tendo a Figura do

Enfermeiro como ponto chave das atividades.

As consultas /Atendimentos de Enfermagem estão abaixo do esperado em

todos os municípios (duas consultas / atendimentos de enfermagem para cada

consulta médica). Santo Antônio do Içá e Tabatinga apresentam o melhor

desempenho em 2010 (com 1,8 e 1,5 respectivamente), lembrando que ambos

não apresentaram registro de atividade do enfermeiro em 2000. Os piores

desempenhos foram apresentados por Amaturá (0,2), Benjamin Constant e Jutaí

que registram ambos 0,3 consultas / atendimentos de enfermagem em 2010.

Pode-se supor que seja grande a ocorrência de atividades não registradas ou não

computadas adequadamente.

Ao avaliarmos o gráfico 08 verificamos que a proporção de crianças com

vacinas em dia é crescente, 94,7% em 2010, mostrando a eficácia da Estratégia

Saúde da família em promover a imunização. Atalaia do Norte registra o maior

número de crianças que estavam com seu cartão vacinal (100,0%) em dia e São

Paulo de Olivença apresentava a menor proporção (90,6%). Estes dados

comparados com as coberturas vacinais registradas pelos municípios mostram

que as vacinas estão sendo realizadas nas áreas alcançadas pelo EACS / ESF.

Gráfico 08 - Proporção de Crianças de até 2 anos, com Vacinas em dia, Alto

Solimões – AM, 2000-2010.

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Quanto às coberturas com visitas domiciliares por ESF, PACS e Saúde

Bucal nos municípios podemos dizer que a frequência com que o serviço de saúde

se faz presente na residência das pessoas, embora não parametrizada em termos

ideais, está relacionada à incorporação de hábitos saudáveis e à elevação dos

padrões de higiene e condições de saúde. E indica tendência de mudança de

modelo assistencial, num enfoque de promoção da saúde.

Estas coberturas são utilizadas para avaliar a implementação de novas práticas

sanitárias pelos profissionais de saúde, não restritas a unidade de saúde e

reprogramar a oferta de serviços realizados fora desta. Tem como limitações a

inexistência de dados atualizados sobre o número de domicílios existentes nos

municípios. E o fato de não refletir a totalidade das ações de caráter de promoção

de saúde, além de incluir ações curativas realizadas nos domicílios.

Gráfico 09 - Visitas Domiciliares, Alto Solimões – AM, 2000-2010.

As visitas domiciliares no Alto Solimões vêm apresentando tendência

decrescente a partir de 2006, ultimo ano em alcança 2 visitas/ mês. Em 2010 a

média na Regional foi de 1,7.

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Os municípios de Amaturá e São Paulo de Olivença apresentam os

melhores resultados em 2010 (4,0 e 2,4 visitas/mês, respectivamente) e Fonte

Boa o pior com 1,2 visitas/mês.

Analisando as informações: A base de dados populacionais utilizada foi a

de cobertura pelas ESF e EACS, assim a causa da diminuição não pode ser a

falta de profissionais; a baixa densidade demográfica da área poderia ser um dos

fatores se a maior parte das ações não estivesse na área urbana; A recusa dos

moradores parece pouco provável, por haver bastante dificuldade de acesso

destes aos serviços de saúde; Residências fechadas são sazonais, a população

muda conforme enche ou seca o rio, mas costuma se deslocar dentro do

município (área urbana para rural e vice-versa), no computo geral a base

populacional não muda. Pouco comprometimento, baixa qualificação, ACS que

não mora no local, falta de supervisão, não registro de atividade, não lançamento

do registro no sistema parecem ser as causas mais prováveis.

As atividades educativas coletivas são procedimentos típicos das unidades

básicas de saúde e desenvolvidas através das atividades das equipes de Saúde

da Família e Agentes Comunitários de Saúde.

Gráfico 10 - Atividades Educativas Coletivas por Habitante, na Regional do Alto Solimões - AM, 2000-2010.

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O total de atividades educativas coletivas por habitante na Regional do Alto

Solimões se apresenta crescente a partira de 2004, atingindo 1,6 em 2010. Dois

municípios se destacam nos últimos anos (Tabatinga e Tonantins), com registro

acima de três atividades por munícipe ao ano. Pensa-se que o fluxo dos registros

seja mais efetivo neste município, pois em todos os anos está bem acima das

duas atividades anuais (mínimo) recomendadas pelo Ministério da Saúde.

O município de Amaturá registra o pior desempenho em 2010 quando

realiza apenas 0,1 atividades de educação coletiva por habitante (Em 2009

registrou uma atividade educativa/habitante ano).

Em Relação à Coleta de Exames preventivos de Câncer de Colo Uterino, os

municípios de Tabatinga, Amaturá e Jutaí apresentam os melhores índices em

2010 com 0,47 exames, 0,34 e 0,29 respectivamente. Fonte Boa com 0,9 exames,

Atalaia do Norte e Benjamin Constant ambos com 0,11 exames por mulher na

faixa etária de 20 a 49 anos em 2002, em 2010 apresentam os registros mais

baixos no conjunto de municípios que compõe a Regional. Na Regional os

resultados vêm sendo crescente desde 2008 conforme gráfico 12.

Gráfico 11 - Razão de Exames Colpocitológicos na Regional do Alto Solimões-AM,

2000-2010.

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Considerando-se que a coleta de Papanicolau é um procedimento típico

das unidades básicas de saúde / ambulatoriais as baixas coberturas encontradas

podem estar indicando a falta de acesso á este tipo de serviço.

Suficiência do N.º de profissionais.

Considerando linearmente o quantitativo de profissionais, somente da

equipe básica, necessários para cobertura ideal em todos os municípios da

Regional do Alto Solimões teríamos:

Tabela 23 - Profissionais de Equipe Básica Necessários, Alto Solimões em 2010.

Município Pop. Médicos Enfermeiros Odontólogos

Amaturá 9.467 4 8 6

Atalaia do Norte 15.153 6 12 10

Benjamin Constant 33.411 14 27 23

Fonte Boa 22.817 9 19 16

Jutaí 17.992 7 15 12

Santo Antonio do Içá 24.481 10 20 17

São Paulo de Olivença 31.422 13 26 21

Tabatinga 52.272 21 43 36

Tonantíns 17.079 7 14 12

Regional 224.094 92 183 153 Fonte: Portaria 1101/02/GM/MS

Há problemas no registro de serviços no Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Saúde – CNES, como cadastro de odontólogo e/ou equipos

odontológicos sem consultório odontológico. Somente Tonantins cadastrou em

separado as equipes de Saúde Bucal e Saúde da Família, considerando que

prestam atividades diferentes e podem existir independentes.

Problemas de fixação dos profissionais

As Secretarias Municipais trabalham dia a dia com a carência do

profissional médico: os profissionais brasileiros recusam-se a permanecer nos

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municípios da Região, ainda que tenham oferta de salários mais elevados do que

na capital Manaus. As justificativas para a recusa da fixação dos profissionais no

interior são: isolamento, dificuldade de comunicação, pois a internet fixa é via

rádio, de baixa transmissão, com perda de sinal em situação de chuvas. Os

profissionais reclamam que o sistema educacional do interior é muito fraco, no

caso de os filhos deles estudarem que o (a) conjugue não terá muitas

oportunidades de emprego ou estas serão nulas.

Qualidade da Atenção - Unidades com certificação de qualidade (Programa AMQ / MS)

Tabela 24 - Número de Estabelecimentos da Atenção Básica por município que

aderiram ao PMAQ, 2012.

Município N0 de EAB

Limite de adesão

EAB que aderiram ao PMAQ

%

Amaturá 2 1 2 200,0 Atalaia do Norte 2 SI 0 SI Benjamin Constant 5 3 1 33,3 Fonte Boa 3 SI 0 SI Jutaí 4 2 1 50,0 Santo Antônio do Içá 2 SI 0 SI São Paulo Olivença 4 2 0 0,0 Tabatinga 9 5 7 140,0 Tonantíns 7 SI 0 SI

Total 38 13 11 84,6 Fonte: PMAQ / MS

No total de equipes de Atenção Básica que estavam dentro do limite

permitido pelo Ministério da Saúde, existentes na Regional do Alto Solimões,

84,6% (11) aderiram ao PMAQ/MS. Destacando-se Amaturá com 200% de

Adesão e Tabatinga com 140 % de adesões das equipes.

O PMAQ tem grande importância para busca contínua da melhoria de

resultados no âmbito da Estratégia de Saúde da Família visando melhor acesso

aos serviços, maior resolubilidade e atenção humanizada, uma vez que esses

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propósitos devem ser almejados por gestores, profissionais e demais atores

envolvidos no processo.

Objetivando a sensibilização de gestores e profissionais de saúde sobre a

importância do desenvolvimento das etapas do PMAQ, atividades devem ser

desenvolvidas, incentivando, igualmente, os demais municípios que ainda não

aderiram ao programa a fazê-lo em 2013.

Desenvolvimento de Programas de Capacitação de RH

Atualmente está em desenvolvimento a capacitação dos recursos humanos

para saúde do trabalhador, rede Amamenta, ADPI Neonatal, Programa de

Erradicação SC.

Capacitação de Parteiras Tradicionais, Adesão ao uso de medicamentos

tradicionais e fitoterápicos no SUS local, Desenho de políticas para populações

estratégicas, considerando a equidade;

Desenvolvimento de ações de promoção e proteção à saúde

Programa da Vitamina A, Rede Amamenta, estimulo as atividades de

controle da saúde do trabalhador,

Dificuldades e pontos negativos indicados pelos gestores municipais, estaduais e pelos dirigentes de outros Serviços de Saúde

Falta de repasse financeiro de cofinanciamento da Atenção Básica para

execução pelo município.

Alta rotatividade de recursos humanos por falta de política de fixação do

mesmo no interior.

Recursos Financeiros repassados pelo Ministério da Saude insuficientes

para as demandas exigidas pela Atenção Primária.

Concomitância de Doenças da Modernidade e do Passado.

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Propostas de qualificação e superação das dificuldades apontadas e projetos em andamento ou que necessitam de apoio

Expansão da infraestrutura tanto regional quanto municipal, de forma

atender as crescentes demandas da população de forma a respeitar as

Diretrizes do SUS;

Formação, sensibilização e Fixação de Recursos Humanos nos municípios.

Institucionalização das políticas de saúde;

Ordenamento Lógico dos Diversos Atores e Setores Governamentais e Não

que atuam na Amazônia;

Definição de Políticas Públicas Horizontais e Transversais;

Aperfeiçoamento do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB):

Dinamização do Pacto de Indicadores da AB, Monitoramento do

Componente II do PROESF;

Análise de Indicadores /Cobertura Saúde da Família: Programa Avaliação

para Melhoria da Qualidade (PMAQ).

Pontos de Atenção Ambulatorial Especializada

Número e Tipos de Unidades Tabela 25 - Número e localização das unidades de Atenção Ambulatorial Especializada, Alto Solimões, 2012.

LOCAL

Consultórios Médicos Especializados

Urbano Rural Total

Amaturá 0 0 0

Atalaia do Norte 0 0 0

Benjamin Constant 3 1 4

Fonte Boa 1 0 1

Jutaí 1 0 1

Santo Antônio do Içá 0 0 0

São Paulo Olivença 1 0 1

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Tabatinga 5 0 5

Tonantins 0 0 0

Total 11 1 12 Fonte: CNES / MS

Com um total geral de 12 cadastrados no CNES como especializados, a

Regional dispõe de 0,05 consultórios para cada 1.000 habitantes. Benjamin

Constant com 0,12 e Tabatinga com 0,10 apresentam maior acesso aos serviços.

Necessidades e produção de Consultas Especializadas

Tabatinga é polo regional para o Alto Solimões na Assistência Médica,

tendo maior disponibilidade de profissionais especializados devido a forte

presença militar com seu corpo clinico disponível á população civil no Hospital de

Guarnição do Exército.

Tabela 26 - Necessidade e produção de Consultas Especializadas, Alto Solimões,

2010.

Município População Consultas

Especializadas Produção %

Amaturá 9.467 6.248 0 0,0

Atalaia do Norte 15.153 10.001 2.907 29,1

Benjamin Constant 33.411 22.051 793 3,6

Fonte Boa 22.817 15.059 303 2,0

Jutaí 17.992 11.875 9.994 84,2

Santo Antônio do Içá 24.481 16.157 2.274 14,1

São Paulo de Olivença 31.422 20.739 0 0,0

Tabatinga 52.272 34.500 12.237 35,5

Tonantins 17.079 11.272 0 0,0

Regional 224.094 147.902 28.508 19,3 Fonte: SIA/MS

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Analisando a tabela acima, observamos que em 2010, a Regional do Alto

Solimões realizou apenas 19,3% das consultas especializadas necessárias para a

população alvo. Jutaí, Tabatinga e Atalaia do Norte têm os melhores resultados.

Em relação à Jutaí podem ter ocorrido problemas no registro das urgências

básicas sendo estas computadas como de atenção especializada.

Amaturá, São Paulo de Olivença e Tonantins não apresentam registro de

atenção especializada o Sistema de Informações Ambulatoriais de 2010.

Transferências e Pagamentos com recursos SUS segundo a Natureza das Ações (Atenção Básica, Média e Alta Complexidade, Ações Estratégicas).

Tabela 27 - Transferência e Pagamentos com Recursos SUS do Ministério

segundo Natureza das Ações, regional do Alto Solimões, 2011.

ATENÇÃO BÁSICA Total

Programa de Assistência Farmacêutica Básica 1.219.605,82

PAB Fixo 5.116.549,08

Programa de Requalificação de UBS - Reformas 32.447,68

Agentes Comunitários de Saúde - ACS 6.371.766,00

Compensação de Especificidades Regionais 1.150.832,16

Incentivo Adicional ao PACS 523.986,00

Incentivo Adicional PSF 60.000,00

Incentivo Adicional Saúde Bucal 14.000,00

Incentivo de Atenção Básica dos Povos Indígenas 12.084.700,00

Microscopista na Atenção Básica 16.500,00

Incent. Financ. de Inclusão do Microscopista na AB 210.621,00

Saúde no Sistema Penitenciário 1.890,00

Núcleos de Apoio ã Saúde da Família - NASF 240.000,00

Melhoria do Acesso e da Qualidade - PMAQ 212.300,00

Programa Saúde na Escola - PSE 76.800,00

Saúde Bucal - SB 1.029.750,00

Saúde da Família - SF 4.612.950,00

Unidades Básicas de Saúde - UBS 60.000,00

Unidades Básicas de Saúde - UUBS 20.000,00

Ações Estruturantes de Vigilância Sanitária 139.251,24

Piso Estratégico - Gerenciamento de Risco de VS 20.445,51

PE - Gerenc. de Risco de VS - Produtos E Serviços 4.210,79

Campanha Nacional de Seguimento 16.261,44

Incentivo de Qualificação das Ações de Dengue 65.486,81

Controle da Malaria 77.760,00

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Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde - PFVPS 657.332,73

TOTAL 34.035.446,26

MÉDIA E GESTÃO TOTAL

Programa Nacional de Hiv/Aids e Outras DST 196.555,38

FAEC SIA - Política Nacional de Cirurgias Eletivas 18.647,00

IAE-PI- Atenção Especializada aos Povos Indígenas 10.000,00

Ações de Redução de Danos em CAPS AD 150.000,00

Sis Fronteiras - (Fase III) Capital INV 19.703,32

Gestão de Políticas de Saúde 36.000,00

Teto Municipal da Média e Alta Complexidade 2.968.288,32

Fortalecimento da Amazônia Legal - ANVISA 95.884,91

Fortalecimento da Amazônia Legal - FNS 3.515,09

Unidades Básicas de Saúde - UBS 20.000,00

TOTAL 3.518.594,02

TOTAL GERAL 37.554.040,28

Fonte: FNS / MS

Utilização de Serviços em outros municípios

A PPI vigente no Estado do Amazonas é de 2005. Há a necessidade

urgente de atualização dos quadros de pactuação, uma vez que as metas físicas e

financeiras pactuadas estão defasadas principalmente em relação à população e

ofertas de novos serviços nos municípios nos últimos 07 anos.

Tabela 28 - Programação Pactuada e Integrada da Média Complexidade dos

municípios da Região do Alto Solimões, 2005.

MUNICÍPIO (Recebedor): AMATURÁ

Encaminhador: TONANTINS Físico Financeiro

ATENDIMENTO MÉDICO EM URGÊNCIA/EMERGÊNCIA (PRONTO-SOCORRO) 711 8.723,97

TOTAL 711 8.723,97

MUNICÍPIO (Recebedor): SANTO ANTÔNIO DO IÇÁ

Encaminhador: TONANTINS Físico Financeiro

AÇÕES EM ODONTOLOGIA 67 192,29

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TOTAL 67 192,29

MUNICÍPIO (Recebedor): TABATINGA

Encaminhador: SÃO PAULO DE OLIVENÇA Físico Financeiro

ATENDIMENTO MÉDICO EM URGÊNCIA/EMERGÊNCIA (PRONTO-SOCORRO) 2.590 31.779,30

AÇÕES EM ODONTOLOGIA 102 292,74

ATENDIMENTO EM FISIOTERAPIA 268 613,72

RADIODIAGNÓSTICO 5.662 39.690,62

EXAMES ULTRA-SONOGRÁFICOS 428 5.302,92

IMUNOLOGIA 4.486 33.959,02

MICROBIOLOGIA 1.079 3.021,20

CONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS II 4.141 31.264,55

PROCEDIMENTOS/CIRURGIAS DO SISTEMA OSTEOARTICULAR III 3 88,50

PROCEDIMENTOSTRAUMATO-ORTOPÉDICOS 933 26.599,83

BIOQUÍMICA I 500 1.105,00

RADIODIAGNÓSTICO 1.000 7.770,00

EXAMES ULTRA-SONOGRAFICOS 267 4.031,70

Subtotal por Município 21.459 185.519,10

Encaminhador: ATALAIA DO NORTE Físico Financeiro

ATENDIMENTO EM FISIOTERAPIA 26 59,54

PROCEDIMENTOS/CIRURGIAS DO SISTEMA OSTEOARTICULAR II 6 112,80

IMUNOLOGIAII 195 3.617,25

TERAPIA EM GINECOLOGIA 4 40,96

Subtotal por Município 231 3.830,55

Encaminhador: BENJAMIN CONSTANT Físico Financeiro

TERAPIA EM OFTALMOLOGIA 3 8,94

CONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS II 80 604,00

PROCEDIMENTOS/CIRURGIAS GERAIS 30 846,00

PROCEDIMENTOS/CIRURGIAS DO APARELHO GENITAL FEMININO 15 258,45

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PROCEDIMENTOSTRAUMATO-ORTOPÉDICOS 30 855,30

HORMÔNIOS 170 1.232,50

EXAMES ULTRA-SONOGRAFICOS 400 5.796,00

DIAGNOSE EM CARDIOLOGIA 5 99,00

DIAGNOSE EM OFTALMOLOGIA 150 540,00

CONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS III 500 3.775,00

Subtotal por Município 1.383 14.015,19

MUNICÍPIO (Recebedor): FONTE BOA

Encaminhador: JUTAÍ Físico Financeiro

MICROBIOLOGIA 510 2203,2

Subtotal por Município 510 2203,2

Fonte: SISPPI / MS

Tabela 29 - Programação Pactuada e Integrada da Média Complexidade dos municípios da Região do Alto Solimões com a capital Manaus, 2005.

Município Encaminhador Grupo de

Procedimento Físico Financeiro (R$)

Amaturá

MC I 20 45,8

MC II 3.806 23.651,33

MC III 2.606 31.244,41

SUB-TOTAL 6.432 54.941,54

Atalaia do Norte

MC I 0 0

MC II 2.017 13.887,71

MC III 3.074 36.512,20

SUB-TOTAL 5.091 50.399,91

Benjamin Constant

MC I 32 157,28

MC II 939 8.996,21

MC III 2.307 39.408,09

SUB-TOTAL 3.278 48.561,58

Fonte Boa MC I 0 0

MC II 0 0

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MC III 0 0

SUB-TOTAL 0 0

Jutaí

MC I 468 5.162,22

MC II 21.435 159.590,22

MC III 6.002 80.160,93

SUB-TOTAL 27.905 244.913,37

Santo Antônio do Içá

MC I 0 0

MC II 3.335 43.544,50

MC III 5.475 71.769,15

SUB-TOTAL 8.810 115.313,65

São Paulo de Olivença

MC I 124 347,2

MC II 10.975 65.505,82

MC III 8.207 98.206,77

SUB-TOTAL 19.306 164.059,79

Tabatinga

MC I 0 0

MC II 4.014 23.961,14

MC III 11.982 135.336,88

SUB-TOTAL 15.996 159.298,02

Tonantins

MC I 7.688 57.395,94

MC II 11.377 101.177,45

MC III 5.551 66.328,17

SUB-TOTAL 24.616 224.901,56

TOTAL 111.434 1.062.389,42

Fonte: SISPPI / MS

Como observado nas tabelas anteriores o sistema de referência entre os

municípios se dá de forma tímida e insuficiente. Com exceção do município de

Fonte Boa que pactuou a totalidade da realização dos procedimentos de média

complexidade no território municipal, os demais municípios referenciaram para a

capital Manaus a maioria dos procedimentos de média complexidade.

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Outra situação encontrada está no fato de que os serviços de atendimento

ambulatorial especializados estão concentrados nas Unidades Mistas/Unidades

Hospitalares sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde, excetuando nos

municípios de Benjamin Constant e Fonte Boa que estão habilitados em Gestão

Plena do Sistema Municipal.

Tipo e percentual de serviços ofertados para cada Município

As referências Regionais Oficiais são o Hospital de Guarnição de Tabatinga

e o Laboratório de Fronteira (LAFRON). As referencias extra-região são realizadas

para as Unidades de Manaus via Central de Regulação. Extra oficial, todos os

municípios utilizam a rede regional, em maior ou menor escala, seja através de

encaminhamento, seja por livre escolha do paciente.

Demandas Reprimidas

Consultas médicas de média complexidade na região.

Principais dificuldades e estrangulamentos

Devido à ausência de profissionais na região, a grande maioria dos

encaminhamentos ocorre para média complexidade;

Alto custo financeiro para manutenção de profissionais especializados nos

municípios.

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Planos e ações em desenvolvimento

Programas de Cirurgias de catarata e eletivas de média complexidade

através de atuação conjunta entre Ministério da saude e Secretaria Estadual de

saúde.

Equipes de Saúde

Tabela 30 - Quantidade de Profissionais Cadastrados no CNES por

Especialidades (CBO) por Municípios, 2011.

Fonte: CNES / MS

Com o total de 118 profissionais médicos cadastrados no CNES, a Região

dispõe de 0,53 médicos para cada 1.000 habitantes e carga horária de 3.230

horas semanais destes profissionais disponíveis, perfazendo na média 27,4 horas

de trabalho semanal por profissional.

Entretanto quando se estratifica a categoria, a realidade apresentada é bem

diferente no que se refere ao quantitativo de profissionais médicos existentes nos

municípios. Conforme demonstrado na Tabela a seguir:

MUNICÍPIOS ENFERMEIRO MEDICO BIOQUIMICO BIOMÉDICO BIOLOGO

AMATURA 8(282) 6 (180)

ATALAIA DO NORTE 6(240) 7(178) 1(40)

B. CONSTANT 19(720) 15(370) 1(40) 1(40)

FONTE BOA 10(400) 9(360) 2(80)

JUTAI 8(300) 8(260) 1(40) 1(40)

S.A. DE IÇA 10(406) 9(132) 1(40)

S.P. DE OLIVENÇA 9(360) 13(220) 2(40)

TABATINGA 24(830) 38(1100) 15(390)

TONANTINS 11(440) 13(430) 1(20)

TOTAL 105(3978) 118(3230) 24(690) 1(40) 1(40)

MUNICÍPIOS ODONTOLOGO ASSISTENTE SOCIAL PSICOLOGO FONOAUDIOLOGO FISIOTERAPEUTA

AMATURA 4(132)

ATALAIA DO NORTE 2(80)

B. CONSTANT 7(220) 2(40)

FONTE BOA 7(280) 1(40) 1(40)

JUTAI 2(80)

S.A. DE IÇA 2(80) 1(40)

S.P. DE OLIVENÇA 6(220)

TABATINGA 23(590) 3(80) 4(120) 1(40) 2(60)

TONANTINS 3(120)

TOTAL 56(1802) 6(160) 6(200) 1(40) 2(60)

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Tabela 31 - Quantidade Existente e Necessidade de Profissionais Médicos por Municípios, 2011.

MUNICÍPIOS PROFISSIONAIS

MÉDICOS EXISTENTES NECESSIDADE ( 1 méd. / 1.000 hab.)

AMATURA 2 9

ATALAIA DO NORTE 5 15

B. CONSTANT 8 33

FONTE BOA 9 22

JUTAI 7 18

SANTO ANTÔNIO DO IÇA 2 24

SÃO PAULO DE OLIVENÇA 4 31

TABATINGA 31 52

TONANTIS 11 17

TOTAL 79 221 Fonte: CNES / MS

O quantitativo real é de 0,35 profissionais médicos para cada grupo de

1.000 habitantes.

Pontos de Atenção de Urgência e Emergência

Número e Tipos de Unidades (componentes móveis e fixos)

Tabela 32 - Número e Tipo de Consultórios para atendimento de Urgência, Alto

Solimões, 2011.

Município Consultório

Odontológico Consultório

Médico Atalaia do Norte - 1

Benjamin Constant 1 - Jutaí 1 2

São Paulo de Olivença 5 5 Tabatinga - 3 Tonantíns 1 -

TOTAL 8 11 Fonte: CNES/MS

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Amaturá, Fonte Boa e Santo Antônio do Içá não cadastraram consultórios

para atendimento de urgência na atenção básica. Na atenção hospitalar (média

complexidade) todas as unidades hospitalares realizam atendimento de Urgência

e Emergência.

Tabela 33 - Leitos de Observação/ Repouso / Observação por tipo e Município,

Alto Solimões, 2011.

Município

Leitos Repouso/

Observação Ped

Leitos Repouso/

Observação Fem

Leitos Repouso/

Observação Masc

Leitos Repouso/

Observação Indif

Benjamin Constant - 2 2 -

Fonte Boa 6 6 6 -

Jutaí 2 1 1 2

Santo Antônio do Içá - - - 2

São Paulo de Olivença 2 1 1 -

Tabatinga 4 4 4 -

Tonantíns - - - 2

TOTAL 14 14 14 6

Fonte: CNES/MS

O município com maior número de leitos de observação cadastrado é Fonte

Boa com 18 leitos, seguindo-se de Tabatinga com 12.

Necessidades e produção de Consultas de Urgência e Emergência

Tabela 34 - Tipo de atendimento de Urgência realizado em 2011, Alto Solimões.

ATENDIMENTO TOTAL / 1.000 PAC.

ATENDIMENTO DE URGÊNCIA EM ATENÇÃO BÁSICA 81053 361,7

ATENDIMENTO DE URGÊNCIA EM ATENÇÃO BÁSICA COM OBSERVAÇÃO ATÉ 8 HORAS

9305 41,5

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ATENDIMENTO DE URGÊNCIA EM ATENÇÃO BÁSICA COM REMOÇÃO

7172 32,0

ATENDIMENTO DE URGENCIA EM ATENCAO ESPECIALIZADA

18588 82,9

Fonte: SIA/MS

Analisando a tabela 34 observamos o grande numero de atendimentos de

urgência em todos os níveis, a Portaria 1101/02 define como estimativa 0,48

consultas de urgência por habitante ano, assim, pode-se presumir que a Atenção

Básica, não se encontra estruturada para desempenhar as ações de sua

competência; A maior parte das atividades é realizada sob demanda sem que

ocorram ações preventivas e de rotina colocando sob suspeita as informações do

SIAB quanto às atividades educativas registradas. Explicando os atendimentos

deveriam ser realizados, em sua maior parte, antes de se transformarem em

urgência.

Serviços que atuam como referência regional (intra e extra região)

As referências Regionais Oficiais são o Hospital de Guarnição de Tabatinga

e o Laboratório de Fronteira (LAFRON). As referencias extra-região são realizadas

para as Unidades de Manaus via Central de Regulação. Extra oficialmente, todos

os municípios utilizam a rede regional, em maior ou menor escala, seja através de

encaminhamento, seja por livre escolha do paciente.

Demandas Reprimidas, Principais dificuldades e estrangulamentos

Nem todas as unidades básicas realizam atendimento de urgência básica,

que acaba sendo atendido nas unidades hospitalares;

Ausência de Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar;

Central de Regulação de Urgências;

Ausência de Equipe Profissional Especializada;

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Ausência de salas de estabilização para primeiros atendimentos;

Ausência de leitos de observação nas unidades básicas;

Sistema de Classificação de Riscos não está implantado em nenhuma

unidade básica e/ ou hospitalar.

Equipes de Saúde

Nenhuma das unidades que realizam atendimento de urgência dispõe de

pessoal para tal, seja em número suficiente e também com qualificação desejada

para o atendimento. Quanto à fixação o alto custo de manutenção destas

estruturas em funcionamento reduz a capacidade de remuneração adequada aos

profissionais.

Qualidade da Atenção

Uso de protocolos, definição de ações programáticas e realização de

supervisão clínica: Informações não disponíveis;

Unidades com certificação de qualidade (Programa AMQ / MS):

Informações não disponíveis;

Desenvolvimento de Programas de Capacitação de RH: Capacitação de

Profissionais de saúde em Classificação de Riscos. Especialização dos

Profissionais no atendimento e Acompanhamento de Pacientes Críticos

com a utilização de protocolos assistenciais nas linhas de cuidado: IAM,

AVE e causas Externas.

Propostas de qualificação e superação das dificuldades apontadas e projetos em andamento ou que necessitam de apoio

Proposta de Capacitação de Profissionais de saúde nos protocolos de

Classificação de Riscos;

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Proposta de Especialização dos Profissionais no atendimento e

Acompanhamento de Pacientes Críticos com a utilização de protocolos

assistenciais nas linhas de cuidado: IAM, AVE e causas Externas.

Pontos de Atenção Especializada Hospitalar

Número e tipos de Unidades

Todos os municípios possuem 01 hospital, são todos Hospitais Gerais, com

número de leitos variando entre 15 (Amaturá) e 50 (Tabatinga), conforme

discriminado na Tabela abaixo. Todos os leitos existentes estão disponíveis para o

SUS, ou seja, não há leitos privados, nem contratados e/ou conveniados.

Leitos Tabela 35 - Distribuição de Leitos segundo o Município e por Especialidade, Alto

Solimões – 2012.

Município Cirúrgicos Clínicos Obstétrico Pediátrico complement. outros Total

Amaturá 3 6 3 2 1 - 15 Atalaia do Norte 8 10 8 4 1 - 31 Benjamin Constant 2 18 9 5 4 - 38 Fonte Boa 8 10 8 10 10 - 46 Jutaí 2 7 2 8 - - 19 Santo Antônio do Içá 4 10 5 5 4 - 28 São Paulo de Olivença 6 14 4 6 - - 30 Tabatinga 5 16 15 7 5 2 50 Tonantíns 7 10 6 10 - - 33 TOTAL 45 101 60 57 25 2 290

Fonte: CNES/MS

Excetuando-se os leitos complementares existem 1,18 leitos para 1.000

habitantes. Atalaia do Norte tem a maior relação (1,98 leitos) e Tabatinga a menor

com 0,86 leitos para cada grupo de 1.000 habitantes.

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Analisado em conjunto com a taxa anual de ocupação hospitalar todos os

municípios menos Fonte Boa, possuíam leitos em excesso em 2010 onerando os

cofres públicos com sua manutenção. É de se supor que na medida em que se

melhore a resolutividade dos serviços as taxas de ocupação aumentem. Para que

as necessidades, transformadas em demanda, sejam atendidas, é fundamental a

existência de capacidade de oferta e de condições de interposição entre a

disponibilidade e uso dos serviços de saúde. Entre os fatores definidos por

ANDERSEN (1968), existem aqueles relacionados à oferta, que estabelecem a

capacidade do sistema de saúde em atender as demandas por serviços de saúde

da população. Entre esses fatores, os principais são: a disponibilidade, a

acessibilidade, a qualidade, a quantidade e a localização de recursos humanos,

tecnológicos e financeiros e a forma de financiamento. O número de profissionais

e serviços disponíveis por habitante, bem como a distância percorrida até eles,

são aspectos relacionados à disponibilidade e acessibilidade, influenciando,

portanto, o uso de cuidado com saúde (TRAVASSOS et al., 2000; WENNBERG,

1985, citado por CASTRO, 2004; SASSI & BÉRIA, 2001).

Necessidades e produção de internações, segundo local de residência e de internação.

De acordo com a Portaria n0 1101/02 MS, a estimativa de leitos para

internação hospitalar é de 2,5 leitos para cada grupo de 1.000 hab., assim a

defasagem é de 52,8% que correspondem a 295 leitos.

Tabela 36 - Proporção de Internações Hospitalares (SUS) por Especialidades, Alto Solimões, 2000-2010

Especialidade 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

C. Cirúrgica 8,5 8,9 8,0 7,5 6,5 5,6 8,0 8,9 5,5 5,4 7,4

Obstetrícia 42,4 45,0 45,4 46,9 43,8 42,8 42,8 40,4 41,9 41,6 43,0

C. Médica 29,8 28,4 28,1 27,0 31,5 32,9 28,9 30,6 34,1 32,2 30,7

Pediatria 19,3 17,7 18,5 18,6 18,2 18,7 20,3 20,1 18,5 20,7 18,8

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95

Outras 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: SIH/MS

A série histórica analisada (2010) mostra pequenas variações não

significativas ao longo dos anos quanto a especialidade de internações ocorridas.

A maior proporção ocorre em obstetrícia, seguindo-se das que ocorrem em clinica

médica.

As internações hospitalares em clinica cirúrgica representam o menor

número em termos proporcionais. Em Santo Antônio do Içá representam 19,1% e

em Benjamin Constant 8,3%. Para Tabatinga este valor é de 8,8% das

internações. Fonte Boa não apresentou internação em clinica cirúrgica em 2010.

Em todos os municípios as internações obstétricas ocupam proporcionalmente o

primeiro lugar sendo que em Benjamin Constant esta proporção (63,7%) é maior

que nos outros. Tabatinga vem em seguida com 56,9%. Em Santo Antônio do Içá

representam apenas 25,5% das internações em 2010.

As internações em clinica médica são maiores em Santo Antônio do Içá (49,6%) e

as de Pediatria em Fonte Boa (26,2%).

Caracterização dos hospitais segundo especialização e porte:

Todos são Hospitais Gerais, com atendimento misto a exceção de Amaturá

e Fonte Boa que não registram atividades ambulatórias no Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Saúde. Não há hospitais psiquiátricos na Regional do Alto

Solimões. Todos os Hospitais são classificados como de pequeno porte (menos

de 100) leitos.

Vínculos contratuais com os gestores (estadual, municipal) – Tipo de contrato;

As ações contratadas foram contempladas nas tabelas acima

discriminadas. O valor contratado encontra-se discriminado na tabela abaixo.

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Tabela 37 - Quantidade e Valor contratado de Referências segundo Município,

Alto Solimões, 2005.

Centrais de regulação e de leitos existentes e avaliação de seu funcionamento

Ainda não está em funcionamento na região e no estado do Amazonas.

Parâmetros Hospitalares

Tabela 38 - Média de Permanência Hospitalar por Especialidade e Município, Alto

Solimões, 2010.

Município C. Cirúrgica Obstetrícia C. Médica Pediatria Outros Média

Amaturá 4,0 2,0 4,2 4,6 0,0 3,6

Atalaia do Norte 3,1 2,1 4,1 4,6 0,0 3,2

Benjamin Constant 4,0 2,1 3,9 3,7 0,0 2,7

Fonte Boa 0,0 3,7 5,7 5,5 0,0 5,1

Jutaí 3,1 1,7 3,6 3,7 0,0 2,6

Santo Antônio do Içá 3,3 2,4 3,8 3,7 0,0 3,3

São Paulo de Olivença 2,7 2,1 3,2 3,4 0,0 2,8

Tabatinga 4,0 1,9 6,2 8,1 12,1 4,0

Tonantins 1,0 1,7 4,8 4,3 0,0 3,2 Fonte: SIA/MS

Amaturá 511 148.066,35R$ 54 12.849,63R$ 72 23.290,74R$ 529 158.507,46R$

Atalaia do Norte 660 188.496,31R$ 25 -R$ - -R$ 635 188.496,31R$

Benjamin Constant 1.533 450.603,06R$ 284 70.943,98R$ - -R$ 1.249 379.659,08R$

Santo Antônio do Içá 2.004 462.857,11R$ 1.186 263.074,20R$ 200 55.796,00R$ 1.018 255.578,91R$

São Paulo de Olivença 1.656 398.637,55R$ 314 75.679,93R$ - -R$ 1.342 322.957,62R$

Tabatinga 2.559 757.102,03R$ 97 -R$ - -R$ 2.462 757.102,03R$

Tonantins 1.087 254.676,05R$ 411 73.218,60R$ - -R$ 676 181.457,45R$

TOTAL 10.010 2.660.438 2.371 495.766 272 79.087 7.911 2.243.759

Município

Unidade

Pactuado na PPI 2005 (Anual)

Programada Encaminhada Recebida Interna no Município (Teto)

Física Financeira Física Financeira Física Financeira Física Financeira

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Tabatinga apresenta as maiores médias de permanência hospitalar, sendo

puxada pelos dois leitos de longa permanência que dispõe. Jutaí tem as menores

médias. Os pacientes de clinica cirúrgica permanecem igual tempo internado em

Amaturá, Benjamin Constant e tabatinga (4 dias). Fonte Boa tem a maior média de

permanência em Obstetrícia dos municípios do Alto Solimões. Já em Tabatinga

ficam mais tempo no hospital os pacientes de clinica médica e de Pediatria.

Tabela 39 - Taxa de ocupação Hospitalar segundo Município e Ano, Alto

Solimões, 2000-2010.

Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Amaturá 0,0 0,0 22,2 76,9 27,0 33,4 45,3 37,3 38,9 28,0 20,3

Atalaia do Norte 12,5 9,6 12,9 8,5 12,4 17,6 18,9 14,0 14,7 7,9 11,1

Benjamin Constant 48,7 29,2 73,9 34,1 32,5 29,1 28,5 35,7 36,7 37,0 27,0

Fonte Boa 44,4 50,9 57,0 60,2 35,4 59,2 74,7 97,6 95,3 97,0 91,1

Jutaí 43,5 115,2 36,9 35,0 43,5 30,5 45,6 35,4 32,5 30,0 32,2

Santo Antônio do Içá 0,0 0,0 0,0 0,0 1,1 20,3 20,6 47,6 36,1 30,3 26,1

São Paulo de Olivença 25,3 15,8 20,2 162,3 29,1 38,3 35,6 35,4 37,2 30,1 41,4

Tabatinga 50,7 49,8 34,5 65,1 48,5 50,5 53,1 71,6 19,2 52,9 58,0

Tonantins 0,0 0,0 3,7 15,9 13,2 13,5 12,3 20,4 27,4 17,6 12,9 Fonte: SIH/MS

Analisando a série histórica descrita na tabela acima, verificamos que Fonte

Boa está com seus leitos operacionais (80% dos leitos disponíveis) com ocupação

acima de 90% nos últimos quatro anos, o que pode indicar baixa resolutividade na

Atenção Básica.

Depois de Fonte Boa a maior taxa de ocupação hospitalar é a de Tabatinga

com 58% em 2010. A menor taxa é a de Atalaia do Norte com 11,1% em 2010,

sendo que sua maior ocupação foi em 2006 com 18,9% de taxa.

Tabela 40 - Internações Hospitalares por 1.000 / Habitantes, segundo Município e

Ano, Alto Solimões, 2000-2010.

Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Amaturá 0,0 0,0 36,4 36,3 41,8 42,1 56,8 49,5 46,2 36,4 24,1

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Atalaia do Norte 29,0 30,5 35,2 23,5 29,7 43,1 45,3 31,1 30,4 11,6 20,3

Benjamin Constant 64,6 32,1 46,6 46,9 29,8 36,1 42,8 43,8 41,6 41,1 30,0

Fonte Boa 31,8 30,1 33,6 33,4 18,5 31,0 40,5 49,0 102,3 107,4 83,8

Jutaí 40,1 35,0 30,7 31,6 29,8 27,4 33,9 25,5 43,8 38,5 38,6

Santo Antônio do Içá 0,0 0,0 0,0 0,0 1,7 14,2 12,2 24,4 20,7 21,4 22,9

São Paulo de Olivença 31,3 23,2 28,4 29,0 34,1 49,0 43,9 34,9 38,0 27,9 41,7

Tabatinga 50,7 53,1 43,9 44,9 45,1 47,7 47,4 45,7 12,3 35,7 36,8

Tonantins 0,0 0,0 6,8 25,1 24,9 22,5 25,6 31,9 32,8 26,4 23,0

Regional 32,7 27,0 29,8 30,8 27,4 34,3 37,2 37,6 36,2 37,2 37,1 Fonte: SIH/MS

As internações hospitalares por 1.000 habitantes indicam que o Município

de Fonte Boa está muito acima da média regional que é de 37,1. Jutaí também

está um pouco acima e Tabatinga está no intervalo de confiança.

Taxa de Infecção Hospitalar

O único hospital que conta com Comissão de Controle de Infecção

Hospitalar é o Hospital de Guarnição de Tabatinga, como começou a operar no

final de 2011 ainda não dispõe de dados para análise.

Taxa de óbito hospitalar

A taxa de óbito hospitalar é insignificante, culturalmente a pessoa deve

morrer em casa, assim em situações extremas os pacientes saem com alta a

pedido.

Desenvolvimento de Programas de Capacitação de RH

Capacitação de Profissionais de saúde em Classificação de Riscos.

Especialização dos Profissionais no atendimento e Acompanhamento de

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Pacientes Críticos com a utilização de protocolos assistenciais nas linhas de

cuidado: IAM, AVE e causas Externas.

Dificuldades e pontos negativos indicados pelos gestores municipais, pelos gestores estaduais e pelos dirigentes hospitalares.

O atendimento de urgência básica acaba sendo atendido nas unidades

hospitalares;

Ausência de Serviço de Atendimento Pré–Hospitalar;

Central de Regulação de Urgências e Hospitalares;

Ausência de Equipe Profissional Especializada;

Ausência de salas de estabilização para primeiros atendimentos;

Sistema de Classificação de Riscos não está implantado em nenhuma

unidade básica e/ ou hospitalar.

Propostas de qualificação e superação das dificuldades apontadas e projetos em andamento ou que necessitam de apoio

Construção de SPA e maternidade em Tabatinga com 32 leitos com

previsão de inauguração em 2012;

Fase final de reforma e reequipamento dos hospitais de Benjamin Constant

e atalaia do Norte;

Para 2012 deverá estar concluído novo Hospital e São Paulo de Olivença

com sala de estabilização e Ponto de Atenção para rede Cegonha;

Está programado para 2012, Concurso Publico para reposição de recursos

humanos em todos os níveis.

Pontos de Atenção de Alta Complexidade

Não há serviços Ambulatoriais e ou Hospitalares de Alta Complexidade na

Regional do Alto Solimões, A única unidade cadastrada com serviços de Alta

Complexidade é o Laboratório de Fronteira, no município de Tabatinga.

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Pontos de Atenção de Saúde Publica

Apenas dois municípios da regional estão Certificados para as Ações de

Vigilância em Saúde: Tabatinga e Fonte Boa.

Vigilância Sanitária

As ações de vigilância sanitária estão em etapas diferentes dependendo do

município. Mais avançadas em Benjamin Constant e Tabatinga. Os municípios de

Atalaia do Norte, Jutaí, Santo Antônio do Içá ainda não cadastraram a atividade no

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saude – CNES, apesar de Atalaia do

Norte informar produção de Vigilância sanitária no Sistema de Informações

Ambulatoriais – SIA, nos últimos anos. São Paulo de Olivença tem cadastro, mas

não registra produção e Tabatinga não registrou produção entre 2005 e 2009,

voltando à pequena produção em 2010.

As maiores dificuldades encontradas pelas Secretarias Municipais, estão

em Falta de decisão política do gestor; precarização de vínculos empregatícios o

que leva a inexistência de equipe para atividade; poucos municípios dispõem de

código de saúde; somando-se a estes temos o acesso precário à conectividade da

rede mundial o que também interfere no acesso a qualificação.

Vigilância Epidemiológica Todos os municípios desenvolvem as atividades básicas de vigilância em

saúde na área de epidemiologia e possuem cadastro especifico no CNES, apesar

de nem todas as unidades de saúde estar com este serviço cadastrado. Realizam

esquema básico de imunização, notificação e investigação de agravos. Todos os

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municípios tem necessidade de ampliação de equipe bem como de melhorias de

infraestrutura para as atividades inerentes a vigilância epidemiológica.

A revisão dos casos notificados pelos municípios envolvidos no presente

estudo de 2000 a 2010 mostra notificações de casos (anexo 8)Todos os

municípios notificaram casos de meningite no período.

Chamam atenção à notificação regular por todos os municípios de doenças

sexualmente transmissíveis, acidentes por animais peçonhentos e hepatite viral.

Casos de malária ocorreram em todos os municípios no período e casos de

tuberculose e hanseníase também foram informados em todos os anos. Tabatinga

está entre os três municípios do Estado que apresentaram maior número de casos

de AIDS.

Os dados mostram que a vigilância epidemiológica se constitui em atividade

permanente nos municípios do Alto Solimões, mas a grande variabilidade no

tempo do número de casos de doenças cujo comportamento esperado é mais

estável, como sífilis em adulto ou síndrome de corrimento uretral, mostra uma

instabilidade operacional importante na atividade de vigilância, que pode estar

refletindo problemas da atenção à saúde com consequências sobre os

diagnósticos. Ao mesmo tempo a detecção pelo sistema da presença de

coqueluche mostra sua capacidade de registrar eventos não esperados, não

sabemos se oportunamente ou não. Reforçam que a circulação do vírus da

hepatite B é alta na região, sendo um problema epidemiológico importante. O

mesmo acontece com a malária.

A AIDS ainda não é um problema de grande impacto epidemiológico nos

municípios do estudo (com exceção de Tabatinga), o que representa uma

oportunidade para seu controle mais adequado, já que a expectativa de aumento

exponencial do número de casos na ausência de ações preventivas é conhecida.

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Imunização Tabela 41 - Cobertura por Imunobiológicos e Município no Alto Solimões - AM em 2010.

Imunobiológico Amaturá A.

Norte B.Const. F.Boa Jutaí

S.A. Içá

S.P.Oliv. Tabatin. Tonant.

Febre Amarela (FA) 110,0 68,9 85,7 87,9 104,9 77,4 92,4 79,6 107,7

Hepatite B (HB) 89,1 78,0 90,4 90,6 86,9 88,6 90,2 78,5 122,7

Influenza (INF) 73,4 84,7 66,6 48,1 54,3 81,7 54,4 74,2 75,3

Poliomielite (VOP) 83,7 83,8 85,7 86,4 86,9 86,7 84,0 88,3 103,2

Polio (1ª ) (VOP) 67,7 93,1 65,4 84,7 48,3 118,7 92,5 86,6 54,1

Polio (2ª ) (VOP) 86,4 86,8 87,3 46,2 57,1 58,9 95,0 88,3 109,8

Rotavírus H. (RR) 54,4 85,4 58,4 82,4 98,6 41,7 91,7 109,9 84,4

Tetravalente (TETRA) 74,5 80,9 87,8 86,6 86,7 96,4 94,0 75,6 104,5

Tríplice Viral (SCR) 118,4 89,0 83,0 100,0 133,9 108,3 104,2 100,5 115,7

Total 69,4 72,2 67,7 64,0 66,1 76,6 74,8 70,4 80,5

Fonte: MS-API acesso em 28/12/2011.

Em termos de cobertura vacinal Tonantins foi o município com maior

cobertura geral e Fonte Boa apresentou os piores resultados. A imunização para

febre amarela foi melhor em Amaturá,

Ficou patente a insuficiência de cobertura vacinal de Hepatite B em todos

os municípios a exceção de Tonantins que foi o único a atingir a meta de 95% de

cobertura.

A meta de Vacinação da Campanha de influenza não foi atingida por

Benjamin Constant, Fonte Boa, Jutaí e São Paulo de Olivença.

Benjamin Constant não alcançou as metas vacinas em nenhuma vacina em

2010, já Tonantins conseguiu cobertura em sete das nove avaliadas.

A observação cuidadosa dos dados de cobertura vacinal mostra não haver

um padrão por município que reflita um maior ou menor investimento na vacinação

em geral, mas um padrão difícil de explicar que deve ser em consequência de

particularidades locais.

O isolamento de algumas comunidades no período da seca dificulta a

cobertura vacinal nos casos em que são requeridas múltiplas doses, e também os

períodos das campanhas vacinais refletem facilidades sazonais das regiões sul e

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sudeste, não sendo o período mais adequado para o acesso às comunidades

mais afastadas no estado do Amazonas.

Outro fator que pode explicar os resultados variáveis, como no caso de

Atalaia do Norte, é a influência da organização do sistema de saúde para as

comunidades indígenas, que não está inserido no SUS, na medida em que escapa

ao princípio de comando único em cada nível de governo. A saúde indígena é

executada por organizações não governamentais e coordenada diretamente pelo

governo federal, sem que existam instrumentos de integração com as políticas

municipal ou estadual de saúde, embora a tais instâncias sejam demandadas a

suprirem carências na execução de atividades, o que é realizado mesmo na

ausência de financiamento específico ou pactuação de metas e compartilhamento

de responsabilidades.

Também é importante ressaltar as dificuldades da rede de frio nas áreas de

interesse do presente estudo, tendo sido proposto a implantação de geladeiras

alimentadas através de energia solar. Uma avaliação clara dos custos,

dificuldades de manutenção entre as diversas alternativas como gás ou energia

solar deve ser realizada, dentro de um diagnóstico preciso da rede de frio dos

municípios da fronteira.

A impossibilidade de armazenamento de uma maior quantidade de

imunobiológicos, tanto a nível central do Estado, como nos municípios obriga a

distribuição de vacinas com periodicidade mensal, tornando precária a logística

desta, devido às grandes distâncias e dificuldade de acesso a alguns municípios.

A presença de casos de tétano em adultos, ao mesmo tempo em que não

são registrados casos de febre amarela nos municípios envolvidos levanta a

questão das estratégias utilizadas para a vacinação de adultos. Como as duas

vacinas devem ser repetidas a cada 10 anos, deveria ser pensada uma estratégia

de aplicação simultânea.

Há uma real ausência de normas sanitárias adequadas para as

transferências de doentes principalmente para a Capital. Em relação a notificações

de doenças relacionadas especificamente como decorrentes do tipo de trabalho

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exercido, os municípios não haviam se estruturado até então para os

procedimentos.

Acidentes por animais peçonhentos

No período de 2000 a 2010 foram notificados 183 acidentes por animais

peçonhentos sendo que 87,9% são causados por serpente. A faixa etária mais

atingida foi em maiores de 20 anos (63,4%) e com predominância no sexo

masculino (73,2%). Os eventos vêm aumentando em Amaturá, Santo Antônio do

Içá e São Paulo de Olivença, e mostrando tendência a queda em Atalaia do

Norte, Benjamin Constant, Fonte Boa, Jutaí, Tabatinga e Tonantins.

No Alto Solimões a incidência foi de 39,1/100.000 hab. O pico máximo do

período avaliado foi em 2006 (97,5/100.000 hab.)

Gráfico 12 - Acidentes por Animais Peçonhentos, Alto Solimões – AM, 2000-2010.

Todos os municípios têm tratamento para os acidentes com animais

peçonhentos disponibilizados através da solicitação realizada pela Gerencia de

Zoonoses (GECOZ) da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) ao Programa

Estadual de Imunobiológicos.

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O tratamento adequando é monitorado pela GECOZ, e é indicador de

qualidade de serviço da Pactuação das Ações de Vigilância em saúde.

AIDS

A terceira área em importância da epidemia de AIDS no Amazonas está

localizada na região do Alto Solimões e é o formado pelos municípios de

Tabatinga e Benjamin Constant.

Engloba fluxos de departamentos amazônicos de três países, Brasil, Peru e

Colômbia. Em termos de interações transfronteiriças a maior intensidade ocorre

nas gêmeas Tabatinga e Letícia, mas também entre Santa Rosa (PE), Islândia

(PE) e Benjamin Constant, num ir e vir diário de pescadores, madeireiros,

comerciantes, turistas, funcionários e pesquisadores de diversas instituições

públicas, privadas, religiosas e de ONGs, indígenas, militares, contrabandistas e

traficantes.

No lado brasileiro articulam-se ainda, com os municípios de Atalaia do

Norte, Santo Antônio do Içá integrantes da mesorregião do Alto Solimões. As

trocas comerciais e a interação entre suas populações são bastante intensas. Do

ponto de vista cultural e da identidade regional, existe uma grande coesão. Além

do aspecto comercial, várias festas durante o ano reúnem pessoas dos diversos

municípios da região e da zona de fronteira.

O primeiro registro de caso de AIDS nesta parte da fronteira brasileira foi

Benjamin Constant, em 1993. No ano seguinte é registrado o primeiro caso em

Tabatinga. Em termos da epidemia nacional pode-se afirmar que foi um registro

―tardio‖, pois os primeiros registros em São Paulo e Rio de Janeiro ocorreram em

1982/83

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Gráfico 13 - Incidência de AIDS, Alto Solimões, 2000-2010

A incidência de Tabatinga, núcleo principal desta área atinge 17,2 casos por

100 mil habitantes em 2010, muito elevada para uma cidade desse porte (com

pouco mais de 50 mil habitantes). Esta incidência (em Tabatinga) deve ser ainda

mais elevada, pois vários casos de AIDS de brasileiros foram registrados em

Letícia. O gráfico mostra traçado com tendência crescente nos últimos anos

principalmente após 2007. Em Tabatinga a notificação de casos está estabilizada

porem avança em Benjamin Constant.

A transmissão heterossexual é a predominante, mas já foram registrados

casos de transmissão homossexual e bissexual em Tabatinga. Há problemas de

vigilância e registro de casos de AIDS nos municípios desta região de fronteira.

Entretanto, de forma distinta de outras regiões fronteiriças, onde a proporção de

casos pela categoria de exposição UDI é elevada, em Tabatinga, e municípios do

entorno, 75% dos casos de AIDS decorrem de transmissão por contatos

heterossexuais.

Vários elementos ajudam a explicar esta intensidade da epidemia nestas

duas cidades, como o elevado crescimento populacional de Tabatinga, graças ao

afluxo de migrantes nas duas últimas décadas; a afluência de uma população com

alta mobilidade como os comerciantes, madeireiros, turistas e aventureiros; o

relativo grau de interconectividade (reunindo três nacionalidades), além da

confluência de rotas de contrabando e narcotráfico na região.

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A sexualidade dos jovens nestas cidades é bastante liberal, a iniciação

sexual precoce, e a prática de múltiplos parceiros bastante comum. Os

profissionais de sexo vêm das mais diversas regiões e trabalham em ambos os

lados da fronteira, grande mescla de etnias, nacionalidades e a boa integração,

principalmente entre brasileiros e colombianos possibilitam a interconexão de

diferentes redes sociais.

Existem ainda grupos populacionais de grande mobilidade na fronteira com

o Peru ao longo do rio Javari, abrangendo os municípios de Benjamin Constant e

Atalaia do Norte. Estes grupos compõem-se de madeireiros. Os garimpeiros são

encontrados mais ao norte, no município de Santo Antônio do Iça.

Por fim, a presentes em grande quantidade de populações altamente vulneráveis

ao HIV/ AIDS, como os indígenas, torna a situação da epidemia extremamente

delicada para a região, exigindo tratamento diferenciado.

Hanseníase

A Hanseníase vem tendo comportamento descendente em todos os

municípios desde o inicio da década, com ligeiro pico ascendente em 2005.

Continuam em área de médio risco (4 a 8 casos por 100.000 habitantes).

A não discriminação da origem do paciente na área de fronteira impede a

avaliação do impacto que os dados sofrem com o cadastro de estrangeiros. A

programação de medicamentos é realizada para suprir a demanda sem que se

questione a origem do paciente. Verifica-se porem o baixo número de contatos

domiciliares examinados o que poderia estar ocorrendo pela ausência da família

no Brasil.

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Gráfico 14 - Incidência de Hanseníase, Alto Solimões 2000-2010

Hepatites

Dentre os agravos notificados observa-se a alta incidência de Hepatite Viral

ocorrido no inicio da década, decorrentes em sua maioria de casos de Hepatite A

(2000 e 2001). Esta caiu de 28,1 em 2003 para 5,9 / 100.000 hab. em 2007,

porem observa-se tendência a crescimento a partir de 2008. A Hepatite B iniciou a

década com baixos índices apresentou pico em 2002-2003 estando em queda

desde então.

O surto de Hepatite B detectado em 2002 e 2003 ocorreu na área indígena

de Atalaia do Norte.

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Gráfico 15 - Incidência de Hepatites, Alto Solimões, 2000-2010

MALÁRIA

No período 2000 a 2010 foram notificados 86.789 casos de malária com

localidades de infecção atribuídas aos municípios da Regional de Saúde do Alto

Solimões, representando 5,97% da malária do Estado do Amazonas no período.

Destacam-se os municípios de Atalaia do Norte, Tabatinga e Jutaí, com 32,85%,

21,44% e 21,00% dos casos de malária da Regional Alto Solimões

respectivamente. Com exceção de Fonte Boa, todos os municípios tem expressiva

quantidade de população indígena, destacando-se Atalaia do Norte e Tabatinga.

Regional de Saúde com perfil epidemiológico de MÉDIO RISCO, com IPA

variando entre 9,35‰ [2001] e 71,83‰ [2009], no entanto, os municípios de

Atalaia do Norte e Jutaí são considerados de ALTO RISCO, com IPA médio de

210,56‰ e 70,22‰, respectivamente. O município de Tabatinga apresentou anos

epidêmicos no período, com IPA igual a 114,34‰ [2005], 71,95‰ [2006] e

100,12‰ [2009].

A curva de Incidência de Plasmodium falciparum no período não

apresenta simetria com a evolução dos casos de malária na região do Alto

Solimões, estando com IFA médio de 14,61%. Os municípios de Atalaia do Norte

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e Jutaí apresentaram valores acima de 20%, sendo que em Atalaia do Norte este

indicador chegou a 48,73 em 2006.

Gráfico 16 - Índice Parasitário Anual, Alto Solimões 2000-2010.

O comportamento da endemia na Faixa de Fronteira é modulado pelos

seguintes fatores: A presença de assentamentos rurais novos, a imigração recente

elevada, e maior intensidade de interações transfronteiriças, presença elevada de

indígena e intenso contato entre garimpeiros, madeireiros e indígenas, a presença

de garimpos ativos (de um lado ou de outro da fronteira), exploração da madeira

sem controle e desmatamento; a precariedade dos serviços com falhas do

Programa de Controle da Malária; dificuldades de acesso; baixas condições de

vida da população.

O componente ambiental, de grande influência para a doença, a dispersão

da população e o processo de ocupação recente, tornam mais complexas e

dispendiosas as ações de controle da malária (sobre vetor, ambiente e doente) e

permitem a manutenção da transmissão na região. Estes fatores estão presentes

em maior ou menor grau e em combinações diferentes em todos os municípios

onde a incidência de malária foi ―elevada‖ ou ―muito elevada‖.

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111

A evolução dos casos no período considerado aponta para a efetividade

das medidas de controle quando adequadamente indicadas e com suporte para a

sua implementação. Por outro lado, demonstra um ponto crítico importante que é a

falta de sustentabilidade do programa, fazendo com que os níveis endêmicos

sofram oscilações geralmente dependentes da manutenção de forma efetiva das

medidas de controle. Este é o reflexo das interferências em termos de

descontinuidade de ações, à medida que a doença apresenta elevação de seus

níveis na grande maioria dos municípios, mesmo naqueles onde a transmissão

tradicionalmente era considerada muito baixa.

Assim, para o controle da malária é necessário pensar a fronteira como

uma zona e não como uma faixa. Cabe frisar que Peruanos e Colombianos que

recorrem aos serviços de malária no Brasil são diagnosticados e tratados sem

distinção de nacionalidade.

Dada a enorme heterogeneidade dos municípios que compõe a Regional,

será necessário ainda por muito tempo o apoio em termos de capacitação e

instrumentalização das instâncias locais de controle da malária.

Tuberculose

A incidência de tuberculose estima o risco de um indivíduo vir a desenvolver

qualquer tipo de tuberculose com população e tempo conhecidos.

Na área do estudo a incidência de tuberculose vem mostrando aumento

entre os anos avaliados, com incremento de 42,1%, na taxa de incidência. Atalaia

do Norte (81,5 /100.000 hab.) e Tabatinga (86,1 casos por 100.000 habitantes)

apresentam as incidências mais altas, notadamente na população indígena do

vale do Javari (Atalaia do Norte) e Umariaçu (Tabatinga). A meta de redução da

Tuberculose está estimada em 5% ao ano, sendo que neste período os municípios

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brasileiros da Regional Alto Solimões apresentaram no conjunto aumento de

37,4% nas notificações. No período de 2000 a 2010 foram notificados 1121 casos

de tuberculose sendo que 82,2% dos casos ocorreram em maiores de 15 anos e

58,2% no sexo masculino.

Gráfico 17 - Incidência de Tuberculose, Alto Solimões – AM, 2000-2010

A ocorrência de casos indica a persistência de fatores favoráveis à

propagação do bacilo Mycobacterium tuberculosis, que é transmitido de um

indivíduo a outro.

Taxas elevadas de incidência de tuberculose estão geralmente associadas

a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e a insatisfatórias condições

assistenciais de diagnóstico e tratamento dos casos de tuberculose existente.

Outro fator a ser considerado é a cobertura de vacinação pelo BCG. A associação

entre tuberculose e infecção pelo HIV pode resultar em aumento da morbidade por

tuberculose.

O indicador baseia-se na notificação de eventos ocorridos, sendo

dependente das condições técnico-operacionais para a detecção, notificação e

confirmação de casos. Tais condições são peculiares a cada área geográfica de

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processamento dos dados e podem variar ao longo do tempo, em função de

fatores como: ampliação das fontes de notificação, intensidade dos esforços

realizados para a detecção de casos, sensibilidade e especificidade das técnicas

de diagnóstico utilizadas, mudanças de critérios para definição de caso.

As bases de dados dos sistemas estaduais e municipais de diagnóstico e

notificação de casos apresentam expressivas variações de cobertura, quantitativas

e qualitativas, com diferentes graus de registro, de coleta e de transmissão de

dados. O fluxo de informações para os níveis estadual e nacional sofre atrasos

decorrentes, entre outras causas, do tempo necessário à investigação e

confirmação do caso pela vigilância epidemiológica local.

A tuberculose é uma doença marcada fundamentalmente por fatores

sociais. Onde existe miséria, fome e desnutrição há grande possibilidade da

doença se desenvolver. É também uma doença tipicamente urbana, própria da

aglomeração típica das periferias das grandes cidades, onde os indicadores

socioeconômicos são baixos.

O abandono é causado por fatores relacionados ao doente, à doença e ao

sistema de saúde.

Entre os portadores da tuberculose, os homens apresentam maior

tendência em não tratar corretamente da doença. Pacientes com baixo nível de

escolaridade têm dificuldades de entender as informações sobre doença e

tratamento. A busca por emprego, muitas vezes, leva o paciente a sair para uma

outra cidade e, consequentemente, ao abandono do tratamento. Falta de apoio

social e familiar a pacientes que usam drogas, álcool ou que pertencem a famílias

desestruturadas. O tratamento é demorado. A doença é crônica e evolui

lentamente. A aparente melhora entre o segundo e o terceiro mês de tratamento,

leva o paciente a pensar que está curado; As unidades de saúde não têm

estrutura adequada para fazer o tratamento e profissionais desinteressados

ministram orientações nem sempre adequadas.

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Por sua magnitude e transcendência a tuberculose é ainda um grave

problema de saúde pública no Estado, assim como para os municípios da área de

estudo.

Vigilância Ambiental

Nenhum dos municípios conta com uma gerencia de vigilância ambiental

estruturado e em funcionamento efetivo apesar do município de Tabatinga contar

com núcleo cadastrado.

Malária e Dengue

As atividades de controle das endemias – Malária e Dengue na Região do

Alto Solimões são desenvolvidas nas Unidades Descentralizadas da Fundação de

Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas, com participação dos municípios

em parte dos recursos humanos.

Os municípios de Tabatinga e Fonte Boa já realizaram a descentralização

das atividades assumindo o controle das ações.

Riscos Não Biológicos

O Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano começa a ser

estruturado, tendo laboratório pronto com pessoal qualificado em Benjamin

Constant, porem ainda sem apresentar produção.

Centro de Zoonoses

A região do Alto Solimões não conta com Centro de Zoonoses, sendo as

atividades inerentes a ele divididas entre a Vigilância Epidemiológica e a Sanitária.

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Uso de protocolos e de ações programáticas

As atividades de Vigilância em Saúde são realizadas através de ações

programadas, mediante uso de protocolos definidos, desenvolvidos pelo Ministério

da saude e adotados em nível local.

Desenvolvimento de Programas de Capacitação de RH

A Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas desenvolve

regularmente Programas de Capacitação dos Recursos Humanos que atuam na

área tanto para rede municipal quanto para o nível gerencial do estado. Estas

Capacitações têm programação anual e obedecem a critérios de prioridades.

Demandas reprimidas

Descentralização das ações de Atenção a Saúde para nível local e

Regional;

Curso de Técnico em Vigilância em Saúde em nível Regional.

Principais dificuldades e estrangulamentos

Alta rotatividade dos recursos humanos nas Secretarias Municipais e como

consequência tem a baixa qualidade e as subnotificações dos eventos e

agravos;

Necessidade de repetir constantemente as mesmas capacitações;

A não percepção da realidade da saúde no município tanto pela população

quanto pelos gestores.

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A inexistência de mecanismos de controle e avaliação e pouca habilidade

no uso de instrumentos de planejamento estratégico nos municípios levam

a baixa eficácia das ações.

Falta de priorização das ações de Atenção a Saúde dificultando a

implantação e manutenção de serviços essenciais como o controle da

qualidade da água de consumo humano entre outras;

A ausência de fluxo de atendimento as demandas da Rede de Frio

Regional dificulta a realização das imunizações de rotina e campanhas;

Pequeno número de salas de vacina principalmente com funcionamento

nas 24 horas do dia.

Planos e ações em desenvolvimento

Implantação em todos os municípios da regional do Controle da Qualidade

da Água para Consumo Humano.

Implantação do Escritório Regional com Gerência de Atenção a Saúde.

Processo de Implantação de Comissões de Controle de Infecção Hospitalar

em andamento.

Definição de fluxo de atendimento e logística de transporte de

imunobiológicos em estudo.

Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico

Número e tipo de serviços

A tabela mostra que no conjunto dos municípios que compõem a Regional

existem 65 serviços que realizam atividades de Apoio Diagnóstico e Terapêutico,

podendo haver mais de um tipo por unidade ambulatorial/ hospitalar,

correspondendo o 0,29 / 1.000 habitantes.

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Tabela 42 - Número e Tipos de Serviços do Sistema de Apoio Diagnóstico e

Terapêutico, Regional do Alto Solimões, 2011.

Tipo Amaturá A.Norte B.Constant F.Boa Jutaí S.A.Içá S.P.Oliv. Tabatinga Tonantins Total

Lab.de Pat. Clínica

1 1 1 1 1 1 1 2 1 10

Ultrassom 1 1 2 1 1 1 2 2 1 12

Rx 2 2 4 2 1 1 3 6 1 22

Mamógrafo 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2

Eletrocard. 1 1 2 1 1 1 1 4 2 14

Reabilitação 0 0 0 0 0 1 1 3 0 5

Fonte: CNES/MS

Vínculos com os gestores

Dos 65 serviços, 14 tem administração municipal, 2 são privados, 15 na

esfera federal e 34 com vinculo estadual.

Equipes de Saúde

A tabela abaixo traz a distribuição de profissionais que atuam no Sistema

de apoio Diagnóstico e Terapêutico do Alto Solimões. Ao analisá-la fica evidente a

insuficiência de recursos humanos para estes serviços realizarem suas atividades

a contento. Especialmente se levarmos em conta que 35 (54,7%) destes

profissionais estão em Tabatinga.

Tabela 43 - Profissionais de SADT, Alto Solimões, 2011.

Recursos Humanos N0 /1.000 hab.

Radiologista 1 0,00

Bioquímico/Farmacêutico 16 0,07

Fisioterapeuta 2 0,01

Fonoaudiólogo 1 0,00

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Biólogo Analista de Micróbios Biologista 1 0,00

Auxiliar de Laboratório de Análises Clínicas 1 0,00

Auxiliar de Laboratório de Imunobiológicos 1 0,00

Auxiliar Técnico em Patologia Clínica As 7 0,03

Técnico em Patologia Clínica Analista Laboratorial 23 0,10

Técnico em Radiologia e Imagenologia Operacional 11 0,05

Total 64 0,29

Fonte: CNES/MS

Problemas de fixação dos profissionais

A ausência de cursos específicos no órgão formador no nível regional para

área técnica de SADT reduz a mão de obra qualificada disponível. A precarização

dos vínculos empregatícios e o baixo salário dificultam a manutenção dos

existentes.

Serviços com certificação de qualidade

Nenhum serviço possui certificação de qualidade, apesar de submeterem a

controle externo de qualidade de alguns dos procedimentos realizados.

Serviços que atuam como referência regional

Como referencia regional temos o Laboratório de Fronteira – LAFRON, que

realiza exames especializados para saúde publica – vigilância em saúde. O

laboratório do Hospital de Guarnição de Tabatinga – HuGT, é referencia

principalmente para os municípios de Atalaia do Norte e Benjamin Constant além

de Tabatinga.

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Demandas Reprimidas, Principais dificuldades e estrangulamentos

Ausência de sistema de contratualização de metas para os pontos de SADT

na região, o que gera uma enorme quantidade de exames realizados sem

necessidade ou parametrização, conforme parâmetros estabelecidos na

Portaria GM/MS 1.101/2002;

Inexistência de exames especializados de maior complexidade, gerando

assim altos índices de encaminhamento para a capital Manaus;

Necessidade de pessoal em quantidade e com qualificação suficiente para

atendimento da demanda da população na região;

Cadastramento incorreto de equipamentos e serviços no CNES;

Inexistência de equipamentos adequados para atendimento da necessidade

de exames da população da região;

Estrutura física dos laboratórios municipais e regional inadequados.

Sistemas Logísticos

Superar as longas distâncias, a dispersão populacional, a dificuldade de

comunicação e transporte que contribuem para o isolamento daqueles que

habitam os municípios da região, apresentam-se como enorme desafio quando se

trata de assegurar o direito a prestação de serviços de saúde à população,

especialmente aqueles destinados a assistência especializada.

A situação se agrava, pois esta modalidade requer profissionais com

conhecimentos específicos e equipamentos de maior capacidade tecnológica, que

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associados às peculiaridades de cada município e às especificidades locais,

terminam por impedir a fixação de profissionais e serviços dessa natureza.

Lançar mão de ferramentas e mecanismos que possam se constituir de

poderoso instrumento de intervenção na realidade sanitária, como a Telessaúde,

as Centrais de Regulação, apoiadas por um eficiente sistema de Transporte

Sanitário, podem permitir às instâncias municipal e estadual, regularem o perfil

assistencial mais adequado às necessidades de saúde demandadas pela

população, particularmente daquela residente na região do Alto Solimões.

Identificação dos Usuários do Sistema

Os municípios da região utilizam o sistema de cadastramento de usuários

do SUS. Entretanto, apenas 62,27% da população encontram-se cadastradas no

CADSUS.

Tabela 44 - População cadastrada no CADSUS por município, Alto Solimões, 2011.

Município Total de

Definitivos

Total de

Provisórios

AMATURA 4.003 3.460

ATALAIA DO NORTE 4.823 6.177

BENJAMIN CONSTANT 15.284 6.583

FONTE BOA 10.629 1.512

JUTAI 9.118 5.207

SANTO ANTONIO DO IÇÁ 3.370 3.494

SAO PAULO DE

OLIVENCA 8.129 11.123

TABATINGA 6.929 30.511

TONANTINS 6.806 2.390

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TOTAL 69.091 70.457

Fonte: CADSUS/MS

Centrais de regulação

A Região do Alto Solimões não dispõe de Central de Regulação municipal

ou regional em funcionamento.

Dentro do cronograma de implantação do Complexo de Regulação

Regional da Secretaria de Estado da Saúde há a proposta de 03 Centrais de

Regulação (Urgência e Emergência, Ambulatorial e Hospitalar) sediada no

município de Tabatinga que funcione para a Regional do Alto Solimões, Regional

Triângulo e Regional Rio Juruá.

Transporte Sanitário

A Região não dispõe de sistema de transporte sanitário de pacientes e

resíduos implantado.

Considerando as grandes distâncias entre os municípios e a capital Manaus

e o alto custo de manutenção de serviço próprio na região, as secretarias

Municipais de Saúde realizam esse transporte, na maioria das vezes, sem

qualquer controle e regulação, através da liberação de passagens fluviais e aéreas

nos trechos necessários.

Uma vez que na região o fluxo de pessoas se dá principalmente através

dos rios, a utilização de serviço próprio torna-se bastante onerosa para os

municípios, tendo em vista a necessidade de aquisição dos veículos e inexistência

de pessoal contratado e qualificado de acordo com as normas da Capitania dos

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Portos, levando as secretarias municipais de saúde a utilizar a estrutura de

empresas de transporte regular de pessoas (lanchas rápidas).

O transporte aéreo se faz com a capital Manaus pela necessidade de

serviços de maior complexidade que não estão disponíveis na região.

A Secretaria de Estado da Saúde disponibiliza o transporte de pacientes em

situação de urgência/emergência médica em aeronave para um serviço de saúde

de maior complexidade para evitar o agravamento do quadro clínico e

consequentemente o sofrimento, sequelas ou mesmo a morte, através da

contratação de empresa especializada.

Demandas Reprimidas

Conectividade insatisfatória (serviço de internet) nas Secretarias Municipais

de Saúde e Unidades de Saúde da região;

Contratação de empresa especializada na região que realiza o transporte

sanitário de pacientes e resíduos.

Principais dificuldades e estrangulamentos

Inexistência de Central de Regulação no âmbito municipal ou regional.

SAUDE INDIGENA

Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas – DSEI são unidades de

responsabilidade sanitária federal, correspondentes a uma ou mais terras

indígenas criados pela Lei Nº 9.836 de 24 de setembro de 1999.

A Lei Nº. 9.836/99 complementou a Lei Nº. 8.080/90, criando no Sistema

Único de Saúde - SUS brasileiro um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,

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organizando-o em Distritos Sanitários Especiais Indígenas – DSEI. Essa lei cria o

relacionamento entre o subsistema de saúde e os órgãos responsáveis pela

política indigenista; permite uma atuação complementar por parte de Estados,

Municípios e Organizações não-governamentais; determina a necessidade de

diferenciação na organização do SUS para atender às especificidades da atenção

intercultural em saúde, recuperando o princípio de eqüidade das ações de saúde;

possibilita a representação indígena no Conselho Nacional de Saúde, nos

Conselhos Estaduais e Municipais; estabelece o financiamento no âmbito da

União para os DSEI; adota uma concepção de saúde integral e diferenciada;

aplica os princípios do SUS de descentralização, hierarquização e regionalização

ao subsistema de saúde indígena.

A partir de 1999 foram organizados no Brasil 34 Distritos Sanitários

Especiais Indígenas ficando a execução da atenção à saúde indígena sob a

responsabilidade da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, braço executivo do

Ministério da Saúde do Brasil. Portanto, a partir da aprovação da Portaria Nº 254,

de 31 de janeiro de 2002, do Ministério da Saúde, entra em vigor a Política

Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas.

A Lei nº 12.314/2010, publicada no Diário Oficial no dia 20 de agosto,

autorizou a criação da Secretaria Especial no âmbito do Ministério da Saúde e

transferiu as ações de saneamento básico nas comunidades indígenas da

Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) para o Ministério da Saúde. O decreto

assinado em 21 de outubro de 2010 define as competências, estrutura de

organização e execução descentralizada por meio dos Distritos Sanitários

Especiais Indígenas (DSEI) pela SESAI.

Em relação às terras indígenas, quatro aspectos devem ser ressaltados que

caracterizam uma situação encontrada em outras áreas da Faixa de Fronteira

brasileira: a) a livre mobilidade transfronteira dos grupos indígenas, em função de

antigos laços de parentesco, redes de escambo, ou presença do mesmo grupo

étnico-cultural tende a estimular a continuidade física das reservas indígenas,

superpondo-se à linha divisória entre os países; b) a invasão de terras indígenas

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por frentes mineradoras, madeireiras e agrícolas gera sérios conflitos; c) o direito

indígena à terra e sua extensão territorial é objeto de visões divergentes

(estratégica, desenvolvimentista, ambientalista, indigenista etc.) tanto no âmbito

federal, estadual e municipal, como nas comunidades indígenas e não-indígenas;

d) a crise de identidade de muitos grupos indígenas é uma questão de cidadania

extremamente importante, resultante tanto da hostilidade com que geralmente são

tratados por outros grupos, como de conflitos internos a respeito do grau e os

caminhos de integração à sociedade não-indígena.

A área em questão (Regional do Alto Solimões) abrange três Distritos

Sanitários Indígenas: DSEI Vale do Javari, DSEI Alto Rio Solimões e o DSEI

Médio Solimões e afluentes

DSEI Alto Rio Solimões

A sede do DSEI Alto Rio Solimões está localizada no município de

Tabatinga/AM e sua implantação ocorreu no mês de novembro de 1999. A cidade

de Tabatinga esta situada no sudoeste do estado com uma distancia de

aproximadamente 1.105 km em linha reta da capital do estado (Manaus), com

uma população de 52.279 hab. Segundo senso IBGE/2010, possue fronteira com

à Colômbia e o Peru, sendo que a fronteira com o primeiro país é terrestre , e com

o segundo o acesso é exclusivamente fluvial. Para a capital do estado do

Amazonas pode ser áereo ou fluvial.

A população assistida atualmente no distrito é de 49.004 índios está

também na sede deste município a Casa de Apoio a Saúde Indígena – CASAI

vinculada a SESAI e que é referência de média e alta complexidade para os 11

Pólos Base.

A extensão territorial do DSEI é de 214.217,8 Km2 com um total de 183

aldeias (SIASI/2011) que envolvem 07 municípios, sendo: Tabatinga, Benjamin

Constant, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Japurá e

Tonantins.

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Assiste a 07 (sete) etnias: Kaixana, Kambeba, Kanamari, Kokama, Maku-Yuhup,

Ticuna e Witoto, distribuídas em 6 Municípios do Alto Solimões e 1 (uma) no

Médio Solimões.

O DSEI conta com 18 (dezoito) equipes de saúde, distribuídas em 11 (onze)

polos base, que prestam assistência a 183 aldeias. O acesso as localidades se

dar por via fluvial e terrestre

O Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Solimões (DSEI-ARS) é

uma unidade organizacional da SESAI e deve ser entendido como uma base

territorial e populacional sob responsabilidade sanitária claramente identificada,

composto por equipe mínima necessária para executar suas ações de saúde e

com controle social por intermédio do Conselho Local e Distrital de Saúde

Indígena. Os territórios distritais foram delimitados num processo de construção

com as comunidades indígenas, profissionais e instituições de saúde. Não se

delimitou uma área distrital apenas por critérios técnico-operacionais e

geográficos, procurou-se respeitar a cultura, as relações políticas e a distribuição

demográfica tradicional dos povos indígenas.

O distrito tem uma rede de serviços de saúde dentro de seu território,

integrada e hierarquizada, com complexidade crescente e articulada com a rede

do SUS. A constituição da rede de serviços leva em conta a estrutura de serviços

de saúde já existentes nas terras indígenas, a qual está sendo adequada e

ampliada de acordo com as necessidades de cada local.

Cada pólo base cobre um conjunto de aldeias, e sua equipe, além de

prestar assistência à saúde, realiza capacitação e supervisão dos agentes

indígenas de saúde.

As demandas que superam a capacidade de resolução no nível dos pólos base

são resolvidas das mais variadas formas, na rede de referencias do SUS.

REDE DE ASSISTENCIA

A rede de assistência a saúde é composta por 11 Pólos Base sendo assim

distribuídos:

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(Umariaçu I, Umariaçu II e Belém do Solimões – Município de

Tabatinga/AM;

Filadélfia e Feijoal – Município de Benjamin Constant/AM;

Vendaval, Campo Alegre e São Paulo de Olivença – Município

de São Paulo de Olivença/AM;

Nova Itália – Município de Amaturá/AM;

Betânia – Município de Santo Antônio do Içá/AM

Tonantins – Município de Tonantins/AM).

O DSEI conta com a Casa de Saúde Indígena de Tabatinga, e como

referências os Hospitais Municipais e Estaduais e Hospital de Guarnição de

Tabatinga e com os municípios descritos como parceiros.

O meio de transporte predominante é o Fluvial, mas também se faz

necessário a utilização de transporte aéreo e terrestre. As equipes de saúde são

compostas por Médico, Enfermeiro, Odontólogo, Técnico e Auxiliar de

Enfermagem, Técnico Laboratório, Técnico de Saúde Bucal, Auxiliar de Saúde

Bucal, AIS, AISAN, Motorista Terrestre e Fluvial e Secretário.

Desta forma assegura-se o acesso integral á saúde respeitando as

especificidades culturais e epidemiológicas aos povos indígenas.

Tabela 45 - Número de Aldeias e População por Pólo Base, DSEI Alto Rio Solimões, 2012

Pólo Base Nº. Aldeias

População

Geral

Belém do Solimões 32 8.125

Betânia 13 5.348

Campo Alegre 9 5.220

Feijoal 10 5.387

Filadélfia 19 5.584

Maku – Yuhup 1 358

Nova Itália 17 3.256

SPO – Sede 31 3.914

Tonantins – Sede 25 2.227

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127

Umariaçú I 1 1.717

Umariaçú II 6 4.367

Vendaval 18 3.506

TOTAL 183 aldeias 49.009

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

A implementação da Política Nacional de Atenção à Saúde Indígena requer

a adoção de um modelo complementar e diferenciado de organização dos

serviços, que garanta aos índios o exercício de sua cidadania. Para sua

efetivação, foi criada uma rede de serviços (Distrito Sanitário Especial Indígena),

de forma a superar as deficiências de cobertura, acesso e aceitabilidade do SUS

para essa população. Para tal foram adotadas medidas de aperfeiçoamento do

funcionamento e a adequação dos serviços, visando os princípios de

universalidade, equidade, participação comunitária e controle social. Com base

nestes princípios é necessário manter a atenção à saúde de forma diferenciada,

levando-se em consideração as especificidades culturais, epidemiológicas e

operacionais dos povos indígenas.

As ações de saúde são desenvolvidas pelas Equipes Multidisciplinares de

Saúde Indígena e as equipes administrativas juntamente com outros atores

contribuem para a execução adequada das ações de saúde junto às comunidades

indígenas.

Recursos Humanos Tabela 46 - Recursos Humanos Disponíveis e Necessários, DSEI Alto Rio Solimões, 2012.

TOTAL GERAL

Nível Superior ATUAL NECES. TOTAL

MEDICO 5 7 12

ENFERMEIRO 22 34 56

ODONTOLOGO 12 10 22

PSICOLOGA 1 2 3

FARMACEUTICO 1 3 4

A.SOCIAL 1 4 5

NUTRICIONISTA 2 4 6

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ENGENHEIRO 0 2 2

GEOLOGO 0 1 1

ARQUITETO 0 1 1

Total 44 68 112

Nível Médio ATUAL NECES. TOTAL

TEC.ENF. 85 75 160

TSB 16 12 28

TEC. LAB. 10 1 11

AG. DE ENDEMIAS 0 10 10

ASB 2 5 7

Total 113 103 216

Nível Fundamental ATUAL NECES. TOTAL

AIS 336 35 380

AISAN 45 15 60

Total 381 50 440

Demais cargos ATUAL NECES. TOTAL

ASG 0 0 0

MOT. FLUVIAL 16 5 21

MOT. TERRESTRE 11 9 20

SECRETARIADO 0 25 25

COZINHEIRA 6 17 23

AUX. COZINHA 0 4 4

VIGIA 14 0 14

VIGILANTE 0 0 0

Total 47 60 107

Total Geral 585 281 875

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

Uma análise preliminar evidencia que no total geral (11,9 agentes de Saude

como todo, para cada grupo de 1.000 indígenas) o quantitativo de RH

disponibilizados é suficiente para a população assistida.

Se esta análise levar em conta que a população de 49.009 seres está

distribuída em 183 aldeias numa área geográfica de 111.094,96 Km2(Inclui o

Municipio de Japurá), teríamos que cada Agente Indígena de Saude (AIS) tem em

média sob seus cuidados e responsabilidade 146 pessoas distribuídas numa área

de 330,6 Km2. Cada médico trabalha com 37 aldeias, 9.802 indígenas numa área

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129

de 22.219Km2. Falando somente de duas ocupações. Assim, deve-se repensar a

necessidade real de RH e a forma de suprir as deficiências encontradas, pois

mesmo as necessidades apontadas são pequenas para suprir a demanda dentro

dos princípios preconizados pelo SUS..

O presente estudo mostra a situação epidemiológica do DSEI Alto Rio

Solimões, o crescimento de algumas morbidades e o resultado da busca ativa e

desenvolvimento dos programas de saúde pelas equipes nos pólos base.

Mortalidade

Na Série Histórica do Coeficiente de Mortalidade geral podemos dizer que,

no ano de 2005 foi de 2,0, mostrando uma deficiência de notificação em 2004,

devido a falta de profissionais em alguns pólos.

Em 2005 o coeficiente de mortalidade Geral do DSEI foi 2,0 e no ano de

2006 foi para 2,6 mantendo em 2007 o mesmo coeficiente. O coeficiente de 2007

do DSEI Alto Rio Solimões é menor, comparado ao coeficiente de mortalidade

geral indígena que foi de 3,4 por 1000 habitantes no ano de 2007. (Fonte:

COMOA/DESAI)

Em 2008 o Coeficiente Geral de mortalidade foi de 3,6 por 1000 habitantes

e em 2009 foi 4,0 por 1000 habitantes, o maior índice desta série histórica e um

aumento de 11,11% em relação ao ano anterior.

Gráfico 18 - Série histórica do Coeficiente Geral de Mortalidade, DSEI Alto Rio Solimões, 2005 – 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

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Pneumonia é o grupo mais representativo do total de óbitos (25%), seguido

por Suicídio com (24%), Diarréia e gastrenterite com (20%), Causas mal definidas

com (18%) e Desnutrição e Septicemias estão em 5º lugar com (7%) dos óbitos.

Podemos verificar que a dificuldade de fechar diagnóstico na área indígena

continua grande, evidenciando isso nos (18%) causas de mortalidade do DSEI que

estão em 4º lugar do grupo.

Gráfico 19 - Percentual de Óbitos por Grupo de Causas , DSEI Alto Rio Solimões – 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

O grupo de menores de 1 ano representa a maior parte neste gráfico, com

36% do total de óbitos.

A faixa etária de maiores de 60 anos representa o segundo lugar com 17%

dos óbitos, seguida da faixa etária de 1 a 4 anos com 16% dos óbitos.

A faixa etária de 20 a 29 anos representa 8%, seguido de 30 a 49 anos com

7%, 10 a 14 anos com 5%, 5 a 9 anos com 4 %, 15 a 19 anos com 3% e 50 a 59

anos com 4% dos óbitos do DSEI Alto Rio Solimões.

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Gráfico 20 - Mortalidade proporcional segundo faixa etária do DSEI Alto Rio Solimões, 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

Nesta série histórica o Coeficiente de Mortalidade Infantil demonstra um

aumento significativo, de 20,1 em 2005 para 51,3 em 2009, o que não quer dizer

que aumentou o número de mortalidades, mas o fluxo de informações era

deficiente, visto que, alguns pólos não tinham equipes para enviar informações e

os que tinham equipes não notificavam os casos.

O coeficiente de 2007 do DSEI Alto Rio Solimões é menor, comparado ao

coeficiente de mortalidade infantil indígena que foi 52,1 no ano de 2007 por 1000

nascidos vivos (Fonte: COMOA/DESAI).

Em 2008 tivemos uma redução de 17,74% no Coeficiente de Mortalidade

Infantil quando comparado ao ano de 2007 e uma redução de 6,44% quando

comparado ao ano de 2006.

Em 2009 observamos o maior coeficiente desta série histórica, 51,3 por

1000 nascidos vivos, um crescimento de 43,69%.

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Gráfico 21 - Comparativo da Série histórica do coeficiente de mortalidade infantil (< 1 ano), DSEI Alto Rio Solimões, 2005 – 2009.

A Pneumonia representa a maior parte do grupo com 37% das causas de

mortalidade infantil. Diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível

representam o segundo lugar do grupo com 24% das causas.

Outras doenças do aparelho respiratório estão em terceiro lugar do grupo

com 21 % das causas. Septicemias estão em quarto lugar com 12 % das causas e

desnutrição em quinto lugar com 6 % das causas de mortalidade infantil do DSEI

Alto Rio Solimões.

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Gráfico 22 - Percentual da Mortalidade infantil por grupos de causas, DSEI Alto Rio Solimões 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

Na Série Histórica do Coeficiente de Mortalidade Neonatal podemos

observar novamente a deficiência no envio de informações para o DSEI no ano de

2005.

O coeficiente do DSEI Alto Rio Solimões em 2007 é menor que o

coeficiente da população indígena brasileira que foi de 28,1 em 2007 por 1000

nascidos vivos (Fonte: COMOA/DESAI).

Em 2008 tivemos uma redução de 15,88% no coeficiente de mortalidade neonatal

apresentando um índice de 14,3 por 1000 nascidos vivos.

Em 2009 observamos um crescimento de 64,33% no coeficiente de

mortalidade neonatal, com um índice de 23,5 por 1000 nascidos vivos.

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Gráfico 23 - Série histórica do coeficiente de mortalidade neonatal (< 28 dias),

DSEI Alto Rio Solimões, 2005 – 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

Natalidade

Nesta série histórica do DSEI, o coeficiente de 2005 foi de 21,2 e no ano de

2009 foi de 27,5, representando um aumento de natalidade de 22,90%.

O coeficiente de natalidade do DSEI foi menor que o coeficiente da

população indígena brasileira em 2005 que foi de 29,3 e 2006 foi de 26,2 por 1000

nascidos vivos. E no ano de 2007 que foi maior com coeficiente de 20,9 por 1000

nascidos vivos (Fonte: COMOA/DESAI).

Gráfico 24 - Série histórica do coeficiente geral de natalidade, DSEI Alto Rio Solimões, 2005 – 2009.

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Fonte: DSEI Alto Rio Solimões Morbidade

A morbidade que representa o maior número neste gráfico são as Infecções

Agudas das Vias Aéreas Superiores, com 23,48% dos casos, seguido por Diarréia

e Gastroenterite de origem Infecciosa Presumível com 23,32% do grupo das

morbidades.

Em terceiro lugar temos a Malária por Plasmodium Vivax com 22,90% dos

casos e as Helmintíases em quarto lugar com 20,98%.

Em quinto lugar temos as Micoses com 9,32% das principais morbidades do

DSEI Alto Rio Solimões.

Gráfico 25 - Percentual das Morbidades por grupos de causas, DSEI Alto Rio Solimões, 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

No ano de 2005 a prevalência de hipertensão do DSEI Alto Rio Solimões foi

de 200,90, podemos dizer que foi menor do que a prevalência do Estado do

Amazonas que foi de 258,32 por 100.000 habitantes.

A partir de 2006 a prevalência que foi de 309,09 passou a ser maior que a

prevalência do Estado que foi de 132,22 por 100.000 habitantes. Em 2007 a

prevalência do DSEI foi de 401,79 e no Estado do Amazonas foi de 301,21 por

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100.000 habitantes. No ano de 2008 foi de 421,57 e em 2009 foi de 469,26 por

100.000 habitantes. Isso nos mostra um aumento significativo de hipertensos no

DSEI do ano de 2005 ao ano de 2009 representando crescimento de 133,57%.

Gráfico 26 - Série Histórica da Prevalência de hipertensão, DSEI Alto Rio Solimões, 2005 – 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

No ano de 2005 a prevalência de Diabetes foi de 2,95 no DSEI

apresentando um crescimento comparado ao ano anterior de 742,85% mas foi

menor que a prevalência do Estado do Amazonas que foi de 7,67 por 10.000

habitantes.

Em 2006 a prevalência no DSEI decresceu 22,37% com 2,29 por 10.000

habitantes e cresceu 35,07% no Estado do Amazonas com taxa de 10,36 por

10.000 habitantes.

No ano de 2007, a prevalência do DSEI foi de 3,65, que indica crescimento

de 59,38% em relação ao ano de 2006 e no Estado do Amazonas decresceram

57,04%, apresentando índice de 4,45 por 10.000 habitantes.

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Em 2008 houve uma crescimento elevado 103,56% da Prevalência de

diabetes tipo 1 e tipo 2 no DSEI, apresentando taxa de 7,43 por 10.000 habitantes.

E no ano de 2009 houve uma redução de 16,01% da prevalência, apresentando

taxa de 6,24 por 10.000 nascidos vivos.

Gráfico 27 - Série histórica de taxa de prevalência de diabetes tipo 1 e tipo 2, DSEI Alto Rio Solimões, 2005 – 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

No ano de 2005 o Índice Parasitário Anual de Malária foi de 52,71 por 1000

habitantes. O IPA do Estado do Amazonas em 2005 foi de 68,99 para cada 1.000

habitantes

O ano de 2006 apresentava um pico dessa série histórica da Malária com

índice de 68,29 decrescendo no ano de 2007 em 18,94% com um IPA de 55,35

para 1.000 habitantes.

Em 2008 houve ações de borrifação nas comunidades, aumento das

buscas ativas e reduziu o índice parasitário anual de malária para 34,69 para 1000

habitantes, representando baixa de 37,32%.

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Com as enchentes da região, tivemos um aumento de 266,15% no IPA com um

índice de 127,02 por 1000 habitantes em 2009.

Gráfico 28 - Série histórica do índice parasitário anual de malária, DSEI Alto Rio Solimões, 2005 – 2009.

A Incidência das DST no DSEI Alto Rio Solimões no ano de 2005 foi de

92,18. Em 2006, a incidência decresceu 34,18%, apresentando incidência de

60,67 por 10.000 habitantes e no ano de 2007, a incidência foi de 78,90,

crescendo 23,10%.

A incidência do DSEI no ano de 2008 foi a menor em todos os anos

comparando com os anos anteriores com incidência de 38,32 por 10.000

habitantes.

Em 2009 a incidência apresentou um aumento de 53,81% em relação ao

ano anterior, com 58,94 por 10.000 habitantes.

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Gráfico 29 - Série histórica da taxa de incidência das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), DSEI Alto Rio Solimões 2005 – 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

A incidência de Tuberculose para todas as formas no ano de 2005 foi de

38,41 devido a falta de informações de alguns pólos.

Acredita-se que houve maior atenção à tuberculose após a capacitação dos

profissionais em tuberculose no ano de 2006 que apresentou incidência de 140,24

neste ano e um pico de 316,56 no ano de 2007 por 100.000 habitantes.

Em 2008 a incidência de Tuberculose para todas as formas foi de 110,18

por 100.000 habitantes, uma redução de 65,19% em relação ao ano anterior. E

redução de 45,45% em 2009 com a incidência de 60,10 por 100.000 habitantes.

Comparando com a incidência de Tuberculose de todas as formas na

população indígena podemos dizer que o DSEI Alto Rio Solimões apresenta taxa

menor que na população indígena do Brasil nos anos de 2004 que foi de 80,14 e

no ano de 2005 que foi de 55,26 por 100.000 habitantes. E nos demais anos a

taxa do DSEI foi maior que a população indígena de 2006 com incidência de 62,68

e no ano de 2007 com incidência de 42,20 por 100.000 habitantes (Fonte:

COMOA/DESAI).

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Gráfico 30 - Série histórica de incidência de Tuberculose para todas as formas, DSEI Alto Rio Solimões, 2005 – 2009.

Fonte: DSEI Alto Rio Solimões

DSEI Vale do Javari

A sede do DSEI Vale do Javari está localizada no município de Atalaia do

Norte/AM e sua implantação ocorreu no mês de novembro de 1999, através da Lei

no9.836 e Decreto no 3.156 do mesmo ano. A cidade de Atalaia do Norte está

situada no sudoeste do estado com uma distancia de aproximadamente 1.138 km

em linha reta e 1.638 via fluvial da capital do estado (Manaus), com uma

população de 15.153hab. Segundo Censo IBGE/2010, possue fronteira

internacional com o Peru, a qual tem acesso exclusivamente fluvial. Tem acesso

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terrestre por estrada com benjamin Constant. Para a capital do estado do

Amazonas pode ser áereo ou fluvial.

Compreende terras dos municipios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant,

São Paulo de Olivença e Jutaí. Totaliza terras contínuas de 8.544.480 hectares de

floresta de floresta equatorial densa, com rica biodiversidade e diversos rios

navegáveis como javari, Curuçá, Ituí, Itacoaí e Quixito. Foi demarcada em 2000 e

homologada em 2001.

O Distrito Sanitário Especial Indígena Vale do Javari está dividido em 7

pólos base, 55 aldeias, 811 residências, 1205 famílias e 4.905 pessoas, conforme

descrito na tabela a seguir. As terras do DSEI Vale do Javari abrigam índios de 6

etnias distintas, sendo elas: Marubo, Kanamary, Mayuruma, Korubos. Matis e

Kulina.

Tabela 47 - Distribuição demográfica da população indígena do DSEI Vale do

Javari, Novembro de 2011.

Pólo Base Aldeias Domicílios Famílias Pessoas

Alto Curuçá/Maronal 3 65 92 384

Alto Ituí/Vida Nova 10 85 179 710

Itacoaí/Massapê 13 167 168 696

Jaquirana/31 4 145 251 1.067

Médio Curuçá/São Sebastião 5 81 134 559

Médio Ituí/Aurélio 6 125 187 648

Médio Javari/São Luís 12 143 194 841

Total 53 811 1205 4.905

Fonte: SIASI/dez.2011

No que se refere à questão de estruturação física dos pólos base, três

necessitam ser reformados (São Luís, Jaquirana e Vida Nova); dois estão em bom

estado de conservação (Maronal e São Sebastião); e dois ainda estão por

construir (Massapê e Aurélio). Vale ressaltar que em 2011 no pólo base Jaquirana

(aldeia Lobo) foi construída uma estrutura de madeira para atender de forma

emergencial esta demanda.

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Além da CASAI, que está situada no município de Atalaia do Norte, o DSEI

mantém uma Casa de Apoio para acompanhamento de pacientes em tratamento

de Hepatites Virais na cidade de Tabatinga/AM.

Com exceção do chefe do DSEI, os responsáveis dos demais setores são

servidores públicos.

O ano de 2011 representou um marco no que diz respeito ao aumento do

número de profissionais envolvidos na assistência aos indígenas do Vale do

Javari. É certo que o a força de trabalho necessária para o desenvolvimento eficaz

das ações de saúde, em algumas vertentes como a Vigilância Nutricional e a

Assistência odontológica, ainda estão deficientes, mais pelo fato da falta de

profissionais que tenham interesse em trabalhar em área geográfica de tão difícil

acesso do que pela disponibilização de vagas.

No que diz respeito à equipe de enfermagem, esta foi amplamente

implementada, com a contratação de enfermeiros e técnicos de enfermagem o

que permitiu a cobertura permanente de 100% dos pólos base, bem como

viabilizou escala de plantão desses profissionais na Casai. Além disso, o quadro

de AIS, Assistentes Social, AISAN, entre outros, também fechou o ano com

significativo aumento. Tais fatos certamente terão impacto positivo na saúde dos

indígenas atendidos. O número de equipes de atenção à saúde compostas por 01

enfermeiro, 03 técnicos de enfermagem, microscopista e Agente Indígena de

Saúde totalizam atualmente 14 equipes. Eventualmente houve presença de uma

nutricionista e odontóloga.

Tabela 48 - Recursos Humanos segundo categorias profissionais e vínculos

empregatícios, DSEI Vale do Javari, 2011.

Cargo Total

Agente de combate às endemias 32

Agente Indígena de Saneamento 10

Agente Indígena de Saúde 71

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Assistente Social 02

Aux. Mob.social 02

Aux. De saúde bucal 03

Aux. De serv. De Apoio 15

Dentista 01

Enfermeiro de área 14

Enfermeiro NASI 08

Farmacêutico/Bioquímico 01

Médico 02

Nutricionista 01

Téc. de enfermagem de área 42

Téc. de enfermagem de base 19

Téc. em laboratório 02

Téc. em saneamento 07

Téc. Oper. Ativ. Saúde 04

Total 236

Fonte: Setor administrativo/DSEI Rio Javari

Fluxo de Atendimento

O fluxo dos serviços se orienta a partir dos postos dos atendimentos

realizados nas aldeias, sob responsabilidade dos AIS que desenvolve ações

básicas de saúde e encaminha pacientes para outras referências, 1ª referência.

A 2ª referência é o posto de saúde da aldeia sede do PB, dotado de

equipamentos básicos para atendimento e sob responsabilidade de um enfermeiro

ou técnico de enfermagem. Estes postos de saúde estão localizados em área de

difícil acesso e em localidades onde é necessário o desenvolvimento de ações

continuadas. Estas referências servem de apoio para as equipes multidisciplinares

na ocasião das visitas regulares às aldeias.

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A 3ª referência é a Casa de Saúde do Índio para onde são encaminhados

os casos que necessitam atendimentos mais especializados.

Nesta referência são realizados atendimentos médicos, de enfermagem e

odontológicos e os casos mais graves são encaminhados para referências

hospitalares locais na rede do SUS ou rede particular (4ª referência), quando o

SUS não oferecer os serviços necessários ou para outras referências dotadas de

serviços de maior complexidade.

Quando os pacientes recebem altas hospitalares, retornam para a CASAI

onde são acompanhados e terminam as medicações prescritas até ser possível o

seu retorno para as aldeias.

Operacionalização das Ações

As operações partem de Atalaia do Norte, sede do Distrito.A logística das

entradas das EMSI atualmente ocorre da seguinte forma: deslocamento fluvial

saindo de Atalaia do Norte até as aldeias. O tempo de permanência das equipes é

de 45 dias e após esse período os profissionais tem direito a 15 dias de folgas.

Cada equipe se desloca para uma calha de rio diferente. Porém, devido às

condições dos rios, que tem um período crítico e prolongado de vazante (seca), só

o tempo de deslocamento de ida até as comunidades pode levar até 15 dias, o

que limita o tempo de atendimento.

O transporte se dá apenas por via fluvial. Na época das cheias o acesso é

por barco com motor de 200Hp e otempo médio de viagem varia de seis horas

(médio Javari) até 22 horas (Alto rio Curuçá). Na época de seca somente se

consegue navegar comeste motor por certos trechos dos rios, assim necessita-se

trocar os motores por outros de 13 ou 15 Hp e a visgem pode demorar até 15 dias

de subida.

Tabela 49 - Tempo entre Pólos e a Base, segundo Sanzonalidade dos Rios, DSEI

Vale do Javari, 2010.

Expedições Pólo Base Km à sede Tempo Cheia Tempo Seca

Rio Itacoaí Massapê 466 9 h 6 dias

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Rio Javari e Curuçá São Luis 287 6 H 3 - 5 dias

S. Sebastião 701 13 H 10 - 12 dias Maronal 926 22 H 12 - 15 dias

Rio Ituí Aurélio 457 13H 8 dias

Vida Nova 726 17 H 12 - 15 dias Rio Jaquirana Trinta e Um 799 18 H 12 - 15 dias

Fonte: Saúde na Terra Indígena Vale do Javari, CTI/ISA, 2010.

Devido à localização geográfica, o difícil acesso, as condições climáticas (o

que interfere na navegabilidade dos rios da região), o tipo de embarcação

utilizada, entre outros fatores, os imunobiológicos não são dispensados pela EMSI

assistencial, ficando essa atividade sob a responsabilidade de uma equipe

específica, o que dificulta o alcance das metas de cobertura vacinal no DSEI.

Atualmente existem quatro pólos que possuem geladeiras solares, porém

as mesmas não estão reguladas e estão instaladas em locais inadequados, o que

impossibilita a dispensação e conservação dos imunobiológicos para o pólo base.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Área Programática: Vigilância alimentar Nutricional (SISVAN)

O SISVAN Indígena é um sistema de vigilância alimentar e nutricional que

tem como finalidade mostrar indicadores, priorizar o atendimento de certos grupos

ou faixa etária, assim como sistematizar a atuação das Equipes Multidisciplinares

de Saúde Indígena (EMSI) em conjunto com os DSEI na coleta, processamento,

análise, interpretação e divulgação de dados sobre a situação alimentar e estado

nutricional dos povos indígenas.

De posse dessas informações, fica mais fácil para as EMSI se organizarem

na realização de ações de prevenção, promoção, acompanhamento e

encaminhamento para referência do SUS os casos de desnutrição detectados,

articulando parcerias locais e fomentando a discussão dos resultados com as

comunidades, conselheiros e lideranças.

Avaliação Antropométrica

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Para classificação do estado nutricional de crianças menores de cinco anos

foi utilizado o índice Peso por Idade (P/I), Peso por Estatura (P/E) e Estatura por

Idade (E/I) e o ponto de corte preconizado pelo Ministério da Saúde e para

população acima de 10 anos foi utilizado Índice de Massa Corporal (IMC),

calculado através da fórmula – Peso (kg) /Altura (m2).

Crianças com a faixa etária de 0-5 anos

São avaliadas crianças menores de 05 anos com análise dos indicadores

peso/idade, estatura/idade e peso/estatura de acordo com os padrões do NCHS,

1977 e utilizando como pontos de corte os percentis 0,1, 3, 10 e 97. De acordo

com o indicador Peso/idade, 57% das crianças apresentavam peso adequado

para a idade, e 22,1% apresentam risco nutricional 16,9% baixo peso e 3,5% de

crianças com Muito Baixo peso para a idade.

Gráfico 31 - Distribuição do Estado Nutricional de Crianças <5 Anos - Vale do Javari,

2011

Fonte:SISVAN

Ao analisarmos o gráfico vemos que 43% das crianças apresentam algum

risco alimentar, percentual extremamente alto. Analisando o estado nutricional

através do percentil P/I (Peso por idade) podemos observar que a situação

nutricional em que as crianças menores de 5 anos encontram-se pode ser devido

à oferta inadequada de alimentos ou a ausência total de alimentos ou o

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aproveitamento inadequado por causa de alguma doença, ou alimentos mal

manipulados, ou pode também pode ser por conta da própria resistência dos pais

em alimentar suas crianças.

Em todo o mundo cerca de 30% das crianças menores de 5 anos

apresentam baixo peso, com conseqüência da ma alimentação e repetidas

infecções. Mesmo em países em desenvolvimento, com escassez de recursos, a

ênfase em ações de orientação alimentar pode conduzir à melhores práticas

alimentares, levando ao melhor estado nutricional observados a partir da

vigilância alimentar e nutricional.

Crianças com a faixa etária de 5-10 anos.

Para as crianças de 5-10 anos, são analisados os mesmos indicadores

utilizados para as crianças menores de 5 anos. Surge então uma preocupação

maior com essa faixa etária, torna-se um problema maior que o grupo de risco que

até então era a faixa etária menor de cinco anos.

A alimentação dessas crianças deve prover de suficientes quantidades de

água, energia, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, por meio de alimentos

seguros, culturalmente aceitos pela criança.

Foi constatado que crianças dessas faixas etárias buscam o seu próprio

alimento, já praticam atividades de caça, pesca e manipulação do seu próprio

alimento, além de ter a tarefa também de alimentar os familiares mais novos.

Assim na visita domiciliar, é abordado conceitos adequados de preparo, noções de

consistência e quantidades ideais das refeições e opções de diversificação

alimentar que contemplem as necessidades nutricionais para cada fase do

desenvolvimento.

Adolescentes, Adultos e Idosos

Foram avaliados adolescentes, adultos e idosos de acordo com a

classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) da WHO, 1995, onde podemos

observar que grande parte dessas faixas etárias encontram-se com o peso

adequado, contudo, encontrou-se uma particularidade em comum, a presença de

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vários casos de sobrepeso e obesidade principalmente nos adultos. Dentre a faixa

etária acima de 60 anos, foram observados também casos de sobrepeso.

Mostra-se uma preocupação ainda maior com a população com a faixa

etária acima de 20 anos, pois se observa um grande numero da população com

sobrepeso ou obesidade, que pode ser por conta da massa muscular (devido as

atividades que tanto homem como mulher praticam como roça) que acaba

levando-nos a pensar um caso de obesidade, ou até mesmo por conta da estatura

dos indígenas que é baixa, e acaba sendo que o peso não fica de acordo com a

altura e acaba levando a um sobrepeso. Ou que também pode se da pelo fato de

os mesmo estarem se alimentando com quantidades acima das necessidades

que o organismo precisa, gerando assim um sobrepeso.

Programa Nacional de Suplementação de Ferro

O Programa Nacional de Suplementação de Ferro consiste na

suplementação medicamentosa de sulfato ferroso para crianças de 06 a 18 meses

de idade, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres até o 3º mês pós-parto ou

pós-aborto. Este programa consiste na distribuição gratuita de suplementos de

ferro nas unidades de saúde indígena e/ou entregues durante a visita domiciliar

nas aldeias, de acordo com o número de crianças e mulheres indígenas que

atendam ao perfil de sujeitos da ação do programa e com a metodologia

preconizada pelo DSEI, de acordo com o planejamento pela SESAI/MS.

O Programa Nacional de Suplementação de Ferro já foi implantado em

todos os pólos bases, o que está faltando é implementação do programa, como

por exemplo a capacitação dos profissionais principalmente para os novos

profissionais.

O suplemento é entregue para os pais da criança que estão incluídos no

programa e para as gestantes e orientado a dosagem e a periodicidade correta do

programa, o mesmo estará sendo acompanhado pela equipe de enfermagem que

devera dar continuidade nas ações. Os agentes de saúde também são orientados

quanto ao programa nacional de suplemento de ferro.

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SUPLEMENTO ALIMENTAR

Baseado nos dados da avaliação nutricional dos indígenas da etnia

kanamary, foi detectado muitos casos de criança com baixo peso e risco

nutricional, dependendo do estado nutricional da criança foi sugerido formula

infantil com o objetivo de ganho de peso e recuperação do estado nutricional. Foi

entregue para cada criança com o estado nutricional ou apontando para o baixo

peso ou apontando para risco nutricional, o suplemento alimentar.

Visto que, toda a população foi orientada quando a formula infantil, sempre

ressaltando a alimentação tradicional, não passando por cima da cultura dos

indígenas, mas como uma forma de recuperação do estado nutricional e aumento

da imunidade e resistência contra as doenças e infecções. Somente as crianças

que estavam precisando ganhar peso foi as que receberam as formulas infantis.

Foram realizadas visitas nutricionais em todas as casas das duas aldeias bases

(Aldeia Remansinho e Aldeia Massapê) para o acompanhamento nutricional das

crianças, principalmente para oferecer às crianças com baixo peso, a formula

infantil necessária para diferentes faixas etárias conforme o estado nutricional,

como já foi citado no parágrafo anterior. Por ocasião dessas visitas foi observado

que a maioria das mães indígenas tem rejeição em alimentar suas crianças,

dificultando o ganho de peso das crianças.

Atividades de educação em saúde

Foram realizadas atividades de educação em saúde com o objetivo de promover

os hábitos alimentares saudáveis, respeitando a cultura dos povos indígenas, com

resgate e valorização da alimentação tradicional.

Foram abordados os seguintes temas: O que é Alimentação e Nutrição, Grupos

alimentares, Segurança Alimentar, Alimentação Saudável, Alimentação do branco

versus alimentação do índio a diferença e os problemas, Higiene pessoal, higiene e

manipulação de alimentos, higiene dos utensílios (prato, colher e panelas), higiene

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domiciliar, Aleitamento materno, Doenças relacionadas a nutrição (Desnutrição,

Anemia), Cuidados com as crianças.

As atividades se davam da seguinte forma: tinham início com palestras

chamando atenção para as figuras expostas sempre utilizando data show e depois

realizadas atividades em grupos ou individuas para o melhor aprendizado. Era

estipulado um tempo para cada atividade e depois o grupo apresentava o trabalho que

fora feito em equipe.

Área Programática: Assistência Farmacêutica

Em 2011 a assistência farmacêutica enfrentou várias dificuldades,

principalmente em relação à aquisição de medicamento para que pudéssemos

promover a proteção e recuperação da saúde dos povos indígenas por meio da

garantia do acesso aos medicamentos.

Tendo em vista a extensão territorial do DSEI Vale do Javari e com o

quantitativo de recursos humanos de saúde insuficientes, não pôde ser realizada

nenhuma ação de fiscalização nos pólos bases, onde se deixou de observar como

é feito o acondicionamento, a dispensação e uso racional de medicamento

Em relação à estrutura física das farmácias dos pólos base e nas aldeias,

são poucos os que apresentam condições favoráveis de preservação da qualidade

do medicamento, faltando, portanto a construção de um local que possa oferecer

as condições mínimas de conservação destes.

Em contrapartida, estreitou-se a parceria com a Unidade Mista de Atalaia

do Norte e com Secretaria e Saúde do município, onde pudemos receber doações

e troca de medicamentos, mas mesmo assim o quantitativo não foi suficiente, pois

no município também há déficit no que diz respeito aos medicamentos

necessários à população.

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Área Programática: Saúde da Mulher e da Criança

As ações direcionadas à saúde da mulher abrangeram a assistência à

gravidez, parto e puerpério, prevenção do câncer de colo uterino, além de

combate às DSTs.

No entanto, as coletas de material para exame de PCCU se mantiveram

tímidas durante todo ano, especialmente por questões culturais, pois as indígenas

raramente aceitam que o profissional enfermeiro realize a coleta. A expectativa é

que em 2012 esse índice tenha uma elevação significativa, dadas as contratações

ocorridas no final de 2011.

Em relação ao acompanhamento de pré-natal, as grávidas identificadas

pelas EMSI receberam acompanhamento durante a gravidez, porém é sabido que

não foi possível a identificação de boa parte destas no início da gestação, pois há

resistência por parte das indígenas em comunicar a gravidez quando indesejada,

como conseqüência disso a média de atendimentos ficou abaixo da preconizada.

A maioria das gestantes atendidas pela EMSI foi encaminhada para o município

de Atalaia do Norte pra realização de consulta médica e exames laboratoriais

preconizados no programa de pré- natal.

A tabela a seguir faz o comparativo entre o número de gestantes

identificadas e o total de nascimentos ocorridos. O que pode ser observado é que

em alguns pólos o número de nascimentos ficou bem abaixo do número de

gestantes identificadas, isso pode ter ocorrido devido ao número de mulheres que

ainda estão gestantes, além do número de abortos. Oficialmente foram notificados

14 abortos, porém sabemos que existe sub-notificação. Os natimortos somaram

sete. A porcentagem de partos hospitalares foi de 26% (34 partos). Este dado é

extremamente importante quanto à necessidade de qualificação de parteiras

indígenas para o acompanhamento do pré-natal, parto e puerpério de forma a

reduzir a morbi-mortalidade neste ciclo de vida.

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Tabela 50 - Gestantes e nascidos Vivos por Pólo Base, DSEI Alto Javari, 2011.

Pólo Base Gestantes

identificadas

Total de

nascimentos

Alto Curuçá/Maronal 19 08

Alto Ituí/Vida Nova 23 17

Itacoaí/Massapê 66 32

Jaquirana/31 43 30

Médio Curuçá/São Sebastião 21 12

Médio Ituí/Aurélio 27 13

Médio Javari/São Luís 53 18

Total 252 130

Fonte: DSEI Vale do Javari

A taxa de natalidade do DSEI Javari no ano de 2011 foi de 26,50/mil/hab,

tendo em vista que a população até dezembro era de 4.905hab e ocorreram 130

nascimentos.

A etnia Mayuruna tem o maior número populacional e também é a que mais

nasceu no ano de 2011, o que também ocorreu entre os marubos e kanamarys. O

pólo base Massapê apresentou o maior número de nascimentos seguido do pólo

base Trinta e Um. O menor número de nascimentos ocorreu no pólo base

Maronal, sendo este também o menor pólo em população.

Houve variação no número de nascimentos se levarmos em consideração o

mês de ocorrência. Observa-se também que os meses de junho e outubro foram

onde se registrou o maior número de nascimentos, já os meses de julho e

dezembro os menores números. A média mensal fechou o ano em 10.8/mês.

Em relação ao sexo, nasceram mais crianças do sexo feminino, cerca de

12% a mais de meninas do que de meninos.

Área Programática: Saúde Bucal As ações de Saúde Bucal no ano de 2011 foram realizadas nos Pólos Base

Vida Nova, São Luís, Aurélio, CASAI e durante a realização do Manejo Clínico das

Hepatites Virais, no município de Tabatinga.

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As ações de saúde bucal às populações indígenas do DSEI Vale do Javari

se desenvolveram tendo como prioridade as necessidades curativas mais graves

e ações de Educação em Saúde. Estas são de extrema importância para a

população indígena para a prevenção e remoção de focos de infecção, já que a

mesma ficou um longo período sem assistência odontológica, devido a quantidade

insuficiente de insumos, aparelhos odontológicos e profissionais para atender toda

a área do Vale do Javari.

O planejamento de Odontologia foi feito para atender toda a população do

DSEI Javari, porém devido à falta de alguns insumos e aparelhos odontológicos

não foi possível realizar as ações em todos os Pólos Base, sendo realizado

somente em três.

Foram atendidas 547 indígenas durante as ações de Saúde Bucal, sendo

realizados 1044 procedimentos, dentre eles, exodontias, suturas, tratamento

periodontal, aplicação tópica de flúor restauração de amálgama, resina e ionômero

de vidro, ou seja, realizou-se mais de um procedimento em um único paciente,

concluindo o tratamento odontológico básico.

Apesar da cobertura do atendimento odontológico nos pólos base ter se

mantido abaixo de 50%, uma das ações que foi enfatizada com rigor diz respeito à

educação em saúde. A equipe realizou escovação supervisionada e aplicação

tópica de flúor, fornecimento de escova dental, creme dental e fio dental para toda

a população indígena do DSEI Javari com a participação do Auxiliar de Saúde

Bucal e Cirurgiã-Dentista. É de extrema importância realizar as ações de

prevenção para a conscientização da população quanto a sua saúde bucal.

Toda a população do DSEI Vale do Javari recebeu insumos odontológicos

para realizar a higienização da cavidade oral. Sendo possível realizar as

atividades de Saúde Bucal Coletiva, tais como escovação supervisionada quando

a equipe de saúde bucal esteve presente nas aldeias e pela equipe de

enfermagem que estão freqüentemente nas aldeias.

Na população indígena da etnia Matis, a presença de elementos dentários

com abrasões profundas, principalmente na região ântero-superior, em indígenas

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que utilizam adorno, constituído de perfurações na pele da face, queixo e linha de

expressão, e introdução de um pedaço de madeira no formato de um pequeno

bastão pelo orifício criado. Por ocasião deste adorno que acaba posicionando-se

internamente na mucosa oral repousando sobre os elementos dentários, ocorre

uma deposição maior de restos alimentares sob este bastão, que acabam não

sendo removidos pela higienização, causando cáries nestes elementos, bem como

a fricção do bastão ao esmalte dentário causando abrasão. Sendo esta uma

questão cultural, mas que está afetando a saúde dos dentes, orientamos que no

momento da higienização houvesse uma especial atenção na higienização dos

dentes que ficam sob o adorno.

Morbidades Doenças Sexualmente Transmissíveis

O combate às DSTs é uma preocupação constante das EMSI. A aplicação

de teste rápido para diagnóstico de Sífilis e HIV facilitou o diagnóstico e

tratamento, porém o que ainda preocupa é a não cobertura do tratamento

adequadamente, haja vista que este precisa ser administrado durante 3 semanas

e nem sempre isso é possível devido a intensa migração. A figura abaixo descreve

os casos diagnosticados por etnia em 2011. Lembro que os testes realizados na

Casa de Apoio são aplicados durante a realização do Manejo Clínico das

Hepatites Virais.

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Gráfico 32 - Casos de Sífilis por Etnia, DSEI Vale do Javari, 2011.

Não foram diagnosticados casos em gestantes. O maior número de casos

foi diagnosticado entre índios da etnia mayuruna, seguido da etnia marubo. A

incidência de sífilis no DSEI Vale do Javari foi de 897,1/100.000 habitantes.

Hepatites Virais

As ações de combate às hepatites virais também foram intensificadas no

ano de 2011 com a realização de três etapas do Manejo Clínico.

O Manejo Clínico consiste na retirada dos indígenas selecionados, por meio

do inquérito sorológico realizado no período de 2006-2008, de suas aldeias até a

cidade de Tabatinga, onde permanecem por um período de em média 15 dias.

Durante esse período são realizadas novas sorologias e exames bioquímicos que

direcionam a conduta a ser adotada em cada situação identificada.

Durante o ano de 2011 foram realizadas três etapas, sendo uma no mês de

maio, outra em outubro e a ultima em dezembro.

Em relação aos casos positivos identificados, temos os seguintes

diagnósticos: 33 casos de hepatite B+C (731,9/100.000 hab); Hepatite B 3 casos,

incidência de 66,5 / 100.000 habitantes, o que se configura como problema de

saude extremamente grave.

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Área Programática: Controle de Endemias

O DSEI Vale do Javari está localizado em uma área endêmica para Malária.

Apesar de o percentual ter diminuído ainda é grande o número de casos (como

mostra a figura a seguir).

Gráfico 33 - Distribuição de casos de Malaria por Pólo Base, DSEI Rio Javari,

2011.

O tipo de plasmódium mais encontrado é o vivax, com maior ocorrência nos

pólos base Vida Nova, Aurélio e Maronal. Os pólos base São Sebastião, Maronal

e Vida Nova registram o maior número de casos de malária falciparum e o pólo

base Vida Nova registra praticamente 50% dos casos de malária mista. O IPA de

Malária para o DSEI Vale do Javari em 2011 registra 302,3 casos para cada

100.000 habitantes.

Área Programática: Tuberculose, Hanseníase e leishmaniose

No ano de 2011 foi registrado um total de 12 casos de Tuberculose em

indígenas do DSEI Vale do Javari com incidência de 244,6 casos por 100.000

habitantes. Apesar da elaboração de um plano de ação no qual o objetivo era a

realização de busca ativa nas áreas de maior incidência, este não foi cumprido por

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questões logísticas. Assim as ações se concentraram na Casai, onde foi realizada

busca ativa por meio de coleta de material para pesquisa de BAAR. No total foram

coletadas e analisadas 100 lâminas, não havendo casos positivos identificados.

Vale ressaltar que todos os pacientes em tratamento permanecem na CASAI até a

alta.

Em relação a Hanseníase e a Leishmaniose Tegumentar não foi fornecida a

casuística.

Área Programática: Imunização

As ações de Imunização estão entre as consideradas ações prioritárias, em

especial à população menor de ano. No decorrer de 2011 foram realizadas 6

entradas das equipes de imunização, algumas entradas abrangeram área

geográfica de dois ou três pólos (o que elucida a diferença na tabela seguinte). A

questão climática da região do Vale do Javari é fator relevante e interfere

diretamente no desenvolvimento das ações de saúde, em especial nas ações de

imunização. Na época da vazante dos rios torna-se impossível chegar aos pólos

mais distantes em hábil que assegure a qualidade dos imunobiológicos, já que as

embarcações nas quais há possibilidade de levar geladeira ficam impossibilitadas

de navegar. Diante do exposto, em alguns pólos base (Maronal e Vida Nova)

estas ações acontecem apenas durante o 1º semestre, quando os rios estão

cheios.

Gráfico 34 - Cobertura Vacinal, DSEI Vale do Javari, 2011.

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Principais morbidades diagnosticadas nas aldeias

Em relação às morbidades identificadas durante a permanência das EMSI

nas aldeias as mais diagnosticadas, de acordo com a classificação do COMOA,

foram as doenças infecciosas e parasitárias, que abrangem as parasitoses

intestinais e as DDA; as doenças do sistema respiratório (IRA) e as doenças de

pele (escabiose, impetigo, entre outras comuns na região).

O consolidado das morbidades mais freqüentes permite um olhar

abrangente em relação às doenças mais freqüentes nas aldeias do Vale do Javari.

Gráfico 35 - Morbidades por Pólo Base, DSEI Vale do Javari, 2011.

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Podemos identificar, por exemplo, que no pólo base São Sebastião durante

o 1º semestre de 2011, foram diagnosticados e tratados um número grande de

Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP), destaque também para as doenças de

pele. As DIPs mais freqüentes estão as parasitoses intestinais, DSTs e micoses.

Já no pólo base Trinta e Um (rio Jaquirana), as morbidades mais freqüentes foram

as DIPs e as doenças do aparelho respiratório.

No pólo base Massapê, destacaram-se as DIPs, doenças do aparelho

respiratório e as doenças do sangue, em especial a anemia.

A DDA, assim como a IRA, constituem doenças que podem ser definidas

como sazonais, visto que o seu aparecimento é diretamente influenciado pelas

condições climáticas. No período de vazante dos rios, justamente o período de

intenso calor durante o dia e friagem durante a noite, há um aumento significativo

no número de casos, em especial nos pólos base mais distantes onde essas

condições são mais evidentes.

Em relação aos óbitos ocorridos durante o ano de 2011, somaram um total

de 37. Destes 04 eram portadores de doenças crônicas e 02 cometeram suicídio

(todos adultos jovens). Quanto à faixa etária na qual o índice de óbitos foi maior,

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podemos observar que foi a que compreende os menores de 1 ano ( 16 óbitos), o

que nos coloca em uma situação de alerta especial nas atenções ao Pré-Natal e

Saúde da Criança.

Gráfico 36 - Óbitos por Faixa Etária, DSEI Vale do Javari, 2011.

Ocorrem mais óbitos em pessoas do sexo feminino. Como observamos nos

dados de natalidade, nascem mais mulheres, e também estas têm probabilidade

maior de morrer, em especial quando menores de ano, dos 23 óbitos ocorridos

entre mulheres, 11 foram nesta faixa etária.

Quando a referência é a causa do óbito, registrou-se um número

considerado de enforcamento (por suicídio) entre índios da etnia kanamary, sendo

quatro (4) no decorrer do ano. Outros quatro óbitos foram em decorrência de

doenças crônicas (hepatites virais) e ocorreram em adultos. Outra causa

relevante está relacionado ao quadro de choque séptico em ambiente hospitalar

(cinco ocorrências).

Taxa de Mortalidade Geral: 7,54/mil/hab

Taxa de Mortalidade Infantil: 130,8 /1.000 NV

Mortalidade Materna: 769,2/100.000 NV

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Natimortalidade: 53,84/mil NV

A taxa de mortalidade infantil está classificada como GRAVE, pois estão

acima de 50/1.000 nascimentos. Porém esperamos que com a continuidade das

ações de saúde e a não interrupção da presença das EMSI possamos diminuí-la

até que consigamos alcançar um parâmetro aceitável.

Ao falarmos de causa dos óbitos vemos que 17 pessoas ainda estão sem a

Declaração de Óbito, fato que se explica com o óbito ocorrido na aldeia, portanto

sem a presença de um profissional médico que possa assinar este documento.

Por esse motivo, as informações colhidas na Ficha de Investigação de Óbito são

encaminhadas para a Secretaria Estadual de Saúde, que posteriormente atribui

um CID para a causa do óbito, somente após esse procedimento são tomadas as

providências legais para o registro.

Tabela 51 - Causas e Número de Óbitos, 2011, DSEI Vale do Javari.

Causa Óbitos

Sem DO 17 Diarréia Aguda, desnutrição 1 Anemia aguda, Hemorragia, Hepatite 1 Anencefalia 1 Membrana Hialina 1 Pneumonia grave 4 Ca de colo de Útero 1 Choque séptico, pneumonia 1 Cirrose, Hemorragia Digestiva 4 Sepsis, Hepatite Viral Crônica 1 Hemorragia pós Parto 1 Enforcamento (suicídio) 4

Total 37 Fonte: DSEI Vale do Javari

Chama atenção que 20% dos óbitos com causa conhecida sao por

hepatopatias decorrentes de hepatite, sendo esta uma patologia imunoprevínivel.

20% foram decorrentes de lesões autoinflingidas suicídios por enforcamento).

CASAI/ATN

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162

A Casai é a referência do DSEI no município para os indígenas que são

encaminhados pelos profissionais de saúde das equipes multidisciplinares ou vem

de demanda espontânea. Esta possui uma equipe de profissionais (médico,

enfermeiros, técnicos de enfermagem, AIS, microscopista, técnico em laboratório,

assistente social) e de apoio que garantem ao indígena o atendimento do qual ele

necessita até que este esteja liberado para retornar à sua aldeia de residência, ou

seja, encaminhado para outra referencia.

Na Casai são realizados atendimentos específicos por categoria profissional

de acordo com a necessidade como também são realizados procedimentos de

enfermagem, consolidados nos gráficos seguintes.

Os gráficos seguintes demonstram as atividades desenvolvidas, os

encaminhamentos, os atendimentos e morbidades mais frequentemente

identificadas.

Gráfico 37 - Atendimentos especializados realizados na CASAI/ATN em 2011,

distribuídos por categoria profissional.

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163

Gráfico 38 - Exames realizados em pacientes da Casai/ATN durante o 1º semestre

de 2011, distribuídos por local de referência.

Gráfico 39 - Internações de indígenas residentes na área de abrangência do DSEI

Javari, distribuídas por referência.

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164

CASA DE APOIO/TBT

A Casa de Apoio em Tabatinga conta com uma EMSI composta por 01

médico, 02 enfermeiras e 05 técnicos em enfermagem, além da equipe de apoio

como cozinheira, serviços gerais e auxiliar administrativo.

Durante o 1º semestre de 2011, foi realizado um manejo das hepatites

virais. Para isto foram deslocados um total de 98 indígenas de suas aldeias até a

cidade de Tabatinga, onde o DSEI mantém uma Casa de Apoio, e oferecido toda a

logística e apoio para que fossem realizados os exames necessários para o

diagnóstico e posterior tratamento conforme a especificidade de cada caso.

Durante esse tempo, também são realizadas atividades de Educação em

Saúde voltadas especialmente para a questão da prevenção das Doenças

Sexualmente Transmissíveis, além de testagem rápida para Sífilis e HIV com

tratamento dos casos identificados, ação de Imunização e atendimento médico

das queixas clínicas apresentadas pelos indígenas.

DSEI Médio Solimões e Afluentes

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165

A sede do DSEI Médio Solimões e Afluentes está localizada no município

de Tefé/AM e sua implantação ocorreu no mês de novembro de 1999 através da

Lei no 9.836 e Decreto no 3.156 do mesmo ano. Engloba alem da Sede Tefé, os

municipios de Fonte Boa, Jutaí, Japurá, Maraã, Alvarães, Juruá, Eirunepé, Envira,

Itamarati, Ipixuna e Guajará.

Os dados epidemiológicos, referentes à área indígena dos municipios de

Fonte Boa e Jutaí não foram disponibilizados pelo DSEI Médio Solimões e

Afluentes.

SAÚDE MATERNO – INFANTIL

O Diagnóstico da saúde Materno – Infantil visa subsidiar a estruturação da

Rede Cegonha na Regional do Alto Solimões.

São Princípios da Rede Cegonha:

A defesa dos direitos humanos;

O respeito à diversidade cultural, étnica e racial e às diferenças regionais;

A promoção da equidade;

O enfoque de gênero;

A garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos de mulheres,

homens, jovens e adolescentes;

A participação e a mobilização social; e

A compatibilização com as atividades de redes de atenção à saúde materna

e infantil em desenvolvimento nos estados.

A Matriz Diagnóstica da Rede Cegonha é composta por quatro grupos de

indicadores:

1º GRUPO: Indicadores de Mortalidade e Morbidade

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166

Número de nascidos vivos e % de gestantes com mais de 7 consultas no

PN;

Incidência de sífilis congênita (Indicador 7 do Pacto pela Vida);

Número absoluto de óbitos infantis (neonatal e pós-neonatal);

Número absoluto de óbitos Maternos por município.

2º GRUPO: Indicadores de Atenção

Cobertura de equipes de Saúde da Família;

Tipo de parto: % de partos cesáreos e partos normais e % de partos

cesáreos em primípara com IG > 32;

% de gestantes captadas até a 12ª semana de gestação;

% de crianças com consultas preconizadas até 24 meses;

% de crianças com as vacinas de rotina de acordo com a agenda

programada.

3º GRUPO: Situação da Capacidade Hospitalar instalada

Número de leitos obstétricos totais e por estabelecimento de saúde;

Identificação das maternidades para gestação de alto risco e/ou

atendimento ao recém nascido e crianças de alto risco;

Identificação dos leitos UTI neonatal existentes;

Identificação dos leitos UTI adulto existentes.

4º GRUPO: Indicadores de Gestão

% de investimento estadual no setor saúde;

PDR atualizado;

PPI atualizada;

Identificação de centrais de regulação:

o Urgências e emergências - SAMU;

o De internação;

o Consultas e exames;

Implantação de ouvidorias do SUS no estado e capital.

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167

A análise dos dados obtidos no MS/SVS/DASIS/CGIAE mostra que se

mantém em queda o número de nascimentos em quatro das regiões do Brasil,

sendo o Norte a única região que apresentou tendência inversa, possivelmente em

decorrência da melhoria da cobertura do sistema de informação.

O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC, além de

fornecer informações sobre o quantitativo de crianças nascidas vivas no Estado,

base para o cálculo de muitos indicadores de saúde, possibilita a análise de

alguns fatores de risco no nascimento, contribuindo para o planejamento das

ações que visem reduzir a morbimortalidade infantil e materna.

Na Região do Alto Solimões, em 2010, houve aumento de 2.044

nascimentos com relação ao ano de 2000. O aumento proporcionalmente mais

acentuado ocorreu em São Paulo de Olivença. E o menor em Fonte Boa.

No mesmo período houve aumento de 84,9% na taxa de cobertura de

captação de nascidos vivos na região indicando acentuada melhoria nos sistemas

de informação utilizados pelos municípios.

Tabela 52 - Nascidos Vivos por Municipio, Alto Solimões, 2000-2010.

Nascidos vivos 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 %2010/2000

Amaturá 82 96 127 141 152 155 276 184 310 239 231 181,7

Atalaia do Norte 161 265 253 336 259 235 288 214 238 313 260 61,5

Benjamin Constant 435 637 667 704 632 678 847 952 1104 951 939 115,9

Fonte Boa 463 487 546 511 553 512 588 510 574 532 470 1,5

Jutaí 303 334 419 361 369 349 346 352 404 428 315 4,0

Santo A. do Içá 196 317 327 487 504 578 559 572 600 581 517 163,8

São P. de Olivença 271 313 460 346 485 527 719 708 800 818 779 187,5

Tabatinga 1.013 1.031 1.113 1.207 1.172 1.283 1356 1292 1403 1490 1384 36,6

Tonantins 241 278 296 263 326 308 313 392 378 318 314 30,3

Regional 3165 3758 4208 4356 4452 4625 5292 5176 5811 5670 5209 64,6

Fonte: NUSI/FVS Dados sujeitos a revisão. Banco: 12/08/11

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168

Na última década houve queda da taxa de fecundidade (número médio de

filhos nascidos vivos por mulher) no Amazonas, de 5,1 em 2000 para 4,6 em 2010.

No Alto Solimões, a queda passa a ser notada apartir de 2007 quando passa

atingir cobertura acima de 95%.

As taxas brutas de natalidade nos municípios do estudo apresentaram-se

com comportamento diferenciado no período, porem todas, a exceção de

Tabatinga, apresentaram crescimento em 2010 em relação a 2000.

O municipio de Tabatinga apresenta as taxas mais constantes com discreta

redução (0,9%) da Taxa Bruta de Natalidade.

A proporção de notificações de nascimentos nos municípios brasileiros que

compõe a Regional do Alto Solimões mostra aumento na captação no período de

2000 e até 2010, chegando a 101,5% dos estimados. Atalaia do Norte, Jutaí e

Tonantíns não atingem o percentual de captação pactuado na PAVS

(Programação das Ações de Vigilância em Saude) que é de 90% em 2010. A

maior cobertura verifica-se em Benjamin Constant com 122,8% de razão entre

nascidos vivos captados e estimados.

Os dados do SINASC para os anos de 2000 a 2010 indicam que a

proporção de crianças com baixo peso ao nascer (menos de 2500g) na Regional

do Alto Solimões como todo variou entre 2,5 e 10,8%. Os municípios de Benjamin

Constant, Jutaí e Santo Antônio do Içá são as que apresentam os piores

indicadores com aumento no período de 194,8%, 109,9% e 143,7%

respectivamente. Tabatinga, o único municipio com diminuição (- 20,8%), foi o que

apresentou o melhor resultado. (Tabela 46).

Em 2010 o peso representado por Atalaia do Norte e Fonte Boa aumenta os

valores gerais de baixo peso ao nascer para toda área de estudo (ver tabela 53).

Tabela 53 - Proporção de Nascidos Vivos com Baixo Peso ao Nascer por

Município e Ano Alto Solimões, 2000-2010.

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Municipio 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Amaturá 7,3 2,1 3,9 4,3 5,9 4,5 2,5 6,0 6,8 8,4 7,4

Atalaia do Norte 6,8 6,8 7,1 6,3 6,6 7,2 8,7 6,5 4,2 7,7 9,6

Benjamin Constant 2,5 1,7 3,0 4,8 4,3 4,1 5,1 6,0 7,3 7,6 7,5

Fonte Boa 7,3 7,2 9,9 8,6 7,2 6,1 8,0 7,5 6,1 7,9 9,6

Jutaí 3,6 2,7 6,9 1,4 1,1 0,9 10,1 8,0 4,2 7,2 7,6

Santo A. do Içá 3,6 3,2 2,4 3,9 4,8 5,2 3,9 3,8 5,5 7,7 8,7

São P. de Olivença 3,0 2,9 5,4 2,3 8,2 5,5 8,6 9,7 8,1 8,4 5,8

Tabatinga 8,5 6,7 8,6 8,9 6,7 6,8 5,1 7,3 7,1 8,4 6,7

Tonantíns 3,7 3,6 6,1 7,6 6,4 5,5 5,8 7,1 10,8 5,7 7,6

REGIONAL 5,8 4,6 6,5 6,1 5,8 5,4 6,2 7,0 6,9 7,9 7,4

Fonte: SINASC/MS – NUSI/FVS

O percentual de partos prematuros mostra queda (15,6%) no Alto Solimões

entre 2000 e 2010. Benjamin Constant, São Paulo de Olivença e Tabatinga

registram aumento, considerando os anos extremos da série analisada. Os demais

municípios apresentaram redução em 2010 em relação ao inicio do estudo e picos

muito mais altos no meio do período.

Tabela 54 - Percentual de Prematuridade por Município e Ano na Regional do Alto

Solimões e Amazonas, 2000-2010.

Município 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Amaturá 19,5 11,5 10,2 12,1 11,2 8,4 3,6 14,1 5,8 25,5 9,5

Atalaia do Norte 3,1 1,5 9,1 1,5 0,0 0,4 1,7 1,9 0,4 2,9 0,8

Benjamin Constant 0,7 2,5 2,4 1,0 0,8 1,6 1,3 2,2 2,8 10,9 6,3

Fonte Boa 11,9 5,7 2,2 1,6 2,5 1,2 2,4 2,4 2,8 2,3 2,3

Jutaí 3,0 3,3 3,3 0,3 1,1 1,1 4,0 0,9 1,5 0,5 1,0

Santo A. do Içá 10,7 9,8 3,4 4,7 3,2 2,1 3,2 3,3 3,0 2,4 5,8

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170

São P. de Olivença 0,4 1,0 2,4 1,2 0,0 0,9 0,7 0,7 0,5 1,8 1,7

Tabatinga 1,9 2,2 8,3 7,4 2,0 3,6 7,4 5,3 2,5 3,9 3,3

Tonantíns 5,4 1,8 2,0 1,5 2,5 1,0 1,0 0,5 1,6 38,4 3,8

Regional 4,5 3,5 4,7 3,6 2,0 2,2 3,4 3,1 2,3 7,0 3,8

Amazonas 6,6 5,8 5,7 5,3 5,6 5,0 5,1 5,0 5,1 5,7 5,6

Fonte: SINASC/MS – NUSI/FVS

A prematuridade é um dos fatores determinantes mais importantes da

mortalidade infantil. No Amazonas, 5,6% dos NV foram pré-termo em 2010. Vem

sendo registrado aumento da incidência da prematuridade e do baixo peso ao

nascer em capitais e cidades de maior porte no Estado, o que tem sido fonte de

grande preocupação. Os estudos apontam que este aumento está relacionado às

taxas crescentes de cesarianas programadas com interrupção indevida da

gravidez, sem justificativa médica, tendo como consequência a prematuridade

iatrogênica e aumento do risco de morte infantil e perinatal, mesmo entre os RN

prematuros tardios com peso adequado ao nascer.

O baixo peso ao nascer (< 2.500g) é o fator de risco isolado mais

importante para a mortalidade infantil. Embora essa prevalência não seja alta,

26,2% (região Norte) e 39,% (região Sul) dos óbitos infantis ocorrem nesse grupo

de bebês, o que reforça a importância da organização do sistema de assistência

de saúde à gestante e ao RN de risco.

O adequado acompanhamento pré-natal possibilita a identificação de

problemas e riscos em tempo oportuno para intervenção. A proporção de

gestantes que fizeram sete ou mais consultas pré-natais caiu de 24,6% em 2000

para 21,9% em 2010, com importantes diferenciais

Tabela 55 - Proporção de Consultas de Pré-Natal por Parto e Ano na Regional do

Alto Solimões, 2000 e 2010.

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171

Regional 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Nenhuma 14,1 16,0 15,4 12,8 15,3 12,8 13,8 10,7 10,1 7,9 5,3

De 1 a 3 25,0 21,7 20,4 20,1 32,1 23,0 28,7 29,4 27,7 30,4 30,9

De 4 a 6 31,7 37,1 39,8 36,5 37,2 48,6 41,5 39,4 40,3 40,6 40,6

7 ou mais 24,6 21,5 22,1 24,2 14,2 14,2 15,0 19,8 21,7 20,1 21,9

Ignorado 4,6 3,7 2,2 6,5 1,2 1,3 1,0 0,7 0,3 1,1 1,1

Fonte: MS-SINASC

Ao analisarmos a tabela 55 e considerando que a meta é de, pelo menos,

seis consultas de pré-natal, observamos que em 2000, 31,7%% das gestantes

realizaram menos de quatro consultas durante a gravidez, estes valores

aumentaram para 40,6% em 2010. Estes números evidenciam a necessidade de

programar estratégias que permitam alcançar a meta. Isso se torna ainda mais

evidente porque os dados do SINASC ainda registram que 14,1% das gestantes

não realizaram nenhuma consulta de pré-natal em 2000 e 5,3% em 2010 e mais

de 75 % delas fizeram menos de 7 consultas. O maior percentual com menos de 4

consultas tanto em 2010 está em São Paulo de Olivença com 82,7 % das

gestantes . Atalaia do Norte tem o menor percentual de gestantes que não

realizaram nenhuma consulta de pré-natal mas tambem a maio proporção de

ignorados/ não informados. O percentual de consultas ignoradas apresentou

queda significativa entre 2000 e 2010 caindo de 14,1% para 5,3%

respectivamente, demonstrando melhor qualidade no sistema de informações. Os

municipios da regional do Alto Solimões apresentam um percentual geral abaixo

da média do estado do Amazonas

A tabela 56 mostra que 62,4% dos partos ocorreram na faixa etária de 20 a

35 anos em 2010 (em 2000 esta faixa representava 59,0% dos partos). A gravidez

na adolescência apresenta-se em queda lenta, mas com tendência mantida nos

anos avaliados. Os resultados mostram que este problema tem uma importância

relativa maior nos municípios de Fonte Boa e Jutaí, onde a proporção de mães

menores de 19 anos ultrapassa os 33% enquanto em São Paulo de Olivença

(menor índice da área) chega a 24,3% do total de partos. Além de trazer como

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172

conseqüências uma série de implicações sociais é, reconhecidamente, importante

fator de risco para a mortalidade infantil e materna. Nesse sentido, a

implementação dos programas de planejamento familiar e a garantia de acesso

aos métodos anticoncepcionais a toda população é fundamental para reverter à

situação.

Tabela 56 - Nascidos Vivos por Faixa Etária da Mãe na Regional do Alto Solimões,

2000-2010.

Faixa

Etária 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

< de 14 2,0 1,3 1,6 1,7 1,9 1,4 1,6 1,8 1,8 1,9 1,8

15 a 19 29,7 29,6 30,1 29,7 28,3 28,1 25,7 27,5 27,2 27,2 26,7

20 a 24 30,1 32,3 31,7 31,3 32,2 31,4 31,7 30,0 30,8 29,2 29,4

25 a 29 19,3 17,9 17,8 18,4 18,5 20,5 21,0 19,8 19,4 20,0 20,2

30 a 34 9,6 10,5 10,6 10,1 10,5 10,7 11,5 11,7 12,0 12,6 12,8

35 a 39 5,4 5,5 5,4 5,8 6,3 5,8 6,0 6,8 6,0 6,5 6,4

40 a 44 1,7 1,7 2,3 2,2 1,9 1,8 1,9 1,9 2,3 2,2 2,3

45 e + 0,5 0,7 0,5 0,2 0,3 0,3 0,6 0,5 0,4 0,4 0,4

Idade ign. 1,7 0,6 0,1 0,6 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0

Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Fonte: SINASC/ MS – NUSI/FVS

Conforme a tabela 57, em 2000 os partos hospitalares corresponderam a

83,3% das notificações de nascidos vivos e 14,2% informaram partos domiciliares.

Em 2010 os eventos ocorridos no ambiente hospitalar diminuíram 11,4% (73,8%

destes) enquanto os partos no domicilio aumentaram em 83,8% correspondendo a

26,1% do total de nascimentos informados.

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173

Tabela 57 - Proporção de Partos por Local de Ocorrência e Ano na Regional do

Alto Solimões, 2000-2010.

Local do

Parto 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Hospital 83,3 78,4 73,8 72,0 72,7 75,4 72,9 69,5 69,7 70,3 73,8

Domicilio 14,2 20,4 25,3 27,4 27,2 22,9 27,0 30,3 30,0 29,6 26,1

Out.Est.Saúde 2,4 0,9 0,8 0,5 0,1 1,7 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0

Outros 0,1 0,3 0,1 0,1 0,0 0,0 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1

Fonte: SINASC/ MS – NUSI/FVS.

Três municípios (Amaturá, Atalaia do Norte e São Paulo de Olivença),

reduziram a proporção de cesáreas em 2010, em relação há 2000. Quatro

municípios (Benjamin Constant, Fonte Boa, Jutaí e Tabatinga) apresentam valores

acima de 10% em 2010, em 2000 eram dois (Amaturá e Fonte Boa). A partir de

2003, Fonte Boa apresenta as maiores proporções entre os municípios da

Regional, sendo 2010 o ano de maior taxa.

Tabela 58 - Proporção de Partos Cesáreos por Municipio e Ano na Regional do

Alto Solimões, 2000-2010.

Municipio 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Amaturá 20,7 24,0 22,8 12,8 18,4 13,5 9,8 7,1 3,9 3,8 8,7

Atalaia do Norte 7,5 4,9 4,3 1,5 3,9 6,8 3,1 5,6 7,1 5,8 6,2

Benjamin Constant 8,5 10,7 11,8 12,1 17,4 15,5 14,2 11,7 11,1 13,9 11,8

Fonte Boa 17,9 15,6 13,7 18,8 20,8 23,2 19,0 25,5 30,8 29,3 34,0

Jutaí 8,3 6,3 6,0 5,3 3,0 3,4 6,1 5,4 5,0 5,1 17,8

Santo A. do Içá 9,2 6,6 3,7 6,0 5,6 4,7 5,9 9,6 10,5 7,6 9,9

São P. de Olivença 9,2 6,4 6,1 5,5 2,7 6,5 4,3 3,1 5,8 5,1 4,9

Tabatinga 7,0 5,5 5,6 9,8 10,0 9,7 11,5 9,4 8,3 11,9 12,3

Tonantíns 2,1 2,2 1,4 1,9 0,9 0,0 5,4 6,9 4,0 6,6 9,9

Regional 9,3 8,1 7,7 9,0 9,8 9,9 9,9 9,9 10,2 11,0 12,5

Amazonas 25,2 23,5 23,3 24,6 27,9 29,6 31,8 33,4 34,6 35,5 37,8

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174

Fonte: SINASC/ MS – NUSI/FVS

A proporção de partos cesáreos no Estado elevou-se de 25,2% em 2000,

para 37,8% em 2010 e apresenta tendência crescente em todas as regionais

inclusive a do Alto Solimões (Tabela 58). Essa situação aponta a necessidade de

ações mais efetivas para a redução da realização de cesarianas desnecessárias,

já que é fator de risco para a prematuridade, baixo peso ao nascer e mortalidades

neonatal e materna.

A tabela 59 mostra que em 2000 42,8%das gestantes possuíam menos de

4 anos de estudo e em 2010 estas eram 26,8%. Esta diferença pode ser maior,

pois o percentual de partos cuja escolaridade da mãe era ignorada caiu de 10,6 %

para 0,8% no mesmo período, mostrando melhoria de qualidade das informações

no instrumento de registro dos nascidos vivos na área da Regional.

Tabela 59 - Escolaridade Materna, Regional do Alto Solimões, 2000-2010.

Anos de Estudo 2000 2005 2010

Nenhum 16,7 8,8 7,8

1 a 3 26,1 27,3 19,0

4 a 7 38,5 41,5 37,6

8 a 11 15,2 16,2 26,2

12 e + 3,5 6,2 9,5

Conhecidos 89,4 98,8 99,2

Ignorado 10,6 1,2 0,8

Geral 100,0 100,0 100,0

Fonte: MS-SINASC

A escolaridade materna é outro fator de risco importante para a sobrevivência

infantil e indicador da condição socioeconômica.

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175

A tabela 60 mostra a evolução dos partos cesáreos em relação à faixa

etária na Regional do Alto Solimões, comparando os anos de 2000 e 2010. Para

esta avaliação desconsideraram-se os partos ocorridos quando a faixa etária era

ignorada.

O percentual de partos cesáreos teve um aumento de 35,5 % no período. A

faixa etária com maior aumento foi a que vai dos 15 aos 19 anos (37,0%), seguida

da de 20 a 29 anos com 35,9%. Acima dos 40 anos houve aumento de 30,1%. O

menor aumento ocorreu na faixa etária de 30 a 39 anos com 20,5% em relação a

2000.

Tabela 60 - Tipo de Partos Segundo a Faixa Etária na Regional do Alto Solimões,

2000 e 2010

Tipo de Parto

2000 2010

< 14 15 - 19 20 - 39 30 - 39 40 e + Total < 14 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 e + Total

Vaginal 53 854 1408 433 68 2870 75 1213 2240 894 124 4546

Cesáreo 9 87 152 42 3 293 17 175 338 106 17 653

Total 62 941 1560 475 71 3163 92 1388 2578 1000 141 5199

% Vaginal 85,5 90,8 90,3 91,2 95,8 90,7 81,5 87,4 86,9 89,4 87,9 87,4

%Cesáreo 14,5 9,2 9,7 8,8 4,2 9,3 18,5 12,6 13,1 10,6 12,1 12,6

Fonte: MS-SINASC

Observa-se ainda que do total de partos cirúrgicos, os ocorridos em

adolescentes correspondem a 32,4% em 2000 e a 29,4% em 2010. A maior

proporção de cesáreas em 2000 e em 2010 foi na faixa de 20 a 29 anos (51,8%

em ambos) em relação ao total de partos cirúrgicos.

A incidência de malformações congênitas (MFC) ao nascer, dado que

consta na DNV, é subestimada, pois as mais graves levam a perdas fetais,

enquanto outras são de difícil diagnóstico e podem não ser percebidas no

momento do nascimento. A literatura aponta esta ocorrência em aproximadamente

2 a 3% dos nascidos vivos. O SINASC é a única fonte de dados de base

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176

populacional que contém essa informação no Brasil. Em 2010 foram registrados

como portadores de MFC 0,65% dos NV, sendo 43% dos casos relacionados ao

sistema osteomuscular.

MORTALIDADE INFANTIL

A estruturação dos Comitês de Investigação de Óbitos Infantis e de Óbitos

Maternos, para avaliação dos serviços, é recomendada pela legislação brasileira

como ação estratégica para aprimoramento da atenção de saúde.

Os óbitos ocorridos na população menor de um ano formam um indicador

bastante acurado da qualidade de vida de uma população.

Estima o risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano de

vida. É um dos principais indicadores de saúde pública, utilizado como indicador

geral e como específico. Como indicador de saúde geral, expressa, em

associação com outros indicadores, a situação de saúde de uma comunidade e as

desigualdades de saúde entre grupos sociais e regiões. Como indicador

específico, revela as condições de saúde do grupo materno-infantil.

As taxas de mortalidade infantil são classificadas em altas (25 por 1000 ou

mais), médias (10 a 24 por 1000) e baixas (menos de 10 por 1000), em função de

patamares alcançados em países desenvolvidos (IDB 1999). A Organização

Mundial de Saúde (OMS) considera mortalidade infantil alta aquela acima de 20

óbitos de menores de 1 ano de idade por 1.000 nascidos vivos.

Na análise da mortalidade infantil, deve-se considerar que, embora altas

taxas de mortalidade infantil possam revelar precárias condições sociais e de

saúde, baixos níveis de mortalidade infantil não refletem necessariamente

melhoria das condições de vida da população. Por outro lado, o aumento na taxa

de mortalidade infantil pode, em determinadas situações, ser resultante da

melhoria dos registros dos óbitos infantis. O declínio das taxas de mortalidade

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177

infantil reflete a cobertura e eficácia de ações de saúde específicas (TRO,

imunização, incentivo ao aleitamento materno, etc.), mais do que a melhoria das

condições de vida da população.

Uma primeira distinção é feita mediante a classificação dos óbitos segundo

a idade: neonatal (até 27 dias) e pós-neonatal (acima de 27 dias). Posteriormente,

em cada grupo de idade, as doenças podem ser classificadas segundo as

possibilidades de intervenção, determinadas pela existência de tecnologia

apropriada para evitar seu aparecimento, progressão e óbito, independentemente

do fato de os procedimentos não estarem disponíveis para a maioria da população

neste momento. Assim se delineia um perfil da mortalidade infantil que retrata o

grau de desenvolvimento sócio-econômico e o resultado das ações de saúde

desenvolvidas, possibilitando avaliar as intervenções que vêm sendo realizadas e

apontar aquelas que devem ser feitas no sentido de reduzir esses índices, tanto

pelo setor de saúde como por outros setores da esfera de governo.

Adota-se essa subdivisão em função da observação de que esses períodos

apresentam causas de morte bastante específicas. Enquanto as mortes neonatais

são, na quase totalidade, devidas às chamadas causas perinatais e às anomalias

congênitas, a mortalidade infantil tardia deve-se fundamentalmente à causas

ligadas a fatores ambientais, tais como as doenças infecciosas e a desnutrição.

Quando o CMI é muito baixo, ele é quase totalmente representado pela

mortalidade neonatal e, quando é muito alto, observa-se exatamente o inverso, a

mortalidade infantil tardia representa, proporcionalmente, quase a totalidade dos

óbitos de menores de um ano.

Assim, à medida que as condições ambientais vão permitindo reduzir a

mortalidade infantil, observa-se que essa redução se faz à custa da mortalidade

infantil tardia. Posteriormente, consegue-se reduzir a mortalidade neonatal,

atuando em condições pré-natais, assistência ao parto e pós-natal imediato. Fica

clara, então, a necessidade de analisar a mortalidade infantil segundo seus

componentes, já que as medidas preventivas a serem adotadas para reduzir a

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178

mortalidade neonatal são diferentes daquelas que asseguram a diminuição da

mortalidade infantil tardia.

Nesse sentido, deve ser elaborada uma classificação de mortalidade infantil

neonatal e pós-neonatal por grupos de causas de morte, visando delinear um perfil

da mortalidade infantil que retrate o grau desenvolvimento sócio-econômico e o

resultado das ações de saúde desenvolvidas, possibilitando avaliar as

intervenções que vêm sendo realizadas e apontar aquelas que devem ser feitas

no sentido de reduzir esses índices, tanto pelo setor de saúde como por outros

setores da esfera de governo.

Tabela 61 - Coeficiente de Mortalidade Infantil segundo Município de Residência,

Regional do Alto Solimões – AM, 2000-2010.

Coeficiente 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Amaturá 24,4 52,1 15,7 14,2 13,2 0,0 18,1 10,9 12,9 16,7 13,0

Atalaia do Norte 49,7 37,7 67,2 44,6 50,2 25,5 20,8 9,3 16,8 16,0 53,8

Benjamin Constant 18,4 17,3 24,0 21,3 7,9 11,8 17,7 14,7 7,2 17,9 28,8

Fonte Boa 64,8 18,5 29,3 25,4 19,9 17,6 13,6 21,6 17,4 18,8 10,6

Jutaí 0,0 15,0 16,7 2,8 21,7 2,9 17,3 17,0 9,9 14,0 9,5

Santo A. do Içá 10,2 15,8 24,5 14,4 27,8 20,8 25,0 8,7 15,0 13,8 21,3

São P. de Olivença 22,1 31,9 17,4 28,9 14,4 11,4 12,5 4,2 5,0 14,7 20,5

Tabatinga 40,5 30,1 40,4 28,2 29,0 17,1 20,6 22,4 27,8 28,2 25,3

Tonantíns 45,6 18,0 30,4 34,2 12,3 6,5 28,8 20,4 5,3 0,0 0,0

Regional 34,1 24,2 30,4 24,3 22,0 14,3 18,9 15,5 14,5 18,3 21,9

Fonte: SIM-SINASC/MS-FVS

A mortalidade infantil nos Municípios que compõe a de Regional do Alto

Solimões teve uma redução acentuada (35,8%) no período analisado, passando

de um coeficiente de 34,1 em 2000, para 21,9 óbitos por 1000 nascidos vivos em

2010.

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179

Para analisar as desigualdades locais nos riscos de morrer antes de

completar um ano de idade, foram calculados, os coeficientes de Mortalidade

Infantil para cada município. Os resultados mostram que o coeficiente de

mortalidade infantil da região é de 21,9 óbitos menores de 1 ano para cada 1000

crianças nascidas vivas. Este risco é 0,12 vezes maior que a média do Estado. Os

maiores valores foram encontrados em Atalaia do Norte com Coeficiente foi de

53,8 seguido de Benjamin Constant (28,8) e Tabatinga (25,3) ficando Fonte Boa

com o melhor desempenho (10,6 óbitos em menor de ano por 1.000 nascidos

vivos). Os Municipios de Jutaí e Tonantíns não podem ser avaliados

individualmente devido a extremamente baixa cobertura de óbitos notificados.

A evolução do coeficiente de mortalidade infantil e seus componentes

(mortalidade neonatal precoce, neonatal tardia e pós-neonatal) na Tríplice

Fronteira no período de 2000 a 2005 podem ser mais bem analisados através da

tabela 45.

Tabela 62 - Coeficientes de Mortalidade Neonatal Precoce, Neonatal Tardia,

Infantil Tardia e Infantil, Regional do Alto Solimões, 2000-2010.

Municipio

2000 2005 2010

Neonatal

PN TMI

Neonatal

PN TMI

Neonatal

PN TMI P T P T P T

Amaturá 24,4 0,0 0,0 24,4 0,0 0,0 0,0 0,0 4,3 4,3 4,3 13,0

Atalaia do Norte 18,6 24,8 6,2 49,7 12,8 4,3 8,5 25,5 19,2 3,8 30,8 53,8

B.Constant 9,2 0,0 9,2 18,4 5,9 0,0 5,9 11,8 5,3 3,2 20,2 28,8

Fonte Boa 21,6 10,8 32,4 64,8 7,8 2,0 7,8 17,6 4,3 0,0 6,4 10,6

Jutaí 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 2,9 2,9 6,3 0,0 3,2 9,5

Santo A. do Içá 0,0 0,0 10,2 10,2 12,1 5,2 3,5 20,8 9,7 0,0 11,6 21,3

São P. Olivença 7,4 0,0 14,8 22,1 7,6 0,0 3,8 11,4 3,9 1,3 15,4 20,5

Tabatinga 20,7 5,9 21,7 40,5 7,0 0,8 9,4 17,1 8,7 2,9 13,7 25,3

Tonantíns 24,9 4,1 16,6 45,6 0,0 3,2 3,2 6,5 0,0 0,0 0,0 0,0

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180

Regional 15,2 5,1 16,4 34,1 6,7 1,5 6,1 14,3 6,7 1,9 13,2 21,9

Fonte: MS-SIM/ SINASC

O declínio do CMI se deu mais à custa da diminuição da mortalidade infantil

neonatal do que da mortalidade pós-neonatal. No período analisado, enquanto a

mortalidade neonatal teve uma redução de 57,6 %, a mortalidade infantil tardia

caiu em 19,5 %, como mostra a tabela 62. O componente neonatal da mortalidade

infantil é aquele estreitamente vinculado aos cuidados no período da gestação, do

nascimento e do recém-nascido. Implica, portanto, o acompanhamento por parte

dos profissionais de saúde em todo ciclo de gestação, a atenção adequada no

momento do nascimento e os cuidados destinados aos recém-nascidos, em todos

os níveis de complexidade.

A redução da mortalidade neonatal foi assumida como umas das metas

para a redução das desigualdades regionais no País em 2009 sob a coordenação

do Ministério da Saúde. O objetivo traçado foi de reduzir em 5% as taxas de

mortalidade neonatal nas regiões da Amazônia Legal e do Nordeste brasileiro.

Analisando - se a tabela acima, verifica-se que a mortalidade neonatal precoce

(menores de 7 dias) é o maior componente de mortalidade infantil no Município de

Jutaí. Em Amaturá os três componentes têm o mesmo peso na composição do

coeficiente. Em Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Fonte Boa, Santo Antônio do

Içá, São Paulo de Olivença e em Tabatinga a mortalidade pós-neonatal tem maior

peso na composição do coeficiente. Tonantins não tem registro de óbitos infantis

no ano de 2010 até a data de atualização utilizada (12/08/11). A tendência de

queda da mortalidade neonatal precoce é lenta, porém gradual nas áreas

analisadas, porém há oscilações e variações entre os anos e por município

(Tabela 62).

No coeficiente de mortalidade neonatal tardia (7 a 28 dias), verifica-se uma

tendência de queda em todos os municípios, sendo que em 2010 quatro

municipios (Fonte Boa, Jutaí, Santo Antônio do Içá e Tonantins) não apresentaram

notificações.

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181

Com relação ao coeficiente pós-neonatal (período 28 dias a um ano)

verifica-se também uma tendência de queda, porém os coeficientes apresentam

oscilação entre os municipios.

Estes dados mostram que dos 5209 nascidos vivos em 2010 na região, 114

crianças morreram antes de completar um ano representando 2,2% dos

nascimentos e no Amazonas este número é de 1169 óbitos em 73862 nascidos

vivos(1,6%), ou seja, há 37,5% mais óbitos em menores de um ano na regional

do Alto Solimões que na média do Estado.

Em 2010 o município de Atalaia do Norte apresentava a maior taxa de

mortalidade infantil da área do estudo sendo reflexo das precárias condições de

vida existente principalmente entre a população indígena, bem como a importância

das doenças infecciosas no obituário desta área. Em relação aos componentes há

predominância da mortalidade pós-natal sugerindo a necessidade de melhorar a

atenção à criança nos seus primeiros meses de vida. A elevação do Coeficiente

em 2010 se deve na maior parte por introdução tambem da notificação dos óbitos

da área indígena que em outros anos não eram informados ao municipio.

Condições de risco adquiridas ao longo da vida, como desnutrição e

internações de repetição, por exemplo, devem ser consideradas pela atenção

básica para vigilância em saúde da criança.

As afecções perinatais representam a causa mais frequente de morte no

primeiro ano de vida e de morte de crianças menores de cinco anos. O número

elevado de mortes por asfixia intraparto, sobretudo de crianças com peso

adequado ao nascer e em gravidez de baixo risco, demonstra o grande potencial

de evitabilidade dessas mortes. A asfixia neonatal é ainda uma das principais

causas de morbidade hospitalar em RN e de sequelas graves para o indivíduo.

Por outro lado, mortes por pneumonia, diarréia e desnutrição persistem como

causas importantes e evitáveis de mortes de crianças, incidindo principalmente no

período pós-neonatal (28 dias a 1 ano de vida).

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182

O RN de alto risco merece ainda maior destaque, pois, além da

necessidade de cuidados pela equipe da atenção básica de saúde, com muita

frequência demanda atendimento especializado por profissionais habilitados.

Essas crianças devem ser seguidas preferencialmente nos ambulatórios de

acompanhamento do RN de alto risco, além do acompanhamento pela atenção

básica, conforme a rede de atenção regionalizada.

Sugerem-se os seguintes critérios para identificar o RN de alto risco:

RN com asfixia grave ao nascer (Apgar < 7 no 5o min);

RN pré-termo com peso ao nascer < 2.000g;

RN < 35 semanas de idade gestacional;

RN com outras doenças graves;

Baixo nível socioeconômico;

História de morte de criança menor de 5 anos na família;

Criança explicitamente indesejada;

Mãe adolescente (< 20 anos);

Mãe com baixa instrução (< 8 anos de estudo).

É fundamental a interlocução entre os serviços de saúde em todos os níveis

de complexidade, acordos para o funcionamento dos serviços e definição de

atribuições e responsabilidades dos profissionais. Só assim será possível uma

atenção integral que garanta a continuidade da assistência, otimizando recursos e

provendo atenção resolutiva com potencial de redução da mortalidade por causas

evitáveis e sequelas que podem comprometer a vida das crianças e suas famílias.

Tabela 63 - Número e Proporção de Óbitos em Menores de 1 ano, por Grupos de

Causas, Regional do Alto Solimões, 2010.

Causa CID 10 No %

001-031 Algumas Doenças Infecciosas e Parasitar 17 18,5

001 Doenças Infecciosas intestinais 13 76,4

003 Diarréia e Gastroenterite de origem infec presumível 2 11,8

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183

014 Septicemia 1 5,9

023 Doença p/Virus da Imunodeficiência Humana (HIV) 1 5,9

055-057 D Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas 8 8,7

056 Desnutrição 6 75,0

057 Restante das doenças endocr, nutricion e metabólicas 2 25,0

060-063 Doenças do Sistema Nervoso 2 2,2

060 Meningite 1 50,0

063 Restante das doenças do Sistema Nervoso 1 50,0

073-077 Doenças do Aparelho Respiratório 17 18,5

074 Pneumonia 13 76,4

075 Out infec agudas das vias aéreas inferiores 1 5,9

075.1 Bronquiolite 1 5,9

077 Restante doenças do aparelho respiratório 2 11,8

092-096 Algumas Afecções originadas no periodo perinatal 39 42,4

092 Feto e RN afet fat mat e complicações gravidez 1 2,6

093 Transtornos relac duração gestação e cresc fetal 6 15,4

095 Trans resp e cardiovas específicos periodo perinatal 15 38,4

096 Restante das afecções originadas no periodo perinatal 17 43,6

097-099 Malf Congênitas, Def. e Anomalias Cromossômicas 11 12,0

097 Malformações congênitas do Sistema Nervoso 4 36,4

098 Malformações congênitas do aparelho circulatório 3 27,2

099 Rest de malf cong, deform e anomalias cromossomicas 4 36,4

Total Definido 92 80,0

100-102 Sintomas, Sinais e Achados Anorm Clin e Lab, NCOP 23 20,0

101 Morte sem assistência medica 15 65,2

102 Rest sint, sin e ach anorm clin e laborat 8 34,8

Total 115 100,0

Fonte: SIM – NUSI/FVS

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184

A principal causa de mortalidade infantil são as Afecções Originadas no

Período Perinatal, representam 42,4% do total de óbitos menores de um ano.

Nestas 43,6% estão codificadas com restante das afecções originadas no período

perinatal.

As anomalias informadas foram as anomalias congênitas do sistema

Nervoso (36,4 %), Aparelho Circulatório (27,2%) e outras mal formações (36,4 %).

As mortes por Doenças Infecciosas e Parasitárias, todos incluídos na mortalidade

infantil tardia com 18,5% dos óbitos infantis, tiveram como principal causa as

doenças infecciosas intestinais declaradas ou presumíveis, que foram

responsáveis por 15 óbitos, representando 78,2% dos óbitos incluídos neste

capítulo. Em segundo lugar, aparecem as septicemias e a AIDS ambas com 5,9%.

As doenças endócrinas e metabólicas representada em 75% pela

desnutrição é um forte marcador de morte evitável.

No grupo das Doenças do Aparelho Respiratório, as pneumonias são as

principais causas de óbito no primeiro ano de vida, responsáveis por 76,4% dos

óbitos deste grupo. As outras infecções agudas de vias aéreas inferiores

(bronquites, bronquiolites, etc), aparecem em 2o lugar no grupamento, com 5,9%

dos óbitos.

Não foram informados óbitos infantis por Causas Externas em 2010.

Do total dos óbitos infantis, 20% foram por causas Mal Definidas. Destes

óbitos foram informados como ―sem assistência médica‖ 65,2%, demonstrando

dificuldades no acesso aos serviços de saúde.

A análise de mortes de crianças e mulheres por causas evitáveis – eventos-

sentinela - ou seja, que refletem o funcionamento da rede assistencial, permite

identificar oportunidades perdidas de intervenção pelos serviços de saúde, de

modo a reorientar as práticas e evitar novas ocorrências.

Há desigualdade persistente entre regiões e classes sociais, com taxas

maiores entre os pobres. Para promoção de equidade, portanto, é preciso maior

empenho dirigido à população com maior dificuldade de acesso aos serviços de

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saúde, menor escolaridade, maior vulnerabilidade e maior necessidade de

atenção integral qualificada, resolutiva e continuada de saúde.

Princípios assistenciais da linha de cuidado perinatal

Qualidade, integralidade, resolutividade e continuidade do cuidado, com

responsabilização até a resolução completa dos problemas.

Promoção de vínculo entre o profissional e o usuário do sistema de saúde.

Prática de ações de promoção integral da saúde e prevenção de agravos.

Integração da rede de saúde e outros setores de assistência e

desenvolvimento social.

Acolhimento. Todo RN e gestante com intercorrências e/ou em trabalho de

parto devem ter prioridade no atendimento.

Abordagem de risco garante que a atenção adequada - imediata e

continuada - seja destinada a cada criança e mulher.

Vigilancia à saude, compreendida como a postura ativa que o serviço deve

assumir em situações de maior risco, dirigida a pessoas com maior

vulnerabilidade, desencadeando ações estratégicas como a busca ativa,

para minimizar os danos com o adequado acompanhamento de saude.

Vigilância à saúde do RN

Começa antes de seu nascimento, com a atenção à saúde da mulher e da

gestante.

O acompanhamento pré-natal iniciado em momento oportuno, com assistência

qualificada e humanizada e integração com a atenção de saúde de média e alta

complexidade (pré-natal de alto risco, quando necessário), constitui uma rede

articulada de assistência para responder às necessidades da gestante e do RN.

As seguintes ações devem ser desenvolvidas pelos serviços:

Captação precoce e busca ativa para início do acompanhamento pré-natal.

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Acolhimento imediato para o acompanhamento pré-natal, conforme

protocolo e atenção humanizada.

Identificação da gestação de alto risco e referenciamento para atenção

especializada (Central de Regulação), mantendo-se o acompanhamento

pela atenção básica.

Visita domiciliar / busca ativa da gestante que não comparece às consultas

pré-natais.

Visita domiciliar no último mês de gestação.

Continuidade da assistência até o final da gravidez e o parto, abolindo a

―alta do acompanhamento pré-natal‖.

Vinculação da gestante à maternidade desde o acompanhamento pré-natal

(Lei nº 11.634, 27/12/2007) é dever do serviço de saúde e direito das

usuárias.

Acolhimento imediato na maternidade, para evitar peregrinação em busca

de vaga hospitalar durante o trabalho de parto e/ou urgências, com atraso

da assistência.

Garantia de transporte pré e inter-hospitalar quando necessário.

Garantia de acesso a leitos de alto risco / cuidado intensivo para a mãe e o

bebê pela Central de Regulação/Central de Leitos.

Atenção qualificada ao parto, considerando não apenas a estrutura

hospitalar, mas tambem o processo assistencial.

Direito a acompanhante da gestante e puérpera durante o trabalho de parto

e parto (Lei Federal 11.108) e para o bebê, com garantia de Alojamento

Conjunto, inclusive se for necessária a internação do bebê.

Promoção do contato mãe-bebê imediato após o parto para o bebê

saudável.

Captação após a alta hospitalar - após o nascimento ou internação, com

agendamento de atendimento na Atenção Básica.

Identificação do RN de risco, notificação da alta, agendamento de consulta

na atenção básica, programação de visita domiciliar e agendamento para o

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ambulatório de seguimento do RN de alto risco, conforme protocolo local /

Ministério da Saúde.

Continuidade do cuidado/captação do RN pela atenção básica de saúde.

Visita domiciliar na primeira semana após o parto, com avaliação global e

de risco da criança, apoio ao aleitamento materno e encaminhamento para

a ―Primeira Semana Saúde Integral (abordagem global da criança e da

mãe) na atenção básica de saúde.

Primeira consulta na primeira semana de vida e marcação de retornos,

conforme a necessidade.

Manutenção do calendário de acompanhamento na atenção básica e visitas

domiciliares, conforme protocolo (local ou MS) e de acordo com a

necessidade da criança.

O RN de alto risco deverá manter o calendário de acompanhamento na

Atenção Básica, além do acompanhamento pelo ambulatório de atenção

especializada.

O RN de alto risco deve ser acompanhado até pelo menos o segundo ano

completo de vida; o acompanhamento até o 5o ano é desejável, para

melhor avaliação da função cognitiva e da linguagem.

MORTALIDADE MATERNA

O coeficiente de mortalidade materna, mede o risco de uma mulher morrer

durante a gestação, parto ou dentro de 42 dias após o término da gestação,

independentemente da localização ou da duração da gravidez, devido a qualquer

causa relacionada com ou agravada pela gravidez, ou por medidas tomadas com

relação à ela, porém não devidas à causas acidentais ou incidentais. É utilizado

como indicador na avaliação da magnitude do problema e calculado através da

relação entre o número de óbitos maternos num determinado local e período e o

total de nascidos vivos na mesma área e período.

Apesar de limitações referentes a conceituação e cálculo do coeficiente de

mortalidade materna, ele é considerado um dos indicadores mais sensíveis e

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importantes da qualidade dos serviços de atenção materno-infantil, permitindo não

só uma avaliação qualitativa dos serviços, mas também a cobertura desses

serviços, especialmente quando associados ao indicador de proporção de partos

hospitalares e/ou assistidos por pessoal capacitado.

Alguns fatores podem distorcer o resultado desse coeficiente e se referem à

qualidade dos dados utilizados, tanto no numerador como no denominador. Em

relação ao numerador, além do sub-registro de óbitos, o problema é a sub-

notificação da morte materna, ou seja, o atestado de óbito omite a informação de

que se trata de um óbito relacionado direta ou indiretamente com o ciclo gravídico

puerperal. Esse fato faz com que a mortalidade materna apareça fortemente

subestimada.

Gráfico 40 - Coeficiente de Mortalidade Materna na Regional do Alto Solimões,

2000-2010.

No ano de 2000 foram registrados 05 óbitos maternos, correspondendo a

um coeficiente de mortalidade materna de 158,0 por 100.000 nascidos vivos.

No ano de 2002 não houve registro de óbitos maternos nos municípios alvo do

estudo.

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O ano de 2010 registrou o maior número de óbitos (10) correspondendo a uma

taxa de 192,0 óbitos maternos / 100.000 nascidos vivos.

A interpretação desse indicador deve ser cuidadosa, posto que a elevação

da taxa de mortalidade materna nem sempre significa um aumento real de óbitos

maternos. Ela pode estar associada à melhoria da qualidade da informação e ou

do registro dos óbitos nas mulheres em idade fértil. Apesar disso, sua magnitude é

indicativa da maior ou menor necessidade de investimentos na assistência

obstétrica, assim como na melhoria das condições de vida da população. Ao se

utilizar os dados diretos disponíveis nos municípios, em virtude da crescente

organização e atuação dos setores de vigilância epidemiológica e comitês de

morte materna, o indicador pode apresentar elevação no valor, devido à melhoria

do sistema de informação, o que não reflete a realidade da área de estudo pela

ausência de comitês e o fato da vigilância epidemiológica estar mais

comprometida com outros agravos,

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), ―morte materna‖ é todo

falecimento causado por problemas relacionados à gravidez ou ao parto ou

ocorrido até 42 dias depois. A OMS considera aceitável o índice de até 20 mortes

maternas para cada 100 mil nascidos vivos; entre 20 e 49 mortes, o índice é

considerado médio; entre 50 e 149 mortes o índice é alto e, acima de 150, muito

alto. Países desenvolvidos têm taxas de mortalidade materna entre 04 e 08 óbitos

maternos por 100.000 nascidos vivos.

Tabela 64 - Causas de Mortalidade Materna, Alto Solimões, 2010.

Causa Capitulo 15 - CID 15 No

O23.4 Infecções NE do trato urinário na gravidez 1

O41.1 Infecções do saco amniótico e das membranas 1

O45.0 Descolamento prematuro placenta c/defic coagul 1

O72.1 Outras hemorragias do pós-parto imediato 1

O75.1 Choque durante ou subseq trab parto e parto 1

O75.9 Complicações do trabalho de parto e do parto NE 1

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O85 Infecções puerperal 1

O90.8 Outras complicações do puerpério NCOP 1

O90.9 Complicações do puerpério NE 1

O98.4 Hepatite viral complic gravidez parto puerp 1

Total 10

Fonte: SIM-NUSI/FVS

As principais causas de mortalidade materna na Regional do Alto Solimões

são: as infecções (40%), complicações do trabalho de parto e puerpério(30%) e

as, hemorragias(30%).

AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE As redes de atenção à saúde estão em fase de implantação na região,

dentro do cronograma da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas.

Este modelo fundamenta-se na proposta de Mendes (2001), para quem os

sistemas integrados constituem a última geração de sistemas de serviços de

saúde, se contrapondo aos sistemas fragmentados de atenção. Estes últimos

caracterizam-se ―por uma atenção descontínua‖, com forte polarização entre o

hospital e o ambulatório, sob a hegemonia da atenção hospitalar, e pela ausência

de uma integração dos pontos de atenção à saúde, de um sistema de inteligência

que confira organicidade ao sistema e, normalmente, de uma população ―adscrita‖.

Por outro lado, os sistemas integrados de serviços de saúde ―estão baseados em

três pontos centrais: a oferta de serviços, de forma contínua, por meio de vários

pontos de atenção à saúde, a integração desses pontos de atenção, por meio de

um sistema de gestão da clínica e a existência de uma população adscrita, cuja

saúde é de responsabilidade inequívoca do sistema‖.

A lógica de estruturação dos sistemas integrados de serviços de saúde está

baseada na atenção contínua, que se inicia com as atividades de promoção da

saúde, que buscam aumentar a gradiente de saúde das pessoas dificultando o

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seu adoecimento, e passa para a busca de uma ação orgânica de prevenção, cura

e cuidado das doenças e reabilitação das sequelas.

A implantação das redes ocorrerá de forma progressiva e gradual iniciando-

se nos municípios com maiores facilidades de integração em função de sua

proximidade e complementaridade de recursos disponíveis e incorporará os

demais municípios na medida em que esses forem atendendo os requisitos

necessários para essa integração.

Escolha das Redes Temáticas

Os critérios para selecionar as áreas prioritárias para serem avaliadas são

três. O impacto: a extensão da carga da doença com respeito à incapacidade, à

mortalidade e aos custos econômicos e à falta de infraestrutura ou desempenho

adequada nessa área.

Todas as considerações sobre indicadores sociais e demográficos mostram

sua repercussão (não linear) nos dados referentes aos padrões de saúde na

região.

Quanto à mortalidade proporcional por faixa etária, a curva de mortalidade

proporcional mostrou tendência de melhora nos níveis de saúde da população em

todos os municípios do estudo, entre 2000 e 2010. Houve uma redução da

mortalidade proporcional em menores de 01 ano, e na mortalidade precoce,

expressa pelo aumento percentual das mortes ocorridas na faixa etária de 50 anos

ou mais. Entre a população de 20 a 49 anos, observou-se crescimento da

mortalidade proporcional devido principalmente a causas externas, como

acidentes e violências.

Uma medida de nível de saúde utilizada foi o Indicador de Guedes, que

revelou tendência de melhora do nível de saúde no período observado, passando

o índice de +3,35 +13,0. Nenhum município da área apresentou valores negativos

em 2010. Em geral, todos apresentaram tendência de crescimento dos índices no

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período, o que pode ser interpretado como uma melhoria nos níveis de saúde das

populações residentes nesses locais.

Num balanço geral a partir de dados agregados e numa visão de longo

prazo, haveria muito que comemorar. As três principais causas de morte estariam

assinalando aquela transição epidemiológica descrita, primeiro por Frederiksen

(1969) e depois por Omran (1971) tratada por esse último como o modelo clássico

ocidental, que indica a progressiva redução da mortalidade e da fertilidade,

acompanhada de um novo perfil, em que as doenças infecciosas passam a ser

substituídas por outras enfermidades causadas pelo homem. Nessas, o

predomínio da causalidade seria dado por variáveis ambientais e de estilo de vida.

Esse quadro clássico estaria indicando a passagem de uma sociedade mais

atrasada para um modelo moderno de desenvolvimento. No entanto, como

discutem Barreto & Carmo (1995), essa linearidade do processo tal como visto no

modelo de Omran, não se aplica a área de estudo, pois o que aqui existe é uma

combinação entre as doenças que afetam os países desenvolvidos e a

persistência ou a re-emergência das enfermidades infecciosas, expressivas do

subdesenvolvimento(quarta causa de mortalidade); As ainda elevadas taxas de

mortalidade dessas enfermidades se justificam com as condições de baixo

desenvolvimento humano como fome e desnutrição; e com condições ambientais

adversas como ausência de saneamento básico, de água potável e de habitação

adequada.

A situação de saúde no Alto Solimões caracteriza-se pela predominância de

doenças infecciosas e parasitárias, sendo as mais comuns as DDA’s, IRA’s,

parasitoses, doenças de pele, etc. Entretanto, a incidência de malária, hepatites e

leishmaniose, DSTs /AIDS, tuberculose, hanseníase, bem como incidência de

cárie dentária e acidentes ofídicos, também são elevadas na região.

Os dados mostram uma grande variação na ocorrência destas doenças por

grupo populacional conforme o tipo de ocupação predominante, etnia indígena,

localização geográfica da população (população urbana, ribeirinha ou da floresta)

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e acesso aos serviços de saúde (de cidade para cidade e de área urbana para

rural).

Outro importante conjunto de agravos é aquele decorrente da violência e

dos acidentes, constituindo a primeira causa de morte em vários municípios da

região. As quedas de motocicletas, o principal meio de transporte nas cidades da

área de fronteira, e os ferimentos e mortes causadas por agressões, estão entre

as principais causas de morbimortalidade nestes municípios.

As atividades ligadas ao tráfico de drogas e contrabando de armas na

fronteira, o alcoolismo e conflitos de terras, muito presentes no Alto Solimões

contribuem para o aumento da violência.

Um fato a ser salientado é que grande parte dos agravos acima

mencionados poderiam ser evitados. Alguns atingem mais intensamente os

extremos da pirâmide etária (crianças e idosos), como as IRAs e DDAs; outras

apresentam maior incidência na população adulta em fase reprodutiva (DSTs,

tuberculose, violência, acidentes de trânsito); mas todas exigem para seu efetivo

controle, uma visão mais ampla da saúde, que englobe aspectos populacionais e

coletivos como as condições de vida, o ambiente, comportamentos, costumes e

culturas e não só aspectos biológicos e individuais.

Em razão da situação de saúde foram priorizadas 02 (duas) redes de

atenção à saúde:

A rede de atenção integral às mulheres e às crianças – Rede Cegonha,

A rede de atenção às urgências e às emergências.

Atividades e Iniciativas em Desenvolvimento

Dentro do processo de implantação das redes de atenção à saúde, a

Secretaria de Estado da Saúde desenvolveu um projeto com a construção de um

plano de saúde regional que atendesse às necessidades da população e o anseio

dos gestores locais.

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194

Com o intuito de organizar a rede local e servir de subsidio para as ações

do QualiSUS-Rede, o processo vem se dando de forma concomitante para que as

atividades propostas configurem um plano integrado e complementar sem que

haja sobreposição de atividades.

Vale ressaltar que todas as ações estabelecidas se estendem aos Distritos

Sanitários Especiais Indígenas e consequentemente as Equipes Multidisciplinares

de Saúde Indígena.

Fortalecimento da Atenção Primária em Saúde

Aumentar a cobertura da Estratégia Saúde da Família na região do Alto

Solimões;

Realizar o Curso Introdutório para as equipes de ESF da região do Alto

Solimões;

Construir e equipar Unidades Básicas de Saúde;

Adequar o funcionamento das UBS à realidade local (horário de

funcionamento).

Rede de Atenção Integral às Mulheres e às Crianças – Rede Cegonha

Implantar de forma quantitativa e qualitativa, testes rápidos de gravidez;

Garantir a 1º consulta de pré-natal na UBS com demanda livre;

Elaborar e implantar instrumento para informação de BHCG + ou TIG dos

laborátorios municipais e particulares para a Atenção Básica;

Parceria com o CETAM e outras entidades para Educação permanente da

equipe;

Reunião periódica com toda a equipe envolvida;

Disponibilização de materiais e insumos;

Melhorar o acesso das grávidas ribeirinhas aos serviços em saúde

disponíveis ampliando a cobertura das ESF;

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Identificar e capacitar parteiras em localidades de difícil acesso;

Informar a disponibilização do direito ao salário maternidade e a

necessidade do cumprimento ao pré-natal para que se tenha esse direito;

Estruturar os municípios sedes de microrregionais para o atendimento ao

pré-natal de alto risco;

Implantar do Acolhimento Com Classificação de Risco;

Garantir que o transporte esteja acessível no momento do parto, carro

próprio do hospital ou ambulância;

Qualificar as equipes da AB e hospitalares para melhorar o atendimento

humanizado;

Garantir vagas para pacientes programadas de outros Municípios;

Acolhimento através de grupos de gestantes semanal com treinamento dos

técnicos de enfermagem das UBS para realizar o acompanhamento diário

dessas gestantes quando necessário;

Treinamento de humanização e novas técnicas obstétricas a equipe

multidisciplinar;

Monitorar os sistemas com devida integração das bases de dados por

intermédio do cruzamento de informações;

Implementar as integração de informação entre SEMSA e Hospitais;

Descentralizar os Sistemas de Informação para as unidades e serviços de

saúde;

Capacitar os digitadores e equipes de saúde para a administração dos

sistemas de informação e preenchimento de formulários e base de dados;

Ampliar e adequar as unidades e serviços de saúde para utilização dos

sistemas de informação por unidade;

Implantar Prontuário Eletrônico nas UBS;

Realizar capacitação de Educação continuada Intercâmbio de informação e

tecnologia;

Aquisição de material de informática e aperfeiçoamento do sistema de

conexão com a internet;

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196

Qualificação dos técnicos que operam os sistemas de informação por parte

do Estado e repasses financeiros para contratualização de pessoal;

Implementação das atividades de educação permanente em saúde nas

escolas e nos meios de comunicação;

Intensificação das ações de mobilização social na área urbana e rural

através das equipes de saúde;

Busca efetiva nas comunidades de zona urbana;

Oferta dos métodos contraceptivos com esclarecimentos, melhor oferta e

acompanhamento;

Intensificação das ações de mobilização social na área urbana e rural

através das equipes de saúde;

Adequação de espaço físico para construção e/ou adequação para CPN

nos municípios;

Adequação de leitos obstétricos para leitos PPP;

Garantir a regulação para leitos de UCI e UTI para a macroregional;

Implantar leitos de UTI e UCI neonatais e UTI adulto;

Implantar Leitos cangurus na Referência Regional;

Garantir referência de leitos de UTI e UCI neonatais na Alta Complexidade;

Aquisição de equipamentos de suporte para SADT;

Reordenar e adequar ambientes de todas as unidades da Regional;

Garantir o acompanhante durante o acolhimento e o trabalho de parto e

pós‐parto imediato (Lei nº 11.108/2005 e Portaria nº 2.418/2005);

Garantir políticas sólidas na referencia regional de alto risco;

Divulgação, Sensibilização e Implementação da Lei na garantia do Parto

Humanizado;

Capacitação dos servidores para identificar os fatores de risco;

Implementar o protocolo de classificação de risco;

Adequação do Ambiente hospitalar com classificação de risco.

Rede de Atenção às Urgências e às Emergências

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Implantar e Implementar Núcleo de Educação em Saúde;

Criar Fóruns municipais e regional nos agravos à saúde evitáveis;

Estruturação física da Central de Regulação do SAMU na Regional do Alto

Solimões;

Adquirir Ambulâncias terrestres e fluviais para os municípios da região;

Construir ou Disponibilizar Espaço físico para instalação da SE nas

Unidades Hospitalares dos Municípios estratégicos da Região;

Adquirir Material Permanente;

Habilitar o SPA/Maternidade de Tabatinga em UPA;

Readequar o HGUT como Porta de Entrada Hospitalar para Urgência;

Qualificar os Leitos de Retarguarda para as Urgências do HGUT;

Qualificar os leitos de Longa Permanência já existentes na unidade

Hospitalar do HGUT;

Qualificar os Leitos de Retarguarda para todas as Unidades Hospitalares da

Regional do Alto Solimões (Exceto Tabatinga);

Qualificar os Leitos de longa Permanência para todas as Unidades

Hospitalares da Regional do Alto Solimões (Exceto Tabatinga).

Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico

Implantar o sistema de contratualização (metas) para os pontos de atenção

da rede SADT da região

Contratação de profissionais para os serviços de SADT

Adquirir insumos para a realização dos exames preconizados nas redes de

atenção para os municípios e laboratório de referência da região

Capacitar os técnicos dos municípios para a operacionalização dos

equipamentos

Contratação ou Remanejamento de profissionais para a operacionalização

dos novos equipamentos e serviços a serem implantados

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Adquirir Equipamentos de Mamografia para os municípios sede de

microrregionais da região

Capacitação de profissionais no curso técnico de radiologia para

operacionalização dos mamógrafos e raios x digitalizados

Serviço de Hemodialise

Sistemas Logísticos

Adquirir e disponibilizar conectividade e equipamentos de informática para

os UBS definidas na região;

Contratar técnicos nos núcleos de saúde para teleconsulta e

operacionalização do sistema;

Garantir a manutenção dos equipamentos;

Estruturar a Central de Regulação em Tabatinga;

Adquirir material e mobiliário para a Central de Regulação Regional;

Adquirir equipamento tecnológico e de comunicação;

Contratar profissionais;

Adquirir conectividade, equipamento de comunicação, de informática e

mobiliário para o funcionamento das Centrais de Regulação e das Unidades

de Saúde dos municípios integrantes do Complexo Regulador Regional

Alto Solimões;

Criar a Gerência de Transporte Sanitário;

Adquirir equipamento de informática e mobiliário para o funcionamento da

Gerência de Transporte.

Fortalecimento da Governança

Instituir equipes de planejamento nos município da região;

Capacitar técnicos para operacionalização SARG SUS;

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Participação dos DSEIs na comissão Intergestores Regional do Alto

Solimões;

Elaboração de proposta orçamentaria: criação de linha orçamentária na

SUSAM e Secretarias Municipais/Prefeituras, incluindo gastos de custeio e

investimento;

Contratação e capacitação dos ocupantes de cargos na estrutura

administrativa do Consórcio;

Contratação de instituição para apoio a gestão do Consorcio;

Elaboração do Plano Micro Regional de Saúde para os municípios que não

foram contemplados na primeira fase do PRODERAM e atualização do que

foi elaborado para ATN/BCO/TBT.

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200

SUBPROJETO QUALISUS-REDE PARA O ALTO SOLIMÕES Eixos Estruturantes – Objetivos

OBJETIVOS META INDICADOR

Fortalecer a APS como porta de entrada

sistema de saúde nos municípios do Alto

Solimões, incluindo a saúde indígena

Qualificar e fortalecer a APS

na Região do Alto Solimões

Percentual de municípios com atividades

de qualificação e fortalecimento da APS

realizadas.

Capacitar profissionais das Equipes de

Saúde, Equipes Multidisciplinares de Saúde

Indígena dos municípios para a prevenção e

tratamento em áreas estratégicas da

Atenção Básica.

Capacitar 100 profissionais

das Equipes de Saúde e EMSI

dos municípios para a

prevenção e tratamento em

áreas estratégicas da Atenção

Básica.

Número de profissionais das Equipes de

Saúde dos municípios capacitados.

Garantir a acessibilidade e a resolutividade

da Atenção Básica nos municípios da região

em algumas ações selecionadas, incluindo a

saúde indígena

Garantir a acessibilidade e a

resolutividade da Atenção

Básica em 100% dos

municípios da região em

algumas ações selecionadas,

incluindo a saúde indígena

Percentual de municípios com atividades

de garantia da acessibilidade e

resolutividade da Atenção Básica.

EIXO ESTRUTURANTE 1 – Atenção Primária em Saúde - APS

JUSTIFICATIVA

A Atenção Primária em Saúde é um conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo que envolve promoção,

prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. O fortalecimento da APS é o eixo fundamental para a reorientação do

modelo assistencial do SUS, sendo resolutivo para cerca de 80% das necessidades de atenção à saúde da população. As

equipes de Estratégia Saúde da Família não estão organizadas, estruturadas e com capacidade para garantir o acesso e

atender satisfatoriamente as demandas programadas e espontâneas na região. A inadequada estrutura das unidades de

saúde e baixa resolutividade da APS confirmam que a maioria dos agravos predominantes na região poderia ser evitada com

uma APS organizada e fortalecida.

Sendo a APS a ordenadora de todas as redes, há a necessidade de se atingir também ações estratégicas que não foram

priorizadas nas redes temáticas, mas que se configuram como importantes causas de morbidade e mortalidade na região,

como a atenção psicossocial e oncológica.

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201

OBJETIVOS META INDICADOR

Capacitar os profissionais dos

municípios para implantação do novo

modelo de atenção a saúde materna e

infantil, incluindo a saúde indígena

Capacitar 80% dos técnicos

dos municípios envolvidos

nas ações da Rede Cegonha,

incluindo a saúde indígena

Percentual de técnicos capacitados

1.      Rede de Atenção a Mulher e a Criança

JUSTIFICATIVA

O Baixo peso ao nascer é fator de risco isolado mais importante para a mortalidade infantil e reforça a importância

da organização do sistema de atenção a saúde da mulher e da criança. O adequado acompanhamento de pré-natal

possibilita a identificação de problemas e riscos em tempo oportuno para intervenção. Apesar do coeficiente de

mortalidade infantil ter sofrido uma redução nos últimos anos, ainda se encontra em níveis médios, com alguns

municípios em níveis altos.

Através deste estudo, pôde-se verificar que as DNV do SINASC são fontes de dados bastante ricas, que permitem

conhecer o perfil das mulheres que têm filhos na área de abrangência de uma Unidade de Saúde, permitindo à

equipe o monitoramento da realidade local e o planejamento de intervenções de acordo com as necessidades da

população adscrita. Para isso deve-se incentivar e supervisionar o preenchimento correto de todos os itens da

declaração.

As Unidades de Saúde devem investir na melhoria do pré-natal, garantindo acesso das mulheres ao seguimento

adequado. Assim, além de assistir à mulher durante a gestação e o puerpério, diminuindo os riscos para as mães e

os bebês, também investe na continuidade do acompanhamento no Programa de Assistência Integral à Saúde da

Mulher, principalmente para planejamento familiar e prevenção de câncer de colo e útero.

Quanto às mães adolescentes, sugere-se uma vigilância especial no seguimento de saúde, através de

atendimentos na unidade, de parcerias com escolas, entidades não-governamentais e grupos da comunidade, de

tal forma que, através de educação em saúde, apoio às necessidades próprias da idade e profissionalização, seja

possível contribuir para um futuro melhor desse grupo, podendo ser a gravidez uma decisão posterior e

consciente.

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas

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202

OBJETIVOS META INDICADOR

Fomentar o desenvolvimento de ações

de saúde e educação permanente

voltada para a vigilância e prevenção das

violências e acidentes, das lesões e

mortes no trânsito e das doenças

crônicas não transmissíveis prevalentes

na região.

Realizar 10 ações educativas /

campanhas voltadas para a

vigilância e prevenção das

violências e acidentes, das

lesões e mortes no trânsito e

das doenças crônicas não

transmissíveis prevalentes na

região, incluindo a saúde

indígena

Número de ações educativas /

campanhas realizadas

Prover estrutura adequada para o

funcionamento do Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência na

Região do Alto Solimões, incluindo a

saúde indígena

Apoiar a estruturação de 01

Serviço de Atendimento Móvel

de Urgência na Região do Alto

Solimões que contemple a

saúde indígena

Número de Serviço de Atendimento

Móvel de Urgência estruturado na

Região do Alto Solimões

Capacitar os profissionais de nível

superior da Unidade de Pronto

Atendimento da região do Alto Solimões

Capacitar 100% dos

profissionais de nível superior

da Unidade de Pronto

Atendimento da região do Alto

Solimões

Percentual de profissionais de nível

superior da Unidade de Pronto

Atendimento da região do Alto Solimões

capacitados

Capacitar os médicos e enfermeiros das

Unidades Hospitalares da Região como

Portas de Entrada Hospitalares para as

Urgências

Qualificar 100% dos médicos

e enfermeiros das unidades

Hospitalares da Regional

como Portas de Entrada

Hospitalares para as

Urgências

Percentual de Unidades Hospitalares da

região qualificadas como porta de

entrada hospitalar para as Urgências

1.      Rede de Atenção as Urgências

JUSTIFICATIVA

Um importante conjunto de agravos é aquele decorrente da violência e dos acidentes, constituindo a primeira

causa de morte em vários municípios da região. As quedas de motocicletas, o principal meio de transporte nas

cidades da área de fronteira, e os ferimentos e mortes causadas por agressões, estão entre as principais causas de

morbimortalidade nestes municípios.

As atividades ligadas ao tráfico de drogas e contrabando de armas na fronteira, o alcoolismo e conflitos de terras,

muito presentes no Alto Solimões contribuem para o aumento da violência.

Com a organização da rede de atenção às urgências em fase de implantação, verificou-se a necessidade de

adequar o serviço a realidade local, considerando as peculiaridades da região como, longas distâncias, vazios

assistenciais e pessoal qualificado.

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203

OBJETIVOS META INDICADOR

Garantir a oferta de exames

estabelecidos nas redes cegonha e de

atenção às urgências nos municípios da

região, incluindo a saúde indígena

Garantir a oferta de exames

estabelecidos nas redes

cegonha e de atenção às

urgências nos 09 municípios

da região

Percentual de municípios com exames

estabelecidos na rede cegonha e de

atenção as urgências garantidos

Ampliar a oferta de novos serviços de

diagnose e terapia inexistentes na

região, incluindo a saúde indígena

Ampliar em 100% dos

municípios a oferta de novos

exames de diagnose e terapia

na região

Percentual de municípios com novos

serviços de diagnose e terapia

implantados

EIXO ESTRUTURANTE 3 – Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT)

JUSTIFICATIVA

A Inexistência de exames especializados de maior complexidade geram altos índices de encaminhamento para a

capital Manaus.

A necessidade de pessoal em quantidade e com qualificação suficiente para atendimento da demanda da

população na região.

Inexistência de equipamentos adequados para atendimento da necessidade de exames da população da região.

Estrutura física dos laboratórios municipais e regional inadequados.

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204

OBJETIVOS META INDICADOR

Garantir conectividade para as

Secretarias Municipais de Saúde da

Região do Alto Solimões

Garantir conectividade em 09

Secretarias Municipais de

Saúde da Região do Alto

Solimões

Número de Secretarias Municipais de

Saúde com conectividade garantida

Apoiar o processo de implantação e

funcionamento do Complexo Regulador

Regional do Alto Solimões,

contemplando a saúde indígena

Apoiar 01 Complexo

Regulador Regional no

processo de implantação e

funcionamento

Número de Complexo Regulador

Regional apoiado, implantado e em

funcionamento

Criar e implantar sistema de Transporte

Sanitário Regional, incluindo a saúde

indígena

Implantar na região 01 Sistema

de Transporte Sanitário

Regional

Número de Sistema de transporte

Sanitário Regional implantado e em

funcionamento

EIXO ESTRUTURANTE 4 – Sistema de Apoio Logístico

JUSTIFICATIVA

Superar as longas distâncias, a dispersão populacional, a dificuldade de comunicação e transporte que

contribuem para o isolamento daqueles que habitam os municípios do interior do estado do Amazonas,

apresentam-se como enorme desafio quando se trata de assegurar o direito a prestação de serviços de saúde à

população, especialmente aqueles destinados a assistência especializada. A situação se agrava, pois esta

modalidade requer profissionais com conhecimentos específicos e equipamentos de maior capacidade

tecnológica, que associados às peculiaridades de cada município e às especificidades locais, terminam por

impedir a fixação de profissionais e serviços dessa natureza. Lançar mão de ferramentas e mecanismos que

possam se constituir de poderoso instrumento de intervenção na realidade sanitária, como a Telessaúde, as

Centrais de Regulação, apoiadas por um eficiente sistema de Transporte Sanitário, podem permitir às instâncias

municipal e estadual, regularem o perfil assistencial mais adequado às necessidades de saúde demandadas pela

população, particularmente daquela residente na região do Alto Solimões.

As Centrais de Regulação do Complexo Regulador da Região estão em fase de instalação no município de

Tabatinga.

Uma vez que na região o fluxo de pessoas se dá principalmente através dos rios, a utilização de serviço próprio

torna-se bastante onerosa para os municípios, tendo em vista a necessidade de aquisição dos veículos e

inexistência de pessoal contratado e qualificado de acordo com as normas da Capitania dos Portos, levando as

secretarias municipais de saúde a necessidade de utilizar a estrutura de empresas de transporte regular de

pessoas (lanchas rápidas).

Os municípios, na sua maioria, não dispõem de embarcações próprias para realizar o transporte de pessoas entre

as sedes. Na maioria das vezes, os serviços de transporte são prestados por meio de contratos com as empresas

locais de transporte hidroviário, uma vez que a manutenção de serviços próprios já se mostrou ineficiente na

região, principalmente pela dificuldade de obtenção de pessoal especializado e alto custo de manutenção e

custeio, levando ao sucateamento dos equipamentos e utilização para outras finalidades.

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205

OBJETIVOS META INDICADOR

Assessorar nos processos de

planejamento e construção dos

instrumentos de gestão, com bases nos

dispositivos do Decreto 7.508

Assessorar 100% dos

municípios nos processos de

planejamento e construção

dos instrumentos de gestão

Percentual de municípios assessorados

nos processos de planejamento e

construção dos instrumentos de gestão

Fortalecer a Governança Regional

através do funcionamento da CIR e

monitoramento e avaliação do projeto

pelo Grupo Condutor do QualiSUS-Rede

Apoiar o funcionamento da

CIR e do Grupo Condutor do

QualiSUS-Rede na região

Número de reuniões realizadas

EIXO ESTRUTURANTE 5 – Fortalecimento da Governança Regional

JUSTIFICATIVA

Os instrumentos de gestão do SUS (Plano e Fundo Municipal de Saúde, Relatório de Gestão, SIOPS,

acompanhamento da PPI, utilização da informação em saúde para tomada de decisão, entre outros) são utilizados

de forma infrequente, precária e com pouco grau de atualização.

A presença necessária dos DSEIs e do Ministério do Exército configura um Conselho Tripartite e não um Bipartite

como demanda a legislação vigente. Foi solicitada a Comissão Intergestores Tripartite uma orientação sobre a

composição da CIR, que por se tratar de área com presença indígena e de fronteira demanda tal formação. Até o

momento não houve qualquer orientação da CIT.

A CIR terá sede no município de Tabatinga com reuniões mensais, com agenda pré-definida e, no ano de 2012 se

reunirá de forma itinerante no primeiro semestre em alguns dos municípios integrantes da regional, conforme

acordado por seus membros.

Considerando a dificuldade geográfica e os altos preços de deslocamento na região, optou-se pela realização

mensal das reuniões do Grupo Condutor nos mesmos dias das reuniões da Comissão Intergestores Regional.

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206

Objetivos - Atividades, Metas/Resultados e Custos Estimados.

BIRD MS SES MUN

Adquirir equipamentos e materiais permanentes para 15 UBS

da região que necessitam de adequação tecnológica900.000,00

Apoiar os municípios da região no processo de qualificação

da atenção básica e PMAQ160.000,00

Realizar 04 oficinas de organização da Atenção Primária em

Saúde com os gestores e gerentes municipais e DSEIs na

região do Alto Solimões

400.000,00

Capacitar 36 técnicos dos municípios, sendo 03 das

Secretarias Municipais de Saúde e 01 por DSEI da região nos

sistemas de informação da Atenção Básica

300.000,00

Apoiar os municípios e DSEIs na implantação do Acolhimento

com Avaliação e Classificação de Riscos em todas as UBS,

ESF e EMSI

80.000,00

TOTAL 1.840.000,00

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

OBJETIVO:

META:

Fortalecer a APS como porta de entrada sistema de saúde nos municípios do Alto Solimões, incluindo a saúde

indígena

Qualificar e fortalecer a APS na Região do Alto Solimões

EIXO ESTRUTURANTE 1 - Atenção Primária em Saúde – APS

BIRD MS SES MUN

Capacitar 50 profissionais de saúde da região na prevenção e

tratamento do Câncer de Colo de Útero e Mama, incluindo a

saúde indígena

180.000,00

Capacitar 50 profissionais de saúde da região em saúde

mental com foco em álcool e drogas, incluindo a saúde

indígena

180.000,00

TOTAL 360.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 1 - Atenção Primária em Saúde – APS

OBJETIVO:

Capacitar profissionais das Equipes de Saúde, Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena dos municípios para

a prevenção e tratamento em áreas estratégicas da Atenção Básica.

META:

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

Capacitar 100 profissionais das Equipes de Saúde e EMSI dos municípios para a prevenção e tratamento em

áreas estratégicas da Atenção Básica.

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207

BIRD MS SES MUN

Adquirir e distribuir 14 motores rabetas para os pólos-bases

dos DSEIs Vale do Javari e Médio Amazonas35.000,00

Adquirir 180 equipamentos de sonar para as parteiras

tradicionais da região cadastradas na Coordenação de Saúde

da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas

72.000,00

Adquirir kit para oxigenoterapia para 20 UBS da região 40.000,00

TOTAL 147.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 1 - Atenção Primária em Saúde – APS

OBJETIVO:

Garantir a acessibilidade e a resolutividade da Atenção Básica nos municípios da região em algumas ações

selecionadas, incluindo a saúde indígena

META:

Garantir a acessibilidade e a resolutividade da Atenção Básica em 100% dos municípios da região em algumas

ações selecionadas, incluindo a saúde indígena

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitar 36 profissionais de nível superior das equipes de

estratégia saúde da família e EMSI em classificação de risco

das gestantes

200.000,00

Capacitar 180 parteiras tradicionais da região cadastradas na

Coordenação da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da

Saúde do Amazonas, incluindo a saúde indígena

200.000,00

Capacitação em prevenção, diagnóstico e tratamento das

hepatites virais, sífilis e HIV e testes rápidos de gravidez para

36 profissionais de saúde dos municípios, incluindo a saúde

indígena.

200.000,00

Capacitar 36 técnicos de nível superior (médicos e

enfermeiros) da região, incluindo da EMSI em reanimação

neonatal (NALS)

120.000,00

TOTAL 720.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas

1.      Rede de Atenção a Mulher e a Criança

OBJETIVO:

Capacitar os profissionais dos municípios para implantação do novo modelo de atenção a saúde materna e

infantil, incluindo a saúde indígena

META:

Capacitar 80% dos técnicos dos municípios envolvidos nas ações da Rede Cegonha, incluindo a saúde indígena

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

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208

BIRD MS SES MUN

Realizar 03 ações educativas em saúde, junto à população em

geral, voltada para prevenção de agravos evitáveis

prevalentes, nos municípios da região, em parceria com as

Instituições Universitárias, Secretarias de Educação,

Associações e outros existentes na região.

162.000,00

Realização 02 de ações educativas em saúde, junto à

população em geral, voltada para Violência Domestica e

Sexual, nos municípios da região, em parceria com as

Instituições Universitárias, Secretarias de Educação,

Associações e outros existentes na região.

108.000,00

Realizar 04 eventos alusivos a patologias não transmissíveis

conforme calendário oficial, voltada à população em geral, nos

municípios da região, em parceria com as Instituições

Universitárias, Secretarias de Educação, Associações e

outros existentes na região.

216.000,00

Realizar 01 Campanha a cerca de Controle de Animais

Errantes (Principalmente Cão), voltada à população em geral,

nos municípios da região, em parceria com as Instituições

Universitárias, Secretarias de Educação, Associações e

outros existentes na região.

54.000,00

Confeccionar material de divulgação para a população da

região sobre o funcionamento do protocolo ACCR45.000,00

TOTAL 585.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas

1.      Rede de Atenção as Urgências

OBJETIVO:

Fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltada para a vigilância e prevenção

das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis

prevalentes na região.

META:

Realizar 10 ações educativas / campanhas voltadas para a vigilância e prevenção das violências e acidentes, das

lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis prevalentes na região, incluindo a saúde

indígena

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Apoiar a estruturação física de 01 Central de Regulação do

SAMU na Regional do Alto Solimões250.000,00 139.765,00

Adquirir Central de rádio para funcionamento do SAMU nos

municípios da região300.000,00

TOTAL 550.000,00 139.765,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas

META:

Apoiar a estruturação de 01 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência na Região do Alto Solimões que

contemple a saúde indígena

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

1.      Rede de Atenção as Urgências

OBJETIVO:

Prover estrutura adequada para o funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência na Região do

Alto Solimões, incluindo a saúde indígena

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209

BIRD MS SES MUN

Capacitar a Equipe interdisciplinar (profissionais de nível

superior) da UPA da região do Alto Solimões em ATLS, ACLS

e PALS

600.000,00

Capacitar a Equipe interdisciplinar (profissionais de nível

superior) da UPA da região do Alto Solimões no atendimento

ao paciente em estado crítico

200.000,00

TOTAL 800.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas

1.      Rede de Atenção as Urgências

OBJETIVO:

Capacitar os profissionais de nível superior da Unidade de Pronto Atendimento da região do Alto Solimões

META:

Capacitar 100% dos profissionais de nível superior da Unidade de Pronto Atendimento da região do Alto

Solimões

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitar as equipes (médicos e enfermeiros) dos Hospitais

da Região no atendimento e acompanhamento dos pacientes

críticos com a Utilização dos Protocolos Assistenciais com

maior ênfase na Linha de Cuidados do IAM, AVC e CAUSAS

EXTERNAS

200.000,00

TOTAL 200.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas

OBJETIVO:

Capacitar os médicos e enfermeiros das Unidades Hospitalares da Região como Portas de Entrada Hospitalares

para as Urgências

META:

Qualificar 100% dos médicos e enfermeiros das unidades Hospitalares da Regional como Portas de Entrada

Hospitalares para as Urgências

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

1.      Rede de Atenção as Urgências

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210

BIRD MS SES MUN

Automatizar os laboratórios municipais para a garantia da

oferta de exames de patologia clínica estabelecidos nas redes

cegonha e de atenção às urgências

530.000,00

Adequar a estrutura física e automatizar o LAFRON em

Tabatinga para oferta de exames especializados na região400.000,00

Adquirir equipamentos de laboratório para o DSEI Alto Rio

Solimões24.655,80

Adequar salas de coleta de 10 Unidades de Saúde dos

municípios, incluindo a saúde indígena500.000,00

Adquirir 10 equipamentos de gasometria com ionograma para

as unidades hospitalares e o SPA e Maternidade de Tabatinga200.000,00 200.000,00

Adquirir Oftalmoscópio direto para a realização do teste do

olhinho21.600,00

Adquirir equipamento para triagem auditiva neonatal 180.000,00

TOTAL 1.856.255,80 200.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 3 – Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT)

OBJETIVO:

Garantir a oferta de exames estabelecidos nas redes cegonha e de atenção às urgências nos municípios da

região, incluindo a saúde indígena

META:

Garantir a oferta de exames estabelecidos nas redes cegonha e de atenção às urgências nos 09 municípios da

região

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Adquirir 03 equipamentos de digitalização para implantar o

serviço de radiodiagnose (raios x e mamografia) digitalizados

nos municípios sedes de microrregional com laudamento via

telessaúde

300.000,00

Adquirir 02 eletroencefalógrafos para implantar o serviço de

diagnose em neurologia nos municípios sedes de

microrregional com laudamento via telessaúde

420.000,00

TOTAL 720.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 3 – Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT)

OBJETIVO:

Ampliar a oferta de novos serviços de diagnose e terapia inexistentes na região, incluindo a saúde indígena

META:

Ampliar em 100% dos municípios a oferta de novos exames de diagnose e terapia na região

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

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211

BIRD MS SES MUN

Adquirir equipamentos de conectividade (antenas VSAT) para

as 09 secretarias municipais de saúde140.400,00

TOTAL 140.400,00

META:

Garantir conectividade em 09 Secretarias Municipais de Saúde da Região do Alto Solimões

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

EIXO ESTRUTURANTE 4 – Sistema de Apoio Logístico

OBJETIVO:

Garantir conectividade para as Secretarias Municipais de Saúde da Região do Alto Solimões

BIRD MS SES MUN

Realizar 01 seminário e oficina de trabalho para os gestores

dos municípios e dos DSEIs, profissionais e prestadores de

serviços de saúde da região.

200.000,00

Realizar 01 campanha de orientação à população geral

(incluindo indígenas) quanto ao modelo implantado, incluindo

confecção de instrumentos orientadores.

50.000,00

Realizar 01 treinamento para as equipes operacionais da

Central de Regulação e das Unidades de Saúde, incluindo a

saúde indígena.

200.000,00

TOTAL 450.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 4 – Sistema de Apoio Logístico

OBJETIVO:

Apoiar o processo de implantação e funcionamento do Complexo Regulador Regional do Alto Solimões,

contemplando a saúde indígena

META:

Apoiar 01 Complexo Regulador Regional no processo de implantação e funcionamento

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Contratar o serviço de passagens aéreas, fluviais e terrestres

entre os municípios da região para o deslocamento de

pacientes que necessitam de serviços especializados

conforme demanda da APS através da central de regulação

regional, incluindo a saúde indígena.

1.861.483,71 1.861.483,71

TOTAL 1.861.483,71 1.861.483,71

EIXO ESTRUTURANTE 4 – Sistema de Apoio Logístico

OBJETIVO:

Criar e implantar sistema de Transporte Sanitário Regional, incluindo a saúde indígena

META:

Implantar na região 01 Sistema de Transporte Sanitário Regional

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

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212

BIRD MS SES MUN

Orientar os municípios na construção dos instrumentos de

planejamento40.000,00

Realizar 01 Oficina para construção do COAP na região 200.000,00

Instituir sistema de avaliação da qualidade (Acreditação nível

01) nos hospitais dos municípios sede das microrregionais40.000,00

Construção de instrumento de avaliação de Pesquisa de

satisfação para a região40.000,00

TOTAL 320.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 5 – Fortalecimento da Governança Regional

OBJETIVO:

Assessorar nos processos de planejamento e construção dos instrumentos de gestão, com bases nos

dispositivos do Decreto 7.508

META:

Assessorar 100% dos municípios nos processos de planejamento e construção dos instrumentos de gestão

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Adquirir equipamentos e mobiliário para estruturação da

Secretaria Executiva da Comissão Intergestores Regional30.000,00

Apoiar o funcionamento das reuniões da CIR e Grupo

Condutor do QualiSUS-Rede, através da liberação de

passagens e diárias para os membros da CIR e do Grupo

Condutor do QualiSUS-Rede

279.000,00

TOTAL 309.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 5 – Fortalecimento da Governança Regional

OBJETIVO:

Fortalecer a Governança Regional através do funcionamento da CIR e monitoramento e avaliação do projeto pelo

Grupo Condutor do QualiSUS-Rede

META:

Apoiar o funcionamento da CIR e do Grupo Condutor do QualiSUS-Rede na região

ATIVIDADESCUSTO ESTIMADO (R$)

TOTAL GERAL 10.859.139,51 139.765,00 1.130.741,85 930.741,85

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213

Formulação do Plano – Quadro síntese dos custos estimados por objetivo

UF: AMAZONAS

BIRD MS SES MUNICÍPIO

Fortalecer a APS como porta de entrada

sistema de saúde nos municípios do Alto

Solimões, incluindo a saúde indígena

1.840.000,00 0,00 0,00 0,00

Capacitar profissionais das Equipes de

Saúde, Equipes Multidisciplinares de Saúde

Indígena dos municípios para a prevenção e

tratamento em áreas estratégicas da Atenção

Básica.

360.000,00 0,00 0,00 0,00

Garantir a acessibilidade e a resolutividade

da Atenção Básica nos municípios da região

em algumas ações selecionadas, incluindo a

saúde indígena

147.000,00 0,00 0,00 0,00

Capacitar os profissionais dos municípios

para implantação do novo modelo de

atenção a saúde materna e infantil, incluindo

a saúde indígena

720.000,00 0,00 0,00 0,00

Fomentar o desenvolvimento de ações de

saúde e educação permanente voltada para a

vigilância e prevenção das violências e

acidentes, das lesões e mortes no trânsito e

das doenças crônicas não transmissíveis

prevalentes na região.

585.000,00 0,00 0,00 0,00

Prover estrutura adequada para o

funcionamento do Serviço de Atendimento

Móvel de Urgência na Região do Alto

Solimões, incluindo a saúde indígena

550.000,00 139.765,00 0,00 0,00

Capacitar os profissionais de nível superior

da Unidade de Pronto Atendimento da região

do Alto Solimões

800.000,00 0,00 0,00 0,00

Capacitar os médicos e enfermeiros das

Unidades Hospitalares da Região como

Portas de Entrada Hospitalares para as

Urgências

200.000,00 0,00 0,00 0,00

Garantir a oferta de exames estabelecidos

nas redes cegonha e de atenção às

urgências nos municípios da região,

incluindo a saúde indígena

1.856.255,80 0,00 200.000,00 0,00

Ampliar a oferta de novos serviços de

diagnose e terapia inexistentes na região,

incluindo a saúde indígena

720.000,00 0,00 0,00 0,00

Ano: 2012 -2014

Região: Norte

ObjetivosCusto Estimado (R$)

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214

Garantir conectividade para as Secretarias

Municipais de Saúde da Região do Alto

Solimões

140.400,00 0,00 0,00 0,00

Apoiar o processo de implantação e

funcionamento do Complexo Regulador

Regional do Alto Solimões, contemplando a

saúde indígena

450.000,00 0,00 0,00 0,00

Criar e implantar sistema de Transporte

Sanitário Regional, incluindo a saúde

indígena

1.861.483,71 0,00 1.861.483,71 0,00

Assessorar nos processos de planejamento

e construção dos instrumentos de gestão,

com bases nos dispositivos do Decreto 7.508

320.000,00 0,00 0,00 0,00

Fortalecer a Governança Regional através do

funcionamento da CIR e monitoramento e

avaliação do projeto pelo Grupo Condutor do

QualiSUS-Rede

309.000,00 0,00 0,00 0,00

Total Geral 10.859.139,51 139.765,00 2.061.483,71 0,00

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215

Cronograma de Atividades

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Adquirir equipamentos e materiais

permanentes para 15 UBS da região

que necessitam de adequação

tecnológica

X

Apoiar os municípios da região no

processo de qualificação da atenção

básica e PMAQ

X X X X

Realizar 04 oficinas de organização

da Atenção Primária em Saúde com

os gestores e gerentes municipais e

DSEIs na região do Alto Solimões

X X X X

Capacitar 36 técnicos dos

municípios, sendo 03 das

Secretarias Municipais de Saúde e

01 por DSEI da região nos sistemas

de informação da Atenção Básica

X

Apoiar os municípios e DSEIs na

implantação do Acolhimento com

Avaliação e Classificação de Riscos

em todas as UBS, ESF e EMSI

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 1 - Atenção Primária em Saúde – APS

OBJETIVO

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

Fortalecer a APS como porta de entrada sistema de saúde nos municípios do Alto Solimões, incluindo a saúde indígena

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Capacitar 50 profissionais de saúde

da região na prevenção e tratamento

do Câncer de Colo de Útero e Mama,

incluindo a saúde indígena

X

Capacitar 50 profissionais de saúde

da região em saúde mental com foco

em álcool e drogas, incluindo a

saúde indígena

X

Responsável

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

EIXO ESTRUTURANTE 1 - Atenção Primária em Saúde – APS

OBJETIVO

Capacitar profissionais das Equipes de Saúde, Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena dos municípios para a

prevenção e tratamento em áreas estratégicas da Atenção Básica.

Prazo em meses

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216

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Adquirir e distribuir 14 motores

rabetas para os pólos-bases dos

DSEIs Vale do Javari e Médio

Amazonas

X

Adquirir 180 equipamentos de sonar

para as parteiras tradicionais da

região cadastradas na Coordenação

de Saúde da Mulher da Secretaria de

Estado da Saúde do Amazonas

X

Adquirir kit para oxigenoterapia para

20 UBS da regiãoX

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 1 - Atenção Primária em Saúde – APS

OBJETIVO

Garantir a acessibilidade e a resolutividade da Atenção Básica nos municípios da região em algumas ações

selecionadas, incluindo a saúde indígena

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

Prazo em meses

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

ATIVIDADES

Capacitar 36 profissionais de nível

superior das equipes de estratégia

saúde da família e EMSI em

classificação de risco das gestantes

X

Capacitar 180 parteiras tradicionais

da região cadastradas na

Coordenação da Saúde da Mulher

da Secretaria de Estado da Saúde

do Amazonas, incluindo a saúde

indígena

X

Capacitação em prevenção,

diagnóstico e tratamento das

hepatites virais, sífilis e HIV e testes

rápidos de gravidez para 36

profissionais de saúde dos

municípios, incluindo a saúde

indígena.

X

Capacitar 36 técnicos de nível

superior (médicos e enfermeiros) da

região, incluindo da EMSI em

reanimação neonatal (NALS)

X

Responsável

OBJETIVO

Capacitar os profissionais dos municípios para implantação do novo modelo de atenção a saúde materna e infantil,

incluindo a saúde indígena

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas - Rede de Atenção a Mulher e a Criança

Secretaria de Estado da Saúde

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217

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Realizar 03 ações educativas em

saúde, junto à população em geral,

voltada para prevenção de agravos

evitáveis prevalentes, nos

municípios da região, em parceria

com as Instituições Universitárias,

Secretarias de Educação,

Associações e outros existentes na

região.

X X X

Realização 02 de ações educativas

em saúde, junto à população em

geral, voltada para Violência

Domestica e Sexual, nos municípios

da região, em parceria com as

Instituições Universitárias,

Secretarias de Educação,

Associações e outros existentes na

região.

X X

Realizar 04 eventos alusivos a

patologias não transmissíveis

conforme calendário oficial, voltada

à população em geral, nos

municípios da região, em parceria

com as Instituições Universitárias,

Secretarias de Educação,

Associações e outros existentes na

região.

X X X X

Realizar 01 Campanha a cerca de

Controle de Animais Errantes

(Principalmente Cão), voltada à

população em geral, nos municípios

da região, em parceria com as

Instituições Universitárias,

Secretarias de Educação,

Associações e outros existentes na

região.

X

Confeccionar material de divulgação

para a população da região sobre o

funcionamento do protocolo ACCR

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas - Rede de Atenção as Urgências

OBJETIVO

Fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltada para a vigilância e prevenção das

violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis prevalentes na região.

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

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218

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Apoiar a estruturação física de 01

Central de Regulação do SAMU na

Regional do Alto Solimões

X

Adquirir Central de rádio para

funcionamento do SAMU nos

municípios da região

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas - Rede de Atenção as Urgências

OBJETIVO

Prover estrutura adequada para o funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência na Região do Alto

Solimões, incluindo a saúde indígena

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Capacitar a Equipe interdisciplinar

(profissionais de nível superior) da

UPA da região do Alto Solimões em

ATLS, ACLS e PALS

X

Capacitar a Equipe interdisciplinar

(profissionais de nível superior) da

UPA da região do Alto Solimões no

atendimento ao paciente em estado

crítico

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas - Rede de Atenção as Urgências

OBJETIVO

Capacitar os profissionais de nível superior da Unidade de Pronto Atendimento da região do Alto Solimões

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Capacitar as equipes (médicos e

enfermeiros) dos Hospitais da

Região no atendimento e

acompanhamento dos pacientes

críticos com a Utilização dos

Protocolos Assistenciais com maior

ênfase na Linha de Cuidados do

IAM, AVC e CAUSAS EXTERNAS

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 2 - Redes Temáticas - Rede de Atenção as Urgências

OBJETIVO

Capacitar os médicos e enfermeiros das Unidades Hospitalares da Região como Portas de Entrada Hospitalares para as

Urgências

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

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219

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Automatizar os laboratórios

municipais para a garantia da oferta

de exames de patologia clínica

estabelecidos nas redes cegonha e

de atenção às urgências

X

Adequar a estrutura física e

automatizar o LAFRON em

Tabatinga para oferta de exames

especializados na região

X

Adquirir equipamentos de

laboratório para o DSEI Alto Rio

Solimões

X

Adequar salas de coleta de 10

Unidades de Saúde dos municípios,

incluindo a saúde indígena

X

Adquirir 10 equipamentos de

gasometria com ionograma para as

unidades hospitalares e o SPA e

Maternidade de Tabatinga

X

Adquirir Oftalmoscópio direto para a

realização do teste do olhinhoX

Adquirir equipamento para triagem

auditiva neonatalX

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 3 - Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT)

OBJETIVO

Garantir a oferta de exames estabelecidos nas redes cegonha e de atenção às urgências nos municípios da região,

incluindo a saúde indígena

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Adquirir 02 equipamentos de

digitalização para implantar o

serviço de radiodiagnose (raios x e

mamografia) digitalizados nos

municípios sedes de microrregional

com laudamento via telessaúde

X

Adquirir 02 eletroencefalógrafos

para implantar o serviço de

diagnose em neurologia nos

municípios sedes de microrregional

com laudamento via telessaúde

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 3 - Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT)

OBJETIVO

Ampliar a oferta de novos serviços de diagnose e terapia inexistentes na região, incluindo a saúde indígena

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

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220

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Adquirir equipamentos de

conectividade (antenas VSAT) para

as 09 secretarias municipais de

saúde

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 4 - Sistema de Apoio Logístico

OBJETIVO

Garantir conectividade para as Secretarias Municipais de Saúde da Região do Alto Solimões

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Realizar 01 seminário e oficina de

trabalho para os gestores dos

municípios e dos DSEIs,

profissionais e prestadores de

serviços de saúde da região.

X

Realizar 01 campanha de orientação

à população geral (incluindo

indígenas) quanto ao modelo

implantado, incluindo confecção de

instrumentos orientadores.

X

Realizar 01 treinamento para as

equipes operacionais da Central de

Regulação e das Unidades de

Saúde, incluindo a saúde indígena.

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 4 - Sistema de Apoio Logístico

OBJETIVO

Apoiar o processo de implantação e funcionamento do Complexo Regulador Regional do Alto Solimões, contemplando a

saúde indígena

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Contratar o serviço de passagens

aéreas, fluviais e terrestres entre os

municípios da região para o

deslocamento de pacientes que

necessitam de serviços

especializados conforme demanda

da APS através da central de

regulação regional, incluindo a

saúde indígena.

X X X X X X X X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 4 - Sistema de Apoio Logístico

OBJETIVO

Criar e implantar sistema de Transporte Sanitário Regional, incluindo a saúde indígena

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

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221

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Orientar os municípios na

construção dos instrumentos de

planejamento

X

Realizar 01 Oficina para construção

do COAP na regiãoX

Instituir sistema de avaliação da

qualidade (Acreditação nível 01) nos

hospitais dos municípios sede das

microrregionais

X

Construção de instrumento de

avaliação de Pesquisa de satisfação

para a região

X

Responsável

EIXO ESTRUTURANTE 5 - Fortalecimento da Governança Regional

OBJETIVO

Assessorar nos processos de planejamento e construção dos instrumentos de gestão, com bases nos dispositivos do

Decreto 7.508

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

Secretaria de Estado da Saúde

3º. Trim. 4º. Trim. 1º. Trim 2º. Trim 3º. Trim 4º. Trim 1º. Trim 2º. Trim

Adquirir equipamentos e mobiliário

para estruturação da Secretaria

Executiva da Comissão

Intergestores Regional

X

Apoiar o funcionamento das

reuniões da CIR e Grupo Condutor

do QualiSUS-Rede, através da

liberação de passagens e diárias

para os membros da CIR e do Grupo

Condutor do QualiSUS-Rede

X X X X X X X X

Responsável Secretaria de Estado da Saúde

EIXO ESTRUTURANTE 5 - Fortalecimento da Governança Regional

OBJETIVO

Fortalecer a Governança Regional através do funcionamento da CIR e monitoramento e avaliação do projeto pelo Grupo

Condutor do QualiSUS-Rede

Prazo em meses

Atividade2012 2013 2014

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222

DETALHAMENTO E ESPECIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES

PROPOSTAS NO SUBPROJETO

EIXO ESTRUTURANTE 1 - Atenção Primária em Saúde – APS

OBJETIVO: Fortalecer a APS como porta de entrada sistema de saúde nos

municípios do Alto Solimões, incluindo a saúde indígena.

Atividade: Adquirir equipamentos e materiais permanentes para 15 UBS da

região.

As UBS contempladas serão decididas em reunião da CIR após análise da

SUSAM, contemplando pelo menos uma UBS por município e pólo-base dos

DSEIs.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de Equipamentos R$ 60.000,00 15 R$ 900.000,00

EQUIPAMENTOS POR AMBIENTE

Ambiente: HIG01 - Área de recepção e espera para paciente, doador, acompanhante de paciente

Equipamentos V.Unitário Quantidade V.Total

Ar condicionado 12 Btu (Split) R$ 990,00 1 R$ 990,00

Arquivo R$ 1.230,00 1 R$ 1.230,00

Bebedouro R$ 535,00 1 R$ 535,00

Cadeira estofada R$ 271,00 2 R$ 542,00

Computador Desktop(Básico) R$ 1.330,00 1 R$ 1.330,00

Impressora Laser R$ 1.172,00 1 R$ 1.172,00

Mesa para Computador R$ 275,00 1 R$ 275,00

Nobreak R$ 400,00 1 R$ 400,00

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223

Switch R$ 600,00 1 R$ 600,00

SUB-TOTAL R$ 7.074,00

Ambiente: AMB13 - Consultório Indiferenciado - Atendimento Ambulatorial

Equipamentos V.Unitário Quantidade V.Total

Ar condicionado 12Btu (Split) R$ 990,00 1 R$ 990,00

Armário Vitrine R$ 380,00 1 R$ 380,00

Balança Antropométrica R$ 333,00 1 R$ 333,00

Balde a Pedal R$ 350,00 1 R$ 350,00

Biombo R$ 265,00 1 R$ 265,00

Esfignomanômetro R$ 52,00 1 R$ 52,00

Esfignomanômetro Pediátrico R$ 68,00 1 R$ 68,00

Estetoscópio R$ 13,00 1 R$ 13,00

Estetoscópio Pediátrico R$ 18,00 1 R$ 18,00

Foco Refletor Ambulatorial R$ 449,00 1 R$ 449,00

Lanterna Clínica R$ 30,00 1 R$ 30,00

Mesa de Exames Divã R$ 413,00 1 R$ 413,00

Mesa Ginecológica R$ 990,00 1 R$ 990,00

Mesa Auxiliar R$ 631,00 1 R$ 631,00

Cadeira estofada fixa R$ 216,00 1 R$ 216,00

Escada com 2 degraus R$ 69,00 1 R$ 69,00

Jogo de Laringoscópio Adulto R$ 1.038,00 1 R$ 1.038,00

Jogo de Laringoscópio Neonatal R$ 1.038,00 1 R$ 1.038,00

Otoscópio R$ 365,00 1 R$ 365,00

Desfibrilador Automático Externo R$ 5.600,00 1 R$ 5.600,00

SUB-TOTAL R$ 13.308,00

Ambiente: AMB18 - Consultório Odontológico

Equipamentos V.Unitátio Quantidade V.total

Armário Vitrine R$ 780,00 1 R$ 780,00

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224

Autoclave de Mesa (Até 50 litros) R$ 2.400,00 1 R$ 2.400,00

SUB-TOTAL R$ 3.180,00

Ambiente: HIG14 - Sala de espera para público

Equipamentos V.Unitátio Quantidade V.total

Ar condicionado 12Btu (Split) R$ 990,00 1 R$ 990,00

Cadeira Longarina-JG c/ 3 cadeiras R$ 370,00 1 R$ 370,00

Cadeira de Rodas R$ 1.980,00 1 R$ 1.980,00

Televisor R$ 1.470,00 1 R$ 1.470,00

Aparelho de DVD R$ 390,00 1 R$ 390,00

Bebedouro R$ 535,00 1 R$ 535,00

SUB-TOTAL R$ 5.735,00

Ambiente: ADM02 - Sala de reuniões

Equipamentos V.Unitátio Quantidade V.total

Aparelho de DVD R$ 390,00 1 R$ 390,00

Ar condicionado 12Btu (Split) R$ 990,00 1 R$ 990,00

Cadeira fixa estofada R$ 432,00 2 R$ 864,00

Câmera Web(Webcam) R$ 90,00 1 R$ 90,00

Computador Desktop(Básico) R$ 1.330,00 1 R$ 1.330,00

Projetor Multimídia R$ 2.100,00 1 R$ 2.100,00

Roteador R$ 234,00 1 R$ 234,00

Tela de Projeção R$ 1.200,00 1 R$ 1.200,00

Televisor LCD R$ 1.470,00 1 R$ 1.470,00

Mesa de Reunião R$ 1.160,00 1 R$ 1.160,00

SUB-TOTAL R$ 9.828,00

Ambiente: EME19 - Sala de procedimentos especiais (invasivos)

Equipamentos V.Unitário Quantidade V.Total

Ar condicionado 12Btu (Split) R$ 990,00 1 R$ 990,00

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225

Armário Vitrine R$ 380,00 1 R$ 380,00

Balança Antropométrica R$ 1.129,00 1 R$ 1.129,00

Balde a Pedal R$ 350,00 1 R$ 350,00

Central de Nebulização (4 saidas) R$ 2.160,00 1 R$ 2.160,00

Cilindro (Oxigênio) R$ 1.800,00 1 R$ 1.800,00

Escada com 2 degraus R$ 69,00 1 R$ 69,00

Esfignomanômetro R$ 56,00 1 R$ 56,00

Glicosímetro R$ 155,00 1 R$ 155,00

Mesa de Exames Divã R$ 413,00 1 R$ 413,00

Nebulisador portatil R$ 150,00 2 R$ 300,00

Suporte de Soro R$ 168,00 1 R$ 168,00

SUB-TOTAL R$ 7.970,00

Ambiente: AMB08 - Sala de curativos/sutura e coleta de material (exceto ginecológico)

Equipamentos V.Unitário Quantidade V.Total

Ar condicionado 12Btu (Split) R$ 990,00 1 R$ 990,00

Armário Vitrine R$ 380,00 1 R$ 380,00

Balde a Pedal R$ 350,00 1 R$ 350,00

Braçadeira para injeção R$ 176,00 1 R$ 176,00

Carro Curativo R$ 1.372,00 1 R$ 1.372,00

Escada com 2 degraus R$ 69,00 1 R$ 69,00

Mesa de Exames Divã R$ 413,00 1 R$ 413,00

Suporte para Hamper R$ 137,00 1 R$ 137,00

Suporte de Soro R$ 170,00 1 R$ 170,00

Mesa esmaltada R$ 620,00 1 R$ 620,00

Cadeira fixa esmaltada R$ 182,00 2 R$ 364,00

Est. Instrumental p/sutura R$ 552,00 1 R$ 552,00

Est.Instrumental peq. p/cirurgia R$ 1.980,00 1 R$ 1.980,00

SUB-TOTAL R$ 7.573,00

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226

Ambiente: AMB24 - Consultório Diferenciado - Ginecologia

Equipamentos V.Unitátio Quantidade V.total

Ar condicionado 12Btu (Split) R$ 990,00 1 R$ 990,00

Balde a Pedal R$ 350,00 1 R$ 350,00

Cadeira Estofada fixa R$ 216,00 2 R$ 432,00

Armário Vitrine R$ 380,00 1 R$ 380,00

Balança Antropométrica R$ 1.129,00 1 R$ 1.129,00

Biombo R$ 265,00 1 R$ 265,00

Escada com 2 degraus R$ 70,00 1 R$ 70,00

Esfignomanômetro R$ 52,00 1 R$ 52,00

Estetoscópio R$ 13,00 1 R$ 13,00

Lanterna Clínica R$ 30,00 1 R$ 30,00

Mesa Ginecológica R$ 990,00 1 R$ 990,00

Mesa Auxiliar R$ 631,00 1 R$ 631,00

SUB-TOTAL R$ 5.332,00

TOTAL GERAL POR UBS R$ 60.000,00

Atividade: Apoiar os municípios da região no processo de qualificação da

atenção básica e PMAQ

Contratar 01 consultoria a cada 06 meses para apoiar as equipes que

aderiram ao PMAQ nas atividades de avaliação e posteriores orientações para

adesão de novas equipes.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Consultoria R$ 40.000,00 4 R$ 160.000,00

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227

Atividade: Realizar 04 oficinas de organização da Atenção Primária em

Saúde com os gestores e gerentes municipais e DSEIs na região do Alto

Solimões

As oficinas serão realizadas nos municípios de Tabatinga (envolvendo os

municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença e

Tabatinga, sendo 01 em 2012 e 01 em 2013) e no município de Santo Antônio do

Içá (envolvendo os municípios de Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí

e Fonte Boa, sendo 01 em 2013 e 01 em 2014).

Estão previstas despesas com deslocamento e alimentação dos gestores,

gerentes e instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e

reprodução do material didático. As despesas de acomodação devem ocorrer por

conta dos municípios e DSEIs.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Oficina R$ 100.000,00 4 R$ 400.000,00

Atividade: Capacitar 36 técnicos dos municípios, sendo 03 das Secretarias

Municipais de Saúde e 01 por DSEI da região nos sistemas de informação da

Atenção Básica

A capacitação será realizada no município de Tabatinga, envolvendo os

técnicos dos municípios (03 participantes de cada) e dos DSEIs da região (01

participante de cada) nos sistemas de informação da Atenção Básica: SIM,

SINASC, SINAN, SIAB, SIASUS, SISPRENATAL(WEB), SIH e SIAPI, SIASI,

SCNES, SISVAN WEB, SCNES, etc.

Estão previstas despesas com deslocamento, acomodação e alimentação

dos técnicos e instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e

reprodução do material didático.

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228

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Capacitação R$ 300.000,00 1 R$ 300.000,00

Atividade: Apoiar os municípios e DSEIs na implantação do Acolhimento

com Avaliação e Classificação de Riscos em todas as UBS, ESF e EMSI

Contratar 02 consultorias para apoiar os municípios e DSEIs na

implantação do Acolhimento com Avaliação e Classificação de Riscos em todas as

UBS, ESF e EMSI.

As consultorias deverão ser realizadas no ano de 2013, sendo 01

responsável pelos municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga e

São Paulo de Olivença e DSEI Vale do Javari e DSEI Alto Rio Solimões e 01

responsável pelos municípios de Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí

e Fonte Boa e DSEI Alto Rio Solimões e DSEI Médio Solimões e Afluentes.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Consultoria R$ 40.000,00 2 R$ 80.000,00

OBJETIVO: Capacitar profissionais das Equipes de Saúde, Equipes

Multidisciplinares de Saúde Indígena dos municípios para a prevenção e

tratamento em áreas estratégicas da Atenção Básica.

Atividade: Capacitar 50 profissionais de saúde da região na prevenção e

tratamento do Câncer de Colo de Útero e Mama, incluindo a saúde indígena.

Capacitar e mobilizar 50 profissionais da saúde, incluindo a saúde indígena,

para serem multiplicadores na prevenção e tratamento do Câncer de Colo de

Útero e Mama na região.

Estão previstas despesas com acomodação e alimentação dos técnicos e

instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e reprodução do

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229

material didático. As despesas de deslocamento devem ocorrer por conta dos

municípios e DSEIs.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Capacitação R$ 180.000,00 1 R$ 180.000,00

Atividade: Capacitar 50 profissionais de saúde da região em saúde mental

com foco em álcool e drogas, incluindo a saúde indígena.

Capacitar e mobilizar 50 profissionais da saúde, incluindo a saúde indígena,

para serem multiplicadores na prevenção e tratamento em saúde mental com foco

em álcool e drogas na região.

Estão previstas despesas com acomodação e alimentação dos técnicos e

instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e reprodução do

material didático. As despesas de deslocamento devem ocorrer por conta dos

municípios e DSEIs.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Capacitação R$ 180.000,00 1 R$ 180.000,00

OBJETIVO: Garantir a acessibilidade e a resolutividade da Atenção Básica

nos municípios da região em algumas ações selecionadas, incluindo a saúde

indígena.

Atividade: Adquirir e distribuir 14 motores rabetas para os pólos-bases dos

DSEIs Vale do Javari e Médio Amazonas.

Adquirir 14 motores rabetas para os DSEIs Vale do Javari e Médio

Solimões e Afluentes, sendo 07 para cada.

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230

A distribuição dos motores entre os AIS e pólos-bases será por conta de

cada DSEI.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Motor Rabeta R$ 2.500,00 14 R$ 35.000,00

Atividade: Adquirir 180 equipamentos de sonar para as parteiras tradicionais

da região cadastradas na Coordenação de Saúde da Mulher da Secretaria de

Estado da Saúde do Amazonas.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Equipamento de sonar R$ 400,00 180 R$ 72.000,00

Atividade: Adquirir kit para oxigenoterapia para 19 UBS da região

As UBS contempladas serão decididas em reunião da CIR após análise da

SUSAM, contemplando pelo menos uma UBS por município e pólo-base dos

DSEIs.

Os Kits compreendem: bala de oxigênio, manômetro, válvula reguladora

com fluxômetro, umidificador, máscara, ambu com reservatório-adulto e neonatal.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Kit de oxigenoterapia R$ 2.000,00 20 R$ 40.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 – Redes Temáticas – Rede de Atenção a Mulher e a

Criança

OBJETIVO: Capacitar os profissionais dos municípios para implantação do

novo modelo de atenção a saúde materna e infantil, incluindo a saúde

indígena.

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231

Atividade: Capacitar 36 profissionais de nível superior das equipes de

estratégia saúde da família e EMSI em classificação de risco das gestantes.

Serão capacitados 36 profissionais de nível superior, sendo 01 médico

(generalista ou gineco-obstetra) e 01 enfermeiro de cada município e 01 médico e

01 enfermeiro da saúde indígena por município. O curso será realizado no

município de Tabatinga.

Os profissionais capacitados atuarão como multiplicadores para os demais

colegas durante a implantação da Rede Cegonha na região.

Estão previstas despesas com deslocamento, acomodação e alimentação

dos técnicos e instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e

reprodução do material didático.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Capacitação R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

Atividade: Capacitar 180 parteiras tradicionais da região cadastradas na

Coordenação da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde do

Amazonas, incluindo a saúde indígena.

As capacitações serão realizadas nos municípios de Tabatinga (envolvendo

os municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença e

Tabatinga) e no município de Santo Antônio do Içá (envolvendo os municípios de

Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí e Fonte Boa). As parteiras da

área indígena também estão contempladas na atividade.

Estão previstas despesas com deslocamento e alimentação das parteiras e

instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e reprodução do

material didático. As despesas de acomodação devem ocorrer por conta dos

municípios e DSEIs.

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232

Para participar da atividade, as parteiras devem estar cadastradas na

Coordenação da Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde do

Amazonas.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Capacitação R$ 100.000,00 2 R$ 200.000,00

Atividade: Capacitação em prevenção, diagnóstico e tratamento das

hepatites virais, sífilis e HIV e testes rápidos de gravidez para 36

profissionais de saúde dos municípios, incluindo a saúde indígena.

Serão capacitados 36 profissionais de nível superior, sendo 01 médico

(generalista ou gineco-obstetra) e 01 enfermeiro de cada município e 01 médico e

01 enfermeiro da saúde indígena por município. O curso será realizado no

município de Tabatinga.

Os profissionais capacitados atuarão como multiplicadores para os demais

colegas durante a implantação da Rede Cegonha na região.

Estão previstas despesas com deslocamento, acomodação e alimentação

dos técnicos e instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e

reprodução do material didático.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Capacitação R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

Atividade: Capacitar 36 técnicos de nível superior (médicos e enfermeiros)

da região, incluindo da EMSI em reanimação neonatal (NALS)

Serão capacitados 36 profissionais de nível superior, sendo 01 médico

(generalista ou gineco-obstetra) e 01 enfermeiro de cada município e 01 médico e

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233

01 enfermeiro da saúde indígena por município. O curso será realizado na capital

Manaus.

Os profissionais capacitados atuarão como multiplicadores para os demais

colegas durante a implantação da Rede Cegonha na região.

Estão previstas despesas com deslocamento dos técnicos e instrutores

durante a capacitação, bem como a confecção e reprodução do material didático.

As despesas de acomodação e alimentação devem ocorrer por conta dos

municípios e DSEIs.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Capacitação R$ 120.000,00 1 R$ 120.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 – Redes Temáticas – Rede de Atenção as Urgências

OBJETIVO: Fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação

permanente voltada para a vigilância e prevenção das violências e acidentes,

das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis

prevalentes na região.

Atividade: Realizar 03 ações educativas em saúde, junto à população em

geral, voltada para prevenção de agravos evitáveis prevalentes, nos

municípios da região, em parceria com as Instituições Universitárias,

Secretarias de Educação, Associações e outros existentes na região.

Será realizada 01 ação por ano. Estão previstos a confecção de material

educativo, veiculação em rádio e outras mídias locais.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Ação Educativa R$ 54.000,00 3 R$ 162.000,00

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234

Atividade: Realização 02 de ações educativas em saúde, junto à população

em geral, voltada para Violência Domestica e Sexual, nos municípios da

região, em parceria com as Instituições Universitárias, Secretarias de

Educação, Associações e outros existentes na região.

Será realizada 01 ação em 2013 e outra em 2014. Estão previstos a

confecção de material educativo, veiculação em rádio e outras mídias locais.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Ação Educativa R$ 54.000,00 2 R$ 108.000,00

Atividade: Realizar 04 eventos alusivos a patologias não transmissíveis

conforme calendário oficial, voltada à população em geral, nos municípios

da região, em parceria com as Instituições Universitárias, Secretarias de

Educação, Associações e outros existentes na região.

Será realizada 01 ação em 2012, 02 ações em 2013 e outra em 2014.

Estão previstos a confecção de material educativo, veiculação em rádio e outras

mídias locais.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Campanha R$ 54.000,00 4 R$ 216.000,00

Atividade: Realizar 01 Campanha a cerca de Controle de Animais Errantes

(Principalmente Cão), voltada à população em geral, nos municípios da

região, em parceria com as Instituições Universitárias, Secretarias de

Educação, Associações e outros existentes na região.

Será realizada 01 ação em 2013. Estão previstos a confecção de material

educativo, veiculação em rádio e outras mídias locais.

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235

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Campanha R$ 54.000,00 1 R$ 54.000,00

Atividade: Confeccionar material de divulgação para a população da região

sobre o funcionamento do protocolo ACCR.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Material de divulgação R$ 45.000,00 1 R$ 45.000,00

OBJETIVO: Prover estrutura adequada para o funcionamento do Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência na Região do Alto Solimões, incluindo a

saúde indígena.

Atividade: Apoiar a estruturação física de 01 Central de Regulação do SAMU

na Regional do Alto Solimões.

A Central de Regulação das Urgências do Alto Solimões já está

contemplada na implantação do Complexo Regulador do Alto Solimões. Para tal

atividade já está prevista a liberação de recursos do Ministério da Saúde no valor

de R$ 139.765,00. O Complexo Regulador funcionará em área anexa ao SPA e

Maternidade de Tabatinga.

Considerando que o projeto inicial do SPA e Maternidade de Tabatinga foi

elaborado em 2008, alguns ajustes precisam ser feitos quanto à melhoria das

instalações físicas para o recebimento e funcionamento da Central de Regulação

das Urgências.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Adequação Física - Reforma R$ 250.000,00 1 R$ 250.000,00

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236

Atividade: Adquirir Central de rádio para funcionamento do SAMU nos

municípios da região.

Está prevista a aquisição de Central de rádio para funcionamento do SAMU

na Central de Regulação das Urgências e nas Bases descentralizadas nas sedes

dos municípios e Unidades de Suporte Básico na região. Estão contempladas as

USB fluviais, inclusive dos DSEIs.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 300.000,00 1 R$ 300.000,00

OBJETIVO: Capacitar os profissionais de nível superior da Unidade de

Pronto Atendimento da região do Alto Solimões.

Atividade: Capacitar a Equipe interdisciplinar (profissionais de nível

superior) da UPA da região do Alto Solimões em ATLS, ACLS e PALS.

Serão realizados 03 cursos no município de Tabatinga para os profissionais

de nível superior (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros).

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 200.000,00 3 R$ 600.000,00

Atividade: Capacitar a Equipe interdisciplinar (profissionais de nível

superior) da UPA da região do Alto Solimões no atendimento ao paciente em

estado crítico.

O curso será realizado no município de Tabatinga para os profissionais de

nível superior (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros).

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237

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

OBJETIVO: Capacitar os médicos e enfermeiros das unidades Hospitalares

da Regional como Portas de Entrada Hospitalares para as Urgências.

Atividade: Capacitar as equipes (médicos e enfermeiros) dos Hospitais da

Região no atendimento e acompanhamento dos pacientes críticos com a

Utilização dos Protocolos Assistenciais com maior ênfase na Linha de

Cuidados do IAM, AVC e CAUSAS EXTERNAS.

O curso será realizado no município de Tabatinga.

Estão previstas despesas com deslocamento, acomodação e alimentação

dos profissionais e instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e

reprodução do material didático.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 3 – Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico

(SADT)

OBJETIVO: Garantir a oferta de exames estabelecidos nas redes cegonha e

de atenção às urgências nos municípios da região, incluindo a saúde

indígena.

Atividade: Automatizar os laboratórios municipais para a garantia da oferta

de exames de patologia clínica estabelecidos nas redes cegonha e de

atenção às urgências.

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238

Adquirir equipamentos de automatização para os laboratórios de análises

clínicas das unidades hospitalares das sedes dos municípios. Os equipamentos

realizarão exames de análise clínica básica. Não estão incluídos os laboratórios

do município de Tabatinga, pois serão atendidos pelo LAFRON.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 66.250,00 8 R$ 530.000,00

Atividade: Adequar a estrutura física e automatizar o LAFRON em Tabatinga

para oferta de exames especializados na região.

Está prevista a adequação física e aquisição de equipamentos de

automatização do LAFRON para atender a demanda do município de Tabatinga

em análises clínicas básicas e a demanda em exames especializados da Rede

Cegonha e de Atenção às Urgências dos 09 municípios da região.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Adequação Física - Reforma R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

Aquisição de equipamento R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

Atividade: Adquirir equipamentos de laboratório para o DSEI Alto Rio

Solimões.

Os equipamentos serão adquiridos e disponibilizados ao DSEI Alto Rio

Solimões para estruturar 01 pólo-base a ser definido pelo Conselho Distrital de

Saúde Indígena do Alto Rio Solimões.

Equipamentos V.Unitário Quantidade V.Total

Micro pipeta R$ 227,90 2 R$ 455,80

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239

Banho Maria R$ 1.000,00 2 R$ 2.000,00

Centrífuga Macro R$ 2.100,00 1 R$ 2.100,00

Centrífuga Micro R$ 2.100,00 1 R$ 2.100,00

Contador de Células R$ 750,00 2 R$ 1.500,00

Cronômetro R$ 100,00 2 R$ 200,00

Destilador de Água R$ 2.000,00 1 R$ 2.000,00

Espectrofotômetro R$ 2.500,00 1 R$ 2.500,00

Estufa R$ 3.800,00 1 R$ 3.800,00

Geladeira R$ 1.000,00 1 R$ 1.000,00

Microscópio Binocular R$ 3.500,00 2 R$ 7.000,00

TOTAL R$ 24.655,80

Atividade: Adequar salas de coleta de 10 Unidades de Saúde dos municípios,

incluindo a saúde indígena.

Serão adequadas a estrutura física e a aquisição de equipamentos de 10

UBS nas zonas rurais da região para o funcionamento de salas de coleta.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Adequação Física - Reforma R$ 44.000,00 10 R$ 440.000,00

Aquisição de equipamento R$ 6.000,00 10 R$ 60.000,00

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EQUIPAMENTOS

Equipamentos V.Unitário Quantidade V.Total

Ar condicionado 12Btu (Split) R$ 990,00 1 R$ 990,00

Armário Vitrine R$ 380,00 1 R$ 380,00

Balde a Pedal R$ 350,00 1 R$ 350,00

Braçadeira para injeção R$ 176,00 1 R$ 176,00

Poltrona para coleta R$ 2.500,00 1 R$ 2.500,00

Escada com 2 degraus R$ 70,00 1 R$ 70,00

Mesa de Exames Divã R$ 413,00 1 R$ 413,00

Suporte para Hamper R$ 137,00 1 R$ 137,00

Mesa esmaltada R$ 620,00 1 R$ 620,00

Cadeira fixa esmaltada R$ 182,00 2 R$ 364,00

TOTAL R$ 6.000,00

Atividade: Adquirir 10 equipamentos de gasometria com ionograma para as

unidades hospitalares e o SPA e Maternidade de Tabatinga.

Os equipamentos serão destinados as Unidades Hospitalares dos

municípios e ao SPA e Maternidade de Tabatinga. A Secretaria de Estado da

Saúde do Amazonas pretende adquirir 05 unidades do equipamento, os outros 05

serão adquiridos pelo subprojeto.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 40.000,00 5 R$ 200.000,00

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241

Atividade: Adquirir Oftalmoscópio direto para a realização do teste do

olhinho.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 2.400,00 9 R$ 21.600,00

Atividade: Adquirir equipamento para triagem auditiva neonatal

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 20.000,00 9 R$ 180.000,00

OBJETIVO: Ampliar a oferta de novos serviços de diagnose e terapia

inexistentes na região, incluindo a saúde indígena.

Atividade: Adquirir 03 equipamentos de digitalização para implantar o

serviço de radiodiagnose (raios x e mamografia) digitalizados nos

municípios sedes de microrregional com laudamento via telessaúde.

Os equipamentos adquiridos serão instalados nos municípios de Tabatinga,

Santo Antônio do Içá e Fonte Boa.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 100.000,00 3 R$ 300.000,00

Page 241: SUBPROJETO QUALISUS-REDE DA REGIÃO DO ALTO …portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/agosto/08/Subprojeto... · (PLAN - Colômbia) reforçou o aparato militar com campos de

242

Atividade: Adquirir 03 eletroencefalógrafos para implantar o serviço de

diagnose em neurologia nos municípios sedes de microrregional com

laudamento via Telessaúde.

Os equipamentos adquiridos serão instalados nos municípios de

Tabatinga, Santo Antônio do Içá e Fonte Boa.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 140.000,00 3 R$ 420.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 4 – Sistema de Apoio Logístico

OBJETIVO: Garantir conectividade para as Secretarias Municipais de Saúde

da Região do Alto Solimões.

Atividade: Adquirir equipamentos de conectividade (antenas VSAT) para as

09 secretarias municipais de saúde.

As antenas serão instaladas nas Secretarias Municipais de Saúde e o

custeio do serviço de conectividade será por conta dos municípios.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 15.600,00 9 R$ 140.400,00

OBJETIVO: Apoiar o processo de implantação e funcionamento do

Complexo Regulador Regional do Alto Solimões, contemplando a saúde

indígena.

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243

Atividade: Realizar 01 seminário e oficina de trabalho para os gestores dos

municípios e dos DSEIs, profissionais e prestadores de serviços de saúde da

região.

O seminário e a oficina serão realizados no município de Tabatinga.

Estão previstas despesas com deslocamento, acomodação e alimentação

dos gestores e instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e

reprodução do material didático.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Realização de Seminário e Oficina R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

Atividade: Realizar 01 campanha de orientação à população geral (incluindo

indígenas) quanto ao modelo implantado, incluindo confecção de

instrumentos orientadores.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Realização de Campanha R$ 50.000,00 1 R$ 50.000,00

Atividade: Realizar 01 treinamento para as equipes operacionais da Central

de Regulação e das Unidades de Saúde, incluindo a saúde indígena.

O treinamento será realizado no município de Tabatinga.

Estão previstas despesas com deslocamento, acomodação e alimentação

dos técnicos e instrutores durante a capacitação, bem como a confecção e

reprodução do material didático.

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Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Realização de Treinamento R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

OBJETIVO: Criar e implantar sistema de Transporte Sanitário Regional,

incluindo a saúde indígena.

Atividade: Contratar o serviço de passagens fluviais entre os municípios da

região para o deslocamento de pacientes que necessitam de serviços

especializados conforme demanda da APS através da central de regulação

regional, incluindo a saúde indígena.

Contratar o serviço de empresa especializada em liberação de passagens

aéreas, fluviais e terrestres na região para garantir o deslocamento de pacientes

que necessitam de serviços especializados em outros municípios da região

(preferencialmente os municípios sedes de microrregionais) com oferta de maior

complexidade, conforme demanda da APS.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Contratação de serviço R$ 1.861.483,71 1 R$ 1.861.483,71

O transporte sanitário na região contemplará, inicialmente, duas

modalidades:

Crítico – a ser executado pelo Serviço Móvel de Urgência e Emergência –

SAMU, cuja infraestrutura e funcionamento encontram-se detalhados no

item...

Eletivo – para a demandas populacionais identificadas pela atenção

primária como necessidade de referência ao segundo e terceiro nível de

assistência.

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245

No que diz respeito ao transporte sanitário de caráter eletivo primeiramente é

importante destacar que o rio Solimões é o principal meio de acessibilidade aos

municípios da região Alto Solimões, com linhas regulares de transporte fluvial de

passageiros e cargas, que partem da capital Manaus até o município de Tabatinga

e depois fazem o caminho inverso.

Os municípios, na sua maioria, não dispõem de embarcações próprias para

realizar o transporte de pessoas entre as sedes. Na maioria das vezes, os

serviços de transporte são prestados por meio de contratos com as empresas

locais de transporte hidroviário, uma vez que a manutenção de serviços próprios já

se mostrou ineficiente na região, principalmente pela dificuldade de obtenção de

pessoal especializado e alto custo de manutenção e custeio, levando ao

sucateamento dos equipamentos e utilização para outras finalidades.

Uma iniciativa criada para contribuir com a superação dessa e de outras

dificuldades inerentes a região, trata-se do Consórcio Intermunicipal Solimões,

ator que pode se tornar um elemento agregador e de suporte à gestão municipal

de forma solidária, inserindo no contexto local uma prática rotineira diferenciada

para alcance de resultados coletivos e positivos, já experimentados por muitos

municípios de outros estados e que no Amazonas, precisa ser estimulado e

fortalecido.

Diante da realidade apresentada acima, a proposta para o transporte eletivo

de pacientes referenciados ao município sede da região – Tabatinga - ancora-se

basicamente no transporte fluvial, com a intermediação do referido Consórcio.

Ainda que haja fator de cunho jurídico-administrativo impeditivo para que o

Consórcio seja executor da ação transporte sanitário, prevista na proposta do

QUALISUS, não se pode perder a oportunidade de torná-lo parte integrante do

processo de trabalho e dar início a uma nova prática que ao final da execução do

projeto seja comprovada o exercício da eficiência pelo conjunto de municípios

integrantes da região.

O modelo de transporte eletivo prevê que as Secretarias Municipais, a partir

de uma demanda identificada e cadastrada pelas ESF sejam inseridas numa

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programação local de base populacional, conforme as necessidades reais feitas

por extratos de risco. A estratificação de risco é importante porque sua lógica se

apoia num manejo diferenciado pela ESF, de pessoas e de grupos que

apresentam risco similares.

Como todos os municípios dispõem de hospitais, estes devem,

obrigatoriamente, participar do processo de programação local e receber os

pacientes encaminhados pela rede básica, com demandas suportadas pela suas

capacidades instaladas. Para isso, torna-se fundamental reintroduzir uma rotina

ambulatorial para a atenção especializada, inclusive de consultas, para efetuar o

acompanhamento da sua população residente e no caso dos municípios definidos

como de referência, também da população recebida.

O transporte fluvial de caráter eletivo será destinado aos pacientes

encaminhados pela atenção básica e cujo atendimento nas especialidades no

nível ambulatorial e de internação não estão disponível no próprio município e com

agendamento confirmado pelas Centrais de Regulação Ambulatorial e de

Internação regional, através do sistema de informação eletrônico de regulação –

SISREG.

É importante registrar que por sua vez, às Centrais de Regulação é

facultado somente a oferta programada na Programação Pactuada Integrada –

PPI, onde encontra-se estabelecido os tetos assistenciais de cada município e que

qualquer proposta de alteração deve ser objeto de nova pactuação na Comissão

Intergestores Regional – CIR e homologado na Comissão Intergestores Bipartite –

CIB/AM.

Vale ressaltar que a integração da Telessaúde com a Regulação

Assistencial, com a conclusão da instalação das Antenas VSAT, em 100% dos

municípios poderá viabilizar mais acesso a assistência especializada. Com a

implantação deste recurso passa-se a apoiar melhor as Unidades Básicas de

Saúde que passam a contar com mais Pontos de Telessaúde, complementada

pela Regulação on-line, ampliando o acesso da população de todos os municípios

da região aos serviços especializados disponíveis em Tabatinga e em Manaus, o

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que por sua vez propiciará uma melhor organização, racionalização e

administração dos recursos materiais, pessoais e financeiros existentes.

Assim, serão beneficiados usuários do SUS que realizaram o (s) primeiro

(s) atendimento(s) na rede local do município de origem com agendamento

marcado para consultas, exames e/ou internação de caráter eletivo a serem

realizados no município de referência tipo 1 ou referência tipo 2;

A demanda assistencial inicial para acesso aos serviços especializados,

apesar dos esforços tem se constituído num enorme desafio, dada a dificuldade

de obtenção de registro regular pelas Secretarias Municipais.

Lançando mão de uma alternativa bastante frequente frente a inexistência

dos dados, utilizou-se os parâmetros da Portaria 1101/MS e que eleva muitíssimo

a necessidade de oferta na região, conforme o quadro apresentado abaixo.

Município de origem PopulaçãoQtd. consulta

especializada

Município de referência 2

(Tabatinga)

Amaturá 9.657 4.249 424.908,00R$ (Santo Antonio do Iça) 1.444.687,20R$

Atalaia do Norte 15.149 6.666 133.311,20R$ (Benjamin Constant) 199.966,80R$

Benjamin Constant 33.391 14.692 440.761,20R$

Fonte Boa 22.659 9.970 6.978.972,00R$

Jutaí 17.964 7.904 1.106.582,40R$ (Fonte Boa) 4.268.246,40R$

Santo Antônio do Içá 24.487 10.774 3.878.740,80R$

São Paulo de Olivença 31.426 13.827 3.595.134,40R$

Tabatinga 52.279 23.003 -

Tonantins 17.056 7.505 600.371,20R$ (Santo Antonio do Iça) 3.001.856,00R$

224.068 98.590 2.265.172,80R$ 23.808.364,80R$

Município de referência 1

Em se tratando de estimativa de demanda para consultas especializadas, o

valor de R$23.808364,80 se apresenta bastante elevado quando comparado aos

valores identificados pelos municípios da região, após o levantamento possível,

para gasto com transferência de pacientes, demonstrado a seguir.

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Item Município

1 Amaturá 150.000,00R$ (2010)

2 Atalaia do Norte 543.000,00R$ (2011)

3 Benjamin Constant 741.916,00R$ (2011)

4 Fonte Boa 900.000,00R$ (2011)

5 Jutaí 500.000,00R$ (2011)

6 São Paulo de Olivença 720.000,00R$ (2011)

7 Santo Antônio do Içá 500.000,00R$ (2011)

8 Tabatinga 700.000,00R$ (2011)

9 Tonantins 150.000,00R$ (2011)

4.904.916,00R$

Gasto anual em real/média

Total

Por outro lado, como os valores correspondem a gasto com transferência

de pacientes, em geral, num exercício de aproximação da realidade, propõem-se o

valor para a ação transporte sanitário de R$3.722.967,42, sendo R$1.861.483,71

para a SUSAM e R$ 1.861.483,71 para o Projeto QUALISUS, com dispêndio para

a execução da despesa em percentuais decrescentes ao longo do período de

execução do Projeto, de forma que a continuidade da ação seja assegurada. A

diferença restante e não objeto do Projeto pode ser aportado pelos municípios ao

Fundo Regional do Consórcio, para exercitar a nova modalidade de gerir os

serviços, de forma solidária.

O serviço de transporte deverá contar lanchas rápidas com até 25 lugares,

já muito utilizado na região, as quais deverão trafegar em rotas e frequências pré-

definidas e devidamente pactuadas entre os gestores.

As responsabilidades entre os atores envolvidos na ação de transporte

sanitário estão assim definidas:

SES: contratação de empresa especializada em liberação de passagens

aéreas, fluviais e terrestres na região para garantir o deslocamento de

pacientes que necessitam de serviços especializados em outros municípios

da região (preferencialmente os municípios sedes de microrregionais) com

oferta de maior complexidade, conforme demanda da APS;

estabelecimento de instrumento ou mecanismo de controle para repasse

das passagens adquiridas ao.

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249

SMS: identificação da demanda a ser referenciada pela rede de atenção

básica; designação de responsável pelo trânsito do acesso dos pacientes

identificados para agendamento; monitoramento da demanda informada;

definição de estratégia para informação e valorização do serviço de

transporte sanitário; aporte financeiro complementar para a ação, por meio

de rateio, através do Consórcio Intermunicipal.

CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL: distribuição das passagens aos

municípios, com base na verificação dos agendamentos efetuados no

SISREG; emitir relatórios de utilização do transporte, com base nas

informações recebidas da empresa como: controle de fluxo, de frequência,

quantidade de pessoas no veículo e chegada ao destino.

Numa demonstração de como se poderia assegurar a continuidade do

serviço após o término do subprojeto, ficou pactuado entre os municípios da

região e a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas na CIR do Alto Solimões,

o repasse do valor proposto, em escala gradual, iniciando-se com 100% pelo

QualiSUS com ajustes a cada 06 meses (60% e 40%) até 10% ao final do

subprojeto, conforme demonstrado a seguir:

Projeto QualiSUSSecretaria de Estado

de Saúde do Amazonas

Secretarias

Municipais de SaúdeTOTAL

3º. Trim. 418.833,83 23.268,55 - 465.370,92

4º. Trim. 418.833,83 23.268,55 - 465.370,92

SUB-TOTAL 837.667,66 46.537,09 - 930.741,84

1º. Trim 279.222,55 186.148,37 - 465.370,92

2º. Trim 279.222,55 186.148,37 - 465.370,92

3º. Trim 186.148,37 279.222,55 - 465.370,92

4º. Trim 186.148,37 279.222,55 - 465.370,92

SUB-TOTAL 930.741,84 930.741,84 - 1.861.483,68

1º. Trim 46.537,09 418.833,83 - 465.370,92

2º. Trim 46.537,09 418.833,83 - 465.370,92

SUB-TOTAL 93.074,18 837.667,66 - 930.741,84

1.861.483,68 1.814.946,59 - 3.722.967,36

Responsável pelo Repasse

TOTAL

2012

2013

2014

O valor proposto como complementar de R$ 1.181.948.58 a ser

disponibilizado pelos municípios, via Consórcio Intermunicipal, cuja contratação de

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serviços poderá ser efetuada pelo próprio, não implicará em execução da ação

pelo PROJETO QUALISUS, mas de alguma forma deve configurar como um

grande esforço do conjunto de municípios da região em modificar a realidade atual

que envolve uma fragilidade na gestão e no gerenciamento das Secretarias

Municipais de Saúde da região do Alto Solimões.

EIXO ESTRUTURANTE 5 – Fortalecimento da Governança Regional

OBJETIVO: Assessorar nos processos de planejamento e construção dos

instrumentos de gestão.

Atividade: Orientar os municípios na construção dos instrumentos de

planejamento.

Contratar 01 consultoria para orientar e apoiar os municípios na construção

dos instrumentos de planejamento – Plano Municipal de Saúde e Relatório anual

de Gestão.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Consultoria R$ 40.000,00 1 R$ 40.000,00

Atividade: Realizar 01 Oficina para construção do COAP na região.

A oficina será realizada no município de Tabatinga.

Estão previstas despesas com deslocamento, acomodação e alimentação

dos gestores, gerentes e instrutores durante a capacitação, bem como a

confecção e reprodução do material didático.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Oficina R$ 200.000,00 1 R$ 200.000,00

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Atividade: Instituir sistema de avaliação da qualidade (Acreditação nível 01)

nos hospitais dos municípios sede das microrregionais.

Contratar 01 consultoria para orientar e apoiar as unidades hospitalares dos

municípios sede de microrregional da região (Tabatinga, Santo Antônio do Içá e

Fonte Boa) no processo de acreditação nível 01.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Consultoria R$ 40.000,00 1 R$ 40.000,00

Atividade: Construção de instrumento de avaliação de Pesquisa de

satisfação para a região.

Contratar 01 consultoria para construir instrumento de avaliação de

pesquisa de satisfação que melhor se adeque a realidade da região.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Consultoria R$ 40.000,00 1 R$ 40.000,00

OBJETIVO: Fortalecer a Governança Regional através do funcionamento da

CIR e monitoramento e avaliação do projeto pelo Grupo Condutor do

QualiSUS-Rede.

Atividade: Adquirir equipamentos e mobiliário para estruturação da

Secretaria Executiva da Comissão Intergestores Regional.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

Aquisição de equipamento R$ 30.000,00 1 R$ 30.000,00

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EQUIPAMENTOS

Equipamentos V.Unitário Quantidade V.Total

Ar condicionado 12Btu (Split) R$ 1.200,00 1 R$ 1.200,00

Arquivo R$ 1.230,00 2 R$ 2.460,00

Armário R$ 437,00 2 R$ 874,00

Computador Portátil (Notebook) R$ 4.950,00 1 R$ 4.950,00

Mesa para escritório R$ 500,00 2 R$ 1.000,00

Cadeira tipo Presidente R$ 400,00 2 R$ 800,00

Impressora Laser R$ 1.172,00 2 R$ 2.344,00

Mesa para Computador R$ 275,00 2 R$ 550,00

Nobreak R$ 400,00 2 R$ 800,00

Switch R$ 600,00 1 R$ 600,00

Aparelho de DVD R$ 390,00 1 R$ 390,00

Cadeira fixa estofada R$ 432,00 4 R$ 1.728,00

Câmera Web(Webcam) R$ 90,00 2 R$ 180,00

Computador Desktop(Básico) R$ 1.330,00 2 R$ 2.660,00

Projetor Multimídia R$ 2.100,00 2 R$ 4.200,00

Roteador R$ 234,00 1 R$ 234,00

Tela de Projeção R$ 1.200,00 2 R$ 2.400,00

Televisor LCD R$ 1.470,00 1 R$ 1.470,00

TOTAL R$ 30.000,00

Atividade: Apoiar o funcionamento das reuniões da CIR e Grupo Condutor

do QualiSUS-Rede, através da liberação de passagens e diárias para os

membros da CIR e do Grupo Condutor do QualiSUS-Rede.

Especificação da Atividade V.Unitário Quantidade V.Total

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Aquisição de passagens aéreas (valor

médio) R$ 1.800,00 72 R$ 129.600,00

Aquisição de passagens fluviais (valor

médio) R$ 200,00 201 R$ 40.200,00

Liberação de diárias R$ 120,00 910 R$ 109.200,00

TOTAL R$ 279.000,00

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Para avaliação do Subprojeto foram determinados indicadores de processo

e de impacto de acordo com os eixos estruturantes e seus objetivos.

Os indicadores de impacto estão relacionados com cada Eixo Estruturante

e serão construídos e analisados a cada 12 meses da execução do subprojeto,

conforme demonstrado a seguir:

Eixo 01 – Atenção Primária em Saúde:

o Adequação da produção de consultas básicas na RAS, em relação a

um padrão (PT 1101/02);

o Adequação da produção de consultas especializadas por habitante

em relação a um padrão (PT 1101/02);

o Cobertura populacional estimada pelas Equipes básicas de Saúde;

o Percentual de UBS/ESF da rede com PMAQ do MS implantado;

o Taxa de internação de residentes na RAS por complicações de

hipertensão e/ou diabetes.

Eixo 02 – Redes Temáticas – Rede de Atenção a Mulher e a Criança:

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o Taxa de óbitos infantis (neonatal e pós-natal);

o Número de leitos obstétricos totais e por estabelecimentos de saúde;

o Percentual de crianças com vacinas de rotina de acordo com a

agenda programada;

o Percentual de crianças com consultas preconizadas até 24 meses;

o Percentual de gestantes captadas até a 12ª. Semana de gestação;

o Percentual de gestantes com todos os exames preconizados;

o Percentual de óbitos de mulheres em idade fértil (MIF) por causas

presumíveis investigados;

o Proporção de gestantes com o pré-natal em dia;

o Proporção de mães com 07 ou mais consultas de pré-natal.

Eixo 02 – Redes Temáticas – Rede de Atenção as Urgências:

o Proporção de óbito por causas externas em hospitais;

o Taxa de internação por diabetes mellitus;

o Taxa de internação por hipertensão;

o Adequação da produção de consultas de urgência/emergência em

relação a um padrão (PT 1101/02);

o Adequação de internações por habitantes residentes na região em

relação a um padrão (PT 1101/02);

o Índice de cobertura pelo SAMU – Número de USBs regionais por

população;

o Percentual de unidades de urgência e emergência prestadoras do

SUS na RAS e Central de Regulação que implantaram um sistema

de classificação de riscos.

Eixo 03 – Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT):

o Adequação da oferta de SADT por habitante na RAS em relação a

um padrão (PT 1101/02);

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o Percentual de pontos de atenção de SADT que foram alvo de

reorganização.

Eixo 04 – Sistema de Apoio Logístico:

o Média de municípios com cobertura pela Central de Regulação das

Urgências;

o Percentual de municípios da região integrados no sistema

regional de transporte sanitário de pacientes;

o Percentual de municípios integrados em Central de Regulação da

RAS.

Eixo 05 – Fortalecimento da Governança:

o Percentual de recursos municipais gastos em saúde;

o Per capita gastos em saúde na região;

o Percentual de gestores e gerentes da região envolvidos em processo

de capacitação voltados para a gestão da rede;

o Percentual de municípios da região integrados em estruturas

regionais de governança;

o Percentual de municípios da região com o Plano Municipal de

Saúde atualizado;

o Percentual de municípios da região com o Relatório Anual de

Gestão atualizado;

o Percentual de hospitais da região com avaliação de qualidade

(acreditação nível 01) implantada;

o Percentual de municípios que realizam rotineiramente pesquisa de

satisfação de usuários.

Os indicadores de processo estão relacionados aos diversos objetivos

estabelecidos dentro de cada Eixo Estruturante e deverão ser construídos e

analisados a cada 06 meses da execução do subprojeto.

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