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PROPOSTA DO SUBPROJETO QualiSUS REDE PARA A REGIÃO METROPOLITANA I DE BELÉM 2012

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PROPOSTA DO SUBPROJETO

QualiSUS – REDE PARA A REGIÃO

METROPOLITANA I DE BELÉM

2012

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 2

Sumário

COMPOSIÇÃO DA REGIÃO E DINÂMCIA DE TRABALHO DO GRUPO CONDUTOR

1. Apresentação e composição da Região......................................................................................................... 3

1.2 Composição do Grupo Condutor.............................................................................. ................................. 4

1.3 Dinâmica de operacionalização do Grupo Condutor QualiSUS-Rede da região...................................... 5

Metropolitana de Belém e metodologia de trabalho para elaboração do subprojeto......................................... 6

1 - ANÁLISE SITUACIONAL DA REGIÃO INTERESTADUAL

Dados Sócio-Demográficos .............................................................................................. ................ 8

Índice de Desenvolvimento Humano................................................................................................ 9

Perfil Eduicacional............................................................................................................. ............... 10

Saneamento Básico ............................................................................................. ............................. 11

2 - CONDIÇÕES DE VIDA E SAÚDE ......................................................................... 14

3 - ESTRUTURAÇÃO E OPERAÇÃO DO SISTEMA

Capacidade instalada ........................................................................................................................ 22

Cobertura das ações e serviços de saúde da atenção primária........................................................... 24

Cobertura das ações e serviços de saúde mental............................................................................... 25

Rede de Atenção Básica ............................................................................................. ...................... 26

Fluxos assistenciais..................................................................................................... ...................... 26

4 - GESTÃO DO SISTEMA REGIONAL

Governança Regional ............................................................................................... ......................... 29

Planejamento Regional das ações de saúde ...................................................................................... 29

Sistema de Informação...................................................................................................................... 30

Gestão do Trabalho da Educação: vínculos, formação, qualificação................................................ 30

Parcerias com Instituições de Ensino e Pesquisa ............................................................................. 30

Controle social ........................................................................................................ ......................... 31

5 - ESTRUTURAÇÃO DE REDE

Qualificação da Atenção Básica de Saúde ........................................................................................ 32

Implementação de Redes Temáticas.......................................................................... ........................ 33

Rede Cegonha................................................................................................ .................................... 34

Rede de Urgência e Emergência....................................................................................................... 37

Rede Psicossocial .......................................................................................... ................................... 39

Rede de Atenção ao Controle do Câncer ......................................................................................... 41

Reestruturação dos sistemas de atenção especializado, diagnóstico e terapia ................................... 44

Implementação de sistemas de apoio logístico integrados ................................................................ 47

Regulação do Acesso ......................................................................................................................... 48

TRANSPORTE SANITARIO/TFD MUNICIPAL ........................................................................... 49

Prontuários Clínicos.......................................................................................................................... 49

Fortalecimento da governança regional, implementação do Decreto 7508....................................... 50

6 – DETALHAMENTO DOS OBJETIVOS PARA O QUALISUS – REDE

Apresentação do Estado Proponente ................................................................................................. 53

Identificação dos Municípios............................................................................................................. 54

Objetivos segundo Eixos Estruturantes.............................................................................................. 55

Objetivos, atividades, metas e custos estimados................................................................................ 63

Quadro síntese dos custos estimados por objetivo.......................................................................... 73

7 - Referência Bibliográfica

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1. COMPOSIÇÃO DA REGIÃO E DINÂMCIA DE TRABALHO DO

GRUPO CONDUTOR

1.1 Regionalização a luz do Decreto 7.508/2011

A Região Metropolitana de Belém I, assim denominada a partir de abril/2012,

conforme Resolução nº 83 de 16 de abril de 2012 – CIB-SUS-PA, ratifica os avanços

resultantes das discussões e pactuações que vêm acontecendo no Estado do Pará no sentido

de atender as exigências do Decreto 7.508/2011.

A nova regionalização do Estado para fins da gestão do setor saúde veio

fortalecer a CIR, que já assumia a responsabilidade pelo setor, embora configurada como

CGR. Nesse sentido a CIR se constitui instância de apreciação e deliberação das demandas

de saúde dos cinco municípios que a integram, reuni-se periodicamente de forma ordinária e

extraordinária. A organização da CIR não incorpora câmaras técnicas, sendo as demandas

apresentadas em plenário, discutidas e apreciadas.

Todos os municípios da região aderiram ao Pacto para a Saúde e encontram-se

em fase de transição para o COAP. O planejamento regional está organizado a partir da

elaboração dos Planos Regionais de Saúde – PRS, Plano Diretor de Regionalização – PDR e

Plano Diretor de Investimento – PDI, congregando as demandas dos cinco municípios. Esse

processo de planejamento, da mesma forma, tem buscado contemplar as diretrizes do

Decreto 7.508/2011.

1.2 Apresentação e composição da Região

A Região Metropolitana de Belém está constituída de cinco municípios,

Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará (Figura 1), possui

extensão territorial de 1.819,337 Km2, população de 2.042.417 habitantes distribuídos

conforme Quadro 1.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 4

Figura1 – Mapa da Região Metropolitana de Belém

Quadro 1 – Distribuição populacional e extensão territorial dos municípios

da Região Metropolitana de Belém.

Município População (2010) Área (Km2)

Ananindeua 471.980 185,057

Belém 1.392.399 1.065

Benevides 51.651 187,86

Marituba 108.246 103,27

Santa Bárbara do Pará 17.141 278,15

TOTAL 2.042.417 1.819,337

Fonte: IBGE (2010)

A Região possui população urbana e rural que exibem diferenças marcantes

nos indicadores sociais, e consequentemente em relação ao acesso a bens e serviços

públicos, fortalecendo a necessidade de políticas públicas para redução das

desigualdades. Essa diferença está ilustrada no rendimento mensal per capita por

domicílio (Quadro 2), que mostra o distanciamento entre os valores correspondentes ao

local de moradia, essencialmente em Belém e Ananindeua, os dois maiores municípios

da região.

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Quadro 2 – Rendimento mensal per capita por local de moradia – Região

Metropolitana de Belém, 2012.

Renda Mensal domiciliar per

capita

Belém Benevides Ananindeua Marituba Santa

Bárbara do Pará

Valor Médio

Urbano

R$ 701,00 R$ 371,00 R$ 477,00 R$ 324,00 R$ 340,00

Valor Médio Rural R$ 271,00 R$ 295,00 R$ 166,00 R$ 306,00 R$ 249,00

Fonte: IBGE, 2010.

Belém é o município-sede, com PIB 10.754,77 per capita, apresenta

grande concentração de indústrias, bancos, pontos comerciais, serviços e órgãos

públicos que suprem a necessidade de toda a região. Com 1.392.399 habitantes, a

capital paraense sozinha é a segunda maior cidade da Amazônia brasileira. No seu

entorno, possui população ribeirinha morando em 39 ilhas.

Figura 2 – Mapa de Ilhas do município de Belém

Ananindeua é o segundo maior município da Grande Belém PIB 3.083,49

per capita, apresentou grande desenvolvimento nos últimos dez anos, tornando-se a

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terceira maior cidade da Amazônia e a 39ª do Brasil. A população de 471.980 habitantes,

está distribuída nas zonas urbana e rural do município. O crescimento consolidou-se com

a construção do conjunto habitacional Cidade Nova, na década de 80, uma boa

alternativa na metrópole paraense. A área insular de Ananindeua, fica ao norte do

município, sendo composta por 9 ilhas, são elas: Viçosa, João Pilatos, Santa Rosa, Mutá,

Arauari, São José da Sororóca, Sororóca, Sassunema e Guajarina.

É formada por inúmeros rios, como o do Maguari, e furos, como o da Bela

Vista e das Marinhas, além dos igarapés. As ilhas de Ananindeua são quase todas

habitadas, constituindo-se de pequenos povoados habitados por homens, mulheres e

crianças que vivem na rotina do encher e ser das águas do Rio Maguari. Em cada um

destes povoados é possível encontrar uma igreja, um campo de futebol, uma pequena

escola e muito verde.

A estrada do povo ribeirinho é o próprio rio e o seu meio principal de

locomoção são as canoas e os “pô-pô-pôs”, que levam e trazem o produtor agrícola, o

aluno, o professor e o visitante pelos caminhos de rios.

Figura 3 – Mapa de Ilhas do município de Ananindeua

Em que pese o franco crescimento populacional do município, Ananindeua

convive com limitações para atender as necessidades de saúde da população,

essencialmente no atendimento da urgência e emergência básica e hospitalar.

Marituba, o terceiro maior município, com PIB 4.754,46 per capita,

apresenta um desenvolvimento acelerado, com uma população que já ultrapassou 100

mil habitantes, com grande ocupação desordenada, abrigando uma das maiores invasões

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territoriais da América Latina, inicialmente com o nome de Che Guevara, hoje, Bairro

Almir Gabriel. Na sua configuração geográfica, assim como os demais municípios da

Região Metropolitana I, também contempla áreas de acesso fluvial (população

ribeirinha).

Benevides, com mais de 50 mil habitantes e PIB 11.337,30 per capita,

desponta como excelente alternativa para indústrias e centros logísticos ao longo da BR-

316. É um município que alberga a construção do maior terminal de cargas rodoviárias

da Amazônia. Em seu território, merece destaque o distrito de Benfica, famoso pelos

seus sítios, igarapés e pela produção de flores. Possui população ribeirinha distribuída

em 8 (oito) ilhas, em região denominada Murinim.

Santa Bárbara do Pará está localizado na PA-391, possui pouco mais de 17

mil habitantes, PIB 3.932,10 per capita, apresenta franco potencial para a agricultura,

com destaque para a produção de hortaliças, cujo destino final é o abastecimento de

parte da Região Metropolitana. Compõem a geografia do município as ilhas São Pedro e

Pirajuçara. Santa Bárbara está localizado na micro região de Belém, distando 40 Km da

capital, seus limites são a foz do rio Tauá, na Baia do Sol, o igarapé São Francisco que

segue pelo furo das Marinhas, no sentido norte, deixando para Belém as Ilhas da

Conceição, Cunuaru, Maruim e dos Papagaios que seguem até a foz do rio Tauá na Baia

do Sol.

A economia da região baseia-se nas atividades agropecuárias, comércio,

indústria, serviços e turismo, sendo este último mais evidente na capital paraense. A

atividade industrial é correspondente aos produtos alimentícios, navais, metalúrgicos,

químicos, beneficiamento de madeira e processamento do pescado.

Toda a Região Metropolitana I vem enfrentando as consequências das

ocupações desordenadas, fruto do processo migratório, essencialmente de

pessoas/famílias oriundas dos municípios mais distantes dos centros urbanizados. Os

municípios de Belém e Santa Bárbara do Pará contam ainda com áreas de assentamento

rural.

É em Belém que estão situados os portos brasileiros mais próximos da

Europa e Estados Unidos (Belém, Miramar e Outeiro), sendo que o Porto de Belém é o

maior movimentador de containers da Amazônia. Com a revitalização dos distritos

industriais de Icoaraci e Ananindeua, a implantação da Hidrovia do Tocantins e com a

chegada da Ferrovia Norte Sul, a cidade aguarda um novo ciclo de desenvolvimento. O

Círio de Nazaré, a maior procissão cristã do planeta, movimenta a economia da cidade,

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com aumento da produção industrial, aquecendo o comércio e o setor de serviços e

turismo.

1.3 Composição do Grupo Condutor

Representantes do Ministério da Saúde:

- Edna Cezar Balbino – Apoiador Estadual

- Fabiana Peroni – Apoiador Estadual

- Laura Maria Vidal Nogueira – Apoiador Local

Representantes da SES:

- Milena Farah Damous Castanho Ferreira

- Rosângela Brandão Monteiro (Coordenadora do Grupo Condutor QualiSUS-Rede)

Representantes do COSEMS:

- Charles César Tocantins de Souza

- Ed Wilson Dias e Silva

Representantes de cada município da Região Metropolitana:

- Simone Beverly Costa Nascimento (SMS- Ananindeua)

- Zuleide Maria Soares Souza (SMS-Ananindeua)

- Carmem Célia Pinheiro André (SMS- Belém)

- Israel Correa Pereira ( SMS-Belém)

- Shirley Aviz de Miranda (SMS- Benevides)

- Karla Picanço Cartagenes (SMS-Benevides)

- Ruth Helena dos Santos Leal (SMS – Santa Bárbara do Pará)

- Iremar Pereira Mendes (SMS – Santa Bárbara do Pará)

- Josué Lacerda Pompeu (SMS Marituba)

- Luana Rodrigues Couto (SMS Marituba)

A composição do Grupo Condutor (GC), instituído pela Resolução CIB nº 031, de 09 de

fevereiro de 2012, deu-se a partir da indicação pelo gestor da saúde de cada município da

Região. O mesmo processo ocorreu com os representantes da SES e do COSEMS que foram

indicados pelos titulares dos órgãos. Para elaboração do Subprojeto, não foi necessário a

composição de câmara técnica, sendo todo trabalho realizado pelos representantes do Grupo

Condutor.

O Subprojeto foi construído de forma coletiva, com pactuações permanentes

contemplando a realidade de cada um dos cinco municípios. Nesse sentido, foram realizadas

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oficinas, reuniões e seminários de modo a atender os objetivos pontuais de cada fase de

elaboração do Subprojeto.

O produto de cada etapa era socializado no território de origem pelos representantes

municipais, que retornavam ao grupo empoderados para o sequenciamento do trabalho. O

documento preliminar do Subprojeto foi submetido a CIR da Região Metropolitana I no dia

28 de março de 2012, e contou com a participação dos integrantes do Grupo Condutor.

Na reunião houve apresentação de todo o Subprojeto pela Coordenadora do GC, ocasião

em que foram prestados os esclarecimentos para todas as dúvidas verbalizadas. Na mesma

reunião o projeto foi aprovado e encaminhado a CIB que homologou a decisão.

1.4 Dinâmica de operacionalização do Grupo Condutor QualiSUS-Rede da região

Metropolitana de Belém e metodologia de trabalho para elaboração do subprojeto.

A construção do subprojeto QualiSUS Rede da Região Metropolitana de Belém

obedeceu uma sistemática de trabalho que envolveu dinâmicas tais como: reuniões,

oficinas e seminários.

Participaram das oficinas os integrantes do Grupo Condutor, gestores da SESPA

e representantes das redes temáticas, oportunamente. O quadro abaixo detalha o tema de

cada uma das oficinas e reuniões, o objetivo proposto e a data/período de ocorrência.

Evento: Oficina de trabalho com os municípios da área Metropolitana de Belém

Objetivo: Diagnosticar as necessidades dos municípios da área metropolitana, nos eixos

afetos ao Projeto QualiSUS –Rede, no contexto da Rede Assistencial de Saúde de cada

município.

Data: 12.09.2011

Evento: 1ª Oficina Regional - QualiSUS-Rede - Região Metropolitana/Belém

Data: 17 e 18.11.2011

Objetivo: Formar o Grupo Condutor e pactuar compromissos

Evento: Oficina para construção do Subprojeto Qualisus-Rede para a Região

Metropolitana de Belém

Objetivos: - Discutir o Painel de Indicadores dos Subprojetos, tendo sido priorizado os

indicadores obrigatórios (QSR).

- Discutir as prioridades elencadas pelo Grupo Condutor para elaboração dos

Subprojetos.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 10

Evento: Reunião de trabalho para discussão das demandas e orçamentos.

Período: 15 e 16.02.2012

Evento: Reunião de trabalho para avaliação de inclusão de novas propostas.

Data: 02.03.2012

Evento: Reunião de trabalho para preenchimento dos formulários padronizados

Data: 07.03.2012

Evento: Reunião de trabalho para continuação /conclusão do subprojeto

Data: 09.03.2012

Foi realizado um seminário que contou com a participação de representantes das

redes temáticas de Urgência e Emergência, Rede Cegonha, Rede de Oncologia e Rede

de Atenção Psicossocial. Nesta ocasião foi feita a apresentação de cada uma dessas

Data: 25.11.2011

Evento: Oficina para construção do Subprojeto Qualisus-Rede para a Região

Metropolitana de Belém

Objetivo: Finalizar o produzido no dia 25.11.11.

Data: 14.12.2011

Evento: Oficina para construção do Subprojeto Qualisus-Rede para a Região

Metropolitana de Belém

OObbjjeettiivvooss::

-- PPrroommoovveerr oo aappooiioo iinntteeggrraaddoo,, ccoomm aa ppaarrttiicciippaaççããoo ssiimmuullttâânneeaa ddee ttooddaass aass áárreeaass

ttééccnniiccaass//rreeddeess ddee aatteennççããoo,, aappooiiaaddoorreess ddoo MMSS,, ggrruuppoo ddee rreeddee ddoo EEssttaaddoo,, ddee ffoorrmmaa aa

ggaarraannttiirr uumm aalliinnhhaammeennttoo ee aa iinntteerrffaaccee ddee ttooddaass aass áárreeaass;;

-- DDiissccuuttiirr aass ppoorrttaarriiaass vviiggeenntteess ee aass ppoossssiibbiilliiddaaddeess ddee ccoommppoossiiççããoo ccoomm oouuttrrooss

rreeccuurrssooss ffiinnaanncceeiirrooss,, aalléémm ddoo QQuuaalliiSSUUSS;;

-- DDiissccuuttiirr oo PPrroojjeettoo QQuuaalliiSSUUSS MMeettrrooppoolliittaannaa ee ssuuaass rreeaaddeeqquuaaççõõeess oorrççaammeennttáárriiaass,,

aassssiimm ccoommoo ddooss iinnddiiccaaddoorreess..

PPeerrííooddoo:: 0022 aa 0044..0022..22001122

Evento: Oficina final para fechamento do subprojeto.

Objetivo: Finalizar a construção do subprojeto QualiSUS-Rede da RM de Belém.

Data: 15.03.2012

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 11

redes para divulgar o estágio de construção em que cada uma se encontra. Abaixo o

detalhamento do evento.

Evento: Seminário para apresentação das Redes Temáticas focalizando o Mapa

Estrutural (fluxos, interfaces com outras redes de atenção, pontos críticos, etc.)

Data: 29.02.2012

Para subsidiar a elaboração da análise situacional foi feita consulta em sites

oficiais, tais como: IBGE e Sala de Situação do MS, além de fontes documentais da

SESPA e das Secretarias Municipais da Região Metropolitana.

O projeto foi enviado para a Unidade de Gestão do Projeto (UGP) e Ministério

da Saúde (MS) no dia 28.03.2012, juntamente com as Resoluções de aprovação na CIR

e homologação na CIB.

Após análise pela UGP e sendo necessários alguns ajustes no subprojeto, o

Grupo Condutor participou de uma Oficina com representantes do MS no dia

08.05.2012 para devolutiva da análise do subprojeto e planejamento de um cronograma

de trabalho para realização dos ajustes necessários.

Nesse sentido foram realizadas quatro reuniões que objetivaram a revisão e

reelaboração de partes do subprojeto seguindo o relatório de análise:

Evento: Reunião de trabalho para leitura do relatório de análise enviado pela UGP,

definição do processo de trabalho a ser desenvolvido pelo GC. Repactuação de ações.

Data: 15.05.2012

Evento: Reunião de trabalho com o GC para continuação da revisão do subprojeto.

Análise crítica dos formulários padronizados, Repactuação das ações previstas para a

RUE

Data: 18.05.2012

Evento: Reunião de trabalho com o GC para continuação da revisão do subprojeto –

repactuação das ações previstas para a rede de Oncologia.

Data: 22.05.2012

Evento: Reunião de trabalho para revisão dos indicadores do subprojeto.

Data: 24.05.2012

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 12

2. CONDIÇÕES DE VIDA E SAÚDE

2.1 Dados Sociodemográficos Básicos

2.1.1 Perfil populacional

Na população da região há predominância do sexo feminino com 52,3%, e da

faixa etária entre 20 e 29 anos de idade, correspondendo a 20,29% do total da população da

região metropolitana I. O grupo etário com idade inferior a 15 anos corresponde a 25,98%,

sendo que a população com 60 anos e mais perfaz um percentual de 7,27% (Tabela 2).

Tabela 1 – Distribuição da população da Região Metropolitana de Belém, por sexo e

faixa etária, ano 2009.

2.1.2 Índice de Desenvolvimento Humano

A Região Metropolitana tem um IDH médio de 0,74 (Tabela 4), portanto um

valor nível médio. Segundo a OMS, o valor inferior a 0,50 é considerado baixo, e entre 0,50

a 0,79 é nível médio e superior a 0,80 é alto. Embora os valores estejam muito próximos ao

parâmetro considerado superior, mantém-se a preocupação em implantar e implementar

políticas públicas de saúde, educação e assistência social, assim como de geração de renda.

Faixa Etária Masculino Feminino Total

Menor 1 14.807 14.222 29.029

1 a 4 64.705 63.015 127.720

5 a 9 96.816 97.440 194.256

10 a 14 97.805 99.633 197.438

15 a 19 97.162 99.283 196.445

20 a 29 207.054 221.191 428.245

30 a 39 168.085 189.338 357.423

40 a 49 119.551 137.530 257.081

50 a 59 77.395 92.068 169.463

60 a 69 38.472 50.981 89.453

70 a 79 17.357 27.148 44.505

80 e + 6.711 12.802 19.513

Ignorada - - -

Total 1.005.920(47,7%) 1.104.651(52,3%) 2.110.571(100,0%)

Fonte: IBGE (2009)

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Figura 4 - Índice de desenvolvimento humano dos municípios da Região Metropolitana,

ano 2010.

Média IDH /Região Metropolitana: 0,74

Fonte: Sala de Situação/MS-2012

2.1.3- Perfil educacional

Tabela 2 - Proporção de alfabetização por faixa etária da população da Região

Metropolitana de Belém, ano de 2009.

F. Etária Ananindeua Belém Benevides Marituba Sta. Bárbara

5 a 9 50,7 51,6 45,1 41,8 41,3

10 a 14 94,7 94,9 94,5 92,5 90,8

15 a 19 97,8 97,8 96,6 96,2 95,5

20 a 49 96,1 96,5 92,1 93,2 90,2

50 e + 83,2 87,2 70,3 72,8 66,7

TAXA DE ANALFABETISMO DA REGIÃO METROPOLITANA : 4,47

Fonte: IBGE (2009)

A taxa de analfabetismo na região metropolitana é de 4,47% (Tabela 2)

correspondente a população de 5 anos e mais. Dentre os municípios, Santa Bárbara do

Pará apresenta os menores percentuais de alfabetização, em todas as faixas etárias. No

grupo de adolescentes, faixa etária de 10 a 19 anos, os maiores percentuais encontram-se

em Belém e Ananindeua, sendo com variação pequena em relação aos demais.

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2.1.4. Condições de Saneamento Básico

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

A origem da água para consumo humano tem sido alvo de debate no mundo

todo, corroborando a preocupação das autoridades sanitárias, com o controle das

doenças veiculadas por meio hídrico, essencialmente nos países em desenvolvimento.

Doenças como as parasitoses intestinais, hepatites infecciosas, diarréias, entre outras,

podem estar diretamente relacionadas a qualidade da água.

Observa-se que na região metropolitana de Belém, todos os municípios

(Tabela 4) fazem uso de água oriunda da rede geral, mas também de poço doméstico ou

mesmo rios e igarapés, tendo em vista a característica geográfica peculiar da região, com

a presença de inúmeras ilhas circundando todos os municípios. Portanto, a água obtida

dessas fontes está isenta de controle de qualidade pelos órgãos públicos responsáveis.

Os municípios de Belém e Santa Bárbara do Pará são os que apresentam

maior consumo de água proveniente da rede geral, e o município de Marituba, o que

mais utiliza água de poço, rios, nascentes e igarapés. Essa realidade exige maior

vigilância por parte das Equipes de Saúde da Família no sentido de orientar o tratamento

doméstico da água para consumo humano.

Tabela 3 - Proporção de moradores por tipo de abastecimento de água na

região metropolitana de Belém, ano 2010.

Tipo Belém Ananindeua Benevides Marituba Santa Bárbara

do Pará

Rede geral 75 38,7 53,9 17,8 73,9

Poço ou nascente 21,7 53,9 40,6 67,1 21,8

Outra forma 3,2 7,4 5,5 15,1 4,3

Fonte : IBGE (2010)

Figura 5 - Proporção de moradores segundo abastecimento de água na região

metropolitana, ano 2010.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 15

75

38,7

53,9

17,8

73,9

0% 50% 100%

BELÉM

ANANINDEUA

BENEVIDES

MARITUBA

SANTA

BÁRBARA

REDE GERAL

POÇO OU NASCENTE

OUTRA FORMA

Fonte: IBGE (2010)

DESTINO DO LIXO

A produção de lixo pela população tem sofrido grande alteração nas últimas

décadas, tanto pela quantidade como pela qualidade. Alguns fatores podem estar

associados a essa questão, tais como: o consumo exagerado de produtos industrializados,

a exemplo de bebidas em geral, alimentos semi-prontos, e outros mais. As embalagens

que protegem esses alimentos, adicionados aos descartes das indústrias, bancos, órgãos

públicos, etc, somam as toneladas lixo que são recolhidas diariamente, e nem sempre

recebem destino adequado.

Portanto, a preocupação com a produção de lixo é tão somente uma etapa,

exigindo maior atenção o destino final e o tratamento a serem dados a esses resíduos,

que aumenta proporcionalmente com o crescimento da população.

A Figura 6 mostra que em todos os municípios da região metropolitana há

sistema de coleta de lixo pelas prefeituras locais, porém de forma desigual. No

município de Belém a grande maioria dos moradores usufrui desse serviço, muito

embora os dados não permitam avaliar a sistematicidade. No município de Ananindeua,

cerca de 80% da população tem seu lixo coletado, e os demais moradores adotam outras

práticas de descarte.

Nos municípios de Marituba e Santa Bárbara do Pará menos da metade da

população disponibiliza o lixo para coleta, adotando como medida mais frequente de

destino final a incineração e o depósito em céu aberto.

Figura 6 - Destino do lixo produzido na região metropolitana, segundo os

municípios, ano 2010.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 16

0%

20%

40%

60%

80%

100%

BELÉM

ANANINDEUA

BENEV

IDES

MARITU

BA

SANTA

BÁRBARA

OUTRO DESTINO

JOGADO

ENTERRADO

QUEIMADO

COLETADO

Fonte: IBGE (2010)

As consequências do depósito em céu aberto podem ser muito danosas para

a saúde do homem em razão da proliferação de insetos e pequenos animais, a exemplo

de moscas, baratas e ratos, causadores de doenças como a leptospirose, dengue entre

outras.

Nesse contexto há que se destacar a existência de grandes áreas nas quais

são despejados os resíduos sólidos pelos coletadores, formando enormes lixões, uma

realidade nos municípios de Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará.

Os lixões representam um sério problema ao meio ambiente e a saúde das pessoas,

essencialmente, para aquelas que encontram nesses espaços única possibilidade de

sobrevivência, ficando expostos a doenças tanto pelo consumo de alimentos, muitas

vezes deteriorados, como pelo contato com agentes agressores à integridade física.

Questões dessa natureza têm sido enfrentadas pelo poder público e pela

sociedade em geral, porém, ainda longe de alcançar a totalidade do problema.

2.1.5 Situação de nascimento

Dentre os nascidos vivos na Região Metropolitana, 7.610 (21,4%) foram de

mães com idade inferir a 19 anos, cabendo ressaltar que 307 (0,87%) nasceram de mães

com menos de 15 anos (Tabela 4), sugerindo condições de risco para o recém-nascido,

com possibilidade de prematuridade e/ou baixo peso, situação mais presente em mães

adolescentes. Há que se destacar a situação de gravidez precoce, sem planejamento,

implicando em consequências sociais e econômicas que alcançam não somente a mãe e a

criança, mas toda a estrutura familiar, que via de regra, contribuem para o abandono da

escola.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 17

Destaca-se ainda a ocorrência de gravidez em mulheres com idade acima de

40 anos, em todos os municípios da Região, caracterizando necessidade de atenção

diferenciada pela presença do risco gestacional.

Tabela 4 - Nascidos vivos na Região Metropolitana segundo faixa etária da mãe por

município, ano de 2010

Município < 15 15-19 20-34 35-39 40-44 45-49 50 e+ Total

Ananindeua 63 1.923 6.750 529 90 4 1 9.360

Belém 211 4.560 16.550 1.544 326 9 3 23.203

Benevides 12 272 577 35 7 0 1 904

Marituba 18 449 1.083 63 13 0 0 1.626

Sta. Bárbara 3 99 204 7 5 0 0 318

Total 307 7.303 25.164 2.178 441 13 5 35.411

Fonte: MS/SVS/DASIS/SINASC (2011)

Figura 7 - Nascidos vivos na Região Metropolitana segundo faixa etária da mãe por

município, ano de 2010

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

< 15

15-1

9

20-3

4

35-3

9

40-4

4

45-4

9

50 e

+

Tota

l

150080 Ananindeua

150140 Belém

150150 Benevides

150442 Marituba

150635 SantaBárbara do Pará

Total

Fonte: MS/SVS/DASIS/SINASC (2011)

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2.1.6 Causas de adoecimento e morte

De acordo com a Tabela 5 ocorreram nos anos de 2010 e 2011,

respectivamente, 168.524 e 151.574 internações nos hospitais da Região Metropolitana

de Belém, sendo a causa principal o parto e o puerpério com 21,87% em 2010 e 22,82%

em 2011, seguido das doenças infecciosas e parasitárias (14,89% em 2010 e 11,64% em

2011), cuja principal relação causal de adoecimento tem aporte nas condições de vida e

saneamento básico.

Tabela 5 - Internações segundo morbidade na Região Metropolitana, período 2010 –

2011.

Diagnóstico CID10 Ano % Ano %

2010 2011

I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 25.095 14,89 17.650 11,64

II. Neoplasias (tumores) 6.736 4,00 6.081 4,01

IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 2.431 1,44 3.272 2,16

V. Transtornos mentais e comportamentais 2.327 1,38 2.183 1,44

IX. Doenças do aparelho circulatório 10.101 5,99 9.643 6,36

X. Doenças do aparelho respiratório 24.458 14,51 22.702 14,98

XI. Doenças do aparelho digestivo 13.053 7,75 11.409 7,53

XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 4.571 2,71 4.124 2,72

XIV. Doenças do aparelho geniturinário 9.560 5,67 8.151 5,38

XV. Gravidez parto e puerpério 36.864 21,87 34.585 22,82

XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 3.751 2,23 3.427 2,26

XIX. Lesões enven e alg out conseq causas externas 19.332 11,47 18.456 12,18

Outros capítulos 10.245 6,09 9.891 6,52

Total 168.524 100,00 151.574 100,00

Ratifica essa situação, os dados apresentados na Tabela 3, com proporção

significativa de pessoas consumindo água cuja origem são os poços, rios, igarapés. Da

mesma forma, os dados ilustrados na Figura 5, que mostram o destino do lixo nem

sempre adequados, inclusive com a presença de grandes lixões.

O enfrentamento dessa situação exige medidas intersetoriais, entretanto o

acometimento de pessoas por doenças vinculadas a essa situação poderá ser minimizada

pela atenção básica em saúde qualificada, com processo educativo em saúde.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 19

Dentre o elenco de doenças, ainda na Tabela 6, é relevante a ocorrência de

doenças do aparelho respiratório, responsável por 14,51% das internações no ano de

2010 e 14,98% no ano de 2011, atribuível às pneumonias, essencialmente nas crianças.

As internações por lesões, envenenamentos e algumas outras consequências

de causas externas são expressivas, alcançando percentuais de 11,47% em 2010 e

12,18% em 2011 do total da Região, inclusive com tendência de crescimento. Acredita-

se que essas cifras são incrementadas pela violência doméstica e acidentes no trânsito

peculiar nos centros urbanos.

Não obstante, trata-se de um problema de saúde que acarreta consequências

sérias e duradouras para os indivíduos, as famílias e a sociedade, além dos custos

individuais e coletivos.

Tabela 6 - Mortalidade geral por município da Região Metropolitana, segundo causas,

ano 2010. CATEGORIA CID-10 Ananindeu Belém Benevi Maritub Sta. Bárb Óbit/res

X95 Agressao disparo outr arma 25 743 25 102 9 904

I64 AVC como hemorrag isquemico 13 451 13 41 5 523

R99 Outr causas mal definidas 13 448 13 29 3 506

E14 Diabetes mellitus NE 12 334 12 26 3 387

I21 Infarto agudo do miocárdio 12 319 12 21 2 366

I50 Insuf cardíaca 10 263 10 16 2 301

V09 Pedestre traum outr acid transp 9 220 9 15 2 255

K74 Fibrose e cirrose hepáticas 7 177 7 15 2 208

R09 Outr sint sinais relat ap circ/resp 7 149 7 11 2 176

R68 Outr sint e sinais gerais 7 146 7 10 2 172

I10 Hipertensao essencial 6 139 6 9 2 162

A41 Outr septicemias 5 136 5 9 2 157

J18 Pneumonia p/microorg NE 5 135 5 8 2 155

J44Outr doenc pulmonares obstrutivas 5 125 5 8 2 145

I11 Doenc cardiaca hipertensiva 4 107 4 7 2 124

V89 Acid veic mot n-mot tipos de ve 4 98 4 7 1 114

X99 Agressao objeto cortante ou pen 4 92 4 6 1 107

B20 Doenc p/HIV result doenc infec 3 92 3 6 1 105

J15 Pneumonia bacter NCOP 3 90 3 5 1 102

J43 Enfisema 3 90 3 5 1 102

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 20

J98 Outr transt respirat 3 89 3 5 1 101

N40 Hiperplasia da próstata 3 88 3 4 1 99

W19 Queda s/especificação 3 85 3 4 1 96

B24 Doenc p/HIV NE 2 83 2 4 1 92

C16 Neopl malig do estomago 2 78 2 4 1 87

C26 Neopl malig outr mal ap DIG 2 72 2 4 1 81

C41 Neopl malig ossos/cartil artic 2 59 2 4 1 68

C53 Neopl malig do colo do útero 2 57 2 3 1 65

TOTAL 236 6.489 236 478 73 7.512

Estudo publicado na Revista The Lancet (2011), apontou que a região norte

abriga os maiores índices de mortalidade por homicídio do país. A pesquisa foi realizada

no período de 1991 a 2007, e atribuiu tais episódios à urbanização crescente,

essencialmente a partir da década de 90 (CANO & RIBEIRO, 2007). Há que se ressaltar

o cenário de grandes conflitos agrários que se perpetuam no Estado levando a episódios

violentos e morte.

O crescimento do número de acidentes, essencialmente aqueles relacionados à

violência urbana, tem refletido consideravelmente na demanda por serviços na área de

urgência e emergência nos últimos anos sobrecarregando os hospitais. Assim, é essencial

a estruturação da rede de atenção básica, tornando-a resolutiva para os casos que não

exigem hospitalização, assegurando uma real porta de entrada para estes casos.

De acordo com as diretrizes da Política Nacional de Atenção às Urgências, o

atendimento as pessoas acidentadas deve fluir em todos os níveis do SUS, organizando a

assistência a partir das Equipes de Saúde da Família até os cuidados pós-hospitalares na

convalescença, recuperação e reabilitação. Para tanto se faz necessário a dotação das

Unidades com equipamentos que correspondam às exigências do tipo de atendimento.

No que refere à qualificação das equipes de urgência e emergência, não obstante

os investimentos que foram feitos com curso de regulação médica, suporte básico de

vida e formação de instrutores em urgência e emergência, promovidos pela Secretaria

Municipal de Saúde de Belém e parceria com a SESPA e o Ministério da Saúde, para

capacitar médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, é imprescindível a

necessidade de investimento nessa área, para a assistência mais resolutiva.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 21

Da mesma forma, a Região carece de investimentos prioritários na área de

prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para os cânceres,

essencialmente, o câncer de mama e colo de útero.

Figura 8 - Casos de câncer segundo a localização, em mulheres atendidas no Hospital

Ophir Loyola, 2000 a 2008.

4.713

2.871

516 430 325254 249 200 191 109

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

1

Período de 2000 a 2008 - Dados RHC-HOL

Casos de câncer mais frequentes, em mulheres, atendidas no Hospital

Ophir Loyola Colo de útero

Mama

Estômago

Sistema Hemato. e

reticuloendotelialOvário

Corpo do útero

Brônquios e pulmões

Boca

Linfonodos

Anus e canal anal

Fonte: RHC – HOL

O Hospital Ophir Loyola é o único hospital público de referência em

oncologia no Estado do Pará, e aponta em seus registros a predominância significativa

em mulheres, de casos localizados no colo do útero e na mama (Figura 8). A

concentração de atendimentos no HOL se deve a sua capacidade resolutiva, devido o

aporte tecnológico e corpo clínico especializado, o que encarece sobremaneira o

atendimento.

Os dados fortalecem a necessidade de realização de rastreamento de casos

pelas Equipes de Saúde da Família, assegurando acesso aos exames Papanicolau e

mamografia para diagnóstico precoce.

Figura 9 - Casos de câncer segundo localização, em homens atendidos no Hospital Ophir

Loyola, 2000 a 2007.

1726

1100

551 503 392 320 292 203 181 1620

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

1

Períod de 2000 a 2007- Dados RHC-HOL

10 tipos de câncer mais frequentes, em homens, atendidos no

Hospital Ophrir Loyola- HOL Próstata

Estômago

Sistema Hemato. e

reticuloendotelialBrônquios e pulmões

Boca

Linfonodos

Laringe

Pênis

Reto

Esôfago

Fonte: RHC – HOL (2011)

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 22

Em relação ao sexo masculino, a maior ocorrência foi na próstata com 1.726

casos no período de sete anos, seguida do estômago com 1.100 casos (Figura 9 ).

O atendimento especializado em oncologia está em franca expansão no Estado,

com a implantação de uma Unidade de Média e Alta Complexidade em Oncologia

(UNACON) nas dependências no Hospital Universitário João de Barros Barreto, e

construção do Hospital Infanto-Juvenil do Câncer, ambos na capital paraense. Essa

retaguarda especializada é parte da rede assistencial, que aponta a necessidade de maior

resolutividade na atenção primária em saúde, de modo a identificar precocemente os

casos.

Em relação a mortalidade em mulheres, a Figura 10 mostra um comparativo entre

os dados obtidos no país, no Estado e na capital paraense, indicando elevados índices da

mortalidade pelo câncer de mama, liderando o ranking nacional e regional. Em relação

ao câncer de colo de útero, os dados referentes ao Pará e a Belém são proporcionalmente

mais elevados que aqueles encontrados no país, sendo inclusive a primeira causa de

morte no Pará quando comparado com as demais localizações da doença.

Há que se destacar que a mortalidade de mulheres em Belém é superior a média

encontrada no estado e no país.

Resultados de estudo (SCHMIDT, DUNCAN, SILVA, MONTEIRO,

BARRETO, CHOR & MENEZES, 2011) realizado no Brasil com os dados de

mortalidade por câncer em mulheres no período compreendido entre 1980 e 2006,

mostraram que o câncer de mama e o câncer de colo de útero lideraram as causas de

morte no sexo feminino, apontando para a necessidade de priorização do problema nas

ações de controle da doença.

Os dados denunciam a fragilidade da atenção primária em saúde,

ocasionando demora no diagnóstico da doença. Ainda nesse contexto é importante

considerar a ausência de metodologia para monitoramento interno e externo do controle

de qualidade da citologia e da histologia, fragilizando os resultados dos exames para

diagnóstico. Situação presente ainda é a dificuldade para consolidação das informações e

registros sobre câncer nos sistemas gerais e específicos: SISCOLO, RCBP, RHC, e o

SIM.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 23

Figura 10 - Mortalidade correspondente as cinco localizações primárias de cânceres mais

frequentes em mulheres, no Brasil, no Pará e em Belém, ano de 2008.

11,55

7,41

5,94

4,76

4,23

7,2

4,48

3,21

8,66

5,55

13,59

6,1

7,39

12,47

8,34

0

2

4

6

8

10

12

14

Brasil Pará Belém

Taxas de mortalidade das 5 localizações primárias de câncer

mais frequentes em mulheres no ano de 2008

Mama

Traquéia, pulmões e

brônquios

Cólon e Reto

Colo de útero

Estômago

Fonte: RHC – HOL (2011)

Entre os homens, da mesma forma, a mortalidade em Belém é mais elevada que

no estado e no país, com predominância do câncer na traquéia, pulmões e brônquios

(23,92) seguido do estômago (21,69). O câncer de próstata vem logo a seguir com 14,74

(Figura 11).

Figura 11 - Mortalidade correspondente as cinco localizações primárias de cânceres mais

frequentes em homens, no Brasil, no Pará e em Belém, ano de 2008.

15,91

13,57

9,98

6,92

6,67

11,1

9,21

11,67

3,223,02

23,92

14,75

21,69

5,31

5,04

0

5

10

15

20

25

Brasil Pará Belém

Taxas de mortalidade das 5 localizações primárias de câncer mais frequentes

em homens no ano de 2008

Traquéia, pulmões e brônquios

Próstata

Estômago

Cólon e Reto

Fígado

Esôfago

Leucemias

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3. ESTRUTURA E OPERAÇÃO DO SISTEMA

3.1. Capacidade instalada

Em relação a disponibilidade de leitos hospitalares, a Tabela 7 mostra que a região metropolitana conta com um quantitativo de

5.654, sendo 3.334 (58,97%) leitos SUS e 2.320 (41,03%) leitos não-SUS. A maioria, 4.310 (76,22%) está em Belém, a capital do Estado. O

município de Ananindeua possui 1.047 (18,52%) leitos, e Santa Bárbara do Pará não possui nenhum. Os leitos estão distribuídos nas clínicas

cirúrgicas (37,42%), clínica médica (29,28%), clínica obstétrica (12,34%), pediatria (16,67%), outras especialidades (2,95%) e Hospital Dia

(1,3%).

Tabela 07 - Leitos hospitalares existentes na Região Metropolitana, ano 2011

REGIÃO

METROPOLI-

TANA

Cirúrgicos Clínicos Obstétrico Pediátrico

Outras Especialidades

Hospital/DIA Total

SUS

NÃO

SUS

EXISTE

NTE SUS

NÃO

SUS

EXISTE

NTE

SU

S

NÃO

SUS

EXISTE

NTE

SU

S

NÃO

SUS

EXISTE

NTE

SU

S

NÃO

SUS

EXISTE

NTE

SU

S

NÃO

SUS

EXISTE

NTE SUS

NÃO

SUS

EXIST

ENTE

ANANINDEUA 254 123 377 166 120 286 67 63 130 157 97 254 - - 644 403 1047

BELEM 829 850 1679 697 581 1278 343 198 541 465 162 627 72 39 111 39 35 74 2.445 1865 4310

BENEVIDES 14 14 36 5 41 7 7 24 24 56 56 - 137 5 142

MARITUBA 28 18 46 30 21 51 20 20 30 8 38 - - 108 47 155

SANTA BÁRBARA

DO PARÁ 0 0 0 0 0 0

TOTAL 1125 991 2116 929 727 1656 437 261 698 676 267 943 128 39 167 39 35 74 3334 2320 5654

FONTE: DDASS - SESPA

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3.2. Cobertura das ações e serviços de saúde

As ações de promoção à saúde e prevenção de doenças se constituem

objetivo maior das atividades desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família,

devendo assegurar sequenciamento da assistência nos demais níveis de complexidade no

setor saúde, fundamental para a efetivação dos princípios e diretrizes do SUS.

A realidade encontrada na Região Metropolitana (Tabela 08) denota que

somente 21,95% (187) das equipes estabelecidas no teto regional estão implantadas,

ratificando a necessidade de reversão desse quadro para maior fortalecimento da atenção

primária em saúde. Dentre os municípios, Belém é o que apresenta menor percentual

com 11,70% (68 equipes), e Benevides o maior com 72,72% (16 equipes).

Tabela 08 - Cobertura da Estratégia Saúde da Família na Região

Metropolitana, ano 2011.

MUNICÍPIO TETO CREDENCIADO IMPLANTADO PARA

EXPANDIR

Ananindeua 197 82 82 115

Belém 581 117 68 513

Benevides 22 16 16 6

Marituba 45 21 18 27

Santa Bárbara do Pará 7 5 5 3

TOTAL 852 241 189 663

FONTE: Coordenação Estadual da ESF-SESPA (2012)

Considerando que as ações básicas de saúde reduzem a necessidade de

procedimentos de média e alta complexidade, torna-se necessário maior investimento

para expansão da oferta dessas ações.

Em relação ao quantitativo de ACS previsto no teto regional (5.157), a

Tabela 11 mostra implantação somente de 33,16%. A proporção encontrada no

município de Belém é a mais sofrível com apenas 20,17% do total de ACS que poderiam

estar desenvolvendo ações de promoção à saúde junto a população, assim como

fortalecendo o rastreamento de casos de doença, a exemplo do câncer de mama e colo do

útero. Dentre os demais municípios, Benevides exibiu a maior cifra, 84,41%.

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Tabela 09 - Cobertura com Agente Comunitário de Saúde na Região

Metropolitana, ano 2011.

MUNICÍPIO TETO CREDENCIADO

S IMPLANTADOS

PARA

EXPANDIR

Ananindeua 1.181 800 690 491

Belém 3.495 2.500 705 2.790

Benevides 154 134 130 24

Marituba 272 201 150 122

Santa Bárbara do Pará 55 46 35 20

TOTAL 5.157 3.681 1.710 3.447

FONTE: Coordenação Estadual da ESF-SESPA (2012)

A capilarização do trabalho do ACS é fundamental para produzir impacto no

controle das doenças mais prevalentes de uma comunidade, com a identificação precoce

de situações de risco e tomada de decisão para prevenir agravamento e maior sofrimento

humano.

Foram aprovados em toda a Região Metropolitana 09 Núcleos de Apoio às

Equipes de Saúde da Família (NASF), estando 07 em funcionamento. Os municípios de

Benevides e Marituba implantaram 100% dos Núcleos previstos, enquanto que Belém

tem apenas 01 Núcleo instalado, representando 25% do quantitativo aprovado (Tabela

10 ).

Tabela 10 - Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF) na Região Metropolitana,

ano 2011. MUNICÍPIO APROVADO IMPLANTADO

Ananindeua 0 1

Belém 4 1

Benevides 3 3

Marituba 2 2

Santa Bárbara do Pará 0 0

TOTAL 9 7

FONTE: Coordenação Estadual da ESF-SESPA (2012)

Esses Núcleos são estruturas importantes a medida que conferem suporte de

atendimento aos casos demandados pelas Equipes de Saúde da Família, fortalecendo a

atenção primária em saúde e reduzindo os encaminhamentos para os ambulatórios

especializados.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 27

A Tabela 11 mostra que não obstante a existência de unidades abertas para

atendimento especializado a exemplo dos CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS i e CAPS

AD, a região ainda se ressente da limitação na oferta.

Tabela 11 - Cobertura de Centros de Atenção Psicossocial na Região

Metropolitana de Belém, 2011. MUNICÍPIO POPULAÇÃO SERVIÇO EXISTENTE NECESSIDADE

Ananindeua 471.774 CAPS II e CAPS i CAPS III e CAPS Ad

Belém 1.392.031

(4) CAPS I, (2) CAPS III, (1)

CAPS i, (1) CAPS Ad e (1) CAPS

Ad III

(3) CAPS III, (3) CAPS

Ad, (1) CAPS i e

(1) CAPS III i

Benevides 51.663 0 CAPS I

Marituba 108.251 CAPS II e CAPS Ad CAPS i

Sta. Bárbara do Pará 17.154 0 0

FONTE: Coordenação Estadual de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas/SESPA ( 2011)

Há concentração dos serviços na capital paraense, embora insuficiente para

atender a demanda que se constitui não só pela área de abrangência do município, mas

pelos casos oriundos das várias regiões do Estado, em razão da limitada oferta no âmbito

Estadual. Em Benevides e Santa Bárbara do Pará não há instalação desses serviços.

O esforço conjunto entre o MS e o Estado do Pará, apontam para a

implementação da rede psicossocial.

De acordo com a Tabela 14 a Rede de Atenção Básica da Região Metropolitana

I de Belém, é constituída, predominantemente por 20 postos de saúde e 146 Unidades

Básicas de Saúde, com grande concentração nos municípios de Ananindeua e Belém.

Embora todos os municípios contemplem em sua geografia inúmeras ilhas, não há unidade

fluvial para atendimento da população ribeirinha.

Tabela 12 - Rede de Atenção Básica segundo municípios da Região Metropolitana de

Belém, 2011.

MUNICÍPIO POSTO DE

SAÚDE

CENTRO DE

SAÚDE/UBS

UNIDADE

MISTA

UNIDADE

FLUVIAL

Ananindeua 2 52 0 0

Belém 5 73 0 0

Benevides 13 3 0 0

Marituba 0 14 1 0

Santa Bárbara do Pará 0 4 0 0

TOTAL 20 146 1 0

FONTE: DDASS/SESPA (2011)

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 28

Em toda a Região, 24% da população é assistida pelo Sistema de Saúde

Suplementar, por meio de planos de saúde (Tabela 15). Belém apresenta o maior percentual

de cobertura com 28,4%, identificando-se um decréscimo de valores na medida em que o

município se afasta da capital. Em Santa Bárbara do Pará somente 2,6% recebe assistência

complementar, caracterizando forte dependência do SUS.

Tabela 13 – Cobertura da população por plano de saúde na Região Metropolitana I de

Belém.

Municípios Pop Geral Pop coberta c/ Plano

Saúde

%

Ananindeua 471.980 84.518 17,9

Belém 1.393.399 395.813 28,4

Benevides 51.651 3.367 6,5

Marituba 108.246 5.453 5,0

Santa Bárbara

do Pará

17.141 447 2,6

Total 2.042.417 489.598 24,0 Fonte: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - Set/2011- IBGE Censo /2010

3.3 Produção de serviços

De acordo com os dados apresentados no Quadro 3 a oferta de consultas médicas na

área básica, no ano de 2011, encontra-se abaixo dos valores estabelecidos na Portaria 1101

(1,06 – 1.67/habitante/ano), nos municípios de Ananindeua, Belém e Benevides.

Em Santa Bárbara do Pará, a cobertura de 3,34/habitante ficou acima do parâmetro.

Em relação às consultas médicas especializadas, identificam-se valores superiores aos

parâmetros (0,44-0,66/habitante/ano) em Belém e Ananindeua, sendo em Benevides há um

déficit significativo. O município de Santa Bárbara do Pará realiza suas consultas

especializadas em Ananindeua e Belém de acordo com PPI.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 29

Quadro 3- Cobertura de ações e serviços de saúde da atenção básica na Região

Metropolitana I de Belém, 2011.

MUNICÍPIOS

SAÚDE

BUCAL

%

EQUIPE

MINIMA

VIGILÂNCIA

EM SAÚDE

(N)

COBERTURA

DE

CONSULTAS

MÉDICAS

BASICAS

COBERTURA DE

CONSULTAS

MÉDICA POR

ESPECIALIDADES

ANANINDEUA 16,0 03 367.942 (0,77) 1.347.996 (2,85)

BELÉM 1,5 01 1.445.552 (1,03) 2.137.498 (1,53)

BENEVIDES 62,5 01 47.627 (0,92) 1.154 (0,02)

MARITUBA 38,0 01

SANTA

BÁRBARA DO

PARÁ

80,5 01 57.394 (3,34) 0

Em relação a saúde bucal, obervamos valores muito díspares ao compararmos os

cinco municípios, com variações de 80,5% (Santa Bárbara do Pará) a 1,5% (Belém),

tornando evidente a necessidade de implementação do Programa quase toda a Região.

Partindo da análise dos dados apresentados na Tabela 20 observamos aparente

cobertura de serviços da atenção básica, com suficiência para região das consultas

médicas, mas com extrapolamento nos atendimentos médicos de urgência, sejam eles

básico ou especializado.

Tabela 14 – Assistência Ambulatorial da Região Metropolitana I de Belém – 2011

Identificação dos serviços RM

2011 % de

Cobertura

Consultas Médicas 4.084.834 4.560.313 111,64

Consultas Básicas de Urgência 490.180 611.118 124,67

Consultas de UrgPré Hospitalar

e Trauma 168.479 294.616 174,87

Consultas Médica Básicas 2.573.445 2.678.501 104,08

Consultas Médicas

Especializadas 1.159.876 1.881.812 162,24

Patologia Clínica 2.795.685 8.262.834 295,56

Radiodiagnóstico 395.527 747.686 189,04

Exames Ultrassonográficos 100.327 103.115 102,78

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 30

Diagnose 430.443 560.189 130,14

Fisioterapia 453.759 809.947 178,50

Terapias Especializadas 124.069 2.196 1,77

Próteses e Órteses 25.397 94.216 370,97

Ressonância Magnética 4.848 13.199 272,26

Tomografia Computadorizada 16.309 37.203 228,12

Fonte: CENSO-IBGE_2010-Portaria GM/MS n 1101/2002 e TABWIN/SIASUS/MS e PPI da assistência

Presume-se que há atendimento, mas de pouca resolubilidade na rede básica,

haja vista o número de atendimentos de consultas médicas especializadas e

procedimentos de apoio diagnóstico, de média e alta complexidade, conforme

apresentado nas tabelas 21 e 22.

Tabela 15 - Exames de Tomografia Computadorizada Realizada nos Municípios da

Região Metropolitana - Ano 2011

Procedimento Qtde.

Realizada

%

Realizado

0206010010 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE COLUNA CERVICAL C/ OU S/

CONTRASTE 1.376 3,70

0206010028 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE COLUNA LOMBO-SACRA C/

OU S/ CONTRASTE 2.268 6,10

0206010036 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE COLUNA TORACICA C/ OU S/

CONTRASTE 351 0,94

0206010044 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FACE / SEIOS DA FACE /

ARTICULACOES TEMPORO-MANDIBULARES 2.115 5,69

0206010052 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE PESCOCO 746 2,01

0206010060 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE SELA TURCICA 722 1,94

0206010079 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DO CRANIO 15.343 41,24

0206020015 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ARTICULACOES DE MEMBRO

SUPERIOR 163 0,44

0206020023 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE SEGMENTOS

APENDICULARES 33 0,09

0206020031 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TORAX 4.105 11,03

0206030010 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ABDOMEN SUPERIOR 6.247 16,79

0206030029 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE ARTICULACOES DE MEMBRO

INFERIOR 335 0,90

0206030037 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE PELVE / BACIA 3.399 9,14

Total de Procedimentos de Tomografia Realizados 37.203 100,00

Fonte: TABWIN/SIASUS/MS -2011

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Tabela 16 - Exames de Ressonância Nuclear Magnética Realizada nos Municípios da Região

Metropolitana

Ano 2011

Procedimento Qtde.

Realizada

%

Realizado

0207010013 ANGIORESSONANCIA CEREBRAL 119 0,90

0207010021 RESSONANCIA MAGNETICA DE ARTICULACAO TEMPORO-MANDIBULAR

(BILATERAL) 33 0,25

0207010030 RESSONANCIA MAGNETICA DE COLUNA CERVICAL 1.209 9,16

0207010048 RESSONANCIA MAGNETICA DE COLUNA LOMBO-SACRA 4.692 35,55

0207010056 RESSONANCIA MAGNETICA DE COLUNA TORACICA 376 2,85

0207010064 RESSONANCIA MAGNETICA DE CRANIO 2.843 21,54

0207010072 RESSONANCIA MAGNETICA DE SELA TURCICA 213 1,61

0207020027 RESSONANCIA MAGNETICA DE MEMBRO SUPERIOR (UNILATERAL) 715 5,42

0207020035 RESSONANCIA MAGNETICA DE TORAX 74 0,56

0207030014 RESSONANCIA MAGNETICA DE ABDOMEN SUPERIOR 180 1,36

0207030022 RESSONANCIA MAGNETICA DE BACIA / PELVE 442 3,35

0207030030 RESSONANCIA MAGNETICA DE MEMBRO INFERIOR (UNILATERAL) 2.238 16,96

0207030049 RESSONANCIA MAGNETICA DE VIAS BILIARES 65 0,49

Total de Procedimentos de Ressonância Magnética Realizados 13.199 100,00

Fonte: TABWIN/SIASUS/MS -2011

Uma vez que a realização dos exames ultrapassa, no caso da Ressonância

Nuclear Magnética e Tomografia Computadorizada, o dobro do quantitativo

preconizado nos parâmetros ministeriais, o que provavelmente onera as despesas em

saúde da região metropolitana e de todo Estado, faz-se necessário uma ação conjunta

entre gestores Estadual e municipal, no sentido de ordenar os fluxos de acesso aos

serviços de saúde, buscando a resolução de pelo menos 70% dos problemas de saúde na

Rede de Atenção Primária, de forma articulada e regulada.

Diante dos números expostos, observamos a necessidade de reorganizar a Rede

de Urgência e Emergência da Região, de forma integrada e articulada com todos os

níveis de atenção, fortalecendo o propósito das Redes de Atenção e reordenando o fluxo

de referencia e contra referencia, através da adoção de protocolos clínicos, protocolos de

regulação e classificação de grau de risco.

De acordo com a Tabela 17, observamos que a região metropolitana internou

apenas 86% da sua real necessidade, enquanto que o estado do Pará conseguiu atender

88,59 % da sua necessidade total, levando a afirmativa que a região metropolitana

precisará ser referencia de fato em seu potencial, que seria atendimento à demanda de

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 32

maior complexidade, ficando as demais regiões do Estado com atendimento de menor

complexidade, mas de forma integrada e qualificada, visando o uso eficiente e eficaz

dos recursos assistenciais existente em toda a Rede SUS do Estado e da Região

Metropolitana.

Tabela 17 - Internações por Complexidade da Região Metropolitana e Estada do Pará

Ano 2011

Município

Cobertura da Alta

Complexidade

Cobertura da Média

Complexidade Cobertura Geral

Necessidade

Realizado

em 2011

%

Necessidade

Realizado

em 2011

%

Necessidade

Realizado

em 2011 %

150080

Ananindeua 472 406 86,02 33.983 40.362 118,77 34.455 40.768 118,32

150140 Belém 1.393 5.081 364,65 127.370 96.564 75,81 128.763 101.645 78,94

150150 Benevides 52 - - 3.719 2.375 63,86 3.771 2.375 62,99

150442 Marituba 108 58 53,58 7.794 6.728 86,33 7.902 6.786 85,88

150635 Santa

Bárbara do Pará 17 - - 1.234 - - 1.251 - -

Região

Metropolitana 2.042 5.545 271,49 174.099 146.029 83,88 176.141 151.574 86,05

Estado do Pará 7.581 6.402 84,45 545.836 483.869 88,65 553.417 490.271 88,59

Fonte: Tabwin/SIH/SUS/2011

3.4 Sistema de Informação

É no âmbito do município que são produzidas as informações referentes ao

perfil de saúde da população, uma ferramenta importante para subsidiar o planejamento.

Entretanto, somente poderá ser um instrumento viável e factível se os dados produzidos

nos diversos territórios se constituírem no retrato situacional daquela população. Estes,

na sua maioria, são oriundos dos sistemas de informação em saúde (SIS), instituídos

para instrumentalizar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de

saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões, na perspectiva da melhoria da

saúde individual e coletiva. Nesse sentido, consideramos prioridade a implantação do

SISREG no município de Santa Bárbara do Pará e a implementação nos demais

municípios, assim como a qualificação dos trabalhadores para utilização dos diversos

sistemas que integram a atenção básica e já foram implantados.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 33

3.5 Gestão do Trabalho da Educação: vínculos, formação e qualificação

A fixação de trabalhadores nos diversos serviços/municípios ainda se

constitui um grande desafio na Região. No município de Belém foram realizados

concursos públicos nos anos de 1988, 1998 e 2000, além de processo seletivo para

cadastro reserva com limite contratual para dois anos no ano de 2011.

No município de Marituba o único concurso público realizado, no ano de

2007, encontra-se sub júdice em razão de problemas operacionais, o que inviabilizou a

nomeação dos aprovados.

Os municípios de Ananindeua e Benevides fizeram seleção de profissionais

através de concurso público nos anos de 2009 e 2007, respectivamente, com edital

aberto em Ananindeua para seleção de médico e odontólogo ainda neste ano de 2012.

O município de Santa Bárbara do Pará ainda não realizou concurso público.

O quadro relatado acima corrobora a precariedade no vínculo institucional de

muitos trabalhadores, causando muitas vezes, descontinuidade nas ações assistenciais

pelas frequentes substituições nas equipes, assim como pelos vazios nos quadros

funcionais ocasionados nesses episódios. Não obstante a realização de concurso público

em alguns municípios da Região Metropolitana, não há em nenhum deles Plano de

Cargos, Carreira e Remuneração – PCCR, um importante instrumento para fixação de

trabalhadores na instituição e no serviço.

3.4 Parcerias com Instituições de Ensino e Pesquisa

No estado do Pará existem três instituições de formação superior: a

Universidade Federal do Pará - UFPA, a Universidade do Estado do Pará - UEPA e o

Instituto Federal do Pará - IFPA. Dentre estas, a UFPA e a UEPA têm parcerias de

ensino e pesquisa estabelecidas com municípios da Região Metropolitana de Belém.

Dentre estas parcerias destacamos o convênio estabelecido entre os

municípios de Benevides e Marituba e a UEPA visando parceria para desenvolvimento

de atividades de ensino e pesquisa junto as Equipes de Saúde da Família do Curso de

Graduação em Enfermagem. Essas iniciativas encontram-se fragilizadas em razão de

dificuldades no cumprimento das cláusulas contratuais, a exemplo de incentivo

financeiro para suprir despesas de deslocamento dos estudantes.

O convênio com Belém vem sendo mantido com a UEPA e a UFPA e não

implica em desembolso de recurso financeiro para os estudantes.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 34

Uma parceria importante é oriunda dos programas PRÓ- saúde e PET-saúde,

em desenvolvimento nos municípios de Belém e Ananindeua desde 2006 com a

participação das equipes das Unidades de Saúde inseridas nos projetos e dos professores

e estudantes dos diversos cursos da área da saúde da UEPA e UFPA. Essas iniciativas

têm resultado em experiências exitosas tanto na formação como na organização do

serviço, assim como na produção do conhecimento com os relatórios das pesquisas

desenvolvidas nos territórios.

A implantação do Telessaúde no âmbito do estado também fortalece a

parceria ensino-serviço, e encontra-se em fase de adequação das unidades de saúde e

instalação dos equipamentos. Todos os municípios da Região Metropolitana foram

inseridos no projeto estadual, embora com restrição do número de Unidades de Saúde.

Nesse sentido é primordial a contemplação das demais Unidades, tendo em vista ser uma

ferramenta de trabalho importante para conferir maior qualidade a assistência à saúde.

3.5 Controle Social

O Controle Social é um instrumento democrático no qual há a participação dos

cidadãos no exercício do poder colocando a vontade social como fator de avaliação para

a criação e metas a serem alcançadas no âmbito de algumas políticas publicas.(

Santos,2008). Uma das formas de controle social dos municípios é através da criação

dos Conselhos Municipais de Saúde/CMS.

Os Conselhos Municipais de Saúde da Região Metropolitana estão devidamente

constituídos, possuem sala própria para funcionamento, e secretarias executivas;

exercem o papel de acompanhamento , controle e avaliação das metas para a saúde.

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4. ESTRUTURAÇÃO DA REDE

4.1. Qualificação da Atenção Básica em Saúde

A atenção básica em saúde constitui uma grande possibilidade de apresentar

respostas efetivas, pelo menos, para 80% dos problemas mais comuns de saúde da

população. Nesse sentido, a Região Metropolitana I de Belém têm feito adesão à

estratégias diversas, tais como: Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da

Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), Programa de Requalificação das Unidades

Básicas de Saúde, Academia da Saúde e Programa de Valorização dos Profissionais da

Atenção Básica (PROVAB).

O Quadro 4 mostra que todos os municípios da Região Metropolitana de

Belém aderiram ao PMAQ, com participação de 34,4% das ESF em atividades. No

município de Belém estão inseridas no Programa 50% das Equipes, sendo o percentual,

e Ananindeua com o menor, 18,3%.

Quadro 4 – Adesão ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da

Atenção Básica (PMAQ) na Região Metropolitana I de Belém.

Nº ESF Nº ESF com

adesão

%

ANANINDEUA 82 15 18,3

BELÉM 68 34 50,0

BENEVIDES 16 06 37,5

MARITUBA 18 08 44,4

SANTA BÁRBARA

DO PARÁ 05

02 40,0

TOTAL

189

65

34,4

No Quadro 4 é possível identificar que quatro dos cinco municípios da região

Metropolitana I de Belém solicitaram adesão ao Programa de Requalificação das

Unidades Básicas de Saúde, no componente “reforma”, sendo o município de Benevides

fez adesão para “ampliação” de cinco Unidades de Saúde. A iniciativa para reformar as

Unidades de Saúde na Região alcança 39,2 % do total existente.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 36

Quadro 5 -. Adesão para requalificação (componente reforma) das Unidades Básicas de

Saúde da Região Metropolitana I de Belém

MUNICÍPIO Nº de UBS

Reforma Total UBS %

ANANINDEUA 10 53 18,8

BELÉM 24 79 30,3

BENEVIDES 0 16 0

MARITUBA 07 13 54,0

SANTA BÁRBARA DO

PARÁ 01 04 25,0

TOTAL 42 165 39,2

Em relação a solicitação para instalação das Academias da Saúde, foram

apresentadas 36 propostas da Região (Quadro 6), sendo 02 na modalidade básica, 12 na

intermediária e 22 na ampliada, das quais foram contempladas 11, sendo 05 na

modalidade intermediária para o município de Belém e seis na modalidade avançada

contemplando os demais municípios.

Quadro 6 - Academias da Saúde solicitadas e aprovadas para a Região

Metropolitana I de Belém

MUNICÍPIO

Solicitações Contemplações

Modalidade

Básica

Modalidade

Intermediária

Modalidade

Ampliada

Modalidade

Básica

Modalidade

Intermediária

Modalidade

Ampliada

ANANINDEUA - - 17 - - 02

BELÉM - 10 - - 05 -

BENEVIDES 01 01 - - - 01

MARITUBA - - 04 - - 02

SANTA BÁRBARA

DO PARÁ 01

01 01 - - 01

TOTAL

02

12

22

-

05

06

Ainda na perspectiva de oferecer serviços mais qualificados à população, três

dos cinco municípios da Região Metropolitana de Belém aderiram ao PROVAB (Quadro

7), ofertando vagas para médicos, enfermeiros e odontólogos. Foi possível preencher

dezessete vagas, estando em processo de contratação sete enfermeiros e quatro

odontólogos para o município de Ananindeua, e quatro enfermeiros e dois ondontólogos

para Belém. Nenhuma vaga destinada aos médicos foi preenchida.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 37

Quadro 7 - Adesão ao Programa de Valorização dos Profissionais de Atenção Básica –

PROVAB na Região Metropolitana I de Belém.

MUNICÍPIO Nº VAGAS

MÉDICO

CONTRATAD

OS

VAGAS

ENFER

MEIRO

CONTR

ATADO

S

Nº VAGAS

ODONTÓLO

GO

CONTRATAD

OS

ANANINDEUA

15

0 15 07 15 04

BELÉM 04 0

04

04

02 02

BENEVIDES

0

0 0 0 0 0

MARITUBA

0

0 0 0 0 0

SANTA BÁRBARA

DO PARÁ

05 0 05 0 05 0

Todas essas iniciativas levam ao fortalecimento da Atenção Básica à medida

que qualificam a assistência à saúde. Entretanto, há que se considerar a necessidade de

intersetorialidade para o enfrentamento de problemas, a exemplo da violência.

Nesse sentido o Programa Saúde na Escola (PSE) vem somar esforços para

redução de adoecimento, e dos casos de violência, através do fortalecimento da Cultura

de Paz e Prevenção das Violências, o que se acredita, poderá impactar positivamente nos

indicadores de mortalidade na Região. O Quadro 8 mostra o quantitativo de escolas e

ESF que estão inseridas no Programa. É importante ressaltar a participação de todas as

ESF e Escolas públicas do município de Benevides. E em Belém a totalidade das escolas

toda mesma forma estarão desenvolvendo ações do Programa, além de cerca de 90% das

ESF. O município de Benevides não disponibilizou as informações.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 38

Quadro 8 - Adesão de ESF e Escolas ao Programa Saúde na Escola – PSE na

Região Metropolitana I de Belém

UF MUNICÍPIO Nº ESF

Nº ESF com

adesão

PSE

% ESF com

adesão ao PSE

Nº de

escolas

públicas

Nº de escolas

com adesão

ao PSE

% de

adesão

das

escolas

ao PSE

PA

ANANINDEUA 82 32 39,0 73 43 58,9

BELÉM 68 61 89,7 74 74 100,0

BENEVIDES 16 16 100,0 40 40 100,0

MARITUBA 17

SANTA

BÁRBARA DO

PARÁ

05 03 60 26 10 38,5

Para fortalecer essa ação de enfrentamento da violência na Região, está em

execução um Plano Estadual de Cooperação entre o DETRAN a SEDUC e a SESPA

para prevenção de acidentes de trânsito, que envolve atividades educativas nas escolas

da rede pública e nas vias públicas.

Em que pese todos os esforços que vem sendo envidados, faz-se necessário

melhor organizar o fluxo assistencial a partir das necessidades de saúde da população,

assegurando assistência aos usuários em todos os níveis da rede de atenção à saúde, de

modo a impactar nos indicadores de saúde mais sofríveis de cada território, com

menores custos e tornando a saúde mais equitativa.

Essa lógica vem sendo fortalecida no país com a estruturação das redes de

atenção à saúde, que além de assegurarem assistência mais qualificada em todos os

níveis de complexidade do sistema, assumem a responsabilização pela saúde dos

indivíduos, independente da necessidade.

A Região Metropolitana I de Belém está em franco processo de discussão das

redes de atenção à saúde, acreditando na possibilidade de reversão de alguns indicadores

epidemiológicos e operacionais, pouco satisfatórios, a exemplo da baixa cobertura da

estratégia saúde da família, essencialmente no município de Belém. Uma situação que

reverbera em alguns índices de adoecimento, tais como a elevada morbidade por

doenças infecciosas e parasitárias, e doenças respiratórias.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 39

Os principais problemas e fragilidades encontradas na Atenção Básica no

âmbito da Região Metropolitana I são:

a) baixa adesão ao Programa de Melhoria do Acesso com Qualidade

(PMAQ);

b) ausência de protocolos: clínicos, terapêuticos, linhas de cuidados e

atendimento;

c) deficiência no acolhimento dos usuários;

d) dificuldade de implementar a educação permanente;

e) dificuldades dos gerentes no processo de planejamento, monitoramento e

avaliação das ações de saúde;

f) dificuldade de trabalhar de forma intersetorial na Atenção Primária;

g) fragilidade dos sistemas de informação em saúde para a tomada de

decisão.

4.2. Implementação de Redes Temáticas

4.2.1.Rede Cegonha

A Rede Cegonha foi instituída no âmbito do SUS, com o objetivo de

assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à

gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como a criança o direito ao nascimento seguro e

ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.

Para tanto, se faz necessário implementar um novo modelo de atenção ao

binômio mãe-filho, disponibilizando acesso, acolhimento e resolutividade na assistência

prestada, de modo a reduzir a mortalidade materna e infantil no componente neonatal.

No Estado do Pará as discussões para elaboração de um plano de

implementação dessa rede temática teve início em Maio/2011, com a participação

prioritária dos municípios da Região Metropolitana I. A proposta foi apresentada na

CIR Metropolitana, e em Agosto/2011 e foi instituído o Grupo Condutor de acordo com

a Resolução CIB nº 133 de 11/08/2011.

Importante destacar que o marco operacional desde Plano de Ação deu-se

através de um destaque emergencial de custeio - Plano Emergencial para Impactar a

Redução da Mortalidade Infantil no Pará – Resolução CIB Nº 241 de 06/12/201, para

investimento nas Unidades Neonatais Intensivas e Intermediárias em funcionamento no

Estado, contemplando todos os componentes Pré-natal, Parto e Nascimento, Puerpério e

Atenção Integral à Saúde da Criança, Sistema Logístico, Educação, Capacitação e Gestão

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 40

do Trabalho em Saúde para a Região Metropolitana I de Belém, conforme aprovado em

CIB (Resolução nº134 de 18/08/2011), estabelecendo esta Região como o território a iniciar

o Plano de Ação da Rede no Estado.

Na sequência do trabalho, foi elaborado o Plano de Ação da Rede Cegonha para

o Estado do Pará, priorizando a Região Metropolitana I de Belém, que se encontra em fase

de análise pela área técnica do Ministério da Saúde.

A matriz diagnóstica para elaboração do plano foi composta por quatro

grupos de indicadores: a) indicadores de mortalidade e morbidade; b) indicadores de

atenção; c) situação da capacidade hospitalar instalada; e d) indicadores de gestão.

Prevê a qualificação dos seguintes componentes: assistência pré-natal; assistência ao

parto e nascimento; assistência ao puerpério e atenção à criança até 24 meses; e

transporte e regulação.

Tabela 18 - Morbidade e mortalidade materno-infantil na Região Metropolitana de

Belém - 2009

Indicadores

Região Unidade de

Medida Belém Ananindeua Marituba Benevides Santa Bárbara

do Pará

Taxa de Incidência de Sífilis

congênita 45 0 5 7

1 58 Nº absoluto

Taxa de mortalidade Infantil 16,50 16,60 19,68 16,57 17,5 16.77 /1000 NV

Taxa de mortalidade neonatal 12,60 12,59 12,30 8,84 10,5 12,37 /1000 NV

Taxa de mortalidade pós-

neonatal 3,97 4,01 7,38 7,73

7,0 4,40 /1000 NV

Nº Absoluto de óbitos infantis 371 149 31 14 5 570 Nº Absoluto

Taxa de mortalidade materna 40,0 33,0 128.0 147,0 314,47 133,61 /100.000 NV

Nº de óbitos materno, segundo a

faixa etária: 7 1 1 0 1 10 Nº Absoluto

10 a 14 0 0 0 0 0 0 Nº Absoluto

15 a 19 0 1 0 0 1 2 Nº Absoluto

20 a 29 7 0 1 0 0 8 Nº Absoluto

Proporção de óbitos em

mulheres na idade fértil e

maternos investigados

49,82% 18,87% 69,09% 12,50% 42,86% 44,10 % %

Fonte: Plano RC/DEPAIS/SESPA (2011)

A Tabela 18 mostra que o adoecimento por sífilis congênita ainda é uma

realidade na Região Metropolitana I de Belém, com registro de casos em praticamente

todos os municípios no ano de 2009. Uma realidade que reflete a fragilidade da atenção

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 41

básica em saúde, reverberando na falência da assistência pré-natal, tendo em vista,

tratar-se de uma patologia passível de prevenção. E se a sífilis for diagnosticada

precocemente no período gestacional poderá ser tratada, eliminando a possibilidade de

sua ocorrência.

Em relação as taxas de mortalidade infantil e neonatal, a Região apresenta

cifras na ordem de 16,77 e 12,37/ mil nascidos vivos, respectivamente.

A mortalidade materna na Região Metropolitana foi de 133,61/100 mil

nascidos vivos, sendo que ao analisarmos os municípios em separado, percebemos

grande discrepância com valores oscilando entre 33,0/100 mil nascidos vivos no

município de Ananindeua e 314,47/100 mil nascidos vivos em Santa Bárbara do Pará.

Os óbitos ocorreram em mulheres jovens, na faixa etária de 15 a 29 anos, com destaque

para os casos na adolescência (15 a 19 anos).

Tabela 19 - Indicadores de atenção à saúde materno-infantil na Região Metropolitana,

2009

Indicadores Belém Ananindeua Marituba Benevides Sta.

Barbara

Região Unidade

de Medida

Nº de nascidos dos vivos 22.476 8.972 1.557 830 285 34.120 Nº Absoluto

Tipo de Partos Total 19.232 8.098 1.554 1026 285 30.195 Nº Absoluto

Nº Parto Normal 7.168 4.873 736 411 171 13.359 Nº Absoluto

Percentual Parto Normal 37,27% 60,17% 47,5% 40% 60% 44,42% %

Nº Partos Cesáreos 12.064 3.225 818 615 114 16.836 Nº Absoluto

Percentual Parto Cesáreos 62,20% 39,82% 52,5% 60% 40% 55,58%

%

Percentual de gestantes captada até a

12ª Semana 27,15% 26,38% 24% 72,11% 72.72% 77,37% %

Percentual de crianças com as vacinas

de rotinas de acordo com agenda

programada

89,9% 75,81% 97,6% 91% 77,78% 85,44 %

Percentual de gestantes com todos os

exames preconizados. 67% 75,81% 72% 60% 30% 61% %

% gestantes inscritas que receberam a

2ª dose ou dose de reforço ou a dose

imunizante de vacina antitetânica.

41,33% 70% 75% 74,53% 72% 66,57% %

Fonte: Plano RC/DEPAIS/SESPA (2011)

Em relação ao tipo de parto, a opção pelo parto cesáreo é superior a 50% na

Região Metropolitana. E a captação das gestantes para início da assistência pré-natal até

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 42

a 12ª semana, se mostra bem diferente nos municípios da Região, com variação de 24%

em Marituba e 72,72% em Santa Bárbara do Pará.

O cumprimento do calendário de vacinação da mesma forma se mostra

diferente nos municípios, com déficit de até 28,19%.

Tabela 20 - Capacidade instalada para atendimento materno-infantil na Região

Metropolitana, 2009.

Indicadores Belém Ananindeua Marituba Benevides Sta.

Barbara

Região Unidade de

Medida

1) Nº de leitos obstétricos

total e por estabelecimento de

saúde

338 69 20 07 0 434 Nº Absoluto

2) Identificação das

maternidades p/ gestação de

alto risco e/ou atendimento

ao RN e crianças de alto risco

1 00 1 0 0 2 Nº Absoluto

3) Identificação dos leitos

UCI neonatal existentes

93 06 8 0 0 107 Nº Absoluto

4) Identificação dos leitos

UTI neonatal existentes

43 5 0 0 0 58 Nº Absoluto

5) Identificação dos leitos

UTI adulto existentes em

hospitais que realizam parto

77 06 7 0 0 90 Nº Absoluto

Fonte: Plano RC/DEPAIS/SESPA (2011)

A retaguarda hospitalar para atendimento obstétrico consiste em 434 leitos,

com forte concentração em Belém. E para os casos de alto risco, são somente dois

hospitais, sendo um em Belém e outro em Marituba.

O Estado do Pará aderiu à etapa I da Rede Cegonha, por meio da Portaria

GM/MS nº 3.061, de 21 de dezembro de 2011, na qual destina recursos financeiros no

montante de R$ 24.786.790,11 (vinte e quatro milhões, setecentos e oitenta e seis mil,

setecentos e noventa reais e onze centavos) para sua implementação. Na Região

Metropolitana todos os municípios foram contemplados com ações para custeio de UTI

e UCI Neonatal.

Tabela 21 - Plano emergencial para oferta de leitos de UCI e UTI, na Região

Metropolitana de Belém, 2012.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 43

Município Número de Leitos por Hospital Investimentos

Ananindeua 10 de UTI – Hospital Camilo Salgado

6 de UCI – Hospital Anita Gerosa

1.607.284,80

Belém 10 de UCI – Hospital Abelardo Santos

67 de UCI – Hospital Santa Casa de Misericórdia do

Pará

6 de UCI – Hospital Beneficente Portuguesa

22 de UTI - Santa Casa de Misericórdia do Pará

5 de UTI - Hospital Beneficente Portuguesa

6 de UTI - Hospital Ordem Terceira

10 de UTI – Hospital de Clínicas Gaspar Viana

12.113.628,03

Marituba 8 de UCI – Hospital Divina Providência 735.840,00

Total financeiro 14.456.752,83

Fonte: Plano RC/DEPAIS/SESPA (2011)

4.2.2. Rede de Urgência e Emergência

A Rede de Urgência e Emergência encontra-se em fase de implementação em

todo o território paraense, com o Plano de Ação aprovado na CIB em apreciação no

Ministério da Saúde. Está fundamentado nas principais causas de mortalidade e na taxa

de anos potenciais de vida perdidos (APVP).

Conforme mencionado anteriormente, os óbitos causados por violência e

acidentes em via pública assumem a liderança das causas de morte na Região

Metropolitana I de Belém, o que contribuiu significativamente para a taxa de

mortalidade geral na Região de 5,45/1.000 habitantes, portanto, superior a taxa do

Estado do Pará que foi de 4,15/1.000 habitantes (MS/SVS/DASIS-SIM e IBGE/2010).

Em relação aos anos potenciais de vida perdidos, em todo o Pará a taxa

relativa às causas externas foi de 27,81, enquanto que para as doenças do aparelho

cardiocirculatório e diabetes mellitus foi 7,31 e 1,46, respectivamente, conforme

SIM/DATASUS e IBGE/2010, citado no Plano da Rede de Urgência e Emergência para

o Estado.

Em linhas gerais, a Região Metropolitana, apresenta problemas que

impactam diretamente no atendimento aos casos de Urgência e Emergência, dos quais

podemos destacar:

a) Tendência de crescimento de atendimentos de Urgência e Emergência por causas

externas;

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 44

b) Déficit na estrutura física e de equipamentos das instituições de saúde;

c) Regulação deficitária dos atendimentos de saúde;

d) Estrangulamento das portas de entrada das urgências e emergência, devido a

dificuldade de acesso às consultas especializadas da média complexidade;

e) Ausência de salas de estabilização;

f) Insuficiência de leitos de retaguarda e de longa permanência;

g) Infraestruturas inadequadas dos hospitais de referência;

h) Insuficiência de capacitação para os profissionais que realizam atendimento

especializado;

i) Infraestrutura deficiente para atendimento de urgência nas unidades básicas de saúde.

Dentre os problemas listados, chama atenção a rede de serviços de saúde,

com estrutura insuficiente para atender as necessidades de urgência e emergência, tanto

em relação a quantidade como a qualidade dos serviços, assim como a indisponibilidade

de profissionais devidamente qualificados.

Na Região Metropolitana I de Belém há 22 SAMU, 01 AMBULANCHA, e

04 Hospitais de Referência: Hospital Mário Pinotti, Hospital Humberto Maradei,

Hospital Metropolitano de Belém e Hospital Augusto Chaves Rodrigues. É importante

ressaltar que esses hospitais recebem demanda de todo o Estado em razão da

precariedade do atendimento na maioria dos municípios paraenses.

Os SAMU estão assim distribuídos: em Belém são 16 para atendimento

terrestre e 1 para atendimento fluvial, em Ananindeua são 4, em Marituba e Benevides

tem somente 1 para cada município. O município de Santa Bárbara do Pará foi

contemplado com 1 SAMU, porém em situação de cadastro junto ao MS.

O SAMU na região metropolitana de Belém ainda é municipal, e estão assim

habilitados:

a) Belém: 12 USB, 4 USA e 1 Ambulancha USA.

b) Ananindeua: 3 USB e 1 USA

c) Marituba: 1 USB

d) Benevides: 1 USB

Vale destacar que, em decorrência da consolidação dos componentes da Rede de

Urgência e Emergência no Estado do Pará, está em andamento o Projeto de

Regionalização do SAMU 192 em todo Estado, disposto de acordo com Plano Diretor de

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 45

Regionalização em 08 (oito) Macrorregiões de Saúde. Cada Macrorregião de Saúde será

composta por uma Central de Regulação Médica das Urgências conforme pactuação

estabelecida nos Colegiado de Gestão Regional, desde o ano de 2010.

Atualmente, somente a Central de Regulação Médica das Urgências da

Macrorregião Nordeste, localizada no município de Capanema, está em funcionamento

desde fevereiro de 2012, sob gerenciamento da SESPA (4º Centro Regional de Saúde),

sendo responsável pela regulação do SAMU 192 em 38 (trinta e oito) municípios da

região.

As Centrais de Regulação Médica das Urgências dos municípios de Altamira e

Conceição do Araguaia, responsáveis pela regulação das Macrorregiões Centro Oeste e

Sul, respectivamente, estão em fase de construção por parte dos municípios.

Os Projetos Arquitetônicos das outras 05 (cinco) Centrais de Regulação Médica

das Urgências dos municípios de Belém, Barcarena, Breves, Marabá e Santarém já

foram encaminhados a Coordenação Geral de Urgência e Emergência (CGUE) do MS.

No momento a Coordenação do Sistema Estadual de Urgência e Emergência aguarda o

parecer favorável da CGUE/MS e a publicação de portaria específica autorizando o

repasse de recursos ao Fundo Estadual de Saúde, a fim de que a Secretaria de

Planejamento, Orçamento e Finanças (SEPOF) possa dar início as construções das

referidas Centrais de Regulação Médica das Urgências.

O Estado disponibiliza ainda o serviço de resgate aeromédico e de UTI aérea que

atende, principalmente, os municípios mais distantes da capital, entretanto, os

municípios da Região Metropolitana I estão contemplados com a cobertura do serviço.

Há que ressaltar que os pacientes oriundos dos diversos municípios do interior

são transportados para os hospitais de referência em Belém. Esse serviço é realizado em

Cooperação com o Corpo de Bombeiros Militar do Pará – Termo de Cooperação nº

007/2011. Os municípios da Região Metropolitana I estão dentro da área de cobertura

do serviço.

Como estratégia para agilizar o atendimento e a tomada de decisão nos casos

de doenças cardíacas, foi implantado no Estado, desde outubro de 2011, o sistema de

Telediagnóstico, com 40 pontos de ECG em todo o Estado, dos quais quatro encontram-

se instalados em três municípios da Região Metropolitana I, a saber: Belém (Unidade

Básica de Saúde da Pedreira e Hospital Abelardo Santos), Ananindeua (Unidade de UE

Cidade Nova VI) e Marituba (Hospital de UE Augusto Chaves Rodrigues).

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 46

Em relação as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), o município de

Ananindeua possui uma em funcionamento e outra com previsão de inauguração para o

mês de agosto. Os municípios de Benevides e Marituba estão com as obras em

andamento e Belém ainda não possui o serviço.

Da mesma forma a Atenção Domiciliar, instituída pela Portaria Ministerial nº

2.029 de 24/08/2011, ainda não há na região Metropolitana equipes habilitadas.

Para a Região Metropolitana de Belém, o Plano de Urgência e Emergência

prevê a instalação de quatro salas de estabilização, sendo três em regiões de ilhas de

Belém (Mosqueiro, Caratateua e Cotijuba) e uma no município de Santa Bárbara do

Pará. Prevê ainda o incremento nas Unidades Móveis Terrestres (USB, USA,

Motolância e VIR), Unidades Fluviais do tipo ambulancha (USB e USA) e aéreas

(USA); além de recursos para instalação de novos leitos e qualificação dos existentes em

alguns hospitais da região, conformando o Componente Hospitalar e também à Atenção

Domiciliar com implantação das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar

(EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP).

Nesse sentido, considerando os principais problemas identificados na Região

e a implementação da Rede de Urgência e Emergência no âmbito do Estado faz-se

necessário qualificar a atenção básica, estruturando as salas de pronto atendimento e

capacitando os profissionais de acordo com os protocolos de recomendação

internacional.

É necessário também, investir na readequação de algumas unidades,

conforme projeto apresentado pelo município de Ananindeua. Vale destacar que o

município, atualmente não possui rede própria de leitos para internação hospitalar,

utilizando a estratégia da contratualização de serviços através da rede privada e

pactuações firmadas em PPI, com os demais municípios da região metropolitana,

ocasionando dificuldades de acesso e seguimento de tratamento. Essa dificuldade é mais

expressiva nas clínicas especializadas de neurologia, cardiologia e traumatologia

ressaltando também as clínicas médica e a pediátrica, que geram grandes demanda.

Há no município, uma Unidade de Urgência e Emergência Cidade Nova VI,

atualmente com capacidade física instalada para 20 (vinte) leitos com serviço de

observação 24 (vinte quatro), mas com uma estrutura física adequada para reestruturação

e qualificação, tendo potencial para se transformar em Hospital Regional com 100 (cem)

leitos servindo de retaguarda às urgências/emergências na região.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 47

4.2.3. Rede Psicossocial

A Rede de Atenção Psicossocial se configura em uma organização de

serviços para atender pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades

decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de

Saúde (SUS).

As principais diretrizes que orientam o funcionamento da Rede de Atenção

Psicossocial são:

Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das

pessoas;

Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde;

Combate a estigmas e preconceitos;

Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e

assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;

Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;

Diversificação das estratégias de cuidado;

Desenvolvimento de atividades no território, que favoreçam a inclusão social

com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania.

Desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;

Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle

social dos usuários e de seus familiares;

Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com

estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado;

Promoção de estratégias de educação permanente; e

Desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e

com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, tendo

como eixo central a construção do projeto terapêutico singular.

A região apresenta uma baixa cobertura no que se refere-se aos Centros de

Atenção Psicossocial, serviços considerados importantes para reordenação da rede

substitutiva. Segundo informações da Sala de Situação em Saúde, no ano de 2012, estão

cadastrados no Ministério da Saúde os seguintes serviços:

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 48

Municípios

Centro de Atenção Psicossocial – CAPS

I II II Infanti

l

AD AD

III

Taxa

cobertura

Ananindeua - 01 - - 01 - 0,42%

Belém 04 01 01 01 01 - 0,47%

Benevides - - - - - - -

Marituba 01 - - 01 1,85%

Santa Barbara do Pará - - - - - - -

No cenário da Região Metropolitana I de Belém, os principais problemas

identificados que comprometem a qualidade do atendimento referem-se a:

a) Dificuldade no envolvimento da família e da comunidade na efetivação do

Projeto Terapêutico Individual;

b) Reduzida oferta de serviços como Unidade de Acolhimento Transitório

aos usuários de álcool, crack e outras drogas e CAPS infantil;

c) Precarização do espaço físico, material e de recursos humanos dos CAPS;

d) Dificuldade com transporte e pessoal para realização de visitas e

atendimento domiciliares;

e) Redução no nº de leitos psiquiátricos no hospital referência.

O Estado do Pará está se organizando para implementar a Rede de Atenção

Psicossocial, e para tanto, instituiu o Grupo Condutor para elaboração do Plano

Estadual em conformidade com as portarias recém publicadas.

Para a Região Metropolitana está sendo prevista a implantação, no município

de Belém, de um Consultório de Rua, em Ananindeua, 1 CAPS AD, em Marituba um

Consultório de Rua, em Benevides 1 CAPS I, e em Santa Bárbara do Pará pretende-se

organizar os serviços através do matriciamento tendo como referência serviços

especializados localizados na região. A consolidação dessa estrutura organizacional irá

permitir a ampliação do acesso, o estabelecimento de vínculo das pessoas com

transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras

drogas e suas famílias aos pontos de atenção. Pretende-se com essas ações garantira

articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território,

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 49

qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da

atenção às urgências.

4.2.4. Rede de Atenção ao Controle do Câncer

A Política Nacional de Atenção Oncológica, lançada em dezembro de 2005

pelo Ministério da Saúde (MS), passou a abordar o câncer como um problema de saúde

pública e prevê o desenvolvimento de ações integradas tanto dos órgãos governamentais

como da sociedade civil.

A política prioriza a detecção precoce da doença e o atendimento qualificado

aos pacientes com câncer. Dentre as prioridades apontadas estão: a formação de Redes

Estaduais e Regionais de Atenção Oncológica; a definição de critérios técnicos para

avaliação dos serviços públicos e privados; o fomento, a coordenação e a execução de

projetos estratégicos de incorporação tecnológica; a implementação do Programa

Nacional de Controle do Tabagismo e do Plano de Ação para o controle dos cânceres do

colo do útero e da mama.

Os componentes fundamentais da Política Nacional de Atenção Oncológica

são:

Promoção e vigilância em saúde;

Assegurar a média complexidade e a alta complexidade;

Centros de Referência de alta complexidade em oncologia;

Plano de controle do tabagismo e outros fatores de risco do câncer do colo do

útero e da mama;

Regulamentação suplementar e complementar por parte dos estados e dos

municípios, com o objetivo de regular a atenção oncológica;

Regulação, fiscalização, controle e avaliação das ações da atenção oncológica de

competência das três esferas de governo;

Sistema de informação que possa oferecer ao gestor subsídios para tomada de

decisão no processo de planejamento, regulação, avaliação e controle e

promover a disseminação da informação.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 50

Os principais problemas identificados na Região Metropolitana I de Belém que

comprometem as ações de diagnóstico e controle do câncer estão listados a seguir: :

a) Inadequação da estrutura física, equipamentos e recursos humanos à legislação do

Ministério da Saúde e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);

b) Ausência de protocolos clínicos e farmacológico regulamentados;

c) Existência de um único centro de alta complexidade em oncologia (CACON do

HOL) para atender a demanda de todo o Estado do Pará e estados vizinhos;

d) Inexistência de Hospital de Referência do Câncer Infanto-juvenil;

e) Falta de estabelecimento de fluxo de atenção oncológica que reconheça as unidades

de atenção básica de saúde como porta de entrada do sistema de saúde;

f) Baixa adesão de mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos no programa de Prevenção e

Controle do Câncer do Colo do Útero (PCCU);

g) Insuficiência na estruturação dos pólos de Cirurgia de Alta Frequência (CAF) e de

mamógrafo;

h) Dificuldade de consolidar as informações e registros sobre câncer (SISCOLO, RCBP,

RHC, e o SIM);

i) Ausência de metodologia para monitoramento interno e externo do controle de

qualidade da citologia e histologia;

j) Dificuldade de ingresso de recursos humanos para atuar nos serviços oncológicos

implantados, em razão da complexidade da formação especializada.

A Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará está sendo estruturada a

partir de um Plano Estadual, visando garantir o acesso dos usuários na atenção

especializada com abrangência nas ações de promoção, prevenção, diagnóstico,

tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, em todos os municípios do

Pará.Consequentemente, espera-se reduzir a mortalidade por câncer e aumentar a

sobrevida dos doentes.

Conforme mencionado anteriormente, os dados correspondentes aos

atendimentos realizados no Hospital Ophir Loyola, único hospital público de referência

em oncologia no âmbito do Estado do Pará, mostram que o câncer de útero e o câncer

de mama foram as localizações mais frequentes em mulheres no período correspondente

a 2000-2008. E em relação a mortalidade, no ano de 2008, no mesmo sexo, o câncer de

mama assume a primeira causa e o câncer de útero a quarta causa de óbito.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 51

Na elaboração do Plano Estadual os cânceres de colo de útero, mama,

estômago, próstata, pulmão, hematológico, fígado (em razão da Hepatite C) e cavidade

oral foram priorizados.

Na linha de cuidados do câncer, a atenção primária à saúde tem

responsabilidade nas ações de promoção, prevenção, detecção precoce e cuidados

paliativos. Há que se ressaltar que as ações de cuidados paliativos podem e devem ser

inseridas em todos os níveis, inclusive na atenção primária, e envolvem também o

cuidado aos indivíduos no início da doença, através de orientação, encaminhamento e

suporte adequado.

O Plano Estadual prevê a reordenação da rede assistencial de modo a

assegurar a atenção integral oncológica, sendo fundamental a reestruturação e

qualificação da Atenção Básica de modo a contribuir para o diagnóstico precoce dos

cânceres. Para tanto há que implantar de forma qualificada atividades de rastreamento

pelas equipes da Estratégia de Saúde da Família.

Da mesma forma é importante o apoio àqueles que se encontram em

tratamento, o seguimento daqueles que já foram tratados, como também o atendimento

com qualidade aos que necessitam de cuidados paliativos, valorizando as ações de

promoção à saúde e prevenção do adoecimento. Esse elenco de atividades está

vinculado as ações que são intrínsecas à Atenção Básica.

O suporte na média complexidade prevê a oferta de ações e serviços de

apoio diagnóstico e terapêutico, tais como:

Diagnóstico por imagem: radiografia, ultrassonografia, TC, RM

Colposcopia, CAF – Cirurgia de Alta Freqüência, conização (CA de Colo)

Mamografia, biopsia e punção mamária (CA de Mama)

PSA e ultrassonografia (CA de Próstata)

Endoscopia digestiva, colonoscopia (CA de Estômago e Intestino).

Biopsia de pele (CA de Pele)

Laboratório de análises clínicas e Anatomopatológico

A atenção especializada de média complexidade é necessária para o

diagnóstico precoce do câncer, devendo ser garantido o atendimento da demanda de

forma rápida e eficaz, de modo a evitar o avanço da doença, reduzindo assim o número

de procedimentos diagnósticos e terapêuticos a serem aplicados e o sofrimento humano.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 52

Assim, faz-se necessário a organização de serviços de média complexidade

com capacidade de ofertar diagnóstico em tempo oportuno. Dentre as prioridades para o

Subprojeto QualiSUS-Rede na Região Metropolitana I, optou-se por estruturar no

município de Marituba, pela dificuldade relatada em garantir acesso à mamografia, um

serviço para diagnóstico mamário.Considerando a importância epidemiológica dos

cânceres de mama e colo de útero, essencialmente na Região Metropolitana I, faz-se

necessário qualificar a Atenção Básica para captação das mulheres na faixa etária de 25

a 59 anos, disponibilizando salas de coleta de exame Papanicolau adequadas, equipadas

e com pessoal qualificado, de modo garantir cobertura populacional, além de resultado

de forma mais ágil e com controle qualidade. Aliado a estruturação dos espaços físicos e

a qualificação da equipe de saúde, é importante imprimir prioridade nas práticas do dia

a dia das ESF para diagnóstico precoce.

A alta complexidade implica na oferta de ações e serviços de apoio

diagnóstico e terapêutico, incluindo profissionais especializados para: realização de

quimioterapia, radioterapia, cirurgia oncológica, cuidados paliativos e urgência

oncológica.

No bojo do Plano está o atendimento de alta complexidade no Hospital

Ophir Loyola - HOL – CACON, e a implantação de 1 UNACON (Unidade de Média e

Alta Complexidade em Oncologia) em Belém, em início de funcionamento. Este serviço

tem previsão de realizar os seguintes procedimentos:

Diagnóstico por imagem – radiografia, ultrassonografia, tomografia

computadorizada, ressonância magnética;

Colposcopia, CAF – Cirurgia de Alta Frequência, conização (câncer de colo

de útero);

Mamografia, biopsia e punção mamária com agulha fina e agulha grossa

(câncer de mama);

PSA e ultrassonografia (câncer de próstata);

Endoscopia digestiva, colonoscopia ( câncer de estômago e intestino);

Biopsia (câncer de pele);

Laboratório de análises clínicas e Anátomo-patológico.

Há que se destacar que encontra-se em construção na cidade de Belém um

Hospital para atendimento especializado em câncer Infanto-juvenil, o que resultará em

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 53

maior retaguarda de leitos, ficando assim, assegurado a assitência hospitalar para os

casos provenientes do incremento das ações na Atenção Básica para o diagnóstico

precoce.

5. SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO

5.1 Transporte Sanitário

No âmbito da Região Metropolitana I o deslocamento de pessoas que necessitam

de sequenciamento de tratamento é deficitário, ficando a critério de cada município a

adoção de estratégias para atender as necessidades demandadas. As principais razões

que configuram a necessidade do transporte em saúde são: a incapacidade de deambular

em função de determinações clínicas e/ou funcionais e a impossibilidade financeira de

sustentar os custos de transporte para acessar os serviços de saúde.

Na Região Metropolitana I de Belém, as pessoas que se encontram em

situação de dificuldade para descolamento, correspondem, essencialmente, aquelas em

tratamento radioterápico, quimioterápico, hemodiálise, além das consultas

especializadas por ocasião do pré-natal. Trata-se de pacientes em situação de tratamento

ambulatorial que necessitam se deslocar para a capital paraense, onde estão instalados

os serviços de média e alta complexidade. É em Belém que são ofertados os serviços de

referência para nefrologia, oncologia e as diversas especialidades médicas.

Na atualidade o atendimento dessa demanda se dá de formas múltiplas,

resultado do esforço dos gestores para transportar esses pacientes, muitas vezes em

situações de risco físico, em transportes inadequados, inseguros e desconfortáveis. No

município de Benevides a gestão local destinou dois carros, tipo passeio, para atender

tais necessidades, que denominou “Transporte Social”; em Ananindeua, há um micro

ônibus que atende as necessidades de transporte dos pacientes, sendo complementado

com os transportes da administração municipal. Em Santa Bárbara do Pará, a prefeitura

contrata serviços de terceiros em veículos tipo táxi sempre que necessário. Em Belém a

garantia de deslocamento para o paciente é assegurada com dois veículos do tipo van.

É importante considerar a existência de populações ribeirinhas que vivem as

margens de rios e igarapés, e enfrentam dificuldades ainda maiores pela inexistência de

transporte fluvial do setor saúde ou mesmo barco regular. Desse modo, têm como única

alternativa a “carona” no barco escolar ou então com moradores que possuem algum

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 54

tipo de embarcação, geralmente são “casquinhos”, enfrentando desconforto e condições

climáticas desfavoráveis, haja vista o sol forte e a intensidade de chuvas na região.

Esse cenário aponta a necessidade de investimentos em transporte sanitário

terrestres e fluviais para a Região, de modo a assegurar o fluxo e contrafluxo das

pessoas que se encontram em situação de dependência do deslocamento para

continuidade de tratamento, seja por incapacidade física e/ou econômicas, além de

garantir o movimento adequado de material biológico e das equipes de saúde.

Considera-se como essencial e urgente, a necessidade de realizar uma análise

mais aprofundada da situação do transporte dos usuários do SUS na região

Metropolitana de Belém, e assim, direcionar ações e investimentos para organização do

transporte sanitário na região tendo como objetivo proporcionar um transporte eficiente,

confortável, seguro e humanizado a população.

5.2 Prontuário Clínico Eletrônico

Em toda a Região Metropoliatana I de Belém não há prontuário único eletrônico

o que limita a continuidade da assistência prestada ao paciente, por toda a equipe

multiprofissional de forma mais qualificada.

5.3 Regulação da Atenção à Saúde

A Regulação em Saúde no Estado do Pará está em fase de reestruturação,

obedecendo as Portarias GM/MS nº 399/2006 e 1.559/2008. Nos municípios de

Ananindeua, Belém e Marituba, Plenos do Sistema Municipal de Saúde, a estrutura de

Regulação, Controle e Avaliação estão em funcionamento, com representatividade nos

atendimentos de média a alta complexidade ambulatorial e hospitalar.

Nesses municípios os complexos reguladores estão compostos por uma Central

de Consultas e Exames Especializados, funcionando 08 horas por dia de segunda a sexta

feira, Central de Leitos de Urgência Médica funcionando 24 horas por dia, de segunda a

sexta feira.

O município de Benevides, em fase de Habilitação Plena do Sistema Municipal

de Saúde, segundo Portaria 399/2006, está promovendo a readequação de sua estrutura

de Regulação, funcionando atualmente de 07 as 13 horas no prédio da Secretaria

Municipal de Saúde, com funcionamento apenas da Central de consultas e exames

especializados.

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 55

Desse modo, os municípios, a exceção de Santa Bárbara do Pará, utilizam o

Sistema de regulação do Ministério da Saúde (SISREG) para agendamento de consultas

e exames especializados, assim como para solicitação de internações. Há que se

esclarecer que trata-se de um procedimento recente, tendo em vista que somente a partir

de outubro de 2011, Belém aderiu o uso desse Sistema com implantação do SISREG

Hospitalar nas internações neonatais.

O Estado do Pará está elaborando seu Plano Estadual de Regulação em Saúde,

visando estruturar seu complexo regulador para regulação dos serviços de alta

complexidade do Estado e de média complexidade com oferta reduzida e dos

municípios sob gestão básica.

O grande desafio do Estado, é propiciar aos municípios condições para a

implantação e/ou implementação de complexos reguladores, que venham atender a

Política Nacional de Regulação da Saúde, com recursos financeiros para a implantação

e custeio desses Complexos; a instrumentalização; e a capacitação permanente de

recursos humanos.

5.5 - Fortalecimento da governança regional, implementação do Decreto

7.508/2011 na região

A governança engloba mecanismos complexos que envolvem as relações

estabelecidas no âmbito das instituições, nas quais os cidadãos e/ou grupos sociais

articulam seus interesses, exercem seus direitos e obrigações e mediam suas diferenças

(RONDINELLI, 2006). A OMS a define como o exercício da autoridade política,

econômica e administrativa para gerir os interesses do Estado.

No contexto das Redes de Atenção à Saúde a governança se expressa pela

capacidade de decisão e intervenção dos atores envolvidos para viabilizar a gestão

compartilhada. O principal lócus de pactuação das demandas regionais é a Comissão

Intergestora Regional, um espaço de permanente negociação, importante para analisar o

cenário regional e orientar os gestores a respeito da realidade local, de modo a

estabelecerem planos voltados para o enfrentamento dos problemas de saúde regionais.

Mendes (2010),considera que a governança da rede se constitui um arranjo

organizativo para a gestão de todos os componentes das redes de atenção à saúde, de

forma a gerar um excedente cooperativo e de interdependência entre os atores sociais

em situação e a obter resultados sanitários efetivos e eficientes. A governança compõe-

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 56

se de uma institucionalidade, de um sistema gerencial, de um sistema de financiamento

e do controle social.

No exercício da governança das redes, há que se administrar questões

diversas que envolvem o processo de regionalização à luz do Decreto 7.508/2011, as

relações interfederativas, as relações na esfera público-privado, a regulação da

assistência, a avaliação da capacidade de gestão, os desafios para qualificar a atenção à

saúde, além do financiamento do setor saúde. Nesse sentido, é possível afirmar que

governança não é sinônimo de gerenciamento, tendo em vista que além compartilhar

estruturas administrativas, recursos, sistemas logísticos e apoio, fazer monitoramento e

avaliação da Rede de Atenção à Saúde, utiliza instrumentos para planejamento regional,

complexos reguladores, sempre com decisões colegiadas visando o enfrentamento de

determinada situação num dado território.

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6. DETALHAMENTO DOS OBJETIVOS PARA O QUALISUS –REDE

PARTE 1 - APRESENTAÇÃO DO PROPONENTE

ESTADO: SECRETARIA EXECUTIVA DE SAÚDE PÚBLICA – SESPA

GOVERNADOR(A): SIMÃO JATENE

SECRETÁRIO(A) ESTADUAL DE SAÚDE: HÉLIO FRANCO DE MACEDO JÚNIOR

DADOS DO COORDENADOR DO GRUPO CONDUTOR DO SUBPROJETO DA SES

NOME: ROSÂNGELA BRANDÃO MONTEIRO

CARGO: MÉDICA

MATRÍCULA:

TELEFONES:(91) 4006-4832 / (91) 4006-4830

FAX: (91) 4006-4832

E-MAILS: [email protected]

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIAS:

Av. Conselheiro Furtado nº

489 – Umarizal

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 59

6.1 IDENTIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CIR /CGR: METROPOLITANA

Município IBGE Prefeito Secretário(a) de Saúde Endereço Telefone E-mail

ANANINDEUA

1500800 Elder Zahluth

Barbalho

Ivete Gadelha Vaz

Rod. Mario Covas nº 11 Secretarias Integradas

CEP: 67.113-330 3073-2200(fax) [email protected]

BELÉM

150140 Dulciomar Gomes da

Costa

Sylvia Christina de

Oliveira Santos

End: Rodovia Artur Bernardes, Km 14 s/n –

Tapanã. CEP: 66825-000

(91) 3184-6136 / 6127 / 6128 FAX: 3184-6136

[email protected] [email protected]

BENEVIDES

1501501 Edmauro Ramos

Farias

Juliana Conceição Dias

Garcez

Av. Joaquim Pereira de Queiroz nº 01 – Centro

CEP: 68.795-000 (91) 3724-1128 / 1260 [email protected]

MARITUBA

1504422 Jesus Bertoldo

Rodrigues do Couto Luana Rodrigues Couto

Rod. BR 316 Km 13 s/n – Centro Prédio da Prefeitura Municipal – CEP: 67.200-

000

(91) 3256-2007 [email protected]

SANTA

BARBARA 150635 Ciro Souza Goes

Mauro Marcelo Furtado

Real

Rod. Augusto Meira Filho Km 17 s/n – Centro – CEP:

68.798-000 (91) 3776-1167 [email protected]

6.2 Objetivos segundo eixos estruturantes

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 60

EIXO ESTRUTURANTE

I - QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA

JUSTIFICATIVA :

A estruturação das redes de atenção, deverão acontecer a partir do fortalecimento das ações da atenção básica. A Região Metropolitana I de

Belém está em franco processo de discussão das redes de atenção à saúde, acreditando na possibilidade de reversão de alguns indicadores epidemiológicos

e operacionais, pouco satisfatórios, a exemplo da baixa cobertura da estratégia saúde da família, essencialmente no município de Belém. Uma situação que

reverbera em alguns índices de adoecimento, tais como a elevada morbidade por doenças infecciosas e parasitárias, e doenças respiratórias. Os principais

problemas e fragilidades encontradas na Atenção Básica no âmbito da Região Metropolitana I são:baixa adesão ao Programa de Melhoria do Acesso com

Qualidade (PMAQ);ausência de protocolos: clínicos, terapêuticos, linhas de cuidados e atendimento;deficiência no acolhimento dos usuários; dificuldade

de implementar a educação permanente;dificuldades dos gerentes no processo de planejamento, monitoramento e avaliação das ações de saúde;

dificuldade de trabalhar de forma intersetorial na Atenção Primária;fragilidade dos sistemas de informação em saúde para a tomada de decisão.

OBJETIVOS META INDICADOR

Sensibilizar os profissionais para implementação

dos protocolos clínicos para as linhas de cuidado

nas redes da região metropolitana

20 oficinas para qualificação de 500

profissionais

Número de profissionais da rede de atenção á saúde

qualificados

Sensibilizar profissionais para implantação de

protocolos de regulação de acesso,da assistência e

de sistemas.

01 oficina para qualificar 30

profissionais

Número de profissionais que atuam na regulação

qualificados

Qualificar Agentes Comunitários de Saúde 15 cursos para qualificar 375 ACS Número de ACS selecionados para qualificação

Qualificar profissionais da rede de atenção nas

ações de planejamento familiar

30 treinamentos para qualificar

500profissionais

Número de profissionais que atuam no planejamento

familiar qualificados

Qualificar Agentes de Combate as Endemias

15 cursos para qualificar 375 Agentes

de Endemias

Número de Agentes de Endemias selecionados para

Qualificação

Qualificar profissionais das Equipes da Estratégia

Saúde da Família

20 cursos para qualificar 500

profissionais do PSF Número de profissionais que atuam no PSF qualificados

Qualificar profissionais em Sistema de Informação

da Atenção Básica

30 cursos para 600 profissionais que

atuam nos sistemas básicos

Número de profissionais que atuam nos Sistema Básicos

qualificados

Qualificar profissionais na rotina do serviço de

imunização nos municípios da região metropolitana

de Belém

11 treinamentos para 375 profissionais

da rede de frio

Número de profissionais que atuam na rede de frio

qualificados

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 61

REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

JUSTIFICATIVA

A Região Metropolitana apresenta problemas que impactam diretamente no atendimento aos casos de U/E: Tendência de crescimento de atendimentos de

urgência e emergência por causas externas; Déficit na estrutura física e de equipamentos das instituições de saúde; Regulação deficitária dos atendimentos

de saúde; Estrangulamento das portas de entrada das urgências e emergência, devido a dificuldade de acesso às consultas especializadas da média

complexidade; Ausência de salas de estabilização;Insuficiência de leitos de retaguarda e de longa permanência; Infraestruturas inadequadas dos hospitais

de referência;Insuficiência de capacitação para os profissionais que realizam atendimento especializado; Infraestrutura deficiente para atendimento de

urgência nas unidades básicas de saúde.Dentre os problemas listados, chama atenção a rede de Unidades de Saúde estrutura insuficiente para atender as

necessidades de urgência e emergência, tanto em relação a quantidade como a qualidade dos serviços, assim como a indisponibilidade de profissionais

devidamente qualificados.

Nesse sentido, considerando os principais problemas identificados na Região e a implementação da Rede de UE no âmbito do Estado faz-se necessário

qualificar a atenção básica, estruturando as salas de pronto atendimento e capacitando os profissionais de acordo com os protocolos de recomendação

internacional. E para assegurar leitos de retaguarda na Região é fundamental a ampliação da Unidade de UE Cidade Nova IV, de modo a oferecer 100

leitos regulados para a toda a Região.

OBJETIVOS META INDICADOR

Implementar as Unidades Básicas de Saúde, que

funcionam 24h com equipamentos de U/E básicos 18 salas equipadas Número de Unidades Básicas Equipadas

Implementar as salas de vacina dos municípios da

região metropolitana 65 salas equipadas

Percentual de crianças com as vacinas de rotina de acordo

com a agenda programada

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 62

Implementar a estrutura física e de equipamentos da

Unidade de U/E da Cidade Nova VI de Ananindeua,

tornando-a uma unidade hospitalar de U/E (100 leitos). 01 unidade reformada e equipada Número de Unidades reformada e equipada

Implementar a Estrutura física e de equipamentos da UTI

Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário

Pinotti,

01 unidade reformada e

equipada Número de Unidades reformada e equipada

Implementar a estrutura física da Unidade Genipauba no

município de Santa Barbara. 01 unidade reformada Número de Unidades reformada

Qualificar profissionais NS e NM da Região

Metropolitana das Unidades fixas e pré-hospitalares

móveis (U/E.ATLS,ACLS PHTLS-SAMU,ALSO,PALS)

10 treinamentos para 500

profissionais

Número de profissionais que atuam em U/E

qualificados

Qualificar profissionais em Pós- Técnico em UTI

Pediátrica para a rede metropolitana

01 treinamento para

30 profissionais Número de profissionais que atuam em UTI Pediátrica

qualificados

REDE DE ONCOLOGIA

JUSTIFICATIVA

O câncer de colo uterino retrata um grave problema de saúde publica sendo o segundo mais incidente na população feminina mundial e brasileira, e o

primeiro na Região METROPOLITANA , tanto em incidência quanto em mortalidade. Os dados correspondentes aos atendimentos realizados no

Hospital Ophir Loyola, único hospital público de referência em oncologia no âmbito do Estado do Pará, mostram que o câncer de útero e o câncer de

mama foram as localizações mais frequentes em mulheres no período correspondente a 2000-2008. E em relação a mortalidade, no ano de 2008, no

mesmo sexo, o câncer de mama assume a primeira causa e o câncer de útero a quarta causa de óbito. Investir na estruturação dos serviços de referência da

mulher faz-se necessário , para a viabilidade de diagnostico precoce e tratamento das lesões benignas do Câncer de colo de útero; a qualificação de

profissionais para garantir sustentabilidade técnica e operacional na qualidade dos exames também é proposta relevante para a melhoria da qualidade do

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 63

serviço.

OBJETIVOS META INDICADOR

Implementar as salas de PCCU, das unidades

requalificadas (10 Ananindeua, 24 Belém, 07

Marituba, 01 Santa Bárbara, 06 Benevides)

48 salas equipadas Nº de exames processados por ano

Implementar a estrutura física e de equipamentos do

Centro de Diagnóstico Inácio Gabriel, no município

de Marituba para os cânceres de mama e útero.

01 centro de diagnóstico estruturado

realizando pelo menos 2.000 ex/ano Número de exames processados por ano

Implementar a estrutura física e de equipamentos da

Casa da Mulher ,no município de Belém, em vistas

ao diagnóstico cânceres de mama e útero

01 casa da mulher estrtuturada

realizando pelo menos 2.000 ex/ano Número de exames processados por ano

Implementar a estrutura física e de equipamentos da

UREMIA(Unidade Referência Materno infantil), em

vistas ao diagnóstico de câncer de mama e colo de

útero.

01 casa da mulher estruturada

realizando pelo menos 2.000 ex/ano Número de exames processados por ano

Qualificar profissionais da RM no rastreamento e

diagnóstico dos cânceres mais prevalentes.

05 treinamentos para 150 profissionais Número de profissionais treinados em rastreamento do

câncer

Qualificar Enfermeiros e técnicos de enfermagem na

coleta de Exame do Colo do útero

05 treinamentos para 200 profissionais Número de profissionais treinados em coleta de exame

Papanicolau

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 64

Qualificar profissionais de saúde da RM Belém em:

Pós Técnico em Oncologia ; Citopalogia,

Atualização em Radioterapia, Pós-técnico em

mamografia

04 treinamentos para 80 profissionais

Número de profissionais treinados em Pós Técnico em

Oncologia ; Citopalogia, Atualização em Radioterapia,

Pós-técnico em mamografia

EIXO ESTRUTURANTE

III - SISTEMA DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPEUTICO

JUSTIFICATIVA

Dentre as dificuldades enfrentadas pelos municípios , destaca-se a necessidade de avaliação de exames por imagem, uma segunda opinião para

subsidiar os profissionais na identificação de diagnósticos precoce contribuirá sobremaneira para a melhoria da qualidade de vida da população

metropolitana.

OBJETIVOS META INDICADOR

Implantar o Telessaúde nos municípios da

região metropolitana

18 unidades com

telessaúde implantados Número de municípios com a tecnologia telessaúde implantada

Qualificar profissionais para o uso da

tecnologia do telessaúde

05 treinamentos para100

profissionais Número de profissionais qualificados na tecnologia telessaúde

IV - SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO

JUSTIFICATIVA

Fragilidade nos protocolos técnicos de regulação, fluxos de referencia e contra referencia, das centrais de regulação, dos sistemas de

informação(SISREG) , Outra situação relevante , é a dificuldade dos pacientes nos tratamentos em oncologia , principalmente a Radioterapia e a

quimioterapia, a aquisição de transporte sanitário para a região metropolitana trará melhorias na qualidade da atenção aos pacientes e um sistema

organizado de demanda agendada para as complexidades de atendimento

OBJETIVOS META INDICADOR

Implementar a estrutura física da Central de Regulação do

município de Benevides 01 central implantada Número de central implantada

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 65

Implantar a estratégia de transporte sanitário terrestre

,para atender os usuários da RM de Belém

5 transportes sanitários adquiridos Número de transportes sanitário adquirido

Implantar a estratégia de transporte sanitário fluvial para

atender os usuários ribeirinhos da RM Belém

06 transportes sanitário adquiridos Número de transportes sanitário adquirido

Implementar o SISREG na Região Metropolitana; através

da aquisição de equipamentos e treinamento de RH

05 municípios com SISREG

implementado

Número de municípios com SISREG

implementado

Qualificar profissionais para discussão e construção de

fluxos de referencia e contra referencia para os serviços da

atenção primária até a atenção terciária nos municípios da

região metropolitana

02 oficinas para 60 profissionais

Número de profissionais qualificados para

construção de fluxos de referencia e contra

referencia

EIXO ESTRUTURANTE

V - FORTALECIMENTO DA GOVERNANÇA REGIONAL

JUSTIFICATIVA

Estudar conceitos de Redes de Atenção , instrumentos legais, normativos, propicia aos gestores, gerentes e técnicos uma visão integralizadora

,capaz de gerar instrumentos de planejamento competentes e operantes; e envolvendo o segmento sociedade civil nesse contexto, é fundamental

para a validação de conceitos e credibilidade das comunidades locais.

OBJETIVOS META INDICADOR

Qualificar profissionais em Planejamento em Saúde (conceitos

de redes, instrumentos legais/7508, projetos vigentes) 02 cursos para 60 profissionais

Número de profissionais qualificados em

Planejamento em Saúde

Qualificar coordenadores e apoiadores de rede.

15 cursos para 300 coordenadores

e apoiadores de rede

Número de coordenadores e apoiadores de

rede qualificados

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 66

Qualificar representantes da sociedade civil sobre concepções

de redes de atenção á saúde

10 cursos para 200 representantes

da sociedade civil

Número de representantes da sociedade civil

qualificados em concepções de rede

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 67

6.3 Objetivos, atividades, metas e custos estimados

EIXO ESTRUTURANTE 1 : QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA

OBJETIVO: Sensibilizar os profissionais para a implementação dos protocolos clínicos para as linhas de cuidado nas redes da Região Metropolitana

META: 05 OFICINAS

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Oficina de sensibilização para elaboração e implementação dos protocolos clinicos para os

municípios da região metropolitana 200.000,00

OBJETIVO: Sensibilizar profissionais a para implantação de protocolos de regulação de acesso,da assistência e de sistemas.

META: 01 OFICINA

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Oficina de sensibilização para elaboração e implementação dos protocolos clínicos para os municípios da região metropolitana 14.200,00

OBJETIVO: Qualificar Agentes Comunitários de Saúde

META: 15 cursos

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Curso para qualificação de Agentes Comunitários de Saúde 705.000,00

OBJETIVO: Qualificar profissionais da rede de atenção nas ações de planejamento familiar

META: 30 capacitações

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 68

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitação para profissionais da rede de atenção nas ações de planejamento familiar 300.000,00

OBJETIVO: Qualificar agentes de combate as Endemias

META: 15 capacitações

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitação para agentes de combate as Endemias 705.000,00

META: 20 cursos

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Curso de Atualização para Equipes da Estratégia Saúde da Família 940.000,00

OBJETIVO: Qualificar profissionais em Sistema de Informação da Atenção Básica

META: 30 capacitações

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitação em Sistemas de Informação da Atenção Básica 150.000,00

OBJETIVO: Qualificar profissionais na rotina do serviço de imunização nos municípios da região metropolitana de Belém

META: 11 capacitações

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitação para profissionais na rotina do serviço de imunização 110.000,00

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 69

Implementar as salas de vacina dos municípios da Região metropolitana

META: 65 salas

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Aquisição de equipamentos para as salas de vacina dos municípios da RM( geladeira, freezer(vertical), caixa térmica) 208.000,00

Aquisição de grupo gerador para a sala de vacina do município Sta.Bárbara 26.850,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 - IMPLEMENTAÇÃO DAS REDES TEMÁTICAS- URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

OBJETIVO: Estruturar Unidades Básicas de Saúde, que funcionam 24h , da região metropolitana

META: 18 unidades

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Aquisição de equipamentos para salas de pronto atendimento das Unidades Básicas de Saúde 4.017.389,00

OBJETIVO: Implementar a estrutura física e de equipamentos da Unidade de U/E da Cidade Nova VI de Ananindeua

META: 01 unidade

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Reforma da Unidade de U/E Cidade Nova VI de Ananindeua, tornando-a uma unidade hospitalar de U/E (100 leitos). 1.100.000,00

OBJETIVO: Implementar a estrutura física da UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário Pinotti em Belém.

META: 01 hospital

ATIVIDADES CUSTO ESTIMADO (R$)

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 70

BIRD MS SES MUN

Reforma da UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário Pinotti, no município de Belém. 400.000,00

Equipar a UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital Mário Pinotti, no município de Belém. 250.000,00

OBJETIVO: Implementar a estrutura física da Unidade de U/E do município de Santa Bárbara

META: 01 unidade

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Reforma e adaptação da Unidade de U/E de Genipaúba no município de Santa Bárbara do Pará. 130.051,00

OBJETIVO: Qualificar profissionais de NS e NM da Região Metropolitana das Unidades fixas e pré-hospitalares de U/E.

META: 12 capacitações

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitação p/ profissionais de NS da Região Metropolitana das Unidades fixas e pré-hospitalares móveis de

U/E.(ATLS/ACLS /PHTLS-SAMU/ALSO/PALS 607.800,00

Capacitação para profissionais de NM da Região Metropolitana das Unidades fixas e móveis em U/E. 78.000,00

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 71

OBJETIVO: Qualificar profissionais em pós-técnico UTI Pediátrica na rede metropolitana

META: 03 cursos

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Curso Pós- Técnico em UTI Pediátrica para a rede metropolitana 1.000.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 2 - IMPLEMENTAÇÃO DAS REDES TEMÁTICAS- REDE DE CONTROLE

DO CÂNCER

OBJETIVO: Implementar as salas de coleta de PCCU, nas unidades requalificadas

META: 48 salas

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Aquisição de equipamentos e mobiliários para a sala de PCCU, nas unidades requalificadas da Região

Metropolitana 215.280,00

OBJETIVO: Implementar a estrutura física e de equipamentos do Centro de Diagnóstico Inácio Gabriel, município de Marituba para os cânceres de

mama e útero.

META: 01 Centro

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Reforma do Centro de Diagnóstico Inácio Gabriel, município de Marituba 347.353,00

Aquisição de equipamentos para Centro de Diagnóstico Gabriel, no município de Marituba, em vistas ao

diagnóstico dos cânceres de mama e útero 331.900,00

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 72

OBJETIVO: Implementar a estrutura física e de equipamentos da Casa da Mulher, município de Belém para os cânceres de mama e útero.

META: 01 Casa

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Reforma da Casa da Mulher no município de Belém 350.000,00

Aquisição de equipamentos para a Casa da mulher, no município de Belém, em vistas ao diagnóstico dos

cânceres de mama e útero 400.000,90

OBJETIVO: Implementar a estrutura física e de equipamentos da Unidade de Referência Estadual Materno Infantil(URE-MIA), no município de

Belém para os cânceres de mama e útero.

META: 01 Unidade

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Reforma da UREMIA, em vistas ao diagnóstico de câncer de mama e colo de útero. 355.000,00

Aquisição de equipamentos para a UREMIA, para o diagnóstico de câncer de mama e colo de útero. 400.000,71

OBJETIVO: Qualificar profissionais na prevenção, tratamento e diagnóstico do câncer na Região Metropolitana de Belém

META: 19 capacitações

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitação dos profissionais no rastreamento e diagnóstico dos cânceres mais prevalentes. 200.000,00

Capacitação em realização(coleta) de Exame do Colo do útero para técnicos e Enfermeiros 100.000,00

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 73

Curso Pós Técnico em Oncologia para profissionais da RM Belém 800.000,00

Aquisição de equipamentos para leitura de exames citopatológico 1.102.000,00

Curso de atualização em Radioterapia para profissionais de saúde da RM Belém 100.000,00

Curso Pós Técnico em Mamografia para profissionais de saúde da RM Belém 1.000.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 03 : SISTEMA DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO

OBJETIVO: Implantar o uso da tecnologia Telessaúde nos municípios da Região Metropolitana

META: 05 municípios

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Aquisição de equipamentos para os municípios da região metropolitana para o uso da tecnologia do telessaúde 21.849,00

Treinamento p/ municípios da região metropolitana para o uso da tecnologia do telessaúde 10.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 04 : SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO

OBJETIVO: Implementar a Central de regulação no município de Benevides

META: 01 central

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Reforma da Central de Regulação do município de Benevides 50.000,00

Aquisição de equipamentos para a Central de Regulação do município de Benevides 8.000,00

OBJETIVO: Implementar o SISREG na Região metropolitana de Belém

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 74

META: 05 municípios com SISREG implementados

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Aquisição de equipamentos para a implementação do SISREG na Região Metropolitana; 45.000,00

Capacitação de profissionais para a utilização do SISREG nos municípios da RM 50.000,00

OBJETIVO: Qualificar profissionais para construção de fluxos de referencia e contra referencia para os serviços da atenção primária até a atenção

terciária nos municípios da região metropolitana

META: 02 oficinas

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Oficina para implementação de fluxos de referencia e contra referencia da atenção básica à atenção terciária nos municípios da

região metropolitana 50.000,00

OBJETIVO: Implantar serviço de transporte sanitário, para atender os usuários nos serviços especializados( hemodiálise,

radioterapia,quimioterapia)

META: 11 transportes

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Aquisição de transporte sanitário terrestre tipo VAN , para atender usuários 550.000,00

Aquisição de transporte sanitário fluvial para atender os usuários ribeirinhos 532.000,00

EIXO ESTRUTURANTE 05 - FORTALECIMENTO DA GOVERNAÇA REGIONAL

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 75

OBJETIVO: Sensibilizar, qualificar gestores, gerentes , técnicos e conselheiros o entendimento e organização das redes de atenção

META: 29 capacitações

ATIVIDADES

CUSTO ESTIMADO (R$)

BIRD MS SES MUN

Capacitar coordenadores e apoiadores de rede. 150.000,00

Curso de Agente de Planejamento em Saúde (conceitos de redes, instrumentos legais, projetos vigentes) 100.000,00

Curso para conselheiros municipais de saúde 100.000,00

Capacitar representantes da sociedade civil sobre concepções de redes atenção saúde 80.000,00

6.4 Formulação do Plano - Quadro síntese dos custos estimados por objetivo

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 76

UF: PA ANO: 2012-2014

REGIÃO: METROPOLITANA

OBJETIVOS

CUSTO ESTIMADO (R$):

BIRD MS SES MUN

Sensibilizar os profissionais para a implementação dos protocolos clínicos para as linhas de

cuidado nas redes da Região Metropolitana 200.000,00

Sensibilizar profissionais para implantação de protocolos de regulação de acesso,da

assistência e de sistemas. 14.200,00

Qualificar Agentes Comunitários de Saúde 705.000,00

Qualificar profissionais da rede de atenção nas ações de planejamento familiar 300.000,00

Qualificar agentes de combate as Endemias 705.000,00

Qualificar as equipes da Estratégia Saúde da Família 940.000,00

Qualificar profissionais em Sistema de Informação da Atenção Básica 155.000,00

Capacitação para profissionais na rotina do serviço de imunização 110.000,00

Implementar com equipamentos as salas de vacina dos municípios da RM( geladeira,

freezer(vertical), caixa térmica) 208.000,00

Implementar com grupo gerador para s salas de vacina do município Sta.Bárbara 26.850,00

Prover de material técnico as salas de pronto atendimento das Unidades Básicas de Saúde

da região metropolitana. 4.017.389,00

Implementar a estrutura física da Unidade de U/E da Cidade Nova VI de Ananindeua 1.100.000,00

Implementar a estrutura física da UTI Pediátrica e a Enfermaria Pediátrica do Hospital

Mário Pinotti em Belém. 650.000,00

Implementar a estrutura física da Unidade de U/E de Genipaúba no município de Santa

Bárbara do Pará 130.050,00

Qualificar profissionais de NS e NM da Região Metropolitana das Unidades fixas e pré-

hospitalares de U/E. 685.800,00

Qualificar profissionais em pós-técnico UTI Pediátrica na rede metropolitana 1.000.000,00

Implementar as salas de coleta de PCCU, nas unidades requalificadas 215.280,00

Implementar a estrutura física e de equipamentos do Centro de Diagnóstico Inácio Gabriel,

município de Marituba para os cânceres de mama e útero. 679.253,28

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Subprojeto QualiSUS Rede – Região Metropolitana de Belém Página 77

Implementar a estrutura física e de equipamentos da Casa da Mulher, município de Belém

para os cânceres de mama e útero. 750.000,90

Implementar a estrutura física e de equipamentos da Unidade de Referência Estadual

Materno Infantil(URE-MIA), no município de Belém para os cânceres de mama e útero. 750.000,71

Qualificar profissionais e estruturar a rede de atenção à saúde na prevenção, tratamento e

diagnóstico do câncer na Região Metropolitana de Belém 3.302.000,00

Implantar o uso da tecnologia Telessaúde nos municípios da Região Metropolitana 31.849,92

Implementar a Central de regulação no município de Benevides 58.000,00

Implementar o SISREG na Região metropolitana de Belém 95.000,00

Qualificar profissionais para implementação dos fluxos de referencia e contra referencia

para os serviços da atenção básica à atenção terciária nos municípios da região

metropolitana 50.000,00

Implantar serviço de transporte sanitário, para atender os usuários nos serviços

especializados( hemodiálise, radioterapia,quimioterapia) 1.082.000,00

Sensibilizar, qualificar gestores, gerentes , técnicos e conselheiros no entendimento e

organização das redes de atenção a saúde 430.000,00

TOTAL 18.390.673,81

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7. Referências Bibliograficas

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para Implantação dos Complexos

Reguladores. Série Pacto pela Saúde 2006 Volume 6. Brasília – DF.2006

2. Disponivel em :< www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/>acesso em abril 2012

3. Disponível em:< http://<www.ibge.gov.br/home/>acesso março 2012

4. Disponível em :<portal.saude.gov.br/portal/se/datasus/> acessoabril 2012

5. Mendes,Eugênio Vilaça. Atenção Primária a saúde no SUS, 2010.

6. REICHENHEIM, M.E., et al. Violências. Saúde no Brasil: a série The

Lancet, 2011. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2011.

7. Secretaria Executiva de Saúde Pública. Plano Estadual de Oncologia. Belém-

Pa, 2011.

8. Secretaria Executiva de Saúde Pública. Plano Estadual de Urgência e

Emergência. Belém-Pa,2011.

9. Secretaria Executiva de Saúde Pública. Plano Estadual da Rede Cegonha,

Belém-Pa,2012