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Projeto QualiSUS - Rede Subprojeto Região Metropolitana Curitiba Paraná

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Projeto QualiSUS - Rede

Subprojeto Região Metropolitana Curitiba

Paraná

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- 2 -

Carlos Alberto Richa

Governador

Michele Caputo Neto

Secretario de Estado da Saúde

René José Moreira dos Santos

Diretor Geral

Paulo Almeida

Superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde

Márcia Huçulak

Superintendente de Atenção à Saúde

Sezifredo Paz

Superintendente de Vigilância em Saúde

Pythagoras Schmidt Schroeder

Superintendente de Infraestrutura

Charles London

Diretor de Unidades Próprias

Vinícius Augusto Filipak

Diretor da Rede de Urgências e Emergências

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- 3 -

Sumário

Apresentação do Estado proponente 04

Identificação dos Municípios 05

Composição do Grupo Condutor 08

Apresentação da Região 11

Análise Situacional de Saúde 29

Gestão do Sistema Regional 78

Projetos Estruturantes 83

Qualificação da Atenção Primária à Saúde 84

Rede de Atenção Integral as Urgências no Paraná 88

Reestruturação dos sistemas de atenção especializado,

diagnóstico e terapêutico

91

Implementação de sistemas de apoio logístico integrados 92

Fortalecimento da governança regional, implementação do Decreto

7.508/2011 na região.

99

Quadro Síntese dos Custos do Projeto 101

Cronograma de Atividades 102

Anexos 105

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- 4 -

1. Apresentação do Estado Proponente.

Apresentação do proponente

Estado PARANÁ

Governador CARLOS ALBERTO RICHA

Secretario Estadual da Saúde MICHELE CAPUTO NETO

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2. Identificação dos municípios

Municípios Códigos

IBGE Prefeito Secretário de Saúde Endereço Telefones E-mail

Adrianópolis 4100202 João Manuel Panpanine Roberto Moetine

Rua Benedito Batista Dias, s/n - Centro. CEP 83.420-000 (41) 3678-1507 [email protected]

Agudos do Sul 4100301

Antonio Gonçalves da Luz Ana Harbs de Oliveira

Rua Rui Barbosa, 849 - Centro. CEP 83.850-000 (41) 3624-1129 [email protected]

Almirante Tamandaré 4100400

Vilson Rogério Goinski Luciano Bugalski

Rua Cel. João Candido de Oliveira, 161 - Centro. CEP 83.501-000 (41) 3657-2444

[email protected]

Araucária 4101804 Albanor José Ferreira Gomes

Haroldo Rodrigues Ferreira

Rua Pedro Druszcz, 111, 2º Andar - Centro. CEP 83.702-080 (41) 3614-1470

[email protected]

Balsa Nova 4102307 Osvaldo Costa Biazio Gareze Filho Avenida Brasil, 665 - Centro. CEP 83.650--000 (41) 3636-8046 [email protected]

Bocaiúva do Sul 4103107

Lucimeri de Fátima Santos Franco

Maria do Rosário Martinês

Rua Marechal Teodoro da Fonseca, s/n - Centro. CEP 83.450-000 (41) 3658-1551 [email protected]

Campina Grande do Sul 4104006

Luiz Carlos Assunção Pedro Aparecido Café

Rua Dr. João Candido, 82 - Centro. CEP 83.430-000 (41) 3672-1252

[email protected]

Campo do Tenente 4104105 Celso Winski Anita Bonamigo

Rua Maria Clara Brandão Tesserolli, 89 - Centro. CEP 83.870-000 (41) 3628-1172

[email protected]

Campo Largo 4104204 Edson Darlei Basso Chrystiane Chemin

Avenida Padre Natal Pigato, 925 - Centro Administrativo Municipal - Bloco 8 - Centro. CEP 83.607-240 (41) 3291-5182

[email protected]

Campo Magro 4104253 José Antonio Pase

Osvaldo Nelson Villasanti

Estrada do Cerne, Km 21, 2.767 - Centro - CEP 83.535-000 (41) 3677-6339 [email protected]

Cerro Azul 4105201 Dalton Luiz Moura e Costa

Sandra Mara Cavalheiro de Meira

Praça Monsenhor Celso, 68 - Centro. CEP 83.570-000 (41) 3662-1353 [email protected]

Colombo 4105805 José Antonio Camargo

Ivonne Cecília Restrepo Solano

Rua Padre Francisco Bonato, 2.000 - 2º andar - Centro. CEP 83.414-000 (41) 3675-5930

[email protected]

Contenda 4106209 Hélio Luiz Boçoen

Eliane do Rocio Cochenski

Rua Des. Lauro Lopes, s/n - Centro. CEP 83.730-000 (41) 3625-1615

[email protected]

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Municípios Códigos

IBGE Prefeito Secretário de Saúde Endereço Telefones E-mail

Curitiba 4106902 Luciano Ducci Eliane Chomatas Avenida João Qualberto, 62 - 3º andar, Torre L, Sala 307 - Centro. CEP 80.030-000 (41) 3350-9397 [email protected]

Doutor Ulysses 4128633

Pedro Jr.Anselmo de Assis

Salete Westley de Paula

Avenida São João Batista, s/n, Centro - CEP 83.590-000 (41) 3664-1218 [email protected]

Fazenda Rio Grande 4107652

Francisco Luiz dos Santos

Pedro Fernandes Cavichiolo

Rua Macedônia, 315 - Eucalipto - CEP 83.820-000 (41) 3608-1779

[email protected]

Itaperuçu 4111258 Neneu José Artigas

Sonia Maria Bonfim Jockel

Rua Alcides Gomes da Silva, 616 - Jardim Santa maria - CEP 83.560-000 (41) 3603-1193 [email protected]

Lapa 4113205 Paulo Cesar Fiattes Hildegard Weiss Sera

Alameda Davi Carneiro, 340 - Centro. CEP 83.750-000 (41) 3911-1151 [email protected]

Mandirituba 4114302 Antonio Maciel machado

Ana Elisa Peixoto do Amaral

Praça do Colono, 44 - Centro. CEP 83.800-000

(41) 3626-1122 ramal 230

[email protected]

Piên 4119103 Gilberto Dranka Ângela T. B. Grosskoff Rua Belo Horizonte, 36 - Centro. CEP 83.860-000 (41) 3632-1291 [email protected]

Pinhais 4119152 Luiz Goulart Alves Vilma Martins Serra

Rua 19 de Novembro, 416/354 - Estância Pinhais. CEP 83.323-260 (41) 3901-5702 [email protected]

Piraquara 4119509 Gabriel J. Samaha Salma Samaha Alves

Rua Angelo Calli, 66 - Centro. CEP 83.301-015 (41) 3673-3185 [email protected]

Quatro Barras 4120804

Loreno Bernardo Tolardo Julio Pererira Lopes

Avenida D. Pedro II, 110 - Centro. CEP 83.420-000 (41) 3671-8870 [email protected]

Quitandinha 4121208 Valfrido Eduardo Prado

Daniel Ely Fernandes Andrade

Rua Pedro Zomer, 301 - Centro. CEP 83.840-000 (41) 3623-1536 [email protected]

Rio Branco do Sul 4122206

Emerson Santo Stresser Marcia Lazarini

Travessa Furquim,s/n - Centro. CEP 83.540-000 (41) 3973-8075 [email protected]

Rio Negro 4122305 Alceu Ricardo Swarowski

Neusa Heuko Swarowski

Travessa Sete de Setembro, 40 - Centro. CEP 83.880-000 (47) 3642-5567 [email protected]

São José dos Pinhais 4125506 Ivan Rodrigues Irvando Luiz Carula

Visconde do Rio Branco, 2.905 - CEP 83.005-420 (41) 3381-6367

[email protected]

Tijucas do Sul 4127601 José Altair Moreira Lorena Izabel Claudino

Rua XV deNovembro, s/n - Centro. CEP 83.190-000 (41) 3629-1511

[email protected]

Tunas do Paraná 4127882

Jorge Luiz Martins Tavares

Anderson Aurélio Krépel

Rua Eros Ruppel Abdalla, s/n - Centro. CEP 83.489-000 (41) 3659-1077 [email protected]

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3. Composição do Grupo Condutor

Constituído por representantes indicados pela Secretaria de Saúde do Estado

do Paraná e das Secretarias municipais de Saúde dos municípios que compõem a

região beneficiada pelo projeto

Representantes da SESA:

Márcia Huçulak – Superintendente de Atenção à Saúde

Isaias Cantoia Luiz – Departamento de Apoio à Descentralização

José Carlos Abreu – Diretor da 2ª. Regional de Saúde

Representantes dos Municípios:

Neuza Heuko Swarowski: Secretaria Municipal de Saúde de Rio Negro –

Presidente do CRESMS Metropolitano

Ana Paula Penteado: Superintendente de Gestão da Secretaria Municipal de

Saúde de Curitiba.

Representante do Ministério da Saúde:

Janaina Rodrigues Cardoso

Kátia Yumi Uchimura

Dados do coordenador do grupo condutor do subprojeto da SES

Nome Márcia Huçulak

Cargo Superintendente de Atenção à Saúde

Matricula RG: 3.061.352- 0

Telefones 41- 3330-4418

Fax 41- 3330- 4485

E-mails [email protected]

Endereço correspondências

Rua Piquiri, 170 – Rebouças- Curitiba -PR

CEP – 80230-140

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Agenda do Grupo Condutor QualiSUS rede RMC:

Data Pauta

31 de janeiro 2012

Divisão de tarefas para construção do subprojeto QualiSUS REDE

15 de fevereiro de 2012 Reunião com MS: discussão Plano de Atividades

23 de fevereiro Primeira versão sub projeto

19 e 20 de março Reunião UGP/MS e Fundo Estadual de Saúde – Avaliação fiduciária

21e 29 de março; 5, 9, 12 e 25 de abril. Elaboração do Sub-projeto: SESA/Apoiador Local MS

27 de abril Envio sub-projeto para UGP.

04 de junho Reunião MS e Grupo Condutor Apresentação da Análise da proposta de subprojeto QualiSUS-rede

Espera-se, a partir da implantação do subprojeto, incluir os 29 municípios da

RMC nas discussões e acompanhamento da execução da proposta, no sentido de

viabilizar o monitoramento e avaliação do processo de implantação.

4. Aprovação do Projeto pela CIB Regional.

O processo de construção do sub projeto partiu da apresentação da proposta

pelo MS à SESA e SMS Curitiba. Na seqüência, em reunião da CIB Regional, os

Municípios integrantes da Região Metropolitana de Curitiba foram informados da

necessidade de elaboração de um subprojeto que contemplasse as demandas locais

com foco na estruturação das Redes de Atenção à Saúde. Foram, nesse sentido,

elencadas as ações previstas no Plano Estadual de Saúde, com destaque para as

Redes Materno-Infantil, Urgência e Emergência e Sistemas de Apoio Logísticos.

Após a formalização do Grupo Condutor Estadual, o processo de elaboração foi

compartilhado com o conjunto dos municípios da RMC, nas reuniões da CIB

Regional.

Durante a Reunião Ordinária da CIB Regional do dia 31 de janeiro de 2012,

fora apresentado o projeto QualiSUS – Redes para o conjunto de secretários

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municipais de saúde, técnicos de 2a Regional de Saúde e contando com a

participação do Grupo Condutor Estadual e dos apoiadores do Ministério da Saúde.

O projeto foi aprovado pelos membros da CIB – Regional através da

Deliberação Número 025/2012.

A CIB Regional segue o funcionamento da CIB Estadual, com reuniões

ordinárias mensais precedidas de reuniões do CRESEMS – Conselho Regional de

Secretários Municipais de Saúde. Há, também, quatro Grupos Técnicos com

atribuição de analisar e discutir temas específicos, a partir dos quais são propostos e

pactuados os projetos afetos à região: Grupo da RUE; Grupo Técnico de Atenção à

Saúde; Grupo Técnico de Gestão e Planejamento; Grupo Técnico de Promoção e

Vigilância em Saúde.

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5. Mapa da Saúde

Apresentação da Região

Também conhecida como „Grande Curitiba‟, a Região Metropolitana de

Curitiba – RMC reúne 29 municípios do Paraná em relativo processo de conurbação,

em que a extensão da capital paranaense forma com seus municípios lindeiros uma

mancha urbana contínua. Observa-se, na figura 1, que os três municípios em

destaque na cor laranja foram aqueles recentemente incorporados à região.

Figura 1

Fonte: Jornal Gazeta do Povo, 13/12/2011.

Considerada uma das maiores regiões metropolitanas brasileiras em área,

com 16.581,18 km², seu território faz fronteira com os estados de São Paulo e Santa

Catarina e parte dos municípios que a compõem são considerados pouco integrados

à RMC conforme demonstrado no mapa abaixo.

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A Região delimitada para o projeto QualiSUS-Rede, ou seja Região

Metropolitana de Curitiba – RMC corresponde ao desenho da 2ª Regional de Saúde

da SESA – Pr.

Figura 2

Fonte: SESA

Apesar de 29 municípios integrarem a região metropolitana, observam-se

grandes heterogeneidades entre os mesmos em termos de população, níveis de

renda, níveis de escolaridade, densidade habitacional, infraestrutura urbana,

equipamentos e serviços urbanos e ações oriundas de políticas públicas, o que

reflete na sua participação na dinâmica de interação diária de pessoas, produtos e

atividades.

Um dado comum, no entanto, é o elevado percentual de território com algum

grau de urbanização (92,05%), fonte IBGE do ano de 2010. Assim, um dos aspectos

mais característicos da Região são os diferentes contextos espaciais resultantes da

transformação e das tendências da base produtiva regional e estadual, cujos

recortes espaciais apresentam extremos: por um lado, concentração populacional, e

por outro, esvaziamento de habitantes. O foco dessa dinâmica é o município de

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Curitiba, que desde 1971 implementa e detalha seu Plano Diretor, configurado sobre

3 pontos: ordenamento do uso do solo, sistema viário e transporte coletivo.

É possível identificar três patamares de adensamento populacional e

deslocamentos diários na RMC.1 O primeiro, também chamado núcleo urbano

central, é formado pela cidade-polo Curitiba e outros 11 municípios (Almirante

Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro,

Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos

Pinhais). É onde se encontra o maior número de funções urbanas e o maior número

de deslocamentos diários, em volume de pessoas, compreendendo mais de 80%

dos deslocamentos de toda a Região Metropolitana.

Curitiba, tradicionalmente, polarizou o processo de ocupação na região e no

próprio Estado. Atualmente, concentra 54,9% da população da RMC – o que

equivale a 1.751.907 habitantes – e apresenta os melhores índices urbanísticos,

econômicos e socioculturais dentre os 29 municípios da sua região metropolitana,

sendo alguns aspectos os melhores no panorama da Região Sul e do Brasil, como

local de negócios e investimentos. (PMC, 2003).

O segundo patamar de adensamento e fluxo de deslocamento diário, ou

primeiro anel metropolitano, é constituído por 7 municípios (Balsa Nova, Bocaiúva do

Sul, Contenda, Itaperuçu, Mandirituba, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná) que

não mantêm continuidade física com a mancha urbana polarizada por Curitiba e nos

quais existe um nível médio de atendimento de infraestrutura e serviços públicos

urbanos. Nesse contexto, observam-se tanto „ilhas‟ de excelência quantos „ilhas‟ de

miséria. São municípios que estabelecem relações intensas com o pólo e com os

demais municípios da mancha contínua.

Já o terceiro patamar, ou segundo anel metropolitano, é formado por 7

municípios de características eminentemente rurais (Adrianópolis, Agudos do Sul,

Cerro Azul, Doutor Ulysses, Lapa, Quitandinha e Tijucas do Sul), cuja dinâmica

econômica se encontra deprimida e pouco se conecta com a que se desenvolve nos

outros dois patamares. Principalmente por essa razão vem registrando perda de

população em alguns dos municípios que o constituem.

1LIMA, C. A. Região Metropolitana de Curitiba - desafios socioambientais e de gestão rumo do desenvolvimento sustentável

. Disponível em www.cau.ufpr.br/laurb/arquivos/artigos, 01/11/2011.

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A década de 1970 constituiu-se num marco do processo de urbanização do sul

do Brasil e especialmente da metropolização nacional. Nesse período, a agricultura

tradicional paranaense transformou-se pela adoção de técnicas de cultura

mecanizada voltada ao mercado internacional, com produtos como a soja e outros.

Na seqüência e progressivamente, a renda proveniente do setor primário, que

respondia por mais de 40% do total gerado no Paraná foi superada pela produção

secundária.

Importante transformação ocorreu na década de 1990, quando se instalaram

na Região Metropolitana de Curitiba indústrias do segmento de bens duráveis,

especialmente metal mecânico, com destaque para multinacionais montadoras de

automóveis. Este fato provocou transformações diversas inclusive na estrutura de

uso e ocupação do solo, valorização dos imóveis, além de aumento nas demandas

por serviços públicos e infraestrutura ao atrair população de vários locais do país em

busca de oportunidades de emprego, especialmente população de baixa renda.

O pólo automotivo que se formou na Região foi viabilizado por iniciativa do

governo estadual através do provimento de infraestrutura e recursos como energia

elétrica, além de generosos estímulos fiscais. Em face disso, a concentração urbana

do entorno de Curitiba – o „primeiro patamar metropolitano‟ – tornou-se ainda mais

densa, reproduzindo um padrão urbano de rede com concentração em determinados

pontos.

Alterações positivas também foram registradas. A contribuição da RMC para a

geração do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, por exemplo, em 1996 era de

39,1%, passando a 41,8% em 2000 (SEFA, IPARDES, 2003). A produção industrial

que era 7,8 vezes menor que a indústria instalada na cidade de São Paulo em 1996,

no ano 2000 teve essa proporção reduzida para 5,3 vezes.2 Destacam-se ainda: o

crescimento do emprego formal, a expansão da área de ciência e tecnologia e a

agenda de acontecimentos culturais.

2 RAMOS, S. E. V. de C. & GANDARA, J. M. Metropolização e industrialização de Curitiba: as relações e os efeitos na região

metropolitana. Disponível em w.w.w.egal2009.easyplanners.info/area05/5623, 01/11/2011.

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Essas mudanças fizeram com que o município de Curitiba perdesse

participação na produção das indústrias mais dinâmicas do Estado e no valor das

exportações, porém, o que ocorreu, na verdade, foi uma mudança do seu perfil

produtivo. Após a instalação do parque automobilístico emergente, os impactos em

Curitiba passaram a ser no setor de serviços, particularmente no terciário superior,

ou seja, nos serviços de alta qualidade voltados para o setor produtivo. Curitiba

deixou de abrigar grandes investimentos industriais, que se espraiaram pela cidade-

região, e transformou-se numa prestadora de serviços especializados para a

indústria em ascensão fora de seus limites territoriais.

Como a conformação de uma cidade-região global exige, além de serviços

especializados voltados para o setor produtivo, uma gama de serviços urbanos

decorrentes do processo de expansão populacional, é possível observar o crescente

número de shopping centers (de 11 unidades, até 1995, para 21 em 2003) e

hipermercados (de 3 unidades até 1995 para 15 em 2003). Esses investimentos no

setor terciário, canalizados particularmente para a cidade de Curitiba, tendem a atrair

a renda gerada nos demais municípios da cidade-região que passam por uma

intensa reestruturação urbano-industrial. Ou seja, embora o produto gerado

nos municípios da RMC envolvidos na produção automobilística tenha aumentado

significativamente após a instalação das montadoras, parcela da renda é

direcionada aos principais centros de consumo do município de Curitiba3.

Integração

Um dos principais meios de integração entre os municípios metropolitanos é a

Rede Integrada de Transporte (RIT), que beneficia atualmente 14 municípios,

estimando-se que cerca de 500 mil pessoas sejam transportadas diariamente de

Curitiba para as cidades vizinhas e vice-versa. O Aeroporto Internacional e o

3BITTENCOURT, J. T.Perfil produtivo e dinâmica espacial da Região Metropolitana de Curitiba: uma leitura a partir do

desenvolvimento regional e das mudanças no padrão de produção.Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n. 105, p. 101-123, jul./dez. 2003

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Autódromo Internacional de Curitiba não se localizam nos limites geográficos da

capital, mas em São José dos Pinhais e Pinhais, respectivamente. O Aeroporto

integra a Grande Curitiba com cidades do Brasil e do mundo.

A RMC tem de particularidade o fato de acomodar o principal entroncamento

aéreorodoferroviário do Estado, bem como o elo de ligação ao Porto de Paranaguá.

E, por estar deitada à sombra da serra do mar, tem a necessidade de preservar as

nascentes de rios que nascem em seu seio, em especial o Rio Iguaçu, fundamentais

para o abastecimento da Região. Assim, outras questões urbanas também

demandam planejamento em conjunto, como o abastecimento de água da região

(fornecida em grande parte pelo município de Piraquara), além de assuntos como o

lixo, cuidados ambientais e atendimento social.

Figura 3: Rodovias que cruzam a RMC, interligando os municípios que a compõem.

Fonte: COMEC

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Aspectos Socioeconômicos e Demográficos

Segundo o censo demográfico IBGE 2010, a Região Metropolitana de Curitiba

possui 3.223.836 habitantes, dos quais 2.956.269 (91,7%) estão em zona urbana e

267.567 (8,3%) em zona rural. Concentra, portanto, 30,9% da população

paranaense.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA), por sua vez, é composta

por 22 Regionais de Saúde (RS), entre as quais a 2ª RS Metropolitana, cujos limites

geográficos coincidem com o conjunto dos 29 municípios que integram a RMC e que

incluem os municípios com maior (Curitiba) e menor IDH (Doutor Ulysses) do

Paraná. As diferenças demográficas são também acentuadas abrangendo desde o

município mais populoso do Estado – Curitiba – com 1.751.907 habitantes, até

municípios de pequeno porte como, por exemplo, Doutor Ulysses, com 5.727

habitantes.

A Tabela 1 apresenta a evolução da população censitária nos 29 municípios

da 2ª RS, no período de 1990 a 2010, segundo o IBGE.

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Tabela 1. População censitária, municípios da 2ª Regional de Saúde

Metropolitana e Total da RS, 1990, 2000 e 2010.

Município 1.990 2.000 2.010

Adrianópolis 9.147 7.007 6.376

Agudos do Sul 5.990 7.221 8.270

Almirante Tamandaré 63.015 88.277 103.204

Araucária 59.226 94.258 119.123

Balsa Nova 7.296 10.153 11.300

Bocaiúva do Sul 10.801 9.050 10.987

Campina Grande do Sul 18.405 34.566 38.769

Campo do Tenente 5.106 6.335 7.125

Campo Largo 70.785 92.782 112.377

Campo Magro - 20.409 24.843

Cerro Azul 20.968 16.352 16.938

Colombo 112.372 183.329 212.967

Contenda 8.805 13.241 15.891

Curitiba 1.286.527 1.587.315 1.751.907

Doutor Ulysses - 6.003 5.727

Fazenda Rio Grande - 62.877 81.675

Itaperuçu - 19.344 23.887

Lapa 39.646 41.838 44.932

Mandirituba 36.087 17.540 22.220

Piên 7.572 9.798 11.236

Pinhais - 102.985 117.008

Piraquara 103.320 72.886 93.207

Quatro Barras 9.585 16.161 19.851

Quitandinha 14.219 15.272 17.089

Rio Branco do Sul 37.654 29.341 30.650

Rio Negro 25.859 28.710 31.274

São José dos Pinhais 121.870 204.316 264.210

Tijucas do Sul 10.005 12.260 14.537

Tunas do Paraná - 3.611 6.256

RS Metropolitana 2.084.260 2.813.237 3.223.836

Fonte: IBGE, 1990, 2000 e 2010

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A leitura da Tabela 1 permite evidenciar que a população geral da 2ª RS

cresceu 54,7% no período de 1990 a 2010. Houve localidades em que o processo

de crescimento populacional foi mais intenso, como São José dos Pinhais, Campina

Grande do Sul, Quatro Barras e Araucária, com incremento superior a 100%. Outras,

no entanto, apresentaram crescimento negativo no mesmo período (Mandirituba,

Adrianópolis, Cerro Azul, Rio Branco do Sul e Piraquara).

O município com menor população da RMC é Doutor Ulysses que também

apresentou redução no número de habitantes na última década.

Entre as localidades que mais cresceram estão as que pertencem ao primeiro

patamar metropolitano e que experimentaram a expansão da produção industrial

ocorrida, com exceção de Tunas do Paraná, desmembrada de Bocaiúva do Sul em

1990, cuja população aumentou 73,2% nos últimos 10 anos.

A distribuição da população residente por sexo indica que, em 2010, 51,3%

são mulheres e 48,7% homens (Tabela2).

Tabela 2. População censitária por sexo, municípios da 2ª Regional de Saúde

Metropolitana e Total da RS, 1990, 2000 e 2010.

Sexo 1990 2000 2010

Feminino 1.063.697 1.434.438 1.654.624

Masculino 1.020.563 1.378.799 1.569.212

Total 2.084.260 2.813.237 3.223.836

Fonte: IBGE, 1990, 2000 e 2010

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Quadro 4 Dados Populacionais dos Municípios que Integram a RMC

DADOS POPULACIONAIS

População do Município ou

Região

FAIXA ETÁRIA TOTAL FEMININO MASCULINO

CRIANÇA 0 a 11 meses 44.578 21.880 22.698

1 a 4 anos 175.500 86.281 89.219 456.908 14,19%

5 a 9 anos 236.831 116.354 120.476

Sub-total

crianças

456.908 224.515 232.393

ADOLESCE

NTE

10 a 14 anos 280.190 137.316 142.874

15 a 19 anos 286.219 141.431 144.788 566.409 17.59%

Sub-total

adolescentes

566.409 278.747 287.662

ADULTO 20 a 29 anos 549.106 275.283 273.823

30 a 39 anos 500.465 255.498 244.967 1.834.945 57.00%

40 a 49 anos 452.101 233.625 218.476

50 a 59 anos 333.273 174.655 158.618

Sub-total

adultos

1.834.945 939.061 895.884

IDOSO 60 a 69 anos 205.675 108.720 96.955

70 a 79 anos 110.356 59.983 50.373 360.907 11.21%

< 80 anos 44.876 26.689 18.187

Sub-total idosos 390.907 195.393 165.514

TOTAL DA POPULACAO 3.219.170 1.637.716 1.581.454 3.219.170 100.00%

Fonte: SESA/SVS

A população feminina em idade fértil, ou seja, de 10 a 49 anos de idade, está

representada na Tabela 3.

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Tabela 3 População censitária de mulheres em idade Fértil (10 a 49 anos),

municípios da 2ª Regional de Saúde Metropolitana e Total da RS, 1990, 2000 e

2010.

Reg Saúde/Município 1990 2000 2010

Adrianópolis 2.554 2.016 1.807

Agudos do Sul 1.758 2.083 2.465

Almirante Tamandaré 20.146 29.106 34.990

Araucária 19.102 31.622 40.323

Balsa Nova 2.211 3.215 3.629

Bocaiúva do Sul 3.121 2.658 3.380

Campina Grande do Sul 5.815 11.361 13.084

Campo do Tenente 1.462 1.902 2.236

Campo Largo 22.781 30.483 37.417

Campo Magro - 6.595 8.219

Cerro Azul 6.082 4.750 5.131

Colombo 36.721 61.637 72.563

Contenda 2.742 4.148 4.938

Curitiba 445.437 551.187 584.905

Doutor Ulysses - 1.709 1.728

Fazenda Rio Grande - 20.815 27.865

Itaperuçu - 6.182 8.079

Lapa 12.133 13.230 14.046

Mandirituba 11.320 5.316 6.861

Piên 2.252 3.002 3.584

Pinhais - 35.343 39.991

Piraquara 33.707 23.020 30.134

Quatro Barras 3.017 5.357 6.605

Quitandinha 4.202 4.483 5.113

Rio Branco do Sul 11.485 9.053 10.134

Rio Negro 8.185 9.256 9.920

São José dos Pinhais 40.155 68.517 89.948

Tijucas do Sul 2.857 3.469 4.408

Tunas do Paraná - 974 1.947

RS Metropolitana 699.245 952.489 1.075.450

Fonte: IBGE, 1990, 2000 e 2010.

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Periferização: pobreza e demandas por infraestrutura e serviços urbanos

Associado ao dinamismo econômico observou-se um crescente processo de

urbanização na RMC a partir dos anos 70, em que o número de habitantes passou

de 869.837 em 1970 para 2.726.556 em 2000 (IBGE, 2001). No ano 2000, 93,9% da

população da Região concentrava-se na mancha urbana (Núcleo Urbano Central)

composta por 12 dos seus 29 municípios. A população da periferia do Primeiro

Patamar Metropolitano triplicou em apenas 30 anos, enquanto nos demais

patamares o incremento populacional foi muito reduzido.

As taxas de crescimento da população urbana da RMC, que em média

atingiam 5% a.a. nos anos 70, baixaram para valores menores que 3% a.a. nos anos

seguintes. O final dos anos 80 encerrou um período de crescimento acelerado nas

regiões metropolitanas brasileiras. Atualmente, o Paraná cresce a 1,38% a.a.;

Curitiba apresenta taxa de crescimento de 0,99% a.a. e a „Grande Curitiba‟, ou o

primeiro patamar metropolitano, excluindo-se a capital, a 1,95% a.a. (IBGE, 2010).

O processo de ocupação da periferia metropolitana, em locais sem

infraestrutura e serviços básicos e sobretudo em áreas de mananciais, denota a

impossibilidade econômico-financeira da maioria dos recém-chegados em se

estabelecer em áreas urbanas tecnicamente estruturadas e, em certos casos, até

mesmo legalmente estruturadas. Essa precarização do entorno de Curitiba passou a

ser mais efetiva nos anos 80 e 90, marcando uma etapa da história nacional que

engloba as lutas sociais por inclusão das camadas mais pobres, tanto nas áreas

urbanas quanto no campo. No contexto interno paranaense verificou-se que grande

parte da população da periferia de Curitiba é oriunda de movimentos migratórios de

âmbito estadual.

Em Curitiba, a proporção de 12,46% dos domicílios têm chefes de família com

renda de até 1 salário mínimo, ou aproximadamente US$ 80,00 por mês, o que

justifica a existência de locais com favelas e sub-habitações na cidade. No entanto,

essa proporção sobe para 50% ou mais nos municípios mais distantes do polo.

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Na RMC, outros indicadores demonstram a precariedade de vida da maioria

da população que reside em municípios vizinhos à capital, sendo que, quanto mais

distante, piores são as condições de renda, índices de alfabetização, infraestrutura e

condições das moradias (IBGE, Censo Demográfico, 2000). Em Curitiba, 9% da

população possui renda abaixo de 0,5 salário mínimo, ou seja, se encaixam na

classificação de „pobres‟, enquanto nos demais municípios do Primeiro Patamar

Metropolitano a proporção de „pobres‟ é de 47%.

Quadro 1 Percentual de Pessoas Segundo Renda Per Capita nos Municípios da 2ª RS

Município % de pessoas com renda per capita,

abaixo de R$75,50 - 1991

% de pessoas com renda per

capta, abaixo de R$75,50 -2000

Curitiba 9,34 9,06

Pinhais 15,95 14,56

São José dos Pinhais 19,12 15,43

Colombo 20,93 18,76

Piraquara 21,39 24,9

Araucária 24,75 18,72

Campo Largo 25,31 18,05

Campo Magro 25,55 21,67

Quatro Barras 25,88 22

Almirante Tamandaré 25,9 25,29

Fazenda Rio Grande 31,66 21,58

Campina Grande do Sul 32,9 23,51

Rio Negro 33,01 22,52

Piên 38,6 30,95

Mandirituba 41,08 30,67

Balsa Nova 43,23 24,69

Lapa 47,54 36,97

Bocaiúva do Sul 48,33 35,3

Contenda 48,35 31,07

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Tijucas do Sul 49,05 38,96

Rio Branco do Sul 49,76 35,44

Agudos do Sul 50,02 45,9

Itaperuçu 56,47 41,15

Adrianópolis 59,72 55,48

Quitandinha 60,25 48,53

Campo do Tenente 60,79 44,6

Tunas do Paraná 63,13 52,21

Cerro Azul 71,09 60,64

Doutor Ulysses 72,36 68,62

Média da 2 RS do Paraná 40,4 32,32

Média do Paraná 51,01 34,98

Fonte IBGE: 2009

Quadro 2 Taxa de Alfabetização nos Municípios da 2ª RS

Município Taxa de Alfabetização 1991 Taxa de alfabetização 2000

Tunas do Paraná 56,71 71,91

Cerro Azul 63,11 75,52

Doutor Ulysses 64,64 75,8

Adrianópolis 66,74 74,09

Itaperuçu 72,23 84,18

Rio Branco do Sul 73,84 83,26

Bocaiúva do Sul 75,71 86,57

Campo do Tenente 79,6 86,08

Quitandinha 80,45 88,46

Agudos do Sul 81 87,12

Tijucas do Sul 81,28 86,68

Almirante Tamandaré 83,39 89,94

Campo Magro, 84,17 90,3

Mandirituba 84,36 89,75

Campina Grande do Sul 84,9 92,19

Piraquara 86,85 91,39

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Lapa 87 91,43

Campo Largo 87,77 93,25

Colombo 87,95 92,78

Quatro Barras 88,27 92,85

Balsa Nova 88,31 92,7

Contenda 88,78 92,5

Fazenda Rio Grande 89,41 92,79

Piên 89,65 93,49

Pinhais 89,77 94,16

Araucária 90,5 94,22

São José dos Pinhais 90,61 94,31

Rio Negro 91,72 94,91

Curitiba 94,51 96,63

Alfabetização média da 2 R S do

Paraná 82,18 88,6

Média de Alfabetização no Paraná 79,05 85,16

Fonte IBGE/IPARDES – caderno de Informações Municipais

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela

Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma

determinada população. Os critérios utilizados para calcular o IDH são:

- Grau de escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e expectativa

de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada.

- Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capta, baseada na paridade de poder de

compra dos habitantes. Esse item tinha por base o PIB (Produto Interno Bruto) per

capta, no entanto, a partir de 2010, ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta

(RNB) per capta, que avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB, no

entanto, a RNB também considera os recursos financeiros oriundos do exterior.

- Nível de saúde: baseia-se na expectativa de vida da população; reflete as

condições de saúde e dos serviços de saneamento ambiental.

O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1,

maior o IDH de um local.

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De acordo com dados divulgados em novembro de 2010 pela ONU, o Brasil

apresenta IDH de 0,699, valor considerado alto, atualmente ocupa o 73° lugar no

ranking mundial. A cada ano o país tem conseguido elevar o seu IDH, fatores como

aumento da expectativa de vida da população e taxa de alfabetização estão

diretamente associados a esse progresso.

No entanto, existem grandes disparidades sociais e econômicas no Brasil. As

diferenças socioeconômicas entre os estados brasileiros são tão grandes que o país

apresenta realidades distintas em seu território, e se torna irônico classificar o país

com alto Índice de Desenvolvimento Humano.

No estado do Paraná, em especial na Região Metropolitana de Curitiba,

conforme podemos verificar no quadro abaixo, 12 municípios apresentam

indicadores abaixo da média do estado para 2010, muito embora tenham melhorado

na última década, com destaque para os municípios de Doutor Ulysses, Cerro Azul,

Tunas do Paraná, Campo do Tenente e Itaperuçu que apresentam IDH abaixo de

0,7.

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Quadro 3 IDH nos Municípios da 2ª RS

Município Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal, 1991

Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal, 2000

Doutor Ulysses 0,55 0,63

Cerro Azul 0,57 0,68

Tunas do Paraná 0,58 0,69

Campo do tenente 0,59 0,69

Itaperuçu 0,61 0,68

Quitandinha 0,61 0,72

Adrianópolis 0,61 0,68

Rio Branco do Sul 0,63 0,7

Agudos do Sul 0,63 0,71

Bocaiúva do Sul 0,64 0,72

Tijucas do Sul 0,65 0,72

Almirante Tamandaré 0,67 0,73

Piên 0,67 0,75

Lapa 0,68 0,75

Mandirituba 0,68 0,76

Contenda 0,68 0,76

Campo Magro 0,68 0,74

Colombo 0,69 0,76

Campina Grande do Sul 0,7 0,76

Quatro Barras 0,7 0,77

Piraquara 0,71 0,74

Balsa Nova 0,71 0,78

Rio Negro 0,71 0,8

Campo Largo 0,71 0,77

Araucária 0,72 0,8

Fazenda Rio Grande 0,72 0,76

Pinhais 0,73 0,82

São José dos Pinhais 0,73 O,80

Curitiba 0,8 0,86

IDH Médio da 2 RS do Paraná 0,67 0,74

IDH Médio do Estado Ano 1991 Ano 2000

Paraná 0,66 0,74

Fonte: IBGE/ IPARDES 2010

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Tabela 4. Perfil da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) – Indicadores.

INDICADORES

INFORMAÇÃO FONTE DATA ESTATÍSTICA

Grau de Urbanização IBGE 2010 92,05 %

Taxa de Crescimento

Geométrico IBGE 2010 1,38 %

PIB Per Capita IBGE/IPARDES 2008 22.954 R$ 1,00

Índice de Idosos IBGE/IPARDES 2010 28,42 %

Razão de Dependência IBGE/IPARDES 2010 40,96 %

Razão de Sexo IBGE/IPARDES 2010 94,74 %

Coeficiente de Mortalidade

Infantil SESA 2010 10,31 mil NV (P)

Pessoas em Situação de

Pobreza (2) 4

IBGE/IPARDES 2000 430.228

Famílias em Situação de

Pobreza (2) IBGE/IPARDES 2000 110.569

Tabela 5. Perfil da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) – Infraestrutura.

INFRAESTRUTURA

INFORMAÇÃO FONTE DATA ESTATÍSTICA

Abastecimento de Água SANEPAR 2011 1.090.677 unid. atend.

(3)

Atendimento de Esgoto SANEPAR 2011 803.171 unid. atend.

(3)

Consumo de

EnergiaElétrica - Total COPEL 2010 8.604.776 mwh

Consumidores de

EnergiaElétrica - Total COPEL 2010 1.164.654

(3) Unidades (economías) atendidas é todo imóvel (casa,apartamento, loja, prédio, etc)

Fonte: IPARDES, Perfil das Regiões, 2011

4Pessoas em situação de pobreza é a população calculada em função da renda familiar per capita de até 1/2 salário mínimo. Os dados referentes à Situação de Pobreza são provenientes dos microdados do Censo Demográfico (IBGE) e das Tabulações especiais feitas pelo Ipardes.

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O número de domicílios particulares permanentes na Região Metropolitana de

Curitiba (IBGE 2010) é de 1.116.612, destes 1.090.677 tem abastecimento de água

(SANEPAR 2011), correspondendo a 97,68% do total de domicílios da região. Por

outro lado, o atendimento de esgoto na RMC é fornecido apenas para 803.171

domicílios (SANEPAR 2011), correspondendo a 71,93% do total de domicílios.

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) teve a menor taxa de desemprego

do país em 2011, segundo IBGE e Ipardes. Em dezembro de 2011, a taxa marcou

3% da População Economicamente Ativa (PEA) da RM Curitiba. Na média anual, a

taxa ficou em 3,7%, inferior à média das capitas pesquisadas (6%) e também a

menor da série histórica, segundo o anúncio oficial. (IBGE 2011)

Análise Situacional de Saúde – Região Metropolitana de Curitiba

A Região Metropolitana de Curitiba – RMC, é o local onde será desenvolvido o

Projeto QualiSUS - rede. Evidencia-se um progresso considerável em alguns

aspectos das condições de saúde da população e do sistema de saúde, em franco

contraste com a estagnação ou mesmo deterioração de outros indicadores. Muitos

desafios permanecem frente às disparidades socioeconômicas e regionais,

sinalizando que ainda é necessário avançar para melhorar a condição de vida de

grande parte da população da RMC. Novos problemas de saúde emergem como

resultado da urbanização e de mudanças sociais, econômicas e ambientais,

enquanto outros, antigos, permanecem, sem adequado enfrentamento.

Como decorrência das desigualdades sociais, historicamente construídas, elas

se concretizam na deficiência do acesso e na configuração inadequada das ações e

serviços em geral e especificamente na saúde. Os determinantes estruturais

resultam em distintos perfis epidemiológicos e padrões de consumo de bens e

serviços, conforme as condições de vida dos grupos populacionais. Tais diferenças

se expressam também por meio de indicadores gerais de condições de vida, além

dos indicadores de saúde. (Luiz, 2009)

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Saúde e qualidade de vida são dois temas estreitamente relacionados, fato

que podemos reconhecer no nosso cotidiano e com o qual pesquisadores e

cientistas concordam inteiramente. Isto é, a saúde contribui para melhorar a

qualidade de vida e esta é fundamental para que um indivíduo ou uma comunidade

tenha saúde. A saúde é amplamente reconhecida como o maior e o melhor recurso

para o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma das mais

importantes dimensões da qualidade de vida. (Buss, 2003).

O perfil epidemiológico de saúde-doença do Paraná tem apontado, nos

últimos anos, para a permanência das doenças transmissíveis com importante papel

no cenário de morbimortalidade, com a coexistência e crescimento acelerado das

doenças não transmissíveis associado aos agravos por causas externas. Também,

caracteriza-se pelo perfil de envelhecimento acelerado da pirâmide etária, quando

comparado aos outros Estados da Federação, além do aumento da população idosa

e baixa taxa de fecundidade, com constante queda da taxa de natalidade entre os

paranaenses. (SVS/DEVE/PES-2012-2015)

Considerações sobre os dados demográficos censitários. Paraná, 2000 e

2010.

Fonte: IBGE 2010

0 a 4 anos

10 a 14 anos

20 a 24 anos

30 a 34 anos

40 a 44 anos

50 a 54 anos

60 a 64 anos

70 a 74 anos

80 anos e …

2000

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 a 64 anos

65 a 69 anos

70 a 74 anos

75 a 79 anos

80 anos e mais

2010

Feminino

Masculino

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Mortalidade Infantil

A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) indica o número de óbitos de nascidos

vivos, durante os primeiros 365 dias de vida, para cada mil nascidos vivos. Permite

estimar o risco de uma criança morrer no seu primeiro ano de vida, em região

geográfica determinada. Reflete, genericamente, as condições de desenvolvimento

socioeconômico e de infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade

dos recursos disponíveis para a atenção à saúde materna e infantil. Outros

aspectos podem refletir na redução da TMI como o declínio da fecundidade e o

efeito de intervenções públicas em saúde, saneamento, educação da mãe, etc.

Gráfico 1

Fonte: SESA/DEVE/CEPMI/PR. *2009 a 2011 - Dados preliminares

Mortalidade Infantil – Análise por Município

A análise por município, no entanto, revela diferenças significativas entre as

localidades que compõem a 2ª Regional de Saúde (RS) Metropolitana. Adrianópolis

destaca-se pela redução significativa da TMI que, no ano de 2007, era de

37,38/1.000, passando a 10,31 em 2008 e 10,64 em 2009 e, sem registros de óbitos

nos dois últimos anos da série. Agudos do Sul não registrou óbitos infantis em 2010,

contudo teve três óbitos em 2011. Cabe salientar que municípios pequenos em que

o número de nascimentos é muito inferior a 1.000 por ano , estes , tendem a

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apresentar TMI elevadas diante de um número absoluto pequeno de óbitos infantis e

o aumento de apenas um caso pode expressar um impacto relevante na respectiva

taxa. Em face disso, a maior parte dos municípios da 2ª RS apresenta TMI oscilante.

Dados de 2010 (preliminares) indicam TMI de um dígito nos seguintes

municípios da RS Metropolitana: Quitandinha (6,37), Almirante Tamandaré (7,58),

Curitiba (9,11) e Quatro Barras (9,40). No município de Rio Negro, entretanto, o

registro foi de 33,08/1.000 em 2010.

Quanto ao coeficiente de mortalidade infantil perinatal que estima o risco de

um feto nascer sem qualquer vida ou, nascendo vivo, morrer na primeira semana, o

valor registrado no Estado em 2007 foi inferior ao registrado em 2008, cujo

resultado foi, por sua vez, menor que o registrado em 2006, indicando tendência

geral declinante.

O período perinatal inicia em 22 semanas completas de gestação e termina

aos sete dias completos após o nascimento. Inclui, portanto, os óbitos fetais e os

ocorridos no período neonatal precoce. Os fatores que influenciam este indicador

estão relacionados à gestação e ao parto, bem como ao acesso a serviços de

saúde e qualidade da assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido.

Quando a análise dos indicadores é aprofundada na 2ª RS, nota-se que o

maior número de óbitos infantis ocorre no período perinatal e neonatal precoce, ou

seja, do nascimento até o sétimo dia de vida (Gráfico 2), indicando a necessidade de

aprofundar a investigação acerca das causas dessas mortes, provavelmente na sua

maioria ligadas a aspectos assistenciais.

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33

Gráfico 2

Fonte: SESA/DEVE/CEPMI/PR.

Os municípios de Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Campo do Tenente e Tunas

do Paraná registram os resultados mais altos de mortalidade neonatal no período de

2007 a 2009, os dois últimos, inclusive, com registros progressivamente maiores.

O Gráfico 3 mostra que as taxas de mortalidade infantil pós neonatal (TMP),

ou seja, de óbitos ocorridos após 28 até 364 dias de vida, são, em regra, menores

que as anteriormente mencionadas. Destacam-se Bocaiúva do Sul e Rio Branco do

Sul, Adrianópolis, Balsa Nova, Dr. Ulisses, Mandirituba e Tunas com TMP

superiores às médias regional e estadual no período de 2007 a 2009.

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34

Gráfico 3

Fonte SESA/DEVE/CEPMI/PR

Em geral, estudos sobre as investigações dos óbitos infantis ocorridos

indicam a persistência de fragilidades na qualidade da atenção à saúde no pré-

natal, parto e puerpério, bem como na atenção ao recém-nascido, mais

especificamente aquelas relacionadas ao atendimento ambulatorial e hospitalar,

que continuam desafiando os gestores do SUS. É necessário, todavia, aprofundar

essas análises, especialmente nas regiões que concentram os óbitos de menores

de um ano, procurando identificar de forma pormenorizada as causas relacionadas

aos eventos para a adoção de medidas que consigam promover a melhoria dos

indicadores.

Além disso, é preciso ter clareza de que o enfrentamento da mortalidade

infantil é complexo e exige o aprimoramento das ações de acompanhamento e

controle das gestantes e recém-nascidos; a atenção de planejamento familiar, pré-

natal, parto e puerpério; o acompanhamento contínuo do binômio “mãe-filho” após o

nascimento; a rede de serviços de saúde, ambulatorial e hospitalar, incorporando

práticas humanizadas durante o parto, além da capacitação permanente dos

profissionais envolvidos na atenção obstétrica e neonatal.

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Em relação aos indicadores de mortalidade infantil, os resultados alcançados

pelo Paraná nos últimos anos são positivos, levando a crer que as estratégias

colocadas em prática para o enfrentamento dos óbitos maternos e de menores de 1

ano têm sido exitosas. No entanto, ainda são verificadas regiões cujas curvas

desses indicadores são oscilantes ou ascendentes, demandando aprofundamento

das investigações e concentração de esforços no sentido de revertê-las.

Mortalidade Materna

Em relação aos óbitos maternos, definidos no CID-10 como a morte de uma

mulher durante a gestação ou até 42 dias após o seu término, independentemente

da duração ou localização da gravidez, em razão de qualquer causa relacionada

com ou agravada por este estado fisiológico ou por medidas a ele relacionadas,

porém não devida a causas acidentais ou incidentais, o Paraná registra redução,

porém, muito menos significativa quando comparada à redução da mortalidade

infantil.

O Pacto de Redução de Mortalidade Materna, do qual o Paraná é signatário,

define como meta o declínio destas taxas em aproximadamente 75% até o ano de

2015, a partir da referência de 1990. Isto significa uma Razão de Mortalidade

Materna (RMM) de 39,84/100.000 NV.

Fonte: SESA/SVS/DEVE/Comitê Estadual de Mortalidade Materna Paraná. E DATASUS. 2006, 2007, 2008 e 2009 - dados preliminares. (*) 2009 – dados até 01/10. Fonte: SESA/SVS/DEVE/SIM/SINASC/SIMI/CEPMI Paraná.

(*) 2006, 2007, 2008 e 2009 (Jun/2009) - dados preliminares.

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Gráfico 4

Fonte: SESA/SVS/DEVE/DVIEP/SIM/SINASC, Comitê Estadual de Mortalidade Materna Paraná e DATASUS.

(*) 2006 a 2009 – dados preliminares. 2010 dados até outubro.

Historicamente, observa-se que a RMM tem decrescido no Estado, conforme

mostra o Gráfico 4, porém com menor intensidade e regularidade do que a TMI. No

período de 1994 à 2007 o indicador variou de 91,30 (1.994) a 57,90 (2.007) mortes a

cada 100.000 NV, indicando redução de 36,58%. A partir de 2008, o que se vê é o

aumento da RMM, especialmente em 2009, quando sofreu o impacto dos óbitos de

gestantes vítimas da Influenza A (H1N1). Neste ano foram registrados 114 óbitos

maternos, dos quais 22 por H1N1. Excluindo-se tais óbitos do cálculo da RMM, o

resultado de 2009 seria 61,68/100.000 NV, ainda superior aos resultados registrados

nos anos anteriores.

Sabe-se que a RMM reflete a qualidade de atenção à saúde da mulher e que

taxas elevadas estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde,

desde o planejamento familiar e assistência pré-natal, até a assistência ao parto e

puerpério.

Informações regionalizadas acerca do indicador revelam regiões com RMM

de tendência divergente da média estadual declinante. A 2ª RS Metropolitana tem

desempenho semelhante ao estadual.

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Gráfico 5

O Gráfico 5 apresenta as RMM registradas nos municípios da 2ª Regional de

Saúde com mais de 80.000 habitantes, nos anos de 2009 e 2010. Almirante

Tamandaré e Pinhais destacam-se com os registros mais altos e Curitiba apresenta

aumento do indicador no biênio em questão, diferentemente do que se vê na média

regional. Bocaiúva do Sul e Lapa não registraram óbitos maternos nesse período.

É importante lembrar que as reduções da mortalidade maternas e infantis são

processos lentos e gradativos em razão do grande número de variáveis que neles

interferem. Outro aspecto é a qualidade da coleta de dados em face do

fortalecimento das investigações dos óbitos que podem promover redução da

subnotificação e, no primeiro momento, aumento do número de casos, com

tendência posterior à estabilização e/ou diminuição.

Assim, a análise das informações sobre tais indicadores deve ser criteriosa,

mediante o cruzamento com outras variáveis que os influenciam, com a finalidade

de identificar as causas dos óbitos, obtendo fundamentos para a escolha ou

adequação das estratégias de enfrentamento da mortalidade materno-infantil no

Estado, especialmente em regiões com indicadores acima da média estadual.

Fonte: SESA/DEVE/CEPMI/PR. *Dados preliminares.

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Investigação de Óbitos Infantis e em Mulheres de Idade Fértil

Os casos Óbitos Infantis e os suspeitos de Mortalidade Materna, ou seja, os

óbitos em mulheres em idade fértil, são considerados eventos de investigação

obrigatória respectivamente pelas Portarias Nº 72 de 11 de Janeiro de 2010 e Nº

1119 de 05 de Junho de 2008, registrados no Sistema de Informação de

Mortalidade (SIM/PR). A investigação de óbitos infantis e de mulheres em idade

fértil constitui-se, portanto, em ação fundamental para o conhecimento da

causalidade e possível evitabilidade dessas mortes e proposição de intervenções

oportunas e adequadas para o seu enfrentamento.

Os percentuais de investigação de óbitos de mulheres em idade fértil nos

municípios da 2ª Regional de Saúde Metropolitana e a média regional, no ano de

2010, estão sistematizados na Tabela 6.

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Tabela 6. % de óbitos em mulheres em idade fértil por causas presumíveis

investigadas, municípios da 2ª RS Metropolitana e Paraná, 2010.

Municípios 2.010

Investigad

o

Percentua

l

Adrianópolis 3 1 33,33

Agudos do Sul 1 0 0,00

Almirante Tamandaré 44 24 54,55

Araucária 59 54 91,53

Balsa Nova 3 1 33,33

Bocaiúva do Sul 4 2 50,00

Campina Grande do Sul 12 9 75,00

Campo do Tenente 0 0 -

Campo Largo 34 31 91,18

Campo Magro 10 6 60,00

Cerro Azul 7 3 42,86

Colombo 104 73 70,19

Contenda 6 6 100,00

Curitiba 514 475 92,41

Doutor Ulysses 2 1 50,00

Fazenda Rio Grande 48 25 52,08

Itaperuçu 16 12 75,00

Lapa 16 6 37,50

Mandirituba 7 1 14,29

Pien 4 3 75,00

Pinhais 57 33 57,89

Piraquara 55 35 63,64

Quatro Barras 13 4 30,77

Quitandinha 4 1 25,00

Rio Branco do Sul 11 7 63,64

Rio Negro 17 10 58,82

São José dos Pinhais 92 46 50,00

Tijucas do Sul 4 2 50,00

Tunas do Paraná 3 1 33,33

RS Metropolitana 1.150 872 75,83

Total Paraná 3.729 2.721 72,97

Fonte: SESA/SVS/DEVE/DVIEP/SIM/SINASC dezembro 2011

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Como pode se observar a 2ª RS atinge 75,83% de investigação dos casos de

óbitos de mulheres em idade fértil, uma média semelhante a do Estado (72,97%), no

entanto 13 dos 28 municípios notificantes conseguiram investigar apenas metade

das ocorrências, e municípios como Agudos do Sul, Mandirituba e Quitandinha,

sequer investigaram 30% dos casos registrados, gerando um fator de instabilidade

quanto à realidade dos índices da RMM apontados na 2ª RS Metropolitana e destes

municípios, uma vez que ao se concluir as investigações dos casos de óbitos de

mulheres em idade fértil, pode-se vir a constatar novos casos de mortalidade

materna.

A falta de acompanhamento e investigação das ocorrências dos óbitos de

mulheres em idade fértil, pode gerar subregistro dos óbitos maternos e prejudicar a

implementação de ações preventivas para evitabilidade de novas ocorrências.

(Tabela 5)

Óbitos com Causa Básica Definida

Segundo Teixeira, 2006, a proporção de óbitos de causa mal definida ou

causa ignorada, entre todos os óbitos ocorridos, tem sido o indicador mais utilizado

para avaliar a qualidade da informação sobre causa de morte. Elevada proporção de

óbitos de causa mal definida indica que os dados são de qualidade duvidosa, além

de subestimar outras causas de morte. No entanto, um valor reduzido para este

indicador não significa, necessariamente, boa qualidade da informação. Óbito de

causa mal definida ou de causa ignorada é aquele em que as causas de morte não

foram definidas na Declaração de Óbito (DO) porque o falecido não teve assistência

médica suficiente para identificar a causa do óbito, ou chegou já em óbito à unidade

de saúde, ou, ainda, porque o atestante omitiu informações.

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O estado do Paraná, em 2010 teve 94,2% e em 2011 teve 95,7% de causas

de óbitos definidas, seguindo a tendência nacional de queda na taxa de causa base

de óbito mal definida (em 2010 15,8% e 2011 14,3%), no entanto a 2ª RS ainda

apresenta municípios com altos índices, conforme demonstra a tabela abaixo:

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Tabela 7 - Óbitos na 2ª RS com causa base mal definida, Paraná- 2010.

ÓBITOS SEGUNDO A DEFINIÇÃO DA 2ª REGIONAL DE SAÚDE, ANO DE 2010

RS Resid 02 Bem defin % Mal defin % Total

Adrianópolis 43 86,0 7 14,0 50

Agudos do Sul 36 76,6 11 23,4 47

Almirante Tamandaré 628 93,5 44 6,5 672

Araucária 671 94,2 41 5,8 712

Balsa Nova 91 94,8 5 5,2 96

Bocaiúva do Sul 56 91,8 5 8,2 61

Campina Grande do Sul 241 96,8 8 3,2 249

Campo do Tenente 29 87,9 4 12,1 33

Campo Largo 622 88,9 78 11,1 700

Campo Magro 132 83,0 27 17,0 159

Cerro Azul 100 84,0 19 16,0 119

Colombo 1168 86,8 178 13,2 1346

Contenda 96 86,5 15 13,5 111

Curitiba 9949 99,2 82 0,8 10031

Doutor Ulysses 17 60,7 11 39,3 28

Fazenda Rio Grande 435 91,0 43 9,0 478

Itaperuçu 139 88,5 18 11,5 157

Lapa 291 87,7 41 12,3 332

Mandirituba 137 87,3 20 12,7 157

Pien 58 98,3 1 1,7 59

Pinhais 719 90,6 75 9,4 794

Piraquara 545 90,8 55 9,2 600

Quatro Barras 118 94,4 7 5,6 125

Quitandinha 103 89,6 12 10,4 115

Rio Branco do Sul 186 80,2 46 19,8 232

Rio Negro 172 80,4 42 19,6 214

São José dos Pinhais 1358 86,6 210 13,4 1568

Tijucas do Sul 106 92,2 9 7,8 115

Tunas do Paraná 34 85,0 6 15,0 40

Total 18280 94,2 1120 5,8 19400

NOTA: Estão incluídas as causas externas como bem definidas.

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FONTE: SESA/DEVE/DVIEP ( Nelson Nazareno ) Em 19/3/2012

Na 2ª RS Metropolitana, dos 29 municípios pertencentes, 17 destacam-se por

apresentar no ano de 2010 taxas de causa de óbito mal definida acima de 10%,

como por exemplo os municípios de Agudos do Sul com 23,4% e Dr. Ulisses com

39,3% de todas as causas de óbitos registradas classificadas como mal definidas.

Este indicador pode indicar questões relacionadas a acesso da população a

assistência de saúde, a qualidade e eficiência da assistência de saúde ofertada,

bem como ao preparo, capacitação e qualificação da equipe de saúde. Torna-se

necessário empreender esforço adicional na reclassificação das causas dos óbitos

mal definidos. O melhor conhecimento dos fatores associados às causas de óbito

permite um melhor planejamento em saúde, subsidiando ações direcionadas à

melhoria da qualidade de vida e saúde da população.

Saúde da Criança

O parto pré termo (gestação abaixo de 37 semanas) e o baixo peso ao nascer

são importantes causas de morbidade e mortalidade perinatal e infantil.

O baixo peso ao nascer, isoladamente, pode estar relacionado a fatores

socioeconômicos (nutrição, saneamento, hábitos de higiene e sexuais, condições e

trabalho, assistência perinatal, etc). No Paraná, conforme série histórica de 2006 a

2011 é observado que, do total de nascidos vivos, 8,45% nasceram com baixo

peso, ou seja, com peso inferior a 2500g. Na 2ª RS Metropolitana, a taxa é

minimamente superior, apresenta-se em 8,47% na mesma série histórica, contudo,

ao se analisar o grupo de adolescentes, ou seja, recém nascidos (RN) filhos de

mães entre 10 a 19 anos da 2ª RS, a taxa de RN de baixo peso é acrescida de

quase um ponto percentual, passando a 9,46% nesta faixa etária. Tal evidência

corrobora para a relação de baixo peso ao nascer com condições sociais e

econômicas em que a gestante está inserida, uma vez que dados comprovam que a

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gestação na adolescência mantém

estreita relação com as mesmas questões. Tal fator contribui para aumentar a

demanda orçamentária na saúde, visto que há

necessidade de manutenção de assistência especializada em Unidades de Terapia

Intensiva Neonatal devidamente equipadas, medicamentos de alto custo, além de

quantitativo de profissionais especializados que nem sempre se consegue

interiorizar no Estado. Medidas de prevenção focadas para este público alvo são de

extrema relevância, uma vez que os dados apontam para a possibilidade de

prevenção destes eventos.

Outro fator a ser considerado nas crianças com baixo peso ao nascer, se

relaciona a magnitude que tem na determinação da morte infantil, pois no estado do

Paraná representou no período em questão, 60,14% do total de óbitos fetais e

infantis abaixo de 1 ano. Na 2ª RS Metropolitana representou 62,25% dos óbitos em

menores de 1 ano. Na análise também foi observado que estas taxas encontram-se

acima de 70% nos municípios de Campo do Tenente, Campo Largo e Araucária,

indicando a necessidade de intervenções voltadas para a prevenção destas

ocorrências, com ações de atenção à saúde e de caráter sócio educativas atuando

com multi e interdisciplinaridade. É importante ressaltar que nesta análise não foi

considerada a idade gestacional nem a viabilidade destes RN‟s, sendo que foi

utilizado o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC), que registra todos

os nascidos vivos. A questão requer estudos mais aprofundados, com adoção de

novos mecanismos de coleta de informações que permitam relacionar o baixo peso

ao nascer e viabilidade dos RNs, especialmente em se tratando de pré maturos.

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Quadro 4. Freqüência de Óbito em < de 1 Ano na 2ª RS, no período de 2006 à 2011,

Paraná.

Freqüência por Ano do Óbito em < de 1 Ano segundo RS Resid 02

RS Resid 02 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Total

Óbito Bx

Peso

Total

Óbito < 1

Ano

% Óbito

em < I Ano

Bx Peso

02. Reg. Saúde Metropolitana 315 342 373 331 386 351 2098 3370 62,26

Adrianópolis 0 1 1 0 0 0 2 7 28,57

Agudos do Sul 1 1 0 1 0 1 4 10 40,00

Almirante Tamandaré 10 17 15 11 9 17 79 141 56,03

Araucária 13 9 22 18 16 24 102 144 70,83

Balsa Nova 5 2 0 1 3 2 13 21 61,90

Bocaiúva do Sul 0 4 3 1 2 2 12 28 42,86

Campina Grande do Sul 3 3 9 2 13 2 32 54 59,26

Campo do Tenente 1 0 3 1 1 1 7 9 77,78

Campo Largo 13 15 13 17 19 23 100 140 71,43

Campo Magro 3 2 3 2 4 7 21 37 56,76

Cerro Azul 3 2 1 2 3 2 13 32 40,63

Colombo 27 19 33 35 32 19 165 286 57,69

Contenda 1 3 1 2 3 2 12 19 63,16

Curitiba 162 178 165 146 168 156 975 1440 67,71

Doutor Ulysses 0 1 0 0 0 0 1 9 11,11

Fazenda Rio Grande 7 7 10 7 12 13 56 97 57,73

Itaperuçu 4 1 2 0 7 1 15 40 37,50

Lapa 4 9 6 8 7 7 41 77 53,25

Mandirituba 2 0 2 5 4 0 13 29 44,83

Pien 1 1 1 1 2 1 7 10 70,00

Pinhais 19 11 10 18 16 13 87 144 60,42

Piraquara 10 8 13 7 14 7 59 102 57,84

Quatro Barras 0 3 3 2 3 0 11 24 45,83

Quitandinha 0 0 3 1 0 2 6 12 50,00

Rio Branco do Sul 2 7 8 1 3 2 23 52 44,23

Rio Negro 1 8 4 4 6 1 24 43 55,81

São José dos Pinhais 22 28 40 32 34 46 202 325 62,15

Tijucas do Sul 1 0 0 4 3 0 8 15 53,33

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Tunas do Paraná 0 2 2 2 2 0 8 23 34,78

Fonte: SINASC/SVS – 21/03/2012

Gráfico 6 Taxa de Mortalidade Infantil, Neonatal Precoce, Neonatal Tardia e Pós

Neonatal no Paraná de 1999 a 2010

(Fonte: SESA/SVS/DEVE/DVIEP/SINASC 2006 a 2011, dados preliminares).

Tal fator contribui, para aumentar a demanda orçamentária na saúde, visto

que, há necessidade de manutenção de assistência especializada em Unidades de

Terapia Intensiva Neonatal devidamente equipadas, medicamentos de alto custo,

além de quantitativo de profissionais especializados que nem sempre se consegue

interiorizar. Medidas de prevenção focadas para este público alvo são de extrema

relevância, uma vez que os dados apontam para a prevenibilidade da maioria destes

eventos.

Sífilis Congênita

A taxa de sífilis congênita no Paraná está na média estadual, em torno de

12/1.000. Já na 2ª Regional de Saúde Metropolitana a TMI registrada em 2010 foi de

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

TMP 6,64 6,65 5,96 5,2 5,48 4,95 4,43 4,34 4,13 3,89 3,73 3,31

TMN tardia 2,37 2,38 2,29 2,64 2,45 2,49 2,45 2,28 2,2 2,05 2,14 2

TMN precoce 10,52 10,37 9,15 8,88 8,54 7,96 7,55 7,39 6,91 7,17 6,67 6,78

0

10

20

30

40

50

Taxa de Mortalidade Infantil (TMI), Neonatal Precoce, Neonatal Tardia e Pós -Neonatal (TMP), Paraná, 199 a 2010*.

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47

11,47/1.000 nascidos vivos (Gráfico 6),

inferior, portanto, à média paranaense. O número de casos confirmados de sífilis

congênita vem apresentando aumento no Paraná, com grande concentração de

casos na 2ª RS Metropolitana. O Gráfico 8 apresenta os resultados registrados no

período de 2000 a 2010 e a tendência linear referente à RS.

Gráfico 7.Municípios da 2 ª RSM com maior número de casos confirmados de

Sífilis Congênita RMC , 2000 a 2010

Municípios da 2ª RS Metropolitana com o maior número de casos confirmados de sífilis

congênita, 2000 a 2010.

0

10

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30

40

50

60

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Curitiba

Almirante Tamandaré

Colombo

Pinhais

Piraquara

Gráfico 8 Casos confirmados de Sífilis Congênita, 2 ª RSM e Paraná, 2000 a 2010

Fonte: SINANW e SINANNET/DVDST-AIDS/SVS/SESA-PR

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48

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01

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20

09

20

10

Casos confirmados de sífilis congênita, 2ª RS Metropolitana e Paraná, 2000 a 2010.

Paraná RS Metropolitana Linear (RS Metropolitana)

Embora as taxas de sífilis congênita não sejam consideradas altas no Estado,

o aumento de sua incidência pode indicar problemas na atenção pré-natal que

incluem desde a captação tardia das gestantes para o acompanhamento da

Fonte SESA/CEPMI/PR * 2009 a 2010 Dados

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gestação, como também problemas

com a qualidade da atenção dispensada às mesmas nesse período.

Saúde do Adolescente

A adolescência, período compreendido entre 10 a 19 anos, leva a diversas

mudanças físicas e psicológicas. Este grupo constitui 1/3 da população mundial e

estima-se que em torno de 20% de todos os nascidos vivos no Brasil (2006) sejam

filhos de mães adolescentes. Apesar da gravidez na adolescência ocorrer em todos

os níveis sociais, a maior incidência ocorre nas populações de baixa renda.

A gestação na adolescência, no Estado do Paraná, segundo série histórica

analisada de 2006 a 2011, representou 19,7% dos nascimentos.

Na 2ª RS Metropolitana, no mesmo período, a gestação na adolescência foi de

17,95% de todas as gestações. Entre os anos de 2010 e 2011 representou

respectivamente 16,78% e 16,19%, sendo que o município de Fazenda Rio Grande

teve índices acima de 30% de gestações na adolescência. Cabe ressaltar, que

mesmo índices considerados baixos, por estarem inferiores ao do Estado do Paraná,

são significantes para cidades com populações de baixo índice demográfico, ou de

baixa natalidade (Tabela 8).

Os partos prematuros são aqueles em que as crianças nascem com menos de

37 semanas e no Paraná representaram em média 6,7% do total de partos

realizados no período de 2006 a 2011, sendo que destes, 39% foram por terminação

vaginal e 61% por cesáreas e, entre todos os partos prematuros ocorridos no

Estado, 21% são em adolescentes. Na 2ª RS Metropolitana, os partos prematuros

representaram 7,02% na mesma série histórica, e destes 18,58% são entre as

adolescentes. Analisando a mesma série histórica, do total de partos realizados na

2ª RS Metropolitana, a média geral de partos por terminação vaginal tem sido de

52,33% e de cesarianas de 47,62%. Também na 2ª RS, entre as adolescentes a

taxa de partos normais por terminação vaginal é de 67,31% e de cesarianas de

32,65%. Salienta-se que os entre partos prematuros na 2ª RS Metropolitana 36,39%

são por terminação vaginal e 63,61% são cesarianos. Ou seja, quando o parto é

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prematuro, a chance de nascer por

cesariana quase que dobra, o que pode sugerir problemas na atenção durante o pré

natal e na vinculação ao parto, podendo indicar realização de cesarianas precoces,

com risco de morte materna e infantil (Fonte:

SESA/SVS/DEVE/DVIEP/SINASC*2006 a 2011, dados preliminares).

Tabela 8 - Proporção de Partos em Menores de 15 anos e entre 15 à 19 anos. Paraná

2010 e 2011.

RS Resid 02

Partos em mães com menos de 15

anos

Partos em mães com idade de 15 a 19

anos

Data: 13/12/2011 2010 2011 2010 2011

Nº Absoluto %

Absoluto %

Absoluto %

Absoluto %

02. Reg. Saúde

Metropolitana 345 100 274 100 8328 100 7038 100

Adrianópolis 1 0,29 1 0,36 24 0,29 10 0,14

Agudos do Sul 2 0,58 2 0,73 28 0,34 18 0,26

Almirante Tamandaré 15 4,35 19 6,93 441 5,30 366 5,20

Araucária 15 4,35 11 4,01 382 4,59 375 5,33

Balsa Nova 2 0,58 0 0,00 27 0,32 27 0,38

Bocaiúva do Sul 1 0,29 2 0,73 29 0,35 27 0,38

Campina Grande do Sul 5 1,45 6 2,19 161 1,93 126 1,79

Campo do Tenente 3 0,87 2 0,73 24 0,29 26 0,37

Campo Largo 4 1,16 11 4,01 301 3,61 247 3,51

Campo Magro 3 0,87 3 1,09 91 1,09 78 1,11

Cerro Azul 8 2,32 3 1,09 37 0,44 40 0,57

Colombo 37 10,72 29 10,58 759 9,11 600 8,53

Contenda 3 0,87 0 0,00 33 0,40 35 0,50

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Curitiba 128 37,10 93 33,94 3472 41,69 2971 42,21

Fazenda Rio Grande 14 4,06 15 5,47 317 3,81 285 4,05

Itaperuçu 10 2,90 9 3,28 116 1,39 111 1,58

Lapa 6 1,74 2 0,73 129 1,55 91 1,29

Mandirituba 4 1,16 10 3,65 77 0,92 71 1,01

Pien 2 0,58 0 0,00 31 0,37 17 0,24

Pinhais 9 2,61 8 2,92 332 3,99 260 3,69

Piraquara 19 5,51 10 3,65 362 4,35 231 3,28

Quatro Barras 2 0,58 0 0,00 64 0,77 46 0,65

Quitandinha 2 0,58 2 0,73 25 0,30 41 0,58

Rio Branco do Sul 11 3,19 6 2,19 147 1,77 143 2,03

Rio Negro 2 0,58 1 0,36 75 0,90 64 0,91

São José dos Pinhais 27 7,83 23 8,39 757 9,09 657 9,34

Tijucas do Sul 5 1,45 1 0,36 37 0,44 33 0,47

Tunas do Paraná 4 1,16 4 1,46 42 0,50 31 0,44

Doutor Ulysses 1 0,29 1 0,36 8 0,10 11 0,16

Total 345 100,00 274 100,00 8328 7038 100,00

TOTAL DE PARTOS NO

PARANÁ E

CORRESPONDENTE %

POR ANO NAS FAIXAS

ETÁRIAS ANALISADAS 49626 0,70 43474 0,63 49626 16,78 43474 16,19

Fonte: SINASC/SVS/DEVE

Saúde da Mulher

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O Brasil tem uma das maiores taxas de cesáreas do mundo, porém a mesma

não se distribui de forma homogênea em todo o país, verificando-se regiões com

índices mais elevados que a média nacional, como é o caso do Paraná, que

registrou, em 2010, taxa de cesárea de 58,42%. Esses patamares são muito

superiores ao preconizado pela OMS que é de 10% e nunca superior a 15%.

Estudos afirmam que partos operatórios sem indicação clínica constituem um

problema para a saúde pública. Este tipo de parto, também aumenta o risco de

morbidade e mortalidade materna e perinatal. Sendo assim, a cesariana só deveria

ser empregada em situações que realmente pudessem resultar em melhores

condições de saúde para mãe e/ou bebê, pois como qualquer procedimento

cirúrgico, não está isenta de riscos.

Na 2ª RS Metropolitana, cerca de 45,42% do total de gestantes são

primíparas. Destas, 55,7% realizaram partos por terminação cesárea em 2010. A

análise, por município, entretanto, revela percentuais que variam de 41,38% em

Bocaiúva do Sul a 63,19% em Campina Grande do Sul.

Além disso, verifica-se que as ações para reverter esta situação, até o

presente momento, não têm sido efetivas, pois o registro desta prática abusiva, na

sua maioria realizada sem justificativas clínicas ou sem evidências de que seria a

melhor escolha, é crescente no período de 2006 a 2010, passando de 54,64% para

58,42%, e refletindo a qualidade de assistência prestada à gestante.

Partindo-se do pressuposto de que o uso indiscriminado desse tipo de parto

está associado a maiores índices de prematuridade, maiores dificuldades em realizar

o aleitamento materno, recuperação pós-parto mais lenta, maior consumo de

recursos do sistema de saúde, faz-se necessário estabelecer um novo modelo de

atenção à mulher gestante no Paraná.

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Gráfico 9 Proporção de partos

normais em relação ao total de partos realizados por municípios da Regional de

Saúde Metropolitana, 2006 a 2010.

Fonte: SVS/SESA-PR em 27/10/2011

Gráfico 10 Proporção de partos cesáreos em primíparas, por municípios da Regional de

Saúde Metropolitana, 2006 a 2010.

Fonte: SVS/SESA-PR em 27/10/2011

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Condições Sensíveis a APS

As elevadas taxas de internações por condições sensíveis a atenção primária

indicam problemas de acesso aos serviços de saúde ou do próprio desempenho do

serviço prestado.

O excesso de hospitalizações por diabetes, hipertensão e doenças

respiratórias agudas na Região Metropolitana de Curitiba poderá ser reduzido ou

sua freqüência diminuída, com a implementação de uma atenção primária à saúde

de qualidade.

A taxa de incidência de aids em menores de 5 anos podem ser reduzidas de

modo significativo através de adoção de medidas de prevenção de abrangência da

atenção primária. O acompanhamento adequado da gestante soropositiva no pré-

natal, parto e puerpério poderá reduzir a incidência de aids, em filhos gerados por

estas gestantes, para 0,02%.

Gráfico 11 Taxa de Internações por diabetes mellitus e suas complicações/10.000

habs na faixa etária de 30 a 59 anos e suas complicações

Fonte: Ministério da Saúde – DATASUS (2007 – 2012).

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O Diabetes Mellitus é considerado uma epidemia mundial agravada pelo

crescimento e envelhecimento da população, a urbanização, a obesidade e o

sedentarismo. Segundo a OMS, 800 mil pessoas morrem ao ano por diabetes, no

entanto, este dado pode ser subestimado. Esta patologia pode trazer complicações

crônicas graves para a saúde do portador se não tratado adequadamente e,

conseqüentemente, atingir a família, a comunidade e a sociedade, uma vez que os

indivíduos acometidos podem se tornar dependentes e até mesmo incapazes de

desenvolver atividades simples diárias ou de trabalho.

No Paraná, a exemplo dos dados mundiais, a taxa de internação por Diabetes

e suas complicações é crescente, conforme se observa no gráfico a seguir. A

avaliação por Regional de Saúde indica que, na série histórica 2007 a 2011, a 2ª

Regional de Saúde - Metropolitana vem mantendo a taxa de internação por DM e

suas complicações.

Quadro 5 Taxa de internação por diabetes mellitus e suas complicações, Regional de Saúde

Metropolitana, Paraná., 2007 a 2011*

Regionais de Saúde 2007 2008 2009 2010 2011*

02RS Metropolitana 4,01 3,82 4,26 4,67 3,84

PR 7,90 8,04 8,16 8,43 6,66

*2011 dados preliminares até a competência dezembro.

Data de atualização da base de dados: 02/2012.

Fonte: Ministério da Saúde - Datasus (2007-2010).

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Gráfico 12 Taxa de Internações por

Acidente Vascular Cerebral (AVC) /10.000 habitantes na faixa etária de 30 a 59 anos

Fonte: Ministério da Saúde – DATASUS (2007 – 2012).

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um problema grave de saúde pública

no Brasil e no mundo, Constitui um dos mais importantes fatores de risco para o

desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo

responsável por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular cerebral, 25%

das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o diabetes, 50%

dos casos de insuficiência renal terminal.

Por ser, na maior parte do seu curso, assintomática, implica em dificuldade de

diagnóstico precoce e em baixa adesão por parte do paciente ao tratamento

prescrito.

Assim como a taxa de internação por Diabetes e suas complicações, no

Paraná o coeficiente de internação por Acidente Vascular Cerebral (AVC), a exemplo

dos dados mundiais, é crescente, conforme se observa no gráfico abaixo. A 2ª

Regional de Saúde - Metropolitana vêm apresentando manutenção da taxa de

internações por AVC.

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Quadro 6 Taxa de internação por acidente

vascular cerebral, Regional de Saúde Metropolitana, Paraná., 2007 a 2011*

Reg Saúde/Município 2007 2008 2009 2010 2011*

02RS Metropolitana 4,13 4,36 5,17 5,31 4,46

PR 7,71 7,47 7,82 8,15 7,08

*2011 dados preliminares até a competência dezembro.

Data de atualização da base de dados: 02/2012.

Fonte: Ministério da Saúde - Datasus (2007-2010).

Entende-se que com novas abordagens e ações com base na promoção da

saúde e prevenção dos fatores de risco, a tendência começará a sofrer declinação

na taxa de internação.

Quadro 7 Demonstrativo do número de nascidos vivos, nascidos vivos com mais de 7

consultas de pré-natal, percentual de cobertura por 7 ou mais consultas de pré natal,

numero de partos hospitalares e percentual de partos hospitalares na 2 RS no ano de 2011.

Mun RS Res PR Nascidos vivos 7e+ consultas % 7 e + consultas Partos hospitalares % de partos hospitalares

Adrianópolis 65 45 69,23 64 98,46

Agudos do Sul 102 75 73,53 98 96,08

Almirante Tamandaré 1849 1207 65,28 1837 99,35

Araucária 2233 1936 86,70 2229 99,82

Balsa Nova 164 118 71,95 164 100

Bocaiúva do Sul 131 91 69,47 131 100

Campina Grande do Sul 704 458 65,06 702 99,72

Campo do Tenente 116 103 88,79 101 87,07

Campo Largo 1590 1243 78,18 1585 99,69

Campo Magro 445 361 81,12 444 99,78

Cerro Azul 194 125 64,43 192 98,97

Colombo 3600 2677 74,36 3591 99,75

Contenda 189 152 80,42 168

88,89

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Curitiba 24779 22117 89,26 24692 99,65

Doutor Ulysses 64 39 60,94 64 100

Fazenda Rio Grande 1550 1234 79,61 1546 99,74

Itaperuçu 496 307 61,90 496 100

Lapa 575 515 89,57 147 25,57

Mandirituba 407 311 76,41 407 100

Pien 149 117 78,52 148 99,33

Pinhais 1859 1341 72,14 1859 100

Piraquara 1465 851 58,09 1460 99,66

Quatro Barras 306 239 78,10 304 99,35

Quitandinha 215 168 78,14 215 100

Rio Branco do Sul 556 359 64,57 553 99,46

Rio Negro 341 320 93,84 340 99,71

São José dos Pinhais 4425 3396 76,75 4415 99,77

Tijucas do Sul 205 168 81,95 204 99,51

Tunas do Paraná 150 108 72,00 147 98

Total 48924 40181 82,13 48303 98,73

Fonte:SESA/SVS/DEVE/DVIEP/VEOMI/SINAS Dados preliminares em 27/02/2012

Na RS Metropolitana os percentuais de gestantes com mais de 7 consultas no

pré-natal, em 2011, são superiores a 80%, na média regional. As diferenças

observadas entre os municípios que a compõem estão sistematizadas no gráfico

acima.

A atenção primária estruturada/qualificada na RMC irá propiciar a captação

precoce destas gestantes e conseqüente realização de pré-natal adequado.

O percentual de partos hospitalares, 98,73% do número de nascidos vivos na

RMS, está de acordo com a recomendação do MS que preconiza que os mesmos

sejam realizados nos hospitais para garantir uma melhor assistência à gestante e ao

bebê.

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Atenção Primária à Saúde

A Atenção Primária caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no

âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a

prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção

da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na

situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes

de saúde das coletividades.

É realizada por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão,

democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a

populações de territórios bem delimitados, pelos quais assume a responsabilidade

sanitária, considerando a dinâmica existente no território em que vivem essas

populações.

A Atenção Primária deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal

porta de entrada e centro de comunicação da rede de atenção à saúde. O Decreto

nº 7.508 de 2011 que regulamenta a Lei 8.080 define que “o acesso universal,

igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas portas de entrada

do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada”. Assim, a Atenção

Primária deve cumprir algumas funções para contribuir com o funcionamento das

redes de atenção à saúde, como: ser base, ser resolutiva, coordenar o cuidado e

ordenar as redes.

A Atenção Primária em Saúde vem se organizando, cada vez mais como

ponto central do SUS, com a proposta de constituir-se tanto como ordenadora dos

sistemas locorregionais de saúde, quanto como eixo estruturante de muitos

programas e projetos no âmbito federal e estadual. É incontestável a verificação de

que sistemas orientados pela APS apresentam resultados positivos no que se refere

a uma melhor qualidade de saúde da população, tanto relativo à equidade e

eficiência, como concernente à continuidade da atenção e satisfação da população

(ALMEIDA,GIOVANELLA,2008).

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60

Conforme podemos observar

na Tabela 9 abaixo, considerando os dados do Ministério da Saúde, em novembro

de 2011, a 2ª Regional de Saúde conta com 343 Centros de Saúde / Unidades

Básicas de Saúde e 58 Postos de Saúde (Tabwin-CNES) e, em fevereiro de 2012, a

2ª Regional de Saúde contava com um contingente de 2484 Agentes Comunitários

de Saúde atuando nos 29 municípios, sendo que 28 municípios possuíam Equipes

de Saúde da Família implantadas e 26 municípios com Equipes de Saúde Bucal

implantadas.

Visando apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de

serviços e ampliar a abrangência e escopo das ações da Atenção Primária, o MS

criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família- NASF (Portaria GM/MS nº 154/2008)

para atuar diretamente no apoio matricial às equipes de saúde da família. Dados de

fevereiro de 2012 mostram que o Paraná conta com 76 NASF implantados em 33

municípios. A RMC conta com 21 NASF cadastrados, distribuídos em 05

municípios, dos quais 16 estão implantados no município de Curitiba. Destes 19 são

NASF I e 02 NASF

Outra estratégia de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde é a equipe de

Consultório na Rua, que desempenha suas atividades in loco, de forma itinerante,

desenvolvendo ações compartilhadas e integradas às Unidades Básicas de Saúde

(UBS) e, quando necessário, também com as equipes dos Centros de Atenção

Psicossocial (CAPS), dos serviços de Urgência e Emergência e de outros pontos de

atenção, de acordo com a necessidade do usuário. Atualmente, na 2ª Regional de

Saúde, somente o município de Curitiba conta com Consultório na Rua.

Em relação à Saúde Bucal, segundo dados do Departamento de Atenção

Básica/MS, a 2ª Regional de Saúde contava, em fevereiro de 2012, com 273

equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família.

Outro Programa que visa a melhoria da APS, é o programa Nacional de

Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), que visa induzir a

instituição ao desenvolvimento de processos que ampliem a capacidade das gestões

federal, estaduais e municipais, além das Equipes de Atenção Básica em ofertarem

serviços que assegurem maior acesso e qualidade, de acordo com as necessidades

da população. Na 2ª Regional de Saúde, foram homologados 48 Unidades Básicas

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de Saúde em 11 municípios e 197 Equipes de Saúde da Família / Equipe de Saúde

Bucal em 23 municípios, sendo que 04 municípios não aderiram ao PMAQ.

O Programa Academia da Saúde tem como principal objetivo contribuir para

a promoção da saúde da população a partir da implantação de polos com

infraestrutura, equipamentos e quadro de pessoal qualificado para a orientação de

práticas corporais e atividade física e de lazer e modos de vida saudáveis, sendo

que na 2ª RS foram homologados 14 pólos em 13 municípios. Em relação, ao

Programa Saúde na Escola - PSE, que é um programa interministerial, entre os

Ministérios da Saúde e da Educação, que constitui estratégia para a integração e a

articulação permanente entre as políticas e ações de educação e de saúde, com a

participação da comunidade escolar envolvendo as equipes de saúde da família, a

2ª Regional de Saúde conta com 57 equipes de saúde da família em 7 municípios

que contratualizaram o PSE.

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Tabela 9 Atenção Primária à Saude / RMC

UF

Município Pop. 2010

Agentes Comunitários

de Saúde

Equipe de Saúde da Família

Equipe de

Saúde Bucal

Implantados

% cobert

ura pop.

estimada

Implantado

s

% cobertur

a pop. estimad

a

Implantada

s

Nasf1

Nasf2

Eacs SB_M

1

Eacs SB_M

2

PMAQ UBS

PMAQ ESF/E

SB PSE

ACADEMIA SAÚD

E

CONSULTÓRIO RUA

PR

ADRIANÓPOLIS 6.376 14 100,00 3 100,00 3 0 0 0 0 0 2 0 0 0

PR

AGUDOS DO SUL 8.27 15 100,00 3 100,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

PR

ALMIRANTE TAMANDAR

É 103.204 31 17,27 4 13,37 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0

PR

ARAUCÁRIA 119.123 112 54,06 14 40,55 16 0 2 0 2 0 5 0 0 0

PR

BALSA NOVA 11.3 19 96,68 0 0,00 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

PR

BOCAIÚVA DO SUL 10.987 24 100,00 3 94,20 3 0 0 0 0 0 2 0 1 0

PR

CAMPINA GRANDE DO SUL 38.769 53 78,61 7 62,29 6 0 0 0 0 0 3 6 0 0

PR

CAMPO DO TENENTE 7.125 16 100,00 3 100,00 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0

PR

CAMPO LARGO 112.377 104 53,21 20 61,40 17 0 0 0 0 2 9 0 0 0

PR

CAMPO MAGRO 24.843 37 85,64 6 83,32 3 1 0 0 0 1 2 0 1 0

PR

CERRO AZUL 16.938 41 100,00 6 100,00 4 0 0 0 0 1 2 0 1 0

PR COLOMBO 212.967 169 45,63 25 40,50 10 0 0 0 0 0 5 12 0 0

PR CONTENDA 15.891 30 100,00 3 65,13 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

PR CURITIBA 1.751.907 998 32,76 171 33,67 149 16 0 0 2 19 137 28 0 1

PR

DOUTOR ULYSSES 5.727 14 100,00 2 100,00 2 0 0 0 0 0 2 2 1 0

PR

FAZENDA RIO

GRANDE 81.675 104 73,22 16 67,58 9 1 0 0 0 2 3 0 1 0

PR

ITAPERUÇU 23.887 52 100,00 5 72,22 3 0 0 0 0 1 1 0 1 0

PR LAPA 44.932 49 62,71 5 38,39 3 0 0 1 0 2 1 0 0 0

PR

MANDIRITUBA 22.22 28 72,46 4 62,11 3 0 0 0 0 0 3 0 1 0

PR PIÊN 11.236 27 100,00 3 92,11 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0

PR PINHAIS 117.008 77 37,84 11 32,43 0 1 0 0 0 12 0 0 2 0

PR

PIRAQUARA 93.207 45 27,76 8 29,61 8 0 0 0 0 0 4 0 0 0

PR

QUATRO BARRAS 19.851 48 100,00 6 100,00 4 0 0 0 0 0 4 0 1 0

PR

QUITANDINHA 17.089 40 100,00 4 80,75 4 0 0 0 0 0 2 0 1 0

PR

RIO BRANCO DO SUL 30.65 61 100,00 6 67,54 5 0 0 0 0 0 3 0 0 0

PR RIO NEGRO 31.274 46 84,58 4 44,13 4 0 0 0 0 0 1 0 0 0

PR

SÃO JOSÉ DOS

PINHAIS 264.21 189 41,13 23 30,03 4 0 0 0 0 4 1 5 1 0

PR

TIJUCAS DO SUL 14.537 26 100,00 4 94,93 3 0 0 0 0 0 2 0 1 0

PR

TUNAS DO PARANÁ 6.256 15 100,00 3 100,00 3 0 0 0 0 0 2 3 1 0

Total 1.135.279 2484 372 273 19 2 1 4 48 197 57 14 1

Fonte: MS/SAS/DAB e IBGE.

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63

A população cadastrada pela ESF no período de 2000 a 2011 aumentou

gradativamente no Estado do Paraná, de 14,87% passando a 54,51% em 2011. Esta

tendência também ocorreu na área de abrangência do projeto.

Gráfico 13 Proporção de cobertura populacional pela ESF, Paraná, 2000-2011

Proporção de cobertura populacional pela ESF, Paraná, 2000-2011* Fonte: Sistema de Informação da Atenção Básica/Datasus/Ministério da Saúde (2000-2010)

Coberturas e homogeneidade vacinais dos municípios da 2ª Regional de

Saúde

Avaliando-se as coberturas vacinais de 2010 para BCG, poliomielite, hepatite

B, tetravalente (DTP+Hib) em menores de 1 ano, e tríplice viral (VTV) em 1 ano de

idade, observa-se que os índices alcançados atendem as recomendações do

Programa Nacional de Imunizações/MS, preconizado em 95%. Em relação a vacina

rotavírus, há dificuldade em alcançar o índice de cobertura vacinal preconizado de

95%, devido ao esquema vacinal ter idade fixa para a administração da 1ª e 2ª

doses, fazendo com que muitas crianças percam a oportunidade de iniciar ou

completar a vacinação. A cobertura vacinal da febre amarela está muito abaixo do

preconizado, que é 100%, em decorrência de Curitiba ser o único município do

Paraná que não implantou esta vacina no calendário recomendado para as crianças

menores de 1 ano de idade (Tabela 10 e Gráfico 14).

Proporção de cobertura populacional pela ESF,

Paraná, 2000-2011*

0

10

20

30

40

50

60

%

PR 14,87 28,20 32,42 41,99 40,80 45,25 48,18 49,64 51,30 51,97 56,60 54,51

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011*

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Tabela 10 – Coberturas e homogenenidades vacinais de BCG, Hepatite B,

Poliomielite, Tetravalente, Rotavírus, Febre amarela, Meningocócica C e

Pneumocócica 10 val. em menores de 1 ano de idade e VTV em 1 ano de idade, nos

municípios da 2ª Regional de Saúde, Paraná, 2010.

MUNICÍPIO BCG HEP B

POLIO

MIELITE

TETRA

VALENTE

ROTA

VÍRUS FA MEN.C PN 10 VTV

Adrianópolis 109,57 127,66 127,66 128,72 121,28 107,45 0 38,3 142,55

Agudos do Sul 150,94 117,92 152,83 162,26 120,75 136,79 38,68 74,53 122,64

Almirante Tamandaré 100,11 94,49 96,51 99,49 73,78 68,66 0,56 12,61 85,14

Araucária 97,41 105,47 104,43 104,43 95,32 70,15 2,04 10,7 101,74

Balsa Nova 108,81 103,14 108,18 114,47 84,91 89,31 1,89 10,06 105,66

Bocaiúva do Sul 105,11 90,34 95,45 102,27 94,89 73,86 0 15,34 88,64

Campina Grande do Sul 110,45 79,53 79,94 80,64 84,68 81,75 1,95 17,55 99,3

Campo do Tenente 65,04 111,38 104,88 105,69 103,25 82,11 0 37,4 96,75

Campo Largo 101,49 90,08 91,15 91,21 85,42 62,04 0,54 11,12 85,24

Campo Magro 116,06 87,05 89,64 98,19 85,72 91,97 2,59 13,73 98,19

Cerro Azul 66,41 81,85 92,66 96,53 76,45 82,24 0 16,6 99,23

Colombo 122,02 102,21 101,63 101,57 80,9 82,17 4,58 14,39 97

Contenda 118,32 109,95 103,66 102,09 96,86 65,97 1,57 3,66 95,29

Curitiba 102,76 97,02 98,21 97,66 91,55 1,42 12,93 55,04 94,57

Fazenda Rio Grande 136,13 97,39 103,54 103,69 87,93 18,83 0,61 5 101,15

Itaperuçu 119,32 103,64 97,73 97,73 80 117,73 0 0,68 106,36

Lapa 78,31 79,43 84,21 104,78 70,02 59,01 1,28 13,4 78,79

Mandirituba 102,64 88,56 86,8 94,43 90,91 62,46 0 0 88,86

Pien 122,14 159,29 192,14 192,86 175 119,29 2,14 14,29 172,14

Pinhais 121,73 118,85 105,32 105,16 92,74 104,16 6,1 16,19 121,84

Piraquara 121,51 101,26 104,68 104,68 107,05 86,66 2,79 15,85 121,79

Quatro Barras 126 113,33 113,33 114 113,33 90 4,33 52,67 108,67

Quitandinha 75,6 126,32 124,4 201,44 102,87 82,78 2,87 14,35 125,36

Rio Branco do Sul 100 103,07 105,12 134,47 73,89 58,02 0,85 26,45 87,37

Rio Negro 113 122,46 117,97 148,7 109,22 91,73 7,8 6,38 102,36

São José dos Pinhais 102,54 85,77 94,46 94,35 83 69,99 6,34 17,69 84,87

Tijucas do Sul 96,15 111,54 113,46 113,46 89,42 86,54 3,85 24,52 100

Tunas do Paraná 140,38 155,77 155,13 155,13 146,79 136,54 0 1,28 150

Doutor Ulysses 117,19 182,81 156,25 162,5 82,81 117,19 0 20,31 151,56

TOTAL 2ª RS 106,19 97,98 99,34 100,61 89,76 37,52 8,29 35,36 96,37

HOMOGENEIDADE 86,2 68,9 75,8 86,2 37,9 25,1 * * 72,4

Fonte: SI-API

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65

Gráfico 14 – Coberturas vacinais em menores de 1 ano de idade, nos municípios da 2ª

Regional de Saúde. Paraná, 2010.

0

50

100

150

200

250

co

be

rtu

ra v

acin

al (%

)

BCG HEP B POLIOMIELITE TETRAVALENTE ROTAVÍRUS FEBRE AMARELA MENINGO C PNEUMO 10

Fonte: SI-API

Embora a Regional de Saúde apresente boas coberturas vacinais, quando se

analisa a homogeneidade, isto é, o número de municípios que atingiram a cobertura

vacinal preconizada, observa-se que somente para as vacinas VTV, BCG,

poliomielite e tetravalente (DTP+Hib) o índice de 70% foi alcançado. Esclarecemos

ainda que as vacinas meningocócica c conjugada e a pneumocócica conjugada 10

valente foram implantadas no decorrer de 2010, portanto não apresentam índices

satisfatórios de cobertura vacinal (Tabela 1).

Vale ressaltar que, em 2010, a vacina tetravalente (DTP+Hib) apresenta

cobertura vacinal de 100,61%, com homogeneidade de 86,2% (Tabela 10).

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66

Para que a Atenção Primária à Saúde - APS assuma de fato seu papel no

sistema de saúde – de resolver grande parte dos problemas de saúde da população,

coordenar o cuidado dos usuários e responsabilizar-se pelos resultados sanitários de

uma determinada população, é necessário à criação de mecanismos de apoio para

sua ampliação e consolidação e, ações de reorientação das práticas profissionais

voltadas à formação e qualificação das equipes de saúde.

O APSUS – Qualificação da Atenção Primária à Saúde no Paraná, institui

uma nova lógica para a organização da APS, estreitando as relações entre o Estado

e os Municípios, fortalecendo a capacidade de gestão e qualificando o cuidado, na

perspectiva da implantação das Redes de Atenção à Saúde. Tem como objetivos:

Ordenar os processos de trabalho das Equipes de Atenção Primária à Saúde que

atuem ou não com a estratégia Saúde da Família.

Organizar as ações de saúde e os fluxos nas Unidades Básicas de Saúde, com

base na consolidação de territórios sanitários adstritos às equipes de APS.

Instrumentalizar equipes locais e municipais com vistas às práticas da Vigilância

em Saúde, com base na epidemiologia clínica e social.

Implantar as Redes de Atenção à Saúde (RAS) em todas as regiões do Estado,

como enfoque prioritário às redes: Mãe Paranaense (materno-infantil), de

Urgência e Emergência, de Saúde Mental, de Atenção a Pessoa Idosa, e de

Atenção à Pessoa com Deficiência (Pcd).

Mudar o modelo de atenção à saúde centrado nas condições agudas, para o

modelo de atenção as condições agudas e crônicas, promovendo o trabalho em

equipe, a gestão da clínica, a gestão do caso, e as tecnologias de promoção do

autocuidado apoiado.

Promover e implementar ações de Promoção da Saúde nas equipes de APS, e

as ações intersetoriais, com vistas ao enfrentamento dos Determinantes Sociais

da Saúde.

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Atenção Ambulatorial e Hospitalar

A região metropolitana de Curitiba dispõe de serviços de atenção de

ambulatorial e hospitalar especializada nas diversas áreas da atenção a saúde,

neurologia e neurocirurgia, traumato ortopedia, cirurgia cardíaca e vascular,

endovascular, cardiologia intervencionista, UTI adulto, pediátrica e Neonatal,

serviços de urgência e emergência e gestação de alto risco, leitos de atenção em

saúde mental, com 11 CAPS AD, 9 CAPS I, e 10 CAPS II. São 20 ambulatórios de

Saúde Mental. Dispõe ainda de serviços de Cirurgia bariátrica, e ambulatórios em

todas as especialidades médicas.

Esses serviços são referencia para os 29 municípios da RMC e também para

a macrorregião que envolve outras 7 regiões de saúde, litoral, Ponta Grossa, Irati,

Guarapuava, Telêmaco Borba, União da Vitória e Pato Branco. A oferta desses

serviços é regulada pela Central Metropolitana de consultas, exames e Leitos.

Uma das dificuldades identificadas pelos gestores municipais e estadual é o

absenteísmo nas consultas e exames agendados que chega a 30% dos

agendamentos. Além disso, há dificuldades de se organizar de forma adequada o

sistema para dar respostas às necessidades da população pela ausência de um

sistema de classificação de risco nas urgências.

Atualmente, o município de Curitiba dispõe de um sistema de regulação do

SAMU que atende além do município de Curitiba, São José dos Pinhais e Campo

Largo, e tem capacidade para incorporar novos municípios na regulação do SAMU,

contudo essa capacidade se limita a mais 6 ou 7 municípios.

A capacidade instalada de leitos para a RMC está abaixo do necessário,

entretanto esta em curso um projeto de expansão do número de leitos, que nos

próximos dois anos atenderá as necessidades da região.

O detalhamento da Rede de Urgência e Emergência consta no anexo 2.

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68

Disponibilidade de Leitos, Fluxo e Freqüência de Internações e procedimentos

ambulatoriais especializados.

Quadro 8 Leitos hospitalares por município da RMC, fevereiro de 2012.

Município

Leitos Gerais UTI Adulto UTI Infantil UTI Neonatal UCI

existente SUS existente SUS existente SUS existente SUS existente SUS

Almirante Tamandaré 45 35

Araucária 93 83 9 9 3 3 5 5 3 3

Balsa Nova 7 7

Bocaiúva do Sul 14 14

Campina Grande do Sul 310 253 44 44 10 10 4 0 1 1

Campo do Tenente 10 10

Campo Largo 360 335 79 57 25 23 48 42

Cerro Azul 26 26

Colombo 119 109

Contenda 13 13

Curitiba 6340 3650 435 179 61 47 108 66 68 65

Fazenda Rio Grande 32 32

Itaperuçu 49 49 1 1

Lapa 116 116

Mandirituba 50 50

Pinhais 313 300

Piraquara 713 677

Quitandinha 25 25

Rio Branco do Sul 55 55

Rio Negro 84 66

São José dos Pinhais 257 206 20 17 16 6

Tijucas do Sul 21 21

Tunas do Paraná 6 6

Total 9058 6138 587 306 99 83 181 119 73 70

Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do

Brasil - CNES

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Tabela 10 Número de leitos obstétricos totais e por estabelecimento de saúde, RS Metropolitana, 2011.

Município Estabelecimento de Saúde Leitos obstétricos nº leitos SUS nº leitos não SUS

Curitiba HNSG MATERNIDADE MATER DEI 57 51 6

Curitiba HOSPITAL VITOR DO AMARAL 42 42 0

Curitiba HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO DE CURITIBA 43 43 0

Curitiba HOSPITAL DO TRABALHADOR 35 35 0

Colombo HOSPITAL MATERNIDADE ALTO MARACANA 35 29 6

São José dos Pinhais HOSPITAL MUNICIPAL DR ATTILIO TALAMINI 21 21 0

Curitiba CENTRO MÉDICO COMUNITARIO BAIRRO NOVO 32 32 0

Araucária HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCARIA 18 12 6

Curitiba HOSPITAL DE CLINICAS 43 43 0

Campina Grande do Sul HOSPITAL ANGELINA CARON 33 20 13

Fazenda Rio Grande HOSPITAL E MATERNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA 9 9 0

Campo Largo HOSPITAL NOSSA SENHORA DO ROCIO 11 10 1

Pinhais HOSPITAL E MATERNIDADE NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS 20 20 0

Campo Largo HOSPITAL E MATERNIDADE PAROLIN 12 12 0

Lapa MATERNIDADE MUNICIPAL HUMBERTO CARRANO 10 10 0

Itaperuçu HOSPITAL E MATERNIDADE ITAPERUCU 13 13 0

Rio Negro HOSPITAL E MATERNIDADE BOM JESUS 17 11 6

Mandirituba HOSPITAL MUNICIPAL DE MANDIRITUBA 16 16 0

Rio Branco do Sul HOSPITAL MUNICIPAL DE RIO BRANCO DO SUL 15 15 0

Quitandinha HOSPITAL CRISTO REI 6 6 0

Contenda HOSPITAL E MAT MIQUELINA FRANCO E B PADILHA 3 3 0

Tijucas do Sul HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES 6 6 0

Pinhais FUNDACAO HOSPITALAR PINHAIS 26 20 6

Almirante Tamandaré HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO 5 5 0

Bocaiúva do Sul HOSPITAL SANTA JULIA 3 3 0

TOTAL 531 487 44

Fonte: CNES em 07/11/2011.·.

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71

Tabela 11. Número de UTI neonatais total e por estabelecimento de saúde, RS Metropolitana, 2011.

Município Estabelecimento de Saúde Unidade Intermediária

TOTAL

UTI neonatal TIPOS I/II/III

SUS

UTI neonatal TIPOS

I/II/III não SUS

Curitiba HNSG MATERNIDADE MATER DEI 0 9 1

Curitiba HOSPITAL VITOR DO AMARAL 0 0 0

Curitiba HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO DE

CURITIBA 0 25 0

Curitiba HOSPITAL DO TRABALHADOR 0 8 0

Colombo HOSPITAL MATERNIDADE ALTO MARACANA 0 0 0

São José dos Pinhais HOSPITAL MUNICIPAL DR ATTILIO TALAMINI 0 6 4

Curitiba CENTRO MÉDICO COMUNITARIO BAIRRO NOVO 0 0 0

Araucária HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCARIA 10 5 0

Curitiba HOSPITAL DE CLINICAS 0 10 0

Campina Grande do Sul HOSPITAL ANGELINA CARON 1 0 4

Fazenda Rio Grande HOSPITAL E MATERNIDADE NOSSA SENHORA

APARECIDA 0 0 0

Campo Largo HOSPITAL NOSSA SENHORA DO ROCIO 0 32 3

Pinhais HOSPITAL E MATERNIDADE NOSSA SENHORA DA

LUZ DOS PINHAIS 0 0 0

Campo Largo HOSPITAL E MATERNIDADE PAROLIN 0 0 3

Lapa MATERNIDADE MUNICIPAL HUMBERTO CARRANO 0 0 0

Itaperuçu HOSPITAL E MATERNIDADE ITAPERUCU 0 0 0

Rio Negro HOSPITAL E MATERNIDADE BOM JESUS 0 0 0

Mandirituba HOSPITAL MUNICIPAL DE MANDIRITUBA 0 0 0

Rio Branco do Sul HOSPITAL MUNICIPAL DE RIO BRANCO DO SUL 0 0 0

Quitandinha HOSPITAL CRISTO REI 0 0 0

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Contenda HOSPITAL E MAT MIQUELINA FRANCO E B PADILHA 0 0 0

Tijucas do Sul HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES 0 0 0

Pinhais FUNDACAO HOSPITALAR PINHAIS 0 0 0

Almirante Tamandaré HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO 0 0 0

Bocaiúva do Sul HOSPITAL SANTA JULIA 0 0 0

RS Metropolitana 11 95 15

Fonte: CNES em 07/11/2011.

Tabela 12. Número de UTI adulto em hospitais que realizam partos, por estabelecimento de saúde, RS Metropolitana, 2011.

Município Estabelecimento de Saúde UTI adulto TIPOS

I/II/III SUS

UTI adulto TIPOS

I/II/III não SUS

Curitiba HNSG MATERNIDADE MATER DEI 0 0

Curitiba HOSPITAL VITOR DO AMARAL 0 0

Curitiba HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO DE CURITIBA 25 0

Curitiba HOSPITAL DO TRABALHADOR 20 0

Colombo HOSPITAL MATERNIDADE ALTO MARACANA 0 0

São José dos Pinhais HOSPITAL MUNICIPAL DR ATTILIO TALAMINI 0 0

Curitiba CENTRO MÉDICO COMUNITARIO BAIRRO NOVO 0 0

Araucária HOSPITAL MUNICIPAL DE ARAUCARIA 9 0

Curitiba HOSPITAL DE CLINICAS 35 0

Campina Grande do Sul HOSPITAL ANGELINA CARON 44 0

Fazenda Rio Grande HOSPITAL E MATERNIDADE NOSSA SENHORA APARECIDA 0 0

Campo Largo HOSPITAL NOSSA SENHORA DO ROCIO 41 0

Pinhais HOSPITAL E MATERNIDADE NOSSA SENHORA DA LUZ DOS PINHAIS 0 0

Campo Largo HOSPITAL E MATERNIDADE PAROLIN 16 22

Lapa MATERNIDADE MUNICIPAL HUMBERTO CARRANO 0 0

Itaperuçu HOSPITAL E MATERNIDADE ITAPERUCU 0 0

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Rio Negro HOSPITAL E MATERNIDADE BOM JESUS 0 0

Mandirituba HOSPITAL MUNICIPAL DE MANDIRITUBA 0 0

Rio Branco do Sul HOSPITAL MUNICIPAL DE RIO BRANCO DO SUL 0 0

Quitandinha HOSPITAL CRISTO REI 0 0

Contenda HOSPITAL E MAT MIQUELINA FRANCO E B PADILHA 0 0

Tijucas do Sul HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS DORES 0 0

Pinhais FUNDACAO HOSPITALAR PINHAIS 0 0

Almirante Tamandaré HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO 0 0

Bocaiúva do Sul HOSPITAL SANTA JULIA 0 0

RS Metropolitana 190 22

Fonte: CNES em 07/11/2011.

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Quadro 9 Serviços de Pronto Atendimento que estão em funcionamento em Curitiba e

Região Metropolitana, Fevereiro, 2012.

Município PA 24 hs

São José dos Pinhais 3

Araucária 3

Pinhais 1

Colombo 4

Piraquara 1

Contenda 1

Almirante Tamandaré 2

Cerro Azul 1

Itaperuçu 1

Rio Branco do Sul 1

Fazenda Rio Grande 1

Mandirituba 1

Quitandinha 1

Rio Negro 1

Tijucas do Sul 1

CMUM Fazendinha 1

CMUM Boa Vista 1

CMUM Sítio Cercado 1

CMUM C.Comprido 1

CMUM Boqueirão 1

CMUM Cajuru 1

CMUM CIC 1

CMUM Pinheirinho 1

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Quadro 10 Unidades de Pronto Atendimentos – UPA

Municípios

Quantidade Porte

1. Almirante Tamandaré 01 I

2. Araucária 01 II

3. Colombo 01 I

4. Curitiba 02 III

4. Fazenda Rio Grande 01 I

5. Lapa 01 I

6. Pinhais 01 I

7. Piraquara 01 I

8. Quatro Barras 01 I

9. Rio Branco do Sul 01 I

10. Rio Negro 01 I

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Quadro 11 Distribuição das USA nos municípios e área de cobertura

MUNICÍPIO USA Cobertura

1 Adrianópolis

2 Agudos do Sul

3 Almirante Tamandaré

4 Araucária 1 Lapa, Contenda, Fazenda Rio Grande

5 Balsa Nova

6 Bocaiúva do Sul

7

Campina Grande do

Sul 1 Quatro Barras, Bocaiúva do Sul

8 Campo do Tenente

9 Campo Largo 1 Balsa Nova, Campo Magro

10 Campo Magro

11 Cerro Azul

12 Colombo 1

Adrianópolis, Cerro Azul, Tunas do Paraná, Rio Branco do

Sul, Bocaiúva do Sul

13 Contenda

14 Curitiba 8

15 Doutor Ulysses

16 Fazenda Rio Grande

17 Itaperuçu

18 Lapa

19 Mandirituba

20 Piên

21 Pinhais 1 Piraquara

22 Piraquara

23 Quatro Barras

24 Quitandinha

25 Rio Branco do Sul

26 Rio Negro

27 São José dos Pinhais 2

Tijucas do Sul, Agudos do Sul, Fazenda Rio Grande,

Quitandinha, Mandirituba

28 Tijucas do Sul

29 Tunas do Paraná

TOTAL 14

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Quadro 12 Distribuição das USB (Unidade de Suporte Básico) por Munícipio e área de

cobertura:

MUNICÍPIO USB Cobertura

1 Adrianópolis 1

2 Agudos do Sul

3 Almirante Tamandaré 1

4 Araucária 2 Contenda

5 Balsa Nova

6 Bocaiúva do Sul 1

7 Campina Grande do Sul 1

8 Campo do Tenente

9 Campo Largo 2 Balsa Nova

10 Campo Magro

11 Cerro Azul 1 Dr. Ulisses

12 Colombo 2

13 Contenda

14 Curitiba 18

15 Doutor Ulysses Cerro Azul

16 Fazenda Rio Grande 2 Mandirituba, Quitandinha

17 Itaperuçu

18 Lapa 1

19 Mandirituba Fazenda Rio Grande

20 Piên

21 Pinhais 1

22 Piraquara 1

23 Quatro Barras Campina Grande do Sul

24 Quitandinha

25 Rio Branco do Sul 1

26 Rio Negro 1 Agudos do Sul, Campo do Tenente, Piên

27 São José dos Pinhais 2

28 Tijucas do Sul

29 Tunas do Paraná

TOTAL 39

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Quadro 13 - Municípios da RMC segundo população com Plano de Saúde

UF Código Município % com Plano

de Saúde

(ANS, 2010)

PR 410020 Adrianópolis 2%

PR 410030 Agudos do Sul 4%

PR 410040 Almirante Tamandaré 13%

PR 410180 Araucária 55%

PR 410230 Balsa Nova 9%

PR 410310 Bocaiúva do Sul 6%

PR 410400 Campina Grande do Sul 15%

PR 410410 Campo do Tenente 5%

PR 410420 Campo Largo 19%

PR 410425 Campo Magro 11%

PR 410520 Cerro Azul 1%

PR 410580 Colombo 16%

PR 410620 Contenda 9%

PR 410690 Curitiba 51%

PR 410765 Fazenda Rio Grande 14%

PR 411125 Itaperuçu 4%

PR 411320 Lapa 7%

PR 411430 Mandirituba 5%

PR 411910 Piên 11%

PR 411915 Pinhais 31%

PR 411950 Piraquara 12%

PR 412080 Quatro Barras 38%

PR 412120 Quitandinha 3%

PR 412220 Rio Branco do Sul 13%

PR 412230 Rio Negro 11%

PR 412550 São José Dos Pinhais 40%

PR 412760 Tijucas do Sul 5%

PR 412788 Tunas do Paraná 8%

PR 412863 Doutor Ulysses 1%

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No início de 2012, a SESA adquiriu, com recursos próprios do tesouro do

Estado, uma solução tecnológica para o sistema estadual de regulação de urgência,

leitos e consultas. Os prestadores da Região Metropolitana de Curitiba que são

referência para a Rede Mãe Paranaense, estão sendo inseridos no sistema de

regulação de consultas e leitos a partir de junho de 2012.

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6. GESTÃO DO SISTEMA REGIONAL

No Estado do Paraná, o processo de regionalização expressa o

reconhecimento das diferentes regiões de saúde, considerando a diversidade

existente entre elas. A região metropolitana de Curitiba – 2ª. Regional de Saúde,

objeto do presente projeto apresenta características muito distintas, pois

encontramos municípios com indicadores de saúde muito favoráveis e também

municípios apresentando indicadores muito abaixo da média do estado já

demonstrado anteriormente.

Diante deste diagnostico, fica o desafio de garantir o acesso, em tempo

oportuno, da população aos serviços de saúde, bem como, implementar ações que

promovam a equidade, a garantia da integralidade da atenção, a qualificação do

processo de descentralização e a racionalização dos gastos e otimização de

recursos.

Para efetivar estas ações é necessário intensificar o processo de articulação

entre os municípios e a SESA, a partir da instancia regional de pactuação – a

Comissão Intergestores Regional – CIB Regional que está organizada e mantém um

calendário mensal de reuniões. A Regional de Saúde tem um técnico designado

para apoiar todo o processo.

O processo de planejamento, no que diz respeito aos instrumentos de gestão:

Plano Municipal de Saúde, Programação Anual de Saúde e Relatório Anual de

Gestão apresentados na tabela abaixo refletem a realidade da região, que apesar de

possuir dispositivos legais publicados, efetivamente não conseguem dar conta do

atingimento das metas propostas, pela necessidade de organização dos sistemas

municipais e também pela pouca pratica de planejamento regional.

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Tabela 13

TABELA

INFORMAÇÕES REFERENTES AOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO PMS RAG NOS ANOS 2009 E 2010 DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

RS MUNICIPIO

2009 2010

PLANO MUNICIPAL DE

SAUDE 1 / 2

Relatório de Gestão

apreciado e aprovado pelo

Conselho Municipal de

Saúde

PLANO MUNICIPAL DE

SAUDE 1 / 2

Relatório de Gestão

apreciado e aprovado pelo

Conselho Municipal de

Saúde

2 Adrianópolis 1 X

2 Agudos do Sul 1 X 1 X

2 Almirante Tamandaré 1 X 1 X

2 Araucária 1 X 1 X

2 Balsa Nova 1 X 1 X

2 Bocaiúva do Sul 1 X 1 X

2 Campina Grande do Sul 1 X 1 X

2 Campo do Tenente 2 X 1 X

2 Campo Largo 2 X 1 X

2 Campo Magro 1 X 1 X

2 Cerro Azul 1 X 1 X

2 Colombo 1 X 1 X

2 Contenda 1 X 1 X

2 Curitiba 1 X 1 X

2 Doutor Ulysses 1 X 1 X

2 Fazenda Rio Grande 1 X 1 X

2 Itaperuçu 2 X 1 X

2 Lapa 1 X 1 X

2 Mandirituba 1 X 1 X

2 Piên 1 X 1 X

2 Pinhais 1 X 1 X

2 Piraquara 1 X 1 X

2 Quatro Barras 1 X 1 X

2 Quitandinha 1 X 1 X

2 Rio Branco do Sul 1

2 Rio Negro 1 X 1 X

2 São José dos Pinhais 1 X 1 X

2 Tijucas do Sul 1 X 1 X

2 Tunas do Paraná 1 X 1 X

1: Plano Municipal de Saúde apreciado e aprovado pelo CMS

2: Plano Municipal de Saúde em apreciação pela CMS

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O processo de fortalecimento desta instancia passa pela implementação do

Decreto Presidencial 7.508 de junho de 2011 que tem como diretriz a implementação

em todas as 22 regiões de saúde do estado, e em, particular na região metropolitana

de Curitiba do COAP – Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde.

Como resultado final, ter-se-á a integração dos planos de saúde municipais,

possibilitando o planejamento regional a partir da realidade e das necessidades de

saúde da população que juntos conformarão as Redes de Atenção à Saúde, que se

organizam e se sustentam no Plano Estadual de Saúde, na Programação Anual de

Saúde com o respectivo financiamento garantido no PPA 2012 2015 e na LOA 2012.

Para o êxito destas ações, é fundamental a parceira com as demais instituições

publicas ou privadas, com as instâncias de controle social. Todos os 29 municípios

que compõem a Região Metropolitana possuem seus Conselhos Municipais de

Saúde constituídos por Lei Municipal, com reuniões regulares. Destes, 28 realizaram

conferencias municipais de saúde em 2011. Está previsto para 2012 uma

capacitação para todos os conselheiros em informática básica, com o objetivo de

prepara-los para exercer seu papel, acessando diretamente as informações

necessárias.

No ano de 2011, com o propósito de incrementar a organização, o fortalecimento

dos municípios na área da saúde, com vistas à formulação das políticas de saúde,

de forma tripartite (União, estado e municípios) promovendo ações na defesa da

promoção e cuidados da saúde da população, o COSEMS-PR representado pela

Diretoria Executiva, buscou parceria junto a SESA-PR, que viabilizou um convênio

que tem possibilitado ao COSEMS contratar profissionais para atuarem como

Apoaiadores Regionais do COSEMS-PR nas 22 Regionais de Sáude. A atividade

principal dos APOIADORES é subsidiar tecnicamente as discussões nos Conselhos

Regionais de Secretários Municipais de Saúde – CRESEMS, de modo a incrementar

a atuação dos gestores municipais de saúde nas CIB regionais. E, também,

acompanhar as reuniões da CIB estadual; participar dos Grupos Técnicos da CIB

estadual. Cada apoiador é responsável por acompanhar 4 a 5 Regionais de Saúde

na sua área de trabalho. Empiricamente, o que se tem percebido nestes poucos

meses de trabalho é a repercussão do trabalho dos Apoiadores do COSEMS no

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fortalecimento dos CRESEMS, articulações dos municípios nas CIBs Regionais,

repasse de orientações e informações sobre as oficinas, projetos, portarias,

deliberações da CIB Estadual de interesse e importância para os municípios por

meio das reuniões dos CRESEMS e das CIB Regionais.

Cabe, também, destacar a interação dos apoiadores com as equipes das

Regionais de Saúde no processo de acreditação, implantação e desenvolvimento

das políticas públicas de saúde junto aos municípios.

Na tabela 14 podemos observar o histórico do percentual mínimo e aplicado

pelos municípios da Região Metropolitana de Curitiba nos anos de 2008, 2009, 2010

e 2011 em cumprimento a Emenda Constitucional n. 29. A partir do resultado

apresentado constata-se que todos aplicam muito mais que o mínimo exigido.

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Tabela 14

PERCENTUAL MÍNIMO DE RECURSOS FINANCEIROS APLICADOS PELOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA DE ACORDO COM A EC - 29

RS MUNICÍPIO MÍNIMO 2008 2009 2010 2011

2 Adrianópolis 15% 18,40 16,45 15,13 NI

2 Agudos do Sul 15% 19,90 23,85 22,11 22,23

2 Almirante Tamandaré 15% 19,65 16,12 15,84 NI

2 Araucária 15% 15,37 21,08 18,00 NI

2 Balsa Nova 15% 18,51 20,59 18,47 NI

2 Bocaiúva do Sul 15% 21,12 28,40 27,55 28,59

2 Campina Grande do Sul 15% 19,12 17,87 18,92 NI

2 Campo do Tenente 15% 17,67 23,25 19,34 NI

2 Campo Largo 15% 19,96 21,84 23,47 NI

2 Campo Magro 15% 18,33 15,28 17,47 NI

2 Cerro Azul 15% 17,50 18,50 15,87 NI

2 Colombo 15% 19,61 21,07 21,29 NI

2 Contenda 15% 15,08 19,73 20,48 NI

2 Curitiba 15% 17,86 17,83 16,42 NI

2 Doutor Ulysses 15% 10,81 17,69 17,74 NI

2 Fazenda Rio Grande 15% 18,81 18,30 20,09 NI

2 Itaperuçu 15% 16,49 15,02 15,63 NI

2 Lapa 15% 17,72 20,66 23,06 NI

2 Mandirituba 15% 20,40 25,07 24,37 NI

2 Piên 15% 16,93 18,21 20,82 NI

2 Pinhais 15% 15,43 18,08 18,24 NI

2 Piraquara 15% 17,10 19,17 15,25 NI

2 Quatro Barras 15% 15,97 20,01 18,65 NI

2 Quitandinha 15% 16,60 19,27 19,98 17,36

2 Rio Branco do Sul 15% 15,44 21,40 19,85 17,52

2 Rio Negro 15% 21,42 24,61 23,65 22,00

2 São José dos Pinhais 15% 18,97 26,74 28,51 NI

2 Tijucas do Sul 15% 20,12 21,23 26,21 NI

2 Tunas do Paraná 15% 20,21 22,40 24,44 NI

Fonte SIOPS - DATASUS - acessado em 04/04/2012 17:09

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7. PROJETOS ESTRUTURANTES

A SESA definiu no seu Mapa Estratégico a implantação de 5 redes de

atenção, que são:

- Rede de atenção materno infantil- Mãe Paranaense;

- Rede de atenção à urgência e emergência;

- Rede de atenção à saúde mental;

- Rede de atenção à saúde à pessoa com deficiência;

- Rede de atenção ao Idoso

Mãe Paranaense e a Rede de Urgência e Emergência para todo o estado no

ano de 2012 foi priorizado a construção das Redes, em consonância com a proposta

do Ministério da Saúde. Essas redes prioritárias tem definido, no orçamento do

Estado para a RMC, recursos para a qualificação da atenção primária prevista no

APSUS, bem como para a construção e ampliação de Unidades de Atenção

Primária, um Centro Regional de Atenção Especializada como parte do

Programa de Apoio aos Consórcios Intermunicipais de Saúde – COMSUS. Com o

programa de Apoio aos Hospitais Públicos e Filantrópicos – HOSPSUS, a SESA

está organizando as portas hospitalares para o atendimento da gestante e criança

de risco e para o atendimento das urgências graves a partir do Protocolo de

Classificação de Riscos definido pela SESA.

O Plano de Ação de Urgência e Emergência da Região Metropolitana de

Curitiba foi aprovado pela CIB de 04 de novembro de 2011 e apresentado ao

Ministério da Saúde em janeiro de 2012. Sua avaliação, por parte do Ministério da

Saúde, deu-se a partir do dia 02 de fevereiro de 2012, sendo finalizada em 07 de

maio de 2012, culminando com sua aprovação final. O Plano contempla todos os

componentes pactuados até a presente data, incluindo UPAs, SAMU e Componente

Hospitalar. Aguardamos a publicação da Portaria Ministerial respectiva, prevista para

início de junho do corrente.

A Região Metropolitana de Curitiba foi definida como Região Prioritária pelo

Ministério da Saúde para implantação de ações e investimentos da Rede Cegonha.

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Para isso foi instituído o Grupo Condutor da Rede Cegonha através da Deliberação

CIB nº 127 – 15/12/2011. O Grupo Condutor reuniu-se sistematicamente durante

esse período e atualmente todos os municípios da Região Metropolitana de Curitiba

– região prioritária – aderiram, publicaram e assinaram o Termo de Compromisso

Municipal.

Para cada eixo estratégico foi apresentado as ações que estão sendo

realizadas e as que precisam ser implantadas ou implementadas para a construção

das Redes de Atenção à Saúde. Os eixos que foram priorizados para receberem

recursos do QualiSUS REDE foram os eixos 1, 4 e 5 e os eixos 2 e 3 estão sendo

financiados com recursos da SESA.

EIXO 1 - Qualificação da Atenção Primária à saúde

Atenção Primária à Saúde no SUS - APSUS

O APSUS desenvolve-se como uma política inovadora do governo estadual,

instituindo uma nova lógica para a organização da Atenção Primária à Saúde (APS),

com estreitamento das relações entre o Estado e os Municípios e fortalecimento das

capacidades de assistência e de gestão, com vistas à implantação das Redes de

Atenção à Saúde (RAS).

Com base nos objetivos de fortalecer a atenção primária à saúde em seu

papel de ordenadora dos demais níveis de atenção do sistema; qualificar o acesso e

a capacidade resolutiva dos sistemas municipais de saúde; articular e consolidar as

Redes de Atenção à Saúde nas regiões, com a finalidade de dar respostas às

expectativas e necessidades da população na promoção e cuidado à saúde,

estrutura-se os eixos do Plano Diretor: Qualificação das Equipes da atenção primaria

e estratégia Saúde da Família; Investimentos em custeio para as equipes da APS;

Investimentos em infraestrutura de serviços através de reforma, ampliação e

alocação de equipamentos, que ampliem acesso e resolutividade da atenção à

saúde.

O APSUS será implementado em 2 fases:

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A fase inicial se constitui num processo de educação permanente envolvendo

as regionais de saúde, municípios e universidades para a realização de oficinas de

planificação da APS. Os temas “As Redes de Atenção à Saúde no Paraná” e “Rede

Mãe Paranaense”, foram abordados nas oficinas iniciais. A próxima oficina

programada será sobre a Rede de Urgência e Emergência.

A segunda fase prevê financiamento para aquisição de equipamentos,

ampliação e reforma das Unidades Básicas de Saúde além de repasse do Incentivo

Estadual, considerando o Fator de Redução de Desigualdades Regionais.5

Entre as ações previstas e em andamento cabe ressaltar:

1º Investir na melhoria da estrutura dos serviços de Atenção Primária (UBS e

ESF) em parceria com os municípios, construção, reforma e ampliação da estrutura

física, assim como, fornecimentos de equipamento;

2º Aumento do repasse de incentivo financeiro para custeio das equipes de

saúde

3º Programas de educação continuada – cujo conteúdo e estratégia de

aplicação foi construída em parceria com a Diretoria de Urgência - DPUE;

4º Implantação da segunda opinião em medicina – priorizando atendimento as

doenças cardiovasculares;

5º Implantação do prontuário eletrônico;

6º Garantia de oferta de pré-natal com qualidade para as mães paranaenses;

7º Garantir referência hospitalar ao Parto para todas as gestantes do estado;

8º Acompanhamento de todas as crianças de risco até 1 ano de vida.

O processo de qualificação das equipes da APS e ESF foi iniciado em

setembro, com o primeiro módulo da Oficina APSUS, cujo tema foi “As redes de

Atenção à Saúde no Paraná”. A oficina teve a participação de 158 tutores, 1600

facilitadores e aproximadamente 37 mil profissionais-alunos.

5 O Paraná apresenta diferenças quando se analisa os indicadores sociais, epidemiológicos e econômicos, entre as

regiões e entre municípios, mesmo quando se compara municípios de mesmo porte. Essa situação foi

determinante para que no plano de governo 2011/2014 se definisse pela adoção de um índice para a correção das

iniqüidades, para o aporte de recurso, pela SESA, com critérios claros e objetivos que possam ser mensurados ao

longo do tempo. (documento completo em anexo)

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Com os recursos provenientes do projeto QualiSUS – rede serão realizadas as

atividades referentes a qualificação para todos os profissionais de saúde da área de

abrangência do projeto – RMC, conforme detalhamento abaixo.

Eixo estruturante 1: Qualificação da Atenção Primária à saúde APSUS

Justificativa: Atenção Primária à Saúde (APS) constitui-se em um lócus singular e insubstituível do cuidado à

saúde das pessoas, famílias e território por ser o ponto de atenção mais próximo da população. De acordo com os princípios doutrinários e organizacionais do SUS, de acesso, universalidade, integralidade, eqüidade, participação social e, descentralização, regionalização e hierarquização, a APS é fundamental quando se quer garantir a saúde como direito de cidadania.

Objetivos Meta Indicador

1) Qualificar a APS para atuar como ordenadora do cuidado nos 29 municípios da área de abrangência do projeto

QualiSUS – rede

100% das equipes de APS dos municípios da RMC qualificadas

Percentual das equipes qualificadas

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Eixo Estruturante 1: Qualificação da Atenção Primária à Saúde

Objetivo : Qualificar a APS para atuar como ordenadora do cuidado nos 29 municípios da área de abrangência

do projeto QualiSUS - rede

Meta: 100% das equipes de APS dos municípios da RMC qualificadas

Atividades

custo estimado (R$)

BIRD MS SES MUN

Elaboração de material

educativo para a qualificação6

dos trabalhadores e também

para divulgação das ações

relacionadas ao APSUS e

Rede Mãe Paranaense para

usuários e conselheiros

R$ 6.276.800,00

Atividades

custo estimado (R$)

BIRD MS SES MUN

Realização de oficinas,

seminários e/ou eventos para

qualificação da APS

(profissionais, gestores ) para

as RAS

R$ 3.946.748,84

Realização de atividades

educativas junto aos

movimentos sociais e

conselheiros de saúde

sobre RAS. R$ 280.000,00

Total R$ 10.503.548,84

6 O processo de Qualificação da Atenção Primária – APSUS – e Rede Mãe Paranaense

implica na mobilização de todos os profissionais de saúde que atuam nos 29 municípios da RMC. Nessa região

existem aproximadamente 10.000 trabalhadores inseridos nesse processo, que prevê a realização de 7 módulos

presenciais no decorrer de 2012, 2013 e 2014.

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EIXO 2. Rede de Atenção Integral às Urgências do Paraná

A partir de 2011, ao ser iniciado novo período de gestão na SESA, foi

colocado em prática o planejamento voltado à reorganização da assistência em todo

Estado do Paraná. Dentre os vários problemas observados, destacavam-se a

fragmentação dos processos assistenciais, a desarticulação entre os pontos de

atenção e a oferta inadequada de serviços comprovada pela existência de grandes

vazios assistenciais, o que dava mostras da insuficiência de regulação de todo o

sistema de saúde. Tais fatores foram considerados responsáveis por índices

significativos de mortalidade infantil e materna em várias regiões do Estado, e da

elevada incidência e mortalidade de doenças cardio-cérebro-vasculares e de trauma

em toda a população. Dessa forma, desenvolveu-se o processo de Planejamento

Estratégico de toda a Secretaria de Estado da Saúde, destinado a orientar as ações

de toda equipe gerencial no trabalho de reorganização e implemento qualitativo da

assistência integral às necessidades da população.

A área de atenção à urgência e emergência constitui-se um importante

componente da assistência à saúde da população e deve ser estruturado para

oferecer uma resposta rápida e qualificada. Portanto, todas as portas de entradas

dos serviços de saúde do SUS devem acolher o cidadão acometido de um agravo

súbito à saúde oferecendo atenção qualificada e resolutiva dentro de um sistema

regulado e hierarquizado. Nesse contexto, a organização da Rede Integral de

Atenção às Urgências no Estado do Paraná é considerada compromisso prioritário

entre as metas pactuadas pela Secretaria de Estado da Saúde junto ao Governo do

Estado do Paraná, estratégia de ação convergente com a atual política nacional de

urgência, registrada na publicação das últimas Portarias Ministeriais (Portarias

GM/MS 1.600/2011, 2.026/2011, 2.648/2011, 2.395/2011, entre outras).

Importante ressaltar que a proposta de intervenção visa não somente superar

a fragmentação das ações e serviços de saúde, mas também desenvolver medidas

relacionadas a prevenção, promoção e vigilância em saúde.

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O objetivo de implantação dos Complexos Reguladores e Centrais Integradas

é proporcionar ao cidadão o acesso único, qualificado e resolutivo aos serviços de

urgência, com garantia de atendimento pré-hospitalar rápido e com otimização de

recursos, garantindo interfaces com outros serviços de urgências e outras unidades

reguladoras. Corresponde a uma integração operacional de acesso e garantia de

fluxos tendo em vista o resultado eficaz.

Considerados pontos de gestão da rede, serão 4 Complexos Reguladores

Macrorregionais implantados no estado, localizados em Curitiba, Londrina, Maringá

e Cascavel.

Para a implantação desses Complexos Reguladores, é necessária a

adaptação de áreas pré-existentes bem como construção de novas áreas,

permitindo assim a junção dos diferentes serviços em áreas contíguas – Central de

Regulação do SAMU, Centrais de Leitos Municipal e Estadual, e a Central Estadual

de Regulação, permitindo o exercício concreto da Regulação da Rede. Também

estão previstas integração com outras centrais de emergências como SIATE,

Bombeiros, Defesa Civil etc. Esta integração operacional dos serviços de urgência é

essencial para garantia da resposta eficaz do poder público ao cidadão, em todas as

situações de urgência, extrapolando o conceito estrito da urgência médica.

A SESA irá co-financiar a construção desses Complexos Reguladores e fará a

gestão compartilhada das redes por meio deles.

Este trabalho está apoiado em um Sistema Operacional ora em fase de

aquisição e implantação por parte da SESA, ferramenta de inestimável valor para a

otimização e controle efetivos dos processos assistenciais e regulatórios.

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A REDE MÃE PARANAENSE

No Plano de Governo 2011-2014 está definida a implantação da Rede de

Atenção à Saúde Materno Infantil - Mãe Paranaense, como prioridade desta gestão.

Fundamentada no marco conceitual das Redes de Atenção à Saúde proposta por

Mendes (2010), toda a sua estruturação baseia-se no fortalecimento e organização

da Atenção Primária à Saúde - APS, a partir dos territórios sanitários resolutivos.

A principal estratégia de organização da APS apontada pelo Governo Federal

é a estratégia Saúde da Família (ESF). Seu fortalecimento vem demonstrando

nacional e internacionalmente impactos considerados como efetivos, especialmente

sobre os indicadores materno infantil.

A melhoria da atenção primária é pressuposto para a organização da rede

Mãe Paranaense, considerando que a captação precoce da gestante e o

acompanhamento da criança são elementos fundamentais para uma atenção de

qualidade, assim como a classificação de risco da gestante e da criança vinculando-

os aos serviços especializados para a adequada assistência.

A Rede “Mãe Paranaense” propõe a organização da atenção materno-infantil,

qualificando a Linha de Cuidado Materno Infantil nas ações do pré-natal, parto,

puerpério e do primeiro ano de vida das crianças, e, com isso, reduzir a Mortalidade

Materna e Infantil em todo o Estado do Paraná.

O público alvo desse programa são as mulheres em idade fértil e crianças

menores de 01 ano de idade, o que, segundo população IBGE/2010 representa

177.557 mulheres e de acordo com dados do SINASC são 152.350 nascidos vivos

no estado do Paraná. Embora a Rede Mãe Paranaense tenha como público alvo as

mulheres e crianças, é importante destacar que ações implantadas deverão

promover a qualidade de vida de toda a Família Paranaense.

A missão da Rede Mãe Paranaense é garantir o acesso a atenção materno-

infantil, promovendo o cuidado seguro e de qualidade na gestação, parto, puerpério

e às crianças menores de um ano de idade, por meio de uma rede de atenção

organizada em todo estado do Paraná.

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EIXO 3 - Reestruturação dos sistemas de atenção especializado, diagnóstico e

terapêutico: escala de resolutividade.

O Programa Estadual de Apoio aos Consórcios Intermunicipais de Saúde do

Paraná – COMSUS, que tem como propósito qualificar a atenção ambulatorial

especializada e os sistemas de apoio e logísticos em todas as regiões de saúde,

contribuindo para a organização das redes de atenção à saúde para atender as

necessidades de saúde da população do Estado.

O COMSUS tem como objetivo implementar, em todas as regiões de saúde

do Estado, mediante convênio firmado entre os Consórcios e a SESA/PR: os

Centros Ambulatoriais de Atenção Secundária, com a atribuição de implantar e/ou

implementar serviços especializados, tais como, o pré-natal para gestante de alto

risco e o seguimento especializado para crianças de alto risco; os sistemas de apoio,

tais como, o apoio diagnóstico e terapêutico, casas de apoio às gestantes;

os sistemas logísticos, tais como, o transporte sanitário eletivo e de urgência,

quando for o caso.

O Programa FARMÁCIA DO PARANÁ tem por objetivo promover o acesso da

população a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, assegurando a

adequada dispensação dos mesmos.

O programa prevê três ações estratégicas:

1) Estruturação das Farmácias e dos Almoxarifados das 22 Regionais de Saúde

O objetivo é atender os critérios técnicos e legais referentes ao recebimento,

armazenamento, distribuição e dispensação dos medicamentos. Para isso, o

Governo do Estado executará reformas, ampliações e construções, bem como

disponibilizará mobiliário e equipamentos, de modo a propiciar aos usuários um

atendimento farmacêutico especializado, em ambiente adequado, com prestação

de serviços qualificados.

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2) Qualificação da Assistência Farmacêutica

Serão realizadas capacitações para os profissionais dos 399 municípios, com

foco nas áreas de gestão do medicamento e no desenvolvimento de habilidades

clínicas, que qualificarão a dispensação, visando um atendimento de excelência

no Paraná.

EIXO 4 - Implementação de sistemas de apoio logístico integrados

A) Transporte Sanitário Eletivo

Dados preliminares apontam para gastos na ordem de R$ 1.600.000,00 por

mês relativos pagamento de combustível, manutenção de veículos, na maioria das

vezes em condições precárias colocando em risco a segurança dos usuários,

despesas com diárias e auxilio na alimentação das pessoas transportadas. A

adoção de um sistema de transporte sanitário eletivo eficiente, planejado e dentro

do conceito das redes de atenção à saúde é uma prioridade levantada pelos

gestores.

Em locais onde essa experiência fora adotada, constatou-se a diminuição

significativa dos custos operacionais (em torno de 50% no valor por paciente

transportado), bem como o grau de satisfação dos usuários se mostrou muito acima

da situação anterior.

Está dentro da proposta de governo da SESA a implantação de um Sistema

Estadual de Transporte Sanitário, como iniciativa para apoiar o Sistema Único de

Saúde (SUS). Incluindo transporte e logística, o Sistema visa transportar os usuários

para outros municípios quando necessário. Toda frota de veículos será monitorada

por satélite, o que permite um eficaz controle gerencial e garante, além do conforto,

segurança para o usuário.

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Este sistema estará disponível em todas as Regionais de Saúde e será

executado em parceria com os Consórcios Intermunicipais de Saúde. Para a Região

Metropolitana de Curitiba estamos propondo a utilização dos recursos do projeto

QualiSUS Rede, uma vez que contempla o eixo 4 do projeto.

Está prevista a aquisição de microônibus com capacidade de 28 lugares

equipados com bancos reclináveis, com ar condicionado, garantindo acessibilidade,

cabine com separação do motorista e lugar para acompanhante do grupo.

Essas unidades estarão sob a responsabilidade da SESA numa primeira etapa

e posteriormente serão repassados para o Consórcio de Saúde da RMC.

Serão adquiridos inicialmente 20 unidades a um custo unitário médio de R$

137.851,60.

Os Recursos para custeio destas unidades serão da ordem de R$ 240.000,00

mês, que se comparado ao gasto atual significa uma economia de aproximadamente

45% dos gastos atuais.

O sistema de transporte sanitário atuará regulado pela central de regulação,

pois os pacientes serão previamente agendados para o atendimento e com a

garantia de atendimento integral, ou seja, consulta e exames necessários

preferencialmente no mesmo local e no mesmo dia.

Eixo estruturante 4: Sistema de Apoio Logístico

Justificativa: Os municípios investem grandes somas de recursos financeiros para viabilizar o transporte de

pacientes eletivos para atendimento fora de seu território, muitas vezes em condições precárias.

Objetivos Meta Indicador

1) Implantar Sistema de Transporte Sanitário Eletivo para usuários que seja seguro, eficaz e com economia de escala.

Transporte sanitário Implantado

em 100% dos municípios da

região metropolitana até final de

2012

14 rotas implantadas

Número de rotas implantadas 2) Ofertar o transporte de pacientes para consultas, exames e tratamentos através de rotas pré estabelecidas considerando a

malha viária e acesso aos serviços;

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B) Complexo Regulador de Urgência e Emergência

A sede do Complexo Regulador deve possuir espaços suficientes para abrigar

os serviços abaixo:

Central de Regulação de Emergência

1. Central de Regulação Médica de Urgência - SAMU Regional

Metropolitano

2. COBOM – Corpo de Bombeiros

3. COPOM – Policia Militar

4. Defesa Civil

5. Polícia Civil/IML

6. Guarda Municipal

Eixo Estruturante 4: Sistema de Apoio Logístico

Objetivo: Ofertar transporte de pacientes para consultas, exames e tratamentos através de rotas pré

estabelecidas considerando a malha viária e acesso aos serviços;

Meta: Transporte sanitário Implantado em todos municípios da região metropolitana até final de 2012

Atividades

custo estimado (R$)

BIRD MS SES MUN

Aquisição de 20 microônibus para transporte de paciente e acompanhante.

R$ 2.757.032,00

Atividades

custo estimado (R$)

BIRD MS SES MUN

Elaboração e implantação do projeto de transporte sanitário eletivo.

R$ 2.800.000,00

Total R$ 5.557.032,00

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Regulação de Acesso em Saúde

1. Central Estadual de Regulação de Leitos

a. CNRAC

b. TFD interestadual e interregional

c. Regulação do transporte aeromédico/inter-macro-regional

2. Central Macro-Regional de Regulação de Leitos

3. Central Municipal de Regulação de Leitos

Administração do Complexo Regulador

1. Coordenação Geral do Complexo Regulador em Saúde

a. Coordenação Médica da Central de Regulação de Leitos

b. Coordenação Médica da Central de Regulação de

Emergência

c. Coordenação de Enfermagem do Complexo Regulador

d. Coordenação Administrativa do Complexo Regulador

2. SUEC – Curitiba

a. Central de Ambulâncias Simples Remoção

b. Outros

3. Comando Operacional dos Bombeiros

4. Comando Operacional PM

5. Comando Operacional – outros

6. Coordenação administrativa do Complexo

Gabinete de Crise – Desastres (Subordinada a DPUE)

1. Sala de Situação

a. Nível Estratégico

b. Nível Operacional

2. Sala de reuniões

3. Sala de imprensa

4. Salas de apoio operacional

a. Gestão de Kits de catástrofe

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Base Operacional Central - SAMU Metropolitano

1. Coordenação SAMU Regional

a. Médica

b. Enfermagem

c. Administrativa

2. Sala de administração

3. Farmácia

4. Almoxarifado

5. Área de estacionamento de ambulâncias

6. Área de limpeza das ambulâncias

7. Sala de lavagem de material/expurgo

8. Heliponto

Centro de Treinamento – NEU Estadual

1. Uma (01) sala destinada á coordenação e aos instrutores com

área para acervo e estudo

2. Uma sala para reunião e planejamento de trabalho

3. Equipamentos

a. Uma (01) sala para guarda de material de instrução com

capacidade para 04 kits

b. Equipamentos de informática, recursos audiovisuais

4. Uma (01) sala de aula/auditório para 100 pessoas

5. Quatro (04) salas de aula prática com capacidade para 15

pessoas com espaço suficiente para treinamento

6. Uma (01) sala de aula para 60 pessoas adaptada para funcionar

como Educação à Distância – EAD (videoconferência e internet).

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Infraestrutura Geral para todas as áreas do Complexo

1. Segurança/Controle de Acesso

2. Recepção

3. Banheiros

4. Sala de repouso para plantonistas

5. Sala de suporte técnico operacional de informática

6. Cozinha + refeitório

7. Serviço de Limpeza

8. Estacionamento

Diretoria de Política de Urgência e Emergência/SESA

1. Divisão de Urgência

2. Núcleo Pré-hospitalar móvel

3. Núcleo Pré-hospitalar fixo e hospitalar

4. Núcleo de Educação e Pesquisa em Urgência

Eixo estruturante 4: Sistema de Apoio Logístico

Justificativa: Necessidade de articular e integrar todos os pontos de atenção de forma regionalizada para

proporcionar acesso qualificado e humanizado dos paranaenses aos serviços de saúde, incluindo as ações de

promoção e prevenção de agravos súbitos à saúde.

Objetivos Meta Indicador

Implementar o complexo regulador na macro-região leste

100% dos municípios da

RMC conectados à Central

de Regulação.

% de municípios

conectados a central

de regulação

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Eixo Estruturante 4: Sistema de Apoio Logístico

Objetivo 2: Implementar o processo de regulação da região metropolitana e Implantar mecanismos de gestão

compartilhada da rede

Meta: 100% dos municípios da RMC conectados à Central de Regulação

Atividades

custo estimado (R$)

BIRD MS SES MUN

Elaboração dos projetos

básico e executivo da obra

Complexo Regulador

Recursos

próprios

(Aberto

processo de

Registro de

preço para

contratação)

Construir sede para o

complexo regulador

metropolitano com área de

3.000 m2. R$ 5.250.000,00

Aquisição de equipamentos

para o complexo regulador

R$ 1.250.000,00

Realização de oficinas e

seminários destinados aos

trabalhadores da central

de regulação (tele-

atendentes, médicos e

rádio-operadores),

trabalhadores do SAMU

(condutores de veículos,

técnicos de enfermagem,

enfermeiros e médicos),

gestores e diretores de

hospitais e auditores. R$ 400.000,00

Total R$ 6.900.000,00

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EIXO 5 – Fortalecimento da governança regional, implementação do

Decreto 7.508/2011 na região.

Um aspecto importante a ser considerado é o fortalecimento dos mecanismos

de governança regional através da CIB Regional, que será a protagonista das ações,

uma vez que a área delimitada para o projeto QualiSUS – Rede coincide com a

Regional de Saúde Metropolitana.

Foi composto um Grupo Condutor Tripartite: SESA, COSEMS, NUCLEO do

MS, cuja tarefa prioritária é a construção de uma agenda de discussões

regionalizadas para a implementação do Decreto 7.508/2011 e Lei Complementar

141/2012, que culminará na assinatura do COAP, conforme mencionado

anteriormente.

O subprojeto oportunizará o fortalecimento das RASs na região, atuando,

dessa forma, como indutor da implantação do referido Decreto. Vale ressaltar que o

Plano Estadual de Saúde 2012-2015 e a Programação Anual de Saúde 2012

contemplam o Projeto Qualisus-Rede para a RMC.

Eixo estruturante 5: Fortalecimento da governança Regional e implementação do Decreto

7.508/2011 na região metropolitana de Curitiba.

Justificativa: A necessidade da adequação dos processos de gestão face a implementação do

Decreto n. 7.508/2011

Objetivos Meta Indicador

1) Capacitar os gestores para a Implementação do Decreto 7508/2011 na RMC

100% dos municípios da RMC com

gestores capacitados % de municípios com gestores capacitados da RMC

3) Adequar os Planos Municipais de Saúde dos Municípios Considerando o plano estadual de saúde e plano nacional de saúde

Revisar os planos municipais de saúde dos 29 municípios da área de abrangência da 2

a Regional de

Saúde Numero de planos municipais revisados/total municípios da 2RS

4)realizar o Planejamento integrado com base nas RAS prioritárias

Implantar na 2a RS as Redes

Materno Infantil, Urgência e Emergência durante a vigência do projeto

RAS Materno Infantil e Urgência Emergência implantadas

5) Formalizar o COAP a partir da implantação das redes prioritárias

Implantar COAP das redes prioritárias

COAP das redes prioritárias formalizados

6) Monitorar e avaliar o COAP COAP monitorados e avaliados COAP monitorado e avaliado

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Objetivo 1 : Capacitar os gestores para a Implementação do Decreto 7508/2011 na RMC

Meta: atingir todos os 29 municípios da área de abrangência do projeto

Atividades

custo estimado (R$)

BIRD MS SES MUN

Realização de oficinas, seminários locais e regional.

182.001,39

Todas as atividades inerentes a consecução dos objetivos 3 e 4

Recursos

próprios da

SESA

Total 182.001,39

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8. Formulação do Plano – Quadro síntese dos custos estimados por objetivo

UF : PARANÁ Ano: 2012

Região : Região Metropolitana de Curitiba

Linha de Ação

Custo Estimado (R$)

BIRD MS SES

Eixo 1.Qualificação da Atenção Primária à Saúde 10.503.548,84

Eixo 4: Sistema de Apoio Logístico - Transporte sanitário eletivo 5.557.032,00

- Complexo Regulador 6.900.000,00

Total: 12.457.032,00

Eixo 5.Fortalecimento da Governança Regional 182.001,39

Total Geral : 23.142.581,39

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9. Cronograma de Atividades

Eixo Estruturante 1: Qualificação da atenção primária em saúde

Prazo em meses (considerar os 30 meses de execução do Subprojeto)

Atividade

2

o. trimestre

2012

3

o. trimestre

2012

4

o. trimestre

2012 até junho 2014

Atividade 1. Contratação de PJ para elaboração de material educativo e para divulgação das ações relacionadas ao APSUS e Rede Mãe Paranaense. Grupo Condutor, SESA e COSEMS

Lançamento

do edital

Contratação da

empresa vencedora e Entrega do

produto pela empresa

contratada

Atividade 2. Realização de oficinas, seminários e/ou

eventos para qualificação da APS (profissionais, gestores ) para as RAS Grupo Condutor, SESA e COSEMS

Planejamento Realização das oficinas

Realização das oficinas

Atividade 3. Realização de atividades educativas junto aos movimentos sociais e conselheiros de saúde sobre RAS. Grupo Condutor, CIB Regional e Conselhos Municipais de Saúde da RMC

Planejamento Realização

das atividades Realização das

atividades

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Eixo Estruturante 4: Sistema de Apoio Logístico – Transporte Sanitário Eletivo

Prazo em meses (considerar os 30 meses de execução do Subprojeto)

Atividade

2

o. trimestre

2012

3

o. trimestre

2012

4

o. trimestre

2012 até junho 2014

Atividade 1. Aquisição de 20 microônibus Grupo Condutor e SESA

Elaboração do

edital

Contratação da empresa vencedora

Contratação da

empresa vencedora

Atividade 2. Contratar PJ para elaboração e implantação do projeto de transporte sanitário eletivo. Grupo Condutor, SESA e COSEMS

Elaboração do edital

Contratação da empresa vencedora

Contratação da empresa

vencedora

Eixo Estruturante 4: Sistema de Apoio Logístico Complexo Regulador – Urgência e Emergência

Prazo em meses (considerar os 30 meses de execução do Subprojeto)

Atividade

2

o. trimestre

2012

3

o. trimestre

2012

4

o. trimestre

2012 até junho 2014

Atividade 1.. Construir sede para o complexo regulador metropolitano com área de 3.000 m2. Empresa de construção vencedora do processo licitatório

Lançamento do edital

Contratação da empresa vencedora

Entrega do

produto pela empresa

contratada

Atividade 2. Equipamentos para o complexo regulador Grupo condutor e Superintendência de Infraestrutura

Lançamento de edital para

aquisição dos equipamentos,

processo licitatório e entrega dos

equipamentos pela empresa

vencedora

Atividade 3. Qualificação das equipes de regulação

Planejamento e organização do processo

Realização das atividades de qualificação

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Eixo Estruturante 5: Fortalecimento da governança Regional e implementação do Decreto 7.508/2011 na região metropolitana de Curitiba.

Prazo em meses (considerar os 30 meses de execução do Subprojeto)

Atividade

2

o. trimestre

2012

3

o. trimestre

2012

4

o. trimestre

2012 até junho 2014

Atividade 1.. Qualificação das equipes municipais e regional para desenvolver as ações relacionadas à implementação do Decreto 7.508/2011. Grupo Condutor e SESA e COSEMS

Planejamento e organização do processo

Realização das atividades de qualificação

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Anexos