15

Sumário - ABEAÇO - Associacao Brasileira da Embalagem de Aco · A revista ABEAÇO Notícias é editada ... Um fator importante para que a decoração fique perfeita é o tempo investido

Embed Size (px)

Citation preview

Sumário

ABRIL | MAIO | JUNHO | EDIÇÃO 42

InstitucionalCompartilhando conhecimento

pág. 10

EmpresasA decisão que deu certo

pág. 26

Mais rápidas, econômicas e ecológicas

Saúde e GastronomiaDa ervilha ao broto de soja

pág. 14

3REVISTA ABEAÇO |

Editorial

Versatilidade eficienteÉ muito bom descobrirmos fãs da lata de aço. Pessoas que compartilham dos mesmos sentimentos que nós em relação à embalagem metálica. Foram assim as fontes que entrevistamos para a matéria de capa sobre decoração. Com criatividade e bom gosto, elas souberam como dar um toque especial a ambientes internos ou externos utilizando embalagens de aço pós-consumo. Nossos novos amigos e fãs, além de transformarem as latas em objetos de desejo, prolongam a vida útil da embalagem.

Mas nem só de carisma e personalidade vive a lata de aço. Diversos equi-pamentos e vernizes, proporcionam embalagens mais seguras e resistentes para envasar desde alimentos a produtos químicos. E a tecnologia atual-mente surpreende. Enquanto as máquinas ajudam a diversificar o tamanho, formato e auxiliam na redução de custos, os vernizes protegem e aumentam a vida útil do produto, além de proporcionarem a aplicação de efeitos espe-ciais para deixar as latas mais bonitas e atraentes.

O desenvolvimento da lata é essencial para que novos produtos e alimentos sejam incorporados às gôndolas dos supermercados. Hoje em dia, encontra-mos desde as tradicionais ervilhas a broto de soja enlatados disponíveis ao consumidor. Saborosos e prontos para servir, facilitam a vida corrida.

Nessa edição, vamos apresentar nossa associada que reina no Norte e Nor-deste do país, a Indústria Reunidas Renda S.A, e saber quais as embalagens foram vencedoras da Latincan 2014.

Boa leitura!

Thais FaguryGerente Executiva

Jornalista Responsável Claudia Reis (MTB 15693)

Gerente ExecutivaThais Fagury

Diretora de ArteLílian Sá

ColaboraçãoEquipe Press à Porter

CapaABEAÇO

CoordenaçãoThais Fagury

ProduçãoPress à Porter Gestão de Imagem

RevisãoPress à Porter Gestão de ImagemThais Fagury

Contato ABEAÇOThais [email protected]

Contato PRESS A PORTERClaudia [email protected]

Pré-impressão e impressãoCentrográfica

Tiragem5.000 exemplares

Impresso em Junho de 2014

ABEAÇO Brasil latadeaco #amolatadeaço

A revista ABEAÇO Notícias é editada pela Assessoria de Imprensa Press à Porter sob

coordenação da área de Marketing da Associação Brasileira da Embalagem de Aço - ABEAÇO

2 | REVISTA ABEAÇO

SustentabilidadeNobre decoração

pág. 04

AdministraçãoRua Rocha, 167 - Cj. 33

Bela Vista - 01330-000 - São Paulo - SPFone: (11) 3842-9512 / Fax: (11) 3849-0392

www.abeaco.org.br

Inovação e Tecnologia

pág. 18

Proteção garantida

pág. 22

Mercado

Para quem gosta de usar materiais recicláveis na decoração da casa ou do trabalho ou até aproveitá-los em outros ambientes como festas e eventos, o blog Apartment Therapy (http://www.apartmenttherapy.com/) tem ótimas dicas. Uma verda-deira inspiração! Antes de jogar as embalagens de aço pós-consumo na lixeira, basta usar a criatividade

Inspiraçãoe desvincular a imagem do produto para criar obras de decoração que deixa os ambientes muito mais boni-tos e aconchegantes.

No post “10-ways-to-use-tin-cans” há latas reutilizadas e com novas funcionalidades. Vasos, porta-velas, luminárias, porta-talheres na cozinha, porta-lápis para organizar o quarto das crianças e escritórios, porta-sabonete etc. Tem até um porta-alfinete superfácil de fazer.

Artistas também trabalham com latas de aço para criarem obras de decoração que qualquer um gostaria de ter em casa. É o caso da artista italiana Nathalie Alony, também conhecida como NaTalica, que montou a instalação de parede Home Sweet Home composta de uma série de situações cotidianas artesanais dentro de latas de sardinha vazias. A instalação de Nathalie ilustra a experiência pessoal e coletiva de viver em apartamentos da cida-de. “Todas essas vidas diferentes, histórias diferentes, diferentes passados e futuros, tudo o que a intimidade condensa entre quatro paredes, um ao lado do outro, em pequenos apartamentos, pequenas caixas que cada um de nós chamamos de lar”, diz a artista em seu site (http://natalica.com/homesweethome.html).

Decoração Econômica

Reutilizar materiais sustentáveis é uma forma barata de decorar a casa. Criatividade e imaginação fazem toda a diferença nesse caso para desenvolver peças incríveis e encantadoras. Saber selecionar e reutilizar o material é o segredo do autor da obra.

Uma simples lata de leite em pó, por exemplo, pode se transformar em um desco-lado abajur de cabeceira. Seis latas de milho, num fofo porta-lápis.

Um fator importante para que a decoração fique perfeita é o tempo investido. É muito importante desenhar a ideia no papel, testar quais materiais usar e checar quais as melhores combinações de cores antes de iniciar a produção para garantir o resultado final.

4 | REVISTA ABEAÇO 5REVISTA ABEAÇO |

Sustentabilidade

Nobre decoração

Você Sabia?

A lata de aço é muito usada como objeto de decoração por aliar suas principais características físicas à

beleza e memórias

A lata de aço é muito mais do que uma embalagem 100% reciclável e que pode ser transformada infinitas vezes sem perder suas características: ela também é um objeto de decoração confidente de lembranças da vida. Resistente à chuva e ao sol, a ventos e trovoadas, a embalagem mantém as memórias intactas entre gera-ções, sendo reutilizada de várias formas e em diferentes ocasiões.

A chef Maya Midori, proprietária do bistrô Les Delices de Maya, localizado na Vila Madalena (SP), tem uma recorda-ção de infância aonde a lata de aço é prota-gonista. “Tenho uma lata de sorvete Kibon

que era a lata em que a minha mãe guarda-va as coisas de costura. Eu devia ter uns 10 anos. Eu me lembro da lata na mesa de casa quando eu era pequena. Até hoje eu guardo as coisas de costura lá”, conta.

Maya, além de ter boas lembranças relacionadas à lata, sabe como aproveitar a embalagem para ser lembrada pelos clientes. Quem visita o Les Delices de Maya recebe a conta em lindas latinhas de aço. Dar um to-que especial na decoração de um restaurante faz toda a diferença para deixar o ambiente muito mais aconchegante e agradável. “Eu acho simpático entregar a conta numa lata de aço. É tão careta vir numa pastinha de

couro. Em lata fica muito mais charmoso.” A ABEAÇO Notícias comprovou: foi ao restau-rante e percebeu a receptividade positiva em relação ao mimo. Todos gostam.

“Eu comprei umas três latinhas para colocar aqui no bistrô e aí comecei a mandar as contas dentro delas. Uma cliente me chamou e falou que tinha umas latinhas vazias de Paris que tinham especiarias dentro. Ela disse que achava linda, mas depois de usar o conteúdo não tinha onde guardá-las e perguntou se eu queria. Nossa, quando eu vi as latas me apaixo-nei por elas na hora! Lindas demais, adorei!”, diz. “Todo mundo olha e fala: olha que boni-tinho, que simpático, é um detalhe charmoso

6 | REVISTA ABEAÇO 7REVISTA ABEAÇO |

Sustentabilidade

Lata de tinta

Outra sugestão de reutilização de latas pós--consumo na decoração são as embalagens de tin-ta. Em diferentes tamanhos é possível criar desde porta-lápis e vasos a luminárias, bancos estofados e casinhas para gatos. Sim, a embalagem metálica de tinta é muito versátil e podemos nos inspirar com a variedade de opções encontradas na internet. Com criatividade é possível comprar a tinta, pintar o ambiente, limpar a lata e usá-la para completar a decoração com objetos reciclados e originais.

A lata de aço, além de ser um ótimo insumo para criar objetos de decoração personalizados, é um material seguro e resistente e, por isso, é a em-balagem ideal para conservar as propriedades das tintas. As marcas de tintas estão atentas às exigên-cias do mercado e investem em novas tecnologias e cores para agradar a todos os gostos.

A Suvinil, por exemplo, destaca em seu site três tendências de decoração: Plural, Pulsante e Ele-mentar. Segundo a marca, as cores podem resgatar a simplicidade e atender ao desejo de transformar e de se conectar com o outro. Já a Coral, para acabar com a dúvida na hora da escolha da cor da tinta, também inovou. Acaba de disponibilizar o aplicati-vo Coral Visualizer. Com o app é possível conhecer toda a linha de produtos e variedade de cores, buscar inspiração, simular a pintura dos ambientes e fazer o reconhecimento das cores que mais encantam.

Foto

s: P

ress

à P

orte

r

que chama a atenção dos clientes.” O restaurante usa ainda lata de aço como porta-canudos e para guardar talheres. A lata de aço faz parte definitiva-mente da decoração do local.

Além das relíquias expostas no bistrô, a chef utiliza latas de várias formas e tamanhos, para guardar seus temperos. “Qualquer coisa que ven-de em lata, eu compro para guardar. Por exemplo, os meus temperos ficam em lata de manteiga. Eu compro manteiga em lata de todo o tipo e de to-das as marcas e guardo meus temperinhos lá. Lata de panetone antiga e de sorvete antiga, todas essas latas eu tenho.”

Com tanta paixão pela lata, a ABEAÇO Notícias perguntou para Maya por que a lata de aço está tão presente em sua vida. “Eu gosto de lata porque não estraga, é resistente, não quebra,

fica bonita na decoração e tem história. Lata a gente usa para sempre.” Para Thais Fagury, gerente executiva da ABEAÇO, Maya tem toda a razão. “É isso mesmo, a lata é um objeto que dura para sempre, pode ser reutilizada e, o mais importan-te, depois pode ser reciclada sem impactar o meio ambiente”, complementa Thais. “Decoração tem tudo a ver com sentir-se à vontade, seja em casa ou no trabalho. Estar em ambientes aconchegantes traz bem-estar, nos faz sentir melhor, conseguimos usufruir muito mais. Aliada à sustentabilidade, melhor ainda”, comenta Thais.

Outro estabelecimento da Vila Madalena que usa lata de aço na decoração para já deixar o ambiente agradável logo na entrada é a loja-atelier de joias Sou-Sou. Localizada no bairro há sete anos, o espaço tem uma parede com latas de Lei-te Moça reutilizadas penduradas com plantas há cinco anos.

Satya Spindel, uma das proprietárias, con-ta que essa é a decoração que mais durou nessa parede. “No início mudávamos a decoração da parede pintando, ou com algum tema, mas depois que colocamos as latinhas, nunca mais alteramos. Dá um ar de feminilidade, justamente por serem as latinhas de Leite Moça, o que tem tudo a ver com as peças que produzimos e com o ambiente que criamos para a loja”, diz.

A designer de joias colecionava as latas de leite condensado da Nestlé por terem formatos diferentes, novas versões, um ar vintage. “Quando ia ao supermercado sempre comprava. E olha que não sou uma formiga, mas gostava da aparência dessa lata”. Artista plástica de formação está sem-pre atenta às tendências visuais. “Eu tinha tudo guardado quando tive a ideia. Pegamos as latas e montamos um jardinzinho. Ficou supercharmoso.” Satya reforça ainda que além de bonito, esse tipo de decoração tem um papel sustentável que faz toda a diferença. “Já tinha visto outros locais com esse tipo de decoração e resolvi montar o nosso próprio jardim reutilizando as latas.”

“ACHO SIMPÁTICO ENTREGAR A CONTA NUMA LATA DE AÇO. É TÃO CARETA VIR NUMA PASTINHA DE COURO. EM LATA FICA MUITO MAIS CHARMOSO” (MAYA MIDORI, CHEF)

Latas para guardar talheres do bistrô de Maya (acima) e parede decorada com latas de Leite Moça da loja Sou-Sou

Maya Midori, chef e proprietária do bistrô Les Delices de Maya, na Vila Madalena (SP)

Se a lata de aço não for reutilizada, para recicla-la é importante limpa-la corretamente. Após consumir o conteúdo, ela deve ser lavada e separada para não ser descartada como lixo comum. As embalagens devem ser separadas juntas para que a coleta seletiva seja efetiva. Se o consumidor preferir, é possível levar a lata para grandes redes supermercadistas e descar-tar em postos de entrega voluntária, os quais destinam para as associações e cooperativas de reciclagem em todo Brasil.

Como reciclar a embalagem pós-consumo?

9REVISTA ABEAÇO |

Principal exemplo de jardim vertical com lata de aço na Vila Madalena é o armazém Lá da Venda. Na parte interna da loja encontramos a perfeita combinação de latas e jardinagem. Isso porque a proprietária e chef, Heloisa Bacellar, adora latas de aço, novas e antigas. Para aliar o clima rústico do interior com a praticidade da capital, Heloisa aproveitou o espaço do ambiente e pendurou latas de aço na parede do restaurante utilizando-as como vasos. Um jardim original que reutiliza todo o tipo de lata pós-consumo como de óleo, azeite, manteiga, doces etc.

O Lá da Venda foi inaugurado em 2009 e o jardim de inverno, desde então, é uma das atra-ções da loja. “Muita gente vem aqui e diz: nossa, que parede mais legal!”, conta a chef. Heloisa sem-pre pede para a equipe da cozinha latas novas para variar e substituir as velhas. “Usar latas coloridas e de formas e tamanhos diferentes dá ainda mais charme ao ambiente”, completa a paulista. Quem visita a loja vê ainda latas antigas decorando o am-biente, recheadas de histórias e lembranças de sua família que morava no interior de São Paulo, e la-tas de deliciosos doce de leite, goiabada e manteiga para comprar e levar para casa.

O publicitário Cleber Adolfo também tem uma queda pela lata de aço quando se trata de decoração. Com muito bom gosto, sua cozi-nha tem uma porção delas, de vários formatos, tamanhos e cores. Assim como o jardim vertical é atração do Lá da Venda, podemos dizer que as latas do Cleber também se destacam em sua cozinha. “Decorar o ambiente com lata de aço é legal porque dá um aspecto original e funcional”, diz Adolfo. “Todo mundo que vai lá em casa fica admirando as minhas latas. Como tenho várias de outros países, aproveito para contar minhas his-tórias e experiências. Aí o bate-papo vai longe! Supergostoso!”, conta.

Cleber coleciona latas há muito tempo porque é uma forma divertida de ter lembranças de diferentes lugares e ainda são úteis para arma-zenar outros produtos. “Sempre que viajo eu acabo prestando atenção para ver se acho alguma lata di-

ferente para trazer”, conta. “Eu tenho uma lata que gosto muito. Eu trouxe do México com um bolo de Tequila dentro. Logo gostei da lata por sua arte e cores, mas não acreditei que conser-varia o bolinho durante toda a viagem até voltar ao Brasil. Adivinhe: ele chegou intacto, fresco e saboroso”, lembra.

Além de aproveitar a embalagem na de-coração, o publicitário defende a lata de aço como um bom presente para os que também gostam de latas. “Pode ser um presente ou uma ótima op-ção de embalagem para colocar o presente den-tro. Reutilizar latas bonitas, com design moderno, para embalar um presente, demonstra delicadeza e atenção. Eu ia gostar de ganhar um presente as-sim.” Aos amigos do Cleber, #ficaadica!

8 | REVISTA ABEAÇO

“TROUXE UMA LATA DO MÉXICO COM UM BOLO DE TEQUILA DENTRO. NÃO ACREDITEI QUE CONSERVARIA O BOLINHO DURANTE TODA A VIAGEM ATÉ VOLTAR AO BRASIL. ADIVINHE: ELE CHEGOU INTACTO, FRESCO E SABOROSO” (CLEBER ADOLFO, PUBLICITÁRIO)

SustentabilidadeFo

tos:

Pre

ss à

Por

ter

O publicitário Cleber Adolfo trouxe lata quando foi ao México para enfeitar sua cozinha

Armazém Lá da Venda é referência na decoração de jardim vertical em local fechado

10 | REVISTA ABEAÇO 11REVISTA ABEAÇO |

Institucional

Compartilhando conhecimento

LATINCAN REUNIU 300 PARTICIPANTES NO RIO E APRESENTOU NOVAS TECNOLOGIAS E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS NO MERCADO DE EMBALAGENS METÁLICAS

No último mês de fevereiro, foi realizada a 18ª edição da Latincan, Confe-rência Técnica para Fabricantes de Embalagens Metálicas e Fabricantes de Matérias--Primas para a produção de latas. A ABEAÇO, Associação Brasileira de Embalagem de Aço, apoiadora do evento, participou pela terceira vez. Nesta edição de 2014, como palestrante e ouvinte nos fóruns. A palestra da Associação teve abordagem mercado-lógica sobre a evolução das latas de aço de três peças no Brasil.

“É extremamente importante para nós participarmos de um evento como esse”, explica Thais Fagury, gerente executiva da ABEAÇO. “O objetivo da partici-pação é tomar conhecimento das novas tecnologias e atualizar os associados para que eles tenham a melhor e mais recente informação sobre tudo o que ocorre no segmento de embalagens metálicas.”

A Latincan ocorreu entre os dias 12 e 14 de fevereiro, no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro (RJ). Maior evento do estilo realizado mundialmente, a conferência ocorre todos os anos em localidades diferentes da América Latina e reúne aproximadamente 200 a 300 participantes, entre fabricantes de embalagens metálicas e fabricantes de equipamentos para a indústria de latas.

Segundo a organização, o evento ser-ve, principalmente, para criar proximidade entre fabricantes de embalagens metálicas e os produtores de equipamentos e tecnologias dedicadas exclusivamente ao setor. “A princi-pal função do evento é fazer networking, pois representa a oportunidade de atualizar os co-nhecimentos sobre novas tecnologias e equi-pamentos disponíveis no setor”, explica Luiz Barbosa, coordenador da Latincan no Brasil.

Entre os associados da ABEAÇO que participaram estavam Rimet, Prada, CMP, Sil-gan, CSN, Canpac, Máquinas Moreno e Stipare. Segundo Thais Fagury, os associados fabricantes de latas participaram apenas como ouvintes. Já os fabricantes e importadores de equipamentos levaram para a conferência uma prévia das novi-

dades que seriam lançadas na Metpack, feira internacional de embalagens metálicas, reali-zada em maio deste ano na Alemanha.

Ao todo, 23 palestrantes apresenta-ram novidades do segmento de embalagens metálicas durante a conferência. Entre os destaques estiveram Derrick Straka, dire-tor de vendas regional da KBA MetalPrint GmbH, que fez apresentação com o tema “Automação faz a diferença”; Rich Harris, gerente técnico de latas de duas peças da Inx International Ink Co., com palestra so-bre “Tintas inovadoras para decoração em latas de duas peças”; e John Wagg, gerente de operações e vendas da CMC KUHNKE, com palestra sobre “Controle de qualidade para embalagens metálicas”.

A PRINCIPAL FUNÇÃO DA LATINCAN É ATUALIZAR O PÚBLICO-ALVO SOBRE NOVAS TECNOLOGIAS E EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS NO SETOR.

Foto oficial dos participantes da Latincan no Rio de Janeiro.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

12 | REVISTA ABEAÇO 13REVISTA ABEAÇO |

Institucional

AS PERSPECTIVAS PARA O MERCADO DE EMBALAGENS DE AÇO NO BRASIL SÃO BOAS, PRINCIPALMENTE CONSIDERANDO AS POLÍTICAS DE RESÍDUOS SÓLIDOS.

As melhores da Latincan

Além de apresentar as novidades e trazer palestras dos players mais importantes do segmento, a Latincan premia em todas as edições as melhores latas do ano. São nove ca-tegorias: latas de duas peças para bebidas, la-tas de duas peças promocionais, latas de duas peças para alimentos, latas de três peças para alimentos, latas de linha geral (utilizada para tintas e vernizes), aerossol, promocio-nal, tampas e o Supreme Award, premiação da lata que apresenta melhor apelo visual, melhor litografia e melhor tecnologia aplica-da dentre as inscritas no evento.

Segundo o coordenador da Latincan no Brasil, Luiz Barbosa, este ano houve em média quatro latas diferentes concorrendo em cada categoria. “A lata vencedora é definida por uma comissão julgadora formada por profissionais do próprio Latincan, de diver-sas áreas”, conta Barbosa. “Apenas os fabri-cantes de latas não fazem parte da comissão e a lista completa dos participantes é mantida em sigilo”, explica.

Entre as vencedoras de 2014 estão algumas latas fabricadas por associados da ABEAÇO. As premiadas foram: lata “Queijo Polenghi”, da Metalgráfica Palmi-ra Ltda., que venceu na categoria duas peças

Por reunir personagens im-portantes do setor do continente in-teiro, a Latincan já foi realizada em diversos países, entre eles Venezuela, México, Porto Rico e Estados Unidos. “A primeira edição, que aconteceu no ano de 1996, ocorreu na Ilha de Mar-garita, que faz parte da Venezuela”, lembra Barbosa.

A escolha pelo Brasil para se-diar a edição de 2014, segundo Barbosa, ocorreu devido ao potencial do merca-do local. “Aqui é sempre um dos locais preferidos pelos participantes. Inclusi-ve, esperamos um crescimento razoável nesse segmento este ano, principalmen-te em função dos eventos esportivos que vão acontecer em 2014 e 2016”, conta.

Thais Fagury, concorda. “As perspectivas para o mercado de emba-lagens de aço no Brasil são boas, princi-palmente se considerarmos as políticas de resíduos sólidos e o foco na alimen-tação saudável e prática”, detalha.

A próxima edição da Latincan ainda não tem lugar definido, mas o time de organizadores está motivado e já iniciou os preparativos. “Imedia-tamente após o fechamento da edição de 2014 já iniciamos a organização do próximo evento. A organização envolve muitas etapas e toda a preparação demanda dois anos de árduo trabalho”, completa. “Inclusive, é bem provável que o Brasil seja escolhido como sede novamente”, finaliza Barbosa.

para alimentos; lata “Suvinil Fosco”, da CMP – Cia Metalgráfica Paulista, que venceu na categoria linha geral; lata “Grow – Romero Brito”, também da CMP, vencedora na categoria promo-cional; lata “Arte Urbana”, da Brasilata S.A., vencedora na categoria aerossol; e lata “Pipó”, também da Brasilata, que venceu na categoria tampas.

Segundo Adriano Marson, dire-tor comercial da CMP, a premiação com a lata 18L da Suvinil na Latincan 2014 mostra o pioneirismo da empresa por de-senvolver e aplicar em escala industrial o Verniz Ultra Violeta Fosco para aca-bamento final da embalagem. “Até então apenas vernizes com secagem térmica poderiam ter esta condição fosca”, explica. Evento contou com participantes de diferentes países da América Latina

Diretores da CMP estiveram presentes na Latincan 2014

Segundo Luiz Barbosa, o Brasil foi escolhido para sediar o evento este ano por seu mercado em potencial

No Brasil, cerca de 80% da po-pulação - ou quase 140 milhões de pessoas - consome alimentos enlatados. Segundo a Abeaço, que fez a estimativa, os mais popu-lares são milho, ervilha, seleta de legumes, grãos, cenoura e beterraba. Mas o mercado de vegetais enlatados é tão querido e bem aceito pelos consumidores que vem se so-fisticando e diversificando cada vez mais. Um bom exemplo são as opções oferecidas pela Quero, entre elas: feijão carioca e grão de bico, além da tradicional seleta de legu-mes com batata, ervilha e cenoura. Também na linha da seleta, o consumidor encontra o dueto de milho e ervilha das marcas Qualitá e Bonduelle. Já a Casíno, marca importada do Pão de Açúcar, disponibiliza ainda alca-chofra e legumes com molho de tomate em lata. Tudo delicioso e prontinho para servir.

De acordo com Thais Fagury, ge-rente executiva e engenheira de alimentos da ABEAÇO, o mercado de legumes e vegetais vem crescendo e hoje é possível encontrar 75% dos itens em latas de aço. Muito mais do que preocupados com a saúde, os consumidores estão cada vez mais buscando praticidade para seguir a rotina corrida. “A lata de aço proporcio-na alimentos isentos de qualquer tipo de conservante ou aditivo químico, por serem cozidos dentro da própria embalagem. Os enlatados possuem valor nutricional igual ou melhor do que alimentos in natura. Atendem perfeitamente o perfil do consu-midor que precisa de agilidade no dia a dia e se preocupa com a qualidade e estilo de vida”, explica Thais.

14 | REVISTA ABEAÇO 15REVISTA ABEAÇO |

Produtos que facilitam a vida des-sa grande parcela, com certeza, são bem--vindos à despensa de casa. Ainda mais se forem saudáveis e vierem prontos para consumo como, no caso, os legumes e ve-getais em lata. Indispensáveis para uma alimentação balanceada, fornecem vitami-nas, minerais e fibras. Podem-se destacar as vitaminas A, C e as do complexo B, além dos minerais cálcio, ferro, potássio e magnésio. De forma geral possuem poucas calorias. Devido às fibras presentes, tam-bém ajudam no trânsito intestinal e, por conter compostos funcionais, contribuem na prevenção de doenças e no combate ao envelhecimento.

Estudo realizado pela Universidade da Califórnia - Davis (EUA) - comparou entre alimentos frescos e enlatados e mos-trou algumas vantagens para a lata. A cenou-ra, couve, espinafre e batata doce em lata pre-servam mais os carotenoides em comparação aos alimentos in natura. O tomate enlatado possui três vezes mais licopeno, devido ao seu processo de cozimento e o envase na lata. Foi comprovado que o nosso orga-nismo absorve melhor o licopeno quando exposto ao cozimento, ou seja, o calor au-menta a biodisponibilidade da substância, tornando-a mais presente do que nos to-mates frescos. Já o milho em embalagem de aço possui uma quantidade acentuada do antioxidante luteína, que pode reduzir os riscos de catarata e degeneração macu-lar - doenças dos olhos que podem levar à cegueira. É ainda cerca de 40% menos caló-rico do que o milho cozido em casa.

OS ALIMENTOS ENLATADOS SÃO ISENTOS DE QUALQUER ADITIVO QUÍMICO E POSSUEM VALOR NUTRICIONAL IGUAL OU MELHOR DO QUE A VERSÃO IN NATURA.

Saúde e gastronomia

Da ervilhaao broto de sojaDa ervilhaao broto de soja

As fabricantes de embalagens de aço defendem com afinco os benefícios do consumo de alimentos enlatados e explicam o motivo. Para a Rimet, a em-balagem metálica é sinônimo de quali-dade, agrega valor e destaca o produto nas gôndolas. Outra vantagem destacada pela JBS Embalagens Metálicas é o tem-po de vida do produto nas prateleiras, que pode chegar até quatro anos, sem necessidade de refrigeração. Já a Me-talgráfica Rojek pontua a facilidade de abertura sem necessidade de força com a disponibilidade das latas Abre-Fácil da empresa no mercado.

Consumidores de alimentos enla-tados também deram suas opiniões sobre o assunto. “Eu geralmente uso seleta de legumes, ervilha e milho quando vou pre-parar saladas ou fazer um arroz temperado. Acho a lata de aço muito prática, princi-palmente porque a durabilidade é maior: compro hoje e posso deixar no armário sem me preocupar se os produtos vão es-tragar em pouco tempo”, diz Ana Lúcia Ferreira, comerciante.

“Amo de paixão ervilha enlatada! Os alimentos em lata de aço são uma mão na roda para as donas de casa, se adaptam em várias receitas como pastelão e saladas, além de serem saudáveis”, afirma Edeltru-des Araújo Becker, médica aposentada.

Um tema bastante abordado na imprensa é o teor de sódio dos enlata-

16 | REVISTA ABEAÇO

Saúde e gastronomia

A LATA DE AÇO É INVIOLÁVEL, GARANTINDO A SEGURANÇA E A CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS.

dos. No caso de legumes e vegetais em conserva, basta passá-los em água corrente e deixá-los em repouso em água limpa e filtrada por cerca de 20 minutos. O teor de sódio reduzirá em 70-80%, afirma a engenheira de ali-mentos da ABEAÇO.

Para melhor conservação, al-guns alimentos enlatados contêm sódio em sua composição, mas a maioria não possui sódio em excesso.

Mesmo com todas essas quali-dades da lata de aço citadas anterior-mente, o caso do Bisfenol A (BPA), composto orgânico fenólico presente no verniz que reveste as embalagens metálicas e outras aplicações, ainda gera muita polêmica em relação à saúde.

Para Thais, o uso do BPA é se-guro e sua ingestão não é prejudicial à saúde. “Estamos acompanhando todos os estudos realizados, inclusive no Bra-sil, e defendemos a posição de que o Bisfenol A não representa risco à saúde. Hoje em dia existem testes, que utili-zam tecnologia de ponta, que mostram que não há evidências que indiquem a toxicidade da substância”, afirma.

Pesquisa realizada recente-mente por cientistas da Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, reforça a seguran-ça do BPA. A posição atual do FDA é que o BPA é seguro pelos valores muito baixos em que apresentam em alguns alimentos.

Bisfenol A

Voz de quem compra

Teor de sódio

17REVISTA ABEAÇO |

Cuscuz Vegetariano

Ingredientes:

1 xícara de cebola ralada

4 dentes de alho picados

½ xícara de azeite

2 xícaras de cenoura ralada

2 xícaras de aspargo fresco picado

500g de tomate sem pele e sem sementes

1 lata de ervilha

1 lata de palmito (540g) picado

1 lata de milho verde

¼ de xícara de salsa picada

2 pimentas-dedo-de-moça picadas

1 xícara de azeitona verde picada

1 litro de caldo de legumes

3 xícaras de farinha de milho

2 xícaras de farinha de mandioca em flocos

1 colher (sopa) de sal

Para decorar:

Pimenta-dedo-de-moça

Pontas de aspargo

Tomate-cereja

Modo de preparo:

1 – Numa panela, refogue a cebola e o alho na metade do azeite em fogo mé-dio, por cinco minutos. Junte a cenou-ra e o aspargo e refogue por mais cinco minutos, mexendo às vezes. Adicione o tomate, a ervilha, o palmito e o milho e cozinhe por três minutos.

2 – Acrescente a salsa, a pimenta e a azeitona e misture. Junte o caldo de le-gumes e as farinhas. Mexa e cozinhe por cinco minutos. Coloque o azeite restante e o sal e misture bem. Retire do fogo.

3 – Unte formas de empadinha com 3,5 cm de diâmetro com óleo. Coloque pe-daços de tomate, aspargo ou pimenta no fundo e preencha com o cuscuz, pressio-nando. Desenforme e sirva.

Para variar:

No mercado há palmito enlatado de açaí e pupunha, além do tradicional ju-çara. Todos eles são saborosos, saudáveis e com baixas calorias.

Rendimento: 40 unidadesCalorias: 60 por unidade

19REVISTA ABEAÇO |18 | REVISTA ABEAÇO

Inovação e Tecnologia

Você já imaginou como é feito o for-mato cilíndrico ou quadrado de uma lata de aço? E como é o processo de envase? Ou como as latas de aço estão cada vez mais parecidas com verdadeiras obras de arte? Formas, tamanhos, cores e inúmeras opções de embalagens em aço são possíveis graças ao maquinário que está pre-sente em todas as etapas de fabricação de um produto enlatado.

Os equipamentos estão em constante evolução para atender à demanda crescente do mercado. As principais inovações nas máquinas para fabricação e envase em lata de aço foram aumento da velocidade de produção, melhora na qualidade do produto final, maior automação dos

processos e redução da espessura do aço, tornan-do a embalagem mais competitiva e sustentável. Outras inovações que merecem destaque foram as máquinas que fabricam tampas convencionais, tampas com formatos diferenciados, easy open (abre fácil) ou ainda peel off (membrana flexível aplicada no corpo da lata).

O segmento de produção de máquinas e equipamentos esteve movimentado no mês de maio, quando aconteceu uma das maiores feiras de embalagens metálicas do mundo, a Metpack, na Alemanha. E a ABEAÇO Notícias traz com exclusividade as novidades que podem chegar ao mercado brasileiro de fabricação de embalagens.

A Canpac, empresa que representa fabricantes de máquinas da Europa, Estados Unidos e Ásia, apre-sentou no evento a soldadora de latas de alta velocidade Soucan 2075 AF, da Soudronic, uma de suas representa-das. De acordo com Fabio Lourenço, diretor de vendas da empresa, essa é considerada a máquina mais ecológi-ca e econômica para fabricação de latas de meio quilo.

“O equipamento pode trabalhar com menos espessura de folha de flandres (mínimo 0,10mm) e maior produção de latas por minuto que os demais equipamentos existentes até o momento. Podemos produzir até 1200 latas por minuto”, explica Lourenço. “O aumento da produção, aliado ao menor consumo de matéria-prima, faz com que seja o equipamento mais ecológico do mercado, por usar menos energia e menos aço”, ressalta o executivo.

A empresa apresentou ainda outras máquinas da Soudronic, como a Uniseal, para a fabricação de tam-pas peel off de alta velocidade, com possibilidade de fa-bricação de 400 tampas por minuto. Já a Curlipack, usa-da para aplicar vedante e curlingar (preparação da aba da tampa), possibilita um aumento de 20% na produção de tampas com a mesma quantidade de vedante.

Também com lançamentos na Metpack, a Sti-pare, empresa de soluções para envases e fabricação de embalagens, destaca a RHO III, máquina para apli-cação da membrana diretamente na lata de aço sem a necessidade de produzir anel de apoio, como acontece na tampa peel off. “Esse tipo de tampa é muito utiliza-da para produtos em pó, como achocolatados e lácteos. Ao eliminar o anel de apoio, a RHO III proporciona uma economia que pode ser sentida no produto final”, explica Julio Cesar Leone Ferreira, diretor da Stipare.

A máquina conta com design modular, per-mitindo quatro ou oito estações de trabalho em uma

Maquinários Nacionais

Hoje os fabricantes de lata de aço têm uma vasta opção de equipamentos, que se adapta de acordo com o projeto da embalagem a ser fabricada. O grande avanço do setor no Brasil foi impulsionado pela necessidade de fornecimento de máquinas e equipamentos que se igualassem a qualidade dos importados. Como resultado, o país tem expertise para exportar. Con-fira algumas opções disponíveis no mercado nacional:• Autoclaves: usadas para esterilizar as embalagens após o envase de alimentos;• Sistema de “curlingadeira”: equipamento que prepara a tampa para re-ceber a aplicação de vedantes; • Sistema de selagem direto de membrana (película) no corpo da lata: usa-da para facilitar a abertura de latas de alimentos. Este sistema elimina a recravação (fechamento da lata). • Sistemas completos de estufas: responsáveis pela secagem dos vedantes e vernizes aplicados de acordo a necessidade de cada tipo de lata;• Equipamentos de múltiplas funções para montagem de diferentes tipos de latas com velocidades e características distintas. Este sistema pode ser usado para:

* Separação de latas;* Formação de flanges superiores e/ou inferiores;* Necking, sistema que faz a redução de um dos diâmetros da lata, possi-bilitando empilhamento das embalagens;* Equipamento para fazer frisos, usados para fortalecer a estrutura das embalagens; * Recravação superior e inferior, este equipamento faz o fechamento da lata, unindo a tampa ao corpo mecanicamente, por meio de rolos de recravação.

A matéria-prima usada na fabricação da lata de aço é a folha de flandres laminada com estanho, cromo ou folha sem revestimento. Os fabricantes recebem o material em bobinas, que são cortadas pelas máquinas de acordo com o projeto da lata. Há a possibilidade de fabricar latas de duas peças, com corpo e tampa, ou três peças, com tampa, corpo e fundo. Esta últi-ma pode ter costura lateral de soldagem convencional à liga de estanho/chumbo, soldagem elétrica ou por simples enganchamento.

Possibilidades de fabricação

Mais rápidas,

e ecológicaseconômicas

Mas rápida e ecológica

Vedação econômica

21REVISTA ABEAÇO |20 | REVISTA ABEAÇO

Inovação e Tecnologia

A lata de aço é bicentenária, assim como o maquinário usado na fabricação. Para chegar às inúmeras opções de formas, tamanhos, cores e produtos envasados, as embalagens de aço passa-ram por muitas evoluções ao longo dos anos. E as máquinas fizeram parte desta revolução. A ABE-AÇO Notícias traz um histórico sobre os equipa-mentos e acessórios que ajudaram a indústria de embalagens metálicas a revolucionar a forma de comercialização e de consumo.

Em 1810 ainda não existiam máquinas próprias para fabricação de latas e as primeiras eram feitas uma a uma artesanalmente por ferreiros. Eram

produzidas em chapa de ferro batido que posterior-mente eram imersas em estanho líquido. O estanho era usado para proteger o ferro da corrosão.

A produção de equipamentos mais efi-cazes começou impulsionada pela Revolução Industrial. Nessa ocasião, surgiram máquinas para fabricação de latas e também de chapas de aço de baixo teor de carbono. A fabricação ma-nual deu lugar à produção em grande escala. O resultado obtido pelo avanço dessa mecanização foi o reconhecimento do aço como um material com capacidades excepcionais de desempenho, resistência, formabilidade e durabilidade.

O setor de máquinas continuou evoluin-do e em 1851 Raymond Chevalier patenteou a

técnica “Autoclave”, equipamento que permitiu o uso do sistema de cozimento em semivácuo, ou seja, técnica que trabalha com temperaturas ideais para preservar todos os valores nutritivos dos alimentos. Esta máquina passou a lacrar as latas com muito mais segurança, fazendo com que a embalagem ficasse hermeticamente fecha-da. Este equipamento foi um divisor de águas no mundo da lata de aço e revolucionou principal-mente o setor de alimentação.

Fatos históricos têm relação direta com a evolução dos equipamentos para produção de lata de aço. Com a Guerra Civil nos EUA, no ano de 1861, por exemplo, a busca por enlatados cresceu. Por isso os fabricantes buscaram alternativas para agilizar o processo de fabricação. O primeiro pas-

torre. A RHO III possibilita ao fabricante acompanhar per-manentemente todo o processo. “Estamos desenvolvendo o método para aplicar a membrana em outros enlatados este-relizáveis, como vegetais”, ressalta Ferreira.

Outra atuante no mercado de maquinário para fabricação de latas de aço é a Máquinas Moreno. Hoje a empresa possui mais de 80 modelos de máquinas e equipa-mentos. Seu principal lançamento é uma linha completa de máquinas automatizadas, como tesouras scroll, prensas au-tomáticas e aplicadores de vedantes, para envase de produtos para pequenas e médias produções.

De acordo com Vlademir Moreno Filho, gerente de vendas e marketing da Máquinas Moreno, a nova linha é

configurada de acordo com as necessidades de cada cliente, cada processo produtivo ou levando em consideração o ta-manho da planta da fábrica.

Uma das possibilidades é a operação no modo au-tomático em médias velocidades, geralmente com configu-rações para 40, 70 e 100 latas por minuto. Outra vantagem é a eliminação das operações intermediárias e manu-ais, com maior controle e unifor-midade no processo produtivo. “Criamos essa linha para aten-der à crescente demanda dos pequenos e médios envasado-res de produtos em latas, para a automatização da produção e eliminação das etapas manuais”, afirma Filho.

Evolução das máquinas so foi criar máquinas para substituir a soldagem por costura dupla. Em 1865 foi a vez da revolu-ção dentro da lata com a criação de equipamen-tos para a aplicação dos vernizes protetores. Essas películas elásticas foram criadas para proteger os produtos do contato direto com o aço.

Já no início dos anos 70, surgiram as primeiras máquinas eletrossoldadas, eliminando o grampeamento (agrafagem) e a utilização de chumbo, proporcionando aos fabricantes maior velocidade de produção e melhor desempenho. Fatores importantes para economizar custos. Hoje vemos equipamentos com tecnologia de ponta que buscam aprimorar todas essas questões e visam, principalmente, estar em acordo com os preceitos sustentáveis para proteção do meio ambiente.

Foto

s: D

ivul

gaçã

o

Linha completa

Equipamentos produzidos pela Máquinas Moreno e Stipare, respectivamente, para fabricação de embalagens de aço

23REVISTA ABEAÇO |22 | REVISTA ABEAÇO

Mercado

A redução na espessura das folhas de flandres foi um dos fatores que tornaram as latas de aço mais com-petitivas no mercado para disputar com embalagens como as caixas assépticas, PETs, vidro etc. Junto com essa trans-formação veio a necessidade da melhoria na qualidade dos revestimentos internos e externos, os chamados vernizes, que contribuem tanto na proteção e vida útil do produto quanto na estética, pois com essa película também é possível aplicar efeitos especiais e outras funções às embalagens.

Os vernizes são revestimentos orgânicos poliméricos, derivados de resinas e óleos naturais ou produzidos sinteti-camente. Dentre suas várias funções, destaca-se o seu efeito de proteção contra a corrosão, pois funciona como uma bar-reira de isolamento entre o produto e a superfície metálica da embalagem, sendo também denominados revestimentos de proteção.

Uma das características mais importantes desse ma-terial é sua elasticidade. O verniz acompanha as deforma-ções sofridas no processo de fabricação das latas de aço, bem como, deformações ocorridas durante o seu manuseio, fazen-

do com que latas amassadas não comprometam a integridade do produto.

Essa camada deve ser especificada de acordo com o produto a ser acondicionado e com os processos mecânicos que o material envernizado estará sujeito na fabricação da lata. As resinas mais utilizadas como base na formulação dos vernizes são epóxi-fenólico, epóxi-ureia, epóxi-amino, poli-éster, acrílico e vinílico. Encontram-se no mercado inúmeras formulações com propriedades distintas.

Para alimentos ácidos como os derivados de tomate, por exemplo, é necessária aplicação interna de estanho e ver-niz. O processo é feito na fábrica produtora da lata antes da confecção dos corpos da embalagem. Os revestimentos são atóxicos, seguros, elásticos e resistentes.

Dentre os vernizes utilizados atualmente destaca-se o UV (ultravioleta). Essa variedade é uma camada protetora que, aplicada, resulta em um acabamento parecido com a plastifica-ção. Sua introdução às embalagens de aço se deu na década de 70 do século passado, como uma consequência positiva para o fim de problemas de irritação de pele. E sua utilização de fato,

iniciou-se na metade dos anos 90, quando se destacaram ou-tras vantagens em sua utilização, como menor tempo de secagem frente aos vernizes convencionais, pouca utilização de produtos quí-micos e tóxicos, segurança total aos produtos enlatados, em espe-cial os alimentos, além de econo-mia de energia em cerca de 90%.

Antecipando-se às regulamentações que limitam o uso de revestimentos internos contendo Bisfenol A (BPA), a Valspar desenvolveu uma tecnologia BPA free e alguns produtos já estão disponíveis para testes.

No quesito inovação em revestimento interno também podemos citar a Vitalure 740 da AkzoNobel Packaging Coatings, que oferece maior proteção para latas de aço aliada com conceito de sustentabilidade. O verniz tem baixo teor de solventes, menor consumo de produto aplicado, maior produtividade (sistema monoca-mada), além do aumento de 50% no tempo de prateleira da embalagem e menor geração de resíduo para os lojistas e os consumidores.

A AkzoNobel é uma companhia global líder em tintas e revestimentos e uma das principais produtoras

OS VERNIZES CONTRIBUEM TANTO NA PROTEÇÃO E VIDA ÚTIL DO PRODUTO QUANTO NA ESTÉTICA E FUNCIONALIDADE DAS EMBALAGENS METÁLICAS.

01

Litografia

1 - Sparlack Cetol: Revestimento colorido de-senvolvido para formar uma película flexível nas superfícies de madeira.

2 - Embalagem de panetone Marie Madeleine com design diferenciado e acabamento em ver-niz fosco.

3 – Embalagem de aço com relevo para choco-lates Viemont.

O uso do UV tem maior intensidade nos pa-íses da Europa, porém, algumas empresas brasileiras já passaram a adotar tal procedimento. A Valspar, por exemplo, é fornecedora global de revestimentos para embalagens, atende aos mercados de embalagens me-tálicas como latas de tinta, alimentos e bebidas, entre outros. A empresa conta com a mais completa linha de produtos da indústria de revestimentos, oferecendo sistemas internos e externos para aproximadamente todos os fabricantes de embalagens rígidas. Revesti-mentos UV, base água, alto sólidos e convencionais compõem sua linha de produtos. A presença global da companhia garante o que há de mais moderno em tecnologia de revestimentos ao redor do mundo. Se-gundo site da empresa, a tecnologia inovadora garante melhoria contínua de processos e redução de custos aos clientes.

Fotos: Divulgação

02 03

Valspar

AkzoNobel

PROTEÇÃOGARANTIDA

25REVISTA ABEAÇO |24 | REVISTA ABEAÇO

Mercado

Experiência

1) Quais são as novidades da AkzoNobel em revestimentos?Visando tornar-se fornecedor completo de revestimento para embalagens metálicas, nós estamos trazendo para o Brasil as tintas de impressão para latas de aço. Essa grande novidade conta com a Tecnologia Eurocure e Diaflex para as latas de aço de três peças. As tintas de impressão atendem aos padrões internacio-nais de qualidade. Suas bases apresentam uma extensa variedade de cor, permitindo flexibilidade na formu-lação das mesmas, possibilitando a utilização de uma quantidade menor de bases.

2) Quais outros diferenciais dos produtos da empresa?A sustentabilidade aplicada a nossos produtos e segurança do fornecimento a longo prazo. A empresa também conta com equipamento de última geração e mão de obra qualificada.

3) A empresa já ganhou prêmios por conta da inovação em vernizes e revestimentos?A AkzoNobel vem acompanhando a crescente demanda do mercado por diversificação das latas, lançando ver-nizes como o fosco e o táctil, que mudaram a concepção visual das latas de bebida. Devido a essa grande inova-ção com o táctil, em 2012, ganhamos o Prêmio “Grandes Cases Embalagem Marca”, que reforçou ainda mais as grandes conquistas realizadas pela empresa.

Foto:Arquivo pessoal

de especialidades químicas. Com atuação em mais de 80 países, for-nece produtos inovadores para indústrias e consumidores no mundo inteiro e trabalha no desenvolvimento de soluções sustentáveis para seus clientes.

Com o desenvolvimento da tecnologia e aumento da concor-rência no mercado, outra aplicação muito reconhecida pelas empre-sas, que agregam valor e diferencial aos produtos, são os revestimen-tos especiais utilizados nas embalagens com foco em aprimorar sua estética e funcionalidade. Por exemplo, com essa película diferenciada podemos encontrar hoje latas de aço mais chamativas e brilhantes, bem como, embalagens metálicas que brilham no escuro, ótimas para ganhar destaque em baladas e ambientes com menos iluminação. Há também as que apresentam QR Code, um código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfica. Esse código, após a decodificação, nos leva a um texto e/ou um link que redireciona o acesso ao conteúdo publicado em algum site. Muitas empresas utilizam esses códigos para dispo-nibilizar informações completas sobre seus produtos, como utilizá--los, ingredientes, validade, nacionalidade, dicas, que não caberiam na embalagem.

Em 2013, a Pepsi comemorou 60 anos de Brasil reeditando latinhas que fizeram parte de sua trajetória nos anos 1950, 1970 e 1990. As embalagens, que no Nordeste são feitas de aço, ganharam uma releitura moderna e um QR Code, que dava acesso ao site come-morativo da data com conteúdo exclusivo, como toda a trajetória da marca no país, as mudanças nas embalagens etc. As latas reeditadas combinavam elementos retrô com uma roupagem moderna.

Pensando no futuroDurante a Metpack, feira especializada em embalagens metálicas, na Alemanha, a Valspar lançou a sua linha de produtos valPure, que é destinada a clientes que desejam trabalhar com revestimentos livres de Bisfenol A (BPA).

A empresa é a primeira das principais fabricantes a lançar uma gama de revesti-mentos de alto desempenho livre de BPA que, embora considerado seguro pelos órgãos reguladores, tem atraído críticas de grupos especialmente nos EUA e alguns países europeus.

“Uma linha completa de revestimentos livres de BPA tem sido desenvolvida para os clientes que estão em busca de alter-nativas para os revestimentos tradicionais baseados em BPA”, diz Flavio Marchi, diretor de marketing global da Valspar. Essa nova linha de produtos é baseada em polímeros acrílicos e poliésteres de última geração, resultado de vários anos de investimentos em pesquisas.

A linha de produtos valPure é adequada para todos os tipos de latas, tanto para bebidas quanto para alimentos. Segundo Marchi, já está disponível comercialmente em todas as regiões do mundo.

A empresa afirma ter capacidade suficien-te para abastecer revestimentos internos para o mercado global de bebidas em lata.

02

03

E não para por aí, revestimentos com melhor desempenho continuam a ser desenvolvidos. “Uma solução universal em tecnologia livre de BPA será lan-çada até o final do ano”, conta Marchi.

Nos Estados Unidos a posição da American Metal Norte Packaging Alliance (NAMPA), e muitos outros órgãos, é que os revestimentos que utilizam o BPA não são uma ameaça para a saúde humana, com várias décadas de pesquisa para mostrar que os revestimentos epóxi-fenólicos ofe-recem produtos seguros e nutritivos para os consumidores.

O mais recente relatório dos EUA Food and Drug Administration (FDA), publicado em fevereiro, tam-bém acrescentou novas evidências a partir de um estudo que apoiaram a segurança do BPA.

01 05

O USO DO UV TEM MAIOR INTENSIDADE NOS PAÍSES DA EUROPA, PORÉM, ALGUMAS EMPRESAS BRASILEIRAS JÁ PASSARAM A ADOTAR TAL PROCEDIMENTO.

Estética e funcionalidade da embalagem

MANOEL TORRES RODRIGUES AkzoNobel Packaging Coatings

06

07

04

01

02

03 04

06

07

05

27REVISTA ABEAÇO |

Empresas

26 | REVISTA ABEAÇO

A decisãoque deu certo

Referência na fabricação de embalagens metá-licas da região Nordeste, a Indústrias Reunidas Renda S.A. começou como uma pequena fábrica de balas e confeitos há quase 100 anos, em Porto Alegre (RS). Atualmente situada no município de Abreu e Lima (PE), localizado a 20 km da capital pernambucana, é uma das fábricas mais importantes de embalagens do país.

Seu fundador, Pedro Renda, nascido na Itália em 1895, migrou para Porto Alegre onde, juntamente com seus irmãos, decidiu abrir uma fábrica de balas e confeitos em 1917. Porém, como a fabricação dos doces dependia do açúcar produzido em Pernambuco, Pedro e sua família se mudaram para Recife em 1920.

Após a mudança para o Nordeste, a empresa to-mou uma decisão que mudou a sua história: diversificou seus negócios ingressando no segmento de embalagens, latas e rolhas metálicas. Foi um sucesso. Pouco depois, a empresa teve que mudar sua sede para um prédio maior para atender ao aumento da produção.

A evolução da Renda foi gradual. A demanda foi aumentando aos poucos, as oportunidades foram

surgindo e a Renda começou a investir em novas máquinas que qualificaram, aumentaram e otimiza-ram a produção.

Por conta da fabricação de balas e confeitos, a empresa teve que trabalhar com embalagens de fo-lhas de flandres, material que tem elevada proprieda-de de vedação, opacidade e maleabilidade, ideal para proteção dos alimentos. Para fabricar esse tipo de embalagem, a empresa adquiriu sua primeira máquina litográfica Mailander com secagem de tinta através de estufa estacionária. Mais tarde adquiriu outra máquina litográfica bicolor com estufa Mailander e investiu em máquinas de aplicação e colagem de cortiça automáti-cas para produção de rolhas. A Renda não continuou a produzir balas e confeitos por muito tempo. Optou por se especializar em embalagens.

Outro mercado que começou a crescer foi o de latas de 18 litros. E a empresa aproveitou a opor-tunidade sem hesitar. Na época, as cidades do interior do Nordeste e do Norte tinham um sistema de ener-gia elétrica precário, as casas eram iluminadas com

ExperiênciaÍTALO BRASIL RENDA Presidente da Indústrias Reunidas Renda S.A

Há quase 100 anos no mercado, a Renda investiu em equipamentos para melhorar sua produção de embalagens de aço e hoje, além se ser referência nesse segmento, tem grande influência na região Nordes-te. Sr. Ítalo Renda, presidente da empresa, fala um pouco mais sobre a atuação nesse ramo.

1) Qual a importância da empresa para a região? A Renda emprega atualmente 400 pessoas. Oitenta por cento de seu efetivo são moradores da cidade de Abreu e Lima, em Pernambuco, onde a fábrica está instalada, e demais cidades vizinhas como Paulista e Igarassu.

2) Por que as embalagens de aço foram tão importantes na história da Renda? Quais benefícios e pontos positivos a lata de aço oferece? Na história da Renda, as embalagens metálicas foram funda-mentais para o crescimento do grupo na cidade de Recife e em outras capitais como São Paulo. Além da fábrica em Abreu e Lima, a Renda possui hoje uma fábrica de latas para Aerossol em Itaquaquecetuba (SP), chamada Renda Brasil. Os benefícios da embalagem de aço para nosso mercado são inú-meros, mas gostaria de destacar alguns como, por exemplo, a va-lorização da imagem do cliente. Embalagens de aço litografadas destacam a marca, são atrativas nas gôndolas dos supermercados e armazéns. Considerando a segurança dos produtos químicos, são resistentes a impactos e ainda garantem sua inviolabilidade. As embalagens de aço são fortes aliadas na conservação e segu-rança dos alimentos, pois permitem que alguns sejam processados dentro da própria embalagem, evitando com isso contaminação e uso de conservantes. Como não poderíamos deixar de destacar, as embalagens de aço são primordiais na conservação do meio ambiente, pois são 100% recicláveis e podem se decompor numa média de 5 anos.

Fotos: Arquivo pessoal

candeeiros à base de querosene. Cenário positivo para a Renda: as empresas de petróleo começaram a solicitar as latas de 18 litros para armazenar querosene e gasolina.

Com essa ampliação de portfólio, as fábricas se expandi-ram para outros estados do Norte e Nordeste. Atualmente, além de Recife (PE), há filiais em Salvador (BA), Belém (PA) e Campina Grande (PB). Em Itaquaquecetuba (SP), na região Sudeste, fica localizada a Renda Brasil, fábrica voltada especificamente para a produção de latas para aerossol.

Hoje em dia, a Renda fabrica embalagens de aço para os se-tores químico e alimentício e tampas metálicas (Peel off e Twist off) com vedante em PVC, todos litografados e lisos, a escolha do cliente.

A Indústrias Reunidas Renda S.A possui um rigoroso con-trole de qualidade durante o processo de fabricação. “Possuímos cer-tificação ISO9001:2008 de nosso sistema de gestão e agilidade no processo de pré-impressão por meio da CTP. Somos a única do setor a produzir e vender selo pell off integrado às embalagens. Temos duas impressoras litográficas com secagem ultravioleta e boas práticas de fabricação (BPF) na produção de embalagens para alimentos”, ressal-ta Adilson Ribeiro, coordenador de qualidade.