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SUMÁRIO CAPÍTULO I - ORIENTAÇÕES GERAIS Seção I - Estrutura Organizacional do Conselho de Recurso da Previdência Social- CRPS ............................................................................................................................. Art. 2º Seção II - Definições ..................................................................................................... Art. 3º Acórdão Decisão Alçada Contra-razões Curatela/Curador Diligências Efeito Suspensivo Efeito Devolutivo Enunciado Instância Intimação Jurisprudência Mérito Notificação Parecer Petição Procuração Recorrente Recorrido Recurso Recurso Intempestivo Recurso Tempestivo Tutela/Tutor Vício Insanável Seção III – Recurso Administrativo.............................................................................. Art. 4º ao 6º Seção IV - Impossibilidade de recusa ao recebimento do recurso................................. Art. 7º Seção V - Recurso do beneficiário à Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS ou Câmara de Julgamento-CaJ ...................................................................................... Art. 8º ao 14 Seção VI - Recurso do INSS à CaJ .......................................................................... Art. 15 ao 16 Seção VII - Contra-razões dos beneficiários aos recursos do INSS à CaJ ............. Art. 17 ao 19 Seção VIII - Contra-razões do INSS ao recurso do beneficiário à CaJ ................. Art. 20 Seção IX - Tempestividade ou intempestividade do recurso e/ou contra-razões ..... Art. 21 ao 26 Seção X - Reconhecimento do direito na instrução do processo ............................. Art. 27 Seção XI - Cumprimento dos acórdãos dos órgãos julgadores do CRPS ............... Art. 28 ao 31 Seção XII - Diligências dos órgãos julgadores do CRPS ....................................... Art. 32 ao 36 Seção XIII - Pedido de revisão de acórdão ............................................................. Art. 37 ao 43 Seção XIV - Efeito suspensivo ................................................................................ Art. 44 Seção XV - Impossibilidade de admissão de recursos pela CaJ ............................. Art. 45 Seção XVI - Renúncia e da desistência ao direito de recorrer ................................. Art. 46 ao 47 1

SUMÁRIO CAPÍTULO I - ORIENTAÇÕES GERAIS · Recurso Intempestivo . Recurso Tempestivo . Tutela/Tutor . Vício Insanável . ... Estrutura Regimental do INSS, aprovada pelo Decreto

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I - ORIENTAÇÕES GERAIS

Seção I - Estrutura Organizacional do Conselho de Recurso da Previdência Social-CRPS ............................................................................................................................. Art. 2º Seção II - Definições ..................................................................................................... Art. 3º

Acórdão Decisão Alçada Contra-razões Curatela/Curador Diligências Efeito Suspensivo Efeito Devolutivo Enunciado Instância Intimação Jurisprudência Mérito Notificação Parecer Petição Procuração Recorrente Recorrido Recurso Recurso Intempestivo Recurso Tempestivo Tutela/Tutor Vício Insanável

Seção III – Recurso Administrativo.............................................................................. Art. 4º ao 6º Seção IV - Impossibilidade de recusa ao recebimento do recurso................................. Art. 7º Seção V - Recurso do beneficiário à Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS ou Câmara de Julgamento-CaJ ...................................................................................... Art. 8º ao 14 Seção VI - Recurso do INSS à CaJ .......................................................................... Art. 15 ao 16 Seção VII - Contra-razões dos beneficiários aos recursos do INSS à CaJ ............. Art. 17 ao 19 Seção VIII - Contra-razões do INSS ao recurso do beneficiário à CaJ ................. Art. 20 Seção IX - Tempestividade ou intempestividade do recurso e/ou contra-razões ..... Art. 21 ao 26 Seção X - Reconhecimento do direito na instrução do processo ............................. Art. 27 Seção XI - Cumprimento dos acórdãos dos órgãos julgadores do CRPS ............... Art. 28 ao 31 Seção XII - Diligências dos órgãos julgadores do CRPS ....................................... Art. 32 ao 36 Seção XIII - Pedido de revisão de acórdão ............................................................. Art. 37 ao 43 Seção XIV - Efeito suspensivo ................................................................................ Art. 44 Seção XV - Impossibilidade de admissão de recursos pela CaJ ............................. Art. 45 Seção XVI - Renúncia e da desistência ao direito de recorrer ................................. Art. 46 ao 47

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Seção XVII - Óbito do segurado ............................................................................. Art.48 Seção XVIII - Pedido de uniformização de jurisprudência ..................................... Art. 49 ao 50 Seção XIX - Fixação da Data da Regularização da Documentação-DRD ............... Art. 51 Seção XX - Pedido de vista e carga do processo de recurso ................................... Art. 52 ao 53 Seção XXI - Acordos Internacionais ....................................................................... Art. 54 ao 55 Seção XXII - Prazo para situações não contempladas ............................................ Art. 56

CAPÍTULO II – PROCEDIMENTOS

Seção I - Petição e protocolização do recurso do beneficiário ...................................... Art. 57 ao 61 Seção II - Montagem do processo de recurso ................................................................ Art. 62 Seção III - Composição do processo ............................................................................. Art. 63 Seção IV – Análise da matéria do recurso à JRPS ........................................................ Art. 64 ao 74 Seção V – Cumprimento de diligências das JRPS ........................................................ Art. 75 ao 78 Seção VI - Cumprimento da decisão da JRPS ...............................................................Art. 79 ao 84 Seção VII – Recurso do beneficiário à CaJ ............................................................... Art. 85 ao 87 Seção VIII - Recurso do INSS à CaJ ........................................................................ Art. 88 ao 89 Seção IX – Apresentação de contra-razões pelo beneficiário ................................... Art. 90 ao 91 Seção X - Cumprimento da decisão da CaJ ...................................................................Art. 92 ao 96 Seção XI - Pedido de revisão de acórdão ................................................................. Art. 97 ao 99 Seção XII - Recurso de benefício suspenso pela auditoria ............................................Art. 100

ANEXOS

NUMERO IDENTIFICAÇÃO

Anexo I Formulário de interposição de recurso à Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS.

Anexo II Formulário de interposição de recurso à Câmara de Julgamento-CaJ/ Conselho de Recurso da Previdência Social-CRPS.

Anexo III Formulário de interposição de recurso pelo INSS à Câmara de Julgamento-CaJ/Conselho de Recurso da Previdência Social-CRPS.

Anexo IV Contra-razões do INSS ao recurso do beneficiário à Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS.

Anexo V Carta da decisão parcial da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS.

Anexo VI Carta da decisão denegatória da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS.

Anexo VII Carta da decisão de provimento da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS.

Anexo VIII Carta da decisão de provimento parcial da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS - matéria de alçada.

Anexo IX Carta denegatória da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS - matéria de alçada.

Anexo X Carta da decisão da Câmara de Julgamento-CaJ (recorrente: INSS).

Anexo XI Carta da decisão da Câmara de Julgamento-CaJ (recorrente: Segurado).

Anexo XII Termo de retenção de documentos.

Anexo XIII Termo de restituição de documentos.

Anexo XIV Fluxograma - Encaminhamento de recurso à Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS.

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NUMERO IDENTIFICAÇÃO

Anexo XV Fluxograma - Decisão da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS - dado provimento ao segurado.

Anexo XVI Fluxograma - Conversão do julgamento da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS em diligência.

Anexo XVII Fluxograma - Provimento negado ao recurso do beneficiário.

Anexo XVIII Fluxograma - Recursos do INSS à Câmara de Julgamento-CaJ.

Anexo XIX Fluxograma - Decisão da Câmara de Julgamento-CaJ favorável ao beneficiário.

Anexo XX Fluxograma - Conversão do julgamento em diligência pela Câmara de Julgamento-CaJ (recurso do beneficiário contra a decisão da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS)

Anexo XXI Fluxograma - Conversão do julgamento em diligência pela Câmara de Julgamento-CaJ (recurso do INSS contra a decisão da Junta de Recurso da Previdência Social-JRPS)

Anexo XXII Fluxograma - Decisão da Câmara de Julgamento-CaJ favorável ao INSS

Anexo XXIII Fluxograma - Interposição de pedido de revisão de acórdão pelo INSS

Anexo XXIV Fluxograma - Interposição de pedido de revisão de acórdão pelo beneficiário

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INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL DIRETORIA DE BENEFÍCIOS

ORIENTAÇÃO INTERNA Nº 151 INSS/DIRBEN, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006

Manual de Procedimentos de Benefícios - Recursos de Benefícios. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei nº 8.213, de 24/7/1991 e alterações posteriores; Decreto nº 3.048, de 6/5/1999 e alterações posteriores; Portaria MPS/GM nº 88, de 22/1/2004.

O DIRETOR DE BENEFÍCIOS DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO

SOCIAL-INSS, no uso da competência que lhe confere os incisos IV e V do artigo 13 do Anexo da Estrutura Regimental do INSS, aprovada pelo Decreto nº 5.870, de 8 de agosto de 2006,

Considerando a necessidade de orientar procedimentos a serem adotados pelo Setor de

Recursos das Agências da Previdência Social, bem como, pelo Serviço/Seção de Revisão de Direitos das Gerências-Executivas,

RESOLVE: Art. 1º Aprovar os procedimentos relativos a tramitação e instrução de processos de

Recursos de Benefícios.

CAPÍTULO I ORIENTAÇÕES GERAIS

Seção I

Estrutura Organizacional do Conselho de Recursos da Previdência Social-CRPS Art. 2º Órgão integrante do Ministério da Previdência Social-MPS, que funciona como

colegiado administrativo, nos processos de recursos à ele impetrados nos interesses dos contribuintes/beneficiários e do INSS. É responsável pelo controle da legalidade das decisões do INSS. Tem sua sede em Brasília/DF, com jurisdição em todo o território nacional, compondo sua estrutura os seguintes órgãos:

I - órgãos colegiados, compostos por:

a) Juntas de Recursos da Previdência Social-JRPS: tem a competência para julgar, em primeira instância, os recursos interpostos contra as decisões prolatadas pelos órgãos do INSS (Agências da Previdência Social-APS), em matéria de interesse dos beneficiários, bem como aqueles interpostos contra decisões relativas ao Benefício de Prestação Continuada-BPC, devido à pessoa portadora de deficiência e ao idoso de que trata a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, nos termos do parágrafo único do art. 16, do Decreto nº 1.744, de 8 de dezembro de 1995;

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b) Câmaras de Julgamento-CaJ: tem a competência para julgar, em última instância administrativa, os recursos interpostos pelo INSS e/ou pelos beneficiários contra as decisões proferidas pelas JRPS quando estas infringirem lei, regulamento, enunciado do Conselho Pleno ou ato normativo ministerial, bem como julgar em única instância, os recursos interpostos contra decisões do INSS, nos processos de interesse dos contribuintes; c) Conselho Pleno: tem a competência de uniformizar, em tese, a jurisprudência administrativa previdenciária, mediante a emissão de enunciados; dirimir as divergências de entendimento jurisprudencial entre as CaJ, por provocação de qualquer conselheiro ou da parte, por meio do pedido de uniformização de jurisprudência; dirimir conflitos de competência entre CaJ e JRPS; deliberar sobre alteração do Regimento Interno, bem como deliberar acerca da perda de mandato de conselheiros;

II - órgãos Administrativos.

Seção II Definições

Art. 3º Na tramitação e instrução de processos de recursos de benefícios, estabelecer as

seguintes definições: I - acórdão é a decisão proferida em grau de recurso, pelo Órgão Julgador, quando se

tratar de julgamento do mérito da causa, que podem ser: a) de conhecimento e não provimento: ocorre quando a instância julgadora analisa o mérito do recurso e o julga mantendo a decisão impugnada; b) de conhecimento e provimento parcial: ocorre quando a instância julgadora analisa o mérito do recurso e julga o processo reformando, em parte, a decisão recorrida; c) de conhecimento e provimento: ocorre quando a instância julgadora analisa o mérito do recurso e reforma totalmente a decisão impugnada; d) de anulação: ocorre quando o órgão julgador anula a decisão anterior pelo surgimento de situação nova que modifica aquela decisão, cabendo a emissão de nova decisão que poderá ser de não provimento, provimento parcial ou provimento total.

II - decisão é a manifestação proferida em grau de recurso, pelo órgão julgador, quando

não se tratar de julgamento do mérito da causa, que podem ser: a) de conversão em diligência: a conversão em diligência não dependerá de lavratura de acórdão e dar-se-á para melhor instrução do processo, saneamento de vício insanável, cumprimento de normas administrativas ou legislações pertinentes à espécie, devendo preferencialmente ser adotada a diligência prévia, sem que haja prejulgamento; b) de não conhecimento: ocorre quando a instância julgadora não analisa o mérito do recurso. Constituem razões de não conhecimento:

1 – a intempestividade; 2 - a ilegitimidade ativa ou passiva de parte; 3 - a falta de comprovação de depósito prévio, quando exigido por lei;

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4 - a perda do objeto por renúncia à utilização da via administrativa para discussão da pretensão ou por desistência do recurso; 5 - a preclusão processual, ou seja, a caducidade de um direito, de termo ou faculdade processual que não foi exercitada no prazo fixado; 6 - a existência de enunciado do Conselho Pleno no mesmo sentido da decisão recorrida;

III - alçada é o limite de jurisdição, de competência de juízo ou tribunal para conhecer ou para julgar causas;

IV - contra-razões são as alegações, por escrito, que uma das partes, beneficiário ou

INSS, apresenta para contestar, refutar ou contradizer as razões do seu opositor; V - curatela/curador é o encargo público que a lei atribui a uma pessoa, como curador,

para cuidar de outra ou de outras, administrando-lhes os bens e defendendo os seus interesses quando forem civilmente incapazes ou estiverem impedidas de fazê-lo por sua conta;

VI - diligências são as providências solicitadas pelos órgãos julgadores, por Juntas de

Recursos da Previdência Social-JRPS e pelas Câmaras de Julgamento-CaJ do Conselho de Recursos da Previdência Social-CRPS, que visam a regularizar, a informar ou a completar a instrução dos processos;

VII - efeito suspensivo é aquele que possui certos recursos para suspender a execução

da sentença até que se decida sobre a validade deles;

VIII - efeito devolutivo é a devolução do conhecimento da matéria decidida por outro órgão;

IX - enunciado tem por objetivo uniformizar a jurisprudência; X - instância é a ordem ou grau da hierarquia judiciária; XI - intimação é o chamamento que se faz a alguém, pela autoridade, para que se faça

ou deixe de fazer algo, ou tome conhecimento sobre qualquer ato praticado durante o processo; XII - jurisprudência é a consolidação dos entendimentos e fundamentos reiterados nas

sentenças e acórdãos, em casos idênticos; XIII - mérito diz respeito à substância do pedido, ao conteúdo do feito, razão de ser de

uma petição, arrazoado ou causa; XIV - notificação é o ato de levar um fato ao conhecimento de uma pessoa; de informá-

la a respeito de ato realizado ou a efetuar-se; XV - parecer é o entendimento de órgãos técnicos sobre questões submetidas à sua

apreciação; XVI - petição é o pedido, em geral escrito, com o qual se dá início a uma ação ou

recurso; XVII - procuração é a incumbência dada a outra pessoa por alguém para tratar de

assuntos de seu interesse em seu nome; documento no qual essa incumbência é consignada;

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XVIII - recorrente refere-se a parte que interpõe o recurso; XIX - recorrido é a parte contra a qual o recurso é interposto; XX - recurso é o direito que se faculta para invocar nova análise e decisão de órgãos

administrativos hierarquicamente superiores a fim de modificar ou revogar a decisão que indeferiu determinado direito requerido;

XXI - recurso intempestivo é aquele protocolizado fora do prazo legal preestabelecido.

O recurso intempestivo não gera direito algum; XXII - recurso tempestivo é aquele protocolizado no prazo estabelecido; XXIII - tutela/tutor é o encargo civil, conferido por lei a pessoa juridicamente capaz

para administrar os bens e cuidar da conduta de pessoa menor de idade que está fora do pátrio poder, representando-a nos atos da vida civil; pessoa investida da tutela, por lei, nomeação em testamento ou por determinação judicial;

XXIV - vício Insanável diz-se do elemento objetivo ou subjetivo, ou defeito da forma

ou do fundo do ato jurídico que o torna nulo ou anulável. É considerado insanável quando a falha atinge o ato na sua forma própria.

Seção III Recurso Administrativo

Art. 4º O beneficiário ou seu representante legal poderá interpor recurso administrativo

das decisões proferidas pelas APS e pelas JRPS, referentes ao reconhecimento de direitos, na concessão, atualização ou na revisão, bem como na emissão de Certidão de Tempo de Contribuição-CTC. Poderá o beneficiário ou seu representante legal, quando não conformados, recorrer à JRPS ou à CaJ.

Art. 5º O INSS poderá interpor recurso administrativo das decisões prolatadas pelas

JRPS, favoráveis aos beneficiários, no que concerne o reconhecimento de direitos na concessão, atualização ou revisão, bem como na emissão de CTC, que contrariem disposições de lei ou regulamento, enunciado ou ato normativo do Ministro de Estado da Previdência Social, excetuando-se as decisões abrangidas pela matéria de alçada.

Art. 6º O INSS e o beneficiário não poderão interpor recursos às CaJ nas seguintes

matérias de alçada das JRPS, se a decisão a ser recorrida: I - se fundamentar, exclusivamente, em matéria médica, cujos laudos ou pareceres

sejam convergentes; II - se tratar de revisão de valor dos BPC, em consonância com os índices estabelecidos

em lei, exceto se decorrente da Renda Mensal Inicial-RMI.

Seção IV Impossibilidade de recusa ao recebimento do recurso

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Art. 7º Em hipótese alguma, o recebimento deve ser recusado ou o andamento do recurso sustado, de vez que é prerrogativa dos órgãos de controle jurisdicional do CRPS, admitir ou não o recurso, motivo pelo qual, quaisquer que tenham sido as condições de apresentação, o recurso será sempre encaminhado àqueles órgãos competentes, exceto quando reconhecido o direito pleiteado.

Seção V Recurso do beneficiário à JRPS ou CaJ

Art. 8º Será de trinta dias o prazo que o interessado terá para interpor recurso à JRPS ou

à CaJ. § 1º Na contagem do prazo, será excluído o dia do conhecimento da decisão a ser

impugnada, iniciando-se o curso do prazo no primeiro dia útil seguinte ao do dia do conhecimento. § 2º O início ou o vencimento do prazo será prorrogado para o primeiro dia útil

seguinte, quando essa data recair em dia que não haja expediente integral no setor responsável pelo recebimento do recurso (sábado, domingo ou feriado).

§ 3º A contagem do prazo para interposição de recurso será interrompida se

comprovada, no transcurso deste, a ocorrência de calamidade pública ou em caso de força maior que impossibilite a sua protocolização, sendo reiniciada a contagem no primeiro dia útil, imediatamente após o término da ocorrência.

Art. 9º O prazo para interposição de recurso do beneficiário será contado a partir da

data: I - da ciência pessoal, registrada no processo; II - do recebimento pessoal constante de Aviso de Recebimento-AR ou de Registro de

Entrega-RE, quando se tratar de notificação postal; III - da ciência, do recebimento pessoal ou por via postal, do representante legal do

interessado: a) na notificação pessoal é imprescindível o registro da data em que foi recebida, além da assinatura ou impressões digitais do recorrente, colhidas por servidor do INSS, devidamente identificado no processo; b) em caso de recusa do beneficiário ou procurador em receber a notificação, o servidor do INSS registrará tal fato no processo, na presença de duas testemunhas; c) quando se tratar de notificação postal, o recebimento constante no AR ou no RE, que não tenha sido dado conforme o disposto nos incisos I, II e III deste artigo, não será considerado para efeito de ciência pessoal; d) sem prejuízo das modalidades anteriormente relacionadas, poderão ser feitas as intimações por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do beneficiário;

IV - do primeiro dia útil seguinte ao da última publicação do edital que notificou a

decisão.

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Art. 10. Será efetuada a notificação, por edital, quando for desconhecido o paradeiro do beneficiário ou de seu representante legal; quando ficar evidenciado o propósito do beneficiário em não receber a notificação; ou, ainda, quando estiver o mesmo ausente do país, ressalvada, neste último caso, a hipótese de se tratar de beneficiários que se encontrem em países que mantenham Acordos Internacionais com o Brasil, caso em que prevalece o disposto na alínea “c” do art. 9º, observando-se que:

I - a notificação poderá ser coletiva, apresentando a referência sumária do assunto,

sendo divulgada na imprensa escrita do município de domicílio do beneficiário ou, na hipótese de inexistência desse veículo no município, na imprensa do Estado, em jornal de maior circulação no domicílio do beneficiário, em três edições consecutivas, preferencialmente em fim-de-semana, dentro do prazo máximo de quinze dias;

II - deverão ser juntadas aos autos, cópias das páginas dos jornais ocorreram as

publicações dos editais de notificação. Art. 11. Se o recurso tiver sido encaminhado pela Empresa de Correios e Telégrafos-

ECT, será considerada como data de interposição do recurso, para efeito de verificação do prazo de trinta dias, a data constante no carimbo da Agência dos Correios da localidade da expedição aposto no envelope de encaminhamento, observado o disposto nos no art. 8º desta Orientação Interna.

Art. 12. A intimação será efetuada por ciência no processo, por via postal com Aviso de

Recebimento-AR, por telegrama ou por outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado, sem sujeição a ordem de preferência.

I - No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido,

ou quando frustrados os meios indicados, a intimação será efetuada por meio de edital. II - Considera-se feita a intimação:

a) se pessoal, na data da ciência do intimado ou, se omitida, da declaração de quem fizer a intimação; b) se realizada por via postal ou similar, na data do recebimento ou, se omitida, quinze dias após a data da postagem ou da expedição; c) se realizada por edital, quinze dias após sua publicação ou afixação.

III - A intimação será nula quando realizada sem a observância das prescrições legais,

mas o comparecimento do interessado supre sua falta ou irregularidade. Art. 13. Ocorrendo conexão, continência, identidade ou repetição entre recursos, ainda

que interpostos separadamente, sempre que possível, serão processados e julgados conjuntamente, cabendo sua distribuição, por dependência, à JRPS a qual corresponder o número de identificação do primeiro processo, nos Estados onde houver mais de uma.

§ 1º Consideram-se conexos dois ou mais recursos quando lhes forem comum o objeto

ou a causa de pedir. § 2º Dá-se a continência entre dois ou mais recursos sempre que há identidade quanto às

partes e à causa de pedir, mas o objeto de um, por ser mais amplo, abrange o dos outros.

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Art. 14. Serão de competência da mesma JRPS, os recursos supervenientes relativos ao mesmo objeto de outro recurso por ela já apreciado, onde quer que sejam interpostos.

Seção VI Recurso do INSS à CaJ

Art. 15. É de trinta dias, contados a partir da data da entrada do processo no

Serviço/Seção de Revisão de Direitos-SRD, o prazo para o encaminhamento dos autos à CaJ com a interposição de recurso por parte do INSS, apresentadas ou não contra-razões pelo segurado:

I - a tempestividade da interposição de recurso será demonstrada com a protocolização

deste no Protocolo da Gerência-Executiva, devendo esta ocorrência ficar devidamente registrada nos autos;

II - a contagem do prazo recursal para o INSS, terá seu marco final na data de tramitação do processo pelo SRD à CaJ, no Sistema Informatizado de Protocolo-SIPPS;

III - a data de recebimento do processo no SRD, deverá ser comprovada por meio da

anexação do espelho do SIPPS. Art. 16. Se o INSS perder o prazo para recorrer à CaJ, deverá ser dado cumprimento

imediato à decisão da JRPS.

Seção VII Contra-razões dos beneficiários aos recursos do INSS à CaJ

Art. 17. É de trinta dias o prazo para o beneficiário apresentar contra-razões ao recurso do INSS à CaJ, contados na forma do art. 8º desta Orientação Interna.

Art. 18. Caso seja sua vontade, o recorrido (beneficiário) poderá apresentar suas contra-

razões nas Agência da Previdência Social-APS vinculadas à Gerência-Executiva do Serviço/Seção de Revisão de Direitos-SRD recorrente, a qual encarreará de remetê-las, com a urgência necessária, ao SRD para providências.

Art. 19. Quando apresentadas as contra-razões pelo beneficiário fora do prazo

regulamentar, serão as mesmas encaminhadas à CaJ, por intermédio do SRD, para que sejam juntadas ao processo administrativo e posterior e julgamento, caso o processo ainda se encontre naquela instância recursal.

Seção VIII Contra-razões do INSS ao recurso do beneficiário à CaJ

Art. 20. Será de trinta dias o prazo para o INSS apresentar contra-razões à CaJ,

contados a partir da entrada do processo no SRD.

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Seção IX

Tempestividade ou intempestividade do recurso e/ou contra-razões Art. 21. A análise do prazo para recurso consiste em verificar se o mesmo foi

apresentado dentro do prazo regulamentar, isto é, se entre a data da ciência da decisão e a data da protocolização do recurso decorreram, ou não, mais de trinta dias.

I – Recurso tempestivo:

a) Exemplo e análise:

1 - data da ciência = 3/3/2006 (sexta-feira) 2 - data do protocolo = 4/4/2006 (terça-feira) 3 - término do prazo = 4/4/2006 4 - A ciência ocorreu numa sexta-feira e o prazo, portanto, começou a ser contado no 1º dia útil seguinte.(6/3/2006)

b) Exemplo e análise:

1 - data da ciência = 22/3/2006 2 - data do protocolo = 24/4/2006 3 - término do prazo = 21/4/2006 (feriado) 4 - término do prazo recaiu em dia em que não houve expediente no Instituto (sexta-feira), ficando prorrogado para o 1º dia útil seguinte.

c) Exemplo e análise:

1 - data da ciência = 12/5/2006 (sexta-feira) 2 - data da declaração de calamidade pública = 22/5/2006 (segunda-feira) 3 - data do término do estado de calamidade = 7/6/2006 (quinta-feira) 4 - data do término do prazo normal = 13/6/2006 (trinta dias da ciência) 5 - data do protocolo = 29/6/2006 6 - término do prazo = 30/6/2006 7 - A data da declaração da excepcionalidade ocorreu em 22/5/2006, já decorridos sete dias do prazo recursal, e o término da calamidade pública ocorreu em 7/6/2006, restituindo-se a partir do dia seguinte os 23 (vinte e três) dias restantes para interposição do recurso, terminando o prazo, portanto, em 30/6/2006.

d) Exemplo e análise:

1 - Comunicação por meio de edital 2 - 1ª publicação = 1/3/2006 3 - 2ª publicação = 8/3/2006 4 - 3ª publicação = 15/3/2006 5 - data do protocolo = 17/4/2006 6 - término do prazo = 14/4/2006 (sexta-feira) 7 - prorrogada para = 17/4/2006 (segunda-feira) 8 - O prazo de trinta dias para interposição do recurso só começará a ser contado a partir do primeiro dia útil após a publicação do último edital.

II - Recurso intempestivo: a) Exemplo e análise:

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1 - data da ciência = 10/5/2006 (quarta-feira) 2 - data do protocolo = 12/6/2006 3 - término do prazo = 9/6/2006 (sexta-feira) 4 - Foi protocolado após o prazo de trinta dias da publicação do último edital.

b) Exemplo e análise: 1 - data da ciência = 17/5/2006 (quarta-feira) 2- data da declaração de calamidade pública = 25/5/2006 3 - data do término do estado de calamidade = 13/6/2006 (terça-feira) 4 - data do término do prazo normal = 16/6/2006 (trinta dias da ciência) 5 - prorrogação = até 6/7/006 (quinta-feira) 6 - data do protocolo = 7/7/2006 7 - A data da excepcionalidade ocorreu em 25/5/2006 quando já decorridos sete dias do prazo recursal, e o término da calamidade pública ocorreu em 13/6/2006 restituindo-se a partir do dia seguinte os 23 (vinte e três) dias restantes para interposição do recurso, terminando o prazo, portanto, em 6/7/2006. Entretanto, o recurso somente foi protocolizado em 7/7/2006.

Art. 22. Não havendo prova da ciência, por parte do beneficiário, da decisão do INSS, o recurso e/ou as contra-razões serão consideradas tempestivas, devendo essa ocorrência ser registrada no processo.

Art. 23. Em se tratando de processo de benefício, a intempestividade do recurso só

poderá ser declarada se ficar comprovado que a ciência da decisão foi dada pessoalmente ao beneficiário ou ao seu representante legal, por meio de carta registrada ou procedida por meio de edital.

Art. 24. O recurso intempestivo não gera qualquer efeito, mas deve ser analisado

quanto ao mérito e elaboradas as contra-razões, como se tempestivo fosse. Art. 25. A intempestividade do recurso não pode, em hipótese alguma, gerar recusa à

sua protocolização ou andamento. Art. 26. No Sistema de Administração de Benefícios Por Incapacidade-SABI, dadas as

peculiaridades do Sistema, a tempestividade ou intempestividade serão avaliadas automaticamente.

Seção X Reconhecimento do direito na instrução do processo

Art. 27. O reconhecimento do direito do beneficiário pode ocorrer durante a fase de

instrução do recurso interposto contra decisão de JRPS, ainda que de alçada, ou de CaJ.

Seção XI Cumprimento dos acórdãos dos órgãos julgadores do CRPS

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Art. 28. É vedado ao INSS escusar-se a cumprir as decisões definitivas oriundas da JRPS ou da CaJ, a reduzir ou a ampliar o alcance dessas decisões ou a executá-las de maneira que contrarie ou prejudique o evidente sentido nelas contidos, salvo se:

I - for constatado vício insanável que acarrete nulidade da decisão proferida; II - ao beneficiário, foi deferido outro benefício mais vantajoso, desde que haja opção

expressa do interessado, dando-se ciência ao órgão julgador; III - seu cumprimento acarretar prejuízo irreparável ou de difícil reparação à

Administração Pública; IV - tratar de decisão que envolva matéria de fato e, se por ocasião da execução do

julgado, o órgão de execução verificar falhas ainda não detectadas na instrução que necessitem ser sanadas;

V - quando nas decisões dos órgãos de última e definitiva instância, for verificada

infringência de lei, normas regulamentares, enunciado, decreto ou quando houver divergência quanto aos pareceres da Consultoria Jurídica do MPS, aprovados pelo Ministro ou do Advogado-Geral da União, na forma da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, bem como constatado vício insanável. Deverá o SRD formular pedido de revisão de acórdão aos referidos órgãos julgadores, elaborando despacho com a fundamentação legal, juntamente com o pedido de efeito suspensivo do cumprimento do decisório questionado;

VI - o órgão a quem couber executar o julgado da JRPS ou da CaJ entender que há

dúvida sobre a maneira de executá-lo. Art. 29. Será de até trinta dias o prazo para cumprimento integral do acórdão, contados

a partir da data do recebimento do processo no setor responsável pelo seu cumprimento. Art. 30. As decisões dos órgãos recursais se aplicam unicamente aos casos julgados,

não se estendendo administrativamente por analogia aos demais processos ou casos. Art. 31. Quando o órgão a quem couber executar o julgado da JRPS ou da CaJ,

entender que há dúvida sobre a maneira de executá-lo, inclusive por omissão, por obscuridade ou por ambigüidade do texto, deverá solicitar à instância prolatora os esclarecimentos necessários, dentro do prazo de no máximo trinta dias do recebimento do processo.

Seção XII Diligências dos órgãos julgadores do CRPS

Art. 32. Será de até trinta dias, prorrogável por mais trinta dias, excepcionalmente,

contados do recebimento do processo pelo setor responsável pelo atendimento, o prazo para que o INSS ou a instância de origem restitua os autos ao órgão solicitante com a diligência cumprida.

Art. 33. Não será discutido o cabimento das diligências.

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Art. 34. Se a execução da diligência for impossível, o processo será devolvido ao órgão julgador requisitante com a justificativa cabível.

Art. 35. Nas diligências que se referirem à Justificação Administrativa-JA, quando

inexistir irregularidade no processamento, caberá ao processante homologá-la quanto à forma, e à autoridade responsável pela autorização (Chefe da APS) competirá realizar a homologação, ou não, da JA quanto ao mérito, devendo ser informado o motivo da não homologação, devidamente fundamentado.

Art. 36. No caso de diligência de matéria médica, o processo deverá ser encaminhado

ao Serviço/Seção de Gerenciamento de Benefícios por Incapacidade-GBENIN, para providenciar o seu cumprimento e posterior retorno do processo à instância solicitante.

Seção XIII Pedido de revisão de acórdão

Art. 37. Será de até trinta dias o prazo para o INSS interpor pedido de revisão de

acórdão de última e definitiva instância, ou de alçada, com efeito suspensivo, contados a partir da data do recebimento do processo pelo SRD.

Art. 38. Findo o prazo do artigo anterior e não tendo sido formulado o pedido de

revisão, deverá ser dado cumprimento integral ao acórdão antes da formulação do pedido de revisão. Art. 39. A CaJ e JRPS poderão rever, enquanto não ocorrida a prescrição

administrativa, de ofício ou a pedido, suas decisões quando: I - violarem literal disposição de lei ou decreto; II - divergirem de pareceres da Consultoria Jurídica do MPS; III - depois da decisão, a parte obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de

que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de assegurar pronunciamento favorável; IV - for constatado vício insanável, como por exemplo:

a) o voto de conselheiro impedido ou incompetente, bem como condenado, por sentença judicial transitada em julgado, por crime de prevaricação, concussão ou corrupção passiva, diretamente relacionado à matéria submetida ao julgamento do colegiado; b) a fundamentação baseada em prova obtida por meios ilícitos ou cuja falsidade tenha sido apurada em processo judicial; c) o julgamento de matéria diversa da contida nos autos; d) a fundamentação de voto decisivo ou de acórdão incompatível com sua conclusão.

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Art. 40. Caberá pedido de revisão de acórdão apenas quando a matéria não comportar recurso à instância superior.

Art. 41. Não será processado o pedido de revisão de decisão do CRPS, proferida em

única ou última instância, visando à recuperação de prazo recursal ou à mera rediscussão de matéria já apreciada pelo órgão julgador.

Art. 42. É vedado às partes renovar pedido de revisão de acórdão com base nos mesmos

fundamentos de pedido anteriormente formulado. Art. 43. Decai em dez anos o prazo para interposição de pedido de revisão de acórdão,

contados da data da ciência, pelo SRD ou pelo beneficiário, da decisão a ser impugnada.

Seção XIV Efeito suspensivo

Art. 44. Ressalvadas as hipóteses legais, o pedido de revisão de acórdão dirigido a um

dos órgãos do CRPS, somente terá efeito suspensivo, mediante solicitação da parte, devidamente motivada, e após deferido pelo presidente da instância julgadora em decisão fundamentada, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.

Seção XV Impossibilidade de admissão de recursos pela CaJ

Art. 45. Não será admitido pela CaJ o recurso: I - que estiver limitado à alçada da JRPS; II - que não indiquem, com precisão, a norma tida como infringida nos recursos dos

beneficiários que não indiquem, com precisão, a norma tida como infringida ou a divergência alegada, o presidente da Câmara poderá indicar o dispositivo infringido.

Seção XVI Renúncia e da desistência ao direito de recorrer

Art. 46. Em qualquer fase, antes do julgamento de alçada ou de última instância, o recorrente poderá desistir do recurso em andamento no CRPS.

Art. 47. A propositura, pelo beneficiário ou contribuinte, de ação judicial que tenha por

objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo, importa em renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto.

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Parágrafo único. Se no recurso houver matéria distinta da constante do processo judicial, o julgamento limitar-se-á à matéria diferenciada.

Seção XVII Óbito do segurado

Art. 48. Ocorrendo óbito do interessado, a tramitação do recurso não será interrompida

e, se a decisão de última e definitiva instância for favorável ao recorrente ou ao(s) terceiro(s) interessado(s), os efeitos financeiros vigorarão normalmente, nos termos da decisão final, e os valores apurados serão pagos aos dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores, na forma da lei civil, independentemente de inventário ou de arrolamento, nos termos do art. 112 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, inclusive quando se tratar de Benefício Assistencial da LOAS, conforme o Decreto nº 4.712, de 29 de maio de 2003.

Seção XVIII Pedido de uniformização de jurisprudência

Art. 49. Quando a decisão da CaJ, em matéria de direito, for divergente da proferida por

outra de suas Câmaras ou pelo Conselho Pleno, a parte poderá requerer ao presidente da CaJ, fundamentadamente, que a jurisprudência seja uniformizada pelo Conselho Pleno.

Art. 50. A divergência deve ser demonstrada mediante a indicação de acórdão

divergente, proferido por outra CaJ ou pelo Conselho Pleno, desde que atual.

Seção XIX Fixação da Data da Regularização da Documentação-DRD

Art. 51. Para a fixação da DRD nos processos de recursos, com decisões favoráveis aos

beneficiários, prolatadas pelas JRPS/CaJ, deverão ser adotados os procedimentos descritos a seguir: I - quando o órgão julgador revir o ato administrativo, em virtude de erro de

procedimento inicial da concessão, a DRD será fixada na DIB; II - quando houver necessidade de providência de competência do beneficiário, o tempo

utilizado para atender a exigência será somado à data da DER e somente após fluirá o prazo para a correção dos valores a serem pagos;

III – quando se tratar de cumprimento de diligência a cargo do INSS, imprescindível ao

reconhecimento do direito, tais como: JA, pesquisa ou outros, deverá ser deduzido o prazo legal do tempo decorrido entre o recebimento do processo no INSS e o efetivo cumprimento da diligência;

IV – na contagem dos cálculos dos prazos de que tratam os incisos II e III deste artigo,

conforme o caso, deverão ser observados os seguintes critérios:

a) do recebimento da carta de exigência até o seu cumprimento;

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b) da emissão de Solicitação de Pesquisa Externa ou da Requisição de Diligência até a sua conclusão observado o contido no inciso III deste artigo; c) da autorização ou do encaminhamento do processo para JA até a sua homologação observado o contido no inciso III deste artigo; d) da emissão de ofícios ou de comunicações a terceiros até a data de suas respostas observado o contido no inciso III deste artigo;

V - quando o órgão julgador solicitar documentos com o fim de complementar julgamento ou solicitar diligências para saneamento de dúvidas constantes dos autos, a DRD a ser considerada será fixada na data do cumprimento da exigência, observado o contido no inciso III deste artigo, exceto se houver indicação da DRD, pela instância recursal.

Seção XX Pedido de vista e carga do processo de recurso

Art. 52. Mediante requerimento, devidamente protocolizado, será dada vista dos autos

ao beneficiário ou a seu representante legal. Art. 53. Será de, no máximo, dez dias, o prazo para vista e carga dos autos, sendo que

esta última só poderá ser deferida a advogados. I - No inciso II do art. 3º da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o

processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, determina que o administrado tem o direito de, entre outros, ter vista dos autos.

II - No inciso XV do art. 7º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, que dispõe sobre o

Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil-OAB, determina que é direito do advogado ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição pública, ou retirá-los pelos prazos legais, salvo quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada.

Seção XXI Acordos Internacionais

Art. 54. Nos casos de recursos de beneficiários abrangidos por Acordos Internacionais,

a instrução do recurso à JRPS ficará a cargo da APS que concedeu ou indeferiu o benefício. Art. 55. Quando se tratar de recurso à CaJ compete ao Organismo de Ligação Brasileiro

das Gerências-Executivas a instrução e a fundamentação do recurso, cabendo ao SRD desta Gerência-Executiva a tramitação do processo àquela instância julgadora.

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Seção XXII Prazo para situações não contempladas

Art. 56. Será de cinco dias o prazo para a prática de qualquer ato que não tenha outro

prazo fixado em lei, regulamento ou nessas instruções.

CAPÍTULO II PROCEDIMENTOS

Seção I

Petição e protocolização do recurso do beneficiário Art. 57. Cabe ao setor responsável pela protocolização do recurso: I - verificar se consta da petição de recurso:

a) o nome completo do recorrente; b) o endereço para correspondência, inclusive o CEP, do recorrente ou de seu representante legal; c) a indicação da espécie e do número de benefício que originou o recurso; d) se nas razões do recurso estão claras as alegações do recorrente quanto às suas pretensões; e) se foram juntados os documentos, acaso declarados; f) a assinatura do recorrente ou de seu representante legal; g) no caso de o recorrente ter representante legal, se foi apresentada a Procuração, Certidão de Tutela ou de Curatela;

II - protocolizar o recurso e encaminhá-lo ao setor processante da APS. Art. 58. A petição poderá ser assinada: I - pelo próprio interessado; II - pelo procurador devidamente constituído na forma legal, devendo ser juntada a

procuração pública ou particular caso esta não tenha sido apresentada anteriormente, cabendo observar que nos recursos interpostos por sindicatos também será exigida a procuração;

III - pelo tutor ou curador, desde que apresentado o Termo de Tutela ou de Curatela,

conforme o caso, salvo quando se tratar de menores de dezesseis anos representados por pai ou mãe, mediante apresentação de Certidão de Nascimento, sendo dispensáveis documentos já apresentados no processo concessório;

IV - pela assinatura "a rogo", na presença de duas testemunhas devidamente

identificadas junto ao recorrente, ou pela impressão digital do mesmo ou de seu representante legal, colhida por servidor do INSS devidamente identificado, na hipótese de ser o recorrente analfabeto ou estar impedido de assinar.

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Art. 59. Para recursos à JRPS ou à CaJ poderá ser utilizado formulário para Requerimento de Recurso disponibilizado pelo INSS (Anexos I e II), admitindo-se, contudo, qualquer requerimento da parte interessada que não tenha sido feito no referido formulário, desde que nele contenham todos os dados necessários, tratados no art.57 deste capítulo.

Art. 60. O recurso deve ser apresentado, preferencialmente, no protocolo da APS que

tenha proferido a decisão que originou o recurso, fornecendo-se ao recorrente no ato, o comprovante da protocolização para a garantia de seu direito, podendo também ser apresentado no Protocolo-Geral do INSS nos Estados (Gerências Regionais ou Gerências-Executivas).

Art. 61. Os recursos encaminhados via postal serão protocolizados nas mesmas

condições dos recursos protocolizados nas APS ou nas Gerências Regionais ou Executivas, devendo ser juntado aos autos o original do envelope que os conteve, para controle do prazo.

Seção II Montagem do processo de recurso

Art. 62. Cabe ao setor processante da APS: I - localizar o processo cessado, suspenso ou indeferido; II - juntar a petição de recurso ao processo na mesma capa ou capear, se for o caso, e

observar: a) o bom estado de conservação dessas capas, inclusive dos apensos, substituindo as imprestáveis, antes da remessa aos órgãos julgadores; b) a substituição de colchetes defeituosos; c) a substituição de envelopes danificados que contenham documentos que não possam constituir folhas do processo;

III - numerar as folhas em seqüência cardinal e apor rubrica; IV - fazer a juntada de documentos, inclusive do AR da carta que tenha comunicado a

decisão recorrida, como folhas integrantes do processo, devidamente numeradas, não devendo jamais grampeá-los às contracapas;

V - os documentos originais apresentados para instrução do processo, quando de

natureza pessoal das partes, deverão ser restituídos e substituídos por cópias cuja autenticidade seja declarada pelo servidor processante, podendo ser retida a documentação original quando houver indício de fraude;

VI - juntar os antecedentes médico-periciais, se houver; VII - registrar apensações e desapensações em todos os processos, inclusive no Sistema

de Protocolo da Previdência Social-SIPPS.

Seção III Composição do processo

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Art. 63. Consideram-se elementos indispensáveis à instrução dos processos de recursos

relativos a benefícios, observada a espécie destes e a razão do recurso: I - processo inicial de benefício (concessório), com os seguintes elementos básicos:

a) requerimento inicial; b) documentos relativos a tempo de contribuição, idade, carência, qualidade de segurado e demais fatos cuja comprovação se faça necessária; c) discriminação das contribuições que serviram de base de cálculo do salário de benefício; d) demonstração do cálculo do benefício, se for o caso; e) decisão do INSS por meio de despacho conclusivo do pedido; f) notificação da decisão, expressa em linguagem simples, precisa e objetiva, evitando o uso de expressões vagas, de códigos, de siglas e de referência a instruções internas, indicando-se, quando for o caso, a possibilidade de recurso ao órgão competente, o prazo e o local de sua apresentação;

II - petição de recurso à JRPS ou à CaJ, devidamente assinada e protocolizada, que deverá ser juntada logo após o processo concessório seguindo-se a numeração;

III - prova da representação legal, quando for o caso (Procuração, Certidão de Tutela ou

de Curatela); IV - reexame da matéria pelo setor processante da APS em despacho fundamentado

(Anexo IV), por meio do qual se fará uma reanálise da decisão recorrida e um estudo criterioso à vista dos documentos contidos no processo, para verificação de todas as exigências legais indispensáveis à espécie, objetivando evitar o encaminhamento desnecessário aos órgãos julgadores;

V - reapreciação pelo médico perito, com juntada da Conclusão de Perícia Médica-

CPM, se necessário, e parecer conclusivo, quando se tratar de matéria médico-pericial, ou de análise de enquadramento de atividades especiais;

VI - despacho conclusivo do setor administrativo, além do procedimento do inciso

anterior, quando se tratar de matéria médica e administrativa simultaneamente;

Seção IV Análise da matéria do recurso à JRPS

Art. 64. Caberá ao setor processante da APS reexaminar o mérito, procedendo da

seguinte forma: I - verificar se foi regular o ato que originou o recurso, observado o disposto nas normas

específicas, conforme a espécie do benefício, atentando-se para a legislação vigente à época do evento; II - verificar se, além da causa determinante da decisão que originou o recurso, existem

outras que impeçam o atendimento do pedido, analisando, para esse fim, todas as condições exigidas para a espécie do benefício em exame;

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III - se, nesse reexame, vier a se reconhecer o direito do recorrente, apresentando ou não novo(s) elemento(s), alterar a decisão recorrida;

IV - promover, se for o caso, as providências que se façam necessárias ao completo

esclarecimento da situação do recorrente; V - em caso de dúvida, quanto à matéria objeto do recurso ou sobre os atos e normas

inerentes ao próprio, consultar o SRD. Art. 65. Se do reexame do caso resultar confirmada, no todo, a decisão recorrida, caberá

à APS: I - elaborar relatório circunstanciado com citação dos dispositivos legais e

regulamentares que fundamentaram a decisão recorrida; II - verificar se foram cumpridas as recomendações quanto à composição e informação

do processo; III - encaminhar o processo à JRPS. Art. 66. Se do reexame do caso resultar confirmada, em parte, a decisão recorrida,

caberá à APS, em se tratando de reconhecimento parcial do direito, convocar o segurado a fim de comunicar-lhe o reconhecimento parcial do direito, ensejando-lhe a oportunidade de optar:

I - pela concessão do benefício nas condições que o INSS o reconhece, considerando-se

prejudicado o recurso por perda de objeto. Neste caso, deverá ser reformado o ato denegatório em concessório, implantado o benefício e arquivado o processo;

II - pela concessão do benefício com a reforma parcial, dando-se prosseguimento ao

recurso no que se refere à parte controversa. Neste caso, deverá ser reformado o ato denegatório parcialmente, concedido o benefício e prosseguir ao recurso da parte não reconhecida, enviando o processo à instância julgadora;

III - pela não concessão do benefício reformado parcialmente, solicitando o

prosseguimento do recurso até a decisão definitiva. Neste caso, elaborar despacho fundamentando o não reconhecimento parcial do direito e encaminhar os autos à instância julgadora requisitante para julgamento.

Art. 67. Se do reexame do caso resultar a reforma total da decisão recorrida, caberá à APS:

I - elaborar relatório circunstanciado justificando a reforma, ficando o recurso

prejudicado por perda do objeto; II - tomar as providências cabíveis para que se atenda a pretensão do recorrente. Art. 68. Por ocasião da instrução do processo de recurso à JRPS, deverá o setor

processante da APS efetuar pesquisa no sistema de benefícios, com a finalidade de verificar a

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existência de benefício concedido ao interessado, sendo que, se constatada existência de benefício, deverá:

I - verificar se a documentação apresentada, referente ao benefício concedido, é

diferente da documentação do benefício objeto de recurso e, reconhecido o direito ao benefício indeferido, efetuar a simulação do cálculo desse último, convocar o segurado e orientá-lo da possibilidade de desistência do recurso e da possibilidade de opção pelo benefício mais vantajoso;

II - proceder, se for o caso, ao encaminhamento para o Controle Interno da

Gerência-Executiva, para saneamento, se verificada a divergência na documentação do benefício concedido e do benefício indeferido.

Art. 69. Sempre que o setor processante da APS tomar conhecimento da existência de

outro interessado na mesma pretensão, promoverá a apensação do processo relativo ao ato concessório àquele do indeferimento que originou o recurso, fazendo-se neles as anotações referentes à apensação, com a indicação do órgão, da data em que a apensação for realizada, com a assinatura e a qualificação funcional de quem a efetivou.

Art. 70. Se houver mais de um recorrente no processo e couber reforma total ou parcial

da decisão, mas esta não alcançar a todos, o setor processante da APS deverá: I - executar a nova decisão quanto aos recorrentes beneficiados; II - elaborar despacho fundamentando as razões de sua decisão e comunicar os

interessados; III - aguardar o prazo de trinta dias para apresentação de contra-razões daquele(s) não

alcançado(s) pela reforma; IV - fazer relatório registrando a apresentação ou não de contra-razões; V - encaminhar o processo à JRPS. Art. 71. Se o recurso, embora intempestivo, tiver sido apresentado no prazo de dez

anos, contados da ciência da decisão denegatória do Instituto, terá o seguinte tratamento: I - se o recurso recebido não apresentar novos elementos, caberá à APS:

a) se mantida a decisão de indeferimento:

1 - fazer relatório fundamentado quanto às razões que justifiquem o indeferimento, apontando-se, porém, a intempestividade; 2- encaminhar os autos à JRPS;

b) se concluir pela reforma parcial do ato denegatório:

1 - considerar o recurso também como pedido de revisão, relativamente à parte favorável ao beneficiário; 2 - adotar as providências necessárias à execução da parte favorável ao beneficiário, caso seja exeqüível;

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3 - comunicar ao recorrente que o recurso terá prosseguimento quanto a parte desfavorável apesar da intempestividade;

c) ocorrendo a reforma total do ato denegatório, por ter sido ele indevido, considerar-se-á como pedido de revisão e proceder-se-á à alteração do despacho, de imediato;

II - nas situações das alíneas “b e c” acima, antes de efetuar o ato concessório, submeter-se-á ao crivo do SRD;

III - se o recurso recebido apresentar novos elementos, será tratado normalmente, uma

vez que a prerrogativa de admitir ou não o recurso é do CRPS, sendo vedado ao INSS modificar o pedido, devendo ser instruído o processo de acordo com a legislação vigente na data do pedido do recurso;

IV - para os pedidos de revisão que também apresentem novo(s) elemento(s) aplicar-se-

á o disposto na alínea anterior conforme contido no § 2º do art. 347 do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.

Art. 72 Em se tratando de recursos que envolvam matéria médica, caberá à APS: I - discriminar todos os benefícios requeridos pelo beneficiário (concedidos ou não)

após aquele que tenha originado o recurso, bem como os requeridos anteriormente que interessem à solução do caso;

II - discriminar os períodos de volta ao trabalho, se houver, sendo que, se não puder ser

informado, até a data da remessa do processo à instância superior, essa impossibilidade deverá ser, obrigatoriamente, registrada no processo;

III - encaminhar o processo devidamente formalizado e instruído à Perícia Médica, a

fim de ser exarado o parecer conclusivo, sendo que: a) se confirmado integralmente o parecer médico contrário:

1 - anexar cópia dos Antecedentes Médico-Periciais em envelope lacrado, caso o benefício tenha sido habilitado no Sistema Prisma; 2 - efetuar a análise da parte administrativa; 3 - verificar se foram cumpridas as recomendações quanto à composição e formalização do processo; 4 - fazer relatório fundamentado quanto às razões que justifiquem o indeferimento; 5 - encaminhar os autos à JRPS;

b) se reformado totalmente o parecer médico-pericial anterior, o processo deverá ser reanalisado, administrativamente, observando na concessão ou prorrogação do benefício, o disposto a seguir:

1 – se for apurado não ter havido volta ao trabalho: 1.1 - caso exista no período a ser concedido ou prorrogado, novo pedido de benefício indeferido ou ainda dependendo de pronunciamento médico, considerar este prejudicado, inclusive o respectivo recurso, se houver; 1.2 - na hipótese de existir no referido período, benefício concedido, efetuar a concessão ou a prorrogação do benefício objeto do recurso. O novo benefício concedido deverá ser cessado, procedendo-se aos devidos acertos financeiros;

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2 - apurado ter havido volta ao trabalho: 2.1 - se tiver ocorrido volta ao trabalho em período igual ou inferior a sessenta dias e ficar constatado que se trata da mesma doença, suspender os pagamentos do benefício concedido ou prorrogado, a partir da véspera da volta ao trabalho, e reiniciá-los a partir do novo afastamento, se este tiver ocorrido; 2.2 - se houve volta ao trabalho por período superior a sessenta dias ou não se tratar da mesma doença, encerrar o benefício concedido ou prorrogado na véspera da volta ao trabalho, não havendo qualquer providência ou alteração a ser adotada quanto aos benefícios concedidos com base no novo afastamento do trabalho;

IV - no caso de recurso de cessação de benefícios, proferir despacho de prorrogação, de

modo que se possa, a qualquer tempo, aferir o cumprimento da decisão médica; V - se reformado, na parte médica, porém não implementar as condições

administrativas: a) manter o indeferimento; b) verificar se foram cumpridas as recomendações quanto à composição e informação do processo; c) fazer relatório fundamentado quanto às razões que justifiquem o indeferimento; d) encaminhar os autos à JRPS.

Art. 73. No caso de interposição de recurso em benefício por incapacidade, que tenha

sido indeferido por conclusão médico-pericial contrária ou não enquadramento de agentes nocivos, o processo devidamente formalizado e instruído, será encaminhado para a Perícia Médica da APS, para pronunciamento quanto à parte médica e/ou reavaliação sobre o enquadramento, conforme o caso.

§ 1º Se verificada técnica e administrativamente, situação favorável à pretensão do

recorrente, será reformada a decisão impugnada, considerando-se prejudicado o recurso, por perda de objeto.

§ 2º Se mantida a decisão inicial, a APS deverá instruir o recurso e encaminhá-lo para a

JRPS. Art. 74. Em caso de propositura, de iniciativa do beneficiário, de ação judicial que

tenha por objeto idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo não caberá ao INSS deixar de receber o recurso ou sustar sua tramitação, devendo o setor processante da APS registrar nos autos, a existência da ação judicial, informando o número do respectivo processo e da vara perante a qual tramita, e dar prosseguimento normal ao processo, pois compete exclusivamente ao CRPS admitir ou não o feito administrativo.

Parágrafo único. Na hipótese de o processo estar tramitando nos órgãos do CRPS, a

APS e o SRD, tomando conhecimento de ação judicial, comunicarão sua existência ao órgão julgador onde se encontra o processo de recurso.

Seção V Cumprimento de diligências das JR

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Art. 75. Caberá à APS: I - observar o prazo estabelecido para o cumprimento da diligência; II - colher declaração por escrito e devidamente assinada pelas partes, quando sejam

alegadas situações que possam prejudicar o direito do recorrente, tais como: não possua documento que prove determinado tempo de contribuição; não tenha caracterizada a condição de dependente; testemunhas a indicar e etc.;

III - examinar todos os itens das diligências, a fim de verificar se foram totalmente

atendidas, evitando devoluções. Para os requerimentos do SABI, o parecer da diligência deverá ser digitado na opção: “Parecer”;

IV - Atendida a diligência remeter o processo ao SRD. Art. 76. Caberá ao SRD: I - examinar o cumprimento do que foi solicitado; II - constatada insuficiência no atendimento, devolver ao órgão de origem para as

providências cabíveis; III - confirmada que foi totalmente cumprida, devolver à instância solicitante. Art. 77. Se na fase de diligência for reconhecido o direito do segurado, no todo ou em

parte: I - Caberá à APS:

a) cumprir a diligência no prazo estabelecido; b) elaborar despacho fundamentado quanto às razões que justifiquem a concessão do benefício; c) encaminhar os autos ao SRD;

II - Cabe ao SRD:

a) em se tratando de reconhecimento parcial do direito: 1 - convocar o segurado a fim de comunicar-lhe o reconhecimento parcial do direito, ensejando-lhe a oportunidade de optar:

1.1 - pela concessão do benefício nas condições que o INSS o reconhece, considerando-se prejudicado o recurso por perda de objeto. Neste caso, deverá o SRD reformar o ato denegatório em concessório, oficiar a instância julgadora e encaminhar os autos à APS para que seja concedido o benefício; 1.2 - pela concessão do benefício com a reforma parcial, dando-se prosseguimento ao recurso no que se refere à parte controversa. Neste caso, deverá o SRD reformar o ato denegatório parcialmente, encaminhar os autos à APS para que seja concedido o benefício e, posteriormente à concessão, a APS retornará os autos ao SRD para dar prosseguimento ao recurso da parte não reconhecida, enviando o processo à instância julgadora;

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1.3 - pela não concessão do benefício reformado, parcialmente, solicitando o prosseguimento ao recurso até a decisão definitiva. Neste caso, deverá o SRD elaborar despacho fundamentando o reconhecimento parcial do direito e encaminhar os autos à instância julgadora requisitante para julgamento.

b) tratando-se de reconhecimento total do direito, deverá o SRD reformar o ato denegatório em concessório, oficiar a instância julgadora e encaminhar o processo à APS para que seja concedido o benefício.

Art. 78. Se por ocasião do cumprimento da diligência for reconhecido o direito ao benefício, o SRD ao efetuar pesquisa no sistema de benefícios, com a finalidade de verificar a existência de benefício concedido ao interessado, sendo que, se constatada a existência de benefício, deverá verificar se a documentação apresentada, referente ao benefício concedido, é diferente da documentação do benefício objeto de recurso e, reconhecido o direito ao benefício indeferido, efetuar a simulação do cálculo desse último, convocar o segurado e orientá-lo da possibilidade de desistência do recurso e da possibilidade de opção pelo benefício mais vantajoso.

Seção VI Cumprimento da decisão da JRPS

Art. 79. No acórdão de não conhecimento do recurso do beneficiário ou de

conhecimento e não provimento caberá à APS: I - comunicar a decisão ao beneficiário, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas; II comunicar ao beneficiário as decisões com clareza e precisão, evitando expressões

vagas e citações de atos internos, informando sempre o prazo para apresentação de recurso, sua contagem, órgão a que deve recorrer e local da entrega do recurso (Anexo VI);

III - não retirar documentos, salvo Carteira de Trabalho e Previdência Social-CTPS e

antecedentes médico-periciais, arquivando o processo com as demais peças a fim de mantê-lo na sua íntegra.

Art. 80. Nos acórdãos de conhecimento e provimento parcial: I - Caberá ao SRD:

a) verificar se, na parte em que a decisão foi desfavorável ao INSS, é possível o acatamento e, em caso afirmativo, elaborar despacho justificando o acolhimento e encaminhar os autos à APS; b) se concluir pela interposição de recurso proceder conforme disposto na Seção VIII desta Orientação Interna; c) se a decisão da JRPS alcançar terceiro não participante do processo:

1 – se acatada a decisão, o cumprimento do julgado não poderá ser feito de imediato, devendo o SRD dar ciência da decisão àquele terceiro. Se houver recurso desse terceiro interessado, contra a decisão da JRPS, serão os autos encaminhados à CaJ para julgamento da contestação; caso contrário, a decisão da JRPS será então cumprida;

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2 – se não acatada a decisão, o SRD enviará cópia da interposição de recurso do INSS à CaJ para o terceiro interessado, orientando-o quanto ao prazo de trinta dias para apresentação de contra-razões; expirado o prazo, apresentadas ou não contra-razões, os autos serão encaminhados ao órgão julgador;

II - Caberá à APS: a) receber o processo e cumprir a decisão do acórdão; b) comunicar a decisão ao beneficiário, orientando-o quanto à possibilidade de interposição de recurso à CaJ no prazo de trinta dias.

Art. 81. Nos acórdãos de conhecimento e provimento: I - Caberá ao SRD:

a) receber o processo e verificar se é possível o acatamento da decisão e, em caso afirmativo, elaborar despacho justificando o acolhimento e enviar os autos à APS; b) se concluir não ser possível o acatamento da decisão, interpor recurso à CaJ, conforme disposto na Seção VIII desta Orientação Interna;

II - Caberá à APS: a) receber o processo e cumprir a decisão do acórdão; b) comunicar a decisão ao beneficiário.

Art. 82. No caso de decisão em matéria de alçada favorável ao beneficiário: I - Caberá ao SRD receber o processo e, não se tratando de caso de revisão de acórdão,

acolher a decisão elaborando despacho justificando o acolhimento e encaminhar os autos à APS; II - Caberá à APS:

a) receber o processo, cumprir a decisão do acórdão e comunicar o segurado da decisão da JRPS (Anexo VII); b) quando se tratar de recursos oriundos do SABI, incluir a decisão do acórdão no sistema que, automaticamente, recalcula o requerimento do benefício, com base nas informações incluídas e nas já existentes.

Art. 83. No caso de decisão em matéria de alçada desfavorável ao beneficiário, caberá à APS:

I - comunicar o interessado (Anexo IX); II - cientificar, na comunicação, do arquivamento do processo, por se tratar de decisão

final. Art. 84. No caso que envolva matéria de alçada das JRPS, se o interessado apresentar

recurso à CaJ, a petição deverá ser recebida pela APS e juntada ao processo, apontando-se a

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irregularidade, por se tratar de matéria de alçada. Posteriormente, deverá a APS encaminhar o processo ao SRD que providenciará seu encaminhamento à CaJ para fins de conhecimento.

Seção VII Recurso do beneficiário à CaJ

Art. 85. Caberá à APS: I - verificar e protocolizar a petição, se necessário; II - verificar se há indicação do número do acórdão da JRPS; III - montar o processo; IV - verificar o prazo; V - elaborar relatório; VI - encaminhar ao SRD. Art. 86. Caberá ao SRD: I - receber o processo; II - elaborar contra razões; III - encaminhar o processo à CaJ, por meio do Protocolo. Art. 87. Se o INSS reconhecer o direito do segurado ao benefício pleiteado por ocasião

de interposição de recurso, por parte do segurado, à CaJ contra decisão de JRPS desfavorável ao beneficiário, deverá o SRD enviá-lo à JRPS prolatora da decisão impugnada, para que essa reexamine a matéria, antes da implantação do benefício, conforme disposto no inciso I do § 4º do art. 305 do Decreto nº 3.048/99.

Seção VIII Recurso do INSS à CaJ

Art. 88. Caberá ao SRD quando o recurso for tempestivo: I - elaborar petição de recurso expondo os motivos, devidamente argumentados e

fundamentados, pelos quais entende-se que não se deve dar cumprimento à decisão da JRPS, protocolando a petição no Setor de Protocolo da Gerência-Executiva;

II - abrir prazo para as contra-razões do beneficiário; III - assim que o AR for devolvido ao SRD, deverá o mesmo ser anexado ao processo.

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Art. 89. Havendo perda do prazo recursal à CaJ, deverá o SRD encaminhar os autos ao setor processante da APS para cumprir na íntegra a decisão proferida pela JRPS e, posteriormente, retornar o processo ao SRD para a interposição do recurso à CaJ, pedindo relevação da intempestividade por meio de relatório fundamentado.

Parágrafo único. Nos casos em que não houver a relevação da intempestividade, sendo

detectada decisão conflitante com lei, com normas regulamentares ou com pareceres da Consultoria Jurídica do MPS, aprovados pelo Ministro na forma da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, deverá o SRD, por relatório devidamente fundamentado, encaminhar o processo à instância prolatora da decisão solicitando revisão de Acórdão. Porém, antes do encaminhamento, deverá ser facultado ao beneficiário a interposição de contra-razões ao pedido.

Seção IX Apresentação de contra-razões pelo beneficiário

Art. 90. Sempre que forem oferecidas contra-razões pelo beneficiário ao recurso interposto pelo INSS à CaJ, cabe ao SRD analisá-las a fim de verificar se foram apresentados novos elementos ao processo, de modo a tornar possível a reforma parcial ou total do ato denegatório em concessório:

I – em se tratando de reconhecimento parcial do direito, deverá o SRD convocar o

beneficiário a fim de dar-lhe ciência da reforma parcial da decisão, ensejando-lhe a oportunidade de optar:

a) pela concessão do benefício nas condições reconhecidas pelo INSS, considerando-se prejudicado o recurso por perda de objeto. Neste caso, deverá o SRD reformar o ato denegatório, oficiar a instância julgadora e encaminhar os autos à APS para que conceda o benefício; b) pela concessão do benefício com a reforma parcial, dando-se prosseguimento ao recurso no que se refere à parte controversa. Neste caso, deverá o SRD reformar o ato denegatório parcialmente, encaminhar os autos à APS para que seja concedido o benefício e, posteriormente à concessão, a APS retornará os autos ao SRD para dar prosseguimento ao recurso da parte não reconhecida, enviando o processo à instância julgadora; c) pela não concessão do benefício reformado parcialmente, solicitando o prosseguimento ao recurso até a decisão definitiva. Neste caso, deverá o SRD elaborar despacho fundamentando o reconhecimento parcial do direito e encaminhar os autos à instância julgadora;

II – em se tratando de reforma total da decisão: a) caberá ao SRD:

1 - elaborar despacho justificando a reforma total do ato denegatório; 2 - caso o acórdão da JRPS ou da CaJ tenha estabelecido condições para implantação do benefício diversas das reconhecidas pelo INSS com a reforma da decisão, deverão os autos retornar ao órgão julgador que proferiu o acórdão, para que esse reexamine a matéria, antes da implantação do benefício; 3 - caso a reforma da decisão estabeleça condições idênticas às do acórdão da JRPS ou da CaJ deverão os autos ser encaminhados à APS;

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b) caberá à APS: 1 - receber o processo e cumprir a decisão; 2 - comunicar a decisão ao beneficiário e, caso a decisão da JRPS determine a concessão do benefício em condições diferentes das pleiteadas no requerimento inicial, orientá-lo quanto ao prazo para interposição de recurso à CaJ.

Art. 91. Ocorrendo o recebimento das contra-razões do interessado ao recurso do INSS,

após o encaminhamento do feito à CaJ, o SRD deverá encaminhá-las à instância recursal, para juntada aos autos, ficando dispensado de realizar a análise mencionada no artigo anterior.

Seção X Cumprimento da decisão da CaJ

Art. 92. Em se tratando de diligência baixada pela CaJ, havendo acórdão desfavorável

da JRPS ao beneficiário, se for reconhecido pelo INSS o direito do segurado, no todo ou em parte: I - caberá à APS:

a) cumprir a diligência no prazo estabelecido; b) elaborar despacho fundamentado quanto às razões que justifiquem a concessão do benefício; c) encaminhar os autos ao SRD;

II - caberá ao SRD elaborar despacho fundamentado que justifique a reforma da decisão denegatória e devolver os autos à CaJ.

Art. 93. Nos casos de acórdão favorável ao INSS: I - caberá ao SRD receber o processo e encaminhá-lo à APS; II - caberá à APS:

a) notificar o beneficiário por carta, acompanhada de cópia ou transcrição do decisório, esclarecendo na carta que foi esgotada a via administrativa, não cabendo mais nenhum recurso; b) caso o recurso tenha sido oriundo de apuração e comprovação de irregularidade, com decisão final desfavorável ao beneficiário, após comunicação ao mesmo, proceder de acordo com as normas relativas à cobrança do débito.

Art. 94. Acórdão favorável ao beneficiário no todo ou em parte: I - caberá ao SRD:

a) receber o processo e, não ensejando pedido de revisão de acórdão, despachar o processo orientando a APS, quanto a fixação da Data da Regularização dos Documentos-DRD e ao prazo para o cumprimento do acórdão;

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b) caso contrário, proceder conforme disposto na Seção XI desta Orientação Interna.

II - caberá à APS: a) cumprir a decisão da CaJ, observando a fixação da DRD e o prazo estabelecido; b) comunicar ao beneficiário a decisão, observando o prazo previsto e arquivar os autos.

Art. 95. Se tiver sido concedido outro benefício ao segurado durante a tramitação de

processo recursal ou após decisão de última e definitiva instância, o SRD deverá facultar ao interessado o direito de optar, por escrito, pelo benefício mais vantajoso, sendo que:

I - se o segurado optar pelo benefício que estiver recebendo, o SRD oficiará a instância

julgadora sobre a opção feita e encaminhará os autos à APS, para arquivamento; II - se, após efetuado demonstrativo dos cálculos do benefício concedido em grau de

recurso, o segurado optar pelo benefício objeto da decisão da instância prolatora, deverá o SRD encaminhar os autos à APS para implantar o benefício e proceder aos acertos financeiros.

§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo ao beneficiário legitimado como parte, que deu

prosseguimento ao recurso do segurado, no caso de falecimento do segurado. § 2º A opção será concretizada com o recebimento do primeiro pagamento, revestindo-

se essa opção a partir de então, de caráter irreversível e irrenunciável. Art. 96. Se durante a tramitação do processo ou antes da concretização da concessão do

benefício reconhecido pela JRPS ou pela CaJ, o segurado desistir do benefício, deverá ser apresentado pedido de desistência, por escrito, na APS, a qual deverá juntá-lo aos autos e encaminhar o processo ao SRD, que deverá enviá-lo para a respectiva instância julgadora, para a referida homologação.

Seção XI Pedido de revisão de acórdão

Art. 97. Quando, nas decisões dos órgãos julgadores de última e definitiva instância, ou

ainda em se tratando de matéria de alçada, for verificada a ocorrência de qualquer situação prevista no art. 38 do Capítulo I desta Orientação Interna, caberá ao SRD:

I - se o pedido de revisão de acórdão estiver dentro do prazo de cumprimento deste:

a) elaborar petição de revisão de acórdão, com efeito suspensivo, expondo os motivos, devidamente argumentados, pelos quais entende-se que não se deve dar cumprimento à decisão do órgão julgador; b) quando do pedido de revisão de acórdão, com efeito suspensivo, para a JRPS ou a CaJ, o SRD deverá emitir carta ao segurado, na mesma data, cientificando-o do pedido de revisão da decisão do órgão julgador, encaminhando-lhe cópia das razões do INSS e cópia do acórdão objeto de revisão, bem como do prazo de trinta dias a ele conferido para apresentação de contra-razões;

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II – se o pedido de revisão de acórdão for formalizado pelo INSS após o prazo de trinta dias, deverá ser dado cumprimento ao acórdão;

III – se o pedido de revisão de acórdão for promovido pelo beneficiário com

apresentação de novos elementos, cabe ao SRD remeter os autos ao órgão prolator da decisão, alertando sobre as disposições do art. 347 do Decreto nº 3.048/99;

IV - caso o órgão julgador mantenha a decisão recorrida, e o SRD entender tratar-se de

matéria controvertida prevista no art. 309 do RPS, encaminhará o processo para a APS, para cumprimento do acórdão na sua íntegra, observando-se que:

a) o processo deverá retornar ao SRD, para que esse o encaminhe à Procuradoria local, com relatório fundamentado, para apreciação jurídica respeitante ao enquadramento do caso nas hipóteses previstas no art. 309 do RPS; b) se a Procuradoria local, após a análise, entender não se tratar de matéria controvertida, devolverá o processo ao SRD, para as providências a seu cargo; c) se a Procuradoria local, após a análise, entender tratar-se de matéria controvertida, pontuará juridicamente a controvérsia e encaminhará o processo à Procuradoria Federal Especializada, junto ao INSS que decidirá quanto ao encaminhamento ou não para o MPS, o qual apreciará a matéria.

Art. 98. Quando as decisões da CaJ ou da JRPS contiverem erro material, a exemplo do cômputo do tempo de contribuição ou ainda na menção das datas de tempo de serviço que se considerar comprovados, o SRD encaminhará o processo diretamente à instância prolatora da decisão, para que se proceda à regularização do aresto, sem necessidade do trâmite pela Presidência do CRPS.

Art. 99. Se o reconhecimento ocorrer por ocasião de interposição de pedido de revisão

de acórdão, de decisão de última e definitiva instância, deverá o órgão recebedor do mencionado pedido juntá-lo aos autos do respectivo processo e encaminhá-lo ao SRD, que se encarregará de enviá-lo à CaJ que proferiu a decisão atacada, para que essa reexamine a matéria, conforme disposto no inciso II do § 4º do art. 305 do Decreto nº 3.048/99.

Seção XII Recurso de benefício suspenso pela auditoria

Art. 100. Em se tratando de processo de benefício suspenso por determinação da

Auditoria, caberá à APS: I - recebido o recurso do interessado à JRPS, com ou sem a apresentação de novos

elementos, juntá-lo ao processo e, em seguida, encaminhar os autos à Auditoria que terá o prazo de seis dias úteis para manifestação. Findo este prazo, o processo será devolvido à APS para proceder às contra-razões ao recurso impetrado, e posterior encaminhamento à JRPS para julgamento;

II - após julgamento da JRPS negando provimento ao interessado, se ele interpuser

recurso à CaJ, a APS deverá fazer juntada da petição ao processo, encaminhando-o, imediatamente, à Auditoria, para que essa, no prazo máximo de seis dias úteis, emita parecer prévio, antes da remessa ao SRD, para apresentação de contra-razões à CaJ;

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III - se houver decisão da JRPS favorável ao interessado, antes de interposição de recurso à CaJ, o SRD deverá encaminhar o processo à Auditoria, para que, no prazo de seis dias úteis da data do recebimento, emita parecer prévio e, após, faça retornar o processo para prosseguimento da tramitação, utilizando-se do meio mais rápido, para que não seja prejudicado o prazo para interposição de recurso;

IV - caso o recurso tenha sido oriundo de apuração e de comprovação de irregularidade, com decisão final desfavorável ao interessado, deverá a APS após a comunicação ao mesmo, proceder de acordo com as normas relativas à cobrança de débito.

Art. 101. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação, tendo caráter restrito e

destina-se a disciplinar procedimento administrativo de interesse interno, sendo vedada a sua divulgação externa, total ou parcial e sua publicação será exclusivamente em Boletim de Serviço-BS.

BENEDITO ADALBERTO BRUNCA Diretor de Benefícios

Publicada no BS/INSS/DG nº 219, de 16/11/2006