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Supermix Edição 144

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APRAS - Todos os direitos reservados. SUPERMIX é marca registrada da APRAS, Proibida reprodução.

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Page 3: Supermix Edição 144

palavra do presidente

Cesar Moro TozettoPresidente da Apras

Caro leitor,

Mais um ano se inicia, e com ele novas expectativas de que o setor

mantenha os bons índices de crescimento que vem apresentando nos

últimos anos. Apresentamos, no acumulado de 2012, um crescimento real

de 5,29% em vendas e, em termos nominais, um crescimento de 10,96%.

Como foi previsto, as vendas do setor no mês de dezembro de 2012

apresentaram alta nominal de 12,39% comparada ao mesmo período

de 2011. Mas, claro, estamos cientes que os desafios econômicos

continuam e são notórios para todos. O que reforça o compromisso da

classe em estar unida e trabalhando para o fortalecimento diário do setor

supermercadista.

Por isso, este ano nós da Apras pretendemos manter as ações que

envolveram e deram destaque para o varejo paranaense. Aprimorando e

trazendo novidades tanto para a nossa Feira e Convenção Paranaense de

Supermercados, a Mercosuper, como para ações que buscam melhorar a

relação com o nosso consumidor.

Assim foi com as campanhas do Preço Por Unidade de Medida, com

a campanha de Redução do Sal e, em breve, esperamos apresentar a

campanha De Olho na Validade.

Esperamos que todos estejam com as energias renovadas para que

possamos trabalhar com afinco nas metas para que esse ano de 2013 seja

próspero para toda a cadeia do varejo.

Um ótimo ano para todos.

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sumário

matéria de capa Verão: oportunidade para aumentar as vendas e reforçar a marca

SaÚde Qualidade e segurança dos alimentos como prioridade nas lojas.

calendário: Volta às aulas: potencial para competir com outros segmentos.

tendênciaS Dinheiro na mão, comida na mesa.

recurSoS humanoS Coaching contribui para desenvolvimento de líderes e dos negócios.

Setor Planejamento para pequenos e médios aumenta chance de sucesso nos negócios.

academia apras (45)

artigos (42)

economia (29)

espaço apras (39)

espaço do leitor (50)

entrevista (13)

Índice de vendas (12)

JurÍdico (31)

lançamentos (48)

notÍcias (08)

perfil (19)

16

20

24 26

36 34

Page 5: Supermix Edição 144
Page 6: Supermix Edição 144

Querido leitor,

editorial

Planejamento! Podemos dizer que em 2013 esta será uma das palavras

mais valorizadas por todos. Depois de inúmeras expectativas quanto ao

crescimento econômico do país, sabemos que, infelizmente, diferentemente

do louvável desempenho do nosso setor, o ano de 2012 não correspondeu

ao que muitos esperavam e que, por isso, será preciso rever os planos para

que as metas de 2013 sejam alcançadas com êxito.

Nessa primeira edição da Supermix de 2013 você irá conferir com

especialistas do varejo como foi o ano passado para o setor e o que se espera

para este ano. Assim como dicas de como aproveitar o verão para melhorar os

negócios e, ao mesmo tempo, levar saúde para os consumidores.

E, falando em planejamento, nós da Associação Paranaense de

Supermercados (Apras) lembramos que no mês de Abril teremos “O Varejo

Planejado – produção, logística e venda” como tema da Feira e Convenção

Paranaense de Supermercados, Mercosuper.

Durante três dias (8, 9 e 10 de abril) nossos visitantes e expositores vão poder

conferir palestras com especialistas no assunto para obter novas ideias para

os seus negócios. Sem falar no “Espaço Orgânica: Natural e Sustentável”, que

estará totalmente repaginado, para trazer aos nossos empresários o que se

espera para Copa das Confederações e Copa do Mundo.

Esperamos vê-los em breve na Mercosuper.

Uma ótima leitura. Karoline Tragante Coordenadora de Comunicação

PresidenteCesar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA )Primeiro Vice-Presidente José Eduardo MuffatoVice-Presidente Financeiro Daniel KuzmaVice-Presidente de Relações Públicas João Jacir ZontaVice-Presidente de Patrimônio Ademar VedoatoVice-Presidente Eventos Everton MuffatoVice-Presidente de Expansão Marlus KusmaVice-Presidente de Capacitação Carlos Tavares CardosoVice-Presidente de Segurança Luiz alberto LeãoVice-Presidente de Relações Sindicais João Jacir ZontaVice-Presidente de Segurança Alimentar Sergio Jasinski Vice-Presidente Adjunto Luiz Mauricio K. HyczyVice-Presidente Adjunto Paulo BealVice-Presidente Adjunto Roberto AngeloniVice-Presidente Adjunto Carlos BealVice-Presidente Adjunto Claudio TissiVice-Presidente Adjunto Celso Luiz StallConselho Fiscal Efetivo Albert PankratzConselho Fiscal Efetivo Haroldo Antunes DeschkConselho Fiscal Efetivo Dercio Domingos de CostaConselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos SantosConselho Fiscal Suplente Edson ZamprognaConselho Fiscal Suplente Joraci Boza Presidente Regional Sul - Ponta GrossaNelvir Rickli Junior (SUPERMERCADO RICKLI) Presidente Regional Norte - LondrinaWilson Yukio Obara (IRMÃOS OBARA & CIA LTDA) Presidente Regional Oeste - CascavelGenésio Pegoraro (IRANI SUPERMERCADOS)Presidente Regional Sudoeste - Panto BrancoEdy Dalberto (SUPERMERCADO ITALO) Presidente Regional Noroeste - MaringáMauricio Bendixen da Silva (SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO) Presidente Regional Norte Pioneiro - JacarezinhoJair Tozo Junior (SUPERM BEIRA LINHA-RIBEIRÃO DO PINHAL) Presidente Regional - IratiFabio Storck (SUPERMERCADO GLORIA) Presidente Regional - GuarapuavaJosé Fernando Bracailo Junior (SUPERMERCADO SUPERPÃO) Conselho PermanenteEverton MuffatoPedro Joanir ZontaRuy SenffSidney SchnekembergEduardo Antonio DalmoraRomildo Ernesto ConteRoberto DemetercoSuperintendenteValmor Antônio RovarisDiretor ComercialWalde Renato Prochmann

Vice-Presidente de Relações PúblicasJoão Jacir ZontaDiretor ComercialWalde Renato ProchmannConselho Editorial Karoline Tragante, José Eduardo Nasser e Isabelle RockerDepartamento ComercialKhailany Cardoso e Walde Renato ProchmannFone: (41) 3362-1212 – Fax: (41) 3362-8513E-mail: [email protected] Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico)DiagramaçãoSamuel Rodrigues / Luís Junior RevisãoPaulo Roberto Maciel SantosFotosAlex SantosPré-Impressão (CtP) e ImpressãoMaxi Gráfica e Editora Ltda.Tiragem13.000 exemplaresDistribuição NacionalEnviada aos supermercados e atacadistas do Brasil.A revista Supermix é patrimônio da APRAS –Associação Paranaense de Supermercados – e também seuórgão oficial de divulgação.Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – [email protected] / www.apras.org.br/supermixOs artigos assinados são de total responsabilidade de seusautores e não refletem necessariamente a opinião da revista.Todos os direitos reservados. JORNALISTA RESPONSÁVEL Karoline de Souza (DRT: 0008904/PR)

DIRETORIA EXECUTIVA

TRIÊNIO 2012/2015

impressão

A Apras, consciente das questões ambientais e

sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest

Stewardship Council) na impressão deste material.

A certificação FSC garante que uma matéria-prima

florestal provém de um manejo considerado social,

ambiental e economicamente adequado. Impresso

na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia

de custódia - FSC

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Page 8: Supermix Edição 144

PáSCoA CrIA 20 MIL vAGAS tEMPorárIAS PArA Produção E vEndA dE ovoS

( Para atender a uma clientela de todos os gostos e idades,

os fabricantes de chocolates se preparam para movimentar

o mercado de trabalho na Páscoa com mais de 20 mil vagas

de empregos temporários, tanto na produção de ovos como

para a venda.

A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de

Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab)

que divulga no próximo dia 29, em São Paulo, a expectativa

de vendas para esta Páscoa e o desempenho da indústria de

chocolates no país em 2012.

Ubiracy Fonseca, vice-presidente de Chocolate da Abicab,

informa que em 2012 a produção nacional de ovos de

Páscoa chegou a 18 mil toneladas.

A associação representa 95% dos fabricantes de chocolates

e balas do Brasil, entre eles 40 fábricas de chocolates. As

regiões mais consumidoras de chocolate são, pela ordem,

Sudeste, Sul, Nordeste, Centro Oeste e Norte.

“O Brasil é terceiro maior produtor de chocolates do mundo,

atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha, e é o

quarto maior consumidor. O país exporta chocolates para

mais de cem países, cerca de 15 mil toneladas por ano.

Somos um grande player mundial do chocolate”, disse

Ubiracy.

Segundo a Abicab, a fabricante Barion se prepara para

a Páscoa com a contratação de 80 temporários para

produção e 50 promotores; a Cacau Show contratará

3.900 temporários para 1.300 lojas da rede. A Cory terá 200

funcionários temporários, sendo 150 para a fábrica e 50 para

o atendimento no varejo.

O Grupo CRM, detentor da Kopenhagen e da Chocolates

Brasil Cacau, abriu 543 vagas temporárias no seu complexo

industrial na cidade de Extrema, sul de Minas Gerais. Para as

lojas próprias das marcas são 103 vagas temporárias – para

as franquias, as contratações são feitas diretamente com os

franqueados e podem chegar a 440.

A Munik recrutou cem colaboradores temporários para as

lojas e 60 para a fábrica, localizada em São Paulo. A Top Cau,

por sua vez, contratou 600 colaboradores para a linha de

produção, além de mil promotores para os pontos de venda

entre os meses de fevereiro e março, e a Village contrata 500

temporários para a produção. Já a Pandurata (Bauducco,

Visconti e Hershey’s) contará com 1.300 temporários em

todo o país, entre fábricas e vendas. A Nestlé terá 3.500

temporários.

Exército de 8 mil na Lacta

Na fábrica da Lacta em Curitiba, no Paraná, desde agosto de

2012, mil contratados temporários trabalham na produção

de milhões de ovos que a marca colocará no mercado

a partir da quarta-feira de Cinzas. Segundo a Mondelēz

International, detentora das marcas de chocolates, biscoitos

e balas que pertenciam à Kraft Foods, quando esta passou

por uma cisão da operação em outubro de 2012, todos os

anos funcionários temporários se unem durante seis meses

aos quatro mil funcionários efetivos da fábrica de chocolates

para produzir os ovos.

A Lacta investirá na contratação de 18% mais promotores

que em 2012, informou a companhia, com vistas a

manter a liderança do mercado de Páscoa pelo 17º ano

consecutivo, informou. Serão oito mil pessoas auxiliando

os consumidores a escolherem seus ovos nas parreiras, nas

lojas e supermercados de todo o Brasil. De acordo com a

companhia, em média 22% dos temporários são efetivados

para trabalhando na produção de tabletes e bombons.

As inscrições para promotor temporário de Páscoa da

Lacta são feitas apenas pelo site www.vagas.com.br/

mondelezbrasil, e vão até o dia 31 de janeiro. A vaga requer

ensino médio completo, idade mínima de 18 anos, boa

comunicação e capacidade para abordar o consumidor.

Ter alguma experiência na área será um diferencial. Os

promotores trabalharão de 13 de fevereiro (quarta-feira de

Cinzas) até 31 de março (domingo de Páscoa).

Garoto prevê 20 milhões de ovos

Na Garoto Chocolates, a produção de ovos de Páscoa

começou em julho de 2012 e, por política interna, a

notÍcias

Page 9: Supermix Edição 144

CArrEFour InAuGurA PrIMEIrA LojA AtACAdão no ACrE

( O Carrefour vai inaugurar na quinta-feira da próxima

semana a primeira unidade do Atacadão no Acre. A loja

instalada na cidade de Rio Branco teve geração de 250

empregos diretos e 600 indiretos em uma área total de 7 mil

m². Os investimentos não foram divulgados.

Em localização estratégica, situada na Via Verde (BR 364) - Km

05 - Distrito Industrial, próximo ao Hospital das Clínicas, a

companhia espera atender mensalmente cerca de 120 mil

clientes, desde pequenos comerciantes até consumidores

finais, de acordo com nota divulgada nesta quinta-feira.

A nova loja vai oferece mais de 10 mil produtos das

mais diferentes marcas. “Para tornar a operação eficiente

e oferecer um serviço de qualidade aos clientes, os

funcionários passaram por um treinamento técnico, de

acordo com cada função exercida”, destacou a companhia,

em nota.

A bandeira Atacadão está presente na região Norte desde

2009, nos municípios de Palmas (TO) e Porto Velho (RO).

Com essa inauguração, o Atacadão passa a contar com 86

estabelecimentos em todo o território nacional.

Fonte: O Estado de São Paulo)

companhia não divulga expectativa de vendas, explicou

a gerente de Páscoa, Fernanda Canto. Mas a previsão de

produção para 2013 é de 20 milhões de ovos de Páscoa,

disse ela.

Para a Páscoa de 2013 as contratações de temporários da

Garoto serão mais de seis mil, entre auxiliares de produção

de ovos e impulsionadores de vendas. As vagas para

produção, cerca de 700, já foram preenchidas e os contratos

temporários terminam no início de fevereiro. Mais 5.500

vagas serão preenchidas até março para impulsionadores

de venda distribuídas por todas as regiões do país, explicou

Fernanda.

As inscrições para concorrer a uma vaga temporária estão

abertas. O processo de seleção será regional. É necessário

ter idade a partir de 18 anos, ter concluído o ensino médio

e ter habilidade para relacionamento com varejistas,

divulgação de produtos e abordagem ao consumidor,

além de proatividade e boa capacidade de comunicação.

Candidatos de São Paulo devem mandar currículo para

[email protected]. Já candidatos de MInas

Gerais, Espírito Santo, e Rio de Janeiro devem usar o e-mail

[email protected].

A empresa anuncia para a Páscoa lançamentos com

ingredientes e sabores tradicionais do Brasil, mas não pode

dar mais detalhes.

“A Chocolates Garoto é uma empresa genuinamente

brasileira e sempre desenvolve produtos voltados para todos

os paladares do nosso país. Este ano, a empresa preparou

lançamentos que ressaltam a brasilidade. Por motivo

de contrato, ainda não podemos abrir quais são esses

lançamentos”, diz a gerente Fernanda Canto.

Para garantir que evitar que o consumidor encontre ovos

quebrados ou amassados, dois meses antes da Páscoa a

Garoto já mantém seus produtos armazenados próximos aos

pontos de consumo.

“Toda nossa rede de distribuição é climatizada, armazéns e

caminhões, e trabalha na temperatura ideal de conservação

de produtos da Páscoa. Temos controle contínuo e

monitoramento constante dos nossos padrões de qualidade.

Isso garante integralmente as características e qualidade de

nossos produtos até o ponto de venda, independentemente

das distâncias e do calor”, explica a gerente.

Fernanda diz ainda que os supermercadistas têm papel

fundamental na boa conservação desses produtos. Os ovos

de chocolate devem ser armazenados ao abrigo do sol e

em ambiente climatizado, longe de cereais, grãos e massas

diversas, e de produtos que exalem odores fortes como

bacalhau, temperos, azeitonas e produtos de limpeza.

Fonte: G1 )

revista supermiX 9

Page 10: Supermix Edição 144

Condor dE LondrInA rEALIzou Ação ContrA A dEnGuE ( Com o objetivo de levar maior conhecimento sobre o

combate ao mosquito da Dengue, a Autarquia Municipal

de Saúde de Londrina realizou uma ação educativa e de

orientação, nos dias 18 e 19 de janeiro, das 8h às 14h, no

hipermercado Condor de Londrina, localizado na Rua Rio

Grande do Sul, 50.

A dengue é considerada um dos principais problemas de

saúde pública no mundo e uma iniciativa como esta é

uma grande oportunidade de as pessoas terem um maior

esclarecimento sobre o assunto e assim contribuírem no

combate à doença.

A ação contou com exposição de maquetes, banners e um

larvário para mostrar in loco alguns cuidados para eliminar

os criadouros do mosquito aedes aegypti.

A OMS - Organização Mundial da Saúde estima que entre 50

a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais

de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa.

Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20

mil morrem em consequência da dengue.

Fonte: Assessoria de Imprensa )

WALMArt tEM novo PrESIdEntE

( O chileno Enrique Ostale é o novo presidente-executivo

do Walmart América Latina e assume dia 1º de março,

sucedendo a Eduardo Solorzano, quepresidirá o conselho

de administração do Walmex (Walmart México). Ostale

responderá por negóciios em regiões como Argentina, Brasil,

Chile, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e

Nicarágua.

Fonte: DCI )

SuSSuMu HondA CoMEntA PoSSE dE FErnAndo YAMAdA

( Fernando Yamada, ex-presidente da Associação Paraense

de Supermercado (Aspas), assumiu a presidência da

Associação Brasileira de Supermercados. Fernando foi eleito

GruPoS GErAdorES: A MELHor SAídA PArA quEM dESEjA rEduzIr GAStoS CoM EnErGIA ELétrICA

( Seja para manter a luz acesa durante um apagão ou

reduzir os gastos com energia elétrica, muitas empresas no

Brasil estão optando pelo uso de grupos geradores. Além

disso, em alguns estabelecimentos, como supermercados

e indústrias alimentícias, por exemplo, os equipamentos

evitam perdas, já que, com uma queda de energia, a

produção para e é possível perder uma grande quantidade

de alimentos ou matéria prima, além de prejuízos com a

linha de produção e pessoas paradas.

Os grupos geradores Caterpillar/Olympian são máquinas

projetadas para a geração de energia elétrica a partir de

um combustível - diesel, gás natural ou até mesmo biogás.

Segundo o supervisor comercial da divisão de energia

da PESA, Rodrigo Weyll, existem três tipos de aplicação

para os grupos geradores. A primeira são as aplicações

de emergência, em que o equipamento fica em stand by

e entra em operação imediatamente quando ocorrem

problemas no fornecimento de energia da concessionária,

no caso de uma emergência ou uma parada programada.

Outra grande oportunidade é a utilização em horário de

ponta, pois, nesse caso, o equipamento trabalha diariamente

por unanimidade em novembro para o biênio 2013-2014,

substituindo Sussumu Honda, que presidiu a entidade desde

2007 e, em entrevista exclusiva ao Portal Giro News, indicou

alguns rumos que a entidade deve tomar sob o comando de

Yamada.

“A visão do Fernando se volta também para as entidades

estaduais que hoje possuem um peso menor. Nós falamos

muito de sudeste/sul e ele tem um olhar voltado também às

entidades com menor expressão dos estados menores. Ele já

tem isso dentro da linha de trabalho dele, ele vai fortalecer

muito as entidades estaduais dessas regiões, mas também

não vai esquecer, como empresário que é, de ter uma visão

de Brasil”, analisa Honda.

Fonte: Associação Baiana de Supermercados)

notÍcias

Page 11: Supermix Edição 144

no horário em que a concessionária vende energia a

preços mais elevados e isso permite que ele continue sua

operação normalmente, chegando a economizar até 30%

na conta de energia. A terceira forma de aplicação é a

contínua, na qual o cliente precisa de eletricidade em locais

onde a concessionária de energia não dispõe de rede de

distribuição. Neste caso, o grupo gerador pode ser utlizado

como fonte única de energia, o que é comum em obras,

fazendas e locais mais afastados.

A PESA comercializa duas famílias distintas de grupos

geradores: a linha Olympian e a linha Caterpillar. A primeira

conta com equipamentos fabricados na planta da Caterpillar

Brasil, em Piracicaba, com projeto, especificações e métodos

de montagem da Caterpillar, bem como uma solução com

o melhor custo-benefício do mercado. “Garantimos um

grupo gerador de um único fornecedor, com sistemas,

transferências e controles desenvolvidos pela engenharia

da PESA, o que garante a maior compatibilidade entre o

sistema de geração e as exigências da concessionária local”,

comenta Weyll. Os grupos geradores Olympian trazem,

ainda, controladores e governores eletrônicos de série,

sistema de pré-aquecimento, carregador de baterias, tanque

de combustível na base, sistema silencioso completo -

podendo ser via kit de atenuação ou container silenciado e

atenuação, além de muitas outras soluções para otimizar a

instalação e utilização do equipamento.

Já a linha da marca americana vem com todos os benefícios

da Olympian somados à confiabilidade dos motores

Caterpillar, que garantem menor consumo decombustível

e menor taxa de emissão de poluentes. São equipamentos

de alta confiabilidade, compactos e robustos. “Toda a gama

de produtos conta, também, com a assistência técnica

da Caterpillar, garantia de dois anos com possibilidade

de extensão e intercambiabilidade de peças com outros

equipamentos CAT,maior estoque de peças e menor tempo

de máquina parada caso seja necessário reparo”, ressalta o

revista supermiX 11

Page 12: Supermix Edição 144

supervisor.

Rodrigo Weyll lembra, ainda, que o cliente, ao adquirir

um gerador da PESA, não ficará limitado somente ao

equipamento, mas receberá, ao mesmo tempo, uma solução

completa que engloba o projeto e o pós-venda. “A PESA

preza pelo desenvolvimento de soluções que não apenas

atendam plenamente às necessidades do cliente, mas que

também superem suas expectativas”, explica.

No momento, a PESA comercializa grupos geradores com

potência a partir de 50KVA até máquinas que podem chegar

a 5MVA, com motores movidos a diesel, gás ou biogás,

gerando energia elétrica em baixa oumedia tensão. “Estamos

reforçando também a estratégia de atuação no mercado de

gás. Um exemplo disso é a nova aquisição da Caterpillar pela

MWM (divisão de motores a gás). Vale lembrar, também, que

os grupos geradores podem operar em sistemas paralelos

para gerar mais potência”, completa Weyll.

Pensando em melhorar o relacionamento com os clientes

e parceiros e se posicionar como um dos principais players

do setor, a PESA está estabelecendo metas audaciosas

e reestruturando a área de grupos geradores. Em breve,

contará com um novo sistema de atendimento, totalmente

focado em proximidade, relacionamento e flexibilidade nas

negociações.

Pós-venda

Para garantir o melhor funcionamento do gerador, a PESA

conta com diversos planos de pós-venda, como garantia

estendida do equipamento, serviços de manutenção

preventiva, locação de grupos reservas, técnicos de campo

altamente treinados e equipados, planos de monitoramento

remoto, além de um amplo estoque de peças e filiais mais

próximas do cliente, o que traz agilidade no tempo de

reparo.

Fonte: Assessoria de Imprensa )

Informações Abras

Em novembro, as vendas do setor supermercadista em valores reais - deflacionadas pelo IPCA/IBGE -, apresentaram alta de

1,52% na comparação com o mês imediatamente anterior e crescimento de 6,45% em relação ao mesmo mês do ano de

2011. No acumulado do ano, as vendas apresentaram crescimento de 5,29%, na comparação com o mesmo período do ano

anterior.

Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram alta de 2,13% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a

novembro do ano anterior, alta de 12,39%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 10,96%.

I) Evolução das Vendas do Setor – Total Brasil (Var. Mês x Mesmo Mês do Ano Anterior)

notÍcias

Page 13: Supermix Edição 144

entrevista

2013: uM Ano PArA IdEntIFICAr oPortunIdAdES E FAzEr A vEndA AContECEro último ano não apresentou a retomada esperada e este começa com a previsão que o mesmo aconteça. Mas o especialista em varejo Maurício Bendixen conta nesta entrevista à Supermix quais caminhos podem ser trilhados e o que tem dado resultado no setor supermercadista.

Confira nessa primeira edição da Supermix 2013 a entrevista com Bendixen, administrador com mestrado em estratégia empresarial pela PuC-Pr, professor de tendências de varejo e análise econômica da Academia Apras, professor de estratégia e comportamento do consumidor, presidente regional da Apras Maringá e profissional do varejo supermercadista com atuação na área de operações e comercial nas empresas Cidade Canção, Walmart, Angeloni, Carrefour e Lojas Americanas.

Redação Supermix

ReviSta SupeRmix – Qual a Sua avaliação entRe o Que foi dito da economia em 2012 e o Que aconteceu? ( Maurício Bendixen da Silva – Havia uma expectativa de retomada de crescimento e redução de inflação que não ocorreram. Quando analisamos a economia brasileira num período mais longo, fica evidente a queda prolongada. O crescimento do PIB de 2010 foi de 7,5%, em 2011 ficou em 2,7% e a expectativa era fechar a 1,5% neste ano de 2012, portanto estamos em queda livre há três anos.

Paralelamente a isso, a taxa de inflação se manteve teimosamente em 5,5% em 2012, 6,8% ao mês em 2011e 5,9% em 2010. Fica claro que não avançamos no controle da inflação e que ela mais solta também não gerou crescimento. Foram esboçadas reformas, desonerações de folha de pagamento e impostos, investimentos pelo PAC, pelas obras, cortes de juros, mas nada disso foi possível de levar a um crescimento mais robusto.

O modelo de incentivar o consumo para gerar crescimento parece ter perdido força. Diria ainda que gerou inadimplência e já não agrega valor. Na verdade, nossa economia vem num processo de manutenção há pelo menos 10 anos sem grandes mudanças estruturais e isso é sentido no desempenho. No cenário internacional, tivemos os Estados Unidos com algumas notícias boas de crescimento de emprego, embora ainda modestas. A Europa com o medo do impacto da dívida da Grécia e da Espanha,

a garantia de apoio para manutenção do Euro, porém um cenário também de crise insolúvel no curto prazo. Desaceleração sentida na Índia e China.)

Page 14: Supermix Edição 144

R.S – Qual a peRSpectiva da economia paRa 2013? ( Bendixen – A princípio, mantida a atual postura, não podemos esperar nada de novo no cenário econômico nacional. O modelo de crescimento via consumo parece ter se esgotado. Esse modelo que já gerou euforia, crescimento de renda, migração de classes, fortaleceu a classe média, parece não se mostrar sustentável como motor da economia. Precisamos verdadeiramente de reformas tributárias, desonerações que atinjam os setores realmente produtivos da economia.

Em nosso país temos um corporativismo muito forte da indústria e tudo se resume a reduzir impostos para poucos e que não tem refletido no impulso que precisamos. Corta-se IPI e faltam carros, isso leva a resultados consistentes e sustentáveis? Uma medida séria que atingisse o comércio e a agroindústria, que geram muito mais emprego e renda para o país, seria muito mais produtiva. Temos que entender que o Brasil ainda é a fazenda e não a indústria do mundo.

Nossos pesados encargos, a falta de capacitação, não vão nos tornar competitivos apenas com controle no câmbio, subsídios e redução de impostos. Sem falar na falta de bom senso, pois tirar destes setores vai implicar em onerar mais para outros setores da economia ou a conta não fecha.

Defendo que a reforma deveria ser mais ampla e atingir os setores que mais empregam e que têm resposta mais rápida. Imagine esses incentivos no varejo, um setor super competitivo e dos que mais geram empregos. Haveria redução de preços pela competição, com isso a inflação retrocederia, menos impostos, mais crescimento e mais empregos. Na agricultura não seria diferente, mais produtividade, mais investimentos, menos custos e maior margem na venda de commodities.

Fica, no entanto, a perspectiva de um cenário igual ou mais ou menos parecido para 2013. O governo negocia redução no preço da energia, porém com dificuldades de negociações com as operadoras. Continua na queda de braço com os bancos pela queda de juros, porém essa queda também não refletiu em aumento de consumo, pelo menos por enquanto. Vai continuar manipulando o dólar para manter acima de dois reais.

A Selic poderá, segundo especialistas, voltar a 8,5% caso não haja retrocesso na inflação, que ainda poderá ganhar fôlego um aumento de combustíveis, necessário para a Petrobras, e o fim do incentivo do IPI. Lá fora não esperamos grandes novidades, deveremos ter avanços e recuos nos Estados Unidos, estagnação na Europa, o modelo chinês continua perdendo fôlego. Paul Krugman, Nobel de economia, tem reforçado que passamos por um período de incerteza muito grande, de difícil resolução em curto prazo.)

R.S – como avaliaR o momento ceRto paRa inveStimentoS em 2013? ( Bendixen – O varejo supermercadista tem crescido, segundo a Abras, acima da média do mercado, em 2010 foi de 4,18%, em 2011 3,71%, projeção em 2012 de 5,18%, já descontada a inflação. Na verdade, a força de crescimento do nosso setor historicamente se mantém acima do PIB há mais de uma década, mesmo durante a fase mais aguda da crise de 2008 o varejo supermercadista cresceu 9%.

As empresas maiores têm patinado em suas estratégias. O Pão de Açúcar foi o único a crescer no último ranking. O Carrefour tem tido desempenho fraco, perdeu vendas com a separação das lojas do Dia e só a bandeira do Atacadão tem tido motivos para comemorar. O Walmart, em busca de tentar mudar o conceito de compra dos consumidores brasileiros, já admite que a velocidade desse processo deixa a desejar e que não será uma tarefa tão fácil.

Os regionais, por serem mais rápidos, estarem mais próximos dos clientes e terem investido fortemente em tecnologia, têm crescido acima da média e batido os gigantes. O desempenho das redes regionais está muito acima do que os gigantes têm feito em qualquer indicador que possamos escolher.

Acreditamos que os investimentos estarão mais concentrados em lojas que já estão em andamento e que inauguram no começo de 2013, assim como lojas novas para o segundo semestre. Londrina e Maringá serão palco de forte competição pelas regionais, novos investimentos nesta região merecem um estudo ainda mais aprofundado sobre o mercado, potencial de crescimento e expectativas de retorno.)R.S. – de Que foRma eSte cenáRio iRá impactaR o SetoR SupeRmeRcadiSta?

( Bendixen – Penso que nas maiores cidades do Paraná a

competição vai ser mais forte ainda já que a conquista de

mercado vai implicar em derrubar margens, reduzir custos

e impactar a rentabilidade das empresas. Esse cenário é o

mais provável em praças como Curitiba, Londrina e Maringá.

Existem empreendimentos de grande porte e que vão levar

o mercado a buscar uma nova divisão de clientes.

A população não aumenta em curto espaço de tempo na

mesma proporção que cresceu a oferta de metros de área de

vendas, por isso, naturalmente haverá uma batalha acirrada

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R.S. – como deve Se compoRtaR a Situação de cRédito e de Que foRma o vaRejiSta de peQueno, médio e gRande pode tiRaR pRoveito deSte cenáRio? ( Bendixen – O crédito sempre foi muito caro no Brasil, o varejista aprendeu a trabalhar sem ele. Nos momentos de crise aprendemos a administrar melhor nosso fluxo de caixa e buscar não se endividar. Mesmo com juros mais baixos banco ainda dá medo no supermercadista, ainda mais diante desta incerteza toda.

Vale lembrar que o uso de recursos de bancos de fomento para novas lojas tem aumentado nos últimos anos e essas linhas de crédito têm sido bem utilizadas. Esses recursos têm sido utilizados por empresas mais bem estruturadas e de maior porte. Não acredito que seja privilégio das maiores e sim falta de conhecimento ou de preparação adequada de planos de negócio para a busca destas linhas de financiamento pelas empresas de menor porte.)R.S. – QuaiS oS tipoS de meRcadoRiaS de deStaQue paRa o conSumo diante do Que Se eSpeRa paRa 2013?

( Bendixen – Acredito que ainda haja fôlego no segmento

dos bens duráveis pela reposição e pela evolução

tecnológica que torna obsoletos mais rapidamente estes

produtos. As tendências do aumento de renda da nova

classe C e B, a participação da mulher no mercado de

trabalho e nosso ritmo de vida ainda vão dar impulso

nas áreas de higiene e beleza, congelados, refeições

prontas assim como a ênfase na saúde, melhor qualidade,

alimentação fora de casa, e tudo o mais que já está valendo

há algum tempo.)R. S. – de Que foRma o contexto econômico impacta o conSumo daS difeRenteS claSSeS SociaiS?

( Bendixen – Essa migração pelo aumento da renda

e crédito tem levado a experimentar novos produtos,

que por sua vez está gerando novos hábitos que vão se

incorporando na rotina de consumo. Temos ainda a melhoria

das lojas em sortimento, mix, formatos que têm tornado

R. S. – o Que pode aconteceR paRa “pioRaR” ou “melhoRaR” aS pRojeçõeS paRa eSte ano?

( Bendixen – Para melhorar, se realmente houver

uma mudança de verdade na economia que gere um

crescimento real e sustentável, seja pela tributação,

desoneração ou investimentos públicos ou privados. Toda

essa situação é bem pouco provável. O governo ainda tem

receio de mudar a política fiscal ou monetária. Por formação

tem preconceito em utilizar recursos privados e é ineficiente

para gerar crescimento por investimento público. Para piorar,

se houver agravamento da crise externa, hoje já não temos

mais fôlego no mercado interno e nossas exportações –

tirando o agronegócio, beneficiado por fatores climáticos lá

fora – têm deixado a desejar.)

ReviSta SupeRmix – a economia é um tema complexo. Qual a Sua Recomendação paRa o SupeRmeRcadiSta, do de peQueno ao de gRande poRte, na “leituRa” do Que dizem oS joRnaiS e economiStaS? ( Bendixen – Lembrar que não estamos isolados, fazemos parte do mundo e estamos sujeitos a crise sim, porém mesmo em cenários adversos nossas empresas têm crescido – e muito – pelo empreendedorismo, vontade e visão. Temos conseguido espaço por causa das dificuldades dos outros, principalmente nas falhas estratégicas dos grandes. Existe sempre a nossa microeconomia e a macroeconomia.

Vamos fazer a nossa parte muito bem feita, cuidando de nossas vendas e nossa rentabilidade. Cenários de crise se sucedem e renovam ao longo dos anos, mas a boa gestão e o aproveitamento das oportunidades que surgem têm feito a diferença. Vamos lembrar que nos momentos de crise que empresas vencedoras se destacam e crescem.)

até que se acomode novamente. O formato de loja tem sido

decisivo também. O hiper caiu em vendas no Brasil 6,6%, o

super cresce no ritmo do mercado e o formato “atacarejo”

parece ter se beneficiado da queda dos hipermercados, com

seu modelo de baixo custo operacional e altas vendas por

metro quadrado.)

acessível por ofertas e promoções.

Resumindo: mais acesso a produtos de qualidade, que não

eram conhecidos, tornar acessível e incorporado o que antes

era luxo. Já foi assim com o frango, com o iogurte, com os

celulares, com os televisores de LED, com os automóveis.

Como podemos perceber, até mesmo nosso consumo tem

ganhos de escala de valor. Se nos anos 80, o Plano Cruzado

levou frango a todas as mesas e o Real revolucionou o

consumo de produtos como o iogurte, e mais recentemente

de bacalhau, massa de grano duro e azeite, que eram artigos

de luxo, assim como televisores de LED e smartphones

tornaram-se muito mais acessíveis.)

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Page 16: Supermix Edição 144

matÉria de capa

O brasileiro está cada vez mais exigente

e cuidadoso com a sua saúde. E isso

se reflete no consumo de alimentos

saudáveis e selecionados, no cuidado

com o corpo e em comportamentos

que promovam uma melhor qualidade

de vida. E é durante o verão que essas

tendências ficam ainda mais evidentes,

pois as pessoas se expõem com maior

frequência e estão mais receptivas a

novas experiências.

Para o varejo e para a indústria o

período também traz excelentes

oportunidades para aumentar as

vendas de determinados segmentos e

promover ações que ajudem a reforçar

a marca e contribuir para estreitar as

relações com os consumidores.

De acordo com Gisah Amaral de

Carvalho, presidente da Regional

Paraná da Sociedade Brasileira de

Endocrinologia e Metabologia e

professora da Universidade Federal do

Paraná (UFPR), nesta época do ano existe

uma mudança de comportamento das

pessoas em relação à saúde, pois elas

se preocupam mais com a boa forma

e acabam consumindo alimentos mais

leves como frutas, verduras e produtos

light e diet. Além disso, estão mais

pré-dispostas à realização de atividades

físicas, o que reforça o consumo de

bebidas e alimentos menos calóricos.

Outra característica importante é que

as pessoas também não abrem mão da

praticidade, o que reforça a busca por

alimentos saudáveis já processados, e

que vem impulsionando a categoria

de produtos com certo nível de

industrialização.

Segundo um estudo realizado pela

consultoria internacional Euromonitor,

esse tipo de produto, sem incluir bebidas

– que engloba alimentos embalados

diet e light, funcionais fortificados,

orgânicos, naturalmente saudáveis

e específicos para intolerância

alimentar – representou, no Brasil, em

2005, US$ 6,26 bilhões em vendas. Já

em 2010 a cifra saltou para US$ 14,5

bilhões e a estimativa da consultoria

é que esse segmento atinja US$ 21

bilhões até 2015.

Orgânicos

E nessa onda de bem-estar e

saudabilidade, os produtos orgânicos

também ganham cada vez mais

destaque. Esse mercado cresce em

torno de 30% a 40% ao ano, de

acordo com a Associação Brasileira

de Orgânicos (BrasilBio) e movimenta

entre US$ 800 mil a US$ 1 milhão

em toda a cadeia, que vai desde a

produção de insumos até as vendas

no varejo.

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E as mulheres sãs as grandes responsáveis por esses números, revelou uma pesquisa feita pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

Segundo o levantamento, o aumento do consumo de orgânicos no País acontece, principalmente, em residências em que o chefe ou responsável é do sexo feminino, e por pessoas acima de 60 anos.

De olho nesse filão, a rede Pão de Açúcar, há 20 anos, vem apostando no mercado de orgânicos, cujo segmento mantém um crescimento médio de 30% ao ano na movimentação nas lojas. A gerente comercial de orgânicos da rede, Sandra Caires adianta que para o verão a grande aposta da empresa será a categoria líquida, como os sucos prontos, leites e refrigerante orgânico. Sandra comenta que só de sucos a rede comercializa oito marcas – incluindo a marca própria, a Taeq –, além do primeiro refrigerante orgânico do Brasil, o Wewi. Outra novidade para os meses de altas temperaturas será uma linha de bebidas 100% vegetais, orgânicas e sem glúten, lactose, colesterol e adição de açúcares.

Na avaliação de Miguel Ferrari Stella, diretor da Ferrati Stella Comunicação – que elaborou o Cadastro Nacional de Produtos Orgânicos, Naturais e Sustentáveis – os produtos orgânicos ganham destaque no verão, na medida que aumenta o consumo de produtos voltados para uma alimentação mais leve.

No entanto, ele observa que o consumo poderia ser muito maior se os supermercadistas mantivessem uma margem 20% acima que os produtos convencionais. Além disso, se os empresários apostassem em outros produtos, que não só as frutas, legumes e verduras (FLV).

“A variedade de orgânicos hoje é muito

maior sendo possível encontrar opções como café, carnes, papinhas infantis, roupas e muito mais”, destaca Stella.

Vedetes da estação

Orgânicas ou não, as frutas, verduras e legumes estão entre os produtos mais procurados pelos consumidores durante esta época do ano, sendo que em muitas redes supermercadistas as vendas no segmento ultrapassam um crescimento de 20%.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 31% da população com mais de 18 anos opta por esse tipo de alimento, cinco ou mais vezes por semana. E no verão esse número tende a crescer.

João Luiz de Lima Silva, gerente comercial do Condor Super Center, comenta que algumas variedades que tem período de safra coincidindo com o verão acabam ganhando mais destaque. Além de opções consideradas mais refrescantes e

hidratantes, como a laranja, o limão, o abacaxi e a melancia. E como forma de oferecer mais comodidade aos consumidores na hora de organizar as compras, a rede criou a “Quinta-Feirão Condor”, uma opção semanal com produtos de FLV com preços competitivos. “Como é uma ação que permite um alto giro de produtos, neste dia em especial é possível encontrar uma maior variedade de produtos em oferta, proporcionando maior economia ao consumidor”, comenta Silva. Com essa iniciativa, a rede também conseguiu ampliar o público comprador, e devido ao mix diversificado, acaba abastecendo lanchonetes e pequenos restaurantes.

Oportunidades de verão

O conceito de ‘bem-estar’ se ampliou ao longo dos anos. Com o aumento de poder aquisitivo, sobretudo das classes C e D, o consumidor tem focado o seu consumo em produtos que garantam

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matÉria de capa

não apenas a satisfação do seu bolso, mas também das suas emoções. Dessa forma, o ato da compra torna-se mais consciente e a qualidade da compra passa a ser percebida em função de um bom atendimento, de um visual merchandising didático e acolhedor e, sobretudo, de ações de relacionamento que o supermercado possa propor. E no verão, isso tudo se torna ainda mais evidente, já que as pessoas estão mais receptivas não só ao consumo, mas de experiências diferentes, o que proporciona grandes oportunidades para o varejo e a indústria.

Gisela Schulzinger, diretora de branding da agência Pande, lembra que o próprio horário de verão provê oportunidades para que as pessoas tenham mais tempo para se dedicar à vida pessoal. “E aí aparece uma grande oportunidade para o varejista se colocar a disposição desse cliente, não só para o consumo, mas em ações que o vinculem com a marca”, afirma.

Ela comenta que a partir disso pode ser desenvolvida uma série de atividades, como ginástica no estacionamento, promoções de passeios ciclísticos e ações ao ar livre.

“Dessa forma, pode-se trabalhar as oportunidade imediatas e específicas desta época, dessa sazonalidade, mas aproveitar o para reforçar a relação com o consumidor”, salienta.

Opinião semelhante tem o consultor de varejo Adão de Souza, que destaca ainda que os supermercadistas podem criar espaços específicos dentro das lojas para trabalhar os segmentos com maior saída no verão. “O cliente precisa perceber que esses temas têm valor para o supermercado”, diz, acrescentando que esse conceito deve ser manifestado em outros aspectos da administração, como na preocupação com a sustentabilidade e o meio ambiente, ou com a limpeza das lojas. Souza avalia que muitos

Cuidados refrescantesOutros segmentos que também ganham destaque nesse período, por estarem ligados diretamente à elevação da temperatura e ao período de férias, são água, cerveja, refrigerante, carnes, sucos, sorvete, protetor solar, artigos para praia e camping, produtos para jardinagem, confecção moda praia e produtos voltados à beleza e higiene pessoal. Muitos desses segmentos têm seu consumo incrementado por fatores como o aumento de renda da população, especialmente das classes C e D. Um exemplo típico é o sorvete.

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete (ABIS), entre 2003 e 2011, o consumo de sorvete no Brasil cresceu 70%. Já o consumo per capta teve um aumento superior a 50% no mesmo período, o que demonstra uma penetração maior do produto nos lares brasileiros. Ainda segundo a ABIS, o sorvete era considerado apenas um item de sobremesa e consumido principalmente aos finais de semana de calor. Hoje é visto como alimento, inclusive no inverno.

A gerente de marketing da Kibon, Isabel Masagão confirma que o verão é, sem dúvida, o período mais importante em termos de vendas para a empresa. “É quando as pessoas buscam uma sobremesa gelada para se refrescar”, afirma.

De olho na mudança de comportamento das pessoas durante o verão, a empresa lançou duas novidades para a estação. Uma delas é o sorvete Fruttare Lichia – com apenas 48 calorias –, e a outra é o Fruttare Caseiro Yogo com frutas vermelhas, uma sobremesa com base de iogurte.

]No segmento de protetores e bronzeadores, o período de dezembro a fevereiro, que corresponde ao alto verão, é responsável por 64% das vendas desse tipo de produtos no Brasil. Apesar de ser expressiva, o setor ainda espera atingir uma melhor penetração a partir das mudanças de comportamento que vem observando no brasileiro, especialmente no tocante a prevenção do câncer de pele e envelhecimento precoce. Para este verão, a Cenoura & Bronze estará trabalhando com alguns relançamentos, como o protetor facial Stick, em formato de bastão; e o óleo bronzeador FPS 6. Como atrações nos pontos de venda, a empresa irá desenvolver campanhas do estilo “compre e ganhe”.

Quem também está apostando no verão é a Tirolez. Segundo o gerente de relações institucionais da empresa, Disney Criscione, o período é estratégico quando as vendas, especialmente da categoria de cremes e produtos light, cresce cerca de 30%. Para essa temporada a Tirolez está investindo nos queijos minas frescal e nos cremes de ricota, nas versões light e minas frescal.

supermercadistas ainda têm medo de ousar, e que eles poderiam aproveitar ideias das equipes internas para tornar os ambientes mais próximos das expectativas dos consumidores.

Já o diretor de atendimento da Fine Marketing, Fernando Adas, ressalta que essas ações diferenciadas podem, e devem, ser desenvolvidas ao logo de todo o ano, “pois a saúde do cliente, seja física ou financeira, é patrimônio permanente. Talvez no verão a saúde tenha maior foco pois as pessoas circulam mais e mudam seus hábitos com maior frequência, em função das férias e das festas de fim de ano. Mas o foco na saúde dos clientes deve ganhar atenção em ações o ano todo”.

Luiz Barbosa Neto, publicitário e professor do Instituto do Varejo (Ivar), aposta em parcerias com a indústria para tornar as lojas espaços mais atrativos para os consumidores. “O varejo deveria aproveitar para avançar em degustação, demonstração, distribuição de amostras e eventos correlatos. Tudo é uma questão de aproximação com as indústrias com este propósito”, diz.

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A história da rede Jacomar é um ótimo exemplo de empreendedorismo e boa gestão familiar. Ela começou em 1966, quando Jacob Pankratz Filho adquiriu um armazém de secos e molhados no bairro do Boqueirão, em Curitiba. Dedicado ao negócio que acabara de iniciar e que se tornaria uma rede regional com oito lojas e uma central de distribuição, 46 anos depois, Pankratz deu o primeiro passo rumo ao crescimento com a ampliação deste armazém e a abertura, ao lado dele, de um supermercado chamado Jacomar.

Combinação dos nomes Jacob e Maria, o primeiro Jacomar foi formatando a base do modelo que sobrevive até hoje: a loja de bairro próxima do cliente, com atendimento personalizado e mix atraente. Com 800 colaboradores, a rede está espalhada em bairros de Curitiba, São José dos Pinhais e Piraquara, na região metropolitana. Rodolfo Pankratz, um dos oito filhos do senhor Jacob e diretor administrativo da rede, conta que sete irmãos trabalham no negócio e que, apesar de dificuldades em determinados momentos, conseguem conciliar as diferenças de opiniões.

“Trabalhamos muito e vivemos o lado bom de compartilhar nossas conquistas”, afirma. Ele conta que uma das fases críticas do empreendimento foi quando, no início dos anos 1980, decidiram adquirir uma loja em São José dos Pinhais, pela necessidade de ampliar o negócio para o sustento da família. “Não tínhamos dinheiro e passamos seis meses de muitos ajustes para cumprir esta tarefa”. Esta mesma loja passou por duas ampliações e hoje é a maior do bairro, em São José dos Pinhais.

A rede busca, permanentemente, oferecer uma estrutura que atenda às necessidades dos clientes de cada região e bairro, com modernidade e acolhimento qualificado, com o apelo do supermercado da vizinhança que é estruturado e vai resolver o que ele precisa. As lojas da rede Jacomar oferecem, entre outros, açougue, bazar, beleza e higiene, congelados, eletroeletrônicos, flores, frios e lacticínios, hortifrutigranjeiros, limpeza, mercearia, mercearia doce, padaria e confeitaria, e pet store.

rEdE jACoMAr: SuCESSo no ModELo dE SuPErMErCAdo “PArA A vIzInHAnçA”

perfil Redação Supermix

Da origem a este modelo atual muito trabalho e dedicação esteve no caminho, o que continua acontecendo. Rodolfo, por exemplo, começou a ajudar o pai quando tinha em torno de dez anos de idade. Sempre trabalhou no negócio da família e diz apenas sentir falta de ter dedicado mais tempo aos estudos. “Hoje vejo a falta que estudar mais faz. Recomendo a todos que se dediquem a isto”, afirma ele. O crescimento está nas metas da rede, que pretende abrir uma loja nova a cada dois anos. Para 2013, estão previstas reformas em uma loja existente.

As lojas da rede Jacomar estão distribuídas hoje nos bairros de Afonso Pena, Colônia Rio Grande, São Marcos e Costeira em São José dos Pinhais; Boqueirão, Uberaba e Xaxim, em Curitiba; e uma loja no centro de Piraquara.

O negócio, como a abertura desta matéria diz, exemplifica bem o resultado do empreendedorismo aliado a dedicação e planejamento aguçado. A Jacomar soube determinar o seu público, a área de atuação, compor o mix, e sustentar o modelo prestando atenção no que o cliente, “seu vizinho”, quer. Para conhecer um pouco mais a rede, acesse www.jacomarsm.com.br.

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A correria do dia a dia tem feito com que as pessoas busquem soluções eficientes para as tarefas que precisam realizar. E uma delas está nos serviços prestados por terceiros, como os supermercados, onde os consumidores esperam encontrar produtos práticos e fáceis de consumir.

Por isso, é uma tendência o crescimento da oferta de produtos previamente preparados e processados, disponibilizados em embalagens que exijam menos tempo de preparo. Dessa forma, aumenta a responsabilidade dos estabelecimentos

A oferta de produtos com qualidade e segurança passa pela correta manipulação e processamento dos alimentos

no que diz respeito à qualidade e a segurança dos alimentos. A adoção de boas práticas, que vão desde a escolha do fornecedor até a armazenagem, assim como o treinamento constante dos colaboradores, é essencial dentro das lojas.

“Os supermercados fazem parte do elo entre a produção e o consumo. E nesse segmento qualquer falha interfere diretamente na garantia e na qualidade do produto consumido”, observa Rodrigo Bertol, médico veterinário e especialista em Segurança Alimentar e Saúde Pública.

Segundo ele, atualmente a qualidade e a segurança são obrigações de qualquer empresa que quer se manter no mercado. Assim como a atualização e acompanhamento de novos produtos e métodos que confiram ainda mais confiabilidade aos processos. Além de ser o carro-chefe nos supermercados, a qualidade e a segurança dos alimentos também são, na visão do consultor e professor em Marketing do Varejo, Jeisan Santos, uma questão financeira, ou seja, de “redução de perdas e melhoria da rentabilidade”.

saÚde

Qualidade e segurança dos alimentos como prioridade nas lojas

Page 21: Supermix Edição 144

Hamilton Rosa de Castro, nutricionista e gestor de projetos em Alimentação e Nutrição, destaca que todo supermercadista precisa ter em mente que é de sua responsabilidade a oferta de alimentos de ótima qualidade e nutricionalmente seguros. Por isso, devem adotar os POP (Padronização Operacional de Procedimentos), os Manuais de Boas Práticas na Manipulação de Alimentos e oferecer constantemente treinamento aos seus manipuladores. “Infelizmente, muitos supermercadistas não se preocupam com essas questões, e investem somente no que está no campo de visão do cliente”, pondera.

Perecíveis

Os produtos perecíveis, principalmente os manipulados, têm se tornado uma ferramenta de diferenciação entre os estabelecimentos. Muitos supermercadistas estão apostando nesse segmento como forma de demonstrar um nível superior de serviços. Jeisan dos Santos comenta que é perceptível que algumas redes ou lojas independentes desenvolvem uma ou mais vocações, seja ela no setor de frutas, legumes e verduras (FLV) – com produtos selecionados, com uma reposição em rodízio e exposição que transmita frescor – no açougue com cortes e serviços diferenciados, com uma rotisseria que oferte refeições completas e rápidas ou ainda com uma panificadora com um bom mix de produtos.

No entendimento de Rodrigo Bertol, os perecíveis são os produtos que mais incentivam a presença do consumidor no supermercado. Mas também os produtos que exigem mais atenção devido ao seu prazo de vida útil ser bastante curto e gerar enormes investimentos nos cuidados básicos

para mantê-los.

“Atualmente, quem se preocupa e investe em condições de manutenção de seus produtos, por meio de programas de autocontrole e de integração da rede de cadeia de frios com a intenção de aumentar o prazo de prateleira, vai reduzir seus custos e assegurar maior garantia para quem consome”, pondera.

Mas Hamilton Rosa de Castro afirma que a questão dos perecíveis ainda é muito delicada e não deve ser generalizada. Segundo ele, as grandes redes têm uma maior capacidade de armazenamento, com nutricionistas, veterinários e gerentes de perecíveis trabalhando lado a lado para que não exista quebra na cadeia de frios e que os produtos mantenham a sua qualidade.

No entanto, ele observa que nas redes menores a realidade é diferente, porque muitas não possuem áreas adequadas de resfriamento e congelamento. Por isso, ele aconselha que estes estabelecimentos devem ter o cuidado de sempre comprar o mínimo possível, para que esses produtos fiquem o menor tempo armazenados.

Orientação

Além de todos os cuidados que os supermercadistas devem ter com a manipulação dos alimentos, também é unanimidade entre os especialistas a necessidade da orientação aos consumidores sobre como proceder depois da compra.

A nutricionista Lilian Tanikawa Santos observa que toda informação aos consumidores é válida. “Informar quanto ao valor nutricional de um alimento, quais características observar na compra ou como preparar alguns

produtos, por exemplo, estimula o consumo, orienta e demonstra um cuidado a mais com o consumidor”, afirma.

O Código Defesa do Consumidor estabelece que é dever de qualquer ambiente informar os clientes sobre os seus direitos, destaca Rodrigo Bertol. “Porém é interessante que o próprio mercado desenvolva uma política de pós-venda e rastreamento do seu produto, até com a intenção de fidelizar seu cliente”, observa.

A etiquetagem dos alimentos produzidos pela empresa, com dados como data de fabricação, validade, validade pós-abertura da embalagem, temperatura de armazenamento, ingredientes e tabela nutricional, é essencial para a segurança do cliente ao adquirir o alimento, diz Hamilton Rosa. Ele acrescenta que isso também contribui para divulgar a imagem de um supermercado moderno e antenado com as necessidades dos clientes.

Atenção em toda a cadeiaQuando se fala na manipulação de

alimentos é preciso ter em mente

que os cuidados começam desde a

escolha dos fornecedores, passando

pela recepção, preparo e armazenagem

dos produtos. Hamilton Rosa de Castro,

nutricionista e gestor de projetos em

Alimentação e Nutrição, elencou uma

série de orientações que passam por

toda a cadeia.

Segundo ele, quanto aos fornecedores,

é importante conhecer os locais

onde os alimentos são produzidos

revista supermiX 21

Page 22: Supermix Edição 144

ou processados e deve-se exigir, periodicamente, cópia

da licença sanitária. No caso de alimentos orgânicos,

logo na primeira compra o fornecedor deverá apresentar

comprovante do órgão certificador.

Na recepção, é importante observar a limpeza do veículo

transportador de alimentos. Além disso, verificar se o

alimento está sendo transportado de maneira adequada e

se sua temperatura está correta – para tanto deve-se sempre

ter um termômetro na área de recepção.

No preparo, é necessário lavar e higienizar corretamente as

mãos antes de preparar os alimentos e depois de manipular

alimentos crus, como carnes, frangos, peixes e vegetais não

lavados. Os locais de manipulação, assim como os acessórios,

como pranchas de altileno, facas, moedores, fatiadores e

liquidificadores, também devem ser higienizados. Quem

atua no setor precisa usar uniforme limpo e de uso exclusivo

nas áreas de manipulação de alimentos.

Se o alimento for preparado em alta temperatura, deve-se

prestar atenção na sua temperatura interna, de forma que

todas as partes do alimento atinjam no mínimo 70ºC. Para

se ter certeza do completo cozimento é necessário verificar

mudanças na cor e na textura na parte interna do alimento. É

preciso também prestar atenção na higienização ambiental

e na destinação correta dos resíduos de alimentos.

Quanto à armazenagem, Hamilton Rosa de Castro destaca

que alguns critérios devem ser seguidos. Entre eles, utilizar

estrados de plástico, metal ou superfície impermeabilizada

para dispor a matéria-prima, e nunca deixando-a direto no

piso.

Os produtos perecíveis devem ser colocados em

monoblocos logo após o recebimento. As frutas e verduras,

que dividirem a mesma câmara com outros alimentos,

devem ter as partes velhas e estragadas descartadas, e

precisam ser acondicionadas em sacos plásticos limpos.

Para armazenar produtos sob refrigeração ou congelados,

as peças devem ser fracionadas em porções de até dois

quilos ou em volumes de altura máxima de 10 centímetros

para facilitar o resfriamento e o descongelamento. E é

importante verificar constantemente a temperatura das

câmaras frigoríficas para garantir a adequada conservação

dos alimentos.

Formação é essencial para atuar na funçãoOs colaboradores que atuam na área de

manipulação de alimentos precisam participar

de treinamentos constantes. A formação básica

dos manipuladores passa pela realização de

um curso com carga mínima de 12 horas tendo

como principais tópicos:

• Higiene pessoal;

• Higiene de alimentos;

• Higiene de equipamentos e utensílios;

• Higiene ambiental;

• Cuidados com a matéria-prima alimentícia;

• Noções de como se fazer a recepção,

transporte e armazenamento corretos de

alimentos;

• Cuidados no processamento, armazenamento

pós-manipulação e exposição de alimentos na

área de venda;

• Noções de temperatura de armazenamento e

de exposição de alimentos;

• Noções de segurança no trabalho;

• Tipos de contaminação e como evitá-las;

• Noções de como montar os POP e Manual de

Boas Práticas;

• DTA – Doenças transmitidas por alimentos;

• Controle de pragas;

• Orientações sobre prazo de validade dos

alimentos e

• Orientações sobre rastreabilidade da matéria-

prima alimentícia.

saÚde

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Page 24: Supermix Edição 144

calendário Redação Supermix

voLtA àS AuLAS: PotEnCIAL PArA CoMPEtIr CoM outroS SEGMEntoS De acordo com levantamento do Pyxis Consumo, realizado

pelo Ibope Inteligência, o gasto nacional com material

escolar e artigos de papelaria chegou a R$ 6,13 bilhões em

2012, o que representa um aumento de 13% em relação ao

ano anterior. O consumo anual per capita também cresceu

no ano passado e saltou de R$ 32,70 para R$ 37,62. O Paraná é

um dos estados brasileiros com maior consumo desse tipo de

produto, com 5,7% do potencial nacional (R$ 348,97 milhões)

e com um gasto per capita de R$ 38,77.

Para os fabricantes de material escolar e artigos de papelaria, o

início do ano é o período mais expressivo em comercialização.

Já para o varejo, a volta às aulas abre o calendário de datas

sazonais de oportunidades de vendas. Os supermercados

que trabalham com esse tipo de produto começam a se

organizar com cerca de quatro meses de antecedência, e

muitos apostam em um crescimento expressivo no consumo.

O diretor do Grupo Muffato, Eduardo Muffato, estima que as

vendas de artigos escolares cresçam 30% em 2013. Segundo

ele, esse setor agrega bastante valor à loja, ajudando no

incremento do ticket médio.

“Pode-se dizer que 80% das vendas de material escolar estão

concentradas neste período do ano”, comenta. E, para atrair

o consumidor, a rede trabalha com pontos promocionais

extras, com encartes exclusivos e preços competitivos. “E esse

diferencial nos preços são obtidos com análises e pesquisas

de mercado e um trabalho junto aos fornecedores”, destaca

Muffato.

Parcerias

Para a maioria das empresas que trabalham com material

escolar e papelaria o início do ano é a época para lançamentos

e posicionamento de mercado. A gerente de produtos de

Papelaria da BIC, Thais Negretti, comenta que o período de

volta às aulas representa o pico das vendas e a empresa se

prepara o ano todo para esse momento, “realizando pesquisas

com os consumidores, com os clientes, sempre pensando na

demanda, para oferecer produtos inovadores com o melhor

custo benefício”.

E nesse sentido, ela destaca que as parcerias são importantes,

em especial com os supermercados, que a cada ano vêm

expandindo sua participação como pontos de vendas,

competindo com as papelarias e lojas de departamento.

“O segmento supermercadista está expandindo sua

participação no mercado de papelaria e a BIC é uma grande

apoiadora. Essa parceria também é importante para o

consumidor que ganha mais um canal de fornecimento

na volta às aulas”, observa. Para este ano a BIC agregou

40 lançamentos ao seu portfólio. Além de canetas, lápis,

lapiseiras, réguas, itens para colorir e corretivos, a empresa

está apostando em tesouras, estiletes e apontadores.

Como transformar a data sazonal em oportunidade

de vendas

Dias das Mães, Dias dos Namorados, Dia dos Pais e Natal são

consideradas as melhores datas para incrementar as vendas

no varejo. Mas com criatividade e ousadia é possível atrair

mais consumidores para as lojas em outras épocas sazonais,

como é o caso da volta às aulas.

Ricardo Felipe Lemos, palestrante, consultor e mestre em

Administração e Marketing, afirma que perceber as datas

sazonais como a volta às aulas, o Carnaval, as férias de

inverno; ou as datas comemorativas como o Natal e Páscoa,

são bastante comuns. “Mas e o Dia do Pintor, do Arquiteto, do

Médico e o Advogado? E a semana do Jeans, das Olimpíadas

e do aniversário da loja? O que eu quero dizer é que o lojista

deveria ter um calendário com todas as datas do ano que

poderia ‘pegar carona’. Se não tiver, deverá criar uma, como

a semana do pague dois e leve três, queima de estoque,

enfim, o empresário deve desenvolver motivos criativos para

promover a loja e os produtos”, explica.

Page 25: Supermix Edição 144

No caso específico da volta às aulas, Lemos observa que

a data não tem um significado emocional, pelo contrário,

para os pais tem uma conotação de gastos extras. Por isso

ele destaca que os varejistas devem atuar com sensibilidade

e empatia para conquistar o cliente. “A comunicação com o

público-alvo é muito importante, e também é importante

utilizar diversas ferramentas. Além disso, criar conveniência,

agilidade e praticidade, que pode ser por meio de parcerias

com escolas e preços”, complementa.

Com diferenciais nas lojas e atitudes pró-ativas, Ricardo Lemos entende que os varejistas têm condições de competir com outros segmentos com mais tradição na venda de produtos para volta às aulas, como as livrarias e papelarias. O treinamento dos colaboradores em produtos também pode ser um diferencial.

Para André Silva, palestrante de motivação e vendas,

Depois de inovar no ano passado ao trazer cadernos da Barbie e Carros com tecnologia de realidade aumentada, nesse ano a

Foroni está investindo na interação virtual para conquistar a garotada. A linha Hot Wheels chega ao mercado com quatro capas

diferentes e um jogo para iOS e Android – plataformas para dispositivos móveis.

Quem também está apostando em tecnologia é a Jandaia, que além das opções de agendas licenciadas – como Pequeno

Príncipe, Angry Birds e Coca-Cola – trará em algumas linhas o sistema QR Code, que possibilita ao consumidor baixar conteúdos

exclusivos como músicas, clipes e games direto no seu celular.

Já a Summit, empresa de materiais escolares, está investindo em uma linha de produtos profissionais e de escritório. Entre os

novos produtos estão calculadoras, estiletes, grampeadores, tesouras, organizador e relógios de mesa. Mochilas com cara de

brinquedo estão entre os lançamentos da linha Maxtoy da Diplomata. A linha tem 15 opções de modelos estampados por

personagens como Scooby-Doo, Bob Esponja, Hello Kitty e Dora, a Aventureira.

Pesquisa indica que consumidores preferem licenciados

Produtos licenciados, estampados com personagens, artistas, times de futebol e desenhos são dos preferidos por 59,4%

dos consumidores, revelou uma pesquisa feita pelo Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto

de Administração (FIA). O estudo ouviu 500 consumidores do estado de São Paulo, com renda mensal entre R$ 715,00 e R$

4.449,00, e revelou que a influência de personagens e pessoas famosas na hora da compra é representativa em quase todos

os setores.

Um dos setores que mais aposta no sucesso dos licenciados é o de artigos escolares e papelaria. O movimento pode ser

explicado pelo forte apelo que os produtos com estampas de marcas e personagens exercem sobre os consumidores,

principalmente crianças e adolescentes. E para explorar melhor esses produtos nos pontos de vendas, a diretora da Associação

Brasileira de Licenciamento (Abral), Marici Ferreira, sugere a utilização de materiais de sinalização como banners, totens e

adesivos no chão da loja. Outra sugestão é reunir todos os produtos da mesma marca em um único espaço.

os varejistas, em especial os supermercadistas, podem transformar as datas sazonais em oportunidades de vendas mantendo a equipe treinada e motivada para conquistar os clientes sem deixar que eles busquem novas alternativas na concorrência. “O que estou querendo dizer é que não precisa forçar a venda, mas é importante encantar com um super atendimento. Gentileza, cortesia, sorriso, disponibilidade interna, postura e interesse real pelos desejos do cliente é que vai fazer a diferença no fechamento do negócio”, afirma.

No entendimento de Silva, o varejo pode se organizar para explorar de forma mais positiva esses períodos desenvolvendo vitrines bem organizadas e posicionadas na entrada da loja para chamar a atenção dos clientes. Aliado a isso, oferecendo várias condições de pagamento para facilitar a aquisição dos produtos, “e incrementar a loja com um novo cenário para criar uma clima agradável e de descontração para os clientes

se sentirem com se estivessem na sala da sua casa”.

revista supermiX 25

Page 26: Supermix Edição 144

tendÊncias Redação Supermix

dInHEIro nA Mão, CoMIdA nA MESASupermercados estimam aumento no consumo de alimentos em 2013

Os paranaenses estão confirmando uma tendência mundial

no universo do consumo: quanto maior o poder aquisitivo,

mais fartas se tornam as mesas das famílias – e maior o

faturamento dos supermercados. Natural que seja assim. No

embalo do crescimento da economia e da melhoria geral das

condições de vida – processo que está ocorrendo de forma

mais acentuada com as população das classes C e D há pelo

menos 8 anos – a primeira coisa que as pessoas costumam

comprar são alimentos, começando pelos gêneros de

primeira necessidade e terminando pelos supérfluos – como

as bebidas lácteas, os doces e os refrigerantes.

Estudo feito pela consultoria KPMG confirma estes fatos.

Segundo a empresa, no ano passado, o Brasil movimentou

US$ 1,66 bilhão (cerca de R$ 3,4 bilhões) com a venda de

alimentos e este número deverá crescer 29% até 2014. Não

por outro motivo, o Brasil é o 10º no ranking dos países com

maiores vendas em supermercados on-line e o que apresenta

maior perspectiva de crescimento, ao lado da Índia (11ª

colocada).

Além disso, a estimativa é que a nova safra de grãos do País

chegue a 181 milhões de toneladas no próximo ano – a maior

da história. No caso do Paraná, a produção deve atingir o

patamar de respeitáveis 22,7 milhões de toneladas. A senadora

Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e

Pecuária do Brasil (CNM), confirma esta tendência. Na sua

avaliação, o consumo interno de alimentos deverá crescer 3%

em 2013.

O aumento do consumo externo, agravado pela quebra de

safras nos Estados Unidos e na Europa, também acelerará

as vendas de alimentos. “Este é o principal motor que vai

garantir maior aquecimento da economia brasileira”, avalia

Gilson Martins, assessor técnico e econômico da Organização

das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Em números,

isto significa que as cooperativas paranaenses devem faturar

em 2012 de R$ 35 bilhões contra R$ 32 bilhões em 2011.

Natal confirma tendência

O presidente da Abras, Fernando Yamada, também projeta

números positivos em 2013 não somente para o consumo de

alimentos, mas também para outros campos. Ele acredita que

o setor alimentício terá um dos melhores resultados neste

ano no segmento de supermercados.

“Acreditamos em mais um resultado positivo do setor

supermercadista, que deverá estar próximo dos 3,5%,

descontada a inflação. Assim como neste ano, o crescimento

da massa salarial disponível, decorrente do aumento da

renda (só o salário mínimo injeta R$ 50 bilhões no consumo

a partir de 2012) e da manutenção da taxa de desemprego

baixa (em torno de 5,5% a 6%), deverá continuar puxando

o desempenho dos supermercados. Além de outros fatores,

como a maior distribuição de renda, que favorecem também

o consumo. Devemos sempre lembrar que o resultado do

setor é muito mais dependente do fator renda do que do

fator crédito. De maneira geral, as perspectivas para o varejo

em geral são boas, especialmente para o varejo alimentício”,

comentou.

Em sua tradicional Pesquisa de Natal, a Abras já havia

apontado esta tendência. É verdade que as estimativas de

vendas de produtos típicos deste período em 2012 (14,4%)

foram inferiores às de 2011 (15,6%), mas mesmo assim os

supermercadistas tiveram resultados expressivos e se revelam

otimistas com 2013.

Prova disso foi o aumento de compras pelos supermercadistas

de produtos de Natal. Neste quesito, lideraram a lista os peixes

Page 27: Supermix Edição 144

congelados (com 19,7%), cervejas (18,9%) e refrigerantes

(18,5%). No final da fila, ficaram o pernil e o lombo, que tiveram

queda nas encomendas de -0,5% e -0,2%, respectivamente,

em relação a 2011.

Todos os setores da indústria e da produção de alimentos

consultados pela Supermix, ligados diretamente ou não aos

supermercados, confirmaram a previsão de crescimento das

vendas em 2013. A Leite Brasil, associação dos produtores

brasileiros, aumentou as importações de lácteos de 1,26 bilhão

de litros de janeiro a novembro de 2011 para 1,32 bilhão no

mesmo período de 2012 – 13% a mais. E a estimativa é crescer

mais em 2013, embora os produtores não arrisquem falar em

números.

Em relação à indústria de panificação, o faturamento foi de

cerca de R$ 7 bilhões em 2012 e deve aumentar ainda mais

no próximo ano. Já as indústrias que exportam carne bovina,

outro termômetro do aumento das vendas, fecharam 2012

com faturamento recorde de US$ 5,8 bilhões, diante dos R$

5,37 bilhões em 2011.

Renda alavanca eletrônicos e e-commerce

Outro setor que tem se beneficiado da melhoria no poder

aquisitivo da população – sobretudo as classes C, D e E – são

os eletrônicos, especialmente os tablets e celulares. Idem o

e-commerce (vendas pela Internet), que se torna cada vez

mais presente nos padrões de consumo dos brasileiros. Esta

tendência deverá se confirmar neste ano de 2013, a exemplo

do que já aconteceu em 2012.

O mercado de tablets está explodindo e prevê a venda de

mais de cinco milhões de aparelhos em 2013. Aparelhos que,

por sinal, não estão sendo usados apenas com objetivos

profissionais e de lazer, mas de compras também. Os

telefones celulares não ficam para trás. No Brasil, mais de 20%

das buscas do Google já são feitas pelo celular. Um número

ainda em crescimento, mas já significativo.

Nos Estados Unidos, mercado referência desta tecnologia,

o e-commerce representa 5% das vendas pela Internet e a

projeção para 2013 é que represente 8% um crescimento

altamente significativo em um mercado consumidor

aquecido como é o norte-americano.

Premium e importadas devem avançar em 2013

Os fabricantes de cervejas premium e importadores estão

rindo à toa. Enquanto a indústria cervejeira padrão brasileira

teve em 2012 o seu pior desempenho nos últimos cinco

anos, segundo dados divulgados no início de dezembro

pelo diretor da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja

(CervBrasil), Paulo Macedo, a posição das premium e

importadas cresce cada vez mais no mercado. E isto em um

mercado no qual, de cada vinte cervejas, dezenove são de

marcas nacionais.

Segundo dados da CervBrasil, apenas entre de janeiro e novembro foram produzidos 12,2 bilhões de litros de cerveja no Brasil; em 2011, foram 11,8 bilhões. O crescimento foi de 3,23%. Ocorre que esta expansão da produção não se traduziu também em crescimento do consumo, que caiu 0,4% no mesmo período e está sendo atribuído pelos fabricantes à queda de renda do público-alvo das empresas do setor. Eles também reduziram sua participação no mercado de 87,6% para 87%, embora tenham feito investimentos de cerca de R$ 4 bilhões no seu parque

industrial.

Desafios à vista

Não por outro motivo, a Associação Brasileira de Atacadistas e

Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) registrou,

apenas em agosto do ano passado, seu maior faturamento

mensal no ano: R$ 1,46 bilhão, um crescimento real de 6,39%

sobre o mês anterior e de 5,45% sobre igual período de 2011.

Para o diretor de Novos Negócios da Allied, Beni Harari, esta

mudança de hábitos do consumidor, com a realização de

compras por meio do uso de várias plataformas eletrônicas,

traz um novo desafio para os empresários e varejistas. “Agora,

com celulares gerando as informações primárias, tablets

criando outro tipo de navegação, que notebooks nunca

conseguiram criar, devido ao beneficio do toque na tela, os

varejistas terão que se desdobrar para criar, ao mesmo tempo,

uma estratégia de comunicação para cada canal (lojas físicas,

Internet para computador, tablet e celular) e manter uma

clara identidade da marca para não sofrerem o mal de uma

esquizofrenia digital (cada canal com uma comunicação

distinta)”, avalia.

revista supermiX 27

Page 28: Supermix Edição 144

tendÊncias

Premium em expansãoJá as cervejas premium não estão repousando nas geladeiras dos bares e supermercados. Cresceram 18% no ano passado, em termos de consumo, segundo relatório da Mintel – empresa especializada na realização de pesquisas de mercado. O setor aumentou sua participação no varejo (movimentou R$ 5,29 bilhões em 2011) de 11,4% em 2010 para 12% no ano passado.

Mais que revelar uma direção contrária entre os dois tipos de cervejas, a sondagem apontou que os mais ricos estão capitaneando este crescimento das cervejas premium e das cervejas importadas. Enquanto 25% dos brasileiros das classes A e B afirmam beber marcas importadas, somente 18% da C1, 11% da C2 e 7% das classes D e E fazem o mesmo. O mesmo processo ocorre no público jovem, já que 26% dos consumidores entre 18 e 24 anos declararam aos pesquisadores consumirem estas cervejas.

Não é só no poder aquisitivo, porém, que repousa o “x” da questão. “As oportunidades no País encontram-se nos grandes eventos esportivos que ocorrerão nos próximos anos. Com um produto ligado à cultura esportiva, fabricantes de cerveja têm a oportunidade de aproveitar o entusiasmo local e de se beneficiarem com o posicionamento de marcas Premium”, avalia Sebastian Concha, diretor de pesquisa da Mintel na América Latina.

Importadas ganham mercado

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio confirmam esta expansão da preferência pelas cervejas importadas. De acordo com o ministério, as importações brasileiras de cerveja saltaram de 11,8 milhões de litros em 2007 para 44,6 milhões no ano passado. Apenas até outubro deste ano, 38,5 milhões de litros de cervejas importadas desembarcaram no Brasil.

O consumidor, aliás, é cosmopolita. Seis dos dez países de origem das cervejas com mais força nas importações brasileiras são europeus (Alemanha, Bélgica, Espanha, Holanda, Irlanda e Reino Unido) e quatro, americanos (Argentina, Estados Unidos, México e Uruguai). “As cervejarias estrangeiras também têm um grande potencial para crescimento nos próximos anos no Brasil. Elas passam uma ideia glamourizada e cosmopolita, possuem poder de marketing, que vêm de suas experiências internacionais,

e podem ajudar esse mercado a atingir margens mais

lucrativas”, comenta o diretor da Mintel.

Em função da mudança do seu perfil econômico, os brasileiros modificaram também seus padrões de consumo, inclusive em relação aos alimentos. É o que revela outra sondagem, intitulada “O consumidor mais por menos redefine o varejo”, feita pela empresa de consultoria e pesquisa de mercado GS&MD – Gouvêa de Souza, junto a 360 moradores de São Paulo nos últimos cinco anos. De acordo com a pesquisa, 73% dos entrevistados disseram que sua situação financeira melhorou nos últimos anos, principalmente os mais jovens (25 a 39 anos), com 77%.

Mas isto não significa que os brasileiros estejam, necessariamente, cozinhando mais em casa e estejam desatentos aos preços. Na realidade, o que está ocorrendo é o contrário. As pessoas passaram a comer fora com mais freqüência porque melhoraram sua condição de vida e não querem mais ter tanto trabalho como antes para produzir a própria refeição. O percentual de quem come em casa caiu de 20,2% para 11,7% (ver tabela ao lado). Já o público que come fora de casa cresceu de 4,6% para 5,4%, movimentando mais os bares, restaurantes e lojas do

comércio que operam no ramo.

Os preferidos do públicoAlimentos com maior crescimento em vendas nos

supermercados, de janeiro a outubro de 2012

Bolo industrializado: 23,1%. Suco de frutas pronto para consumo: 15,2% Água mineral: 11,8% Whisky: 7,8% Vinho: 6,0% Leite com sabor : 5,4% Iogurte: 4,0% Chocolate: 3,9% Salgadinho para aperitivos: 3,6%

Fonte: Abras

O lar demanda cada vez mais investimentos

Participação das despesas sobre o total

Preço é determinante

Item ParticipaçãoCrescimento

(em %)

Manutenção do Lar 16,4 para 26,8% 63%

Alimentação no lar 20,2 para 11,7 -42%

Alimentação fora do lar 4,6% para 5,4% 17%

Despesas com veículo 2,8% para 5,1% 82%

Page 29: Supermix Edição 144

economia

De modo geral, o crescimento nas vendas no ano que passou aponta taxas mais tímidas que em 2011O ano de 2012 começou com grandes expectativas na

indústria e no varejo em função do desempenho de 2011.

No entanto, as crises internacionais e o fraco desempenho

da economia brasileira no decorrer do ano acabaram por

frear estas projeções positivas e o ano de 2012 fechou com

resultado mais tímido em relação ao ano passado.

Na indústria, a situação foi mais crítica, prejudicada principal-

mente pelas exportações, que ficaram abaixo das impor-

tações. Já no varejo, segundo o Índice Nacional de Vendas,

apurado pela Associação Brasileira de Supermercados

(Abras), as vendas reais do autosserviço no resultado acu-

mulado de janeiro a setembro cresceram 5,50%, comparado

Redação Supermix

com o mesmo período do ano anterior.

Na avaliação do professor e consultor Ivo Marcos Dranka Ju-

nior, o bom desempenho do varejo ocorreu principalmente

pela performance das vendas até o terceiro trimestre. Entre

os fatores que influenciaram o resultado, ele cita os incenti-

vos instalados pelo Governo Federal. “Foram meses em que

as medidas econômicas surtiram seus reflexos mais intensos

na renda dos consumidores e na desoneração da folha de

pagamento de alguns setores”, aponta.

Em contrapartida, ele destaca que, no último trimestre, o

país viveu uma desaceleração das motivações de compra.

Na contramão da indústria, varejo manteve crescimento em 2012

Page 30: Supermix Edição 144

“O comprometimento da renda se manteve elevado e não

houve um movimento da redução na taxa de inadimplência”,

afirma. De fato, as oscilações do mercado apontaram um

Natal mais fraco que em 2011. No entanto, algumas medidas

adotadas pelo varejo neste final de ano elevaram as expec-

tativas, e demanda que esteve reprimida durante o ano,

apareceu nas lojas para as compras.

Ainda pela análise do consultor, o crescimento das vendas

no varejo em 2012 deu-se em decorrência da expansão da

área de vendas, sem grande impacto no aumento relativo às

lojas já existentes. Também é possível atribuir este aumento

à manutenção do avanço da renda e emprego da popu-

lação, inclusive pela inserção econômica de novos e mais

sofisticados consumidores no mercado.

Medidas do Governo Federal

Embora o desempenho da economia nos primeiros seis

meses do ano não tenha contribuído muito para um bom

desempenho do varejo – o crescimento do Produto Interno

Bruto (PIB) ficou abaixo do esperado – algumas medidas

adotadas pelo Governo Federal, tais como a redução de

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodo-

mésticos e a queda da taxa básica de juros, e fatores como

o pagamento do 13º salário e a renegociação das dívidas

foram importantes para o desempenho do varejo em geral.

Soma-se às ações do Governo ainda o aumento da renda de

uma parcela significativa da população, inclusive de algumas

classes sociais que, até então, estavam economicamente

excluídas.

Um varejo diferenciado

Sem dúvida, o investimento na ampliação do número de

lojas de autosserviço propiciou uma melhor inserção e

conveniência de mercado, trazendo um grande diferencial

para o resultado do setor em 2012. O consultor Ivo Dranka

destaca, por exemplo, uma administração mais profissional e

a busca por conhecimento na gestão do pequeno e médio

varejo.

A própria Associação Paranaense de Supermercados (Apras)

oferece programas de estímulos a seus associados para a

capacitação de seus gestores por meio da Academia Apras,

com módulos de estudos que atendem, principalmente, a

necessidade dos microempresários.

Outro fator apontado pelo consultor foi a crescente valori-

zação da mão de obra, reflexo da tentativa de driblar a falta

de profissionais para ocuparem cargos técnico-operacionais,

além da busca por ferramentas tecnológicas que propi-

ciaram um ganho em escala e produtividade, e uma maior

atenção aos anseios e desejos dos consumidores, que

assumiram definitivamente o seu papel de “destaque” neste

ambiente de consumo.

O que esperar em 2013

Para Ivo Dranka Junior, em virtude das últimas estabilidades,

acredita-se que não haverá condições políticas para manter

as medidas de estímulo ao consumo, como a redução do

IPI, e a taxa de juros irá subir novamente. Isso faz com que

a expectativa para o ano de 2013 seja mais pessimista. Se-

gundo ele, o Governo não tem demonstrado preocupação

em investir mais para estimular os investimentos privados,

ou seja, o desempenho geral do autosserviço vai depender

muito do estímulo de vendas dos próprios supermercadistas,

do consumo de bens não-duráveis, que representam 50%

do varejo total. “Sem as medidas de estímulo ao consumo, a

performance do segmento sofrerá um abalo e o crescimento

desacelerará para algo entre 2% e 5%. É certo que este é o

cenário atual, que pode mudar caso o governo pare de agir

pontualmente e preze investimentos em infraestrutura”,

completa.

Segundo o coordenador de Análises Econômicas da Funda-

ção Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros, a inflação deve

iniciar o ano de 2013 pressionada por alimentos mais caros

e demanda mais aquecida no mercado interno, favorecida

por novo reajuste de salário mínimo e uma economia em

recuperação.

Entretanto, na avaliação do consultor, caso o aumento desta

massa salarial continue se mantendo em 2013, o varejo será

beneficiado, sobretudo os setores que trabalham com bens

duráveis, mais suscetíveis as oscilações de renda. No entanto,

ele lembra que o cenário atual indica poucas probabilidades

do governo em manter estas ações de aceleração do con-

sumo devido aos desgastes políticos que está apresentando.

O Brasil ainda é visto internacionalmente como uma grande

oportunidade, que só irá se concretizar se forem criadas

condições favoráveis.

economia

Page 31: Supermix Edição 144

Redação Supermixsuporte JurÍdico

SuPErMErCAdoS IntEnSIFICAM CAMPAnHA “ dE oLHo nA vALIdAdE”Empresas querem aperfeiçoamento da lei que estabelece normas sobre tema

O papel dos supermercados vai muito além de vender

produtos de qualidade aos consumidores. Por meio da

Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e dos seus

representantes, as empresas também desenvolvem uma

vigorosa campanha orientando os clientes e ao mesmo

tempo pedindo sua colaboração quanto à importância de

ficarem atentos à validade dos produtos.

O Paraná também está aderindo gradualmente ao projeto,

que teve origem na Associação Paulista de Supermercados

(Apas) e está se desenvolvendo – ou em vias de se

desenvolver – também nos Estados de Santa Catarina, Pará,

Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Rio

Grande do Norte, Bahia e Sergipe. “Estamos conversando

sobre isso com o Procon do Paraná para implantá-lo

em todos os supermercados do nosso Estado”, conta o

presidente da Apras, Cesar Moro Tozetto.

Em São Paulo, por exemplo, a campanha funciona de

um jeito simples e eficiente, espalhando dentro das lojas

cartazes com o seguinte dizer: “Consumidor, caso encontre

qualquer produto fora do prazo de validade antes de chegar

no caixa, você receberá o mesmo produto gratuitamente.”

E se o consumidor encontra mais de um item com o prazo

de validade vencido, recebe a mesma quantidade de

produtos. Além de chamar a atenção para a validade dos

produtos, a ideia é mostrar ao consumidor que as empresas

têm a disposição de resolver o problema, mas que erros

acontecem por falha humana e não por má fé.

Cuidado com os excessos

O problema não é exclusivo do Brasil. No mundo todo

Page 32: Supermix Edição 144

as empresas, mesmo com a tecnologia atual, ainda não

encontram uma forma de controlar os produtos vencidos.

E há problemas com produtos vencidos, sobretudo nos

hipermercados, que geralmente possuem um mix com mais

de trinta mil itens e em relação aos quais o controle das

datas de validade nem sempre é total. Mas não exatamente

por culpa das empresas, que não se negam a trocar o

produto quando erros em datas de validade acontecem.

Ocorre que, no trabalho com seres humanos, deve-se

considerar a possibilidade de haver erros não intencionais.

“As empresas têm uma série de ferramentas administrativas

(auditorias, por exemplo) e tecnológicas de controle, mesmo

as pequenas. Umas funcionam melhor que outras, mas não

é possível garantir que em um grande mix de produtos

alguns não tenham erros em suas datas de validade. Isto

pode acontecer inclusive por equívoco de um funcionário”,

explica Tozetto.

Uma destas ferramentas, já existentes no Brasil, é que em

produtos perecíveis, por exemplo, a data de vencimento

conste no próprio código de barras, o que impediria – na

boca do caixa – que o consumidor levasse o produto.

Outra tecnologia é o chip eletrônico, no qual consta a data

de validade em cada produto, mas que, por exigir altos

investimentos, ainda está em fase de implantação nos

supermercados.

Papel do consumidor

Neste caso, porém, há desafios a vencer. Um deles é o

fato de que muitos consumidores não têm o hábito de

observar as datas de validade dos produtos que compram.

Por esta razão, o presidente da Apras defende uma solução

negociada com os consumidores. “As empresas estão

fazendo o possível para resolver o problema dos produtos

vencidos, mas precisamos do apoio dos consumidores.

Eles precisam nos ajudar a fiscalizar os produtos, de forma

responsável, gerando benefícios para eles próprios”, conclui

o presidente Cesar Tozetto.

Empresas cobram clareza da lei que exige detalhes sobre

impostos em notas e cupons fiscais

Supermercados têm até 8 de junho para se adequar às

normas, mas podem pedir prorrogação do prazo

A lei federal que obriga as empresas a emitirem notas e

cupons fiscais informando o valor dos impostos cobrados

nos preços dos produtos ou serviços adquiridos pelo consumidor (Lei 12.741/12) começa a vigorar em 8 de junho de 2013, mas já está tirando o sono dos executivos e contabilistas do setor de supermercados. Como a lei é recente, ainda não foi totalmente absorvida pelas empresas, mas já é alvo de críticas e sugestões do setor.

São vários os problemas. Sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff, a lei foi publicada na edição do último dia 10 de dezembro do Diário Oficial da União, mas não é clara sobre pontos-chave para os supermercados. A lei não explica, por exemplo, como o IPI – Imposto sobre os Produtos Industrializados, tributo pago junto aos fornecedores (e não cobrado dos consumidores) – deve ser discriminado nas notas e cupons fiscais.

O proprietário da empresa de assessoria contábil e empresarial Trier, João Gelásio Weber, cita outros exemplos que ilustram este problema. “A lei diz que os valores das notas podem ser aproximados, mas esta exigência é imprecisa e pode gerar mais confusão para o consumidor. Além disso, não sabemos como informar as contribuições – PIS e COFINS – nos cupons fiscais e ainda se temos que informar os valores pagos pelas contribuições, que também compõem o custo dos produtos pagos pelos consumidores e são pagas pelos compradores”.

Ajustes nas máquinas

Além disso, as novas regras obrigarão grande parte das empresas a fazer ajustes técnicos nos softwares das máquinas que emitem os cupons fiscais para os consumidores, o que se traduz em uma frase: aumento de custos para as redes. E este problema não é só técnico, mas também legal, uma vez que sua solução depende de aprovação do Cotepe/ICMS (Comissão Técnica Permanente), órgão federal que define as normas relativas ao imposto. Isto porque o software básico das máquinas que emitem os cupons é homologado pelo Cotepe após análise funcional dos Grupos de Trabalho.

“Nós não analisamos o assunto a fundo, mas já constatamos que teremos problemas para alterar os nossos softwares das máquinas que emitem os cupons fiscais e também nossos demais sistemas. Muitas empresas, principalmente as pequenas ou as que possuem sistemas mais antigos, ainda não têm condições de operacionalizar isto”, explica o gerente contábil do Grupo Tozetto, Mauricio Schastai.

Por causa destes problemas, os supermercados não descartam a possibilidade de pedir mais tempo para se

suporte JurÍdico

Page 33: Supermix Edição 144

adequarem à lei. “Todos os supermercados concordam que o consumidor tem o direito de saber que impostos está pagando, mas queremos que isto seja possível sem prejudicar as empresas”, conclui Schastai.

IR e CSLL ficaram de fora

Há uma diferença do texto final em relação ao aprovado pelo Congresso Nacional. A lei sancionada pela presidente estabelece que deverão ser identificados sete e não nove tributos: IOF, IPI, PIS/Pasep, Cofins, Cide, ICMS e ISS. No caso dos supermercados, os impostos que precisam constar nas notas ou cupons fiscais são, em tese, pelo menos quatro: o ICMS, o IPI (pago na compra das mercadorias junto aos fabricantes), o PIS/Pasep e o Cofins. No caso do ICMS, terá que ser informado o valor pago por substituição tributária, o que hoje não ocorre.

Dilma vetou a exigência de que constassem informações sobre o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. O mesmo ocorreu em relação ao item do texto que determinava a identificação do tributo mesmo mediante questionamento na Justiça ou em processo administrativo.

Mas isto não é tudo. A lei estabelece ainda que a nota fiscal deverá trazer o valor da contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores sempre que o pagamento de pessoal contribuir para o custo direto do serviço ou produto fornecido ao consumidor.

Outra exigência da lei refere-se aos produtos importados. Se forem fabricados com matéria-prima importada que represente mais de 20% do preço de venda, os valores referentes ao Imposto de Importação, ao PIS/Pasep e à Cofins incidentes também deverão ser detalhados.

Apras esclarece empresas sobre unidades de medida

Organização promoveu várias reuniões orientando empresários sobre assunto

A Apras desenvolveu um trabalho intenso de orientação aos empresários do Paraná a respeito da exigência de que os supermercados tenham que expor os preços dos produtos por unidade de medida. A diretoria e a equipe técnica da entidade organizaram reuniões com executivos e colaboradores de dezenas de supermercados em Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel com este objetivo.

Em todos estes encontros, a posição comum foi que, também neste caso, é necessário haver flexibilidade da lei. A organização defende que a Lei Estadual 16.723 (de 23 de dezembro de 2010) sobre o tema seja cumprida, o que deve ocorrer de forma mais incisiva a partir de janeiro, quando termina o prazo concedido aos supermercados para se adaptar às exigências legais.

A Apras preconiza, porém, que haja um processo de aculturamento do consumidor e uma definição de regras mais claras a respeito do assunto. “Ainda há confusão sobre que unidades devemos usar, se litro, quilo ou grama. Como tudo o que é novo, esta lei exige adaptações e ajustes do mercado. É isto o que o setor está buscando, na intenção de cumprir a lei e de atender bem ao consumidor”, explica Cesar Tozetto, presidente da Apras, que comanda o Grupo Tozetto, uma das maiores e mais importantes redes de

supermercados do Paraná, sediada em Ponta Grossa.

A íntegra da lei

A Lei Estadual 16.723, de 23 de dezembro de 2010, foi publicada no Diário Oficial nº. 8370, de 23 de Dezembro de 2010.

Súmula: Dispõe que os estabelecimentos que especifica, onde o consumidor tenha acesso direto ao produto, sem intervenção do comerciante, ficam obrigados a expor o preço por unidade de medida.

A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1°. Os supermercados, hipermercados, autosserviços e mercearias, onde o consumidor tenha acesso direto ao produto, sem intervenção do comerciante, ficam obrigados a expor o preço por unidade de medida.

Parágrafo único. Considera-se preço por unidade de medida, reais por quilo, litro, metro ou outra unidade conforme o caso.

Art. 2°. O preço por unidade de medida deve ser exposto onde esteja registrado o valor do produto, e ocupar espaço não inferior a 50% (cinquenta por cento).

Art. 3°. A receita arrecadada pela aplicação das multas previstas nesta lei será revertida ao Procon/PR.

Art. 4°. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias após a sua vigência.

Art. 5°. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

revista supermiX 33

Page 34: Supermix Edição 144

setor

A população do Brasil é persistente

por natureza e, mesmo que o país não

apresente condições suficientes para

abertura de novos negócios, o brasileiro

é empreendedor por natureza. Esta de

fato é uma característica importante,

no entanto, sozinha, ela não é capaz de

manter uma empresa por muito tempo.

As pequenas e médias empresas

são fundamentais para estimular o

desenvolvimento da economia de um

país e, inclusive, possibilitar a inclusão

social pela oferta de empregos. No

entanto, dados apresentados pelo

Sistema Serviço Brasileiro de Apoio às

Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)

preocupam aqueles que pretendem

ingressar no universo empreendedor. A

cada ano, nascem, em média, 500 mil

empresas no país, mas três em cada

dez pequenas empresas brasileiras

fecham as portas em apenas dois

anos de atividade. Mesmo que, pela

visão dos empresários, a culpa seja da

falta de clientes, a alta carga tributária,

a burocracia brasileira exagerada, a

ausência de capital de giro ou até

de briga entre os sócios. Na verdade,

a falta de planejamento pode ser o

principal “vilão” das pequenas e médias

empresas.

O raciocínio é simples e, na verdade, a

PLAnEjAMEnto PArA PEquEnoS E MédIoS AuMEntA CHAnCE dE SuCESSo noS nEGóCIoSEmpresários devem buscar de forma contínua por informações sobre o negócio e o mercado, e acompanhar de perto o planejamento da empresa.

execução também. Qualquer empresa,

independentemente do segmento em

que atua, precisa entender o mercado

em que está inserida e aprender

a lidar com ele e suas variações.

Porém, em geral, o empresário do

segmento varejista tem receio no seu

planejamento pelo formato do negócio

que comanda, pela quantidade e

variedade de produtos que fornece e

pelas ações simultâneas que deverão

ser realizadas em curto prazo. Sem mais

desculpas, vale ressaltar que qualquer

consultor afirmaria que quanto mais

informações o empreendedor tiver

sobre o seu negócio e o mercado em

que pretende atuar ou já está inserido,

quanto mais de perto acompanhar o

planejamento da sua empresa, maiores

serão as chances de alcançar o sucesso.

No entanto, mesmo não sendo regra,

não planejar pode significar a perda do

foco no negócio, levando a empresa

até a fechar as portas mais cedo.

Afinal, o que significa planejar?

Para o consultor Rodrigo Guerra,

o planejamento é um conjunto

de ações que devem atuar

constantemente nos objetivos e

metas da empresa, chegando a

formar o que os especialistas chamam

de ciclo constante, um estado de

melhoria continua. Este ciclo, também

conhecido, em inglês, como PDCA

[planejar, executar, conferir e agir]

pode ser aplicado em qualquer

empresa para se atingir resultados,

como forma de garantir o sucesso

dos negócios, independente do

segmento em que atua. O ciclo

começa pelo planejamento, em si,

seguido de um composto de ações

a serem executadas. Depois de

praticadas, estas ações devem passar

por avaliações constantes, para que se

identifique se elas estão realmente de

acordo com o planejado e, caso não

estejam produzindo o efeito exposto

e desejado no planejamento, toma-

se outra ação para eliminar esta ação

inválida ou para diminuir seus efeitos

negativos.

Como e por onde devo começar?

O próprio empresário pode fazer

seu planejamento, mas como as

possibilidades são inúmeras e é

preciso estar constantemente

planejando, existem empresas

especializadas, cursos de MBA (Master

Business Administration), consultores

independentes e até entidades

específicas para dar um suporte nesta

tarefa.

Page 35: Supermix Edição 144

Se o empresário optar por trabalhar

sozinho no início, ele deve pensar

que as coisas não acontecerão

apenas porque se teve uma ideia

extraordinária. Apesar de ser um bom

começo, para que esta ideia realmente

saia do papel e aconteça, será preciso

construí-la passo a passo. Por isso, o

estrategista precisa iniciar projetando

os objetivos do negócio, quem

serão seus clientes, concorrentes e

fornecedores, que produtos ou serviços

vai oferecer, a que preço, para qual

praça e, principalmente, identificar

os pontos fortes e fracos do negócio

para, então, verificar se ele é realmente

viável.

Caso o empresário esteja pensando em mudar os rumos da empresa ou ampliá-la, nunca é tarde para começar a planejar.

Entretanto, Rodrigo Guerra destaca que o começo do planejamento será diferente, pois será preciso analisar o histórico da

empresa e seu fluxo de caixa até então, para depois desenvolver uma projeção. Para isto, é importante reunir informações

sobre todos os recebimentos e pagamentos já realizados para depois projetar os lançamentos futuros.

Desafios do planejamento

Ter um planejamento em mãos

com um excelente plano de ação

também não é a solução para todos

os problemas. As empresas são

organismos vivos e cada uma delas

deve ser pensada como única, afinal, é

feita de pessoas, processos, recursos e

fatores mercadológicos que também

são únicos. Às vezes, o próprio

empresário pode ser o principal desafio

de um bom planejamento, pois suas

habilidades de gestão e a maneira

como ele aproveita os recursos de que

dispõe pode direcionar a empresa

para certas situações. A dica de ouro

é: lembre-se que é preferível errar o

planejamento enquanto ele ainda está

no papel que cometer deslizes quando

já se está no mercado.

Dicas para um bom planejamento

Rodrigo Guerra destaca alguns pontos que considera fundamental na

hora de construir um bom planejamento.

1. Crie produtos de valor;

2. Mantenha clientes satisfeitos;

3. Promova a capacitação e mantenha talentos;

4. Atraia, desenvolva e retenha seus talentos;

5. Construa bons relacionamentos no mercado;

6. Use os recursos produtivamente;

7. Pratique princípios de conduta aceitos;

8. Obtenha um lucro razoável.

revista supermiX 35

Page 36: Supermix Edição 144

recursos Humanos

Quando se fala em crescimento das empresas, muitos executivos costumam pensar logo na ideia de investir mais em tecnologia ou em publicidade. Mas, no mundo dos negócios, há muitas outras ferramentas que trazem resultados altamente positivos para as organizações. Uma das mais consagradas – e mais eficientes – é o coaching.

Basicamente, coaching é um programa orientado ao desenvolvimento de lideranças e de negócios. Há coaching para tudo. Inclusive para atletas que precisam ter alto desempenho. É no campo empresarial, contudo, que esta ferramenta é mais conhecida e respeitada.

Não sem motivos. Quando aplicado por profissionais competentes, o coaching traz resultados impressionantes. O desempenho dos profissionais pode melhorar, em média, 70% ou mais, dependendo da eficiência com que o programa é colocado em prática, principalmente, da dedicação dos clientes e dos coachees.

Resultados em três meses

Uma das profissionais mais respeitadas do mercado, com desenvolvimento da atividade em dezenas de empresas (incluindo grandes redes de supermercados), Christina Jacob, da empresa Neoaxis Planejamento & Marketing, foca seu trabalho no desenvolvimento pessoal e profissional de lideranças/empresários visando objetivos individuais e corporativos.

A primeira fase do processo é a realização de um pré-diagnóstico, tanto do cenário empresarial quanto do profissional, sempre com foco nas lideranças. “Nós buscamos o seu desenvolvimento adequado ao regime de metas da organização. Para cada perfil de empresa ou de indivíduos, nós fazemos a aplicação do programa para se chegar aos resultados necessários”, explica.

O processo pode levar entre seis a nove meses e se desenvolver entre 10 e 12 sessões. Mas os resultados costumam ser rápidos. Aparecem no prazo de três a quatro meses, dependendo, naturalmente, do grau de absorção das

CoACHInG ContrIBuI PArA dESEnvoLvIMEnto dE LídErES E doS nEGóCIoS

informações oferecidas durante as sessões de coaching.

Os problemas variam de empresa a empresa, de profissional a profissional, mas Christina diz que um dos mais comuns é a comunicação. “Neste caso, nós trabalhamos todo o programa focando nisso ou no relacionamento interpessoal”, explica. Outro problema constatado no setor supermercadista, como em outros, é a reduzida capacitação técnica e pessoal de muitos profissionais.

“Falta muito para eles desenvolverem atitudes. Falta motivar a equipe para atingir resultados em termos de objetivos, superação de metas e outras coisas. Falta um plano mais focado no desenvolvimento de pessoas e de carreiras”, explica. Esta é uma das razões pela qual, segundo Christina, o turnover (substituição de pessoas) é tão alto no setor supermercadista.

O lado bom da questão é que muitos empresários já perceberam o problema e estão reagindo a ele. O caminho é a realização de um trabalho focado na gestão de pessoas e de lideranças, na retenção de profissionais por meio do desenvolvimento de habilidades, processo que está diretamente ligado aos resultados da organização.

“Há uma preocupação muito grande dos empresários com a retenção e a fidelização dos seus clientes, mas eles deveriam pensar também em reter e em fidelizar seus colaboradores”, afirma Christina.

Sem, motivação, não tem solução.

Não tem jeito. Nas rodas de conversas de executivos do setor supermercadista, quando o assunto são colaboradores, a reclamação é quase sempre a mesma: a falta de comprometimento de muitos funcionários, especialmente os que atuam na área operacional. Não há segredos, porém, para se resolver este problema. Tudo passa pela capacidade das lideranças, e das próprias empresas, de motivar os colaboradores. É aí que os profissionais do coaching entram em ação porque atuam diretamente na

melhoria das relações interpessoais da equipe.

Page 37: Supermix Edição 144

“Nós estamos fazendo um trabalho de coaching em um supermercado do Norte do Paraná e constatamos que há falta de comprometimento de muitos colaboradores na área operacional. Eles trabalham o mínimo necessário. O que estamos fazendo lá para resolver o problema é ajudar os líderes a extrair dos colaboradores um comprometimento acima da média, com resultados muito positivos”, explica Fabiano Zanzin. Membro da Sociedade Brasileira de Coaching e proprietário da Concept Consult, ele tem se especializado no desenvolvimento de pessoas e na formação de líderes para o varejo e a gestão de recursos humanos.

Esta mudança de atitude é possível, em primeiro lugar, por meio da análise do perfil do colaborador para a função que exerce. O que se busca é analisar se ele está qualificado para a função e prepará-lo para a atividade. “Muitas vezes, a empresa não tem tempo de treinar e nem de investir em mão de obra. Por isso, o colaborador desempenha sua função com poucas horas de treinamento e sem suporte técnico. Isto gera falta de comprometimento, como por exemplo, a lentidão na reposição de mercadorias nas gôndolas dos supermercados”, conta.

Geração “y”

Um dos alvos principais dos empresários são os integrantes da chamada “Geração Y” – jovens profissionais com até 26 anos de idade. “Ouço muita gente dizendo que a geração Y não é comprometida. Na verdade, não é bem isso. Acontece que o ´Y´ se compromete com o que se identifica. Ele gosta de trabalhar em equipe, mas só se compromete quando é comandado por um líder que saiba trabalhar com a sua equipe em unidade, em sinergia, e se a empresa também lhe oferece benefícios”, diz o consultor.

É por causa da inexistência de líderes com este perfil que o turnover das empresas do setor costuma ser tão alto. “A geração Y não quer só um trabalho. Quer se sentir parte da equipe. Quer benefícios e um plano de carreira, por exemplo, que lhe permita saber onde pode chegar dentro da organização”.

Este problema se torna mais grave devido às limitações técnicas e pessoais, bem como à inexperiência, de muitos funcionários que atuam nos supermercados. Neste caso, cabe ao líder, alinhado com a empresa, treinar as pessoas

revista supermiX 37

Page 38: Supermix Edição 144

recursos Humanos

para desenvolver suas habilidades. “É por isso que não está certo dizer que não tem mão de obra no mercado. Na verdade, o que não se tem é mão de obra preparada para o seu negócio e de acordo com as suas necessidades. Isto exige muito investimento para deixar o pessoal do que jeito que se quer”, diz Zanzin.

Desempenho pode melhorar 77%

As pesquisas recentes confirmam o que os especialistas da área já sabem há tempos: o coaching traz resultados extremamente positivos em termos de desempenho dos profissionais e de produtividade da empresa. Na prática, claro, isto se traduz em líderes mais qualificados e satisfeitos. Logo, em mais lucros para as empresas.

É o que confirma sondagem divulgada pela Robert Half – empresa fundada nos Estados Unidos em 1948 que, com mais de 350 escritórios e 9.000 colaboradores, é líder mundial na área de recrutamento especializado.

A organização revelou que o serviço de coaching no Brasil, diferentemente do que se poderia pensar dado o fato de que o país ainda é um emergente, é um dos melhores do mundo. Contribui em 77% para a melhoria do desempenho dos líderes e de seus colaboradores. E os benefícios desta ferramenta vão além, de acordo com a pesquisa. O coaching de carreira também é apontado como extremamente positivo por 88% dos profissionais brasileiros.

“O Brasil demora um pouco mais para incrementar modelos e processos de coaching mas, quando o faz, faz bem feito. O que percebemos é que se o Brasil perdeu tempo em relação ao tema, agora está buscando recuperar o que perdeu, já que muitas empresas estão investindo boa parte do seu orçamento no desenvolvimento de pessoas”, explica Christina Jacob.

Bom até na crise

Há relatos, porém, de melhorias de desempenhos ainda melhores – na faixa dos 90%. Este percentual consta de artigo veiculado pelo jornal Folha de São Paulo no primeiro semestre deste ano. Segundo a reportagem, executivos que foram submetidos a programas de coaching melhoraram sua produtividade em 90%.

E isto mesmo nos momentos de crise, como acontece com mais freqüência nos Estados Unidos, país onde esta ferramenta é utilizada em mais larga escala que no Brasil. Lá, como revela o jornal Executive Channel, mais de 40% dos executivos já passaram por treinamentos de coaching. Os

benefícios são considerados tão grandes que o coaching, em algumas empresas, é oferecido como um dos benefícios do cargo.

“Seja para usar a ajuda de coaching como uma estratégia de negócios nesta época difícil, ou para alcançar metas pessoalmente relevantes, as pessoas encontram grande valor no resultado do Estudo de Cliente Global de Coaching”, avalia Karen Tweedie, ex-presidente da ICF, a principal organização profissional do mundo para coaches. “86% das empresas que usam ou usaram a ajuda de coaching relataram pelo menos um retorno de 100% sobre o investimento inicial e um grande impacto nas metas dos clientes”.

Surgimento foi na década de 50

No formato atual, o coaching surgiu nas décadas de 50 e 60. Foi motivado pelo fato de que, por problemas econômicos, muitas empresas foram obrigadas a demitir trabalhadores mais experientes e qualificados. Depois, porém, devido à ausência de mão de obra adequada no mercado, as empresas tiveram de recontratar estes mesmos trabalhadores para oferecem seus conhecimentos aos novos funcionários.

Os primeiros resultados positivos ampliaram a prática e, de lá para cá, passou-se a considerar esta ferramenta como essencial para a obtenção de resultados destinados à melhoria não apenas da empresa e de seus resultados operacionais, mas dos seus próprios quadros de funcionários.

Atividade múltipla

Mas o coaching não atua só no campo empresarial – o chamado coaching executivo – que objetiva a capacitação de executivos para o desenvolvimento de seu desempenho pessoal inserido no mundo dos negócios.

O coaching também opera no desenvolvimento pessoal. Visa a realização plena, pelo alcance de suas metas, dos indivíduos. O que se busca aqui, ao invés dos lucros, é a obtenção de um equilíbrio individual.

Finalmente, há o coaching de performance, que se relaciona ao desenvonvimento de habilidades naturais dos profissionais. O processo se dá por meio da descoberta dos bloqueios internos da pessoa e da tentativa de se removê-los para a obtenção de resultados. Vale para vários campos, incluindo as artes e o esporte.

Page 39: Supermix Edição 144

NO FINAL DE 2012, A ASSOCIAçãO

PARANAENSE DE SUPERMERCADOS (APRAS)

REALIzOU NAS REGIONAIS DO ESTADO O

TRADICIONAL jANTAR DE ENCERRAMENTO

DAS ATIVIDADES DO ANO. POR ISSO, NESSA

EDIçãO DA SUPERMIx jUNTAMOS ALGUNS

REGISTROS DESSES MOMENTOS PARA

DIVIDIR COM VOCê.

espaço apras Redação Supermix

Page 40: Supermix Edição 144

espaço apras

Page 41: Supermix Edição 144

revista supermiX 41

Page 42: Supermix Edição 144

artigos

Depois de trocar os presentes e estourar o champagne,

em um piscar de olhos as férias chegam ao fim e é hora de

voltar à realidade. Para muitas pessoas, isso significa voltar à

universidade, ao MBA e afins.

Todo ano inicia com novos objetivos e retomada dos

antigos. Com relação aos estudos, recomendo que seu

objetivo de 2013 seja planejamento e rotina - principalmente

àqueles que cumprem dupla jornada: trabalho e estudo.

Não é fácil conciliar ambos os compromissos, mas é possível

e, nos dias de hoje, praticamente inevitável. O profissional

que não se atualiza depois da graduação provavelmente

encontrará dificuldades de carreira no futuro. Quando

falo em atualização de conteúdo, me refiro a cursos,

especializações, mestrados, doutorados, MBA’s, palestras e

congressos.

Entretanto, se você é jovem e ainda está na primeira

graduação, está na hora de descobrir qual é a área que

deseja seguir dentro das opções que seu curso oferece.

Cursos como Administração e Economia, por exemplo,

oferecem um grande leque de opções de atuação. Quanto

antes você fizer a sua escolha, antes entrará no emprego

certo, acelerando sua carreira.

Para os veteranos que já se formaram e estão cursando

uma pós-graduação ou mestrado, o ideal é traçar um

planejamento detalhado para tirar o melhor proveito

possível do curso – tanto em termos de aprendizado quando

de relacionamentos. Portanto, planeje a quantidade de horas

semanais que deseja estudar. Otimizar seu tempo livre e

organizar um ambiente de estudo adequado é fundamental

*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix

e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces &

Morangos.

CoMo otIMIzAr SEuS EStudoS EM 2013

para criar uma rotina e evitar distrações em casa. Aliás, esse é

um assunto importante. Muitas pessoas não conseguem se

concentrar para estudar ou trabalhar em casa. Se você tem

esse perfil, talvez 2013 seja o ano para reconsiderar estudar

na própria universidade nos horários destinados a isso.

Outra dica é “fazer uma limpa“, ou seja, arrumar a casa. Isso

mesmo. Parece bobagem, mas dá mais vontade de manter

uma vida organizada se você vive em uma casa organizada.

Jogue fora a papelada do ano passado que não precisa

mais, arrume a sua escrivaninha, doe roupas que não usa e

organize suas gavetas e armários. Garanto que a sua vontade

de estudar e de criar uma rotina aumentará a partir do

momento que o ambiente estiver propício para isso.

Além disso, também acredito ser importante valorizar os

relacionamentos feitos dentro da universidade, tanto com

professores quanto com colegas. Professores muitas vezes

são procurados para indicar alunos a estágios e empregos.

Os colegas também podem ser contatos importantes para

conseguir uma nova oportunidade ou mesmo os próprios

podem se tornar candidatos à sua futura equipe de trabalho.

Manter esses contatos mesmo após a conclusão do curso

pode abrir muitas portas – pense nisso.

Termino esse artigo desejando um excelente 2013 e que

você otimize sua rotina e mantenha seus contatos para

aproveitar ao máximo seus estudos e dar um salto na sua

carreira.

Page 43: Supermix Edição 144

Miguel Ferrari Stella, Consultor de Marketing Editorial e Trade e Marketing para a indústria e varejo. Em 2005, produziu o “Espaço Orgânico & Natural” no

varejo alimentar, que resultou na criação da “Semana Nacional de Alimentos Orgânicos em Supermercados”,

realizada por meio de uma parceria da ABRAS e Ministério do Meio Ambiente, hoje na 8ª Edição.

MERCOSUPER 2013 APRESENTA

DIFERENCIAL PARA ATRAIR CONSUMIDORES

DE ORGâNICOS PARA AS LOJASA Associação Paranaense de Supermercados (Apras) sempre atenta às tendências de mercado que norteiam o varejo mundial realiza a 6ª edição do Espaço Orgânica, Natural e Sustentável dentro da MERCOSUPER – 2013. Na feira são apresentados as empresas e produtos que são importantes de terem na loja, afinal segundo 4º Estudo Kanthar WordPanel, publicado pela Associação Brasileira de Supermercados - ABRAS - revela que estes produtos estão em 99,8% dos lares da região sul por ter forte apelo a saúde.

Este mesmo estudo aponta que 65% dos consumidores compram estes produtos em supermercados e 44% guardam em suas dispensas para consumir durante o mês, elevando assim o tíquete médio do consumidor. Segundo pesquisa realizada pela Fiesp - Brasil Terd Foods 2020, 86% dos consumidores sabem que um produto orgânico é mais saudável e que possui um selo que atesta a sua qualidade. O consumidor confia e reconhece que os alimentos orgânicos e naturais são saudáveis, obtendo a preferencia de 89% das mães brasileiras. A mesma pesquisa aponta que 51 % dos consumidores pagariam mais por produtos sustentáveis.

O Espaço Orgânica, Natural e Sustentável vai apresentar centenas de produtos industrializados e in natura, de diversas regiões do país, indo muito além do tradicional FLV, que todos conhecem. As empresas ou produtores que participam desta feira estão aptos a fornecer para seus estabelecimentos, sem ruptura. Algumas das marcas expostas, podem ser exclusiva para sua rede, você pode firmar parcerias com estas empresas ou produtores e desenvolver um “mix diferenciado de Marcas Próprias “, fidelizando mais consumidores as suas lojas, afinal hoje os consumidores estão preocupados com “saudabilidade, comércio justo, preservação ambiental e a sustentabilidade do planeta”.

Quer mais motivos para você visitar o Espaço Orgânica, Natural e Sustentável na Mercosuper – 2013?

A Copa do Mundo vai gerar um impacto no PIB municipal nas cidades sedes da Copa de 7,18 bilhões, haverá um aumento de 113 % o fluxo de turistas nacionais e

internacionais. Estes turistas vão consumir as marcas de sua confiança, que transmitam qualidade e saudabilidade, como os produtos orgânicos, naturais ou in natura, segundo pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, 85% dos consumidores nacionais e 90% dos turistas internacionais preferem estes produtos, por consumirem em seu país de origem, esses são os produtos que serão servidos para as delegações que participam dos jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo em 2014.

E não para por aí, o Governo Federal através da Resolução 30/2/2009, o Art.20. determina que as merendas servidas nas escolas públicas “ devem vir da agricultura familiar e dos empreendedores familiares rurais, sempre que possível, priorizando os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos. As mesmas devem ser de no mínimo 30%, podendo chegar a 100%.

O Lançamento do Cadastro Nacional de Produtos Orgânicos, Naturais e Sustentáveis – edição 2013, será lançado durante a feira, criado e desenvolvido pela Ferrari Stella Comunicação, esta edição virá mais completa, terá o seu editorial bilíngue Inglês/Português, você vai ter acesso a milhares de produtos classificados por seção de loja, indo da mercearia seca a panificação, restaurante, bazar, etc.

Você vai conhecer as principais certificadoras do país, para sanar suas dúvidas ou firmar acordos comerciais.

A APRAS já está firmando parcerias e acordos com outras entidades que compõem o setor, para unir os diversos segmentos que formam o varejo e que muitos deles atuam dentro de sua loja, como padarias, lanchonetes, etc.

Acredito que este espaço, será uma oportunidade única para você supermercadista realizar negócios, concretizar parcerias e atender o desejo do consumidor nacional e dos turistas internacionais, venha visitar o Espaço Orgânica Natural e Sustentável na Mercosuper 2013, você diferencia a sua loja, contribui para um desenvolvimento econômico justo, com saudabilidade do consumidor e sustentabilidade de toda a cadeia produtiva.

orgânica

Page 44: Supermix Edição 144

Adriane Werner é jornalista e palestrante e escreve nesse espaço sobre comportamento

profissional.

Certamente você já ouviu dizer que a maioria das pessoas é

contratada por suas competências técnicas, mas é demitida

por suas características comportamentais. Esta é uma grande

verdade nos meios corporativos. No caminho profissional,

é muito comum as pessoas se preocuparem muito com

a formação técnica e pouco – ou quase nada – com seu

comportamento nos ambientes de trabalho.

De que adianta a pessoa saber fazer, tecnicamente, tudo

o que sua profissão exige, mas não saber trabalhar em

equipe, além de tomar atitudes egoístas, arrogantes ou

desagregadoras? Com o desenvolvimento da chamada

Sociedade do Conhecimento, é cada vez mais comum as

pessoas acumularem informações e conhecimentos, mas se

fecharem em comportamentos pouco integrados com suas

equipes.

Com a competitividade instalada em nosso cotidiano, os

profissionais buscam crescimento a qualquer custo e têm

como metas apenas alcançar postos mais altos na hierarquia

das organizações. Nessa ânsia por crescer, esquecem que

precisam da integração com os colegas de trabalho e da

colaboração mútua, para que toda a empresa funcione em

harmonia. É preciso colaborar e poder também contar com a

colaboração dos outros.

E, assim como em todas as situações da vida, quem não

colabora no trabalho também não recebe a colaboração dos

uMA rEFLExão SoBrE o CoMPortAMEnto ProFISSIonAL...

outros. Esses profissionais – conhecidos como “carreiristas” –

normalmente têm vida curta nas empresas, porque, mesmo

sendo “bons” no que fazem, logo demonstram que querem

crescer sozinhos, mesmo que, para isso, precisem prejudicar

outros colegas. Não é difícil, para líderes atentos, perceber,

na equipe, pessoas desagregadoras que se preocupam

apenas consigo mesmas.

Além do “carreirista”, outros perfis profissionais também

podem ser bastante prejudiciais para o bom andamento de

uma organização. É o caso dos manipuladores, que jogam

politicamente, distorcendo informações e repassando

fofocas maldosas; dos preguiçosos, que se unem a equipes

produtivas e se esquivam do trabalho; do inconsequente,

que age sempre por impulso; do “professor de Deus”, que

acha que só ele sabe tudo na empresa; do “puxa-saco”, que

sempre quer aparecer para os chefes; do “Maria-vai-com-as-

outras”, que não acredita no seu próprio potencial; e daquele

que nunca assume culpa pelos seus atos, envolvendo outras

pessoas da equipe.

Normalmente chamamos os companheiros de trabalho de

“colegas”. Essa é uma palavra que traduz o que podemos

ter como ideal do comportamento profissional: Será que

estamos sendo bons colegas?

artigos

Page 45: Supermix Edição 144

espaço apras - academia apras

Muitos são os fatos do ambiente organizacional que podem

estar contribuindo para a rotatividade dos colaboradores

do varejo . Para responder estas questões, muitas pesquisas

foram realizadas nos EUA, onde evidenciaram-se cases de

sucesso a partir de técnicas aplicadas junto a colabora-

dores, gestores e o RH, sobre o ambiente organizacional e a

percepção do RH sobre o turnover de funcionários. Foram

evidenciados os fatores negativos do ambiente de trabalho.

Sugestões das ações eficazes das técnicas foram aplicadas,

o que reduziu de forma visível o turnover nos EUA. Baseado

nestes fatos a Apras em parceria com a Aliança Americas Sul,

teve a honra de receber em Londrina, Maringá e Curitiba

o palestrante Danny Nelms. Ele é um grande conhecedor

e pesquisador, com mais de 18 anos de experiência no

gerenciamento de Recursos Humanos e em questões de

capacitação de executivos gestores nos EUA. Ele nos trouxe

grandes informações, fornecendo uma visão ampla do tema,

principais conceitos e técnicas para redução de rotatividade

e gestão de funcionários.

O trabalho deu início em Londrina no dia 06 de novembro

e contou com seus associados na sede local. No dia 07 de

Palestra busca ampliar qualidade de atendimento em

supermercados.

Colaboradores de empresas dos Campos Gerais que inte-

gram a Apras Regional Ponta Grossa participaram no dia

28 de novembro de 2012 de uma palestra motivacional,

visando ampliar a qualidade no atendimento oferecido aos

clientes em uma época sazonal.

A Academia Empresarial APRAS contou o auxílio da advo-

FóRUM INTERNACIONAL : REDUçãO TURNOVER X ESTRATÉGIA AMERICANA

PALESTRA MOTIVACIONAL: “PRODUTIVIDADE NAS VENDAS”

novembro o fórum ocorreu na sede da Associação Comer-

cial e Industrial de Maringá – ACIG, onde receberam gentil-

mente os associados da Apras, entre vários segmentos do

setor varejista. A sede da Apras em Curitiba pôde receber sr.

Danny Nelms no dia 08 de novembro e também contou com

muitos presentes, inclusive associados de outros municípios

se fizeram presentes.

O sr. Danny iniciou o evento questionando a todos sobre

qual tem sido a real atenção dada para a Rotatividade de

Colaboradores na empresa? Perguntou a todos se têm o

controle de quanto custa a rotatividade para a empresa? e,

quais são os problemas que as empresas tem enfrentado

devido ao fato de não reter seus colaboradores? Procurou

trazer respostas a estas perguntas e também respostas para

as várias perguntas feita pelos presentes. Também explicou

a todos sobre algumas estratégias que tem sido usadas nos

EUA, entre estas citou com ênfase a importância de pesqui-

sas junto aos colaboradores que estão deixando a empresa,

deixando claro que é um trabalho fundamental a fim de

identificar se as estratégias que as empresas desejam criar

alcançam a real razão da rotatividade.

Apras agradece à ACIM na pessoa do seu Diretor Presidente

Marco Tadeu Barbosa pelo auxílio e parceria. Também ao

gestor de Eventos, sr. Miguel Fernando Perez Silva e à gestora

de Marketing, Tatiana Consalter por todo o apoio e receptivi-

dade.. Agradecemos com grande alegria ao sr. Danny Nelms

por sua ajuda e dedicação. Da mesma forma ao sr. Joshua,

tradutor do evento e ao sr. Marcelo Molina que nos possibili-

tou esta grande parceria.

Redação Supermix

Page 46: Supermix Edição 144

PALESTRA “O LÍDER COMO COACH ”

CURSOS DE GESTãO:

gada e especialista em Gestão de Pessoas Lana Furtado, da

Humanas Consultoria. Ela apresentou aos participantes con-

ceitos de excelência no atendimento. “É muito importante

que o colaborador saiba ouvir o cliente e entender qual é

a demanda de cada um. Além disso, também destacamos

muito a questão da necessidade da capacitação continuada

e da busca permanente pelo diferencial positivo no trab-

alho”, explicou Lana. A gerente de treinamento Andrea Luy,

reforça que o estímulo ao aperfeiçoamento contínuo é um

dos principais objetivos da Academia Empresarial APRAS.

Segundo ela, é fundamental que os trabalhadores busquem

essa melhoria porque é, durante o treinamento, que é pos-

sível conhecer melhor as suas atribuições e o setor onde

ele trabalha. “Os clientes estão cada vez mais exigentes. E só

através da educação, com capacitação, que nós poderemos

melhorar cada vez mais a qualidade do atendimento ofer-

ecido aos clientes”, acrescentou .

A Apras de Ponta Grossa representada pelo seu presidente

Nelvir Rickli agradece o auxílio da empresária Lana Furtado e

também a participação dos colaboradores dos supermerca-

dos da região.

A turma 07 do Curso de Gestão da informação estará dando

início em março na região de Cascavel e Foz do Iguaçu. O

Curso tem como objetivo preparar profissionais para auxiliar

as empresas na padronização de informações contábeis e

fiscais, respeitando as restrições legais, e no aperfeiçoamento

dos processos operacionais internos. É um curso direcionado

a Proprietários, Compradores, setor de Informática, contro-

ladoria, contadores e líderes de setor. O conteúdo do curso

abrange:

Economia

SPED Fiscal

Gestão e Controle Operacional

Contabilidade e Controladoria

Classificação de Produtos

Aplicabilidade do SPED

Busque informação com sua regional. A equipe forte de

professores o espera!!!No dia 03 de dezembro de 2012 a Apras de Londrina rece-

beu seus associados para uma palestra inovadora.

O prof. e empresário coach Fabiano Zanzin falou de um

tema que tem atraído profissionais e líderes em todo o

varejo. Explicou a todos que Coaching é uma fantástica

ferramenta que desenvolve e desperta o potencial humano

para visualizar novas oportunidades. Explicou que os líderes

podem usar esta ferramenta e também como isto se aplica

aos colaboradores.

A Apras agradece ao prof Fabiano Zanzin que é Membro da

Sociedade Brasileira de Coach e que atua como Analista de

Mercado e Marketing e no desenvolvimento de pessoas e

formação de líderes coach no Paraná.

Vamos todos buscar nossos talentos e desenvolver

nossa liderança!!!!

CURSO GESTãO DA INFORMAçãO (TI) 60H/AULA

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Page 47: Supermix Edição 144

CURSO “CÁLCULO DE TRIBUTOS E FORMAçãO PREçO DE VENDA”

CURSO FORMAçãO GERENCIAL NO VAREJO – 200H/AULA

CURSO MANIPULAçãO DE ALIMENTOS (08H/AULA)

COMUNICAçãO VISUAL I: BÁSICO DE CARTAZISTA (08H/AULA)

CURSOS DE FORMAçãO BÁSICA E ESPECÍFICA:

CURSOS IN COMPANY –

O Curso de Cálculos de Tributos deu continuidade em 2012,

muitos empresários requisitaram um curso de cálculos de

tributos, principalmente para seus compradores. O curso é

dirigido também para os profissionais do setor de tesouraria,

controladoria, setor financeiro, gerentes e outros interes-

sados. O conteúdo do curso estará abordando a Análise

de Custos, Tributação (Formas de Tributação, Substituição

tributária e cálculos de tributos); Análise financeira (Cálculo

da margem com os impostos, cálculo do custo de mercador-

ias) e Análise de Custos Logísticos.

Em Guarapuava nova turma foi capacitada no mês de no-

vembro pelo prof. Antonio de Oliveira Junior, sócio propri-

etário da empresa Lilo contabilidade, que se encontra na

cidade de Ponta Grossa. Novas turmas serão lançadas em

2013. Informe-se e peça o curso em sua região!

Entre em contato com sua regional e deixe seu nome!!!!

A turma 39 de Curitiba, Turma 40 de Cascavel e turma 41 de

Londrina estão em formação na sua regional. Mas, outras

turmas estarão dando início no ano de 2013. As inscrições já

estão abertas em Curitiba, na regional de Irati, Ponta Grossa e

Guarapuava. Grandes resultados tem sido vistos, pois novos

líderes estão sendo preparados para gerenciamento de lojas.

Inscreva-se já, prepare seus colaboradores para a gestão

em sua empresa!!! Entre em contato com sua regional!!!

O curso de Capacitação de Cartazista foi um sucesso no ano de 2012. Foram capacitadas 10 turmas e em Curitiba o prof. Anselmo dos Santos ministrou mais um curso no dia 06 de dezembro de 2012. A Apras agradece aos parceiros METIQ e Casa do Cartazista por todo o apoio e qualidade dos produ-tos. Parabéns aos formandos!!!!

No dia 26 de novembro de 2012 a Apras recebeu os alunos

do Supermercado Assis, Rei do Queijo e Rancho Alegre

para o curso de Manipulação de Alimentos. O trabalho foi

ministrado pelo Médico veterinário e prof. Luiz Fernando

Camargo. Parabéns aos 18 alunos capacitados que agora

têm o certificado de Manipulador.

A Programação dos Cursos da Academia Empre-sarial APRAS pode ser vista no site www.academiaapras.com.br

Os últimos dois anos a Academia Empresarial Apras tem treinado muitos colaboradores de empresas que desejam capacitar um número grande de colaboradores. São trabal-hos realizados in company, nas sedes da Apras ou então em no próprio local de trabalho dos participantes. É um trabalho que tem crescido muito e as empresas tem tido um bom resultado.Procure nossa equipe e peça o que você está precisando. Nós iremos até você iremos identificar sua necessidade e orientar que cursos deverá fazer.Parabéns aos empresários e não medem esforço para qualificar seus colaboradores!!!!!!!

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Page 48: Supermix Edição 144

Alimentos ZAeli lAnçA linhAçA dourAdA

A Alimentos Zaeli lançou um novo produto para incrementar seu portfólio para o consumidor brasileiro e o de alguns países

da América do Sul: a linhaça dourada. O produto já estava presente nas linhas da Zaeli, mas, no formato mais comum - a

semente marrom. De acordo com o gerente de Marketing da marca, Rodrigo Sanchez, a principal diferença dos dois tipos

(marrom e dourada) é o sabor. “A linhaça marrom é nativa da região mediterrânea, mas também cultivada no Brasil. Ela

apresenta casca mais resistente, o que pode diminuir a disponibilidade dos seus nutrientes. Já a dourada cresce em climas

mais frios e é geralmente importada do Canadá. Tem a casca mais fina e seu sabor é mais suave” alega.

Segundo especialistas, a linhaça dourada é rica em Omega 3 e 6, vitaminas, potássio, magnésio, fósforo, cálcio, ferro, cobre,

zinco, manganês e selênio. A linhaça, por ser rica em fibras, sacia a fome e estimula o intestino, servindo como aliada no

emagrecimento em saladas, sucos, cereais e massas para pães.

Fonte: Assessoria de Imprensa

lançamentos

reXonA lAnçA teCnoloGiA AtiVAdA Com o moVimento

Rexona, líder da categoria de desodorantes no Brasil, lança

uma inovação inédita no mercado. A nova linha feminina de

antitranspirantes chega ao mercado em janeiro de 2013 com

tecnologia montionsense: uma fórmula que é ativada pelo

movimento.

“Rexona, em sua história, ajudou a revolucionar a categoria de

desodorantes no Brasil, com o lançamento de produtos com proteção

intensiva e fórmulas inovadoras. Com esta nova fórmula, Rexona

torna-se o único desodorante com proteção extra que começa a

funcionar quando você se movimenta, não apenas quando você

começa a suar, garantindo proteção durante todo o dia”, diz Thais

Hagge, gerente de marketing de da marca.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Page 49: Supermix Edição 144

VoltA às AulAs Com A tiroleZ Queijos

ChoColAte em Pó dA FleisChmAnn: ACAbA de CheGAr o sAbor Que FAltAVA.

bAtAVo lAnçA ioGurte noVo em CAteGoriA de bAiXA CAloriA

No verão a demanda por sabores cítricos, refrescantes e, principalmente, pouco calóricos aumenta consideravelmente. Atenta a este fato, a Batavo, marca de maior valor agregado do segmento de lácteos da BRF, incorpora à linha Pense Zero o sabor maracujá. “Sabor esperado pelo consumidor e com a segunda maior intenção de compra, segundo pesquisa Qualibest, este é um produto inédito na categoria de baixa caloria”, ressalta Luciane Matiello, diretora de marketing lácteos da companhia.

O lançamento segue o conceito da Batavo de incluir pedaços de fruta na composição dos iogurtes, neste caso, as sementes do próprio maracujá. É mais uma opção para os consumidores que buscam um produto saudável e saboroso. “Os consumidores buscam alimentos nutritivos que preservem o gosto natural da fruta e o nosso lançamento entrega exatamente isso”, explica Matiello.

Nas gôndolas a partir de janeiro, a edição limitada será comercializada em embalagens de 400g. “Além desse tamanho, incorporamos também as tradicionais garrafinhas de 170g e as maiores de 850g”, completa a executiva. A linha Pense Zero oferece também opções nos sabores morango, mamão, ameixa, graviola e vitamina - com polpas de maçã, mamão e banana. Fonte: Assessoria de Imprensa

Quando as férias de verão chegam ao fim logo se aproxima

a volta às aulas e com ela a grande preocupação das

mamães em como garantir uma alimentação mais nutritiva

e saudável durante o recreio escolar de seus filhos. Para

isso, a Tirolez Queijos, empresa especializada em produtos

de laticínios, indica o Queijo Minas Frescal, na versão de

270g, mais pratica e moderna e cabe direitinho dentro da

lancheira escolar. O produto apresenta tamanho reduzido e

vem acondicionado em uma exclusiva embalagem, formada

pela própria máquina de acondicionar. Produzido com leite

de vaca pasteurizado, possui elevado teor de umidade e sua

proporção de gordura é de apenas 15%. Seu sabor é fresco,

lácteo e suave.

Fonte: Assessoria de Imprensa

A marca Fleischmann, reconhecida por desenvolver

produtos que tornam a vida na cozinha fácil e prática,

mais uma vez investe na ampliação de seu portfólio com o

lançamento de um produto ainda inédito para a marca, o

Chocolate em Pó Fleischmann.

O lançamento faz parte da estratégia da Fleischmann

para oferecer diversas possibilidades de criação e

desenvolvimento de receitas às consumidoras brasileiras e

garantir que todas tenham o sabor irresistível de sucesso!

O consumo de chocolate tem aumentado muito nos

últimos anos e a versão solúvel do produto ganha espaço

nas cozinhas brasileiras, já que não há limites para sua

utilização. As receitas de bolos, tortas, biscoitos, brigadeiro,

sorvete, milk shake, cappuccino etc. ficarão ainda mais

saborosas com o Chocolate em Pó Fleischmann, o que

comprova a versatilidade do produto. Apresentado na

versão solúvel o produto dissolve mais rápido graças à

Lecitina em sua composição, o que torna o seu preparo

ainda mais prático. Já disponível nas principais redes de

supermercados do País, o produto é apresentado em

embalagem de 200 g.

Fonte: Assessoria de Imprensa

revista supermiX 49

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ESPAÇO DO LEITOR

Prezado leitor,mande suas dúvidas e críticas. para a equipe da revista supermix é muito importante ouvi-lo.

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