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Ponta Grossa 2019 RAFAEL SOARES ESTUDO DO PROCESSAMENTO E DA PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

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Page 1: TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

Ponta Grossa

2019

RAFAEL SOARES

ESTUDO DO PROCESSAMENTO E DA PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

Page 2: TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

Ponta Grossa 2019

ESTUDO DO PROCESSAMENTO E DA PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica.

Orientador: Daiane Garabell Trojan

RAFAEL SOARES

Page 3: TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

RAFAEL SOARES

ESTUDO DO PROCESSAMENTO E DA PRODUÇÃO DE ENERGIA

EÓLICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Felipe Biglia

Prof. Marcos William

Prof. Fabio Junio Alves Batista

Ponta Grossa, 19 de junho de 2019.

Page 4: TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

SOARES, Rafael. Estudo do processamento e da produção de energia eólica. 2019. 28 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – UNOPAR, Ponta Grossa, 2019.

RESUMO

A temática deste estudo correspondeu a discorrer acerca da energia eólica. A questão que norteou essa pesquisa foi: qual o impacto da produção de energia eólica na matriz energética brasileira e suas perspectivas de crescimento? O objetivo geral foi compreender o processamento da energia eólica. Os objetivos específicos foram: descrever os tipos de fontes renováveis de energia; explicar o funcionamento e as principais características dos componentes de um sistema de energia eólica; descrever as funcionalidades de geradores eólicos modernos e futuras tecnologias. A metodologia que foi utilizada para o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso foi o método de Revisão de Literatura. Constatou-se que o cenário eólico no Brasil tem crescido; nos projetos de pequeno porte destaca-se o net-metering, que é um mecanismo de compensação, o qual permite que consumidores possam produzir energia em suas próprias edificações e injetar o excedente gerado na rede de distribuição. Enquanto nos projetos de grande porte, destacam-se os parques eólicos, que tem se expandido no cenário energético brasileiro.

Palavras-chave: Fontes Renováveis; Energia eólica; Aerogeradores.

Page 5: TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

SOARES, Rafael. Study about processing and production wind energy. 2019. 28 pages. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – UNOPAR, Ponta Grossa, 2019.

ABSTRACT

The theme of this study was to discuss wind energy. The question that made this research was: the impact of wind energy production on the Brazilian energy matrix and its growth prospects? The overall objective was the use of wind energy. The objectives were: to describe the types of renewable energy sources; run the operation and main components of the components of a wind power system; The functionalities of modern wind generators and future technologies. The methodology that was used to develop the course completion work was the Literature Review method. It was verified that the wind in Brazil scenary has grown; in small-scale projects has a emphasis the net-metering, which is a compensation mechanism that allows solar protection systems to be exposed to energy and injected into the surplus distribution network. While in the the large ventures has a emphasis, especially wind farms, which have expanded in the Brazilian scenary.

Key-words: Renewable sources; Wind power; Wind generators.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Gerador de eixo horizontal ........................................................................ 16

Figura 2 - Classificação das pás ............................................................................... 17

Figura 3 - Gerador de eixo vertical ............................................................................ 17

Figura 4 - Principais partes de uma turbina ............................................................... 18

Figura 5 - Representação do sistema de conversão de energia ............................... 19

Figura 6 - Tecnologias das turbinas eólicas .............................................................. 23

Figura 7 - Instrumentos de medição da torre ............................................................ 25

Page 7: TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8

2 AS ENERGIAS RENOVÁVEIS ........................................................................... 10

3 O FUNCIONAMENTO E OS COMPONENTES DE UM SISTEMA DE ENERGIA EÓLICA ...................................................................................................................... 15

4 AS FUNCIONALIDADES DE GERADORES EÓLICOS MODERNOS E AS FUTURAS TECNOLOGIAS ....................................................................................... 21

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 27

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 28

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INTRODUÇÃO

O uso de fontes renováveis de energia, tais como a água, o vento, as ondas do

mar, a biomassa e a energia solar tem se ampliado. Dentre as diversas fontes

renováveis, destaca-se a energia eólica, cuja fonte é proveniente do aproveitamento

dos ventos e é considerada uma das melhores fontes de energia elétrica renovável.

Além dos preços relacionados à essa tecnologia serem competitivos no

mercado de geração elétrica, ela é uma fonte de energia limpa, que não emite gases

de efeito estufa, possuem um tempo curto de instalação de usinas quando

comparadas à uma usina hidrelétrica. No Brasil, foi criado em 2004 o Programa de

Incentivo às fontes alternativas de energia elétrica (PROINFA) com o objetivo de

diversificar a matriz elétrica brasileira aumentando a segurança do abastecimento de

eletricidade, que até o momento era totalmente dependente dos regimes pluviais, pela

energia ser quase em sua totalidade proveniente de usinas hidrelétricas.

Diante disso, a temática deste estudo correspondeu a discorrer acerca da

energia eólica. Justifica-se a escolha deste tema pela necessidade observada durante

a trajetória acadêmica de identificar os principais elementos relacionados à eficiência

energética de fontes renováveis. Com todo avanço na utilização de fontes alternativas

de energias, este trabalho buscou evidenciar a energia eólica como uma excelente

fonte de energia sustentável.

Pela perspectiva econômica, a geração de energia eólica possui custos

competitivos comparados aos custos das fontes convencionais de energia. Nesse

contexto, a questão que norteou essa pesquisa foi: qual o impacto da produção de

energia eólica na matriz energética brasileira e suas perspectivas de crescimento?

O objetivo geral foi compreender o processamento da energia eólica. Os

objetivos específicos foram: descrever os tipos de fontes renováveis de energia;

explicar o funcionamento e as principais características dos componentes de um

sistema de energia eólica; descrever as funcionalidades de geradores eólicos

modernos e futuras tecnologias.

A metodologia que foi utilizada para o desenvolvimento do trabalho de

conclusão de curso foi o método de Revisão de Literatura. Foi realizada uma consulta

a dissertações, teses e artigos científicos selecionados através de busca nas bases

do Google Acadêmico, livros e Scielo. O período dos artigos pesquisados foram os

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trabalhos publicados nos últimos quinze anos. As palavras-chave utilizadas na busca

foram: energia eólica, geradores eólicos, energia limpa e energia sustentável.

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AS ENERGIAS RENOVÁVEIS

A preocupação da sociedade com a sustentabilidade, assim como a grande

poluição gerada pelas fontes de energia não renováveis e o eminente esgotamento

das matérias primas próprias para a geração de energia leva a pensar em fontes

alternativas de energia. Essas fontes têm ganhado importância e se tornado

imprescindíveis à diversificação da matriz energética dos países (PEREIRA et al,

2015).

No caso do Brasil, a crise do setor elétrico brasileiro, em 2001, reflexo da falta

de investimentos no setor, alertou para a vulnerabilidade do país em ter se

concentrado em apenas uma forma de geração de eletricidade. A crise de insuficiência

energética mostrou a defasagem de investimento na capacidade instalada no país

para prover energia elétrica à sociedade, defasagem que precisa ser coberta em curto

prazo. Essa crise, também, evidenciou a fragilidade de um sistema energético que se

concentra em uma única e maior fonte de suprimento de eletricidade para o país,

apontando as vulnerabilidades de uma matriz hídrica, em face das alterações

sazonais e das intempéries climáticas, quando não bem administradas (BRAGATO,

2012).

Para Terciote (2012), são consideradas fontes de energia, toda substância

capaz de produzi-la em processo de transformação; assim como, as formas de

energia, associada, ou não, ao movimento dos corpos, fluidos e gases, ou à

temperatura das substâncias, cuja transformação, em outras formas de energia, pode

ser realizada em larga escala. As fontes de energia podem ser classificadas em fontes

primárias e fontes secundárias.

Fontes primárias de energia são aquelas originadas de processos

fundamentais da natureza. Como exemplo, cita-se a energia dos núcleos dos átomos

e a energia gravitacional. Já as fontes secundárias são aquelas derivadas das

primeiras, representando apenas transformações ou diferentes formas daquelas.

Como exemplo, cita-se a energia da biomassa, advinda da energia solar, e das marés

advinda da energia gravitacional (TERCIOTE, 2012).

O termo eficiência refere-se “[...] à capacidade de ser efetivo, é uma virtude ou

característica de (alguém ou algo) ser competente, produtivo, de conseguir o melhor

rendimento com o mínimo de erros e/ou dispêndios” (VIANA, 2012, p. 129).

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De acordo com Motta (2016), apesar de grandes avanços com relação ao uso

da energia renovável o Brasil ainda está em estágio inicial. Isto serve como um

encorajamento para compreender de forma mais detalhada sobre cada processo que

envolve a manutenção da eficiência energética, visto que “[...] o Brasil, ao final de

2010, ocupava a 21ª posição no ranking mundial em termos de capacidade energética

renovável, com um total de 930 MW” (MOTTA, 2016, p.25).

As energias renováveis são aquelas provenientes de ciclos naturais de

conversão da radiação solar, fonte primária de quase toda energia disponível na Terra

e, por isso, são praticamente inesgotáveis e não alteram o balanço térmico do planeta

(PACHECO, 2012). São exemplos de fontes de energia renovável a energia

hidrelétrica, solar, eólica, do mar e geotérmica.

O Brasil é o maior país da América do Sul, com grande potencial na geração

de energia hídrica, termoelétricas, eólica e solar, as quais são consideradas de alta

tecnologia. O Brasil considerado um país tropical tem todo seu território banhado por

uma intensa radiação solar, porém a forma de energia que mais se destaca é a oriunda

de fontes hídricas. A energia solar pode ser usada como fonte de energia térmica e é

a partir dela que se dá a evaporação, responsável pelo ciclo das águas, que possibilita

o represamento de rios e a consequente geração por hidrelétricas, sendo esta a

tecnologia responsável por mais de 90% da energia elétrica gerada no Brasil. A

radiação solar também provoca à circulação atmosférica em alta escala, acarretando

os ventos, que podem ser aproveitados através da energia eólica (MOTTA, 2016).

A energia solar tem sido adotada por vários países que passaram a vê-la como

uma fonte de energia limpa. Para iniciar a captação de energia solar, é necessário

a construção de usinas em áreas onde há grande quantidade de luz solar, pois a

energia solar atinge a Terra de forma tão difusa que necessita captação em grandes

áreas (GOLDEMBERG, 2012).

A energia eólica refere-se a energia cinética oriunda do vento, possuindo vários

benefícios que envolvem vários conteúdos fundamentais da física. O aproveitamento

desta energia ocorre através da conversão da energia cinética de translação em

energia cinética de rotação, com aplicação de turbinas eólicas, também chamadas de

aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para

trabalhos mecânicos como bombeamento d’água. Do mesmo modo que a energia

hidráulica se usa a energia eólica há milhares de anos (ANEEL, 2008).

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A Biomassa consiste em toda matéria orgânica de origem vegetal ou animal

usada com a finalidade de produzir energia, como carvão, lenha, bagaço de cana-de-

açúcar, entre outros. Por se tratar de uma fonte de energia dispersa e de baixa

eficiência, utilizada tradicionalmente em países pouco desenvolvidos, existe certa

ausência de dados referentes à representatividade dessa fonte de energia para a

matriz energética mundial (FREITAS, 2016).

A energia solar fotovoltaica é uma das mais abundantes, desse modo, ela

consiste em uma das alternativas mais promissoras para a composição de uma nova

matriz energética mundial. As células fotovoltaicas são dispositivos capazes de

transformar a energia luminosa, proveniente do Sol ou de outra fonte de luz, em

energia elétrica. Uma célula fotovoltaica pode funcionar como geradora de energia

elétrica a partir da luz, ou com um sensor capaz de medir a intensidade luminosa

(VERMA; MIDTGARD; SATRE, 2011).

A geração de energia elétrica a partir do aproveitamento de recursos eólicos é

obtida quando a energia cinética do vento movimenta um conjunto de pás de um

aerogerador. Esses equipamentos são projetados para que as pás, deslocadas pelo

ar, possam girar um rotor que transmite este movimento para um gerador que por sua

vez converte, através de um conversor de potência, a energia mecânica recebida em

energia elétrica (ABREU, 2014).

Os aerogeradores possuem na sua essência três elementos, que são o rotor,

eixo gerador e diversos outros componentes secundários que variam de acordo com

o tipo e modelo do equipamento. Sucintamente, o rotor é o conjunto das pás e cubo

do aerogerador responsável por capturar a energia no vento, o eixo é o elo que

transfere a energia captada no rotor para o gerador, e o gerador é o responsável pela

conversão de energia mecânica em elétrica (AQUILA, 2015).

O conjunto dos aerogeradores é que forma um parque eólico, cuja localização

é definida após o levantamento prévio das condições climatológicas dos locais

previamente mapeados nos atlas eólicos (AQUILA, 2015). A partir de então são

realizados os estudos de ventos e definição do posicionamento de cada aerogerador.

Na fase de implantação de uma usina eólica são construídas as bases ou

fundações das máquinas, em concreto armado, que sustentam as torres dos

aerogeradores. Esses equipamentos são interligados por cabos de média tensão e

um sistema de comunicação. As conexões são levadas à subestação, que por sua

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vez possui centros de transformação, inversores, e sistemas de proteção, fazendo a

conexão com o ponto de injeção definido. O empreendimento possui também um

centro de controle ou edifício de comando onde todo o parque pode ser operado

(GIORGETTO, 2012).

O mecanismo de leilão de contratos tem crescido nos últimos anos, motivado

por sua capacidade de conseguir a implantação de energia renovável de acordo com

a necessidade do sistema e de forma planejada, sendo seus pontos fortes a

flexibilidade, o potencial para a descoberta do preço do real, a capacidade de garantir

uma maior segurança no preço e na quantidade, e a transparência do processo

licitatório (TOLMASQUIM, 2016).

No Brasil, para organizar esse mercado, o governo estabeleceu as diretrizes

que viabilizaram o funcionamento de um novo modelo do setor elétrico por meio das

leis nº 10.847 e nº 10.848, de 15 de março de 2004. A proposta era de assegurar a

eficiência na operação e prestação do serviço aos consumidores, de criar um

ambiente regulatório estável e que viabilizasse a concorrência, garantir a modicidade

tarifária e mostrar-se atrativo ao ingresso de novos investimentos privados no setor

(BRASIL, 2004).

Através do Proinfa iniciou-se a instalação de parques eólicos no Brasil. Com as

mudanças institucionais ocorridas em 2004, mesmo com o sucesso de inicialização

representado pelo Proinfa, sua segunda fase foi abandonada. Então, a partir de 2005,

as fontes renováveis alternativas foram sendo incorporadas através dos sistemas de

leilões na matriz elétrica promovidas por meio dos diferentes tipos de leilões previstos

na legislação para o mercado regulado, por diferentes modelos de contratos e com

base em diferentes sistemas de seleção. Os leilões se mostraram disponíveis e

possivelmente mais interessantes para a promoção dessas formas de energia e com

eles os valores pagos aos produtores para as novas unidades implantadas caíram,

assim consolidaram, em particular, a presença da energia eólica na matriz elétrica

brasileira (PRADO, 2014).

Os operadores deste sistema estão segmentados em agentes de geração,

transmissão, distribuição e comercialização. Em relação à comercialização da energia

elétrica se criou dois ambientes de mercado: Ambiente de Contratação Regulada

(ACR) e o Ambiente de Contratação Livre (ACL). No ACR o regulador exerce maior

pressão sobre as condições das transações de compra e venda de energia visando

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compatibilizar modicidade tarifária e atratividade de novos investimentos. No ACL, as

transações são direcionadas pelas forças de mercado, firmadas bilateralmente entre

agentes compradores e vendedores, sem intervenção do regulador (GIORGETTO,

2012).

O mecanismo de leilão de contratos tem crescido, motivado por sua capacidade

de conseguir a implantação de energia renovável de acordo com a necessidade do

sistema e de forma planejada, sendo seus pontos fortes a flexibilidade, o potencial

para a descoberta do preço do real, a capacidade de garantir uma maior segurança

no preço e na quantidade, e a transparência do processo licitatório (TOLMASQUIM,

2016).

Além disso, em 2012 houve um aumento no inventivo a geração em pequena

escala de energia. Com isso, a ANEEL publicou a resolução que estabelece regras

para o net-metering, mecanismo de compensação que permite que consumidores

possam gerar energia em suas próprias edificações e injetar o excedente gerado na

rede de distribuição através de fontes renováveis (tais como energia hidráulica, solar,

eólica, biomassa ou cogeração qualificada) (ANEEL, 2012).

Segundo atualização, em vigor desde 1º de março de 2016, é permitido o uso

de qualquer fonte renovável, além da cogeração qualificada. Denomina-se

microgeração distribuída a central geradora com potência instalada até 75 quilowatts

(kW) e segundo alteração pela Resolução Normativa n° 786, de 17 de outubro de

2017, minigeração como central geradora de energia elétrica, com potência instalada

superior a 75 kW e menor ou igual a 5 MW (sendo 3 MW para a fonte hídrica),

conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades

consumidoras (STEFANELLO; MARANGONI; ZEFERINO, 2018).

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3.O FUNCIONAMENTO E OS COMPONENTES DE UM SISTEMA DE ENERGIA EÓLICA

A energia eólica é a energia proveniente do aproveitamento dos ventos, por

sua vez, pode ser considerada como um dos meios indiretos de energia solar, visto

que os ventos são gerados pelo aquecimento da superfície da terra. De acordo com

a ANEEL (2005), a energia eólica ocorre por meio da conversão da energia cinética

de translação em energia cinética de rotação, através das turbinas eólicas, que

também são conhecidas como aerogeradores.

As turbinas eólicas ou aerogeradores constituem um Sistema de Conversão de

Energia Eólica. A potência da energia cinética transformada em energia elétrica é

determinada pela função ao cubo da velocidade v do vento (BERNARDES, 2009).

A equação 1 traz a fórmula da potência

P = $%ρAv)Cpƞ (1)

Onde= P: potência elétrica;

Ρ: densidade do ar, em kg/m3;

A: área do rotor;

V: velocidade do vento;

Cp: coeficiente aerodinâmico de potência do rotor;

Ƞ: eficiência do conjunto gerador/transmissão.

Em relação a potência mecânica extraída do vento é obtida por:

P- = $%ρπr%𝐶1(λ, β)𝜈8) (2)

Sendo r o raio das pás da turbina eólica, p a densidade atmosférica, 𝜈8 a

velocidade do vento, λ a relação da velocidade na ponta das pás estabelecido por:

P-𝜆 = 𝑟 8;<8 (3)

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Na qual wt é a velocidade da turbina e 𝐶1(λ, β) é o coeficiente de potência que

representa o perfil aerodinâmico da turbina eólica (BERNARDES, 2009).

As turbinas ou aerogeradores possuem diversas características, dentre elas

pode-se citar a posição do eixo de rotação, ou seja, as turbinas podem ser

classificadas conforme o seu eixo, podendo ser de classificada como de eixo

horizontal ou de eixo vertical (MARTINELLO, 2015).

As turbinas de eixo horizontal se configuram pelo fato do rotor terem o mesmo

sentido do vento e o eixo de rotação paralelo ao solo. Geralmente possuem três pás,

como ilustrado na Figura 1 (ARAUJO, 2016).

Figura 1 - Gerador de eixo horizontal

Fonte: Araujo (2016)

Ressalta-se que é possível classificar as turbinas de eixo horizontal pelo

posicionamento das pás na torre: upwind em que o vento passa pela frente das pás

das turbinas e downwind que ele passa por trás, como se ver na Figura 2

(MARTINELLO, 2015).

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17

Figura 2 - Classificação das pás

Fonte: Araujo (2016)

Em relação as turbinas de eixo vertical, possuem como característica o eixo de

rotação perpendicular em relação ao solo e ao sentido em que o vento se move. Neste

tipo de turbina, como visto na Figura 3, é possível a captação dos ventos em qualquer

direcionamento, possibilitando a sua instalação mais perto do solo (ARAUJO, 2016).

Figura 3 - Gerador de eixo vertical

Fonte: Araujo (2016)

Além disso, as turbinas podem ser classificadas quanto ao seu número de pás,

que está relacionada a velocidade de rotação de seu eixo. Geralmente as turbinas

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eólicas para geração de eletricidade são construídas com três pás. Em relação a sua

potência nominal, as turbinas eólicas podem ser classificadas como: pequeno porte

(potência nominal inferior a 100kW), médio porte (potência nominal entre 100 e

1000kW;), grande porte (potência nominal maior que 1000kW) (MARTINELLO, 2015).

A torre é a base de posicionamento dos rotores que proporcionam a eles uma

adequada altura. No mercado faz-se uso maior de torre metálica, porque ela propicia

a instalação dos geradores em alturas maiores ao solo, o que acarreta maior

aproveitamento da energia do vento (FERREIRA, 2015).

O nacele consiste no envoltório formado sobre a torre que comporta a caixa de

engrenagens, o gerador e o sistema de controle. Em relação as pás, estas realizam a

interação com o vento e transformam a energia cinética em mecânica, enquanto a

transformação de energia cinética em energia elétrica ocorre por meio dos

equipamentos de conversão (MENDONÇA, 2014).

Desse modo, os aerogeradores captam a energia dos ventos e transformam

em energia elétrica por meio de três componentes principais: torre, nacele e o rotor,

como apresentado na Figura 4 (MENDONÇA, 2014).

Figura 4 - Principais partes de uma turbina

Fonte: Mendonça (2014)

Basicamente, o processo de conversão ocorre do seguinte modo: a força do

vento entra em contato do vento com as pás do aerogerador, fazendo-as girar,

acionando o rotor do aerogerador, produzindo assim a eletricidade que é enviada por

cabos que estão no interior da torre e que fazem conexão com uma rede de energia

(ANEEL, 2008). Na Figura 5 pode-se ver como ocorre o processo de conversão e os

componentes presentes neste processo.

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19

Figura 5 - Representação do sistema de conversão de energia

Fonte: Mendonça (2014)

Como pode se observar na ilustração anterior (Figura 5), próximo ao operador

elétrico, ou melhor, próximo ao cubo do rotor da turbina, tem-se instalado o

anemômetro, que consiste em um instrumento de medição do vento, ou seja, ele

mensura a velocidade do vento (MENDONÇA, 2014).

Os aerogeradores existentes no mercado podem ser classificados em dois

grupos básicos. Um dos grupos é formado por aerogeradores que atuam com

velocidade de rotação praticamente constante, isto é, o gerador utiliza a filosófica

“Dinamarquesa”. Sendo assim, o gerador é diretamente conectado à rede elétrica

usando somente um sof-starter, para delimitar a corrente no decorrer do processo de

conexão. No outro grupo, os aerogeradores, atuam com velocidade de rotação

variável, ou seja, seus rotores giram em alguma velocidade entre a faixa admitida. Isto

é viável graças a inserção de conversores eletrônicos de potência para a junção do

gerador elétrico com a rede elétrica, aumentando o rendimento na conversão da

energia dos ventos (PAVINATTO, 2005).

Cada aerogerador, dispõe de um sistema de controle principal que monitora,

otimiza e protege o mesmo de procedimentos indevidos. Este sistema de controle

fiscaliza as principais grandezas mecânicas e elétricas da máquina. Nele estão

contidas as instalações de proteção individual para cada gerador, como por exemplo,

um para raios, protetores para sobre corrente e curto circuito, sub e sobre tensão, sub

e sobre frequência. Neste sistema de controle também se pode encontrar capacitores

Page 20: TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

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para equilibrar a energia reativa ou o sistema de transformação de potência.

Independente do tipo de aerogerador é preciso necessariamente de um sistema de

controle para que sua operação seja realizada de forma correta e estável

(PAVINATTO, 2005).

Ressalta-se, que a quantidade de energia mecânica transferida e,

consequentemente, o potencial de energia elétrica a ser produzida está relacionada à

densidade do ar, à área coberta pela rotação das pás e à velocidade do vento.

Contudo, para a instalação de parques eólicos ou de qualquer que seja a geração de

energia eólica, é indispensável a análise observação de condições naturais

específicas e favoráveis de determinada região, visando o melhor aproveitamento

desse recurso ANEEL, 2008).

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4. AS FUNCIONALIDADES DE GERADORES EÓLICOS MODERNOS E AS FUTURAS TECNOLOGIAS

A construção de parques eólicos ganhou relevância nos anos de 1990, através

de significante avanço tecnológico, aparecimento expressivo de fabricantes de

componentes e um grande incentivo proveniente das preocupações ambientais, com

foco nas emissões de gases de efeito estufa e a necessidade de uma diversificação

da matriz energética (GIORGETTO, 2012).

Este movimento começou nos EUA seguido pela Europa que precisava investir

em energia eólica, motivados pelo aumento do custo da energia elétrica e para

diminuírem a dependência energética no sistema. A continuidade das políticas de

incentivos fez com que o mercado se concentrasse na Europa, tanto em termos de

instalações como de fabricantes de equipamentos (ILDEU; GUIMARÃES JR.;

RODRIGUES, 2014). No entanto, a partir dos anos 2000 o setor começou a se

diversificar com o surgimento de projetos na Ásia e de forma embrionária na África e

América Latina.

Desde então, toda uma cadeia de valor da indústria eólica, compreendida pelas

atividades para fornecimento dos materiais de construção; componentes e

subcomponentes, como pás, torres, gerador, rotor, dentre outros; transporte de

equipamentos; montagem do aerogerador; fornecimento de serviços de logística e

operações vem se desenvolvendo fortemente com consequente redução dos custos

de produção (ILDEU; GUIMARÃES JR.; RODRIGUES, 2014).

A maioria dos parques eólicos no mundo está instalada em terra (onshore),

porém devido à diminuição dos locais apropriados em terra para os empreendimentos

e pelo bom potencial de geração há vários projetos sendo instalados no mar (offshore).

No Brasil, por enquanto há apenas instalações onshore permitindo a participação de

diferentes fontes, por resolver os problemas de incertezas ao acesso às redes de

distribuição e por ter baixos custos transacionais, o que estimula o desenvolvimento

de novos setores (MARTINS, 2013).

Em 2016, a matriz elétrica brasileira apresentava uma capacidade eólica

instalada de 8,91 GW, sendo a participação dessa fonte na matriz de 6,3%. Os

parques instalados são fracionados em três categorias: aptos a operar, operando em

teste e operando comercialmente. Da capacidade instalada, cerca de 8 GW são

Page 22: TCC 3505 2 2 AT3 T1 RAFAEL SOARES

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provenientes de parques eólicos que estão dispostos em operação, particularmente,

na região Nordeste, tendo como destaque os estados do Rio Grande do Norte, Bahia,

Ceará e Piauí. As principais regiões para o aproveitamento do recurso eólico são

Nordeste, Sudeste e Sul, que junto correspondem a cerca de 90% de todo o potencial

eólico brasileiro (RANGEL; BORGES; SANTOS, 2016).

Em 2019, os dados mostram que estas porcentagens aumentaram. De acordo

com a pesquisa fornecida pela ANEEL, em fevereiro de 2019, a energia eólica

representa 8,5% de toda matriz elétrica no Brasil. O ano de 2018 terminou com 14,71

GW, além disso, o país obteve a marca de 583 parques eólicos e mais de 7 mil

aerogeradores em 12 estados. O Estado que mais possui capacidade instala continua

sendo o Rio Grande do Norte, com 150 parques eólicos, seguido da Bahia com 135

parques, do Ceará com 80 e Rio Grande do Sul também com 80 parques eólicos

instalados (ANEEL, 2019).

Em relação ao gerador ou as turbinas de energia eólica, encontra-se no

mercado dois grupos de máquinas: síncronas ou assíncronas. Nos grupos eólicos

elétricos síncronos, o eixo da turbina eólica está conectado ao eixo de um gerador

síncrono trifásico, podendo ser com circuito de excitação autônomo no rotor ou ímãs

definitivos no rotor. Em suma, o gerador síncrono funciona através de uma corrente

contínua, a qual é aplicada no enrolamento de campo que fica no rotor. Com o

movimento de rotação, o fluxo vai girando e produzindo tensões trifásicas no

enrolamento da armadura, assim, no rotor de um gerador síncrono existem eletroímãs

organizados em polos (RÜNCOS et al, 2014).

Nos grupos eólicos elétricos assíncronos ou máquinas de indução, o eixo da

turbina eólica está conectado ao eixo de um gerador assíncrono trifásico, que pode

ser com rotor de gaiola ou rotor bobinado, que necessitam de um ampliador de

velocidade conectado na turbina (RÜNCOS et al, 2014).

Dentre estes dois grupos eólicos-elétrico utilizados, existem outros diversos

geradores de conversão eletromecânica da energia cinética dos ventos. Conforme

apontam Rüncos et al (2014), pode-se ainda classificar os geradores em: aqueles

ligados diretos na rede elétrica operando com velocidade fixa ou então aqueles que

estão ligados por meio de um conversor; ambos podem ser configurados tanto pelo

grupo de máquinas síncronas (gerador síncrono com excitação independente) como

também de assíncronas (gerador assíncrono de gaiola). Existem também o gerador

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Assíncrono Trifásico de Rotor Bobinado Duplamente Alimentado com Escovas

[GATDACE] e o gerador assíncrono trifásico duplamente alimentado sem escovas

[GATDASE].

Os autores Rüncos et al (2014) mostram que a tecnologia de fabricação das

turbinas eólicas evoluiu e aumentou a sua capacidade e eficiência na captação da

energia eólica. Concomitantemente a esta evolução, surgiram, novos métodos que

controlam a velocidade e torque da turbina e do gerador, que diminuem o custo de

quilowatt. Dentre estas tecnologias, os autores destacam o gerador assíncrono

trifásico duplamente alimentado sem escovas [GATDASE], principalmente por não

fazer uso de escovas, visto que o uso de escovas possui desvantagens, dentre elas,

cita-se o fato delas exigirem várias inspeções e possuírem muitos desgastes.

Ainda em relação a tecnologia dos aerogeradores, Guimaraes e Neto (2015)

afirmam que os fabricantes, em sua maioria, escolhem pelo menor custo, robustez,

simplicidade e manutenção da máquina de indução. Resumidamente, a Figura 6

ilustra como a tecnologia das turbinas eólicas pode ser encontrada no mercado, de

acordo com a transmissão, máquina, rotor, estator e conexão à rede.

Figura 6 - Tecnologias das turbinas eólicas

Fonte: Guimaraes e Neto (2015)

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Uma das tecnologias desenvolvidas pelos fabricantes de grandes turbinas

eólicas são as turbinas modernas, com pás que possuem alcance muito maior e que

são capazes de girar mais rapidamente ou mais devagar para se ajustarem às

constantes mudanças dos ventos. Destaca-se que na Espanha foram criadas as

primeiras turbinas eólicas ou aerogeradores sem pás no lugar do rotor, o principal

benefício deste tipo de turbina é que evitaria acidentes com pássaros, mas esta

tecnologia ainda está em desenvolvimento (REIS, 2018).

Nos parques eólicos, qualquer que seja a potência instalada ou área ocupada,

é necessário instalar dentro da área do parque, uma estação para medição e registro

de dados anemométricos e climatológicos, devendo receber manutenção preventiva

anual, e corretiva sempre que houver necessidade (MME, 2014).

A estação de medição precisa conter, além do registrador de medições (“data

logger”), pelo menos os seguintes medidores: três anemômetros de concha; dois

medidores de direção dos ventos (“wind vanes”); um medidor de umidade do ar; um

medidor de pressão barométrica; e um termômetro. Os quesitos de instalação,

manutenção precisam, necessariamente, estar de acordo com as recomendações das

Normas e publicações da IEA - International Energy Agency (IEA); International

Electrotechnical Comission (IEC); MEASNET; Ministério da Defesa - Comando da

Aeronáutica (MME, 2014).

Precisa ser observado que os equipamentos de medição seguem regras de

distribuição, em relação ao tamanho dos anemômetros, assim como a distância entre

eles e a altura do eixo das turbinas em relação ao solo. Estas características podem

ser melhor visualizadas na Figura 7 (MME, 2014).

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Figura 7 - Instrumentos de medição da torre

Fonte: MME (2014)

Em projetos de pequeno porte, como em instalação de energia eólica

doméstica, os sistemas eólicos são instalados mais próximos do solo. Antes da

instalação do sistema deve-se analisar primariamente o terreno para depois definir a

localização ideal para instalar o sistema. Em relação a escolha do aerogerador, isso

vai depender da velocidade mínima de vento para funcionamento do microgerador

eólico. Quanto a manutenção do sistema, este necessita de cuidados básicos, tais

como: monitorar a produção de energia (via inversor), para verificar e corrigir eventuais

falhas de forma rápida; monitorar o surgimento de algum ruído; verificar o estado das

pás do aerogerador (ASSIS, 2015).

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Segundo Assis (2015), os equipamentos acessórios indispensáveis na

instalação são o controlador do dispositivo que orienta o aerogerador, monitora e

controla a rotação e o sistema de freios, também realiza a comunicação com um

computador remoto; e o medidor bidirecional que é um instrumento registrador tanto

da energia elétrica consumida quanto da injetada na rede, instalado para o

faturamento no ponto de medição. Nesse sistema de monitoramento tem-se a

possibilidade de aplicar o smartgrid, que através da rede da internet, pode fazer o

controle de falhas da geração eólica, ter tarifas diferenciadas, automação residencial.

Em relação a geração de pequeno porte, cabe destacar que a ANEEL

promoveu a Resolução n°482 que cria o Sistema de Compensação de Energia, o qual

permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e

trocar energia com a distribuidora local (ANEEL, 2012).

No que concerne a tecnologia de aerogeradores, Assis (2015) aponta que o

sistema Air Breeze 40 importado pela Energia Pura, consiste em um dos últimos da

geração das turbinas AIR e é a turbina eólica mais popular do mundo, tendo como

principal característica o fato de ser mais silencioso, mais eficiente e ter sido

desenvolvido para fornecer mais energia com menores velocidades de ventos.

Ressalta-se que essa geração faz parte do sistema Off Grid (sistemas isolados ou

autônomos para geração de energia) e serve, portanto, para microgeração de energia

eólica.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo principal deste trabalho foi compreender o processamento da

energia eólica. Para alcançar este objetivo foi realizado alguns passos, o primeiro

deles foi descrever os tipos de energias renováveis, depois o funcionamento e os

componentes da energia eólica, por último, as funcionalidades dos geradores eólicos

modernos e as futuras tecnologias.

Pode-se afirmar que esta pesquisa conseguiu alcançar o objetivo pretendido,

visto que todas os passos foram cumpridos, constatando que o cenário eólico no Brasil

tem crescido. Nos projetos de pequeno porte destaca-se o net-metering, que é um

mecanismo de compensação, o qual permite que consumidores possam produzir

energia em suas próprias edificações e injetar o excedente gerado na rede de

distribuição. Enquanto nos projetos de grande porte, destacam-se os parques eólicos,

que tem se expandido no cenário energético brasileiro.

Para estudos futuros, sugere-se estudar projetos de proteção as plantas de

energia eólica, tais como ajustes de relés de proteção de aerogeradores e sistemas

de controle de aerogeradores, uma vez que este tipo de fonte de energia está se

disseminando é importante que a proteção deste sistema também esteja sendo

adequada e amplamente conhecida.

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