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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO TECNOLOGIA EM ADMINISTRAO DE PEQUENAS E MDIAS EMPRESAS TEREZINHA APARECIDA KUNTZ

ROTATIVIDADE DE PESSOAL

Xaxim/SC 2007

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TEREZINHA APARECIDA KUNTZ

ROTATIVIDADE DE PESSOAL

Trabalho de Concluso de Curso apresentado UNOPAR - Universidade Norte do Paran, como requisito parcial para a obteno do ttulo de Tecnlogo em Administrao de Pequenas e Mdias Empresas. Prof. Orientadora: Monica Maria Silva Tutor Eletrnico: Aldo Borghesi Neto

Xaxim/SC 2007

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TEREZINHA APARECIDA KUNTZ

ROTATIVIDADE DE PESSOAL

Trabalho de Concluso de Curso TCC, relatrio Final do Estgio aprovado, como requisito parcial para a obteno do grau de Tecnlogo em Administrao de Pequenas e Mdias Empresas da Universidade Norte do Paran UNOPAR VIRTUAL, com nota final igual a _____, conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:

Xaxim, ____de Novembro de 2007.

Tutor Orientador:_____________________________________________

Professor Orientador:_____________________________________________

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AGRADECIMENTO

Na concluso deste trabalho, importante lembrar das pessoas que direta ou indiretamente colaboraram para sua realizao: Ao meu esposo Valdir, minha filha Tase e ao meu genro Flvio, pela compreenso e horas de ausncia. minha me Dozolina pela dedicao e exemplo de vida. E ao meu pai Luiz IN MEMORIAN. Aos professores e direo do Curso Superior de Tecnologia em Administrao de Pequenas e Mdias Empresas, em especial professora Vaine Mattiello pelas sugestes e pacincia. Aos meus colegas de sala pelo incentivo, simpatia, receptividade, ajuda mtua, colaborao e moderao ao longo do curso. Agradeo a colaborao quanto ao estgio e informaes por parte do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentao de Mercadorias em Geral de Chapec/SC, aos colegas Mara, Srgio, Airton, Antenor e em especialmente ao Presidente Sr. Oneide pela pacincia e acuidade. todos, obrigado.

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Embora ningum possa voltar atrs e fazer um novo comeo, qualquer um pode comear agora e fazer um novo fim. Chico Xavier

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KUNTZ, Terezinha Aparecida. Rotatividade de Pessoal. Xaxim, 2007. 78 folhas. Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Tecnologia em Administrao de Pequenas e Mdias Empresas) Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paran, Xaxim, 2007.

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo principal estudar o uso do trabalho do movimentador de mercadorias como estratgia na produo nas empresas, em face de novos modelos de gesto. Num primeiro momento, fez-se um estudo analtico sobre o tema, atravs de uma reviso histrica e conceitual e sua insero dentro de uma viso estratgica que devido ao mercado cada vez mais globalizado, as empresas buscam constantemente novos desafios competitivos. Num segundo momento analisa-se o trabalhador avulso, movimentador de mercadorias, motivo que levam as empresas a flexibilizar estes servios, atravs da reduo dos custos e a transparncia da responsabilidade do trabalhador para o sindicato. Atravs de questionrio, procurou-se mostrar o motivo da rotatividade de pessoal / Turnover, ocorridos entre os associados do SITRAMMEC. Finalizando foi projetado os benefcios do trabalhador sindicalizado para os trabalhadores no sindicalizados, e para concluir citamos as vantagens geradas ao trabalhador atravs de uma organizao, de uma Entidade Sindical em que ele filiado.

Palavras-chave: Estratgica. Desafio. Reduo de custos. Benefcio. Sindicalizado.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CTPS Carteira de Trabalho e Previdncia Social SM Salrio Mnimo SITRAMMEC Sindicato dos Trabalhadores na Movimentao de Mercadorias em Geral de Chapec INSS Instituto Nacional de Seguridade Social ISSQN _ Imposto Sobre Servio de Qualquer Natureza FTGS Fundo de Garantia por Tempo de Servio PIS Programa de Integrao Social CA _ Certificado de Aprovao PPP Perfil Profissiogrfico Previdencirio MPAS Ministrio da Previdncia e Assistncia Social PASEP Programa de Formao do Patrimnio do Servidor GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e Informaes Previdncia Social CEF Caixa Econmica Federal SEFIP Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informaes Previdncia Social EPI Equipamento de Proteo Individual CBO Cdigo Brasileiro de Ocupaes CLT Consolidao das Leis do Trabalho RH Recursos Humanos MTE Ministrio do Trabalho e Emprego RSR Repouso Semanal Remunerado CAT Comunicao de Acidente de Trabalho GRCS Guia de Recolhimento da Contribuio Sindical NIT Nmero de Identificao do Trabalhador GRPS Guia de Recolhimento da Previdncia Social CNIS Cadastro Nacional de Informaes Sociais

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DIEESE Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Idade dos associados ......................................................................................................................................... 23 Tabela 2 Grau de instruo dos associados ......................................................................................................................................... 23 Tabela 3 Estado civil dos associados ......................................................................................................................................... 24 Tabela 4 Quantidade de filhos dos associados ......................................................................................................................................... 24 Tabela 5 Quantidade de associados que recebem auxlio do governo federal ......................................................................................................................................... 25 Tabela 6 Renda familiar em SM (Salrio Mnimo) ......................................................................................................................................... 26 Tabela 7 Profisso ......................................................................................................................................... 27 Tabela 8 Motivo da sada ......................................................................................................................................... 27 Tabela 9 Idade ......................................................................................................................................... 27 Tabela 10 Sexo ......................................................................................................................................... 29

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Tabela 11 Escolaridade ......................................................................................................................................... 29 Tabela 12 Quantidade de filhos ......................................................................................................................................... 30 Tabela 13 Remunerao mensal ......................................................................................................................................... 31 Tabela 14 Profisso ......................................................................................................................................... 32 Tabela 15 Gostaria de ser sindicalizado ......................................................................................................................................... 33 Tabela 16 Contribuio INSS ......................................................................................................................................... 33 Tabela 17 Encargos SITRAMMEC ......................................................................................................................................... 49 Tabela 18 Fundamentao Legal ......................................................................................................................................... 64

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SUMRIO

1 INTRODUO ......................................................................................................................................... 11 1.1 TURNOVER OU INDICE DE ROTATIVIDADE DE PESSOAL ......................................................................................................................................... 12 1.2 TRABALHO FORMAL E INFORMAL ......................................................................................................................................... 12 1.2.1 O Problema da Informalidade ......................................................................................................................................... 13 1.3 MOVIMENTADOR DE MERCADORIAS ......................................................................................................................................... 14 1.3.1 Como Surgiu o Trabalhador Avulso ......................................................................................................................................... 15 1.3.2 Modalidade de Avulsos ......................................................................................................................................... 15 1.3.3 Modificao de Ordem Legal ......................................................................................................................................... 17 1.3.4 Necessidade de Lei Nova ......................................................................................................................................... 18 1.3.5 Por que a Expresso Diversas Empresas ......................................................................................................................................... 19 1.4 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................................... 20

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1.5 OBJETIVOS GERAL E ESPECFICO ......................................................................................................................................... 21 1.5.1 Objetivo Geral ......................................................................................................................................... 21 1.5.2 Objetivos Especficos ......................................................................................................................................... 21 1.6 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS ......................................................................................................................................... 21 1.6.1 Anlise de Dados ......................................................................................................................................... 22 1.6.1.1 Questionrio de sada dos associados no SITRAMMEC ......................................................................................................................................... 22 1.6.1.1.1 Idade dos associados ......................................................................................................................................... 22 1.6.1.1.2 Grau de instruo dos associados ......................................................................................................................................... 23 1.6.1.1.3 Estado civil dos associados ......................................................................................................................................... 24 1.6.1.1.4 Quantidade de filhos dos associados ......................................................................................................................................... 24 1.6.1.1.5 Ajuda do governo ......................................................................................................................................... 25 1.6.1.1.6 Qual o motivo de escolher o SITRAMMEC para trabalhar? ......................................................................................................................................... 25 1.6.1.1.7 Renda familiar

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......................................................................................................................................... 26 1.6.1.1.8 Profisso ......................................................................................................................................... 26 1.6.1.1.9 Motivo da sada ......................................................................................................................................... 27 1.6.1.1.10 O que no gostou no SITRAMMEC e como gostaria que fosse? ......................................................................................................................................... 28 1.6.1.2 Questionrio para trabalhadores no sindicalizados informais ......................................................................................................................................... 28 1.6.1.2.1 Idade ......................................................................................................................................... 28 1.6.1.2.2 Sexo ......................................................................................................................................... 29 1.6.1.2.3 Escolaridade ......................................................................................................................................... 29 1.6.1.2.4 Quantidade de filhos ......................................................................................................................................... 30 1.6.1.2.5 Que tipo de trabalho informal realiza? E quantas h/dia de trabalho ......................................................................................................................................... 31 1.6.1.2.6 Remunerao ......................................................................................................................................... 31 1.6.1.2.7 Profisso ......................................................................................................................................... 32 1.6.1.2.8 Gostaria de ser sindicalizado ......................................................................................................................................... 32

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1.6.1.2.9 Contribuio social INSS ......................................................................................................................................... 33 1.6.1.2.10 Como voc v o mercado de trabalho? ......................................................................................................................................... 34 1.6.1.3 Questionrio para as empresas tomadoras de servios do sindicato ......................................................................................................................................... 34 1.6.1.3.1 Quais as vantagens de trabalhar com trabalhador avulso movimentador de mercadorias? ......................................................................................................................................... 34 1.6.1.3.2 Quais as desvantagens do trabalhador avulso sindicalizado? ......................................................................................................................................... 35 1.6.1.3.3 Houve reduo ou aumento de custos utilizando o trabalhador avulso sindicalizado? Por que ......................................................................................................................................... 35 1.6.1.3.4 Como voc avalia o trabalho do movimentador de mercadoria? ......................................................................................................................................... 35 1.6.1.3.5 Como voc v o trabalho do SITRAMMEC junto sociedade? ......................................................................................................................................... 36 1.7 CARACTERIZAO DA ORGANIZAO EM ESTUDO ......................................................................................................................................... 36 1.7.1 Organograma da Empresa ......................................................................................................................................... 38 2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................................................... 40 2.1 DIAGNSTICO DA

ROTATIVIDADE DE PESSOAL OU TURNOVER

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......................................................................................................................................... 40 2.1.1 Trabalho Formal e o Mercado de Trabalho ......................................................................................................................................... 41 2.2 DEFINIO DE SINDICATO ......................................................................................................................................... 42 2.2.1 Origem da Palavra Sindicato ......................................................................................................................................... 42 2.2.2 Palestra e Curso para os novos associados do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentao de Mercadorias em Geral SITRAMMEC ......................................................................................................................................... 46 2.2.2.1 Valor fictcio para clculo demonstrativo ......................................................................................................................................... 49 2.2.3 So Direitos dos Trabalhadores Avulsos Movimentadores de Mercadorias Sin Calizados ......................................................................................................................................... 49 2.2.3.1 Repouso semanal remunerado ......................................................................................................................................... 49 2.2.3.2 Dcimo terceiro salrio ou gratificao de natal ......................................................................................................................................... 50 2.2.3.3 Frias ......................................................................................................................................... 52 2.2.3.4 Fundo de garantia por tempo de servio ......................................................................................................................................... 53 2.2.3.5 Programa de integrao social ......................................................................................................................................... 55

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2.2.3.6 Salrio famlia ......................................................................................................................................... 57 2.2.3.7 Contribuio sindical ......................................................................................................................................... 58 2.2.3.8 Auxlio-doena e acidente de trabalho ......................................................................................................................................... 60 2.2.3.9 Aposentadoria especial do trabalhador avulso ......................................................................................................................................... 61 2.2.3.10 Iseno de imposto sobre servio de qualquer natureza ......................................................................................................................................... 63 2.2.3.11 Salrio de contribuio ......................................................................................................................................... 63 2.2.3.12 Benefcio previdencirio ......................................................................................................................................... 64 2.2.3.13 Fundamentao legal para consulta sobre o trabalhador avulso ......................................................................................................................................... 64 2.3 DIAGNSTICO ORGANIZACIONAL ......................................................................................................................................... 64 3 PROPOSTA DE INTERVENO ......................................................................................................................................... 69 3.1 PROPOSTA 1 ......................................................................................................................................... 69 3.1.1 Qualificao dos Associados Afastados pelo INSS ......................................................................................................................................... 69

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3.2 PROPOSTA 2 ......................................................................................................................................... 69 3.2.1 Aumento do Quadro de Associados do SITRAMMEC ......................................................................................................................................... 69 3.3 PROPOSTA 3 ......................................................................................................................................... 70 3.3.1 Permanncia do Associado no SITRAMMEC ......................................................................................................................................... 70 4 CONCLUSO ......................................................................................................................................... 71 REFERNCIAS ......................................................................................................................................... 73 APNDICE ......................................................................................................................................... 75

1 INTRODUO

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Este Trabalho de Concluso de Curso tem por objetivo apresentar um projeto para diminuir a rotatividade de pessoal; mostrar o que a Rotatividade de Pessoal ou Turnover dentro da Entidade Sindical; causas, problemas e como evit-lo. O movimentador de mercadoria trabalhador avulso uma categoria diferenciada, sindicalizado, faz seu prprio horrio, seu prprio salrio, sem vnculo empregatcio com a tomadora de servios, nem com o sindicato que faz a intermediao da mo-de-obra. Ser apresentada a proposta de interveno que ir diminuir a rotatividade de pessoal, incentivando o associado a produzir mais, tudo claro, com seus direitos garantidos. Pois em um sentido mais amplo, a perda de pessoas significa perda de conhecimento, de capital intelectual, de inteligncia, de entendimento e de domnio dos processos, perda de conexes com os clientes, de mercado e de negcios. Podendo mostrar a adoo de uma postura proativa, mais do que de reao. A proposta vem tambm beneficiar os trabalhadores que hoje atuam na informalidade, procurando sindicaliz-los para fazer parte do quadro de associado no sindicato. Pois no Brasil hoje, inmeras so as pessoas que trabalham sem a Carteira de Trabalho e Previdncia Social CTPS assinada. Nem to pouco recolhe a contribuio social como autnomo alguns por desleixo, outros por falta de dinheiro. O que lamentvel mesmo ver o trabalhador desinformado, desatualizado, abandonado, sem condies de enfrentar cursos de atualizao ou profissionalizantes, e outros sem profisso. Sabemos que o mercado de trabalho agressivo e exige conhecimentos.

1.1 TURNOVER OU INDICE DE ROTATIVIDADE DE PESSOAL

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a mdia entre as sadas e entradas dos trabalhadores de uma determinada empresa ou organizao. Um ndice muito elevado de turnover revela alta rotatividade de pessoal, fato que negativo para a empresa, pois alm de oner-la, a troca constante de pessoal demonstra fragilidade na gesto do negcio. Tais informaes servem para o departamento de recursos humanos analisar o funcionamento do empreendimento, e permite maior visualizao da organizao, obtendo assim, subsdio para a tomada de decises. Geralmente, a rotatividade expressa atravs de uma relao percentual entre as admisses e os desligamentos com relao ao nmero mdio de participantes da organizao, no decorrer de certo perodo de tempo. Quase sempre, a rotatividade expressa em ndices mensais ou anuais para permitir comparaes, seja para desenvolver diagnsticos, seja para promover providncias, seja ainda com carter preceptivo. A rotatividade de pessoal pode estar orientada no sentido de inflacionar o sistema com novos recursos (entradas maiores do que as sadas) para incentivar as operaes e ampliar os resultados ou, no sentido de esvaziar o sistema (sadas maiores do que as entradas) para diminuir as operaes, reduzindo os resultados.

1.2 TRABALHO FORMAL E INFORMAL

No Brasil, o entendimento popular de trabalho formal e trabalho informal deriva da ordem jurdica. So informais os empregados que no possuem a CTPS assinada. At as mudanas introduzidas no governo FHC, o contrato por tempo indeterminado previsto pela CLT era praticamente a nica opo disponvel para as empresas do setor privado. O formal, no Brasil, tinha apenas uma forma, ao contrrio de outros pases, cuja legislao prev contratos em tempo parcial, contratos especficos para pequenas empresas, contratos temporrios, etc. As mudanas legais tiveram impactos limitados, ou seja, por serem bastante inspiradas no padro da CLT, seja por sua aplicao ainda reduzida. De todo modo, os padres

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contratuais da informalidade so muito mais diversos, apesar de pouco discutidos. Ao formal (no sentido legal) contrapem diversos tipos de contratos informais, sejam os claramente ilegais (criminosos, como, o trabalho escravo), caso que aconteceu e acontece com muitos cortadores de cana-de-acar, minerador, trabalhadores de extrao de madeiras, etc, localizados geralmente no Norte e Nordeste do pas.

1.2.1 O Problema da Informalidade

A partir de 1930, o mercado de trabalho brasileiro e a questo do subemprego ou informalidade, s podem ser entendidos como resultados da prpria construo da noo de formalidade que, est associada s noes de cidadania e de direito social. Nos anos de 1970 o perfil do mercado de trabalho j era dual: os trabalhadores industriais haviam sido incorporados ao mercado formal, o processo simultneo de urbanizao diminuiu significativamente. A urbanizao e a industrializao ampliaram tambm a massa de trabalhadores subempregados, mal incorporados ao mercado de trabalho. A CTPS teve diversos significados simblicos e prticos, funciona como uma verdadeira carteira de identidade ou comprovante para a garantia de crdito ao consumidor, prova que o trabalhador esteve empregado em boas empresas e que confivel ou capaz de permanecer por muitos anos no mesmo emprego. Hoje o compromisso moral do empregador se seguir a legislao do trabalho, embora no haja garantia, pois os empregadores podem, desrespeitar parte da legislao e os que no assinam a CTPS podem ser processados. De tal modo que com a CTPS assinada o trabalhador pode comprovar com maior facilidade a existncia do vnculo de emprego. Popularmente no Brasil, ter trabalho formal ter a carteira assinada.

1.3 MOVIMENTADOR DE MERCADORIAS

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O trabalhador avulso no assunto recente nem to pouco um modismo. sem dvida uma necessidade e principalmente um desafio aos novos mtodos de gesto empresarial, que surgem em virtude da competitividade que a globalizao impe nos processos produtivos. Suas razes esto voltadas em sntese, nas relaes econmicas dos processos artesanais do sculo XVII cujas atividades produtivas eram direcionadas para a manufatura de componentes de produtos finais, principalmente na indstria naval. Com a globalizao e as constantes crises econmicas as empresas buscaram a estabilizao dentro de um cenrio cada vez mais competitivo, utilizando novas tecnologias de produo e principalmente tendo um novo enfoque estratgico, mudando o conceito do processo de gesto atualizando, tambm, o conceito do trabalhador avulso. Partindo dessas reestruturaes, o movimentador de mercadorias conseqncia da utilizao de novas tecnologias e das tentativas de flexibilizar a administrao estratgica deslocando para o sindicato, todas as atividades que no condizem com a misso e a vocao da empresa. O que comumente no Brasil adotam-se tardiamente certas mudanas, o que torna um fato positivo, pois evita cometer os mesmos erros obtidos anteriormente. Via de regra, os servios do sindicato tambm foram adotados tardiamente, isso porque as constantes crises econmicas foraram as empresas buscarem por inovaes / competitividade, muitas sem embasamento tcnico. O estgio nesta Entidade Sindical tem por objetivo o maior conhecimento de como o trabalho do avulso, onde os associados que nela trabalham so movimentadores de mercadorias, sem vnculo empregatcio. Trabalham com Carteira de Trabalho e Previdncia Social assinada, com direitos trabalhistas e previdencirios. Atualmente o trabalhador avulso visto como inovao e modernidade dentro das empresas prestando servios de mo-de-obra, pois reduz custos; alm de serem trabalhadores profissionais, os trabalhos so realizados com segurana, agilidade e rapidez. Mediante o exposto o presente trabalho focar seu tema no estudo do trabalhador avulso, o surgimento, a organizao e a gerao de renda de classes sindicalizadas em atendimento s atividades produtivas, ou seja, o Sindicato dos

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Trabalhadores na Movimentao de Mercadorias em geral de Chapec SITRAMMEC.

1.3.1 Como Surgiu o Trabalhador Avulso

Considera-se atividade de movimentao de mercadorias em geral, carga, descarga, deslocamento, arrumao e acomodao de mercadorias slidas, lquidas, embaladas ou a granel. No se considera, a mercadoria para os efeitos, os bens e produtos deslocados, arrumados, acomodados, desde que destinados para exposio ou venda ao consumidor final. A expresso trabalhador avulso sempre gerou divergncia de interpretao, e no obstante os artigos 254 e 292 da CLT, atualmente revogados pela Lei 8.630/93, terem tratado dos servios de estiva e capatazia nos portos com a utilizao de mo-de-obra avulsa, tais dispositivos legais no delimitaram o significado da referida expresso. Tal atribuio restou aos rgos do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, que atravs de Portarias e Pr-julgados, fixou o conceito de trabalhadores avulsos, atualmente incluso no artigo 6, inciso VI do Decreto Lei 2.107/97, que ampara a categoria. Assim que o emaranhado de Leis, Decretos, Portarias, etc, convergem no sentido de centrar sindicato como rgo mediador para onde penetram e se escoam os direitos e obrigaes trabalhistas e previdencirias.

1.3.2 Modalidades de Avulsos

Situaes semelhantes de prestao de servios tambm ocorriam fora da rea de porto, como por exemplo: empilhar sacos de caf nos armazns do Instituto Brasileiro do Caf, empilhar sacos de algodo em armazns enquanto era aguardado o momento da exportao, ensacar sal, ensacar cereais, etc.

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Surgiram, assim, os denominados carregadores e ensacadores de caf, algodo e sal, etc. Ficaram definidas duas modalidades de trabalhadores avulsos, a dos que operavam nos portos organizados e a dos que operavam fora da rea porturia. Diversas eram as modalidades de carregadores e ensacadores. Para simplificar, a Comisso do Enquadramento Sindical deliberou agrup-los sob a denominao genrica de Trabalhadores na Movimentao de Mercadorias em Geral(denominao dada aos trabalhadores com vnculo empregatcio), e tambm aos trabalhadores avulsos, conforme portaria ministerial especfica. Num sentido geral, avulso seria aquilo que pertence a uma coleo incompleta, que est desirmanado, solto, isolado. Inicialmente, confundia-se o avulso com o trabalhador eventual. No entanto, a Previdncia Social comeou a se preocupar com o referido trabalhador, passando a aceit-lo. O inciso VI do art. 12 da Lei n 8.212/91 considera avulso quem presta, a diversas empresas, sem vnculo empregatcio, servios de natureza urbana ou rural definidos no regulamento. Pois o trabalhador avulso aquele que sindicalizado ou no, porm com a intermediao obrigatria do sindicato de sua categoria. O avulso presta servios sem vnculo de emprego, pois no h subordinao nem com o sindicato, muito menos com as empresas para as quais presta servios, dada inclusive a curta durao. O sindicato apenas arregimenta a mo-de-obra e paga os prestadores de servio, de acordo com o valor recebido das empresas que rateado entre os que prestam servio. No h poder de direo do sindicato sobre o avulso, nem subordinao deste com aquele. O que importa que haja a intermediao obrigatria do sindicato na colocao do trabalhador na prestao de servios s empresas, que procuram a agremiao buscando trabalhadores. So caractersticas do avulso: a) a liberdade na prestao de servios, pois no tem vnculo nem com o sindicato, muito menos com as empresas tomadoras de servio; b) a possibilidade da prestao de servios a mais de uma empresa, como na prtica ocorre; c) o rgo sindical que faz a intermediao da mo-de-obra, colocando os trabalhadores onde necessrio o servio, cobrando posteriormente um valor pelos servios prestados, j incluindo os direitos trabalhistas e os encargos previdencirios e fiscais, e fazendo o rateio entre as

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pessoas que participaram da prestao de servios; d) o curto perodo de tempo em que o servio prestado ao beneficirio(empresa).

1.3.3 Modificao de Ordem Legal

Os avulsos da rea de porto tinham normas legais prprias que definiam desde o que se entende por porto organizado, o horrio de funcionamento dos portos, at sobre o trabalho suplementar e em dias de feriados. Foram leis, decretos-leis e decretos conquistados atravs dos tempos e que muito beneficiavam as categorias profissionais envolvidas economicamente importando no chamado Custo Brasil que, situava as tarifas porturias entre as mais onerosas do mundo. Para evitar esse inconveniente e tornar nossos portos mais competitivos surgiu uma soluo drstica: revogar todas as normas legais relativas ao trabalho nos portos, emitindo-se lei nova estabelecendo novos procedimentos. Surgiu, assim, a Lei n 8.630, de fevereiro de 1993, que, efetivamente, revogou todas as leis at ento existentes e estabeleceu novas regras para o trabalho no porto, inclusive abrindo caminho para a operacionalidade por via de empregados da administrao do porto, mais conhecidos como porturios. Ocorre que os movimentadores de mercadorias, que operavam amparados pelas mesmas normas legais, ficaram, de repente, sem qualquer norma que pudessem invocar em seu benefcio. Em suas divergncias com os tomadores dos servios invocaram as leis expressamente revogadas, ao argumento de que a revogao tinha-se operado em relao aos avulsos da rea de porto organizado, no o sendo relativamente a eles que, operavam fora do porto. O argumento era frgil, embora juridicamente sustentvel.

1.3.4 Necessidade de Lei Nova

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Por motivo de seguridade social os movimentadores de mercadorias em geral, especialmente os trabalhadores avulsos, ficaram carentes de lei nova disciplinar a atividade profissional. Aps a publicao da lei n 8.630/93, que vm lutando para obt-la, pois a falta desta lei tem-lhes custado muito sacrifcio e perdas de direitos. Aproveitando-se da situao, muitas pessoas iniciaram a prestao dos servios de movimentao de mercadorias, a princpio, como se fossem modalidades de trabalho temporrio. Provado, perante a justia que no se tratava dessa modalidade, tentaram organizar cooperativas de trabalho que, funcionavam paralelamente aos sindicatos, contando ainda com o beneplcito da lei, atualmente revogada, que faria os princpios basilares da ordem jurdica, determinando, expressamente que, no havia vinculao de emprego entre o operrio cooperativado e o tomador dos servios nem com a cooperativa. Destaca-se que inmeros juzes tm reconhecido relao de emprego entre o sindicato e o operrio, determinando pagamento de aviso prvio e outros direitos, ao fundamento que a norma constitucional estabelece igualdade de direito entre o avulso e o trabalhador com vnculo empregatcio permanente. No compreendendo que a Lei Maior fala de direitos, importando dizer que os direitos que so assegurados aos avulsos so iguais aos dos empregados, mas no significando que todos os direitos assegurados aos avulsos so os mesmos que dos empregados. Isso objetivando beneficiar os avulsos das lavouras canavieiras, evitando que fossem prejudicados. Essas aes judiciais, embora julgadas improcedentes, em sua maior parte, tm causado dois inconvenientes graves: a) o rompimento dos contratos de prestao dos servios com as tomadoras; b) a reduo do nmero de trabalhadores, contribuindo para o desemprego. Facilmente inferimos que todos esses inconvenientes e dificuldades na prestao dos servios pelos trabalhadores avulsos fora da rea porturia podem ser superadas com a edio de lei nova, que consagre os elementos basilares de sua existncia e de seus direitos. No pretendem a exclusividade, tanto assim que as empresas podero contrat-los para seus quadros prprios. Pretendem apenas que no caso da no utilizao de movimentadores de mercadorias devidamente registrados, seja

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utilizada a mo-de-obra dos movimentadores de mercadorias em geral trabalhador avulso, sindicalizados.

1.3.5 Por que a Expresso Diversas Empresas

O vocbulo diversas empresas, tem o seguinte indicativo: a) o trabalhador avulso participa do processo produtivo de vrias empresas de atividades diferentes, cada qual em sua prpria poca. Assim, na safra de soja, milho, caf, algodo, cacau, trigo, mamona, batata, borracha, etc; b) escolhe a empresa e o dia que deseja trabalhar, harmonizando-se com o princpio da livre filiao sindical; c) a expresso diversas empresas deixa claro que o avulso pode trabalhar para diversas empresas todos os dias. O avulso integra no processo produtivo das empresas, que os prepara para conhecer os setores, os produtos e os roteiros. treinado segundo as normas de segurana e medicina do trabalho. E a intermediao deve ser feita pelo sindicato, o qual associa o trabalhador e faz intermediao da mo-de-obra do trabalhador com a tomadora que a empresa. A movimentao de mercadorias constituda em categoria diferenciada pela Portaria 3.204 de agosto de 1988. Por conseguinte, agrupa sindicato por profisso de atividade exercida por trabalhador que fora do porto movimentam mercadorias no importando de que tipo que ela seja. Diferentemente da atividade porturia que considerada movimentao primria. J fora da rea porturia considerada movimentao secundria, tendo um campo de atuao por um lado maior do que o porturio, e em outros aspectos com a mesma, qual se vincula em razo de uma origem histrica comum, se identifica tal como ocorre com os servios comuns, existentes tanto no porto como fora, dentre os quais capatazia, conferncia de carga, conserto de carga, e outros conexos o que lhe d um sentido amplo, no ficando restrito a atividade preponderante de qualquer grupo econmico, transita em todos os plos intransponvel. 1.4. JUSTIFICATIVA

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Por ser servio rotineiro e difcil manuseio, h bastante rotatividade de pessoal dentro da entidade onde trabalham como movimentadores de mercadorias. Migram para a cidade procura de trabalho e muitas vezes no conseguem na sua profisso ou muitos nem possuem profisso. lamentvel a situao dos trabalhadores que no so sindicalizados, trabalham para empreiteiras, cooperativas, ou servios de rua, sem Carteira de Trabalho e Previdncia Social assinada, recebem no final do expediente, sem benefcios trabalhistas e previdencirios (trabalham na informalidade). Justifica-se, portanto, a elaborao deste projeto para evitar a rotatividade e pelo esforo em focalizar a mudana da viso empresarial, como algo estratgico, no apenas reduo de custos, mas como um novo conceito de parceria, onde se exige alm de preo, qualidade, inovao e pontualidade, colaborando para a organizao da classe trabalhadora. Para se obter sucesso, necessrio desenvolver Diagnstico Organizacional que consiste de maneira estruturada coletar, avaliar e organizar as informaes que condiz com as possveis estratgias e diferenciais fornecendo vantagens competitivas para as empresas. Em face de uma nova realidade mundial as empresas esto repensando sua misso e vocao, onde a globalizao impe novos padres produtivos absorvendo antigos conceitos, transferindo s empresas um ritmo crescente de competitividade, buscando novas tecnologias e modernos mtodos de gesto. Diante desta nova realidade econmica, a concorrncia obriga as empresas a voltar-se para os ganhos de produtividade, qualidade e competitividade sem deixar de focar o cliente, cada vez mais consciente dos seus direitos. Neste contexto, existe tambm um outro lado: o trabalhador avulso movimentador de mercadorias que supre esta necessidade das empresas tomadoras de servios de carga e descarga, quebrando este paradigma.

1.5 OBJETIVOS GERAL E ESPECFICO

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1.5.1 Objetivo Geral:

Elaborar um projeto para diminuir a rotatividade do pessoal na categoria dos movimentadores de mercadorias e associar os trabalhadores avulsos informais.

1.5.2 Objetivos Especficos:

- Analisar o processo do trabalhador avulso movimentador de mercadorias. - Revisar a literatura do trabalhador avulso. - Verificar quais so as desvantagens dos trabalhadores informais no sindicalizados. - Demonstrar quais os procedimentos que levaram a criao da categoria do movimentador de mercadorias e quais os benefcios socioeconmicos para seus associados atravs da sindicalizao.

1.6 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS:

O Estgio foi realizado na Entidade Sindical SITRAMMEC Sindicato dos Trabalhadores na Movimentao de Mercadorias em geral de Chapec SC, com associados, empresas e trabalhadores no sindicalizados (informais) em diversos locais de trabalho. O trabalho foi fundamentado no mtodo observacional, atravs de anlise dos diversos documentos, por meio de entrevistas e questionrios. A elaborao do projeto, com investigao exploratria e alguns participantes (associados, trabalhadores informais e empresas), usado questionrios

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com 50(cinqenta) trabalhadores que responderam 10(dez) questes relacionadas a entidade que servir de parmetro para o problema de rotatividade. Foi utilizados questionrios em amostra com 5(cinco) empresas que responderam um questionrio 5(cinco) questes sobre os trabalhos do avulso dentro da empresa. Coletado dados com 15 trabalhadores informais, que responderam um questionrio de 10(dez) questes sobre informalidade e o mercado de trabalho.

1.6.1 Anlise de Dados

Com efeitos de avaliar o trabalho do avulso e avaliar tambm o nvel de rotatividade de pessoal, foram levantados dados com a participao dos trabalhadores que pediram baixas na Entidade, e realizado questionrio com os mesmos no SITRAMMEC em agosto e setembro de 2007.

1.6.1.1 Questionrio de sada dos associados do SITRAMMEC:

1.6.1.1.1 Idade dos associados:

A questo.

primeira

questo

refere-se

idade

dos

associados

do

SITRAMMEC. Na tabela 01 so apresentados os dados relativos a resposta desta

Tabela 1 Idade dos associadosIdade N de pessoas Percentual

29 18 a 20 anos 09 18% 21 a 30 anos 21 42% 31 a 40 anos 08 16% 41 a 50 anos 10 20% Acima de 50 anos 02 04% Total 50 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao SITRAMMEC

assustador o nmero de jovens at 30 anos que saram da Entidade em busca de novos horizontes. Foram 18% dos trabalhadores com idade entre 18 a 20 anos; 42% com idade entre 21 a 30 anos; 16% com idade entre 31 a 40 anos; 20% entre 41 a 50 anos e 04% acima de 50 anos.

1.6.1.1.2 Grau de instruo do associado

A segunda questo refere-se ao grau de instruo dos associados do SITRAMMEC. Na tabela 02 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 2 Grau de instruo dos associadosGrau de instruo N de pessoas Percentual Analfabeto 01 02% At 4 srie 14 28% At 8 srie 05 10% 2 grau incompleto 29 58% 2 grau completo 01 02% Total 50 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao SITRAMMEC

Lamentavelmente a realidade do Brasil; educao no prioridade dos governantes; pessoas de pouca cultura entram e saem do mercado de trabalho sem acabar a formao educacional. Sendo 02% analfabetos; 28% com primrio; 10% com ginasial; 58% com segundo grau incompleto e 02% com segundo grau completo.

1.6.1.1.3 Estado civil dos associados

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A terceira questo refere-se ao estado civil dos associados do SITRAMMEC. Na tabela 03 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 3 Estado civil dos associadosEstado Civil N de pessoas Percentual Casado/amasiado 30 60% Separado/divorciado 01 02% Solteiro 19 38% Total 50 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao SITRAMMEC

Lembrando que a maioria so casados ou amasiados tendo ainda a maior responsabilidade familiar, pois possuem esposa e filhos. Foram 60% casado ou amasiado; 02% separado ou divorciado e 38% solteiro. claro, no menosprezando a responsabilidade de quem no responsvel em possuir esposa e filhos.

1.6.1.1.4 Quantidade de filhos dos associados

A quarta questo refere-se a quantidade de filhos que do associados entrevistas no SITRAMMEC. Na tabela 4 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 4 Quantidade de filhos dos associadosQuantidade Os filhos no Percentual estudam 1a2 18 11 07 72% 2a3 05 05 00 20% + de 3 02 02 00 08% Total 25 18 07 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao SITRAMMEC N pessoas Os filhos estudam

Observou-se que a metade dos trabalhadores possuem filhos, desta quantidade 72% possui entre 1 e 2 filhos; 20% possui entre 2 e 3 filhos e 08% possui mais de 3 filhos.

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1.6.1.1.5 Ajuda do governo

A quinta questo refere-se ao auxlio recebido pelo governo federal dos associados do SITRAMMEC. Na tabela 5 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 5 Quantidade de associados que recebem auxlio do governo federalQuantos recebem N de pessoas Percentual sim 06 12% no 44 88% Total 50 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao SITRAMMEC

Nesta questo o mnimo de trabalhadores associados recebe auxlio do governo federal, 12% com valores variados de R$ 35,00 R$ 150,00 por famlia como Bolsa Escola, dependendo da quantidade de crianas que esto na escola, e a maioria 88% no recebem nenhum tipo de ajuda.

1.6.1.1.6 Qual o motivo de escolher o SITRAMMEC para trabalhar?

Por indicao de amigos, por no conhecer a cidade, no encontrar vaga na sua profisso ou no ter profisso. Atravs dos meios de comunicao (rdio, carro de som). Para aumentar a renda familiar, pois j tem outro emprego. Na agricultura no conseguia manter a famlia e precisava ganhar dinheiro rpido e honestamente.

1.6.1.1.7 Renda familiar

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A stima questo refere-se renda familiar dos associados do SITRAMMEC. Na tabela 6 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 6 Renda familiar em SM (Salrio Mnimo)Quantidade N de pessoas Percentual At 1 salrio mnimo 24 48% At 2 salrios mnimos 21 42% + de 2 salrios mnimos 05 10% Total 50 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao SITRAMMEC

A maioria por falta de qualificao, ficando pouco tempo na atividade ou mesmo no gostando de trabalhar como movimentador de mercadorias, pois ganha conforme trabalha, atingiram aproximadamente um salrio mnimo de produo, de remunerao. J os mais esforados e que permaneceram mais dias no ms em atividade, atingiram em mdia aproximadamente dois salrios mnimos. Os que no faltaram e vinham trabalhar todos os dias teis ganharam mais de dois salrios mnimos. Lembrando que o sindicato s admite maiores de 18 anos, todos do sexo masculino e com Carteira de Trabalho e Previdncia Social assinada. Ficando assim o percentual: at 1 SM 48%; at 2 SM 42%% e + de 2 SM 10%%.

1.6.1.1.8 Profisses

A oitava questo refere-se profisso dos associados do SITRAMMEC. Na tabela 7 so apresentados os dados relativos a resposta desta questo.

Tabela 7 ProfissoTipo de profisso 01-No possui profisso 02-Agricultura N de pessoas 16 07 Percentual 32% 14%

33 03-Motorista 07 14% 04-Garom 04 08% 05-Pedreiro 04 08% 06-Pintor 02 04% 07-Vigilante 01 02% 08-Servente de servios gerais 01 02% 09-Movimentador mercadorias 01 02% 10-Eletricista/encanador 01 02% 11-Moto-boy 01 02% 12-Caladista 01 02% 13-Vendedor 01 02% 14-Soldador 01 02% 15-Borracheiro 01 02% 16-Marceneiro 01 02% Total 50 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao SITRAMMEC

Vrias so as profisses que os trabalhadores possuam, mas o mais alarmante e preocupante a quantidade de pessoas que no possui profisso. Muitos desses jovens com baixa cultura, iniciando a vida e sem profisso certa. Com percentual de: 32% no possui profisso; 14% agricultura; 14% motorista; 08% garom e pedreiro; 04% pintor; 02% vigilante e demais profisses da lista.

1.6.1.1.9 Motivo da sada

A oitava questo refere-se ao motivo de sada dos associados do SITRAMMEC. Na tabela 8 so apresentados dos dados relativos as respostas desta questo. Tabela 8 Motivo da sadaMotivo da sada N de pessoas Percentual Mudana de endereo 13 26% Vai exercer sua profisso 13 26% Arrumar outro emprego 20 40% No gostou do trabalho 02 04% Baixa remunerao 01 02% Outros motivos 01 02% Total 50 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao SITRAMMEC

Pelo motivo da sada, percebe-se que quem possui profisso saiu para exerc-la, outros pela sada da cidade buscando novos horizontes, mas a maioria, inclusive os que possuem interesse em mudana, mesmo sem profisso,

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buscam emprego em outras empresas, onde eles trabalhavam como sindicalizados movimentador de mercadorias as empresas estavam observando seu trabalho e os convidaram para fazer parte do seu quadro de funcionrios, dando-lhes oportunidade. Um ndice muito baixo no gostou do servio, ganhavam pouco porque no vinham trabalhar, e outros motivos familiares o afastaram do trabalho. Assim ficaram os ndices de percentagem: 26% mudana de endereo; 26% vai exercer sua profisso; 40% arrumou outro emprego; 4% no gostou do trabalho;2%baixa remunerao e 2% outros motivos.

1.6.1.1.10 O que no gostou no SITRAMMEC e como gostaria que fosse?

A maioria dos trabalhadores no tem nada a reclamar, inclusive indicariam o sindicato para seus amigos trabalharem, pois enquanto permanecem no sindicato ganham honestamente seu dinheiro e com todas as garantias que o trabalhador merece. Deve permanecer como est, pois d oportunidade para quem no tem profisso, quem quer se reintegrar sociedade como no caso dos envolvidos com priso e processos judiciais; possui tima administrao; excelente atendimento e com recursos financeiros para ajudar o associado. As sadas se deram em busca de novos horizontes, em mudana de endereo(cidade), em ter conseguido vaga na sua profisso.

1.6.1.2 Questionrio para trabalhadores no sindicalizados-informais

1.6.1.2.1 Idade

A primeira questo refere-se idade dos trabalhadores informais. Na tabela 9 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 9 IdadeIdade 18 a 20 anos 21 a 30 anos N de pessoas 05 04 Percentual 33,34% 26,66%

35 31 a 40 anos 02 13,34% 41 a 50 anos 04 26,66% Total 15 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao trabalhador

Lamentavelmente

preocupante

o

nmero

de

trabalhadores

trabalhando na informalidade, sem direitos trabalhistas e previdencirios, no anonimato. 33,34% com idade entre 18 a 20 anos; 26,66% com idade entre 21 a 30 anos; 13,34% com idade entre 31 a 40 anos e 26,66% com idade entre 41 a 50 anos.

1.6.1.2.2 Sexo

A segunda questo refere-se ao sexo dos trabalhadores informais. Na tabela 10 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 10 SexoSexo N de pessoas Percentual Masculino 10 66,67% Feminino 05 33,33% Total 15 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao trabalhador

A maioria dos trabalhadores do sexo masculino 66,67%, e somente 33,33% do sexo feminino, isto mostra que as mulheres esto ingressando no mercado de trabalho com CTPS assinada.

1.6.1.2.3 Escolaridade

A terceira questo refere-se a escolaridade dos trabalhadores informais. Na tabela 11 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 11 EscolaridadeEscolaridade No alfabetizado N de pessoas 01 Percentual 6,67%

36 1 a 4 srie 06 40,00% 5 a 8 srie 05 33,33% 2 grau incompleto 02 13,33% 2 grau completo 01 6,67% Total 15 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao trabalhador

Inmeras pessoas no conseguiram terminar nem o primeiro grau. Uns por falta de tempo, outros por falta de interesse ou porque precisavam trabalhar. Mas a maioria por falta de dinheiro, e devido terem parado h muito tempo no tem nimo de reiniciar. Ficando: 6,67% no alfabetizado; 40% de 1 a 4 srie; 33,33% de 5 a 8 srie; 13,33% com 2 grau incompleto e 6,67% com 2 grau completo.

1.6.1.2.4 Quantidade de filhos

A quarta questo refere-se ao nmero de filhos dos trabalhadores informais. Na tabela 12 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 12 Quantidade de filhosQuantidade Filhos que Filhos que no Percentual estudam estudam 1 a 2 filhos 05 04 01 71,42% 2 a 3 filhos 01 02 00 14,29% + de 3 filhos 01 05 00 14,29% Total 07 11 01 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrios aplicados junto ao trabalhador N pessoas

Levando em considerao no termos controle de natalidade no Brasil, poucos so os trabalhadores com mais de dois filhos, o que explicvel a preocupao do ser humano no futuro destas crianas, pois se hoje difcil para os pais permanecerem no mercado de trabalho, imagine daqui alguns anos. Ficou assim o percentual dos sete trabalhadores na quantidade de filhos: 71,42%% com 1 ou 2 filhos; 14,29% com 2 ou 3 filhos; 14,29% com mais de trs filhos. Salientamos que oito trabalhadores no possuem filho. 1.6.1.2.5 Que tipo de trabalho informal realiza? E quantas h/dia de trabalho.

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- Domstica 03 trabalhadoras trabalham em mdia 6 h/dia; - Ajudante de pedreiro 04 trabalhadores trabalham em mdia 9 h/dia; - Pedreiro/construtor 02 trabalhadores trabalham em mdia 8 h/dia; - Vendas 01 trabalhadora trabalha sem carga horria determinada; - Carpinteiro 02 trabalhadores trabalha sem carga horria determinada; - Manicura 01 trabalhadora trabalha sem carga horria determinada. As pessoas trabalham na informalidade pela sobrevivncia.

1.6.1.2.6 Remunerao

A sexta questo refere-se a quantidade de remunerao/ms que o trabalhador informal. Na tabela 13 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 13 Remunerao mensalValor mensal N de pessoas Profisso Percentual Menos de 1 SM 02 domstica 13,34% 1 a 2 SM 07 aj pedreiro/domstica 46,66% 2 a 4 SM 04 Constr civil/carpinteiro 26,66% + de 4 SM 02 Manicura/vendas 13,34% Total 15 --------------------100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao trabalhador

Em se tratando de remunerao, ganho real, o brasileiro na maioria dos entrevistados no passa dos dois salrios mnimos (SM), at aceitvel em se tratando do mercado de trabalho informatizado e atualizado, pois as empresas (a maioria) necessitam de trabalhadores atualizados na profisso e com boa cultura. Com: 13,34% menos de 1 salrio mnimo; de 1 a 2 salrios mnimos 46,66%; de 2 a 4 salrios mnimos 26,66% e mais de 4 salrios mnimos 13,34%.

1.6.1.2.7 Profisso

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A stima questo refere-se a profisso destes trabalhadores informais. Na tabela 14 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 14 ProfissoProfisso N. de pessoas Percentual No possui profisso 03 19,985% Carpinteiro 01 6,670% Marceneiro 01 6,670% Motorista 03 19,985% Padeiro 01 6,670% Cozinheiro 01 6,670% Manicura 01 6,670% Mecnico 01 6,670% Garom 01 6,670% Secretria 01 6,670% Gerente vendas 01 6,670% Total 15 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao trabalhador

Inmeras as profisses que estes trabalhadores que esto na informalidade possui, embora desatualizados alimentem esperanas de ingressar novamente no mercado. Sendo, portanto: 19,985% que no possui profisso(esto hoje trabalhando como domstica); 19,985% motorista e 6,670% nas demais profisses.

1.6.1.2.8 Gostaria de ser sindicalizado

A oitava questo refere-se a ser sindicalizao dos trabalhadores informais. Na tabela 15 so apresentados os dados relativos resposta desta questo.

Tabela 15 Gostaria de ser sindicalizadoSer sindicalizado N de pessoas Percentual

39 Sim 10 66,67% No 05 33,33% Total 15 100,00% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao trabalhador

Percebe-se que 66,67% gostariam de ser sindicalizados e 33,33% no gostariam de ser sindicalizados. Quem gostaria de ser sindicalizado sabe que teria seus direitos de trabalhador garantido. Enquanto quem no concorda tem medo de pedir para o empregador assinar a CTPS e perder o trabalho devido os valores altos dos encargos trabalhistas e previdencirios.

1.6.1.2.9 Contribuio Social

A nona questo refere-se a recolhimento da contribuio do INSS dos trabalhadores informais. Na tabela 16 so apresentados os dados relativos resposta desta questo. Tabela 16 Contribuio INSSRecolhe INSS N de pessoas Percentual Sim 02 13,33% No 13 86,67% Total 15 100% Fonte: Elaborao prpria a partir de dados obtidos de questionrio aplicado junto ao trabalhador

A maioria no recolhe a contribuio para a previdncia, porque ganha pouco. Esto preocupados sim com o futuro, com a aposentadoria e com os benefcios que o INSS oferece em caso de acidente ou doena, mas precisam sustentar a famlia, no sobrando para a contribuio. So 13,33% que recolhem o INSS e 86,67% no fazem recolhimento, portanto esto desamparados totalmente.

1.6.1.2.10 Como voc v o mercado de trabalho?

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Muito longe da nossa realidade; agressivo, pois precisamos de conhecimento atravs de curso de aperfeioamento (com o que ganhamos torna-se invivel prosseguir os estudos e os cursos de aperfeioamento); com a globalizao, tecnologia avanada no conseguimos vaga nas nossas profisses; nos sentimos acuados e necessitamos nos sindicalizar para ter mais chances. Poucas so as oportunidades que temos, at porque do nosso trabalho na informalidade. As pessoas pararam no tempo, o dinheiro est difcil e o custo de vida alto demais, no conseguimos estudar e manter a famlia com a baixa renda que recebemos mensalmente, da abdicamos de nossos sonhos. No existem poucas vagas, existem poucas pessoas habilitadas para concorrer a estas vagas se analisarmos sobra mo-de-obra, desqualificada.

1.6.1.3 Questionrio para as empresas tomadoras de servios do sindicato

1.6.1.3.1 Quais as vantagens de trabalhar com o trabalhador avulso movimentador de mercadorias?

Estes trabalhadores esto amparados legalmente pelo sindicato ficamos livres de aes trabalhistas e previdencirias - o que facilita para as empresas. Com o fluxo maior de trabalho em determinados perodos necessidade de ter pessoas sindicalizadas disponveis, as empresas no possuem tempo hbil para contratao e suprir tais necessidades. Pagamos somente nos dias trabalhados, utilizamos estes trabalhos onde no possumos funcionrios para fazlos.

1.6.1.3.2 Quais as desvantagens do trabalhador avulso sindicalizado?

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Algumas vezes esses trabalhadores no tem conhecimento das atividades que iro desenvolver (novos associados), dificulta um pouco o trabalho. Como os associados recebem por produo, quer dizer, pelas tarefas que realizam existe pouco comprometimento de alguns, a se d falta de trabalhadores. Alm da alta rotatividade de pessoal, os novos demoram em associar-se ao trabalho, sabendo que no dia seguinte pode no ser esta equipe que ir desenvolver os trabalhos nesta mesma empresa.

1.6.1.3.3 Houve reduo ou aumento de custos utilizando o trabalhador avulso sindicalizado? Por que.

Em todas as empresas houve reduo, porque quando no tem servio, no tem custo como os funcionrios mensalistas. Chamamos somente quando necessrio e pagamos pelo que realizam, alm de no precisarmos contratar novos funcionrios por curto espao de tempo.

1.6.1.3.4 Como voc avalia o trabalho do movimentador de mercadorias?

Para as empresas que utilizam o trabalho do movimentador existe grande vantagem financeira vale transporte, plano assistencial mdico e odontolgico, multa do FGTS, entre outras, e, alm disso, a solues para o departamento pessoal / RH das empresas, pois se evita a burocracia da admisso e demisso. Salientamos, porm que um trabalho difcil por envolver vrias pessoas de nvel diferente de conhecimento, mas um trabalho importante e necessrio.

1.6.1.3.5 Como voc v o trabalho do SITRAMMEC junto sociedade?

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Preocupados em ajudar e qualificar as pessoas para o mercado de trabalho, desenvolvendo diversos cursos, atividades sociais como o Programa Bem Vinda em parceria com Cruz Vermelha e Limger para a preparao da mulher no mercado de trabalho. Defende os interesses dos trabalhadores, tanto os avulsos movimentador de mercadorias, quanto os trabalhadores pertencentes categoria. O SITRAMMEC d oportunidades s pessoas marginalizadas, excludas pela sociedade, sem profisso, com problemas na justia, por exemplo, para trabalhar e se reintegrar na sociedade, alm de ser uma porta de entrada destes trabalhadores nas empresas que prestou servios como movimentador de mercadorias para contratao como funcionrio da mesma.

1.7 CARACTERIZAO DA ORGANIZAO EM ESTUDO:

O Sindicato dos Trabalhadores da Movimentao de Mercadorias em Geral de Chapec, Entidade Sindical, fundado em 10/10/1989, idealizado e conduzido at o momento pelo Sr. Oneide de Paula, situado na Rua Martinho Lutero, 1111E Bairro So Cristvo Chapeco/SC 89803-300 - Telefone/fax (049) 33231100) Website; e-mail www.sitrammec.com.br, [email protected] hoje uma realidade no posicionamento de classe nos mais diversos setores produtivos, saindo do anonimato em que se encontravam, uma vez que o trabalhador era conhecido como chapa e um subgrupo da sociedade, para uma entidade organizada, indispensvel dentro do processo produtivo. O presidente sempre buscou organizao, enfatizando que o trabalhador atual deve estar consciente da importncia do aprimoramento profissional, sendo que esta busca deve ter iniciativa do prprio trabalhador, viabilizando sua permanncia no mercado de trabalho. Os associados trabalham sem vnculo empregatcio, tem vida prpria, trabalho livre e honesto, dono do seu prprio servio e sua mo-de-obra sindicalizada. Atuam no mbito (interno e externo) dos armazns em diversos

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setores da economia. Estes profissionais so inseridos no Cdigo Brasileiro de Ocupao 7832, como Categoria Profissional Diferenciada, conforme Portaria 3.204, chamada de Movimentador de Mercadorias conforme Portaria 3.176 onde foi criada a Categoria, e amparados pelo Decreto n 3.048 da Previdncia Social. A diretoria composta por 18 membros associados movimentadores de mercadorias, tendo: Presidente, Vice-presidente, Primeiro-tesoureiro, Segundotesoureiro, Primeiro-Secretrio, Segundo-secretrio, Suplentes da diretoria, Conselho fiscal, Suplentes do conselho fiscal. Atua na intermediao de mo-deobra com trabalhadores avulsos associados Entidade, realizando tarefas como movimentao de mercadorias em geral. Por ser uma entidade sindical, o recurso humano / departamento pessoal responsvel de pela admisso e desligamento de planilha dos de associados/movimentadores mercadorias; elaborao

produo/pagamento e encargos; afastamento de acidente de trabalho e auxlio doena dos associados; homologao do termo de resciso de contrato de trabalho e assistncia s empresas pertencentes categoria da movimentao de mercadorias e auxiliares de motoristas. Conta com um nmero de empregados com vnculo de 07 funcionrios, sendo: 01 secretria, 01 recursos humanos/departamento pessoal, 03 administrativos, 01 zeladora e 01 Conferente (ligado ao departamento pessoal) e a Entidade conta com um quadro de aproximadamente 250 (duzentos e cinqenta) associados que prestam servios atravs de intermediao do Sindicato para a prestao de mo-de-obra s empresas como movimentadores de mercadorias carga e descarga de produtos. O Presidente do Sindicato negocia a intermediao da mo-de-obra em valores das tarefas, uma vez por ano com as empresas que necessitam de mode-obra de carga e descarga, atravs do Acordo Coletivo de Trabalho. A empresa solicita os associados para realizarem as tarefas, e emite uma nota das quantidades de horas, tonelagem ou dirias. O recurso humano - conferente recebe estas notas dos servios e faz a diviso frias, dcimo terceiro salrio, FGTS, INSS, estes valores so recolhidos em guias no banco e boletos depositados em contas separadas, para posteriormente ser repassado aos associados; e o restante repassa na planilha de produo do associado, que recebe quinzenalmente via banco. O Sindicato fica com uma taxa de administrao de 15% - direito adquirido em Assemblia Geral Extraordinria conforme Estatuto Social da Entidade.

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1.7.1 Organograma da Empresa:

Conforme o organograma o Presidente negocia as Convenes Coletivas de Trabalho e os Acordos Coletivos de Trabalho. responsvel por todos os processos que envolvem a Entidade. Esto subordinadas ao Presidente todas as pessoas da diretoria: 1 e 2 tesoureiros, 1 e 2 secretrios, vice-presidente, conselho fiscal, suplente da diretoria, associados, empresa, recursos humanos; tendo sido eleito pelo voto direto e empossado pelos associados. Possui poderes que lhe so conferidos por Assemblia Geral Extraordinria pelo quadro de associados, seguindo sempre o Estatuto Social da Entidade. Assina todos os documentos emitidos pela Entidade, como: bancos, Ministrio Pblico, Ministrio do Trabalho, Previdncia Social/INSS, Concilia do Trabalho, Empresas, etc. Representa a Entidade nos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, sociedade e outras Entidades de Classe. Vice-presidente auxilia o presidente quando necessrio, quando convocado. Primeiro tesoureiro, assina cheques em conjunto com o Presidente, cuida dos documentos das contas bancrias, contas pagar e contas receber da Entidade, representa o Presidente quando convocado. Segundo tesoureiro substitui o primeiro tesoureiro quando necessrio, em todas as funes. Primeiro Secretrio administra toda parte de documentao da Entidade atas, editais, etc, toda a parte burocrtica da diretoria. E o segundo secretrio o auxilia. Os membros suplentes da diretoria auxiliam a diretoria ou substitui algum membro quando pode para se desligar do quadro de associados e automaticamente da diretoria, pois s poder fazer parte da diretoria quando o trabalhador for associado. O conselho fiscal fiscaliza todas as contas e documentos da Entidade. J os Recursos humanos / departamento pessoal, subordinado ao Presidente, atuam no atendimento s empresas, burocrtico do administrativo, atende aos associados, d assistncia e homologa os Contratos de Trabalho dos funcionrios das empresas na categoria do movimentador de mercadorias e auxiliar de motoristas com Portaria no Ministrio do Trabalho, admisso e desligamento de associados com clculos dos direitos trabalhistas e previdencirios, cuida da emisso de todas as guias do INSS, FGTS, elaborao da Planilha de Produo dos

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associados, controla os vales emitidos aos associados e pagamento aos fornecedores com auxlio de dois funcionrios, responsvel pelo administrativo da Entidade, sempre trabalhando em conjunto com o Presidente e demais membros da diretoria. Esto ligados diretamente no recurso humano / departamento pessoal, a secretria, o conferente, a zeladora, as empresas para homologao e assistncia, os associados. Intermediao de mo-de-obra carga e descarga de mercadorias em geral. Inmeras empresas que a entidade sindical faz a intermediao dos servios de mo-de-obra dos trabalhadores avulsos movimentadores de mercadorias. Possui poltica de racionamento e desperdcio de gua, pois h pouca gua no planeta; reciclagem de lixo, inclusive papis e jornais enviado para o Programa Verde Vida e racionamento de energia eltrica at mesmo pela conteno de despesas.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 DIAGNSTICO DA ROTATIVIDADE DE PESSOAL OU TURNOVER

A rotatividade de pessoal no uma causa, mas o efeito, a conseqncia de certos fenmenos localizados interna ou externamente organizao que condicionam a atitude e o comportamento do pessoal. , portanto, uma varivel dependente (em maior ou menor grau) daqueles fenmenos internos e / ou externos organizao. Dentre os fenmenos externos, podemos citar, dentre outros: - A situao de oferta e procura de recursos humanos no mercado; - A conjuntura econmica; - As oportunidades de empregos no mercado de trabalho. Dentre os fenmenos internos que ocorrem na organizao, podemos citar: - A poltica salarial da organizao; - A poltica de benefcios da organizao; - O tipo de superviso exercido sobre o pessoal; as oportunidades de crescimento profissional oferecidas pela organizao; - O tipo de relacionamento humano dentro da organizao; - As condies fsicas ambientais de trabalho da organizao; - O moral do pessoal da organizao; - A cultura organizacional da organizao; - A poltica de recrutamento e seleo de recursos humanos; - Os critrios e programas de treinamento de recursos humanos; - A poltica disciplinar da organizao; - Os critrios de avaliao do desempenho; - O grau de flexibilidade das polticas da organizao As informaes a respeito desses fenmenos internos e externos so obtidas por meio das entrevistas de desligamentos feitas com as pessoas que

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se retiram para diagnosticar as falhas e corrigir as causas que esto provocando o xodo do pessoal. Esta entrevista constitui um dos meios principais de controlar e medir os resultados da poltica de recursos humanos desenvolvida pela organizao. Costuma ser o principal meio de diagnosticar e determinar as causas da rotatividade de pessoal. Para Mobley (1992, p.20) O reconhecimento de que o Turnover , com suas mltiplas causas e conseqncias, um processo contnuo, e no um fato esttico.

2.1.1 Trabalho Formal e o Mercado de Trabalho

A legislao do trabalho uma referncia nacional. O trabalho informal um problema econmico e social no Brasil, j em contrapartida, o trabalho formal est fortemente enraizado no pas. Aqui o contrato de trabalho matria de lei, mais que o contrato coletivo. Em janeiro de 1991, os empregados com CTPS assinada representavam 55% da fora de trabalho, destes quase 20% eram autnomos registrados e 4,5% empregadores, e os trabalhadores informais eram 20%. J em 2005-2006, houve acrscimo de 2,4%, ou seja, conseguiram trabalho aproximadamente 2,1 milhes de trabalhadores, totalizando 89,3 milhes pessoas. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos - DIEESE (em nota tcnica, 09/2007) Aumento de assalariado entre os ocupados de 62,7% para 63,6% e da formalizao do emprego. Houve crescimento do total de trabalhadores com a CTPS assinada e dos estatutrios em relao ao total de empregados. Estima-se que em 2006, 30,1 milhes de trabalhadores esto trabalhando com CTPS assinada no setor privado, incluindo os trabalhadores domsticos, o que representou acrscimo de 1,33 milho de trabalhadores no ano. Passando a representar 33,8% da populao ocupada, o que em 2005 era 33,1%. Quanto ao percentual de trabalhadores ocupados que contriburam para a Previdncia Social: em 2005 47,4% e 2006 48,8%.

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Outros dados caracterizam o mercado de trabalho brasileiro, conforme DIESSE (Nota Tcnica, 09/2007).

a) Cerca de 34% dos ocupados trabalharam entre 40 e 44 horas e a proporo daqueles que trabalham mais de 44 horas foi de 36,4% em 2006, parcela semelhante verificada em 2005. b) Em 2006, o percentual de ocupados que contribuiu para a Previdncia Social foi de 48.8%, maior do que os 47,4%, verificado em 2005. Destaca-se que apenas 13,5% dos ocupados do setor agrcola, 29,7% dos ocupados dos servios domsticos e 31,2% da construo civil contribuem para a Previdncia. c) A taxa de sindicalizao foi de 18,6% em 2006, registrando um aumento de 3,7% entre os trabalhadores sindicalizados em relao ao ano anterior. d) Em 2006, 5,1 milhes de crianas e adolescentes de 5 a 17 anos de idade estavam trabalhando no Brasil o que representa 5,7% da populao ocupada com 5 anos ou mais de idade. Entre 2005 e 2006, o nvel de ocupao das crianas e adolescentes de 5 a 17 anos de idade, diminuiu de 12,2% em 2005, para 11,5% em 2006. Por sexo, o nvel de ocupao dos meninos foi de 14,5% e os das meninas 8,3%.

Segundo destaca a Sntese dos Indicadores 2006 do DIEESE O ganho real do salrio mnimo de 13,3% em 2006, frente a 2005 foi um dos fatores determinantes para o resultado observado em termos do crescimento dos rendimentos mdios de trabalho no perodo.

2.2 DEFINIO DE SINDICATO

2.2.1 Origem da palavra Sindicato:

A palavra sindicato tem origem francesa, embora a expresso sndico tenha sido encontrada anteriormente, no direito romano, para designar os mandatrios encarregados de representar uma coletividade, e no direito grego (sundike). A Lei Chapellier empregou o vocbulo sndico como sinnimo de sujeito diretivo de grupos profissionais. Segundo Juan Garcia Abellan, da derivou-se a palavra sindicato, para se referir aos trabalhadores e associaes clandestinas por eles organizadas no perodo subseqente Revoluo Francesa de 1789 e no

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perodo abolicionista das coalizes de trabalhadores que se seguiu. Em 1810, a Chambre Syndicale du Btiment de La Saint-Chapelle, entidade parisiense constituda por diversas corporaes patronais, emprega essa mesma expresso formalmente (CHIAVENATO; CARVALHO NETO, 2003). Segundo Arajo o art.1 da Lei n 4.886/65 estabelece que:

Exerce a representao comercial autnomo a pessoa jurdica ou a pessoa fsica, sem relao de emprego que desempenha, em carter no eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediao para a realizao de negcios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos representados, praticando ou no atos relacionados com a execuo dos negcios.

Para Arajo (2001, p.65). As atividades do trabalhador avulso so prestadas atravs de seu sindicato de classe, fazendo intermediao da mo-deobra, consistente na colocao da prestao de servios a terceiros. J para Batalha e Batalha (1994, p. 56) sindicato :

A pessoa jurdica de direito privado a que se confere legitimidade de substituio processual dos interesses coletivos das categorias econmicas (empresa) ou profissional (empregados) e, nos termos da lei, substituio processual dos interesses individuais dos integrantes das mesmas categorias.

Segundo Batalha e Batalha (1994, p.56) evidente que a definio abrange apenas os sindicatos representativos das categorias profissionais, no se aplica s categorias econmicas. importante ressaltar que:

O art. 511 da CLT fornece os elementos para a seguinte definio sindicato a associao destinada a estudo, defesa e coordenao dos interesses econmicos ou profissionais de todos os que, como

50 empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autnomos, ou profissionais liberais, exeram, respectivamente, a mesma atividade ou profisso ou atividades ou profisses similares ou conexas. (BATALHA E BATALHA, 1994, p.57).

Batalha e Batalha (1994, p.61) afirmam que [...] face liberdade organizacional dos sindicatos postulada pela Constituio, cabe-lhes definir o mbito da categoria por eles abrangida, desde que no invada esfera de outra categoria livremente constituda na mesma base territorial [..]. Batalha e Batalha (1994, p.60) vo mais alm [..] o sindicato constitudo por categorias definidas em seus estatutos [..]. J na CLT no se define sindicato, mas dispe que:

lcita a associao para fins de estudo, defesa e coordenao dos seus interesses econmicos ou profissionais, de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autnomos ou profissionais liberais, exeram, respectivamente, a mesma atividade ou profisso ou ainda atividade ou profisses similares ou conexas.

Entendemos que sindicato uma forma de organizao de pessoas fsicas ou jurdicas que figuram como sujeitos nas relaes coletivas de trabalho. Sua principal caracterstica a organizao de um grupo existente na sociedade, reunindo pessoas fsicas, os trabalhadores os sindicatos dos empregados, mas tambm pode reunir pessoas jurdicas, as empresas, sendo que estas se associando em sindicatos os sindicatos dos empregadores.

Sua principal funo a negocial, pois dela resultam normas de trabalho para toda categoria, alm de desempenhar um papel criativo na ordem jurdica como fonte do direito produtivo. A proibio do exerccio de atividade econmica deve ser interpretada como a restrio para que o sindicato desenvolva atividades comerciais, lucrativas, no mundo dos negcios.(CARVALHO; RICARDO, 1990).

O sindicato, como substituto processual, pode mover reclamaes trabalhistas para defesas de interesses individuais dos trabalhadores, afim de que os empregadores cumpram sentenas normativas proferidas pelos cumprimentos.

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Visam dar cumprimento sentena normativa. O procedimento seguido o dos dissdios individuais. Mas o principal processo judicial que movido pelo sindicato o dissdio coletivo, para garantir o direito do trabalhador, visando uma deciso para um conflito coletivo. Perante pelo CBO: o Ministrio do Trabalho, os Trabalhadores da Movimentao de Cargas e Descargas de Mercadorias em Geral eram classificados

Os trabalhadores nesta categoria at pouco tempo usavam o CBO 9-71.10. Tendo como funo efetuar a carga, descarga e arrumao das mercadorias conduzidas por veculos de transporte area, martimo ou terrestre, ou depositadas em armazns, trapiches, silos, depsitos, mercados ou estabelecimentos similares, deslocando do depsito para o veculo, balco de venda ou local de uso e vice-versa, e dispondo-as da melhor forma, para permitir sua exportao, armazenagem, comercializao ou utilizao: transporta as mercadorias, deslocando-as com auxlio de carrinhos, pranchas, alavancas ou meios anlogos, para conduzi-las ao veculo, depsito ou local de comercializao ou uso; arruma as mercadorias, dispondo-as no veculo ou nos locais de utilizao, armazenagem, embarque ou desembarque, segundo seus tamanhos, pesos, naturezas e destinos, para evitar que se deteriorem ou deformem e facilitar seu deslocamento ou manipulao.Podem marcar mercadorias para facilitar sua identificao. Pode contar, pesar e medir mercadorias. Pode prender a carga com cordas ou cubos e envolver os objetos em panos ou mantas, para proteg-los. Pode especializar-se em uma tarefa especfica de carga, descarga e arrumao de mercadorias, ou na manipulao de determinada espcie de material, e ser designado de acordo com a especializao (CBO Grande Grupo 7/8/9, 1994, p. 561).

Devido a mudanas na Legislao, hoje os Trabalhadores na categoria de Movimentao de Mercadorias, passaram a pertencer ao CBO 7832, que compreende cinco cdigos assim discriminados:

CBO 7832-05 - Carregador (aeronaves), auxiliar de servios no aeroporto, despachante de bagagens em aeroportos; 7832-10 - Carregador (armazns); 7832-15 - Carregador (veculos de transportes terrestres), carregador de caminho, carregador de vages, descarregador de

52 caminho, movimentador de mercadorias, arrumador de caminho; 7832-20 Estivador, ajudante de embarque de cargas, ajudante de operao porturia, movimentador de mercadorias no porto, capataz de estiva, encarregado de servio porturio, encarregado de servios no cais, operador de carga e descarga, porturio; 7832-25 Ajudante de motorista, ajudante de carga e descarga de mercadorias, entregador de bebidas(ajudante de caminho), entregador de gs (ajudante de caminho). (MINISTERIO DE TRABALHO E EMPREGO - CLT, 2001).

A descrio sumria compreende em: preparar cargas e descargas, movimentar mercadorias em navios, caminhes e vages; entregar e coletar encomendas; manusear cargas especiais; reparar embalagem danificada e controlar a qualidade dos servios prestados; operar equipamentos de carga e descarga; conectar tubulaes s instalaes de embarque de cargas; estabelecer comunicao, emitindo, recebendo e verificando mensagens, notificando e solicitando informaes, autorizaes e orientaes de transporte, embarque e desembarque de mercadorias.

2.2.2 Palestra e curso para os novos associados do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentao de Mercadorias em geral de Chapec/SC SITRAMMEC

Antes de ingressar ao quadro de associados do sindicato, os trabalhadores passam pela integrao, participando de palestra e curso de movimentadores de mercadorias, onde feito uma triagem de EPIs (equipamentos de proteo individual) e seguir as Normas da Entidade estabelecida pelo Estatuto Social e as Normas de Segurana no Trabalho, Medicina do Trabalho, de como fazer carga e descarga com segurana, etc., com durao de aproximadamente duas horas. Um funcionrio, conhecedor das normas do Estatuto Social da Entidade, desenvolve a integrao baseada nos seguintes itens: - Todo associado do sindicato trabalhar por produo, que pago quinzenalmente. Baseado nos servios realizados ter acrscimo de 18,18% como RSR (repouso semanal remunerado), formando a base de clculos para INSS, frias, 13 salrio e FGTS, PIS, Salrio Famlia, que direito do trabalhador. Estes

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trabalhadores no so chamados de funcionrios que recebem atravs de folha de pagamento, bancria. - O associado receber um nmero de matrcula na admisso, onde servir para marcar todos os servios realizados atravs da entidade nas empresas tomadoras; para marcao da alimentao fornecida, uniformes, vales (adiantamentos), etc. - Dever possuir bicicletas, pois ser seu veculo de transporte. - Ter comprometimento e responsabilidade com o servio, trabalhador avulso, sindicalizado, faz seu prprio salrio, sem horrio fixo, mas a entidade acordou com as empresas um documento responsabilizando em fornecer trabalhadores na realizao das tarefas, documento este que chamamos de Acordo Coletivos de Trabalho, firmado entre o sindicato e a empresa e homologado no Ministrio do Trabalho. - Com a tecnologia avanada que nos encontramos hoje, tanto as empresas tomadoras de servios quanto o sindicato que intermdia a mo-de-obra, dispe de cmeras de segurana, para garantir segurana dos funcionrios, associados, clientes, fornecedores, diretoria, entre outros. - Quanto ao horrio flexvel, sabendo-se que necessrio a realizao das tarefas dentro do cronograma da tomadora de servios. - Em cada empresa tomadora, o sindicato dispe de um associado fiscal que representa a entidade, distribuindo e orientando os associados na realizao das tarefas, marcando e preenchendo as notas de servios que sero entregues na RH/departamento pessoal para que seja feitos a individualizao na matrcula de cada associado e a separao e recolhimento dos encargos previstos por lei. Este fiscal tambm faz a previso da quantidade de trabalhadores que ir necessitar para realizar tal tarefa solicitada pela empresa. - Respeito entre os colegas, pois no h privilgio para ningum, nem to pouco se admite armas (fogo e branca) no local de trabalho. - Aos sbados os trabalhos so normais, alm de haver o sorteio entre os associados que queiram participar e iniciar os servios nas empresas tomadoras de maior movimento. Lembrando que quando um associado for sorteado eles so trabalhadores sindicalizados/associados, sem vnculo empregatcio e recebem atravs de planilha de produo, atravs de agncia

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para uma determinada empresa, permanecer trabalhando nela at que o fiscal lhe designe ao novo sorteio(em mdia 10 e 15 dias). - Em dias chuvosos, os trabalhos transcorrem normalmente. - Fazer higiene pessoal diariamente, evitando o uso de tabaco e bebidas alcolicas em horrio de expediente, zelando pela imagem da entidade, pois os trabalhadores sero vistos como um conjunto. - O sindicato oferece a todos os associados e familiares vrios benefcios como: convnios profissionais na rea da medicina, odontologia, laboratrios, clnica. Alm de fornecer em forma de adiantamento convnio com supermercados, farmcias, bicicletarias, gs, etc. - Vrias empresas que acordaram em documentos em fornecer alimentao ao associado, aquelas que no possuem, o sindicato solicita a marmita do restaurante e desconta dos servios do trabalhador. - fornecido uniforme do sindicato para uso em local de trabalho (dentro da empresa tomadora dos servios), identificando-os. Dentro do Curso do Movimentador de Mercadorias, fornecido pelo SITRAMMEC o associado tem conhecimento de: - Tipos de equipamentos para a movimentao de cargas: transportes contnuos, equipamentos suspensos e veculos industriais; - Mapa de periculosidade da empresa; - Ergonomia; - Arrumao de cargas com enlonamentos; - Uso correto de EPIs (Equipamento de Proteo Individual); - Uso adequado de ferramentas de trabalho: carrinhos, palete, cordas, correntes, ganchos, nria, lonas, lastro, etc; - Cuidados dentro dos armazns.

2.2.2.1 Valor fictcio para clculo demonstrativo:

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Tabela 17 Encargos SITRAMMECItens Total dos Servios RSR Total com repouso INSS 8,65% Dcimo terceiro salrio 9% Frias 12,12% FGTS 9,5568% INSS produo 36,80% INSS frias(11,12%) 28,80% INSS 13 salrio(8,34%) 28,80% Taxa de administrao 15% Total para a empresa pagar Fonte: Tabela fornecida pelo SITRAMMEC. Valor R$ 1.000,00 181,80 1.181,80 102,23 106,36 143,23 112,94 434,90 37,85 28,39 177,27 2.120,51

O percentual do INSS segue a tabela de contribuio, conforme os valores percebidos no ms referente ao recolhimento, e 15% uma mdia da taxa de administrao do sindicato, isto , conforme foi acordado no Acordo Coletivo de Trabalho com as empresas tomadoras de servios.

2.2.3 So direito dos Trabalhadores Avulsos Movimentadores de Mercadorias Sindicalizados

2.2.3.1 Repouso semanal remunerado

A Lei n. 605, de 05.01.1949 que dispe sobre o repouso semanal remunerado e o pagamento de salrio nos dias feriado civis e religiosos, foi regulamentada pelo Decreto n 27.048, de 12.08.1949. O art. 3 desta lei contida na CLT reconheceu ao trabalhador avulso o direito ao repouso semanal remunerado (RSR) ao estabelecer que:

O regime desta lei ser extensivo queles que, sob forma autnoma, trabalharem agrupados, por intermdio de sindicato, caixa porturia ou

56 entidade congnere. A remunerao do repouso obrigatrio, neste caso, consistir no acrscimo de 1/6 (um sexto) calculado sobre os salrios efetivamente percebidos pelo trabalhador e pago juntamente com os mesmos (CARRION. 1999, p. 824).

O percentual de 1/6 ou mais precisamente 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centsimos) por cento derivado do seguinte clculo, tendo-se por base, poca, jornada de 48 horas semanais: 100% = 48 horas semanais trabalhadas no decurso de 6 dias, ento: 100% / 6 dias = 16,66% Com a promulgao da Constituio Federal de 1988 que em seu artigo 7, inciso XVIII reduziu a jornada de trabalho para 44 horas semanais, o RSR do avulso passou, automaticamente, para o percentual de 18,18%, sendo: 100% = 44 horas trabalhadas apuradas nos 5,5 dias da semana (segunda sbado ao meio dia). Ento: 100% / 5,5 = 18,18% importante ressaltar que o RSR integra, para todos os efeitos, a remunerao do trabalhador avulso, seja para recolhimento de INSS, FGTS e outros encargos, como tambm para fins de informao da produo para requerimento de benefcios sociais, trabalhistas e previdencirios. Todavia, importante que a planilha de produo do trabalhador avulso elaborada pelo sindicato conste, com clareza os valores relativos remunerao e ao repouso.

2.2.3.2 Dcimo terceiro salrio ou gratificao de natal:

A Lei n. 5.480, de 10.08.1968 garantiu ao trabalhador avulso o direito ao 13 salrio ou gratificao de natal, regulamentada pelo Decreto n 63.912, de 26.12.1968.

Estabeleceu o referido Decreto, que para cobertura dos encargos decorrentes da gratificao de natal, o requisitante ou tomador de servios

57 do trabalhador avulso recolher 9% (nove) por cento sobre o total da remunerao a ele paga. O sindicato de cada categoria de trabalhador avulso efetuar o pagamento referente gratificao de natal, na terceira semana dos meses de julho e/ou dezembro no valor total creditado em nome do trabalhador at o ms anterior. (art.5). vedado ao sindicato efetuar qualquer adiantamento com recursos destinados ao pagamento da gratificao de natal. (art.6).

Sendo: 8,34% - parcela bruta do trabalhador 0,66% - taxa de administrao: 75% - sindicato 25% - federao Para chegar parcela lquida do trabalhador, basta calcular a produo do perodo x 8,34% e, o resultado obtido, descontar a alquota previdenciria, conforme a faixa que se enquadrar na tabela de contribuio. A alquota de 8,34% equivale a 1/12 (um, doze avos) dos meses do ano, ou seja: 100% / 12 = 8,34%. Portanto, se o trabalhador avulso somar ms a ms durante um ano, o seu 13 salrio, este te