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Telecentros Documentação técnica

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TelecentrosDocumentação técnica

Telecentros – documentação técnica V-1.0

Autores (em ordem alfabética):

Antonio Carlos Miranda da Silva

Carlos Henrique Machado PintoFrancisco de Assis Bispo Amaro

João Carlos Afilhado dos SantosJoão Pedro BomfimJosé Humberto Ribeiro

José LopesLuiz Carlos M. da RochaMarcelo Dantas JuniorMaria das Graças Ramos

Paulo Roberto dos Santos Arruda

Thiago Figueiredo Marques LeiteVanderneide Tâmara Souto de Lima

Elaboração e organização:

Carlos Henrique Machado Pinto Marcelo Dantas Junior

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Telecentros – documentação técnica V-1.0

Sumário

1. Histórico................................................................................................................................................61.1. Introdução à computação.............................................................................................................6

1.1.1. Dados, Informação e Conhecimento....................................................................................61.1.2. História da Informática.........................................................................................................71.1.3. História das grandes empresas de informática....................................................................8

1.1.3.1. IBM.................................................................................................................................81.1.3.2. Intel................................................................................................................................91.1.3.3. Apple............................................................................................................................101.1.3.4. Microsoft......................................................................................................................111.1.3.5. SERPRO......................................................................................................................11

1.2. Arquiteturas.................................................................................................................................121.2.1. Computadores da primeira geração...................................................................................121.2.3. Computadores da terceira geração....................................................................................131.2.4. Quarta geração até os dias atuais......................................................................................14

1.3. Os componentes.........................................................................................................................141.3.1. Válvula.................................................................................................................................151.3.2. Transistor.............................................................................................................................16

1.4. Os periféricos .............................................................................................................................171.5. O funcionamento do computador...............................................................................................20

1.5.1. Sistema binário....................................................................................................................221.5.2.1. Dispositivos de Entrada...............................................................................................231.6.2.2. Dispositivos de Saída..................................................................................................23

1.6. Ligando o Computador...............................................................................................................251.6.1. Estabilizador........................................................................................................................251.6.2. Tudo está correto?..............................................................................................................25

1.7. Monitor.........................................................................................................................................261.8. Software......................................................................................................................................271.9. Sistema Operacional...................................................................................................................27

1.9.1. Facilidade de acesso aos recursos do sistema..................................................................281.9.2. Compartilhamento de recursos de forma organizada e protegida.....................................28

2. Introdução à informática no telecentro...............................................................................................292.1. Escopo.........................................................................................................................................292.2. Detalhamento do Ambiente........................................................................................................29

2.2.1. Equipamentos Servidores...................................................................................................292.2.2. Equipamentos Estação de Trabalho (Completa e Leve)...................................................29

2.2.2.1. Estação Completa.......................................................................................................292.2.3. Distribuição GNU/Linux.......................................................................................................302.2.4. Conectividade......................................................................................................................30

2.3. Produtos e Serviços....................................................................................................................312.4. Firewall e Controle de Acesso Web...........................................................................................322.5. Perfis de Usuários.......................................................................................................................322.6. Armazenamento e Impressão.....................................................................................................322.7. Padrões e Nomenclaturas..........................................................................................................322.8. Processo de Instalação...............................................................................................................332.9. Termos Usados...........................................................................................................................332.10. Instalação de servidor / estação...............................................................................................342.11. Modo de instalação...................................................................................................................34

2.11.1. Servidor.............................................................................................................................342.11.2. Estação completa..............................................................................................................352.11.3. Estação leve......................................................................................................................35

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Telecentros – documentação técnica V-1.02.11.4. Fuso horário......................................................................................................................352.11.5. Inserindo o disco 2............................................................................................................362.11.6. Finalizando a instalação....................................................................................................37

2.12. Instalação de produtos..............................................................................................................372.12.1. Servidor.............................................................................................................................382.12.2. Estação..............................................................................................................................38

2.12.2.1. Estação leve..............................................................................................................382.12.2.2. Estação completa......................................................................................................38

2.13. Problemas.................................................................................................................................392.13.1. Conexão de rede...............................................................................................................392.13.2. Mouse serial......................................................................................................................39

2.14. Topologia...................................................................................................................................40

3. Linux....................................................................................................................................................413.1. História do Linux..........................................................................................................................413.1.2. Conceitos básicos....................................................................................................................423.1.3. Distribuições.............................................................................................................................43

3.1.3.1. Sistema de pacotes..........................................................................................................433.1.3.2. Estrutura dos diretórios....................................................................................................443.1.3.3. Bibliotecas básica libc......................................................................................................44

4. Redes de computadores.....................................................................................................................454.2. Redes no dia-a-dia......................................................................................................................454.3. Tipos de Redes...........................................................................................................................464.4.2. Onde procurar?........................................................................................................................494.4.3. Como procurar?.......................................................................................................................50

5.Infra-estrutura de um telecentro..........................................................................................................515.1.Premissas Básicas.......................................................................................................................51

5.2.1. Serviços Preliminares:.........................................................................................................515.2. Serviços Infra-estrutura Lógica...................................................................................................52

5.3.1. Cabos lógicos......................................................................................................................525.3.2. Canaletas.............................................................................................................................525.3.3. Conectorização e escaneamento.......................................................................................525.3.4. Rack.....................................................................................................................................53

5.4. Serviços de infra-estrutura elétrica.............................................................................................535.4.1. Quadro elétrico para informática.........................................................................................535.4.2. Alimentação do quadro elétrico para informática (Q E I)...................................................565.4.3. Circuitos de informática.......................................................................................................565.4.4. Cabos...................................................................................................................................565.4.5. Tomadas elétricas para computador .................................................................................565.4.6. Aterramento ........................................................................................................................565.4.7. Estabilizador eletrônico de tensão......................................................................................58

5.5. Transmissão e recepção de dados............................................................................................585.5.1. Antena parabólica...............................................................................................................585.5.2. Telefonia..............................................................................................................................59

5.6. Diversos.......................................................................................................................................595.6.1. Climatização........................................................................................................................595.6.2. Iluminação ..........................................................................................................................595.6.3. Adequação e reforma da construção civil..........................................................................595.6.4. Mobiliário.............................................................................................................................60

5.7. Especificações técnicas de elétrica e lógica..............................................................................605.8. Planilha da Média de Material a Ser Utilizado na infra-Estrutura Lógica e Elétrica, em um Ambiente de 40 m² para xx Pontos de Rede....................................................................................645.9. Informações Gerais da Rede......................................................................................................655.10. Sistema de Conexão dos Cabos Lógicos e Tomadas RJ-45 Cat. 5E.....................................65

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Telecentros – documentação técnica V-1.0

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Telecentros – documentação técnica V-1.01. Histórico

1.1. Introdução à computação

O computador atualmente é usado como ferramenta de trabalho que atende às diversas profissões e áreas de atuação, alguns conceitos básicos, sua história serão apresentados no decorrer do texto.

1.1.1. Dados, Informação e Conhecimento

Antes de falarmos mais sobre o computador, é interessante apresentarmos alguns conceitos relativos aos motivos que levaram os seres humanos a desenvolverem máquinas presentes cada vez mais na sua vida de uma forma ou de outra, sem que não necessariamente possua uma em casa.

O primeiro conceito que podemos explorar é o conceito de dado, um dado é um registro sobre alguma coisa. Quem atribui um significado ou importância a um conjunto de dados é a pessoa que o está avaliando. Isso se torna claro quando percebemos que alguns conjuntos de dados possuem significado para algumas pessoas, enquanto que para outras, o mesmo conjunto não passa de um amontoado de registros sem sentido.

Quanto um conjunto de dados passa a ter sentido e importância para uma pessoa, podemos renomear esse conjunto com o sugestivo termo chamado informação. Informação é o conjunto de dados que, dentro de um determinado contexto, possui significado e importância para as pessoas que estão inseridas dentro dele.

Com o passar do tempo, a informação que acumulamos acaba por ser a base de construção para aquilo que chamamos conhecimento. O conhecimento é o resultado das nossas experiências individuais ou coletivas associado ao conjunto de informações acumuladas sobre diversos ambientes durante um período de tempo.

O processo que descrevemos é representado na ilustração 17. A análise de um conjunto de dados transforma-se em informação. Com o passar do tempo, o conjunto de informações dá origem ao que chamamos de conhecimento.

Dado: um registro sobre alguma coisaInformação: conjunto de dado com sentido e importância para uma pessoa.Conhecimento: resultado das nossas experiências individuais ou coletivas associado

ao conjunto de informações acumuladas sobre diversos ambientes durante o tempo.O desenvolvimento dos computadores só foi possível devido ao acúmulo de

conhecimento do ser humano, que reuniu as informações adequadas e a sua experiência coletiva para criar e aprimorar máquinas cujo objetivo é justamente o de auxiliar a transformação de conjuntos de dados em informação útil. Ou seja, o trabalho de armazenar, catalogar, selecionar, classificar, reproduzir, etc é do computador. Para nós, usuários do computador, cabe a definição daquilo que deve ser feito pelo computador para

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Ilustração 1: Dados, informação e conhecimento

Informação ConhecimentoDado

Análise Experiência

Telecentros – documentação técnica V-1.0alcançarmos a informação que nos é útil.

Objetivo do computador: auxiliar a transformação de conjuntos de dados em informação útil.

1.1.2. História da Informática

O computador que conhecemos atualmente é uma máquina que tem apenas como funções básicas receber informação processá-la e produzir uma saída ou resultado esperado. Para que se tenha chegado à evolução atual foi passando por calculadoras e as mesmas evoluindo até chegarmos aos dias atuais.

500 A.C – Ábaco – Instrumento composto de varetas ou barras e pequenas bolas usado pelos mercadores para fazer cálculos. Usado por mercadores babilônicos e foi conhecido como a primeira máquina de calcular digital. Cada barra corresponde a uma posição digital e os elementos de contagem podem deslizar livremente;

1642 – Calculadora de Pascal – O matemático Blaise Pascal cria a sua máquina de calcular;

1672 - Calculadora de Leibniz: O matemático alemão Gottfried Leibniz aperfeiçoa a calculadora de Pascal facilitando as operações de multiplicação e divisão;

1812 – Máquina diferencial criada por Babage. Seria capaz de realizar cálculos para confecção de tabelas nauticas;

1890 – Registro da população americana em cartões feito por Herman Hollerith. A informação era codificada em fitas de papel marcada a tinta dividida em “campos” , um furo representava um dado e a ausência de furo no campo era representado pelo dado oposto. Posteriormente a fita foi substituída por cartão. Herman foi o criador da International Business Machine (IBM);

1936 – Z-1, primeiro computador eletromecânico que usava relés e foi construído pelo alemão Konrad Zuse;

1946 – ENIAC (Eletrick Numerical Integrator and Calculator), primeiro computador a válvulas. John Von Neumann formalizou o projeto lógico de um computador, sugerindo que as instruções fossem armazenadas na memória do computador para que fossem processadas.;

1947 – Criação do transistor;

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Ilustração 2.Ábaco

Telecentros – documentação técnica V-1.01959 – 1964 – computadores da segunda geração usando transistores e circuitos

impressos;

1964 – 1970 – Computadores aperfeiçoados com circuitos integrados;1970 - atualidade – tecnologia atual, miniaturização, velocidade maior.

Após conhecermos a história da informática em que a cada passagem pelos marcos há a constante busca por soluções que tragam maior velocidade de processamento, ocupem menor espaço físico, possua uma maior capacidade de armazenamento de informações e que tenha menor custo para que possa ser acessível a cada vez mais pessoas.

1.1.3. História das grandes empresas de informática

Na história da informática não podíamos esquecer das grandes empresas que fizeram parte da evolução e proporcionaram que o computador chegasse à tecnologia que encontramos atualmente.

1.1.3.1. IBM

A primeira grande empresa foi a IBM.No final do século XIX, nos Estados Unidos, o estatístico Herman Hollerith idealizou

uma solução eficiente para o censo de 1890. Hollerith concebeu diversas máquinas elétricas para a soma e contagem de dados, os quais eram representados sob a forma de perfurações adequadamente distribuídas em fita de papel.

Através dessas perfurações, estabeleciam-se circuitos elétricos e os dados que elas representavam podiam, então, ser computados de forma uma rápida e automaticamente.

Com esse processo, os Estados Unidos puderam acompanhar de perto o crescimento de sua população. Os resultados do censo de 1890 foram fornecidos três anos depois e com isso, fez-se uma economia de vários anos de trabalho.

Em 1896, Hollerith criou a Tabulating Machine Company e introduziu inovações em sua descoberta. Assim, a fita de papel foi substituída por cartões, que viriam a ser o elemento básico das máquinas IBM de processamento de dados de algumas décadas atrás. Já em 1911, duas outras companhias, a International Time Recording Co., de registradores mecânicos de tempo, e a Computing Scale Co. de instrumentos de aferição de peso, uniram-se a ela, por sugestão do negociante e banqueiro Charles R. Flint, formando-se então a Computing Tabulating Recording Co. - CTR.

Em fevereiro de 1924 a CTR mudou seu nome para aquele que ocuparia um lugar de liderança dentro do processo tecnológico: INTERNATIONAL BUSINESS MACHINES.

Ilustração 3:IBM

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Telecentros – documentação técnica V-1.0A sigla IBM passou a ser, desde então, a fórmula para que a indústria e o comércio

continuassem a resolver seus problemas de desenvolvimento.

As atividades da IBM World Trade Corporation se estendem hoje por mais de 150 países. As fábricas e laboratórios da IBM funcionam em 15 diferentes países.

Essas fábricas estão integradas aos laboratórios de desenvolvimento na França, Alemanha, Espanha, Itália, Holanda, Suécia, Inglaterra, Brasil, Argentina, Colômbia, México, Canadá, Austrália e Japão.

São 29 laboratórios de desenvolvimento que, juntamente com os 5 dos centros de pesquisa pura onde são realizadas as mais sofisticadas pesquisas tecnológicas, estão localizados nas seguintes áreas geográficas:

• Europa • América do Sul

• América do Norte • Ásia - Pacífico

1.1.3.2. Intel

A Intel foi criada em julho de 1968 e, na época, contava com uma equipe de 12 cientistas, trabalhando em um prédio alugado em Mountain View, na Califórnia, EUA

O objetivo inicial da empresa era desenvolver uma alternativa melhor e mais barata para a memória central magnética dos computadores baseada em tecnologia de semicondutores. Hoje a empresa é a maior fabricante de chips do planeta. Atualmente a cada 10 PCs 8 utilizam processadores Intel.

Do primeiro sucesso comercial, o chip de memória 1103, lançado em 1970, até o atual Pentium 4, a Intel Corporation sempre demonstrou sua tendência à inovação.

O maior orgulho da Intel foi ter desenvolvido o primeiro microprocessador do mundo, o 4004. Em 1970, uma companhia japonesa procurou a empresa para projetar um conjunto de 12 chips lógicos customizados para sua linha de calculadoras de alto desempenho. A Intel apresentou uma contra-proposta: construir um dispositivo lógico de propósito geral com um chip único. Surgia então o primeiro microprocessador do mundo.

A partir daí, a história da empresa confunde-se com a do microprocessador. Em 1972, ela lança o 8008, duas vezes mais poderoso que o 4004. Em 1974 é lançado o 8080, que pode ser considerado o cérebro do primeiro computador pessoal, o Altair.

Quatro anos depois, a Intel colocou no mercado o 8086 e em 1979 a companhia anuncia o que viria a ser o cérebro do PC IBM, o processador 8088.

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Ilustração 4.Intel

Telecentros – documentação técnica V-1.0E a Intel lançou processador 286, o primeiro a capaz de executar todos os softwares

escritos para seu predecessor. Em seguida o 386, lançado em 1985, e que possuía 275 mil transistores, um chip de 32 bits e podia rodar vários programas ao mesmo tempo.

Os processadores da Intel mais modernos são os da família Pentium. O primeiro deles foi lançado em 1993 e, na época, era considerado revolucionário, pois permitia que o computador incorporasse mais facilmente som e imagem, por exemplo. O Pentium II surgiu quatro anos depois, especificamente desenhado para processar dados de vídeo, áudio e gráficos, e contava com 7,5 milhões de transistores. Com ele, usuários de PCs podiam editar e compartilhar fotos e gráficos pela Internet.

O Pentium III chegou ao mercado em 1999 para otimizar a experiência de navegação na Internet, aumentando a qualidade de áudio, vídeo e navegação 3D. O processador tinha 9,5 milhões de transistores.

No ano 2000 foi lançado o Pentium 4. Este processador permite ao usuário de um PC criar filmes com boa definição, codificar músicas para a tecnologia MP3 rapidamente e rodar simultaneamente vários aplicativos multimídia enquanto estiver conectado à Internet. O Pentium 4 foi lançado com 42 milhões de transistores e velocidade inicial de 1,5 Ghz.

A Intel também produz processadores específicos para servidores, como o Intel Xeon, desenhados especificamente para o multiprocessamento em sistemas de 32 bits. E a empresa também desenvolve arquiteturas com chips programáveis para a montagem de equipamentos clássicos de rede como roteadores.

1.1.3.3. Apple

Fundada em 1976 por Steve Jobs após ter criado o Altair no ano anterior, lançando o Apple I. Em 1983 lança o Lisa sucedido em 1984 pelo primeiro Macintosh. Atualmente possui dois produtos no mercado que são o iMac e o iPod. É uma empresa que mantém o seu propósito inicial de ser fabricante de hardware e software. Iniciou sua produção com o Altair que não possuía monitor nem memória interna. Ele recebia comandos através de um conjunto de chaves e um programa simples necessitava de milhares de ligações sem um erro para funcionar. A saída do Altair era apresentada na forma de luzes que piscavam.

O fundador da empresa, Steve Jobs, não queria somente vencer a concorrência no ramo dos computadores pessoais, mas sim, mudar uma sociedade, criar uma nova perspectiva de vida para uma nova geração que estava por vir.

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Ilustração 5.Apple Ilustração 6: Altair

Telecentros – documentação técnica V-1.01.1.3.4. Microsoft

A Microsoft exerceu um grande papel pois a sua filosofia inicial contrariava as idéias da época de que somente o hardware proporcionava grandes ganhos e vendas.

A história da Microsoft iniciou quando Bill Gates e Paul Allen escreveram um BASIC para o Altair em 1975, no mesmo ano foi criada a Microsoft.

A Microsoft Corporation é a maior e mais conhecida empresa de software do mundo. Foi fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen com o objetivo de desenvolver e comercializar interpretadores da linguagem BASIC. Hoje a Microsoft é a empresa de tecnologia que mais investe em pesquisa e desenvolvimento no mundo e que possui o maior capital acionário do mundo.

1.1.3.5. SERPRO

O Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) é a maior empresa pública de prestação de serviços em tecnologia da informação do Brasil. Foi criado pela Lei nº 4.516, de 1º de dezembro de 1964, para modernizar e dar agilidade a setores estratégicos da administração pública. É uma empresa vinculada ao Ministério da Fazenda e cresceu desenvolvendo programas e serviços que permitiram maior controle e transparência sobre a receita e os gastos públicos. Consolidou-se, ao longo desses anos, aprimorando tecnologias adotadas por diversos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, e incorporadas à vida do cidadão brasileiro.

Situa-se, fisicamente, em uma sede central (localizada em Brasília), em dez regionais e escritórios distribuídos pelo território nacional. São 10.071* empregados voltados para melhoria contínua dos níveis de serviços prestados ao Cliente.. Seu mercado de atuação está no segmento das finanças públicas, constituído pelo Ministério da Fazenda com suas secretarias e demais órgãos, correspondendo a 85,2% do volume de negócios da Empresa. Atua, também, no segmento das ações estruturadas e integradoras da Administração Pública Federal, que é constituído pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e estende-se a outros órgãos governamentais que venham a constituir ações nesse segmento e que demandem serviços característicos da Empresa.

Soluções como declaração do imposto de renda via internet, sistemas informatizados que gerenciam o orçamento da União, redes que permitem integrar balancetes contábeis ao Fundo de Participação de Estados e Municípios, serviços computadorizados que informam quanto o Brasil exporta e importa, tudo isto tem a marca do Serpro.

Com sua ampla base operacional, o Serpro presta serviços em rede que abrange todo o território nacional, num volume de ordem superior a um bilhão de transações on-line anuais, com sistemas popularizados por siglas ou expressões como: Siscomex, Rais, Renavam, Siafi, Siape, IRPF, Receitanet, Rede Governo, Siafem, Siapenet, Siorg e outros já inseridos nas esferas econômicas e sociais da vida do Governo, das empresas e dos cidadãos brasileiros.

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Ilustração 7.Microsoft

Telecentros – documentação técnica V-1.0O Serpro é credenciado como Autoridade Certificadora (AC) da Infra-Estrutura de

Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. A aprovação da auditoria e fiscalização feita nas dependências do Centro de Certificação Digital do Serpro, concedendo à Empresa o direito de operar como Autoridade Certificadora (AC) e de Registro (AR) na ICP-Brasil foi publicada no Diário Oficial da União do dia 1º de abril de 2002, pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação.

Como AC, a Empresa está habilitada a representar uma entidade responsável pela emissão, gerenciamento, renovação e revogação de certificação digital e, apta a prover serviços de certificação digital para seus atuais clientes.

Hoje, o Serpro atua de forma a oferecer aos seus clientes soluções tecnológicas que lhes permitam a concentração nas suas atividades principais, com dados e informações adequadas às suas operações e decisões.

1.2. Arquiteturas

A arquitetura de um computador depende de seu projeto lógico e a sua implementação depende da tecnologia disponível.

As três primeiras gerações refletiam a evolução dos computadores em termos de hardware o que continuamente existe até hoje para acompanhar a complexidade, diversificação dos programas e aplicações possíveis.

1.2.1. Computadores da primeira geração

A primeira geração aconteceu no período de 1945 a 1955 e se caracterizava por computadores com válvulas eletrônicas, muito lentos, trabalhosos, ocupando grandes áreas. Como exemplos temos o ENIAC1 e o EDVAC2. John von Neumann3, matemático participou de ambos os projetos e considerando que a programação decimal era demasiadamente complexa, percebeu que o programa poderia ser representado de forma digital na memória do computador, juntamente com os dados, o que substituiria a aritmética decimal pela binária. A máquina de von Neumann4 foi o projeto básico desenvolvido pelo matemático e usado no primeiro computador com programa armazenado que é a base, até hoje de todos os computadores digitais.

1 Electronic Numerical, Integrator and Computer, ou seja, Computador e Integrador Númerico e Eletrônico2 Electronic Discrete Variable Automatic Computer, ou seja, Computador Automático Eletrônico de Variáveis

Discretas3 Matemático húngaro que desenvolveu importantes contribuições para a ciência da computação e

matemática.4 Máquina de von Neumann – arquitetura de computador criada por Neumann que é usada até hoje.

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Telecentros – documentação técnica V-1.0

A máquina de von Neumann possui cinco partes básicas: memória, unidade lógico-aritmética, unidade de controle de programa e equipamentos de entrada e saída.

A unidade central de processamento central ou Unidade de Controle trata das operações e execução das instruções. A CPU é composta por Unidade Lógica e Aritmética e Unidade de Controle e registradores que armazenam temporariamente resultados e valores durante a execução de programas. As unidades de entrada e saída destinam-se a suportar ações de comunicação da CPU e memória com o mundo exterior.

1.2.2. Computadores da segunda geração

A segunda geração que aconteceu no período de 1955 a 1965 veio com o uso da invenção do transistor em 1948 por John Bardeen, Walter Brattain e William Shockley o que proporcionou a substituição das válvulas por transistores e circuitos impressos. Foram criados nessa geração o TX-0, PDP-1, PDP-8, 7090, 7094, 1401, computador mais popular criado pela IBM, Burroughs B5000.

1.2.3. Computadores da terceira geração

A terceira geração que aconteceu no período de 1965-1980 passou a usar circuitos integrados1, maior compactação, menor espaço ocupado, redução de custos e velocidade de processamento em microsegundos. O circuito integrado permite que dezenas de transistores sejam colocados numa única pastilha. A IBM, criadora dos modelos 7094 e 1401 criou uma nova série de computadores, o System/360, baseada em circuitos integrados. A série System/360 inovou não somente na construção de computadores mas também em outras

1 Circuitos Integrados – muitos transistores e outros componentes capaz de desempenhar muitas funções.13

Ilustração 8.: Arquitetura von Neumann

Telecentros – documentação técnica V-1.0características como multiprogramação1. O 360 possuía um espaço de endereçamento de 24 bits, 224 (16 MB), posteriormente foi desenvolvida arquitetura que suportasse 32 bits passando a ter 232 (≈ 4 GB).

1.2.4. Quarta geração até os dias atuais

A quarta geração que aconteceu no período de 1980 até os dias atuais conta com aperfeiçoamento da tecnologia existente, maior grau de miniaturização, dezenas, centenas, milhares de transistores, confiabilidade e velocidade maior, velocidade em nanosegundos. Inicia-se a era VLSI2 e os computadores pessoais estão iniciando e se expandindo. As máquinas passam a se diversificar e atender não somente a usuários como para outras aplicações. São distinguidas basicamente em Computador Pessoal, Minicomputador, Supermini, Mainframe, Supercomputador.

Os minicomputadores são usados em aplicações de tempo real, automação industrial baseados em processadores de 16 ou 32 bits. O supermini é baseado em processador de 32 bits. Os mainframes possuem maior capacidade de entrada/saída. Os supercomputadores são máquinas projetadas para terem o máximo de processamento possível.

A Intel inicia a produção de microprocessadores em pastilha e obteve grande sucesso com o 8080, uma pequena CPU de uso geral. Após o grande sucesso do 8080 a Intel lançou o 8086, uma CPU de 16 bits em uma única pastilha. O 8086 foi seguido pelo 8088 com barramento de 8 bits, mas com fluxo de 16 bits e pode endereçar até 1MB. Em seguida a Intel lançou o 80286, uma versão superior compatível com o 8086 com barramento de 16 bits.

O grande passo foi uma CPU de 32 bits numa pastilha, o 80386, pode gerenciar até 4GB de memória física. Em seguida lançou o 80486.

As máquinas RISC3 se opõem às CISC4, aquelas que já conhecemos e vimos anteiormente com os processadores Pentium, no sentido de possuirem um conjunto de instruções mais reduzido e sua regra principal é que sacrifique tudo para reduzir o tempo de ciclo de vida de dados. Exemplos de arquiteturas RISC: SPARC5, MIPS6.

1.3. Os componentes

Os componentes básicos de um computador são processador, memória ram, também chamada memória principal, disco rígido ou memória secundária, dispositivos de entrada e saída e softwares.

Os micros pc possuem uma arquitetura aberta e os vários fabricantes de periféricos e componentes fabricam seus produtos baseados em padrões existentes, permitindo assim a compatibilidade entre todos.

1 Vários programas presentes na memória simultaneamente.2 Very Large Scale Integration, ou seja, Integração em Escala Muito Grande.3 RISC – Reduced Instruction Set Computer, ou seja, Computador com Conjunto de Instruções Reduzido.4 CISC – Complex Instruction Set Computers, ou seja, Computadores com Conjunto de Instruções

Complexo.5 SPARC – Scalable Processor ARChiteture, ou seja, Arquitetura de processador escalável.6 MIPS – Multiprocessor without Interlocked Pipeline Stages

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Telecentros – documentação técnica V-1.0Toda a parte física do computador que compreende processador, memória, disco

rígido, monitor, placa, gabinete é chamada de hardware.

O processador é o cérebro do micro e, para tanto precisa de um corpo que é a placa mãe. Através dela os demais periféricos podem se integrar e trabalhar em conjunto com o processador. Cada processador precisa de uma placa mãe adaptada para ele pois cada arquitetura possui suas diferenças como número de contatos, terminais, voltagens.

Para poder trabalhar a CPU necessita da memória RAM, memória principal ou pente de memória que é conectada na placa mãe no local específico.

1.3.1. Válvula

No final do século 19, na época dos nossos bisavós, os "computadores" já existiam, apesar de extremamente rudimentares. Eram os computadores mecânicos, que realizavam cálculos através de um sistema de engrenagens, acionado por uma manivela ou outro sistema mecânico qualquer. Este tipo de sistema foi comum na forma de caixas registradoras era bastante utilizado naquela época.

No final do século XIX surgiu o relê, um dispositivo eletromecânico, formado por um magneto móvel, que se deslocava unindo dois contatos metálicos. O Relê foi muito usado no sistema telefônico. Os relês podem ser considerados uma espécie de antepassados dos transístores. Suas limitações eram o fato de serem relativamente caros, grandes demais e ao mesmo tempo muito lentos: um relê demora mais de um milésimo de segundo para fechar um circuito.

Também no final do século XIX, surgiram as primeiras válvulas. As válvulas foram usadas para criar os primeiros computadores eletrônicos, na década de 40.

As válvulas tem seu funcionamento baseado no fluxo de elétrons no vácuo. Tudo começou numa certa tarde quando Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica estava brincando com a sua invenção. Ele percebeu que ao ligar a lâmpada ao polo positivo de uma bateria e uma placa metálica ao polo negativo, era possível medir uma certa corrente fluindo do filamento da lâmpada à chapa metálica, mesmo que os dois estivessem isolados. Havia sido descoberto o efeito termoiônico, o princípio de funcionamento das válvulas.

A idéia é que o filamento metálico da válvula ao ser aquecido, emite elétrons que agitados graças à alta temperatura, conseguem vencer a barreira superficial do metal e fechar o circuito com outro filamento localizado próximo ao primeiro.

As válvulas já atingiam freqüências de alguns Megahertz, o problema é que esquentavam demais, consumiam muita eletricidade e se queimavam com facilidade. Era fácil usar válvulas em rádios, que usavam poucas, mas construir um computador, que usava milhares delas era extremamente complicado, e caro. Apesar de tudo isso, os primeiros computadores baseados em válvulas começaram a surgir durante a década de 40, naturalmente com propósitos militares. Os principais usos eram a codificação e decodificação de mensagens e cálculos de artilharia. A partir da década de 50, as válvulas foram rapidamente substituídas pelos transístores e mais tarde pelos circuitos integrados e microchips.

Sem dúvida, o computador mais famoso daquela época foi o ENIAC (Electronic Numerical Integrator Analyzer and Computer), construído em 1945. O ENIAC era composto por nada menos do que 17,468 válvulas, ocupando um galpão imenso. Porém, apesar do tamanho, o poder de processamento do ENIAC é ridículo para os padrões atuais, suficiente para processar apenas 5.000 adições, 357 multiplicações e 38 divisões por segundo, bem

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Telecentros – documentação técnica V-1.0menos até do que uma calculadora de bolso atual, das mais simples.

1.3.2. Transistor

O primeiro projeto surgiu em dezembro de 1947, onde era usado um pequeno bloco de germânio (que na época era junto com o silício o semicondutor mais pesquisado) e três filamentos de ouro. Um filamento era o polo positivo, o outro o polo negativo, enquanto o terceiro tinha a função de controle. Tendo apenas uma carga elétrica no polo positivo, nada acontecia, o germânio atuava como um isolante, bloqueando a corrente. Porém, quando uma certa tensão elétrica era aplicada usando o filamento de controle, uma fenômeno acontecia e a carga elétrica passava a fluir para o polo negativo. Haviam criado um dispositivo que substituía a válvula, sem possuir partes móveis ou mecânicas, gastando uma fração da eletricidade gasta por uma e, ao mesmo tempo, muito mais rápido.

Este primeiro transístor era relativamente grande, mas não demorou muito para que este modelo inicial fosse aperfeiçoado. Durante a década de 50, o transístor foi gradualmente dominando a indústria, substituindo rapidamente as problemáticas válvulas. Os modelos foram diminuindo de tamanho, caindo de preço e tornando-se mais rápidos. Alguns transístores da época podiam operar a até 100 MHz. Claro que esta era a freqüência que podia ser alcançada por um transístor sozinho, nos computadores da época, a freqüência de operação era muito menor, já que em cada ciclo de processamento o sinal precisa passar por vários transístores.

Mas, o grande salto foi a substituição do germânio pelo silício. Isto permitiu miniaturizar ainda mais os transístores e baixar seu custo de produção. Os primeiros transístores de junção comerciais foram produzidos partir de 1960 pela Crystalonics.

A idéia do uso do silício para construir transístores é que adicionando certas substâncias em pequenas quantidades é possível alterar as propriedades elétricas do silício. As primeiras experiências usavam fósforo e boro, que transformavam o silício em condutor por cargas negativas ou condutor por cargas positivas, dependendo de qual dos dois materiais fosse usado. Estas substâncias adicionadas ao silício são chamadas de impurezas, e o silício “contaminado” por elas é chamado de silício dopado.

O funcionamento e um transístor é bastante simples, quase elementar. É como naquele velho ditado “as melhores invenções são as mais simples”. As válvulas eram muito mais complexas que os transístores e mesmo assim foram rapidamente substituídas por eles.

Um transístor é composto basicamente de três filamentos, chamados de base, emissor e coletor. O emissor é o polo positivo, o coletor o polo negativo, enquanto a base é quem controla o estado do transístor, que como vimos, pode estar ligado ou desligado.

Quando o transístor está desligado, não existe carga elétrica na base, por isso, não existe corrente elétrica entre o emissor e o coletor (temos então um bit 0). Quando é aplicada uma certa tensão na base, o circuito é fechado e é estabelecida a corrente entre o emissor e o receptor (um bit 1).

Outro grande salto veio quando os fabricantes deram-se conta que era possível construir vários transístores sobre o mesmo waffer de silício. Havia surgido então o circuito integrado, vários transístores dentro do mesmo encapsulamento. Não demorou muito para surgirem os primeiros microchips. Mesmo com todo o avanço o funcionamento básico continua e continuará sendo por 0 e 1.

16

Telecentros – documentação técnica V-1.01.4. Os periféricos

Um dos periféricos importantes para a organização física do computador é o gabinete que é a caixa de metal que acomoda e protege os frágeis componentes internos do computador. O gabinete tem também fonte de alimentação responsável por converter corrente alternada em corrente contínua.

O gabinete é o local onde está o componente mais importante para o funcionamento do computador: a CPU ou processador (1). O processador é o “cérebro” do computador, pois é nele que são executadas as instruções e cálculos que permitem que os resultados desejados pelo usuário sejam obtidos.

Além do processador, é no gabinete que encontraremos vários outros componentes importantes, entre os quais podemos destacar:

– o disco rígido (2), responsável pelo armazenamento principal dos dados no computador;– a placa de vídeo (3), que é uma placa eletrônica que faz a conexão da CPU com o

monitor;– a placa de rede (4), também uma placa eletrônica que permite a conexão de um

computador com outros computadores;– a fonte de energia (5), onde conectamos o cabo de força que fará a alimentação de

energia elétrica do computador.– a placa-mãe(6), que centraliza e permite a comunicação de todas as conexões das

placas e do processador numa só estrutura;– os módulos de memória (7), cuja funcionalidade é armazenar as informações utilizadas

pelo processador. É um componente importante para definir o desempenho do computador;

– leitor de CD/DVD (8), que permite ao computador ler CDs de áudio ou dados.

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Telecentros – documentação técnica V-1.0

Na Ilustração 9, temos um gabinete aberto, onde podemos ver cada um dos componentes:(1) processador, (2)disco rígido, (3) placa de vídeo, (4) placa de rede, (5) fonte de energia, (6) placa-mãe, (7) módulos de memória, (8) leitor de CDs.(comentários: o processador está “escondido” embaixo de um ventilador que tem o nome de cooler (ventilador, em inglês). O cooler tem a função de manter refrigerar o processador para manter sob controle a sua temperatura para que ele não possa aquecer em demasia, seu aquecimento constante é devido à grande quantidade de micro componentes eletrônicos internos que trabalham a uma frequência bastante alta. Sem o cooler, os processadores esquentam a uma temperatura na qual é impossível tocá-lo.

A placa mãe é o componente essencial para o funcionamento do computador, sem ela o processador e demais periféricos não funcionam corretamente.

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Ilustração 9: Gabinete do computador

Telecentros – documentação técnica V-1.0

A placa de som permite que o micro gere sons, tocados por caixas acústicas. Geralmente as placas de som possuem entrada para microfone e joystick.

O fax-modem permite a comunicação entre dois computadores usando uma linha telefônica.

A fonte é um dos periféricos auxiliares, sem ela o computador não funciona porque esta é responsável por transformar corrente alternata em contínua para uso da placa mãe e demais periféricos.

O drive de disquetes é uma tecnologia ainda muito usada para transporte de arquivos entre máquinas.

Podemos classificar os periféricos de acordo com sua funcionalidade. Assim, temos periféricos com a função de entrada de dados:

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Ilustração 12.: Disquete

Ilustração 10.: Placa mãe

Ilustração 11.: Fonte

Telecentros – documentação técnica V-1.0

• Interfaces serial e paralela.• Teclado – períférico do computador usado para entrada de dados.

• Mouse – periférico de entrada que, junto ao teclado auxilia no processo de entrada de dados, funciona como um apontador na tela do computador e disponibiliza movimento, clique e duplo-clique.

• Touch Screen – periférico de entrada de dados semelhante à funcionalidade do mouse.

• Leitora ótica• Joystick

• Leitora de cartões

Periféricos de saída de dados:• Impressora

• Plotters• Monitores e placas de vídeo

Periféricos de entrada e saída de dados

• Unidades de disco• Disquete

• Fita magnética• Modem

• Memória• CPU

1.5. O funcionamento do computador

O funcionamento básico de um computador está baseado em guardar e processar informações e pode ser representado pelo esquema abaixo:

20

Ilustração 13: Funcionamento básico do computador

Processamento InformaçãoConjunto deDados

Entrada Computador Saída

Telecentros – documentação técnica V-1.0Ou seja, podemos imaginar o computador como uma máquina que possui uma entrada

e uma saída. Na entrada, alimentamos o computador com conjuntos de dados. Ao receber as informações, o computador realiza o processamento, que consiste em uma série de operações, cálculos e instruções com os dados inseridos. Ao final do processamento, o computador apresenta, como saída, as informações resultantes do processamento.

Classificamos toda a parte física do computador (aquilo que podemos ver e tocar) como Hardware. Para as operações, cálculos e instruções que são executadas dentro do computador damos o nome de Software.

Em relação ao Hardware, podemos, ainda, ter outra divisão. Para fazermos a entrada dos conjuntos de dados, podemos usar Dispositivos de Entrada de dados. O processamento é feito na CPU, cuja sigla, em português, quer dizer Unidade Central de Processamento. Terminado o processamento, as informações resultantes são exibidas nos Dispositivos de Saída.

Há pelo menos duas maneiras de se representar uma informação que é analogica ou digital. Com sinal analógico a informação é representada através de sinais magnéticos em forma de onda senoidal1.

A representação digital armazena informações na forma de uma seqüência de valores positivos e negativos, ou seja, uns e zeros que é o sistema binário, graficamente representado por uma onda quadrada2.

Cada valor binário é chamado de bit que é a menor unidade digital. Bit é uma contração de “binary digit” ou “dígito binário”. A cada 8 bits formamos 1 byte.

Usamos os termos kbit, Megabit, Gigabit para representar conjuntos de 1024 bits, sendo que um Megabyte corresponde a 8 Megabits. Assim temos:

1 Bit = 0 ou 1

1 Byte = 8 bits1 Kbyte = 1024 bytes ou 8192 bits

1 Megabyte = 1024 Kbytes, 1.048.576 bytes ou 8.388.608 bits1 Gigabyte = 1024 Megabytes, 1.048.576 kbytes, 1.078.741.824 bytes ou

8.589.934.592 bits

1 Senoidal – forma de onda mais simples que obedece a uma função seno e cosseno2 Onda quadrada – forma de onda composta por trem de pulsos que alterna entre estados de amplitude

máxima ou nula com duração igual.21

Ilustração 14: Formas de Onda

Telecentros – documentação técnica V-1.0Quando vamos escrever há uma diferença entre os bits e bytes. Ao escrevermos em

maiúsculo KB, MB, estamos representando Kbytes ou Megabytes, enquanto escrevendo em minúsculo Kb, Mb, representamos Kbits e Megabits.

1.5.1. Sistema binário

O sistema binário é o sistema numérico com duas posições numéricas. A característica do sistema binário é a existência exclusiva dos números 0 e 1 que são os dígitos binários. Através deles quaisquer valores podem ser representados, escrevendo-se apenas combinações de 0 e 1. O uso de apenas dois números permite representar qualquer tipo de informação, dado. A unidade básica de memória do computador é o dígito binário, é a unidade mais simples possível.

Para melhor entendermos o sistema binário melhor entedermos como transformar números decimais em números binários.

Número decimal: 23 Número binário: 10111

Conversão:Resto

1 23 | 20 11| 2

1 5 | 2 1 3 | 2

1 1 | 2

De outra maneira:

Ilustração 15: Conversão numérica

22

Telecentros – documentação técnica V-1.0

1.5.2.1. Dispositivos de Entrada

Para fazermos o processamento de um conjunto de dados, primeiramente, é necessário fornecê-lo ao computador. Para isso, devemos ter alguma forma de interagir com ele, inserindo dados e instruções para que ele calcule os resultados desejados. Para inserir os dados e instruções, usamos os Dispositivos de Entrada de Dados. Esses dispositivos são fundamentais para a operação de um computador por um usuário. Para os computadores atuais, dois dispositivos são praticamente indispensáveis: o teclado e o mouse.

Dispositivos de Entrada

1.6.2.2. Dispositivos de Saída

Uma vez que fizemos a inclusão dos dados através de um dispositivo de entrada e o computador realizou o processamento, é o momento de obtermos o resultado final da operação através de um Dispositivo de Saída.

A CPU (Central Process Unit) ou UCP (Unidade Central de Processamento) é a responsável por processar todas as informações do sistema. Mas ela não trabalha sozinha, precisa de outros componentes para apoiar nas suas operações por exemplo memória, unidades de disco, dispositivos de entrada e saída e os programas que serão as instruções para processamento de informações. A CPU controla também a unidade lógica e aritmética. A CPU possui, nos dias atuais, registradores que são unidades de memória que agilizam o processamento de grandes tarefas pois trabalham na mesma frequência do processador.

A memória é a parte do computador onde programas e dados são armazenados. A memória principal, também chamada de memória RAM é usada pelo processador para armazenar os dados que estão sendo processados, funcionando como uma espécie de mesa de trabalho. A quantidade de memória RAM é determinante de capacidade de quantidade de informações a serem processadas, porém é necessário que também o processador seja capaz de suportar a quantidade de tarefas que estão na memória principal.

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Dispositivos de Entrada

TecladoMouseMicrofone

ScannerCâmera de vídeoConjunto de

Dados

Dispositivos de Saída

Monitor

Impressora

Caixas de SomInformações

Dispositivos de Saída

Telecentros – documentação técnica V-1.0A memória é dividida em espaços com endereçamento. Esta memória tem funcionalidade apenas quando o computador está ligado e é usada como “espaço para trabalho” de processamento. As memórias são compostas de um determinado número de células ou posições, cada uma podendo armazenar uma parte da informação, cada célula é identificada por um número que equivale a seu endereço.

Uma memória de maior capacidade de armazenamento, porém mais lenta do que o processador e também a memória principal é a memória secundária ou memória de massa e tem como dispositivos o disco rígido onde ficam guardados programas e dados que ficam armazenados quando o micro é desligado. As memórias secundárias são usadas para armazenar um grande volume de dados que a memória principal não suporta.

Ilustração 16: Memórias

Além das memórias usadas o sistema operacional extende a memória principal já existente criando uma memória virtual e passa a gravar dados que serão processados em arquivos ou áreas temporárias de armazenamento chamadas de swapping1. Esta técnica quando necessária pelo sistema torna o sistema mais lento pois as memórias de armazenamento são bem mais lentas do que a memória principal por exemplo.

As diversas unidades de entrada como mouse, teclado, scanners, entre outros podem produzir instruções para processamento, solicitar processamento de informações, ações.

As unidades de saída recebem o(s) resultado(s) do(s) processamento(s) que podem ser impressões, mensagens exibidas no monitor.

1 Swapping – técnica do sistema operacional para expandir a memória principal existente.24

Ilustração 17.: Computador lógico

Telecentros – documentação técnica V-1.01.6. Ligando o Computador

1.6.1. Estabilizador

Antes de ligarmos o computador, vamos conhecer um dispositivo básico para o seu funcionamento adequado. O estabilizador tem a função de regular a tensão elétrica da energia fornecida para o computador. Ou seja, ele evita oscilações que podem comprometer o funcionamento do computador e, por conseqüência, causar a perda de informações do usuário. Na figura ao lado, o estabilizador é a “caixinha” menor com um interruptor e um led frontal.

Outro tipo de dispositivo similar, mas mais aprimorado, é o no-break. O no-break, além de evitar oscilações prejudiciais ao computador, reserva energia para situações de falta de luz. Assim, o usuário tem tempo de salvar as suas informações e desligar o computador normalmente, evitando maiores prejuízos devido á uma falta abrupta de energia.

1.6.2. Tudo está correto?

Vamos usar o conhecimento que já acumulamos até agora para começar o nosso trabalho prático com o computador. O primeiro passo para começarmos o nosso trabalho é verificar se todas as conexões estão corretas.

Você pode verificar se todos cabos estão firmemente conectados no computador e se a conexão da corrente elétrica foi feita corretamente. Para verificar a conexão elétrica, veja o esquema abaixo:

Os cabos do computador estarão conectados ao estabilizador ou ao no-break. O estabilizador estará ligado, por sua vez, em uma tomada ou em uma régua elétrica.

Se tudo estiver corretamente conectado, podemos então:

(1) ligar o estabilizador ou no-break,

(2) ligar o computador e

(3) ligar o monitor, caso o mesmo esteja desligado.

Nos interruptores dos equipamentos em geral, é usual encontrarmos a representação I/O, que representa a chave liga/desliga. O I representa que o equipamento está ligado e o O representa que o equipamento está desligado.

25

Tomada Estabilizador Computador

Telecentros – documentação técnica V-1.0Imediatamente após ligarmos o computador, uma série de informações aparecerão na

tela. A maioria dessas informações não possui um significado prático para nós, no entanto, é importante sabermos que essas letras, imagens e símbolos representam a inicialização do sistema operacional que, como veremos, é o principal programa do computador. Ou seja, o sistema operacional está repassando instruções ao hardware para que, logo a seguir, nós possamos iniciar o nosso trabalho.

Quando o computador finaliza a inicialização, é apresentada a tela de identificação do usuário, que veremos logo após conhecermos um dos componentes mais importantes do computador: o monitor.

1.7. Monitor

Observe que, nem bem começamos a utilizar o computador e já podemos notar que sem o Monitor, seria impossível operá-lo. O monitor também é genericamente chamado de vídeo ou tela. Junto com o teclado e com o mouse, formam o conjunto principal de interação entre o usuário e o computador.

Existem diversos tipos de monitores. Os mais comuns são os que utilizam a tecnologia dos tubos de raios catódicos, cujo princípio também é utilizado para a formação das imagens numa televisão comum. Nos últimos anos, outras tecnologias também tem sido utilizadas. Nos computadores portáteis e nos telefones celulares é muito comum encontrarmos as telas de cristal líqüido.

Observe os dois monitores das ilustrações 18 e 19. Na ilustração 18 é um monitor comum, que utiliza a tecnologia do tubo de raio catódico, também chamado de CRT. Na Ilustração 19, é um monitor mais avançado, de cristal líqüido. Observe como o monitor preto é bem mais fino do que o monitor branco, chamado de LCD.

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Ilustração 18: Monitor CRT Ilustração 19: Monitor LCD

Telecentros – documentação técnica V-1.0Outra tecnologia que está sendo utilizada é o plasma, cuja aplicação pode ser

verificada tanto em monitores de computadores quanto em televisores de alta definição.

Tecnologia Qualidade

Tubo de Raios Média

Cristal Líqüido Alta

Plasma Alta

1.8. Software

Antes de explicarmos os tipos de software existentes, é necessário entender o que é um software. Software é um conjunto de instruções a serem seguidas e/ou executadas na manipulação, redirecionamento ou modificação de um dado ou informação.

O software é composto de instruções que o processador executa. Para ser executado, o software precisa estar em uma linguagem que o processador possa entender. Esta linguagem se chama Linguagem de Máquina. Porém, o desenvolvimento de um software diretamente em linguagem de máquina torna o trabalho extremamente complexo e sujeito a erros, pois o programador deverá lidar apenas com zeros e uns, para tal deficiência foi desenvolvida as Linguagens de Programação para que o programador possa desenvolver softwares utilizando uma linguagem mais próxima a natural, ou seja, mais próxima da linguagem que falamos.

Os softwares podem ser classificados em duas grandes categorias:

• Software de sistema que inclui todos os softwares necessários para o funcionamento mínimo de um computador, como o Sistema Operacional.

• Software aplicativo que são softwares desenvolvidos para alguma atividade específica, como um editor de textos ou um tocador de mp3. Estes tipos de software sozinhos não funcionam por depender de um software de sistema

O software de sistema, especificamente o Sistema Operacional, merece uma atenção especial, como veremos a seguir.

1.9. Sistema Operacional

Um Sistema Operacional, por mais complexo que possa parecer, é apenas um conjunto de rotinas executado pelo processador, de forma semelhante aos programas dos usuários. Sua principal função é controlar o funcionamento de um computador, gerenciando a utilização e o compartilhamento dos seus diversos recursos, como processadores, memórias e dispositivos de entrada e saída, como teclado e monitor.

27

Telecentros – documentação técnica V-1.0Um Sistema Operacional, de acordo com Linus Torvalds, criador do Sistema

Operacional Linux, nunca deveria ser notado, “porque ninguém realmente usa um Sistema Operacional. Pessoas usam programas em seus computadores e a única missão na vida de um Sistema Operacional é ajudar estes programas a funcionarem. Então, um Sistema Operacional nunca faz nada sozinho. Ele está apenas esperando pelos programas pedirem por certos recursos como um certo arquivo no disco ou serem conectados ao mundo externo. E então o Sistema Operacional aparece e tenta tornar mais fácil para as pessoas escreverem programas.”.

Sem o sistema operacional, um usuário para interagir com o computador deveria conhecer profundamente diversos detalhes sobre o hardware do equipamento, o que tornaria seu trabalho lento e com grandes possibilidades de erros. O sistema operacional tem por objetivo funcionar como uma interface entre o usuário e o computador, tornando sua utilização mais simples, rápida e segura.

O Sistema Operacional tem duas funções básicas, dentre as inúmeras que ele desempenha, que são:

• Facilidade de acesso aos recursos do sistema.

• Compartilhamento de recursos de forma organizada e protegida.

1.9.1. Facilidade de acesso aos recursos do sistema

Um computador ou sistema computacional possui diversos dispositivos, como monitores de vídeo, impressoras, unidades de CD, discos e fitas magnéticas. Quando um desses dispositivos é utilizado, o usuário não se preocupa como é realizada esta comunicação e com os inúmeros detalhes envolvidos nas operações de leitura e gravação.

Para a maioria dos usuários, uma operação como gravar um dado em um disquete, pode parecer simples, mas requer um conjunto de rotinas do sistema operacional para acionar os mecanismos de leitura e gravação na unidade de disquete. O sistema operacional trabalha então como interface entre o hardware e o usuário.

1.9.2. Compartilhamento de recursos de forma organizada e protegida

Em sistemas onde vários usuários compartilham recursos do sistema computacional, é necessário controlar o uso concorrente1. Imaginando o computador como uma impressora, deve haver algum controle para que a impressão de um usuário não interfira na impressão de outro.

1 Concorrente pois são diversos usuários disputando o acesso a um único recurso.28

Telecentros – documentação técnica V-1.02. Introdução à informática no telecentro

Este documento objetiva definir e detalhar a infra-estrutura tecnológica necessária para a instalação, configuração e uso de ambientes onde serão implantados os Projetos de Inclusão Digital do SERPRO (Telecentros Comunitários, Espaços SERPRO Cidadão, Oficinas de Construção do Futuro e Escolas Abertas), definidos dentro do Programa de Inclusão Digital do SERPRO.

2.1. Escopo

Os ítens a serem tratados neste documento abordam as tecnologias, a topologia, os produtos e versões a serem utilizados nos Projetos, além da padronização da geração das imagens a serem utilizadas na instalação do serviço.

2.2. Detalhamento do Ambiente

2.2.1. Equipamentos Servidores

Para efeito de implantação dos Projetos, deve-se considerar que o ambiente a ser provido deverá prover um equipamento servidor que consolide o acesso e os serviços de rede local. A especificação mínima para um equipamento servidor é:

Processador Pentium III 800 mhzMemória RAM de 512 MBDisco Interno de 40 GB02 (duas) placas de rede de 10/100 mbps – padrão de mercadoVídeo VGA PadrãoUnidade de CDROMUnidade de disco flexívelOpcionalmente uma unidade para backup ou gravador de CD

2.2.2. Equipamentos Estação de Trabalho (Completa e Leve)

Os ambientes onde serão implantados os Projetos poderão conter estações de trabalho tradicionais ou estações leve, as quais serão utilizadas no modelo de terminais, onde todos os produtos e telas serão providos pelo servidor. A especificação mínima para a estação completa e leve é a seguinte:

2.2.2.1. Estação Completa

Processador Pentium III 800mhzMemória RAM de 256 MBDisco Interno de 20 GB01 placa de rede de 10/100 mbps – padrão de mercado

29

Telecentros – documentação técnica V-1.0Vídeo VGA padrãoUnidade de disco flexível

2.2.2.2. Estação Leve

Processador Pentium II 233mhzMemória RAM de 64 MBDisco interno de 6GB01 placa de rede de 10/100 mbps – padrão de mercado.Vídeo VGA padrãoUnidade de disco flexível

2.2.3. Distribuição GNU/Linux

Para efeito da distribuição a ser utilizada, ficou padronizado o uso da Distribuição Fedora Core 4 para o servidor e estações de trabalho. Geradas mídias ( CD 1 e CD2 ) com imagem padrão para cada ambiente a ser instalado, ou seja, servidor, estação completa e simples.

2.2.4. Conectividade

O ambiente de conectividade do Telecentro é provido pela comunidade solicitante normalmente por intermédio de algum convênio com ONG ou empresas privadas.

No caso dos dois Projetos internos (Espaços SERPRO Cidadão e Oficinas de Construção do Futuro) a conectividade será fornecida pelo SERPRO.

No caso das Escolas Abertas a conectividade ficará a cargo da Escola onde será implantado o Projeto.

Para conexão do ambiente de rede local do Telecentro com a Internet deverá ser utilizado no mínimo uma conexão ADSL de 600 kbps, com ligação de equipamento do tipo switch router, provendo DHCP.

Eventualmente, algumas conexões poderão ser exigidas em outras plataformas e outros requisitos, devendo ser tratadas pontualmente. Para efeito deste Modelo Tecnológico será considerado o ambiente de ADSL acima descrito.

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Telecentros – documentação técnica V-1.02.3. Produtos e Serviços

Os produtos e serviços a serem instalados no servidor deverão estar na versão mais atual, conforme abaixo:

Fedora Core 4 personalizado com Kernel 2.6.15.-1.1833-FC4Gerenciador de janelas - KDE Pacote de escritório - OpenOffice 2.0 OriginalFirewall Nat/IptablesProxy – SquidWebserver – ApacheConectividade – ADSL (configuração durante o processo de instalação)Protocolo XDMCP (Habilitar para aceitar requisições)Serviço de impressão – CUPSNavegador de internet – FirefoxClamavWebserver – Apache

Foi criado um script com os links para instalação dos produtos:

W32Codec e JAVA

Estará disponível a opção de instalação de pacotes por intermédio do produto UpdateOs produtos de multimídia serão semelhantes ao do SERPRO, FC4.OBSERVAÇÃO: software específicos para o processo de inclusão digital serão

disponibilizados em mídia específica.

Os produtos para estação de trabalho completas deverão estar na versão mais atual, conforme abaixo:

Fedora Core 4 personalizado com Kernel 2.6.15.-1.1833-FC4Gerenciador de janelas - KDE Pacote de escritório - OpenOffice 2.0 OriginalProtocolo – XDMCPServiço de impressão – CUPSNavegador de internet – FirefoxClamav

Os produtos para estação de trabalho leve:

Fedora Core 4 personalizado com Kernel 2.6.15.-1.1833-FC4Xwindows com a configuração mínimaConectividade Rede InternaProtocolo XDMCP.

31

Telecentros – documentação técnica V-1.0

2.4. Firewall e Controle de Acesso Web

Para efeito de controle de acesso à paginas WEB, tais como as de conteúdo impróprio para o processo educacional e de inclusão digital serão configuradas, utilizando-se lista negra disponível nas comunidades de software livre.

Paralelamente ao ambiente de controle de acesso será utilizado um ambiente cache de páginas web.

O produto a ser utilizado é o SQUID, SQUID-Guard e Iptables.

2.5. Perfis de Usuários

Durante o processo de instalação do ambiente deve-se cadastrar um usuário como administrador com todos os direitos (root) e gerar contas de usuário padrão para uso dos serviços tradicionais disponibilizados na infra-estrutura do ambiente, conforme a distribuição Linux em uso.

Adicionalmente deverá ser criada uma conta do SERPRO de nome “SERPRO”, com perfil de administrador (root) onde apenas a Regional responsável pela instalação conheça a senha. Tal medida visa atender recorrência de atendimento por perda de senha do usuário Root, por parte do responsável pelo Telecentro.

2.6. Armazenamento e Impressão

Para as estações clientes nos perfis genéricos a serem criados deve-se prever uma área de gravação para os usuários, com mapeamento de área durante o logon, prevendo cota de área que preserve a disponibilidade de área para o sistema. Como poderá haver diversidade de hardware a ser utilizado.

Para o serviço de impressão deve-se disponibilizar o servidor CUPS e configurar as impressoras que porventura existam no ambiente.

2.7. Padrões e Nomenclaturas

Para efeito do processo de instalação do ambiente, deve-se considerar os padrões de nomes abaixo para servidores, estações e usuários:

Servidores: estes equipamentos deverão ter o nome lógico conforme a regra abaixo:

nome: SRV_Inclusão_Digital_YY

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Telecentros – documentação técnica V-1.0Onde:YY é um seqüencial numérico. Ex. 01, 02, 03, etc.

Exemplo final: SRV_Inclusão_Digital_01

Estações: seguindo o padrão de servidores, a nomenclatura será:

nome: EST_Inclusão_Digital_YY

Onde: YY é um seqüencial numérico. Ex: 01, 02, 03, etc.

Exemplo final: EST_Inclusão_Digital_01

Usuários: deve-se preservar o nome root para o administrador do ambiente.

Deve-se criar uma conta de nome SERPRO com os direitos de Root.

Serão criadas automaticamente contas de usuário com a seguinte nomenclatura: usuário: alunoxx, senha telecentro, onde YY vai de 02 a 30

2.8. Processo de Instalação

Para efeito do processo de atendimento ao programa de inclusão digital, dada a agilidade que o processo requer, serão geradas mídias com o empacotamento dos produtos previstos neste modelo tecnológico, tais como:

a) mídia do servidor, estação de trabalho, completa e leve: trata-se de dois CD's que contem os pacotes a serem utilizados no ambiente servidor, considerando a distribuição Fedora Core 4.

b) Conta de recuperação (SERPRO): Foi criado o usuário SERPRO com privilégios de root e com senha de conhecimento somente do SERPRO

2.9. Termos Usados

Os termos utilizados neste manual, estação completa, estação leve e servidor são referentes ao perfil de hardware.

Estação completa é o equipamento de capacidade superior ao da estação leve, utililzando maior conjunto de pacotes, incluindo-se gerenciador de janelas e aplicativos de uso geral, com processamento local.

Estação leve é o equipamento de baixa capacidade, com o mínimo de pacotes instalados e processamento realizado no servidor, utilizando protocolo XDMCP.

Servidor é o equipamento que permite o acesso das estações à internet, armazena os dados dos usuários, dentre outros.

33

Telecentros – documentação técnica V-1.0

Antes de iniciar a instalação é necessário obter os dois CD de instalação, contendo as imagens elaboradas para o projeto.

Por questões de segurança, é altamente recomendável não instalar os equipamentos conectados à rede do Serpro.

2.10. Instalação de servidor / estação

Inicializar cada equipamento, inserindo o disco 1, disponibilizado pelo projeto, no drive de cdrom.

Durante a inicialização, a tela da figura 1 será exibida, permitindo escolher o modo de instalação desejado.

Figura 1. Opções de instalação

Obs. É importante que o servidor seja o primeiro equipamento instalado e que a infra- estrutura de rede já esteja disponível, conforme ítem .

2.11. Modo de instalação

Existem seis opções de instalação, dependente do perfil da máquina.

2.11.1. Servidor

O servidor pode ser instalado através de uma das opções:

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Telecentros – documentação técnica V-1.0Em modo gráfico (recomendável), digitando-se servidor.Em modo texto, digitando-se servidor-texto.

2.11.2. Estação completa

A estação completa pode ser instalada :

Em modo gráfico (recomendável), teclando-se <enter>.Em modo texto, digitando-se: estacao-texto.

2.11.3. Estação leve

A estação leve pode ser instalada :

Em modo gráfico (recomendável), digitando-se estacao-leveEm modo texto, digitando-se estacao-leve-texto

2.11.4. Fuso horário

Após a seleção de uma das opções acima, deverá ser selecionado o fuso horário a ser utilizado, de acordo com a sua localidade.

Para facilitar, clique no mapa (Figura 2) na área correspondente a sua região(cidade), e em ”Próximo”.

35

Telecentros – documentação técnica V-1.0

Figura 2. Fuso horário

2.11.5. Inserindo o disco 2

Após a instalação dos pacotes contidos no disco 1, será solicitado a substituição do CD, conforme a figura 3.

Substitua o disco 1 pelo disco 2 e clique no botão Próximo.

Figura 3. Troca do disco

36

Telecentros – documentação técnica V-1.0

2.11.6. Finalizando a instalação

Ao final do processo o equipamento será reinicializado.

Retire o disco 2 do drive de cdrom.

2.12. Instalação de produtos

Após o término da instalação e reinicialização do equipamento, a tela da figura 4 será mostrada.

Figura 4. Tela de login

37

Telecentros – documentação técnica V-1.02.12.1. Servidor

Entre com o login root e senha 7313c3n7r0.Serão exibidos 4 ícones na tela do desktop:

- Instalar w32codec: permite a instalação de codecs.

Após a instalação, este ícone desaparecerá.

- Instalar Java: permite a instalação do java.

Após a instalação, este ícone desaparecerá.

- Controle de acesso: permite controlar o acesso às páginas da internet.

- Adicionar Usuários: permite adicionar novas contas de usuários.

Obs. É necessário que a conexão com a internet esteja disponível para que a instalação destes pacotes tenha sucesso.

2.12.2. Estação

2.12.2.1. Estação leve

Não é necessário realizar nenhuma configuração ou instalação de produto na estação leve.

2.12.2.2. Estação completa

Entre com o login root e senha 7313c3n7r0.Serão exibidos 2 ícones na tela do desktop:

- Instalar w32codec: clique no ícone para permitir a instalação de codecs.

Após a instalação, este ícone desaparecerá.

- Instalar Java: clique no ícone para permitir a instalação do java.

38

Telecentros – documentação técnica V-1.0Após a instalação, este ícone desaparecerá.

Obs. É necessário que a conexão com a internet esteja disponível para que a instalação destes pacotes tenha sucesso.

Após o término da instalação, são criadas, automaticamente, contas de usuários, com login alunoXX e senha telecentro, onde XX vai de 01 a 30.

É criado também o usuário serpro, para uso do SERPRO.

2.13. Problemas

2.13.1. Conexão de rede

O servidor possui duas placas de rede, sendo que a eth0 deve estar conectada à rede local e a eth1 ao modem. Caso não seja possível diferenciar as placas de rede e as conexões da rede (estações com servidor e servidor com modem) não funcionem corretamente, inverta a posição dos cabos conectados às placas de rede do servidor.

2.13.2. Mouse serial

Se o mouse do equipamento for serial e não for detectado, após a instalação siga os passos:

Pressione as teclas <crtl> + <alt> + <f2>, simultâneamente.Será mostrada a console do Fedora. Digite o login de root e a senha.Digite o comando /usr/sbin/magicmouse.shSerá mostrada tela da figura 5.Identifique em qual porta serial o mouse está conectado e digite o número correspondente.

Figura 5. Configurar mouse serial

39

Telecentros – documentação técnica V-1.0

2.14. Topologia

Topologia da rede

40

Telecentros – documentação técnica V-1.03. Linux

3.1. História do Linux

Tudo começou no início da década de 1990, quando Linus Benedict Torvalds, um estudante de ciência da computação da Universidade de Helsink (Finlândia), resolveu desenvolver um sistema operacional mais poderoso do que o Minix1, porém, ao contrário do que se ouve falar, não foi utilizado nenhuma linha de código sequer deste no desenvolvimento do Linux. Que por falar em código, algo em milhões de linhas, o Linux foi desenvolvido utilizando basicamente a linguagem de alto2 nível C e a de baixo3 nível Assembly.

O projeto de Linus que era feito como passatempo, após pouco tempo começou a tornar dimensões maiores na Universidade de Helsink quando ele começou a divulgar o Linux. A partir deste momento vários outros estudantes e entusiastas de informática de todo o mundo se interessaram pelo projeto.

A primeira versão oficial do Linux foi lançada em 1991, e possuía todas as características dos sistemas operacionais modernos daquela época.

Linus Torvalds, quando desenvolveu o Linux, não tinha a intenção de ganhar dinheiro com ele e sim fazer um sistema para o seu uso pessoal, que atendesse suas necessidades. Por ser considerado como passatempo por muito tempo, e como o desenvolvimento de um sistema deste porte é extremamente complexo, Linus adotou a metodologia de ajuda coletiva. Ou seja, ele coordena os esforços coletivos de um grupo para a melhoria do sistema que criou. Milhares de pessoas contribuem gratuitamente com o desenvolvimento do Linux, simplesmente pelo prazer de fazer um sistema operacional melhor. Depois de vários anos de amadurecimento o Linux é hoje um sistema totalmente estável e robusto, dispondo de uma grande variedade de aplicações, que vão desde uma simples calculadora até eficientes softwares de produção, como editores de textos, planilhas de cálculo e aplicações gráficas. No Linux, o limite é a criatividade dos usuários. Hoje em dia, até mesmo os usuários mais leigos têm condições de trabalhar em uma estação Linux, com as facilidades que são oferecidas por outros Sistemas Operacionais. Atualmente o Linux se encontra na versão 2.6.

1 Sistema Operacional gratuito e com código fonte disponível desenvolvido por seu professor Andrew Tanenbaum

2 Linguagem que manipula o hardware de maneira abstrata e não se referenciando ao mesmo de maneira direta como em uma linguagem de baixo nível.

3 Linguagem que manipula o hardware do computador diretamente ou quase diretamente. Muito complexa e sujeita a erros.

41

Ilustração 20: Linus Torvalds

Telecentros – documentação técnica V-1.03.1.2. Conceitos básicos

Antes de começar a entender o Linux, é hora de conhecer alguns conceitos e definições que se tornam importantes na hora de compreender as demais questões envolvidas. Embora as revistas de circulação nacional possam achar que software livre e freeware são sinônimos, cabe a você entender as diferenças de forma a melhor orientar suas escolhas.

Sistema Operacional: como estudado anteriormente, é o componente de software que faz a interface básica entre os programas do usuário e o computador, gerenciando ítens como os recursos e periféricos (Exemplo: memória, discos, arquivos, usuários, impressoras).

Kernel: é o componente central de qualquer sistema operacional contendo as principais tarefas de gerenciamento.

Linux: kernel desenvolvido por Linus Torvalds aliado a ferramentas providas por terceiros que pode ser chamado tanto de GNU/Linux como de apenas Linux.

Licenças: existe uma série de termos de uso que regulamentam os softwares. Cada autor de software é livre para escolher o tipo de licença adotada: licenças proprietárias, shareware1, etc. A licença do Linux é a GPL2. Outra licença comum em sistemas abertos é a BSD3.

Distribuição: algumas pessoas confundem ao achar que existem vários Linux diferentes. Nos primeiros anos de existência do sistema, Linus Torvalds simplesmente disponibilizava o kernel e alguns comandos básicos para que o usuário tivesse um mínimo de condições de utilizar o sistema. O usuário tinha que obter todos os demais programas, bibliotecas e compiladores, para então compilar e configurar tudo o que fosse necessário. Isto era extremamente difícil e trabalhoso, até mesmo para um hacker. Então, alguém teve a brilhante idéia de disponibilizar os programas principais pré-compilados, de tal forma que o usuário só precisasse obter e instalar os componentes. Qualquer interessado pode criar uma distribuição, mas apenas um pequeno grupo delas tem presença no mercado (o que não desqualifica as demais – algumas não tem interesse em “sucesso mercadológico”).

1 Shareware é uma licença de software que permite a utilização do software apenas por um período limitado para testes.

2 General Public License ou Licença Pública Geral, permite livre uso, alteração e redistribuição, desde que as cópias redistribuídas adotem a mesma licença do original.

3 Berkeley System Distribution ou Distribuição do Sistema de Berkeley, permite livre uso, alteração e redistribuição, e as cópias redistribuí das podem adotar outros termos da licença.

42

Ilustração 22: Linux

Ilustração 23: Windows

Ilustração 21: FreeBSD

Telecentros – documentação técnica V-1.0

LSB: Linux Standards Base ou Base de Padrões Linux. Conjunto de padrões (facultativos) aos quais as distribuições e as aplicações devem aderir de forma a facilitar o desenvolvimento de software que não seja específico de uma dada distribuição, maximizando os treinamentos e a documentação.

3.1.3. Distribuições

A primeira distribuição foi a MCC (Manchester Computer Centre ou Centro de Computação de Manchester), da Universidade de Manchester. Depois dela surgiram várias distribuições, com diferentes características, algumas desapareceram logo, outras ficaram conhecidas e estão no cenário mundial até hoje, e muitas nem sequer ficaram conhecidas. Exemplo de distribuições: Conectiva, Red Hat, Fedora, Debian, SuSe, Kurumin, Slackware. Diante do numeroso universo atual de distros1 surge a pergunta: “Qual a melhor distribuição?”. Somente você pode dar esta resposta, que depende diretamente das suas necessidades, e quais aplicativos você precisa. Resumindo, depende do que você quer fazer com o Linux. As principais diferenças entre elas são:

3.1.3.1. Sistema de pacotes

Pacotes são conjuntos de arquivos que formam uma aplicação. Hoje em dia, os formatos de pacotes mais conhecidos são o RPM, da Red Hat, e os pacotes DEB, do Debian.

Pacotes permite pesquisa, instalação, atualização e remoção de software.RPM (RedHat Package Manager - Gerenciamento de pacotes RedHat) é o sistema de

empacotamento da RedHat e distribuições baseadas neste sistema de empacotamento como Fedora, OpenSuse.

DEB

1 Forma abreviada para distribuições43

Ilustração 24: LSB

Ilustração 25: Debian

Ilustração 26: RedHat

Telecentros – documentação técnica V-1.03.1.3.2. Estrutura dos diretórios

Todas as distribuições Linux seguem um mesmo padrão, o FSSTND1. Mas este padrão é flexível, e especialmente os arquivos de configuração do sistema constumam se diferenciar em algumas distribuições.

3.1.3.3. Bibliotecas básica libc2

A biblioteca libc contém algumas funções básicas para o funcionamento do sistema operacional Linux. Quando uma nova versão da libc é lançada, algumas distribuições adotam logo essa nova versão, enquanto que outras são mais conservadoras, e aguardam um pouco. O resultado disso é que alguns aplicativos podem funcionar em uma distribuição, e em outras não.

1 Linux File System Structure ou Estrutura de Sistema Padrão para Arquivos do Linux, como a tradução diz, é um padrão para a localização dos arquivos e pastas dentro do sistema.

2 Biblioteca contendo os comandos básicos para manipulação de dados no sistema.44

Telecentros – documentação técnica V-1.04. Redes de computadores

4.1. Introdução

A evolução tecnológica e a conseqüente queda nos custos dos computadores tornou cada vez mais atraente a distribuição do poder de processamento em módulos localizados em diversos pontos geográficos. A necessidade de interconexão entre estes módulos distantes um dos outros, tanto a nível de software como de hardware, criou o ambiente necessário para o surgimento das redes de computadores.

No princípio, na década de 1970 e 1980, redes de computadores não passavam de uma curiosidade acadêmica. No fim dos anos 80 as redes já se estavam presentes em universidades e grandes empresas. Já nos anos 90 ocorreu a explosão do fenômeno envolvendo redes chamado Internet, atingindo milhões de pessoas espalhadas em todos os lugares do mundo.

4.2. Redes no dia-a-dia

Podemos citar algumas das maiores aplicações das redes de computadores. Como nas empresas, onde existem uma quantidade considerável de computadores. Os computadores em algum momento inicialmente isolados em seus respectivos departamentos, seriam conectados uns aos outros, pois a gerência decidiu que conectando-os poderia extrair e correlacionar informações sobre todos e ter um controle melhor sobre a empresa como um todo.

O objetivo geral envolvido nesta atitude é o compartilhamento de recursos, sejam estes programas, equipamentos e especialmente dados, para que todos na rede tenham acesso, independente de sua localização física. Exemplo simples de compartilhamento de recursos de hardware seria um grupo de usuários de um escritório que precisam imprimir documentos sendo que cada um não tem a necessidade de ter uma impressora dedicada, sendo comum o compartilhamento de uma impressora de grande capacidade apenas para todos os usuários do departamento.

Talvez mais importante do que compartilhar periféricos, seja o compartilhamento de informações dentro da organização. Hoje toda empresa de grande e médio porte tem uma grande dependência das informações computadorizadas. O maior exemplo da dependência de uma empresa das informações on-line, são os bancos. Caso aconteça de a rede de um banco parar, ele não irá durar mais do que alguns minutos.

Na maioria das situações, em que usuários remotos, que podem estar no mesmo edifício ou em outro país, acessam dados de um computador poderoso chamado de servidor. Este computador é instalado em um ambiente central gerenciado por um administrador de sistemas. Em contraste, os funcionários têm em suas escrivaninhas máquinas mais simples, chamadas clientes, com as quais eles acessam os dados remotos do servidor. Este modelo de relacionamento é chamado de cliente/servidor.

O modelo Cliente/Servidor é amplamente utilizado na Internet e constitui a base da grande utilização da rede. Um exemplo muito comum também da utilização deste modelo

45

Telecentros – documentação técnica V-1.0ocorre quando uma pessoa em casa acessa uma página na World Wide Web1, com o servidor Web remoto fazendo o papel do servidor e o computador pessoal do usuário o cliente.

Outra utilização muito comum das redes de computadores está no que diz respeito ao relacionamento das pessoas, pois através da rede é possível oferecer ao cliente um meio de comunicação entre funcionários, por exemplo. Um recurso típico utilizado para este fim seria o correio eletrônico (e-mail), mas não único. Através da troca de mensagens on-line, os funcionários poderíam cooperar mesmo estando distantes para a elaboração de um mesmo documento.

A videoconferência é outra maneira de se aproveitar das redes de dados para o tráfego de imagens e sons simultâneos entre lugares remotos, o que viabiliza, por exemplo, reuniões entre executivos localizados em vários países sem a necessidade de deslocamento físico.

Existem outras diversas finalidades das redes de computadores, como ainda para entretenimento interativo e comércio eletrônico, enfim, não existe limites para a utilização desta oportunidade, sem contar ainda com a ascensão dos dispositivos móveis, como celulares e handheld, com acesso a Internet.

4.3. Tipos de Redes

Existem basicamente duas tecnologias para a transmissão em uso disseminado nos dias de hoje, que são:

● Links2 de difusão

● Links ponto a ponto

As redes de difusão têm apenas um canal de comunicação, compartilhado por todas as

1 World Wide Web traduzindo literalmente seria Teia do Tamanho do Mundo, fazendo uma referência a rede de computadores em rede espalhados pelo mundo que formam a Internet. Sua abreviação criou o famoso “www” amplamente utilizado nos endereços de páginas da Internet.

2 Link no português seria Ligação, se refere, como o nome sugere, a ligação entre pontos, não necessariamente entre dois pontos, mas podendo ser entre diversos.

46

Ilustração 27: Modelo Cliente/Servidor

Telecentros – documentação técnica V-1.0máquinas da rede. Toda mensagem que uma máquina enviar, todas as outras irão recebe-la, porém a mensagem possui um endereço sendo que apenas quem for o destinatário correto da mensagem que irá considera-la.

As redes ponto a ponto, em contraste às redes de difusão, consistem em muitas conexões entre pares de máquinas individuais. Para ir da origem ao destino, uma mensagem nesse tipo de rede talvez tenha de visitar primeiro uma ou mais máquinas intermediárias. Para se chegar ao destino é necessário então haver uma rota para que as mensagens não se percam durante o caminho.

Outra maneira de classificar uma rede é através de sua escala. A figura a seguir exemplifica bem como seria a classificação de acordo com a distância entre máquinas. Lembrando que estes valores não são ditos como definitivos, mas devem ser considerados como aproximados.

Distância entre máquinas Máquinas localizadas no mesmo

Exemplo

1 metro Metro quadrado Rede pessoal

10 metros Sala

100 metros Edifício

1 quilômetro Campus

Rede local

10 quilômetros Cidade Rede metropolitana

100 quilômetros País

1.000 quilômetros ContinenteRede geograficamente distribuída

10.000 quilômetros Planeta A Internet

4.4. A Internet

4.4.1. História

47

Ilustração 28: Rede mundial que compõe a Internet

Telecentros – documentação técnica V-1.0A comunicação e troca de dados tornou-se fundamental nesses últimos anos. Na

década de 60, centros acadêmicos e algumas organizações já tinham seus hardwares compartilhando recursos e trocando informações.

Entretanto, novas necessidades surgiam. As redes isoladas que tínhamos precisavam ser unificadas, tornando-se parte de uma grande rede onde todos, se quisessem, poderiam compartilhar dados de diversas maneiras. Um problema então surgia: os hardwares existentes naquela época não se conversavam (não eram compatíveis entre si) e não havia como formar uma grande rede com o mesmo tipo de hardware, afinal hardwares diferentes têm finalidades diferentes.

A solução foi criar uma tecnologia que pudesse interligar todas as redes, com diferentes tipos de hardware. Denominamos essa tecnologia de interligação em redes, que permite a conexão de redes heterogêneas, especificando as regras a serem usadas durante a comunicação. Para isso, a tecnologia omite todo e qualquer detalhe do hardware de rede, possibilitando uma comunicação homogênea independente da ligação física utilizada.

Percebendo a necessidade e importância de uma interligação em redes, o governo norte-americano passou a investir fortemente em pesquisas. A mais importante delas, financiada pela Agência de Pesquisa e Projetos Avançados (ARPA) culminou na criação da pilha de protocolos1 TCP2/IP3, comumente chamado TCP/IP (devido ao nome de seus dois principais protocolos). O TCP/IP é um conjunto de padrões de rede que estabelecem regras pelas quais os computadores devem se comunicar.

A criação da tecnologia de interligação em redes deu-se devido a corrida tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética. Nessas condições, os Estados Unidos criaram a ARPA que tinha como idéia principal construir uma rede que não pudesse ser atingida por ataques de bombas nucleares e ligasse pontos considerados estratégicos, como centros de pesquisa e tecnologia. Desta maneira, mesmo que algum dos pontos estratégicos fossem atingidos, a rede continuaria operando entre os demais pontos.

A figura acima demonstra como funcionaria a rede criada pela ARPA em caso de um ataque.

Por volta de 1970, a ARPA começa efetivamente seus estudos para desenvolver a pilha de protocolos TCP/IP e em 1979 tem grande parte do desenvolvimento pronto.

1 Protocolo é um comportamento padrão para que duas partes possam se relacionar.2 Transfer Commuted Package ou Transferência de Pacotes Comutados.3 Internet Protocol ou Protocolo da Internet.

48

Ilustração 29: Representação simplificada da ARPANET

Telecentros – documentação técnica V-1.0A Internet teve seu início em 1980 através da ARPANET, primeira rede a utilizar o

TCP/IP, tornando-se a “espinha dorsal”1 das redes na quais foram conectadas, como universidades, centros de tecnologia e pesquisa, etc. Mais tarde, por motivos estratégicos, a Defense Communication Agency (DCA) dividiu a ARPANET em duas redes distintas: uma para fins militares, chamada MILNET, e outra para pesquisas em geral, mantendo o nome ARPANET.

A partir daí, o meio acadêmico começou a investir em pesquisas relacionadas aos protocolos TCP/IP, com destaque a Universidade da Califórnia (Berkeley) através do Berkeley UNIX2, também conhecido como BSD UNIX, primeiro sistema operacional a implementar a pilha TCP/IP.

No Brasil as primeiras conexões com a Internet foram feitas em 1988, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) no Rio de Janeiro.

Em 1989, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) criou a Rede Nacional de Pesquisa (RNP), que construiu o primeiro backbone nacional e em agosto de 1995, teve início o acesso comercial através de provedores comerciais.

4.4.2. Onde procurar?

Este tópico tem a finalidade de tentar desmistificar e saber aonde recorrer quando for necessário alguma informação. O potencial para utilização da Internet é ilimitado, porém as informações se encontram de maneira confusa e dispersa.

Os endereços são os nomes das páginas e também são chamados de sites. A primeira página de um site chama-se homepage3 ou página de abertura. As páginas podem possuir referência para outras páginas, através de imagens, figuras ou animações. Estas referências para outras páginas se chama Link ou Hyperlink, se traduzindo seria, Ligação ou Hiperligação.

Os documentos da Internet são visualizados através de um tipo de programa chamado browser que possui funções de leitura, apresentação, acesso, gravação, etc. Exemplos de browser: Mozilla Firefox, Internet Explorer e Opera. Eles apenas realizam a tarefa de interpretação de uma linguagem especial chamada HTML.

Os endereços dos sites, possuem uma estrutura em comum, através da divisão em domínios.

http://www.google.com.br

Começando de trás para frente do endereço, com o separador de domínio sendo os pontos:

br – refere a um domínio do Brasil, cada país possui seu próprio domínio, como it (Itália), ar (Argentina), us (Estados Unidos) e jp (Japão).

com – refere a um domínio comercial, não necessariamente uma loja, mas uma

1 Ou backbone, como é normalmente chamado o ponto de convergência de várias redes distintas.2 Sistema Operacional a qual serviu de inspiração para a criação do Linux.3 Homepage traduzido seria Página Pessoal.

49

Telecentros – documentação técnica V-1.0empresa privada qualquer. Outros tipos de domínio, além do comercial, seriam o org (Organização Não-Governamental), gov (Governo) e edu (Educacional).

google – nome do domínio desta empresa específica, estando este campo disponível para qualquer nome, desde que não contenha espaços ou outros caracteres estranhos.

www – não é obrigatório, mas tornou-se um padrão que o site inicie seu endereço com a abreviação de World Wide Web (Teia do Tamanho do Mundo). Caso este endereço direcionasse para um site de webmail1, poderia ser utilizado mail, mas isto não é um padrão.

http:// - protocolo de transmissão de dados utilizado para visualizar o site em questão. Normalmente é utilizado o http ou o https, onde existe a necessidade de uma conexão segura, como o acesso pela Internet à bancos.

4.4.3. Como procurar?

Sites, conhecidos como “procuradores”, são sites especializados em procurar informações em outros sites. Os mais conhecidos são:

• Google – http://www.google.com.br

• Yahoo – http://www.yahoo.com.br• Altavista – http://www.altavista.com

Primeiramente, antes que seja iniciada uma pesquisa pela Internet, é necessário ter um conhecimento mínimo do contexto para que haja palavras-chave que poderiam trazer o resultado desejado. Por exemplo, caso fôssemos realizar uma pesquisa sobre a alimentação de Mamíferos Aquáticos, o termo ideal para a procura seria aquele que pudesse reunir expressões utilizadas no texto procurado. Algo como “alimentação mamíferos aquáticos” ou “como se alimentam mamíferos aquáticos”, lembrando que a utilização de “de”, “ou” e “para” quase sempre não tem impacto sobre os resultados obtidos, pois são expressões encontradas em quaisquer textos sobre quaisquer assuntos

1 Webmail é um site em que disponibiliza para leitura e-mails sem ser necessário a utilização de nenhum programa adicional ao brownser.

50

Telecentros – documentação técnica V-1.05. Infra-estrutura de um telecentro

A finalidade deste trabalho é prover, os TELECENTROS, de infra-estrutura lógica e elétrica, necessária ao funcionamento da Rede Local , com a passagem de cabeamento e instalação de equipamentos que devem seguir os novos padrões e normas técnicas de Cabeamento Estruturado.

A estrutura idealizada, é para a necessidade de atender as demandas que prevêem a instalação de 10 (dez) estações de trabalho ( micros).

A área a ser escolhida para as instalações do TELECENTRO, deverá ser, uma sala, ou outro ambiente, de aproximadamente 35 m², para uma adequação mínima ideal, para a prática de informática, com 10 (dez) pontos de rede .

5.1.Premissas Básicas

O anteprojeto deverá ser executado, em condições ideais, para adequação de um ambiente , para funcionamento da rede local do Telecentro, com infra-estrutura de instalações elétricas e lógicas. Para tanto, deverá ser executado, integralmente, com perfeito acabamento e boa estética, tomando-se as seguintes providências :

Instalação de lógica;Instalação de elétrica;Instalação de aterramento;Instalação de antena, ou;Instalação de linha discada;Instalação de estabilizadores de tensão individuais ou central.

Dependendo das condições locais das instalações recomendamos as seguintes adequações:

Instalação de sistema de refrigeração, ou ventiladores;Melhoria do sistema de iluminação;

Reforma ou adequação de obra civil.

5.2.1. Serviços Preliminares:

Instalação de cabeamento de lógica UTP 4 pares categoria 5E;Instalação de conectores para cabo lógico;Instalação de Rack de lógica;Instalação de Modem satélite;Instalação de Switch de no mínimo 12 portas para conectores RJ 45 a 10/100 Mbps;Instalação de quadro elétrico para informática; Instalação de cabos para o quadro elétrico para informática;Instalação de cabos para os circuito de tomadas das estações de trabalho; Instalação de canaleta de PVC para proteção do todo o cabeamento;

51

Telecentros – documentação técnica V-1.0Instalação de tomadas elétricas para as estações de trabalho;Instalação de estabilizadores de tensão;Instalação de aterramento eletrônico; Instalação de antena parabólica.

5.2. Serviços Infra-estrutura Lógica

A infra-estrutura lógica, contemplará o seguinte:

10 (dez) pontos lógicos para as estações; 01 (um) ponto lógico para servidor; 01 (um) switch fast ethernet de no mínimo 12 portas;01 (um) ponto lógico para impressora;

01( um) Rack de 12 U; 01 (um) modem ou sky satélite.

5.3.1. Cabos lógicos

Deverão ser lançados 12 cabos lógicos par trançados UTP 4 pares cat5E, partindo do switch até as estações , conforme mostrado em planta.

Em cada ponto de lógica assinalado em planta, será instalada uma caixa em PVC do sistema DLP da Pial ou similar, com tampa e orifício para saída do cabo lógico. Cada cabo, terá na sua extremidade, junto ao micro, uma ponta de 2 mts, com conector macho, RJ-45.

Para cada tomada de dados, deverá ser previsto um mínimo de duas (2) tomadas elétricas tripolares para 450 Watts cada, aterradas e estabilizada3.6 ? Identificação dos Componentes da Redes.

Os cabos lógicos não devem ter emendas, de forma alguma.

5.3.2. Canaletas

Serão usadas para proteção mecânica dos cabos lógicos, canaletas de PVC do sistema DLP da Pial ou similar da cor bege medindo 52 x 30 mm, com septo ou separador para passagem dos cabos separando os lógicos dos elétricos.

5.3.3. Conectorização e escaneamento

Serão Instalados conectores machos RJ-45 cat. 5E no cabo UTP, nas duas extremidades do mesmo, sendo uma para conectar no Switch e a outra para ligar diretamente na estação de trabalho. A conectorização deverá obedecer ao padrão EIA/TIA 568.

52

Telecentros – documentação técnica V-1.0

5.3.4. Rack

Deverá ser adquirido e instalado em parede, 01 (um) Rack fechado, padrão 19”, altura de 12Us, profundidade 570mm, com porta, fechadura e ventilação forçada, para acomodação dos equipamentos ativos: hub ou modem e receptor de antena Sky.

5.4. Serviços de infra-estrutura elétrica

5.4.1. Quadro elétrico para informática

A infra-estrutura elétrica disporá basicamente de 14 (quatorze) pontos elétricos, para alimentar os seguintes equipamentos:

10 (dez) pontos elétricos para as estações; 01 (um) ponto elétrico para servidor; 01 (um) ponto elétrico para um Switch;01 (um) ponto elétrico para impressora;01 (um) ponto elétrico para modem ou Sky satélite.

Cada ponto elétrico para o equipamento acima citado será composto de 02 (duas) tomadas elétricas, sendo que o total para esta instalação será de 28 (vinte e oito) tomadas .

É recomendável que se instale um Quadro Elétrico para Informática, independente da rede de força e luz existente, para alimentar a rede local, dando mais segurança e confiabilidade à instalação.

Na sala ou ambiente, que se instalará a rede de lógica e elétrica do Telecentro, sugerimos que sejam instaladas 03 ou 04 tomadas elétricas comuns ( F + N ), alimentadas por quadro elétrico de força e luz , para uso, se necessário, de enceradeira, bebedouro, aspiradores de pó, ferro de solda, ventiladores, etc.

Instalar quadro de elétrico de PVC que será denominado Quadro Elétrico para Informática (QEI), com porta de acrílico, do tipo de sobrepor composto de 01 (um) disjuntor trifásico geral de 30 A, de 04 (quatro) disjuntores unipolares de 20 A, 04 (quatro) disjuntores unipolares de 10 A.

Os disjuntores do QEI, serão do modelo DIN (tipo Siemens ou similar).O QEI terá barramentos de cobre para os cabos neutro e terra, separados e isolados

da carcaça, com disponibilidade para ligação dos circuitos, no mesmo número dos disjuntores.

Em anexo, um diagrama de infra-estrutura de rede onde consta o QEI com a utilização de estabilizadores individuais e outro diagrama com o QEI utilizando estabilizador central.

53

Telecentros – documentação técnica V-1.0

54

Proposta de infra-estrutura de rede local para os Telecentros

(com a utilização de estabilizadores individuais)

Ilustração 30: Infra-estrutura para telecentros estabilizadores individuais

Proposta de infra­estrutura de rede local para os Telecentros

Quadro Geralde Força para

Informática

Servidor ImpressoraCorporativa

RACK

estação detrabalho

estabilizadorindividual

estabilizadorindividual

estabilizadorindividual

estação detrabalho

estação detrabalho

estação detrabalho

estação detrabalho

estação detrabalho

circuito 1circuito 2

circuito 3

circuito 3

circuito 3

circuito 4

circuito 4

circuito 4

1234

Terra (verde)

Fase (preto)Fase (preto)

Neutro (azul)

vão ao QuadroGeral de Força

vai a malha deaterramento

estabilizadorindividual

estabilizadorindividual

estabilizadorindividual

estabilizadorindividual

estabilizadorindividual

cabosUTP

proteção mecânica (canaletasou eletrodutos de PVC )

(com utilização de estabilizadores individuais)

100 mbps

100 mbps

100 mbps

100 mbps

100 mbps

100 mbps

vai a antena oucircuito de dados

cabosUTP

100 mbps

100 mbps

Proposta de infra-estrutura de rede local para os Telecentros

(com utilização de estabilizadores individuais)

Telecentros – documentação técnica V-1.0

55

Proposta de infra-estrutura de rede local para os Telecentros

(com a utilização de estabilizador central)

Ilustração 31: Infra-estrutura telecentro estabilizador central

QuadroGeral de

Força paraInformática

Servidor ImpressoraCorporativa

RACK

estação detrabalho

estação detrabalho

estação detrabalho

estação detrabalho

estação detrabalho

estação detrabalho

circuito 1

circuito 2

circuito 3

circuito 3

circuito 3

circuito 4

circuito 4

circuito 4

1234

Terra (verde)

Fase (preto)Fase (preto)

Neutro (azul)

vão ao QuadroGeral de Força

vai a malha deaterramento

cabosUTP

proteção mecânica (canaletasou eletrodutos de PVC )

estabilizadorcentral

circuito 1cabosUTP

vai a antena oucircuito de dados

100 mbps

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Proposta de infra­estrutura de rede local para os Telecentros(com utilização de estabilizador central )

Proposta de infra-estrutura de rede local para os Telecentros

(com utilização de estabilizador central)

Telecentros – documentação técnica V-1.05.4.2. Alimentação do quadro elétrico para informática (Q E I)

À partir do Quadro Elétrico de Força e Luz , junto a entrada concessionária, derivar até o quadro geral de força estabilizada, um circuito alimentador trifásico, em cabos flexíveis de 06 mm², o qual deverá estar protegido mecanicamente por eletroduto de PVC ∅1“.

5.4.3. Circuitos de informática

À partir do QEI, instalar 5 circuitos elétricos em cabinho flexível de 2,5mm² com F + N + T, protegidos mecanicamente por canaletas de PVC do sistema DLP da Pial ou similar, até as tomadas elétricas, conforme assinalada em plantas.

5.4.4. Cabos

Toda fiação será do tipo cabinho flexível anti-chama, com isolamento de 750 V.

Na parte de alimentação geral e circuitos para tomadas elétricas de informática, os cabos deverão obedecer os seguintes padrões de cores:

Fases – cor preta ou vermelhaNeutro – cor azulTerra – cor verde

A cordoalha de interligação das hastes de aterramento será em cabo nú # 25mm2 de têmpera mole.

5.4.5. Tomadas elétricas para computador

Serão de uso especifico para o sistema de rede, o tipo de tomada de 03 ( três) pólos 2 P + T / 15 A / 115 V, contendo 02 (dois) pinos chatos e 01 (um) pino redondo ( terra), referência 543 17 PIAL ou similar de primeira linha, para atender aos equipamentos e estações da rede. Em cada ponto de tomada, da rede de micro assinalado em planta, deverão ser instaladas 02 (duas) tomadas elétricas, aterradas e estabilizadas. Para esta instalação será necessário, o total de 28 (vinte e oito) tomadas.

5.4.6. Aterramento

Fornecer material e mão-de-obra para executar malha de aterramento, com hastes de cobre tipo Cooperweld de 3.00m x ¾” , em forma triangular ou em linha, mantendo uma distância entre elas de aproximadamente 3.00 mts. A interligação entre elas será feita através de cordoalha de cobre nú de 16 mm² , que se interligarão aos conectores mecânicos de cobre, cooperweld, instalados nas pontas das hastes.

A derivação da malha até o quadro geral se dará através de cabinho flexível de # 10mm² , cor verde, devidamente tubulado em eletroduto de PVC de ¾”.

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Telecentros – documentação técnica V-1.0Serão confeccionadas 03 caixas de inspeção 30 x 30 x 30 cm para as hastes de

cobre. As tampas das caixas de inspeção, deverão ter um acabamento de forma a não atrapalhar ou causar perigo aos transeuntes.

Após a instalação, deverá ser feita uma medição neste aterramento, devendo o mesmo não ultrapassar a medida de 03 hms de resistência.

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Ilustração 32: Aterramento

Telecentros – documentação técnica V-1.0

5.4.7. Estabilizador eletrônico de tensão

Fornecer e instalar 01 (um) estabilizador de tensão para cada micro ou estação de trabalho. Potência entre 400 A 500 VA

. Entrada 115V + / - 20%

. Saída 120V · Proteção contra eventos críticos na rede elétrica.· Filtro de linha integrado com protetor contra surtos.· Voltímetro por barramento de Ledes que indica a tensão da rede na entrada. · Proteção contra sobrecarga, sob e sobre tensão. · Saídas isoladas. · Função TRUE RMS · Porta - fusível externo com 01 unidade reserva. · Atender a Norma Brasileira NBR14373. · Função TRUE RMS. Com 04 tomadas 2 P + T na saída

5.5. Transmissão e recepção de dados

5.5.1. Antena parabólica

Fornecer e instalar infra estrutura para antena parabólica receptora de micro ondas, VSAT SKY SATELITE, que deverá ficar localizada na última laje ou teto do prédio, sendo que uma tubulação em eletroduto de PVC Tigre ou similar de ∅ 1½ “, partirá deste ponto, até sala do servidor ou modem, para proteger mecanicamente o cabo de comunicação da antena. Outro eletroduto de PVC Tigre ou similar de ∅ ¾ “ partirá da base da antena até o quadro QEI , onde será passado um cabo do terra eletrónico de # 10mm2 na cor verde. Os eletrodutos terão em seu trajetos, curvas, conduletes , caixas de passagens, luvas, braçadeiras, etc.

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Ilustração 33: Estabilizador eletrônico

Telecentros – documentação técnica V-1.0Tanto a base da antena quanto os equipamentos da VSAT, deverão ser ligados à um

sistema de aterramento com resistência < = 05 ohms.

Deixar sondado no interior dos eletrodutos um arame de # 14 BWG, para servir de guia .

5.5.2. Telefonia

Onde não for possível a instalação do sistema de antena parabólica receptora VSAT para a captação de dados via microondas, será disponibilizado uma linha telefônica, por banda larga, para comunicação de dados.

Será instalada uma caixa de entrada tipo DG com bloco Bargot 10 pares, o mais próximo possível do ponto de recepção da concessionária de telecomunicação ( Embratel, Telemar , etc. ), conectada ao modem a ser instalado no Rack, através de 01 (um) cabo blindado de 04 pares de # 24 AWG, protegido por eletroduto de PVC de ∅ 3/4” fixado em parede.

5.6. Diversos

5.6.1. Climatização

Será de responsabilidade da organização mantenedora, e se assim achar necessária, a instalação do sistema de refrigeração adequado para boa funcionalidade dos equipamentos e para os usuários, a instalação de condicionadores de ar ou ventiladores.

5.6.2. Iluminação

Para melhor adequar as instalações da rede do Telecentro, é aconselhávelque se tenha uma iluminação artificial, adequada para a finalidade de trabalhos de informática. Para esse tipo de trabalho, a iluminação mais propícia é o de luminárias fluorescentes , com uma quantidade de luz, suficiente para não causar sombras, reflexo nas telas dos terminais e não ofuscar a visão dos usuários.

5.6.3. Adequação e reforma da construção civil

No caso das condições do local serem precárias, em termos de obra civil, e que estas venham implicar em má utilização dos equipamentos, deverão ser providenciadas melhorias como:

1 - Recomposição de: piso, parede, teto, etc;2 - Conserto de portas e janelas, inclusive com reposição de vidros quebrados , se

houver, para que se tenha maior segurança dos equipamentos, evitando a entrada de poeira e conseguindo um certo isolamento acústico;

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Telecentros – documentação técnica V-1.03 - Reparar as infiltrações, vazamentos e goteiras;4 - Pintar paredes e tetos, onde for necessário.

5.6.4. Mobiliário

Confeccionar ou adquirir , mesas, balcões ou bancadas, para os usuários utilizarem os computadores e impressoras.

O modem, switch e receptor SKAY da antena VSAT, deverão ficar instalados no Rack conforme especificação no ítem 5, a ser fornecido e instalado.

5.7. Especificações técnicas de elétrica e lógica

CABO UTP CATEGORIA 5ECabo UTP para LAN tipo Ethernet.Padrão IEEE 802.3 em quatro (4) pares trançados.Taxa de transmissão de 250 Mbps.Atenda as normas EIA/TIA S-568 A .Categoria 5E, 350 Mhz, 250 Mbps.Condutores em cobre sólido nu 24 AWG isolados com composto especial.Capa externa em PVC não propagante à chama.Fornecer relatório de teste OTDR e certificado do UTP - categoria 5.

CONECTOR RJ-45 – MACHOCompatível com normas EIA/TIA 568 Revisão A e IEEE 802.3.Esquema de pinagem T568 A Wiring.Categoria 5.Padrão de conexão 568A ; Contatos de cobre berílico com revestimento de 50 microns de ouro;Para condutores de 24 à 26 AWG;Fabricante com certificado de qualidade ISO 9001.

RACKRack padrão EIA de 19 “(dezenove polegadas) em aço”.Para fixação em parede.Altura 10 UsVentilação mecânicaBastidor elétricoTampas laterais removíveisCom fechadura da porta frontal

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Telecentros – documentação técnica V-1.0

CANALETAS

Canaleta em PVC cor bege com tampa.Sistema DLP da Pial ou similarSeção: 60X34 mm, 60X50 mm, 100X20 mm e 130X50 mmMedida: 2,20 mCom curvas, cotovelos, “T” s, luvas, buchas, parafusos e demais materiais necessários, que deverão ser embutidos nos custos unitários.

HASTE DE ATERRAMENTO

Normas: NB-82, MB392, MB226, NB309 e TB19.Tipo: Prolongável, com rosca em ambas as extremidades.Comprimento: 3mDiâmetro: ¾’.Revestimento: camada de cobre, com 254 mícron.Processo de revestimento: eletroposição anódica.Com luva de emenda em liga de cobre para permitir o prolongamento.

CORDOALHA. Normas: NBR5111 e NBR7575.. Cabo de cobre nu.. Formação: 7 fios de cobre eletrolítico, têmpera meio dura.. Classe de encordoamento: 2 A.- Bitola: # 25mm2

CONECTOR PARA ATERRAMENTO. Material: liga de cobre de alta resistência mecânica.. Com parafuso de fixação de bronze.. Para haste diâmetro ¾".

TAMPA DE FERRO. Tipo: T16.. Material: ferro fundido.. Dimensões: moldura - 31x31 cm.. Dimensões: tampa – 30 x 30 cm articulada com dobradiças na borda da moldura

CAIXA E ESPELHO P/ TOMADA ELÉTRICA( SOBREPOR )Caixa de PVC 3 X 3 “ , na cor bege para instalação de tomadas elétricas e lógicas, sistema X Da Pial ou similar.Com Furação padronizada para fixação na parte posteriorEspelho PVC 3X3 “p/tomadas elétrica 2p + T”.Espelho PVC 3X3 “p/tomadas RJ – 45 fêmea”.

TOMADA ELÉTRICA

Norma: NEMA 5-15. Configuração: 2P + T. com pinos chatos.

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Telecentros – documentação técnica V-1.0Tensão de serviço: 250v.Capacidade: 25 Amp. Montada em material termoplástico, não propagante a chama, atendendo a norma UL 94. Com bloco de conexão elétrica para fixação nas bases de suporte.Cor: Preta ou Cinza

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Telecentros – documentação técnica V-1.0CABOS ELÉTRICOS

Normas: NBR6880.Classe de tensão: 750 V e 1 KV.Modelo: Reiplas / Pirelli / Siemens ou similar.Condutores: flexíveis, formados por fios de cobre eletrolítico, tempera mole, cl. 4.Isolação: composto termoplástico de cloreto de polivinila flexível (70º C). Cobertura: composto termoplástico de cloreto de polivinila, na cor preta.Com características de não propagação do fogo.Cor para neutro: AzulCor para terra: Verde e amareloCor para fases: Vermelha e pretaObs.: As emendas de cabos deverão ser feitas sempre nas caixas e nunca dentro dos eletrodutos ou em qualquer lugar inacessível.

ESTABILIZADOR ELETRÔNICO DE VOLTAGEMPOTENCIA DE 400 A 500 VA. Entrada 115V + / - 20%. Saída 120V · Proteção contra eventos críticos na rede elétrica.· Filtro de linha integrado com protetor contra surtos.· Voltímetro por barramento de Led's que indica a tensão da rede na entrada. · Proteção contra sobrecarga e sub/sobretensão. · Saídas isoladas.

· Função TRUE RMS · Porta-fusível externo com 01 unidade reserva. · Àtende a Norma Brasileira NBR14373. · Função TRUE RMS. Com 04 tomadas na saída

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Telecentros – documentação técnica V-1.0

5.8. Planilha da Média de Material a Ser Utilizado na infra-Estrutura Lógica e Elétrica, em um Ambiente de 40 m² para xx Pontos de Rede.

ITEM DESCRIÇÃO UNID. QTDE.1 Cabo lógico UTP par trançado, # 24 AWG,

categoria 5e, 8 viasM

2 Rack de parede, padrão 19”, altura de 10 U, com 570 mm de profundidade, com ventilação e fechadura.

3 Conector macho RJ-45, categoria 5e, para cabo 4 pares

4 Tomada elétrica 2P+T c/ mecanismo, DLP da PIAL ou similar

5 Canaleta de PVC sistema DLP da Pial ( 60X50 mm ) ou similar

Vara

6 Cabo flexível 2,5mm2 cor preta M7 Cabo flexível 2,5mm2 cor azul M8 Cabo flexível 2,5mm2 cor verde M9 Cabo flexível 10 mm2 cor preta M10 Cabo flexível 10 mm2 cor azul M11 Cabo flexível 10 mm2 cor verde M12 Cordoalha de cobre nu (cabo) # 25mm² M13 Haste de cobre Cooperweld de 3m x ¾’ PÇ14 Eletroduto de PVC Tigre de ∅ 1 ½’ Vara15 Eletroduto de PVC Tigre de ∅ ¾” Vara 16 Conector mecânico para haste Cooperweld de ¾’ PÇ17 Estabilizador monofásico entrada 117 V + - 15 %,

sadia 115VPÇ

18 Caixa metálica 30x30x30 cm para haste de aterramento

19 Quadro elétrico de PVC de sobrepor p/ 12 disjuntores conf. esp. Item 5

20 Material ( Bucha n.º 6 + Parafusos ) para fixação de caixas e canaletas de PVC.

Obs.: A quantidade de material acima , deve ser determinada de acordo com cada local, verificando-se a situação específica de cada área, instalação e projeto.

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Telecentros – documentação técnica V-1.0

5.9. Informações Gerais da Rede

LOCAL QUANTIDADEPontos de Rede a serem instalados xxEstações de trabalho existentes xx

5.10. Sistema de Conexão dos Cabos Lógicos e Tomadas RJ-45 Cat. 5E

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Telecentros – documentação técnica V-1.0

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