Templarios Grau Dois Escudeiro

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    ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLRIO DO BRASIL GRO-PRIORADO DE SO JOS

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    GRAU DOIS CAVALEIRO TEMPLRIO ESCUDEIRO

    INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO MANICO

    GRO-PRIORADO DA CIDADE SANTA DE SO JOS DO RIO PRETO ESTADO DE SO PAULO

    ANNO DOMINI 2014

    NON NOBIS DOMINI

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    GRAU DOIS TEMPLRIO ESCUDEIRO

    Os Nobres e os escudeiros

    O grau de escudeiro templrio

    As obrigaes do grauAs obrigaes dos Soldados da Cavalaria

    Ensino Militar: A vida do militar da cavalaria

    Ensino Militar: Cdigo Disciplinar do E!rcito

    Ensino Militar: "ino da Cavalaria

    Ensino #eligioso: S$o %ernardo de Claraval e os eerc&cios espirituais

    Ensino 'emplrio: (denti)ica$o do *rau de Escudeiro e +uramento deSil,ncio

    Ensino #eligioso: O Santo *raal

    Ensino 'emplrio "istrico: A -rimeira Cru.ada

    Ensino 'emplrio "istrico: A Segunda Cru.ada

    (magens /personagens desta apostila0

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    Segundo a (gre5a Catlica na !poca1 a 4ual controlava ein)luenciava muito sobre a pol&tica a )orma de pensar das pessoas1 essaordem era designada por Deus e 4uem )osse contra essas desigualdadesestaria a)rontando a 3armonia divina2

    A sociedade na (dade M!dia era dividida em tr,s grandes grupos1 oclero1 a nobre.a e o povo2

    Nobre.a

    A nobre.a era composta pelos sen3ores )eudais 4ue tin3am ocontrole sobre os )eudos e o cenrio pol&tico da !poca2 Sua )un$o eraguerrear e eercer poder pol&tico sobre as demais classes2

    Esse grupo assim como o clero tamb!m possui uma 3ierar4uia1dividindo6se em classes1 sendo 4ue o rei era o mais importante ein)luente1 pois era ele 4ue cedia as terras1 travando relaes de suseraniae vassalagem1 em troca da )idelidade e a5uda militar de outros nobres2

    Os membros da nobre.a se di)erenciavam por seu poder ein)lu,ncia1 por isso em sua 3ierar4uia os 4ue estavam acima dos outros

    possu&am mais terras ou eram pessoas pelas 4uais o rei tin3a grandeconsidera$o1 sendo 4ue ele atribu&a os t&tulos aos nobres2

    Depois do rei1 vin3a as demais classes1 entre elas pr&ncipe/3erdeiro ao trono1 )il3o do c3e)e de estado01 ar4uidu4ue /superior aodu4ue1 )il3os da 7am&lia (mperial da 8ustria01 du4ue /c3e)e de estado deum ducado1 geralmente pertencente 9 7am&lia #eal01 mar4u,s /superior aoconde1 t&tulo de ordem germnica0 e conde /sen3or )eudal dono de um oumais castelos de condados02

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    Os cavaleiros tamb!m eram membros da nobre.a1 sendo 4ue ot&tulo era dado pelo rei1 assim como os escudeiros 4ue eram aprendi.esde cavaleiro2 Eles na verdade eram )il3os de nobres2

    Os nobres podiam subir na 3ierar4uia1 tudo dependia de seusservios prestados ao c3e)e de estado 4ue poderia tanto atribuir o t&tulocomo tir6lo2 Era dever dos nobres participar das guerras1 estando 9disposi$o do rei2

    O grau de escudeiro templrio

    Era o segundo grau na escala da 3ierar4uia dos Cavaleiros'emplrios2 ;indo logo aps o treino do novio2 O escudeiro tin3a acesso

    direto ao Sargento das Armas 4ue por sua ve. poderia se dirigir aoCavaleiro 'emplrio2

    Na aus,ncia do Sargento das Armas era o Escudeiro 4ue )aria assuas ve.es e tare)as1 tamb!m poderia nesses casos se dirigir diretamenteao O)icial2

    Os rapa.es 4ue ocupavam esse cargo1 tin3am em m!dia entre

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    promessas sejam rece!idas para que o inimigo invejoso no os "aa se

    arrepender e renunciar a suas !oas intenes.#

    A preocupa$o tamb!m se aplicava na proibi$o1 para osescudeiros e sargentos1 4uanto ao uso da capa branca 4ue era de uso

    eclusivo dos Cavaleiros 'emplrios O)iciais2 Essa capa branca 4uecompun3a a vestimenta c3amada ?tabard@ era t$o )amosa na idade m!dia4ue um 3omem assim tra5ado poderia comprar e vender1 pediremprestado ou alugar1 en)im1 transacionar livremente no com!rcio semter din3eiro em esp!cie1 apenas dando a sua palavra e mostrando a suacapa branca com a cru. vermel3a2 -or!m1 alguns escudeiros e sargentos4ue serviram aos templrios e depois deiaram o -riorado acabaramlevando consigo a capa branca 4ue utili.avam 4uando em servio e aapresentavam como se )ossem Cavaleiros 'emplrios para obter )avoresou comprar produtos pelos 4uais nunca pagariam1 colocando emdescr!dito a Ordem dos Cavaleiros 'emplrios2 ;e5amos a regra abaio:

    $o!re as %apas &rancas

    6'. (or un)nime consenso da totalidade do captulo, proi!imos e

    ordenamos a e*pulso, por vicioso, a qualquer que sem discrio haja estado

    na casa de Deus e dos %avaleiros do Templo. Tam!m, que os sargentos e

    escudeiros no tenham h+!itos !rancos, dado que esse costume trou*e grande

    desonra casa, pois nas regies alm das montanhas "alsos irmos, homens

    casados e outros, que "ingiam ser irmos do Templo, as usaram para jurar

    so!re elas so!re assuntos mundanos. Trou*eram tanta vergonha e preju-o

    rdem de %avalaria que at seus escudeiros riram/ e por esta ra-o sugiram

    muitos esc)ndalos. (ortanto, que se lhes entregue h+!itos negros, mas se

    esses no se pode encontrar, lhes dever+ ser dado o que se encontre nessa

    provncia ou que seja mais econ0mico que o !urel.

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    As obrigaes do grau

    Assim como os novios1 os escudeiros tin3am obrigaes geraisdentro do -riorado e obrigaes espec&)icas do seu grau2

    Dentre as 4ue 5 comentamos1 a de maior importncia era aconserva$o da armadura e da espada2

    Na parte da disciplina religiosa era o escudeiro 4ue auiliava oSargento das Armas na prepara$o do 'emplo para as cerimBniassecretas dos 'emplrios1 sem contudo tomar parte delas1 uma ve. 4ue ascerimBnias eram reservadas unicamente aos Cavaleiros 'emplriosO)iciais2

    Eistiam cerimBnias /missas0 4ue eram abertas para todos do

    priorado1 nessas era permitida a participa$o do novio e do escudeiro1os 4uais )a.iam a parte reservada aos ?coroin3as@ na igre5a catlica atual2

    O eerc&cio m&stico do escudeiro compreendia uma continua$o daaprendi.agem do novio1 o 4ual 3avia sido treinado no eerc&cio dasemente e 4ue agora se consiste nos eerc&cios espirituais de devo$o epedido de graa2 O Escudeiro era levado a entrar na presena de Deusatrav!s desse eerc&cio e pedir1 como graa ou ben$o1 a c3ance de setornar1 um dia1 um Cavaleiro 'emplrio2

    Ensino #eligioso: S$o %ernardo de Claraval e os eerc&cios espirituais

    No grau anterior 5 vimos um pouco sobre S$o %ernardo deClaraval1 vamos recordar algumas passagens deste santo 3omem 4ue )oio grande ideali.ador e -atrono Espiritual dos Cavaleiros 'emplrios2

    Ainda 4ue o Abade de Claraval n$o pertena ao grupo de

    )undadores do Mosteiro de Cister1 sua importncia para a Ordem ! t$ogrande1 4ue1 desde muito cedo1 )alou6se nos cistercienses como os )il3os

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    de S2 %ernardo2 -or isso parece 5usti)icvel uma pe4uena digress$o paraapresent6lo mais detal3adamente2 %ernardo nasceu em

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    acol3imento do grupo de %ernardo 4ue 5 estaria em contacto com Cistere seu abade Est,v$o "arding2 Contudo1 mesmo se Fa 7ert! n$o dependeuda entrada da4uele grupo e Cister n$o estava a ponto de desaparecer1todos concordam 4ue o impacto de %ernardo e de seus compan3eiros )oidecisivo para sua epans$o posterior1 incluindo as )undaes de

    -ontignI /

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    doutrinais e 3eresias2 A carta =L1 a primeira das muitas 4ue escreveu aopapa Eug,nio (((1 seu antigo disc&pulo e monge de Claraval1 ! muito clara4uanto 9s suas preocupaes:

    ?Guem me dera poder contemplar1 antes de min3a morte1 a volta da(gre5a aos belos tempos apostlicos1 4uando estendia as redes paraapan3ar almas e n$o para pescar ri4ue.as de ouro e prata2@

    Embora estivesse consciente do papel prprio do monge1 suaatividade eterna 4ue o levou )re4uentes ve.es para )ora do claustro )oimovida pela caridade e o dese5o de servir 9 (gre5a2 Deve ser observado1por!m1 4ue sua a$o n$o teria nen3uma repercuss$o se n$o estivesse

    baseada na sua autoridade moral e na reputa$o de virtude de 4uego.ava2 Sua vasta correspond,ncia 6 mais de 4uin3entas cartas )oramconservadas 6 mostra6o em contato com as mais diversas categorias depessoas1 religiosos e religiosas1 prelados1 papas1 nobres1 reis e rain3as1dando a perceber a grande ascend,ncia 4ue tin3a sobre muitos de seuscorrespondentes2 S2 %ernardo )oi procurado para dirimir con)litos1 e)etuarreconciliaes1 opinar sobre 4uestes teolgicas1 con)ortar e dirigirpessoas 4ue depositavam nele toda sua con)iana2 A ele coube1 porincumb,ncia do papa Eug,nio (((1 pregar a Segunda Cru.ada1 vista por

    %ernardo antes como empreendimento espiritual e uma causa 5usta do4ue como empresa b!lica ou de con4uista2 En)im1 pode6se di.er 4ue )oicanoni.ado1 ainda em vida1 por seus contemporneos1 4ue viam nele1mais do 4ue o grande abade e pregador 4ue )alava com autoridade a reise papas1 o modelo acabado de santidade2 -or isso mesmo1 *uil3erme deSaint6'3ierrI1 um dos mais )ecundos e cultos autores espirituais da!poca1 seu grande amigo e tamb!m abade1 mas depois simples mongecisterciense1 iniciou1 ainda en4uanto %ernardo vivia1 sua biogra)ia1 certode estar narrando a vida de um santo2 Eis a4ui um trec3o deste escrito1denominado ;ita -rima1 onde *uil3erme narra seu primeiro encontro como ainda 5ovem abade de Claraval1 em convalescena numa pe4uena

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    cabana prima ao mosteiro1 em ra.$o de seu esgotamento causado porausteridades ecessivas:

    ? 'endo entrado nessa cabana real1 ao considerar tanto a3abita$o1 como a4uele 4ue ali estava1 senti6me penetrado de um t$ogrande respeito 4ue1 invoco a Deus por testemun3a1 era como se tivessesubido ao seu altar sagrado2 Eperimentava t$o grande )elicidade emcontemplar esse 3omem e um tal dese5o de compartil3ar sua pobre.a e asimplicidade de sua 3abita$o 4ue1 se me )osse dada a escol3a1 nadateria dese5ado mais 4ue permanecer sempre a seu lado para servi6lo2@

    (ncansvel )oi tamb!m o promotor da re)orma monstica2 Muito da

    intensa atividade de S2 %ernardo eplica6se pelo dese5o de di)undir a vidacisterciense e )a.er crescer a )ilia$o de sua 4uerida Abadia de Claraval 2Nesse campo sua atua$o )oi prodigiosa2 O ritmo de epans$o da OrdemCisterciense durante sua vida nunca mais )oi atingido2 %ernardo pBs aservio dessa causa seu talento etraordinrio de escritor e teve o m!ritode dar )orma e epress$o1 de maneira elo4uente e atrativa1 ao ideal deCister2 ma c!lebre passagem de sua carta = tornou6se para aposteridade uma esp!cie de de)ini$o da vida cisterciense:

    ?Nossa maneira de viver ! de abnegado servio1 de 3umildade1 depobre.a voluntria2 a obedi,ncia1 pa. e alegria no Esp&rito Santo2 Nossavida ! estar sob um mestre1 um abade1 uma regra e uma disciplina2 Nossavida ! aplicar6se ao sil,ncio1 praticar o 5e5um1 as vig&lias1 oraes1trabal3o manual e sobretudo seguir o mais ecelente camin3o 4ue ! acaridade2 Em todas essas observncias1 ir crescendo dia6a6dia e nelasperseverar at! o Kltimo dia2@

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    Mas o monge c3eio de ardor cu5a ascese rigorosa comprometeupara sempre a saKde1 soube tamb!m ser um pai espiritual c3eio deternura1 4ue lamenta estar )ora do mosteiro e longe de seus monges deClaraval2 Da (tlia1 escreveu certa ve. a Claraval1 na carta 1 4ue1en4uanto seus )il3os c3oram pela aus,ncia de um s1 ele1 %ernardo1 deve

    c3orar muito mais1 pois ! um s a sentir a aus,ncia de todos2 De )ato1 emsua concep$o1 o mosteiro ! uma escola de caridade1 onde Cristo ! omestre e a disciplina ministrada ! o amor2 Eercitando6se no amor mKtuoe no amor a Cristo o monge prova ser disc&pulo da verdade2 No eerc&ciodesse encargo de paternidade espiritual1 al!m de sua terna caridade1a5udou6o muito seu con3ecimento da alma 3umana2 Seus escritosrevelam6no possuidor de )ina psicologia1 como nas descries 4ue )a.das diversas mani)estaes do orgul3o 3umano no seu ?'ratado dosgraus da 3umildade e da soberba@1 sua primeira obra1 onde apresenta o

    itinerrio da convers$o 9 uni$o m&stica com Deus2 Eis a4ui um trec3oc3eio de 3umor em 4ue apresenta o monge tomado pela 5actncia1 o4uarto grau da soberba:

    ? preciso 4ue )ale ou ent$o arrebentar2 'em muito o 4ue di.er en$o pode conter6se mais2 'em )ome e sede de ouvintes1 aos 4uais lancesuas vaidades1 a 4uem declare seus sentimentos e )aa con3ecer o 4ue !e o 4uanto vale2 Encontrada ocasi$o de )alar1 se o assunto tratado s$o as

    letras1 saem coisas novas e vel3as1 voam as )rases1 ressoam empoladasas palavras2 Antecipa6se a 4uem o interroga1 responde a 4uem n$o l3epergunta2 Ele mesmo pergunta1 ele mesmo resolve1 interrompendo a )raseincompleta do interlocutor2@

    Sua vast&ssima obra compreende alguns tratados1 uma grandecole$o de sermes1 cartas e outros escritos2 A contribui$o de %ernardopara a 'eologia1 sobretudo na Cristologia1 ainda est para serdevidamente avaliada2 Sua slida reputa$o de autor espiritual valeu6l3e o

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    t&tulo de doutor da (gre5a2 Alguns de seus mais belos sermes )oramdedicados 9 ;irgem Maria1 uma devo$o de todos os cistercienses2

    Do 4ue escreveu1 sobretudo dirigindo6se a monges1 pode6se col3eralgo de seu itinerrio espiritual2 O ponto inicial deste parece ter sido um

    sadio encontro consigo mesmo de maneira a con3ecer a prpriaambiguidade2 %ernardo percebeu certamente em si1 nos seus primeirosanos de vida monstica1 o 3omem su5eito a )ra4ue.as e paies1 como elemesmo o admite nesta passagem de um de seus sermes sobre o Cnticodos Cnticos /s2

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    ascese1 4ue o )e. ol3ar com simpatia e compai$o para seus irm$os1 em4uem via a mesma )ragilidade 4ue soube recon3ecer em si1 abriu6se auma caridade mais per)eita e tornou6se mais capa. de receber os dons deDeus2 Em um teto composto na Kltima etapa de sua vida1 certamenteepressou algo do 4ue viveu em seu &ntimo /c)2 Serm$o sobre o Cntico

    >1 J60:

    ? Ocorre 9s ve.es 4ue a alma ! de tal )orma arrastada para )ora desi1 separando6se de seus sentidos corporais1 4ue n$o sente mais a simesma1 pois s ! capa. de sentir o ;erbo2 (sto se reali.a 4uando oesp&rito1 encantado com a doura do ;erbo ine)vel1 rouba6se por assimdi.er a si mesmo1 ou mel3or1 ! arrebatado e tirado a si para go.ar do;erbo2@

    Num outro plano1 encontramos o 3omem 4ue se revela em toda suasensibilidade a)etiva1 atrav!s de grandes e ternas ami.ades2 Durante suavida %ernardo esteve ligado intimamente a vrias pessoas1 3omens emul3eres2 Em suas ami.ades o natural 6 a)ei$o1 simpatia1 a)inidades 6est ligado ao sobrenatural1 os amigos e amigas eram amados em Deus2 assim 4ue podia escrever 9 du4uesa Emengarda da %retan3a1 na carta

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    Eerc&cio Espiritual do *rau

    #oteiro %sico dos Eerc&cios Dirios

    Para praticar esses exerccios procure memorizar os cinco passos descritosabaixo, pois sero seguidos diariamente:

    -rimeiro -asso

    Colocar6se na presena de Deus

    Orao dilogo! Nesse caso, dilogo com Deus! Por isso, imprescindelpara a orao irmar conico de "ue eetiamente esse algum est comigo,para me ouir e me alar, para relacionar#se comigo como duas pessoas "ueconiem e partil$am dons e bens% &empre, ao iniciar a orao, dedi"ue umtempo para tomar consci'ncia da presena de Deus em sua ida, (a"ui eagora)%

    Segundo -asso-edir a *raa de Deus

    *rata#se, neste momento, de apresentar a Deus o pedido da +raa "ue "ueroe deseo alcanar na orao% Dizer o "ue "uero e deseo -e repetir isso riasezes. ortalece a ontade e conigura a mente e o aeto para acol$er aontade de Deus% / um pedido pr0prio para cada ase dos exerccios%1onorme a din2mica desses exerccios, o pedido az parte de uma pedagogia"ue nos possibilita um gradatio desenolimento espiritual% 1ontudo, importante oc' ormular este pedido com suas pr0prias palaras% O mesmopedido deer ser repetido em todos os 3xerccios da semana% Pedido do3scudeiro: &en$or 4eu Deus permita "ue me torne um Nobre e /onrado1aaleiro *emplrio%

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    'erceiro -assoMeditar a -alavra de Deus

    5eito o pedido, leia com ateno o texto bblico proposto para o 3xerccio dodia% O "ue Deus est me dizendo atras desta palara6 O "ue isso podesigniicar para mim, na situao em "ue io atualmente6 Demorar#se nameditao do texto bblico, sem pressa, permitindo "ue a Palara de Deusecoe no ntimo de seu ser e existir% &aboreie interiormente cada palara, cadarase% Durante o dia, oc' poder recordar e repetir diersas ezes a rase ou apalara mais marcante do texto%

    Guarto -asso7a.er um Col4uio com Deus

    1onclua sua orao com um (col0"uio) com Deus, ou sea, como "ueconersando com Deus a respeito do seu momento de orao, ale a 3le o "ueoc' tem sentido% Numa relao de coniana e amizade aut'ntica, no ten$areceio de maniestar a Deus os erdadeiros sentimentos e pensamentos "ue opresente 3xerccio 3spiritual suscitou em oc'% 7s (mo8es do 3sprito) soinstrumentos pelos "uais Deus age no mais ntimo do ser $umano%

    Guinto -assoAnotar

    1oncludo o 3xerccio, procure anotar em seu dirio espiritual as percep8esmais signiicatias da orao% O "ue mais me marcou interiormente6 9uesentimentos, mo8es ou percep8es a orao suscitou em mim6Na medida do possel, procure um acompan$amento espiritual com um1aaleiro *emplrio experiente ou algum "ue ten$a eito os 3xerccios3spirituais completos% Neste acompan$amento oc' poder partil$ar suaexperi'ncia espiritual, procurar discernir o camin$o percorrido e a direo dospr0ximos passos% 7 anotao "ue oc' izer no inal de cada 3xerccio sermatria para a orientao espiritual%

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    Ensino Militar: As origens da cavalaria

    Aps a 4ueda do (mp!rio #omano do Ocidente1 a Europa entrounum per&odo de desordem e insegurana durante o 4ual os mais )ortesimpun3am sua autoridade nos territrios 4ue conseguiam controlar2*uerreiros bem adestrados1 e4uipados com cavalo e armadura1 entravampara o servio dos sen3ores )eudais1 4ue os recompensavam com terrase vassalos2 A cavalaria surgiu como recurso de de)esa dos romanoscontra as invases brbaras1 4ue usavam o cavalo1 e substituiupaulatinamente a in)antaria romana2 At! o s!culo P1 a necessidade dede)esa era t$o grande 4ue todo 3omem )orte e cora5oso era tamb!m umcombatente2 Esses guerreiros constitu&ram a base da 3ierar4uia )eudal:dependiam de um sen3or ou suserano1 ao 4ual se ligavam por 5uramentode )idelidade e por obrigaes vasslicas2 Atingindo a maioridade1 eramarmados cavaleiros2

    No per&odo carol&ngio /do s!culo ;((( ao P01 a cerimBnia de sagra$otin3a um carter eclusivamente leigo2 A partir do s!culo P1 a cavalariapesada tornou6se dominante e progressivamente eclusiva2 Os e!rcitosdo ocidente europeu se constitu&am de tropas de cavaleiros )ortementearmados1 com elmos de ao 4ue cobriam toda a cabea1 corpo protegidopor armadura de mal3a de ao1 espada1 pun3al1 lana e escudo2 Mesmoos cavalos eram protegidos por armadura de mal3a2 Essastrans)ormaes decorreram de mel3orias t!cnicas adotadas na Europa

    ocidental e trans)ormaram a cavalaria numa atividade altamentedispendiosa1 9 4ual poucos tin3am acesso2 Futar montado era prestigiosopor causa do alto custo dos cavalos1 armas e armaduras2 Somenteindiv&duos abastados1 ou os serventes dos ricos1 podiam lutar a cavalo2Os cavalos1 4uando apropriados ao combate alcanavam preoselevad&ssimosQ as tticas de combate eigiam constante renova$o damontaria e as peas do armamento1 em economias agr&colas e artesanaiscomo as do per&odo )eudal1 eram tamb!m muito valori.adas2 Dasrestries ao ingresso 9 cavalaria surgiu uma obriga$o do vassalo emrela$o ao suserano: o dever de a5uda1 contribui$o obrigatria para

    auiliar o sen3or a armar cavaleiro seu )il3o primog,nito2

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    O per&odo ureo da cavalaria )eudal transcorreu entre os s!culos Pe P(( na Europa devido principalmente ao sucesso dos Normandos2 Ot&tulo de cavaleiro tornou6se 3ereditrio e constituiu6se uma casta militar4ue ad4uiriu1 por direito costumeiro1 privil!gios especiais2 A cavalariatornou6se ent$o um monoplio dos descendentes de cavaleiros2 Embora

    tivesse como modelo as tticas das antigas tribos germnicas1 a cavalariacrist$1 ao contrrio desses guerreiros individualistas1 submeteu6se aotrabal3o disciplinador do poder real e sobretudo da igre5a1 4ue a tornouobediente a certas regras e princ&pios2

    Al!m dos cavaleiros1 3omens 4ue eram obrigados a apresentarsuas ?lanas@ ao seu sen3or1 a cavalaria era constitu&da por escudeiros1cavaleiros das ordens religiosas e dos concel3os /tamb!m con3ecidospor cavaleiros6vil$os0 e ?cavaleiros da espora dourada@ /ricos1 mas sem

    nobre.a02 Cada ?lana@ constitu&a um grupo de > at! lanas1 9s 4uais se 5untaria a cavalariada ordenana ou do couto1 isto !1 os cavaleiros6vil$os2

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    A (N;ES'(D#A

    Edmund Feig3ton R ?'3e Accolade@

    O ingresso na cavalaria evoluiu com o tempo para um processo)ormal2 O pretendente1 geralmente nobre1 iniciava sua )orma$o comopa5em1 aos sete anos1 na casa de um parente ou suserano do prprio pai2Ao completar

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    No s!culo P(1 certas )rmulas do ritual pun3am em evid,ncia ain)lu,ncia da igre5a: o sacerdote ben.ia a espada e lembrava 4ue ela deviaservir 9 igre5a1 9s viKvas1 aos r)$os e a todos os servidores de Deuscontra a crueldade dos pag$os2 No s!culo P((1 o ritual inclu&a a puri)ica$ocom um ban3o e o cavaleiro recebia uma camisa de lin3o1 s&mbolo dapure.a1 e uma tKnica vermel3a1 imagem do sangue 4ue devia verter emde)esa do ideal crist$o2

    Os ideais da cavalaria )oram enri4uecidos com a ado$o rigorosados princ&pios crist$os1 como o respeito 9 igre5a1 a busca do Santo *raal1lealdade ao sen3or1 de)esa da 3onra e outros2 A 3onra era considerada4ualidade essencial de um cavaleiro: dela deveria cuidar mais 4ue aprpria vida2 Se um cavaleiro cometesse ato de covardia1 impiedade1trai$o ou outro delito 4ue manc3asse o ideal cavaleiresco1 erasubmetido 9 degrada$o: suas armas eram publicamente 4uebradas episoteadasQ tiravam6se as esporas1 e seu escudo R do 4ual se arrancava obras$o R era arrastado na cauda de um cavalo1 era proclamado in)ame etodos podiam in5uri6lo2 Depois coberto de trapos1 levavam6no para aigre5a numa padiola1 ao som de mKsicas )Knebres1 por meio dessaencena$o1 o e6cavaleiro era considerado morto2

    A )ase de cristiani.a$o da cavalaria culminou com as cru.adas14ue uniram num es)oro comum os cavaleiros da Europa crist$2 A igre5a eas monar4uias de diversos pa&ses criaram as ordens militares1 de duplocarter religioso e militar R1 cu5o ob5etivo era de)ender a )! crist$ e1 nocaso da Espan3a e -ortugal1 recon4uistar os territrios ocupados pelosmuulmanos2 A mais antiga dessas ordens )oi a dos "ospitalrios de S$o+o$o de +erusal!m1 mais tarde c3amada dos Cavaleiros de #odes e emseguida de Malta2 Outras ordens n$o menos importantes )oram as dos'emplrios1 a do Santo Sepulcro e a de S$o F.aro2 Na Espan3a1destacaram6se as ordens de Calatrava1 de Santiago e Alcntara2

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    Do )inal do s!culo P( a meados do P(((1 as relaes entre oscavaleiros e o sistema )eudal so)reram pro)undas mudanas2 As 3ostes)eudais /a )ora militar 4ue os vassalos deviam ao seu suserano0 4ue3aviam sido Kteis para a de)esa no interior de um reino1 mostraram6seine)icientes para epedies prolongadas como as cru.adas2 Os reis

    comearam ent$o a desvirtuar os princ&pios da cavalaria1 outorgandoordens a grandes proprietrios de terras e organi.ando e!rcitosmercenrios /Compan3ias livres02 O )im das cru.adas e a in)erioridademilitar dos cavaleiros )rente 9 in)antaria1 aos ar4ueiros e 9 rec!m6surgidaartil3aria1 assim como a decad,ncia do sistema )eudal em )avor dasmonar4uias centrali.adoras1 acabaram1 ao longo dos s!culos P(; e P;1com a cavalaria medieval2

    Di)undiu6se ent$o o ideal galante dos cavaleiros andantes1 ealtado

    pela literatura de cavalaria e materiali.ado nos torneios1 5ustas e passesde armas2

    Simulaes de batal3as entre cavaleiros1 c3amadas de torneios1comearam no s!culo P e )oram imediatamente condenadas pelosegundo Conc&lio de Fatr$o1 sob o -apa (noc,ncio ((1 e pelos reis daEuropa1 os 4uais se opun3am aos )erimentos e mortes de cavaleiros no4ue eles consideravam uma atividade )r&vola2 Os torneios )loresceram1entretanto1 e se tornaram parte da vida do cavaleiro2

    No s!culo P(;1 o aper)eioamento das armas de )ogo curtas e a)orma$o dos corpos de cavalaria ligeira prprios dos e!rcitosmodernos determinaram a obsolesc,ncia b!lica da antiga cavalariapesada2 A ttica tradicional dos cavaleiros medievais R carga contra alin3a inimiga mediante o emprego de lanas e espadas pesadas R )oisubstitu&da pela mobilidade da nova cavalaria1 cu5o ata4ue se apoiava emarcabu.es e balestras2

    Convertidos em casta nobilir4uica subordinada ao poder real1 oscavaleiros perderam a condi$o de guerreiros e passaram a viver de

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    rendas ou como cortes$os2 A decad,ncia dos ideais da cavalaria naEspan3a do s!culo P;( )oi magistralmente descrita por Miguel deCervantes na obra El ingenioso 3idalgo don Gui5ote de la Manc3a2

    Ensino Militar: Cdigo Disciplinar do E!rcito

    Neste cap&tulo1 atrav!s de um breve enunciado1 daremos in&cio aoestudo e con3ecimento do #egulamento Disciplinar do E!rcito /#DE ou#>0 tendo sido moldado e praticamente inspirado no #egulamento daAntiga Cavalaria1 est totalmente ligado de )orma 3istrica aos Cavaleiros'emplrios 4ue seguiam r&gidas normas de conduta e disciplina2 -ara n$otomarmos um espao demasiado dentro da apostila1 adotamos o crit!riode anearmos o regulamento disciplinar do e!rcito de )orma 4ue o aluno

    ao receber a apostila o receber como aneo em )ormato de ar4uivo pd)podendo baia6lo e estuda6lo de )orma independente2 Orientamos 4ue oaluno interessado em se tornar um Cavaleiro 'emplrio con3ea osprinc&pios desse regulamento para 4ue possa comear a entender asdi)iculdades da vida de um militar2

    Ensino Militar: "ino da Cavalaria

    Arma ligeira 4ue transpe os montes1

    Caudais pro)undos1 com ardor e glria1

    Estrela guia em negros 3ori.ontes1

    -elo camin3o da luta e da vitria2

    Cavalaria1 Cavalaria1

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    'u !s na guerra a nossa estrela guia2

    Arma de tradi$o 4ue o peito embala1

    Cu5a 3istria ! de lu. e de )ulgor1

    -elo c3o4ue1 na carga1 ela avassala1

    E1 ao inimigo1 impe o seu valor2

    Cavalaria1 Cavalaria1

    'u !s na guerra a nossa estrela guia2

    Montado sobre o dorso deste amigo:

    O cavalo 4ue1 altivo1 nos condu.1

    Fevamo6lo1 tamb!m1 para o perigo1

    -ara lutar conosco sob a cru.2

    Cavalaria1 Cavalaria1

    'u !s na guerra a nossa estrela guia2

    De Andrade Neves o Osrio1 legendrio1

    E outros 3eris 4ue 3onram a nossa 3istria1

    Evocamos o valor etraordinrio

    -elo %rasil a nossa maior glriaT

    Cavalaria1 Cavalaria1

    'u !s na guerra a nossa estrela guia

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    Ensino 'emplrio: (denti)ica$o do *rau de Escudeiro e +uramento

    de Sil,ncio

    Completando o ensino do Escudeiro1 era necessrio 4ue ele)ormali.asse o seu ?+uramento de Sil,ncio@ e da& aprendesse arecon3ecer um outro Escudeiro dentro ou )ora do -riorado2 Os Cavaleiros'emplrios con3eciam todos os sinais1 to4ue e palavras empregadospelos maons e tamb!m tin3am suas )ormas de identi)ica$o 4uesomente um Cavaleiro 'emplrio sabia recon3ecer2

    +uramento de Sil,ncio:

    -ara este 5uramento1 o escudeiro dever preparar o altar sagradocomo 5 ensinamos no grau de novio2 As instrues s$o as mesmas en$o vamos nos ocupar a4ui em repetir tudo o 4ue 5 )oi dito2

    Aps preparar o altar1 o candidato a escudeiro dever se a5oel3ar amoda dos Cavaleiros 'emplrios e em seguida pro)erir essas palavras:

    ?-re)iro ter a min3a garganta cortada a revelar os segredos do *raude Escudeiro2@ Essa )rase tamb!m ! a identi)ica$o para o *rau deEscudeiro1 uma ve. 4ue a pergunta !: 6 Sois Escudeiros dos 'emplriosH

    #esposta: -re)iro ter222 /como est acima0

    Nota: No *rau de Novio n$o 3 )orma de identi)ica$o1 uma ve.4ue o responsvel pela certi)ica$o do novio era o Sargento das Armas14ue enviava uma carta ao priorado 4ue receberia o novio para osservios2

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    Ensino #eligioso: O Santo *raal

    Segundo a lenda1 +os! de Arimat!ia teria recol3ido no Clice usadona Ultima Ceia /o Clice Sagrado01 o sangue 4ue 5orrou de Cristo 4uandoele recebeu o golpe de misericrdia1 dado pelo soldado romano Fonginus1usando uma lana1 depois da cruci)ica$o2 %oron conta ainda 4ue1 certanoite1 +os! ! )erido na coa por uma lana /perceba tamb!m1 semprepresente1 as re)er,ncias 9s lanas1 s&mbolos do )ogo1 tanto nas 3istriasde +esus como de Art3ur02

    Em outra vers$o1 a )erida ! nos genitais e a ra.$o seria a 4uebra dovoto de castidade /este )ato mais tarde dar origem ao desenvolvimentoliterrio do a))air entre Fancelot e *uinevere1 4ue precisa ainda ser maisdetal3ado02 Somente uma Knica ve. %oron c3ama a taa de *raal /ouSan*real02 Em um inciso1 ele dedu. 4ue o arte)ato 5 tin3a uma 3istria eum nome antes de ser usado por +esus: ?eu n$o ouso contar1 nem re)erir1

    nem poderia )a.,6lo /V0 as coisas ditas e )eitas pelos grandes sbios2Na4uele tempo )oram escritas as ra.es secretas pelas 4uais o

    *raal )oi designado por este nome@2

    Em outra vers$o do poema1 teria sido a prpria Maria Madalena1segundo a %&blia a Knica mul3er al!m de Maria /a m$e de +esus0 presentena cruci)ica$o de +esus1 4ue teria )icado com a guarda do clice e o terialevado para a 7rana1 onde passou o resto de sua vida1 dando origem 9 5con3ecida ?lin3agem Sagrada@2

    O cavaleiro e escritor Wol)ram von Esc3enbac3 baseia6se na3istria de C3r!tien e a epande em seu !pico -ar.ival2 Ele re6interpreta anature.a do *raal e a comunidade 4ue o cerca1 nomeando ospersonagens1 algo 4ue C3r!tien n$o 3avia )eitoQ o rei pai ! c3amado de?'iturel@ e o rei )il3o de ?An)ortas@2

    Outro aspecto muito importante a respeito do Santo *raal ! Sarras1a cidade m&tica para onde o *raal ! levado ao t!rmino do poema2 ACidade m&tica de Sarras2 Sarras ! a ?Cidade nos con)ins do Egito1 ondeest arma.enada toda a sabedoria antiga@1 4ue est associada 9s terrasb&blicas de Seir2 -or!m1 ao analisarmos o nome do rei de Sarras1 Sir

    /Es0corant1 c3egamos a um personagem muito importante do s!culo ;(1c3amado S$o Corentin2

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    Corentin1 ou Corenti em alguns tetos1 )oi um monge da Cornual3acu5o monast!rio )icava 5ustamente na pen&nsula de Sar.eu ma daslendas a respeito de Corentin ! a de 4ue ele teria vivido durante umper&odo na )loresta sendo alimentado apenas por um peie2 Ele comia umpedao do peie e1 no dia seguinte1 o peie estava vivo e inteiro

    novamente2 muito simples perceber a associa$o entre SarrasXSar.eu1Es6CorantXSt Corentin e o rei pescadorXmonge pescador neste poema2

    Em ?-ar.i)al@1 o cavaleiro alem$o Wol)ram ;on Esc3enbac3 colocana m$o dos 'emplrios a guarda do *raal 4ue n$o ! uma taa1 mas simuma pedra: o poema )ala sobre uma gema verde esmeralda2 Ela tra.ia odese5o do -ara&so: era ob5eto 4ue se c3amava o *raalT /-ar.i)al0-araEsc3enbac31 o *raal era realmente uma pedra preciosa1 pedra de lu.tra.ida do c!u pelos an5os2 Ele imprime ao nome do *raal uma estreita

    depend,ncia com as )oras csmica2 A pedra ! c3amada Eillis ou Fapiseillis1 Fapis e coelis1 4ue signi)ica ?pedra ca&da do c!u@2 a re)er,ncia 9esmeralda na testa de FKci)er1 4ue representava seu 'erceiro Ol3o2

    Guando FKci)er1 o an5o de Fu.1 se rebelou e desceu aos mundosin)eriores1 a esmeralda partiu6se pois sua vis$o passou a ser pre5udicada2m dos tr,s pedaos )icou em sua testa1 dando6l3e a vis$o de)ormada14ue )oi a Knica coisa 4ue l3e restou2 Outro pedao caiu ou )oi tra.ido 9'erra pelos an5os 4ue permaneceram neutros durante a rebeli$o2 Maistarde1 o Santo *raal teria sido escavado neste pedao2

    7aamos agora uma compara$o entre o *raal6pedra deEsc3enbac3 com a n$o menos m&tica -edra 7iloso)al1 4ue trans)ormavametais comuns em ouro1 3omens em reis1 iniciados em adeptosQ mat!ria etransmuta$o1 seres 3umanos e sua trans)orma$o2

    Os alem$es t,m como modelo de )i!is depositrios do clicesagrado os Cavaleiros 'emplrios /de novoT02 Seria Wol)ran vonEsc3enbac3 um 'emplrioH Certamente 4ue sim2 Era a !poca em 4ue7elipe de -lessie. estava 9 )rente da ordem 4uase centenria2 O prprio)ato de ser a pedra uma esmeralda se relaciona com a cavalaria2

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    Os cavaleiros em demanda usavam sobre sua armadura a corverde1 sinBnimo de vitalidade e esperana2 Malcom *odYin1 escritorrosacru.1 re)ere6se a -ar.i)al da seguinte maneira:

    ?Muitos comentadores argumentaram 4ue a 3istria de -ar.i)alcont!m1 de modo oculto1 uma descri$o astrolgica e al4u&mica sobrecomo um indiv&duo ! trans)ormado de corpo grosseiro em )ormas mais emais elevadas@2

    Nesta obra1 4ue ! um retrato da (dade M!dia 6 )eito por 4uem sabiamuito bem sobre o 4ue estava )alando 6 recon3ece6se uma verdadeiraordem de cavalaria )eminina1 na 4ual se v, Esclarmunda1 a virgemguerreira ctara1 tra.endo o Santo *raal1 precedida de =J cavaleirossegurando toc3as1 )acas de prata e uma mesa tal3ada em uma esmeralda/mais para a )rente1 voltarei a este assunto 4uando )or )alar de +oanaDZArc02

    Na descri$o do autor da cena de -ar.i)al no castelo do rei6pescador /4ue1 assim como +esus1 saciara a )ome de muitas pessoasmultiplicando um s peie0 lemos: ?Em seguida apareceram duas brancasvirgens1 a condessa de 'enabroc e uma compan3eira1 tra.endo doiscandelabros de ouroQ depois uma du4uesa e uma compan3eira1 tra.endodois pedestais de mar)imQ essas 4uatro primeiras usavam vestidos deescarlate castan3oQ vieram ent$o 4uatro damas vestidas de veludo verde1tra.endo grandes toc3as1 em seguida outras 4uatro vestidas de verde/V02

    ?Em seguida vieram as duas princesas precedidas por 4uatroinocentes don.elasQ tra.iam duas )acas de prata sobre uma toal3a2 En)imapareceram seis sen3oritas1 tra.endo seis copos di)anos c3eios deblsamo 4ue produ.ia uma bela c3ama1 precedendo a #ain3a Despontarde AlegriaQ esta usava um diadema1 e tra.ia sobre uma almo)ada deac3mardi verde /uma esmeralda0 o *raal1 [superior a 4ual4uer idealterrestre\@2

    As 3istrias 4ue )a.em parte do c3amado ?ciclo do *raal@ )oramredigidas de

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    isto est intimamente relacionado02 Conta6se 4ue durante o assalto dastropas do rei 7ilipe (( de 7rana 9 )ortale.a de Montsegur1 apareceu no altoda mural3a uma )igura coberta por uma armadura branca 4ue )e. ossoldados recuarem1 temendo ser um guardi$o do *raal2

    Alguns 3istoriadores admitem 4ue1 prevendo a derrota1 os ctarosemparedaram o *raal em algum dos muros dos numerosos subterrneosde Montsegur e l ele estaria at! 3o5e2

    A ?Mesa de Esmeralda@ evocada pelas 3istrias de )undo ctarorelacionam6se de maneira bvia com outra ?mesa@: a 'bua de Esmeraldaatribu&da a "ermes 'rimegistos2 A partir da& o *raal6pedra cede lugar ao*raal6livro2

    O *raal6taa ! tido como um episdio m&stico e o *raal6pedra como

    a mat!ria do con3ecimento cristali.ado em uma substncia2 + o *raal6livro ! a prpria tradi$o primordial1 a mensagem escrita2 Em ?+os! deArimat!ia@1 #obert de %oron di. 4ue ?+esus Cristo ensinou a +os! deArimat!ia as palavras secretas 4ue ningu!m pode contar nem escreversem ter lido o *rande Fivro no 4ual elas est$o consignadas1 as palavras4ue s$o pronunciadas no momento da consagra$o do *raal@2

    De )ato1 em ?Fe *rand *raal@1 continua$o da obra de %oron porum autor anBnimo1 o *raal ! associado 6 ou realmente ! 6 um livro escritode prprio pun3o por +esus1 o 4ual a leitura s pode entender 6 ouiluminar 6 4uem est nas graas de Deus2 E por conta disso temos umano$o de 4ue ?segredos 'emplrios@ o ;aticano estaria atrs todo estetempo2

    ?As verdades de )! 4ue este cont!m n$o podem ser pronunciadaspor l&ngua mortal sem 4ue os 4uatro elementos se5am agitados2 Se issoacontecesse realmente1 os c!us diluviariam1 o ar tremeria1 a terraa)undaria e a gua mudaria de cor@2

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    Ensino 'emplrio "istrico: A -rimeira Cru.ada

    #etornando 9 nossa "istria das Ordens (niciticas1 c3egamos aocomeo do s!culo P((2 "erdeiro da desintegra$o do (mp!rio #omano1 oOcidente Europeu do in&cio da (dade M!dia era pouco mais 4ue umacolc3a de retal3os com populaes rurais e tribos brbaras2 Ainstabilidade pol&tica e o de)in3ar da vida urbana golpearam duramente avida cultural do continente2 A (gre5a Catlica1 como Knica institui$o 4uen$o se desintegrou 5untamente com o etinto imp!rio1 mantin3a o 4uerestava de )ora intelectual1 especialmente atrav!s da vida monstica2

    Com o tempo a sociedade )oi se estabili.ando e1 em certos aspectos1 nos!culo (P o retrocesso causado pelas migraes brbaras 5 estavarevertido1 mas nessa !poca os pe4uenos agricultores ainda eramimpelidos a se proteger dos inimigos 5unto aos castelos2 Esse cenrio

    comea a mudar mais )ortemente com a conten$o das Kltimas ondas deinvases estrangeiras no s!culo P1 !poca em 4ue o sistema )eudalcomea a ser de)inido2 O per&odo de relativa tran4uilidade 4ue se seguecoincide com um per&odo de condies climticas mais amenas2 A partirdo ano

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    vista intelectual e art&stico1 o imp!rio muulmano so)re de um gigantismoe um en)ra4uecer guerreiro e pol&tico 4ue vai ver aos poucos as .onasmais long&n4uas tornarem6se independentes ou ent$o serem recuperadaspelos seus inimigos1 4ue guardavam na memria a !poca de con4uista:bi.antinos1 )rancos e reinos neo6godos2

    No s!culo P1 esse desagregar acentua6se em parte devido 9 in)lu,ncia degrupos de mercenrios convertidos ao isl$ e 4ue tentam criar reinosprprios2 Os turcos sel5Kcidas /n$o con)undir com os turcos otomanosantepassados dos criadores do atual estado da 'ur4uiaQ nem com osMamelucos1 4ue s v$o surgir em

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    A Cru.ada dos -obres

    A Cru.ada -opular ou dos Mendigos /

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    Guando parte dos europeus resolveu partir em dire$o 9s mural3as deNic!ia1 cidade dominada pelos muulmanos1 uma primeira patrul3a desoldados do sult$o turco _ili5 Arslan )oi enviada1 sem sucesso1 parabarr6los2 Animado pela primeira vitria1 o e!rcito do Eremita malucocontinuou o ata4ue a Nic!ia1 tomou uma )ortale.a da regi$o e comemoroubebendo todas1 sem saber 4ue estava caindo numa emboscada2 O sult$omandou seus cavaleiros cercarem a )ortale.a e cortarem os canais 4uelevavam gua aos invasores2 7oi s esperar 4ue a sede se encarregassede ani4uil6los e derrot6los1 o 4ue levou cerca de uma semana2Guanto ao restante dos cru.ados maltrapil3os1 )oi ainda mais )ciletermin6los2 '$o logo os )rancos tentaram uma o)ensiva1 marc3andolentamente e levantando uma nuvem de poeira1 )oram recebidos por umata4ue de )lec3as2 A maioria morreu ali mesmo1 5 4ue n$o dispun3a denen3uma prote$o2 Os 4ue sobreviveram )ugiram como galin3asamarelas2

    O sult$o1 4ue 3avia ouvido 3istrias tem&veis sobre os )rancos1 respiroualiviado2 Mal imaginava ele 4ue a4uela era apenas a primeira invas$o e4ue cavaleiros bem mais preparados ainda estavam por virV

    Os Cavaleiros e o 'emplo

    No in&cio de

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    "ugo de -aIens /

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    tomando conta da regi$oH O 4ue estes nove cavaleiros )i.eram )oiescavar sob os estbulos do 'emplo durante nove anos /de

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    A par da ;erdade divina vin3a depois a revela$o 'eos)ica da _abbala32Etasiados diante da ma5estade severa dos s&mbolos1 os nove cavaleiros1)uturos 'emplrios1 a5oel3aram e elevaram os ol3os ao alto2 Na sua )rente1o grande 'ringulo1 tendo ao centro a inicial do princ&pio gerador1 esp&ritoanimador de todas as coisas e s&mbolo da regenera$o 3umana1 parececonvid6los 9 re)le$o sobre o signi)icado pro)undo 4ue irradia dos seusngulos2 Ali est$o representadas as 'rinta e Duas ;idas da Sabedoria 4uea _abbala3 eprime em )rmulas 3erm!ticas1 e 4ue a Sep3er et.iraprope ao entendimento 3umano2 As c3aves epostas sobre o Altar dealabastro onde os iniciados prestavam 5uramento d$o aos -obresCavaleiros de Cristo a c3ave interpretativa das )iguras 4ue adornam asparedes do 'emplo2 Na mude. esttica da4ueles s&mbolos 3 uma alma4ue palpita e convida ao recol3imento2 Abalados na sua crena de umDeus )ero. e sanguinrio1 os )uturos 'emplrios entreol3am6se eperguntam6se:

    SE 'ODOS OS SE#ES "MANOS -#O;M DE DES GE OS 7E SA(MA*EM E SEMEF"ANA1 COMO COM-#EENDE# GE OS "OMENS SEMA'EM M'AMEN'E EM NOME DE ;8#(OS DESESH COM GEMES'8 A ;E#DADEH

    Entre as )iguras mais bi.arras 4ue adornavam o ma5estoso 'emplo1 umaem especial c3amara a aten$o de "ugo de -aInes e de seus oitocompan3eiros2 Na testa ampla1 um )ac3o luminoso parecia irradiarintelig,nciaQ e no peito uma cru. sangrando acariciava no cru.amentodos braos uma #osa1 encantadora2 A cru. era o s&mbolo da imortalidadeQ

    a rosa o s&mbolo do princ&pio )eminino2 A reuni$o dos dois s&mbolos era aideia da Cria$o2 E )oi essa )igura atraente 4ue os nove cavaleiroselegeram para emblema de suas )uturas cru.adas2

    Guando em

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    Ensino 'emplrio "istrico: A Segunda Cru.ada

    A Segunda Cruzada

    Durante a -rimeira Cru.ada os nobres peregrinos europeus criaramestados cru.ados no c3amado ?Fevante@1 )or5ados em guerras1con4uistas e massacres contra os povos muulmanos 4ue dominavamestas regies2

    Em 1 engi1 o governador das cidades de Alepo e Mossul1 4uecontrolava as regies da S&ria e do norte do (ra4ue1 con4uistou o

    Condado de Edessa das m$os dos crist$os2 As Kltimas palavras 4ue;oscelino1 o governador de Edessa1 escutou de engi antes de suaepuls$o da cidade em => de de.embro de 1 de acordo com3istoriadores locais1 )oram: ?Perdemos, todos

    7oi imediatamente lanado um apelo ao papa e1 por toda a Europa1imediatamente se ouvem vo.es clamando pela retomada do condadopelos cru.ados2 O Papa 3ug'nio

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    "omens n$o )altavam: soldados )lamengos e ingleses tin3amcon4uistado Fisboa das m$os dos sarracenos e voltavam para casa1agora estavam sem ter o 4ue )a.er2

    A situa$o no Oriente1 por!m1 tornara6se ainda mais perigosa em virtudeda presena de angi1 governador de Mosul e con4uistador de Edessa14ue ent$o governava em Alepo e ameaava Constantinopla2

    A cru.ada

    O imperador Conrado ((( do Sacro (mp!rio #omano6*ermnico partiu paraConstantinopla1 onde c3egou em Setembro de

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    l&deres cru.ados dos contingentes )lamengos e ingleses para auiliarA)onso "enri4ues na con4uista de Fisboa em

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    Guando os cru.ados montaram acampamento em um campo aberto1)orados a descansar aps um dia de eaustivas batal3as1 os 3omens deSaladino atearam )ogo em volta dos inimigos1 cortando seu acesso aosuprimento de gua )resca2 A cortina de )umaa tornou 4uase imposs&velpara os crist$o se desviarem da saraivada de )lec3as muulmanas2Sedentos1 muitos cru.ados desertaram2 Os 4ue restaram )oramtrucidados pelo inimigo1 5 de posse de +erusal!m /tomada em emOutubro de

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    Saladino morreu no dia > de maro de

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    (magens /personagens1 locais e ob5etos nesta apostila0

    (magens e ilustraes re)erentes ao *rau deEscudeiro

    S&mbolo dos 'emplrios: dois cavaleiros em um Knico cavalo

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    CAVALARIA DOS TEMPLRIOS EM ORMAO PARA ATAUE

    TEMPLRIO PORTANDO O BAUCENT 7BOASSAN; E AO LADO A MEDALA

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    DIVISA SMBOLO DOS TEMPLRIOS NON NOBIS DOMINI 7NO EM NOSSO NOME;

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    P(*"!+9 $*9*+#" (9"8 C+3+9(*!"8 T(/9

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