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B4 Paraíba Terça-feira, 02 de junho de 2015 O Direito e o Trabalho [email protected] [email protected] Esperar aluno não gera hora extra para motorista DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIOR Trabalhador foi humilhado e constrangido por gerente de loja Chamado de “drogado” é indenizado por danos morais CORREIO TRABALHISTA A Oitava Turma do Tribunal Regional do Traba- lho de Minas Gerais decidiu que o tempo de dura- ção das aulas, em que o motorista de ônibus escolar aguarda o horário da saída dos alunos para a viagem de volta, não configura tempo à disposição do empre- gador, se, durante esse tempo o motorista não tiver nenhuma outra obrigação e puder fazer qualquer outra atividade até seu retorno ao colégio. O relator do acórdão, juiz convocado Paulo Eduardo Queiroz Gonçalves, anotou em seu voto que, ao longo dos dois intervalos de cada dia, das 7h às 11h20 e das 12h às 15h, o motorista do ônibus escolar ficava aguardando para novamente buscar e entregar os alunos da região, para, depois, decidir que “...a situação de aguardar o horário de aula para buscar alunos não é, necessariamente, sinônima de estar à disposição do empregador”. Observou ainda o relator que e a região onde o motorista trabalhava é uma área agrícola pouco povoada e com quantidade pequena de alunos para ser transportada, não sendo crível que ao longo das 3 horas e 20 minutos de intervalo no período da manhã, bem como de mais 2 horas e 40 minutos no período da tarde, necessariamente, o motorista estivesse à disposição da empresa. Após ressaltar, ainda, que há uma cláusula no contrato de trabalho permitindo que o intervalo intra- jornada seja superior a duas horas, o relator excluiu as horas extras. (TRT 3ª Região – 8ª Turma – Proc.0000221- 17.2013.5.03.0099) DEMISSÃO INCENTIVADA VIGORA ATÉ REOR- GANIZAÇÃO DA EMPRESA Cláusula de dissídio coletivo que prevê vanta- gens para empregado que pedir demissão só é válida durante processo de reorganização da empresa, não mais se justificando após isso, devendo ser excluída do acordo. Foi o que decidiu a Seção Especializada em Dis- sídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho. No caso, a cláusula questionada foi instituída em 1975 como “incentivo à aposentadoria” e, em 1997, após a privatização da empregadora, foi alterada para incentivar o desligamento. A partir de 2006, quando as condições norma- tivas passaram a ser julgadas em dissídio coletivo e não mais pactuadas em acordos coletivos, o Tribunal Regional do Rio Grande do Norte passou a manter a cláusula, sob o manto da preexistência, mas sempre sobre o questionamento da empresa. Divergindo da relatora, a ministra Maria de Assis Calsing, anotou que, desde 2007, a cláusula vem permanecendo por meio de decisão judicial, e não mais de acordo, com o fundamento de ser históri- ca. E, desde então, a empresa vem tentando excluí-la pela única via disponível, que é o recurso ordinário ao Tribunal Superior do Trabalho, uma vez que o programa de incentivo ao desligamento já atingiu sua finalidade. Para a ministra condutora do voto vencedor, não se trata de uma conquista histórica, por não ter surgi- do de acordo nos últimos anos. E, como a renovação pela Justiça do Trabalho nos últimos dissídios foi automática, não se aplicaria ao caso também a tese da preexistência. O ministro Ives Gandra Martins Filho, justificou que a cláusula, com sua alteração em 1997, assumiu caráter de plano de demissão voluntária (PDV), e que “O PDV é algo para um determinado período de reestruturação da empresa”. Ao final, por maioria, a Seção de Dissídios Co- letivos do Tribunal Superior do Trabalho proveu o recurso para excluir da sentença normativa a cláusula questionada. (TST – SDC – Proc. Processo 43700- 02.2012.5.21.0000) A audiência volante em Uiraúna já pode ser considerada com uma prática consolidada, com ótima aceitação das partes, advogados e dos parceiros da Justiça Comum Estadual Juiz Paulo Roberto Rocha, titular da vara do Trabalho de Sousa AUDIÊNCIAS VOLANTES TRT busca parceria com o TRE Juíza Maria Lilian Leal (E) participou do evento como debatedora A Segunda Turma de Julgamento do Tri- bunal do Trabalho da Paraíba manteve a deci- são do juiz Paulo Henri- que Tavares da Silva, da 5ª vara do Trabalho de João Pessoa, que conde- nou a empresa Atacadão dos Eletros do Nordeste Ltda., ao pagamento de indenização por danos morais a um trabalhador no valor de R$ 5 mil. No processo, ficou compro- vado que a gerente da loja, valendo-se do seu poder, humilhou e cons- trangeu um empregado com tratamento ofensivo à honra e à dignidade, conduta tipificada como crime. O empregado, que permaneceu na empresa de novembro de 2012 e abril de 2013 disse que sofreu “terror psicológi- co” relacionado ao cum- primento de metas e por tratamento ofensivo e humilhante. Relatou que uma das agressões sofri- das aconteceu na frente de um cliente, quando a gerente da empresa per- guntou se ele não estava “drogado ou se tinha fu- mado maconha vencida” e que era comum o ge- rente tratá-lo com o ter- mo “drogado”. As alegações foram confirmadas pela teste- munha ouvida, que disse ter presenciado a agres- são, e que no momento o empregado ficou cons- trangido. Entende que a gerente se dirigiu ao em- pregado em tom agressi- vo e não de brincadeira. A empresa recorreu pedin- do a reforma da decisão e exclusão da condena- ção em indenização por danos morais. Sustentou que a condenação deriva de erro na avaliação do depoimento. Mas a prova colhida no processo, em especial a testemunhal, confirma as alegações caluniosas dirigidas ao trabalhador. Para a relatora do processo (nº 0089200- 30.2014.5.13.0005), juí- za convocada Ana Paula Azevedo Sá Campos Por- to, “o direito à reparação se evidencia em face da relevante lesão moral, ofensora da dignidade humana, suficiente para abalar os direitos da per- sonalidade garantidos no Direito vigente pela impu- tação de fato ou conduta criminosa, constituindo dano, presumível pela conduta patronal verifi- cada”. Decidiu que, por tais considerações, deve a condenação impugna- da ser mantida, diante da verificação inconteste de violação a valores morais do trabalhador lesado. A relatora negou pro- vimento ao recurso ordi- nário e manteve intacta a sentença prolatada, deci- são que foi acompanha- da pela Segunda Turma de Julgamento do TRT. Desembargador Ouvidor: Leonardo José Videres Trajano Horário de Atendimento Segunda a Sexta das 7h às 17h Entre em Contato 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones fixos) Formulário eletrônico na página do Tribunal no seguinte endereço: www.trt13.jus.br. Telefax: 83-3533-6001 nos horários de funcionamento do TRT. Pessoalmente, também nos horários do TRT. Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, na Avenida Soares Corálio de Oliveira, s/n –Centro – João Pessoa – PB CEP: 58013-260. Formulários disponibilizados junto às urnas localizadas na sede do Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Gran- de e demais Varas do Trabalho. E-mail: [email protected] Pessoalmente, com o Desembargador Ouvidor, mediante prévio agendamento pelo telefone 3533-6001. OUVIDORIA O presidente do Tri- bunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), de- sembargador Ubiratan Delgado visitou nesta se- gunda-feira, 25, o presi- dente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE), desembargador João Alves da Silva. Na visita, Delgado entregou a João Alves mi- nuta de convênio propondo parceria com o TRE para o uso de fóruns da Justiça Eleitoral para a realização de audiências trabalhistas em regiões onde não exis- tem sedes de Varas do Tra- balho. O presidente do TRT estava acompanhado do juiz auxiliar da Presidên- cia, Antônio Eudes Vieira Júnior e do secretário-ge- ral da Presidência, Saulo Sobreira Filho. “Estamos buscando firmar com o TRE a mesma parceria já concretizada com o Tribu- nal de Justiça. E, como já disse, esta é uma ação que praticamente não gera custos e que tem uma efe- tividade muito grande. É, na prática, a justiça bem próxima da população”, co- mentou Ubiratan Delgado. O desembargador João Alves agradeceu a visita: “O TRE tem todo interesse em colaborar com essa parceria, pois só trará grandes benefí- cios aos cidadãos parai- banos. Vamos entrar em contato com os juízes das comarcas, mesmo com os que não sejam juízes eleitorais, para que deem todo o apoio à Justiça do Trabalho nesse projeto”, ressaltou o presidente. O programa Audi- ência Volante, que está inserido no projeto estra- tégico “Amplo Acesso à Justiça”, do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), realizou seis au- diências no último dia 26 na cidade de Uiraúna. As audiências foram condu- zidas pelo juiz Paulo Ro- berto Vieira Rocha, titular da Vara do Trabalho de Sousa. Das seis audiên- cias, três terminaram em acordo. Uiraúna está na ju- risdição de Sousa e a ideia do projeto é que a Justiça do Trabalho vá ao encon- tro do cidadão. Além das audiências, o juiz Paulo Roberto Rocha atendeu a um grupo de cerca de trinta pessoas que são parte em um antigo pre- catório do município. Já foram definidas as próxi- mas datas de audiências em Uiraúna: 28.07, 20.09 e 08.12. Para a trabalhadora Stephanie Salviano, parte em um dos processos con- ciliados em Uiraúna, evi- tar uma viagem a Sousa e ser atendida pela Justiça na própria cidade foi mui- to bom. “Além de evitar o deslocamento, economizei meu dinheiro com trans- porte e alimentação”, disse. A empresária Lígia Magna Gomes disse que foi muito cômodo partici- par da audiência em Ui- raúna: “Fui atendida na minha cidade, o que faci- litou a continuidade das minhas atividades e me deixou muito mais tran- quila em estar aqui”. O juiz Paulo Roberto Rocha considerou que a audiência volante em Ui- raúna já pode ser consi- derada com uma prática consolidada, “com ótima aceitação das partes, ad- vogados e dos parceiros da Justiça Comum”. As audiências aconteceram no Fórum da Justiça Co- mum. O Tribunal do Tra- balho da Paraíba (13ª Re- gião) foi representado pela juíza Maria Lilian Leal de Souza, titular da Vara do Trabalho de Monteiro, no Seminário Nordeste con- tra o Trabalho Infantil, realizado em João Pessoa, nos dia 28 e 29 de maio. A juíza Maria Lilian Maria Lilian Leal de Souza participou participou como debatedora do tema “O trabalho infantil no nordeste: o papel da Jus- tiça neste enfrentamento”, juntamente com o procu- rador do trabalho Edu- ardo Varandas Araruna, com a coordenação de Ce- leida Maria, do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador. O encontro teve a par- ticipação de Isa Oliveira, Coordenadora do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. Ela destacou a importância da presença da Justiça do Trabalho. “Nós temos na Justiça do Trabalho um grande parceiro e aliado. Enten- do que é de competência dessa justiça a apreciação de pedido de autorização de trabalho de menores e temos a convicção de que os juízes vão aplicar o que está na Constituição Fe- deral e não conceder au- torização”. O seminário obje- tivou fortalecer os Fó- runs Estaduais do Nor- deste para garantir a autonomia e contribuir nas ações políticas de proteção dos direitos das crianças e adolescentes; articular os Fóruns do Nordeste visando uma reflexão sobre os avan- ços e desafios das ações dos Fóruns do Nordeste no combate ao Trabalho Infantil e discutir ações conjuntas para enfren- tar as piores formas de Trabalho Infantil no Nordeste. Juiz da VT de Sousa faz audiência em Uiraúna Convênio foi fechado pelos presidentes dos dois regionais Recentemente, em caráter experimental, foi realizada em Pombal, sertão do estado, a primeira edição do programa Audiência Volante, que está inserido no projeto estratégico Amplo Acesso à Justiça, do Tribunal do Trabalho da Paraíba. Nesta terça-feira aconteceu a segunda edição, na cidade de Uiraúna. Nessas duas ocasiões foram utilizados Fóruns da Justiça Comum. ! Acesso à Justiça Audiências foram conduzidas pelo juiz Paulo Roberto Rocha Trabalho Infantil: juíza participa de encontro

[email protected] indenizado por danos morais · “drogado ou se tinha fu- ... Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Trabalho ... a um grupo de cerca de trinta

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B4 Paraíba Terça-feira, 02 de junho de 2015

O Direito e o [email protected]

[email protected]

Esperar aluno não gera hora extra para motorista

Dorgival TErcEiro NETo JúNior Trabalhador foi humilhado e constrangido por gerente de loja

Chamado de “drogado” é indenizado por danos morais

Correio TrabalhisTa

A Oitava Turma do Tribunal Regional do Traba-lho de Minas Gerais decidiu que o tempo de dura-ção das aulas, em que o motorista de ônibus escolar aguarda o horário da saída dos alunos para a viagem de volta, não configura tempo à disposição do empre-gador, se, durante esse tempo o motorista não tiver nenhuma outra obrigação e puder fazer qualquer outra atividade até seu retorno ao colégio.

O relator do acórdão, juiz convocado Paulo Eduardo Queiroz Gonçalves, anotou em seu voto que, ao longo dos dois intervalos de cada dia, das 7h às 11h20 e das 12h às 15h, o motorista do ônibus escolar ficava aguardando para novamente buscar e entregar os alunos da região, para, depois, decidir que “...a situação de aguardar o horário de aula para buscar alunos não é, necessariamente, sinônima de estar à disposição do empregador”.

Observou ainda o relator que e a região onde o motorista trabalhava é uma área agrícola pouco povoada e com quantidade pequena de alunos para ser transportada, não sendo crível que ao longo das 3 horas e 20 minutos de intervalo no período da manhã, bem como de mais 2 horas e 40 minutos no período da tarde, necessariamente, o motorista estivesse à disposição da empresa.

Após ressaltar, ainda, que há uma cláusula no contrato de trabalho permitindo que o intervalo intra-jornada seja superior a duas horas, o relator excluiu as horas extras.

(TRT 3ª Região – 8ª Turma – Proc.0000221-17.2013.5.03.0099)

DEMISSÃO INCENTIVADA VIGORA ATÉ REOR-GANIZAÇÃO DA EMPRESA

Cláusula de dissídio coletivo que prevê vanta-gens para empregado que pedir demissão só é válida durante processo de reorganização da empresa, não mais se justificando após isso, devendo ser excluída do acordo.

Foi o que decidiu a Seção Especializada em Dis-sídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho.

No caso, a cláusula questionada foi instituída em 1975 como “incentivo à aposentadoria” e, em 1997, após a privatização da empregadora, foi alterada para incentivar o desligamento.

A partir de 2006, quando as condições norma-tivas passaram a ser julgadas em dissídio coletivo e não mais pactuadas em acordos coletivos, o Tribunal Regional do Rio Grande do Norte passou a manter a cláusula, sob o manto da preexistência, mas sempre sobre o questionamento da empresa.

Divergindo da relatora, a ministra Maria de Assis Calsing, anotou que, desde 2007, a cláusula vem permanecendo por meio de decisão judicial, e não mais de acordo, com o fundamento de ser históri-ca. E, desde então, a empresa vem tentando excluí-la pela única via disponível, que é o recurso ordinário ao Tribunal Superior do Trabalho, uma vez que o programa de incentivo ao desligamento já atingiu sua finalidade.

Para a ministra condutora do voto vencedor, não se trata de uma conquista histórica, por não ter surgi-do de acordo nos últimos anos. E, como a renovação pela Justiça do Trabalho nos últimos dissídios foi automática, não se aplicaria ao caso também a tese da preexistência.

O ministro Ives Gandra Martins Filho, justificou que a cláusula, com sua alteração em 1997, assumiu caráter de plano de demissão voluntária (PDV), e que “O PDV é algo para um determinado período de reestruturação da empresa”.

Ao final, por maioria, a Seção de Dissídios Co-letivos do Tribunal Superior do Trabalho proveu o recurso para excluir da sentença normativa a cláusula questionada.

(TST – SDC – Proc. Processo 43700-02.2012.5.21.0000)

A audiência volante em Uiraúna já pode ser considerada com uma prática consolidada, com ótima aceitação das partes, advogados e dos parceiros da Justiça Comum Estadual

Juiz Paulo Roberto Rocha, titular da vara do Trabalho de Sousa

““

AuDIêNCIAS VOlANTES

TRT busca parceria com o TRE

Juíza Maria lilian leal (E) participou do evento como debatedora

A Segunda Turma de Julgamento do Tri-bunal do Trabalho da Paraíba manteve a deci-são do juiz Paulo Henri-que Tavares da Silva, da 5ª vara do Trabalho de João Pessoa, que conde-nou a empresa Atacadão dos Eletros do Nordeste Ltda., ao pagamento de indenização por danos morais a um trabalhador no valor de R$ 5 mil. No processo, ficou compro-vado que a gerente da loja, valendo-se do seu poder, humilhou e cons-trangeu um empregado com tratamento ofensivo à honra e à dignidade, conduta tipificada como crime.

O empregado, que

permaneceu na empresa de novembro de 2012 e abril de 2013 disse que sofreu “terror psicológi-co” relacionado ao cum-primento de metas e por tratamento ofensivo e humilhante. Relatou que uma das agressões sofri-das aconteceu na frente de um cliente, quando a gerente da empresa per-guntou se ele não estava “drogado ou se tinha fu-mado maconha vencida” e que era comum o ge-rente tratá-lo com o ter-mo “drogado”.

As alegações foram confirmadas pela teste-munha ouvida, que disse ter presenciado a agres-são, e que no momento o empregado ficou cons-

trangido. Entende que a gerente se dirigiu ao em-pregado em tom agressi-vo e não de brincadeira. A empresa recorreu pedin-do a reforma da decisão e exclusão da condena-ção em indenização por danos morais. Sustentou que a condenação deriva de erro na avaliação do depoimento. Mas a prova colhida no processo, em especial a testemunhal, confirma as alegações caluniosas dirigidas ao trabalhador.

Para a relatora do processo (nº 0089200-30.2014.5.13.0005), juí-za convocada Ana Paula Azevedo Sá Campos Por-to, “o direito à reparação se evidencia em face da

relevante lesão moral, ofensora da dignidade humana, suficiente para abalar os direitos da per-sonalidade garantidos no Direito vigente pela impu-tação de fato ou conduta criminosa, constituindo dano, presumível pela conduta patronal verifi-cada”. Decidiu que, por tais considerações, deve a condenação impugna-da ser mantida, diante da verificação inconteste de violação a valores morais do trabalhador lesado.

A relatora negou pro-vimento ao recurso ordi-nário e manteve intacta a sentença prolatada, deci-são que foi acompanha-da pela Segunda Turma de Julgamento do TRT.

Desembargador ouvidor: Leonardo José Videres Trajano

Horário de atendimentoSegunda a Sexta das 7h às 17h

Entre em contato 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones fixos) Formulário eletrônico na página do Tribunal no seguinte

endereço: www.trt13.jus.br. Telefax: 83-3533-6001 nos horários de funcionamento

do TRT. Pessoalmente, também nos horários do TRT. Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Trabalho

da 13ª Região, na Avenida Soares Corálio de Oliveira, s/n –Centro – João Pessoa – PB CEP: 58013-260. Formulários disponibilizados junto às urnas localizadas

na sede do Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Gran-de e demais Varas do Trabalho.

E-mail: [email protected] Pessoalmente, com o Desembargador Ouvidor, mediante

prévio agendamento pelo telefone 3533-6001.

OuVIDORIA

O presidente do Tri-bunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), de-sembargador Ubiratan Delgado visitou nesta se-gunda-feira, 25, o presi-dente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE), desembargador João Alves da Silva. Na visita, Delgado entregou a João Alves mi-nuta de convênio propondo parceria com o TRE para o uso de fóruns da Justiça Eleitoral para a realização de audiências trabalhistas em regiões onde não exis-tem sedes de Varas do Tra-balho.

O presidente do TRT estava acompanhado do juiz auxiliar da Presidên-cia, Antônio Eudes Vieira Júnior e do secretário-ge-ral da Presidência, Saulo

Sobreira Filho. “Estamos buscando firmar com o TRE a mesma parceria já concretizada com o Tribu-nal de Justiça. E, como já disse, esta é uma ação que praticamente não gera custos e que tem uma efe-tividade muito grande. É, na prática, a justiça bem

próxima da população”, co-mentou Ubiratan Delgado.

O desembargador João Alves agradeceu a visita: “O TRE tem todo interesse em colaborar com essa parceria, pois só trará grandes benefí-cios aos cidadãos parai-banos. Vamos entrar em

contato com os juízes das comarcas, mesmo com os que não sejam juízes eleitorais, para que deem todo o apoio à Justiça do Trabalho nesse projeto”, ressaltou o presidente.

O programa Audi-ência Volante, que está inserido no projeto estra-tégico “Amplo Acesso à Justiça”, do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região), realizou seis au-diências no último dia 26 na cidade de Uiraúna. As audiências foram condu-zidas pelo juiz Paulo Ro-berto Vieira Rocha, titular da Vara do Trabalho de Sousa. Das seis audiên-cias, três terminaram em acordo.

Uiraúna está na ju-risdição de Sousa e a ideia do projeto é que a Justiça do Trabalho vá ao encon-tro do cidadão. Além das audiências, o juiz Paulo Roberto Rocha atendeu a um grupo de cerca de trinta pessoas que são parte em um antigo pre-catório do município. Já foram definidas as próxi-mas datas de audiências em Uiraúna: 28.07, 20.09 e 08.12.

Para a trabalhadora

Stephanie Salviano, parte em um dos processos con-ciliados em Uiraúna, evi-tar uma viagem a Sousa e ser atendida pela Justiça na própria cidade foi mui-to bom. “Além de evitar o deslocamento, economizei meu dinheiro com trans-porte e alimentação”, disse. A empresária Lígia Magna Gomes disse que foi muito cômodo partici-par da audiência em Ui-raúna: “Fui atendida na minha cidade, o que faci-litou a continuidade das minhas atividades e me deixou muito mais tran-quila em estar aqui”.

O juiz Paulo Roberto Rocha considerou que a audiência volante em Ui-raúna já pode ser consi-derada com uma prática consolidada, “com ótima aceitação das partes, ad-vogados e dos parceiros da Justiça Comum”. As audiências aconteceram no Fórum da Justiça Co-mum.

O Tribunal do Tra-balho da Paraíba (13ª Re-gião) foi representado pela juíza Maria Lilian Leal de Souza, titular da Vara do Trabalho de Monteiro, no Seminário Nordeste con-tra o Trabalho Infantil, realizado em João Pessoa, nos dia 28 e 29 de maio. A juíza Maria LilianMaria Lilian Leal de Souza participou participou como debatedora do tema “O trabalho infantil no nordeste: o papel da Jus-tiça neste enfrentamento”, juntamente com o procu-rador do trabalho Edu-ardo Varandas Araruna, com a coordenação de Ce-leida Maria, do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador.

O encontro teve a par-ticipação de Isa Oliveira, Coordenadora do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. Ela destacou a importância da presença da Justiça do Trabalho.

“Nós temos na Justiça do Trabalho um grande parceiro e aliado. Enten-do que é de competência dessa justiça a apreciação de pedido de autorização de trabalho de menores e temos a convicção de que os juízes vão aplicar o que está na Constituição Fe-deral e não conceder au-torização”.

O seminário obje-tivou fortalecer os Fó-runs Estaduais do Nor-deste para garantir a autonomia e contribuir nas ações políticas de proteção dos direitos das crianças e adolescentes; articular os Fóruns do Nordeste visando uma reflexão sobre os avan-ços e desafios das ações dos Fóruns do Nordeste no combate ao Trabalho Infantil e discutir ações conjuntas para enfren-tar as piores formas de Trabalho Infantil no Nordeste.

Juiz da VT de Sousa faz audiência em Uiraúna

convênio foi fechado pelos presidentes dos dois regionais

Recentemente, em caráter experimental, foi realizada em Pombal, sertão do estado, a primeira edição do programa Audiência Volante, que está inserido no projeto estratégico Amplo Acesso à Justiça, do Tribunal do Trabalho da Paraíba. Nesta terça-feira aconteceu a segunda edição, na cidade de Uiraúna. Nessas duas ocasiões foram utilizados Fóruns da Justiça Comum.

!Acesso à Justiça

audiências foram conduzidas pelo juiz Paulo roberto rocha

Trabalho Infantil: juíza participa de encontro

a parceria com a insti-tuição de ensino, que vai se dedicar a preservação do patrimônio histórico da Justiça do Trabalho. “Com a digitalização da massa documental, vai sobrar espaço em nossas unidades e sem abrirmos mão da preservação da nossa memória”, disse. O magistrado destacou que o acervo é uma fonte ines-gotável de informações e a UFCG é uma parceira qualificada.

O professor João

Marcos Leitão disse que a UFCG se sente prestigia-da em se tornar guardiã da memória da Justiça do Trabalho. “Ficamos lison-jeados por termos sidos lembrados para assumir a tutela do patrimônio do TRT. Para nós é um mo-mento de reconhecimen-to e de confiança. Nosso Centro de Documentação vai guardar essa massa documental e transformá-la num acervo. Esperamos que muitos possam ser beneficiados com isso”.

B4 Paraíba Terça-feira, 09 de junho de 2015

O Direito e o [email protected]

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Perito pode ser declarado suspeitoDorgival Terceiro NeTo JúNior Empresa exigiu compensação de horas não trabalhadas durante greve

TRT não vê ilegalidade em conduta adotada pela ECT

Correio TrabalhisTa

Perito que é parte em um processo não pode atuar em outro sobre o mesmo tema, conforme entendimento da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça ao julgar um recurso apresentado por um banco para questionar a nomeação de um profissional para elaborar um laudo em uma das ações que responde. É que o técnico é autor de uma demanda judicial semelhante, também contra a instituição.

No caso, o perito foi nomeado para elaborar laudo contábil em ação revisional de cláusulas contratuais com repetição de indébito (devolução de valores).

O relator do recurso especial do banco, ministro Marco Aurélio Bellizze, anotou que o artigo 138, inciso III, do Código de Processo Civil estendeu aos peritos a mesma regra de suspeição do juiz, prevista no artigo 135.

O ministro explicou que as hipóteses de suspeição são taxativas e não contemplam o fato de o perito já ter se mani-festado anteriormente em laudos sobre casos semelhantes.

Para o relator, a exceção de suspeição apresentada pelo banco revela a existência de fato concreto e objetivo que evidencia parcialidade ou interesse do perito no julga-mento da causa, precisamente a existência de ação pela qual o perito demanda contra o banco a revisão de cláusulas de contrato de mútuo, na qual se discute a incidência dos mesmos encargos submetidos à sua apreciação.

O ministro ainda alertou que impressiona o valor apurado pela perícia contábil, que tem por objeto oito con-tratos de abertura de crédito em conta corrente, dos quais o maior, firmado em 1999, foi no montante de R$ 39 mil, enquanto que o laudo aponta que o banco deve pagar, após a compensação entre débitos e créditos, o expressivo valor de mais de R$ 383 milhões.

O ministro Belizze ainda anotou que o valor fixado reforça a convicção sobre a necessidade de dar provimento ao recurso para reconhecer a suspeição do perito, anular o laudo produzido e determinar que outro profissional seja nomeado para atuar no caso.

(STJ – 3ª Turma – REsp 1.433.098)

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA SE APLICA EM APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA

A Décima Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu pela aplicação do princípio da insignificância em um caso de crime de apropriação indébi-ta previdenciária.

Segundo a denúncia, o sócio administrador de uma empresa deixou de recolher as contribuições previdenciá-rias descontadas de seus empregados, causando um prejuí-zo no valor de R$ 12,6 mil, incluídos juros e multa.

O réu alegou que não teve intenção de causar dano aos cofres públicos e que, em decorrência de dificuldades financeiras, não teria como agir de forma diferente.

A Turma entendeu possível a aplicação do princípio da insignificância, pois o objeto material do delito é apenas o valor do tributo não recolhido, o montante de R$ 9,9 mil.

Ressaltou a Turma que, nos termos dos precedentes do Superior Tribunal de Justiça, o objeto material do crime de apropriação indébita previdenciária é o valor recolhido e não repassado aos cofres públicos, e não o valor do débi-to tributário após a inscrição em dívida ativa, já que aí se acoplam ao montante principal os juros de mora e multa, “consectários civis do não recolhimento do tributo no prazo legalmente previsto”.

Por fim, após anotar que o Supremo Tribunal Federal entende que o princípio da insignificância é aplicável quan-do o valor do imposto que não foi recolhido corresponde ao valor que o próprio Estado, sujeito passivo do crime, manifesta desinteresse em sua cobrança, no caso, o valor de R$ 20 mil, nos termos da Portaria MF 75, de 22 de março de 2012.

(TRF 3ª Região -11ª Turma – Proc. 2006.61.12.010552-7/SP)(TRT 15ª Região – 2ª Câmara – Proc. 0000961-62.2010.5.15.0093)

Parceria foi firmada pelos representantes das instituições

O ECA completa 25 anos este ano e muitas políticas de proteção ainda precisam de maior efetividade para que o trabalho infantil seja so-mente um fato contado na história e não mais uma realidade

Juíza Maria Lilian Leal, titular da Vara do Trabalho de Monteiro

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CONVêNIO TRT x UFCG

120 mil ações serão conservadas

A Segunda Turma de Julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) negou pedido de in-denização por danos morais feito por uma trabalhadora da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que considerou ilegal e de-sumana a convocação para compensar dias não traba-lhados em razão de greve nacional. Segundo a ECT, a trabalhadora se recusou, reiteradas vezes, de forma injustificada e sem amparo legal, ao cumprimento de convocação para compen-sar dias não trabalhados. A greve foi considerada ilegal pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Segundo alegações da servidora, a ECT interpre-tou, da pior forma, a decisão do TST ao aplicar compen-sação de 8 horas aos sába-dos. Ela considerou ilegal e desumana tal convocação, já que afirma que a decisão do TST não autorizava a empresa a aplicar penalida-des aos seus empregados, mas compensar os dias de greve no prazo de 180 dias. Afirmou ainda que a empre-

sa também fez convocações em dias de domingo, ferindo os intervalos legais protegi-dos pela CLT.

Ela alegou que o sába-do era dia de descanso não remunerado, fundamentan-do nesses termos sua recu-sa à convocação da empre-sa. A empresa, por sua vez, defendeu-se afirmando que, mesmo sabedora do seu de-ver de compensar as horas não trabalhadas durante o período de greve, em todas as convocações, a trabalha-dora recusou-se a cumprir e negou-se a assinar docu-mentos, sem apontar justi-ficativa para tanto.

Foi em razão desse comportamento que a em-presa expediu documento determinando aos gestores que cobrassem as horas de-vidas e que deveriam tomar providências administra-tivas diante da recusa dos empregados de atender as convocações. Seguindo essa linha, e após regular pro-cedimento administrativo, que a empregada foi punida com advertência escrita.

A trabalhadora pediu a nulidade da penalidade

aplicada e condenação da Empresa de Correios e Te-légrafos ao pagamento de indenização por danos mo-rais. Ao analisar o pedido ainda em primeira instân-cia, o juiz Adriano Dantas da 8ª Vara do Trabalho de João Pessoa, decidiu pela improcedência dos pedidos formulados pela trabalha-dora fundamentando que “não existe nada nos autos que demonstre que a reque-rida descumpria os inter-valos intra e interjornadas, perfeitamente plausíveis nos horários propostos e compatíveis com sua jorna-da diária”.

Serviço essencialO relator do processo

em segunda instância, de-sembargador Edvaldo de Andrade, afirmou que não vislumbrou nenhuma ilega-lidade na conduta adotada pela ECT ao aplicar penali-dade à reclamante. “Ao con-trário do que a trabalhadora alega, a aplicação da pena-lidade é plenamente cabível e não configura desobedi-ência ao acórdão do TST”, disse.

O magistrado obser-vou que o serviço postal é essencial, e a paralisação de 42 dias gerou um grande acúmulo de correspondên-cias e volumes para serem entregues, exigindo a ela-boração de uma escala de trabalho, visando normali-zar a operacionalização dos serviços comprometida pela paralisação dos trabalhos.

A greve aconteceu no início de 2014 e culminou em dissídio coletivo, perante o TST, que decidiu pela ilegalidade do movimento e pela compensação dos dias não trabalhados nos seguintes termos: “compensação dos demais dias de paralisação, no prazo máximo de 6 meses, observados os intervalos entre intra jornadas, bem como os repousos semanais remunerados”. E foi em relação à forma de cumprimento dessa compensação que se ressentiu a trabalhadora (processo nº 0136900-39.2014.5.13.0025).

!TST

Nos próximos três meses a Universidade Federal da Paraíba deve-rá receber cerca de 120 mil processos trabalhis-tas que estão arquivados em João Pessoa. Na últi-ma segunda-feira, 1º, o Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) assinaram convênio que vai permitir a digitalização desses processos. Depois de digitalizados, todas as ações trabalhistas serão postadas na internet para consulta de pesquisado-res, estudantes de Direi-to e da população. Já os volumes em papel serão arquivados na UFCG em ambiente adequado e com acompanhamento de es-pecialistas.

O convênio foi assi-nado pelo presidente do Tribunal, desembargador Ubiratan Delgado e pelo reitor da UFCG, professor José Edílson de Amorim,

representado pelo profes-sor João Marcos Leitão dos Santos, que assinou o convênio como testemu-nha. O TRT já tinha uma parceria com a UFCG para a digitalização dos proces-sos das unidades de Cam-pina Grande com o mes-mo foco de preservação da memória da Justiça do Trabalho. Para faci-litar o desenvolvimento das atividades relaciona-das ao objeto do convênio, também foi assinado um Contrato de Comodato, onde o TRT vai ceder à UFCG, mobiliário e equi-pamentos, como também, disponibilizar, por meio da Secretaria de Tecnolo-gia da Informação e Co-municação, apoio para o armazenamento e outros procedimentos necessá-rios a digitalização.

Preservação O desembargador

Ubiratan Delgado falou da satisfação em ampliar

arte que ilustra o vídeo é do servidor Sávio Dantas, do Nucon

A capacitação dos professores da rede esta-dual para que levem para as salas de aula o tema do trabalho infantil e a pro-posta de um concurso de redação para o 2º semes-tre deste ano, foram algu-mas das propostas apre-sentadas durante reunião dos gestores regionais do Programa de Combate ao Trabalho Infantil, que aconteceu recentemente em João Pessoa. O Tribu-nal do Trabalho da Paraí-ba, que é um dos gestores regionais do Programa, esteve representado pela juíza Maria Lilian Leal, ti-tular da Vara do Trabalho de Monteiro.

Na reunião, a juí-za Maria Lilian Leal, um representante do Fórum Nacional de Prevenção e

Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI ) e o Se-cretário de Educação do Estado da Paraíba, profes-sor Aléssio Trindade apre-sentaram ações conjuntas visando a divulgação da campanha de 2015 contra o trabalho infantil.

A campanha terá como tema “Tem criança que nunca pode ser crian-ça” e será deflagrada nes-ta sexta-feira, dia 12. De acordo com a juíza Maria Lilian Leal, as propostas foram bem recebidas e no-vos contatos serão manti-dos em breve para tornar efetiva a parceria com o Governo.

A campanha centra-liza a discussão sobre a oportunidade da criança de viver a infância no lu-gar que lhe é próprio, em

uma escola de qualidade e livre do trabalho infantil.

]“Por esta razão, de-fendemos que o Estado, a sociedade e a família assumam os papeis na proteção integral, absolu-ta e prioritária da criança e do adolescente em ações efetivas que não somente assegurem a inserção e a permanência na escola, como também, cuidando do seu desenvolvimento fí-sico, cognitivo, emocional e social”, disse a magistra-da, citando a Constituição Federal, art. 227 e art. 4º do ECA. Maria Lilian lem-brou que o ECA completa 25 anos este ano e políti-cas de proteção ainda pre-cisam ser efetivadas para que o trabalho infantil seja somente um fato contado na história.

TRT produz vídeo que alerta contra o trabalho infantil

Já está publicado no canal do Tribunal do Tra-balho da Paraíba (13ª Re-gião) no You Tube (you-tube.com/trt13paraiba) e no Facebook (www.face-book.com/TRT.PB), um vídeo para marcar o Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil, come-morado neste dia 12.

O vídeo foi produzi-do pela a Assessoria de Comunicação Social em um projeto dirigido às mídias sociais. O objeti-vo é vincular a Justiça do Trabalho ao dia a dia da sociedade, usando datas marcantes do calendário para falar de legislação e direitos trabalhistas. O primeiro vídeo da campa-nha foi dedicado às mães, focado na licença mater-nidade.

A arte usada para ilustrar o vídeo é do ser-vidor Sávio Dantas e a narração é do assessor de comunicação, jornalista José Vieira Neto, (produ-ção e texto). A edição e fi-nalização é de Alexandre Magno, da empresa Viva Filmes, que presta servi-

ços ao TRT. O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil marca a luta pe-los direitos de crianças e adolescentes desde 2002. A iniciativa foi da (OIT) e o objetivo é chamar a aten-ção para a importância da implementação das Con-venções nº 138 e nº 182.

Juíza Lílian Leal representouTribunal em encontro de gestores

B4 Paraíba Terça-feira, 16 de junho de 2015

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Doença em apenas um dos vínculos mostra falsidade

Dorgival Terceiro NeTo JúNior Elementos comprovaram que a escala era administrada pelo Hospital

Justiça reconhece vínculo de médico plantonista em CG

Correio TrabalhisTa

O empregado que possui dois vínculos de emprego, que adoece em apenas um e segue trabalhando normal-mente no outro, comete falta grave o pode ser dispensado por justa causa, nos termos de decisão proferida pela Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso.

O fato é que o empregado possuía vínculo traba-lhista com dois empregadores e continuava trabalhando regularmente em um deles, ao mesmo tempo que estava usufruindo de licença médica junto ao outro patrão.

Ficou constatado que, por cerca de 4 meses o em-pregado acumulou a função de guarda em secretaria de prefeitura municipal com a a atividade relacionada a tratamento de afluente junto a empresa multinacional, e que durante esse período apresentou várias vezes atesta-dos médicos à empresa privada, por doenças tipo varico-cele (varizes que atingem os homens) e inflamações na garganta.

O ex-empregado defendeu sua conduta, argumen-tando que nos períodos de afastamento estava incapa-citado apenas para o trabalho na empresa, já que esse exigiam esforço físico o que não era necessário na função de guarda.

Contudo, a Turma, sob a relatoria da juíza convocada Mara Oribe, destacou que o ato de apresentar atestados médicos em apenas um dos empregos não pode ser justifi-cado em razão das diferenças de atividades desenvolvidas na empresa privada e no serviço público, “uma vez que a sua incapacidade, na condição de doente, deve ser vista para o exercício do labor e não da função por ele exercida.”

Anotou ainda a relatora que a suposta incapacidade parcial foi alegada várias vezes durante o período em que trabalhou nos dois lugares, enfraquecendo a tese do reclamante, quanto a sua incapacidade parcial, já que por diversas vezes adquiriu doença que o incapacitou apenas para trabalhar na reclamada privada, mantendo-se capaz sempre de exercer sua função na prefeitura.

Ao final, a justa causa aplicada ao empregado pela multinacional foi mantida.

(TRT 23ª Região – 2ª Turma – Proc. 0003792-32.2013.5.23.0101)

MOTORISTA PODE SER RESPONSÁVEL POR MULTAAs multas de trânsitos decorrentes de infrações

cometidas pelo empregado no exercício de suas fun-ções podem ser descontadas da remuneração paga pelo empregador, desde que a possibilidade esteja prevista no contrato de trabalho

Foi o que decidiu o juiz da Décima Vara do Trabalho de Brasília, Ricardo Machado Lourenço Filho.

A empresa solicitou compensação financeira, no importe de R$ 659,75, referente às infrações de transito cometidas pelo empregado durante o horário de trabalho.

Para o juiz, o parágrafo 1º do artigo 462 da CLT deli-mita que, se houver previsão contratual, é licito o desconto salarial decorrente do prejuízo causado, de forma culposa, pelo empregado.

Após citar também os artigos 186 e 927 do CPC, o juiz impôs dever de ressarcimento ao empregado.

(TRT 10ª Região – 10ª VT de Brasília – Proc. 0001912-13.2014.5.10.010)

É necessário mudarmos a nossa forma de atuar, capacitar nossos agentes e planejar ações de segurança. Sabemos que a Polícia Militar da Paraíba tem uma das melhores estruturas de capacitação do Brasil e estamos muito satisfeitos com o convênio celebrado hoje

Desembargador Ubiratan Delgado, presidente do TRT

““

AcORDO DE cOOPERAçãO

TRT e PM terão ações conjuntas

Uma decisão da Se-gunda Turma de Julga-mento do Tribunal do Trabalho da Paraíba re-conheceu o vínculo em-pregatício de um médico plantonista do Hospital Antônio Targino, localiza-do no município de Cam-pina Grande (PB). Não conformada a direção do Hospital pediu a reforma da sentença alegando que a relação de trabalho exis-tente entre as partes não era de emprego, já que o trabalhador era autônomo e prestava serviços apenas uma vez por semana.

A emprega afirmou que o médico não compa-recia todos os dias para visitar pacientes e era ele

próprio quem disponibili-zava seus dias e horários para prestação de servi-ços. O profissional, que foi demitido após 26 anos de trabalho prestado, solici-tou reforma da sentença, para que fosse reconheci-da a demissão indireta do emprego.

De acordo com o rela-tor do processo nº 0208000-39.2013.5.13.0009, de-sembargador Edvaldo de Andrade, o pedido de reforma da decisão teve como ponto central o re-conhecimento do vínculo empregatício. “O próprio empregador, em interro-gatório, declarou que o reclamante trabalhava de plantão às quartas, quin-

tas, de sobreaviso e pas-sava visita nas quinta e demais dias enquanto ti-vesse pacientes atendidos pelo mesmo no plantão”, observou o relator, desta-cando que a declaração já é suficiente para compro-var a pessoalidade e a não eventualidade da presta-ção de serviços por cerca de 26 anos.

Os elementos pro-batórios também com-provam que o autor se submetia a escala de tra-balho administrada pelo hospital. “Nesse contexto, entendo que o empregado estava inserido na estru-tura da tomadora de ser-viços, caracterizando-se a subordinação estrutural,

que se faz presente pela integração do empregado na própria estrutura da empresa”, disse o magis-trado.

O desembargador deu provimento parcial ao recurso ordinário, para acrescentar à con-denação adicional notur-no, dobro de férias, danos morais, multa do artigo 477 da CLT e registro na CTPS equivalente a cinco salários mínimos e meio. A decisão foi proferida pela Segunda Turma de Julgamento do TRT, que, por unanimidade, negou provimento ao recurso do reclamado e deu provi-mento parcial ao recurso do reclamante.

Tema da ação é: ‘Ônibus e caminhões não são brinquedos’

O Tribunal do Tra-balho da Paraíba (13ª Re-gião) e a Polícia Militar do Estado, firmaram parce-ria, com a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica, que vai permitir a participação de juízes e servidores em cursos nas áreas de segurança e capacitação oferecidos pela corporação. Da mes-ma forma, policiais pode-rão participar de cursos promovidos pelo TRT. O convênio foi assinado no gabinete da presidência do Regional, pelo desem-bargador Ubiratan Delga-do e pelo subcomandante geral da PMPB, coronel José de Almeida Rosas, que representou o co-mandante geral da PM, coronel Euler Chaves.

A parceria busca a efetivação dos objetivos,

comprometendo-se as instituições a emprestar todo o apoio possível e necessário à realização de ações conjuntas, de iniciativa comum ou iso-lada, desde que correla-tas às suas obrigações e atribuições institucio-nais.

O TRT e a PM vão tro-car informações técnicas não protegidas de sigilo, bem como de recursos humanos e materiais ne-cessários ao desempenho do Acordo, cujas ações não resultem em prejuí-zos à realização ordinária das suas próprias ativi-dades. De acordo com o diretor do serviço de Se-gurança e Transportes do TRT, Jefferson Pereira, o Acordo de Cooperação Técnica terá vigência de 60 meses.

Parceria permite participação de juízes e servidores em cursos

“A segurança pública é um fato preocupante em todo o país e todas as instituições públicas devem dar as mãos para que o combate a violência seja mais eficaz. A Polícia Militar, por lei, faz a manutenção da ordem pública para que a sociedade possa ter aquilo que tanto almeja, que é a segurança”, disse o subcomandante geral da PM, coronel José de Almeida Rosas. Sobre o convênio firmado, o coronel Almeida observou que seria muito importante que outros órgãos também se engajassem nessa corrente pelo bem. Na solenidade, o coronel estava acompanhado pelo procurador do Estado, Wladimir Romaniuc Neto e pelo diretor do Centro de Educação da PMPB, coronel Marcos Sobreira.

!Ordem

O juiz auxiliar da presidência, Antônio Eudes Vieira Júnior, que na ocasião representou a Comissão de Segurança do TRT, expressou o contentamento da instituição com a celebração do ato. “Nos sentíamos órfãos de segurança e o Tribunal atuava de forma intuitiva carecendo de mais capacitação, o que será possível a partir de agora”.De acordo com o coronel Jefferson Pereira, com o ato, as instituições terão mais conhecimento para conduzir as decisões acertadas. Ele fez uma breve apresentação do Acordo de Cooperação Técnica e falou da importância da parceria.

!Capacitação

TRAbALhO SEgURO

Campanha tem outdoors na PBNos próximos vinte

dias quem trafegar pe-las principais rodovias da Paraíba será alertado para dirigir com mais se-gurança. Outdoors estão nas entradas e saídas das principais cidades do es-tado, em uma campanha voltada principalmente para caminhoneiros e mo-toristas de ônibus.

A campanha tem como tema “Ônibus e ca-minhões não são brin-quedos - trabalhe com segurança”. A mensagem visual resgata, com uma nova linguagem, uma campanha comum nos anos de 1970 e 1980 com o apelo “não corra papai”.

Duas ações de su-porte a campanha foram

realizadas no mês passa-do nos acessos às prin-cipais cidades do estado: a capital, João Pessoa e Campina Grande, onde fo-ram abordados duzentos motoristas. Os juízes do trabalho, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, do Ministério Público do Trabalho, da Previdência

Social e Agência Nacional de Transportes Terrestres foram às estradas conver-sar com os motoristas.

Um ônibus da Polícia Rodoviária Federal adap-tado para palestras foi usado para acomodar os motoristas, que receberam informações sobre segu-rança nas estradas, o ris-

co do uso de substâncias tóxicas e álcool e legislação trabalhista específica para a categoria. Os motoristas ainda receberam folhetos sobre direitos trabalhistas e leis específicas da cate-goria, tudo em uma lin-guagem direta e simples. Depois das palestras, os juízes conversaram com motoristas esclarecendo as dúvidas de cada um.

Toda esta movimen-tação é parte do Programa Trabalho Seguro, coorde-nado pelo Conselho Su-perior da Justiça do Tra-balho, com a participação dos Tribunais do Trabalho do país. Na Paraíba, o pro-grama é coordenador pelos juízes André Machado Ca-valcanti e George Falcão.

fESTA DA PARTILhA

TRT festeja São João com casamento matuto

Casamento ma-tuto, comida de milho, forró e muita anima-ção. Assim foi a come-moração dos festejos de São João realizada na semana passada na sede do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região). O maes-tro e servidor do Regio-nal, Carlinhos Telles, circulou os corredores do prédio e desceu as escadarias acompa-nhado por um trio de sanfona, triângulo e zabumba também for-mado por servidores da Casa, convidando magistrados e servi-dores para a festa que aconteceu no hall de entrada.

Os noivos foram protagonizados pelos servidores Maria Tere-za Lobo (Segepe) e Ti-bério Cláudio de Paiva (Administrativa), do grupo de teatro Justi-ça em Palco, do TRT. Junto com as servido-ras Tânia Magalhães (Segepe), Carla Leitão

(Chefia de Gabinete da Presidência) e Gláucia Bronzeado (aposenta-da), eles realizaram a tradicional cerimônia de casamento matuto.

O presidente do TRT, desembargador Ubiratan Delgado, saudou os presentes e lembrou que o mês de junho celebra a festa do milho, da fartura e da partilha. “E é com esse sentimento de partilha que a festa está acon-tecendo, com o simbo-lismo do São João, que é festa simples e baca-na, trazendo o convívio da família e dos amigos em volta da fogueira, que aqui está de forma simbólica”, disse.

No clima de ale-gria junina, do forró e em meio a uma deco-ração cheia de balões e bandeirolas, os ma-gistrados e servidores participaram de um lanche típico, com mui-ta canjica, pamonha, bolos, munguzá, pães e cachorro quente.

Para o presidente do TRT, desembargador Ubiratan Delgado, “esse novo olhar da Justiça do Trabalho para a segurança está acontecendo em todo o país. É necessário mudarmos a nossa forma de atuar, capacitar nossos agentes e planejar ações de segurança. Sabemos que a Polícia Militar da Paraíba tem uma das melhores estruturas de capacitação do Brasil e estamos muito satisfeitos com o convênio celebrado hoje”. O desembargador destacou o trabalho da Comissão de Segurança do Tribunal, que “tem vez e voz no âmbito da Administração, e do desembargador Edvaldo de Andrade, que preside a Comissão e que tomou para si a missão de melhorar a segurança da instituição”. Falou do trabalho do coronel Jefferson Pereira, diretor de Segurança e Transportes do TRT, que tem prestado relevantes serviços ao Tribunal na área de segurança institucional e que buscou o estreitamento dos laços com a Polícia Militar e saudou a ação do servidor Guaracy Medeiros de Assis, gestor do projeto estratégico Plano Institucional de Segurança.

!Ações de Segurança

B4 Paraíba Terça-feira, 23 de junho de 2015

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Alegação de inimizade com advogado não torna juiz suspeito

DorgivAl Terceiro NeTo JúNior Juntas, as empresas vão pagar R$ 10 mil a uma ex-empregada

Justiça condena CBTU e Lotus por conduta lesiva

Correio TrabalhisTa

A simples alegação de inimizada para com o advoga-do não torna o juiz suspeito para atuar no processo, confor-me entendimento da Décima Turma Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais.

No caso, onde havia pedido de pagamento de indeni-zação por danos morais e materiais decorrentes de acidente do trabalho, na audiência de instrução, após o juiz inde-ferir o pedido de apresentação de documentos feito pelo reclamante, o advogado deste arguiu a suspeição do juiz, afirmando existir inimizade entre ambos.

O fato foi veemente negado pelo juiz, que disse que trata o procurador do reclamante da mesma forma que os demais advogados que atuam na sua jurisdição.

O advogado, então, entrou com pedido de afastamen-to do juiz junto ao Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais.

Porém, a relatora, desembargadora Rosemary de Oli-veira Pires, não verificou a existência de situação que de fato autorizasse o reconhecimento da suspeição do magistrado.

A relatora ressaltou que o artigo 148 do Regimento Interno do Tribunal, estabelece que o juiz deve se conside-rar impedido ou se declarar suspeito, podendo ser recusado pelas partes, nas hipóteses dos artigos 799 a 802 da CLT e dos artigos 134 a 137 do CPC.

O artigo 801 da CLT destaca que o juiz é obrigado a dar-se por suspeito, podendo ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes: inimizade pessoal; amizade íntima; parentesco por consan-guinidade ou afinidade até o terceiro grau civil e interesse particular na causa.

Já o artigo 135 do CPC também prevê a suspeição por parcialidade do julgador, quando for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes.

Anotou porém a relatora que a inimizade do juiz com o procurador da parte não está entre as hipóteses de suspeição previstas na legislação. Além disso, no caso em análise, a suspeição só foi arguida depois da audiência, o que configura a preclusão.

Para a relatora, “Se inimizade houvesse que afetasse o exercício da jurisdição pelo magistrado, a parte deveria levantar a questão no início da audiência (e certamente o faria), e não depois de proposta a conciliação, que foi recu-sada, e após, ainda, o indeferimento do pedido de apresen-tação dos documentos pelo reclamante. Acolher a suspei-ção, sob a mera alegação de inimizade entre o advogado da parte e o magistrado, pode frustrar o princípio da preven-ção e do juiz natural, dirigindo a distribuição à vontade e arbítrio da parte”.

Ao final, a Turma rejeitou a arguição de suspeição do magistrado de primeiro grau.

(TRT 3ª Região – 10ª Turma – Proc. 01601-2012-047-03-00-9)

FOFOCAS NÃO PROVAM ASSÉDIO SEXUAL A Sexta Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais decidiu que simples fofocas não provam a existência de assédio sexual. O relator, juiz convocado Maurílio Brasil, alertou que o assédio sexual deve ficar muito bem provado, para que não pairem dúvidas sobre os fatos. Mas, no caso, o relator visualizou que as testemunhas não confirmaram as “cantadas” e o assédio alegados na re-clamação, porque uma das testemunhas da autora disseram ter ouvido comentários no sentido de que o diretor assedia-va a trabalhadora, mas sem presenciar o fato. Ela se referiu a “fofoquinhas” de que o chefe assediava outras funcionárias no passado. Assim, a Turma considerou que o assédio sexual não foi provado, indeferindo o pedido de indenização por dano moral. (TRT 3ª Região – 6ª Turma)

Presidentes das duas instituições assinaram o convênio

É mais uma importante parceria firmada pelo Programa Trabalho Seguro na Paraíba, desta feita voltada ao considerável público que frequenta os jogos do Botafogo (PB) que, nos últimos anos, detém uma das maiores médias de público no país

Juiz George Falcão, gestor do Programa Trabalho Seguro na Paraíba

““

AUDIêNCIAS VOLANtES

TRT vai utilizar fóruns do TRE

Jogadores levam faixa com alerta aos acidentes no trabalho

As empresas Compa-nhia Brasileira de Trens Ur-banos (CBTU) e a Lotus Em-preendimentos e serviços LTDA, vão pagar, juntas, a uma trabalhadora o va-lor de R$ 10 mil por danos morais. As empresas foram condenadas pela Justiça do Trabalho por prática de con-duta lesiva. A Segunda Tur-ma de Julgamento do TRT manteve a decisão proferida na 5ª Vara do Trabalho de João Pessoa.

Segundo o processo, a trabalhadora, com gravidez de risco, era submetida a constrangimento, prestan-do serviços pessoais ao su-perior imediato da CBTU. A empresa de trens apre-sentou recurso ordinário sustentando que o inadim-plemento de encargos tra-balhistas não é suficiente para transferência de res-ponsabilidade à tomadora de serviços. Alegou que sua culpabilidade foi presumida pelo juízo em primeiro grau, já que não existiu prova que atestasse sua culpa. A Lo-

tus também apresentou re-curso ordinário, mas o juiz decidiu pelo seu não reco-nhecimento.

A CBTU insistiu no pedido de exclusão de sua responsabilidade subsidi-ária, mas as testemunhas ouvidas confirmaram que a trabalhadora passou por gestação de risco e que, du-rante o período foi obrigada pelo seu su-perior hierár-quico a descer e subir esca-das, chegan-do a passar mal algumas vezes. Além disso era exposta a situação vexatória, sendo acusada de ter “preguiça para trabalhar e corpo mole”.

As testemunhas ou-vidas acrescentaram ain-da que a trabalhadora era obrigada a fazer serviços de natureza pessoal, tais como controlar o pagamento de alugueis de casas que o seu superior possuía e ainda sofria pressão psicológica,

com ameaças de ser dispen-sada caso colocasse muitos atestados médicos.

O superior hierárqui-co, apontado pela traba-lhadora como sendo autor da conduta nociva também foi ouvido e confirmou que ela trabalhou em local de acesso por escadas, muito embora passasse por gravi-dez de risco. Atestou ainda

que, de fato a trabalhadora era desviada para lhe pres-tar serviços pessoais. Re-conheceu que “eventualmen-

te a trabalhadora pode ter pago contas pessoais em casas lotéricas e digitado contratos de locação.

O relator do pro-cesso nº 0055400-11.2014.5.13.0005, de-sembargador Edvaldo de Andrade observou que, no caso dos autos, a condena-ção não se referiu a mero descumprimento no pa-gamento de verbas traba-

lhistas. As empresas foram condenadas ao pagamento de indenização por danos morais praticados contra a empregada grávida, abalo este exercido pelo superior imediato da companhia de trens.

“Na espécie, entendo que a responsabilidade po-deria até ser direta e não subsidiária, já que a ofensa moral foi atribuída à própria empresa tomadora, estando nela, portanto, a origem da conduta e da culpa gerado-ra do dano moral. Por to-das as considerações está provada a conduta danosa praticada pelo superior hie-rárquico, razão pela qual entendo também caracteri-zado o dano e o nexo causal necessário ao surgimento da obrigação de indenizar”, observou o magistrado. que manteve a sentença e negou provimento ao recurso ordi-nário da CBTU. A decisão, que ainda cabe recurso, foi acompanhada pela Segun-da Turma de Julgamento do Tribunal.

“É mais uma importante parceria firmada pelo Programa Trabalho Seguro na Paraíba, voltada ao público que frequenta os jogos do Botafogo (PB) que, nos últimos anos, detém uma das maiores médias de público no país. Esperamos que o torcedor do Botafogo, além de sair de campo com vitórias, também saiam com uma mensagem de conscientização em relação à segurança no trabalho”, disse o juiz George Falcão, destacando que essa parceria, além de demonstrar preocupação do Botafogo com a saúde de seus próprios atletas, evidencia o engajamento com uma causa social ainda tão preocupante.O presidente do Botafogo, Guilherme Carvalho, acredita que, por ser o Botafogo um dos times de maior torcida na Paraíba, a campanha, terá grande alcance. “O Botafogo está contribuindo, junto com o TRT para conscientizar os torcedores e a população da necessidade de ter cuidado no trabalho.

!ConscientizaçãoUma faixa contendo a frase “Acidentes de tra-balho não acontecem por acaso. Acontecem por des-caso” vai ser mostrada em todos os jogos da Série C do Campeonato Brasileiro de 2015 que acontecerem no estádio José Américo de Almeida. A ação é fruto de uma parceria firmada entre o Tribunal do Tra-balho da 13ª Região e o Botafogo Futebol Clube da Paraíba, iniciada no sábado, dia 13, na última partida do Campeonato Paraibano 2015.

A faixa surgiu no gramado do Estádio Al-meidão durante partida entre o Botafogo e o Auto Esporte, com placar final de 3 a 1 favorecendo o Belo. O Termo de Acordo foi assinado pelo juiz Ge-orge Falcão, que é gestor do Programa Trabalho Seguro na Paraíba e pelo

presidente do Botafogo, Guilherme Carvalho na semana passada.

A ideia é que a faixa seja mostrada, antes das partidas e em seus inter-valos. A ação na Paraíba está relacionada ao Pro-grama Trabalho Seguro, de iniciativa do Tribunal Superior do Trabalho, que tem como objetivo

contribuir para a preven-ção e efetiva redução dos acidentes do trabalho e doenças ligadas à ativida-de laborativa no Brasil. A parceria firmada pelo TRT com o Botafogo, revela a preocupação com o ele-vado número de aciden-tes de trabalho e doenças ocupacionais que ocorrem na Paraíba.

Um convênio firma-do entre os Tribunais do Trabalho e Eleitoral da Paraíba vai permitir o uso de espaço físico dos órgãos vinculados ao TRE no Estado, para a realização de audiências das Varas do Trabalho em atividade itineran-te. O presidente do TRT, desembargador Ubira-tan Delgado disse que a parceria é fundamental para o poder Judiciário paraibano. “O beneficiá-rio será o jurisdicionado, que irá evitar o desloca-mento para outra cida-de”. Para o desembarga-dor João Alves da Silva, “essas colaborações en-tre os Tribunais são es-senciais e beneficiam to-das as partes”.

O convênio foi as-sinado na semana pas-sada, no gabinete do presidente do TRE, de-sembargador João Alves da Silva, onde o desem-

bargador Ubiratan Del-gado falou do projeto pi-loto, de iniciativa do juiz Paulo Roberto Vieira Ro-cha, titular da Vara do Trabalho de Sousa, que começou nas cidades de Pombal e Uiraúna, mu-nicípios que estão sob a jurisdição da Vara Tra-balhista de Sousa e está sendo executado com sucesso.

O juiz Paulo Rober-to disse ser “indescritível a satisfação das pesso-as”, destacando que tem priorizado as audiências envolvendo idosos, pes-soas deficientes ou por-tadoras de necessidades especiais. O Presidente do TRT esteve acompa-nhado pelo Juiz Auxiliar da Presidência, Antônio Eudes Vieira Júnior, que também assinou o convênio, na condição de testemunha, pelo juiz Marcello Maia, presiden-te da Amatra 13, pelo

secretário Geral da pre-sidência, Saulo Mendes e pelo diretor de Segu-rança e Transportes, Je-fferson Pereira.

Também estavam presentes à reunião, o desembargador José Au-rélio da Cruz, vice-pre-sidente do TRE da Pa-raíba, o juiz membro da Corte Eleitoral, Ricardo

da Costa Freitas e o dire-tor Geral do TRE, Fábio de Siqueira Miranda.

No último mês de maio, acordo semelhante foi assinado entre o TRT e o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) com o objetivo de utilizar os Fóruns da Justiça Co-mum para a realização das audiências volantes.

A busca pelos direi-tos é o que mais motiva as ações na Justiça do Traba-lho. Um balanço feito pela Coordenadoria de Estatís-ticas do Tribunal do Tra-balho da Paraíba revela que os principais motivos são os decorrentes de uma demissão, cujos direitos sobre verbas rescisórias, a exemplo de férias, aviso prévio, saldo de salário, horas extras e outros, não são pagos.

O tema “Indeniza-ção por Dano Moral” en-contra-se logo abaixo dos itens citados e neste pri-meiro trimestre de 2015 já soma 2.091, representan-do 25,66% das ações que chegam a Justiça do Tra-balho . Em 2014 o mesmo motivo representou 21% dos ações que deram en-trada nas Varas do Tra-balho. Ou seja, 1 em cada 5 litígios versaram sobre “Dano Moral” nas relações

de trabalho.Em 2014 a ativida-

de econômica com maior número de processos foi a indústria de constru-ção civil e mobiliária, com 5.363 ações registradas. O segundo lugar ficou com o comércio varejista, que registrou um número de 3.538 processos. Em 2015 os números registrados no primeiro trimestre já demonstram crescimen-to. A indústria de cons-trução civil e mobiliária permanecem no topo com 1.274 ações registradas e o comércio varejista, com 907.

De acordo com Age-nor Costa. coordenador de Estatística do TRT, ao todo o número de proces-sos que deu entrada na Justiça do Trabalho em 2014 chegou a 31.964. Neste ano de 2015, o to-tal de processos já chega a 8.148.

Dano moral representa 21% das ações na JT

BOtAFOgO (PB) E tRt

Em defesa do trabalho seguro

Sob ameaçasTrabalhadora com gravidez de risco era submetida a constrangimento por superior imediato

B4 Paraíba Terça-feira, 30 de junho de 2015

O Direito e o [email protected]

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Acordo feito por whatsapp é homologado

DorgivAl Terceiro NeTo JúNior

Correio TrabalhisTa

A Justiça do Trabalho de Campinas-SP usou pela primeira vez o aplicativo WhatsApp para promover conciliação entre um trabalhador e uma empresa.

As partes do processo fizeram toda a negociação pelo celular e só tiveram de ir ao Fórum Trabalhista para assinar a documentação pertinente ao acordo formalizado em plataforma digital.

A juíza Ana Cláudia Torres Vianna, diretora do Fórum Trabalhista de Campinas e responsável pelo Centro Integrado de Conciliação de 1º Grau, explicou que a “A nova modalidade de mediação nas platafor-mas virtuais permite maior rapidez nos encaminha-mentos, não sendo necessário que se aguarde a desig-nação de uma audiência para poder estar em contato com os mediadores. Tanto quanto a mesa redonda, a comunicação através de WhatsApp ou de outras mídias pode se mostrar como uma forma eficiente de fazer o diálogo fluir entre os envolvidos”.

No caso, o trabalhador disse ter desenvolvido uma hérnia de disco por causa do serviço, que de-sempenhou durante menos de um ano. Ele a princí-pio queria receber R$ 12 mil, mas acabou fechando acordo em R$ 8 mil, com pagamento à vista.

(TRT 15ª Região – Centro Integrado de Conci-liação – Proc. 0010025-20.2015.5.15.0094)

ENVIO DE INFORMAÇÃO SIGILOSA É FALTA GRAVE

Comete falta grave o empregado que encaminha e-mail com informações sigilosas do empregador para terceiros.

Foi o que decidiu a Sétima Turma do Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, manten-do a justa causa aplicada pelo empregador.

No caso, a empregada de um hospital enviou e-mail com informação sigilosa do empregador, con-sistente em orçamento de materiais cirúrgicos de um fornecedor para outra empresa que também fornece suprimentos à instituição, na busca de algum benefí-cio próprio e potencialmente prejudicar economica-mente o hospital.

Na primeira instância, a juíza se convenceu que a empregada agiu de forma a prejudicar a confiança que deve existir entre o empregador e o empregado, enquadrando a conduta da trabalhadora como “mau procedimento”, nos termos do artigo 482 da CLT.

A falta grave foi também reconhecida pela Tur-ma, nos termos do voto do relator, desembargador Wilson Carvalho Dias, sob o argumento de que diver-sos indícios comprovam que realmente foi a trabalha-dora que enviou as informações sigilosas.

(TRT 4ª Região – 7ª Turma)

CAMAREIRA DESCANSAR EM QUARTOS É FALTA GRAVE

A Primeira Turma do Tribunal Regional do Tra-balho do Paraná manteve a dispensa por justa causa aplicada por um apart-hotel a uma camareira que descansava nas camas dos apartamentos, durante o horário de trabalho.

No processo, a supervisora da empregada notou falta de itens de reposição em um dos apartamentos e, ao retornar com os objetos faltantes, deparou-se com a camareira e uma colega, que também foi demi-tida, deitadas sobre a cama.

A reclamante já havia sofrido advertências por essa mesma conduta e também por falta não justifica-da e por não cumprir ordens de sua superiora.

Para a Turma, seguindo o voto do relator, de-sembargador Edmilson Antonio de Lima, a empresa apresentou provas suficientes para comprovar as faltas que causaram a dispensa da camareira, agindo de forma desidiosa no cumprimento de suas funções e insubor-dinada, descumprindo ordens de sua superior hierár-quica, ficando caracterizadas, portanto, as faltas graves previstas nas alíneas “e” e “h”, do artigo 482 da CLT.

(TRT 9ª Região – 1ª Turma – Proc. 08726-2013-020-09-00-9).

Não existe culpa do reclamante, uma vez que foi reconhe-cido pela própria empresa que a falha se deu no aterramento do freezer, o que confirma a queixa inicial do trabalhador. As sequelas do acidente estão evidenciadas pelos documentos nos autos, nada portanto, há a reformar na sentença de origem

Juíza convocada Margarida Alves de Araújo Silva, Relatora do processo

““

Justiça condena Petrobrás por Acidente de TrabalhoTrabalhador que sofreu descarga elétrica receberá R$ 300 mil

A Primeira Turma de Julgamento do Tribunal do Trabalho da Paraíba manteve decisão da 5ª Vara do Trabalho de João Pessoa, que condenou a Petrobras Transporte S.A – Transpetro, ao paga-mento de indenização no valor de R$ 300 mil a um empregado que sofreu um acidente no ambiente de trabalho. Segundo relato no processo, uma descar-ga elétrica, provocada por um freezer, causou rab-domiólise (quebra rápida de músculo esquelético devido à lesão no tecido muscular), transtorno conversivo e incapacida-de de movimentar a mão esquerda. Entre outras deficiências, o trabalha-

dor sente dores e déficit neurológico, teve a vida sexual prejudicada, ficou sem força no braço e na perna esquerda, resul-tando em dificuldades para caminhar.

Em Recurso, a em-presa pediu a anulação da sentença com a alegação de que a indenização por danos morais no importe de R$ 300 mil não proce-de, e sustentou que o tra-balhador enfatizou exage-radamente o evento e os danos supostamente so-fridos. Afirmou ainda que a prova pericial produzida revelou dano de grau mí-nimo à saúde do trabalha-dor, incapacitando-o ape-nas momentaneamente para o trabalho de embar-

cado (navio/plataforma) e que o parecer técnico mostra que a recuperação total é esperada.

Para a relatora do processo nº 0137500-57.2013.5.13.0005, juí-za convocada Margarida Alves de Araújo Silva, não existe culpa do recla-mante, uma vez que foi reconhecido pela própria empresa que a falha se deu no aterramento do freezer, o que confirma a queixa inicial do traba-lhador. “As sequelas do acidente estão eviden-ciadas pelos documentos nos autos, nada portanto, há a reformar na senten-ça de origem”, disse.

A magistrada verifi-cou que a condenação es-

tava em consonância com as circunstâncias atinen-tes ao caso, atendendo ao princípio da razoabilidade, em que a indenização por danos morais não deve gerar o enriquecimento sem causa, mas, também, não desprezar o caráter pedagógico da pena, como meio de coibir a perpetu-ação de danos idênticos que, como visto, foi de gravidade evidente, inclu-sive com risco de morte.

Ficou definido que a Petrobras terá que res-sarcir despesas com me-dicamentos e manter o pagamento das vanta-gens salariais de auxílio pré-escolar e auxílio ensi-no fundamental, até o fim da convalescença.

EM CATOLÉ DO ROChA

Segurança é tema de palestra

André Machado é titular da vara do Trabalho na cidade

O Juiz André Ma-chado, gestor do Progra-ma “Trabalho Seguro” na Paraíba e titular da Vara do Trabalho de Catolé do Rocha, ministrou pa-lestra abordando o tema “Segurança e saúde no trabalho”. O tema foi apresentado no Centro Cultural Geraldo Van-dré para advogados, em-presários, trabalhadores e estudantes do curso Técnico em Segurança e Medicina no Trabalho, do Colégio Dom Vital.

A palestra foi feita a convite da Presidente do Lions Clube de Catolé do Rocha, Araceli Vieira. Foram abordados os as-pectos legais do aciden-te do trabalho e o Pro-grama Trabalho Seguro, do TST, bem como as ações já realizadas pelo TRT aqui na Paraíba,

dentre as quais o “Abril Verde” e a ação nos pos-tos da Polícia Rodoviária Federal.

Para o Juiz André Machado, o encontro no Lions Clube de Catolé do Rocha demonstrou a preocupação da Justiça

do Trabalho com o tema (saúde e segurança do trabalhador). “Mostrou também o nosso firme propósito de aproxima-ção do Judiciário com a sociedade”, disse o ma-gistrado.

Na oportunidade,

estiveram presentes cer-ca de 100 pessoas que, durante apresentação do tema, se manifestaram várias vezes por meio de comentários e fazendo perguntas sobre a temá-tica. Ao final, a Presiden-te do Lions Clube, Araceli Vieira, exaltou a iniciati-va ao comentar que “a palestra demonstrou o compromisso da Justiça do Trabalho com a comu-nidade catoleense”.

Josenildo Fernan-des, que estava na pla-teia, enfatizou que nunca “tinha visto empresários presentes em nenhum evento sobre saúde e se-gurança no trabalho. É importante a realização de outros eventos para ir reeducando os empresá-rios e colaboradores para a cultura prevencionis-ta”, disse.

pUbLICADO DO DAEJT

Concurso para estágio já foi homologado

O presidente do Tribunal do Trabalho da Paraíba, desem-bargador Ubiratan Delgado, homolo-gou e tornou públi-co o resultado final do processo seletivo para estágio acadê-mico, remunerado, com atuação dos es-tagiários em diversas

áreas, de que trata o Edital nº 01/2015, publicado no Diário Administrativo Ele-trônico da Justiça do Trabalho da 13ª Região. A relação foi disponibilizada na última segunda-feira, dia 22 e publicada no DAE na quinta, dia 25 de junho de 2015.

ENSINO à DISTâNCIA

Tribunal compartilha cursosA Secretaria de Ges-

tão de Pessoas do Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) compartilhou com o Tribunal de Justiça da Paraíba três cursos na modalidade à distância, para ofertar aos servido-res do TJPB. Os cursos tratam dos temas “Gestão do Tempo”, “Conhecimen-tos Básicos para Uma Boa Gestão” e “Noções Básicas sobre Planejamento Es-tratégico”.

Para o diretor da Secretaria de Gestão de

Pessoas do TRT, Samuel Norat, o compartilha-mento de cursos à dis-tância entre os órgãos do Poder Judiciário é de ex-trema importância para a melhoria da prestação ju-risdicional. “As matérias podem ser diferenciadas, mas as di-f i cu ldades são comuns. Nesse sen-tido, a troca de aprendi-zado favo-rece a qua-

lificação dos servidores, tornando o trabalho mais qualitativo”, destacou o diretor.

Neste primeiro mo-mento, será disponibili-zado o curso Gestão do Tempo, cujo Edital de abertura das inscrições

foi publica-do no Diário da Justiça Eletrônico da última sexta (26). Serão ofe-recidas 100

vagas e poderão partici-par servidores de todas as áreas do Tribunal de Justiça, considerando que o tema faz parte do eixo temático geral, ou seja, trata de conheci-mento importante para todas as áreas.

Serão validadas as cem primeiras inscrições, mas todos os servidores terão a oportunidade de participar, pois com o en-cerramento dessa primei-ra turma, outras turmas serão abertas no futuro.

Gestão do TempoTRT da Paraíba já disponibilizou três cursos para os servidores do TJ

Após o encerramento do curso, a Gerência de Capacitação providenciará a anotação da capacitação nas fichas funcionais dos servidores concluintes. Portanto, não haverá necessidade dos servidores solicitarem a anotação, ela será providenciada de forma automática.http://www.tjpb.jus.br/wp-content/uploads/2015/06/25.06.15_Edital-004-Curso-Gest--o-do-Tempo.pdf

!Capacitação

Inscrições até esta sexta-feiraAs inscrições ocor-

rerão no período com-preendido entre as 12h do dia 29 deste mês de junho até as 18h do dia 3 de julho, e o início do curso está previsto para o dia 6 de julho. Para obter a certificação, o servidor matriculado disporá de 20 dias para realizar todas as ativi-dades propostas, bem como a avaliação final de aprendizagem, cuja

nota deverá ser igual ou superior a 7,0.

Como os cursos serão disponibilizados na modalidade à dis-tância, para participar os servidores deverão

possuir acesso à inter-net, conta de correio eletrônico (e-mail) e processador de textos compatível com docu-mentos do aplicativo Microsoft Word, como por exemplo o Libre-Office Writer, antigo BrOffice. A Gerência de Capacitação orienta que os servidores prio-rizem a utilização do e-mail institucional do TJPB ([email protected]).

CertificaçãoServidor terá 20 dias para realizar as atividades propostas e avaliação final