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Manifestações Pulmonares Tosse e Expectoração Semiologia Médica II- Módulo Aparelho Respiratório Professora: Maira Alunas: Raquel Carvalho Leite e Verônica Bertolini da Silva Oliveira

tosse e expectoração

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Manifestações Pulmonares

Tosse e Expectoração

Semiologia Médica II- Módulo Aparelho RespiratórioProfessora: MairaAlunas: Raquel Carvalho Leite e Verônica Bertolini da Silva Oliveira

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PULMONARES

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Tosse

*É uma expiração explosiva e acompanhada de um ruído característico.

*A tosse constitui um sintoma de uma grande variedade de patologias, pulmonares e extrapulmonares.

*Produz impacto social negativo, intolerância no trabalho e familiar, incontinência urinária, constrangimento público e prejuízo do sono

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Mecanismo da tosse

Fase nervosa Fase inspiratória Fase compressiva Fase explosiva

*FASE NERVOSA: estímulo via aferente centro bulbar via eferente

Estímulo: mecânico, químico ou térmico.

Fase nervosa da tosse: Os receptores sensitivos Fase nervosa da tosse: a via aferente

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*FASE INSPIRATÓRIA: A estimulação eferente dos nervos espinhais, frênicos e

intercostais acionará os músculos inspiratórios para que ocorra uma inspiração curta.

*FASE EXPLOSIVA: A glote abre-se repentinamente. Relaxa-se o diafragma, que então é

empurrado para cima pela pressão intra-abdominal elevada, comprimindo ainda mais o tórax.

O fluxo aéreo é assim expulso de maneira explosiva e em alta velocidade.

Mecanismo da tosse

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Tosse ineficazDefeitos em qualquer uma das fases 4 fases pode torná-la ineficaz.PROBLEMAS COM A FASE NERVOSA: *Fármacos ou anestésicos.*Situações de depressão do SNC, como coma.*Miastenia gravis e curare – ao nível da placa motora.

PROBLEMAS COM A FASE INSPIRATÓRIA: *Situações debilitantes.*Rigidez pulmonar exagerada.

PROBLEMAS COM A FASE COMPRESSIVA: *Intubação endotraqueal e paralisia das cordas vocais – impossibilitam o fechamento

da glote.*Traqueostomia.*Performance ruim dos músculos expiratórios.

PROBLEMAS COM A FASE EXPLOSIVA: *Fluxo aéreo muito reduzido – doenças que cursam com obstrução crônica do fluxo

aéreo.

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Complicações da tosse

ESTRUTURA COMPLICAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA Fratura da costela Ruptura do reto abdominal-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PLEUROPULMONAR Pneumotórax Pneumomediastino Enfisema pulmonar Bolhas e cavidades pulmonares----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

CARDIOVASCULAR Hipotensão arterial Hipertensão venosa sistêmica Ruptura de veias anais, nasais e

subconjuntivais Bradicardia Bloqueio de II - III grau-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

SITEMA NERVOSO CENTRAL Síncope

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Classificação clínica da tosse

*Aguda ou crônica *Seca ou produtiva

Etiologia da tosse agudaDoenças com baixo risco de complicações e morte:*Resfriado comum*Sinusite aguda*Gripe *Rinite, laringíte, traquíte e faringite*Bronquite aguda*Exacerbaçõao de doenças pré-existentes: asma, DPOC, bronquiectasia,

rinossinusopatias *Exposição à alérgenos ou irritantes *Drogas – inibidores da ECA, β - bloqueadores

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Doenças com alto risco de complicações e morte: *Pneumonia*Crise grave de asma ou DPOC*Edema pulmonar por IVE*Embolia Pulmonar

Etiologia da tosse crônica* Tabagismo *Alergia das vias aéreas superiores*Asma brônquica*Bronquiectasias*Tuberculose ativa e lesões residuais de tuberculose*Abscesso pulmonar

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Investigação clínica da tosse

O sintoma tosse em geral não deixa dúvidas quanto à etiologia. Normalmente vem acompanhado de outras manifestações que em conjunto formam um quadro clínico bem sugestivo.

Através da história clínica e exame físico, normalmente consegue-se apontar p sítio e a doença responsável.

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Expectoração

Crianças não conseguem eliminar os escarros!! Deglutem-no e podem eliminá-lo através do vômito.

* Definição: Produto eliminado por intermédio da tosse, procedente das vias respiratórias. * costuma ser consequência da tosse. * o escarro contém importantes dados para diagnóstico. * síndrome brônquica síndrome pleural

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Expectoração

* As células caliciformes e as glândulas mucíparas produzem aproximadamente 100 ml de muco em 24 horas. * O muco deposita-se nos cílios que, por batimentos contínuos, o conduz à faringe. *O muco é deglutido por reflexo.

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Caracteírsticas semiológicas da expectoração:

* volume * odor * cor * transparência * consistência

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* escarro seroso: contém água, eletrólitos, proteínas. É pobre em células. * escarro mucóide: contém muita água, proteínas (mucoproteínas), eletrólitos, baixa celularidade. * escarro purulento: rico em piócitos, celularidade alta. * hemoptóico: observa-se rajos de sangue.

Características do escarro:

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Exemplos típicos de expectorações:*Edema pulmonar agudo: transudato de aspecto seroso, rico em espuma, pode apresentar coloração rósea.

*Escarro perolado: típico dos asmáticos, mucóide com alta viscosidade, aderindo às paredes do recipiente que o contém ( lembra clara de ovo). Observa-se pequenas formações sólidas, brancas e arredondadas.

*Bronquite inicial: escarro mucóide.

*Paciente com DPOC: Magro: quase não expectora Gordo: expectoração constante

*Bronquite crônica: mucóide mucopurulento: sinal de infecção

*Bronquite crônica com Bronquiectasia: quando há reagudizações eliminam pela manhã grande quantidade de secreções (toalete brônquico).

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Pneumonias bacterianas: Presença de expectoração: lesões alveolares (pneumonias bacterianas)

lesões intersticiais( pneumonias viróticas) Início: sem escarroApós alguns dias: secreção abundante amarelo-esverdeada, pegajosa e densa. Pode aparecer escarro hemoptóico, vermelho vivo ou cor de tijolo.*Pneumonia por bacilo Gram-negativo (Klebsiella, Pseudomonas): expectoração com aspecto geléia de chocolate.

*Bactérias anaeróbicas: hálito fétido e escarro pútrido.

*Abscesso Pulmonar: fetidez marcante.

*Tuberculose pulmonar: escarro hemoptóico desde o início, purulento, aspecto numular, inodoro e aderindo às paredes do recipiente.

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Expectoração hemoptóica ou Hemoptise

Definição: Eliminação de sangue pela boca, passando através da glote: hemorragia brônquica e hemorragia alveolar

*Hemoptise de origem brônquica: ruptura de vasos previamente sãos, com no Carcinoma Brônquico; ou de vasos anormais como nas Bronquiectasias e Tuberculose.

*Hemoptise de origem alveolar: rupturas de capilares ou transudação de sangue.

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Expectoração hemoptóica ou Hemoptise

*Hemoptise originada nas artérias brônquicas: maciças, com sangue recente ou não, saturado ou não, com ou sem catarro.

Ex: bronquiectasia, estenose da mitral,e fístulas arteriovenosas

*Hemoptise originada da ramos da artéria pulmonar: menor volume.

Ex: pneumonias, abscessos, tromboembolia

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Expectoração hemoptóica ou Hemoptise

Diagnósticos diferenciais:

*Epistaxes( hemorragias nasais)

*Estomatorragias

*Hematêmese: sangue em aspecto de borra de café

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Expectoração hemoptóica ou Hemoptise

*Hemoptises maciças: mais de 600mL/24h:Choque

Asfixia por tamponamento da traquéia por coágulos

*Hemoptise em paciente adulto do sexo masculino, fumante: hipótese de lesão brônquica maligna.

*Hemoptise em jovem com aparente bom estado de saúde: hipóteses: tuberculose e estenose da mitral.

*Hemoptise na infância: pneumonias bacterianas e corpos estranhos.

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Expectoração hemoptóica ou Hemoptise

Conduta:

*Radiografia de tórax

*Exame broncoscópico: obrigatório mesmo durante o episódio de sangramento

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Vômica

*Definição: eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza. Proveniente do tórax ou abdome.

*Principais Causas: abscesso pulmonar, empiema, mediastinites supuradas e o abscesso subfrênico.

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Bibliografia

*Porto CC. Semiologia Médica. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 5ª ed, 2008

*López, M & Medeiros, J.L. Semiologia Médica – As bases do diagnóstico clínico. Rio de Janeiro. Revinter, 5ª ed, 2004