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RENATA TAUILLE INSPECAO DE PESCADOS Trabalho apresentado 30 curso de Especializa~ao em Higiene e Inspe~ao de Produtos de Origem Animal, Faculdade de Ciimcias Biologicas e da Saude Universidade Tuiuti do Parana. Professor: MSc. Homero Rogerio Arruda Vieira Curitiba 2006

Trabalho apresentado 30 curso de em Higienee - TCC On-linetcconline.utp.br/media/tcc/2016/07/INSPECAO-DE-PESCADOS.pdf · 3.1.3 Biotoxinas Marinhas .. 3.1.4 Contaminantes lnorgElnicos

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RENATA TAUILLE

INSPECAO DE PESCADOS

Trabalho apresentado 30 curso deEspecializa~ao em Higiene e Inspe~aode Produtos de Origem Animal,Faculdade de Ciimcias Biologicas e daSaude Universidade Tuiuti do Parana.

Professor: MSc. Homero RogerioArruda Vieira

Curitiba

2006

SUMARIO

1. INTRODUc;:Ao 1

2. INSPEC;:AO DE PESCADOS 2

2.1. ANALISE DOS PRINCIPAlS CONSTITUINTES DO PESCADO . . 2

2.2. DETERIORAC;;AO DO PESCADO . . .42.2.1 Rigor mortis au rigidez cadaverica.. . .42.2.2 Microrganismos responsaveis pela deterioraC;:;2Io do pescado 62.2.3 Aut6Iise.. . 62.2.4 Exemplos de transforma,ao degrativas.. . 7

2.3 PROCEDIMENTO DE CONSERVACAo DO PESCADO FRESCO. . 82.3.1 Lavagem e evisceravao ..2.3.2 Refrigera,ao .2.3.3 Inspe,ao sanitaria do pescado .

2.4 CARACTERISTICA DO PESCADO FRESCO (RIlSPOA) ..

2.5 ENLATAMENTO DE PESCADO ..2.5.1 Recipientes - latas sanitarias ..

. 8. 9

. 10

. 11

. 14. 15

3. ENFERMIDADES TRANSMITIDAS POR ALiMENTOS 20

3.1 PERIGO NOS ALiMENTOS ..3.1.1 Bacterias..3.1.2 Parasitos ..3.1.3 Biotoxinas Marinhas ..3.1.4 Contaminantes lnorgElnicos .

. 20............. 21. 21

. 22. 27

4. PROCEDIMENTO PADRAO DE HIGIENE OPERACIONAL 29

4.1 INSPEC;;AO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL .. . 294.1.1 Principais Sinais de Deteriorav2lo ..4.1.1.1 Fasesda Deteriora,ao ..4.1.2 Invasao Microbiana ..4.1.3 Degrada,ao de subs. Nitrogenadas nao proteicas ...

. 30. 31

. 32. 32

4.2 HACCP CONCEITOS BAslCOS . 334.2.1 Principios do HACCP.. . 334.2.2. Principios do HACCP (CODEX)... . 354.2.3 Procedimento padrao de higiene operacional PPHO 394.2.3.1 Monitoramento PPHO.. . .404.2.3.2 Programa integrado de Inspe,ao de pescados.. . 41

4.3 ENTREPOSTO DE PESCADO.. . 42

4.4 FABRICA DE CONSERVAS DE PESCADO.. . 42

4.5 ASPECTOS HIGIENICO-SANITARIOS A SEREM CONSIDERADOS 42

4.6 TIPOS DE EQUIPAMENTOS ..

4.7 CONTAMINA<;AO CRUZADA ..

. .45

. 45

4.8 ASPECTOS MAIS IMPORTANTES NA INSPE<;AO, MANIPULA<;AO E

INDUSTRIALlZA<;AO DO PESCADO .46

5 INDUSTRIALlZA<;AO DE PEIXES . . """""".47

5.1 PEIXE FRESCO ..

5.2 PEIXE CONGELADO ..

4.3 INDUSTRIALlZA<;AO DE CAMARAO ..

. 47

.. 49

.. 51

5.4 INDUSTRIALlZA<;AO DE BIVALVES.. . 54

CONCLUsAo """"" " ", .. ", .. "" 56

REFERENCIAS """" , ", .. ,"', .. ,', 57

iii

1. INTRODU<;:Ao

Nos dias atuais a piscicultura e 0 tipo de explora9c3o animal que vern S8

tornando cad a vez mais importante como fonte de proteina para 0 consumo

humano. No Brasil 0 cresci menta nurn periodo de 5 anos foi de 35%, com

faturamenta em tarna das R$ 100 milh6es, senda a evalu9aa prevista de receita para

a ana de 2005 estimada em R$ 566 milh6es, com uma produ98a de 226 mil/Vana. 0

crescimento da atividade no inicio desta decada foi consolidado pelo mercado de

peixes vivos para a pesca desportiva e 0 inicio do processo de industrializac;c3o da

pradu9aa.

A inspec;c3o do pescado serve para compreensao dos principios e objetivos

principais calacadas pelas problemas de higiene e tecnalagia do pescada que

concorrem para definic;ao do prod uta final destinado ao consumidor em condi90es de

consumo. Tambem a inspeyao pode evitar que patologias que as mesmos podem

portar como viroses, bacterioses, parasitoses e toxinas especificas, que sao

responsaveis pelas Doenc;as Transmitidas por Alimentos.

Outra parte impartante sao as avan9as tecnal6gicas em rela9ao a garantia

da qualidade do prod uta, que permite a produ9aa de alimentas seguros em tadas as

pontos principalmente a microbiol6gico, atraves de sistemas como HACep nas

eta pas de processarnento dos pescados.

2. INSPEc;:Ao DE PESCADOS

PESCADO e uma denominayao genetica compreendendo peixes,

crustaceos, moluscos, anfibios, quel6nios e mamiferos, de agua doce au salgada,

utilizados na alimenta,ao humana.

Exemplos:

PEIXES: anchova, sardinha arenque, atum, bacalhau, badejo, etc.

CRUSTAcEOS: camarao, lagosta.

MOLUSCO: lula, ostras, mexilhao, polvo.

AN FiB lOS: ras.

QUELONIOS: tartaruga.

MAMiFEROS: baleia, peixe-boi, entre outros.

Partes basicas dos peixes aproveitadas industrialmente:

- Musculaturas dorsal e ventral

- Qutros museu los: da mandibula da barbatana dorsal da nadadeira peitoral

da nadadeira ventral da cauda e da nadadeira anal.

- Camada muscular das partes uteis (em miotomas caracteristicos)

- Formas e propor90es de museu los claros e escuros

2.1. ANALISE DOS PRINCIPAlS CONSTITUINTES DO PESCADO

a) Agua

De modo geral, em fun<;ao das caracteristicas das especies, as peixes sao

subdivididos em duas categorias: pescado magro, pescado gordo. No pescado

magro a tear de agua e praticamente invariiwel durante todo a ana, situando~seao

redor de 80%. Ja a pescado gordo apresenta grande variac;c3odurante as diferentes

epocas do ano, desde 60 a 75%. A variac;ao do teor de agua e inversamente

proparcional a variac;c3odo tear de gardura, e esta relacionada principalmente aos

habitos da especie, geralmente em func;ao do acumulo de gordura como reserva

energetica para as epocas de reproduc;ao e / ou escassez de alimentos.

b) Proteinas

Das proteinas de origem animal e uma das que apresenta maior eficiencia

de aproveitamento pelo organismo humano, seja pelas caracteristicas de sua

composic;ao ou pelas facilidades de digestao. Quanto ao tear relativo de proteinas e

muito semelhante entre as outras carnes de origem animal, situando-se entre 15 a

20%. Entretanto, dada a multiplicidade de generas e especies, estas cilras podem

variar grandemente. Assim, alguns peixes e moluscos podem apresentar valores

men ores, de ate 10% enquanto que alguns crustaceos podem apresentar teores de

proteina de ate 25%.

Uma das principais caracteristicas dos pescados e que, via de regra, nao ha

gordura entremeada no tecido muscular, excec;ao feita a musculatura da zona

vermelha que e rica em gordura e funciona como reserva energetica. Do mesmo

modo, a quantidade de tecido conjuntivo e bem menor, conferindo a carne uma

melhor constituic;ao, que resulta em maior valor nutritivo, carne mais tenra e de facit

digestao.

c) Gordura

Conforme mencionado anteriormente, depende do tipo de peixe e varia

grandemente em func;ao da epoca do ana e do periodo reprodutivo. No pescado

gordo a variac;ao oscila entre 5 a 20%, como na sardinha, enquanto que no pescado

magro 0 teor e praticamente constante, ao redor de 2%, como na merluza e cac;ao.

Evidentemente a maior teor de gordura localiza-se no musculo escuro da

linha lateral, e 0 pescado gordo apresenta, proporcionalmente, maior quantidade de

musculo escuro. Acumulos de gorduras tambem podem ocorrer principalmente na

cavidade abdominal e nas visceras.

d) Outros Constituintes

- Carboidratos: a carne de pescado apresenta teor muito baixo de

carboidrato, representado per valor menor que 1% de glicogenio. A exc8C;:8o e dada

por alguns moluscos, nos quais 0 teor de glicog8nio pode chegar a 5%.

- Vitaminas: teores muito variado, embora se considere uma boa fonte de

vitamin as •com excec;:ao da vitamina C, da qual e deficiente.

- Minerais: considerando boa fonte de minerais, contribuindo com 1 a 2 % de

sua composiC;:80, dependendo principalmente das conservas de pequenas especies,

nas quais 0 esqueleto e incluido e acaba sendo consumido junto com as tecidos

musculares e, nesses casas, aumentando a disponibilidade de calcio e f6stero.

- Substancias nitrogenadas naD protE~icas: normalmente 0 pescado

apresenta urn teor media de 0,5% de substancia nitrogenadas nao proteicas em sua

composi980. Entretanto, a eXCe9aO e dada pelo pescado cartilaginoso. como 0

cat;:ao. raias e tubar6es, nos quais esse teor pode chegar a 2,5%. Sao essas

substancias facilmente soluveis e difusiveis que conferem 0 odor caracteristico do

pescado fresco, assim como contribuem para 0 sabor. Entretanto, como sao ricas

em nitrogenio, e facilmente degradado durante os processos deteriorativos, levando

ao a9arecimento rapido de odores repugnantes caracteristicos.

2.2. DETERIORAi;Ao DO PESCADO

2.2.1 Rigor mortis au rigidez cadaverica

E semelhante a que ocorre em outras especies anima is. Com a morte ha a

parada da circulat;:ao sanguinea e cessa 0 fornecimento de oxigemio. Com a queda

do potencial de oxido-redut;:ao, tern inicio a produt;:ao de energia par glic61ise

anaer6bia e 0 glicogenio, que anteriormente era metabolizado ate C02 e H20, nao e

mais Dxigenado, sendo agora transformado em acido lactica que par sua vez,

acumula-se do interior da celula levando a uma queda gradual do pH au aumento da

acidez do meio. Gradativamente ocorrem: diminuic;ao das taxas de ATP e fosfato de

creatinina, a rigidez tern inicio e acentua-se e, posteriormente ocorre liberaC;3o de

catepsinas > dando inicio a desnatura~ao dos protidios. Consequemcia dessas

alterac;oes observa-se 0 enrijecimento do corpo animal, principalmente devido acontrac;ao da musculatura que, ap6s algum tempo, na dependemcia de varios

fatores, mostra sinais de relaxamento progressiv~, com a amolecimento e

Ilexibilidade do corpo. Entretanto, essa ultima lase de relaxamento ou resolu9aO do

rigor mortis guarda relaC;8o direta com as e5t89i05 iniciais da deterioraQ8o.

A instalaQ8o, intensidade e resoluQ80 do rigor mortis dependem de varios

fatores, entre eles da especie, do modo de captura, do tipo de marte, da temperatura

de estocagem etc. as especies mais ativas que se debatem muito durante a pesca e

marte, entram em rigor mortis mais rapidamente, como 0 atum. Ja as especies

consideradas sedentiuias, como a linguado, apresentam um rigor mortis retardado e,

em geral, de maior dura9aO. Os metodos de captura que propiciam luta e as

especies que se debatem muito, tanto a instalaQ80 quanta a resoluQ80 podem ser

n;pidas.

Tradicionalmente, 0 resfriamento do pescado atraves da mescla com gelo

acaba retardando a instalaQ80 e evolulf80 do rigor mortis, embora nas condiQoes

usuais da pesca comercial brasileira, ao ser descarregado nos entrepostos au

fabricas, geralmente a mesmo ja esta resolvido. Antes e durante 0 rigor mortis a

atividade de bacterias, mesmo presente, e relativamente inibida, inicialmente devido

a integridade dos tecidos e falta au escassez de nutrientes e, posteriormente, pelo

pH deslavoravel do meio.

2.2.2 Microrganismos responsaveis pela deteriorar.;aodo pescado

Dentre os varios microrganismos, os bolores (fungos) e leveduras naD

apresentam importancia na deteriorayao do pescado fresco. Consequentemente,

nessa classe, as bacterias assumem toda a responsabilidade e sao extremamente

importantes. Sua importancia e acentuada porque se encontram naturalmente

presentes e estao amplamente distribuidas por todo 0 corpo do pescado

principalmente no limo superficial, nas guelras enos intestinos.

No pescado sadio, assim como nas demais especies animais, a intimidade

dos tecidos musculares e isenta de bacterias. Entretanto, com a morte cessam as

defesas naturais, podendo haver uma invasao rapida e as vezes facilitada.

Normalmente a pele integra e 0 revestimento por escamas e que opoe a maior

resistencia a penetrar.;aode bacterias. Todavia, 0 elevado consumo de glicogenio

nas fases que antecede a morte resulta em rigor mortis incipiente e glicogenio

anaer6bia inexpressiva, com pouca produyao e acumulayao de acido lactico. Assim,

a queda do pH au aumento da acidez do meio e muito pequena, constituindo-se em

prote~ao pouco efetiva, permitindo a invasao e multiplica~ao de bacterias

putrefativas. Ap6s a resoluyao rigor-mortis, com a sequencia de eventos,

principalmente a desnatura~ao e degrada~ao dos protideos, 0 pH se eleva,

proporcionando melhores condiyoes para 0 desenvolvimento bacteriano. Nesta fase

encontra-se tambem disponivel uma variada gama de substancias facilmente

utiliz<iveis pelas bacterias, representando principalmente pelas substancias

nitrogenadas nao proteicas. ConsequE'mciadessa disponibilidade, da intensificay80

do metabolismo e multiplicar.;ao bacterianos, ocorre progressivamente a

desdobramento dos constituintes celulares com a conseqOente formayao e

acumulayao de subst~mciasde odor desagradavel, repugnante e t6xica.

2.2.3Autolise

Inicialmente a aut6lise se processa pelas pr6prias enzimas celulares,

principalmente pel as catepsinas, uma classe

presentes nos lisossomas. As mudanc;as que ocorrem no meio (pH) aliadas a

escassez de energia para manutencyao da integridade estrutural, promovem 0

rompimento dos lisossomas e a libera9ao destas enzimas, que passam a agir sobre

os constituintes da propria celula.

Paralelamente, as enzimas presente no trato digestiv~ atacam as paredes

dos orgaos circunvizinhos. Essa degradac;ao facilita a invasao e 0 desenvolvimento

bacteriano e promove 0 amolecimento da carne. Fen6meno visivel decorrente

dessas altera90es e a barriga dilacerada, que ocorrem principalmente em sardinha,

as manchas negras em camaroes e a barriga preta em lagostas. A bordo, na pesca

comercial, e permitida a utiliza9ao de solU9ao de Metabissulfito de S6dio em

crustaceos, para evitar intensifica-;rao desses fen6menos autoliticos.

2.2.4 Exemplos de translorma,ao degrativas

Os protideos de modo geral, quando desnaturados perdem sua capacidade

de manter a agua ligada, resultando em perda de liquidos por exuda,ao e

descolora-;rao. A maior parte das catepsinas possui pH 6timo de atividade enzimatica

na laixa acida, embora seu papel hidr61itico ainda nao esteja completamente

esclarecido.

As bacterias putrefativas possuem pH 6timo entre 6,8 e 7,0. 0 pH da carne

de pescado nao alcant;;:a os valores baixos como 0 da carne de outras especies

animais, situando-se entre 6,2 e 6,4, conseqOentemente, uma faixa muito pr6xima da

ideal para as bacterias. Por outro lado, a libera,ao de aminmicidos de rea,ao

alcalina, pelos processos aut6litos, propicia a proliferat;;:ao de bacterias que se

nutrem dos constituintes liberados. A partir de entao 0 processo deteriorativo se

intensifica, pois a multiplica9ao de organismos proteoliticos gera suprimento

adicional de nutrientes para 0 crescimento microbia no. 0 gradativo aumento do valor

de pH rellete a lormayao e liberayao de amenia e aminas para 0 meio. Embora estas

altera90es sejam tardias ou perceptiveis somente em estados avan9ados, e

decorrente desse desenvolvimento bacteriano a acumula9aO de metabolitos tipicos

da deteriora9ao entre elas NH3, 0 H2S, 0 C02, 0 indol e as aminas e acid os

organicos (cadaverina, putrescina, acidos organicos e aldeidos). A histamina, com

caracteristica toxica para consumo, pode tambem estar entre os metabolitos

produzidos durante a deteriora,ao do pescado.

2.3 PROCEDIMENTO DE CONSERVACAo DO PESCADO FRESCO

2.3.1 Lavagem e eviscera,ao

Uma adequada lavagem do corpo do pescado, seguida da eviscera9ao

cuidadosa, efetivamente reduz a velocidade da deterioraC;ao. A lavagem visa a

remOC;ao de grande parte das bacterias presentes no limo superficial, aderido ao

corpo do pescado. A evisceraC;ao visa a eliminaC;ao das bacterias e enzimas

presentes no Irato intestinal e visceras, que deve ser complelada com lavagem

cuidadosa dos espa90s cavitarios, entretanto, e sempre prefer[vel nao eviscerar a

faze-Io inadequadamente, po is poderia propiciar a difusao destas mesmas bacterias

para os tecidos adjacentes de forma ate mais rapida e com maior intensidade que a

que poderia ocorrer naturalmente. A Opera9aO de descabec;amento complementa as

opera90es de lavagem e eviscerac;ao, auxiliando na conservac;ao, pois elimina um

dos principais focos de contaminac;ao e de penetrac;ao bacteriana que sao as

guelras. Entretanto, para contribuir efetivamente na conserva9ao do pescado fresco,

todas estas opera90es devem ser realizadas logo ap6s a captura.

No Brasil, em funC;ao de uma serie de problemas, nao 8 habitual a realizaC;ao

destas operac;oes a bordo, durante a pesca comercial. 1550 significa principalmente

pela tradi9aO pesqueira, que se caracteriza pela captura de peixes pelagios, isla 8,

que vivem em cardumes e mais proximos da superficie, 0 que torna essas

operac;oes realmente impraticaveis. As especies demersais sao aquelas que vivem

mais pr6ximas do fundo, como camaroes, vieiras e linguado.

No caso de crustaceos a remoc;:ao do cefalot6rax corresponde as opera90es

de descabec;:amento e eviscerac;:ao.

2.3.2 Refrigera9ao

Para a conservac;:ao do pescado fresco a refrigerac;:ao e indispens;3vel.

Consequentemente seja pelo uso do gelo e ou camaras frias torna-se obrigat6rio.

Nesses casos, quanto aos problemas de deterioraC;:80 assumem importancia os

microorganismos psicrotr6ficos, uma classe de microorganismos com capacidades

de se desenvolver e provocar alterac;:oes mesmo a baixas temperaturas, capazes de,

durante 0 desenvolvimento, produzir uma serie de enzimas e dentre elas algumas

muito importantes, com caracteristicas proteoliticas e lipoliticas.

Na pesca comercial, quando da captura do pescado, normalmente e feita a

mistura de pescado e gelo, com a sua colocac;:ao em urnas, nas quais sao

transportados ate 0 continente. Os maiores problemas desta operac;:ao sao: gelo de

qualidade inadequada, insuficiencia de gelo em rela9ao a quantidade de pescado a

ser conservada e a ma distribui9ao gelo I pescado. Outro aspecto importante diz

respeito ao tipo de gelo utilizado, que pode ser britado ou em escamas.

Considerando que 0 gelo britado nao possui tamanho uniforme caracteriza-se pela

existencia de pontas e arestas cortantes, prefere-se 0 usa de gelo em escamas.

Ainda, levando-se em conta que 0 gelo atua par contato e que e que a transferencia

de calor pramove a sua fusao, e que a agua de desgelo auxilia no resfriamento par

permitir intimo cantata, 0 gela em escamas oferece melhores resultados

principalmente par permitir esse maior cantato. Seja qual for 0 tipo do gelo

empregado, a necessidade e que ele seja obtido de agua potavel.

Na pesca da lagosta e do alum, uma das exigencias para exportac;:ao e que

o produto seja congelado a bordo, 0 que se explica para 0 atum, uma vez que a

pesca e realizada longe da costa, em mar aberto.

10

Na pesca normal, a chegada dos barcos 0 pescado e descarregado nos

entrepostos ou fabricas de conservas de pescados, e feita a remo,ao do gelo e a

pesagern. Ap6s a pesagem e nova mente acondicionado em gelD 0 mais

rapidamente passivel e estacada em camaras trias com temperatura entre zero e 5

C. para a industrializ8gBo, apes a selec;ao e inspec;ao, sao acondicionados em

caixas de PVC rigidos, em mesclas com gelD e tambem estocados em camaras

trias ate 0 processamento industrial.

Em sintese, os principais Guidados na conservac;ao pelo usa de baixas

temperaturas:

- Permanencia no barco apenas pelo tempo estritamente necessaria;

- DistribuiC;:80 pescado I gelo em quantidade suficiente e 0 mais uniforme

passivel;

- Evitar 0 empilhamento desnecessario para nac prom over 0 esmagamento

do pescado;

- Manter 0 pescado sempre adequadamente refrigerado;

- Cuidar da higiene pessoal, com lavagem cuidadosa das maos, usa de

uniformes apropriados e limpos, luvas e ate mascaras;

- Cuidar da higiene das instalac;;oes, com 0 usa abundante de agua, pediluvio

e lavatorios com saboes e desinfetantes, e,

- Cuidar da higiene dos utensilios, equipamentos e operac;;oes, com a

constante remo,ao de detritos, equipamentos do tipo sanitario, janelas teladas,

cortinas de ar, agua de limpeza clorada e com disponibilidade superior a 10 ppm de

eloro livre.

2.3.3 Inspe,ao sanitaria do pescado

Esta inspevao e totalmente propria e diferenciada. Baseia-se:

Na determina,ao do estado de frescor,

Na eliminavao de qualquer material suspeito ou repugnante, e.

11

- Na realizac;:ao de exames complementares, representados principal mente

por testes bioquimicos de avaliac;:ao.

2.4 CARACTERISTICA DO PESCADO FRESCO (RIISPOA)

a) Peixes:

- Superficie corporea limpa e com relativo brilho metalico;

- Olhos transparentes, brilhantes, salientes e ocupando as orbitas;

- Guelras r6seas ou vermelhas, umidas, brilhantes e com odor natural e

suave;

- Ventre rolilto, firme, sem deixar impressao duradoura dos dedas,

- Escamas brilhantes, bern aderidas e com nadadeiras firmes, opondo

certas resistencia elastica e cor propria,

- Visceras integras e bern diferenciadas, com anus fechado, 8.

- Cheiro proprio das especies e suave

b) Crustaceos

Aspecto brilhante e umido,

Curvatura natural rigida, articulos firmes e resistentes,

Carapac;a bern aderida ao corpo, com colora9ao propria e

Olhos vivos, destacados, cheiro propria e suave.

c) Moluscos

Bivalvos - vivos, com as valvas fechadas e retenyao de agua limpa nas

conchas,

Cheiro agradavel e pronunciado,

Carne umida, bern aderida, cor propria (ostras = cinza, mexilh6es =amarelo)

Cefalopodes - pele lisa e umida, olhos claros e salientes,

"

Carne consistente e elastica, com cheiro proprio,

E ausencia de pigmentag80 estranha it especie

As condic;oes que torn am 0 pescado impr6prio para consume sao:

Aspecte repugnante, mutilade eu defermade,

Colorac;ao, cheiro ou sabor anormal,

Quando portador de doenryas detectaveis au le5ao,

Com infestac;ao macic;a de parasitas,

Quando tratados com substancias conservadoras naD aprovadas,

Quando proveniente de aguas contaminadas au poluidas,

Quando recolhidos mertos, em desacordo com a pesca comercial, e

Quando mau estado de conservac;2Io.

Assim a inspec;ao sanitaria baseia-se muito em observac;ao sensorial,

privilegiando a visao, 0 tato e 0 olfato verificando a apresentaC;80, a aspecto, a

consistencia e a resistencia e 0 odor ou cheiro.

Normalmente, em func;ao das alterac;oes que se processam, os peixes em

deterioragao apresentam:

Olhos cad a vez mais opacos e concavos,

As guelras perdem a cor vermelho vivo, adquirindo, progressivamente,

tonalidade marrom acinzentada,

o cheiro au odor torna-se desagradavel, iniciando-se pelas guelras e

muco superficial,

A musculatura se lorna flacida, permitindo a impressa a duradoura dos

dedes, e

Em processos avan9ados, a carne se separa facilmente dos ossos.

Entretanto, as observar;6es sensoria is sao muito subjetivas e sujeitas as

controversias. Assim, essas observar;6es sao complementadas com a realizagao de

exames objetivos, representados pelos testes, ffsico - quimico e quando

necessarios as microbiolegicos. Os testes fisicos - quimico na verificaC;ao do estado

de frescor do pescado seguem urn principia fundamental: buscam determinar a

presenc;a e a quantificac;ao de substancias que seguem au aumentam de quantidade

em func;ao da deterioraC;ao.

Normalmente a pescado e congelado em blocos, devendo ser embalados

antes do congelamento, au a granel, quando sao congelados individualmente em

esteiras ou bandejas, obtendo-se os produtos IOF.

Os equipamentos utilizados para a congelamento podem ser:

a) Armario de placas

Com as produtos previa mente embalados em papel parafinado ou

polietileno, onde, nas placas, faz-se a circular de am6nia a -40C. Urn dos problemas

e a possibilidade de acumulo de gelo nas placas, a que deve ser sistematicamente

evitado.

b) Em tuneis de congelamento

Onde ha circula~ao for~ada de ar frio a -35C a -40C.

c) Par imersao de salmoura

Em tanques de circula~ao for~ada de salmoura (solu~ao saturada de NACI)

a temperatura proxima a de -24°C. Esta tecnica e utilizada para pescado inteiro,

quando a pele funciona como uma barreira a penetrac;:ao de sal. Narmalmente a

pescado inteiro, e distribuido em balaios e esses sao imersos nos tanques de

salmoura.

d) Tuneis helicoidais continuos

Tecnologia mais moderna, composta de tuneis helicoidais ou espirais

continua por onde ha circula~ao vertical for~ada de ar frio a _35°Ca -40°C.

lmediatamente apes 0 congelamento, outro artificio muito utilizado e a

14

tecnica do glazeamento, que e configurada pel a aspersao de agua tria ou fi3pida

imersao do pescado congelado em agua. Esta agua, em contato com temperaturas

superiores a -30°C cangela-s8 imediatamente, formando uma camada de gelo par

toda a superficie do produto. Tem a finalidade de evitar a perda de umidade durante

o armazenamento, congelacto, uma vez que a circulaC;ao do ar seeo das camaras

tende a roubar umidade dos produtos.

A estocagem dos produtos congelados devem ser realizada em camaras

entre _18° e -25°C, sendo que, mesmo nessas condi90es a pescado e susceptivel a

rancificac;ao, 0 que [imita a estocagem a dais meses para 0 pescado gordo e quatro

a cinco meses para 0 pescado magro.

2.5 ENLATAMENTO DE PESCADO

A preservac;ao par enlatamento pressup6e a utilizac;8.o de tratamento termico

que, na pratica e denominado esterilizac;ao camercial, embora nao S8 configure nem

objetive a verdadeira esteriliza9ao do produto. Assim, a esteriliza9ao pelo calor visa:

Destruiyao de bacterias sensiveis a intensidade e durac;ao do

tratamento,

lnativac;ao de enzimas, e

Conservat;:ao em recipiente hermeticamente fechado, sob vacuo.

Oeste modo a escolha do tratamento termico ao qual 0 alimento sera

submetido depende das caracteristicas e problemas de conservac;ao do alimento, e

principalmente, da acidez au pH do alimento:

a) Ba ixa acidez

pH menorde 4

Esterilizat;:ao comercial, com temperaturas superiores a 1aaoc

b) Levemente acid as

- pH menor que 4,5 e maior que 3,0

Esteriliza,ao por imersao a 100De

c) Alta acidez

pH menor que 3

Nao necessita de esteriliza<;ao

A esterilizac;ao comercial se realiza em temperaturas superiores a 100°C,

que S8 conseguem somente com a utiliza<;8o de autoclaves e retortas, onde a

pressao interna e maior que a pressao ambiente, podendo chegar a temperaturas

maiores de 1aooc. A temperatura escolhida e 0 tempo de processamento sao

variave;s, na dependencia do tipo de alimento, sua composi<;ao, da formulac;ao, do

estado (solido I liquido) e do tamanho do recipiente. Entretanto, 0 aspecto da

seguranc;a dos alimentos enlatados faz com que 0 tratamento termico seja calculado

ern fum;ao da possibilidade da sobrevivencia termica dos esporos de clostridium

botulinum, que apresentam elevada resistEmcia e cujas formas vegetativas naD se

desenvolvem em pH menor que 4,5.

2.5.1 Recipientes - latas sanitarias

As latas sanitarias sao confeccionadas com folhas de Flandres, que sao

chapas de a90 muito finas e maleaveis recoberta par fina camada de estanho em

ambos as ladas, conferindo prote9ao contra a corrosao do a90. Entretanto, para

pescado esta produ9aO nao e suficiente, sendo necessaria a utiliza9ao de vernizes

protetores internos e, no caso de crustaceos, os vernizes tipo epaxilico narmalmente

empregados nao sao satisfat6rios, pois 0 contato com 0 corpo da lata promove 0

aparecimento de manchas negras. Assim, neste casa, sao utilizados os vernizes do

tipo C ou mesmo pre-embalagem em papel vegetal no caso de conservas s6lidas.

16

1. Salga

Previamente ao enlatamento, a salga do pescado pade ser realizada par

imersao em salmoura saturada par 30 a 60 minutos, na dependemcia do tamanho e

do tear de gordura. 0 objetivo da salga e conferir sab~r agradavel e, ao final, deve

representar urn teor aproximada de 2 % na carne. Entretanto, alem deste objetivo, a

salga contribui para 0 enrijecimento da pele do pescado, evitando que venha a

grudar no recipiente, da brilho a pele e remove possiveis resquicios do muca

superficial. Apes a salga por imersao. as pe98s devem ser colocadas em esteiras

para escorrer 0 excesso de salmoura.

2. Pre-coc~ao

A pre-coc980 e realizada antes do tratamento termico, normalmente as

grelhas, dentro das autoclaves au com 0 prod uta enlatado mas ainda sem a tampa,

geralmente a temperatura de aooe, com a finalidade de reduzir 0 tempo necessario

ao processo de esteriliZ89ao, porem auxilia na liberac;:ao de agua e no amolecimento

das espinhas.

3. Exaustao

Apos a pre-cocc;:ao normalmente a conserva recebe 0 meio liquido tambem

aquecido a BOoe, que e adicionado ate transbordamento quando 0 enlatamento efeito em latas planas. Para latas cilindricas ou de tamanho grande, ha necessidade

de deixar um espayo livre entre 0 conteudo e a tampa, ocorrendo a exaustao, que

com a aquecimento do produto em tuneis de vapor provoca a liberac;:ao do ar

ocupado pelo vapor. Apes techamento e processamento, quando a conserva estiver

restriada, ocorrera a condensac;:ao dos vapores e a espayo sera ocupado por vacuo.

Se as lata forem fechadas com ar, sem a realiza~ao da exaustao, durante 0

processo de esterilizac;:ao haven~ expansao, paden do determinar 0 estutamento das

latas e possiveis fraturas.

17

4. Recrava,ao

Imediatamente ap6s a exaustao, ainda com 0 produto quente, as latas

deverao ser fechadas, recebendo as respectivas tampas que sao conectadas ao

corpo da lata, numa operatrao denorninada recrav8c;ao. Essa operac;ao deve permitir

o fechamento hermetico desses recipientes para garantir a formac;ao de certes

vacuos com tendencia a succ;ao. Apos as latas devem ser lavadas e esterilizadas.

5. Esteriliz8c;ao

Com a objetivo de destruir passive is esporos de clostridium botulinum

presentes, 0 tratamento term ice e definido tendO-S8 por base a hip6tese da

existencia de 1 esporo por lata antes do processamento, devendo chegar a 1 esporo

par 1012 latas no final.

o binomio tempo temperatura e que e importante na destrui,ao de esporos.

Assim, como exemplo eles pod em ser destruidos a 115,5° CI 8,7 minutos ou a

110oC/32 minutos. Todavia, 0 excesso tempo temperatura promove modificac;6es

substanciais no prod uta e, par outro lado, ha necessidade de que todos as pontos do

prod uta alcancem a temperatura necessaria pelo tempo tambem necessaria. As

medidas de temperatura sao tomadas nos chamados pontos frias, que normalmente

correspondem aos centres geometricos dos recipientes, mas que, no entanto,

dependem de uma serie de variaveis, entre elas: a forma e a tamanho dos

recipientes, do tipo de alimento au formula~8o, a propor~ao de s61idos e liquidos, da

presen~a de substancias amilaceas e sua propor~oes, que atuam como isolante

termico, etc.

Desse modo, a soma de tempo requerido para atingir a temperatura

necessaria no ponto frio do alimento, rna is 0 tempo necessaria para a destrui~ao de

esporos, resulta teoricamente no tempo de esteriliza980 do prod uta. Entretanto,

todas as industrias trabalham com urn tempo adicional de seguran~a.

o processo inicia-se pelo carregamento da autoclave, a admissao de vapor

deixando os mesma escapar pelas valvulas, caracterizando a fase de expulsao do ar

IS

do interior das autoclaves, a seguir faz-s8 0 fechamento das villvulas e da inicio ao

processo. Com 0 fechamento hi! a eleva980 da temperatura ate aos niveis

desejados, mantendo-se pelo tempo calculado. A seguir interrompe-se 0

fornecimento de vapor e inicia-se a injegc30 de ar comprimido para contrabalancear a

pressao interna e evitar 0 estufamento das latas; somente apos inicia-se 0

resfriamento. Esse resfriamento consiste na aspersao de agua ainda no interior da

autoclave. Quando parcialmente resfriada, a pressao de ar comprimido e liberada e,

normalmente, ao final deste processo a temperatura externa da lata e de

aproximadamente 40° C.

6. Estocagem

Apes a esteriliz8g8o e antes da comercializ8yao, todos as lotes produzidos

devem permanecer estocados a temperatura ambiente ou ligeiramente superior por

pelo menes 10 dias para verificar-se a possibilidade da ocorrencia de falhas no

processamento. Paralelamente, em cumprimento a legislaC;8o, uma amostra de cada

lote deve ser colocada em estufas a 37 C, por no minimo 10 dias, tambem com 0

objetivo de detectar possiveis falhas no processamento, representadas pela

sobrevivencia termica, possivel germinaC;8o dos esporos e ocorrencia de

estufamento precoce das latas.

Altera90es histologicas durante a estocagem

DestruiC;8o das fibras museu lares

Carne esponjosa

Alterac;oes quimicas durante a estoeagem

DesnaturaC;8o proteica

Oualidade dos lipideos

Alterac;oes fisicas durante a estocagem

DessecaC;8o

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7. Glazeamento Glasing

Consiste na adiry80 de uma camada protetora ao produto, ap6s a safda do

tunel de congelamento, imergir 0 prod uta em agua a aproximadamente DoC.

8. Congelamento

Redury80 da temperatura do alimento abaixo do seu ponto de congelamento

para preservar as caracteristicas do prod uta fresco pelo maior tempo passive!.

9. Metodos de congelamento

Tunel de congelamento

Armaria de pia cas

Imersao em salmoura

Congelamento criogenico

10. Formal'ao de crista is de gelo

Temperatura

Tempo

Qualidade

20

3. ENFERMIDADES TRANSMITIDAS POR ALiMENTOS

Danos:

desagradaveis

fatais

Prejuizos:

comercio

turismo

Ausemcia no trabalho

demiss6es

Questoes judiciais

Surto e 0 episodio no quais duas ou mais pessoas apresentam uma

enfermidade similar depois de ingerir alimentos da mesma origem, incluindo agua, e

na qual as evidencias epidemiol6gicas au a analise de laborat6rio indieam 0 alimento

e/ou a agua como veiculo.

As toxi-infec90es alimentares representam urn problema de saude publica de

ordem internacional.

3.1 PERIGO NOS ALiMENTOS

a) Quimicos

Residuos farmacol6gicos, contaminantes, aditivos alimentares (nitritos,

glutamato monossodicQ, acido nicotinico).

b) Fisicos

Vidros, metais, madeir, plasticos peda90s humanos au animal.

Ooenc;as do Pescado Transmissiveis aD Homem pelo Consumo ou

Man~seio.

3.1.1 Bacterias

Grupo I - Baclerias que fazem parte do habitat natural do pescado

Clostridium botulinum - intoxicag8o

Vibrios: V. parahaemolylicus, V. chalerae, V.vulnificus - infecgaa.

Aeromonas spp. - infecg80

Plesiamanas shigellaides - infecgao

Listeria monocytogenes - infecg80

Grupo II - Bacterias cantaminantes

Salmonella spp. - infecgaa

Escherichia coli - infecgao

Shigella spp. - infecgaa

Staphylococcus aureus - intoxica980

3.1.2 Parasitas

a) Nematoides

Anisakis - peixes marinhos

Pseudoterranova - peixes marinhos

Contracaecum - peixes marinhos

Estrongylides - peixes de agua dace

- ANISAKIS: ~ HD mamifera marinha

Larva infectante no peixe tele6steo

Sinais clinicos: Larva granuloma eosinofilico intestine

1000 casos/ano no Japao

b) Tremat6deos

Paragonimus: HD -I' Homem

Forma infectante no crustaceo (nao envolve peixe)

Casas Humanos no Equador e Peru

Clinostomum

Ascocotyle (Phagicola) longa: Hospedeira Tainha (cisto na musculatura)

1990: Registro 1 caso

Cananeia 9 cases

c) Cest6ides

Oyphyl/obothrium latum: Trutas e sal mao

D. pacificum: peixes marinhos

Sintomas: bloqueia absorgao de vitamina B12 anemia

Tenia no intestine com liberag80 de proglotes no ambiente.

Tratamento:

Anti-helmfntico

Contra Ie:

Congelamento: -30°C/24h

Cocgao

Salga: 20oBe/min sete dias

Eviscera9c3o a bordo

3.1.3 Biotoxinas Marinhas

Ictiot6xicos: toxina nas ovas

Ictiosarcot6xicos: toxina na musculatura, pele, e visceras.

Ictiohemotoxicos: toxinas no sangue

Ictiocrinot6xicos: glandulas au aparelhos ----)0 veneno para defesa

22

23

a) FICOTOXINAS

PSP - Toxina Paralisante de Bivalves;

DSP - Toxina Oiarn§ica de Bivalves;

ASP - Toxina Amnesica de Bivalves;

NSP - Neurotoxina de Bivalves.

b) CIGUATERA

Garoupa, Barracuda, Enguia, MOrE~ia, Cavala, Xarelete e Bodiao

c) TETRAODONTOXINA

Familia Tetrodontidae

Baiacu-arara (Lagocephalus laevigatus)

Baiacu-pinima (Sphoeroides speng/en) - seriamente texica

Baiacu-mirim (Sphoeroides testudineus) - letalmente texica

d) TETRODONTOXINA

Baiacus - Peixes da familia Tetraodontidae

Ante-mortem

Visceras, gonodas, pele.

Sintomas neurolegicos 10-45' apes ingestao:

Parestesias da face e ao redor da boca au da lingua, intumescimenta e

formigamento das extremidades e pontas dos dedas, eritema e sensag8.o recorrente

de queimagao em diversas partes do corpo.

Nauseas, v6mitos, diarn~ia e cefah§ia, ataxia ou incoordenagao motara,

vertigem, dificuldade para falar e deglutir, paralisias musculares, hipotensao arterial,

arritmia, choque cardiovascular, respirag8.o dificil, cianose e parada respirat6ria.

e) CIGUATERA

24

Gambierdiscus loxicus (dinoflagelado)

Ciguatoxinas

Mais de 400 especies de peixes

Aguas tropicais e subtropicais

Muscu!o, intestino, figado.

50000 casos/ano

Sintomas neuro~musculares

Disturbio gastrointestinal: nauseas, v6mitos, diarn~ia,e dar abdominal.

Sintomas Neurologicos: sens8C;c3o de adormecimento e formigamento dos

[abios, pes e maos, diastesia na lingua e paladar com sensatyc30 alternante de calor

e frio e mialgia, tenesmo e incontinencia urinaria. Morte 12%

Dura9ao da doenc;a: dias, seman as, meses, anos.

f) PSP - Toxina Paralisante de Bivalves

Oinoflagelados: Alexandrium, Gonyaulax, Gymnodinium, Pyrodinium

"Mare Vermelha" ou amarelada

Veneno tipo curare - Saxitoxin a

Sintomas neuromusGulares 30 minutos a 2 haras depois da ingestao:

formigamento, sensa9ao de calor e dormencia dos labios e da ponta dos dedos,

ataxia, sonolemcia, e discurso incoerente. Em cases criticos ocorre morte devido aparalisia respirat6ria.

g) DSP - Toxina Diarreica de Bivalves

Oinophysis, Aurocentrum (dinoflagelados).

7 toxinas inclusive 0 Acido ocadaico

Sintomas gastrointestinais 30 minutos a horas ap6s con sumo: diarreia,

v6mitos, dores abdominais.

Recupera9ao ap6s 3-4 dias

h) NSP - Neurotoxina de Bivalves

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Plychodiscus breve (dinofJagelados) - Brevetoxinas

Limitada ao Golla do Mexico, Florida

Mortandade de peixes, "Mare Vermelha"

Sintomas assemelham-se PSP - sem paralisia, raramente fatal

i) ASP - Toxina Amnesica de Bivalves

Nitzschia pungens e Pseudonitzchia australis (alga diatomacea)

Acido dom6ico

Nauseas, v6mitos, perda de equilibrio, deficiencias do sistema nervoso

central, confusao, perda da memoria, morte.

Controle das Biotoxinas

Dilicil preven9ao

Monitorizac;ao das areas de pesca

Toxinas termo-estaveis

Toxina Produto Tolerancia Metoda de AnaliseToxina amnesica de Bivalve inteiro

20 ppm de acidoHPLC

Bivalves dom6icoT oxina Diarreica de Bivalve inteiro

0,2 ppm de acido Bioensaio em ratas eBivalves acadaico HPLC

Neurotoxina de Bivalve inteiro0,8 ppm de Bioensaio em ratas

Bivalves brevetoxinaToxina Paralisante Bivalve inteiro 0,8 ppm Bioensaio em rates e

de Bivalves (80uo/1000) HPLC

Ciguatera Peixe inteiro 1 ppbBioensaio em ratas,HPLC, Ciqua Check

IDL minima Bioensaio em ratos,

Tetrodotoxina Baiacu 10ug/Kg emcamundonqos

HPLC, Cigua Check

j) Aminas biogemicas

INTOXICA<;AO POR HISTAMINA

DesignayEio hist6rica: Envenenamento par Scombrideos

Sintomas mais comuns: miuseas, v6mitos, diarreia, ruborizac;:ao (facial),

urticaria, edema, dar de cabec;:a, formigamento, sensac;:ao de queimadura na boca.

26

Casos graves: edema de glote

Formayao da Histamina no pescado:

Post - Mortem, atraves da descarboxilac;c3o bacteriana do aminockido

histidina

HISTIDINA HISTAMINA

Oescarboxilac;:ao

Especies mais envolvidas:

Familia Scombridade;

Familia Clupeidae;

Familia Scombresocidae;

Familia Pomatomidae e

Familia Coryphaenidae.

Bacterias que produzem Histamina:

Enterobacterias, Vibrio Sp, Clostridium, Lactobacillus Sp.

Morganella morgani, Klebsiela pneumonie, Hafnia alvei

Multiplica9iio e retardada abaixo de 4,4°C.

Histamina e termo-resistente

Controle: abaixamento rapido de temperatura (6 horas)

Limite: 1Omg/1 OOg de carne

Monitorizac;ao:

Analise para determina9iio de Histamina

Perigo: Forma9iio de histamina, Deteriora9iio.

Medida de Controle: Adi9iio de gelo

Perigo: Formac;ao de histamina

Monitorizac;ao: Verificac;ao da temperatura

3.1.4 Contaminantes Inorganicos

Limite maximo na Legislayao brasileira (Porta ria n"685 I ANVISA - MS):

- Mercurio: Peixes e produtos da pesca (exceto predadores) 0,5mg/kg

Peixes predadores 1,Omg/kg

- Cadmio: Peixes e produtos da pesca 1,Omg/kg

- Chumbo: Peixes e produtos da pesca 2,Omg/kg

- Arsenio: Peixes e produtos de peixe 1,Omg/kg

a) INTOXICA~AO POR METAlS PESADOS - MERCURIO

Utilizayao: fabricayao de celulose, descontaminador de sementes, industrias

farmaceuticas e de plasticos, fabrica9ao de eletrodos, garimpo de ouro.

Hist6rico: 1953 e 1960: baia de minamata - Japao

Metil-mercurio 100mg/kg peixes

1963: Niigata - Japao

b)ASPECTOSIMPORTANTES

Contaminac;ao nos peixes: agua au cadeia tr6fica

ConseqO€mcias nos humanos: descontrole dos membros, reduc;ao da visa 0,

olfato, audic;ao, fala e disturbios mentais diversos.

Localidades afetadas par rejeitos contendo altos teores de mercurio: Rio

Gurupi (Maranhao), Cumaru (Para), Carajas (Para), Pocon;, (Mato Grosso), Rio

Tapaj6s, Itaituba (Amazonas), Rio Madeira (Rondonia), Estado de Roraima, Estado

do Amapa, Vale do Paraiba (Rio de Janeiro), Crixas (Goias).

A saude nao e urn privilegio, senao urn direito constitucional de todos os

28

seres humanos e e dever das institui90es tazer com que esses direitos S8 convertam

em realidade proporcionando-Ihes os meies necessarios para alcan9ar esses

objetivos no mais breve espac;o de tempo passive!.

c) OBRIGA<;OES DO ESTADO

Organizar programas integrados de prote,ao dos alimentos

Estabelecer um sistema de vigilancia epidemiologica das ETAs

Prom over a prote980 dos alimentos com 0 apoio da participaC;:8o

comunitaria,fortalecer as servic;os da inspey2lo e de contrale,

Fortalecer os servi90s de apoio laboratorial

Estudo epidemiol6gico

Identificar 0 agente etiologico (origem ou fonte de contamina,ao)

Caracteristicas ecol6gicas do agente (estrutura e metabolismo; hospedeiros

tran5it6ri05 e definitivos; equilibrio ambiental)

Mecanismos de transmissao (contagio, agua, solo, vetores, fomites e

hospedeiros inermediarios)

Ambiente favoravel: agua, solo, temperatura, alimento

Enfermidade: sinais clinicos, sintomas, sindrome

Tratamento: enfermidade subaguda, aguda, cr6nica, portador sadio,

imunodeprimido

Preven,ao: profilaxia

Pescado como veicula em surtas de enfermidades taxi-infecciosas

transmitidas par alimentos aquilticos

29

4. PROCEDIMENTO PADRAO DE HIGIENE OPERACIONAL

Descrivao de eta pas e opera90es padronizadas de limpeza e sanitiz8yaO de

instalac;6es, equipamentos, utensilios e ambientes diretamente relacionados com

produ,ao de alimentos.

4.1 INSPE<;:AO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Objetivos:

Salvaguardar a saude publica

Garantir qualidade e seguran,a alimentar

Evitar fraudes

Garantir a aceitabilidade

Reduzir perdas de materia prima e produtos

Aumentar a produtividade

Maior competitividade e mel hares lucros

Medidas preventivas relativas aD pescado:

Utilizar gelo fabricado com agua limpa e potavel

Lavar 0 pescado com agua corrente e hiperclorada antes de iniciar 0

processamento industrial (area suja)

Executar urn programa diario de higiene que atinja as instalac;6es, os

equipamentos, os utensilios e os manipulactores.

Proceder a eliminag80 continua dos residuos

Fazer tratamento de aguas residuais (efluentes)- ISSO 14000

Fazer 0 acompanhamento microbiol6gico de qualidade dos produtos

elaborados

Exercer rigoraso contrale das condigoes de saude dos manipuladores

30

Manter um controle integrado de pragas e guarda dos produtos t6xicos

em local adequado

Educa,ao sanitaria

Deteriora9ao do pescado:

Morte muscular (-glicog'mio-ATP)

Bacterias psicr6filas (0° C)

6xido de trimetilamina (OTMA-subst. Nitrogenada nao proteica)

Pouco tecido conjuntivo (pouco colageno)

Fraca ligagao dos aneis proteicos e muita agua

Predominancia de gordura insaturada

4.1.1 Principais Sinais de Deteriora,ao

TEXTURA- flacida e pastosa

ODOR E SABOR- insipidos,odores de frutas e mofo,odores petridos e

sabores acid a ,amargo au rangoso

PELE E OLHOS- rugosa e com muco leitoso,olhos concavos e opacos

COLORA<;:AO- perda de celulas pigmentadas e oxida,ao de seus

pigmentos

Principais causas da rapid a decomposic;ao do pescado:

a) Microbiota natural do peixe

temperatura

grau de polui,ao das aguas

visceras repletas au nao de alimentos

31

b) marinhos

Aguas temperadas: predominancia de psicotr6filos e aerobios, elevada

atividade proteolica e lipolitica-.

Aguas tropicais: predominancia de Gram (-)

c) fluviais

Aguas fria/temperada/tropical: Gram (-)

4.1.1.1 Fases da Deteriora9ao

a) AL TERA<;:OES AUTOLiTICAS

Rea90es degradativas

Redu9ao do ph a 6,0- 6,5

Sa bar passa a insipido pela a9ao da inosina, depois amargo pela a9ao

das hipoxantinas

Enzimas intestinais proteollticas atacam as orgaos internos- "ventre

rompido"

Catepsinas-enzima intracelular que hidrolizam liga~6es peptidicas

b) ALTERA<;:OES MICROBIANAS

Apesar de podermos considerar 0 musculo do pescado como esteril do

ponto de vista da saude publica. 0 pescado esta sujeito a contamina90es de origem

interna au, na maioria das vezes, de origem externa.

c) TAXA NORMAL DE BACTERIAS

Pele: 10' a 107 ufc/cm'

Guelras: 103 ufc/cm2

32

Intestino: 109 ufe/em'

Analise comparativa da microbiota fluvial em rela\=8o a microbiota marinha:

Pseudomonas> incidemcia marinha independente da temp. agua

Vibrionaceae pp Aeromonas >incidencia fluvial

Enterobacteriacea pp coliformes >frequencia fluvial-poluic;ao fecal

Temperatura da agua e armazenamento do pescado = define microbiota

4.1.2 Invasao Microbiana

o Sistema imunol6gico do peixe previne 0 crescimento microbiano no

museu 10. Quando 0 peixe morre, as sistemas de defesa cessam e a proliferaC;8o

bacteriana ocorre livre mente, na superficie da pele.

"Estas bacterias nao sao ativas em temperaturas entre 0 e SoC, alem de

serem destruidas pelo calor"

MELHOR PREVENi;:AO: GELO EM ABUNDANCIA E LAVAGEM COM

AGUA HIPERCLORADA

Alterac;:oes bioquimicas produzidas pelo crescimento bacteriano:

Composto inodoro OTMA reduz-se a TMA - eonfere odor tipieo Tde

peixe

Cay<3o e Arraia - possuem alta concentra9<30 de Ureia-que passa a

amenia par a9;30 bacteriana

Enzimas proteoliticas que as MO segregam degradam as proteinas

(amoleeimento gradual da carne)

4.1.3 Degradal'ao de subs. Nitrogenadas nao proteieas

- OTMA-TMA-DMA-formaldeido-NH3

33

UREIA = NH3

HISTIDINA (aa livre)-HISTAMINA (descarboxilagilo)

Qutros aa livres = aa sulfurados - H2S

4.2 HAGGP: GONGEITOS BASIGOS

Obrigatoriedade do sistema HAGGP nos estabelecimentos com SIF.

E um sistema de preven<;:ao e contrale para assegurar a sanidade, qualidade

e integridade econ6mica dos alimentos.

Em sua conceP9ao original 0 sistema foi criado como uma estrategia de

asseguramento da sanidade dos alimentos, PREVENTIVA, dirigida ao contra Ie de

TODAS as causas de contaminac;ao, sobrevivencia e crescimento de

microorganismos.

Gobre toda a cadeia de pradugilo e comercializagilo de alimentos,

desde a captura au cultivo ate a preparac;ao e consuma.

E uma tecnica naD tradicional de inspeC(ao descontinua que se

con centra na preven<;ao e soluc;ao de problemas par parte do produtor

Identificagilo de problemas potenciais de sanidade alimentar;

Oeterminary8o de como e onde este problema pode ser prevenido

Descric;c3.o do que deve ser feite e treinamento de pessoal

Implementagao e registra

4.2.1 Principios do HAGGP

Realizar uma analise de perigos e estabelecer as medidas de contrale

Deterrninar os Pontos Criticos de Contra Ie

Estabelecer lirnites criticos

Estabelecer urn sistema de rnonitorizaC;<3o

Estabelecer ac;oes corretivas

Estabelecer pracedimentos de verificagilo

34

Estabelecer documentaC;c30

a) Perigo

Urn agente biol6gicQ, quimico au fisico, au uma condic;ao presente em urn

alimento.

Com 0 potencial de causar um eleito nocivo a saude. (CODEX

AliMENTARIUS, 1997)

Agentes causadores de perigos

Bacte-rias

Virus

Fungos

Parasitas

Toxinas

Substancias quimicas

Material estranho

b) Medida de controle

Qualquer a980 au atividade que possa ser usada para prevenir,

eliminar au reduzir urn perigo a urn nivel aceitavel.

c) ContraIe de um perigo micrabiol6gico

PrevenCY80da contaminay8o

Preven980 do aumento de seu nivel

Garantia de uma redu9ao adequada

Prevenyao da recontaminaC;8o

Prevem;ao da disseminay80

d) Ponto Critico de Controle

Uma lase na cadeia alimentar na qual uma medida de contraIe pode ser

35

empregada e seja essen cia I para prevenir, eliminar, ou reduzir a um nivel aceitavel

um perigo para a inocuidade do alimento.

4.2.2 Principios do HACCP (CODEX)

1. Realizar uma analise de perigos

2. Determinar os PCCs

3. Estabelecer limites criticos

4. Estabelecer um sistema de monitorizac;ao

5. Estabelecer ac;oes corretivas

6. Estabelecer procedimentos de verifica9ao

7. Estabelecer documenta9ao

PERIGO:

Causa inaceitavel de natureza biologica, qui mica ou fisica, que pode

comprometer a qualidade do alimento, do ponto de vista de SAUDE PUBLICA,

PERDA DE QUALIDADE e INTEGRIDADE ECON6MICA.

EXEMPLOS DE PERIGOS:

SAUDE PUBLICA: Microorganismos patogenicos ou formadores de

toxinas

PERDA DE QUALIDADE: Deteriora9ao, melanose e rancidez

INTEGRIDADE ECON6MICA: Agua em excesso, troca de especies e

peso incorreto.

PERDA DE QUALIDADE: Deteriora9llo, melanose e rancidez

SAUDE PUBLICA: Microorganismos patogenicos ou formadores de

toxinas

INTEGRIDADE ECON6MICA: Agua em excesso, troca de especies e

peso incorreto.

36

PONTO DE CONTROlE (Pc)

Qualquer ponto, etapa ou procedimento, no qual as causas biol6gicas,

fisicas au quimicas podem ser controladas para garantir a qualidade do prod uta.

Perigo PODE ser controlado em Dutra fase do processo

PONTO CRiTICO DE CONTROlE (PCG)

E urn local, etapa ou procedimento, onde se aplicam medidas preventivas

com 0 objetivo de prevenir, eliminar ou reduzir ao maximo, os perigos de saude

publica, perda de qualidade ou integridade econ6mica.

A perda de seu contrale resulta nurn produto com probabilidade de estar

comprometido.

o perigo NAo PODE ser controlado em outra fase do processo. E 0 ultimo

local da cadeia de elaborac;:ao onde ele devera ser controlado.

ANALISE DOS PERIGOS:

Fase de elaborac;ao

Perigos identificados

E um perigo significativo?

Justificativa

Medidas preventivas

E um PCC?

MEDIDAS PREVENTIVAS:

a) 0 QUE FAZER PARA PREVENIR

Procedimentos que dificultam ou impedem a ocorrencia do perigo.

b) MEDIDAS CORRETIVAS

c) 0 QUE FAZER PARA CORRIGIR

Procedimentos que devem ser adotados, quando a monitoriza9ao indica

desvio do limite critieD.

37

d) LIMITE CRiTICO

ATE QUANDO OU QUANTO ACEITAR

Padr6es au valores que, quando estabelecidos, asseguram estar 0

ponto critico operando 8em risco da ocorrencia do perigo

PROCEDIMENTOS DE VIGILANCIA OU MONITOREIO

COMO CONTROLAR?

SeqOencia de observaryoes ou medidas, no ponto critica, para que este

esteja sob contrale para a nao ocorrencia do perigo.

o que?

Quem?

Como?

Com que freqOencia?

REGISTROS

ONDE REGISTRAR?

(Ex:) Clorayao da agua, temperatura da materia prima e produtos, etc.

VERIFICA<;:AO

COMO e QUEM avalia

AUDITORIA INTERNA

AUDITORIA EXTERNA

DIAGRAMA OPERACIONAL

FLUXOGRAMA DE ELABORA<;:AO DO PRODUTO

DIAGRAMA OPERACIONAL DO PRODUTO

PEIXE FRESCO INTEIRO

-PCC'RECEP<;:AO

-LAVAGEM

38

- PESAGEM

- ACONDICIONAMENTO

- EXPEDIC;AO

Nota: 0 PCG' indica 0 ponto critico de controle

Substituic;ao de especies

- BENEFic lOS

- PREVENTIVO

- IDENTIFICA PCCs EM TODA CADEIA

- DINAMICO

- EVITA PERDAS DE MATERIA PRIMA E PRODUTO

- ALiMENTOS SEGUROS

- PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE

a) PI'IPEL DA EMPRESA PRIVADA

A empresa e quem deve garantir a qualidade de seus produtos

b) PAPEL DO GOVERNO

Inspecionar, verificar, supervisionar e monitorar 0 contra Ie de qualidade

exercido pelos produtores.

c) DEFINIC;AO DOS DEFEITOS

- MENOR

Ocorrencia do Perigo NAo RESULTA na obten~ao de produto com riscos

para a SAUDE PUBLICA, INTEGRIDADE ECONOMICA e PERDA DE QUALIDADE

-MAIOR

Ocorrencia do perigo PODE RESULTAR na obten,ao de produto com risco

para a SAUDE PUBLICA, PERDA DE QUALIDADE E INTEGRIDADE ECONOMICA.

39

d) DIVULGAC;AO

GOVERNO - EMPRESA

"A aplicac;:ao do A.P.P.C.C., nao exclui 0 atendimento as normas higienico-

sanitiuias do estabelecimento como urn tode"

4.2.3 Procedimento padrao de higiene operacional PPHO

Especifico para operac;:6es de limpeza e sanitizac;:ao na area de

produ~ao.

Enfase em superficies de cantata com alimento.

Descri~ao clara e detalhada ~ Manual

Programa escrito, desenvolvido, implantado e monitorizado.

PROCEDIMENTOS

a) Pre-operacionais

Ocorrem antes do inicio das opera«oes

Executados com anteced{mcia suficiente para permitir

monitoramento e ac;:oes corretivas

b) Operacionais

Executados durante as opera~6es

Intervalos de descanso (almo~o, troca de turno)

Higiene pessoal em areas de produgao

c) Programas pre-operacionais e operacionais separados

Procedimentos de limpeza e sanitiza«ao

Monitoramento

Agoes corretivas

Medidas preventivas

40

Registros

d) Limpeza e Sanitiza9ao

Descri9ao detalhada

Desmontagem e montagem de equipamentos

Tecnica de aplica9ao de produtos

Produtos quimicos

FrequEmcia

Responsavel

4.2.3.1 Monitoramento PPHO

Avalia9ao da eficiencia

FreqOencia

Aceitavel au naD aceitavel

Descric;:ao objetiva da ocorrencia

a) Metodos de avalia9ao:

sensorial

quimico

biologico

b) A90es Corretivas PPHO

Detecc;:ao e registro de naD conformidades

Procedimento de corre9ao

Destino do produto contaminado

Re-inspec;:ao e registro

41

c) Medidas Preventivas PPHO

Previstas para naD conformidades repetitivas ou graves

Retorno ao controle do processo

d) Registros PPHO

Provas da execuc;c3o e do acompanhamento

Comprometimento da empresa

Claros e limpos

Legiveis

Datas (hora) e assinaturas

4.2.3.2 Programa integrado de Inspe9ao de pescados

Desenvolvimento de metodos de pesca mais eficientes e aprimorar

concii90es de:

Manipula9ao e higiene a bordo dos barcos pesqueiros

Oescarga

Processarnento

Transporte

Comercializa<;c3oe

Distribui9ao do prod uta final

Fatores que determinam 0 custo da materia-prima:

Localiza<;ao, acesso, distancia.

Estruturas de apoio

Pessoal treinado

PadronizagEio

Especie

Peso, idade

42

Epoca do ana

Sanidade do lote

Regulariza9ao da atividade

Tempo de despesca, embarque e viagem.

Nota e atestado sanitiuio

Prazo de pagamento

Qualidade e quantidade combinada

Dia e horario que pode ser feita a despesca

4.3 ENTREPOSTO DE PESCADO

Estabelecimento dotado de dependencias e instala90es adequadas ao

recebimento, manipu!a98o, frigorificayao, distribuiyao e comercio de pescado,

podendo ter anexas dependencias para a industrializayao e, nesse casa,

satisfazendo as exigencias fixadas para as fabricas de conservas de pescado,

dispondo de equipamento para aproveitamento integral, de subprodutos nao

comestiveis.

4.4 FABRICA DE CONSERVAS DE PESCADO

Estabelecimento dotado de dependencias, instalayoes e equipamentos

adequados ao recebimento e industrializa9ao do pescado por qualquer forma, com

aproveitamento integral de subprodutos naD comestfveis.

4.5 ASPECTOS HIGIENICO-SANITARIOS A SEREM CONSIDERADOS

Possuir instala90es frigorificas adequadas para a produ9ao a que se destine:

- S6 pescado fresco: Camara de espera (isotermica).

Pescado fresco e congelado: Camara de espera (isotermica), tunel de

43

congelamento ou armaria de placas e camara de estocagem.

Pescado salgado: Camara frigorifica para produto salgado.

o fluxograma de elabora9ao do produto deve preferentemente ser em

linha reta (em forma de I) QU, se naD for passivel, em formata de UU" ou

"l", porem, em qualquer hip6tese, deve ser proibido 0 cruzamento ou

retorno do produto. 0 desenho ideallembra urn grande gario, em que 0

cabo representa as etapas comuns as diversas lin has de prodUC;:80

(recep9ao e manipula9ao do pescado fresco) e os dentes, as etapas

especificas para cada produto (congelamento, conserva, salga etc.).

Possuir gelD em abundancia e de boa qualidade, proveniente de

fabricaC;:8o propria ou de terceiros, que devera ficar estacada em silos

adequadas. Se a industria possuir fabrica de gelo, previr a mesma e 0

silo em andar superior ao da area de manipulac;:ao, para que seja

passivel a utilizac;:ao de "chutes",

SeparaC;:8o fisica entre a area suja e area limpa.

Cilindro de lavagem com agua hiperclorada.

Gabinete de higienizac;:ao (com pias acionadas automaticamente,

toalhas descartaveis e sabao liquido em quantidade compativel com 0

numero de funcionarios).

Lavador de botas com escovas em boas condic;:6es e colocado

imediatamente antes do gabinete de higienizac;:ao.

PedihJvio de uso compuls6rio com constante troca de agua.

Porta de acesso de funcionarios com fechamento automatico.

Aberturas para 0 exterior e janelas protegidas por telas milimetricas

para evitar entrada de insetos ou passaros.

Uimpadas com protetores.

Ope,,;rios (as) com uniformiza9ao completa (cal9a comprida, jaleco,

botas e protetores de cabelo, tudo em cor branca.)

Operarios (as) nao devem usar adornos tais como: aneis, alianc;:as,

44

brincos, rel6gios e Qutros.

Caixas plasticas vazadas para materia prima e produtos frescos devem

ser de cor clara, preferentemente branca, mantidas sempre bern

higienizadas.

Caixas plasticas vazadas para residuos e produtos nao comestiveis, de

cor diferenciada das destinadas para produtos comestiveis (de

preferencia escuras).

Prever local para lavagem e estocagem de caixas plasticas, tanto na

area limpa quanta na area suja.

Dispor de vestiarios e sanitarios em numero proporcional aDs

open3rias, instalados separadamente par seXD, completamente

isolados e afastados das dependencias industriais.

o piso deve ser construido com material de facti higienizagao, sem

cantos vivos e com caimento suficiente para escoamento da agua

residual por meio de canaletas providas de gradil metalico.

As paredes dos setores de manipula9ao e embalagem dos produtos

devem ser azulejadas ate 02(dois) metros e possuir pe direito de

04(quatro) metros.

Equipamentos (mesas, esteiras e outros) que possibilitem facil

higienizac;ao, aconselhando-se 0 uso de acto inoxidavel.

Preyer retirada adequada dos residuos.

Dispor de dependemcias destinadas ao armazenamento de produtos

quimicos utilizados para a higienizac;ao das instalac;6es sendo que

estes produtos devem ser previamente aprovados pelo DIPOA.

Todas as portas necessarias ao estabelecimento para isolamento entre

setores, devem ser providas de fechamento automatico.

A (mica comunicat;:ao com 0 exterior do estabelecimento deve ser

atraves da passagem compulsoria pelo gabinete de higieniza9ao.

Como saida de ernergencia, devera existir urn portao de dirnensoes

45

adequadas que, durante as atividades industriais permanecera sempre

fechado.

Dispor de luz natural e artificial abundantes, bern como de ventila9ao

suficiente em todas as dependtfmcias, respeitada as particularidades

cabiveis de ordem tecnol6gica.

As dependencias cnde se elaboram produtos naD comestiveis devem

ser totalmente isoladas das de produtos comestiveis.

Dispor de rede de abastecimento de agua para atender as

necessidades industrials e sanitiuias, bern como de instalac;5es e

equipamentos para realizar 0 tratamento desta agua (hipercloral'ao a

5,0 ppm pelo menos).

Nao permitir 0 usa de facas au chairas com cabo de madeira, assim

como 0 usa de madeira 56 sera permitido para embalagem de produtos

congelados e/ou salgados previamente embalados em sa cos plasticos.

4.6 TIPOS DE EQUIPAMENTOS

Camaras com serpentinas no teto e/au paredes.

Camaras com dispersar de "ar fan;ada".

4.7 CONTAMINAC;:AO CRUZADA

Assim e chamada a cantaminay8.a que pade se estabelecer sabre um

prod uta em determinada fase de elaborayaa, a partir de cantata au respingas

provenientes de produtas que se encantra em fase inicial da manipulac;:aa. EcanseqOencia inevitavel da desarganizac;:aa e cruzamentas de fluxa industrial na

planta processadora.

a) Resfriamenta com Gela

46

Armazenamento a O°C

Ouantidade de gelo

Oualidade do gelo

Vantagens

b) Pescados

Grande variedade de especies

Variadas formas

Diferentes estruturas esqueleticas

Diferentes constituir;oes cutaneas

Diferentes formas de prepare

4.8 ASPECTOS MAIS IMPORTANTES NA INSPE<;Ao, MANIPULA<;Ao E

INDUSTRIALlZA<;AO DO PESCADO

GELO de boa qualidade e na proporyao adequada.

AGUA hiperclorada e abundante.

HIGIENE RIGOROSA em todas as etapas de processamento, dos

equipamentos e das instalayoes.

LEMBRETESIMPORTANTES

Um alimento in6cuo e obtido atraves da aplicayao do APPCC "do

campo a mesa"

Os perigos sao todos as agentes que estao presentes em niveis

inaceitaveis

Controlar significa "ter as eaisas sob contra Ie"

As Boas Praticas de Fabricayao (BPF) e as Boas Praticas de Higiene

(BPH) sao a base do APPCC

A previsao dos perigos e a chave para sua preveny80

47

5 INDUSTRIALIZACAO DE PEIXES

a) Peixe Fresco

Inteiro

Eviscerado

File

b) Peixe Congelado

Inteiro

Eviscerado

Pastas

Files

5.1 PEIXE FRESCO

1. Peixe Fresco Inteiro

Abatido

Recepc;:ao

Separayao do Gelo

Lavagem

Classificayao

Acondicionamento

Pesagem

Expediyao

2. Peixe Fresco Eviscerado

Abatido

Recepyao

Separayao do Gelo

48

Lavagem

Classificac;ao

Eviscerac;ao

Acondicionamento

Pesagem

Expedi,ao

3. Peixe Fresco File

Abatido

Recep,ao

Separa,ao do Gelo

Lavagem

Classifica,ao

Filetagem

Acondicionamento

Pesagem

Expedi,ao

4. Rendimento

Tranco limpo 62%

File com pele 32% a 59%

Sem pele 43%

5. Rendimento de file de peixes de agua doce

Tilapia 32%

Bagre africano 38% 46%

Pacu 51%

Traira 47%

49

6. Recep~ao

- Vivo

Tanque de Insensibiliza980

Esteira de abate

Cilindro de Lavagem

Abatido

Separadar de gelo

Cilindro de lavagem

- Classifica~ao

Tamanho

Peso

Pe~as por Quilo

- Acondicionamento de Peixe Fresco

Inteiro e Eviscerado

Caixa plastica com gelo

Caixa de isopor

Caixa de Papelao

Caixa de isopor

Caixa de Papelao

5.2 PEIXE CONGELADO

1. Peixe Congelado Inteiro

Abatido

Recep~ao

50

Separa<;ao do Gelo

Lavagem

Classifica9ao

Congelamento

Glazeamento

Pesagem

Acondicionamento

Armazenagem

Expedi<;ao

2. Peixe Congelado Eviscerado

Abatido

Recep<;ao

Separa<;ao do Gelo

Lavagem

Classifica<;ao

Eviscerayao

Congelamento

Glazeamento

Pesagem

Acondicionamento

Armazenagem

Expedi<;ao

3. Peixe Congelado Postas

Abatido

Recep<;ao

Separa<;ao do Gelo

Lavagem

51

Classifica,ao

Eviscera9~10

Congelamento

Espostejamento

Glazeamento

Pesagem

Acondicionamento

Armazenamento

Expedi,ao

4. Peixe Congelado File

Abatido

Recep,ao

Separa,ao do Gelo

Lavagem

Classifica,ao

Filetagem

Congelamento

Glazeamento

Pesagem

Acondicionamento

Armazenamento

Expedi,ao

4.3 INDUSTRIALlZAC;AO DE CAMARAo

1. Camarao Inteiro Congelado

Recep,ao

Separa,ao do Gelo

52

Lavagem

Classifica9ao

Pesagem

Acondicionamento em Caixetas

Adi9ao de Agua

Congelamento

Armazenagem

Expedi9ao

3. Camarao sem Cabe9a Congelado

Recep9ao

Separa9ao do GelD

Lavagem

Descabeyamento

Classifica9ao

Congelamento

Glazeamento

Pesagem

Acondicionamento

Armazenagem

Expedi9ao

4. Camarao Descascado Congelado Camarao Semi Descascado Congelada

ReceP9ao

Separa9ao do GelD

Lavagem

Oescasque

Classifica9ao

Pesagem

53

Acondicionamento em Caixetas

Adi,ao de Agua

Congelamento

Armazenagem

Expedi,ao

ou

Recep,ao

Separa,ao do Gelo

Lavagem

Oescasque

Classifica,ao

Congelamento

Glazeamento

Pesagem

Acondicionamento

Armazenagem

Expedi,ao

5. Camarao Pr" Cozido Congelado

Recep,ao

Separa,ao do Gelo

Lavagem

Manipula,ao

Pre Cozimento

Classifica,ao

Pesagem

Acondicionamento em Caixetas

Adi,ao de Agua

Congelamento

54

Armazenagem

Expedi~ao

5.4 INDUSTRIALlZA<;:Ao DE BIVALVES

- Na Concha

- Meia Concha

- Sem Concha

a) Bivalves na Concha

- Recep~ao

- Debulhar

- Raspagem

- Lavagem

- Aquecimento

- Congelamento

- Glazeamento

- Acondicionamento

- Pesagem

- Armazenagem

- Expedi~ao

b) Bivalves meia Concha

- Recep~ao

- Debulhar

- Raspagem

- Lavagem

- Aquecimento

- Retirada da concha

55

- Congelamento

- Glazeamento

- Acondicionamento

- Pesagem

- Armazenagem

- Expedi9ao

c) Bivalves sem Concha

- Recep9ao

- Debulhar

- Raspagem

- Lavagem

- Aquecimento

- Congelamento

- Glazeamento

- Acondicionamento

- Pesagem

- Armazenagem

- Expedi9ao

Bivalves devem chegar a industria vivos

- Aquecimento

- Tachos de Inox

- Temperatura 90°C

- Tempo suficiente para abertura da concha

- Resfriamento Imediato

- Agua e Gelo