Trabalho Auditoria STCP (CG1139 e CG2751)

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INSTITUTO SUPERIOR POLITCNICO GAYA Escola Superior Cincias e Tecnologia

Curso de Contabilidade e Gesto Auditoria Financeira

Situao Econmica e Financeira da STCP- Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA (em 2010)

Alunos: Maria Paula Cunha e Silva N 1139 Jos Filipe Guimares de Almeida Dias N 2751

Docentes: Dr. Duarte Nuno Rodrigues da Rocha Arajo

Vila Nova Gaia, 02 de Janeiro de 2012

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010NDICEDECLARAO DE ORIGINALIDADE E RESPEITO PELOS DIREITOS DE AUTOR ..... 4 INTRODUO .......................................................................................................................... 5 APRESENTAO..................................................................................................................... 6 HISTRIA ................................................................................................................................. 7 MISSO ................................................................................................................................... 10 VISO ...................................................................................................................................... 10 POLITICA ................................................................................................................................ 10 Ligaes Nacionais/Internacionais ....................................................................................... 11 ORGOS SOCIAIS ................................................................................................................. 13 COMPETNCIAS DOS MEMBROS DOS RGOS SOCIAIS .......................................... 13 Competncias dos membros do Conselho de Administrao ............................................... 13 Competncias dos membros do Conselho Fiscal (Artigo 420 do Cdigo das Sociedades Comerciais) ........................................................................................................................... 14 Competncias do Revisor Oficial de Contas (ROC)............................................................. 15 ORGANOGRAMA .................................................................................................................. 16 ESTATUTO REMUNERATRIO FIXADO .......................................................................... 17 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 19 INDICADORES CHAVE ........................................................................................................ 21 RECURSOS HUMANOS ........................................................................................................ 22 DEMONSTRAES FINANCEIRAS.................................................................................... 23 Balano Activo .................................................................................................................. 23 Activo No Corrente: ........................................................................................................ 23 Activo Corrente: ................................................................................................................ 24 Balano Capital Prprio e Passivo ..................................................................................... 25 Capital Prprio ...................................................................................................................... 26 Passivo: ................................................................................................................................. 26 Anlise da estrutura do Passivo ............................................................................................ 26 Demostrao de Resultados por Natureza ............................................................................ 28 Demonstrao de Resultados por Funes ........................................................................... 30 Demonstrao de Fluxos de Caixa........................................................................................ 31 RCIOS ................................................................................................................................... 33 Paula Silva & Filipe Dias Pgina 2 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Rcios Financeiros ................................................................................................................ 33 Estrutura Bsica do Activo ................................................................................................... 33 Liquidez ................................................................................................................................ 34 Capacidade de Endividamento.............................................................................................. 34 Rcios Econmicos ............................................................................................................... 35 OPINIO DO AUDITOR/CONCELHO FISCAL .................................................................. 36 Certificao Legal das Contas/Opinio do Auditor .............................................................. 36 Conselho Fiscal ..................................................................................................................... 37 CONCLUSO .......................................................................................................................... 39

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010

DECLARAO DE ORIGINALIDADE E RESPEITO PELOS DIREITOS DE AUTOR

Maria Paula Cunha e Silva, portador do bilhete de identidade n 11948801 com a data de emisso de 2002/09/19, emitido por Porto, e Jos Filipe Guimares de Almeida Dias, portador do bilhete de identidade n 11102109 com a data de emisso de 2006/05/05, emitido por Lisboa, declaramos que este trabalho foi por ns realizado na ntegra e original. Confirmamos tambm que o material proveniente de fontes consultadas est devidamente assinalado e foi referenciado na sua totalidade.

_________________________________________________________ (Maria Paula Cunha e Silva)

_________________________________________________________ (Jos Filipe Guimares de Almeida Dias)

Vila Nova Gaia, 02 de Janeiro de 2012

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010INTRODUO

Este trabalho, realizado no mbito da disciplina da Auditoria Financeira, centra-se na anlise financeira de uma empresa de transporte coletivo pblico rodovirio de passageiros, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, S.A. (STCP, S.A.). Podemos definir o conceito de auditoria, como sendo um exame independente, objectivo e competente de um conjunto de demonstraes financeiras assim como todo o suporte a essas demonstraes, com o intuito de emitir uma opinio informada e fidedigna atravs de um relatrio escrito, sobre se as demonstraes financeiras apresentam de uma forma verdadeira e apropriada a posio financeira. Com este trabalho, pretende-se aplicar conceitos econmicos e financeiros adquiridos no Curso de Contabilidade e Gesto para assim realizar uma anlise, da situao econmica e financeira, atravs do Relatrio e Contas de 2010 da STCP, S.A.. O nosso objectivo primordial com a realizao deste trabalho tentarmos compreender de que forma um Relatrio e Contas de uma empresa construdo, sabendo fazer uma apreciao critica, no s das demonstraes financeiras apresentadas, como tambm de toda a restante informao prestada, analisando a sua relevncia, adequabilidade, e at mesmo falta de informao e respectivas inconformidades.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010APRESENTAOA Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A. (STCP, S.A.) uma empresa detida a 100% pelo Estado Portugus. A designao do Servio de Transportes Colectivos do Porto surge em 1946, com o Resgate da Concesso feita pela Cmara Municipal do Porto a um grupo de empresrios, para o transporte de pessoas. Esta concesso durou 40 anos. Os transportes colectivos nesta cidade remontam, no entanto, a 1872, ano em que a "Companhia Carril Americano do Porto" foi iniciadora em Portugal da sua explorao. Um ano depois, forma-se a "Companhia Carris de Ferro do Porto". Estas duas empresas concorrentes fundem-se, em 1893, numa s que mantm o nome desta ltima - C.C.F.P. Passam-se 13 anos, e ento que a concesso atrs referida outorgada, surgindo, como consequncia, e um ano mais tarde, (1907), a "Companhia de Viao Elctrica do Porto" que, tendo durado apenas 1 ano, no chega a dar incio a qualquer actividade. Em 1908 absorvida pela "Companhia Carris de Ferro do Porto", que vem a beneficiar da concesso. A "Companhia Carris de Ferro do Porto" durou, com esta designao, 73 anos. Ainda hoje, quase 40 anos depois de ter desaparecido, h muita gente que, seguindo o velho hbito, ao referir-se S.T.C.P. continua a chamar-lhe "Carris". Em 1994 d-se a passagem a sociedade annima (de capitais exclusivamente pblicos) passando a designar-se Sociedade de Transporte Colectivos do Porto, S.A.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010HISTRIAAs camionetas, carroadas de forma a permitir o transporte de passageiros entraram em concorrncia aberta com os carros elctricos. Pela concesso do exclusivo dos transportes pblicos, dada Companhia Carris de Ferro do Porto (CCFP) no era permitido o transporte de passageiros por outros meios que no fossem os da CCFP, mas com a conivncia da Cmara, as camionetas comearam a operar na cidade, principalmente nas horas de maior afluncia de pblico, o que provocou enormes prejuzos CCFP. Mesmo com a razo do seu lado, a CCFP nunca mais se viu livre delas aumentando cada vez mais nas ruas da cidade, como se pode depreender do pargrafo seguinte retirado do relatrio e contas da CCFP: (...) continua a concorrncia de carreiras de camionetas dentro e nos arredores da cidade, tirando passageiros e impedindo o movimento dos elctricos, nas horas de maior afluncia (...) " ln Relatrio e Contas da CCFP, 1933. Em 1933, a Administrao da CCFP, fazendo uma anlise ao actual sistema de transportes pblicos da cidade reconhecia que " o 1 Estabelecimento (Carros, Central, Subestaes e linhas) tinha sido completamente derrotado () sendo necessria a sua substituio na sua totalidade. O nmero de passageiros aumenta tambm significativamente, e era impossvel dar resposta s inmeras exigncias dos passageiros ficando frequentemente os carros elctricos em "rosrio" (termo utilizado na poca para uma boa quantidade de carros parados em fila), como consequncia ora do impedimento das vias, ora dos frequentes cortes de energia. Surgia no Comrcio do Porto de 1 de Janeiro de 1939, um artigo intitulado "Os Futuros Transportes Urbanos do Porto" onde era apontada como soluo transitria um sistema misto, carros elctricos e auto-nibus, e um prazo de 25 anos para que fosse abolida por completo a traco elctrica sobre carris, com sacrifcio para a concessionria mas com benefcio para o pblico e trnsito - pois entendia-se que por este meio os "engarrafamentos" nas ruas acabariam. Os anos 40 trouxeram alteraes profundas aos transportes pblicos do Porto. Em 1936, a CMP avisa a CCFP, com base no artigo trigsimo primeiro da escritura da concesso

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010para a explorao da viao elctrica na cidade do Porto, que o contrato seria rescindido em 1941. Esta pretenso da CMP s no se concretizou em 1941 porque deflagrou na altura a to famigerada 2 Guerra Mundial, o que levou a Cmara e o Governo a adiar por mais 5 anos a situao. Chegado o ano de 1946 inicia-se uma nova era nos transportes pblicos. A CCFP, depois de 73 anos de laborao d lugar ao STCP (Servio de Transportes Colectivos do Porto), liderado pela Cmara Municipal do Porto. Era chegada a hora da CMP intervir directamente na vida dos transportes pblicos da cidade, e foi isso que fez, elaborando um plano/programa em que eram estabelecidas prioridades para os prximos anos. Uma das prioridades era a aquisio de autobus, para a qual estava reservada uma despesa extraordinria de 3 850 contos e mais 1 300 contos para a aquisio de terreno para a construo da l fase da garagem e oficinas dos mesmos. Foram ainda nesse mesmo ano, 1946, estudadas e estabelecidas as bases de aquisio de 15 autobus, cuja adjudicao acabou por fazer-se a uma firma da capital - Auto Triunfo devendo as primeiras unidades ser entregues em Julho de 1947. A estratgia traada pelo STCP em 1946, no que diz respeito aquisio de autocarros, seria colocada em prtica no decorrer de 1948. De facto, nem tudo correra como fora planeado, pois dos 15 autocarros que se pretendiam adquirir em 1946 apenas dois estavam disponveis em Maro de 1948, pelo que a Administrao no querendo perder mais tempo, nem prejudicar o pblico, inaugurou a 1 de Abril desse mesmo ano, a carreira C, que partia da Avenida dos Aliados e tinha o seu trminus no Carvalhido.

Percurso da l Carreira de Autocarros: Avenida dos Aliados, Praa da Trindade, R. da Trindade, R. de Cames, R. Joo das Regras, R. Fonseca Cardoso, R. Faria Guimares, Cruzamento da R. Joo Pedro Ribeiro (ZONA), R. Faria Guimares, R. S. Dinis, R. da Natria, Carvalhido. Os primeiros autocarros que circularam na cidade do Porto eram da marca da marca "Daimler", e foram carroados na firma DALFA, Lda. que laborava em Ovar. Os chassis eram provenientes de Inglaterra, e custaram ao STCP, j carroados, cerca de 1 000 contos cada um. Paula Silva & Filipe Dias Pgina 8 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Os autocarros iniciaram a circulao pintados de amarelo, tendo posteriormente, em 1959, mudado para verde. A evoluo em termos de carreiras de autocarros fez-se sentir ainda durante 1948, pois medida que o material encomendado (autocarros) ia chegando iam sendo inauguradas novas carreiras, existindo no final do ano 4 carreiras em explorao com uma extenso de rede de 26 quilmetros. Com 10 autocarros em circulao, atingiu-se uma mdia diria de 5000 passageiros transportados.

Carreiras de autocarros inauguradas em 1948:

C - Carvalhido - 1 de Abril D - Antas - 1 de Junho A - Foz - 24 de Junho E - Paranhos - 23 de Outubro

Os autocarros chegaram e venceram. Mesmo com a construo nas oficinas do STCP de um novo modelo de elctrico o - "S-500" - o autocarro via aumentada, de ano para ano, a sua frota. Com o Plano de Remodelao da empresa, elaborado desde 1962 e colocado em marcha a partir de 1967, o autocarro assume-se definitivamente como protagonista dos transportes pblicos da cidade. A partir da, o autocarro nunca mais deixou de se expandir, sendo ainda actualmente o meio de transporte mais utilizado, para a satisfao das necessidades das populaes da rea metropolitana do Porto.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010MISSO

Prestar um servio de transporte pblico urbano de passageiros na rea Metropolitana do Porto (AMP), em articulao concertada com os demais operadores rodovirios, ferrovirio e de metro ligeiro, contribuindo para a efectiva mobilidade das pessoas, disponibilizando uma alternativa competitiva ao transporte individual privado e gerando, pela sua actividade, benefcios sociais e ambientais num quadro de racionalidade econmica e na busca da melhoria contnua do seu desempenho.

VISOTem como viso, ser reconhecida como empresa de referncia entre as que apresentam as melhores prticas do sector dos transportes pblicos de passageiros, a nvel nacional e europeu.

POLITICAAfirmar-se como agente dissuasor da utilizao do transporte individual atravs da promoo de um transporte pblico urbano de passageiros de qualidade, seguro, moderno e eco eficiente. Responder s necessidades de mobilidade fsica e social dos clientes, atravs de uma adequada oferta ao nvel da rede de transportes, da sua acessibilidade, dos horrios e produtos, dentro dos limites permitidos pelas concesses e pela racionalizao dos recursos humanos e materiais. Promover a comunicao e a cooperao permanente com as entidades externas, nomeadamente instituies governamentais centrais e locais, associaes corporativas, autarquias e o pblico em geral. Garantir o desenvolvimento profissional, saudvel e social dos seus trabalhadores, designadamente criando as condies adequadas ao exerccio das suas actividades, que previnam as leses, os ferimentos e os danos para a sua sade. Minimizar o impacte ambiental da sua actividade de suporte, dotando as instalaes e os equipamentos de solues tecnologicamente eficientes, que promovam a reduo progressiva da poluio e do consumo dos recursos energticos e naturais. Desenvolver todas as suas actividades, produtos e servios enquadrados por um sistema integrado de gesto, nas dimenses de qualidade, Paula Silva & Filipe Dias Pgina 10 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010ambiente, segurana e sade no trabalho, com o envolvimento de todos os seus trabalhadores, fornecedores, contratados, autoridades locais e clientes. Assumir a procura da melhoria contnua e o respeito pelos requisitos estabelecidos no seu Sistema Integrado de Gesto, incluindo no s os legalmente e estatutariamente aplicveis como os de adeso voluntria, avaliando regularmente o seu desempenho atravs da realizao de auditorias internas e culminando com a reviso anual do sistema.

Ligaes Nacionais/Internacionais UITP Commission on Transport Management Comission on Transport and the City Sub-comission on Human Resources Sub-comission on Operations Sub-comission on Quality Management Sub-comission on Marketing Comissions on bus

PROJECTOS INTERNACIONAIS CUTE - Clean Urban Transport for Europe

EMPRESAS ASSOCIADAS Metro do Porto, S.A. Transpublicidade, S.A. OPT

CONTRATOS FERMIER Empresa de Transportes Gondomarenses, Lda. VALPIBUS - Alberto Pinto & Filhos, Lda. Auto Viao Pacense, Lda.

ENTIDADES ASSOCIADAS Paula Silva & Filipe Dias Pgina 11 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010AIP - Associao Industrial Portuense ACP - Associao Comercial do Porto Cmara do Comrcio e Indstria Luso-Marroquina APQ - Associao Portuguesa para a Qualidade IPQ - Instituto Portugus da Qualidade ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade PRP - Preveno Rodoviria Portuguesa Associao Porto Histrico Associao Portuguesa de Empresas com Museu AMTC - Associao para o Museu dos Transportes e Comunicaes ADFER - Associao para o Desenvolvimento do Transporte Ferrovirio APAC - Associao Portuguesa dos Amigos do Caminho de Ferro CLUB GUIDE - SHARE AMIGOS DO COLISEU APEC - Associao Portuguesa de Economistas Fundao A Comunidade contra a SIDA Porto Convention Bureau

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010ORGOS SOCIAISCargo rgos Sociais Mesa da Assembleia Geral Rui de Carvalho Arajo Moreira Maria Teresa Vasconcelos Abreu Flor Morais Carlos Maria Rocha Pinheiro Torres Conselho de Administrao Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes Jorge Rui Guimares Freire de Sousa Rui Andr Albuquerque Neiva da Costa Saraiva Antnio Paulo da Costa Moreira de S Sandra Raquel de Vasconcelos Lameiras Eleio Mandato

Presidente Vice-Presidente Secretrio

06-04-2009 3 anos 06-04-2009 3 anos 06-04-2009 3 anos

Presidente Vogal Vogal Vogal Vogal

06-04-2009 06-04-2009 06-04-2009 06-04-2009 06-04-2009

3 anos 3 anos 3 anos 3 anos 3 anos

Presidente Vogal Efectivo Vogal Efectivo Vogal Suplente

Conselho Fiscal Pedro Romano Martinez Ana Alexandra Filipe Freitas Maria Manuela Marques Lima Dino Jorge Ramos Santos

06-04-2009 06-04-2009 06-04-2009 06-04-2009

3 anos 3 anos 3 anos 3 anos

Revisor Oficial de Contas Antnio Magalhes & Carlos Santos, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas 09-09-2009 3 anos Representada por Carlos Alberto Freitas dos Santos, ROC n 177

COMPETNCIAS DOS MEMBROS DOS RGOS SOCIAIS

Competncias dos membros do Conselho de Administrao

O Conselho de Administrao pode, dentro dos limites legais, delegar algumas das suas competncias num ou mais dos seus membros. Quanto s atribuies especficas de cada membro: Presidente Fernanda Pereira Noronha Meneses Mendes Gomes

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Exerce funes executivas, sendo responsvel por dirigir a actividade do Conselho de Administrao e pelo poder disciplinar. ainda responsvel pela coordenao directa do Gabinete de Comunicao e Relaes Institucionais e do Gabinete de Apoio Jurdico. Vogal Jorge Rui Guimares Freire de Sousa Exerce funes executivas, assegura a substituio da Presidente do Conselho de Administrao e responsvel pela coordenao directa do Departamento de Operaes e do Departamento de Recursos Humanos. Vogal Rui Andr Albuquerque Neiva da Costa Saraiva Exerce funes executivas, sendo responsvel pela coordenao directa do Departamento Administrativo e Financeiro, do Gabinete de Projectos e Estratgia e da STCP Servios. Vogal - Antnio Paulo da Costa Moreira de S Exerce funes executivas, sendo responsvel pela coordenao directa do Departamento de Marketing, do Departamento de Manuteno e do Gabinete de Controlo de Gesto e Auditoria. Vogal Sandra Raquel de Vasconcelos Lameiras Exerce funes executivas, sendo responsvel pela coordenao directa do Gabinete de Ambiente, Segurana e Servios Gerais, do Gabinete de Informtica e Comunicaes e da Unidade de Museu do Carro Elctrico.

Competncias dos membros do Conselho Fiscal (Artigo 420 do Cdigo das Sociedades Comerciais)

a) Fiscalizar a administrao da sociedade; b) Vigiar pela observncia da lei e do contrato de sociedade; c) Verificar a regularidade dos livros, registos contabilsticos e documentos que lhe servem de suporte; d) Verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a extenso da caixa e as existncias de qualquer espcie dos bens ou valores pertencentes sociedade ou por ela recebidos em garantia, depsito ou outro ttulo; e) Verificar a exatido do balano e da demonstrao dos resultados; Paula Silva & Filipe Dias Pgina 14 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010f) Verificar se os critrios valorimtricos adoptados pela sociedade conduzem a uma correcta avaliao do patrimnio e dos resultados; g) Elaborar anualmente relatrio sobre a sua aco fiscalizadora e dar parecer sobre o relatrio, contas e propostas apresentados pela administrao; h) Convocar a assembleia-geral, quando o presidente da respectiva mesa o no faa, devendo faz-lo; i) Cumprir as demais atribuies constantes da lei ou do contrato de sociedade.

Competncias do Revisor Oficial de Contas (ROC)

Compete ao ROC proceder a todos os exames e a todas as verificaes necessrias reviso e certificao das contas da empresa.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010ORGANOGRAMA

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010ESTATUTO REMUNERATRIO FIXADOA Comisso de Fixao de Remuneraes da STCP, eleita na Assembleia Geral n 45, realizada em 6 de Abril de 2009, composta por Sara Alexandra Duarte Ambrsio, da Direo Geral do Tesouro e Finanas (DGTF), que preside, e pelas vogais Rita Maria Pereira da Silva, da Inspeo Geral de Finanas, e Cristina Freire, da DGTF. Fixado pela Ata n 1 de 29 de Junho de 2009 da Comisso de Fixao de Remuneraes da STCP. Tendo em ateno o determinado pela Lei n 12-A/2010, de 30 de Junho, foi aplicado a todos os membros do Conselho de Administrao o corte de 5% nas remuneraes a partir do ms de Junho inclusive e, no incio de Janeiro de 2011, nova reduo de 10%, com base na Lei n 55-A/2010, de 31 de Dezembro. Tambm em Janeiro de 2011 a empresa aplicou, com base no previsto no Artigo 19 da mesma Lei, a reduo remuneratria a todos os trabalhadores que auferem remuneraes ilquidas mensais superiores a 1.500 e uros.

1. Mesa da Assembleia Geral

Presidente Senha de Presena no valor de 615,98 euros (seiscentos e quinze euros e noventa e oito cntimos). Vice-Presidente Senha de Presena no valor de 466,56 euros (quatrocentos e sessenta e seis euros e cinquenta e seis cntimos). Secretrio Senha de Presena no valor de 344,14 euros (trezentos e quarenta e quatro euros e catorze cntimos).

2. Conselho de Administrao

Presidente Remunerao Fixa: remunerao mensal ilquida de 6.923,26 (seis mil novecentos e vinte e trs euros e vinte e seis cntimos), paga 14 (catorze) vezes por ano; Remunerao Varivel Anual: atribuio de componente varivel anual da remunerao, que se fixa num mximo de 35% (trinta e cinco por cento) da respectiva componente fixa da remunerao, em funo do cumprimento dos objectivos anuais definidos no Contrato de Gesto. Vogais Remunerao Fixa: remunerao mensal ilquida d e 6.028,52 (seis mil e vinte e oito euros e cinquenta e dois cntimos), paga 14 (catorze) vezes por ano; Remunerao Varivel Anual: atribuio de componente varivel anual da remunerao, que se fixa num mximo de 35% (trinta e cinco por cento) da respetiva componente fixa da remunerao, em funo do cumprimento dos objetivos anuais definidos no Contrato de Gesto. Paula Silva & Filipe Dias Pgina 17 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Os membros do Conselho de Administrao beneficiam, ainda, das seguintes regalias ou benefcios remuneratrios: a) Benefcios sociais de aplicao generalizada a todos os trabalhadores da Sociedade: b) Automvel: atribuio, para utilizao pessoal, de uma viatura de servio at ao limite de renda de 1.000 mensais para o Presidente e de 900 para os restantes membros, valores fixados pela comisso de remuneraes. O limite mximo para os encargos mdios mensais com combustvel foi fixado pelo Conselho de Administrao em 250, tendo em considerao as necessidades e a prtica em vigor na Sociedade; c) Telemvel: utilizao de telemvel de servio cujo limite mximo para os encargos mdios mensais foi fixado pelo Conselho de Administrao em 150, tendo em considerao as necessidades e a prtica em vigor na Sociedade. A eventual utilizao de carto de crdito da sociedade deve destinar-se, exclusivamente, a fazer face a despesas inerentes ao exerccio das respectivas funes ao servio da Sociedade.

3. Conselho Fiscal

Presidente: Remunerao mensal ilquida correspondente a 20% da remunerao mensal ilquida atribuda ao Presidente do Conselho de Administrao, paga 14 (catorze) vezes por ano. Vogais: Remunerao mensal ilquida correspondente a 15% da remunerao mensal ilquida atribuda ao Presidente do Conselho de Administrao, paga 14 (catorze) vezes por ano. Para os membros do Conselho Fiscal, a remunerao ilquida fixada foi aplicada desde 21 de Abril de 2008, tendo sido considerada como base de incidncia at 6 de Abril de 2009, a remunerao de 5.6 75, 94 e uros.

Revisor Oficial de Contas

Por deliberao unnime por escrito tomada pelo accionista Estado em 9 de Setembro de 2009, sob proposta do Conselho Fiscal, foi eleita como Revisor Oficial de Contas da STCP, S.A., para o trinio 2009/2011, a Sociedade Antnio Magalhes e Carlos Santos, S.R.O.C., Paula Silva & Filipe Dias Pgina 18 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010representada pelo Dr. Carlos Alberto Freitas dos Santos. A remunerao do Revisor Oficial de Contas ficou fixada em quinze mil e seiscentos euros de honorrios, a pagar em duodcimos mensais de mil e trezentos euros, tendo-se procedido formalizao do respectivo contrato. Aufere ainda o valor anual de quatro mil seiscentos e cinquenta e quatro euros, pelo trabalho de reviso das contas consolidadas.

OBJETIVOS

Esta administrao definiu como objetivos estratgicos para o mandato de 2009-2011, os seguintes: 1. Orientar o servio para o cliente e melhorar os respetivos nveis de qualidade. 2. Contribuir para o aumento sustentado de passageiros de transporte pblico na AMP. 3. Contribuir para o aprofundamento da criao de um eficiente e eficaz Sistema de Transportes na AMP, em cooperao com os demais operadores intervenientes, pblicos e privados, designadamente na coordenao de redes, horrios, bilhtica, informao ao pblico e rede de vendas. 4. Prosseguir a concretizao de aes de inovao que contribuam para a sustentabilidade ambiental, nomeadamente para a diminuio do nvel de emisso de poluentes. 5. Conter o agravamento do dfice operacional, nomeadamente atravs do controlo de custos, do reforo da racionalidade econmica, perseguindo a diminuio do peso financeiro do SEE, atravs da melhoria do desempenho da sociedade. 6. Preservar a componente social do transporte pblico. 7. Promover um clima de paz social na empresa, estimulando o aumento da produtividade atravs da partilha de objetivos e responsabilidades com os trabalhadores. 8. Formalizar a proposta de contratualizao do servio pblico a prestar pela STCP. 9. Participar ativamente na definio do modelo de financiamento do sistema e da adequada regulamentao do mercado.10. Formalizar a proposta de equilbrio econmico-financeiro da empresa.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Os objetivos fixados para 2010 tiveram uma taxa de execuo de 108%

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010INDICADORES CHAVE

INDICADORES DE SERVIO PBLICO 2007 rea Servida Concelhos Freguesias Extenso da Rede (km) Linhas em Explorao Rodovirias Traco Elctrica Paragens Frota Autocarros Gs Autocarros Gasleo Carros Elctricos Idade mdia da frota Autocarros Carros Elctricos Caractersticas da Frota de Autocarros Gs Natural Ar condicionado Piso rebaixado Rampa rebatvel Recursos Humanos - Efectivo mdio Investimentos (milhes ) Procura Passageiros Transportados (milhes) Peso Passageiros Intermodais Passageiros km (milhes) Oferta Veculos km (milhes) Lugares km (milhes) Qualidade Taxa ocupao autocarros Velocidade Comercial Autocarros (km/h) PMP (dias)[1] 6 52 533 83 80 3 2.712 501 255 238 8 6,7 69,8 6 52 537 83 80 3 2.724 481 255 218 8 7,5 70,6 6 52 542 83 80 3 2.707 480 255 217 8 8,5 71,5 6 52 546 85 82 3 2.720 494 255 234 5 9,5 72,6 2008 2009 2010

52% 70% 88% 54% 1.645 24,7 109 16% 433 30 2.601 16,6% 16,0 84

54% 73% 92% 57% 1.591 5,6 111 25% 441 30 2.570 17,2% 16,2 92

54% 73% 92% 57% 1.502 1,5 108 32% 410 29 2.517 16,3% 16,2 77

52% 74% 93% 59% 1.512 12,3 109 37% 389 30 2.609 14,9% 16,1 54

[1] O PMP a partir de 2009 foi efectuado de acordo RCM 34/2008 e despacho 9870/2009

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010RECURSOS HUMANOS

Com um efectivo mdio de 1.512 trabalhadores, a STCP garantia em 31 de Dezembro 1.496 empregos directos, com um aumento de 6 trabalhadores face ao ano de 2009 (1.490 em 31 de Dezembro 2009). A empresa contratou 81 novos trabalhadores, 75 dos quais motoristas de servio pblico, e verificaram-se 3 regressos. No total, registaram-se 78 sadas, das quais 54 por reforma.

A maioria dos trabalhadores (92%) encontra-se vinculada empresa por contrato sem termo. A idade mdia situa-se nos 47,8 anos, merc do peso expressivo de trabalhadores com elevada antiguidade na empresa, sendo que cerca de 41% pertencem a uma faixa etria igual ou inferior a 45 anos. A antiguidade mdia dos trabalhadores de 21,7 anos. As mulheres representam cerca de 6,4% da fora de trabalho e ocupam funes nas reas de direco de topo, tcnica e administrativa e, mais recentemente, tambm em funes de conduo de autocarros e de elctricos. A STCP pratica uma poltica de recursos humanos baseada na igualdade de oportunidades, de respeito pelos direitos humanos e de no discriminao, promovendo a valorizao do seu capital humano e implementando sistemas para garantir o bem-estar dos seus trabalhadores e para premiar o mrito do desempenho. Respeita igualmente os princpios e as boas regras de procedimento nas relaes interpessoais no interior da empresa, vertidos no Cdigo de tica e de Conduta, editado no final de 2008. Paula Silva & Filipe Dias Pgina 22 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Defende a prtica de uma actuao clara, objectiva e transparente, tendo aprovado em final de 2009 o Plano de Preveno dos Riscos de Corrupo e Infraces Conexas, em conformidade com as orientaes da Tutela e, especialmente, do Conselho de Preveno da Corrupo.

DEMONSTRAES FINANCEIRASBalano Activo2010 102.624.296,41 96.254.611,42 4.534.300,00 666.137,20 A.V. 89,44% 83,89% 3,95% 0,58% 2009 96.947.782,43 90.518.295,06 4.534.300,00 706.401,67 A.V. 87,38% 81,58% 4,09% 0,64% A.H. 5,86% 6,34% 0,00% -5,70%

Activo no corrente Activos fixos tangveis Propriedades de investimento Activos intangveis Activos biolgicos Investimentos financeiros Participaes Financeiras - Mtodo Equiv. Patrimonial Participaes Financeiras - Outros Mtodos Accionistas/scios Outros activos financeiros Activos por impostos diferidos Activo corrente Inventrios Activos biolgicos Clientes Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes pblicos Accionistas/scios Outras contas a receber Diferimentos Activos financeiros detidos p/negoc. Outros activos financeiros Activos no correntes detidos p/venda Caixa e depsitos bancrios Total do activo

434.247,79 25.000,00 710.000,00

0,38% 0,02% 0,62%

453.785,70 25.000,00 710.000,00

0,41% 0,02% 0,64%

-4,31% 0,00% 0,00%

12.121.540,42 698.968,54 1.454.204,13 3.045.642,10 5.410.028,68 343.710,48 59.461,61 1.109.524,88

10,56% 0,61% 1,27% 2,65% 4,71% 0,30% 0,05% 0,97%

14.002.109,85 683.516,33 7.801.927,56 892.605,98 4.028.419,32 400.073,57 0,00 195.567,09

12,62% 0,62% 7,03% 0,80% 3,63% 0,36% 0,00% 0,18%

-13,43% 2,26% -81,36% 241,21% 34,30% -14,09% 100,00% 467,34% 3,42%

114.745.836,83 100,00%

110.949.892,28 100,00%

A 31 de Dezembro de 2010 o valor do Activo dos STCP de 114.745.836,83, valor superior em 3,42 valores percentuais em relao ao ano anterior, logo, houve um aumento de 3.795.944,55. A maior variao deu-se no Activo Corrente, sendo a rubrica Estado e Outros entes Pblicos a com maior relevncia para este aumento em 241,21%. Activo No Corrente: Comeando a anlise pelos Activos Fixos Tangveis, vemos que houve um aumento de 6,34 pontos percentuais devido maioritariamente aquisio de equipamento bsico, neste caso 35 novos autocarros num montante total a rondar os 12 milhes de euros. Paula Silva & Filipe Dias Pgina 23 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Em 2010, procedeu-se a uma reviso da estimativa da vida til dos autocarros de servio pblico, passando a sua vida til de 10 anos para 13 anos. A alterao da estimativa permitiu uma reduo nos gastos de amortizaes dos activos fixos tangveis, no ano de 2010, no montante de 1.040 milhares de euros.

Activo Corrente: Aqui verifica-se uma diminuio de 13,43 pontos percentuais, causada principalmente pela diminuio verificada na rubrica de Clientes (-81,36%) no valor de 6.347.723,43, proveniente da liquidao da maior partes das dvidas dos clientes. Apesar de ter havido esta diminuio no Activo Corrente importante salientar os aumentos nas rubricas, Estado e Outros entes Pblicos (241,21%), na sua maioria devido aos Reembolsos de IVA a recuperar (aproximadamente 2 milhes de euros) e Caixa e Depsitos Bancrios (467,34%), que apesar de serem valores percentuais elevados no suplantam a diminuio verificada na rubrica Clientes. Existe tambm um aumento com ligeira significncia na rubrica, Outras Contas a Receber (34,30%) cujo principal responsvel a subconta, Devedores por Acrscimo de Rendimentos. No que diz respeito aos Diferimentos podemos assinalar uma diminuio de 14,09% em relao a 2009, referente a Gastos e Perdas a Reconhecer. Paula Silva & Filipe Dias Pgina 24 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Na rubrica Outros activos financeiros correntes esto contabilizados o emprstimo de mtuo concedido participada STCP Servios no valor de 59.461,61 (aumento de 100%). Desta forma os STCP S.A. terminaram o exerccio de 2010 com um Activo superior a 114 milhes de euros, apresentando um aumento de aproximadamente 4 milhes de euros comparativamente a 2009.

Balano Capital Prprio e Passivo2010 A.V. 2009 A.V. -275.747.187,80 -240,31% -237.304.508,96 -213,88% 79.649.000,00 69,41% 79.649.000,00 71,79% A.H. 16,20% 0,00%

Capital prprio Capital realizado Aces (quotas) prprias Outros instrumentos de capital prprio Prmios de emisso Reservas legais Outras reservas Resultados transitados Ajustamentos em activos financeiros Excedentes de revalorizao Outras variaes no capital prprio Resultado liquido no perodo Interesses minoritrios Passivo Passivo no corrente Provises Financiamentos obtidos Responsabilidades p/ben. ps emprego Passivos por impostos diferidos Outras contas a pagar Outros passivos financeiros Passivo corrente Fornecedores Adiantamentos de clientes Estado e outros entes pblicos Accionistas/scios Financiamentos obtidos Outras contas a pagar Diferimentos Passivos financeiros detidos p/negoc. Outros passivos financeiros Passivos no correntes detidos p/venda Total do capital prprio e do passivo

74.907,42 0,07% 74.907,42 0,07% 25.727,80 0,02% 25.727,80 0,02% -365.307.988,74 -318,36% -342.042.468,39 -308,29% 122.096,76 0,11% 96.111,87 0,09% 45.960.129,43 40,05% 46.373.157,83 41,80% 1.406.102,91 1,23% 2.171.618,37 1,96% -37.677.163,38 -32,84% -23.652.563,86 -21,32%

0,00% 0,00% 6,80% 27,04% -0,89% -35,25% 59,29%

390.493.024,63 340,31% 283.003.362,30 246,63% 4.599.763,02 4,01% 241.258.602,25 210,25% 929.257,00 0,81%

348.254.401,24 313,88% 315.526.491,41 284,39% 4.596.312,75 4,14% 293.914.170,67 264,91% 865.021,00 0,78%

12,13% -10,31% 0,08% -17,92% 7,43%

36.215.740,03 107.489.662,33 4.634.972,13 977.855,64 94.144.001,96 6.779.328,66 882.612,00 70.891,94

31,56% 93,68% 4,04% 0,85% 82,05% 5,91% 0,77% 0,06%

16.150.986,99 32.727.909,83 7.008.228,36 1.394.209,60 15.740.885,94 7.640.586,05 897.716,54 46.283,34

14,56% 29,50% 6,32% 1,26% 14,19% 6,89% 0,81% 0,04%

124,23% 228,43% -33,86% -29,86% 498,09% -11,27% -1,68% 53,17%

114.745.836,83 100,00%

110.949.892,28 100,00%

3,42%

Paula Silva & Filipe Dias

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Capital Prprio

Baseando-nos no Capital Prprio apresentado pelos STCP em 31 de Dezembro de 2010, a empresa surge com uma situao lquida delicada, isto porque apresenta um Capital Prprio negativo de 275.747.187,80, representando um agravamento na ordem dos 17% em comparao com o ano de 2009. Para a ocorrncia destes factos podemos mencionar as seguintes alteraes de factores: Aumento negativo na rubrica, Resultados Transitados (6,80%) Diminuio de 0,89% na rubrica, Excedentes de Revalorizao, mais precisamente na subconta, Lucros Distribudos. Diminuio na rubrica, Outras Variaes no Capital Prprio (35,25%), tendo maior relevncia a subconta, Subsdios. Aumento negativo com elevada significncia do Resultado Liquido em 59,29% face ao ano de 2009 equivalente a -14.024.599,52. Terminando o ano de 2010 com um RLE negativo de 37.677.163,38.

Passivo: O Passivo desta empresa encontra-se condicionado pelo elevado endividamento da mesma, tanto a mdio e longo, como a curto prazo. Apesar de ter havido uma diminuio de aproximadamente 10% no Passivo Corrente, pela diminuio da subconta Financiamentos Obtidos, percentagem esta que tem um peso quase irrelevante no total do Passivo. No entanto o endividamento a Curto Prazo teve um aumento percentual de 228,43 o que releva para esta rubrica quase todo o peso dos 12,13% de aumento que se verifica no Passivo no valor de 42.238.623,39. Anlise da estrutura do Passivo Nas Provises houve um aumento de 0,08% (3.450,27), devido aos seguintes factos: Diminuio das provises para processos judiciais em curso de 219.021,14; Diminuio das provises para acidentes de trabalho e doenas profissionais de 23.555,08; Paula Silva & Filipe Dias Pgina 26 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010 Aumento das outras provises no valor de 246.026,49;

Na rubrica Financiamentos Obtido, no Passivo No Corrente, existe uma diminuio, pois no foram realizados novos financiamentos, mas sim amortizados estes. No entanto continua a existir nesta rubrica um elevado endividamento a mdio e longo prazo (241.258.602,25). Relativamente ao Passivo Corrente, verificamos a existncia de um aumento elevado no endividamento a curto prazo: Aumento na rubrica Financiamentos Obtidos (498,09%) no valor de 78.403.116,02 relativamente ao ano de 2009. Aumento na rubrica Outros Passivos Financeiros (53,17%) com o valor de 24.608,60. Verificou-se tambm a diminuio de algumas dvidas: Fornecedores (-33,86%), no valor de 2.373.256,23. Estado e outros entes pblicos (-29,86%), no valor de 416.353,96 Outras contas a pagar (-11,27%), equivalente a 861.257,39 Diferimentos (-1,68%), com o valor de 15.104,54

Apesar dos STCP terem um aumento no seu passivo de 3,42%, este revela-se insignificante para fazer face ao elevado endividamento da empresa, na qual resultou um passivo superior em mais 12% em comparao a 2009. Tal situao verifica-se pela contraco de vrios emprstimos, pelo que a amortizao dos emprstimos no se faz notar, uma vez que a empresa tem de recorrer banca de forma a saldar a sua divida.

Paula Silva & Filipe Dias

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Demostrao de Resultados por NaturezaRendimentos e GastosNotas Vendas e Servios Prestados Subsidios Explorao Ganhos/ perdas imputados de subsidirias, associadas e empreendimentos conjuntos Variao nos inventrios da produo Trabalhos para a prpria entidade Custo das mercadorias vendidas e matrias consumidas Fornecimentos e servios externos Gastos com o pessoal Imparidade de inventrios (perdas/reverses) Imparidade das dvidas a receber (Perdas / reverses) Provises (aumentos / redues) Imparidade de investimentos no depreciveis/amortizveis (perdas/reverses) Aumentos/ redues de justo valor Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas Resultados antes de depreciaes, gastos de financiamento e impostos Gastos/reverses de depreciao e de amortizao Imparidade de investimentos depreciaes/amortizveis (perdas/reverses) Resultados operacionais (antes de gastos de financiamento e impostos) Juros e rendimentos similares obtidos Juros e gastos similares suportados Resultados antes de impostos Imposto sobre o rendimento do perodo Resultado lquido do perodo 2010 2009(Montantes expresssos em )

49.346.138,90 47.732.156,26 19.930.282,93 20.137.879,86 -19.537,91 18.576,37 -193,09 -3.582,24 33.294,45 136.311,80 -1.421.071,04 -1.575.103,40 -32.611.139,44 -31.603.203,89 -39.999.492,59 -40.731.026,86 -12.362,50 171.919,16 -3.450,27 -358.288,94 -2.491.077,27 3.791.121,74 -1.291.907,40 -6.066.224,81

Evoluo Valor % 1.613.982,64 3,38% -207.596,93 -1,03% -38.114,28 -205,18% 3.389,15 94,61% -103.017,35 -75,57% 154.032,36 9,78% -1.007.935,55 -3,19% 731.534,27 1,80% -184.281,66 -107,19% 354.838,67 2.491.077,27 -392.008,89 -75.989,78 3.339.909,92 1.498.521,80 1.809.910,65 6.648.342,37 99,04% 100,00% -10,34% -5,88% 55,06% 18,67% 100,00% 41,81%

3.399.112,85 -1.367.897,18 -2.726.314,89 -6.527.901,47

-8.026.423,27 -1.809.910,65 -9.254.216,36 -15.902.558,73

4,02 2.717.699,34 -2.717.695,32 -100,00% -28.383.141,88 -10.436.501,11 -17.946.640,77 -171,96% -37.637.354,22 -23.621.360,50 -14.015.993,72 -59,34% -39.809,16 -31.203,36 -8.605,80 -37.677.163,38 -23.652.563,86 -14.024.599,52 -27,58% -59,29%

Relativamente aos Gastos imputados ao ano de 2010 existe um aumento de 18% comparativamente a 2009. Conforme pode ser analisado na Demonstrao de Resultados por Natureza, o factor mais relevante para esse aumento encontra-se mencionado nos Juros e Gastos Similares, com um diferencial de 17.946.640,77 relativamente a 2009, condicionante esta alheia gesto da empresa. Os STCP conseguem tambm uma reduo nos gastos com o pessoal (1,80%), este facto deve-se principalmente reduo imposta pelo estado nas remuneraes dos rgos sociais. Existe uma diminuio substancial na rubrica de Provises em 99,04%, o q faz com que o gasto imputado aqui tenha tido uma diminuio de354.838,67.

No caso dos Rendimentos relativos ao ano de 2010 houve uma diminuio de 2% relativamente a 2009. Analisando a Demonstrao de Resultados por Natureza podemos Paula Silva & Filipe Dias Pgina 28 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010verificar que apesar de ter havido um aumento nas vendas e prestao de servios, este foi apenas de 3,38% em relao ao ano anterior, no sendo suficiente para colmatar as diminuies que houveram em relao aos proveitos. Uma das diminuies mais significativas q acabou por ter um peso substancial no total dos Rendimentos foi a rubrica de juros e rendimentos similares obtidos em quase 100% relativamente a 2009. Em 2010, verificou-se um aumento da procura face ao ano anterior de cerca de 1%, tendo-se atingido 109 milhes de passageiros. Esta recuperao verificou-se quase na totalidade no 2 semestre do ano, em que o aumento foi de 3,5%, o que equivale a um acrscimo superior a 1,8 milhes de entradas. Apesar de baixo de relevar o aumento das vendas. A STCP est submetida a um regime de preos administrativos, o que implica a atribuio pelo Governo de indemnizaes compensatrias no reembolsveis para financiar parcialmente as suas operaes no cumprimento das suas obrigaes de servio pblico. A STCP segue o critrio de registar como subsdios explorao as indemnizaes compensatrias no exerccio em que as mesmas so atribudas. Valor este que diminui tambm, como pode ser verificado na rubrica, Subsdios explorao (1,03%).

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Demonstrao de Resultados por FunesRendimentos e Gastos 2010 Vendas e servios prestados Custo das vendas e dos servios prestados Resultado bruto Outros rendimentos Gastos de distribuio Gastos administrativos Gastos de investigao e desenvolvimento Outros gastos Resultados operacionais (antes de gastos de financiamento e impostos) Gastos de financiamento (lquidos) Resultados antes de impostos Imposto sobre o rendimento do perodo Resultado lquido do perodo (Montantes expresssos em ) 2009 % 2,07% 1,09% 291,28% -22,05% 4,44% 13,89% 53,78% 57,18% 41,81%

69.276.421,83 67.870.036,12 -66.407.389,99 -67.136.802,61 2.869.031,84 733.233,51 3.674.790,43 4.714.096,15 -4.843.796,71 -5.069.040,41 -7.921.731,52 -9.199.586,72 -4.583,28 -9.916,38 -3.027.927,12 -7.071.344,88 -9.254.216,36 -15.902.558,73

-28.383.137,86 -7.718.801,77 -267,71% -37.637.354,22 -23.621.360,50 -59,34% -39.809,16 -31.203,36 -37.677.163,38 -23.652.563,86 -27,58% -59,29%

Na Demostrao de Resultados por Funes pode ser comprovada, a diminuio do Resultado lquido do perodo comparativamente a 2009 (59,29%). Apesar do aumento substancial no Resultado Bruto (291,28%), onde se verificou um aumento das Vendas e Servios prestados e uma diminuio do Custo das vendas, e tambm de uma diminuio dos Resultados Operacionais (41,81%), tal no fez com que o Resultado Liquido aumentasse. O factor principal que contribuiu para a diminuio do resultado lquido so os gastos de financiamento que a empresa suporta. Que tiveram um aumento percentual de 267,71, o equivalente a 20.664.336,09.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Demonstrao de Fluxos de Caixa(montantes expressos em euros)

2010 Fluxos de caixa das actividades operacionais - Mtodo directo Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Caixa gerada pelas operaes Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento Outros recebimentos/pagamentos Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) Fluxos de caixa das actividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangveis Activos intangveis Investimento financeiros Outros activos Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangveis Activos intangveis Investimento financeiros Outros activos Subsdios ao investimento Juros e rendimentos similares Dividendos Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) Fluxos de caixa das actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Realizao de capital e outros instrumentos de capital prprio Cobertura de prejuzos Doaes Outras operaes de financiamento Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos Juros e gastos similares Dividendos Redues de capital e outros instrumentos de capital prprio Outras operaes de financiamento Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) Variao de caixa e seus equivalentes (1+2+3) Caixa e seus equivalentes no incio do perodo Caixa e seus equivalentes no final do perodo Caixa e equivalentes de Caixa Numerrio Depsitos bancrios imediatamente mobilizveis Aplicaes de tesouraria Caixa e seus equivalentes no balano Descobertos bancrios Caixa e seus equivalentes na demonstrao de fluxos de caixa 2010 54.204,36 1.055.320,52 0 1.109.524,88 -19.562.407,43 -18.452.882,55 59.579.337,67 -39.335.751,11 -32.867.649,34 -12.624.062,78 34.943,53 10.609.223,34 -1.979.895,91

2009

49.971.495,29 -40.453.433,87 -33.614.857,38 -24.096.795,96 68.137,96 19.374.402,06 -4.654.255,94

-8.030.815,18 -108.673,45 -260.056,12 0 -8.399.544,75 15.815,00 0 0 112.102,48 3.754,72 2,91 0 131.675,11 -8.267.869,64

-1.085.622,95 -318.839,64 -400.000,00 0 -1.804.462,59 71.561,68 0 0 0 0 180.550,11 47.090,69 299.202,48 -1.505.260,11

48.610.000,00 0 0 0 0 48.610.000,00 -40.810.000,00 -8.395.320,00 0 0 -2.646.830,86 -51.852.150,86 -3.242.150,86 -13.489.916,41 -4.962.966,14 -18.452.882,55

351.187.000,00 0 0 0 0 351.187.000,00 -320.325.006,37 -8.843.340,97 0 0 -2.076.957,65 -331.245.304,99 19.941.695,01 13.782.178,96 -18.745.145,10 -4.962.966,14

2009 60.069,72 135.497,37 0 195.567,09 -5.158.533,23 -4.962.966,14

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Analisando a Demonstrao de Fluxos de Caixa elaborada pelo mtodo directo, ao nvel das actividades operacionais, verifica-se que a rubrica de Recebimento de Clientes regista um aumento algo significativo, verifica-se tambm uma ligeira reduo no Pagamentos a Fornecedores, assim como no Pagamentos ao Pessoal. A nvel do total dos Fluxos de Caixa Operacionais, houve uma ligeira melhoria, mas esta foi insuficiente para obter um Fluxo Operacional positivo (-1.979.895,91). Contribuindo para isso o facto de os Recebimentos serem inferiores aos Pagamentos. Quanto s Actividades de Investimento, podemos mencionar que os STCP registaram um grande aumento a nvel de Pagamentos em relao ao ano de 2009 (365%), e uma ligeira diminuio dos Recebimentos. Assim sendo, verifica-se uma evoluo negativa de 449% no Fluxo de Actividades de Investimento. Finalmente, focando-nos nas Actividades de Financiamento, podemos verificar que existe uma elevada diminuio nos Financiamentos Obtidos o que veio a fazer com que os Recebimentos de Financiamentos Obtidos tivessem diminudo. Apesar de existir tambm uma diminuio muito significativa a nvel dos Pagamentos nos Financiamentos Obtidos estes continuam a ser superiores aos Recebimentos, o que faz com que o Fluxo das Actividades de Financiamento tenha diminudo e esteja com um saldo negativo. Apesar de a empresa ter aumentado nas Actividades Operacionais os Recebimentos de Clientes, os Fluxos de Actividades de Financiamento pioraram e o endividamento da empresa continua demasiadamente asfixiante. Cortando ainda mais os meios deficitrios da explorao da empresa.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010RCIOS

Rcios Financeiros Estabilidade FinanceiraRacio de Solvabilidade Cap. Proprios Cap. Alheios cap. Proprios(SL) activo = -275.747.187,80 = 390.493.024,63 -275.747.187,80 = 114.745.836,83 -0,706

Racio de autonomia financeira

=

-2,403

O Rcio de solvabilidade um rcio financeiro que indica a proporo relativa dos activos da empresa financiados por capitais prprios versus financiados por capitais alheios. Sendo tudo o resto igual, quanto mais elevado este rcio, maior a estabilidade financeira da empresa. Quanto mais baixo, maior a vulnerabilidade. A gesto deste indicador financeiro importante de forma a no colocar em causa a continuidade da empresa no mdio ou no longo prazo. A solvabilidade pode ser medida pelo seguinte rcio: Solvabilidade = Capital prprio/Capital alheio. Um valor muito baixo pode indiciar uma fraca viabilidade da empresa no futuro, pois significa uma elevada fragilidade econmico-financeira; Neste caso verificamos que este rcio indica uma fraca estabilidade financeira (-0,706), ou seja com uma enorme vulnerabilidade; que demonstra uma imagem futura bastante negativa, de acordo com Armindo Fernandes Machado no seu livro Anlise de Balanos, este rcio no deve ser inferior a 1,5, o que aqui no demonstrado aqui. O Rcio de autonomia financeira um rcio financeiro que mede a solvabilidade da empresa atravs da determinao da proporo dos activos que so financiados com capital prprio. Sendo tudo o resto igual, quanto mais elevado este rcio, maior a estabilidade financeira da empresa. Quanto mais baixo, maior a vulnerabilidade, na forma apresentada podemos verificar que o valor obtido bastante baixo, encontrando-se a negativo de (-2,403) o que reflecte a vulnerabilidade dos STCP. Estrutura Bsica do ActivoImobilizao do Activo Activo Imobolizado(no corrente) 102.624.296,41 = = Activo 114.745.836,83 89%

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Financiamento do Act. Imob. com capitais proprios Cap. Proprios Activo Imobilizado = -275.747.187,80 = 102.624.296,41 -2,687

Financiamento do Act. Imob. com capitais permanentes

Capitais Permanentes Activo Imobilizado

=

7.256.174,50 = 102.624.296,41

0,071

Ainda no mbito dos rcios financeiros, procuramos compreender de que forma o activo maioritariamente constitudo e qual o grau de financiamento do activo imobilizado da empresa de acordo com os seus capitais. Desta forma efectuamos o clculo e a anlise dos factores apresentados na estrutura bsica do Activo, podemos verificar que os STCP obtm no seu Activo um valor de (89%) de imobilizaes, o que normal para a actividade que exerce. Com o valor apresentado neste parmetro, a empresa demonstra a sua capacidade de financiar os seus activos com os capitais prprios, que no entanto, um valor que coincide com todos os outros atrs apresentados, isto , um valor negativo, que demonstra cada vez mais a fragilidade desta empresa a nvel financeiro. Para finalizar uma anlise do poder dos capitais da STCP, verificamos que o valor do imobilizado tem um baixo financiado por capitais permanentes. LiquidezGrau de Liquidez Geral Activo Corrente Passivo Corrente Activo corrente - Existencias Passivo de Corrente Disponibilidades Passivo de curto prazo = 12.121.540,42 = 107.489.662,33 11.422.571,88 = 107.489.662,33 1.109.524,88 = 107.489.662,33 0,113

Grau de Liquidez Reduzida

=

0,106

Grau de Liquidez Imediata

=

0,010

Na liquidez dos STCP, com a anlise dos trs rcios expostos, podemos verificar uma situao insatisfatria como em todos os outros rcios estudados, a exigibilidade a curto prazo est longe de ser coberta pelos activos correntes da empresa. A situao de Liquidez Imediata consegue ser pior com o indicador a registar-se como praticamente nulo, evidenciando que a empresa no tem meios lquidos para, com efeito imediato solver os seus compromissos. Capacidade de EndividamentoCapacidade de Endividamento Capitais Alheios Cap. Proprio = 390.493.024,63 = -275.747.187,80 -1,416

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010Neste rcio podemos verificar o quanto a empresa STCP recorre ao crdito, no s para financiar o seu endividamento, como tambm o seu funcionamento. Este valor (-1,416) s aceitvel porque proveniente de uma empresa do estado, visto que de outra forma, uma empresa que se apresente em falncia tcnica no conseguiria sobreviver por muito mais tempo. Rcios EconmicosRendibilidade dos Cap.Proprios Rasultados Liquidos Capitais Proprios Resultados Liquidos Activo Resultado Liquido Vendas = -37.677.163,38 = -275.747.187,80 -37.677.163,38 = 114.745.836,83 -37.677.163,38 = 49.346.138,90 0,137

Rendibilidade Economica

=

-0,328

Rendibilidade das Vendas

=

-0,764

Os rcios de rendibilidade avaliam a capacidade de uma instituio para utilizar os seus activos produtivamente na criao de proveitos, como podemos verificar, os resultados lquidos so negativos, o que descreve a situao da empresa e a dificuldade da mesma obter proveitos. No entanto todos os resultados apresentados desde a Rendibilidade dos capitais prprios (0,137), a Rendibilidade Econmica (-0,328) e a rendibilidade das Vendas (-0,764) no poderiam ser melhores que a imagem apresentada at agora da STCP.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010OPINIO DO AUDITOR/CONCELHO FISCAL

Certificao Legal das Contas/Opinio do Auditor

A Certificao legal das contas e Relatrio de Auditoria sobre a informao financeira contida no Relatrio de Gesto e nas Demonstraes Financeiras anexas do exerccios findo em 31 de Dezembro de 2010, da SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLECTIVOS DO PORTO, S.A., as quais compreendem: o Balano, em 31 de Dezembro de 2010 (que evidencia um total de 114 746 milhares de euros e um total de Capital Prprio negativo de 275 747 milhares de euros, incluindo um Resultado Liquido Negativo de 37 677 milhares de euros), as Demonstraes dos Resultados por Naturezas e por Funes, a Demonstrao das Alteraes de Capital Prprio e as Demonstrao dos Fluxos de Caixa do exerccio findo naquela data e o correspondente anexo. O exame efectuado de acordo com as Normas Tcnicas e Directrizes de Reviso/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, para assim emitir uma opinio com um grau de segurana aceitvel sobre as demonstraes financeiras. O exame incluiu, a verificao numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaes constantes das demonstraes financeiras e a avaliao das estimativas, baseadas em juzos e critrios definidos pelo Conselho de Administrao, utilizadas na sua preparao. A apreciao sobre se as politicas contabilsticas adoptadas, assim como a aplicabilidade do principio da continuidade, e apreciao da adequabilidade das demonstraes financeiras, sendo que se considerou que o exame realizado o suficiente para a expresso de uma opinio. A opinio, apresentada de uma forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, sobre a posio financeira da SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLECTIVOS DO PORTO, S.A. em 31 de Dezembro de 2010, uma opinio com nfases. Na sequencia da entrada em vigor do novo sistema de normalizao contabilstica e, cumprindo com o estipulado na NCRF n3, so apresentados nas demonstraes financeiras reportadas a 31 de Dezembro de 2010, a titulo comparativo, valores relativos ao exerccio de 2009, reexpressos de acordo com esse normativo, conforme nota n 2 do anexo. Paula Silva & Filipe Dias Pgina 36 de 39

Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010 A Empresa mantm a situao de incumprimentos do estipulado no artigo 35 do cdigo das sociedades comerciais. O concelho de Administrao atravs do Relatrio de Gesto, no ponto 5.2, refere-se a essa situao e o aviso convocatrio da prxima assembleia geral anual prope, no ponto 7, da ordem de trabalhos deliberao sobre este assunto. Manteve-se a circunstancia da empresa alcanar resultados negativos no exerccio, os quais contribuem para o crescente avolumar da situao de capitais prprios negativos. Apesar disso, em nosso entendimento, a continuidade das operaes no est em causa, atendendo ao facto do Capital Realizado pertencer integralmente ao Estado e a empresa prestar um servio pblico imprescindvel.

Conselho Fiscal O Conselho Fiscal emite um relatrio sobre a sua aco fiscalizadora e emite tambm um parecer sobre o Relatrio e Contas da SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLECTIVOS DO PORTO, S.A.. Da anlise do Relatrio e Contas de 2010 parece-nos de salientar o seguinte : Em termos de actividade constatou-se que o volume de negcios da STCP, em 2010, correspondeu a cerca de 52,745 milhes de euros, com um nivel de cumprimento de 10% face ao valor previsto no Plano de Actividades para 2010; Esta situao teve reflexos na situao econmico-financeira da Sociedade. A STCP obteve, em 2010, um resultado Liquido negativo de EUR -37,677 milhes, o que , no considerando o efeito da variao do justo valor das operaes de cobertura de risco de taxa de juro, representa uma melhoria de 28% (cerca de 7 milhes de euros) face ao ano anterior. O Resultado Financeiro (-28,383 milhes de euros) diminuiu de forma significativa, ou seja, -268% face a 2009, devido essencialmente ao aumento das taxas de juro, pela falta de liquidez nos mercados financeiros, e maior utilizao de linhas de crdito de curto prazo, cuja negociao permanente agravou os spreads e introduziu novos custos pela disponibilizao de recursos financeiros em permanncia.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010 Salientamos, com alguma preocupao, o elevado nvel de endividamento da empresa, sobretudo no mdio e longo prazo, com elevados encargos financeiros, para financiar a actividade da empresa, nomeadamente o plano de investimentos. O Capital Prprio da STCP, S.A. crescentemente negativo, por via dos sucessivos aumentos da rubrica Resultados Transitados, atingindo em 2010, -275,747 milhes de euros, ou seja, o passivo da empresa excede o seu activo por este mesmo valor. Concluindo o Conselho fiscal emite um parecer favorvel aprovao do relatrio e contas da STCP, S.A. referentes ao exerccio findo em 31 de Dezembro de 2010.

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Situao Econmica e Financeira da STCP - 2010CONCLUSOO objectivo deste trabalho podermos visualizar a forma como um Relatrio e Contas estruturado, saber interpretar a informao nele presente, e atravs dessa premissa elaborar uma anlise s demonstraes financeiras apresentadas, e situao patrimonial da empresa. Foram abordados neste estudo, todos os factores usuais que uma empresa pode conter para que obtenha assim um funcionamento equilibrado e prspero. O balano serve como um suporte de anlise a este equilbrio, face ao risco do desequilbrio. Por um lado, verificamos que se trata de uma empresa altamente endividada, em que a mesma no apresenta qualquer capacidade de autofinanciamento. Verificamos que grande parte do seu passivo se deve a financiamento de mdio e longo prazo, ao que se torna mais oneroso quando se analisa o seu Capital Prprio negativo. Com activos reduzidos em comparao ao seu passivo, o seu imobilizado bastante obsoleto, no obstante da renovao da frota. Aps a realizao deste estudo, verificamos que a situao real da STCP - SA, bastante precria, com grandes e graves prejuzos, com srias dificuldades futuras, valendo-se do apoio do Estado, o seu nico accionista.

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