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FACULDADE ESTÁCIO DE CURITIBA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA LEI DE GAUSS - APLICACAO CURITIBA 0

Trabalho Eletromag

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Page 1: Trabalho Eletromag

FACULDADE ESTÁCIO DE CURITIBA

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

LEI DE GAUSS - APLICACAO

CURITIBA

2012

FABIANO PRUDÊNCIO DE OLIVEIRAADILSON FRANCO DA SILVA

0

Page 2: Trabalho Eletromag

LEI DE GAUSS – APLICACAO EM CABO COAXIAL

O presente trabalho tem como requisito

complementar a Segunda Avaliacao do

Segundo Semestre de 2012, sob a

orientação do:

Prof. Wilson J. Silva

CURITIBA

2012

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Page 3: Trabalho Eletromag

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 3

2- CARGA E LEI DE COULOMB...................................................................................................................3

3- DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS EM MATERIAIS........................................................................................4

4- VETOR INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO......................................................................................5

5- VETOR DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO E MATERIAIS DIELÉTRICOS..........................................6

6- LEI DE GAUSS PARA O CAMPO ELÉTRICO..........................................................................................9

7- A PINTURA ELETROSTÁTICA...............................................................................................................10

8- TINTA EPÓXI........................................................................................................................................... 11

9- CAMPOS DE APLICAÇÃO E EXEMPLOS.............................................................................................11

10- LEITO FLUIDIZADO ELETROSTÁTICO...............................................................................................11

11- METODOLOGIA.................................................................................................................................... 12

12- CASO PROPOSTO............................................................................................................................... 14

13- CONCLUSÃO........................................................................................................................................ 16

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Page 4: Trabalho Eletromag

1- INTRODUÇÃO

Mudar.....................................................................................................................

..........................................................................................................................................

..........................................................................................................................................

..........................................................................................................................................

..........................................................................................................................................

..........................................................................................................................................

.....................................................

2- ENUNCIADO DA LEI DE GAUSS

Mudar.....................................................................................................................

..........................................................................................................................................

..........................................................................................................................................

..........................................................................................................................................

..........................................................................................................................................

..........................................................................................................................................

.....................................................

3- APLICACAO ESPECIFICA

Analisaremos a partir de agora uma aplicação um pouco mais complexa, que

vem a ser a aplicação da lei de Gauss para um cabo coaxial de comprimento infinito

(considerando que de fato não e infinito, mas frente a longa distancia que comumente

temos em aplicações praticas, como por exemplo em antenas de sinais de áudio e

vídeo, podemos considerar assim para efeitos pratico), com um condutor de raio a

envolvida por uma fina camada condutora de raio a. Um cabo coaxial real

4- VETOR INTENSIDADE DE CAMPO ELÉTRICO

As cargas diferenciais (dq) que representam a parte íntima de carga de um

material interagem umas com as outras estabelecendo um campo de força. Esse

conceito nos leva a uma das grandezas eletromagnéticas fundamentais chamadas

Intensidade de Campo Elétrico (E), cujo valor é dado pela equação abaixo:

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Page 5: Trabalho Eletromag

Equação 02

Onde:

E = Intensidade de Campo Elétrico [V/m]

F = Força de atração ou repulsão [N/m]

q = Carga de teste positiva [C]

Considerando a interação de uma carga Q com uma carga q, teremos Q1 = Q e Q2 =

q, dessa forma a intensidade de campo elétrico para uma carga pontual Q é dado por:

Equação 03

Onde:

E = Intensidade de Campo Elétrico [V/m]

Q = Carga envolvida [C]

€O = Permissividade do meio circundante (No caso do vácuo, _0 = 8,8542 x 10^12

F/m)

R = Distância entre as cargas [m]

ar = Vetor unitário que representa o sentido da força radial.

5- VETOR DENSIDADE DE FLUXO ELÉTRICO E MATERIAIS DIELÉTRICOS

Os materiais dielétricos apresentam como característica intrínseca uma baixa

condutividade elétrica que quando sobre influência de um campo elétrico ou por uma

aplicação de tensão produz um momento de dipolo dentro de sua estrutura, gerado

através do alinhamento (ordenação) das cargas.

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Page 6: Trabalho Eletromag

Esse momento de dipolo pode ser expresso como a grandeza vetorial P, cujo

valor é obtido pela expressão abaixo dado pelo produto da carga pela separação

entre elas:

P=Q.L Cm

Equação 04

Onde:

p= Momento de dipolo [Cm]

Q= Carga envolvida [C]

L= Comprimento [m]

Nem todos os dipolos se alinham completamente com o campo, de forma que

o alinhamento resultante é dado pelo vetor polarização.

Sendo assim são criadas cargas superficiais no dielétrico de maneira ordenada

e de sentido oposto ao campo que o dielétrico foi submetido.

A razão entre as cargas livres armazenadas no dielétrico pela tensão aplicada

é chamada de capacitor.

Capacitância é dada por uma relação entre carga do material e a tensão

aplicada a ela.

C= Q/V F

Equação 05

Onde:

C= Capacitância [F]

Q= Carga [C]

V= Tensão [V]

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Page 7: Trabalho Eletromag

Existem duas grandezas relacionadas ao capacitor. O campo elétrico aplicado

E, e o vetor polarização P.

Figura 3 – O efeito da inserção de um dielétrico entre as placas de um

capacitor de placas planas e paralelas. (a) O campo elétrico com o dielétrico

removido. (b) O campo elétrico com o dielétrico inserido, ilustrando o vetor

polarização P; as cargas de polarização na superfície do dielétrico; e o aumento das

cargas livres nas placas do capacitor.

Fonte: PAUL (2006).

Então podemos descrever a segunda das nossas grandezas fundamentais do

eletromagnetismo o vetor densidade de fluxo elétrico onde é denotado como D.

D= Cc. E +p Cm^2

Equação 06

Onde:

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p= Vetor polarização [C/m2]

E= Vetor campo elétrico [V/m]

€o= Constante permissividade do material [F/m]

A intensidade do vetor polarização depende do campo elétrico aplicado

gerando a seguinte fórmula:

D= €.F Cm^2

Equação 07

Onde:

D = Vetor intensidade de fluxo [C/m2]

€= Permissividade do material dada por €0 permissividade do vácuo X €r

permissividade do material em questão. Os materiais em questão são ditos como

materiais simples. Onde D e E são paralelos. [F/m]

E = Vetor intensidade de campo [V/m]

6- LEI DE GAUSS PARA O CAMPO ELÉTRICO

A lei de Gauss parte do princípio que todas as linhas de campo do material

devem estar perpendiculares a superfície do material envolvido. Sendo considerada

uma superfície totalmente regular contendo alguma carga.

Através da superfície gaussiana imaginada por Gauss contornando o material

calcula-se a carga envolvida.

Equação 08

Onde:

D= Vetor densidade de fluxo [C/m2]

Q= Carga envolvida [V/m]

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Page 9: Trabalho Eletromag

ds/ ou volume dv=diferencial de área [m2], ou volume [m3]

Pode-se dizer que a lei de Gauss encontra o vetor densidade de fluxo dentro

da superfície gaussiana sendo valores fora da mesma ou dentro do material igual a

zero.

Figura 4 – (a) Usando a simetria para concluir que o vetor intensidade de

campo elétrico deve estar radialmente dirigido para fora da linha de cargas. (b)

Envolvendo a linha de cargas com uma superfície gaussiana apropriada (um cilindro)

para determinação do vetor intensidade de campo elétrico utilizando a lei de Gauss.

Fonte: PAUL (2006).

Figura 5 – Determinação do campo elétrico em torno de um cilindro de cargas.

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Page 10: Trabalho Eletromag

Fonte: PAUL (2006).

7- A PINTURA ELETROSTÁTICA

O princípio da pintura eletrostática consiste em aplicar cargas elétricas na tinta

e na superfície que se deseja aplicar a tinta criando-se uma diferença de potencial

(ddp) na ordem de 100.000 volts, o que provoca a atração da tinta pela superfície. A

atração eletrostática concede à pintura diferenciais de qualidade tais como:

uniformidade na película formada, homogeneidade em termos de espessura, cor e

nas propriedades. A tinta deverá ser adequada para o método, no que diz respeito ao

parâmetro resistividade elétrica, que é de fundamental importância para o processo

eletrostático. Resistividades elevadas não permitem a adição de carga eletrostática,

ao passo que resistividades baixas provocam centelhamento. As tintas utilizadas na

pintura eletrostática podem ser líquidas ou em pó. Nesse estudo especificamente será

abordada a pintura em pó de epóxi. Após a aplicação os produtos em pó são curados

por ação térmica e a ausência de solvente dará origem a películas de baixíssima

porosidade.

fonte: site manutençãoesuprimentos.com.br

8- TINTA EPÓXI

Tinta em pó termo convertível baseada em resinas epoxídicas curadas em sua

maioria com endurecedores amínicos. Os revestimentos em pó apresentam

excelentes propriedades anticorrosivas. A aderência e as resistências químicas e

mecânicas são notáveis.

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Page 11: Trabalho Eletromag

fonte: site www.bomnegocio.com

9- CAMPOS DE APLICAÇÃO E EXEMPLOS

Dentre os mais variados campos de aplicação citam-se:

- Transportes: Amortecedores, bicicletas, extintores, etc.

-Eletrodomésticos móveis e acessórios: Condicionadores de ar, fogões, máquinas de

costura, etc.

- Construção civil: painéis, batentes, estruturas, etc.

- Elétrico: Computadores, motores, luminárias, etc.

10- LEITO FLUIDIZADO ELETROSTÁTICO

É o processo eletrostático utilizado na aplicação de tintas em pó termo convertíveis. A

inovação desse processo constituiu-se da instalação de eletrodos na placa porosa

(vide Figura - 6), os quais são conectados a uma fonte de alta tensão.

O pó em contato com os eletrodos é carregado eletrostaticamente e atraído

pelo objeto que receberá a pintura, o qual se encontra suspenso no leito fluidizado e

devidamente aterrado. A grande vantagem desse processo está no fato de possibilitar

a pintura em formas geométricas mais complexas e também no melhor controle da

camada depositada, o que resultará numa uniformidade superior de revestimento. No

processo de Leito Fluidizado Eletrostático o objeto da pintura deve ser colocado em

uma estufa apropriada, para a adequada cura da tinta, haja vista que o objeto não é

aquecido antes de ser imerso no leito.

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Page 12: Trabalho Eletromag

Figura 6 – Leito Fluidizado Eletrostático

Fonte: www.cetecindustrial.com.br/files/conceitos

11- METODOLOGIA

Sabendo-se que a permissividade do vácuo (€0) é igual a 8,854.10-12 e

desconsiderando a permissividade (€r) de um dos meios em relação ao vácuo que no

caso é o ar, considerando apenas a (€r) do outro meio que é o epóxi com €r igual a

4,5 e admitindo que o caso proposto comporta-se como um capacitor de placas

paralelas, a capacitância que é o produto da permissividade do meio pela área das

placas paralelas e inversamente proporcional a distância de separação das placas,

será calculada conforme equação abaixo:

Equação 09

Em que:

Equação 10

Onde:

C= Capacitância [F]

€= Permissividade do meio [F/m]

A= Área da placa [m2]

d= Distância de separação entre as placas [m]

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Page 13: Trabalho Eletromag

Através do valor de capacitância obtido, é possível calcular a carga (Q) em

questão através da equação 05.

Com essas informações calcula-se o vetor densidade de fluxo elétrico através

da Lei de Gauss (Equação 8), que manipulada para esse caso resulta em:

Para a dedução acima foi utilizada uma superfície retangular e considerada

somente os seus lados frontal e anterior onde o campo elétrico é perpendicular a

superfície, desconsiderando as outras superfícies que estão paralelas ao campo,

como mostra figura - 7.

Figura 7 – Determinação do campo elétrico de uma distribuição superficial

plana de carga, usando a lei de Gauss, pela escolha de uma superfície Gaussiana

apropriada (uma caixa retangular se estendendo de ambos os lados).

Fonte: PAUL (2006).

Considerando os dados obtidos até esse momento, determina-se o vetor

intensidade de campo elétrico (E) através da equação 11:

Equação 1112

Page 14: Trabalho Eletromag

Onde:

E = Intensidade de Campo Elétrico [V/m]

€= Permissividade do meio circundante [F/m]

y = Vetor unitário que representa o sentido da força radial Carga na superfície da

chapa [C/m2]

12- CASO PROPOSTO

Dado um objeto a ser pintado (placa metálica com uma área de 1 m2 e

espessura desprezível) em um processo de pintura eletrostática por leito fluidizado

eletrostático, utilizando tinta em pó epóxi, com distância entre a placa a ser pintada e

a placa porosa (com uma área de 2 m2 e espessura desprezível) igual a 0,5 m,

calcular o valor do vetor densidade de fluxo elétrico (D) e o valor do vetor intensidade

de campo elétrico (E) no objeto a ser pintado.

Considerar que foi injetada uma diferença de potencial de 100 kV nos

eletrodos.

Cálculo da Permissividade do meio circundante (equação 10):

€0 = 8,854.10-12 F/m ; €r = 4,5

Cálculo da Capacitância (equação 09):

Cálculo da carga total (equação 05):

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Page 15: Trabalho Eletromag

Cálculo do vetor densidade de fluxo elétrico (equação 08):

Cálculo do vetor intensidade de campo elétrico (equação 11):

13-CONCLUSÃO

O resultado obtido mostra que a utilização de dielétricos amplia o fluxo elétrico

sendo utilizado o mesmo para as mais diversas funções que no caso abordado foi a

deposição de tinta epóxi sobre a superfície de uma placa metálica. O valor de campo

elétrico obtido revela a intensidade da força resultante para mover as partículas de

tinta epóxi em direção à placa metálica.

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