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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO RN DIRETORIA ACADÊMICA DE RECURSOS NATURAIS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL DISCIPLINAS: PROJETO INTEGRADOR (SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL; TECNOLOGIA DE ENERGIA; GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS) PROJETO PRODUÇÃO MAIS LIMPA MOVELARIA – CASA DI CORES ALUNOS: DÉBORA PEREIRA FÉLIX EDCARMEM MARGARETH F. LEONEZ MICHAEL BORGES PRISCILA DA SILVA FERREIRA Natal/RN Outubro/2013

Trabalho P+L Movelaria

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO RN DIRETORIA ACADÊMICA DE RECURSOS NATURAIS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL DISCIPLINAS: PROJETO INTEGRADOR (SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL; TECNOLOGIA DE ENERGIA; GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS)

PROJETO PRODUÇÃO MAIS LIMPA

MOVELARIA – CASA DI CORES

ALUNOS:

DÉBORA PEREIRA FÉLIX EDCARMEM MARGARETH F. LEONEZ MICHAEL BORGES PRISCILA DA SILVA FERREIRA

Natal/RN Outubro/2013

  

   

DÉBORA PEREIRA FÉLIX EDCARMEM MARGARETH F. LEONEZ

MICHAEL BORGES DE SOUZA PRISCILA DA SILVA FERREIRA

PROJETO PRODUÇÃO MAIS LIMPA

MOVELARIA – CASA DI CORES

Elaboração do diagnóstico para a aplicação da Produção Mais Limpa no ramo de movelaria, aplicando conhecimentos teóricos e práticos aplicados às disciplinas do Projeto Integrador do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, turma 304.N.

Professores orientadores: Augusto Fialho; Beldson Elias; Robson Garcia.

Natal/RN Outubro/2013

  

   

SUMÁRIO

1.  INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 8 

2.  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................... 10 

3.  METODOLOGIA ......................................................................................................................... 14 

4.  APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................................................... 15 

5.  DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E OPERACIONAL ................................................................ 16 

5.1. Diagnóstico Inicial ................................................................................................................... 16 

5.2. Descrição das Atividades e Processos .............................................................................. 21 

5.3. Descrição dos Equipamentos Existentes e Consumo de Energia .............................. 25 

5.4.  Identificação dos Aspectos e Impactos Ambientais ....................................................... 27 

6.  OPORTUNIDADES DE MELHORIAS .................................................................................... 31 

6.1.  Identificação das Oportunidades de Melhorias ............................................................... 31 

6.2. Plano de Implantação das Oportunidades ........................................................................ 33 

7.  PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .............................................. 36 

7.1.  Introdução .................................................................................................................................. 36 

7.2. Apresentação do Empreendimento ..................................................................................... 36 

7.3. Objetivo ....................................................................................................................................... 36 

7.4. Objetivo Específico .................................................................................................................. 37 

7.5. Caracterização do Empreendimento e Identificação dos Resíduos Gerados ......... 37 

7.6. Classificação dos Resíduos .................................................................................................. 37 

7.7. Acondicionamento dos Resíduos ........................................................................................ 38 

7.8. Sinalização ................................................................................................................................. 40 

7.9. Reaproveitamento e Reciclagem ......................................................................................... 41 

7.10.Treinamento e conscientização dos funcionários ......................................................... 42 

7.11.Coleta e Disposição Final dos Resíduos .......................................................................... 42 

8.  CONCLUSÕES ........................................................................................................................... 43 

  

   

9.  REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 44 

10.  ANEXOS ...................................................................................................................................... 46 

Anexo 01 – Diagnóstico Ambiental e Operacional - DOA...................................................... 46 

 

8  

   

1. INTRODUÇÃO

Com o surgimento dos problemas ambientais registrados e a possível escassez de

recursos naturais, veio à tona a preocupação com a preservação ambiental. Diante

disso a população passou a exigir dos órgãos governamentais soluções para o

controle da poluição, desmatamento e degradação. Paralelamente começou a exigir

das organizações a responsabilidade por seu processo produtivo, bem como a

responsabilidade desta perante a sociedade.

Para atender as mudanças, as empresas tiveram que buscar adequações

ambientais que envolveram o âmbito gerencial e o operacional. Passaram a utilizar

sistemas e técnicas que, além dos objetivos ambientais, trouxeram benefícios

sociais e econômicos.

Nessa conjuntura, a Produção mais Limpa - P+L, aponta como uma ferramenta

favorável à atuação das empresas de forma preventiva em relação aos seus

aspectos ambientais, agindo através da minimização de impactos associados à

minimização de custos e otimização de processos, recuperação e otimização do uso

de matérias-primas e energia, tendo de forma geral ganho de produtividade a partir

de um controle ambiental preventivo (PIMENTA, 2008).

O setor moveleiro é um forte consumidor dos recursos naturais com potencial

renovável. Constituído por pequenas e médias empresas, em um mercado

segmentado, o setor moveleiro caracteriza-se pelo uso intensivo de mão-de-obra,

pelo baixo dinamismo e processo produtivo consolidado, em que o padrão de

inovação ainda não envolve um estilo mais empresarial de gerenciar a produção.

Apesar disso, o setor vem absorvendo tecnologias, e conforme SANTA RITA (2003,

p.6), ao analisar as características estruturais do complexo industrial, ressalta que

de forma similar a outras indústrias, a moveleira tem passado por transformações

em seus processos de produção, refletidos em suas técnicas de organização

industrial e equipamentos microeletrônicos. Utilizando como matéria-prima principal

em seus produtos a madeira maciça ou chapas de madeira reconstituída, as

indústrias deparam-se, em seus processos produtivos, com volumes cumulativos de

resíduos que causam impactos ambientais.

9  

   

Nos processos produtivos do setor de movelaria, há, tanto no ponto de vista

econômico, como também no ponto de vista ambiental, importantes aspectos que

devem se otimizados. Daí a importância de implantação de uma ferramenta de

gestão que auxilie na obtenção de benefícios ambientais e econômicos.

Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar o processo produtivo de

uma movelaria localizada na zona leste da cidade de Natal/RN sob a ótica da

Produção mais Limpa.

Foram levantados os principais aspectos e impactos referentes a atividade. A partir

disto, este trabalho aponta alternativas que possam minimizar os impactos e

aperfeiçoar o fluxo produtivo e o espaço físico dessa empresa.

10  

   

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Indústria moveleira

O setor moveleiro nacional avançou muito nos últimos anos e hoje sua

produtividade, em alguns segmentos, já se aproxima dos níveis internacionais, o que

inclusive possibilitou um grande salto exportador.

A indústria moveleira nacional caracteriza-se como sendo um setor tradicional

voltado basicamente para o mercado interno, formado predominantemente por micro

e pequenas empresas, cujo processo de desenvolvimento, até atingir a produção de

bens seriados, está intimamente vinculado ao crescimento de antigas marcenarias

que trabalhavam com produção sob encomenda em pequena escala (SCT/RS, 1991

apud CENACHI, ROMEIRO FILHO).

Segundo Prado, (2009) a demanda por móveis varia com o nível de renda da

população e com alguns setores da economia, como a construção civil. É um setor

sensível e um dos primeiros a sofrer os efeitos de uma recessão. Da renda

disponível das famílias (depois dos impostos), o gasto com móveis situa-se na faixa

de 1% a 2%.

Para a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte - FIERN (2004) as

atividades das serrarias se iniciaram no inicio do século XX e a indústria moveleira

do RN evoluiu a partir de pequenas marcenarias, atuando no segmento de móveis

sob encomenda, onde o próprio dono era responsável pelo atendimento ao cliente,

pela fabricação, montagem e instalação dos móveis. Este setor ainda, se caracteriza

pelo predomínio de micro e pequenas empresas de tradição familiar, cuja técnica

depende da criatividade dos artesões e predomina a cultura da cópia de outros

modelos.

Conforme estudos do Pólo de Modernização Empresarial das Indústrias de Móveis

de Natal - POLOEMP (1999), constatou- se que o setor moveleiro local atende a

somente 2% da demanda de móveis do Rio Grande do Norte, ficando os 98%

restantes com as empresas do sul e sudeste do país, principalmente o Rio Grande

do Sul. A forma de produção dessas indústrias locais é bem diferente da forma de

11  

   

produção das indústrias do Sul e Sudeste – as indústrias locais produzem “móveis

sob encomenda” e as do sul/sudeste “em série”, com tecnologia avançada.

De acordo com Schneider (2003), as florestas nativas e plantadas, a madeira

industrializada, o Medium Density Fiberboard ou Fibra de Média Densidade (MDF),

os aglomerados, e placas duras para móveis são as principais matérias-primas

utilizadas pela indústria moveleira. A produção atual de madeira no Brasil representa

cerca de US$ 2,5 bilhões/ano, com 4,6 milhões de hectares de florestas plantadas, a

maioria localizada nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito

Santo, sendo que as áreas de reflorestamento são constituídas principalmente por

eucalipto e pinus com larga utilização pelo setor moveleiro. Explica que as tentativas

de análise global do problema da geração de resíduos pela indústria moveleira

tornam-se difíceis, no entanto, face à ausência de uma estimativa oficial e

atualizada, em nível nacional ou regional, sobre o volume de resíduos gerado pelas

empresas do setor. Em adição, o diagnóstico da geração de resíduos neste caso

passa a ser fundamental para a tomada de decisão na determinação da gestão dos

resíduos. Em alguns casos, o aproveitamento dos resíduos está condicionado a

economias de grande escala, como é o caso da indústria de aglomerados que,

apesar de ter surgido na Europa com a finalidade de aproveitamento dos resíduos

industriais e das serrarias, no Brasil se utiliza preferencialmente de cavacos de

madeira roliça oriunda de florestas.

2.2. Produção Mais Limpa como uma ferramenta de melhorias

De acordo com Barbieri (2004, p. 119), a Produção mais limpa é uma estratégia

ambiental preventiva aplicada a processos, produtos e serviços para minimizar os

impactos sobre o meio ambiente. Este novo modelo de produção é desenvolvido

desde a década de 1980, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(PNUMA) e pela Organização das Nações Unidas para Desenvolvimento Industrial

(ONUDI) com o intuito de instrumentalizar o conceito e práticas do desenvolvimento

sustentável.

Segundo o PNUMA (1999), a Produção Mais Limpa favorece o surgimento de uma

sequência de melhoria contínua, pois: melhora a qualidade, promove a excelência

12  

   

dos serviços, aumenta a disponibilidade e a competitividade, reduz custos, promove

inovações e melhora a produtividade.

A implementação da produção mais limpa em indústrias prioriza a diminuição ou a

não geração de resíduos, através da otimização do uso da matéria-prima e dos

processos (SENAI).

Pode-se dizer que surgiu como um novo modelo de industrialização, que concilia

crescimento econômico e social da indústria, portanto sem degradar o meio

ambiente e tendo como critérios o uso eficiente de recursos não renováveis,

conservação dos recursos renováveis e limite da capacidade do meio ambiente em

assimilar os resíduos (BARBIERI, 2004).

Segundo o Greenpeace (2006), a P+L tem como foco principal a atenção ao

processo e ao produto de forma que sejam utilizados recursos naturais renováveis e

que não causem danos ao meio ambiente. O processo é caracterizado pelo uso

eficiente de energia, fontes de matérias-primas renováveis e processo atóxico. Já o

produto é caracterizado pela durabilidade de sua vida útil, reutilização, embalagens

não agressivas ao meio ambiente e materiais recicláveis.

Com relação a isto, Hunt (apud MADRUGA, 2000) comenta que a modificação no

processo faz-se necessário quando a geração de resíduos pode ser minimizada na

fonte. Isto pode ser feito através de técnicas que buscam melhoria nos processos

produtivos, substituição de matéria-prima e adoção de nova tecnologia.

Nesse sentido, Barbieri (2004) argumenta que a P+L envolve produtos e processos,

estabelecendo uma seqüência de prioridades a serem seguidas: prevenção,

redução, reuso e reciclagem, tratamento com recuperação de materiais e energias,

tratamento e disposição final.

Para Glavic e Lukman (2006), a P+L inclui tanto uma condição para atingir melhorias

ambientais no processo e desenvolvimento de produtos, e uma contribuição para

uma maior sustentabilidade do mundo. Silva Filho e Sicsú (2003, p. 4)

complementam “a P+L possibilita o funcionamento da empresa de modo social e

ambientalmente responsável, ocasionando também influência em melhorias

econômicas e tecnológicas”.

13  

   

A Produção Mais Limpa, quando devidamente implantada nas empresas, em geral

resulta nos seguintes benefícios (COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE

SANEAMENTO AMBIENTAL, 2002, apud NASCIMENTO, 2005):

Aumento da rentabilidade do negócio;

Melhoria da imagem corporativa e apoio em ações de marketing;

Redução dos custos de produção;

Aumento da produtividade;

Retorno do capital investido nas melhorias em curtos períodos;

Expansão no mercado dos produtos da empresa;

Uso mais racional da água, da energia e das matérias-primas;

Redução no uso de substâncias tóxicas;

Redução da geração de resíduos, efluentes e emissões e de gastos com seu

tratamento e destinação final;

Melhoria da qualidade do produto;

Motivação dos funcionários à participação no aporte de ideais;

Redução dos riscos de acidentes ambientais e ocupacionais;

Melhoria do relacionamento com a comunidade e com os órgãos públicos;

Requer mínimos investimentos.

14  

   

3. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste trabalho foi nos apresentado o seguimento que

deveríamos trabalhar, através de sorteio realizado em sala de aula, no qual foi

escolhido o setor de movelaria.

Para melhor entendimento da área a ser trabalhada foi realizada uma pesquisa

bibliográfica, além dos artigos fornecidos em sala.

Posteriormente realizamos visitas na empresa para coleta de informações, tomando

como base os itens do roteiro abaixo:

1. Diagnóstico Ambiental e Operacional (DOA) da empresa:

Localização e dados básicos da empresa;

Principais produtos ou serviços oferecidos pela empresa;

Principais matérias-primas e insumos consumidos na empresa, enfatizando o

consumo de água e energia;

Principais maquinários utilizados na empresa;

Identificação de programas de qualidade, ambiental e social;

Aspectos sobre saúde e segurança de trabalho;

Identificação de adequações ambientais;

2. Elaboração de layout e de fluxogramas de processos produtivos da empresa

Identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais da empresa;

3. Identificação de oportunidades de melhoria;

4. Plano de implantação das oportunidades;

5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

Seguindo um cronograma de apresentação de resultados semanais, conforme um

cronograma que nos foi disponibilizado. Após todas as informações coletadas e

trabalhadas, foi desenvolvida a parte escrita para apresentação de resultados.

15  

   

4. APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Empresa potiguar com experiência na fabricação e comercialização própria de

móveis sob medida e na execução de projetos decorativos dos mais diversos

ambientes, sejam eles residenciais ou corporativos, fundada há cinco anos pelo

Lauro Ivo de Macedo Freitas com a razão social Freitas & Galvão Móveis e

Decoração Ltda e nome fantasia CASA di CORES. Possui uma loja para exposição

de seus produtos, como também para contratação dos seus serviços, localizada na

Rua Jaguarari, 1193 A – Barro Vermelho, Natal/RN e uma fábrica própria com área

210m2 situada na Av. Rio Branco, 314A - Ribeira, Natal/RN.

Possui como missão “desenvolver, fabricar e comercializar soluções em mobiliário

que atendam as necessidades e expectativas dos nossos clientes com pontualidade,

satisfação, valorização de nossos colaboradores e rentabilidade aliados ao respeito

ao meio ambiente e a responsabilidade social”.

A produção da empresa é 100% baseada em móveis feitos sob encomenda que são

fabricados em MDF e MDP.

Desenvolve em média de 15 a 20 projetos por mês, podendo variar de um projeto

cômodo ou de uma residência (apartamento/casa), possui prazo médio de entrega

de até 60 dias e garantia de 05 anos em toda linha de móveis e garantia vitalícia

para todos os acessórios (puxadores, corrediças, dobradiças entre outros itens).

A empresa possui 10 funcionários, sendo 02 do setor administrativo e 08 na

produção, sendo 03 terceirizados. Os funcionários que atuam na produção são

marceneiros e auxiliares.

Atualmente em fase de expansão, com previsão de ampliação de sua fábrica, além

da mudança da loja, unificando-as em uma mesma localização, proporcionando uma

melhor comunicação entre a área de projetos e a produção, além da melhoria do

ambiente de trabalho para a produção e estocagem dos móveis, hoje incompatível

com o crescente desenvolvimento da empresa.

16  

   

5. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E OPERACIONAL

5.1. Diagnóstico Inicial

Para a realização do Diagnóstico Ambiental e Operacional foi utilizado como base o

formulário DOA (Anexo 01), que para realização desse trabalho foi aplicado na

fábrica da empresa localizada a Av. Rio Branco 314A – Ribeira – Natal/RN, onde

são realizadas suas atividades produtivas, detalhadas no item 5.2, com a

identificação das principais entradas e saídas em cada etapa do processo.

A fábrica fica situada em uma área de 210m2, funciona em 02 turnos com 08

funcionários, sendo 03 terceirizados. Os profissionais possuem bancadas de

trabalho com ferramentas e outros materiais disponíveis para a realização das

atividades, como furadeiras, chaves de fendas, limas, lixas, entre outros. No mesmo

espação físico ainda ficam situados os banheiros, um escritório com três salas e um

pátio externo, localizado aos fundos da fábrica, todos descritos no Layout do local

(Figura 01).

O processo produtivo da empresa não faz uso de água, a água consumida,

originária da rede pública, é utilizada pelos funcionários para uso na sua higiene

pessoal (vasos sanitários, torneiras e chuveiros), os banheiros fazem uso de

descarga simples, que aumentam os gastos com água, a despesa mensal com esse

item fica em torno de R$ 66,00.

A empresa não possui alguns controles administrativos como controle de estoques

de material e distribuição das mercadorias, como também não possui área

especifica para estocagem de matéria-prima, que são armazenadas ao longo da

fábrica (Figura 02), ocorrendo o mesmo para os produtos pré-montados (Figura 03),

prejudicando o processo produtivo em função da má localização dos produtos. Em

contrapartida já possui uma consciência ambiental em relação a aquisição de

matéria-prima e só realiza a compra com fornecedores que possuam a ISO 14001

(Norma Internacional de Sistema de Gestão Ambiental) e produtos que possuam a

certificação FSC (Forestry Stewardship Council, que em português significa

Conselho de Manejo Florestal), é uma certificação florestal busca contribuir para o

uso adequado dos recursos naturais, apresentando-se como uma alternativa à

 

 

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O início processo de produção da empresa se dar através da disponibilização dos

projetos aprovados para a fábrica, para realização da sequência produtiva que é

composta por cinco etapas, que são recepção/estocagem, corte, acabamento, pré-

montagem e montagem (Figura 10).

Figura 10 – Fluxograma do processo produtivo 

Fonte: Os Autores (2013).

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MDF/MDP; Fitas; Lixas; 

Consumo de Energia; MDF/MDP; Cola; Alumínio; Pregos; Parafusos; Papel 

filme;

Consumo de Energia; Cola; Solvente.

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o

e

e

s

s

25  

   

que possui uma cola em grãos que com o aquecimento em 160º é derretida,

realizando a colagem na peça quando passada na máquina. Nessa fase também

são realizados alguns lixamentos manuais para retoques em algumas peças. As

entradas dessa etapa são a energia elétrica, o MDF, além de insumos como lixa e

fitas de borda e como saída têm-se, resíduos sólidos como pó, restos de lixa e de

fita e a emissão de ruídos.

Posteriormente surge a etapa produtiva denominada de pré-montagem dos móveis,

onde é realizada a montagem de algumas peças como gavetas, bancadas, armários

menores, além da colocação de algumas ferragens como dobradiças, corrediças e

puxadores. Nessa etapa, é utilizado o MDF junto com outros insumos como, cola

branca, pregos, parafusos, alumínio e papel filme, utilizado para proteção do móvel

pré-montado. Na pré-montagem, apresenta como principal entrada a utilização da

energia elétrica, proveniente da utilização das furadeiras de mão, como saída

observa-se resíduos sólidos como embalagens de cola, sacos plásticos e papelão,

todos provenientes das embalagens dos produtos, além dos ruídos.

A última etapa da produção é a montagem, que é realizada na residência/empresa

do cliente. Essa fase possui como entrada a energia elétrica, insumos como prego,

parafusos, cola e solvente para limpeza dos produtos prontos e como saída têm-se

resíduos sólidos como embalagens plásticas (papel filme), de papelão e de cola.

 

5.3. Descrição dos Equipamentos Existentes e Consumo de Energia

No levantamento realizado foram identificados os equipamentos detalhados na

Tabela 01, onde estão descritos o tipo e quantidade, além da potência e consumo

diário e mensal em kW/h. Como cada etapa do processo produtivo (descrito no item

5.2) não são realizadas durante todo o dia de trabalho, e não acontecendo em

alguns dias, foi estimado um tempo médio, em horas, de utilização de cada

equipamento, como também foi considerado para o cálculo mensal a média de 22

dias uteis. Os equipamentos utilizados são novos.

Quanto ao consumo de energia, fundamental ao processo produtivo, as despesas

mensais são entre R$ 160 a R$ 170. O local faz uso de telhas transparentes para

entrada de luz solar e lâmpadas fluorescentes (Figura 12) que são ligadas a partir

 

 

das

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Energia

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2800,0

4500,0

750,0

768,0

13500,0

600,0

960,0

26

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Energia onsumida (kW/h)

Mês

00 193600,0

00 61600,0

00 99000,0

00 16500,0

00 16896,0

00 297000,0

00 13200,0

00 21120,0

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00

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00

00

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27

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na Tabela

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s

28  

   

Tabela 02 – Identificação dos aspectos e impactos ambientais N

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Descrição do Aspecto

IMPACTOS

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Entradas Saídas Abrangência

Severidade (Sv)

1 -

CO

RT

E

Consumo de energia elétrica 1 3 3 5 0 8

Uso de luz solar, Máquinas novas e Lâmpadas Fluorescentes

ANEEL e Lei 2308/54

Consumo de MDF/MDP 2 3 6 5 4 11 X

Utiliza um programa "Corte Certo" que maximiza os cortes, como também já compra alguns itens já cortados.

NBR 10004

Consumo de alumínio 2 3 6 5 0 11 Existe a separação para revenda

NBR 10004

Geração de resíduos sólidos 1 2 3 9 5 4 14 X

Utiliza um programa "Corte Certo" que maximiza os cortes, como também já compra alguns itens já cortados.

PNRS ; NBR 10004

Emissão de ruídos

2 3 6 5 4 11 Disponibiliza equipamentos de proteção

NR 09

29  

   

Situação de Risco 3 3 9 5 4 14

Disponibiliza equipamentos de proteção

NR 09

2 -

AC

AB

AM

EN

TO

Consumo de energia elétrica 1

3 3 5 0 8

Uso de luz solar, Máquinas novas e Lâmpadas Fluorescentes

ANEEL e Lei 2308/54

Consumo de MDF/MDP 3 3 9 5 0 14 X - NBR 10004

Consumo de Fitas 2

3 6

6 6 - NBR 10004 

Consumo de Lixas 1

3 3

6 3 - NBR 10004 

Geração de resíduos sólidos 1 2 2 3 15 5 6 20 X -

PNRS ; NBR 10004

Emissão de ruídos 2 3 6 5 4 11 X - NR 09

3 -

PR

É-M

ON

TA

GE

M

Consumo de energia elétrica 1

2 2 5 0 7

Uso de luz solar, Máquinas novas e Lâmpadas Fluorescentes

ANEEL e Lei 2308/54

Consumo de MDF/MDP 2

3 6 5 0 11 X - NBR 10004

Consumo de Alumínio 1

3 3 5 0 8 - NBR 10004

Consumo de Cola 2

3 6

6 6 Separa a cola em porções menores para redução do desperdício

NBR 10004 

Consumo de Parafusos 1

3 3

6 3 - NBR 10004 

Geração de resíduos sólidos 1 2

2 6 5 6 11 X -

PNRS ; NBR 10004

30  

   

4 -

MO

NT

AG

EM

Consumo de energia elétrica 1

2 2 5 0 7

Uso de luz solar, Máquinas novas e Lâmpadas Fluorescentes

ANEEL e Lei 2308/54

Consumo de Cola 2

3 6

6 6

Separa a cola em porções menores para redução do desperdício

NBR 10004 

Consumo de solvente 1

2 2

6 2 - NBR 10004 

Geração de resíduos sólidos 1 2 2 3 6 5 6 11 X -

PNRS ; NBR 10004

Emissão de ruídos 2 3 6 5 4 11 X -

RESOLUÇÃO CONAMA 001/90.

Fonte: Os Autores (2013)

31  

   

6. OPORTUNIDADES DE MELHORIAS

No trabalho de identificação das atividades de melhorias foram trabalhadas, além dos aspectos ambientais considerados mais

significativos, conforme identificação de aspectos e impactos ambientais (item 5.4) foram analisados itens considerados

impactantes ao processo produtivo, como a organização da área de trabalho que inclui a estocagem de produtos e organização de

bancadas. Algumas ações quanto a geração de resíduos sólidos serão consideradas no Plano de Gerenciamento de Resíduos

(Item 7).

6.1. Identificação das Oportunidades de Melhorias

Problema(s) encontrado (s)¹

Solução²

Classificação da

oportunidade³

Investimento (R$)

Receita Análise

FinanceiraIndicador Ambiental

Mensal (R$)

Anual (R$)

Pay-back (meses) *

Antes Depois

(projeção)

Geração de Resíduos

Gerenciar os resíduos sólidos.

Reciclagem

externa.

551,52

_

_

_

Descontrole sobre a geração,

armazenamento e destinação final dos

resíduos.

Correto armazenamento e conhecimento do destino final dos

resíduos.

Emissão de Ruídos

Minimizar os danos

causados pelos ruídos

Modificação no processo.

_

_

_

_

Incômodo e risco causados ao trabalhador.

Conforto e segurança durante

o exercício das atividades do

32  

   

¹ Colocar os aspectos ambientais significativos;

² Definir objetivo ambiental para solucionar o problema;

³ Níveis de produção mais limpa (1,2 ou 3);

* Período de Recuperação do Capital.

às partes interessadas

.

trabalhador.

Geração de Calor Minimizar a temperatura

interna.

Redução na

fonte. 2.390,00

_

_

_

Ambiente abafadiço. Movimentação e renovação do ar.

Estocagem do Material

Melhorar a organização da fábrica.

Modificação do processo.

200,00 _ _ _

Ambiente desorganizado.

Peças e ferramentas

armazenadas em local próprio.

Consumo de água Reduzir o

consumo de água.

Redução na

fonte. 437,67 16,00 192,00 28 5 m³ 3,5 m³

Controle da produção e de

insumos

Controlar a produção e os insumos.

Modificação do processo.

_ _  _  _ 

Problemas com a cadeia de

suprimento e com o processo de fabricação.

Estoque e produtos registrados e monitorados.

Consumo de Energia

Reduzir o consumo de

energia.

Redução na fonte.

48,60 31,00 372,00 2 R$ 170 R$ 161,50

33  

   

6.2. Plano de Implantação das Oportunidades

Mudança de Layout da área de Corte e Lixação

Conscientização e fiscalização para uso dos equipamentos de proteção

Materiais necessários Custo (R$)

Serviços necessários

Custo (R$)

_

_ _ _

Minimizar os danos causados pelos ruídos às partes interessadas através de uma conscientização para utilização dos EPIs, que são fornecidos no prazo de 2 meses. Será realizada pela Gerência da empresa.

 

Utilização de exautores para a redução da temperatura externa

 

Materiais necessários Custo (R$)

Serviços necessários

Custo (R$)

01 Exaustor com saída de ar natural para telhado.

2.390,00 Instalação de

exaustor. 100,00

Minimizar a temperatura interna através da instalação de exaustor no prazo de 2 meses. O exaustor não faz uso de energia elétrica.

 

 

 

 

 

 

Materiais necessários

Custo (R$) Serviços necessários Custo (R$)

08 Divisórias de fibras de eucalipto

prensada. 511,52 Instalação das divisórias. 40,00**

Gerenciar os resíduos sólidos diminuindo em 30% o espalhamento de pó de serra e tendo 100% de controle sobre o transporte e destinação final dos resíduos gerados através do isolamento da área de corte e lixação e implantação de separação e correto armazenamento dos resíduos no prazo de 2 dias. ** 6h a R$6,70

34  

   

Estocagem de Material

Materiais necessários Custo (R$)

Serviços necessários

Custo (R$)

10 Pallets 200,00 _

_

Sobras de madeira

_ Elaboração de

suportes. _

Melhorar a organização da fábrica através de: criação de uma área especifica para armazenamento das chapas e utilização de suportes para armazenamento das peças; criação de uma área específica para armazenamento das peças prontas e utilização de pallets; colocação em cada bancada de suporte para armazenamento de pequenas peças e fixação dos projetos e equipamentos; melhorar o armazenamento das fitas. Prazo para conclusão das ações de 3 meses.

Consumo de água

 

Materiais necessários Custo (R$)

Serviços necessários

Custo (R$)

Vaso sanitário 397,67 Instalação do vaso sanitário.

40,00*

Reduzir o consumo de água pela implantação de descargas com duplo acionamento nos banheiros no prazo de 1 dia.

*6h a R$ 6,70  

Consumo da produção e de insumos

 

Materiais necessários Custo (R$)

Serviços necessários

Custo (R$)

_

_ _ _

Controlar a produção e os insumos pela implantação de um Sistema de Controle de Estoques em um prazo de 02 semanas.

 

 

 

 

 

 

35  

   

Consumo de energia elétrica

 

Materiais necessários Custo (R$)

Serviços necessários

Custo (R$)

_

_

Revisão na instalação elétrica.

48,60*

Reduzir o consumo de energia através de revisão na instalação elétrica no prazo de 1 semana.

*12h a R$ 4,05

36  

   

7. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

7.1. Introdução

Segundo Hilling et al (2009), a maior quantidade de resíduo gerado no pólo

moveleiro provém da madeira serrada, seguida do aglomerado, do MDF e do

compensado, respectivamente. Durante o processo produtivo da moveleira em tela,

ocorre a geração de resíduos geralmente compostos por partes de madeiras não

utilizadas durante ou depois do processo de produção. Muitas das peças de madeira

que sobram durante a produção, são rejeitadas devido a imperfeições ou

irregularidades em seu tamanho ou forma. O reaproveitamento dos resíduos das

moveleiras de MDF é bastante restrito devido ao fato desses resíduos serem tóxicos

à queima. O que obriga as empresas que utilizam esses produtos a certificarem

tanto sua origem, quanto o destino final que será dado ao resíduo, deve-se buscar

por questão de ética e de compromisso ambiental, empresas que tenham Licença

Ambiental para destinação, triagem ou processamento de resíduos.

A norma ABNT NBR 15316-1 (2009) define o MDF como: “chapa de fibras de

madeira com umidade menor que 20% na linha de formação e densidade maior que

450 kg/m³. Essa chapa é produzida sobre ação de calor e pressão com a adição de

adesivo sintético. O MDF se classifica para fins de mercado consumidor como:

HDF: chapa com densidade > 800 kg/m3;

Standard: chapa com densidade > 650 kg/m3 e < 800 kg/m3; (2)

Light: chapa com densidade < 650 kg/m3;

Ultra light: chapa com densidade < 550 kg/m3

7.2. Apresentação do Empreendimento

Ver item 4.

7.3. Objetivo

O objetivo deste Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS é

proporcionar uma adequada gestão para os resíduos produzidos na fábrica da

37  

   

empresa CASA di CORES, atendendo a política nacional do meio ambiente,

compreendendo assim além do gerenciamento dos resíduos a gestão ambiental com

um todo.

7.4. Objetivo Específico

Reduzir os desperdícios e o volume dos resíduos gerados;

Reutilizar materiais, elementos e componentes que não requisitem

transformação;

Evitar que a produção de resíduos na fábrica provoque qualquer transtorno ou

dano ambiental ao local, à vizinhança e ao meio ambiente como um todo;

Segregar os materiais, facilitando, desta forma, a reciclagem, a reutilização e o

destino final dos resíduos gerados;

Doar ou vender os resíduos que possam ser reaproveitados ou reciclados às

associações de catadores do município;

Reverter os ganhos com a venda de resíduos destinados a reciclagem em

recursos para a empresa e seus funcionários.

7.5. Caracterização do Empreendimento e Identificação dos Resíduos Gerados

Ver Item 5.2.

7.6. Classificação dos Resíduos

A NBR 10004:2004 classifica o MDF como resíduo de classe II A - não inerte. E as

Embalagens de Solvente e cola, como resíduos tóxicos Classe I, para o seu

correto tratamento devem existir lixeiras exclusivas para cada tipo de resíduo, para

que não haja mistura de Classe I, com Classe II.

Os resíduos sólidos são classificados conforme descrição a seguir, de acordo com a

norma NBR 10.004 (2004) apud Pimenta & Gouvinhas (2005):

Resíduos Classe I – Perigosos: aqueles que apresentam periculosidade

(característica apresentada por um resíduos que, em função das suas propriedades

físicas, químicas ou infecto contagiosas, podem apresentar: risco à saúde publica,

38  

   

provocando mortalidade, incidências de doenças ou acentuando seus índices; riscos

ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada) ou

apresentam inflamabilidade; corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenecidade

ou constam nos anexos A (Resíduos perigosos de fontes não específicas) e B

(Resíduos perigosos de fontes específicas).

Resíduos Classe II – Não Perigosos

Resíduo Classe II A – Não Inertes: aqueles que não se enquadram nas

classificações de resíduos Classe I – perigosos ou Classe II B – inertes. Estes

resíduos podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade

ou solubilidade em água.

Resíduo Classe II B – Inertes: Quaisquer resíduo que, quando amostrados de

forma representativa, segundo a norma NBR 10007 (Amostragem de resíduos

sólidos), e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou

desionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006 (Procedimentos

para obtenção de extrato solubilizado de resíduo sólido, não tiverem nenhum de

seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de

potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor,

conforme anexo G (Padrões para ensaio de solubilização).

7.7. Acondicionamento dos Resíduos

Acondicionamento Inicial

TIPO DE RESÍDUO ACONDICIONAMENTO INICIAL

Madeira

Em bombonas sinalizadas e revestidas

internamente por saco de ráfia

(pequenas peças) ou em pilhas

formadas nas proximidades da própria

bombona e dos dispositivos para

acondicionamento final (grandes peças).

Papelão (sacos e caixas de

embalagens dos insumos utilizados

na fábrica) e papéis (escritório)

Em bombonas sinalizadas e revestidas

internamente por saco de ráfia, para

pequenos volumes. Como alternativa

para grandes volumes: bags ou fardos.

39  

   

Metal (ferro, aço, alumínio, arame,

parafusos, etc.)

Em bombonas sinalizadas e revestidas

internamente por saco de ráfia ou em

fardos.

Serragem Em sacos de ráfia próximos aos locais

de geração.

Resíduos perigosos presentes em

embalagens plásticas e de metal,

instrumentos de aplicação como

broxas, pincéis, trinchas e outros

materiais auxiliares como panos,

trapos, estopas,etc.

Manuseio com os cuidados observados

pelo fabricante do insumo na ficha de

segurança da embalagem ou do

elemento contaminante do instrumento

de trabalho. Imediato transporte pelo

usuário para o local de condicionamento

final.

RESÍDUOS NÃO ORIUNDOS DA ATIVIDADE PRODUTIVA

Restos de alimentos, e suas embalagens, copos plásticos usados e papéis sujos (refeitório e sanitários).

Cestos para resíduos com sacos plásticos para coleta convencional.

Recomenda-se construir uma área nos fundos do galpão, no quintal da empresa, em

separado dos outros materiais em local arejado, impermeabilizado e com bancadas

elevadas para o acondicionamento desses materiais, além de calhas para possíveis

escoamentos, sinalização correta e sistema de combate a incêndio adequado.

Acondicionamento Final

TIPO DE RESÍDUO ACONDICIONAMENTO FINAL

Madeira Preferencialmente em caçambas sinalizadas e/ou containers.

Plásticos (sacarias de embalagens,

etc) Em bags sinalizados

Papelão (sacos e caixas de

embalagens dos insumos utilizados

na fábrica) e papéis (escritório)

Em bags sinalizados ou em fardos, mantidossempre em local coberto.

Metal (ferro, aço, alumínio, arame,

parafusos, etc.) Em bags sinalizados

Serragem Em sacos podendo estes serem acumulados nas caçambas

 

 

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Fonte

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42  

   

de recicláveis. Deve-se apenas trabalhar o acondicionamento desse material, para

evitar a mistura com outros recicláveis a partir da utilização de um coletor de cor

amarela, instalado ao lado da serra de corte do alumínio.

7.10. Treinamento e conscientização dos funcionários

São de grande importância para o sucesso do PGRS a conscientização e o

treinamento adequado dos funcionários, com a apresentação de conteúdo norteado

pela a Norma ABNT NBR 10.004, 2004 para correta classificação dos resíduos e da

resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001 para o acondicionamento

adequado dos resíduos, além de normas de segurança vigente e apresentação das

metas do plano de gestão de resíduos sólidos da empresa.

7.11. Coleta e Disposição Final dos Resíduos

As coletas, transporte e disposição final daqueles resíduos gerados na fábrica do

empreendimento, que não apresentem mais utilidade ao processo produtivo, devem

ficar a cargo de uma empresa especializada em coleta, transporte, tratamento e

disposição final de resíduos. A empresa deverá apresentar a licença de operação

expedida pelo órgão ambiental competente.

Sempre que contratada uma empresa para o transporte dos resíduos para o seu

destino final devem ser observados os seguintes fatores: as condições de

qualificação do transportador junto ao órgão municipal competente, o estado dos

equipamentos de transporte, quando utilizadas caçambas é necessário observar se

a empresa trabalha em consonância com a legislação municipal, notadamente nos

aspectos relativos à segurança e se possível condicionar o pagamento do serviço à

comprovação da correta destinação dos resíduos.

Por se configurar uma das fases de maior responsabilidade de todo o processo, pois

se trata da destinação final do resíduo gerado, recomenda-se a elaboração de uma

ficha cadastral da empresa que fará a disposição final dos resíduos. Uma vez

cadastrado essa empresa, cada coleta realizada pela mesma implicará na emissão

de um documento chamado Controle de Transporte de Resíduos (CTR), que

registrará a destinação dos resíduos coletados.

43  

   

8. CONCLUSÕES

Os resultados encontrados pela identificação e avaliação dos aspectos e impactos

gerados ao meio ambiente e à saúde e segurança do trabalhador permitiram que

fosse feito um levantamento de oportunidades de melhorias para a fábrica. Foi

estudado o processo produtivo, através de um fluxograma de entradas e saídas;

consumo de água; consumo de energia elétrica; a forma com que tratam a questão

dos resíduos sólidos gerados e a organização do ambiente de trabalho e do setor

administrativo referente ao controle da produção e dos insumos.

Diante dos aspectos ambientais identificados foi sugerida a implantação de um

conjunto de ações que constituem o Programa de Produção Mais Limpa, uma vez

que esse programa atende a necessidade de boas práticas no processo produtivo,

preservação dos recursos naturais, além de proporcionar benefício econômico para

empresa.

Concluiu-se que a empresa estudada nesse trabalho necessita melhorar a sua

organização interna, conscientizar e fiscalizar o uso de EPI’s pelos seus

funcionários, além de preocupar-se com a geração, armazenamento e destinação

final de seus resíduos promovendo, assim, a preservação do meio ambiente.

44  

   

9. REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004: Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

CONAMA. Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução n° 275, de 25 de abril de 2001. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 jun. 2001. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res01/res27501.html > Acesso em: 01 out. 2013.

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e

instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2004.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL, 2002, apud

NASCIMENTO, 2005):

FEDERAÇÃO DAS INDUSTRIAIS DO RIO GRANDE DO NORTE – FIERN. A

situação do setor moveleiro do Rio Grande do Norte. FIERN: Natal-RN, 2004.

GLAVIC, Peter; LUKMAN, Rebeka. Review of sustainability terms and their

definitions. Journal of Cleaner Production, v. 15, p. 1875 – 1885, February 2007.

HILLIG, Éverton; SCHNEIDER, vania Elisabete; PAVONI eloide Teresa. Geração de resíduos de madeira e derivados da indústria moveleira em função das variáveis de produção. Caxias do Sul, 2009. Trabalho Final de graduação da Universidade de Caxias do Sul. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132009000200006&script=sci_arttext >. Acesso em: 01 out. 2013.

PIMENTA, Handson Cláudio Dias. A produção mais limpa como ferramenta em

busca da sustentabilidade empresarial: um estudo de múltiplos casos em

empresas do Estado do Rio Grande do Norte, 2008. 174 f. Dissertação (Mestrado

em Ciências em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em

Engenharia de Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal,

2008.

PIMENTA, H.C.D & GOUVINHAS, R.P. Oportunidades para implantação de um

programa de produção mais limpa em uma indústria moveleira do Rio Grande do

45  

   

Norte. 23º Congresso de Engenharia Sanitária e Ambiental. Anais. Campo Grande:

ABES, 2005.

PÓLO DE MODERNIZAÇÃO EMPRESARIAL DAS INDUSTRIAIS DE MÓVEIS DE

NATAL – POLOEMP. Estudo de viabilidade técnica e economica para criação

do POLOEMP. FINEP/SEBRAE/PATIME: Natal, 1999.

PRADO, L. L. A importância de práticas de responsabilidade socioambiental no setor

moveleiro Brasileiro. In: ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE

ECONOMIA ECOLÓGICA (ECOECO), 8, 2009.

SANTA RITA.L. P, SBRAGIA. P. R. Aglomerados produtivos: acordos de cooperação

e alianças estratégicas como condicionantes para o ingresso de pme’s moveleiras

em um processo de desenvolvimento sustentado.Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Núcleo de Política e

Gestão Tecnológica. Disponível em http://www.campus-oei.org/salactsi/santarita.pdf.

Acessado em 09/09/2013.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. Centro Nacional de

Tecnologias Limpas.

SILVA FILHO, Júlio Cezar Gomes; SICSÚ, Abraham Benzaquem. Produção Mais

Limpa: uma ferramenta da gestão ambiental aplicada às empresas nacionais. In:

ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 23, 2003, Ouro Preto.

Anais... Ouro Preto: ABEPRO, 2003. p. 1-8.

SISTEMA FIRJAN. Manual de Gerenciamento de Resíduos – Guia passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2006. Disponível em: <https://www.google.com.br/#q=e+Manuais+de+Gerenciamento+de+Res%C3%ADduos%2C+desenvolvido+pela+Federa%C3%A7%C3%A3o+de++Ind%C3%BAstrias+do+Estado+do+Rio+de+Janeiro+-+FIRJAN >. Acesso em 01 out. de 2013.

http://www.casadicores.com.br/, acesso em outubro/13.

http://www.culturaambientalnasescolas.com.br/noticia/meio-ambiente/o-que-e-

certificacao-fsc-, acesso em outubro/13.

46  

   

10. ANEXOS

Anexo 01 – Diagnóstico Ambiental e Operacional - DOA

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E OPERACIONAL – DOA

Elaborado por Núcleo de Estudos em Sustentabilidade Empresarial

1. DADOS CADASTRAIS DO EMPREENDIMENTO

Nome do Empreendimento – Razão Social Inserir Logo marca

Nome do Empreendimento – Nome Fantasia

CNPJ / CPF Inscrição Estadual

Telefone Fax Celular

E-mail Home page

Nome do Responsável

Telefone Fax Celular E-mail

Situação do Empreendimento

( ) Em atividade ( ) Em implantação

( ) Em ampliação ou reforma. Prazo de Conclusão: _______________________

( ) Previsão de ampliação. Quando será iniciado:________________________ Quando será concluído: _________________________________

( ) Previsão de mudança. Qual a previsão: _____________________________ Para onde: ____________________________________________

Quanto tempo no mercado?

O Empreendimento possui marca própria ?

( ) Não ( ) Sim. Especificar:

2. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

47  

   

Endereço Número

Bairro CEP Município UF

Tipo de Vizinhança

( ) Industrial ( ) Residencial ( ) Comercial ( ) Mista – Industrial e Residencial ( ) Mista – Industrial e Comercial

( ) Mista – Residencial e Comercial ( ) Outras: Especificar: ________________________________________________________________

3. IMÓVEL (m2)

Área Total Área Construída para Administração

Área do Terreno não Edificada Área Construída para a Produção

4. ESCALA DE TRABALHO

Horário de Funcionamento Número de Turnos de Trabalho em cada 24 horas

Jornada de Trabalho Produção Administração

Diária (horas/dia)

Mensal (dias/mês)

Anual (Meses/ano)

5. QUANTIDADE DE EMPREGADOS (Unidade)

Descrição Registrados Terceirizados Temporário Outros/Familiar

Na Administração

Na Produção

Outros

Total

 

6. CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO

6.1. CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO

6.1.1. O Empreendimento Trabalha sob que Forma de Produção e qual o percentual?

( ) Desenvolve sua própria linha de produtos ______% ( ) Trabalha sob Encomenda ______%

6.1.2. Especificar os três produtos mais comercializados

 

48  

   

6.2 DESCRIÇÃO DE TODOS OS PRODUTOS FABRICADOS PELO EMPREENDIMENTO

Nome do Produto

Material Utilizado

(Por exemplo: Madeira MDF, Ipê, Jatobá, chapa metálica, ferro, etc)

Unidades Produzidas

Dia Mês Ano

 

6. CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO (Continuação)

6.2 DESCRIÇÃO DE TODOS OS PRODUTOS FABRICADOS PELO EMPREENDIMENTO (Continuação, caso necessário)

Nome do Produto Material Utilizado (Por exemplo: Madeira MDF,

Ipê, Jatobá, chapa metálica, ferro, etc)

Unidades Produzidas

Dias Mês Ano

 

6. CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO (Continuação)

6.3 CONSUMO DE MATÉRIA-PRIMA E INSUMOS PELO PROCESSO PRODUTIVO

Descrição

Características Consumo da matéria-prima e/ou

insumo

Nome da Etapa do Processo que Consome (Por exemplo: Corte, Desempeno,

Desengrosso, Soldagem, Montagem, Fosfatização, Pintura, Queima, etc.)

Preço unitário (R$) Dia Mês Ano

Unidade (Und, Kg, L, m, m2, m3, etc.)

Quais são os principais fornecedores (Material Fornecido Nome e Estado de Origem):

 

 

6. CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO (Continuação)

6.3 CONSUMO DE MATÉRIA-PRIMA E INSUMOS PELO PROCESSO PRODUTIVO (Continuação, caso necessário)

Descrição

Características Consumo da matéria-prima e/ou

insumo

Nome da Etapa do Processo que Consome (Por exemplo: Corte, Desempeno,

Desengrosso, Sodagem, Montagem, Fosfatização, Pintura, Queima, etc)

Preço unitário (R$) Dia Mês Ano

Unidade (Und, Kg, L, m, m2, m3, etc.)

49  

   

(Material Fornecido, Nome e Estado de Origem):

 

6. CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO (Continuação)

6.4 CONSUMO DE ÁGUA

6.4.1 Fonte de abastecimento

Descrição da Fonte

Quantidade (m3)

Diário Mensal Anual

Rede Pública (CAERN)

Captação Própria – Água Superficial (rios, lagos ou lagoas)

Captação Própria – Água Subterrânea (Poço)

Outras Fontes (*)

(*) Especificar:

Preço pago pela água (MÉDIA DOS ÚLTIMOS 3 MESES) (R$)

 

7.4.2 Tratamento da Água

( ) Sim* ( ) Não ( ) Já tratada pela Sistema Público (CAERN)

(*) Especificar que Tipo de tratamento:

 

7.4.3 Consumo da Água

Descrição Consumo Dia (m3) Descrição Consumo Dia (m3)

Uso no Processo Produtivo Abastecimento da Caldeira

Circuito Fechado de Resfriamento Circuito Fechado de Resfriamento

Uso em banheiros, copa, cozinha, consumo de água dos funcionários

Outros (*) (*) Especificar:

Especificar as etapas que consomem água:

50  

   

 

6.4 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Descrição da Fonte Quantidade Consumida (Kwh/mês)

Rede Pública (COSERN)

Fonte Própria e/ou outras (*)

(*) Especificar fonte energética:

Especificar fontes de consumo de eletricidade (Processo, administração e outros):

Preço pago pela energia (MÉDIA DOS ÚLTIMOS 3 MESES) (R$)

 

6.5 CONSUMO DE PRODUTOS DE LIMPEZA E MANUTENÇÃO

Descrição

Quantidade

Diária Mensal Anual Unidade

(Und, Kg, L, m, m2, m3, etc.)

 

6. CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO (Continuação)

6.6 CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS DA PRODUÇÃO

Nome do Maquinário (Por exemplo: serra de corte, serra de disco,

prensa pneumática, compressor, pistolas, etc)

Nome da Etapa do Processo que o Maquinário Pertence

(Por exemplo: Corte, Desempeno, Desengrosso, Sodagem, Montagem, Fosfatização, Pintura,

Queima, etc)

Energia Elétrica

Potência (Kw)

Tempo estimado de utilização do

equipamento por dia (em minutos)

 

7. CONTROLE ADMINISTRATIVO

7.1. ASPECTOS ORGANIZACIONAIS (Marcar com X)

Formas de Controle 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

“De cabeça”

Manuais

Informatizados

51  

   

Nenhum

(1) Controle de Estoque de Matérias-primas e Insumos; (2) Estoque de Produto Final; (3) Planejamento do uso de materiais; (5) Dosagem de Substancias Químicas - Pintura; (6) Gestão do Processo; (7) Desenvolvimento de Produtos; (8) Controle de qualidade nas compras; (9) Incentivos a Funcionários; (10) Pedidos de Mercadorias; (11) Distribuição de Mercadorias; (12) Receita; (12) Segurança do Trabalho; (13) Gasto de Água; (15) Gasto de Energia; (15) Salários; (16) Manutenção de Máquinas; (17) Controle de Custos; (18) Disposição de resíduos; (19) Tratamento de efluentes; (20) Emissões Atmosféricas e ruídos; (21) Propaganda/Imagem 20. Gastos sociais

 

7.2. PROGRAMA DE QUALIDADE, AMBIENTAL E SOCIAL (Marcar com X, no caso de sim)

Programas

Nível de Implantação e/ou Interesse

Implementado e Funcionando

Implementado mas não

funcionando

Em Implementação

Não Implementado

Teria Interesse em implementar (No

caso de não está implementado)

Programa 5’s

Programa de Eficiência Energética

Certificação ISO 9001

Certificação ISO 14001

Otimização das práticas de limpeza e Manutenção

Substituição de lâmpadas comuns por outras mais econômicas

Programa de Estruturação de Layout

Programa de Controle na Compra matérias primas *1

Ferramentas de Controle de processo *2

A Empresa possui um código de ética

A Empresa possui um plano de cargos e salários para os

funcionários

A Empresa adota algum modelo de relatório de

sustentabilidade ou sustentabilidade

A Empresa adota Programas de Capacitação Pessoal *3

A Empresa possui programas de benefícios adicionais para os

funcionários *4

A Empresa possui algum procedimento para avaliar a conduta

ambiental e social dos fornecedores e/ou prestadores de

serviços *5

A Empresa tem projetos de investimentos ou parcerias para o

desenvolvimento social local*6

(*1) Quais:

(*2) Quais:

(*3) Quais:

(*4) Quais:

(*5) Quais:

(*6) Quais:

52  

   

8. ASPECTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DE TRABALHO (S – Sim, N – Não)

Os empregados possuem condições adequadas de trabalho (saúde e segurança ocupacionais mínimas)?

Há um programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)?

Há programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)?

Existe na empresa funcionamento regular da Comissão interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)?

A empresa dispõe de fornecimento e treinamento para uso de EPI’s e EPC’s – equipamentos de proteção individual e coletiva?

 

9. ASPECTOS DE ATRATIVIDADE PARA CLIENTES

9. Julgue os itens abaixo, como fatores decisivos para um cliente escolher a indústria.

Itens Sem

Importância Pouco

Importante

Pode ser importante ou

não Importante

Muito Importante

Sem opinião

Preço de Produtos

Qualidade de Produtos

Qualidade de Serviços

Variedade

Adequação Ambiental

 

10. ADEQUAÇÃO AMBIENTAL (Marque com X)

Instrumentos Não Em Tramitação Sim Desconhece

Licença Ambiental

Alvará da Prefeitura

Habite-se do Corpo de Bombeiros

 

11. NECESSIDADES DA EMPRESA

Descreva Abaixo as principais necessidades da empresa

 

12. QUAL A DISPONIBILIDADE DE TEMPO E DE PESSOAL PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE MELHORIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL DA EMPRESA?

53  

   

 

13. DADOS DO RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO (Marque com X)

NOME

SEXO MASCULINO FEMININO

FAIXA ETÁRIA (Marcar com X) 18 a 25 25 a 35 35 a 45 Acima 45

GRAU DE INSTRUÇÃO (Marcar com X) 10 Incompleto

10 Completo

20 Incompleto

20 Completo

Técnico Profissio_ nalizante

Superior

Incompleto

Superior

Completo

Pós- Graduação

FUNÇÃO/ CARGO TEMPO DE EMPRESA

ESTADO CIVIL (Marcar com X)

Solteiro Casado Divorciado Viúvo

TEM FILHOS

(Marcar com X)

SIM NÃO