Trabalho Salario e Remuneracao

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    FACULDADE DE CIENCIAS JURIDICAS E SOCIAIS APLICADAS DOARAGUAIA FACISACURSO DE DIREITO

    MARCELLO HENRIQUE MARQUES PEREIRAOLAVO JNIOR SANTOS LIMA

    SAMUEL GOMES MACHADO DE SOUZAWILKER FELIPE FRANA ALVES

    DIREITO DO TRABALHO - EMPREGADO E EMPREGADOR:SALARIO E REMUNERAO

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    MARCELLO HENRIQUE MARQUES PEREIRAOLAVO JNIOR SANTOS LIMA

    SAMUEL GOMES MACHADO DE SOUZA

    WILKER FELIPE FRANA ALVES

    DIREITO DO TRABALHO - EMPREGADO E EMPREGADOR:SALARIO E REMUNERAO

    Trabalho elaborado para fins de avaliaoparcial, na disciplina de Direito do Trabalho -Empregado e Empregador, sob orientao daProfessora Cntia Arbus !er" da #ilva, no$% #emestre do Curso de Direito&

    B!! "# G!$%-MTM!$#& '()*

    2

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    SUM+RIO

    ' ( '!T)*D+*......................................................................................................3

    / (#A01)'* E )E2+!E)A*.................................................................................4

    3 ( C0A##'4'CA5E# DA )E2+!E)A*..................................................................6

    3&6 - 7)AT'4'CA5E#.............................................................................................7

    3&6&6 - 7ratificao por tempo de servio&....................................................................7

    3&6&/ ( 7ratificao de funo&..................................................................................8

    3&/ ( 7*)8ETA#..................................................................................................... 8

    3&3 ( P)92'*#....................................................................................................... 8

    3&: ( A;*!*#........................................................................................................9

    : ( )E7)A# DE P)*TE* A* #A01)'*....................................................................9

    :&6 ( E

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    I INTRODUO:

    Toda relao de emprego possui como elemento ftico-urdico a onerosidade,

    disciplinada por lei como re=uisito essencial F configurao dos sueitos do contrato de

    trabalho, conforme pode se observar pela leitura dos artigos /G e 3G da Consolidao das 0eis

    do Trabalho&

    * termo HsalrioI est enfatiJado na Constituio 4ederal de 6K com o fim de

    garantir um rendimento mnimo, necessrio e indispensvel para manter as condiLes bsicas

    de sobrevivMncia para o empregado&

    #endo assim, a primeira vista, d a entender =ue Nnica forma do empregado

    receber de seu empregador, seria apenas por meio de salrio, sem =ual=uer outro acrscimo&

    Todavia, o salrio no pode ser visto como forma de ganho absoluto de um

    trabalhador, pelo contrrio, ele um componente =ue integra o =ue obreiro recebe pelo

    trabalho prestado, importando ao sistema urdico vigente no ;rasil, todos os valores

    percebidos por ele em raJo da contraprestao, =ue chamamos, no caso, como remunerao&

    Em resumo, incialmente eOtrai-se =ue o salrio sempre pago pelo empregador

    para o seu empregado pessoa fsicaQR em caminho diverso, a remunerao nem sempre

    origina da mesma fonte pagadora& Como eOemplo mais corri=ueiro caso das goretas

    oferecidas ao garom e =ue foram entregues diretamente pelo cliente&

    Diante disso, importante =ue fi=ue bem representado =ue salrio sempre um

    valor mnimo, necessrio para garantir condiLes do trabalhador e sua famlia pago

    diretamente pelo empregador, e a remunerao, muito embora, no originado da mesma fonte

    pagadora repercuti em todo os demais direitos trabalhistas do funcionrio, bem como,

    previdencirios e fiscais&

    '

    SAL+RIO E REMUNERAO:

    #alrio toda contraprestao ou vantagem em pecNnia ou em utilidade devida e

    paga diretamente pelo empregador ao empregado, em virtude do contrato de trabalho& Em

    4

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    outras palavras, o pagamento direto feito pelo empregador ao empregado pelos servios

    prestados, pelo tempo F disposio ou =uando a lei assim determinar&

    8 a remunerao a soma do pagamento direto com o pagamento indireto, este

    ultimo entendido como toda contraprestao paga por terceiros ao trabalhador, em virtude de

    um contrato de trabalho =ue este mantm com seu empregador&

    Diante disso, considera-se a remunerao como gMnero, e o salario uma de suas

    espcies& 'mportante destacar sobre o assunto, o Art& :?$ C0T. Compreendem-se

    na remunerao do empregado, para todos os efeitos legais, alm do salrio devido e pago

    diretamente pelo empregador, como contraprestao do servio, as gorjetas que receber.

    Ademais os pargrafos 6% e /% do Art& :?$ da C0T. !" - #ntegram o salrio no s$ a import%ncia fi&a estipulada,como tambm as comiss'es, percentagens, gratifica'esajustadas, dirias para viagens e abonos pagos peloempregador.

    (" - )o se incluem nos salrios as ajudas de custo, assimcomo as dirias para viagem que no e&cedam de *+cinquenta por cento do salrio percebido pelo empregado.Art& :?$, S6% e S/% - C0TQ

    #egundo a doutrina maoritria, a interpretao mais correta do art& :?$, da C0T,

    assenta-se no sentido de =ue a parcela contra prestativa paga diretamente pelo empregador

    corresponde ao salrio, en=uanto a parcela paga por terceiros compLe a remunerao&

    inegvel, portanto, =ue o salrio espcie do gMnero remunerao&

    )efora essa concepo a #Nmula n% 3?: do T#T.

    /0123456. )5471385 2719:#C5. 13;31C766, :2 !?, (+ e (!.!!.(++>. 5s gorjetas,cobradas pelo empregador na nota de servio ou oferecidasespontaneamente pelos clientes, integram a remunerao doempregado, no servindo de base de clculo para as parcelasde aviso-prvio, adicional noturno, @oras e&tra e repouso

    semanal remunerado.#U2+0A !% 3?: - T#TQ

    !esse sentido, eOtrai-se =ue tambm no so consideradas integrantes dos salrios

    as audas de custo =ue no ultrapassem ?VW do valor do salrio, gratificaLes espordicas

    pagas por mera liberalidade do empregador e benefcios previdencirios&

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    Portanto, o salrio no deve ser conceituado como uma contraprestao ao

    trabalho, mas sim, uma contraprestao devida em funo da eOistMncia do contrato de

    trabalho, pois h inNmeras hipXteses em =ue o trabalho no efetivamente prestado, mas

    ainda assim, o empregador devedor do salrio, como no caso de frias, licena mdica de at

    6? =uinJeQ dias, repouso semanal, etc&

    * carter contra prestativo do salrio o elemento mais eOponencial a ser

    eOplicitado, pois nem toda parcela paga pelo empregador ao empregado contra prestativa da

    relao de emprego&

    Com relao Fs parcelas pagas por terceiros ao empregado, estas no so dotadas

    de natureJa salarial, mas sim de natureJa remuneratXria& * ponto central de distino entresalrio e remunerao est na origem pagadora&

    *s diJeres de Evaristo de 2oraes 4ilho tambm endossam o acima dito.

    ;ercebe-se, portanto que o salrio, parcela da remunerao doempregado, constituAdo por uma import%ncia fi&a estipulada,acrescida de comiss'es, percentagens, gratifica'es, dirias eabonos. 3ste salrio, somado Bs gorjetas, pequenas dirias e ajudasde custo, constitui a remunerao total paga ao empregado.

    01536 D#EF0 (+++.

    , CLASSIFICAES DA REMUNERAO:

    EOistem tambm varias classificaLes para salrio, =ue podem ser elas, por

    unidade de tempo, por unidade de obra e por tarefa&

    * salrio por unidade de tempo a=uela =ue no depende do =ue foi realiJado,

    mas sim, do tempo =ue foi gasto para a realiJao do servio combinado, ele recebe no pelo

    servio final, mas pelo tempo =ue ele levou pra concluir o servio&

    * salrio por unidade de obra o oposto do por unidade de tempo, pois, esse

    depende somente do servio =ue esta sendo realiJado, no importando o tempo =ue ser gasto,

    o importante =ue sea entregue o =ue foi combinado, independente do tempo, e recebe pelo

    =ue ele produJ&

    * salrio por tarefa uma mistura dos dois citados acima, pois, o empregado deve

    cumprir sua ornada de trabalho e realiJar o servio =ue foi lhe ordenado&

    8os Augusto )odrigues Pinto classifica essas formas da seguinte maneira.

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    6alrio por unidade de tempoG segundo essa forma bsica, a ta&asalarial, que vem a ser a unidade de retribuio diretamentecorrelacionada com a unidade da prestao do trabal@o, deve sercalculada levando-se em conta somente o tempo B disposio doempregador, despreHando-se o resultado do trabal@oI ;#)40, (+++

    pag. (J!I

    6alrio por unidade de obraG mais con@ecido, popularmente, comosalrio por produo, uma virtual inverso da forma anteriormentee&aminada, pois leva em conta para a fi&ao da ta&a salarial, aAdenominada tarifa, o resultado do trabal@o, despreHando o tempoutiliHado para obtK-loI ;#)40, (+++, pag. (J(I

    Dorma mistaG combina os elementos das duas formas anteriores,levando em conta o resultado da produo num determinado espaode tempo. :enomina-se, vulgarmente, salrio por tarefa. ;#)40,(+++,pag. (J>.

    As )emuneraLes )estritas =ue so a=uelas =ue se aplicam a uma determinada

    categoria profissional, legalmente identificada, desde =ue situados nas circunstYncias

    tipificadas para percepo do adicional por acNmulo de funo, para a categoria de

    vendedores 0ei n% 3&/V$Z?$Q adicional por acNmulo de funo, para a categoria de radialistas

    0ei n% B&B6?Z$Q&

    As )emuneraLes convencionais so a=uelas previstas em normas coletivas e

    aplicveis a empregados integrantes da categoria profissional respectiva, ou sea, #o a=ueles

    =ue decorrem de negociao coletiva ou de iniciativa do empregador&

    ,.) - GRATIFICAES:

    * termo gratificao pode ser empregado como um pagamento feito por

    liberalidade pelo empregador, e de forma espontYnea& !ada impede =ue tenha vrias

    finalidades, como.

    aQ retributiva. de modo a remunerar o empregado pelo servio prestado, sea de

    maneira eOpressa ou tcitaR

    bQ premial. ou de recompensa pelos servios eOtra prestadosR

    cQ estimulante, de modo a faJer com o =ue o empregado produJa mais ou melhor a

    sua produo&

    ,.).) - G!/0102$3# 4#! /564# "5 %5!70$#.

    De acordo com a #umula /V3 do T#T, A gratificao por tempo de servio paga

    mensalmente a partir de determinado perodo de dedicao F empresa integra o salrio para

    todos os efeitos legais&

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    !os casos dos empregados =ue recebe gratificao por tempo de servio oferecida

    pelo empregador e outra da mesma natureJa prevista em acordo coletivo, conveno coletiva

    ou sentena normativa, o empregado tem direito a receber, eOclusivamente, a =ue lhe sea

    mais benfica #Nmula /V/ do T#TQ&

    ,.).' G!/0102$3# "5 189$3#.

    Esta gratificao tpica dos cargos de confiana& #er recebida mensalmente e,

    na condio de verba de natureJa salarial, repercutir em todos os haveres trabalhistas

    en=uanto perdurar a atribuio de gerMncia, chefia ou direo& Tambm devida para o

    empregado =ue assume determinada funo por certo lapso de tempo para o T#T, 6V anos oumaisQ ou estando o trabalhador em cargo comissionado&

    A respeito diJ a #Nmula 3$/ do T#T.

    #- ;ercebida a gratificao de funo por deH ou mais anos peloempregado, se o empregador, sem justo motivo, revertK-lo a seu cargoefetivo, no poder retirar-l@e a gratificao tendo em vista o

    princApio da estabilidade financeira. ## L antido o empregado noe&ercAcio da funo comissionada, no pode o empregador reduHir ovalor da gratificao. #U2+0A 3$/ - T#T

    ,.' GORJETAS:

    A goreta a parcela contra prestativa paga ao empregado por terceiros& 'ntegra a

    remunerao por fora do disposto no art& :?$, da C0T& surte veamos. A goreta, como

    refleOos contratuais parcelas para remuneratXria =ue , alguns fins.

    A mdia de goretas considerada no salrio de contribuio do empregado,incidindo sobre elas, a contribuio ao '!##& Para isso, deve constar da CTP# Art& /K, S 6%,

    da C0TQR bQ as goretas recebidas servem de base de incidMncia do 47T# Art& 6?, da 0ei n%

    &V3BZ6KKV& cQ as goretas recebidas compLem a base de clculo do 63% salrio, =ue as leis

    =ue o instituram utiliJam a eOpresso HremuneraoI do mMs de deJembro 0eis n%

    :&VKVZ6KB/ e n% :&$:KZ6KB?Q&

    ,., PRMIOS:

    *s prMmios so parcelas contra prestativas pagas pelo empregador ao empregado8

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    em decorrMncia de evento ou circunstYncia tidos como relevantes pelo empregador e

    vinculados F conduta individual do obreiro ou coletiva dos trabalhadores da empresa&

    7eralmente os PrMmios decorrem da produtividade dos trabalhadores diJendo a

    respeito de ordem pessoal, profisso produo, assiduidade, =ualidade etcendo assim, o

    Premio no pode ser a Nnica forma de pagamento de salario por ser independente de uma

    condio, devendo o Trabalhador receber pelos menos um salario mnimo&

    #omente se o pagamento for habitual teria natureJa salarial integrando as demais

    verbas trabalhistas& * pagamento de premio implica em possibilidade de ser suprimido, pois

    neste caso tem natureJa salarial importando o pagamento tacitamente austado&

    ,.* ABONOS:

    * abono consiste num adiantamento em dinheiro, numa antecipao salarial ou

    num valor a mais =ue concedido ao empregado& * art& 6:3 da C0T determinou =ue seria

    facultado ao empregado converter um tero de suas frias em abono pecunirio&

    * art& 6:: da C0T esclarece =ue o referido abono, concedido por fora do contrato

    de trabalho, do regulamento da empresa, ou de conveno coletiva ou acordo coletivo, no

    integraria a remunerao do empregado para os efeitos da legislao do trabalho, desde =ue

    no eOcedesse de /V dias de salrio, logo, =ual=uer valor pago ao empregado =ue ustifi=ue

    pagamento superior aos /V dias, soma-se ao salrio, tendo, portanto natureJa salarial&

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    do Direito Civil&

    A noo de irredutibilidade busca combater duas modalidades centrais de

    diminuio de salrios. a reduo salarial direta diminuio nominal de salriosQ e a reduo

    salarial indireta reduo da ornada ou do servio, com conse=uente reduo salarialQ&

    Ambas as modalidades de reduo so vedadas pela ordem urdica eOceto se

    previstas em norma coletiva negociadaQ, podendo, conforme o caso, ser obeto de

    =uestionamento em ao trabalhista com o fito de anular o ato lesivo perpetrado ou, at

    mesmo, ensear a resciso indireta do contrato de trabalho&

    Pisos salariais. * salrio mnimo previsto na Constituio, fiOado em lei e

    nacionalmente unificado, para atender Fs necessidades bsicas do trabalhador e Fs de sua

    famlia, =uais seam. 2oradiaR AlimentaoR EducaoR #aNdeR 0aJerR >esturioR @igieneRTransporteR PrevidMncia #ocial&

    #endo assim, vedada pela Constituio a vinculao do salrio mnimo para

    =ual=uer fim& 8 o salrio mnimo profissional fiOado por lei para os trabalhadores

    integrantes de certas profissLes legalmente regulamentadas& Com relao ao reauste, o teOto

    constitucional impLe =ue deva ser periXdico e em comparao ao valor do salrio mnimo,

    visando preservar o seu poder a=uisitivo&

    !este sentido, o #upremo Tribunal 4ederal ( #T4, adotou a #umula vinculante :,=ue assim dispLe.

    salvo nos casos previstos na constituio, o salrio mAnimo nopode ser usado como inde&ador de base de calculo de vantagem deservidor publico ou empregado, nem ser substituAdo por decisojudicial. 677E5 M#)C7E5)43 N L 64D.

    Com relao ao #alrio profissional, o mnimo consiste no patamar genrico de

    valor salarial estabelecido na ordem urdica brasileira& A seu lado, eOistem alguns patamaresespeciais de valor salarial a serem observados no conteOto do mercado de trabalho&

    Considerando vlida a estipulao de salrio profissional em mNltiplo do salrio

    mnimo, o Tribunal #uperior o Trabalho - T#T assim se posiciona.

    5 especulao do salrio profissional em mOltiplo do salriomAnimo no afronta o art.J",inciso #P, da constituio federal de!?QQ, s$ incorreto em vulnerao do referido preceito constitucionala fi&ao de correo automtica do salrio pelo reajuste do salrio

    mAnimo. 0j 6:#-( J!, 464.

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    Alguns estatutos profissionais =ue preveem um salrio profissional tambm

    estipulam limites de ornada de trabalho a serem comprida pelos trabalhadores, o =ue muitas

    veJes, traJ descoroes acerca da relao eOistente entre o numero de horas de trabalho e o

    salrio&

    * segundo patamar especial de valor de salrios desponta em duas figuras

    urdicas prXOimas. o salrio mnimo normativo e o salrio mnimo convencional& Por essas

    figuras entende-se o patamar salarial mnimo devido a trabalhadores integrantes de certas

    categorias profissionais, conforme fiOado em norma urdica infra legal a elas aplicvel&

    * salrio mnimo normativo a=uele fiOado por sentena normativa, resultante de

    processo de dissdio coletivo envolvendo o sindicato de trabalhadores e respectivos

    empregadores ou sindicato de empregadores&* salrio mnimo convencional, por sua veJ, corresponde F=uele patamar salarial

    mnimo fiOado pelo correspondente instrumento negocial coletivo conveno, acordo ou

    contrato coletivo de trabalhoQ para se aplicar no Ymbito da respectiva categoria profissional ou

    categoria diferenciada&

    A 'ntangibilidade salarial apresenta-se como forma controle de descontos * artigo

    :B/ da C0T consagra o princpio da intangibilidade salarial, vedando a realiJao de

    descontos, salvo se autoriJado por lei, norma coletiva, adiantamentos, ou danos causados peloempregado&

    * princpio da igualdade salarial, conhecido tambm como 'sonomia salarial tem

    o obetivo evitar tratamento salarial discriminatXrio F=ueles trabalhadores =ue cumpram

    trabalho igual para o empregador, notadamente com relao ao de seOo, idade, cor ou estado

    civil Art& $ C4Q&

    * artigo :B6 da C0T estabelece os critrios para se verificar a ocorrMncia ou no

    de discriminao, =uais seam, mesmo empregador, mesma localidade 2unicpio ou2unicpios pertencentes F mesma regio 2etropolitana ( #Nmula B T#TQ, identidade de

    funo #Nmula B do T#TQ, tempo de servio no superior a dois anos tempo na funo (

    #Nmula B, '', T#TQ, trabalho de igual valor mesma produtividade e perfeio tcnicaQ&

    !ecessrio frisar =ue a ausMncia de uma das condiLes afasta o direito F

    e=uiparao, em outras palavras, basta uma raJo para ustificar a diferena salarial, sea ele o

    custo de vida ou a eOperiMncia&

    *.) EQUIPARAO SALARIAL

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    A Constituio 4ederal assegura =ue todos so iguais perante a lei, sem distino

    de =ual=uer natureJa, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a

    inviolabilidade do direito F vida, F liberdade, F igualdade, F segurana e F propriedade&

    Assegura ainda no artigo $%, inciso ( proibio de diferena de salrios, de eOerccio de

    funLes e de critrio de admisso por motivo de seOo, idade, cor ou estado civil&

    A C0T, por sua veJ estabelece em =ue condiLes pode ocorrer a e=uiparao

    eOigindo como re=uisitos =ue. 6Q trabalho prestado ao mesmo empregador /Q na mesma

    localidade 3Q entre empregados da mesma funo :Q com diferena de tempo na funo no

    superior a dois anos ?Q =ue eOera o trabalho com a mesma produtividade BQ =ue tenha a

    mesma perfeio tcnica $Q =ue eOista simultaneidade na prestao de servios&

    Para ocorrer a e=uiparao salarial deve ser apontado o trabalhador =ue eOera amesma funo e seam preenchidos os re=uisitos acima referidos& A eOistMncia de =uadro de

    carreira na empresa impede a e=uiparao salarial&

    Por outro lado, tambm no serve de paradigma o trabalhador =ue eOerce a funo

    em decorrMncia de adaptao por reduo da capacidade laboral& o caso, por eOemplo, do

    trabalhador acidentado =ue teve reduo de capacidade para o trabalho e adaptado para

    funo de nvel inferior a =ue eOercia, mas no sofre a reduo de seu salrio& Perante outros

    trabalhadores =ue eOeram a funo =ue o acidentado passou a eOercer, no hpossibilidade de e=uiparao da=ueles com este&

    Considerando =ue a urisprudMncia dominante o T#T acolhe a tese de =ue o grupo

    econ[mico ensee solidariedade ativa e passiva entre seus integrantes formando o chamado

    empregador Nnico, possvel considerar a incidMncia da figura da e=uiparao envolvendo

    empregadores vinculados a distintas empresas do mesmo grupo&

    Desse modo, e vivel falar se em e=uiparao entre empregados contratados por

    diferentes empresas desde =ue presente os demais re=uisitos a figura do art& :B6 da C0T&

    *.' E150/# " 5;804!$3# %

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    #o eOcludas da e=uiparao salarial as vantagens pessoais do paradigma,

    limitando-se o reconhecimento do direito a e=uiparao apenas em relao ao seu salrio-

    base&

    Assim, vantagens de carter personalssimo eO. adicionais por tempo de

    servioQ, ainda =ue decorrente de sentena udicial, no devem ser computadas para efeito de

    gerar a ins[nia salarial& #+2+0A B-T#T&

    *., FATORES IMPEDITIVOS DA EQUIPARAO SALARIAL

    * direito a e=uiparao salarial no ser reconhecido =uando o empregador tiver

    seu pessoal organiJado em =uadro de carreira art&:B6,S/% :e 3%C0TQ, ou em caso de diferena

    de salrio decorrente de readaptao de funo& )eferidos fatores impeditivos da e=uiparaosalarial tem as seguintes regras e caractersticas&

    * eOistente de =uadro de carreira configura-se como um plano de cargo salrio

    implantado pelo empregador, com previso de plano de promoLes alternadas aos

    empregados, por antiguidade e merecimento&

    #endo assim, o =uadro de carreira precisa ser homologado pelo poder publico&

    Assim, sX valido o =uadro de pessoal organiJado em carreira =uando homologado pelo

    ministrio do trabalho, eOcluindo-se apenas dessa eOigMncia o =uadro de carreira dasentidades de direito pNbico da administrao direta, autar=uia e fundacional, =ue deve ser

    aprovado por ato administrativo competente&

    Por outro lado, parte da corrente doutrinaria, entende =ue a falta de homologao

    do =uadro de carreira no preudica a sua eficcia nos casos em =ue, embora no homologado

    pelo Poder Publico, , efetivamente praticado na empresa, sem impugnao pelos

    empregados& * fundamento de validade do =uadro de carreira, nesse casso, o mesmo de

    adeso e da eficcia atribuda pela C0T aos austes tcitos C0T,art& ::/QIEstabelece o art&:B6,S: da C0T, =ue, estando o paradigma em processo de

    readaptao funcional por motivo de deficiMncia fsica ou mental atestada pela previdMncia

    social, impossvel seu salrio ser invocado para fins de e=uiparao& A =uesto se coloca em

    raJo do fato de o salrio do readaptado no poder ser reduJido, mesmo =ue passe a eOercer

    funo hierar=uicamente inferior a anterior&

    = DOS ADICIONAIS:

    *s adicionais so parcelas contra prestativas suplementares devidas ao empregado

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    em virtude do eOerccio do trabalho em circunstYncias tipificadas mais gravosas& *s

    adicionais podem ser classificados em.

    Adicionais legais. #o os =ue decorrem pela generalidade e, portanto, pela maior

    aplicabilidade na prtica das relaLes trabalhistas, ou sea, a=ueles =ue se aplicam

    indistintamente a =ual=uer empregado =ue se encontre na situao ftica originaria da

    incidMncia do pagamento do adicional, =ue so os seguintes.

    =.) ADICIONAL DE HORAS E>TRAS:

    Previsto na C4 em seu Art& $%, >' e no Art& ?K S 6% da C0T, devido aos

    empregados urbanos e rurais em raJo do trabalho em ornada eOtraordinrias& * adicional

    no mnimo de ?VW cin=uenta por centoQ salvo tratamento diferente em acordo coletivo& Ashoras eOtras pagas com habitualidade integram o calculo de outras verbas como. 63% salrio,

    47T#, aviso prvio indeniJado, gratificaLes semestrais, D#) etc&

    =.' ADICIONAL NOTURNO:

    Previsto no art& $%, ', da Constituio 4ederal e no art& $3 da C0T para os

    empregados urbanosQ e no art& $% da 0ei n% ?&KZ$3 para os empregados ruraisQ, ao adicional

    noturno devido em raJo do trabalho& Considera-se noturno o trabalho eOecutado entre //

    horas de um dia at as ? horas do dia seguinte& !este perodo a remunerao ter um

    acrscimo de /VW, calculado sobre a hora diurna& A hora noturna reduJida, sendo

    computada cada hora a cada ?/ minutos e 3V segundos& * adicional noturno habitual integra o

    salrio para todos os fins Enunciado BV do T#TQ&

    =., ADICIONAL DE INSALUBRIDADE:

    * trabalho realiJado em atividade =ue atente contra a saNde, acima de nveis

    tolerveis, remunerado com adicionais de :VW, /VW ou 6VW, calculados sobre o salriomnimo do trabalhador, conforme a insalubridade sea classificada em grau mOimo, mdio ou

    mnimo&

    6R7E5 ((Q :0 464G 5:#C#0)5E :3 #)65E7S1#:5:3. S563:3 CTEC7E0G 5 partir de ? de maio de (++Q, data da publicaoda 6Omula Minculante n" N do 6upremo 4ribunal Dederal, o adicionalde insalubridade ser calculado sobre o salrio bsico, salvo critriomais vantajoso fi&ado em instrumento coletivo.

    *s limites de tolerYncia da atividade agressiva so estabelecidos em relao do2inistrio do trabalho& A classificao do grau de insalubridade feita por percia tcnica&

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    =.* ADICIONAL DE TRANSFERNCIA:

    !os termos do art& :BK, S3%, da C0T, o adicional de transferMncia devido nos

    casos em =ue o empregado transferido provisoriamente para prestar servios em outra

    localidade distinta&

    =.= ADICIONAL DE PERICULOSIDADE:

    Com fundamento no Art& $%, ''', da C4 e o Art& 6K3 da C0T, o trabalho em

    atividades ou operaLes perigosas, assim consideradas a=uelas =ue, por sua natureJa ou

    mtodos de trabalho, impli=uem risco acentuado em virtude de eOposio permanente do

    trabalhador a inflamveis, eOplosivos ou energia eltrica e a roubos ou outras espcies de

    violMncia fsica nas atividades profissionais de segurana pessoal ou patrimonial, assegura o

    direito ao adicional de periculosidade&

    =.? ADICIONAL DE PENOSIDADE:

    o Adicional pago ao trabalhador a ttulo de indeniJao, devido F realiJao de

    uma atividade penosa =ue causa pena, trabalho rduo, =ue embora no cause efetivo dano F

    saNde do trabalhador, possa tornar sua atividade profissional mais sofrida&

    * adicional de penosidade encontra-se previsto no artigo$%, inciso ''', da

    Constituioda )epNblica, o =ual foi inserido untamente com o adicional de insalubridade e

    periculosidade&

    Art& $% #o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros =ue visem F

    melhoria de sua condio social. ''' - adicional de remunerao para as atividades

    penosas, insalubres ou perigosas, na forma da leiR

    ?- GRATIFICAO NATALINA:

    A gratificao de !atal, ou subsdio de !atal, popularmente conhecida

    como dcimo terceiro salrio uma gratificao correspondente F remunerao do trabalhador

    paga geralmente no mMs de deJembro& * trabalhador far us ao recebimento da gratificao

    proporcionalmente =uando trabalhar perodo superior a 6? dias, recebendo nesta hipXtese 6Z6/

    avos&

    * seu valor, embora varivel, geralmente aproOimado ao de um salrio mensal,podendo ser paga em uma ou mais prestaLes& A 7ratificao !atalina sofre incidMncia de

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    http://www.jusbrasil.com/topicos/10641213/artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com/topicos/10641213/artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com/topicos/10641213/artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com/topicos/10726213/inciso-xxiii-do-artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com/topicos/10726213/inciso-xxiii-do-artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com/legislacao/1027008/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com/topicos/10641213/artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com/topicos/10726213/inciso-xxiii-do-artigo-7-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com/legislacao/1027008/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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    desconto de contribuio para a PrevidMncia, alm de ser base para fins de 47T#&

    @ CONSIDERAES FINAIS:

    Analisando todo o sistema urdico do nosso Pas, a primeira vista, d a entender

    =ue Nnica forma do empregado receber de seu empregador, seria apenas por meio de salrio,

    sem =ual=uer outro acrscimo, tendo em vista do distribudo na Constituio 4ederal

    promulgada em 6K.

    !esta feita, elenca o HArt&$% da C4 =uais so os direitos dos trabalhadores urbanos

    e rurais, alm de outros =ue visem F melhoria de sua condio social.

    ## L salrio mAnimo, fi&ado em lei, nacionalmente unificado capaH deatender a suas necessidades vitais bsicas e Bs de sua famAlia commoradia, alimentao, educao, saOde, laHer, vesturio, @igiene,transporte e previdKncia social, com reajustes peri$dicos que l@e

    preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao paraqualquer fimI M- piso salarial proporcional B e&tenso e Bcomple&idade do trabal@oI M# L irredutibilidade de salrio, salvo odisposto em conveno ou acordo coletivoI M## L garantia de salrio,nunca inferior ao mAnimo, para os que percebem remuneraovarivelI P L proteo do salrio na forma da lei, constituindo crime

    sua reteno dolosaI PPP L proibio de diferena de salrios, de

    e&ercAcio de fun'es e de critrio de admisso por motivo de se&o,idade, cor ou estado civilI PPP# L proibio de qualquerdiscriminao no tocante a salrio e critrios de admisso no tocantea salrio e critrios de admisso do trabal@ador portador dedeficiKncia.

    Todavia, o salrio no pode ser visto como forma de ganho absoluto de um

    trabalhador, pelo contrrio, ele um componente =ue integra o =ue obreiro recebe pelo

    trabalho prestado, importando ao sistema urdico vigente no ;rasil, todos os valores

    percebidos por ele em raJo da contraprestao, =ue chamamos, no caso, como remunerao&

    Portanto, a remunerao abrange alm do pagamento do salrio, outros benefcios

    remuneratXrios, como auda de custo, as goretas, gratificaLes, participao no lucro e

    resultados, adicionais, abonos, entre outros& !esta feita, importante =ue os gestores de

    pessoas devem conhecer todos os trYmites da legislao trabalhista adotada no pas&

    Pode-se eOtrair tambm =ue, o salrio uma espcie do gMnero HremuneraoI&

    !a verdade, salrio sempre remunerao, mas remunerao nem sempre salrio& 'sto

    por=ue eOistem outras formas de remuneraLes, onde o empregado recebe bens ou servioscomo parte da contrapartida de seu trabalho e =ue sobre esse tipo de remunerao tambm

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    podem incidir os encargos sociais do contrato de trabalho, seam previdencirios ou a=ueles

    pagos diretamente ao trabalhador, como frias e 63% salrio&

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    REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

    ;)A#'0& Constituio 6KQ& Constituio da )epNblica 4ederativa do ;rasil& ;raslia, D4,

    #enado, 6KK&

    C*!#*0'DA* DA# 0E'# D* T)A;A0@*.Decreto-lei n&% ?&:?/, de 6% de maio de6K:3&

    C]D'7* DE P)*CE##* C'>'0& Colaborao de Antonio 0& de Toledo Pinto, 2rcia >& dos#antos& ^indt e 0via Cspedes& 36& Ed& #o Paulo. #araiva, /VV:&

    4AC+0DADE# CAT@ED)A0& *rientaLes para elaborao e apresentao do Proeto dePes=uisa& ;arra do 7aras. Cathedral, /VVK&

    2*)AE# 4'0@*, Evaristo deR 2*)AE# Antonio Carlos 4lores de& 'ntroduo ao direito dotrabalho& ed& rev&, atual& e ampl& ( #o Paulo. 0Tr, /VVV&

    2A)T'!#& #rgio Pinto& Direito do trabalho& Atlas /?% ed& #o Paulo& /VVK&

    !A#C'2E!T*& Amauri mascaro& 'niciao ao direito do trabalho& /B%& Ed& #o Paulo, 0Tr,/VVV&

    P'!T*& 8os Augusto )odrigues& Curso de direito individual do trabalho& :% Ed& 0Tr& #oPaulo& /VVV&

    Decreto n% 3&V: - de VB de maio de 6KKK - D*+ de $ZV?Z6KKK&

    0ei n% 6&KKK - de 6 de outubro de 6K?3 - D*+ de $Z6VZ?3&

    0in_s visitados.

    http.ZZ```&usbrasil&com&br

    http.ZZ```&tst&gov&br

    http.ZZ```&ambito-uridico&com&brZ

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