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TRANSOPHIA 1 Pedro Olaia (Sofia, Rua/BR) Transophia é uma experimentação artística realizada por mim, Sophia, Nando Lima e Dudu Lobato dentro do Estúdio Reator que é um espaço cultural multimidiático, localizado na cidade de Belém, Estado do Pará, com projetos voltados para a contemporaneidade em relacionamentos de parcerias e solidariedade para a construção de uma sociedade justa e crítica que enxergue em seus semelhantes motivos para conquistar seus objetivos. Híbridizações de teatro, som, projeções visuais texto e fotografia são construídos neste espaço e compartilhados com o público de forma intimista e envolvente. Em Transophia, eu estou me montando e desmontando em possibilidades corpóreas a partir de sucatas eletrônicas que estão penduradas no cenário criando um ambiente que leva o público ora para dentro de um quarto, camarim em que a intimidade de uma drag é mostrada, ora para um palco de show onde os fragmentos de HDs e outras peças de computador vão sendo gradativamente agregadas ao corpo de Sophia, proporcionando ao público, uma visão cada vez mais onírica. Sophia surgiu em minha vida antes mesmo de fazer teatro, enquanto eu me montava de drag queen para ir nos guetos LGBT’s de Belém; Sophia é rua, é ao mesmo tempo sobrenatural e carnal e somente foi reconstruída a partir de 2010 em uma ação na rua na celebração de meu aniverário de 33 anos. Transophia é a performance que descreve a trajetória de Sophia que muitas vezes se confunde à minha própria identidade e principalmente questiona o uso das tecnologias na Amazônia, ideias desconstruidas de ciborgue, drag queens e heroínas falidas. Este artigo propõe descrever experiências afetos e desafetos que nos movem à construção deste jogo que às vezes chamamos de “performance cênica” para adequar-se em uma classificação de linguagem artística, para isto irei bater papo com amigos artistas sobre o processo e registrar e transcrever os relatos pessoais dos que participaram desta vivência performática e que concordarem em compartilhar suas impressões trocas afetos e desafetos. 1 Trabalho apresentado no II Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, realizado entre os dias 25 e 27 de outubro de 2016, Belém/PA.

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TRANSOPHIA1

Pedro Olaia

(Sofia, Rua/BR)

Transophia é uma experimentação artística realizada por mim, Sophia, Nando

Lima e Dudu Lobato dentro do Estúdio Reator que é um espaço cultural multimidiático,

localizado na cidade de Belém, Estado do Pará, com projetos voltados para a

contemporaneidade em relacionamentos de parcerias e solidariedade para a construção

de uma sociedade justa e crítica que enxergue em seus semelhantes motivos para

conquistar seus objetivos. Híbridizações de teatro, som, projeções visuais texto e

fotografia são construídos neste espaço e compartilhados com o público de forma

intimista e envolvente. Em Transophia, eu estou me montando e desmontando em

possibilidades corpóreas a partir de sucatas eletrônicas que estão penduradas no cenário

criando um ambiente que leva o público ora para dentro de um quarto, camarim em que

a intimidade de uma drag é mostrada, ora para um palco de show onde os fragmentos de

HDs e outras peças de computador vão sendo gradativamente agregadas ao corpo de

Sophia, proporcionando ao público, uma visão cada vez mais onírica. Sophia surgiu em

minha vida antes mesmo de fazer teatro, enquanto eu me montava de drag queen para ir

nos guetos LGBT’s de Belém; Sophia é rua, é ao mesmo tempo sobrenatural e carnal e

somente foi reconstruída a partir de 2010 em uma ação na rua na celebração de meu

aniverário de 33 anos. Transophia é a performance que descreve a trajetória de Sophia

que muitas vezes se confunde à minha própria identidade e principalmente questiona o

uso das tecnologias na Amazônia, ideias desconstruidas de ciborgue, drag queens e

heroínas falidas. Este artigo propõe descrever experiências afetos e desafetos que nos

movem à construção deste jogo que às vezes chamamos de “performance cênica” para

adequar-se em uma classificação de linguagem artística, para isto irei bater papo com

amigos artistas sobre o processo e registrar e transcrever os relatos pessoais dos que

participaram desta vivência performática e que concordarem em compartilhar suas

impressões trocas afetos e desafetos.

1 Trabalho apresentado no II Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, realizado entre os dias 25 e 27 de outubro de 2016, Belém/PA.

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Palavras-chave: corpo-tecnologia, amazônia, ciborgue, monstrx

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1. C/B/7B9

Divindade mítica possessão glitérica escudo rosa defesa purpurinada re-

afirmação colorida salvação: Sofia tem asas, é a liberdade de extravasar as mais íntimas

repressões/proibições que sofro no meu corpo todos os dias nas pequenas ações/atitudes.

Desde o final dos anos 1990 que Sofia está comigo e a cada performance percebo mais a

proximidade com a rua o sobrenatural e os movimentos de Nzila. Na abertura do Auto

do Círio 2014 em um trabalho com o Corpo Sincrético iniciei a ação como seu Zé e no

meio dela, troquei de roupa, coloquei o salto e recebi Sofia rua oferenda dádiva

celebração. 11110111001. A reutilização de diversos materiais no corpo de sofia vai para

além do figurino tradicional, e os recicláveis e lixos eletrônicos entrelaçam-se e

constroem uma história extraordinária o mítico alegórico colaborativo que performa o

dia a dia. Ela não está vestida comumente, ela não é Pedro no cotidiano ela é a

tecnologia do possível ela é o faça você mesmo ela é a rede: sempre aproveitando-se do

material que se tem nas mãos, tentando re-construir objetos para acoplar ao corpo em

composições estéticas provocadoras para um jogo aleatório descompromissado em um

diálogo sobre as opressões fobias machismos e achismos sobre o corpo e atitudes do

próximo. “Amai-vos atai-vos” - Exu falou

meu corpo muda as tonalidades de intenção

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Na montagem/montaria/montação sempre peço ajuda às fina prelas arrazarem na

construção colaborativa do look dessa persona, deidade eleita como puta da rua que não

vale um centavo. O movimento em rede que sofia consegue articular provoca eventos

como delei-te e depilei-te que são duas performances em que a participação das pessoas

presentes estava extremamente ligada ao acontecimento. No meu aniversário de 33 anos

sofia articulou que amiguxs artistas participassem efetivamente de um grande evento em

que Sofia se monta na escadinha atravessa a estação das docas e o Ver-o-Peso e termina

com um banho de-leite na pedra do Ver-o-Peso. Este foi o primeiro trabalho depois de

tantos anos que Sofia estava desmaiada em coma. Depileite é o trabalho consecutivo ao

Deleite em que Sofia convida todxs a depilarem seu corpo que fica totalmente aberto e

vulneravel aos afiados barbeadores nas mãos de um publico ébrio esquina da Dr.

Moraes, na frente do antigo 8 Bar.

Depileite na frente do antigo 8 Bar

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e disse mãe:

“eis que te via sob mandrágoras e dromedários jasmim carmim entrepastos

entrepassados, e te dispunhas em baldes… em baldes baldes de leite se liquefaziam e jaz

temiam. ou temiam o jaz? q mais me importa? e sobremesa alta mesa sobre

sobressalente sobre saliente que se enturmou a querer balançá-la desabá-la. e temi

prantos, lembro-me perfeitamente. e te dizia: ‘segura o leite’, porque desta forma é a

norma forma enorme onde se assa pães asmos enformados. e te digo, segura o leite, pois

desta forma, a farta farpa rata que te corrói veias será suplantada e não mais te

admoestarei para que segures o leite.”

e eram três baldes sobre a mesa tenra mesa de pernas grossas macho viris. em riste de

quatro sustentavam arcas marcas e procissões. e em tal momento, frente a precipícios

caminhos e distraídos se via a sustentar três jarras jorros de leite deleite enfeite dentro e

fora de mim.

e disse mãe:

“e ao pores uma como adorno cabeça, ‘com baldes não se brinca’, logo disse e

teimosamente enfiaste aos teus sensores pueris trama de se querer quedar em

brincadeiras gostosas sobre leite. que mistura afã. (suspiro)

reclamo aos céus as sobrepujações que um dia tive e continuo tendo… não pode ser

meu erro, e nem minha estima que o tenham devorado. talvez a condenação ao que se

desperdiça a tenha dominado de tal forma que nem ele se dê conta de tamanhos baldes

que em risco se põe a balançar!”

eram três baldes…

da árvore que o bloco deu, do suor másculo de braços fortes a cortar puxar talhar

afrouxar alinhar aplainar empenar depenar madeiriço fronteiriço, já tarde disse isso:

‘que vários verbos são meras merdas’. o vôo de costas entre mesa e céu. as marcas de

chuva na pele azul. caleidoscópios em manchas de ébano e marfim.

entre infindo e chão madeira estava o leite.

eram tres baldes…

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e disse mãe:

“não vedes que a tormenta de tua vida é pôr-te a balançar ancas sobrepujadas em

diretrizes escandalizantes e que tua fé em ti é hóstia de angústia e dor???”

pó de até ser. pó de até existir. quero aspirar sensações. e dou-te vidas e amargos ais. se

te esbaldas em baldes ou achas desperdício, te dou suspiro de más alucinações ou

loucuras de avantajar olhos e lavar calçada.”

?

e disse mãe:

“pois quando se balançava se via leite servia deleite a olhos que desejavam ver cair, mas

eu não! disse há séculos, Laticínio, que se entornas o leite aos porcos, a quem irás

amamentar?”

salve leite salve lei de desejar beber mais.

sal vi mesmo desabar em campos. e tudo ressecar. sal e leite aquece estômago. só teu

deleite permanece insano. e minhas mãos param, se estendem em direção ás às que tem

fome e sede de leite.

e disse mãe:

“tsc tsc tsc

humpf. humhum…

(respiração profunda de desaparecimento d’alma)”2

Obrigada a todas as amigãããs

Ao Mauricio Franco e Nanan Falcão pelos figurinos escandalos que construiram, sem

eles metade do meu guarda-roupa não existiria.

Nunca quiz fazer a linha lypsinc nunca quiz ser bonita sempre quiz ser bonita nunca

quiz ser sempre quiz existir quiz show somos celebração fortaleza de corpo presente

2 arredão: texto produzido em 2010 como mote para a performance de-leite. https://deleitep.wordpress.com/arreda/

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máquina de guerra nas ruas, meu corpo se expõem enquanto suas idéias ficam no papel

não gosto da linha Ru Paul, adoro vê-las, mas não quero segui-las, a bicha na Amazônia

é outra coisa, são outras tonalidades exagerando por aqui, e gritando necessariamente,

que nem o chiado da internet de antigamente. Aqui somos low tech, somos sucata

eletrônica jogada no lixão das ryKa somos o próprio lixão, louvação ao ciborgue

incompleto ao projeto inacabado o que não deu certo o erro inacabado monstrx nunk

quis fazer a bailante cantante do palco dubladora miss sempre quis dar closet nuk nua

suada colo quente fluidos fervem numa batida nervosanos pés invoca ação signos que

constroem a performance resignificacoes informacoes do improviso

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

meu corpo não é controlado por você

Não é uma mulher nem seu arremedo é uma drag monstra, um feminino no

corpo de um homem cis os erros do olhar opressor as acusações dos outros o errado as

questões de sobrevivência em meio a este sistema o uso de tecnologias o meio

ambiente. Acho lindo saltos, amo todos eles, o salto é uma das tecnologias mais bela e

opressora no corpo de uma mulher: para quem sabe usá-lo, ao mesmo tempo que te

impõem uma postura e se sente que o corpo se remodela e fica pronto para uma

iminente ação, ele é opressor dolorido desgastante prejudicial à saúde como o uso de

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várias drogas que a gente tem por aí, é como o uso e a foda com os boys que a gente tem

por aí, tudo muito viciante, queria deixar alguns víço de lado mas não consigo.

Aquendassimi ocanissima do ocossimi acaissima, se a monassimi alaissima é

dizadissima no bajubássimi desaquendissimi que yo voy alissimi dar o close certo que

de denorex e elza to longe, quaquaquá, mas aquenda o otim e oxanã pra prima que tá

tudo certo.

Abrir os HD's e usar os ímans como eletromaquiagem, é sexy colocar e tirar os

objetos da boca e também é dolorido, pois os ímas grudam nas bochechas e são difíceis

de tirar e muitas vezes machuco a mucosa bucal. Todas as exposições e riscos e gritos

choros e risos que exponho nesta performance resignifico e transporto o ímã, por

exemplo, para o fetiche, pro amordaçar, pro afogamento pra junção corpo carne metal

propriedades ferromagneticas controles e poderes energéticos presentes nas mãos.

Antecedendo ao interior do teatro, na antesala quando o público chega há uma

exposição de bonecos de super-heróis de animação e quadrinhos, e quando se entra no

teatro sofia está em uma passarela acima do público toda envolta em tecido branco e a

visão é onírica, remetendo a um corpo moldável, transcedente, poderoso e ao mesmo

tempo mutável efêmero impotente o almejo da perfeição, pensamentos upados para uma

máquina e a vida eterna, a queda, o declínio do homem e sua incapacidade, seu corpo

perecível suas aflições, a incapacidade de regeneração, a finitude da vida, a dependência

das palavras e o angustiante vazio. Como será este ciborgue na amazônia, no CTRL+C

CTRL+V, na biopirataria low tech, no corpo masculino em busca do feminino. Monto e

desmonto possibilidades corpóreas a partir do que você cospe.

2. <b>01000001 00100000 01001101 01000101 01010100 01000001 01001101

01001111 01010010 01000110 01001111 01010011 01000101 ou </b>

transcedencia

corpo imaterial

materia = energia

011101000111001001100001011011100111001101100011011001010110010001100101

011011100110001101101001011000010000110100001010011000110110111101110010

01110000011011110010000001101001011011010110000101110100011001010111001

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01011100100110100101100001001000000011110100100000011001010110111001100

101011100100110011101101001011000010000110100001010

E = M*C^2

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<title>TRANSOPHIA - Renascida do coma - YouTube</title><link rel="canonical"

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no REATOR em julho de 2014 , com Pesquisa musical: Dudu Lobato, Direção: Nando

Lima, Assessoria de imprensa: Lucian...">

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3. E O LUGAR MAIS FRIO DO RIO É O MEU QUARTO

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4.0 PALOMA NEGRA

Artivismo na Praça Maranhão em frente a Igreja de Sant'Ana

Hay momentos en que quisiera mejor rajarme

Y arrancarme ya los clavos de mi penarPero mis ojos se mueren si mirar tus ojos

Y mi cariño con la aurora te vuelve a esperar

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5. DADOS coRELATOS sensAÇÕES

“Da Transophia eu acho que o que a gente propôs dessa interação natural tem a

ver com a questão da tecnologia e da interferencia na vida da gente, no sentido não da

alta tecnologia, pois na verdade nós nao vivemos no mundo da alta tecnologia, nós

vivemos no mundo da sucata tecnológica, e de como isso interfere no dia a dia da gente,

como vamos diariamente lidando com isso, como perdemos um tempo enorme nos

caixas eletrônicos do banco, porque os bancos aqui tem um sistema arcaico e os caixas

eletrônicos em si são objetos velhos, a internet é de baixa qualidade e aí o nosso dia a

dia já começa assim, se tu vai de manhã pagar uma conta já começa assim, quer dizer

quando tu colocas esse trabalho da Transophia de toda a tua experiência com esses

aparatos tecnologicos com essas traquitanas todas que tu estavas fazendo,

imediatamente fica relacionado com esse cotidiano atravanacado de que a gente mal

consegue se expressar como ser humano, como artista sei lá como, por conta de estar

atravessado por essas coisas todas, todas essas minúcias, essa coisa do celular que toca

toda hora, a sedução que a gente tem por essa pseudo-comunicação, porque as pessoas

acham que elas estão falando com um público enorme, quando na verdade no máximo

duas ou três pessoas leram a mensagem delas, e aí as pessoas vivem disputando a

atenção pela internet e como isso reverbera em tudo, desde o que a gente come até ao

sexo, a vida de todo mundo está ligada de uma forma ou de outra a essa rede. Quando a

Transophia está dentro desse universo, quando ela entra em casa, porque a Sophia é da

rua, mas quando ela entra em casa, ela vai pra esse universo atravancado dessa

comunicação , pois se na rua tem o feedback imediato, quando ela entra nesse espaço

físico restrito ela passa a tentar se igualar à máquina e aí ela é tão sucata quanto as

sucatas que a gente utiliza, aí ela percebe que o corpo tem todas as limitações e essas

questões que não são fechadas, que são absolutamente abertas porque nós vivemos

numa época em que tudo está por se construir o tempo inteiro, e aí enquanto artista

algumas pessoas levam isso muito a sério e eu acho que nós acabamos tendo que de

alguma forma debochar disso, que é uma maneira de conviver com esse inferno, com

esse surrealismo todo, na falta de palavras novas pra descrever esse trans)torno

tecnológico que vivemos, essa coisa do trans): da trans)fobia, da trans)tecnologia, da

trans)formação, da trans)filosofia, todas essas questões condensadas, espremidas,

amassadas na Transophia. E no teu caso acho que tu és uma pessoa do corpo, do físico e

de ir fazendo, atuando, armando essas coisas, vai vivendo e vai fazendo, vai vivendo e

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vai fazendo, por exemplo, aquela cena do ímã é sublinhar muito essa situação toda,

como que aquela cena fosse a síntese de tudo que é um pedaço de metal que se coloca

dentro do corpo e que nunca vai funcionar bem com o corpo, até pela própria natureza

do metal e esta natureza de ser humano então aquela cena pra mim ela é a sintese de

tudo o que tem na Transophia, que no fim a gente morre e toda essa tecnologia fica, com

maior ou menor qualidade, ela fica, pelo menos por enquanto não existe nenhuma

garantia de alma assim como não existe nenhuma garantia que você vai conseguir o éter

através da sua obra colocada nas páginas da internet, basta uma falta de energia elétrica

para se perder tudo. E ao mesmo tempo o ímã tem essa propriedade de atração, mas ele

atrai metal, atrai o igual, atrai a matéria inanimada, não combina com o espírito, com o

corpo, com a alma. A Transophia pra mim é esse dilema entre o físico, alguma coisa que

está para além do físico que a gente não sabe o que é,que a gente sabe assim como o

som, que ouvimos, e sabemos que é físico mas não enxergamos, e a linguagem que tem

por trás de cada um desses objetos que a gente sabe que ela existe, mas a gente não

domina, interage com ela por outros caminhos. A Transophia está nessa esfera”3.

“Não sei quando eu conheci Sofia, aliás, eu nem sei se a conheço, pois a cada

encontro ela se mostra renovada em um outro ser, em um outro corpo, uma outra

sintonia. Lembro de tê-la visto em Colares - a cidade dos ETs, famosa pela incidência

de aparição de OVNIs e por relatos de humanos abduzidos por seres extra terrestres,

estávamos na Terceira Égua, o Sarau do corpo poelytico (essa palavra é uma referência

ao conceito de poética política proposto por Fernando de Padua, e a Égua-Sarau é um

encontro anual realizado por coletivos independentes que coloca em debate e em

experimentação identidades corpo resistência e poética na Amazônia oriental). Sofia,

quer dizer, Pedro, ou sei lá quem lhe habitava o corpo naquele momento - me permito e

até vou cultivar essa dúvida sobre a identidade - chegou num ambiente desconhecido

em uma cidade que também era pouco conhecida... Corpo masculino em movimentos

femininos. A praça, palco das representações de personagens sociais - alguns bastante

fictícios.... E assim, num misto de realidade e ficção, entre seres terrenos e personagens

mitológicos, meio humano - meio deusa vinda de algum céu de outro planeta, aquele

corpo vai se transmutando em Sofia... Sofia é provocadora, e não deixa ninguém sem

resposta, ela é dúbia.... Amável e agressiva, deusa e humana, real e fictícia. Sofia

comanda soberana um ritual de passagem entre passantes, brincantes, amantes...”4

3 Conversa com o performer Nando Lima4 Conversa com o artista paraense Arthur Leandro

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chapa testa

ferrofogo

foi assim que se descobriu a vidasentido sentindo das coisas que sobre)vivi ou que te disse já nem sei mais que conto que

conto estive dedilhando teclado? contas quantas contas e letras formam uma palavrameu corpo frágil jah se foi transmutou transcendeu transliteração do que há de vir agora

comunico-em pelos outros eus binários refratários suspiros de zeros e uns hums ais ásde copas cópulas conexões como pássaros como asas como penas de pavão voo longe

dependurado em suas inquietações não creio mais nos outros nem em mim transfigurasliquefazem nos jardins afetos luminescentes afeto fios cabos plug and play toca o além

toca na cabeça toca de felino voraz pontas afiadas unhas e dentes amolados imoladocorpo táctil oferenda mítica mitiga carne e sangue transforma transporta transcreve

pulsos pulsações incorrupto majestoso vai além transmatéria translate transcorpo5

“A Transophia foi meu primeiro trabalho no Reator, meu primeiro trabalho com

Nando Lima e com Pedro Olaia e este trabalho significa muito para mim não só porque

fiquei encarregado pela parte do som e da trilha sonora da performance, mas o mais

legal foi trabalhar numa performance com uma personagem da rua que pela primeira

vez ia pra dentro de um espaço fechado, “caixa preta”, em um trabalho em processo. As

músicas que sugeri foram logo aceitas pelo Pedro e Nando e ver o Pedro aliar essas

músicas com as ações performáticas, brincando junto com os efietos que eram

colocados com a mesa de som e das caixas amplificadas e que tudo isso se incorporou a

performance de uma forma homogênea contribuindo para os questionamentos e

provocações que eram vomitadas ao público junto com as projeções, os textos, aquele

video absurdo do final q o Nando coloca e a próprio cenário que podia ser o quarto da

personagem, por exemplo. O público entrava na antesala e tinha uma exposição com

figuras de animação de uma coleção pessoal que tenho há muitos anos, no espaço de

apresentação tinha fitas zebradas impedindo o acesso para o espaço onde as pessoas

podiam ficar mais a vontade, as pessoas tinham q romper essas fitas e se colocar pelo

espaço, se colocar livremente pelo chão se elas quisessem ficar sentadas

confortavelmente. E esperar a performance começar, e ela começava nos altos em uma

passarela que liga a casa do Nando, da cozinha para o quanto, dentro da sua própria

casa. O Pedro descia dos altos para o tablado, e depois não tinha mais como você tirar

os olhos do tablado, era uma hora intensa e muito elétrica, e pretendo sim experimentar

5 Poema construído em 2014 para a performance Transophia

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mais este trabalho com novos recursos e possibilidades de interação

corpo+equipamentos sonoros, e também levar esse trabalho pra rua.” 6

Minha mãe dizia e vivia repetindo que os baldes de leite derramados, que ela viu

em sonhos era porque eu estava abandonando as oportunidades de estudos que na época

eu estava tendo. Eu ainda era novo, mas sempre fui muito ligado a espiritualidade,

sonhos e premonições, e por isso fiquei bem apreensivo com este sonho. Quando

completei 30 anos, lembrei novamente do sonho e rapidamente associei o ato de

derramar o leite a derramar ações artísticas na rua, como eu costumeiramente já estava

fazendo como performer da cidade de Belém. Era isso: distribuir, compartilhar,

derramar na rua toda minha oferenda, todo meu leiteao que tem fome, aos que precisam

se alimentar. A rua, espaço democrático onde todos podem tudo, na encruzilhada Sofia

se retroalimenta abre o peito e compartilha seu coração, sofia me ensina que o erro é

irmão do pecado e são estas concepções que tolhem nosso corpo, nos impedem de nos

alcançar mais além. Não vim para determinar momentos e instituir missões, mas sim

aprender bebendo das nossas indagações.

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6 Conversa com o fotógrafo e performer Dudu Lobato

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prefiro sentir a falar, a palavra é necessidade humana para atribuir nome às coisas,

preencher o espaço vazio tentativa de explicar o que se vê ouve sente, só que a palavra

que se atribuiu para definir algo pode não ser o que se esperava em seu significado e

assim vão se formando percepções individuais da palavra e quanto mais nos prendemos

à palavra, mais nos tornamos dependentes e quanto mais palavras se juntam em nossas

mentes mais mal entendidos temos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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?????????????????????????????? Sofia é o caos ????????

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???????????????????? não sei onde vamos

chegar ??????????????????????????????????????

…………………….

??por que as pessoas sadias adoecem??????????????????????????????????????

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meu corpo não é meu ? e de quem que é? Sofia é o corpo liberto em contato com o

sobrenatural e o real na virtualidade digitofágica e na ritualística dos caminhos e da

rua ????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

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as pessoas não são ?

más????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

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Entrego e confio meu corpo à rua, minha mãe e companheira, o local mais justo

afetivo realmente público e ao mesmo tempo violento perigoso mortal ??

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Nós consumismo o lixo tecnológico europeu/americano e não tem como escapar disso.

Ainda há tempo7 ?

7 “Ainda há Tempo”, música de Criolo. Link: https://youtu.be/3rUqUmJrgl8

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REFERÊNCIAS e links

Corpo Sincrético no Auto do Círio

https://youtu.be/AjKQyJZURR0

Deleite

https://deleitep.wordpress.com

Égua: Sarau!

http://eguasarau.blogspot.com.br/

Terceira Égua: Sarau do Corpo Poelytik

Sophia Christi: Louvores em Tons de Rosa

https://youtu.be/DZm5Em7Iuvc

Transophia

https://youtu.be/lsJrEDOpHFY

https://youtu.be/nM2wI3vi8sE

https://youtu.be/A2TjBPx_hTc

https://youtu.be/Whn6DClC8to

https://youtu.be/hbFdNqu7hPA