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Todos sabemos o quão importante é a aparência em nossa sociedade atual. No Brasil, especificamente, há uma enorme quantidade de pessoas insatisfeitas com seu corpo, razão pela qual é um dos países onde mais se realizam cirurgias plásticas, perdendo apenas para os Estados Unidos! Entre as reclamações frequentes por parte de mulheres e homens está a dita gordura localizada. Aquela que faz jovens e senhoras pularem cedo da cama direto para a academia com um só objetivo: queimá-la. De fato, fala-se muito em "queimar" gordura, em uma alusão ao gasto de energia promovido por exercícios físicos. Mas e se eu lhe disser que podemos congelar as gordurinhas pra acabarmos com elas? Isso mesmo, essa foi a descoberta de pesquisadores da Harvard em 2008 que está fazendo muito sucesso no mundo todo, a chamada criolipólise. A Criolipólise, a criança, o picolé e a amazona Criolipólise é um tratamento que promove o congelamento da gordura localizada subcutânea e sua consequente eliminação pela urina, fezes e suor em razão de sua apoptose ( morte celular). E como é que eles tiveram essa brilhante ideia? É aí que o assunto começa a ficar interessante. Os estudos foram motivados pelas seguintes constatações: a de que crianças que chupavam muito picolé e sorvete apresentavam uma redução no volume dos lábios; e a de que amazonas que cavalgavam em climas gélidos vestindo calças apertadas apresentavam uma diminuição no volume das coxas, na parte interna. A partir disso, passou-se a considerar a possibilidade de o frio ser o causador de certa redução de adipócitos quando estes a ele são expostos de forma prolongada. Os porquinhos e a gordura localizada Os primeiros testes de manipulação do frio para redução de gordura foi feito em porquinhos, sob o comando dos professores de Medicina de Havard Dieter Manstein e R. Rox Anderson. Eles acoplaram uma ponteira em regiões gordurosas dos porcos, a qual, através de um vácuo potente, era capaz de sugar as áreas, de modo a isolá-las. Feito isso, acionou-se um comando para resfriar a ponteira a até -7 Graus Celsius por um período prolongado. Os resultados foram surpreendentes: não houve alteração no colesterol e triglicerídeos durante todo o procedimento, nem nenhum problema com a saúde dos animais e, de quebra, houve uma redução de até 50% de gordura nas regiões tratadas! Incrível, não? Deste teste bem sucedido para a ampla utilização da criolipólise em clínicas de estética foi um pulo. Um ano depois foram feitos mais dois experimentos com mais de 40 pessoas que também foram um sucesso e, em 2010, o procedimento foi liberado nos Estados Unidos pelo órgão de controle americano, o FDA - Food and Drug Administration. Mais detalhes podem ser encontrados neste artigo sobre criolipólise que cita as pesquisas feitas. O interessante é que todos estes estudos revelaram algo curioso: a gordura é mais sensível ao frio do que a pele e os músculos e é somente por isso que a criolipólise funciona. Caso contrário, ocorreriam queimaduras e danos aos demais tecidos no momento do resfriamento, e isso não acontece! A pele sai intacta do procedimento. Eis que nasce um procedimento que funciona como uma lipoaspiração - pois remove as células de gordura não apenas as murcha - mas não invasivo, sem dor alguma, sem deixar o paciente de molho e sem riscos para sua saúde! Parece fantástico, não? Essa técnica às vezes é confundida com a laserlipólise, veja aqui as diferenças.

Tratamento com Criolipólise

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Descubra informações sobre o procedimento estético da criolipólise. A criolipólise - também chamada de Coolsculpting nos Estados Unidos - é um tratamento ideal para quem está querendo perder as gorduras localizadas, e é uma ótima alternativa para quem não quer fazer procedimentos estéticos que envolvem cirurgia.

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Todos sabemos o quão importante é a aparência em nossa sociedade atual. No Brasil, especificamente, há uma enorme

quantidade de pessoas insatisfeitas com seu corpo, razão pela qual é um dos países onde mais se realizam cirurgias

plásticas, perdendo apenas para os Estados Unidos!

Entre as reclamações frequentes por parte de mulheres e homens está a dita gordura localizada. Aquela que faz jovens e

senhoras pularem cedo da cama direto para a academia com um só objetivo: queimá-la. De fato, fala-se muito em

"queimar" gordura, em uma alusão ao gasto de energia promovido por exercícios físicos. Mas e se eu lhe disser que

podemos congelar as gordurinhas pra acabarmos com elas? Isso mesmo, essa foi a descoberta de pesquisadores da

Harvard em 2008 que está fazendo muito sucesso no mundo todo, a chamada criolipólise.

A Criolipólise, a criança, o picolé e a amazona

Criolipólise é um tratamento que promove o congelamento da gordura localizada subcutânea e sua consequente

eliminação pela urina, fezes e suor em razão de sua apoptose ( morte celular). E como é que eles tiveram essa brilhante

ideia? É aí que o assunto começa a ficar interessante.

Os estudos foram motivados pelas seguintes constatações: a de que crianças que chupavam muito picolé e sorvete

apresentavam uma redução no volume dos lábios; e a de que amazonas que cavalgavam em climas gélidos vestindo

calças apertadas apresentavam uma diminuição no volume das coxas, na parte interna. A partir disso, passou-se a

considerar a possibilidade de o frio ser o causador de certa redução de adipócitos quando estes a ele são expostos de

forma prolongada.

Os porquinhos e a gordura localizada

Os primeiros testes de manipulação do frio para redução de gordura foi feito em porquinhos, sob o comando dos

professores de Medicina de Havard Dieter Manstein e R. Rox Anderson. Eles acoplaram uma ponteira em regiões

gordurosas dos porcos, a qual, através de um vácuo potente, era capaz de sugar as áreas, de modo a isolá-las. Feito isso,

acionou-se um comando para resfriar a ponteira a até -7 Graus Celsius por um período prolongado.

Os resultados foram surpreendentes: não houve alteração no colesterol e triglicerídeos durante todo o procedimento,

nem nenhum problema com a saúde dos animais e, de quebra, houve uma redução de até 50% de gordura nas regiões

tratadas! Incrível, não?

Deste teste bem sucedido para a ampla utilização da criolipólise em clínicas de estética foi um pulo. Um ano depois

foram feitos mais dois experimentos com mais de 40 pessoas que também foram um sucesso e, em 2010, o

procedimento foi liberado nos Estados Unidos pelo órgão de controle americano, o FDA - Food and Drug

Administration. Mais detalhes podem ser encontrados neste artigo sobre criolipólise que cita as pesquisas feitas.

O interessante é que todos estes estudos revelaram algo curioso: a gordura é mais sensível ao frio do que a pele e os

músculos e é somente por isso que a criolipólise funciona. Caso contrário, ocorreriam queimaduras e danos aos demais

tecidos no momento do resfriamento, e isso não acontece! A pele sai intacta do procedimento.

Eis que nasce um procedimento que funciona como uma lipoaspiração - pois remove as células de gordura não apenas as

murcha - mas não invasivo, sem dor alguma, sem deixar o paciente de molho e sem riscos para sua saúde! Parece

fantástico, não?

Essa técnica às vezes é confundida com a laserlipólise, veja aqui as diferenças.