38
PROCESSO CIVIL TRF 4ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO

TRF 4ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO. A ULAS 07 E 08 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 1. D A CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Trata-se de uma forma de extinção das obrigações,

Embed Size (px)

Citation preview

  • Slide 1
  • TRF 4 REGIO TCNICO JUDICIRIO
  • Slide 2
  • A ULAS 07 E 08 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 1. D A CONSIGNAO EM PAGAMENTO Trata-se de uma forma de extino das obrigaes, constituindo-se um pagamento indireto da prestao avenada. Art. 890. Nos casos previstos em lei, poder o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignao da quantia ou da coisa devida.
  • Slide 3
  • 1.1. Consignao Extrajudicial Lei 8.951/94 art. 890 do CPC. Art. 890, 1 CPC: Tratando-se de obrigao em dinheiro, poder o devedor ou terceiro optar pelo depsito da quantia devida, em estabelecimento bancrio oficial, onde houver, situado no lugar do pagamento, em conta com correo monetria, cientificando-se o credor por carta com aviso de recepo, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestao de recusa. ATENO: tal procedimento extrajudicial somente aplicvel em se tratando de obrigaes pecunirias, no sendo possvel sua aplicao em relaes obrigacionais relacionadas com a entrega de coisa. Para estas, resta somente a via judicial.
  • Slide 4
  • Art. 890, 2. Decorrido o prazo referido no pargrafo anterior, sem a manifestao de recusa, reputar-se- o devedor liberado da obrigao, ficando disposio do credor a quantia depositada. IMPORTANTE: o prazo de 10 dias deve ter seu termo inicial a partir da data em que foi efetivamente cientificado o credor acerca do depsito, e no do retorno do aviso de recebimento. Art. 890, 3. Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancrio, o devedor ou terceiro poder propor, dentro de 30 dias, a ao de consignao, instruindo a inicial com a prova do depsito e da recusa. 4. No proposta a ao no prazo do pargrafo anterior, ficar sem efeito o depsito, podendo levant-lo o depositante.
  • Slide 5
  • CONCLUSO: na consignao extrajudicial, o silncio do credor caracterizar aceitao do depsito; a inrcia do devedor, no promovendo a ao no prazo, a sua mora. ATENO: a consignao extrajudicial no constitui-se em procedimento preparatrio necessrio para o ajuizamento posterior da ao de consignao em pagamento, mas sim mera faculdade legal, podendo o devedor, se desejar, ajuizar diretamente a ao judicial de consignao.
  • Slide 6
  • 1.2. Consignao Judicial Procedimento especial: arts. 890 a 900 do CPC. COMPETNCIA: local indicado para o adimplemento da obrigao (art. 891 CPC). INICIAL: requerimento de depsito (podendo ser procedido mesmo antes do ajuizamento) e o ru citado, podendo aceitar o valor ou, recusando, apresentar resposta.
  • Slide 7
  • Art. 893. O autor, na petio inicial, requerer: I o depsito da quantia ou da coisa devida a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hiptese do 3 do art. 890. Art. 896. Na contestao, o ru poder alegar que: I no houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; II foi justa a recusa; III o depsito no se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; IV o depsito no integral. Pargrafo nico. No caso do inciso IV, a alegao ser admissvel se o ru indicar o montante que entende devido. Art. 897. No oferecida a contestao, e ocorrentes os efeitos da revelia, o juiz julgar procedente o pedido, declarar extinta a obrigao e condenar o ru nas custas e honorrios advocatcios. Pargrafo nico. Proceder-se- do mesmo modo se o credor receber e der quitao.
  • Slide 8
  • 2. DAS AES POSSESSRIAS 2.1. Espcies de aes possessrias REINTEGRAO DE POSSE De acordo com a sistemtica vigente no pas, toda vez que ocorrer esbulho e esbulho significa privao, a medida a ser eleita a REINTEGRAO DE POSSE. MANUTENO DE POSSE Toda vez que houver turbao, e turbao significa incmodo, a medida a tal da MANUTENO DE POSSE. INTERDITO PROIBITRIO Toda vez que houver ameaa, e ameaa significa fato ainda no consumado (porque se consumar turbao ou esbulho), a medida o INTERDITO PROIBITRIO (que foi a primeira que nasceu no direito romano).
  • Slide 9
  • 2.2. Fungibilidade entre as aes possessrias art. 920, do CPC. Art. 920 - A propositura de uma ao possessria em vez de outra no obstar a que o juiz conhea do pedido e outorgue a proteo legal correspondente quela, cujos requisitos estejam provados. Art. 923 - Na pendncia do processo possessrio, defeso, assim ao autor como ao ru, intentar a ao de reconhecimento do domnio. Quer dizer, se voc est alugando a minha casa, mas eu no quero mais voc l, eu vou ter que esperar o contrato acabar. Em casos assim, a posse direta prevalece sobre a posse indireta.
  • Slide 10
  • 2.4. Os ritos das aes possessrias Se a possessria for de fora nova, e fora nova aquela que o vcio aconteceu a menos de ano e dia, diante de esbulho, turbao ou ameaa de menos de ano e dia, voc tem direito a uma possessria pelo rito especial do CPC, que e o do art. 920 at o art. 932. Qual a vantagem/desvantagem de voc ter a ao pelo rito especial ou no ter pelo rito especial? Qual a vantagem de voc ter a ao pelo rito do CPC, Livro IV, e pelo fato de voc processar pelo ordinrio, sumrio ou sumarssimo? A vantagem que quando o procedimento especial voc tem direito a uma liminar antecipatria de tutela independentemente do preenchimento do requisito do art. 273, do CPC. Art. 928 - Estando a petio inicial devidamente instruda, o juiz deferir, sem ouvir o ru, a expedio do mandado liminar de manuteno ou de reintegrao; no caso contrrio, determinar que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o ru para comparecer audincia que for designada.
  • Slide 11
  • Liminar antecipatria - Art. 928, do CPC Afinal de contas, o que se precisa provar para poder ter direito a essa liminar antecipatria? No precisa provar periculum in mora, no precisa provar dano iminente ou de difcil reparao, que so requisitos do art. 273. Para se obter a liminar antecipatria, vai, simplesmente, precisar provar os requisitos do art. 927, do CPC. Art. 927 - Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbao ou o esbulho praticado pelo ru; III - a data da turbao ou do esbulho; IV - a continuao da posse, embora turbada, na ao de manuteno; a perda da posse, na ao de reintegrao.
  • Slide 12
  • Se a ao for de fora velha (esbulho ou turbao aconteceu h mais de ano e dia), o art. 924, do CPC, vai dizer que a ao possessria vai correr: 1) Pelo rito comum ordinrio (e no esquece que o comum pode ser o sumrio ou o ordinrio dependendo do valor da causa), ou 2) Pelo rito sumarssimo dos Juizados Especiais Cveis, vez que a Lei 9.099/95 (art. 40, III) prev expressamente o cabimento de aes possessrias nos Juizados Especiais, desde que o valor do bem seja inferior a 40 salrios mnimos. Art. 924 - Regem o procedimento de manuteno e de reintegrao de posse as normas da seo seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbao ou do esbulho; passado esse prazo, ser ordinrio, no perdendo, contudo, o carter possessrio.
  • Slide 13
  • ATENO: O art. 921 traz uma hiptese em que se pode cumular pedidos na possessria, mas sem perder o procedimento especial, ou seja, mantm-se a possibilidade de concesso da medida liminar. Isso quer dizer que o art. 921 uma exceo ao art. 292, do CPC. Art. 921 - lcito ao autor cumular ao pedido possessrio o de: I - condenao em perdas e danos; II - cominao de pena para caso de nova turbao ou esbulho; III - desfazimento de construo ou plantao feita em detrimento de sua posse. Pode-se fazer trs tipos de pedido junto com a possessria: perdas e danos, multa para evitar nova invaso e desfazimento de plantao ou construo.
  • Slide 14
  • 3. EMBARGOS DE TERCEIRO Instrumento para a defesa da posse ou da propriedade de bens indevidamente atingidos por constrio judicial em sede executiva ou no. ATENO: semelhana com as aes possessrias Nos embargos de terceiro ns tambm visualizamos uma situao de esbulho ou turbao. A diferena em relao ao causador desse esbulho ou turbao: Se for judicial, embargos de terceiro; se for particular ou o Poder Pblico (algum que no seja o Poder Judicirio), ao possessria.
  • Slide 15
  • 3.1. Competncia: Art. 1.049 - Os embargos sero distribudos por dependncia e correro em autos distintos perante o mesmo juiz que ordenou a apreenso. Trata-se de um vnculo funcional entre o juzo da apreenso e o juzo dos embargos de terceiro, de modo que eu estou diante de uma competncia absoluta. Na verdade, a natureza dos embargos de terceiro : Ao de conhecimento de rito especial autnoma ao feito onde apreendidos os bens, mas acessria e conexa dita ao principal. E se outro juiz julgar os embargos de terceiro? A deciso nula, seguindo a regra do art. 113, do CPC.
  • Slide 16
  • 3.2. Hipteses de Cabimento 1 Hiptese: Turbao ou esbulho judicial art. 1.046 Art. 1.046 - Quem, no sendo parte no processo, sofrer turbao ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreenso judicial, em casos como o de penhora, depsito, arresto, seqestro, alienao judicial, arrecadao, arrolamento, inventrio, partilha, poder requerer lhe sejam manutenidos ou restitudos por meio de embargos. 2 Hiptese: Aes de Diviso ou Demarcao art. 1.047, I Art. 1.047 - Admitem-se ainda embargos de terceiro: I - para a defesa da posse, quando, nas aes de diviso ou de demarcao, for o imvel sujeito a atos materiais, preparatrios ou definitivos, da partilha ou da fixao de rumos ;
  • Slide 17
  • 2 Hiptese: Credor com garantia real art. 1.047, II Art. 1.047 - Admitem-se ainda embargos de terceiro: II - para o credor com garantia real obstar alienao judicial do objeto da hipoteca, penhor ou anticrese. 3. Procedimento Art. 1.048. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto no transitada em julgado a sentena, e, no processo de execuo, at 5 (cinco) dias depois da arrematao, adjudicao ou remio, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Art. 1.053 - Os embargos podero ser contestados no prazo de 10 (dez) dias, findo o qual proceder-se- de acordo com o disposto no Art. 803 (CAUTELARES INOMINADAS).
  • Slide 18
  • Art. 1.050. O embargante, em petio elaborada com observncia do disposto no art. 282, far a prova sumria de sua posse e a qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. 1 o facultada a prova da posse em audincia preliminar designada pelo juiz. 2 o O possuidor direto pode alegar, com a sua posse, domnio alheio. 3 o A citao ser pessoal, se o embargado no tiver procurador constitudo nos autos da ao principal. Art. 1.051. Julgando suficientemente provada a posse, o juiz deferir liminarmente os embargos e ordenar a expedio de mandado de manuteno ou de restituio em favor do embargante, que s receber os bens depois de prestar cauo de os devolver com seus rendimentos, caso sejam afinal declarados improcedentes.
  • Slide 19
  • JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS 1. Fundamento Legal: Lei 9.099/1995; Lei 10.259/2001 aplica-se subsidiariamente a lei 9.099/1995. 2. Finalidade Prevista no art. 2 da Lei 9.099/95, ao tratar dos princpios informadores do juizado, sendo eles: a) oralidade; b) simplicidade; c) informalidade; d) economia processual; e, e) celeridade.
  • Slide 20
  • Tem por finalidade o juizado especial: a soluo rpida dos litgios de baixa complexidade (pequenas causas). a busca da conciliao, da transao, estimulando meios de composio do litgio, mesmo antes da sentena, com a aproximao das partes na audincia de conciliao. No mbito da justia federal, a Lei n 10.259, de 12 de julho de 2001, instituiu os Juizados Especiais Cveis Federais (JEF), com a aplicao subsidiria da Lei 9.099/1995. Art. 1. So institudos os Juizados Especiais Cveis e Criminais da Justia Federal, aos quais se aplica, no que no conflitar com esta Lei, o disposto na Le i no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
  • Slide 21
  • 3. Cabimento No juizado especial cvel estadual, (JEC) assim reza a Lei n 9.099/95, em seu artigo 3: Art. 3 O Juizado Especial Cvel tem competncia para conciliao, processo e julgamento das causas cveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor no exceda a quarenta vezes o salrio mnimo; II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Cdigo de Processo Civil; III - a ao de despejo para uso prprio; IV - as aes possessrias sobre bens imveis de valor no excedente ao fixado no inciso I deste artigo. 2 Ficam excludas da competncia do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pblica, e tambm as relativas a acidentes de trabalho, a resduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
  • Slide 22
  • No juizado especial federal (JEF), em seu artigo 3: Art. 3. Compete ao Juizado Especial Federal Cvel processar, conciliar e julgar causas de competncia da Justia Federal at o valor de sessenta salrios mnimos, bem como executar as suas sentenas. 1 No se incluem na competncia do Juizado Especial Cvel as causas: I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituio Federal: CRFB/1988, art. 109: II - As causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Municpio ou pessoa domiciliada ou residente no Pas; III As causas fundadas em tratado ou contrato da Unio com Estado estrangeiro ou organismo internacional; XI a disputa sobre direitos indgenas. as aes de mandado de segurana, de desapropriao, de diviso e demarcao, populares, execues fiscais e por improbidade administrativa e as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogneos;
  • Slide 23
  • II - sobre bens imveis da Unio, autarquias e fundaes pblicas federais; III - para a anulao ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciria e o de lanamento fiscal; IV - que tenham como objeto a impugnao da pena de demisso imposta a servidores pblicos civis ou de sanes disciplinares aplicadas a militares. 2 Quando a pretenso versar sobre obrigaes vincendas, para fins de competncia do Juizado Especial, a soma de doze parcelas no poder exceder o valor referido no art. 3, caput.
  • Slide 24
  • 4. Foro competente Cumpre esclarecer que o juizado especial cvel estadual (JEC) uma opo da parte autora que poder demandar perante a justia comum, no rito prprio. De outra banda, o juizado especial federal de COMPETNCIA ABSOLUTA quando instalado no foro competente, no estando disposio da parte optar por tramitar ou no a causa no juizado especial federal (JEF), nos termos do art. 3, pargrafo 3 da lei 10.259/2001. 3 o No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competncia absoluta.
  • Slide 25
  • No rito do JEC o art. 4 da lei 9.099/1995 dispe que competente o juizado do foro: - do domiclio do ru ou, a critrio do autor, do local onde aquele exera atividades profissionais ou econmicas ou mantenha estabelecimento, filial, agncia, sucursal ou escritrio; -do lugar onde a obrigao deva ser satisfeita; -do domiclio do autor ou do local do ato ou fato, nas aes para reparao de dano de qualquer natureza. Entretanto, em qualquer hiptese poder a ao ser proposta no domiclio do ru. ATENO: No rito do JEF o art. 20 refere que onde no houver Vara Federal, a causa poder ser proposta no Juizado Especial Federal mais prximo do foro definido no a rt. 4 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, vedada a aplicao desta Lei no juzo estadual.
  • Slide 26
  • 5. As partes no juizado Quanto legitimidade ativa, somente as pessoas fsicas capazes sero admitidas a propor ao perante o Juizado Especial As pessoas jurdicas, em regra, no possuem legitimidade ativa para propor ao perante o juizado especial cvel estadual. Exceo: microempresa e da empresa de pequeno porte para propor ao no juizado, desde que comprovada documentalmente esta condio, o que vem confirmado pela legislao. Art. 6 Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cvel: I como autores, as pessoas fsicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei n 9.317, de 5 de dezembro de 1996; ATENO: Inclusive o incapaz, ao contrrio do JEC estadual. Isso decorre da prpria natureza das lides do JEF, em que se postula, por exemplo, benefcios assistenciais em favor do incapaz sem recursos suficientes.
  • Slide 27
  • II como rs, a Unio, autarquias, fundaes e empresas pblicas federais Capacidade postulatria: consoante art. 9 da lei do JEC, nas causas de valor at vinte salrios mnimos, as partes comparecero pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado. Sendo superior a vinte salrios mnimos, a representao por advogado obrigatria. IMPORTANTE: no haver prazo diferenciado para a prtica de qualquer ato processual pelas pessoas jurdicas de direito pblico, inclusive a interposio de recursos, devendo a citao para audincia de conciliao ser efetuada com antecedncia mnima de trinta dias.
  • Slide 28
  • 6. Procedimento A parte autora far requerimento escrito ou via oral. Sendo via oral aplica-se o art. 14, 3 que estabelece a reduo a termo pela Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o sistema de fichas ou formulrios impressos. Ato contnuo ser a realizao de audincia de conciliao, a realizar-se no prazo de quinze dias. Poder ocorrer o chamado pedido contraposto. No se fala em reconveno, esta incabvel no rito do juizado especial,
  • Slide 29
  • No rito do previsto pela lei 9.099/1995, no se admitir a citao por edital. No mbito do juizado especial federal (JEF), as citaes e intimaes da Unio, autarquias, fundaes e empresas pblicas ser feita na pessoa do representante mximo da entidade, no local onde proposta a causa, quando ali instalado seu escritrio ou representao; se no, na sede da entidade. Sero decididos de plano todos os incidentes que possam interferir no regular prosseguimento da audincia. As demais questes sero decididas na sentena. Sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se- imediatamente a parte contrria, sem interrupo da audincia.
  • Slide 30
  • 7. A resposta do ru Conforme estabelece a lei 9.099/1995 a contestao, que ser oral ou escrita, conter toda matria de defesa, exceto arguio de suspeio ou impedimento do Juiz, que se processar na forma da legislao em vigor. Poder o Ru ofertar pedido contraposto, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvrsia. O autor poder responder ao pedido do ru na prpria audincia ou requerer a designao da nova data, que ser desde logo fixada, cientes todos os presentes.
  • Slide 31
  • 8. Da fase probatria Consoante dispe a lei do JEC, todos os meios de prova moralmente legtimos, ainda que no especificados em lei, so hbeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes. As provas sero produzidas na audincia de instruo e julgamento, ainda que no requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatrias. Ocorre limitao do nmero de testemunhas, at o mximo de trs para cada parte. Estas comparecero audincia de instruo e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimao, ou mediante esta, se assim for requerido. O requerimento para intimao das testemunhas dever ser apresentado Secretaria no mnimo cinco dias antes da audincia de instruo e julgamento.
  • Slide 32
  • Na hiptese de no comparecimento de uma testemunha intimada, o Juiz poder determinar sua imediata conduo, valendo-se, se necessrio, do concurso da fora pblica. Quando a prova do fato exigir, o Juiz poder inquirir tcnicos de sua confiana, permitida s partes a apresentao de parecer tcnico. No curso da audincia, poder o Juiz, de ofcio ou a requerimento das partes, realizar inspeo em pessoas ou coisas, ou determinar que o faa pessoa de sua confiana, que lhe relatar informalmente o verificado.
  • Slide 33
  • 9. A sentena A sentena mencionar os elementos de convico do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audincia, dispensado o relatrio. No se admitir sentena condenatria por quantia ilquida, ainda que genrico o pedido. ineficaz a sentena condenatria na parte que exceder a alada estabelecida n a lei 9.099/1995 Juizado Especial Cvel Estadual. Embora os atos processuais sejam dirigidos pelo juiz leigo, bem como a sugesto de sentena, esta dever ser homologada por juiz togado, por juiz de direito. No h condenao em honorrios advocatcios. No se admitir ao rescisria nas causas sujeitas ao procedimento do juizado especial.
  • Slide 34
  • 10. O Recurso Inominado Uma vez sentenciado o processo no rito dos juizados especiais, cabvel o Recurso Inominado. No caber Recurso Inominado da sentena homologatria de conciliao ou laudo arbitral. O recurso ser julgado por uma turma composta por trs Juzes togados, em exerccio no primeiro grau de jurisdio, reunidos na sede do Juizado, denominada Turma Recursal. No recurso, as partes sero obrigatoriamente representadas por advogado. O recurso ser interposto no prazo de dez dias, contados da cincia da sentena, por petio escrita, da qual constaro as razes e o pedido do recorrente.
  • Slide 35
  • A sentena de primeiro grau no condenar o vencido em custas e honorrios de advogado, ressalvados os casos de litigncia de m-f. Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagar as custas e honorrios de advogado, que sero fixados entre dez por cento e vinte por cento do valor da condenao ou, no havendo condenao, do valor corrigido da causa. 11. Embargos de declarao Os embargos de declarao sero interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da cincia da deciso. IMPORTANTE: No rito do juizado especial, os embargos de declarao NO suspendero o prazo para recurso. Desta forma, no h interrupo do prazo p ara recurso, como ocorre no rito comum.
  • Slide 36
  • 12. No cabimento de Agravo de Instrumento No juizado especial no cabvel o recurso de agravo de instrumento. Art. 5 Exceto nos casos do art. 4, somente ser admitido recurso de sentena definitiva 13. No-cabimento de Recurso Especial Smula 203 do S TJ O Recurso Especial do acrdo das Turmas Recursais no cabvel no rito do juizado especial. 14. Cabimento de Recurso Extraordinrio cabvel o Recurso Extraordinrio no rito do Juizado Especial, a teor do artigo 102, III da CRFB/1988.
  • Slide 37
  • 15. Pedido de Uniformizao A lei 10.259/2001 que regula o juizado especial federal, traz em seu bojo a possibilidade do pedido de uniformizao. Tal pedido resta contemplado apenas no rito do juizado especial federal, sendo cabvel quando houver divergncia entre decises sobre questes de direito material proferidas por Turmas Recursais na interpretao da lei. O pedido fundado em divergncia entre Turmas da mesma Regio ser julgado em reunio conjunta das Turmas em conflito, sob a presidncia do Juiz Coordenador. O pedido fundado em divergncia entre decises de turmas de diferentes regies ou da proferida em contrariedade a smula ou jurisprudncia dominante do STJ ser julgado por Turma de Uniformi zao, integrada por juzes de Turmas Recursais, sob a presidncia do Coordenador da Justia Federal.
  • Slide 38