Upload
internet
View
109
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
TUMORES BRONCOPULMONARES
CADEIRA DE PNEUMOLOGIACarlos Robalo [email protected]
• Epidemiologia e Etiologia• Carcinogénese• Classificação e Histologia dos Tumores Broncopulmonares• Quadro Clínico do Carcinoma Brônquico• Métodos de Diagnóstico• Diagnóstico Precoce e Prevenção• Estadiamento• Terapêutica• Outros Tumores Broncopulmonares
TUMORES BRONCOPULMONARES
• 1ª causa de mortalidade por neoplasia maligna no sexo M, em Portugal
EPIDEMIOLOGIA
2008
WHO REPORT 2010
Doença isquémica cardíaca 1 9 1
Doença cerebrovascular 2 7 2
Infecções respiratórias inferiores 3 3 4
VIH/SIDA 4 1 42
Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica 5 14 5
Infecções diarreicas 6 4 22
Doenças perinatais 7 5 13
Tuberculose 8 11 23
Carcinoma brônquico 9 38 3
Acidentes rodoviários 10 12 8
MORTALIDADE POR PATOLOGIAS GLOBAL ÁFRICA EUROPA
Tabaco ambiental
Radão
Amianto
…
Défices de vit A
Lesões cicatriciais, fibrose, DPOC
ETIOLOGIA- Factores Exógenos -
• Fumo de tabaco
• Poluentes ocupacionais e ambientais
• Factores nutricionais (?)
• Patologia associada
Special Eurobarometer 385 – Maio 2012
Fumadores
• 1998: 20.5%• 2005: 20.2%
TABACO EM PORTUGAL
< 1.8%
> 0.8% (9.5% - 10.3%)
Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, FMLFaculdade de Ciências Económicas e Empresariais, UCP, 2007
• 2005
– Gastos com as doenças atribuíveis ao tabaco: 1318 milhões Euros
– Receitas com tabaco: 1323 milhões Euros
TABACO EM PORTUGAL
?
Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, FMLFaculdade de Ciências Económicas e Empresariais, UCP 2007
Adaptado por J Maçanita.In Oncologia PneumológicaSotto- Mayor et al Eds.
TABACO
Respiratory Epidemiologyin EuropeAnnesi- Maesano et al EdsEur Resp Monogr 2000, 15
TABAGISMO PASSIVO
O Risco da exposição ao fumo passivo na criança
Risco de infecções respiratórias profundas (+72% se a mãe fuma).
Risco de otites recidivantes
(+ 48% se os 2 progenitores fumam).
De ataques de asma e de mucosidade brônquica
no crescimento intra-uterino e baixo peso ao nascer (mesmo que a mãe não fume)
de morte súbita do RN (risco duplicado)
Não ensine seu filho
a fumar…
Adaptado por J Maçanita.In Oncologia PneumológicaSotto- Mayor et al Eds.
• Hábitos pessoais e ocupacionais
• > frequência de cancro em geral
• Maior esperança de vida
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA- cancro do pulmão > países ocidentais -
CONDICIONANTES INDIRECTOS
• Predisposição familiar
• Sistema major de histocompatibilidade
CARCINOGÉNESE- Factores Endógenos -
CONDICIONANTES DIRECTOS
• Alterações Génicas
delecçoes, translocações
protooncogenes
antioncogenes
• Alterações Enzimáticas
arilhidrocarbonohidroxilase
• 1924 - 1ª classificação histológica (Marchesani)
• 1967 - WHO
• 1981 (WHO), 1987 e 1988 (IASLC)
• … 2010
CLASSIFICAÇÃO E HISTOPATOLOGIA
• 1810 - 1ª descrição (Bayle): “tísica cancerosa”
• 1857 - 1º relatório autópsia
• 1865 - 1º diagnóstico em vida (Baron)
• TUMORES N EPITELIAIS
TECIDOS MOLES
LINFOMAS
MESOTELIAIS
SECUNDÁRIOS
...
CLASSIFICAÇÃO E HISTOPATOLOGIA
• TUMORES EPITELIAIS
BENIGNOS
DISPLASIA/IN SITU
MALIGNOS
adenocarcinoma
epidermóide
pequenas células
grandes células
adenoescamoso
carcinóide
glândulas brônquicas
CLASSIFICAÇÃO E HISTOPATOLOGIA
• ADENOCARCINOMA (50%)
• EPIDERMÓIDES (30%)
• PEQUENAS CÉLULAS (15%)
• GRANDES CÉLULAS (5%)
• EPIDERMÓIDES (30%)
• PEQUENAS CÉLULAS (9%)
• ADENOCARCINOMA (33%)
• GRANDES CÉLULAS (6%)
CLASSIFICAÇÃO E HISTOPATOLOGIA
HUC 2000/2001
197 doentes
148 sexo M
51 sexo F
DIAGNÓSTICO HABITUALMENTE TARDIO
• Ausência de sintomas
• Sintomas = doença extensa
• Diagnóstico ocasional
CARCINOMA BRÔNQUICO- CLÍNICA -
• Tumor primitivo
metastização
• Manifestações sistémicassíndr. paraneoplásicos
tosse, dispneia, hemoptises, sibilos, roncos, dor torácica, rouquidão, SVCS, disfagia, tamponamento cardíaco,...
gânglios, esqueleto, fígado, cérebro,...
anorexia, caquexia, < peso, SIADH, hipercalcémia, febre, hiponatrémia, vasculite, anemia, policitémia,...
CARCINOMA BRÔNQUICO- CLÍNICA -
CARCINOMA BRÔNQUICO- CLÍNICA -
Sinais e Sintomas freq % Patogenia
Tosse 75 Obstrução, compressão, infiltr ou infec v. aéreas
Perda peso Dispneia
68 58-60
Evol tum, met hepática Obstr central, pleur, paral diafr
Dor torácica 45-49 Inv e compr nervos, plexo braq
Hemoptises 29-35 Infiltr tumoral v. aéreas
Febre 15-20 Pneum obstr, met hep, idiop
Histologia tumor primit.
dissem. reg.
dissem. dist.
síndr. paran
síndr. endocr.
Epiderm.
++++
++
+
++
+
Adenoc. ++ + ++ +++ +
Gr. cél +++ ++ ++ ++ +
Peq. cél ++++ +++ +++ +++ ++
CARCINOMA BRÔNQUICO- CLÍNICA -
Adaptado de SG Spiro, Eur Resp Monogr
• IMAGIOLOGIARadiografia, TAC, Cintigrafia, Eco, RMN, PET
• ENDOSCOPIABroncofibroscopia (Broncoscopia rígida)
• OUTROS EXAMESCitologia expect
Mediastinoscopia
Biópsia transtorácica
Toracotomia
• MARCADORES BIOQUÍMICOS • FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
CARCINOMA BRÔNQUICO- MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO -
EpidermóidePequenas Células
AdenocarcinomaGrandes Células
Adaptado por F Barata.In Oncologia PneumológicaSotto- Mayor et al Eds. 1999
Carcinoma Brônquico
Prevenção
Diagnóstico precoce
Inovação terapêutica
RASTREIOS?
CARCINOMA BRÔNQUICO - DIAGNÓSTICO PRECOCE -
RASTREIOS: RX + CITOLOGIA
> deteção carcinoma em fases precoces
> taxa ressecabilidade cirúrgica
> sobrevida aos 5 anos?
MORTALIDADE NÃO SIGNIFICATIVAMENTE REDUZIDA
CARCINOMA BRÔNQUICO - DIAGNÓSTICO PRECOCE -
– Rastreios
– Imunohistoquímica da expectoração (mutações p53)
– Microscopia Confocal (alterações precoces ADN)
– LIFE
– TAC baixa dose
– Condensado Ar Expirado (compostos orgânicos voláteis)
CARCINOMA BRÔNQUICO- DIAGNÓSTICO PRECOCE -
AGRESSÃO EPITELIAL PRECOCE??
ESTADIOS
I T1/2 N0 M0
II T1/2 N1 M0T3 N0 M0
IIIA T3 N1 M0T1/3 N2 M0
IIIB (T) N3 M0T4 (N) M0
IV (T) (N) M1
UICC6 T/M e Descritor
T/M Proposto N0 N1 N2 N3
T1 (≤ 2 cm) T1a IA IIA IIIA IIIB
T1 (>2-3cm) T1b IA IIA IIIA IIIB
T2 (≤ 5cm) T2a IB IIA IIIA IIIB
T2 (>5-7cm) T2b IIA IIB IIIA IIIB
T2 (> 7cm) T3 IIB IIIA IIIA IIIB
T3 invasão IIB IIIA IIIA IIIB
T4 (mesmo lobo) IIB IIIA IIIA IIIB
T4 (extensão) T4 IIIA IIIA IIIB IIIB
M1 (p. ipsilat) IIIA IIIA IIIB IIIB
T4 (d. pleural) M1a IV IV IV IV
M1 (p. contralat.) IV IV IV IV
M1 (dist.) M1b IV IV IV IV
CARCINOMA BRÔNQUICO ESTADIAMENTO
PREVENÇÃO?
CARCINOMA BRÔNQUICO
PREVENÇÃO?
• Dieta
• Quimioprevenção
CARCINOMA BRÔNQUICO
PREVENÇÃO?
• Dieta
Vitamina E, Ácido fólico, Vitamina C, Selénio
…falta de consistência e de correlação positiva…
CARCINOMA BRÔNQUICO
PREVENÇÃO?
• Quimioprevenção
Retinóides, Antioxidantes
…falta de consistência e de correlação positiva…
CARCINOMA BRÔNQUICO
• CIRURGIA
• QUIMIOTERAPIA
• RADIOTERAPIA
• OUTRAS TERAPÊUTICAS
CARCINOMA BRÔNQUICO- TERAPÊUTICA -
• ESTADIO I
Cirurgia• ESTADIO II
Cirurgia + radiot ou quimiot• ESTADIO IIIa
T3 N1: Cirurgia + Qt + Rt
T1/3 N2: Qt indução Cirurgia + Qt + Rt
• ESTADIOS IIIb e IV
Quimiot + Terap paliativas ou Radiot
CARCINOMA BRÔNQUICO- TERAPÊUTICA DE C. NÃO PEQUENAS CÉLULAS -
• 5 a 10% aos 5 anos
• 10 a 15% - não pequenas células
• 2 a 5% - pequenas células
CARCINOMA BRÔNQUICO - sobrevida -
• Lesão única, radiologicamente visivel, rodeada por parênquima são
• Habitualmente detectavel em radiografia de rotina
• < 3 cm de diâmetro
NÓDULO SOLITÁRIO
• GRANULOMAS INFECCIOSOS
Tuberculose, histoplasmose, coccidioidomicose, mic atípicas, filarioses,...
• TUMORES BENIGNOS
Hamartomas• OUTRAS CAUSAS
Quistos broncogénicos
Malformações vasculares
Nódulos reumatóides
Nódulos silicóticos
...
NÓDULO SOLITÁRIO- CAUSAS -
• CARCINOMA BRÔNQUICO
Adenocarcinoma
• LESÕES METASTÁTICAS Mama, melanoma, sarcoma,
cólon, rim, cabeça e pescoço, testículo
• CARCINÓIDE BRÔNQUICO
MALIGNAS
BENIGNAS
• TAMANHO DA LESÃO
> 3 cm
• CONTORNOS DA LESÃO
> Irregulares e espiculados
• CALCIFICAÇÃO
< difusa, homogénea, central, concêntrica, popcorn
> excêntrica
• LOCALIZAÇÃO DA LESÃO
> Lobos superiores
• CRESCIMENTO DA LESÃO
NÓDULO SOLITÁRIO- PROBABILIDADE DE MALIGNIDADE -
• IDADE DO DOENTE
> 60 anos
• HÁBITOS TABÁGICOS
• HISTÓRIA DE MALIGNIDADE
• RISCOS OCUPACIONAIS
• Obter RX anteriores: sem alterações em 2 anos=benigno
• Na ausência de RX anteriores: TAC Torácica (PET) – atenção ao contorno da lesão e ao padrão de calcificação
• Perante alta probabilidade de malignidade = Cirurgia
NÓDULO SOLITÁRIO- ESTRATÉGIA -
NPS SUBSÓLIDO
Vidro despolido puro
≤ 5mm
Vidro despolido puro> 5mm
Parcialmente sólido
Não vigiar TC alta resolução aos 3 meses
Resseção cirúrgica
TC de baixa dose anualmente durante
3 anos.
Alterações nas características ou
tamanho?
Persistente + componente sólido < 5 mm
TC de baixa dose anualmente durante 3
anos.
Componente sólido ≥ 5 mm
Biópsia/ Resseção cirúrgica
Não Sim
TC alta resolução aos 3 meses
Se ≥ 10
mm
considerar
PET-CT