Upload
lydieu
View
223
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Riad N. Younes
Departamento de Cirurgia Universidade de São Paulo
Hospital São José
São Paulo
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia e Classificação
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
• Desde 1907, Karzinoide foi descrito (Siegfried Oberndorfer)
• Tumores originários de células neuroendócrinas
• Frequência, por local, depende da densidade das células neuroendócrinas em cada órgão
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
• Maior órgão neuroendócrino em nosso
corpo > Trato GI (> 60% dos TNEs)
• Seguindo por pulmões, células Kultschitzky (25% dos TNEs)
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
• Amplo espectro de tumores • Típico (carcinóide), tumor neuroendócrino
bem-diferenciado, até carcinoma neuroendócrino de pequenas células
• diferente biologia, diferente comprotamento
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
• Maioria dos TNEs não funcionante • Menos que 10%-15% ativamente secretam
peptídeos e hormônios • Crescimento lento, geralmente não
detectados clinicamente
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
• Novas tecnologias (endoscopia, US, CT, MRI...) detectam doenças clinicamente silenciosas
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
• TNEs eram considerados raros
• 2-5 casos/100.000
• 0,5% de todos os tumores malignos em pulmões e TGI
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
• Incidência subestimada
• Maioria de pacientes > 50 anos
• Sobrevida de 5 anos varia: 11-40%
• Formas hereditárias – melhor sobrevida
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,519
73
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
Localized Regional Distant UnstagedSEER
TNEs malignos
0
1
2
3
4
5
6
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
0
100
200
300
400
500
600
Todos os tumores malignos
TNEs malignos
SEER
↑ Incidência de TNEs na Europe e nos USA
Hauso O, Cancer. 2008;113:2655–2664
8
7
6
5
4
3
2
1
0 Tota
l TN
E In
cidê
ncia
Rat
es P
er 1
00,0
00
1993-1997 2000-2004
SEER, Black Americans SEER, White Americans Norwegian Registry de Cancer
TNEs: Estadio na Admissão (SEER-USA)
0
10
20
30
40
50
60
Local Regional Distant
Perc
enta
ge o
f Pat
ient
s
50%
Estadio ao diagnóstico Yao JC J Clin Oncol. 2008;26:3063-3072
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
Estimada prevalência por milhão assumindo diagnóstico “mais precoce” e 8 anos de
sobrevida média após o diagnóstico
Incidência Prevalência
75 / milhão 600/milhão
NETs Prevalence US 2004 prevalence estimates demonstrate that NETs are more common than generally believed
Prev
alen
cia
Tumor
100
80
60
40
20
0
103,
312
65,8
36
32,3
53
28,6
64
21,4
27
NETs Gastric Pancr Esofago HCC
Yao JC, et al. J Clin Oncol. 2008;26:3063-3072 16
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
Diagnóstico mais precoce e melhor tratamento estão aumentando a
incidência e a prevalência dos TNEs
sobrevida de pacientes com TNE bem/moderadamente diferenciado
Yao JC, et al. J Clin Oncol. 2008;26:3063–3072.
0 12
0.2
24 36 48 60 72 84 96 108 120 Time (months)
0.4
0.6
0.8
1.0 so
brev
ida
Prob
abili
ty
Median sobrevida
Months 95% CI Localized 223 208 to 238
111 104 to 118 33 31 to 35
Regional Distant
19
sobr
evid
a pr
obab
ility
GEP TNEs: sobrevida por diferentiação
Poorly diferenciado e anaplastic TNEs are associated com a worse prognosis as compared to bem/moderadamente diferenciado TNEs
Yao JC et al. J Clin Oncol 2008;26:3063–3072. 20
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
0 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 Time (months)
bem-diferenciado moderadamente-diferenciado Poorly-diferenciado
Sobrevida de diferentes TNEs so
brev
ida
prob
abili
ty
Localized Regional
Distant
Months
sobr
evid
a pr
obab
ility
Months
Sobrevida mediana em meses
Color Site Localized Regional Distant Appendix 27 Cecum 135 107 41 Colon 261 36 5 Duodenum 107 101 57 Gastric 154 71 13 Liver 50 14 12 Lung 227 154 16 Pancreas 136 77 24 Rectum 290 90 22 Sm Bowel 111 105 56 Thymus 110 68 40
Tumores Neuroendócrinos Epidemiologia
Survival time (months)
12010896847260483624120
Surv
ival
pro
babi
lity
1.0
.8
.6
.4
.2
0.0
1988-1999
n = 892
1973-1987
n =787
Talamonti M, Stuart K, Yao JC. ASCO Educação Book. 2004; 206
Tumores Neuroendócrinos Occorrência
• Tumores não tão raros!
• Diagnóstico demorado comum (média 5-7 anos)
• Alto índice de suspeita (conscientização!)
Valor Prognóstico da Cromogranaina A
• CgA correlaciona com envolvimento hepático • Elevados níveis de CgA levels indicam pior sobrevida
Arnold, R. et al. Clin Gastroenterol Hepatol 2008; 6: 820-827
Valor Prognóstico da Cromogranina A
5-HIAA = 5-hydroxyindoleacetic acid
CgA >5000 ug/l – Preditor independente de SG em Tus carcinóides Janson, E.T. et al. Ann Oncol. 1997; 8: 685-690 CgA basal > 60U/l correlaciona com pior SG, HR >6.7 Turner, NE. et al, Br J Cancer 2010; 102: 1106-1112 Cg A basal fator prognóstico de PFS em TNEs (RADIANT-3) Pavel et al, WCGIC 2011
CgA como Fator Prognóstico
• Fator prognóstico de sobrevida independente
1. Eriksson B, et al. Digestion. 2000; 62:33-38. 2. Jensen EH, et al. Ann Surg Oncol. 2007; 14: 780-785. 3. Ardill, JES. et al. Endocr Rel Cancer. 2003; 10: 459-462. 4. Janson EMT, et al. Clin Gastroenterol. 1996; 10: 589-601.
Sobrevida 5 anos - CgA na admissão
% S
obre
vida
baixo CgA ≤ 5000 μg/L
alto CgA > 5000 μg/L
0
20
40
60
80
CgA : Preditor de SG e PFS
PFS por CgA Basal
Sobrevida Global por CgA Basal
Yao , JC. et al. J. Clin. Endocrinol. Metab. 2011; 96: 3741.
RADIANT-1 study, n=115 Everolimus in pancreatic NET patients
RADIANT-2: Octreotide +/- Everolimus em Carcinóide CgA Basal e PFS
Yao J, J Clin Oncol. 2012
CgA normal
CgA elevada
CgA como Fator Preditivo de Resposta ao Tratamento
Association of therapeutic responses with percentage changes in CgA levels compared with the baseline levels (n = 11)
Chou, WC. et al. Neuroendocrinology. 2012; 95: 344-350
Distribution of CgA levels in healthy participants (n = 26) e doença-free (n = 15) e doença-active (n = 29) GEP-NET patients.
Tumores Neuroendócrinos Classificação, estadio vs. Grau
• Classificação = características, comportamneto,
origem do tumor – Diferentes Sistemas de Classificação de TNE (WHO,
ENETS, AJCC) incluem diferentes características • Estadio = extensão da doença
– Confinado ao orgão, localmente invasivo, metastático, etc.
– Fator prognóstico, independente do Grau
Klimstra D, 2009.
• Classificação = características, comportamneto, origem do tumor – Diferentes Sistemas de Classificação de TNE (WHO,
ENETS, AJCC) incluem diferentes características • Grau : Agressividade biológica inerente
– Benignos: baixo Grau – Maligno: alto Grau – Fator prognóstico, independente do Estadio
Klimstra D, 2009.
Tumores Neuroendócrinos Classificação, estadio vs. Grau
TNE – Sistemas de Classificação WHO, ENETS, AJCC
Sistema Classificação baseada em WHO Tamanho, taxa proliferativa, localização,
diferenciação, e produção de hormônios TNM (ENETS/AJCC) estadio e Grau
(1) estadio, inclui localização do tumor, tamanho, N, M
(2) Grau, inclui contagem de mitoses e Ki-67
Klimstra D, 2009.
TNM Classificação por estadio – ENETS e AJCC
TNM - estadios estadio I T1 N0 M0 estadio IIa T2 N0 M0 estadio IIb T3 N0 M0 estadio IIIa T4 N0 M0 estadio IIIb Qquer T N1 M0 estadio IV Qquer T Qquer N M1
Rindi G Virchows Arch (2007) 451:757-762.
Gradação proposta para TNEs Grau Mitoses (10 CGA)a Ki67 (%)b
G1 < 2 ≤ 2 G2 2–20 3–20 G3 > 20 > 20
10 HPF: alto Power Field = 2mm2, at least 40 fields (at 40x magnificação) evaluated in areas de highest mitotic density MIB1 antibody; percentage de 2,000 tumor cells in areas de highest nuclear labelling
a
b
ENETS e AJCC: Gradação de GEP - TNEs
Rindi G Virchows Arch (2007) 451:757-762.
Gradação proposta for TNEs
Grau Mitotic count (10 HPF)a
Ki67 índice (%)b
G1 < 2 ≤ 2 G2 2–20 3–20 G3 > 20 > 20
10 HPF: alto Power Field = 2mm2, at least 40 fields (at 40x magnificação) evaluated in areas de highest mitotic density MIB1 antibody; percentage de 2,000 tumor cells in areas de highest nuclear labelling
a
b
ENETS e AJCC Gradação de GEP TNEs
Rindi G Virchows Arch (2007) 451:757-762.
5%!!
TNE sobrevida global: Fator Grau
Pape UF Cancer. 2008;113:256-265
0 50 100 150 200 250 Tempo (meses)
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1 So
brev
ida
G1 G2
G3
Tempo (meses) 0 50 100 150 200 250
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0 So
brev
ida
estadio I estadio II
estadio III
estadio IV
Pape UF Cancer. 2008;113:256-265
TNE sobrevida global: Fator estadio
Na prática
• Vários fatores prognósticos e preditivos
• Nem todos os TNEs são iguais!!!!
TNE Epidemiologia e Classificação Conclusões
Na prática
• Vários fatores prognósticos e preditivos • Nem todos os TNEs são iguais!!!! • O sítio primário é importante (apêndice p.e.)
TNE Epidemiologia e Classificação Conclusões
Na prática
• Vários fatores prognósticos e preditivos • Nem todos os TNEs são iguais!!!! • O sítio primário é importante (apêndice p.e.) • Grau é importante (Ki-67!!!!)
TNE Epidemiologia e Classificação Conclusões
Na prática
• Vários fatores prognósticos e preditivos • Nem todos os TNEs são iguais!!!! • O sítio primário é importante (apêndice p.e.) • Grau é importante (Ki-67!!!!) • Estadio é importante (TNM)
TNE Epidemiologia e Classificação Conclusões
Na prática
• Vários fatores prognósticos e preditivos • Nem todos os TNEs são iguais!!!! • O sítio primário é importante (apêndice p.e.) • Grau é importante (Ki-67!!!!) • Estadio é importante (TNM) • Marcadores (podem ser) importantes
(CgA)
TNE Epidemiologia e Classificação Conclusões
Na prática
• Vários fatores prognósticos e preditivos • Nem todos os TNEs são iguais!!!! • O sítio primário é importante (apêndice p.e.) • Grau é importante (Ki-67!!!!) • Estadio é importante (TNM) • Marcadores (podem ser) importantes (CgA) • Captação por radiofármacos (Octreoscan,
FDG)
TNE Epidemiologia e Classificação Conclusões
Na prática
• Vários fatores prognósticos e preditivos • Nem todos os TNEs são iguais!!!! • O sítio primário é importante (apêndice p.e.) • Grau é importante (Ki-67!!!!) • Estadio é importante (TNM) • Marcadores (podem ser) importantes (CgA) • Captação por radiofármacos (Octreoscan, FDG) • Validação fundamental (+ estudos)
TNE Epidemiologia e Classificação Conclusões