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ECOLOGIA QUÍMICA DAS MOSCAS DAS FRUTAS (Diptera: Tephritidae) Instituto da Química e Biotecnologia Laboratorio da Ecologia Química Dra. Profa. Ruth Rufino do Nascimento Dra. Adriana Lima de Mendonca Dra. Lucie Vaníčková

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ECOLOGIA QUÍMICA DAS MOSCAS DAS FRUTAS(Diptera: Tephritidae)

Instituto da Química e BiotecnologiaLaboratorio da Ecologia Química

Dra. Profa. Ruth Rufino do NascimentoDra. Adriana Lima de Mendonca

Dra. Lucie Vaníčková

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ONU

Instituições envolvidas

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O Que é Ecologia Química?

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” …Química da interações bióticas (ou ecologia química) é uma ciência multidisciplinar com origem, função e significância nos

produtos naturais como mediadores das interações entre organismos (semioquímicos)…”

• Interação entre a química, biologia, bioquímica, etiologia, ecologia, bioestatística…

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InfoquímicosCompostos usados na

comunicação entre organismos

FeromôniosComunicação Intraespecífica

AleloquímicosComunicação interespecífica

LiberadoresAfetam receptores sensoriais, mudanças comportamentais

imediatas- sexual

- Agregação, trilha - dispersão

- marcação e identificação

Preparadorescausam mudanças fisiológicas

AlomôniosFavorecem o emissor

KairomonesFavorecem o receptor

Sinomôniosfavorecem ambos

Chemical communicationChemical communication

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PRAGA ESTUDADA

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CICLO BIOLÓGICO

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Moscas das frutas Sul Americana Moscas das frutas Sul Americana

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FRUTOS HOSPEDEIROS

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Fêmea Adulta

Larvas

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Mosca AdultaMosca Adulta

Move-se facilmente dentro de um pomar visitando árvores hospedeiras e não-hospedeiras

Não abandona pomar onde comida, água e local de oviposição são abundantes

Dispersam-se sob condições desfavoráveisDeslocamento notável (km)

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Alimentação da moscaAlimentação da mosca

Sugam o líquido a partir dos frutos– Formam gotículas no final da probóscide– Regurgitação (deposito de gotículas na superfície

das folhas e reingestão)

Ritmo circadiano (10.00-15.00 manhã)

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Reprodução – machosReprodução – machos

TerritorTerritorialidadeialidade – Lekking (LeLequeque – – chamamento no território, ~ 5 machos

dentro de 80 cm)

Feromônio sexualFeromônio sexual Agitação de asasAgitação de asas Produção de sonsProdução de sons Sinalização de asasSinalização de asas

Machos estabelecem uma dominância hierárquica entre eles e as Machos estabelecem uma dominância hierárquica entre eles e as fêmeas escolhem o parceiro de acordo com a performance do fêmeas escolhem o parceiro de acordo com a performance do masculinamasculina

Foto: Vanessa Simões

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Reprodução - fêmeasReprodução - fêmeas

Fêmeas se dirigem ao lek e escolhe um parceiro Fêmeas discriminam machos virgens e Fêmeas discriminam machos virgens e

experientes e preferem os últimosexperientes e preferem os últimos

De que modo?– FeromônioFeromônio– SonsSons– TamanhoTamanho– ComportamentoComportamento– Outros parâmetrosOutros parâmetros

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OviposiçãoOviposição SondagemSondagem (movimento de zig-zag, movimento da cabeça) Pre-seleção do localPre-seleção do local(Movimento circular) Inserção do acúleoInserção do acúleo OviposiOviposiçãoção Deposita feromônio de marcação de territórioDeposita feromônio de marcação de território

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Comunicação Química em Comunicação Química em moscas das frutasmoscas das frutas

• FeromôniosAtuação a longa distância

CH2

CH3

CH3 CH3CH3

(E,E)--farneseno

CH3CH3

CH2

CH3

-bisaboleno

CH3CH3

CH3

CH3

-(E)-bergamoteno

Será?

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Feromônio sexual do MachoFeromônio sexual do Macho

Local de produçãoLocal de produção– Glândulas salivares– Glândulas retais

Locais de liberaçãoLocais de liberação– Ânus – Partes da boca– Sacos abdominais

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Feromônio Sexual de machosFeromônio Sexual de machos

Maturação sexual– 10º -16º dia (tempo de vida de moscas adultas~150 days) Ritmo circadiano(6:00-12:00)

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Comunicação Química em Comunicação Química em moscas das frutasmoscas das frutas

• hidrocarbonetos cuticulares Atuação a curta distância

7-tricoseno

- Compostos não polares da epicutícula do inseto - Mistura de n-alcanos, n-alcenos, alcadienos - Proteção contra dissecação

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Incompatibilidade ReprodutivaIncompatibilidade Reprodutiva

信息素???????

X

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Comunicação Química em Comunicação Química em moscas das frutasmoscas das frutas

Liberação de moscas estéreis

TIE TIE (Técnica do Inseto Estéril)(Técnica do Inseto Estéril)

MESMA ESPÉCIE:

HÁ CRUZAMENTO

População

ESPÉCIES DIFERENTES:

NÃO HÁ CRUZAMENTO

População

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Comunicação Química em Comunicação Química em moscas das frutasmoscas das frutas

O caso A. fraterculus...O caso A. fraterculus...• Alto nível de incompatibilidade entre Alto nível de incompatibilidade entre

algumas populações. algumas populações.

ESPECIAÇÃESPECIAÇÃOO

BARREIRA BARREIRA

Complexo de espécies crípticas

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QuestionamentoQuestionamento

-Fêmeas de A. fratercullus do -Fêmeas de A. fratercullus do

NordesteNordeste acasalam com machos acasalam com machos

de A. fratercullus de de A. fratercullus de outras outras

regiões do Brasilregiões do Brasil??

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Objetivos do trabalho

• Extração e identificação dos voláteis liberados por machos virgens em chamamento a partir de diferentes populações do gênero Anastrepha fratercullus

• Identificação dos compostos antenalmente ativos responsáveis pela percepção do feromônio por fêmeas virgens de Anastrepha fratercullus

• Extração e identificação de hidrocarbonetos cuticulares a partir de machos e fêmeas de Anastrepha fratercullus

Anastrepha

Source: Zucchi, 2000

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MÉTODOS ANALÍTICOS

• Extração dos voláteis

-Produzido por machos em chamamento

- HeadSpace dinâmico adsorvente: Tenax, SuperQ

solvente: hexano • Identificação dos compostos voláteis

- CG×CG/TOF-EM - CG-EAG

• Extração de hidrocarbonetos cuticulares com hexano

• Identification of CHCs - GC-MS; GCxGC/TOFMS; MALDI-MS

• STATISTICS - PCA, RDA, MANOVA, etc.

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METODOS ANALÍTICOS: Head-space dinâmico (Aeração)

CH2CH3

CH3 CH3CH3

CH3CH3

CH2

CH3

CH3CH3

CH3

CH3

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MÉTODOS ANALÍTICOS: CG X CG-TOF-EMCromatografia Bidimensional acoplada a detector Time-of-flight de espectrometria de massas

Diagrama do sistema CG-CG-TOF-EMDiagrama do sistema CG-CG-TOF-EM

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MÉTODOS ANALÍTICOS- CG-EADCromatografia Gasosa acoplada a detector eletroantenográficoCromatografia Gasosa acoplada a detector eletroantenográfico

FID

Forno

coluna

Microeletrodo

Antena do inseto

Injeção da amostra

EAD

amplificador

amplificador

heliu

m (

carr

ier)

FID trace

EAD trace

A

B

C

D1

D2

E

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RESULTADOS

I) Análises da feromônio da A. fraterculus de diferentes populações

II) Análises dos hidrocarbonetos cuticulares

7-tricosene: HC de machos de D. melanogaster

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RESULTADOS

Comparação entre feromônio sexual de machos de Alagoas e do Sul do Brasil

Maceió, Alagoas, Brasil

Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Brazil

 

Distância entre as cidades: 3.401,4 Km

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RESULTADOS

Comparação entre feromônio sexual de machos de Alagoas e do Sul do Brasil

Macho de A. fraterculus (Bento Gonçalves ) Macho de A. fraterculus (Maceió )

Macho de A. fraterculus (Bento Gonçalves )

Macho de A. fraterculus (Maceió)

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RESULTADOS

Comparação entre CHCs de machos de Alagoas e do Sul do Brasil

Macho de A. fraterculus (Brasil)

Macho de A. fraterculus (Argentina)

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ConclusConclusãoãoI) Feromônio da Anastrepha fratercullus

MESMA ESPÉCIE FEROMÔNIO SEXUAL DIFERENTE

II) CHCs of Anastrepha fratercullus

MESMA ESPÉCIE CHCs DIFERENTES

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Andamento do estudoAndamento do estudo

Feromônio sexual e hidrocarbonetos cuticulares de A. fratercullus de diferentes populações do Sul, Sudeste e Nordeste Brasileiro

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Publicações Envolvendo o TemaPublicações Envolvendo o Tema• Vaníčková et al. 2012a Are the wild and laboratory insect populations

different in semiochemical emission?The case of medfly sex pheromone. J. Agric. Food. Chem.

• Vaníčková et al. 2012b Cuticular hydrocarbons of the south american fruit fly Anastrepha fraterculus: variability with sex and age

J. Chem. Ecol.

• Gonçalves s et al. 2013 Pheromone communication in Anastrepha obliqua (Diptera: tephritidae): a comparison of the volatiles and salivary-gland extracts

of two wild populations Aceito pelo Periódico Florida Entomologist.

• Mendonça et al. 2013 Mating incompatibility among brazilin populations of A. fraterculus: bahevioral and pheromone analyzes

Preparado para publicação

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Pesquisadores envolvidosUNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

Dra. Ruth Rufino do NascimentoDr. Antônio Euzébio Goulart Sant´AnaDra. Adriana de Lima MendonçaDra. Lucie VanickováMSc. Alana de Lima MendonçaIC-Luana Lima FerreiraIC-Nathaly Costa de AquinoIC-Rafael Farias TavaresIC-Jéssica de Lima SantosJoubert de Alencar Gonçalves

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Pesquisadores envolvidos

Dr. Aleš Svatoš – MPI, AlemanhaDr. Johannes Kroiss – MPI, AlemanhaDr. Martin Kaltenpoth– MPI, AlemanhaDr. Marc de Meyer - Royal Museum for Central Africa, BelgicaDr. Massimiliano Virgilio - Royal Museum for Central Africa, BelgicaDr. Jorge Hendrichs - IAEA, AustriaDr. Sunday Ekesi - ICIPE, Kenya

IOCB, Praga, Repubilca Tcheca:Ing. Radka BřízováDr. Michal HoskovecDr. Aleš TomčalaJarmila TitzethalerováDr. Blanka KalinováMgr. Petr ŽáčekDr. Jan RezekDr. Vladimír Vrkoslav

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Pesquisadores envolvidos

Dra. Beatriz Jordão Paranhos (EMBRAPA SEMI-ÁRIDO)Dra. Iara Sordi Joaquim-Bravo (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)MSc. Vanessa Simões Dias (UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)Dr. Aldo Malavasi (MOSCAMED BRASIL)

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Agências de Fomento

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OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

♀Anastrepha fraterculus