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ÚLCERA POR PRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO. Clube da Revista da Liga de Geriatria e Gerontologia da ULBRA Suzanne Marie Blau Grimm 2012

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ÚLCERA POR PRESSÃO EM IDOSOS

INSTITUCIONALIZADOS: ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E

FATORES DE RISCO.

Clube da Revista da Liga de Geriatria e Gerontologia da

ULBRA

Suzanne Marie Blau Grimm2012

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Úlcera por Pressão em idosos institucionalizados: análise da prevalência e fatores de risco.

FREITAS, M C; MEDEIROS, A B F; GUEDES, M V C; ALMEIDA, P C; GALIZA, F T;NOGUEIRA, J M.Rev. Gaúcha Enfermagem, Porto Alegre-RS, 2011; 32(1): 143-50.

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Introdução:

As UP são possíveis de acontecer em pessoas com fragilidade, restrição de movimento e idade avançada. É uma preocupação para os profissionais tanto no contexto hospitalar como Instituições de Longa Permanência(ILPIs) com o objetivo de prevenir a ocorrência e as complicações.

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Introdução:

* UP afeta 9% dos pctes hospitalizados.* 23% acamados no domicílio.*Resulta em dor, deformidades e ttos prolongados. Assim, uma assistência efetiva e individual é fundamental.*Um dos fatores predisponentes para a lesão de pele é a fragilidade decorrente do processo do envelhecimento da pele e das condições de cada idoso.

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Introdução:

*UP, área de necrose celular, qndo ocorre uma compressão do tecido mole entre uma proeminência óssea e uma superfície externa por longo período de tempo (região Sacra e calcâneos).

*Causada pela intensidade e a duração da pressão.

*Outros fatores: fricção, cisalhamento, umidade, redução e/ou perda da sensibilidade, força muscular e imobilidade.

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Introdução:

Questionamentos:1)Qual a prevalência da UP em idosos

residentes em ILPI? 2) Como o conhecimento da prevalência das

UP pode auxiliar a equipe de enfermegem na adoção de medidas preventivas e tratamento? A prevalência ajuda a traçar o perfil e elabora estratégias de cuidado.

3) Quais os principais fatores de risco para a UP em idosos naquelas instituições?

O conhecimento da etiopatigenia para melhorar o cuidado.

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Introdução:

Tem como objetivo analisar a prevalência e os fatores de risco das UP em idosos residentes em uma ILPI pública do município de Fortaleza, Ceará.

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Métodos:

*Coorte retrospectivo, de natureza quantitativa.

*Local ILPI pública, em Fortaleza, Ceará. Uma instituição acolhe idosos de maus-tratos, negligência e abandono dependentes e independentes, com capacidade 105 .

*Avaliou-se 1392 prontuários, >60 anos, no período de 2006 a 2009. Selecionaram-se 300.

*Critério de inclusão: prontuários de idoso acamado e residente na instituição por mais de três meses. *Coleta por prontuários de questões socioeconômicas e história clínica.

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Métodos:

*Fatores de risco : idade, imobilidade, sensibilidade reduzida, nível de consciência alterado,umidade excessiva, pressão prolongada sobre o tecido, fricção, obesidade, alterações nutricionais, dças crônicas como AVC e HAS.

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Métodos:

*Análise estatística: teste z para comparação de proporções e o teste qui-quadrado(x2) para tendência linear, para analisar a prevalência de UP durante a istitucionalização e na admissão.

*Dados processados pelo Software Statistical Package for the Social Sciences(SPSS), versão 14,0 for windows.

*Obedecendo aos preceitos éticos da Universidade Estadual do Ceará.

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Resultados:

Caracterização Sociodemográfica:*Analisados 300 prontuários de 2006-2009.*Não se observou diferença estatística entre os sexos.*A faixa etária de maior quantidade de idosos internados foi 73-83anos,evidenciando que neste período da vida se tornam mais dependentes, qndo adoecidos.*A maioria casados, indicando a possibilidade de reinserção com familiares, melhor cuidado.

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Resultaodos:Variáveis n %SEXOMasculino 159 53Femenino 141 47FAIXA ETÁRIA60-65 67 22,366-72 80 26,773-83 104 34,784-97 49 16,3ESTADO CIVILCasado 199 66,3Solteiro 49 16,3Viuvo 52 17,3ESCOLARIDADEAnalfabeto 153 51Alfabetizado 101 33,7Ensino Fundamental 46 15,3

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Relacao entre FR e UP:

Diagnóstico n %

HAS 223 74,3

AVE 180 60

AVE e HAS 156 52

Outras doenças 119 39,6

DM 77 25,6

Pneumonia 55 18,3

Neuropatias 43 14,3

AVE,HAS e DM 39 26

Ca 38 12

Cardiopatias 29 9,6

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Tabela 3- Uso de medicamentos e a presença de UP.Medicamentos Não tem

UPNão temUP

Tem UP Tem UP

Antitérmicos 2 0,7% 4 1,3

ATB 37 12,3 76 25,3

Psicotrópicos 33 11 92 30,7

Insulina e AHO 32 10,7 61 20,3

Anti-Hipertensivos

21 7 205 68,3

Analgésicos 11 3,7 63 21

Antieméticos 10 3,3 66 22

Outros 62 20,7 253 84,3

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Resultados:

*Uso contínuo destes medicamentos pode levar ao desenvolvimento das UP , com mobilidade prejudicada pelo adoecimento.

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Tabela 4- Realizada a distribuição numérica de idosos, segundo a época de desenvolvimento de UP.

*Analisa-se que em 2008, dos 161 idosos intitucionalizados, 32 idosos desenvolveram UP, uma prevalência alta; e o ano de 2007 dos 9 internados 1 desenvolveu UP, menor prevalência.

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Discussão:

*A maioria dos idosos eram do sexo masculino, com uma média de idade de 73,7 anos.

*Quanto ao estado civil confima a necessidade dos idosos dos solteiros e/ou viúvos, >70 anos e portadores de DCNTs, de acompanhamento de uma equipe de saúde, para prevenção de complicações. As quais advem de precárias condições de saúde, por serem vítimas de violência e maus tratos, não contando com o apoio para o tto da dça.

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Discussão:

*O Envelhecimento Ativo é a combinação de variados fatores: idade, sexo, educação, manutenção da capacidade funcional para inserir o idoso em um ambiente que fortaleça as condições de saúde.*O atendimento das necessidades contribuirá para a manutenção da capacidade funcional e fortalecerá um comportamento saudável.

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Discussão:

*As DCNTs afetam a capacidade perceptiva, circulação sanguinea, oxigenação, mobilidade, nível de consciência, alteração nos eletrólitos e proteínas. Aumentando a chance de complicações e aumento do tempo restrito ao leito.

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Discussão:

*Devido a isso a equipe de enfermagem deve manter cuidados individuais, iniciando na admissão, independente da origem de cada idoso.*A idade avançada faz surgir alterações nas respostas a fármacos e o início da polifarmácia.*Os problemas nutricionais, a diminuição dos recursos financeiros ,diminuição da aderência a doses.* Os medicamentos podem ter influência direta na ocorrência de UP pelas modificações sistêmicas.

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Discussão:

*Olhar individualizado;*Aumento dos custos com o idoso, devido a isso a prevenção é fundamental;*Interfere negativamente no bem-estar físico, mental e espiritual, restringindo ao leito e causando dependência.*A manutenção da integridade da pele, bem como a identificação de fatores agravantes é responsabilidade do Enfermeiro e sua equipe.*Avaliação diária e descrição dos locais críticos e FR.

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Conclusões:

*O estudo identificou alta prevalência de UP.

*Determinadas DCNTs (HAS,AVE), além da imobilização no leito, estado nutricional deficitário e pressão nas proeminências ósseas, foram os FR mais frequentes .

*Estudos como este n tem objetivo de mudar a realidade, mas indicar soluções e chamar atenção dos profissionais da saúde.

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Conclusões:

*Recomendações : Elaboração de um programa de prevenção que inclua medidas higiênico-dietéticas, reposicionamentos, utilização de superfícies de suporte à pressão, colchões, coberturas protetoras, curativos e ATB.

*O Enf. deve atuar na prevenção, pois a UP não é apenas uma lesão aberta, é uma porta de entrada para a ocorrência de outras situações agravantes.

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Obrigada