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Um luta constante entre o Agronegócio e a Reforma Agrária
Caio Oliveira Vieira¹
Graduando em Geografia – Universidade Estadual da Paraíba
Valderlins Pereira da Silva²
Graduando em Geografia – Universidade Estadual da Paraíba
Valterlins Perera da Silva³
Graduando em Geografia – Universidade Estadual da Paraíba
Joanderson Kerlly Gomes de Souto4
Graduando em Geografia – Universidade Estadual da Paraíba
RESUMO
O trabalho tem como objetivo mostrar os dois lados da moeda vivenciando a super industria
do agronegócio e a luta por produção em “pequena” escala em assentamentos rurais
do MST. Levantando assim questionamentos em torno à questão agrária no Brasil, abrindo
um debate acadêmico sobre projetos de divisões de terras para os dois eixos de produção.
Abrindo assim discussões se o agronegócio brasileiro o é um dos principais setores da
economia nacional ou se ela esta favorecendo apenas um grupo seletivo da
sociedade. Levando em consideração a vivencia na aula de campo disciplina de dinâmicas
espaciais dos movimentos sociais no Brasil ministrada na Universidade Estadual da
Paraíba em Campina Grande/PB no ano de 2016.
Palavras-chave: Agronegócio , Reforma agrária , Economia Nacional
INTRODUÇÃO
Perante a grande questão agrária em nosso país e o grande problema que
ainda estamos passando para a construção de uma reforma da mesma, é possível
observar grandes avanços ao longo de sua história.
Esse artigo tem como objetivo Levantando assim questionamentos em torno
à questão agrária no Brasil, abrindo um debate acadêmico sobre projetos de divisões de
terras para os dois eixos de produção. Vivenciados em um laboratório de campo ambos no
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perímetro do Rio São Francisco, efetuando uma analise entre a agricultura familiar em
assentamento do MTS e a agroindústria.
Esse trabalho de campo foi conduzido pelo Professor DR. Edvaldo Carlos de
Lima, atualmente do Departamento de Geografia da Universidade Estadual da Paraíba,
ministrando a disciplina de “Dinâmicas Espaciais dos Movimentos Sociais No Brasil”.
O laboratório consistiu na visitação à AGROVALE industria especializada
na produção de cana de açúcar , no município de Juazeiro-BA, e ao Assentamento
proximidades
do município de Santa Maria de Boa Vista-PE, , onde foram efetuado algumas observações
e questionamentos referente aos modelos agrários.
1. REFORMA AGRÁRIA
Inicialmente a Reforma agrária ela vem de um conjunto de medidas para
promover a melhor distribuição da terra mediante modificações no regime de posse
e uso, com finalidade de atender alguns princípios de justiça
social,desenvolvimento rural sustentável e aumento de produção com base na lei N°
4.504, de 30 de novembro de 1964 . que fala basicamente da regulamentação dos
direitos e das obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de execução
da Reforma Agrária, tendo em vista o conjunto de medidas que venham a promover a
melhor distribuição da terra, tentando assim levar a todos a oportunidade de acesso à
propriedade da terra , também favorecendo o conforto dos proprietários e dos trabalhadores
que nela labutam, assim consequentemente de suas famílias.
“Zelar para que a propriedade da terra desempenhe sua função social, estimulando planos para a
sua racional utilização, promovendo a justa remuneração e o acesso do trabalhador aos benefícios do
aumento da produtividade e ao bem-estar coletivo.” ( art. 1, parágrafo 2 da LEI Nº 4.504, DE 30 DE
NOVEMBRO DE 1964.)
Tendo assim o apoio do INCRA que busca com a reforma agrária
atualmente desenvolvida no país e a implantação de um modelo de assentamento
rural baseado na viabilidade econômica, na sustentabilidade ambiental e no
desenvolvimento territorial.
Assim um breve conceito sobre a reforma agrária no Brasil vem ser um
programa de governo que busca democratizar a propriedade da terra na sociedade e garantir
seu acesso, distribuindo-a a todos que a desejam produzir na mesma . No Brasil, ela deve
atuar com intuito de reparar séculos de uma distribuição fundiária injusta, que dura até os
dias atuais, causando um conflito muito grande entre os donos de grandes porções de terras
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(latifundiários). Atualmente, a Reforma Agrária no Brasil se dá basicamente da
seguinte forma: a União realiza a compra ou a desapropriação de latifúndios particulares
considerados improdutivos em diversas áreas da federação sendo efetuado a , distribuição
para as famílias, como também sede um auxílio financeiro.
No Brasil, desde o seu descobrimento, até uma época considerada recente na década
de 1950, ainda praticava uma política de terras embasada nas grandes propriedades e
nos grandes coronéis que detinham essas propriedades. Mais esse quadro tem mudado ainda
que lentamente; porém, muitas melhorias nesse sentido. Desde do ano de 2009 do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) calculam que a situação agrária no
Brasil em terras rurais, permaneceu praticamente inalterada nos últimos 20 anos.
2. AGROINDÚSTRIA
A agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à transformação de matérias-
primas podendo assim dizer que são ligadas diretamente as atividades da agricultura,
pecuária, aquicultura. Numa forma mais popular pode-se dizer que as atividades da
agroindústria classificam-se em: atividades antes da porteira, atividades dentro da porteira e
atividades depois da porteira. podemos assim dizer que, agroindústria é apenas um dos itens
da chamada organização da produção, que envolve todo o processo de produção deste as
atividades chamadas antes da porteira, como insumos, sementes, máquinas e equipamentos,
mão-de-obra e crédito, passando pela produção dentro da porteira, onde os agricultores
geram a matéria prima, chegando depois da porteira, que prevê a transformação
industrialização e comercialização da produção até o consumidor final.
“A agroindústria é uma unidade empresarial na qual ocorrem as etapas de beneficiamento, processamento e
transformação de produtos agropecuários “in natura” até a embalagem, prontos para comercialização,
envolvendo diferentes tipos de agentes econômicos, como comércio, agroindústrias, prestadores de
serviços governo e outros.” (Araújo (2005, p. 93)
A agroindústria ocupa destaque no Brasil, por esta constituindo-se no segmento mais
importante do setor industrial sendo o setor mais interiorizado, favorecendo a política de
empregos , ficando cada vez o mais próximo possível dos trabalhadores da área rural.
Na atividade agroindustrial encontram-se o beneficiamento dos produtos agrícolas, a
transformação dos produtos zootécnicos e dos produtos agrícolas como a cana-de-açúcar em
álcool. Proporcionando assim Maior integração do meio rural com a economia de mercado,
e specialização da agricultura com a consequente redução de custos na produção e a
redução dos índices de perdas pós-colheita.
Trazendo assim um recorte histórico, o regime militar definiu políticas de apoio à
agricultura que promoveram sua rápida modernização. Os papeis principais da agricultura
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era duplo: gerar divisas para sustentar a balança comercial do país e contribuir para
reduzir o custo de vida, por meio da diminuição dos preços agrícolas. A indústria de
alimentos ganhou certa prioridade na tarefa de agregação de valor exportado, com
destaque para o processamento da soja, que se tornou cultura importante a partir dos
anos 70. Em grande
medida, a agroindústria cumpriu a contento essas tarefas, embora sua marcha tivesse
sido acompanhada de vários desequilíbrios.
“No início da década de 80, à agricultura coube contribuir para a geração de grandes superávits comerciais,
destinados a equilibrar o balanço de pagamentos, atingido em cheio pela crise da dívida externa. “Exportar é
o que importa” era o lema da política econômica entre 1981 e 1984, e a agroindústria tinha então papel
central. É nesse contexto que o BNDES começa a intensificar seu apoio ao setor, ainda em níveis
relativamente baixos.” ( Paula de Sergio ,2001 p. 1)
Mostrando assim a mudança radical do mercado com a aceleração dos ganhos de
produtividade tornou-se a chave para a sobrevivência, e os produtores brasileiros
adaptaram- se rapidamente ao novo ambiente competitivo, ainda que muitos tenham ficado
pelo caminho.
2.1 A AGROINDÚSTRIA AÇUCAREIRA
A empresa açucareira foi a solução que possibilitou a valorização econômica
das terras e dessa forma garantiu a posse pelo povoamento da América Portuguesa. O cultivo
da cana-de-açúcar desenvolveu-se no litoral, especialmente na Zona da Mata Nordestina. A
cana- de-açúcar foi o mais importante produto agrícola até o Primeiro Reinado. Esta
atividade favoreceu o aparecimento de uma nova estrutura social e econômica
A agroindústria do açúcar só alcança um desenvolvimento mais expressivo a partir
de meados do século XIX, quando uma conjuntura favorável resultou em um rápido
aumento do número de engenhos e da produção de açúcar, que passou a disputar com
o algodão o primeiro lugar na pauta de exportação potiguar.
A produção em grande escala, por sua vez, exigia a utilização de vasta área territorial
e o emprego de uma grande quantidade de mão-de-obra. Em síntese, para que
houvesse o rápido retomo do capital aplicado em sua instalação, a empresa tinha de ser de
grande porte.
3. MOVIMENTO SEM TERRA–MST
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“O Brasil é um dos países com maior concentração de terras do mundo. Em nosso território, estão os
maiores latifúndios. Concentração e improdutividade possuem raízes históricas, que remontam ao início da
ocupação portuguesa neste território no século 16. Combinada com a monocultura para exportação e a
escravidão, a forma de ocupação de nossas terras pelos portugueses estabeleceu as raízes da
desigualdade social que atinge o Brasil até os dias de hoje.” (site MST.org.br)
O surgimento do MST talvez já existia quando os primeiros indígenas se levantaram
contra a mercantilizarão e apropriação pelos invasores portugueses do que era comum e
coletivo: a terra, bem da natureza.
No final da década de 1970, quando as contradições do modelo agrícola se tornam
mais intensas e sofrem com a violência de Estado, ressurgem as ocupações de terra. Em
setembro de 1979, centenas de agricultores ocupam as granjas Macali e Brilhante, no Rio
Grande do Sul. Em 1981, um novo acampamento surge no mesmo estado e próximo dessas
áreas: a Encruzilhada Natalino, que se tornou símbolo da luta de resistência à ditadura
militar, agregando em torno de si a sociedade civil que exigia um regime democrático.
Em 1984, os trabalhadores rurais que protagonizavam essas lutas pela democracia da
terra e da sociedade se convergem no 1° Encontro Nacional, em Cascavel, no Paraná. Ali,
decidem fundar um movimento camponês nacional, o MST, com três objetivos
principais: lutar pela terra, lutar pela reforma agrária e lutar por mudanças sociais no país.
Em maio de 1990, foi realizado o 2° Congresso Nacional do MST, em Brasília
com a participação de vários delegados dos 19 estados em que o MST estava organizado. A
dificuldade daquela época , com forte repressão às lutas sociais no campo e a o não avanço
da Reforma Agrária fez com que o Movimento focasse em três lemas : “Ocupar,
Resistir, Produzir”. As ocupações de terras foram reafirmadas como o principal
instrumento de luta pela Reforma Agrária.
No governo Fernando Henrique Cardoso, além do aumento do êxodo rural
provocado pela ação dos bancos contra pequenos agricultores. No mesmo período foram
criadas duas medidas provisórias para quem ocupava terras e foi implantado o Banco
da Terra, uma política de crédito para compra de terras e criação de assentamentos
em detrimento das desapropriações.
Um ano após o Massacre de Eldorado dos Carajás, cerca de 1.300 Sem Terra
iniciam a Marcha Nacional com foco de: Emprego, Justiça e Reforma Agrária. O objetivo
era chegar em Brasília, os marchantes que vieram de cada estado. Além de chamar atenção
“Queremos ser produtores de alimentos, de cultura e
conhecimentos. E mais do que isso: queremos ser construtores de um país
socialmente justo, democrático, com igualdade e com harmonia com a
natureza.” ( site MST.org.br)
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para a urgência da Reforma Agrária, a marcha tinha por objetivo pedir a punição aos
responsáveis pelos massacres, e celebrar pela primeira vez o Dia Internacional de Luta
Camponesa.
Após dezesseis anos de criação, o MST já tinha atuação em 23 estados, 1,5 milhão
de pessoas, 350 mil famílias assentadas e 100 mil vivendo em acampamentos. Foram
construídas associações de produção, comercialização e serviços, além de cooperativas
associadas e de agroindustrizalização. No setor de educação no ano 2000 o MST já contava
com 1500 escolas públicas nos assentamentos, 150 mil crianças matriculadas e cerca de
3500 professores em escolas onde se desenvolve uma pedagogia voltada para o campo.
Mais a partir do sec. XXI , o campo brasileiro foi ocupado de forma mais
intensa pelo agronegócio, onde sua forma econômica tinha em seu centro apenas as
exportações, assim os grandes bancos e os grandes grupos econômicos, com isso o
discurso que sobre Reforma Agrária não fazia mais sentido.
4. LABORATÓRIO DE CAMPO
Primeiramente é importante informa que o laboratório , foi realizado entre as
cidades de Juazeiro-Ba , coma visita a agroindústria Agrovale e a cidade de Santa Maria
de Boa Vista com a visita ao assentamento do MST – Safra coordenada pelo Professor
DR. Edvaldo Carlos de Lima, do curso de Geografia da UEPB.
Teve como objetivo , fornecer aos alunos umas analise mais aprofundada sobre o
embasamento teórico, efetuado juntamente com o professor em sala com analise critica
efetuada em campo
4.1 VISITA À AGROVALE
A AGROVALE esta localizada na Fazenda Massayo, s/n - Zona Rural, Juazeiro
– BA, dentro do perímetro irrigado do Vale do São Francisco. Realizada no dia 08 de Abril
de 2016 com chegada ate a empresa em torno das 8:00.
Figura 1 : AGROVALE
Fonte: Google Earth, 2016
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A empresa foi fundada em 1972, sua primeira moagem foi em 1980. Foi uma grande
risco Implantar uma empresa do porte da AGROVALE numa região seca e de solo atípico
para a produção da cana-de-açúcar, como era o Vale do São Francisco, foi um grande desafio
que só pôde ser levado adiante pela convicção da capacidade produtiva do grande vale. A
AGROVALE é reconhecida como uma das maiores produtoras de açúcar e álcool do
Nordeste. É uma empresa produtora de Açúcar, Etanol e Bioenergia , a empresa está situada
na região do Sub-Médio São Francisco, em Juazeiro, Estado da Bahia. A vegetação original é
caracterizada pela caatinga, possui clima bastante quente com temperatura média do mês mais
frio superior a 18° C, é uma região onde a média pluviométrica é de 400 milímetros,
distribuídas irregularmente, com incidência nos meses de novembro a abril.
O sistema de irrigação da empresa é por gravitação, onde canais circunda toda a
plantação , (indicado na figura 2.
Figura 2 : Irrigação por Gravitação
Fonte : Caio Oliveira, 2016.
Segundo um dos técnicos agrícolas da empresa, o mesmo informa que o solo
da empresa é rico e não necessita de tanta alteração nele, explicando também a formas
de plantios , os plantios por sucos, a media para replantio são de 5 a 6 anos, enquanto no
sistema de gotejamento são de 10 anos para replantio.
Na área em si da AGROVALE 60% dos solos são vertisolos, que para o plantio
nesse tipo de solo o custo é maior por conter muitas pedras. 40% divididos entre
cambisolos e agisolos, que são solos que necessitam da adição de calcário.
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Figura 3 : Corte de cana
Fonte: Caio Oliveira, 2016.
O corte de cana atualmente é 100% manual, criando um próprio conflito com
o governo que esta no processo de implantação de lei para a proibição para o corte
manual, tendo que ser substituído pelo processo de mecanização.
Uma analise a ser feita seria referente a criticas que se faz, perante ao trabalho
exaustivo, que são coisa desumanas, mais ai se levanta o questionamento, da
necessidade de trabalho, ou ate mesmo a busca por crescimento pessoal , em uma
entrevista com um dos cortadores o mesmo afirma , que o trabalho é bastante exaustivo
que algumas vezes o mesmo já chegou a desmaiar, mais como ele mesmo falou, que
pretende enveredar novos caminhos em sua vida, a busca por um curso superior ou ate
mesmo um curso técnico para operador de maquinas. Então ate onde um trabalho é digno
ou não? porque muitas pessoas querem ter seu alimento em casa já pronto, mais ir ate o
campo e plantar que é o difícil.
Outro questionamento que foi levanto foi a questão da captação de água, for se
tratar de uma agroindústria onde o rio passa por dentro da propriedade, mais
segundo informações do técnico agrícola , que efetua o controle de liberação da água
para o canais é uma empresa privada responsável pela distribuição e tratativa da água.
Assim finalizando foi observado que a AGROVALE é uma empresa , de
caráter capitalista, por seu meio de produção e o grande foco que seria a exportação. A
empresa
também é Auto-suficiente em termos energéticos Depois da utilização do caldo para
produção do açúcar, o bagaço que resta é encaminhado para as caldeiras. A queima desta
biomassa se transforma em vapor e posteriormente em energia elétrica, através de
turbogeradores. Mostrando que depois desse processo a mesmo gera energia para ela
própria e ainda sobrando para o abastecimento de parte da cidade.
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4.2 VISITA AO ASSENTAMENTO SAFRA
A assentamento SAFRA(ver na figura 4) , localizado em Santa Maria da boa Vista –
PE, foi efetuado dia 9 de Abril de 2016
Figura 4: Assentamento SAFRA
Fonte: facebook Assentamento Safra
No assentamento podemos verificar a estrutura de assentamento da
desenvolvido, com casa de alvenaria, com estrutura de uma cidade de pequeno porte, no
assentamento já tem em torno de 20 anos desde da sua ocupação, hoje esta com entorno de
1200 habitantes, com uma área de 420.000 hectares de irrigação, Produção de goiaba,
manga são cargos fortes do assentamento, mais também vem se destacando a produção de
vinho orgânico dentro do próprio assentamento. Toda a produção do assentamento serve
tanto para consumo próprio quanto para comercialização.
Existe uma pequena diferença entre assentamento e acampamento também ,
o assentamento é quando as famílias conseguem o direito de uso e fruto da terra e créditos
do governo para começar a construção de casas de alvenaria e a produção agrícola. Nesse
caso, a terra é legalizada e em momento algum essas pessoas serão retiradas, desde que não
parem a produção. Já o acampamento é quando um grupo de pessoas sem terra se reúne
para exigir seus direitos. A forma que o Movimento encontrou para ganhar visibilidade do
poder público e da sociedade foi através das ocupações de terras , mais que elas não foram
liberadas ainda para a reforma agrária
MST começa em suape na região da mata em 1995, 2204 famílias distribuídas em
10 assentamentos, Ocupação difícil, sem estrutura , tiveram que ir para a BR ,
efetuar saques.
Foi verificado também com dos lideres, se o assentamento existia algum tipo de
projeto para preservação da mata ciliar , o mesmo informou que ainda não existe previsão
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para o mesmo. Onde diferentemente da AGROVALE, a retirada de água do rio é
controlada pelo próprio pessoa do assentamento , não havendo fiscalização de nenhum
órgão publico gestor.
5. CONCLUSÃO
Pode-se então concluir a parti da experiência vivida em campo e estudos em sala
de aula juntamente com o professor, a grande diferencia, entre os meios de produções
da Agrovale uma grande agroindústria do Brasil e do assentamento SAFRA, mostrando
assim a distinção do modo de trabalho coma terra, a divisão de hectares, dividido na
mãos de varias pessoas no caso do assentamento e a quantidade exorbitante nas mãos de
uma única pessoa no caso da agroindústria AGROVALE.
REFERÊNCIAS
http://www.incra.gov.br/reformaagraria http://www.mst.org.br/reforma-agraria/
http://reforma-agraria-no-brasil.info/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4504.htm
http://www.eumed.net/libros-gratis/2010d/794/Agroindustria.htm
http://www.bndespar.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquiv
o s/conhecimento/livro_setorial/setorial05.pdf