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BOAS-VINDAS

Julio M. Rodrigues, Diretor Executivo, FORUM

LATINO-AMERICANO DE SMART GRID e CEO,

RPM BRASIL, abriu os trabalhos do VI Fórum

Latino Americano de Smart Grid saudando e

apresentando as boas vindas aos congressistas,

palestrantes, patrocinadores, expositores e

autoridades presentes.

Destacou os importantes avanços na introdução

de S is temas In te l igentes de Energ ia ,

proporcionados pelo engajamento dos Governos

locais na implementação desta transformação

tecnológica. Destacou também a expressiva

participação de 12 patrocinadoras, 41 palestrantes

brasileiros, 16 palestrantes internacionais, 36

entidades apoiadoras e mais de 500 visitantes, o

que demonstra o grande interesse e necessidade

de articulação e desenvolvimento nessa área no

Brasil e em toda a América Latina.

Lembrou que a Conferência do Fórum já faz parte

do circuito mundial dos principais encontros sobre

o tema, e que o tema geral desta 6ª edição

contemplou "A Modernização Tecnológica

acelerando a transformação do Setor Elétrico

Mundial".

Destacou que os primeiros dois dias foram

dedicados às questões fundamentadas nas

melhores práticas em nível global, como as

práticas regulatórias e de mercado e os cases de

sucesso, o engajamento governamental, as

parcerias público - privadas, as fontes de

financiamento, envolvendo aplicações de

tecnologias inteligentes em setores de infra-

estrutura crítica em toda a cadeia do negócio (G, T,

D e C). O terceiro dia, por sua vez, deu lugar ao

Workshop: “Políticas Públicas e Incentivos para a

modernização da Infra-estrutura no Brasil”, que

objetivou apresentar e debater os programas

oficiais do uso destas tecnologias nas redes

elétricas inteligentes e eficientes no Brasil, visando

explorar e potencializar o benefício maior da

sociedade, com melhor qualidade de serviço,

confiabilidade e redução de custos.

Cyro Vicente Boccuzzi, Presidente, FÓRUM

LATINO-AMERICANO DE SMART GRID e CEO,

ECOee, apresentou os desafios existentes na

América Latina para a implantação das

tecnologias de redes inteligentes e enfatizou os

APRESENTAÇÃO DO FÓRUM LATINO-

AMERICANO DE SMART GRID

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trabalhos e objetivos que o Fórum vem

perseguindo desde a sua criação, em 2008.

Destacou, entre as atividades do Fórum, a troca

periódica e sistemática de informações e o

relacionamento contínuo com iniciativas

congêneres em outros continentes e países do

mundo, sempre de forma a aplicar estas

tecnologias de modo focado na América Latina,

considerando as especificidades e realidades

regionais.

Destacou, especialmente, o papel de articulação e

síntese institucional do Fórum, com visão

principalmente guiada por valor para todos os

grupos de interesse e a sociedade como um todo, e

não exclusivamente por tecnologia. Além disso,

destacou que o Fórum é um veículo NEUTRO,

INDEPENDENTE e INCLUSIVO, para mobilizar a

mais ampla matriz de interessados possível, razão

pela qual não cobra taxas ou anuidades, sendo

mantido apenas pela sua Conferência anual.

Seguiu apresentando suas considerações sobre a

importância do engajamento das empresas de

tecnologia, das concessionárias e dos Governos

na condução de programas de modernização das

redes elétricas e no debate, hoje levado em escala

mundial, da busca de um novo modelo de negócios

para a geração, transmissão, distribuição e

comercialização de energia elétrica.

Lembrou que a visão governamental e gerencial

dominante na América Latina ainda é muito focada

na expansão dos sistemas atuais e no aumento de

capacidade destes sistemas com tecnologias

convencionais, mais do que na busca de sua

modernização e aumento de eficiência energética.

Esta visão calcada em nas tecnologias

convencionais está rapidamente cedendo lugar a

novas abordagens e alternativas tecnológicas, em

escala mundial, e consequentemente desafiando

de forma muito rápida o antigo e consolidado

modelo de negócios do setor elétrico. Por isso, a

importância da articulação institucional na

discussão da estratégica energética dos países da

região e da inclusão de uma ampla gama de

públicos interessados neste debate é ainda mais

relevante e urgente do que em muitas outras

partes do mundo.

Destacou, também, que muita regulamentação

nova tem sido produzida em relação a tarifas,

medidores, micro-geração e telecomunicações e

que estas novas regras trarão uma mudança

substancial do ambiente de negócios na região, ao

mesmo tempo em que as margens das empresas

de energia têm sofrido consideráveis reduções.

Este cenário, portanto, traz um desafio

extraordinário para as empresas se modernizarem

e ganharem mais eficiência, porém com recursos

econômicos e capacidade de endividamento mais

limitados, o que aumenta ainda mais este desafio

para as empresas da região. Neste ambiente, o

desenvolvimento de políticas públicas estáveis e

de longo prazo é fundamental para que estes

investimentos realmente aconteçam.

Destacou a mudança de paradigma em curso na

cadeia de negócios de eletricidade, comparando a

abordagem tradicional de um modelo de negócios

antigos, que vigorou por mais de um século, para

um novo modelo de negócios viabilizado e em

veloz implantação pela evolução tecnológica,

apresentados na tabela seguinte:

- No modelo de negócios tradicional, as empresas

possuem mercado cativo e são basicamente os

exclusivos supridores de energia, desde a usina

até o uso final. No novo modelo de negócios,

viabilizado pelas novas tecnologias, já são viáveis

múltiplas fontes de energia, de diferentes escalas e

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trabalhando de forma integrada.

- No modelo tradicional fazem uso de capital

intensivo, com foco em crescimento de demanda e

consumo pa ra a recupe ração des tes

investimentos, enquanto que no novo modelo, o

foco é o uso eficiente de energia e o gerenciamento

da demanda, para viabilização de custos

competitivos.

-no modelo tradicional, o retorno de investimentos

é medido em décadas, enquanto que no novo

modelo atualmente ele se situa entre 5 e 8 anos,

tendendo a se reduzir ainda mais, com a

massificação destas tecnologias.

- o modelo tradicional é calcado em concessões de

infra-estrutura, baseadas em tarifas públicas,

enquanto que no novo modelo existe competição,

através do acesso livre e sob medida para a

tecnologia, viabilizando que os próprios

consumidores possam construir e possuir a sua

própria infra-estrutura de energia, ao menos para

grande parte de suas necessidades.

- as politicas de preço de energia, tradicionalmente

definidas pelos investimentos requeridos e pelo

volume de mercado (escala do negócio), com

frequente uso de subsídios embutidos, aos poucos

cederá lugar a preços definidos caso a caso,

dependendo da confiabilidade requerida,

tecnologia utilizada e nível de eficiência em uso

final instalado.

- Finalmente, os produtos principais das empresas

como serviço da indústria tradicional, basicamente

o kwh e o kw, cederão lugar à novos serviços

oferecidos, basicamente focados na gestão do uso

final.

Finalizou sua apresentação lembrando que as

transformações em curso serão as maiores já

realizadas em toda a vida de um setor elétrico

mundial e que, cada vez mais, este setor se reveste

de responsabilidade para a manutenção do bem

estar, segurança e qualidade de vida da sociedade

moderna.

Painel de Abertura: A TRANSFORMAÇÃO

DO SETOR ELÉTRICO MUNDIAL

Claudio J. D. Sales, Presidente, INSTITUTO

ACENDE BRASIL, abriu o painel apresentando

considerações sobre praticas mundialmente

utilizadas por governos para atrair ou afastar

investimentos no setor de infra-estrutura,

destacando o importante papel desempenhado

através da regulação de um setor que

tradicionalmente possui um monopólio natural, em

razão da escala e escopo, e que cujas atividades

afetam toda a sociedade e exigem coordenação de

planejamento e operação. Além disso, trata-se de

setor de uso intensivo de capital, longa vida útil dos

ativos e correspondente retorno de investimentos,

além de elevada especialização, onde confiança é

o ingrediente fundamental para encorajar

investimentos que retornarão somente a longo

prazo. Discorreu posteriormente sobre as recentes

modificações introduzidas pelo Governo Brasileiro

no setor elétrico nacional, de forma pouco

articulada com os agentes e com significativo

numero de alterações em curtíssimo espaço de

tempo. Finalizando, defendeu que os governos da

região trabalhem para manter a confiança dos

agentes, mantendo estabilidade de regras num

setor de longo prazo e transparência na

governança setorial, além de prover, entre outras

medidas, desoneração fiscal em setor de oferta de

serviço essencial.

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Fernando Mano da Silva, Diretor de Estratégia e

Inovação, CPFL, iniciou a apresentação

discorrendo sobre o projeto “A Energia na Cidade

do Futuro”, lançado pela CPFL em 2013,

objetivando desenvolver uma Visão de Longo

Prazo para o Setor, até 2030, dentro de seu

Planejamento Estratégico. O projeto trabalha

abordando 10 temas e frentes de transformação

tecnológica e detalhando hipóteses gerais sobre o

futuro do setor e novos paradigmas de consumo,

de geração, de redes e de mercado e regulação,

objetivando liderar a construção de uma visão de

futuro para o setor.

Mencionou direcionadores de tendências como a

maior consciência dos consumidores e a busca por

maior eficiência na produção e consumo de

energia, bem como a maior relevância da

eletricidade na vida e conforto da população.

Prosseguiu apresentando a atuação marcante da

CPFL na implementação de Inovações,

destacando várias frentes e projetos, como a

pioneira usina solar de Tanquinho, a planta de

biogás de vinhaça, o transformador verde com

menores perdas e óleo de isolação renovável, os

sistemas automatizados de redes com auto-

recuperação automática, com mais de 5000

chaves de comando remoto na distribuição, a

implantação de tele-medição em todos os clientes

do grupo A e finalmente um projeto de mobilidade

elétrica em maior escala, envolvendo a inserção de

veículos elétricos em frotas empresariais da região

de Campinas.

Josias Matos de Araújo , Presidente,

ELETRONORTE instituiu e coordenou, quando

estava no Ministério de Minas e Energia, em 2009,

o primeiro grupo de trabalho especialmente

constituído para estudar e definir diretrizes

governamentais para a modernização dos

sistemas elétricos no Brasil através da introdução

das tecnologias de Smart Grid. Apresentou os

desafios da Eletronorte, empresa que opera em

ambiente com bastante diversidade de realidades,

mas focada em inovação e tecnologia. Realizou

um breve retrospecto dos mais importantes

marcos do sistema elétrico brasileiro e apresentou

as tendências mundiais na área de tecnologia de

redes inteligentes, passando a seguir a abordar

especificamente a aplicação destas novas

tecnologias na área de transmissão de energia,

destacando as principais transformações nos

sistemas SCADA e nos sistemas especiais de

medição, em decorrências da progressiva

implantação dos sistemas de transmissão

flexíveis e das unidades de medições fasoriais.

Concluiu a sua apresentação discorrendo sobre

as expectativas e os desafios esperados nesta

área no curto e médio prazo, com especial ênfase

na necessidade de capacitação e qualificação de

pessoas e profissionais, além de adequar estes

sistemas às grandes disparidades regionais.

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Otávio Luiz Renno Grilo, Diretor de Operações,

AES ELETROPAULO, apresentou a AES

Eletropaulo destacando a visão, filosofia e cultura

da organização no sentido de abordar as novas

tecnologias dentro de uma visão de efetividade.

Por esse motivo a empresa tem realizado

investimentos significativos na modernização de

seus sistemas, já possuindo todas as suas 152

subestações totalmente digitalizadas e tendo

também cerca de 3000 religadores instalados em

média tensão. Para isso a empresa investiu em um

amplo e confiável sistema de telecomunicações

contemplando fibras ópticas, redes Wi Max e r´dio

com tecnologia mesh, já abrangendo também

100% da tele-medição dos clientes do grupo A,

alimentados em média ou alta tensão. Realizou

também investimentos significativos para

monitorar os sistemas subterrâneos e investiu

mais de R$ 30 milhões para modernizar os centros

de controle. Finalizando apresentou os desafios

enfrentados na montagem do business case do

primeiro projeto de redes intel igentes,

manifestando, entre outras, a preocupação com a

financiabilidade destes projetos de modernização,

que não conseguem concorrer com investimentos

mandatórios, bem como cuidados sobre como

endereçar a baixa de ativos ainda não

depreciados.

Ricardo Achilles, Sub-Secretário de Energia do

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

apresentou as dimensões sociais, econômicas e

energéticas do Estado de São Paulo, focando na

visão estratégica de fomentar as novas

tecnologias de geração renovável e as redes

inteligentes, com especial foco em enterramento

de sistemas elétricos e de telecomunicações,

principalmente visando a confiabilidade requerida

para as cidades inteligentes. Destacou as

impo r tan tes l i nhas de f i nanc iamen to

pioneiramente oferecidas pelo Governo do Estado

para a implantação destes sistemas, com custos

razoáveis e com benefícios mensuráveis aos

consumidores.

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NOVAS TARIFAS - PORQUE OS PREÇOS DE

ENERGIA DEVEM REFLETIR O MERCADO

Ashley C. Brown, Diretor Executivo, HARVARD

UNIVERSITY, ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA,

discorreu sobre tendências de problemas de

precificação envolvendo a geração distribuída, que

tem sido interpretada como uma fonte de erosão

de receitas das distribuidoras, na medida em que

reduz o consumo dos clientes que instalam painéis

fotovoltaicos, reduzindo o volume do mercado

cativo da empresa e consequentemente

pressionando as tarifas de energia para serem

elevadas.

Discorreu sobre os efeitos dos subsídios cruzados

nas tarifas. Com a esperada redução do mercado,

a tendência é o aumento do custo de conexão, uma

vez que a mesma rede irá entregar menores

quantidades de energia pela distribuidora, mas

será bi-direcional. Assim, espera-se o aumento do

cus to da parce la de d ispon ib i l i dade ,

transformando crescentemente custos que eram

variáveis em fixos.

Além disso, no sistema de compensação de

energia ou net metering, são pagos aos

consumidores os preços de varejo (compensação)

para a energia, que deveria ser tratada como preço

de atacado ou comodity: a energia entregue na

baixa tensão pela concessionária incorpora

serviços de manutenção de redes, faturamento,

atendimento, operação, etc..., não desenvolvidos

pelos clientes que instalam a micro geração. Além

disso, os clientes de maior renda é que terão

acesso a estas tecnologias e poderão se beneficiar

delas, imputando encargos crescentes aos demais

clientes, o que contraria a modicidade tarifária.

Citou preocupação com aspectos de segurança e

riscos de acidentes nessas conexões. Em sua

opinião, a compensação de energia ou net

metering também acaba por desencorajar a

implantação de baterias nesses sistemas de

micro-geração e por isso reduz a sua efetividade:

nem sempre estes sistemas geram energia

excedente quando ela é necessária, enquanto que

em grande parte dos sistemas o pico de utilização

do sistema elétrico ocorre em horário noturno,

quando estes sistemas não estão gerando, mas

que poderiam apoiar se dispusessem de baterias.

Defendeu o desempacotamento dos componentes

de custos para endereçar os pontos anteriormente

citados, precificando-a pelo seu real valor

(mercado de atacado), bem como a inclusão

mandatória da DG nos leilões de energia.

Defendeu também um sistema tarifário mais

inteligente, com sinalização sazonal, horária e

locacional, sem subsídios cruzados.

Ricardo Savoia, Diretor de Regulação e

Gerenciamento de Energia, THYMOS ENERGIA,

apresentou uma visão critica sobre os preços de

PREÇOS DE ENERGIA NO BRASIL:

UMA VISÃO CRÍTICA

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energia no Brasil, detalhando os efeitos da lei

12.783, que disciplinou condições para a

prorrogação de concessões e motivou uma

redução de cerca de 20% nas tarifas vigentes no

país. Comparou os efeitos iniciais da medida nos

mercados regulado e livre, sendo que neste ultimo,

para os grandes clientes, os efeitos de redução

tinham sido em torno de 13 a 14%, menores

portanto para clientes de mesmo porte que ainda

se encontravam no mercado regulado, que tiveram

algo em torno de 20 a 23 % de redução. Mostrou

que os impactos dessa medida já foram

parcialmente neutral izados pela parcial

recomposição de custos devido condições de risco

hidrológico desfavorável e riscos sistêmicos de

transmissão, trazendo as economias dos

consumidores regulados também para algo em

torno de 13 a 14%, similar à dos livres. Mostrou

projeções de avanços nos preços e concluiu que

d o r a v a n t e a g e r a ç ã o t é r m i c a t e r á

progressivamente maior participação na matriz

para garantir a segurança do suprimento. Concluiu

a sua apresentação ponderando que apesar da

redução dos custos ter sido estrutural, as tarifas

tenderão a se elevar e recompor os preços

anteriores, pela predominância cada vez maior da

energia nova, com atenuação dos custos

ponderados pelas cotas das hidroelétricas ao

longo do tempo, havendo tendência de alta nos

leilões de energia nova, com redução de preços no

mercado livre. Recomendou também sobre a

necessidade de uma reforma tributária que

desonere as tarifas, redução de regulação

excessiva sobre o setor, criação de mecanismos

de financiamento de longo prazo e ampliação do

mercado livre.

A VISÃO DAS DISTRIBUIDORAS PARA A

IMPLANTAÇÃO DAS REDES

INTELIGENTES NO BRASIL

Nelson Fonseca Leite, Presidente, ABRADEE,

apresentou a visão das distribuidoras brasileiras

para a implantação do smart grid, iniciando pela

relevância do setor para a economia e pelas

pesquisas de opinião publica, que apontam que o

serviço de eletricidade está universalizado e entre

os melhores avaliados pela população.

Apresentou a seguir os resultados do Projeto

Estratégico de P&D coordenado pela ABRADEE,

que demonstraram valor presente positivo pra a

sociedade, porém negativo sob o ponto de vista do

modelo de negócios atual das distribuidoras.

Assim, não há duvida que as novas tecnologias

tragam, em geral, benefícios para a sociedade,

mas por outro lado ficou claro que elas não podem

ser implantadas com custeio exclusivo das

empresas no atual modelo. Esta conclusão é

valida de forma limitada a uma visão geral do

conjunto de redes do país, mas não pode ser

extrapolada para todas as concessionárias ou

todas as redes de uma concessão em particular,

cabendo o desenvolvimento de estudos caso a

caso. Assim, devem-se perseguir formas de

criação de um novo modelo de negócios ou de

financiamento direto que transcenda as empresas,

como uma busca de mais equilibrada alocação de

custos e de benefícios da modernização

tecnológica. Discorreu sobre as prioridades

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recentes do governo, que abrangeram de modo

especifico a modicidade tarifária, a universalização

do atendimento e a garantia do suprimento.

Entende-se que outros assuntos muito

importantes estavam fora desta agenda prioritária

e que devem tomar maior importância doravante,

principalmente o aspecto de sustentabilidade das

concessões e a qualidade do fornecimento. Com

este retrospecto, concluiu apresentando a agenda

da ABRADEE para o 4º. Ciclo de revisões

tarifárias, compreendendo: 1. Estabelecimento de

um plano de investimentos previamente definido e

aprovado pelo regulador para a renovação e

modernização dos ativos; 2. Um pacto de garantia

de sinais econômicos corretos e alinhados com o

Governo para o setor, envolvendo tarifas,

remuneração, perdas, base regulatória,

orçamentos de operação, riscos, etc...; 3.

Estímulos para a evolução do modelo de negócios,

incluindo novos serviços e a busca da eficiência

energética.

John J. Easton Jr., Vice Presidente de Programas

Internacionais, EDSON ELECTRIC INSTITUTE,

EEI, ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA,

apresentou um breve retrospecto dos esforços

levados a efeito nos EUA para a implantação das

redes inteligentes, com a alocação em 2009 de 4,5

bilhões de dólares americanos no Plano de

SMART GRID NOS

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA:

PASSADO, PRESENTE E FUTURO

Recuperação e Reinvestimento do Governo

Americano. Este investimento ensejou 99 projetos

no país, com 3,4 bilhões de dólares de recursos

federais e 8 bilhões de dólares em valor, com

grande foco em sistemas de medição, redução de

demanda de pico, redução de custos operacionais

e de aumento de confiabilidade de suprimento de

energia. Foram focados também estudos de

melhoria da transmissão e de aprimoramento de

mode los ta r i f á r i os que p romovessem

comportamento de uso mais eficiente de energia

pelos clientes. Discorreu a seguir sobre os

Programas de Demonstração Regional e de

Armazenamento de Energia, que geraram

grandes evoluções e resultados mensuráveis,

além de significativo progresso na convergência

de normatização e interoperabilidade, culminando

todos esses esforços em uma base instalada de 46

milhões de medidores inteligentes no país, o que

representa uma penetração de 49% destas novas

tecnologias. Prosseguiu discorrendo sobre a

situação atual de implantação, que envolvem

casos de sucesso de gerenciamento de demanda

e energia, ao mesmo tempo em que são levadas a

debates calorosos as questões como os

benefícios da medição inteligente, questões sobre

a privacidade dos clientes, os possíveis efeitos

sobre a saúde, e procedimentos para a retomada

de faturamentos nas tarifas tradicionais pelos

clientes que não desejarem se engajar nas novas

modalidades. Finalizou a sua apresentação

discorrendo sobre as prioridades definidas pelo

departamento de energia norte americano em seu

planejamento para 2020, onde se visualiza a

tendência de adoção de micro-redes de forma

comerc ia lmen te v iáve l , do c rescen te

transformação das redes atuais em auto-

recuperáveis e da maior e mais intensa penetração

de recu rsos renováve i s d i s t r i bu ídos ,

gerenciamento da demanda e de veículos elétricos

nas redes de distribuição.

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A CASA INTELIGENTE: EDUCAÇÃO E O

ENGAJAMENTO DOS CLIENTES E

COLABORADORES

Stephen M. Kim, CEO, XIAN SWIP, CHINA,

iniciou apresentando sua empresa, a Xian Swip

Company, fundada no ano 2000, na China, hoje

uma das empresas que lideram o Centro de

Projetos Industriais de Circuitos Integrados

suportado por um Programa Governamental

Chinês. A Swip tem concentrado seus esforços em

tecnologias disruptivas de pesquisas na área de

controle de motores dc, medição eletrônica,

i luminação publica inteligente, sistemas

avançados de automação residencial e sistemas

de carregamento de veículos elétricos, entre

outros. Discorreu posteriormente de modo

detalhado sobre cada uma das tecnologias hoje

disponibilizadas pela empresa, com especial foco

nas tendências de rápida evolução da geração

distribuída, em escala mundial; na crescente

integração de funcionalidades de automação

residencial, incorporando circuitos de corrente

contínua nas residências para eliminação dos

transformadores e fontes de equipamentos

eletrônicos; da tendência de popularização de

eletrodomésticos de corrente contínua em

substituição aos atuais, inclusive geladeiras e

outros de condicionamento de ambiente; da

incorporação de baterias carregáveis através de

portas USB em equipamentos de iluminação e de

pequeno porte, como ventiladores; do uso

crescente das tomadas USB para equipamentos

em geral, como TVs e monitores; crescente uso de

armazenamento de energia para gerenciamento

da demanda. Concluiu mostrando que o futuro

será definido pela integração de sistemas de

gerenciamento de energia com sistemas de

automação predial.

Gale R. Horst, Gerente de Projetos Sênior,

ELECTRIC POWER RESEARCH INSTITUTE -

EPRI, ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, iniciou

sua apresentação fazendo um breve retrospecto

sobre o EPRI e as principais linhas de estudo na

área de smart grids compreendendo 15 projetos de

larga escala, envolvendo 23 empresas de energia

em 6 países diferentes. A seguir passou a

apresen ta r os es tudos re fe ren tes ao

gerenciamento de energia em prédios e

residências, e o dilema de que estes sistemas

pudessem controlar o prédio ou dispositivos e

componentes dentro do prédio, surgindo duas

opções de gerenciamento: o sistema de

gerenciamento deve comunicar-se com cada

equipamento ou com o prédio em si? O desafio

residia em se desenvolver um padrão para estes

sistemas. A solução foi a busca de uma arquitetura

flexível que pudesse abrigar a mais ampla

variedade de situações, através da designação de

três elementos-chave: a rede (grid), que pode ser a

rede da concessionária de distribuição ou qualquer

GERENCIAMENTO DE ENERGIA NAS

RESIDENCIAS E A NOVA GERAÇÃO DE

ELETRODOMÉSTICOS

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outro ativo do sistema de suprimento, o nó de

topo virtual (ou “Virtual Top Node - VTN”), que é o

ponto de conexão da rede com o prédio, e o nó de

fim virtual (ou “Virtual End Node - VEN”), que é o

ponto de conexão interno ao prédio com os

equipamentos de uso final ou de geração

distribuída. Discorreu também sobre a CEA

2045, que trata da padronização das interfaces

dos equipamentos de uso final e que possibilita

larga flexibilidade de configuração de sistemas

de automação predial. Apresentou os resultados

de um teste de gerenciamento de demanda em

uma empresa, que demonstrou efetividade em

apenas 27% dos acionamentos, o que

demonstra o potencial mas a necessidade de

melhoria do processo. Os consumidores

mostraram alto nível de descontentamento com

a tomada de controle da empresa sobre o

funcionamento de seus equipamentos e a

eficiência dos eletrodomésticos é tão grande,

que o bloqueio de sua utilização traz benefícios

pequenos, que podem ser anulados com a

simples necessidade de uma única visita de um

técnico da empresa para resolver qualquer

problema. Os fabricantes, por sua vez, também

demonstraram interesse e viabilidade de

aplicação de uma serie de possibilidades de

controle em diferentes tipos de eletrodomésticos

e se mostraram engajados nos grupos de

padronização. Concluindo sua apresentação,

Gale discorreu sobre outros programas

desenvolvidos pelo EPRI para o gerenciamento

de energia, especialmente detalhados na

publicação: “Costumer Engagement: Myths,

Facts and Motivation”, cujos resultados se

encontram disponíveis para download na pagina

do EPRI – www.epri.com – product ID 1024566.

GERAÇÃO DE ENERGIA NO SÉCULO 21 -

TECNOLOGIAS PARA A GESTÃO DA

DEMANDA

Greg Wikler, Diretor, ENERNOC, ESTADOS

UNIDOS DA AMÉRICA, apresen tou a

conceituação do gerenciamento da demanda

(demand response ou DR) para fins de gestão de

capacidade, energia e/ de serviços ancilares e

apresentou a relevância destas práticas nos vários

sub-mercados dos EUA, onde a DR responde por

cerca de 5 a 10% da capacidade destes sistemas,

com exceção do Texas (ERCOT), onde modula

apenas 2,6% da capacidade. Há expectativa do

FERC que a modulação média evolua para cerca

de 15% da demanda individual média dos clientes

até 2020. Discorreu, a seguir, sobre as praticas

atuais de gerenciamento da demanda e sobre as

novas tecnologias nessa área, bem como sobre

estudos de casos de sucesso, para o

aproveitamento e fixação de geração intermitente

de origem eólica. Finalizou apresentando

recomendações focadas na realidade do Brasil e

da América Latina, abrangendo: 1. Integração de

soluções de gerenciamento de demanda e

eficiência energética em grandes consumidores

industriais e comerciais; 2. Desenvolvimento de

soluções focadas em fragilidades sistêmicas

visando a segurança do suprimento; 3.

Consideração de gerenciamento de demanda e

energia nos leilões de suprimentos e novas fontes;

4. Implementação de sistemas de gerenciamento

para o mercado de atacado e spot.

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GERENCIAMENTO EM TEMPO REAL E

PRODUTIVIDADE - UMA VISÃO GLOBAL

Declan Byrne, Presidente, WIMAX FORUM,

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, apresentou o

WIMAX Forum e as suas aplicações em uma

ampla variedade de situações onde se requer

conectividade de alta disponibilidade e capacidade

com padrões abertos e interoperáveis, com um

numero significativo de aplicações críticas e

parceiros habilitados, em escala mundial, com uma

base de assinantes superior a 30 milhões de

assinantes. Discorreu, também, sobre o

aperfeiçoamento e evolução tecnológica das

soluções WiMAX e os mercados industriais

atendidos, que extrapolam a indústria de energia

elétrica em uma ampla gama de aplicações criticas

como aviação, governo, segurança, configurando-

se como tecnologia apropriada para a

conectividade das cidades inteligentes, cujos

investimentos passarão de 8 bilhões de dólares

gastos em 2010 para mais de 16 bilhões de dólares

anuais a partir de 2016. Apresentou também

alguns casos de estudo de sucesso e discorreu

sobre a situação atual da tecnologia no Brasil,

onde algumas companhias já optaram e estão

desenvolvendo projetos de alta penetração.

A INOVAÇÃO NAS MPE'S

I

Descartes de Souza Teixeira, Presidente do

Conselho Gestor, ITS, Instituto de Tecnologia de

Software, apresentou o Espaço Inovação,

iniciativa pioneira do ITS em parceria com o Fórum

Latino Americano de Smart Grid, às empresas de

pequeno e médio porte poderem apresentar os

seus produtos e serviços inovadores em TI em um

evento internacional de grande porte, frequentado

por líderes e formadores de opinião qualificados,

com foco em negócios, de uma área especializada

e essencial como energia elétrica. Discorreu

posteriormente sobre o importante papel do ITS

junto às pequenas em médias empresas

inovadoras em software, proporcionando

assessoria para acesso a Funding, capacitação,

qualificação, pesquisa, desenvolvimento e

inovação, agindo também como orientadora em

processos de internacionalização.

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SMART GRID NA AMÉRICA LATINA -

O DESAFIO DA REGULAÇÃO

Ester Beatriz Fandiño, Secretaria Executiva,

CACIER, ARGENTINA, iniciou apresentando o

novo paradigma para o desenvolvimento da infra-

estrutura na região, onde se passa de uma

abordagem tradicional de focar sistemas de

transmissão para uma visão mais avançada

baseada em energias renováveis não

convencionais, que precisa ser apoiada por

políticas publicas, planejamento energético e pela

regu lação. Menc ionou os avanços já

conquistados nesta direção por países da América

Latina, especialmente pela iniciativa Colômbia

Inteligente, e também pela Bolívia, Peru, Uruguai

e Brasil, tema que está também dominante nos

Grupos de Trabalho da CIER – Comissão de

Integração Elétrica Regional. Defendeu em mais

detalhes os benefícios da integração elétrica

regional incluindo as energias renováveis não

convencionais, respaldada pela integração de

energia hidráulica, que possui caráter

complementar de sazonalidade na região. Propôs

uma agenda regulatória para a Região onde cabe

a integração das tecnologias de informação e

comunicações na regulação atual do setor e a

revisão e determinação de um novo modelo

tarifário que melhor espelhe os custos de

fornecimento e eficiência do uso, principalmente

da demanda. Destacou o novo papel do gestor de

informações, que pode substituir o conceito

tradicional de propriedade do medidor de energia,

e enfatizou a necessidade de incentivos

econômicos que garantam estabilidade de regras

para incentivar decisões de investimentos,

recompensarem melhoria de eficiência

operacional e apoiar o financiamento da migração

tecnológica.

Fernando Damonte, Diretor, QUANTUM,

ARGENTINA, apresentou um retrospecto sobre a

evolução do tema em vários países da América

Latina abrangendo Brasil, Jamaica, Guatemala,

Colômbia, Republica Dominicana e Chile, onde a

questão de integração de energias renováveis e

gestão das perdas são itens de prioridade da

regulação. Citou o conceito da “Terceira

Revolução Industrial” defendido por Jeremy

Rifkin, onde 5 pilares trazem um novo paradigma

para a área de energia elétrica: a geração

distribuída de energia nos prédios, as energias

renováveis, o armazenamento de energia, o

transporte eletrificado e as redes inteligentes para

possibilitar um melhor e mais eficiente

intercambio energético. Destacou que para esta

visão poder progredir e se instalar há a

necessidade de uma regulamentação favorável,

que proporcione os incentivos corretos. Discorreu

sobre as etapas para o desenvolvimento das

redes inteligentes e a necessidade de atualização

de alguns conceitos regulatórios consolidados,

como por exemplo, a vida útil de componentes,

com crescente eletrônica embarcada, bem como

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à necessidade de promover incentivos à inovação.

Destacou a preocupação que os consumidores

não compartilhem em grau elevado com os riscos

dos projetos inovadores, mas por outro lado

ponderou que as empresas precisam de ambiente

regulatório transparente e estável para tomar

decisões de investimentos, que no final, se

reverterão em benefício dos clientes. Destacou,

também, a necessidade de tarifas inteligentes, que

espelhem os reais custos de fornecimento, e

concluiu recomendando que a transformação

tecnológica seja parte de um plano nacional,

respaldado por uma regulação que incentive o

desempenho das empresas através de novas

tecnologias.

Rafael de Sá Ferreira, Gerente, PSR, apresentou

em primeira mão uma interessante pesquisa

realizada para a ANEEL entre junho e agosto de

2013 com mais de 2300 clientes do grupo B (baixa

tensão) e 70 clientes do grupo A (média e alta

tensão), sobre o faturamento e temas afins, tendo

em conta a implantação da tarifa branca no Brasil,

horosazonal. Na BT (baixa tensão) cerca de 75%

dos clientes optariam pela tarifa branca enquanto

apenas 25% não optariam por não conseguirem

mudar os hábitos (17%) ou considerarem a atual

tarifa mais adequada (8%). Se pudessem escolher

a fonte de energia, 52% optariam por fontes

limpas, desde que ao mesmo preço da atual, 8%

também op ta r i am po r f on tes l impas ,

independentemente do preço, enquanto que 38%

optariam sempre pelas mais baratas. Defendeu a

seguir que as distribuidoras terão papel

primordial nesta fase inicial da tarifa branca, e

passou a apresentar as preocupações mais

comumente mencionadas pelas distribuidoras

em relação a esta nova modalidade,

relativamente aos riscos de perda de receita.

Apesar disso, poucas empresas sugeriram

objetivamente modificação na modelagem

proposta pela ANEEL em suas áreas de

concessão, provavelmente por dificuldades

associadas à ausência de dados para a

adequada modelagem da resposta dos

consumidores a preços. Discorreu a seguir sobre

mecanismos para eliminar os desincentivos ao

apoio das empresas, através, por exemplo, de

desacoplamento das tarifas. Mas para isso o país

ainda requer de estudos em escala, baseados

em dados empíricos, que modelem o

comportamento do consumidor brasileiro em

resposta à demanda, com abordagem regional,

haja vista a grande variedade de culturas e

hábitos entre as várias regiões do país.

João Brito Martins, Diretor de Inovação, EDP,

iniciou sua apresentação introduzindo

informações sobre o grupo EDP no Brasil e sobre

PROJETO INOVCITY APARECIDA:

STATUS DE EXECUÇÃO, PRINCIPAIS

APRENDIZADOS PARA O

DESENVOLVIMENTO FUTURO DAS

SMART GRIDS NO BRASIL

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o Projeto INOVCITY em implantação no município

de Aparecida do Norte, em São Paulo, com cerca

de 35 mil habitantes e quase 14 mil pontos de

consumo de energia. O projeto está apoiado em 6

pilares principais, abrangendo a medição

eletrônica, eficiência energética, geração

distribuída, iluminação pública eficiente,

mobil idade elétrica e sensibil ização da

comunidade. A seguir apresentou relato do

andamento, enfatizando os desafios de instalação

de medidores, tanto das fronteiras como dos

consumidores, dos sistemas de gestão, das redes

de telecomunicação, dos sistemas de iluminação

publica e dos trabalhos de eficiência energética.

Finalizando, destacou as lições aprendidas no seu

desenvolvimento abrangendo os desafios de

logística de operações, telecomunicações, gestão

de stakeholders, relacionamento com a

comunidade, gestão do conhecimento e avaliação

de custo-benefício.

Ravi Seethapathy, Senior Advisor MaRS;

Director, Smart Grid Canada and Manager R&D,

HYDRO ONE NETWORKS, CANADÁ, mostrou

como a revolução da TI (tecnologia da Informação)

nos últimos 20 anos tem dado origem a muitas

novas oportunidades de negócios. De hardware a

software de rede e agora conhecimento e

plataformas sociais, essas transformações estão

A REDE DE ENERGIA DO FUTURO E OS

POTENCIAIS NOVOS MODELOS DE NEGÓCIO

PARA AS EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS

quebrando as práticas tradicionais e dando origem

a opções de menor custo e revolucionando setores

ainda existentes, tais como mineração, produtos

de consumo, etc . Esta realidade não está distante

do setor de energia. A Smart Grid traz um mix de

Sistemas de Energia, TI, comunicações, energias

renováveis e inteligência distribuída e tem um

potencial semelhante para transformar o setor de

energia, mas visões e práticas tradicionalistas

podem estar limitando o seu progresso. Foi

apresentado o estudo de caso da Província de

Ontario, onde houve significativa transformação

do cenário de regulação, através da Lei de Energia

Verde (Green Energy Act). Os melhores ganhos

podem vir dos países em desenvolvimento que

não estão acorrentados por visões antiquadas e

infraestrutura obsoleta. A apresentação forneceu

informações sobre a rede do futuro e os novos

modelos de serviços que são susceptíveis de

evoluir. Foram abordadas também as iniciativas

canadenses, como o Programa Green Button,

além MDMR, Rede Energy Smart, Mapeamento

de armazenamento de energia e ferramentas para

ajudar os países emergentes avaliar suas

necessidades para melhor beneficio da

implantação de Smart Grid.

David B. Zabetakis, Presidente, DOBLE,

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, iniciou sua

TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA - UMA

ABORDAGEM HOLÍSTICA PARA A GESTÃO

DOS RISCOS PATRIMONIAIS

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apresentação lembrando que lidar com o

desconhecido é um dos aspectos mais difíceis da

gestão de ativos - ativos de alto valor,

especialmente críticos, tais como transformadores

de potência. Ao lidar com centenas, senão

milhares de tais ativos, o desconhecido deve ser

gerenciado e decisões críticas feitas, que são

tarefas assustadoras quando se percebe que cada

ativo exige atenção individual, como em uma

gestão de frotas. Hoje há um crescente

reconhecimento do valor dos princípios formais de

gestão de ativos, que permitem que uma

organização para aplicar as melhores práticas de

gestão de ativos no transformador de força e

garantir resultados consistentes, mesmo quando

confrontados com as incógnitas de uma força de

trabalho em envelhecimento e aumento da

demanda do sistema. A gestão de ativos

inteligente é conseguida através de um sistema

que combina todas as fontes de dados relevantes,

e fornece as informações e análises necessárias

para tomar decisões de curto e longo prazo. O

dobleARMS ™ é um sistema que agrega dados

d íspares fo rnec idos por s is temas de

monitoramento on-line, repositórios de ativos,

historiadores de dados operacionais e bancos de

dados de teste fora de serviço. Usando esses

dados sintetizados e agregados, o dobleARMS™

fornece uma análise acionável através de

classificação de condição dos ativos, notificações

de mudança de status, e uma abordagem holística

para a gestão de riscos - tudo dentro de um quadro

de princípios formais de gestão de ativos. Esta

apresentação, usando estudos de caso do mundo

real, discutiu esta abordagem pró-ativa para

gerenciamento de ativos que ajuda as empresas a

tomarem decisões fundamentadas e planejar não

só por hoje, mas no futuro.

SMART GRID E PRIVACIDADE - UMA VISÃO

INTERNACIONAL

N a d e r F a r a h , P r e s i d e n t e , E S T A

INTERNATIONAL, ESTADOS UNIDOS DA

AMÉRICA, iniciou apresentando a sua empresa, a

ESTA Internacional, que vem assessorando

governos em diferentes partes do mundo, como

Estados Unidos, México e Turquia sobre temas

relacionados às redes inteligentes, em uma

abrangente área de expertise, incluindo as

questões de privacidade. Apresentou como

exemplo as leis proteção aos dados pessoais dos

consumidores existente no México, Passou então

a detalhar as dimensões sobre a preservação da

privacidade, e as suas sugestões de estratégias e

diretrizes para endereçar a questão. Finalizou

apresentando a abordagem do tema em diferentes

locais, como na Europa, em várias regiões dos

Estados Unidos, em várias regiões do Canadá e

também no Reino Unido, concluindo que diferentes

países estão em estágios diferentes de abordagem

da questão, mas que existem alguns pontos de

entendimento comum e outros nem tanto

unânimes nas abordagens que vem sendo

prestadas ao tema.

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ESTRATÉGIAS E TECNOLOGIAS DE

TRANSFORMAÇÃO DO NEGÓCIO

Claudio Tadeu Correa Leite, Gerente de

Marketing de Soluções, Membro da Iniciativa

Smart Grid, CPqD, iniciou a sua apresentação

discorrendo sobre o posicionamento do CPqD na

dinâmica de transformação das empresas de

energia e dos mercados de Smart Grid no Brasil,

destacando a ampla atuação prestada para várias

empresas em mais de 100 projetos já

desenvolvidos no tema, no Brasil. Cobriu também

aspectos relacionados a Governança destes

projetos, mostrando vetores de restrições e

desafios e de estímulos ao desenvolvimento

tecnológico, e a necessidade da adaptação das

empresas, pontuando o desempenho das

operações e do negócio como o principal aspecto

nesta equação. Discorreu também sobre as

capacidades cognitivas e as dinâmicas

necessárias para a transformação da infra-

estrutura, concluindo que a atual fase de

desenvolvimento requer que os projetos de P&Ds

estejam perfeitamente alinhados com as

operações das empresas e demandem expertises

de centros de competência como o CPqD, cuja

atuação abrange desde o planejamento

estratégico da transformação até o estudo e

abordagem detalhada de tecnologias, passando

pelos aspectos pelas questões regulatórias,

desempenho, benchmarking e envolvendo

também a perspectiva dos consumidores.

COMO ALCANÇAR EFICIÊNCIA NA GESTÃO

DE PROJETOS DE SMART GRID

Erico Giovannetti, Diretor, KPMG, iniciou sua

apresentação ponderando a grandiosidade e a

complexidade dos projetos e Smart Grid, dentro de

um contexto global, que ao mesmo tempo deve

atender a demandas locais, dentro de um

ambiente de regulação. Discorreu sobre as

competências e experiências da KPMG para

apoiar projetos dessa natureza, em uma nova

onda de investimentos. Apresentou a seguir uma

pesquisa realizada pela empresa com 165

grandes firmas de engenharia e construção, que

apontou que a área de infra-estrutura está em fase

de aumentar os investimentos em nível mundial,

mas as empresas precisarão de tempo para poder

dar resposta a estes investimentos maiores, para

poderem se adaptar após anos apertando os

cintos. Cerca de 66% dos respondentes acreditam

que a área de infraestrutura será o maior driver

para o crescimento de mercado, em razão do

aumento da população e do crescimento da

urbanização. Por outro lado, 81% dos

respondentes informaram que o fator mais

importante para o crescimento empresarial neste

cenário é o gerenciamento de riscos nestes

grandes projetos e 79% acreditam que seus

investimentos em gerenciamento de riscos se

pagaram. A seguir apresentou em ordem de

importância as principais causas de baixo

desempenho na implementação de projetos e

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concluiu que o investimento nas pessoas é o

fundamental, pois elas podem se sobrepor aos

processos. Finalizou destacando a importância de

não proporcionar foco excessivamente nos

aspectos tecnológicos, pois os processos falham

principalmente nas disciplinas gerenciais.

Gale R. Horst, Gerente de Projetos Sênior,

ELECTRIC POWER RESEARCH INSTITUTE -

EPRI, ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, iniciou

realizando uma rápida introdução sobre o papel e

vocação do EPRI em ser um acelerador de

tecnologia colaborativo nos setor elétrico mundial,

mais do que um Centro de P&D ou um

comercializador de tecnologias. A seguir discorreu

sobre os Projetos de Demonstração em

desenvolvimento, abrangendo 15 demonstrações

em 23 empresas de energia de 6 países. Passou

então a apresentar a visão e as características dos

recursos distribuídos de energia (DER –

Distributed Energy Resources) e as plantas

geradoras virtuais (VPP – Virtual Power Plants),

que são recursos equivalentes a novas geradoras,

mas que nem sempre precisam ser construídas

fisicamente. Passou então a apresentar vários dos

projetos de demonstração com a utilização de

DERs e VPPs, mostrando claramente que estes

recursos serão crescentemente somados aos

meios tradicionais de atendimento pelas empresas

INTEGRAÇÃO DE RENOVÁVEIS,

GERENCIAMENTO DE DEMANDA,

ARMAZENAMENTO E CYBER SECURITY

de energia, por razões não apenas de custos totais

e economicidade, mas principalmente pelos

resultados de maior desempenho e confiabilidade.

Passou depois a apresentar a abordagem de

trabalho adotada nos EUA a respeito da

segurança cibernética, preocupação decorrente

da crescente informatização e automação dos

controles dos sistemas de tecnologia critica.

Concluiu a sua apresentação detalhando a

abordagem, que envolve a analise de possíveis

cenários de falhas em várias aplicações de Smart

Grid e três níveis de foco: a segurança física, a

segurança eletrônica e a engenharia social, bem

como domínios de tecnologia e cenários de

simulações e testes.

Amaury Santos, Latin America Regional Center

Manager, THE INTERNATIONAL ELECTRO-

TECHNICAL COMMISSION – IEC, iniciou apre-

sentando a IEC, a maior entidade internacional

responsável pela elaboração de normas

internacionais na área de eletrotécnica e sobre os

tipos de membros e participação. Destacou

também as mais recentes publicações de “White

papers”, como os voltados ao uso eficiente de

energia, armazenamento de energia e integração

de renováveis. Finalizou apresentando os

Comitês, os Grupos Estratégicos, os Conselhos

Setoriais da Indústria e as Avaliações de

Conformidade.

NORMAS GLOBAIS E

INTEROPERABILIDADE

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Peter J. Lanctot, Secretary Market Strategy Board,

THE INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL

COMMISSION - IEC, ESTADOS UNIDOS DA

AMÉRICA, introduziu o link da ferramenta “Smart

Grid Standarts Mapping Tools”, diretamente dos

Estados Unidos, pela internet. Esta ferramenta

identifica fácil e instantaneamente todas as normas

e os padrões que são necessários para qualquer

parte ou aplicação das tecnologias relacionadas ao

Smart Grid, sem a necessidade de ser um

especialista em normas. A ferramenta pode ser

acessada http://smartgridstandardsmap.com/

Ricardo Loss Vincens, Diretor, PLENUS

CONSULT, apresentou a concepção, abrangência

e estratégia de implementação do Projeto em curso

na Light, destacando as dimensões do sistema

elétrico e os desafios de combate a perdas

comerciais, fruto do Programa denominado Perda

Zero. Esta estratégia de implantação prevê uma

infraestrutura de sistemas de comunicação de alta

velocidade e disponibilidade, e de mais 2 milhões

de medidores eletrônicos, automação de 2300

câmaras transformadoras subterrâneas e de 3800

religadores nas redes aéreas, dentro do Programa

INOVA ENERGIA. A visão é de plena integração

com os demais sistemas corporativos da empresa,

com cronograma de implantação até meados de

2015.

VISÃO ESTRATÉGICA DO PROGRAMA SMART

GRID DA LIGHT E A IMPLANTAÇÃO DE

TECNOLOGIAS EM LARGA ESCALA

PROGRAMA SMART GRID DA AES

ELETROPAULO - A ENERGIA DAS

METRÓPOLES DO FUTURO

Maria Tereza Moysés Travassos Vellano,

Diretora Regional, AES ELETROPAULO, iniciou

sua apresentação com informações institucionais

da empresa e a seguir apresentou os motivadores

do projeto, abrangendo aspectos como qualidade

de serviços, controle de perdas, produtividade das

operações, otimização de investimentos, melhoria

da gestão dos ativos e a busca de eficiência

energética, além da modernização do sistema,

pela introdução de novas tecnologias. O projeto

buscou uma área representativa da empresa que

pudesse servir de demonstração e que pudesse

oferecer elementos para uma posterior

massificação de implementação aos demais

clientes. Os focos principais de tecnologia estão

em medição e automação e a área escolhida é o

município de Barueri, para o conceito de Smart

Grid e a Cidade de Vargem Grande Paulista para o

conceito de automação avançada. Seguiu

apresentando vários detalhes do projeto, que

custará R$ 75 milhões e deverá estar concluído até

2017, bem como a sua estrutura e organização, e

concluiu apresentando os desafios ainda

pendentes, como a inexistência de politicas

públicas e regulamentação e a necessidade de

escala e preços competitivos para uma posterior

massificação.

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GERENCIAMENTO INTELIGENTE DE

ELETRICIDADEATRAVÉS DE

ENFILEIRAMENTO DIGITAL

Edison Almeida, CEO, ECURV, ESTADOS

UNIDOS DA AMÉRICA, apresentou sua empresa,

uma startup sediada nos EUA nas proximidades do

MIT e da Harvard University, em Boston e sua

tecnologia inovadora de enfileiramento digital, que

permite significativa redução da ponta de uso de

energia, e dos correspondentes encargos de

demanda, e a conseqüente melhoria do fator de

carga dos consumidores e, portanto, também da

utilização dos sistemas elétricos de potencia pelas

concessionárias. Apresentou em detalhes o

funcionamento de sua tecnologia e comparou a

aplicação com o mesmo principio utilizado para a

digitalização das redes de telecom no passado,

onde o enfileiramento de acesso provou uma

espantosa possibilidade de ampliação da

capacidade de atendimento dos sistemas, que

viabilizou a redução de custos e a ubiquidade de

comunicações hoje existente. Destacou possuir

testes a quase dois anos em sites de uma das

maiores empresas de telecomunicações do

mundo, nos Estados Unidos, onde a ponta de

carga típica das instalações foi reduzida em torno

de 40%, com a consequente redução média de

custos de energia da ordem de 10%. Estudos de

implantação estavam sendo feitos também no

Brasil, em projetos com retorno máximo em torno

de um ano e meio a dois anos.

SMART GRID PARA TODOS: DA GERAÇÃO

DISPERSA AOS VEÍCULOS ELÉTRICOS

Vladimiro Miranda, Diretor, INESC TEC,

PORTUGAL, mostrou em detalhes que as

tecnologias smart grid são necessárias para uma

efetiva integração nas redes de geração

distribuída em BT e de veículos elétricos,

dedicando atenção aos problemas que uma

integração em larga escala origina e descrevendo

algumas alternativas e soluções tecnológicas

desenvolvidas para minimizar dificuldades ou

aumentar o valor das soluções. Isso permite que

os benefícios de uma rede em progresso para

smart grid possa estender seus benefícios para

um leque mais abrangente possível de

utilizadores e não apenas para as empresas

concessionárias.

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REDES INTELIGENTES E A

MODERNIZAÇÃO DAS CIDADES

Paulo Ricardo Bombassaro, Diretor de

Engenharia, CPFL, iniciou apresentando

informações corporativas da CPFL e do projeto

das Cidades do Futuro, em desenvolvimento em 7

dimensões: energia, transportes, comunicação,

utilidades, saúde e educação, segurança e

governança. A seguir, apresentou em maiores

detalhes os trabalhos desenvolvidos na área de

Smart Grid, envolvendo medição dos grandes

clientes, telecomunicações, operação e

mobilidade e automação de redes. Apresentou

também realizações na pioneira usina solar de

Tanquinho, em mobilidade elétrica e no

desenvolvimento do transformador verde, bem

como na prova de conceito de tele medição dos

consumidores de baixa tensão. Finalizou

mostrando que as redes inteligentes têm sido

reconhecidas como a infraestrutura fundamental

para a modernização das cidades. Os mesmos

problemas que são resolvidos pelo setor elétrico

têm paralelo em outros serviços públicos críticos

como: saneamento, transporte, segurança

pública, transito, iluminação pública, enterramento

de redes, etc... A infraestrutura viabilizada pelas

redes inteligentes, como, por exemplo, as

telecomunicações em cada ponto de consumo,

podem também contribuir para o gerenciamento

de um numero enorme de ativos municipais

largamente dispersos.

A EVOLUÇÃO DAS REDES INTELIGENTES

Ricardo Van Erven, Diretor Geral para a America

Latina, GE DIGITAL ENERGY, iniciou apontando a

tendência mundial de urbanização e destacando a

maior intensidade energética nas cidades, como

driver principal para a necessidade de

modernização e ampliação com qualidade e

eficiência dos serviços existentes. Apresentou os

direcionadores do Smart Grid na América Latina,

onde será necessário instalar mais de 240 GW de

capacidade até 2030, reduzir as perdas médias da

região, hoje em 16%, e economizar energia, cujo

custo por kwh é 170 vezes menor do que produzi-

la. A seguir discorreu sobre os desafios e as

oportunidades das empresas da região,

detalhando os vários elementos e componentes de

uma solução integrada, concluindo pela

necessidade de soluções escaláveis, baseadas

em arquitetura aberta e na integração de blocos de

sistemas tecnológicos que permitam maior

flexibilidade e que forneçam benefícios para as

concessionarias e seus clientes.

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PROJETOS DE DEMONSTRAÇÃO EM CAMPO

NO CANADÁ COM A VISÃO DE ACELERAR O

APRENDIZADO E A EXPERIÊNCIA COM AS

NOVAS TECNOLOGIAS

Ravi Seethapathy, Senior Advisor MaRS;

Director, Smart Grid Canada and Manager R&D,

HYDRO ONE NETWORKS, CANADÁ, apresentou

vários projetos temáticos de demonstração,

desenhos de projetos de campo e os resultados

obtidos até a data, em desenvolvimento no

Canadá para a aceleração do aprendizado

tecnológico. Tal aprendizado e experiências são

então compartilhados em todo o país com outros

parceiros públicos. Destacou que o Smart Grid

(SG) em sua característica inerente (Sistemas de

Energia, TI, comunicações, energias renováveis e

inteligência distribuída) representa um risco de

integração de sistemas em geral. Enquanto as

poucas primeiras camadas de SG como a AMI,

implementação Volt-Var podem ser bem

sucedidas, acrescentando posteriormente futuras

camadas de controles avançados e integração de

geração distribuída (DG), a rápida resposta a

demanda-DR, etc. podem ser um desafio, devido à

arquitetura, banda e / ou inadequações de

telecomunicações. Em todo o Canadá, vários

grandes projetos únicos de demonstração de

campo estão sendo realizadas por várias

concessionárias em parceria com a indústria e o

Governo para compreender e aprender as

soluções end-to-end e reduzir o risco global de

integração de tecnologia.

MERCADOS DE NEGÓCIOS EM SMART GRID

NA AMÉRICA LATINA - ATUALIZAÇÃO DOS

NÚMEROS E PROJEÇÕES

Chris Testa, Diretor de Pesquisas, NORTHEST

GROUP, ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA,

apresentou a atualização dos estudos de

dimensionamento de mercado da América Latina e

sua comparação com outros mercados

emergentes. Entre os países prontos para

investimentos na região encontram-se o Brasil, a

Colômbia e o Equador, enquanto Chile e México

possuem desejo dos governos, mas ainda tem

riscos envolvidos. Com forte potencial, mas

aguardando ação do Governo está a Argentina,

enquanto que Peru e Venezuela ainda não estão

prontos, mas deverão ter evolução significativa até

o final da década. Mostrou a evolução destes

países ao longo do ultimo ano, com destaque para

a Colômbia e Equador, que rapidamente

desenvolveram estratégias e politicas de

implementação, enquanto que o Brasil teve

comportamento de crescimento de demanda, que

mostra a crescente necessidade de uma tarifa

horosazonal mais ampla no pais, requerendo

avanços na medição. Mostrou a comparação de

evolução nas demais regiões do mundo e as

projeções de crescimento de negócios na região,

concluindo que houve significativo avanço em

2013 e que o potencial permanece alto,

comparado com outras áreas do mundo.

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BÚZIOS - A CIDADE INTELIGENTE

Weules Fernandes Correa, Gerente do Projeto

Cidade Inteligente Búzios, AMPLA, apresentou os

avanços do projeto da Cidade de Búzios, com

orçamento de R$ 40 milhões e com data de

conclusão originalmente prevista para novembro

de 2014, com destaque no foco muito acentuado

na capacitação de pessoas e envolvendo

participação de vários países onde a ENEL/

ENDESA operam, como Itália, Espanha, Brasil,

Chile e Colômbia. Discorreu sobre o andamento da

implantação das várias tecnologias previstas e dos

resultados preliminares já colhidos em algumas

áreas, destacando o envolvimento da comunidade,

através de uma rede de relacionamento que

envolve câmaras técnicas em várias frentes e

sobre um concurso para captar os melhores artigos

sobre o projeto.

A MODERNIZAÇÃO DA INFRAESTRUTURA

NO BRASIL

José Sidnei Colombo Martini, Professor,

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, inicioutecendo

considerações sobre o Título do Workshop

“Politicas Publicas e Incentivos para a

Modernização da Infraestrutura no Brasil”.

Realizou um paralelo entre as redes inteligentes e

a iluminação inteligente, fruto de um projeto que

coordenou como Prefeito do CAMPUS da Cidade

Universitária da Universidade de São Paulo, na

Capital, onde substituiu lâmpadas a sódio por LED

e promoveu uma ampla modernização no sistema

luminotécnico. Concluiu discorrendo sobre uma

possível e oportuna política publica de iluminação,

no momento em que todos os municípios do país

estão passando a efetivamente assumir a gestão

dos sistemas de IP: o “Luz na Rua”.

Luiz Fernando Arruda , Assistente da

Presidência, FURNAS, iniciou sua apresentação

enfocando as resoluções 482 e 502 da Aneel, a

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primeira no seu entender bastante acertada e

oportuna, tratando de estimular a micro geração de

energia, apesar de ainda ensejar alguns debates

quanto à tarifação. A segunda resolução, relativa à

aplicação da tarifa branca por sua vez passou ao

largo de uma serie de questões cruciais que

demandam providencias das empresas e cujos

custos não foram alocados – por exemplo, toda a

infraestrutura por trás desta tarifação, por exemplo,

e a incompatibilidade e restrição de prazos para

aprovação dos medidores no Inmetro, dentro do

processo atual. Discorreu a seguir sobre o

vencimento de concessões já em 2015, ainda sem

solução, que vem promovendo desestimulo e

incertezas para investimentos em grandes

programas, pelas empresas. Discorreu também

sobre questões de privacidade e segurança das

informações, e as questões de desempenho das

empresas de telecomunicações, que não estão

engajadas na modernização do sistema elétrico e

nada acontece. Concluiu a sua apresentação

levantando questões sobre o INOVA Energia, no

sentido de atender realmente a grandes projetos e

de forma estruturada e os próximos passos a

respeito de iniciativas que possam promover

debates relevantes e soluções negociais e

favoráveis para a modernização dos sistemas.

Thales Marçal Vieira Neto, Secretaria de

Te l e c o m u n i c a ç õ e s , M I N I S T É R I O D A S

COMUNICAÇÕES, apresentou o REPNBL –

Regime Especial do Plano Nacional de Banda

Larga, programa devotado à inclusão digital e

universalização do acesso em banda larga em todo

o território nacional, reduzindo desigualdades,

promovendo geração de empregos e melhorando

a competitividade. Trata-se de mecanismo

estrutural de viabilização de sistemas de

telecomunicações, pilar fundamental das redes

inteligentes. O Programa é impulsionado por

estímulos diversos, nas áreas de infraestrutura,

regulatória e na área fiscal, especialmente nesta

ultima promovida por significativa desoneração

fiscal. Detalhou toda a estrutura, enquadramento e

fluxos de apresentação dos projetos, abrangendo

habilitação, estrutura de custos, acompanhamento

e fiscalização. A seguir, passou a apresentar os

números do projeto, que atingiu a cifra de R$ 13,2

bilhões abrangendo vários tipos de redes e

também significativa participação de conteúdo

local.

José Carlos de Medeiros, Coordenador de

Macroprocesso em Eficiência Energética,

Pesquisa e Desenvolvimento da Diretoria de

Distribuição, ELETROBRAS, apresentou a

situação atual de implantação do Projeto Parintins,

abrangendo detalhes das funcionalidades como a

automação de distribuição, infra-estrutura de

medição, monitoramento de transformadores,

interação com os consumidores e comunicação e

interação de sistemas. Desceu a detalhes dos

CIDADE DE PARINTINS: EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA E SMART GRID

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aprendizados proporcionados pelo projeto, como,

por exemplo, as dificuldades e diversidades das

situações encontradas em campo para a

instalação e troca de medidores. Ressaltou que a

experiência de gestão da mudança no

desenvolvimento de projetos como este é

fundamental, para trazer conhecimento à

concessionária sobre dificuldades de absorção

das novas tecnologias em suas operações.

Concluiu discorrendo sobre os impactos do Smart

grid nas operações e na estrutura organizacional,

em atividades como corte e religa, gestão de

alarmes e gestão dos novos sistemas de

comunicação (rádios).

Wanda Reder, Vice-Presidente das Soluções de

Sistemas de Energia, S&C, ESTADOS UNIDOS

DA AMÉRICA, apresentou as tendências globais

de aumento da população e posse de

equipamentos eletrônicos demandando

crescentes montantes de energia, que por sua

vez, têm custos também crescentes e enfrenta

restrições ambientais. Ao mesmo tempo, crescem

os requisitos de confiabilidade e segurança,

enquanto o fator de carga está diminuindo e os

ativos envelhecendo, o que torna inevitável a

modernização dos sistemas existentes. No ano de

2012 o investimento global em tecnologias de

FAZENDO DAS REDES INTELIGENTES

UMA REALIDADE

Smart grid foi de cerca de US$ 13 bilhões, dos

quais cerca de US$ 8 foram devidos ao plano de

estimulo econômico dos EUA, cujos resultados

foram bem documentados em relatórios

acessíveis pelo site www.smartgrid.gov . Estes

estudos reportam, melhorias de 22% na frequência

de interrupções e 18% na duração de interrupções,

mostrando a seguir um estudo econômico

financeiro em um breve filme disponível no link

www.sandc .com onde uma méd ia de

restabelecimento de interrupções para

consumidores não afetados pelo defeito passou de

103 minutos para 18 segundos, em um sistema de

auto restauração, com lógica e inteligência

descentralizadas. Abordou várias tecnologias que

vem sendo utilizadas de forma integrada nos

sistemas de auto restauração, como integração da

geração de energia solar, compensação de

reativos, armazenamento de energia e baterias,

inteligência distribuída e restabelecimento de

faltas de alto desempenho. Apresentou exemplos

concretos destas aplicações em empresas de

energia dos Estados Unidos e no Brasil, como

CELPE, Energisa e Eletropaulo, concluindo que

tecnologias já provadas e efetivas estão

disponíveis a custos compensadores dos

benefícios, onde a inteligência distribuída é a peça

chave para a sua implantação progressiva e

alinhada com as necessidades e expectativas de

cada empresa.

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PROGRAMA INOVA ENERGIA - UM PASSO À

FRENTE DO GOVERNO BRASILEIRO

Alexandre Siciliano Esposito, Gerente do

Departamento de Energia Elétrica da Área de

Infraestrutura, BNDES

Máximo Luiz Pompermayer, Superintendente de

Pesquisa, Desenvolvimento e Eficiência

Energética, ANEEL e Caio Torres Mazzi, Analista

do Departamento de Energia e Tecnologias

Limpas, FINEP.

Os três componentes da mesa fizeram uma

apresentação conjunta do Programa INOVA

ENERGIA, desde a sua concepção, formulação

dentro da lógica de fomento da cadeia produtiva e

da politica Industrial do Governo Federal,

objetivando estimular o atendimento e atenção ao

desenvolvimento de temas estratégicos para o

País. Destacaram a unificação de guichês de

solicitação de financiamento, para dar celeridade e

fluidez ao desenvolvimento de projetos que

posam trazer benefícios agregadores da cadeia

produtiva, com fomento estruturado e estímulo à

cooperação. Apresentaram também o papel dos

três atores principais, a FINEP, a ANEEL e o

BNDES, e as linhas temáticas selecionadas, bem

como as regras, etapas e o cronograma

detalhado do projeto. Destacaram que a

demanda inicial de R$ 13,5 bilhões superou em

mais de 4 vezes o orçamento originalmente

projetado (R$ 3 bilhões), envolvendo 373

empresas inscritas no programa. Destacaram

também a criação de uma via alternativa de busca

de financiamento mais expedita, o fluxo direto,

para aqueles projetos que seriam financiados por

recursos reembolsáveis, e não a fundo perdido, o

que permitiu que muitos agentes, em 67

solicitações, pudessem abreviar e acelerar a

disponibilização de recursos para o projeto, no

total de R$ 4,3 bilhões. Anunciaram, em primeira

mão, a aprovação de outros 59 projetos em 92

apresentados, montando cerca de R$ 3,455

bilhões, de um total solicitado de R$ 4,407 fora do

fluxo direto. No total, portanto, foram concedidos

algo em torno de R$ 7,12 bilhões, somando-se os

R$ 3,650 do fluxo direto. Na fase seguinte, serão

definidos os melhores enquadramentos dos

mecanismos adequados de financiamento de

cada projeto bem como a contratação dos

r e c u r s o s , c o m o a a p r e s e n t a ç ã o d e

documentação pelas empresas solicitantes. Após

a apresentação foram seguidos vários debates

com a participação da plateia, onde ficou

caracterizado que o montante financiado era

realmente expressivo em relação aos

investimentos em redes inteligentes já realizados

no Brasil e que certamente proporcionará um

grande impacto no desenvolvimento de

competências e projetos destas tecnologias no

pais.

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ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E INTER-

MINISTERIAL PARA A MODERNIZAÇÃO

DAS REDES ELÉTRICAS NO BRASIL

Carlos Venícius Frees, Líder de Projetos,

ABDI, abriu o painel apresentando as atividades

desenvolvidas pela ABDI – Agencia Brasileira de

Desenvolvimento Industrial, na implementação

da politica industrial do Governo Brasileiro,

atuando dentro do MDIC – Ministério da

Indústria e Comercio Exterior, em sintonia com o

Plano Brasil Maior. Destacou também a

natureza de coordenação setor ia l e

interministerial de temas afetos às suas

responsabilidades, passando a detalhar a

segmentação de atividades nos ramos de TICs –

tecnologias de informação e comunicação e

redes e cidades inteligentes. Destacou projetos,

agentes e a cadeia industrial produtiva de valor,

chegando ao Programa Brasileiro de Redes

In te l i gen tes e a Po l i t i ca I ndus t r i a l

correspondente. Finalizou a sua apresentação

mostrando os resultados de uma pesquisa

realizada sobre o interesse das empresas nos

temas de cidades inteligentes.

Luis Otávio Reiff, Assessor da Presidência,

BNDES, discorreu sobre as atuais prioridades

setoriais eleitas pelo Governo Federal na área de

energia elétrica: a universalização do atendimento,

a modicidade tarifária e a segurança energética,

pontuando que a modernização dos sistemas e a

atualização tecnológica estão agora sendo

inseridas nestas prioridades. Realizou várias

considerações e paralelos a respeito de

t e c n o l o g i a s h a b i l i t a d o r a s , c o m o a s

telecomunicações (viabilizada pela fotônica e as

fibras óticas), que já ocuparam lugar estratégico no

financiamento dos programas oficiais do Governo,

no passado, como agora se pretende fazer para as

redes inteligentes. Propôs que os números dos

cenários construídos no projeto estratégico de

Smart Grid desenvolvido sob a coordenação do

instituto ABRADEE sejam aprofundados, para que

seja possível estabelecimento de programas

especificamente devotados ao financiamento

destas tecnologias em escala de implantação

integral, caso o custo-benefício seja comprovado.

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Luiz Fernando Rust da Costa Carmo,

Especialista Sênior em Metrologia e Qualidade,

INMETRO, apresentou as atividades do Inmetro na

área de medição inteligente, abordando a estrutura

do Inmetro, os motivadores, a avaliação de

conformidade e os aspectos de metrologia legal,

bem como a politica de controle dos instrumentos

de medição, abrangendo aval iação de

d e s e m p e n h o , d e s g a s t e a c e l e r a d o ,

comportamento frente a perturbações e proteção

contra manipulações. Manifestou especial

preocupação com a verificação de integridade,

proteção e rastreabilidade de software, também

objeto de homologação no Brasil.

Marcus Venicius Leite Vasconcelos, Assessor,

MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA,

apresentou a visão atual do MME sobre o tema

Smart Grid, assunto sob a coordenação da SEE-

Secretaria de Energia Elétrica do Ministério.

Apresentou os motivadores do caso brasileiro e do

mundo, onde se contrapõe questões de qualidade

de serviço, redução de perdas, participação de

renováveis na matriz elétrica, redução do consumo

per capita e redução de custos operacionais. Citou

estudos realizados no âmbito do ministério,

através de Grupo de Trabalho iniciado em 2010,

que percorreu o mundo e publicou um relatório

documentando as experiências internacionais.

Citou as grandes mudanças havidas no setor

elétrico brasileiro desde 2012, com o advento da

renovação de concessões, os esforços para a

redução das tarifas e aportes do tesouro nacional

na nova CDE – Conta de Desenvolvimento

Energético. Enfatizou a necessidade de

investimentos para a implantação das novas

tecnologias, contraposta com a discussão de um

novo modelo de negócios para o setor, dado que

na visão do Ministério o consumidor não aceita

novos aumentos na tarifa. Assim concluiu que é

necessário avançar nos estudos de custo-

benefício e debater os resultados dos projetos

piloto, bem como avançar na articulação de outros

setores do governo, da sociedade e do setor

privado.

Ceres Zenaide Barbosa Cavalcanti, Assessora,

CGEE, encerrou o painel apresentando um estudo

desenvolvido pela CGEE – Centro de Gestão de

Estudos Estratégicos, preparado para subsidiar a

tomada de decisões do MCTI – Ministério de

Ciência, Tecnologia e Inovação no tema

estratégico de Smart Grid e cujas recomendações

tem subsidiado ações daquele Ministério na área.

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ENCERRAMENTO E CONCLUSÕES

Cyro Vicente Boccuzzi, Presidente, FÓRUM

LATINO-AMERICANO DE SMART GRID e CEO,

ECOee e Julio M. Rodrigues, Diretor Executivo,

FORUM LATINO-AMERICANO DE SMART GRID e

CEO, RPM BRASIL realizaram o encerramento da

sexta edição do Fórum Latino Americano de Smart

Grid apresentando as seguintes conclusões e

recomendações principais das apresentações e

debates sobre o tema:

- as tarifas de energia da região não espelham de

forma apropriada os reais custos de energia – a

premissa básica para uma rede inteligente é a tarifa

inteligente, livre de subsídios ou com subsídios de

conhecimento público, e que motive os clientes ao

uso racional;

- os governos latino americanos deverão promover

programas contínuos de uso eficiente de energia,

começando pela maior fonte de desperdício: o furto

de energia ou as chamadas perdas técnicas, pois

quem furta não tem motivos para economizar. As

tarifas vão encontrar, cedo ou tarde, a realidade de

mercado, pois quando são muito baratas estimulam

o desperdício e acabam provocando a falta de

energia, que inevitavelmente faz os preços subirem;

- além da energia em kwh, a sociedade moderna

globalizada vem desafiando as empresas com a

redução do fator de carga de seus sistemas: o

gerenciamento da demanda e a sua correta

precificação é uma necessidade e uma oportunidade

para manter as margens dentro do modelo de

negócios tradicional e para a oferta de novos

serviços, dentro do novo modelo de negócio que

começa a ser desenhado em nível mundial;

- Os mercados cativos de energia poderão ser

substancialmente reduzidos dependendo do grau

de evolução e de penetração da geração distribuída

em pequena escala e das tecnologias de

armazenamento de energia;

- novos modelos de negócios e uma mais ampla

gama de serviços de valor adicionado deverão

substituir a tradicional e pouco diversificada venda

de kwh pelas geradoras, transmissoras e

distribuidoras – da mesma forma que a

correspondência postada simples foi substituída

pela mensagem eletrônica nos serviços de correio,

fazendo com que as concessionárias postais

inventassem novos produtos como o SEDEX

(entregas rápidas com confirmação), entregas de

mercadorias compradas pela internet, etc.. as

concessionárias de energia precisarão com

urgência crescente definir novos serviços aos seus

clientes, que substituam as receitas antigas;

- a confiabilidade dos serviços prestados atualmente

pela grande maioria das empresas da região é

absolutamente incompatível com os requisitos da

sociedade digital do século 21. Por esse motivo as

empresas concessionárias tem feito e precisam

continuar fazendo significativos investimentos em

automação de redes e sistemas de proteção, que

são incompatíveis e insustentáveis com a mera

abordagem da modicidade tarifária como prioridade

numero 1 dos governos da região.

- a indústria de energia elétrica mundial está

sofrendo a maior revolução de sua historia e a atual

geração de prof iss ionais tem sob sua

responsabilidade a gestão deste processo de

transformação, de forma sustentável e segura.

Ressaltaram que estes pontos e outros abordados

servirão de pano de fundo para os debates ao longo

de 2014, pois o Fórum, mais do que encontrar as

respostas prontas, busca levantar os temas

relevantes que merecem ser debatidos para a

modernização e atualização dos sistemas atuais e

da prestação de serviços.

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Nossos especiais agradecimentos a todos os

moderadores das sessões plenárias

Acher Mossé, Diretor Executivo, EPRI

Aléssio Bento Borelli, Presidente do Conselho

Brasil, IEEE

Claudio Lima, Vice´Chair, IEEE USA

Ericson de Paula, Visiting Scientist, College of

Engineering, UNIVERSITY OF MIAMI

Fernando Pinto Dias Perrone, Chefe do

Departamento de Projetos de Eficiência

Energética, ELETROBRÁS/PROCEL

José Roberto Muratori, Conselheiro, AURESIDE

Márcio Venício Pilar Alcântara, Especialista em

Regulação de Serviços Públicos de Energia

Elétrica, ANEEL

Nelson Kagan, Professor, UNIVERSIDADE DE

SÃO PAULO

Silvia Maria Calou, Diretora Presidente, CALOU

CONSULTORIA

Agradecendo os congressistas

participantes, os patrocinadores, todo

o staff de organização do Congresso,

em especial as tradutoras, encerraram

a sexta edição do evento, ficando a

sétima edição agendada para os dias 9,

10 e 11 de setembro de 2014, em São

Paulo, Brasil.

www.smartgrid.com.br

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