SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Escola: E. M. Prof. Dra. Ruth Correia Leite Cardoso. Turmas: 9 anos A, B, C e D.

Período de realização: de 10/02 a 24/03/2014

Professor responsável: Marcelo Rodrigues da Silva. CREF4 076750-G/SP.

Objetivo Geral:

Fazer com que os alunos interajam com o tema capoeira em seus diferentes aspectos: teórico e

prático e em suas diferentes dimensões, transformando um grupo de informações em um

conhecimento que transcende o folclore.

Tema: Capoeira

Expectativas de aprendizagem:

1. Dimensão Conceitual: Compreender porque a capoeira é considerada uma cultura

afrobrasileira; Compreender as razões que fazem da Capoeira um jogo, uma luta, uma

dança e um esporte; Reconhecer e respeitar a questão de sexo, gênero e raça.

2. Dimensão Procedimental: Participar das discussões sobre o tema de forma interessada;

Integrar-se com o grupo através das diferentes atividades apresentadas; Envolver-se com as

práticas propostas de forma prazerosa e aprender novas possibilidades de movimentar-se.

3. Dimensão Atitudinal: Espera-se que ao final deste processo os alunos repudiem qualquer

tipo de preconceito sobre a Capoeira ou os Capoeiristas; respeitem e incentivem sua prática,

independentemente da raça, sexo ou gênero, reconheçam-na como parte da cultura de seu país

e sintam-se à vontade para praticá-la.

Indicadores e Instrumentos de avaliação

INDICADORES INSTRUMENTOS

1. Dimensão Conceitual: Capoeira e

cultura afrobrasileira; Capoeira jogo,

dança, luta ou esporte e Capoeira

não é coisa de menina nem de

branco.

Observação na roda de conversa;

Observação da conduta nas práticas;

Produção e troca de questionários em duplas

e entre as duplas;

2. Dimensão Procedimental: Discussão

sobre a linha histórica de desenvolvimento

da Capoeira e suas nuances; Atividades

práticas lúdicas que envolvem movimentos

e conceitos da Capoeira: corda vai-e-vem,

jogo de pega-caxangá (escravos de Jó),

pique-escravo-fujão (pique-bandeira);

Prática de movimentos: base, ataque e

defesa e culminância com apresentação de

um Mestre de Capoeira convidado e seus

alunos junto à exposição dos trabalhos

produzidos e apresentados.

Pesquisa em grupo, produção de cartaz

expositivo e confecção de maquetes para

apresentar em forma de seminário;

Registro no caderno;

Observação da participação nas atividades

práticas;

Apreciação, observação e avaliação

formativa através do que foi apresentado em

seminário sobre a pesquisa.

3. Dimensão Atitudinal:

Repúdio ao preconceito relacionado a

Capoeira; Incentivo à prática; reconhecer a

capoeira como parte da cultura nacional e

participação espontânea.

Observação nas rodas de conversa e

observação das condutas durante as práticas.

Estratégias/atividades: desenvolvimento da unidade didática

Diagnóstico: Parte deste foi feito durante a aula inicial expositiva, que aconteceu em forma

de debate onde o professor trazia os questionamentos e a construção dos novos conhecimentos

alicerçou-se confirmando ou não, o que os próprios alunos traziam para a discussão. As

práticas iniciais também serviram para saber quais as possibilidades de movimentos os alunos

trariam e posteriormente novos movimentos seriam apresentados para o grupo.

Desenvolvimento A aula inicial expositiva foi muito produtiva do ponto de vista de

enriquecimento dos saberes que eles já tinham. Iniciei com um questionário na lousa e propus

que o respondêssemos nas entrelinhas do debate, isto foi bem estimulador para a turma que

interagiu muito bem.

As aulas práticas evidenciaram de maneira subliminar parte dos conceitos históricos

discutidos em sala, por exemplo: a corda vai-e-vem que fazia-os fugir, atacar e defender; o

pega-caxangá uma espécie de pega-pega misturado com escravos de Jó; o pique-pega-fujão

uma variação do pique bandeira.

A atividade de movimentos: base, ataque e defesa, também saiu do diagnóstico para a troca de

conhecimento e evolução coletiva das habilidades, culminando com uma mini roda de

capoeira no ritmo das palmas.

A pesquisa, produção de cartaz e confecção de maquete em grupo para apresentação em

seminário foi bem produtiva, com alguns alunos superando minhas expectativas, pois, tiveram

a oportunidade de demonstrar seu entendimento sobre o assunto de uma maneira que, às

vezes, é mais adequada ao seu perfil do que a prática propriamente dita. Isto confirma a

importância de abordar o mesmo assunto por caminhos diferentes para ampliar suas

possibilidades, e as dos alunos.

A visita do Mestre de Capoeira com seus alunos e a exposição dos trabalhos foi um evento

que envolveu toda a escola. Os alunos de outras séries, além de apreciar a produção das

maquetes produzidas pelos nonos anos e compará-las com os instrumentos reais que ali

estavam, puderam ainda interagir na Roda de Capoeira, liderada pelo mestre, o que

proporcionou uma intensa troca de experiências.

A pesar do receio que eu tinha de não conseguir atingir as quatro turmas da escola onde esta

sequência didática foi aplicada, fiquei satisfeito pelos resultados alcançados. Os resultados

forma mais satisfatórios do que o esperado e os comentários dos alunos dizendo que – “não

sabiam que isto era coisa de Educação Física”, pois, nunca tiveram aulas com este perfil, me

fizeram acreditar que ainda podemos ir além.

Comentários sobre o desenvolvimento da unidade didática

Este tema foi desenvolvido conforme as recomendações do material oferecido pelo Programa

São Paulo Faz Escola, porém, algumas alterações foram necessárias a fim de adequar as

atividades às singularidades deste contexto específico.

Fotos com legenda ilustrando alguns momentos do desenvolvimento da unidade didática

(4 fotos)

Alunos apreciando a produção compilada dos nonos.

Seminário e apresentação de produção de maquete

Mestre explanando sobre a cultura Capoeira

O resto... Fica nas recordações de quem

vivenciou. E quem não viu? Leia a

proposta, use a criatividade e mãos à obra.