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10 1 INTRODUÇÃO Durante muitos anos na história da educação brasileira, no ensino de Ciências o cenário escolar era dominado pelo ensino tradicional. Aos professores cabia a transmissão de conhecimentos e aos alunos a reprodução das informações. O principal recurso de estudo e objeto de avaliação era o questionário, devendo os alunos responder de acordo com as ideias expostas pelo professor em sala de aula pelo livro didático (BRASIL, 1998). Desta forma, no ensino tradicional o professor era visto como um transmissor do conhecimento e o aluno receptor do que o professor estava explicando. Na década de 60 o conhecimento científico era considerado um saber neutro, isento no âmbito escolar e a verdade científica, tida como inquestionável. O curso era valorizado de acordo com a quantidade de conteúdos que eram trabalhados. Para Porto; Ramos; Goulart (2009), no período de 70 houve o reconhecimento de que a ciência não era neutra, provocando uma grande mudança na concepção de investigação, pesquisa e procedimentos entre filósofos e cientistas. Assim faz-se necessário o questionamento da aplicação dos conhecimentos científicos e tecnológicos e das implicações políticas e sociais da produção tanto em salas de aulas como em âmbito escolar. Entende-se que a partir das décadas de 60/70, foi incorporada no ensino de Ciências uma tendência pedagógica tecnicista que permitia a vivência do método científico como necessário à formação do cidadão, e não mais apenas à preparação do futuro cientista. Neste período do processo dava-se início ao pensamento voltado para a democratização do ensino destinado ao homem comum (KRASILCHIK, 1987). Com base neste contexto, o ensino nesta época era visto de forma ativa, cabendo ao professor planejar sua aula de forma que as ideias e os conhecimentos que os alunos trazem possam ser aproveitados e reconstruídos, pois, o aluno é construtor de seu próprio conhecimento.

UNIÃO METROPOLITANA DE EDUAÇÃO E CULTURA · A experimentação não deve ser vista como um conjunto de objetivos e métodos do ensino de Ciências. E sim, como uma atividade prática

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10

1 INTRODUÇÃO

Durante muitos anos na história da educação brasileira, no ensino de Ciências o

cenário escolar era dominado pelo ensino tradicional. Aos professores cabia a

transmissão de conhecimentos e aos alunos a reprodução das informações. O

principal recurso de estudo e objeto de avaliação era o questionário, devendo os

alunos responder de acordo com as ideias expostas pelo professor em sala de aula

pelo livro didático (BRASIL, 1998). Desta forma, no ensino tradicional o professor era

visto como um transmissor do conhecimento e o aluno receptor do que o professor

estava explicando.

Na década de 60 o conhecimento científico era considerado um saber neutro, isento

no âmbito escolar e a verdade científica, tida como inquestionável. O curso era

valorizado de acordo com a quantidade de conteúdos que eram trabalhados.

Para Porto; Ramos; Goulart (2009), no período de 70 houve o reconhecimento de

que a ciência não era neutra, provocando uma grande mudança na concepção de

investigação, pesquisa e procedimentos entre filósofos e cientistas. Assim faz-se

necessário o questionamento da aplicação dos conhecimentos científicos e

tecnológicos e das implicações políticas e sociais da produção tanto em salas de

aulas como em âmbito escolar.

Entende-se que a partir das décadas de 60/70, foi incorporada no ensino de

Ciências uma tendência pedagógica tecnicista que permitia a vivência do método

científico como necessário à formação do cidadão, e não mais apenas à preparação

do futuro cientista. Neste período do processo dava-se início ao pensamento voltado

para a democratização do ensino destinado ao homem comum (KRASILCHIK,

1987). Com base neste contexto, o ensino nesta época era visto de forma ativa,

cabendo ao professor planejar sua aula de forma que as ideias e os conhecimentos

que os alunos trazem possam ser aproveitados e reconstruídos, pois, o aluno é

construtor de seu próprio conhecimento.

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Na década de 80, pesquisas sobre o ensino de Ciências Naturais relatam o que

muitos profissionais da área já tinham percebido: que a atividade experimental sem

uma atitude mais ampla, não garante a aprendizagem dos conhecimentos científicos

Neste período, devido à crise político-econômica, novas propostas de reforma na

área de educação surgiram, e com elas a necessidade de introduzir os alunos nas

novas tecnologias e com isso os métodos ativos começaram a ser questionados.

Desde então a tônica da discussão do aprendizado do estudante no processo

científico a partir de pesquisas realizadas anteriormente, revelam que os alunos

possuíam ideias, em muitos momentos bastante elaborados, sobre os fenômenos

naturais, tecnológicos e suas relações com os conceitos científicos (BRASIL, 1998).

Ao longo dos anos a escola tratou o ensino de Ciências da natureza de maneira

automática e descontextualizada. As atividades experimentais proporcionam ao

educando a busca pelo conhecimento favorecendo o questionamento, possibilitando

a inter-relação do aprendizado com que é percebido na realidade. Assim, portanto o

professor precisa está dotado de sensibilidade, senso de observação e técnicas

adequadas para que os alunos, dotados de curiosidade e de conhecimentos,

concepções e representações prévias, sirvam de orientação para novos

conhecimentos (PORTO; RAMOS; GOULART, 2009).

A necessidade de aulas práticas para tornar o ensino das Ciências mais ativa e

relevante, tem sido uma constante nas propostas de inovação. Contudo, nem

sempre é possível à aplicabilidade dessa prática por influência de alguns fatores

como: preparação deficiente dos professores, falta de equipamento para as aulas

práticas, sobrecarga de trabalho dos docentes e turmas superlotadas.

A importância do trabalho prático é inquestionável na Ciência e deveria ocupar lugar central em seu ensino. Houve época em que os experimentos serviam apenas para demonstrar conhecimentos já apresentados aos alunos e verificar leis plenamente estruturadas. Passou-se depois a utilizar o laboratório didático como um local onde se pretendia que os alunos redescobrissem todo o conhecimento já elaborado. (CARVALHO et al., 2010, p.18).

Nesse sentido são oferecidas aos discentes várias oportunidades de entender as

ideias de Ciências, relacionando-as com o seu cotidiano transformando-as em

conhecimentos significativos, contribuindo para a sua formação enquanto cidadão.

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A realização de uma atividade experimental em Ciências representa uma excelente

ferramenta para o aluno concretizar o conteúdo a ser estudado e estabelecer

relação entre a teoria e a prática. Uma atividade assim desenvolve a percepção

sensorial do aluno, permitindo-lhe investigar fatos por meio do que foi vivenciado.

Dessa forma, os alunos geram conceitos próximos da realidade, possibilitando uma

aprendizagem significativa (BRASIL, 1998).

A importância das práticas experimentais no ensino de Ciências é praticamente

inquestionável. Porém, independente do lugar onde são aplicadas, deve-se propiciar

condições para que essas atividades experimentais tenham resultados significativos.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2009), a atividade

experimental, quando problematizada permite aos estudantes desenvolverem uma

série de explicações acerca dos fenômenos naturais e dos produtos tecnológicos,

que algumas vezes tem uma lógica diferenciada das Ciências Naturais e em alguns

momentos se assemelham. Dessa forma, essas explicações satisfazem suas

curiosidades e fornecem respostas às suas indagações. Essa ferramenta é ponto de

partida para o trabalho de construção de conhecimentos, um pressuposto da

aprendizagem significativa.

Como em alguns ambientes escolares esta metodologia é pouco explorada,

possivelmente porque algumas dificuldades como: falta de tempo, turmas

superlotadas e falta de materiais adequados para atividade, a partir disso, surge à

necessidade de se analisar o emprego de experimento como metodologia

diversificada no ensino de Ciências nos anos finais do ensino fundamental em uma

escola pública do município de Cabaceiras do Paraguaçu.

Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar o emprego de experimento

como metodologia diversificada de ensino de Ciências, nos anos finais do ensino

fundamental no Colégio público do município de Cabaceiras do Paraguaçu poderá

levar os alunos a um aprendizado significativo. Objetivou-se identificar a importância

dos experimentos para a aprendizagem significativa do educando; refletir sobre os

possíveis obstáculos para o trabalho com experiências nas aulas de Ciências

Naturais.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CONCEPÇÕES ACERCA DA PRÁTICA EXPERIMENTAL NO ENSINO DE

CIÊNCIAS

O ensino de Ciências Naturais, embora seja relativamente novo na escola

fundamental vem sendo praticado de acordo com diferentes propostas educacionais,

que ocorreram ao longo das décadas como elaborações teóricas e que de diversas

formas, se expressam nas salas de aulas. Ainda hoje, muitas práticas são baseadas

na mera transmissão de conhecimentos, tendo como recurso único o livro didático e

sua transcrição na lousa; outras já reúnem avanços, produzidos nos últimos

períodos, baseados nos processos de ensino e aprendizagem em geral e sobre o

ensino de Ciências em particular (BRASIL, 1998).

A atividade experimental quando trabalhada com interação entre alunos e

professores proporcionam aos educando avanços nos conhecimentos anteriores.

Entretanto, ela não constitui um recurso autoexplicativo, depende de mediação em

discussão de maneira mais elaborada. Nesse processo, é fundamental o papel do

professor na implementação das situações de interação e aprendizagem

necessárias (PORTO; RAMOS; GOURLART, 2009).

2.2 O PAPEL DA EXPERIMENTAÇÃO

Uma atividade experimental dá ênfase à iniciativa do aluno, oportunizando-o a

defender suas ideias com convicção e aprender a respeitar as dos outros.

Proporciona também, o desenvolvimento de várias ações como manipulações,

observações, reflexões, discussões e escrita (CARVALHO et al., 2009).

A experimentação não deve ser vista como um conjunto de objetivos e métodos do

ensino de Ciências. E sim, como uma atividade prática que garante o espaço de

reflexão, desenvolvimento e construção de ideias, ao lado de conhecimentos de

procedimentos e atitudes (BRASIL, 1998).

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É necessário que o docente perceba que a experimentação é um elemento

essencial nas aulas de Ciências, porém ela, por si só não garante um bom

aprendizado (BIZZO, 2009a).

Bunge; Pietrocola (1999) concluíram que o construtivismo não prioriza a utilização

de uma realidade junto ao fenômeno natural, proporcionando assim, um grande

enfraquecimento do conhecimento científico frente a outras formas de

conhecimento. Neste sentido os autores apresentam a ideia de Mário Bunge sobre a

importância de que a ciência está vinculada a realidade, visando reduzir os excessos

contidos nas teses construtivistas e realistas que colocam a construção humana

como atividade totalmente desvinculada da realidade.

Bizzo (2009a, p.94) argumenta que:

A ideia de que as aulas de Ciências serão desenvolvidas em laboratórios iguais aos dos cientistas é uma expectativa frequente e muito exagerada. As aulas de Ciências podem ser desenvolvidas com atividades experimentais, mas sem a sofisticação de laboratórios equipados, os quais poucas escolas de fato possuem (e mesmo quando os possuem é raro que estejam em condições de uso [...].

Pozo, Crespo (2009) citam que para que ocorra um aprendizado significativo é

preciso que o aluno enquanto aprendiz possa interagir com a estrutura de

conhecimento que já dispõe. Desta forma, a compreensão de uma explicação não

depende somente do autor ou do texto em si, mas também do aluno e de seus

conhecimentos conceituais prévios.

Com base neste contexto, a realização de uma atividade experimental em Ciências

representa uma excelente ferramenta para o aluno possa concretizar o conteúdo a

ser estudado e estabelecer relação entre a teoria e a prática. Uma atividade assim

desenvolve a percepção sensorial do aluno, permitindo-lhe investigar fatos por meio

do que foi vivenciado e dessa forma, os alunos desenvolvem conceitos próximos da

realidade, possibilitando uma aprendizagem significativa (BRASIL, 1998).

As práticas escolares, ao mesmo tempo em que se deixam nutrir e fertilizar pelas

inovações trazidas pela pesquisa, devem se impor como espaços e tempos que

demandam um cuidado especial de aproximação (BIZZO, 2009b).

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Zidoi; Zukovski (2011), em entrevista com os professores do município de

Arapongas no ensino fundamental em colégios estaduais e particulares, reportaram

que tais docentes foram unânimes em afirmar que no planejamento da disciplina

constam aulas práticas e que a maioria dos docentes realizam aulas práticas

mensalmente. Mais de 70% dos professores entrevistados no município de

Arapongas no ensino fundamental acreditam que os alunos demonstram mais

interesse pelas aulas práticas e que com estas os discentes obtêm maior

aprendizagem, memorização e compreensão dos conteúdos.

Há possível evidência de que a teoria da ciência, mesmo permanecendo implícita

tem muito poder organizador sobre a prática profissional. Sob essa perspectiva, o

estudo crítico dos princípios escolares pode guiar, de forma bastante considerável, a

investigação educativa, principalmente na área de Ciências (HARRES, 1999).

É preciso que o professor analise e conheça várias possibilidades focalizando suas

ações naquelas mais coerentes com o tipo de experimento, a ser trabalhado com a

turma, os recursos, o espaço e o tempo disponível para a sua realização e os

saberes que pretende desenvolver na aula (OLIVEIRA, 2010).

2.3 POSSÍVEIS OBSTÁCULOS PARA O TRABALHO EXPERIMENTAL

As atividades experimentais tornam-se favoráveis ao desenvolvimento da

capacidade cognitiva e quando bem entendida e explorada, essa prática prepara os

alunos para uma vida social. No entanto, no ambiente escolar esta metodologia é

pouco explorada, principalmente executada quando é de forma irregular e pouco

produtiva. Porém, vale ressaltar que algumas dificuldades são encontradas para

desenvolver essa atividade, como: turmas superlotadas, professores que atuam na

área sem formação adequada para a disciplina, falta de tempo e de materiais para a

prática (BUENO; KOVALICZN, 2000).

Krasilchik (1987) sinaliza alguns fatores que influem negativamente no ensino de

Ciências como: a preparação deficiente dos professores, programação dos guias

curriculares, má qualidade dos livros didáticos, falta de laboratório nas escolas,

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sobrecarga de trabalho dos professores, falta de vinculo com a realidade dos alunos,

falta de equipamento e material didático para as aulas práticas e aulas mal

ministradas.

De acordo com Krasilchik (1987), existem condições para o melhoramento do ensino

de Ciências tais como: democratização do processo de decisão nas escolas,

equipamentos adequados, construção de laboratórios, desenvolvimento de

programas de aperfeiçoamento para professores, elaboração de um currículo

mínimo a ser seguido por todas as escolas públicas, fornecimento de material de

apoio e aumento do número de horas-atividade.

Entretanto, uma atividade de Ciências fundamenta-se na ação do aluno. Esta ação

não deve ser restrita a manipulação ou observação. Deve está pautada na resolução

de um problema pela experimentação, envolvendo a reflexão, relatos, discussões,

ponderações e explicações (CARVALHO et al., 2009).

No entanto, segundo Almeida (2010, p. 01):

Ensinar com autoria exige respeito aos saberes da experiência, pois é na experiência que acontece ressignificação e a reorganização dos saberes. Respeito por parte das instituições de pesquisa, pela universidade e pelas autoridades educacionais, aos saberes produzidos pelos docentes, porque são eles que estão ‘com a mão na massa’, no chão da escola, no cotidiano escolar e através desta ação também produzem saberes, mesmo sendo estes desvalorizados.

Carvalho, Gil-Pérez (2003) defendem a ideia de que a formação dos docentes

deveria compreender experiências acolhidas de novos domínios, para os quais não

são requeridos no inicial da sua formação científica. São posições que ao longo de

sua vida profissional requer uma preparação tão importante quanto à profundidade

de alguns domínios concretos.

Vivemos na época das informações e que exige cada vez mais, dos profissionais em

educação, uma reflexão sobre os conteúdos abordados e suas ferramentas

empregadas em sala de aula. É necessário o estímulo e o desenvolvimento da

Educação Científica por proporcionar ao aluno uma melhor compreensão da

Evolução da Ciência, das transformações que ocorrem na natureza e na história da

humanidade (BEVILACQUA; SILVA, 2007).

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2.4 RELEVÂNCIA DA PRÁTICA EXPERIMENTAL

A propagação do conhecimento tem sido cada vez mais exigida. Vem sendo

requisitado com grande intensidade pelos pesquisadores e técnicos em condições

de operar e desenvolver de forma responsável, novas soluções para as coisas que

existiram há muito tempo e novos problemas, causados, em grande escala, pelo

desenvolvimento científico e tecnológico (CHINELLI; AGUIAR, 2009).

É fundamental que os professores compreendam a necessidade de vincular e

relacionar os conteúdos curriculares com situações do cotidiano do aluno. Desta

forma, tanto a escola como a ciência poderão oferecer a seus alunos um ensino que

possam entender o contexto em que vivem e poder trabalhar com um aporte de

conhecimentos que permita enfrentar os desafios presentes no uso de

equipamentos e instrumentos do atual contexto social (PAZ et al., 2006).

A inclusão de experimentos no planejamento da disciplina de Ciências requer uma

série de fatores. Porém o docente deve fazer o necessário para proporcionar

oportunidades aos discentes de forma que eles possam realizar observações,

coletar evidência, colocar ideias em tese e construir conclusões (BIZZO, 2009b).

Podemos dizer que um aluno adquiriu um conceito, quando for capaz de dotar de

significado uma informação, ou seja, traduzir algo com suas próprias palavras. Isso

significa dizer que compreender algo é bem mais difícil do que repeti-lo. Uma

aprendizagem repetitiva tende a ser esquecida facilmente, assim que deixamos de

revisar ou praticar. Enquanto que uma aprendizagem de conceitos é mais exigente e

seus resultados são melhores, mais eficaz (POZO; CRESPO, 2009).

Durante o processo de aprendizagem, espera-se que, o aluno ao logo do tempo,

abandone concepções inadequadas do ponto de vista científico e as substitua por

concepções cientificamente aceitáveis (PORTO; RAMOS; GOURLART, 2009).

Segundo os PCNs (1998), na área de Ciências naturais o processo de ensino e

aprendizagem por meio de temas de trabalho pode ser desenvolvido dentro do

contexto social e culturalmente relevante, que potencializam a aprendizagem

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significativa. Nesta perspectiva, os conteúdos devem ser desenvolvidos com

bastante flexibilidade de forma que venha acolher a curiosidade e as dúvidas dos

estudantes, proporcionando a organização dos diferentes temas e seu

desenvolvimento histórico, conforme as características e necessidades das classes

de alunos nos diferentes ciclos.

Para Bizzo (2009b), no curso de Ciências no ensino fundamental os experimentos

não devem se resumir em alguns segundos durante o ano. O mesmo deve está

inserido nas atividades rotineiras das aulas, mesmo se não tiver um espaço físico

específico, bem como um laboratório didático.

No processo de ensino e aprendizagem o aluno aprende no momento em que ele se

envolve gradualmente com as manifestações dos fenômenos naturais,

experimentando, errando, interagindo com colegas, com os docentes expondo seu

ponto de vista, suas suposições e confrontando-os com outros e com os resultados

experimentais para testar sua validade e pertinência. Essas atividades investigativas

e das interações discursivas em sala de aula no ensino de Ciências tem uma grande

importância no início da escolarização, pois permite aos alunos a atingirem níveis

mais elevados de cognição possibilitando uma melhor aprendizagem dos conceitos

científicos (BEVILACQUA; COUTINHO, 2007).

As atividades experimentais quando inseridas na prática docente se tornam um

excelente ferramenta de ensino e aprendizagem. Elas apresentam melhores

metodologias nas práticas e tornam os alunos mais preparados com senso crítico e

investigativo ao término dos seus estudos (ZIDOI; ZUKOVSKI, 2011).

Segundo Gadéa; Dorn (2011), a criança ao interagir com o objeto tem a

oportunidade de descobrir sozinha os efeitos e as causas do problema proposto, de

forma que elas fiquem mais preparadas à compreensão e aquisição de novos

conceitos. Ao desenvolver atividades “lúdicas”, baseado em uma visão construtivista

da ciência, oportunizamos as crianças a desenvolver sua capacidade crítica e

reflexiva e exercer suas habilidades, pois, a base para que elas possam construir

novos conceitos e entender os princípios de todas as áreas do conhecimento e não

somente da física é a partir do desenvolvimento das estruturas cognitivas.

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Portanto, para que a aprendizagem seja significativa é necessário considerar nos

estudantes suas experiências, sua idade, sua identidade cultural e social, seu

desenvolvimento cognitivo e os diferentes significados e valores que as Ciências

naturais podem ter para eles (BRASIL, 1998).

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20

3 METODOLOGIA

3.1 LOCAL DA PESQUISA

Esse estudo foi realizado na Escola Edivaldo Machado Boaventura, localizada no

centro do Município de Cabaceiras do Paraguaçu-Ba.

3.2 GRUPO AVALIADO

A pesquisa foi aplicada a sete docentes de Ciências da Natureza, nos turnos

matutino e vespertino, na faixa etária de 35-45 anos no período de duas semanas.

3.3 METODOLOGIAS EMPREDADAS

Aplicou-se um questionário com questões objetivas, a docentes atuantes nas séries

finais do ensino fundamental em uma única etapa, através da pesquisa quantitativa,

tendo como campo de pesquisa os professores que atuam na área de Ciências

naturais da rede pública municipal, nas séries finais do ensino fundamental.

3.4 PARÂMETROS AVALIADOS

Foi avaliada a prática experimental como metodologia diversificada no ensino de

Ciências naturais, contribuições da prática experimental para uma aprendizagem

significativa e os possíveis obstáculos para o trabalho com experiências nas aulas

de Ciências naturais.

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4 RESULTADO E DISCUSSÃO

A questão 1 procurou investigar a opinião do professor sobre qual é a melhor forma

dos alunos obterem um aprendizado na área de Ciências(Gráfico 1).

Gráfico 1 - Resultado da opinião dos professores da Escola Edivaldo Machado

Boaventura sobre a melhor forma de obtenção de aprendizagem de

Ciências pelos alunos das séries finais do Ensino Fundamental,

Cabaceiras do Paraguaçu – Ba, 2012.

Conforme se percebe pela observação do Gráfico 1, os sete professores

questionados foram unânimes em afirmar que a melhor forma para a turma obter um

aprendizado na área de Ciências, é através da combinação da aula prática com

teórica, pois ambas se completam. Isso está de acordo com Harres (1999), ao

afirmar que há possível evidência de que a teoria da ciência, mesmo permanecendo

implícita tem muito poder organizador sobre a prática profissional.

Ainda sob essa perspectiva, a atividade experimental quando trabalhada com

interação entre teoria e prática favorece aos alunos condições que vivencie as

situações de aprendizagem, transpondo do abstrato para o concreto. Segundo os

PCNs (1998) a realização de uma atividade experimental em Ciências representa

0

1

2

3

4

5

6

7

0 0

7

Aula teórica

Aula prática

Ambas se completam

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uma excelente ferramenta para o aluno concretizar o conteúdo a ser estudado e

poder estabelecer relação entre a teoria e a prática.

Constatou-se, através dos dados obtidos e demonstrados no Gráfico 1, que a melhor

forma da turma obter um aprendizado no ensino de Ciências é permitindo-lhe que as

aulas práticas estejam interligadas com as aulas teóricas. Pois, em uma aula

experimental é possível que os alunos integrem os conhecimentos práticos com os

teóricos.

A segunda questão visou pesquisar o tempo de atuação dos professores na área de

Ciências (Gráfico 2):

Gráfico 2 – Tempo de atuação dos professores do Colégio Municipal Edivaldo

Machado Boaventura ministrando a disciplina de Ciências nos anos

finais do Ensino Fundamental, Cabaceiras do Paraguaçu – Ba, 2012.

Os dados apontam o pouco tempo de experiência dos professores avaliados na

docência, principalmente na área de Ciências. A falta de experiência, muitas vezes,

pode acarretar na má qualidade das aulas práticas, e em um ensino e aprendizagem

com dificuldades, sem nenhum significado. Este dado está de acordo com Carvalho;

Gil-Pérez (2003), quando defendem a ideia de que os docentes em sua formação

deveriam compreender experiências acolhidas de novos domínios, as quais não são

adquiridas no início de sua formação científica. São situações que no decorrer da

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3

0

3

1

0

1 - 6 meses

7 - 12 meses

1 - 3 anos

4 - 6 anos

9 ou mais anos

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vida profissional se apresentam no cotidiano, e que requerem uma preparação

profunda de alguns domínios concretos.

Assim, o professor dotado de seus saberes docentes busca fazer uma inter-relação

com a sua formação docente, prática pedagógica e atuação na escola, visando

atender às necessidades do discente e se vê como o profissional reflexivo, autor de

sua prática.

Na terceira questão procurou-se pesquisar quantas vezes foram desenvolvidas

aulas praticas durante a atuação do professor (Gráfico 3).

Gráfico 3 – Quantas vezes foram desenvolvidas aulas práticas na disciplina de

Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental, Cabaceiras do

Paraguaçu – Ba, 2012.

De acordo com o gráfico 3, dos sete professores questionados, um declarou nunca

ter desenvolvido aulas práticas durante sua atuação, em igual número respondeu

que raramente, muitas vezes e sempre. Enquanto que três professores disseram

que o fazem às vezes. Em relação a essa informação, Bizzo (2009b) coloca que, no

curso de Ciências os experimentos não devem se restringir em alguns momentos

durante o ano. Os mesmos devem está introduzidos nas suas atividades cotidianas

das aulas, ainda que não exista um espaço específico, como um laboratório didático.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

1 1

3

1 1

Nunca

Raramente

As vezes

Muitas vezes

Sempre

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Os resultados apontaram que os professores desenvolvem aulas práticas, uns com

mais e outros com menos frequência, ficando assim, subtendido que a maioria dos

docentes, mesmo não fazendo uso dessa ferramenta com frequência, reconhece

que esta modalidade é favorável ao desenvolvimento das capacidades cognitivas

dos discentes.

Na quarta questão visou-se investigar qual era o resultado obtido pelos docentes, ao

desenvolverem uma aula experimental em sala de aula (Gráfico 4).

Gráfico 4 – Desenvolvimento de uma aula experimental nos anos finais do Ensino

Fundamental, Cabaceiras do Paraguaçu– Ba, 2012.

Nas respostas apontadas pelos professores, dois disseram que o resultado é bom,

três que é regular e dois afirmaram que o resultado da aula experimental é ótimo.

A maioria dos docentes tem bons resultados ao desenvolver aulas práticas com

seus alunos e que as mesmas proporcionam aos discentes, um melhor

entendimento no ensino e aprendizagem. Este resultado está de acordo com Dorn;

Gadéa (2011), quando dizem que a criança, ao interagir com um objeto tem a

oportunidade de descobrir sozinha os efeitos e as causas do problema proposto, de

forma que elas fiquem mais preparadas à compreensão e aquisição de novos

conceitos.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

0

3

2

2

Ruim

Regular

Bom

Ótimo

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Assim, entende-se que, ao trabalhar com uma ferramenta diferenciada em sala de

aula, o docente obtém de seus alunos um melhor resultado. Entretanto, fazer

atividade por si só, não pressupõe uma aprendizagem significativa. Ela precisa da

intervenção do professor em discussão de forma mais elaborada.

Ao questionar os professores sobre as possíveis contribuições da prática

experimental no ensino e aprendizagem na disciplina de Ciências (Gráfico 5).

Gráfico 5–Contribuições da prática experimental na aprendizagem da Escola

Edivaldo Machado Boaventura, Cabaceiras do Paraguaçu – Ba, 2012.

Verificou-se que20% dos professores dizem favorecer o questionamento e a busca

pelo conhecimento, apenas 15%desenvolve habilidades manipulativas, permitir

estabelecer relação entre a teoria e a prática foi mencionado por 35% dos

professores, enquanto 25% dizem concretizar o conteúdo estudado e 5% justifica

aprender a respeitar as ideias dos outros (Gráfico 5). Este dado está de acordo com

Carvalho et al.(2009), quando relatam que uma atividade experimental dá

oportunidade ao aluno de tomar iniciativa, defendendo suas ideias com convicção e

aprende a respeitar as opiniões dos outros.Também permite o desenvolvimento de

várias ações como manipulações, observações, reflexões,discussões e redações do

objeto de estudo.

Os resultados indicam que atividades experimentais, quando bem exploradas,

permitem ao aluno compreender melhor o assunto estudado, desenvolver habilidade

20%

15%

35%

25%

5%

Favorecer o questionamento e a busca pelo conhecimento

Desenvolver habilidade manipulativa

Permitir estabelecer relação entre a teória e a prática

Concretizar o conteúdo estudado

Aprender a respeitar as ideias dos outros

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de observação, aprimorar os conhecimentos que eles já possuem estabelecer

relação entre a teoria e a prática, além de garantirem espaço de reflexão, sendo

uma importante estratégia pedagógica para o ensino e aprendizagem.

A sexta questão visou pesquisar a opinião dos docentes entrevistados sobre os

fatores que limitam a aplicabilidade de uma aula prática experimental (Gráfico 6). É

interessante destacar que alguns professores apontam vários fatores.

Gráfico 6–Fatores que limitam o desenvolvimento de uma aula prática na Escola

Municipal Edivaldo Machado Boaventura, anos finais do Ensino

Fundamental, Cabaceiras do Paraguaçu – Ba, 2012.

Pode-se constar que a carência de materiais e a falta de laboratório 35% foram as

razões limitantes para os professores desenvolverem a prática experimental. A

formação docente representou 18% e a carga horária12% (Gráfico 6).

Os docentes questionados indicaram alguns problemas que limitam a

implementação de atividades experimentais, de acordo com Krasilchik (1987),que

enumera como fatores que influenciam negativamente no ensino de Ciências a

formação inadequada dos professores, programação dos guias curriculares, má

qualidade dos livros didáticos, falta de laboratório nas escolas, falta de vinculo com a

realidade dos alunos, falta de equipamento e material didático para as aulas

práticas, sobrecarga de trabalhos dos professores e aulas mal ministradas.

35%

35%

18%

0% 12%

0% Carência de materiais

Falta de laboratório

Formação docente

Falta de tempo

Carga horária muito pequena

Número elevado de alunos

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Entende-se que há uma grande necessidade dos professores reverem suas práticas

pedagógicas, frente aos fatores que limitam a aplicabilidade de uma aula prática.

Pois, mesmo diante dos obstáculos apresentados, é importante que o professor

procure superar suas dificuldades, trabalhando com materiais mais simples no

sentido de buscar alternativa para tornar a aprendizagem mais significativa.

A última questão do instrumento de coleta de dados visou investigar se os

professores planejam sua aula prática (Gráfico 7).

Gráfico 7 – Os professores na disciplina de Ciências planejam sua aula prática

visando uma aprendizagem significativa, Cabaceiras do Paraguaçu -

Ba, 2012.

Os dados revelaram que um professor raramente planeja sua aula prática e seis

sempre planejam visando proporcionar uma aprendizagem significativa aos

discentes. Este resultado está de acordo com Zidoi; Zukovski (2011), que

entrevistaram professores do ensino fundamental em colégios estaduais e

particulares do município de Arapongas, os quais foram unânimes em afirmar que

em seu planejamento da disciplina de Ciências, constam aulas práticas.

Com base neste contexto, Bizzo (2009b) reitera dizendo que a inclusão de

experimentos no planejamento da disciplina de Ciências, requer uma série de

fatores. Porém o docente deve proporcionar aos discentes atividades que possam

oportunizar aprendizagem relacionadas com problemas que ampliem o caráter

reflexivo e interpretativo de quem aprende.

0

2

4

6

0

1 0

6

As vezes

Raramente

Com bastante dificuldade

Sempre

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5 CONCLUSÃO

A prática experimental nos anos finais do ensino fundamental é vista como uma

importante metodologia didática para o ensino e aprendizagem significativa.

Conclui-se que os docentes, mesmo em meio a algumas dificuldades em sua prática

pedagógica, planejam suas aulas oportunizando aos discentes um melhor caminho

para uma aprendizagem significativa.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Espera-se que esta pesquisa venha contribuir para que os docentes possam

compreender melhor a importância do uso de práticas experimentais no ensino de

Ciências, oportunizando uma reflexão sobre a viabilidade de enriquecimento da

prática pedagógica.

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REFERÊNCIAS

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ZIDOI, M. C.; ZUKOVSKI, L. Avaliação da receptividade das aulas práticas de Ciências no ensino fundamental. Revista Eletrônica de Educação. 2011. Disponível em:http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/1/413_548_publipg.pdf. Acesso em: 25 Out. 2012.

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APÊNDICE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

COMPONENTE CURRICULAR: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DOCENTE: ANA KARINA DA SILVA CAVALVANTE

DISCENTES: JOVENICE PINHEIRO MACHADO

Questionário de pesquisa com os discentes de Ciências Naturais das últimas séries do ensino fundamental do Colégio Edvaldo Machado Boaventura do Município de Cabaceiras do Paraguaçu.

1. Para você, qual é a melhor forma da turma obter um aprendizado na área de Ciências?

( ) Aula teórica( ) Aula prática( ) Ambas se completam

2. Há quanto tempo você atua na disciplina de Ciências?

( ) 1 a 6 meses

( ) 7 a 12meses

( )1 a 3 anos

( ) 4 a 6 anos

( ) 9 ou mais anos

3. Qual a reação da turma durante o desenvolvimento de uma aula prática?

( ) Aprovação

( ) Reprovação

( ) Não tem opinião

4. Quantas vezes foram desenvolvidas aulas práticas durante sua atuação na disciplina de Ciências neste ano?

( ) Nunca( ) As vezes( )Sempre( ) Raramente( ) Muitas vezes

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5. Quando você desenvolve uma aula experimental em sua turma, qual é o resultado?

( ) Ótimo ( ) Bom( ) Regular( ) Ruim

6. Quais são as possíveis contribuições da prática experimental no ensino- aprendizagem na disciplina de Ciências?

( )Favorecer o questionamento e a busca pelo conhecimento

( )Desenvolver habilidade manipulativa

( ) Permitir estabelecer relação entre a teoria e a prática

( )Concretizar o conteúdo estudado

( )Aprender a respeitar as ideias dos outros

Outros, ESPECIFIQUE: ______________________________________

7. Quais são os fatores que limitam os professores de Ciências no desenvolvimento de uma prática experimental?

( ) Carência de materiais

( ) Falta de laboratório

( ) Formação docente

( ) Falta de tempo

( ) Carga horária muito pequena

( ) Número elevado de alunos

Outros, ESPECIFIQUE: ____________________________________________

8. Você planeja sua aula prática visando proporcionar a turma caminhos que possibilitem uma aprendizagem significativa?

( ) Sempre

( ) As vezes

( ) Raramente