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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA NAS EMPRESAS Por: Vanessa Rosana Soares da Silva Oliveira Orientador Prof. Fernando Lima Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA NAS

EMPRESAS

Por: Vanessa Rosana Soares da Silva Oliveira

Orientador

Prof. Fernando Lima

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA NAS

EMPRESAS

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Comunicação

Empresarial.

Por: . Vanessa Rosana Soares da Silva Oliveira

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AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares, esposo e todos

os professores que em muito me

ajudaram na conquista deste título.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, minhas irmãs e

principalmente meu esposo, por ter

compreendido as manhãs de sábado,

longe da sua companhia e os dias de

intenso estudo.

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RESUMO

Com tantos avanços no mundo globalizado, novas necessidades estão

surgindo no mercado empresarial. Para que uma organização se mantenha no

mercado competitivo, a participação e eficiência dos funcionários são

imprescindíveis. É preciso trabalhar e motivá-los sempre.

Neste contexto, o setor de comunicação tem se mostrado o ponto forte

para o sucesso. Com uma comunicação interna eficaz, os funcionários se

sentem mais motivados e participantes das decisões da empresa, resultando

em melhores trabalhos.

Este trabalho tem por objetivo, demonstrar a importância que esta área

tem para qualquer empresa e conscientizar empresários e administradores

para a necessidade de implantar este departamento nas organizações que

atuam.

PALAVRAS-CHAVE: COMUNICAÇÃO, COMUNICAÇÃO INTERNA.

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METODOLOGIA

Consistirá numa abordagem totalmente empírica, ou seja, baseada nas

observações diárias, na empresa onde atuo, como responsável pela área de

Comunicação Social.

Com objetivo de resolver os problemas de comunicação existentes na

Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais) e observando a rotina da

empresa, percebi que não havia comunicação com os colaboradores e que

isso era uma falha muito grave, tendo em vista, que os empregados não se

sentiam parte da empresa, havia uma distância muito grande da diretoria para

com seus colaboradores. E esta, não dava o devido valor à Comunicação

Interna, entendia que era um assunto superficial e não prioritário.

Através da inclusão de veículos de comunicação voltados para o público

interno e uma maior atenção a este, os processos e os ruídos foram se

dissipando e com isso, obtive grande êxito e apoio da diretoria na área de

comunicação interna da Emgepron, ratificando a premissa desta monografia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Comunicação Empresarial 10

CAPÍTULO II - A Comunicação Interna 13

CAPÍTULO III – A Importância da Comunicação Interna nas Empresas 22

CONCLUSÃO 27

ANEXOS 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 30

BIBLIOGRAFIA CITADA 30

ÍNDICE 32

FOLHA DE AVALIAÇÃO 33

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INTRODUÇÃO

Com o mundo globalizado e o aumento da concorrência no mercado

empresarial, as organizações estão, cada vez mais, buscando novos

diferenciais. O trabalho e desenvolvimento de uma equipe forte e unida é uma

das principais preocupações dos administradores e empresários.

A comunicação eficaz é, hoje, garantia de sucesso. É através dela que

os contatos são feitos, os clientes fidelizados e os funcionários motivados.

Assim, a comunicação interna é tida como uma ferramenta importante e

estratégica para o crescimento de qualquer empresa, informando, orientando e

motivando os colaboradores para uma maior participação em busca dos

objetivos da organização.

Como mostra Pimenta (1999), a comunicação voltada para empresas

caracteriza-se, atualmente, como o somatório de todas as atividades de

comunicação da empresa. É uma atividade multidisciplinar que envolve

métodos e técnicas de relações públicas, jornalismo, assessoria de imprensa,

lobby, propaganda, promoções, pesquisa, endomarketing e marketing.

Para a implantação deste setor em uma empresa, é preciso que alguns

conceitos e conhecimentos sejam analisados e melhor entendidos pelos

empresários. Em vista disso, vários estudos estão sendo realizados em todo o

país sobre o assunto, e tem contribuído para alavancar a atuação de

profissionais de comunicação (jornalistas, publicitários e relações públicas) em

organizações de diversos tamanhos e atividades.

Este estudo vem, portanto, contribuir de mais uma forma, já que

pretende demonstrar a importância prática do setor de comunicação interna

nos empreendimentos. Para isso, este trabalho foi dividido em quatro partes:

Inicialmente, serão descritos os conceitos da comunicação empresarial,

que reúne os diversos profissionais de comunicação visando a transmissão

das informações para os diversos públicos, internos e externos.

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Logo em seguida, será definida a comunicação interna, sua história e o

perfil dos profissionais que devem atuar neste setor. Neste momento, serão

apresentadas ainda as formas de comunicação interna, divididas em Formal e

Informal, situando o leitor para os diversos aspectos relacionados a este

estudo. Até que, no 4º capítulo, será feita uma análise do tema central deste

trabalho: a importância da comunicação interna nas empresas.

Para finalizar, será apresentada uma análise conclusiva do trabalho, de

forma clara e objetiva, de fácil entendimento tanto para os profissionais,

estudantes ou mesmo para os leigos no assunto, objetivando esclarecer a

funcionalidade prática do tema pesquisado.

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CAPÍTULO I

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

...Sem sacrifício não há sucesso.

A comunicação empresarial é a responsável pela transmissão das

informações a todos os públicos de uma empresa, seja ele externo

(consumidores/clientes), ou internos (funcionários). A criação deste

departamento em uma organização se destina em relação a conscientização e

conhecimento dos administradores em relação a sua importância, pois através

deste setor, a imagem que os clientes internos e externos têm da empresa se

torna mais positiva, resultando em melhores resultados e negócios.

“A comunicação empresarial caracteriza-se, atualmente,

como o de todas as atividades de comunicação da

empresa. É uma atividade multidisciplinar que envolve

métodos e técnicas de relações públicas, jornalismo,

assessoria de imprensa, lobby, propaganda, promoções,

pesquisa, endomarketing e marketing.” (PIMENTA, Maria

Alzira. Comunicação Empresarial, p. 98).

Como descreve Pimenta (1999), o setor de comunicação empresarial

une os diversos profissionais de comunicação, atuando em prol de um mesmo

objetivo. A cada dia que passa, maior é o número de empreendimentos com a

preocupação de criar este setor na organização. Isso porque, com o mercado

competitivo do mundo atual, a busca pela satisfação dos clientes e dos

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funcionários é fator garantido de sucesso. Os clientes satisfeitos darão retorno

e demanda para os produtos e serviços oferecidos pela empresa, e

funcionários satisfeitos, darão maior retorno e produtividade à empresa.

Pimenta (1999) afirma que um sistema de comunicação contribui para a

eficiência e para a eficácia de tudo e todos:

“Eficácia: é resultado da maximização de todas as formas

de rendimento para a organização. A eficácia ocorre

quando se consegue o melhor resultado de acordo com

os objetivos iniciais. Entretanto, o ótimo resultado deve

ser conseguido com eficiência.

Eficiência: é medida pela razão entre o produto

(resultado, output) e o investimento (custo, esforço,

input). Quanto maior for essa razão, maior a eficiência.

Para tanto, deve-se realizar a tarefa em questão com o

mínimo de esforço, sem desperdício, da forma mais

correta e inteligente possível.” (PIMENTA, Maria Alzira.

Comunicação Empresarial, p. 71).

Para se fazer uma comunicação empresarial com qualidade e sucesso,

é preciso que os veículos de comunicação sejam aproveitados ao máximo,

como mostra VIANA (2004):

“Se não desenvolve a capacidade de ver a mídia

positivamente, para o conhecimento e informação de

todos, a comunicação só terá valor episódico e estará

atrelada a um modelo arcaico que perdeu força e

influência.” (VIANA, Francisco. Comunicação

Empresarial de A a Z, p. 27).

O autor afirma que criar uma cultura de comunicação é construir e

consolidar o relacionamento com a mídia, formando uma reputação e uma

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imagem positiva para a empresa. Isso porque trabalhando a comunicação

empresarial, haverá melhorias dos produtos e serviços, valorização corporativa

e construção de confiança do mercado para com a empresa.

1.1 – Tipos de Comunicação Empresarial

Como já descrito anteriormente, a comunicação empresarial se divide

em dois tipos de comunicação, atendendo e visando dois públicos distintos:

comunicação interna e comunicação externa.

Apesar deste estudo se basear na análise da comunicação interna,

melhor definida nos próximos capítulos, é importante o entendimento da

diferença entre estes tipos de comunicação.

De acordo com Bahia (1995), a comunicação externa é a comunicação

dos empresários com o público externo, com seus clientes, fornecedores e

consumidores; enquanto que a comunicação interna é a comunicação dos

empresários com o público interno, funcionários e colaboradores.

Em ambos tipos, é importante que a comunicação seja feita de maneira

clara, verdadeira e objetiva, evitando-se os ruídos. Além disso, é importante

que a comunicação e as estratégias de comunicação sejam elaboradas

direcionando-se o público-alvo, com objetivos específicos para atingi-los da

melhor maneira.

A comunicação focada no público externo, segundo Pinto (1994), deve

ser preparada por profissionais bem informados de tudo o que ocorre na

empresa e de suas principais concorrentes. É necessário que este profissional

esteja preparado para pensar sempre à frente, principalmente em momentos

de crise na organização. Aliás, por falar nisso, é importante já ter uma

estratégia previamente preparada para estes momentos, a fim de não deixar

que os concorrentes se aproveitem destes momentos e sem deixar que o

púbico caracterize a empresa como sem responsabilidade e confiança.

O setor de comunicação externa é o responsável pela entrada e saída

de informações da empresa. É importante sempre transmitir a verdade, o que

resultará em credibilidade total perante seu público.

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“O objetivo principal será, em qualquer caso, estabelecer

a reputação da empresa junto aos públicos, como uma

organização séria, competente em sua área de atuação,

e eficiente, administrativa e financeiramente. Além disso,

interpretar as reações da comunidade em relação a ela.”

(PINTO, Eduardo. Comunicação para a produtividade –

O que você tem a ganhar com a Comunicação

Empresarial. p. 22).

CAPÍTULO II

A COMUNICAÇÃO INTERNA

A comunicação interna cuida das informações dentro da empresa, e,

para ser eficiente, deve ser passada a todos os setores e funcionários de

maneira coerente e evitando desvios de mensagem.

“Dentro de uma companhia, pode-se dizer que as

comunicações tratam da maneira como as informações

podem ser dadas à administração, à equipe e aos

trabalhadores. Há também o movimento ascendente das

informações, pelas quais a administração passa a ter

conhecimento dos sentimentos da equipe e dos

trabalhadores.” (CHAPPELL, R. T. ; READ, W. L,

Comunicação interna na empresa moderna, p.3).

Além de comunicar, o setor de comunicação de qualquer

empreendimento também é responsável por mudar o comportamento dos

cidadãos corporativos, a fim de que eles realizem desempenho melhor e

chegando, assim, mais rápidos as suas metas.

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Como define Cahen (1990), a comunicação é uma atividade sistêmica,

de caráter estratégico que objetiva criar, manter ou mudar para melhor, quando

a imagem da empresa não estiver positiva.

Além de integrar todo o quadro da equipe de uma organização, a

comunicação assimila na definição e concentração de metas e objetivos. Hoje

este setor já faz parte do planejamento estratégico da instituição.

Alguns anos atrás, poucas empresas tinham a comunicação em sua

funcionalidade, e quando isso acontecia, apenas em níveis gerenciais, ou seja,

os profissionais de comunicações - quando existiam – não tinham relação

direta com aqueles que mantinham o poder da tomada de decisões e a

informação de fato. Nos dias de hoje, as empresas perceberam que para um

bom resultado, além da tecnologia, é preciso também investir no corporativo e

dar maior autonomia para o setor de comunicação interna, já que, como

descrito por Bahia na citação abaixo:

“A Comunicação Interna deriva da necessidade de

transmitir ao público da casa, com frequência e clareza, o

pensamento e ação da empresa, destacando-se as

posições que assumem seus dirigentes e a consciência

da função social que têm [...] É um modo de difundir

entre os empregados a realidade da empresa, de

ampliação dos laços de identidades funcional, de

prestação de informações e de estímulo ao debate da

realidade social, sem intermediários.” (BAHIA, Juarez.

Introdução à Comunicação Empresarial, p.31, 32, 33).

A passagem da informação por todos os níveis da empresa, desde o

mais alto dos cidadãos corporativos, possibilita que todos se sintam integrados

e responsáveis pelas decisões tomadas, já que foram comunicados

oficialmente.

Manter uma equipe informada sobre o que, de fato, acontece ou é

decidido pela empresa, motiva os funcionários e resulta diretamente no

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desenvolvimento dos mesmos. Aliás, este é o principal objetivo da

comunicação interna: a manutenção da envolvente cadeia de felicidade,

descrita na passagem de Duarte:

“A felicidade da empresa é a felicidade de mercado, que

está ligada a sua capacidade competitiva, que está

ligada, por sua vez, à felicidade dos empregados, e todos

juntos formam a imagem da empresa.” (DUARTE, Jorge

(organizador). Assessoria de Imprensa e relacionamento

com a mídia, p.195).

Segundo PIMENTA (1999), os principais objetivos da comunicação

interna são: a construção da imagem institucional da empresa; adequação dos

trabalhadores ao aumento da competição no mercado; atender as exigências

dos consumidores mais conscientes de seus direitos; defender interesses junto

ao governo e aos políticos e encaminhar questões sindicais e relacionadas à

preservação do meio ambiente.

Em relação à imagem, a autora mostra que para levar aos consumidores

e à sociedade a imagem que se deseja, é preciso que os funcionários

conheçam e participem da construção dela. Uma boa estratégia para isso é o

investimento em promoção cultural, esportiva e científica, que associam a

empresa uma imagem de instituição útil e vital para a sociedade.

Para incentivar um melhor desempenho dos funcionários, a

comunicação interna deve explorar o trabalho em equipe, desenvolvendo

valores, responsabilidade, compromisso, cooperação, solidariedade e

dedicação.

A fim de atender as exigências dos consumidores mais conscientes de

seus direitos, é importante que a comunicação interna deve ouvir e respeitar

cada funcionário, seus desejos e necessidades, como um ser único e

individual.

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Quando a empresa tem interesses com outras empresas ou governos, o

setor de comunicação pode, e deve, comunicar aos seus colaboradores o

trabalho a ser realizado e os objetivos a serem alcançados.

E, por fim, como descrito pela autora, um outro objetivo importante da

comunicação é encaminhar questões sindicais e relacionadas à preservação

do meio ambiente, uma exigência competitiva do mercado atual.

De modo geral, as empresas buscam na comunicação interna uma

forma de suprir as necessidades dos colaboradores em busca de motivação e

melhor desempenho por parte deles, o que certamente, resultará em lucros e

desenvolvimento para o empreendimento.

Por trabalhar diretamente com a motivação, o setor de comunicação,

muitas vezes, não consegue ser visto como um departamento à parte. Há

quem acredita que o setor de comunicação interna de uma empresa está

diretamente ligado ao de Recursos Humanos, afirmando que é como se eles

caminhassem de mãos dadas, em busca de um mesmo objetivo. Funcionários

satisfeitos equivale a empresa desenvolvida, principalmente porque os próprios

colaboradores agirão como melhores ‘marqueteiros’ da organização.

“Em vez de sistemas informais e amadores de

Comunicação Interna, essas empresas poderiam realizar

um trabalho direcionado e profissional de criação de

valor para a marca da Organização, considerando o

público interno como principal multiplicador e

disseminador de sua imagem.” (CLEMEN, Paulo. Como

implantar uma área de Comunicação Interna – Nós, as

pessoas, fazemos a diferença., p. 45).

Mas se parar para refletir sobre a função do Recursos Humanos e a

função da Comunicação Interna, perceber-se-á que são bem diferentes dentro

da empresa. A comunicação interna tem a função de ligar todos os setores da

empresa, e atender a todos também, fazendo com que as informações corram

rapidamente pela empresa.

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O setor da empresa o qual a comunicação deve estar diretamente ligada

é a presidência. Mas para isso, é fundamental que o profissional responsável

por esse setor esteja qualificado para transmitir as informações necessárias

para o restante da organização.

2.1 – Histórico

Segundo Rego (1987), a comunicação interna surgiu antes mesmo de

Cristo:

“De acordo com alguns autores, as cartas circulares das

cortes da dinastia Han (fundada por Lin Pang, na China,

no ano de 202 a.c.) constituíram-se nos primeiros cursos

de jornalismo empresarial.

Se isto é verdade, as origens do jornalismo empresarial

remontam ao tempo dos primórdios do papel, pois foi

durante o domínio da China pela dinastia Han que se

fabricaram as primeiras folhas de papel, através da

filtragem das fibras vegetais da amoreira e do bambu.”

(REGO, Francisco Gaudêncio Torquato. Jornalismo

Empresarial, p. 17).

Mas, como afirma o autor, os empresários só começaram a atentar para

a necessidade deste setor nas organizações na época da Revolução Industrial,

com os funcionários assustados e desmotivados pela entrada das máquinas, o

que decaiu a produtividade e eficiência nas mesmas. Foi então que os

empresários começaram a agir na busca pela motivação dos funcionários, e

consequentemente, na elevação de resultados obtidos.

Como o Brasil ficou atrasado em relação a alguns países no avanço

tecnológico, o estudo e desenvolvimento da comunicação também se firmaram

um pouco mais tarde.

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“Foi apenas em 1951 que apareceu o primeiro

departamento de Relações Públicas de âmbito nacional

no país, e, em 1953, a Organização das Nações Unidas

e a Escola de Administração de Empresas da Fundação

Getúlio Vargas inauguraram, sob a regência do professor

Eric Carlson, o primeiro curso de Relações Públicas no

Brasil.” (REGO, Francisco Gaudêncio Torquato.

Jornalismo Empresarial, p. 18).

Para garantir resultados, as ações comunicativas precisam ser guiadas

por uma filosofia e política de comunicação integrada, isto é, que promove

integração entre a comunicação interna, a institucional, a mercadológica,

sempre visando o interesse de todos os públicos (Kunsch apud MARCHIORI,

2006). E é exatamente nesse ponto que entra a importância do profissional

especializado em comunicação.

2.2 – Perfil do Profissional

Como qualquer outra área profissional, o setor de comunicação interna

de uma empresa precisa de profissionais especializados seja jornalistas,

relações públicas ou publicitários.

“As organizações brasileiras, hoje, têm grande

necessidade de uma prática comunicativa abrangente

ancorada na visão de negócio e não importa qual a

origem do profissional, desde que tenha capacidade de

administrar ampla diversidade de produtos e processos

na busca de resultados específicos.” (DUARTE, Jorge

(organizador). Assessoria de Imprensa e relacionamento

com a mídia, p. 97).

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Para um profissional da área de Comunicação, executar o serviço

proposto pelo novo departamento fica mais fácil, pois esse profissional tem

melhor desembaraço na transmissão das mensagens, e identifica com maior

agilidade o público alvo, a linguagem a ser adotada e mais uma série de

normas para que o departamento execute suas tarefas com eficácia.

“Ter formação superior nas Áreas de Comunicação,

Marketing ou Ciências Humanas e conhecimentos de

cultura geral; Visualizar de forma estratégica o negócio

da empresa, o mercado onde está inserido e a realidade

sócio-política e econômica do País; Ter hábito de leitura

e bons conhecimentos de inglês (que facilitam no contato

e na leitura de artigos e livros estrangeiros); Ter

facilidade no relacionamento interpessoal para viabilizar

o trânsito em todos os níveis hierárquicos, do faxineiro ao

presidente; Ser capaz de ouvir, analisar e buscar

soluções; Conhecer a cadeia de tomada de decisões,

procedimentos e processos internos da Empresa.”

(CLEMEN, Paulo. Como implantar uma área de

Comunicação Interna – Nós, as pessoas, fazemos a

diferença, p. 38).

CLEMEN (2005) afirma que o profissional desta área deve estar atento

e preparado para Identificar as necessidade de comunicação dos seus clientes

internos, analisá-los criteriosamente e, a partir daí, elaborar o briefing do

trabalho com uma proposta de ações, identificando os objetivos, estratégias,

metas, públicos e prazos etc; Apresentar aos clientes internos as soluções de

comunicação encontradas, juntamente com o planejamento de ações,

cronograma e processo criativo; Acompanhar o desenvolvimento interno do

processo de comunicação, através das ferramentas propostas. Medir seus

resultados e impactos internos. Se necessário, propor reforço ou novo

direcionamento na comunicação; Ter fácil relacionamento com os Cidadãos

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Corporativos das diversas áreas; Ter redação própria, clara e direta;

Apresentar imparcialidade nas pautas e nos textos; Manter compromisso com

os prazos; Possuir capacidade de conciliar as necessidades específicas de

uma área com os objetivos e valores da organização.

2.3 – Tipos de Comunicação Interna nas Empresas

“A comunicação interna nas empresas flui em duas

grandes redes. Uma formal, outra informal. Ambas

processam formas variadas, situações próprias, projetos

específicos.” (TORQUATO, Gaudêncio. Cultura – poder –

comunicação e imagem, p. 201).

Assim como Torquato, vários autores definem a comunicação interna desta

mesma forma:

2.3.1 – Comunicação Formal

Este tipo de comunicação é tido como as fontes oficiais. São as

mensagens e informações planejadas e elaboradas pela equipe de direção de

comunicação da empresa.

Normalmente, elas se apresentam pela internet, pelos boletins, e-mails,

comunicados, quadros de avisos etc, mas sempre vindo de fontes confiáveis e

representantes da empresa.

“A mensagem na publicação interna deve abranger os

mais diferentes conteúdos e tipos de matérias,

envolvendo as áreas do jornalismo, educação, lazer etc.”

(REGO, Francisco Gaudêncio Torquato. Comunicação

empresarial, comunicação institucional, p. 130).

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Na escolha da melhor ferramenta para se transmitir a mensagem, a

equipe de comunicações deve fazer, antes, um levantamento sobre o perfil dos

receptores, ou seja, dos colaboradores para qual a mensagem se destina.

Mas, unido a isso, é necessário que o veículo de comunicação utilizado tenha

um aspecto diversificado, com assunto e matérias variadas, porém sempre

com conteúdo da própria organização.

Os veículos impressos são garantidos de retorno, já que alcançam a

todos os colaboradores, mesmo aqueles que não têm acesso aos meios

eletrônicos.

Os quadros de aviso, panfletos, relatórios, reuniões, conferências,

conversas, entrevistas, telefones, visitas, eventos esportivos, auditórios,

inaugurações, comemorações e confraternizações também são alguns

exemplos deste tipo de comunicação, e que se apresentam eficientes.

“Pesquisas e experiências mostram que os empregados

são mais motivados e dão maior contribuição à empresa

quando há comunicação plena e franca. A evidência

também mostra que onde há um fluxo adequado de

informações e ideias entre os empregados, a

produtividade melhora e a confusão, a duplicação e os

conflitos improdutivos são minimizados. Além disso,

como a melhoria da comunicação não requer nenhum

capital, os ganhos de produtividade resultam em lucro

total.” (CORRADO, Frank M. A força da comunicação:

quem não se comunica, p. 50).

2.3.2 – Comunicação Informal

Já a comunicação informal é aquela que vem de fontes não confiáveis,

não-oficiais. São, normalmente, caracterizadas pelos boatos, pelas conversas

de corredor e que a cada pessoa que passa, modifica um pouco mais.

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Apesar de não ser aceitável este tipo de comunicação em uma

empresa, os profissionais de comunicação estão tendo o desafio de aliá-las às

suas estratégicas de atuação. Uma das propostas de torná-las favorável a

empresa, é aproveitar de sua agilidade para difundir mensagens com

conteúdos benéficos para a empresa.

Este tipo de comunicação é popularmente conhecido como “rádio-peão”,

e não obedecem a regras e normas, o que acontece com a comunicação

formal. Elas surgem espontaneamente da convivência entre as pessoas e se

estrutura em redes.

3.1 – A Importância da Comunicação Interna nas Empresas

Como se pôde ver, a comunicação é fundamental para qualquer

empresa, ajudando-as em seu planejamento estratégico, em sua

funcionalidade, em seu contato com os colaboradores e no êxito da conclusão

de seus objetivos.

“A comunicação interna, portanto, deve ser entendida

como um feixe de propostas bem encadeadas,

abrangentes, coisa significativamente maior que um

programa de comunicação impressa. Para que se

desenvolva em toda sua plenitude, as empresas estão a

exigir profissionais de comunicação sistêmicos, abertos,

treinados, com visões integradas e em permanente

estado de alerta para as ameaças e oportunidades

ditadas pelo meio ambiente.” (TORQUATO, Gaudêncio.

Cultura – Poder – comunicação e Imagem, p. 203)

Como define Pinchot e Pinchot, a boa gestão depende

fundamentalmente do acesso às informações e a livre ação das pessoas:

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“As organizações inteligentes serão pluralistas em sua

essência, preferindo o conflito entre pontos de vista

díspares e a luta entre fornecedores concorrentes à

pessoa, e com a descoberta de que o controle gerencial

remoto não possui todas as respostas.” (PINCHOT,

Gifford; PINCHOT, Elizabeth. O poder das pessoas, p.

69)

Uma boa comunicação precisa saber estimular os funcionários e realizar

uma estreita relação entre a empresa e seu quadro de colaboradores, de

maneira saudável, verdadeira, duradoura e, principalmente, produtiva.

Para isso é preciso atentar para 3 pontos:

-Personalização – adequada a forma e conteúdo da comunicação ao receptor,

ao público alvo que, no caso, são os funcionários. Quanto mais natural for a

transmissão da mensagem, maior sua eficiência.

-Interatividade – que é o processo de resposta à mensagem. Esse também é

um ponto determinante, já que quando há a resposta, há a possibilidade de

saber onde se acerta, onde se erra, além de possibilitar conhecer melhor o

ponto de vista de toda a equipe, sabendo exatamente como se sente o

colaborador em relação à informação que lhe foi passada.

-Impacto Sensorial – é a possibilidade que o colaborador tem de receber,

sentir, ver, ouvir e experimentar a informação. Através desses sentidos, o

funcionário passa a ter mais credibilidade na empresa.

De acordo com Brum (2005), a comunicação deve ser planejada e elaborada

de acordo com o conceito, posicionamento e desenho.

O conceito diz respeito à ideia principal e real da empresa. É um

conceito que torna um programa inusitado e de sucesso.

O posicionamento é a imagem da empresa para os funcionários. È

preciso que a ideia dos funcionários sobre a empresa seja sustentada pelo que

a empresa realmente é, transmitindo credibilidade dela para com seus

colaboradores.

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E o desenho, que possibilita aos colaboradores receber mais

informações num menor espaço de tempo. Isso porque o desenho é fácil de

ser lembrado e de ser transmitido.

Além disso, o processo de qualquer comunicação, principalmente a

interna, não é apenas o de disponibilizar uma informação, é necessário

incentivar o público a acessá-la, a recebê-la. O público interno satisfeito é a

conquista de um público externo.

Para que a mensagem tenha seu ciclo concluído, é preciso que ela saia

do setor de comunicação da empresa e seja divulgada ao seu público alvo,

receptores (funcionários), que devem ter acesso a estas mensagens.

Pinchot e Pinchot (1994) comentam que em organizações inteligentes

as informações são amplamente divulgadas. Isto porque o funcionário só

consegue se comprometer com a empresa quando tem claro conhecimento

dos destinos que ela deseja tomar. Assim como Pinchot e Pinchot, Shaw e

Perkins (1994) falam da importância da comunicação interna de uma

organização, explicando através do gráfico abaixo:

GRÁFICO 1 APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL

Conhecimento Sistema de Crenças

Resultados AÇÃO REFLEXÃO

DISSEMINAÇÃO

Fonte: Elaboração própria baseada em Shaw e Perkis (1994, p.159)

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Quando as pessoas de uma seção ou divisão de uma empresa refletem

sobre o resultado de suas ações elas geram conhecimento. A questão é que

essa aprendizagem fica restrita somente às pessoas daquele setor. Muitas

vezes o sigilo dessa informação ocorre em virtude de conflitos gerados pelas

subculturas existentes em uma organização.

Somente quando esse conhecimento é amplamente disseminado

(comunicado) é que se torna um aprendizado de toda a organização. Só então

pode-se dizer que houve uma aprendizagem organizacional. Com isso fica

claro que numa empresa que aprende, quem aprende são as pessoas.

(SHAW, PERKIS, 1994)

É o departamento de comunicação o responsável pela integração de

todos os departamentos da organização.

Como mostra Oliveira (1999), a comunicação pode ter diferentes

direções dentro da empresa, seja de níveis hierárquicos, mais altos para níveis

mais baixos ou ao contrário, ou entre hierarquias iguais. Todas elas têm que

funcionar de maneira eficaz e podem ser feitas de diversas maneiras.

Mecanismos como comunicados, memorandos, publicações, caixas de

sugestões e críticas, reuniões e outros mais são usados para que o processo

comunicacional flua livremente e de maneira correta.

Evitar o ruído de comunicação deve ser a principal meta do setor de

comunicação, principalmente nos momentos de crise da organização. Isso

porque, nesses momentos, a relação do público interno é mais difícil de se

conter do que a do público externo.

São nesses momentos que o setor de comunicação deverá evitar os

boatos e agir de maneira verdadeira com seus funcionários, dizendo realmente

o que há para que não ocorram especulações erradas.

Já em âmbito externo, o departamento de comunicação deve atender as

necessidades dos fornecedores, clientes e da população, informando o que for

preciso.

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“Podemos dizer que a informação empresarial constitui

uma atividade reguladora, compreendendo tudo aquilo

que a empresa recebe ou emite com o objetivo de

padronizar comportamentos: regulamentos, normas,

portarias, avisos etc.

A comunicação empresarial é um processo mais amplo,

que objetiva provocar atitudes voluntárias por parte dos

públicos para os quais a empresa se dirige. Engloba,

portanto, todos os tipos de informações empresariais e

as diferenças que aparecem entre os termos são menos

quanto à natureza ou qualidade das mensagens

transmitidas e mais quanto ao objetivo pretendido com

elas” (REGO, Francisco Gaudêncio Torquato.

Comunicação empresarial, comunicação institucional, p.

59)

O autor acrescenta que, para a comunicação ser eficaz em uma

empresa, é preciso considerar alguns fatores entre o emissor e o receptor.

“Relevância, credibilidade, adequação, entendimento, sincronia são algumas

das características que podem ser analisadas no estudo da eficácia.” (REGO,

Francisco Gaudêncio Torquato. Comunicação empresarial, comunicação

institucional, p. 39)

De forma geral, como mostra Oliveira (1999) pode-se dizer que uma

empresa se organiza, se desenvolve, e sobrevive, graças ao sistema de

comunicação, que é responsável pelo envio e recebimento de mensagens.

Esse sistema é basicamente constituído pelo sistema político vigente, ou seja,

as políticas e valores globais.

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“A organização procura um equilíbrio comunicacional

entre as partes que a formam. Para se obter um

resultado eficiente é necessário que haja uma integração

obtida através do processo dos elementos. Quando se

organiza uma empresa está se organizando o processo

de comunicação entre duas partes. Uma empresa se

organiza, se desenvolve, enfim, sobrevive, graças ao

sistema de comunicação que é responsável pelo envio e

recebimento de mensagens.” (OLIVEIRA, Silvio Luiz.

Sociologia das organizações, p. 332)

O primeiro passo para uma comunicação eficaz é analisar o ambiente e

viabilizar as ferramentas de trabalho, os canais que serão utilizados, porque as

publicações institucionais devem trazer um maior conhecimento sobre aquela

instituição para seu público interno e conseguir aumentar seus lucros diante do

público externo.

A Comunicação Interna pode ser vista como uma engrenagem para os

outros departamentos interagirem e assim produzirem os resultados. É preciso

que o público interno entenda o dia a dia das organizações para que a fluidez

de informação seja executada com sucesso, e para isso, é preciso que a

mesma demonstre sua realidade e funcionalidade, principalmente para manter

sua credibilidade.

CONCLUSÃO

Como já citado neste trabalho, o principal problema das empresas hoje

é a falta de canais de comunicação, e isso influencia diretamente no fluxo de

informações internas, e que afeta também, todas as demais áreas da empresa.

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Uma empresa que têm devidamente estruturado e bem organizado um

departamento de Comunicação Interna consegue atingir um nível bem maior

de satisfação dos funcionários, o que resulta na conclusão das metas da

empresa, com maior agilidade e integridade. Para isso, a Comunicação Interna

visa sincronizar o funcionário e a empresa, adaptando as ferramentas já

existentes ao perfil desejado.

Mas fazer comunicação eficaz não é tão simples quanto parece. É

preciso planejamento, observação, coerência e muito cuidado. Uma

informação mal passada pode virar fofoca e boatos, o que atrapalharia não

apenas o rendimento dos funcionários, como também os negócios com

clientes e fornecedores.

Este é o principal motivo para a busca de um profissional especializado

neste planejamento estratégico, e de ferramentas e canais de comunicação

diretos e com conteúdo de interesse dos colaboradores, como é o caso dos

boletins informativos, intranet etc.

O setor de comunicação de uma empresa não é como os outros. Ele

deve ter autonomia e livre acesso, inclusive com a presidência. Caso contrário,

seu trabalho será limitado e, consequentemente, não obterá o resultado

esperado.

Um outro fator para o sucesso é ter a total aprovação da presidência e

diretoria da empresa. Os empresários devem estar conscientizados de que

investir no departamento de comunicação interna é investir na própria

empresa. E que os canais de informação que serão desenvolvidos dentro da

empresa, estarão voltados para o objetivo final da mesma, daí a percepção de

que o investimento não será em vão.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Aprendizagem Organizacional

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BRUM, Analisa de Medeiros. Face a Face com o Endomarketing. Editora L&PM, 2005. CAHEN, Roger. Tudo que seus não lhe contaram sobre comunicação empresarial. São Paulo: Best Seller, 1990. MARCHIORI, Marlene. Cultura e Comunicação Interna. In: NASSAR, Paulo (Org.). Comunicação interna: a força das empresas. São Paulo: ABERJE, 2005. __________________(Org.). Faces da cultura organizacional e da comunicação organizacional. São Caetano do Sul: Difusão, 2006. OLIVEIRA, Silvio Luiz. Sociologia das organizações: uma análise do homem e das empresas no ambiente competitivo. São Paulo: Pioneira, 1999. ______. Jornalismo Empresarial. São Paulo: Summus, 1987. SHAW, Robert B. e PERKINS, Dennis N. Arquitetura Organizacional. Rio de Janeiro: Campus, 1994

BIBLIOGRAFIA CITADA

PIMENTA, Maria Alzira. Comunicação Empresarial. São Paulo: Ed. Alínea,

1999.

PINTO, Eduardo. Comunicação para a produtividade – O que você tem a

ganhar com a Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Ed. Quarter ,

1994.

CHAPPELL, R. T. ; READ, W. L, Comunicação interna na empresa moderna. Trad. De: Edmond Jorge. Rio de Janeiro: Editora Forum, 1996. BAHIA, Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995. DUARTE, Jorge (organizador). Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e técnica. São Paulo: Atlas, 2003.

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CLEMEN, Paulo. Como implantar uma área de Comunicação Interna – Nós, as pessoas, fazemos a diferença. São Paulo: Mauad, 2005. TORQUATO, Gaudêncio. Cultura – Poder – comunicação e Imagem. São Paulo: Pioneira, 1991. REGO, Francisco Gaudêncio Torquato. Comunicação empresarial, comunicação institucional. São Paulo: Summus, 1986. CORRADO, Frank M. A força da comunicação: quem não se comunica. São Paulo: Makron Books, 1994. PINCHOT, Gifford; PINCHOT, Elizabeth. O Poder das Pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 1994.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Comunicação Empresarial 10

1.1 – Tipos de Comunicação Empresarial 12

CAPÍTULO II

A Comunicação Interna 13

2.1 – Histórico 17

2.2 – Perfil do Profissional 18

2.3 – Tipos de Comunicação Interna nas Empresas 20

2.3.1 – Comunicação Formal 20

2.3.2 – Comunicação Informal 20

CAPÍTULO III

A Importância da Comunicação Interna nas Empresas 21

CONCLUSÃO 27

ANEXOS 29

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 30

BIBLIOGRAFIA CITADA 30

ÍNDICE 32

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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