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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O Sistema de Gestão Ambiental e a Sustentabilidade
nas organizações.
Por: Marcio José Rodrigues Cavalcanti
Orientador
Prof. Ms. José Francisco Carrera
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
2
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O Sistema de Gestão Ambiental e a sustentabilidade
nas organizações.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão
Ambiental.
Por: Marcio José Rodrigues Cavalcanti
3
AGRADECIMENTOS
A Prof. José Francisco Carrera, pela
orientação na elaboração desta
monografia e aos demais que de
alguma forma, contribuíram ao longo
do nosso curso para termos acesso
aos conhecimentos utilizados na
elaboração desta monografia.
4
DEDICATÓRIA
.....dedica-se aos meus filhos
Rodrigo, Mariah, Fernanda e a
minha esposa Mônica,
responsáveis por todos os
meus investimentos pessoais.
Que esse trabalho possa, de
alguma forma, incentivá-los nos
seus caminhos.
5
RESUMO
Este estudo pretende relacionar a gestão ambiental de organizações de médio
e grande porte, que atuam no Brasil, com seus projetos de sustentabilidade.
Para isso, é apresentado inicialmente o conceito de sistema de gestão de
forma genérica, relacionando-o a uma abordagem por processos, para em
seguida focar na questão ambiental e suas especificidades. Além disso,
apresentar também a composição básica de um sistema de gestão ambiental e
suas possibilidades, tendo como referência a ABNT NBR ISO 14001, norma
brasileira de requisitos de orientação para uso em sistemas de gestão
ambientais. Num segundo momento, são estudados diversos conceitos de
sustentabilidade e os caminhos escolhidos pelas organizações para alcançar a
perenidade no negócio. Para então e finalmente, identificar e relacionar o papel
do Sistema de Gestão Ambiental no desenvolvimento desses projetos,
apresentando casos ocorridos nas organizações que desenvolviam o seu
sistema de gestão ambiental também com esse foco.
Palavras-chave: Sistema de Gestão – Sistema de Gestão Ambiental –
Sustentabilidade
6
METODOLOGIA
Serão utilizadas como fonte de pesquisa a norma ISO 14001:2004, a
legislação ambiental do país, os balanços sociais publicados por organizações
nacionais ou multinacionais estabelecidas no país, livros e revistas
especializadas.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................9
1. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL....................................................12
1.1 Sistema de Gestão Ambiental.....................................................12
1.2 Série ISO 14000..........................................................................13
1.3 Comitê Técnico 207 e o CB38.....................................................14
1.4 ISO 14001....................................................................................16
1.5 Certificação..................................................................................17
1.6 As revisões da norma ISO 14001................................................18
1.7 Definições Fundamentais da Série ISO 14000............................19
1.7.1 Meio Ambiente.............................................................................19
1.7.2 Aspecto ambiental.......................................................................19
1.7.3 Impacto ambiental........................................................................19
1.7.4 Política ambiental.........................................................................19
1.7.5 Sistema de gestão ambiental.......................................................20
1.7.6 Auditoria do sistema de gestão ambiental...................................20
1.7.7 Objetivo ambiental.......................................................................20
1.7.8 Meta ambiental............................................................................20
1.7.9 Desempenho ambiental...............................................................20
1.7.10 Organização.................................................................................21
2. SUSTENTABILIDADE............................................................................22
3. A PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÂO AMBIENTAL NA
SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES.......................................31
8
3.1 Histórico.......................................................................................31
3.2 Cultura ambiental nas organizações............................................33
3.3 Marketing Verde ou ecológico......................................................38
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................40
REFERÊNCIAS ................................................................................................42
ÍNDICE .............................................................................................................46
FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................48
9
INTRODUÇÃO
A preocupação com os efeitos (Impactos/Danos) oriundos das
interações das atividades humanas, incluso as atividades nas organizações,
com o Meio Ambiente é recente. As nações se manifestaram de forma
organizada, somente em 1972 com a publicação do relatório “The limits of
growth” pelo Clube de Roma, estabelecendo modelos globais baseados nas
técnicas pioneiras de analise de sistemas, projetados para predizer como seria
o futuro se não houvesse modificações ou ajustamentos nos modelos de
desenvolvimento econômicos adotados e de lá para cá, as evidências mostram
que nada mudou e a situação tem-se agravado.
As organizações utilizam do termo sustentabilidade para demonstrar o
seu grau de envolvimentos com as questões econômicas, ambientais e sociais
muitas vezes, se pegando aos mais diversos conceitos disponíveis no mercado
e os relacionando a forma como realiza as suas atividades. Para o que chama
de desenvolvimento sustentável, muitas vezes não tem o entendimento social
sobre o que é ser sustentável, dificultando sua comunicação com a sociedade
e transformando boas intenções em meras ações desarticuladas.
Enquanto isso, os sistemas de gestão se tornam importantes
ferramentas para o desenvolvimento de uma atitude real e positiva com
relação ao tratamento das questões ambientais por essas organizações. Não
abrange todos os requisitos necessários para tornar uma organização
sustentável, mas se constitui alicerce para o desenvolvimento de outras ações
que podem propiciar condições de grande relevância nessa direção.
Dessa forma, esse estudo iniciará com o desenvolvimento do que é um
sistema de gestão ambiental e suas possibilidades, fornecerá conceitos
significativos sobre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade e mostrará
o que as organizações estão fazendo para aplicar esses conceitos e se
destacarem como organizações socialmente responsáveis e sustentáveis.
10
CAPÍTULO I
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
1.1 Sistema de Gestão Ambiental
Em 1972, foram dados os primeiros passos para o surgimento de um
sistema de gerenciamento ambiental durante a conferência das Nações
Unidas, realizada em Estocolmo, Suécia. Entretanto, o assunto tornou-se
prioridade somente a partir da Conferência das Nações Unidas realizada no
Rio de Janeiro em 1992. Outro passo importante foi a publicação, no mesmo
ano, pela Bristish Standard Institution, da norma BS7750, que buscou ordenar
os procedimentos de gestão empresarial já existentes e, ao mesmo tempo,
permitir a certificação dos Sistemas de Gestão Ambiental. Essa norma
(BS7750) serviu de base para a ISO 14001 e está diretamente relacionada à
BS5750, que é o equivalente inglês da série ISO 9000.
Como descrito na própria NBR ISO 14001, o Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) é definido, internacionalmente, como um conjunto de
processos e interações de elementos e fatores, que compõem o meio
ambiente, incluindo-se além dos elementos físicos, biológicos, socio-
econômicos, os fatores políticos e institucionais. Um sistema de gestão do
ambiente é a parte do sistema global de gestão que inclui a estrutura funcional,
atividades de planejamento, responsabilidades práticas, procedimentos,
processos e recursos, para desenvolver, implementar, concretizar, rever e
manter a Política Ambiental.
A Gestão Ambiental se faz com o entendimento da organização dos
fatores e processos que integram no espaço e no tempo, juntamente com a
avaliação das intervenções humanas sobre o meio.
11
Para a organização um SGA deve estabelecer uma política ambiental
adequada à sua própria realidade, que identifique os aspectos ambientais
significativos, os requisitos legais relevantes, estabelecendo os objetivos e
metas ambientais num Programa de Gestão Ambiental.
De acordo com a ISO 14001, o Sistema de Gestão Ambiental requer uma
auditoria periódica, planejada para assegurar a efetividade de cada operação.
As auditorias são projetadas para promover informação adicional à
administração do sistema e provem de informações práticas que podem ou
não diferir dos procedimentos atuais, oferecendo dessa maneira, uma
oportunidade para correção de desvios e melhorias.
Além disso, requer também, uma política ambiental apoiada pela alta
administração; Identificação de aspectos ambientais e impactos significantes;
Identificação de exigências legais; Metas e objetivos ambientais; um programa
de administração ambiental; Definição de papéis, responsabilidades, e
autoridades; Treinamentos e procedimentos de consciência; Processo para
comunicação do SGA a todas as fases interessadas; Documento e
procedimentos de controle operacionais; Procedimentos para resposta de
emergência; Procedimentos para monitorar e medir operações que podem ter
um impacto significante no ambiente; Procedimentos para corrigir não-
conformidades; Registro de procedimentos da administração; Um programa
para examinar ações corretivas; Procedimentos para revisões da
administração.
1.2 Série ISO 14000
Depois da aceitação rápida da série de Normas Técnicas ISO 9000 e do
aumento de padrões ambientais ao redor do mundo, a ISO avaliou a
necessidade de criar padrões ambientais empresariais. Com isso, foi criado,
12
em 1991, o grupo SALVA - Grupo Aconselhador Estratégico no Ambiente,
responsável pela promoção da administração ambiental em semelhança com a
administração da qualidade.
Em 1992, através das recomendações do SALVA, foi criado um novo
comitê, o TC 207, focado na administração ambiental internacional.
A nova série ISO14000 foi então projetada para cobrir sistemas de
administração ambientais, avaliação de desempenho ambiental, etiquetas
ambientais, análise do ciclo de vida e aspectos ambientais em padrões de
produto.
A série ISO 14000 são documentos genéricos aplicáveis para todas as
indústrias. As normas se aplicam a todos os tipos e tamanhos de organizações
e são projetadas para cercar as diversidades geográficas, culturais e sociais.
Em 1996, a ISO colocou à disposição da comunidade mundial as
primeiras normas da série ISO 14000: ISO 14001, Sistema de Gestão
Ambiental, Especificação e Diretrizes para Uso; ISO 14004, Sistema de Gestão
Ambiental, Diretrizes Gerais sobre Princípios, Sistemas e Técnicas de Apoio;
ISO 14010, Diretrizes para Auditoria Ambiental, Princípios Gerais; ISO 14011
Diretrizes para Auditoria Ambiental, Procedimentos de Auditoria, Auditoria de
Sistemas de Gestão Ambiental; e ISO 14012 Diretrizes para Auditoria
Ambiental, Critérios de Qualificação para Auditores Ambientais, de um
conjunto de 28 normas que deverão compor a série.
1.3 Comitê Técnico 207 e o CB38
O Comitê Técnico 207 , que trabalha as normas referentes ao meio
ambiente, representado no Brasil pelo CB38 (Comitê Brasileiro de Meio
13
Ambiente), está dividido em seis sub-comitês; cada um tem sua área de
trabalho e desenvolve documentos relativos a essa área.
Os sub-comitês são os seguintes: Sistema de Gestão Ambiental (SGA),
responsável por desenvolver as normas para as atividades de estabelecimento
da política ambiental, objetivos e responsabilidades e para sua implementação
através do planejamento, medidas de efetividade e controle do impacto
ambiental; Auditoria Ambiental (AA), responsável pela normalização no campo
da auditoria ambiental e pesquisas correlatas; Rotulagem Ecológica
responsavel pelo desenvolvimento de terminologia padronizada, definições,
símbolos, métodos de teste, sumário de testes, relatórios padrão, etc;
Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA) responsável pelo
estabelecimento de diretrizes a avaliação dos efeitos ambientais dos produtos
e serviços e o efeito dos negócios sobre o ambiente; Avaliação de Ciclo de
Vida (ACV) responsável pelo desenvolvimento de programas padronizados
para a análise dos impactos ambientais dos produtos, processos e serviços
durante o ciclo de vida, incluindo a produção e utilização da matéria-prima,
práticas de manufatura, métodos de distribuição e opções relacionadas à
disposição final e reciclagem; Termos e Definições responsável por padronizar
terminologia e harmonizar as normas com os demais Comitês dentro da ISO;
Aspectos Ambientais em Normas de Produtos, responsável por desenvolver
diretrizes para uso por outros Comitês Técnicos, visando incluir os elementos
ambientais nas próximas normas de produto.
Essas áreas de trabalho se situam em dois grupos gerais. As normas de
SGA, AA e ADA são utilizadas para avaliar a organização enquanto as demais
avaliam o produto e/ou o processo.
As normas SGA fornecem a base para o sistema gerencial ambiental. A
auditoria e a avaliação de desempenho ambiental são ferramentas gerencias
que representam um papel crítico na implantação bem sucedida de um SGA.
14
As normas de rotulagem, avaliação do ciclo de vida e aspectos ambientais em
normas de produtos avaliam e analisam características de produtos e
processos, dando suporte ao SGA.
1.4 NBR ISO 14001
A NBR ISO 14001 é a única norma da série 14000 utilizada para fins de
certificação, enquanto os 16 documentos restantes já publicados, e os 10
outros documentos em elaboração, são documentos que fornecem diretrizes
para auxiliar as organizações a desenvolver e manter seus Sistemas de
Gestão Ambiental, bem como para ajudá-los com os elementos dos programas
de gerenciamento ambiental (como, por exemplo, a avaliação do ciclo de vida),
e com as ferramentas de identificação e avaliação de aspectos e impactos
ambientais.
A norma ISO 14001 é uma norma de gerenciamento e não uma norma de
produto ou desempenho. Ou seja, a ISO 14001 é um padrão ambiental
empresarial, não é um padrão de produto. Ela não estabelece padrões para
desempenho ambiental, mas define exigências para um Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) efetivo. O propósito da ISO 14001 é auxiliar empresas a
melhorar seu desempenho ambiental. Porém são as próprias empresas que
estabelecem padrões para seu desempenho ambiental e suas metas para
melhoria contínua. Dessa forma, a ISO 14001 define um processo de
gerenciamento das atividades da empresa que tem impacto no meio ambiente.
Algumas importantes características da ISO 14001:
Ela é compreensiva: Todos os membros da organização participam na
proteção ambiental (clientes, funcionários, acionistas, fornecedores e a
sociedade). São utilizados processos para identificar todos os impactos
15
ambientais. A ISO 14001 pode ser utilizada por qualquer tipo de organização,
industrial ou de serviço, de qualquer porte, de qualquer ramo de atividade;
Ela é pró-ativa: Seu foco é na ação e no pensamento pró-ativo, em lugar
de reação a comandos e políticas de controle do passado;
Ela é uma Norma de Sistema: Reforça o melhoramento da proteção
ambiental pelo uso de um único sistema de gerenciamento, permeando todas
as funções da organização.
Como já foi dito anteriormente, para a ISO 14001, com exceção de
exercer a melhoria contínua com a legislação aplicável, o padrão não
estabelece exigências absolutas para o desempenho ambiental. Isso significa
que, organizações desempenhando atividades semelhantes, podem ter gestão
ambiental empresarial e desempenho ambiental extensamente diferentes e
apresentarem conformidade com a ISO14001.
1.5 Certificação
A ISO 14001 pode ser usada para implantação e desenvolvimento de um
SGA, credenciado ou não. A certificação é o reconhecimento formal,
concedido por um organismo autorizado, que uma organização possui
processos, produtos ou serviços em conformidade com determinadas normas
previamente estabelecidas.
Para o início do processo, a ISO 14001 requer uma Política Ambiental
desenvolvida pela organização e apoiada pela alta administração. A política da
empresa visa não só o pessoal interno, mas também o público. Precisa ser
clara e estar relacionada com a Legislação Ambiental, acentuando o
compromisso de melhoria contínua.
16
O objetivo da ISO 14001 não é apenas ajudar empresas a melhorar o seu
desempenho ambiental, mas também estabelecer e definir padrões para
desempenho de melhoria de sistema organizacional.
A avaliação inicial ou preparatória também deve incluir uma larga
consideração da legislação, podendo em alguns casos ser cópia da mesma. A
empresa deverá declarar seus objetivos ambientais primários, sendo eles os
de maior impacto no meio ambiente. Para obter maior benefício estes se
tornarão as áreas primárias de consideração dentro do processo de melhoria,
e do programa ambiental da empresa. O programa será planejado para
alcançar metas específicas ou objetivos junto a uma meta específica, e deve
descrever os meios para alcançar esses objetivos.
O SGA estabelece procedimentos, instruções de trabalho e controles
para assegurar a implementação da política e realização dos objetivos. A
Comunicação é um fator vital e permite que as pessoas na organização
estejam atentas às suas responsabilidades, sendo capazes de contribuir para
seu sucesso.
1.6 As revisões da norma ISO 14001
Não há a menor dúvida que as normas ISO para Sistemas de Gestão são
um sucesso global. Existem atualmente, em todo o mundo, cerca de 450.000
organizações certificadas pela ISO 9001/2/3 e outras 10.000 pela ISO 14001
(em 1999). Toda essa expressiva aceitação é que tem levado a Organização
Internacional para a Normalização (ISO) a empreender um grande esforço na
revisão de ambas as séries de normas (9000 e 14000) e na melhoria da
compatibilidade entre as mesmas. No Brasil já são cerca de 320 empresas
certificadas pela NBR ISO14001.
17
Em princípio, as normas ISO estão sujeitas, a cada 5 anos, a passarem
por um ciclo de revisão. A exemplo do que ocorreu com a série ISO 9000, a
revisão da norma 14001- que deveria acontecer somente em 2001 - já foi
iniciada, justamente com o objetivo de alinhar seu ciclo revisional ao da ISO
9000 e, assim, assegurar que tais normas sejam totalmente compatíveis para
as empresas que forem utilizá-las em conjunto. Aliás, estima-se que mais de
80% das empresas certificadas pela ISO 14001 também o são pela ISO
9001/2/3.
1.7 Definições Fundamentais da Série ISO 14000
1.7.1 Meio Ambiente
Meio Ambiente é a circunvizinhança em que uma organização opera,
incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas
inter-relações. Neste contexto, circunvizinhança estende-se do interior das
instalações para o sistema global.
1.7.2 Aspecto ambiental
Aspecto ambiental é o elemento das atividades, produtos ou serviços de
uma organização que pode interagir com o meio ambiente. Um aspecto
ambiental significativo é aquele que tem ou pode ter um impacto ambiental
significativo.
1.7.3 Impacto ambiental
18
Impacto ambiental é qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou
benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou
serviços de uma organização.
1.7.4 Política ambiental
Política Ambiental é a declaração da organização, expondo suas
intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que
provê uma estrutura para ação e definição de seus objetivos e metas
ambientais.
1.7.5 Sistema de gestão ambiental
Sistema de gestão ambiental é a parte do sistema de gestão global que
inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades,
práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar,
atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental.
1.7.6 Auditoria do sistema de gestão ambiental
A Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental é o processo sistemático e
documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva,
evidências que determinem se o sistema de gestão ambiental de uma
organização está em conformidade com os critérios de auditoria do sistema de
gestão ambiental estabelecido pela organização, e para comunicar os
resultados deste processo à administração.
1.7.7 Objetivo ambiental
19
Objetivo ambiental é o propósito ambiental global, decorrente da política
ambiental, que uma organização se propõe a atingir, sendo quantificado
sempre que exeqüível.
1.7.8 Meta ambiental
A Meta ambiental é o requisito de desempenho detalhado, quantificado
sempre que exeqüível, aplicável à organização ou partes dela resultante dos
objetivos ambientais e que necessita ser estabelecido e atendido para que tais
objetivos sejam atendidos.
1.7.9 Desempenho ambiental
O Desempenho Ambiental são os resultados mensuráveis do sistema de
gestão ambiental, relativos ao controle de uma organização sobre seus
aspectos ambientais, com base na sua política, seus objetivos e metas
ambientais.
1.7.10 Organização
Companhia, corporação, firma, empresa ou instituição, ou parte ou
combinação destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou com
outra forma estatutária, que tem funções e estrutura administrativa próprias.
Para organizações com mais de uma unidade operacional, cada unidade
isolada pode ser definida como uma organização.
20
CAPÍTULO II
SUSTENTABILIDADE
Segundo Bellen (2006), o conceito de desenvolvimento sustentável surge
de um longo processo histórico de reavaliação crítica da relação que existe
entre a sociedade civil e seu meio natural. Por se tratar de um processo
contínuo e complexo, observa-se a existência uma variedade de abordagens
que procuram explicar o conceito de sustentabilidade e que pode ser mostrada
pelo enorme número de definições desse conceito.
O termo desenvolvimento sustentável foi discutido pela primeira vez na
World Conservation Union, também chamada de International Union for the
Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN) no documento intitulado
World`s Conservation strategy (IUCN et al., 1980). Esse documento afirma que
para que o desenvolvimento seja sustentável devem-se considerar aspectos
referentes às dimensões social e ecológica, bem como fatores econômicos,
dos recursos vivos e não vivos e as vantagens de curto e longo prazos de
ações alternativas. O foco do conceito é a integridade ambiental e apenas a
partir da definição do relatório Brundtland a ênfase desloca-se para o elemento
humano, gerando um equilíbrio entre as dimensões econômica, ambiental e
social.
O relatório Brundtland foi elaborado a partir da World Commission on
Environment and Development (WCED) e trás uma das definições mais
conhecidas afirmando que o desenvolvimento sustentável é o que atende às
necessidades das gerações presentes sem comprometer as possibilidades das
gerações futuras atenderem suas próprias necessidades (WCED, 1987).
Para Goldsmith e co-autores (1972), uma sociedade pode ser considerada
sustentável quando todos os seus propósitos e intenções podem ser atendidos
21
indefinidamente, fornecendo satisfação ótima para seus membros. Pronk e ul
Haq (1992) destacam o papel do crescimento econômico na sustentabilidade.
Para eles, o desenvolvimento é sustentável quando o crescimento econômico
trás justiça e oportunidades para todos os seres humanos do planeta, sem
privilégio de algumas espécies, sem destruir os recursos naturais finitos e sem
ultrapassar a capacidade de carga do sistema.
Para algumas organizações não-governamentais, e para os programas
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e para o desenvolvimento (PNUMA
e Pnud), o desenvolvimento sustentável consiste na modificação da biosfera e
na aplicação de seus recursos para atender as necessidades humanas e
aumentar a qualidade de vida (IUCN et al., 1980). Para assegurar a
sustentabilidade do desenvolvimento devem-se considerar os fatores social,
ecológico e econômico, dentro das perspectivas de curto, médio e longo prazo.
Para Constanza (1991) o conceito de desenvolvimento sustentável deve
ser inserido na relação dinâmica entre o sistema econômico humano e um
sistema maior, com taxa de mudança mais lenta, o ecológico. Para ser
sustentável, essa relação deve assegurar que a vida humana possa continuar
indefinidamente, com crescimento e desenvolvimento de sua cultura,
observando-se que os efeitos das atividades humanas permaneçam dentro de
fronteiras adequadas, de modo a não destruir a diversidade, a complexidade e
as funções do sistema ecológico de suporte à vida. Munasinghe e McNeely
(1995) resumem a sustentabilidade à obtenção de um grupo de indicadores
que sejam referentes ao bem-estar e que possam ser mantidos ou que
cresçam no tempo.
O termo desenvolvimento sustentável pode ser visto como palavra chave
dessa época, e existem para ele numerosas definições. Apesar dessa grande
quantidade de definições do conceito, ou talvez devido exatamente a isso, não
se sabe exatamente o que o termo significa. As duas definições comumente
mais conhecidas, citadas e aceitas são a do Relatório Brundtland (WCED,
22
1987) e a do documento conhecido como agenda 21. A mais conhecida
definição, do Relatório Brundtland, apresenta a questão das gerações futuras e
suas possibilidades. Ela contém dois conceitos chaves: a necessidade
referindo-se particularmente às necessidades dos países subdesenvolvidos, e
a idéia de limitação, imposta pelo estado da tecnologia e de organização social
para atender as necessidades do presente e do futuro.
A questão da ênfase do componente social no desenvolvimento
sustentável está refletida no debate que ocorre sobre a inclusão ou não de
medidas sociais na definição. Esse debate aparece em função da variedade de
concepções de sustentabilidade que contém componentes que não são
usualmente mensurados, como o cultural e o histórico. Os indicadores sociais
são considerados especialmente controversos, pois refletem contextos
políticos e julgamentos de valor. A integração de medidas é ainda mais
complicada por causa das diferentes, e muitas vezes incompatíveis,
dimensões. A definição do Relatório Brundtland não estabelece um estado
estático, mas um processo dinâmico que pode continuar a existir sem a lógica
auto destrutiva predominante. As diferentes forças que atuam no sistema
devem estar em balanço para que o sistema como um todo se mantenha no
tempo.
Segundo Pearce (1993) existem diferentes ideologias ambientais que
fazem do ambientalismo um fenômeno complexo e dinâmico. Dentro do
ambientalismo esse autor identifica dois extremos ideológicos: de um lado o
tecnocentrismo e do outro o ecocentrismo. Dentro dessa linha contínua
podem-se identificar quatro campos distintos, com características particulares:
sustentabilidade muito fraca, fraca, forte e muito forte. A concepção
tecnocentrica pode ser aproximado a um modelo antropocêntrico de relação
Homem-Natureza enquanto a posição ecocêntrica observa essa relação como
simétrica.
23
Pode-se encontrar também um paralelo na associação que Naess (1996)
faz entre ecologia profunda e ecologia superficial. Na ecologia Superficial o
objetivo central é a afluência e a saúde das pessoas, juntamente com a luta
contra a poluição e a depleção de recursos, enquanto o foco da ecologia
profunda se concentra no igualitarismo biosférico e nos princípios da
diversidade, complexidade e autonomia.
Os autores ligados à tendência tecnocêntrica acreditam que a
sustentabilidade se refere à manutenção do capital total disponível no planeta
e que ela pode ser alcançada pela substituição de capital natural pelo capital
gerado pela capacidade humana. No extremo ecocêntrico os autores destacam
a importância do capital natural e da necessidade de conservá-lo não apenas
pelo seu valor financeiro, mas principalmente pelo seu valor substantivo.
Dentro de uma concepção de sustentabilidade muito fraca não existem limites
para o desenvolvimento, fato ressaltado por alguns autores que enxergam no
desenvolvimento sustentável uma estratégia da sociedade contemporânea
para escapar das concepções de limites naturais (Fearnside, 1997). Já para os
postuladores da ecologia profunda existem limites naturais para o
desenvolvimento do nosso planeta.
Dahl (1997) explora toda a temática da sustentabilidade abordando os
inúmeros conceitos, as diversas definições, os mais importantes documentos,
a definição do Relatório Brundtland e o surgimento da Agenda 21 juntamente
com os acréscimos fornecidos pelas conferências do Cairo, Copenhagen,
Beijing, Istambul e Roma. Segundo ele, a definição do Relatório Brundtland é
muito geral e não implica responsabilidade específica a respeito das
dimensões do desenvolvimento sustentável e nem em relação às gerações
futuras. A segunda definição geral, e bem mais aceita atualmente, é todo o
documento intitulado Agenda 21, um plano de ação composto por 40 capítulos,
negociado e adotado dentro da Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 (United
Nations, 1993).
24
Para Dahl (1997) o termo desenvolvimento sustentável é claramente um
conceito carregado de valores, e existe uma forte relação entre os princípios, a
ética, as crenças e os valores que fundamentam uma sociedade ou
comunidade e sua concepção de sustentabilidade. Dahl pondera que um dos
problemas do conceito refere-se ao fato de que a sociedade deve saber para
onde quer ir para que depois se possa medir se esse objetivo ou direção estão
sendo seguidos ou alcançados. Para alcançar o desenvolvimento sustentável
deve-se chegar a uma concepção que seja compreensiva e, ao mesmo tempo,
compreensível do conceito. Ou seja, que consiga captar o conceito de
desenvolvimento sustentável ao mesmo tempo em que transmite essa
concepção para os atores da sociedade de uma maneira mais clara. Entretanto
o próprio autor reconhece que dar forma a essa concepção não é tarefa fácil.
Alguns métodos que procuram avaliar a sustentabilidade partem da suposição
sobre algumas características e metas da sociedade. Outros procuram
observar as metas e os princípios que emergem da própria sociedade. Todas
essas concepções são importantes para que se tenha um retrato mais
elaborado sobre esse sujeito complexo que é o desenvolvimento sustentável.
“Existem múltiplos níveis de sustentabilidade, o que leva a
questão da inter-relação dos subsistemas que devem ser
sustentáveis, o que, entretanto, por si só, não garante a
sustentabilidade do sistema como um todo.” (Bellen,
2006, p.27)
Tal afirmação significa que é possível observar a sustentabilidade a partir
de subsistemas como, por exemplo, dentro de uma comunidade local, um
empreendimento industrial, uma ecorregião ou uma nação, entretanto deve-se
reconhecer que existem interdependências e fatores que não podem ser
controlados dentro das fronteiras desses sistemas menores.
Bossel (1998, 1999) afirma que só existe uma alternativa à
sustentabilidade, que é a insustentabilidade. O conceito de desenvolvimento
25
sustentável envolve a questão temporal; a sustentabilidade de um sistema só
pode ser observada a partir da perspectiva futura, de ameaças e
oportunidades. Dificilmente é possível verificar a sustentabilidade no contexto
dos acontecimentos. Ele lembra que, no passado, a sustentabilidade da
sociedade humana nunca esteve seriamente ameaçada, uma vez que a carga
provocada pela atividade humana sobre o sistema era de escala reduzida, o
que permitia uma resposta adequada e uma adaptação suficiente. As ameaças
sobre a sustentabilidade de um sistema começam a requerer atenção mais
urgente na sociedade à medida que o sistema ambiental não é capaz de
responder adequadamente a carga que recebe. Se a taxa de mudança
ultrapassa a habilidade do sistema de responder, ele acaba deixando de ser
viável.
As ameaças para a viabilidade do sistema, segundo Bossel (1999, 1998),
derivam de alguns fatores: as dinâmicas da tecnologia, da economia e da
população. Todas podem levar a uma acelerada taxa de mudanças. O autor
reafirma a necessidade de operacionalizar o conceito de sustentabilidade, que
já julga estar implícito na sociedade, acreditando na improbabilidade desse
sistema ter uma tendência de autodestruição. A operacionalização deve
auxiliar na verificação sobre a sustentabilidade ou não do sistema, ou, pelo
menos, ajudar na identificação das ameaças à sustentabilidade de um sistema.
Para isso há a necessidade de se desenvolver indicadores que forneçam
essas informações sobre onde se encontra a sociedade em relação à
sustentabilidade.
Sustentar para Bossel significa manter em existência, prolongar, e, se
aplicado apenas nesse sentido, o conceito não tem, segundo ele, muito
significado para a sociedade humana. Para ele a sociedade humana não pode
ser mantida no mesmo estado. A sociedade humana é um sistema complexo,
adaptativo, incluso em outro sistema complexo que é o meio ambiente. Esses
sistemas co-evoluem em interação mútua, com constante mudança e
26
evolução. Essas habilidades de mudar e evoluir devem ser mantidas na
medida em que se pretenda um sistema que permaneça viável.
Para ele existem diferentes maneiras de alcançar a sustentabilidade de
um sistema com conseqüências diversas para seus participantes. Bossel
lembra que algumas civilizações se mantiveram sustentáveis em seus
ambientes, durante muito tempo, pela institucionalização de sistemas de
exploração, injustiça e de classes que são atualmente inaceitáveis. Para
Bossel (1999), se a sustentabilidade ambiental estiver relacionada com o
prolongamento das tendências atuais, onde uma minoria dispõem de grandes
recursos, as custas de uma maioria, o sistema será socialmente insustentável
em função da pressão crescente que decorre de um sistema institucionalmente
injusto. Uma sociedade ambiental e fisicamente sustentável, que explora o
ambiente em seu nível máximo de sustentação, pode ser psicológica e
culturalmente insustentável. Para ele, a sustentabilidade deve abordar as
dimensões material, ambiental, social, ecológica, econômica, legal, cultural,
política e psicológica.
Bossel constrói um esquema onde mostra os diferentes caminhos que
uma sociedade pode tomar. A partir de seu momento atual, ocorrem diferentes
alternativas de desenvolvimento; entretanto, segundo ele, há diversas
restrições ao desenvolvimento, algumas flexíveis e outras fixas. O campo total
das possibilidades de desenvolvimento é determinado por esses elementos,
deixando apenas um espaço potencial limitado de opções que Bossel chama
de espaço acessível onde o desenvolvimento ocorre. Dentro desse campo
existem inúmeras possibilidades, ou caminhos, de desenvolvimento. Isso leva
à questão das diferentes escolhas ou julgamentos e à inclusão de referências
éticas.
Assim, Bossel afirma que o conceito de desenvolvimento sustentável
deve ser dinâmico. A sociedade e o meio ambiente sofrem mudanças
contínuas, as tecnologias, culturas, valores e aspirações se modificam
27
constantemente e uma sociedade sustentável deve permitir e sustentar essas
modificações. O resultado dessa constante adaptação do sistema não pode
ser previsto, pois é conseqüência de um processo evolucionário.
Em termos gerais para Hardi e Zdan (1977), a Idéia de sustentabilidade
está ligada à persistência de certas características necessárias e desejáveis de
pessoas, suas comunidades e organizações, e os ecossistemas que as
envolvem, dentro de um período de tempo longo ou indefinido. Para atingir o
progresso em direção à sustentabilidade deve-se alcançar o bem estar
humano e dos ecossistemas, sendo que o progresso em cada uma dessas
esferas não deve ser alcançado à custa da outra. Eles reforçam a
interdependência entre os dois sistemas.
Afirmam ainda, que desenvolver significa expandir ou realizar as
potencialidades, levando a um estágio maior ou melhor do sistema. O
desenvolvimento deve ser qualitativo e quantitativo, o que o diferencia da
simples noção de crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável,
ainda para Hardi e Zdan, não é um estado fixo, harmonioso; ao contrário, trata-
se de um processo dinâmico de evolução. Segundo eles, essa idéia não é
complicada, apenas mostra que algumas características do sistema devem ser
preservadas para assegurar a continuidade da vida. Assim como Dahl, eles
afirmam que o sistema é global e apenas um ator, como uma empresa ou
comunidade, não pode ser considerado sustentável em si mesmo; uma parte
do sistema não pode ser sustentável se as outras não o são.
Em relação à questão temporal, um sistema só pode ser declarado
sustentável quando se observa o passado. Como afirmam Constanza e Patten
(1995), um sistema sustentável é aquele que sobrevive ou persiste, mas só se
pode constatar isso posteriormente. Assim, a definição do Relatório Brundtland
é uma afirmação sobre as condições de sustentabilidade dos sistemas naturais
e humanos e não se refere especificamente ao ponto onde eles devem chegar.
Algumas outras abordagens referem-se a aspectos particulares do sistema,
28
que são considerados especialmente importantes para alcançar a
sustentabilidade. Uma delas é o passo natural baseado no fato de que a
natureza deve sobreviver independentemente da sua avaliação econômica
(Robert et al., 1995).
O sistema se fundamenta em quatro condições que devem ser
alcançadas. A primeira delas, diz que as substancias na crosta terrestre não
devem aumentar sistematicamente na ecosfera, a segunda, afirma que as
substancias produzidas pela sociedade não devem aumentar sistematicamente
na ecosfera, na terceira diz que a base física para a produtividade e a
diversidade da natureza não deve ser sistematicamente reduzida e por último,
que os recursos devem ser utilizados correta e eficientemente com relação ao
alcance das necessidades humanas.
Segundo Hardi e Barg (1997), embora seja possível apontar a direção do
desenvolvimento para que este seja mais sustentável, não é possível definir
precisamente as condições de sustentabilidade de determinado
desenvolvimento. O problema da definição é que não pode capturar de
maneira detalhada ou precisa a dinâmica da sustentabilidade humana e
natural. A maior parte do debate contemporâneo sobre sustentabilidade se
refere a visões específicas de diferentes autores sobre aspectos distintos do
conceito. Sem entrar em debate teórico, os autores sugerem que as definições
de sustentabilidade devem incorporar aspectos de sustentabilidade econômica
e ecológica juntamente com o bem estar humano.
Para Rutherford (1997) o maior desafio do desenvolvimento sustentável é
a compatibilização da análise com a síntese. O desafio de construir um
desenvolvimento dito sustentável, juntamente com indicadores que mostrem
essa tendência, é compatibilizar o nível macro com o micro. No nível macro
deve-se entender a situação do todo e sua direção de uma maneira mais geral
e fornecer para o nível micro, onde se tomam as decisões, as informações
importantes para as necessárias correções de rota. Ele afirma que a evolução
29
da ecosfera é resultado da interação, inclusive humana, de milhares de
decisões de nível micro. Por outro lado, existe uma interação do
comportamento do micro em relação ao macro. É necessária uma abordagem
holística se o objetivo é a compreensão mais clara do que seja um
desenvolvimento ambientalmente sustentável e como devem construir seus
indicadores.
Um dos princípios que está por trás de qualquer política que promova o
desenvolvimento sustentável é que o desenvolvimento implica, em menor ou
maior grau, alguma forma de degradação do meio ambiente (Cavalcanti,
1997). Como vários autores mostram, existe um limite físico dentro do qual
uma economia pode operar. Esse limite físico para Daly (1994) é determinado
pelo sistema maior dentro do qual uma economia deve funcionar: o ecológico.
Para Rutherford (1997) deve-se olhar para o problema sob diferentes
perspectivas. As principais esferas são a econômica, a ambiental e a social.
Entretanto, não se deve, segundo ele, restringi-las exclusivamente a seus
domínios e sim ampliar as idéias para o sistema como um todo.
Também para Dahl (1997), o conceito de sustentabilidade pode ser mais
bem entendido a partir de diversas dimensões, e ele cita reiteradamente o
caso das sociedades ocidentais onde a dimensão econômica tem sido
predominantemente utilizada.
“Talvez o fato de existirem diferentes concepções
ambientalistas sobre a ideologia de desenvolvimento
sustentável possa explicar a existência das diversas
definições desse conceito. Entretanto um conceito como
o do desenvolvimento sustentável, com várias
concepções, não pode ser operacionalizado, o que
prejudica a implementação e a avaliação dos processos
desse novo modelo de desenvolvimento. Existe a
30
necessidade de definir concretamente o conceito,
verificando criticamente o seu significado e observando-
se as diferentes dimensões que abrange.” (Bellen, 2006,
p.33)
Considerando a sustentabilidade como um conceito dinâmico que
engloba um processo de mudança, Sachs (1997) afirma que o conceito de
desenvolvimento sustentável apresenta cinco dimensões: Sustentabilidades
social, econômica, ecológica, geográfica e cultural.
31
CAPÍTULO III
A PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL NA SUSTENTABILIDADE DAS
ORGANIZAÇÕES
Segundo Dias (2008), das instituições existentes nas sociedades
humanas, as empresas constituem, hoje, uma dos principais agentes
responsáveis pela obtenção de um desenvolvimento sustentável. A questão na
realidade envolve primeiramente o ambiente interno das empresas, pois não
há condições de atuação responsável de uma organização na sociedade mais
geral, se internamente os seus quadros não estão convencidos da importância
da adoção de práticas ambientalmente corretas. Daí decorre a importância da
adoção de sistemas de Gestão Ambiental entre as preocupações da população
interna.
3.1 Histórico
A partir de 1960, o Brasil passou por um intenso ritmo de industrialização,
com o conseqüente aumento da população nas áreas urbanas, o que provocou
intensificação dos impactos no meio ambiente. Principalmente em áreas
industrializadas, como Cubatão, Volta Redonda, ABC paulista, é que a questão
ambiental começou a ser sentida com mais intensidade, entre outros motivos,
em razão do fenômeno de concentração de atividades urbanas e industriais.
Como reflexo da conferência de Estocolmo (1972), o governo brasileiro
criou, em 30 de outubro de 1973, a secretaria do Meio Ambiente (SEMA).
Nesse mesmo ano, já havia sido criada a Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental (SETESB) em São Paulo (Lei nº 118, de 29 de junho
de 1973), foi criado o Conselho Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM) na
32
Bahia. A partir daí, vários órgãos ambientais foram criados tendo como objetivo
o controle ambiental, e como eixo central de sua atuação a poluição industrial.
Na década de 80, foi criado no Canadá o Programa de atuação
responsável, sob o nome de Responsable Care Program. É considerado um
programa que traz grandes contribuições para a solução dos problemas
ambientais, entre as quais: enfoque proativo, busca de melhoria contínua,
antecipando-se a própria legislação, e visão sistêmica que abarca, em um
mesmo programa, as preocupações com segurança, saúde ocupacional e
meio ambiente.
No Brasil o Programa de atuação responsável é promovido pela
Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), e conta com a adesão
de uma centena de empresas brasileiras. O programa está baseado em seis
áreas: princípios diretivos; códigos de práticas gerenciais; comissões de
lideranças executivas; conselhos comunitários consultivos; avaliação de
progresso; e difusão na cadeia produtiva.
Uma medida que contribuiu para o incremento de ações mais
responsáveis em relação ao meio ambiente foi à obrigatoriedade a partir de
1986, dos estudos de impacto ambiental quando da instalação de novas
unidades industriais e outros empreendimentos de vulto, como represas,
construção de estradas, entre outros.
O Relatório Brundtland, “Nosso Futuro Comum”, destacou a
responsabilidade e o impacto das atividades industriais no desenvolvimento
sustentável. Ofereceu uma visão do crescimento econômico sustentável e da
elevação da qualidade ambiental que poderia ser alcançada através de boas
práticas industriais e produzindo mais com menos, como já apresentado no
capítulo anterior desse estudo.
33
3.2 Cultura ambiental nas organizações
A adoção de um sistema de gestão ambiental nas empresas deve vir
acompanhada de uma mudança cultural, em que as pessoas tem que estar
mais envolvidas com a nova perspectiva. Nesse sentido, alguns hábitos e
costumes arraigados que são consolidados no ambiente externo das empresas
devem ser combatidos e outros positivos devem ser assimilados pelo conjunto
da organização.
No Brasil, há uma disparidade muito grande de comportamento no âmbito
empresarial no que diz respeito às questões ambientais. Enquanto algumas
organizações demonstram grande preocupação com essa questão, outras não
a vêem como significativa para ser incluída no seu planejamento estratégico.
Além disso, a preocupação revelada por muitas empresas pode ter varias
origens, não se constituindo num aumento de consciência ecológica, ou em
maior envolvimento quanto à sustentabilidade.
As pressões sociais de todo o tipo certamente são o fator mais importante
na consideração por muitas empresas da questão ambiental. Ao mesmo
tempo, devemos considerar a influência dos cidadãos dos paises
desenvolvidos, que provocam o surgimento de varias restrições legais às
empresas ali sediadas, além de pressionarem no sentido do desenvolvimento
de tecnologias e produtos ecologicamente aceitáveis. Deste modo, muitas
empresas, quando instalam suas plantas industriais em paises em
desenvolvimento, levam essa cultura organizacional, influenciando a mudança
de atitudes em relação a problemática ambiental. Como descrito por Almeida
(2009) sobre a Natura Cosméticos.
“Reconhecida pelo pioneirismo em sustentabilidade, a
Natura Cosméticos atingiu um estágio de crescimento
que muitos consideram portador de um dilema: deve
atender às demandas e expectativas agressivas do
34
mercado ou avançar ou avançar nos compromissos com
a responsabilidade socioambiental?” (Almeida, 2009,
p.171)
Essas empresas, ao mesmo tempo, partem da premissa de que qualquer
cenário futuro de investimento de forma global deve considerar o crescimento
das preocupações ambientais. A produção de bens para o mercado mundial
deve ser ambientalmente correta, pois existe uma mobilização ambiental ativa
em todo o mundo que conecta os cidadãos dos mais diversos países, através
das organizações não governamentais. Nesse contexto, uma empresa que
insiste em atuar de forma negativa em termos ambientais, em determinado
país, corre o risco de um boicote de seus produtos pelos consumidores de
outras regiões do planeta.
Atualmente, muitos valores culturais relacionados com o meio ambiente,
a infra-estrutura e os conhecimentos técnicos são trazidos pelas empresas
transnacionais. Dessa forma, a difusão de uma cultura ambiental, embutida na
cultura organizacional, se dá através de lideranças, técnicos e outros
profissionais que incorporam novos hábitos e costumes e os repassam às
demais empresas.
Podemos considerar dentro deste contexto, que a cultura ambiental
constitui, em primeiro lugar, um aspecto da cultura de uma empresa, ou seja,
está contida dentro da cultura organizacional. A ela pertencem todos os
hábitos e costumes, conhecimentos, e o grau de desenvolvimento científico e
industrial relacionados com o meio ambiente. Ou seja, a cultura ambiental é o
conjunto de comportamentos sociais, fundamentados no valor “meio
ambiente”, que se constitui em um sistema de significados e símbolos coletivos
segundo os quais os integrantes de determinada empresa interpretam suas
experiências e orientam suas ações referentes ao meio ambiente. Em outras
palavras, é um sistema de orientação coletivo em que se estabelece um
acordo no qual se interpreta o valor do meio ambiente e que, em
35
conseqüência, determina a atitude de cada um frente a ele. Deste modo,
quanto maior a importância do valor “meio ambiente” para a empresa, mais
forte será a sua cultura ambiental; e a cultura organizacional terá uma
orientação ambiental mais enfatizada.
O sistema de gestão ambiental é um dos alicerces que sustentam os
processos de sustentabilidade das organizações. São muitos os exemplos
conhecidos no mercado, de empresas que investiram e obtiveram relativo
sucesso em seus projetos de sustentabilidade. Segundo Almeida (2009) o
Banco Real, a 3M, Basf e EDP são quatro desses exemplos:
“Após investir agressivamente num modelo de negócios
que combina busca de lucro com gerenciamento de
impactos socioambientais, o Banco Real obteve
valorização inédita no mercado e disseminou inovação
entre os concorrentes.” (Almeida, 2009, p.87)
A 3M do Brasil aposta em tecnologias socioambientais
para abrir novas oportunidades de negócios. (Almeida,
2009, p.37)
“A busca de altos padrões de ecoeficiência faz com que a
Basf estimule a competência para a sustentabilidade e
construa mecanismos de fortalecimento do dialogo com
seus stakeholders.” (Almeida, 2009, p.103)
“Focada no mercado de energias complementares e
renováveis, a EDP - Energias do Brasil encara o desafio
de ajudar o país a descentralizar a produção energética
como solução para continuar crescendo com menos
emissões de carbono.” (Almeida, 2009, p.145)
36
Nas ações das grandes organizações extrativistas minerais na área do
desenvolvimento sustentável, o que se pode observado é que não é possível
estabelecer uma atividade realmente sustentável quando se trata da extração
de recursos não renováveis. As ações desenvolvidas por essas empresas,
apesar de se mostrarem extremantes importantes para o desenvolvimento das
comunidades em torno dos empreendimentos, nada mais são, do que ações
compensatórias, sem qualquer capacidade de minimizar e muito menos,
reverter o impacto ambiental já produzido, como descrito por Almeida (2009)
sobre a Alcoa e em seguida sobre as intenções da Coca-Cola.
“A Alcoa aposta no diálogo com a comunidade para
explorar uma mina de bauxita no coração da Amazônia e
superar o estigma que acompanha a atividade de
mineração. A experiência pioneira, que pretende ser
modelo para o setor, segue em meio a tensões e
controvérsias.” (Almeida, 2009, p.49)
“Terceira maior operação do grupo The Coca-Cola
Company, a Coca-Cola Brasil pôs os recursos hídricos no
topo de sua política ambiental. Em 12 anos, reduziu o
consumo médio de 5,4 litros para 2,11 litros de água por
litro de bebida produzida. A meta global do grupo é
devolver à natureza e às comunidades toda a água
utilizada na produção.” (Almeida, 2009, p.135)
Ambições que talvez nunca sejam atingidas, mas que fazem parte do dia-
a-dia da maior produtora de refrigerantes do mundo.
Seguindo uma linha similar, a Revista Meio Ambiente Industrial em sua
publicação 67 de maio e junho do ano de dois mil e sete destaca que dentro do
seu compromisso com a conservação ambiental e o desenvolvimento social, a
AES Eletropaulo promove várias ações para combater o desperdício da
37
energia elétrica e conscientizar a população sobre o uso racional e seguro da
eletricidade, o que vai diretamente contra o consumo do seu produto final,
seguindo a mesma linha do questionamento feito por Almeida (2009) sobre a
Suzano.
“Por que um dos maiores produtores de celulose do
mundo adotou como estratégia promover e capacitar
cooperativas de catadores de papel?” (Almeida, 2009,
p.217)
A Revista Guia Exame 2009, edição de novembro de dois mil e nove
publica o resultado de sua pesquisa em que elege o Wallmart como a empresa
sustentável do ano de 2009. Como critério adotado utiliza uma lista de
verificação onde questiona se a organização publica e audita relatório de
Sustentabilidade no Brasil; se tem a remuneração dos seus executivos
vinculada a metas de desempenho econômico, ambiental e social; se possui
auditoria interna que se reporta diretamente ao conselho de administração; se
o planejamento estratégico adota medidas para a redução da pobreza e da
corrupção; se identifica, monitora e estabelece metas para reduzir os impactos
indiretos de sua operação; se elabora inventário das emissões de gases de
efeito estufa de suas atividades no Brasil e se tem metas de redução para
essas emissões; se assume responsabilidade sobre a saúde, segurança e
qualidade de vida dos terceirizados e por fim; se monitora os fornecedores
quanto a seu envolvimento com trabalho forçado ou compulsório.
O Wallmart, desses itens, não atende a publicação e auditoria do
relatório, a existência da auditoria interna e não se responsabilizar pela saúde,
segurança e qualidade de vida dos terceirizados, segundo a mesma revista. A
publicação, ainda menciona, outras empresas como exemplos de boas
práticas na condução de processos de sustentabilidade. Empresas dos mais
diversos seguimentos, porém sem publicar seus resultados ordinais na
pesquisa.
38
3.3 Marketing Verde ou ecológico
Dias (2008) considera que com o aumento da consciência ambiental em
todo o mundo, está consolidando-se um novo tipo de consumidor, denominado
“verde”. O que faz com que a preocupação com o meio ambiente não tenha a
sua importância ligada apenas ao fato social e seja percebido também como
um fenômeno de marketing.
Diz também, que o novo consumidor ecológico manifesta suas
preocupações ambientais no seu comportamento de compra, buscando
produtos que considera que causem menos impactos negativos ao meio
ambiente e valorizando aqueles que são produzidos por empresas
consideradas ambientalmente responsáveis. Esses consumidores de modo
geral, assumem que podem pagar um preço maior pelo produto
ecológicamente correto, pois compreendem que o valor agregado e traduzido
como um aumento no seu preço, na realidade significa aumento do seu valor
social. Por outro lado, esse consumidor manifestará seu repúdio em relação
àqueles produtos que contaminam o meio ambiente, formando correntes de
opinião desfavoráveis a determinadas empresas.
Finalizando, Dias (2008) destaca que é esse o comportamento do
consumidor ambientalmente consciente, preocupado com o ambiente natural,
que se torna gradativamente um modelo novo de paradigma de consumo que
obriga as empresas a adotar uma nova forma de abordar o marketing, de um
ponto de vista ecológico.
Diante disso, Dias (2008) relaciona a gestão ambiental ao marketing
verde.
“O processo de Gestão Ambiental é bastante complexo e
não pode ser considerado de forma fragmentada. Embora
39
as informações possam ter diferentes origens, tanto na
parte externa como interna da organização, a tomada de
decisão deve levar em consideração o todo ao qual elas
se referem, e que na sua essência é a organização. Deve
levar em consideração tanto o ambiente interno da
empresa, incluindo todos os seus setores e as diversas
interações que ocorrem entre os diferentes
departamentos, quanto o ambiente externo, constituído
pela sociedade-referência, que influencia e é influenciada
pelos processos internos de gestão da empresa. O
objetivo do sistema de gestão ambiental será sempre
uma gestão mais eficiente dos recursos e uma satisfação
do segmento de mercado em que atua.” (Dias. 2008,
p.143)
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Salvo raras exceções, a atuação ambiental de boa parte das
organizações brasileiras é resultado da diminuição de custos e riscos
associados a sansões sobre reparação econômica de danos ambientais. São
poucos os investimentos na adoção de um sistema de gestão ambiental
realmente estruturado.
A implementação de um sistema de gestão ambiental requer uma
radical mudança de mentalidade de toda organização. Dessa forma, é
necessário entender a relação entre a empresa e o meio ambiente como valor
para a organização, valor organizacional. Não abrir mão das diretrizes
ambientais, independentemente do negócio em que a organização esteja
envolvida. Mudança na cultura organizacional com a incorporação da variável
ambiental no dia-a-dia das pessoas que integram a empresa.
Não há modelos pré-definidos para o crescimento sustentável das
empresas no Brasil, mas algumas observações são necessárias para que o
termo sustentável possua uma razão para existir e não seja apenas uma
palavra utilizada para compor uma imagem positiva para a organização
perante o seu mercado.
Ao estudar as ações das grandes organizações extrativistas minerais
na área do desenvolvimento sustentável, fica claro entender a contradição que
existe entre a atividade e a possibilidade de reparo do dano, pode-se observar
que não é possível estabelecer uma atividade realmente sustentável quando
se trata da extração de recursos não renováveis. As ações desenvolvidas por
essas empresas, apesar de se mostrarem extremantes importantes para o
desenvolvimento das comunidades em torno dos empreendimentos, nada mais
41
são, do que ações compensatórias, sem qualquer capacidade de minimizar e
muito menos, reverter o impacto ambiental já produzido.
Dessa forma, fica claro que desenvolvimento sustentável requer
reversão do impacto ambiental produzido, como já ocorre nas atividades de
extrativismo mineral e indústrias poluidoras quando se empenham tanto na
mitigação do impacto quanto na criação de condições adequadas para a
perenidade da atividade e da organização.
42
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46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ...........................................................................................2
AGRADECIMENTO ...........................................................................................3
DEDICATÓRIA ..................................................................................................4
RESUMO ...........................................................................................................5
METODOLOGIA ................................................................................................6
SUMÁRIO ..........................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...................................................................................................9
1. O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL............................................... 12
1.1 Sistema de Gestão Ambiental.....................................................12
1.2 Série ISO 14000..........................................................................13
1.3 Comitê Técnico 207 e o CB38.....................................................14
1.4 ISO 14001....................................................................................16
1.5 Certificação..................................................................................17
1.6 As revisões da norma ISO 14001................................................18
1.7 Definições Fundamentais da Série ISO 14000............................19
1.7.1 Meio Ambiente.............................................................................19
1.7.2 Aspecto ambiental.......................................................................19
1.7.3 Impacto ambiental........................................................................19
1.7.4 Política ambiental.........................................................................19
1.7.5 Sistema de gestão ambiental.......................................................20
1.7.6 Auditoria do sistema de gestão ambiental...................................20
1.7.7 Objetivo ambiental.......................................................................20
1.7.8 Meta ambiental............................................................................20
1.7.9 Desempenho ambiental...............................................................20
1.7.10 Organização.................................................................................21
2. SUSTENTABILIDADE..............................................................................21
3. A PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÂO AMBIENTAL NA
SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES.......................................31
47
3.1 Histórico.......................................................................................31
3.2 Cultura ambiental nas organizações............................................33
3.3 Marketing Verde ou ecológico......................................................38
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................40
REFERÊNCIAS ................................................................................................42
FOLHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................48
48
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Título da Monografia: O Sistema de Gestão Ambiental e a sustentabilidade
nas organizações.
Autor: Marcio José Rodrigues Cavalcanti
Data da entrega: 13 de fevereiro de 2010
Avaliado por: Prof. Ms. José francisco Carreira Conceito: