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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
RELAÇÃO INTERPESSOAL
Por: Antonio Aldemir Sousa Silva
Orientador
Prof. Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
RELAÇÃO INTERPESSOAL
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Pós graduação
em Recursos Humanos.
Por: . Antonio Aldemir S. Silva
3
AGRADECIMENTOS
... Primeiramente ao meu amigo
Roberto que por tanto encher sua
cabeça iremos juntos terminar a pós, a
amiga Danielle, torcedora fiel e
guerreira, Raquel que caiu do céu para
não me deixar esmorecer e me
encorajar a seguir em frente sempre, e
por fim a minha orientadora particular
que só Deus pra dar-lhe todo o
agradecimento que ela merece, Juliana
que Deus a abençoe e proteja sempre.
4
DEDICATÓRIA
.....Dedico a minha Paciente esposa
Débora querida e amiga , a minha linda
sapeca filha Ana Beatriz, a minha mãe.
5
RESUMO
Esta monografia tem como objeto de analisar e investigar as relações
interpessoais nas organizações. As relações interpessoais desenvolvem-se em
decorrência do processo de interação social; envolvente com sentimentos
positivos de simpatia e atração; provocam aumento de interação e cooperação,
repercutindo, favoravelmente nas atividades e ensejando maior produtividade
dentro de um ambiente organizacional propício à qualidade de vida de seus
colaboradores. As relações interpessoais e o clima de grupo influenciam um
ambiente organizacional agradável e estimulante. Tem-se com isso o
surgimento de cuidados nas relações interpessoais utilizando todos os
processos e ferramentas disponíveis, sempre focando no reconhecimento com
o cuidado que se deve ter para com outro. É preciso termos muita
preocupação com o ser humano e suas reações. As relações interpessoais são
complexas, ou seja, não se pode dizer que o homem deve ou não fazer, isto é,
têm que haver motivos, necessidades básicas do bom relacionamento, ter boa
vontade e mais do que nunca respeito para quem você irá iniciar o
diálogo.Relação Interpessoal precisa ser estudada como estratégia de mehoria
e não como mais um simples processo administrativo.
6
METODOLOGIA
Pesquisa de Campo e Pesquisa Bibliográfica foram as principais
metodologias utilizadas ao longo da construção desse estudo, a fim de
explorarmos e conhecermos mais e mais sobre o tema “Relações
Interpessoais”.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Entendendo a Relação Interpessoal 11
1.1 Percepção e Comunicação 1.2 Sociabilidade e Socialidade 1.3 Tipologia das Relações Interpessoais CAPÍTULO II - Comportamento Humano 28
2.1 Ética 2.2 Empatia e Antipatia CAPÍTULO III – Práticas Nocivas 39
3.1 Assédio Moral 3.2 Invasão de Privacidade CAPÍTULO IV – Práticas de Recursos Humanos: Melhorias 44
4.1 Gestão de pessoas por competência. 4.2 Competência Interpessoal 4.3 Planejamento Estratégico como Plano de Ação 4.4 Feedback CAPITULO V - Descrição da pesquisa 53
5.1 Questões aos colaboradores 5.2 Questões aos lideres 5.3 Resumo da pesquisa PESQUISA DE CAMPO 63 CONCLUSÃO 65
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 67
ÍNDICE 70
FOLHA DE AVALIAÇÃO 72
8
INTRODUÇÃO
Atualmente, falar sobre gestão de pessoas, planejamento estratégico e
relação interpessoal, tenho em mente que falamos do capital humano, que
gera capacidade, conhecimento, habilidade (...) pelo qual nos clientes
procuramos a empresa e não o concorrente.. Por isso, é que não podemos
dissociar: gestão, relação interpessoal e planejamento estratégico, já que
esses três fatores, quando conjugados, interferem decisivamente no empenho
da organização, tanto interna como externamente.
Porém, algumas empresas tratam de forma separada a questão do
relacionamento interpessoal no que tange aos demais fatores, ou seja, a
relação interpessoal muitas vezes não está explícita como estratégia
organizacional e como objetivo do gestor. É necessário, para atingirmos as
metas traçadas no Planejamento Estratégico, sadias relações interpessoais, já
que, são as pessoas que irão atingir tais metas, logo, é preciso
desenvolvermos um Clima Organizacional seja favorável a toda empresa.
Precisamos considerar as peculiaridades e características dos nossos
profissionais. Muitos são pais, mães e filhos, que apresentam certos problemas
particulares, ou não puderam ou não conseguem compreender sobre a
sensibilidade de entender, saber ouvir, se expressar e principalmente dividir o
mesmo espaço dentro de uma organização com os demais empregados.
Esses seres humanos quando chegam ao mercado de trabalho podem
apresentar dificuldades de relacionamento com outras pessoas, sendo assim ,
as empresas acabam pagando um preço caro e duradouro. Por isso, é que
9
precisam investir no ser humano, não para o trabalho apenas, mas sim para a
vida em sociedade, dentro e fora da empresa.
Ter a pratica de usar um Subsistema de Desenvolvimento de Pessoas
, da área de Recursos Humanos, responsabilizará, juntamente com o gestor de
cada equipe, a humanizar as práticas organizacionais.
O desconhecimento de muitos aspectos quanto ao bom relacionamento
pessoal, começando a partir da sua importância, se deve ao não aprendizado
das competências sobre o assunto, não o praticando, deixando assim, de
construir conhecimentos que o possam levar a desenvolver um bom
relacionamento pessoal no cotidiano empresarial
É primordial o papel da Área de Recursos Humanos, mais
especificamente a partir da Educação Corporativa, que irá fornecer
possibilidades, tanto através de ações de desenvolvimento formais, aquelas
planejadas em sala de aula, como através de convivências humanas informais,
através de passeios, festividades, caminhadas e dentre outras que também
aprimoram a Qualidade de Vida na Organização.
E para promovermos Qualidade de Vida em nossos ambientes
empresariais, é necessário contarmos com a parceria dos líderes de cada
equipe, pois só podemos proporcionar Qualidade de Vida e um Clima
Organizacional Saudável na Organização, quando sabemos nos relacionar
interpessoalmente em cada Departamento e Divisão da Empresa, por isso, é
que a Gestão precisa valorizar a Relação entre as Pessoas em cada
compartimento da empresa.
No vasto mundo de profissionais ou em qualquer outro círculo social no
cotidiano empresarial, muitos fatos giram em torno do capitalismo e das
habilidades políticas, e muitas vezes a Relação Interpessoal fica fragilizada
devido aos interesses envolvidos, tanto do lado capitalista, como do lado
10
político, prejudicando assim, o envolvimento pessoal, não só entre os
profissionais, como também entre o profissional com o trabalho, atingindo
assim em seu desempenho e motivação.
O relacionamento interpessoal torna-se uma característica fundamental
para a sobrevivência das pessoas, e primordial para uma empresa crescer, por
isso, é que é necessário inserirmos o relacionamento interpessoal nos
planejamentos estratégicos e nos objetivos das gestões empresariais, criando
humanidade na organização e, conseqüentemente resultados, a partir do
envolvimento das pessoas com os demais profissionais e com as metas
traçadas.
11
CAPÍTULO I
ENTENDENDO A RELAÇÃO INTERPESSOAL
Dentro das melhores práticas de Gestão de Pessoas no campo do
desenvolvimento de Recursos Humanos, as empresas estão balizando seu
trabalho a partir do Gerenciamento de Competências Profissionais. Abaixo
visualizamos o conceito de competências, que valoriza não apenas o
conhecimento e habilidade, como também a atitude.
CHA: Conhecimentos (Compreensão de conceitos e
técnicas - SABER) Habilidades (Aptidão e capacidade de
realizar - PODER ) Atitudes (Postura e modo de agir -
QUERER). (FLEURY , Maria Tereza Leme. I Fórum
Nacional de dirigentes do SIPEC, 2000)
Na medida em que o mundo avança em tecnologia, alcançando
expressões significativas no campo técnico, também cresce a cada dia a
necessidade de se estudar, de modo também científico, a interferência das
atitudes, da “postura e modo de agir”, dos chamados fatores humanos nas
relações de trabalho.
É necessário irmos além do “saber fazer” e irmos ao encontro do “saber
ser”, já que, o mundo oferece inúmeras metodologias para aperfeiçoarmos o
“fazer”, através de cursos acadêmicos, de especialização, porém, o “ser” será
o diferencial; e é por isso que as organizações precisam valorizar e investir
cada vez mais nas atitudes de seus colaboradores. Atitudes essas que se
encontram na percepção em relação ao outro, na comunicação, na
12
socialização, no trabalho em equipe, enfim, são atitudes que irão melhorar
cada vez mais as relações interpessoais.
Relações Interpessoais – o nome já está dizendo – é o estudo da
interação entre duas ou mais pessoas, no desenvolvimento dos seus contatos
cotidianos ou não, desde os contatos mais superficiais até as situações cujo
envolvimento dos atores sociais, por uma série de razões afetivas e/ou
profissionais é mais complexo e profundo. (www.rhportal.com.br)
Por mais teorias que tenhamos na cabeça, o importante é reconhecer
que em termos de ”comportamento humano” não podemos ter receitas de bolo.
Toda organização precisa ter em mente a complexidade e a diversidade do
trabalho humano, seja ele exercido em diversas áreas, pois cada pessoa
apresenta suas individualidades que serão somadas para o trabalho em
conjunto, com parcela de dedicação e profissionalismo, a fim de atingirem o
êxito dos processos de trabalho, logo, as relações interpessoais serão
construídas de formas diferentes em cada espaço empresarial, a partir das
singularidades humanas.
A produtividade de um grupo e sua eficiência estão relacionadas não
somente com a competência técnica de seus membros, mas sobretudo com a
solidariedade entre os seres humanos, esta referência dita por um dos
pesquisadores e psicólogo conceituado dentro da área de relações humanas, o
psicólogo Kurt Lewin. (MAILHIOT 1976.99)
Pequenas mudanças e o realinhamento na maneira de gerenciar
pessoas apresentam benefícios inestimáveis aos negócios. É necessário
refletir sobre os fatores que atraem um profissional em seu ambiente de
trabalho, dando retorno concreto às suas satisfações, melhorando assim, seu
dia-a-dia profissional, e, conseqüentemente seu desempenho e convivência
com os demais colaboradores, já que, uma pessoa satisfeita poderá render
mais do que uma pessoa insatisfeita.
13
1.1 – Percepção e Comunicação
O ato de relacionar com outra pessoa, implica em percebermos sua
história, ou seja, sua bagagem vital. Muitas vezes praticamos o etnocentrismo
(ROCHA, 1984) em nossas convivências, ou seja, colocamos no centro a
nossa maneira de viver, a nossa cultura, desconsiderando as experiências da
pessoa com quem estamos nos relacionando.
O processo perceptivo é uma ferramenta fundamental nos
relacionamentos, pois aguça a interpretação de sinais
interiores e exteriores. Provoca reflexões críticas gerando
nas pessoas a necessidade de reavaliarem suas próprias
crenças como mecanismo de preservação da qualidade
de vida e da sua identidade
humana.(www.rhportal.com.br/)
Trazendo a percepção para o lado gerencial, é necessário que os
gestores, quando desejarem explicar ou prever o comportamento de uma
pessoa, devem compreender a percepção do mundo desta pessoa: como ela
organiza e interpreta as impressões sensoriais para dar sentido ao seu
ambiente, já que os empregados são singulares, logo, não podemos realizar
uma única prática gerencial para todas as pessoas, mas sim, antes de nos
relacionarmos com a nossa equipe, é preciso nos conhecer e também
conhecer cada história, cada característica dos integrantes, para assim,
agirmos perante os membros, já que percepção “é o processo pelo qual as
pessoas tomam conhecimento de si, dos outros e do mundo à sua volta”.
(www.rhportal.com.br)
Desta forma, praticando a percepção, evitaremos inúmeros descuidos
interpessoais, como por exemplo, o surgimento de sentimento de mágoa em
um determinado empregado que recebeu uma correção, por parte do gestor,
de forma não amena, diante dos seus colegas de trabalho. Tal fato poderia ter
sido evitado, se o gestor tivesse praticado, primeiramente, a percepção em
14
relação ao empregado, tendo conhecimento que o mesmo é tímido, assim, o
gestor poderia realizar tal correção de maneira reservada, evitando uma futura
mágoa e futuros bloqueios no trabalho.
Mas como nos relacionar interpessoalmente e praticar a percepção? A
Comunicação é uma das ferramentas para tal desenvolvimento, pois a
Comunicação Humana depende, e muito, de como observamos e reagimos ao
mundo que nos rodeia. São as nossas percepções que irão (também) fazer A
diferença entre nossas formas e maneiras de ser e viver no mundo, nas
diferentes épocas em que nos encontramos e com quem nos encontramos.
É importante lembrar que de acordo com nossas referências pessoais
(Visão de mundo, Educação Familiar, Vivência Comunitária, etc.) certamente
percebemos e damos significados distintos ás palavras e de como são ditas.
Interpretamos as situações da vida, muitas vezes de forma diferenciada,
dependendo da perspectiva, do ângulo de nossas observações. “Um esquimó
tem aproximadamente vinte palavras para designar NEVE”. (WANDERLEY,
1998, p.85).
Sendo assim, a questão da percepção é uma importante base do
processo de comunicação. Precisamos nos colocar no lugar do outro,
conhecer as nossas necessidades, mas também a cultura e as necessidades
de quem estamos entrando em contato profissional ou não, para os
necessários ajustes. Posteriormente, nossa interação se dará de forma
gradativa e sadia, mas claro, conflitos sempre existirão, mas é importante
sabermos gerenciar os conflitos em nosso cotidiano profissional,
transformando-os em aprendizado. A percepção e a comunicação irão nos
ajudar nessa gestão dos conflitos, pois começaremos a “enxergar” o outro
como ele é; sem pré-conceitos, e utilizaremos a comunicação não como algo
unilateral, mas sim como “multilateral”, pois valorizaremos a nossa fala e a fala
dos demais, através do saber ouvir.
15
As pessoas reagem com outros que entram em contato, se comunicam,
se simpatizam, se aproximam, se afastam ou desenvolvem afeto. A essas
reações dar-se o nome de interações. A interação social que depende da
comunicação:
“As pessoas podem estar na presença física imediata uma das
outras, mas, se não mostrarem algum modo o seu
reconhecimento desde fato, não estão interatuando”
(GAHANGAN , 1995,p.37).
A interação social nos seres humanos depende tanto da linguagem
como das pistas fornecidas pelos movimentos corporais.
As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do
processo de interação social; envolvente, como sentimentos
positivos de simpatia e atração, provocam aumento da
interação e cooperação, repercutindo favoravelmente nas
atividades e ensejando maior produtividade, pois a perfeição
de relacionamento conduz a qualidade que por conseqüência,
faz com que o atendimento seja considerado pelo interlocutor,
como meio motivador de novas visitas ou compras. Por outro
lado, sentimentos negativos de antipatia e rejeição tenderão à
diminuição das interações, ao afastamento, a comunicação
ineficaz, repercuti desfavoravelmente nas atividades, com
provável queda de produtividade (FRITZEN,2004, p.29).
O Homem, através de diversas formas de expressão de sua cultura e
em todos os períodos de sua história, sempre esteve diante do desafio da
sobrevivência. O enfrentamento das dificuldades de adaptação ás condições
de seu ambiente natural, provavelmente fez com que os primeiros homens
superassem algumas de suas limitações com seus semelhantes, passando
direta ou indiretamente a estabelecer códigos expressivos de comunicação.
16
O homem tornou-se cada vez mais gregário com a comunicação.
Percebendo-se mais forte através do grupo, criou identidade tribal com seus
semelhantes na defesa de seus interesses comuns. A comunicação humana
foi e continua sendo até hoje o grande alicerce das relações interpessoais e
intergrupais. O homem é um ser comunicativo por natureza.
Eles passam a exercer forte influência nos vários grupos sociais. Sabe-
se, por exemplo, que as redes de comunicação interligam-se pelo mundo todo
através da tecnologia dos satélites, dos computadores, enfim, das
telecomunicações. Sabe-se também que os conglomerados das indústrias de
comunicação se sustentam graças aos grandes investimentos econômicos,
retratados principalmente nas verbas destinadas à publicidade e propaganda.
Os veículos de comunicação, especialmente os que atingem o grande
público, “a massa”, na medida em que têm o poder de direcionar os fatos, a
partir da eleição daquilo que para aqueles sejam realmente o que deve ser
divulgado, passam a indicar o caminho a ser seguido e quais os
acontecimentos e a ordem que estes devem ocorrer.
A percepção e comunicação são armas poderosas na relação
interpessoal, são o alicerce primordial nos relacionamentos interpessoais de
toda organização, se os gestores os transformarem em estratégica na
empresa, já é um começo para alcançar o sucesso absoluto pelo menos de um
bom relacionamento interpessoal.
Logo, as organizações precisam criar mecanismos para aperfeiçoar a
percepção e a comunicação nos espaços corporativos. Uma possibilidade é a
criação de momentos de convivências (periodicamente) informais, a fim de que
pessoas de diferentes departamentos ou de uma mesma equipe, possam se
conhecer. Além disso, a criação de canais comunicativos, como por exemplo,
Blogs Empresariais e Chats Corporativos, gerarão facilidades para o
relacionamento entre os empregados de uma organização, Os meios
17
tecnológicos quebrarão as barreiras da distância (física) e estreitarão o
convívio entre as equipes, a partir da comunicação, e, conseqüentemente da
percepção, pois quando estamos nos comunicando (principalmente quando
escutamos atentamente o outro) percebemos as características, histórias de
vida da outra pessoa.
1.2 – Sociabilidade e Socialidade
A sociabilidade e a socialidade, são duas formas básicas da natureza
humana que tornam possível a abertura do mundo exterior (ARGYLE,1976).
Ainda de acordo com Argyle (1976), a sociabilidade vem da natureza
humana de cada um. É a necessidade da comunicação ativa e passiva que se
encontra no homem desde o seu nascimento. A pessoa é mais ou menos
sociável, de acordo com a facilidade ou dificuldade que sente para a
comunicação.
A socialidade depende das estruturas mais ou menos cômodas nas
quais se vive. A pessoa é social quando participa na comunidade. Ela é
associal quando se marginaliza dos outros. São as circunstâncias positivas ou
negativas que dão a tônica da socialidade.
A sociabilidade é característica da pessoa. A socialidade é qualidade do
ambiente. Em ambas as dimensões, as diferenças podem ser grandes entre os
indivíduos. O ideal seria que ambos os traços fossem sinais positivos, o que
constitui o melhor estímulo para a educação social.
Quando se observam deficiências ou insuficiências na sociabilidade, há
necessidade de adotar os corretivos adequados à intensidade das deficiências
observadas.
18
Importante lembrar que temos uma resistência muito grande em relação
ao novo, ou seja, a qualquer tipo de informação que não esteja ajustada ao
nosso sistema conceitual. Essas resistências que criamos são chamadas de
defesas perceptuais. Usamos as defesas perceptuais como uma forma de nos
proteger, ou seja, protegemo-nos através das defesas perceptuais
selecionadas e bloqueando aquilo que não queremos ver, e vendo apenas
aquilo que desejamos ver. O que se refere à nossa auto-imagem ou às nossas
relações interpessoais, temos a tendência a criar estas defesas, que irão
bloquear a nossa percepção real com relação ao outro ou a nós mesmos e
com isso não iremos obter mais informações verdadeiras sobre o outro ou de
nós mesmos.
O que acontece nas relações interpessoais é que a interação social do
indivíduo é totalmente conservadora, porque está baseada nas normas e nas
regras de uma sociedade e cultura. Portanto, tendemos nas situações sociais a
agir de um modo para manter a nossa própria auto-imagem, e tentar não
abalar também a auto-imagem que o outro tem de nós. Esta norma de
interação conservadora tende a diminuir a sensibilidade da nossa percepção
do outro e de nós mesmos, diminuindo as oportunidades de testar a precisão
das nossas percepções dos outros.
Normalmente não dizemos às pessoas as impressões que temos sobre
ela e os nossos verdadeiros sentimentos a seu respeito, pois se a pessoa se
apresenta como um líder é muito difícil contar-lhe que não o sentimos como tal.
E assim negamos uma informação verdadeira e o nosso verdadeiro sentimento
que temos em relação ao outro.
Existe uma conceitualização teórica deste processo onde mostra que
temos quatro pontos importantes em nós. Temos uma área aberta na qual as
pessoas me vêem do mesmo modo como eu me vejo, ou seja, eu e os outros
temos percepções mutuamente participativas. A segunda área, é a área
secreta onde existem fatores que eu vejo em mim mesmo, mas que eu
19
escondo dos outros, por isso as pessoas verão um “eu falso” e eu preciso
sempre estar atento para que elas não percebam o meu “eu verdadeiro”. Na
área cega estão fatores que as pessoas percebem em mim, mas que eu não
consigo perceber ou não quero ver. E por último, a área desconhecida é
referente à fatores que eu não percebo em mim e nem as outras pessoas
também percebem.
Portanto, somente quando nos movemos da área secreta e cega para a
área aberta é que desenvolvem as verdadeiras percepções e compreensão
entre as pessoas.
Contudo, seria ideal que tivéssemos uma percepção geral sobre nós
mesmos e sobre as outras pessoas, se utilizássemos o feedback em nossos
relacionamentos verdadeiros, então teríamos uma relação mais aberta e
verdadeira e seria muito mais fácil informar ao outro o que percebemos dele.
A área de Gestão de Pessoas precisa construir mecanismos para o
feedback interpessoal, bem como para aprimorar a socialidade nos espaços
corporativos.
Podemos iniciar este trabalho pelos gestores da empresa, que, ao dar o
retorno sobre a Avaliação de Desempenho, por exemplo, poderia humanizar
esse processo, ao invés de atribuir uma nota ao desempenho do funcionário.
Por que não o chamar para conversar, a fim de listar seus pontos positivos,
tanto como ser humano como profissional? Por que não o ajudar a vencer
certos “defeitos” ao invés de apenas o criticar sem dar soluções?
Porém, os gestores não se encontram preparados, humanamente, mas
sim tecnicamente, para o processo avaliativo, causando muitas vezes, traumas
em seus funcionários devido ao resultado. A Avaliação de Desempenho
poderá ser transformada em uma ação interpessoal entre gestor – funcionários
e funcionários –funcionários (no caso de Avaliação 360º), já que, seria
20
realizada de forma constante a partir da percepção e comunicação no
cotidiano empresarial e não apenas de maneira isolada, durante uma fase do
ano.
Não podemos deixar de mencionar que a partir da comunicação e
socialidade com as outras pessoas, observamos diversos estilos de ser
humano: Existem as personalidades abertas e extrovertidas, que se
comunicam com facilidade a alegria, suas impressões e estão dispostas a
receber com interesse as mensagens dos outros. São as pessoas que
consideramos como comunicativas, simpáticas, espontâneas, e em uma
palavra, sociáveis.
Outras pessoas são mais tímidas e introvertidas, propensas a reações
de fechamento e de reserva. Sentem dificuldades na comunicação pela
carência de expressividade ou por deficiências de caráter. Estes
temperamentos sentem às vezes medo dos outros e sentem-se inseguros
diante de suas próprias possibilidades.
Há pessoas que são dinâmicas e operativas. Relacionam-se com
facilidade, tanto com pessoas conhecidas como com desconhecidas. Possuem
dotes especiais de simpatia e de cordialidade e sentem-se bem em quase
todas as situações novas que acontecem. Adaptam-se rapidamente às
mudanças que ocorrem.
Sem dúvida, existem pessoas mais seletivas. Bloqueiam-se diante dos
imprevistos e sofrem quando devem tratar com pessoas ainda não familiares.
Sua sociabilidade fecha-se sobre setores previamente cultivados e não se
desenvolve até que consigam romper as restrições ou até que criem hábitos
estáveis de convivência. Conseguem ganhar em profundidade social aquilo
que perdem na extensão; razão pela qual se manifestam aflitos, mantendo
relações muito reservadas com pessoas próximas e em número reduzido.
(ARGYLE, 1976)
21
Ás vezes, a sociabilidade se manifesta na docilidade com que são
assumidas as normas e as insinuações alheias. É uma sociabilidade que se
identifica com a ordem e a obediência. Aproxima-se também da submissão
cega aos ambientes e ás estruturas conhecidas e nas quais se apóiam os
hábitos de comportamento.
Mas também pode manifestar-se um tipo de sociabilidade dominadora,
própria dos temperamentos levados pela liderança. Gostam de impor sua
vontade no grupo, assim como seus critérios. Sentem-se seguros quando são
capazes de assegurar as adesões alheias. Os lideres podem ter uma
sociabilidade muito restrita a determinados setores ou atividades, mostrando-
se inseguros e fracos em outras áreas. Às vezes, esta distinção gera neles
sentimentos internos perturbadores, levando-se á insegurança e mesmo ao
isolamento.
Existem pessoas sociais enquanto são criticas e criativas, quer dizer, na
medida em que encontram ao redor oportunidades para manifestar seus
desejos ou suas iniciativas. Quando sua critica é contestada ou bloqueada,
fecham-se sobre si mesmos e chegam a demonstrar timidez, insegurança, e
algumas vezes até agressividade.
Facilmente observamos que os estilos ou formas de sociabilidade
variam muito com as pessoas e com as situações. É preciso conhecer
suficientemente o que existe por baixo de cada comportamento a fim de poder
agir adequadamente no terreno.
Transferindo a socialidade para o campo empresarial, é necessário
promovermos Pesquisa de Clima Organizacional, bem como Plano de Ação
para desenvolvermos as melhorias, já que a socialidade, como já
mencionamos, depende da estrutura do ambiente, logo, o ambiente precisa
estar propício para o desenvolvimento da sociabilidade dos empregados.
22
E para isso, precisamos escutar os colaboradores, não só a partir da
Pesquisa de Clima Organizacional, mas também (constantemente) através da
Ouvidoria da empresa que muitas vezes existe, mas não aplica os Planos de
Ações necessários.
1.3– Tipologia das Relações Interpessoais
A Relação Interpessoal
(...) constitui, pois uma realidade psicológica própria a ser
estudada em si com o auxilio do modelo precedente. Pode
também ser considerada como um meio utilizado por uma
pessoa para satisfazer suas necessidades fundamentais. E
nesta última perspectiva que é estabelecida a tipologia
seguinte.(RIBEIRO, 1998, p.91)
Ainda segundo Ribeiro (1998), há quatro tipos de relações: a relação
funcional, que permite uma satisfação das diferentes necessidades de ordem
física; a relação calorosa, que corresponde à necessidade de produzir; e a
relação heurística, que corresponde a compreender.
A maioria das teorias de relação interpessoal trata, de fato, das
relações mais susceptíveis de favorecer o processo de atualização. A presente
teoria dará menos importância à relação funcional do que aos outros três tipos
de relação. Não deixa, porém, de ser verdade que na experiência diária da vida
em sociedade, as relações estabelecidas pelas pessoas entre si sejam muitas
vezes de tipo funcional.
A relação funcional é a que tem por função principal trazer uma
satisfação a uma necessidade física, de ordem prática.
23
Uma relação funcional impessoal, por exemplo, será obstáculo à
atualização não por estar privada de elementos pessoais, mas porque o
individuo que a vive tem expectativas mais funcionais quando entra em relação
com alguém. O fenômeno de despersonalização das relações interpessoais
em meio urbano, por exemplo, não pode ser condenado só pelo fato de
privilegiar relações funcionais. Tudo dependerá da possibilidade que cada
individuo tem de estabelecer também outras relações que não sejam.
Todos estes dados permitem concluir que, ainda que devamos
considerá-la como uma das categorias da tipologia geral das relações
interpessoais, a relação funcional não é propriamente falando interpessoal.
No inicio, só se pode estabelecer uma comunicação permanente no
nível das coletividades limitado, dos grupos dos povos vizinhos ou integrado
num mesmo conjunto político. Atualmente, porém, graças à rapidez dos meios
de informação e à rede de relações de toda espécie que se estabeleceu no
mundo, essa comunicação adquiriu uma dimensão organicamente planetária.
Cada nação agora faz parte da realidade cotidiana das outras. Na falta
de uma consciência real da sua solidariedade, o mundo vive numa situação de
interdependência que se acentua cada vez mais.
É evidente que as tendências dominantes e os conflitos de interesses
que delas derivam não podem desaparecer pelo simples fato de ampliarem-se
as possibilidades de comunicação, mas estas últimas pode concluir para
atenuá-los, fazendo com que cada pessoa se torne mais sensível aos
problemas e às aspirações dos outros.
O aspecto ocupacional refere-se ao trabalho o propriamente dito, isto
é,à atividade que planeja e executa o trabalho, colhendo o resultado.
Geralmente, o seu progresso e resultado podem ser quantitativamente
conhecidos.
24
Numa empresa, seria a atividade que almeja a melhoria do resultado e
concebe sistema de valores, tecnologias, distintas para cada tipo de
organização social com órgãos públicos, hospitais, escolas e outras.
O outro aspecto é o “humano”. Este aspecto refere-se à atividade
voltada para o homem como: manter a relação de confiança entre o gerente e
seus subordinados, seus superiores, colegas e pessoas de fora. Comparando-
o com o aspecto ocupacional, nem sempre é fácil identificar quantitativamente
a sua realização. Além disso, muitas vezes o resultado do esforço empenhado
neste aspecto demora a aparecer a aparecer. Este resultado tende a surtir
efeito de modo lento.
Basicamente, as atividades voltadas para o aspecto humano estão
presentes em todos os tipos de organização social. Porém, freqüentemente,
elas refletem diferenças culturais, oriundas da própria natureza do trabalho,
concebidas nos seus conceitos de valores e hábitos comportamentais, e
sofrem influência causada pela diferença étnica, sócio-cultural, entre outras.
Enquanto na perspectiva tradicional há o entendimento que o mundo da
ação social, da interação, se constitui em comportamentos observáveis e
tangíveis, a perspectiva interpretativa tenta revelar que a cultura é o que está
por de trás desses comportamentos manifestos.
As três outras categorias da tipologia, contrariamente à relação
funcional, têm o seguinte em comum: colocam a interação entre duas pessoas
que se percebem como parceiras de uma relação, sendo esta percebida como
susceptível de satisfazer uma ou várias de suas necessidades fundamentais
de ordem psicológica.
Há algumas razões auxiliando na correlação existente entre o fator
proximidade física e atração interpessoal que são pertinentes de se observar,
25
como exemplo tem a conveniência, pois é muito mais cômodo fazer amizade
com alguém que está próximo; a familiaridade, onde o fato de se encontrar
freqüentemente com a mesma pessoa conduz a uma busca de relações
amistosas com a mesma; oportunidade de relação, na qual a proximidade
causa mais oportunidades de contatos, facilitando a extinção da hostilidade
presente no inicio, permitindo assim, o desenvolvimento de atração entre duas
pessoas; oportunidade de maior conhecimento mútuo, que permite uma maior
capacidade de predição do comportamento, através do conhecimento dos
hábitos, maneiras e costumes das pessoas que vivem próximas; simples
familiaridade decorrente da freqüência de encontros, ou seja, as pessoas
costumam apresentar sentimentos mais positivos em relação a objetos que lhe
são apresentados com maior freqüência.
A proximidade física também diminui, ao contrário do esperado do
senso comum, o grau de preconceito, isto é, pessoas com preconceito se
tornam menos preconceituosas quando expostas em situação de proximidade
física.
No entanto, nem sempre a proximidade física conduz a uma maior
atração interpessoal, como foi observado em situações de pessoas com
diferentes status; a proximidade pode fazer com que se torne exarcebada as
diferenças existentes, causando situações de maior conflito.
A formação de amizades e inimizades é uma conseqüência natural do
processo de interação social. Sentir-se benquisto ou rejeitado faz parte de um
fenômeno denominado Segundo Fritzen (1994), a atração interpessoal é uma
variável que exerce grande influência sobre o comportamento humano.
É raro um individuo se manter afetivamente neutro em relação às
pessoas com quem interage constantemente. Bem como, essas pessoas não
irão expressar apenas sentimentos de neutralidade afetiva em relação a este
individuo. São comportamentos sociais, como exemplo, suscetibilidade à
26
influência e identificação, exercício de poder, formação de grupos, percepção
social, entre outros.
Há diversos fatores que exercem influência nas relações afetivas das
pessoas que estão em contato entre si. Estes fatores são: proximidade Física a
promover uma correlação positiva com a formação de uma relação
interpessoal de atração entre duas pessoas. Está no simples fato de pessoas
morarem próximas ou manterem contatos freqüentes.
Foram feitos estudos que comprovaram esta influência da proximidade
física. Primeiramente, em um projeto residencial para estudantes casados; foi
verificada uma incidência muito maior de formação de amizades entre aqueles
que mais próximos moravam.
Outro pesquisador, Whyte (1956) fez o mesmo tipo de pesquisa, porém,
estendeu-o para uma cidade que por suas características permitia uma
observação mais ampla no que se refere ao fator “proximidade física”.
Comprovou mais uma vez que este fator influencia na formação das amizades,
observando a freqüência de festas, número de visitas recíprocas, formação de
grupos para jogos, entre outros.
Identidade de valores e atitudes e outras características pessoais
suscetíveis de valoração podem-se enumerar e diversas situações que
comprovam tal afirmativa, entre elas o exemplo de uma pessoa está em uma
festa e encontra outra pessoa cujo campo de atividade profissional é o mesmo
que o seu, é altamente provável que um campo inicial de positividade se
manifeste e provoque maior interação entre elas.
Esta percepção de semelhança pode ser definida quando sofre a
influência de atração interpessoal, pois esta nos faz ver semelhanças de
valores e atitudes no comportamento de quem gostamos.
27
Assim, a distorção da percepção promove resultados que variam de
acordo com a existência de sentimentos positivos ou negativos entre duas
pessoas, podendo ser no sentido de assimilação ou de contraste, conforme o
sentimento do percebedor.
Há algumas possíveis explicações para o fato de semelhança gerar
atração, como por exemplo, redução dos custos no processo de interação
social, o fato de duas pessoas terem atividades e valores semelhantes,
provavelmente indica que haverá uma combinação maior de opiniões, e ,
consequentemente menos conflitos e polêmicas; estabelecimento de realidade
social, que encontramos ao entrarmos em contato com pessoas que
concordam conosco; satisfação da necessidade de comparação social,
segundo Festinger (1954, in Rodrigues, 1971) é a necessidade de comparação
no que diz respeito às nossas habilidades e opiniões buscando pessoas que
nos são semelhantes; papel reforçador da concordância, de acordo com
Sullivan (1947, in Rodrigues, 1971), onde afirma que as pessoas validam suas
atitudes por meio de suas concordâncias com os outros.
28
CAPÍTULO II
COMPORTAMENTO HUMANO
Para nos conhecer e com conhecer a realidade do outro, precisamos
levar em conta os aspectos particulares da conduta ou comportamento
humano.
O comportamento do ser humano pode ser representado por um iceberg
assim constituído de duas partes, uma visível a todos e outras partes mais
profundas que só o sujeito conhece. A parte mais visível, é denominado
“comportamento manifesto” (JOHN WATSON, 1914) e a parte mais oculta da
observação externa, é a conduta latente (JOHN WATSON,1914).
Podemos considerar a subdivisão freudiana da estruturação da
personalidade humana: a parte explicita ou manifesta poderia corresponder ao
comportamento consciente (FREUD,1911), a que temos diretamente acesso
pela reflexão pessoal e pelo que manifestamos no mundo exterior da nossa
própria conduta.
A parte mais profunda de um iceberg seria ou poderia corresponder a
tudo que aquilo que estaria oculto da nossa própria personalidade, que seria
percepção, expectativas, emoções, sentimentos, desejos, metas, programas,
crenças, valores e necessidades, num comportamento cada vez mais
profundo, inconsciente do qual acidentalmente deixamos emergir alguns
tímidos sinais (símbolos, significantes) para a vida manifesta.
29
À medida que desejarmos alcançar novos objetivos assumimos novas
responsabilidades, em casa ou na empresa, ou ainda na comunidade,
necessitaremos desenvolver potencialidades latentes (FREUD, 1912). Buscar
lá no fundo nossas energias escondidas, que muitas vezes nem nós mesmos
sabíamos possuir.
Seja para conhecermos nossas necessidades e procurar alcançá-las,
seja para desenvolver nosso potencial e melhorarmos nossa convivência
interpessoal, precisamos antes de qualquer coisa, sem duvida alguma nos
conhecer melhor.
Em geral gostamos de conhecer com quem estamos lidando. Claro que
é importante. No trabalho que falamos com muita gente praticamente o tempo
todo por telefone, e sempre de forma muito breve, nem sempre isso é possível.
Às vezes parece que é mais tranqüilo conhecer a realidade do vizinho,
dar uns palpites aqui e ali, seja na vida pessoal do colega, do amigo, seja no
mundo do trabalho. Mas quando a coisa é conosco, precisamos parar,
analisar, até para conhecer nossos limites. Mas às vezes isso é muito difícil.
Esse olhar para dentro e reconhecer nossas dificuldades, tentar superá-las, se
possível, é uma arte necessária para o crescimento pessoal e o convívio
coletivo.
Muitas empresas se preocupam em aperfeiçoar cada vez mais o
“Comportamento Organizacional”, a partir do alcance das metas do
planejamento estratégico, e se esquecem que as pessoas são o meio para o
sucesso dessas estratégias. “Comportamento organizacional também se
resume na realização da pessoa em compreender as outras pessoas, e é
dessa forma que se destaca o autoconhecimento e a autopercepção”.
(DUBRIN, 2003, p.02).
30
Por isso, a área de Educação Corporativa, precisa valorizar não só o
aprendizado técnico, como também o aprendizado comportamental, a partir do
comportamento grupal.
Refere-se à gama de reações dos indivíduos que
compõem um grupo: como as ações emergentes do
comportamento grupal retratam as múltiplas influências
decorrentes da dinâmica existente, incluindo as pessoas,
a interação, o sentimento, as atividades (tarefas), a
comunicação e os objetivos. (KANAANE, 2006, p. 25).
2.1 –Personalidade e Ética
Os indivíduos possuem traços distintos que prevalecem em
determinadas situações, o que faz ressaltar a importância do contexto social
no qual, este está inserido, considerando, ainda, que alguns traços são
considerados positivos ou negativos conforme o seu grupo social. As próprias
características psicológicas do individuo podem ser modificadas e
desenvolvidas, conforme influência do meio.
Embora relativamente estável, a personalidade sofre a influência e
interage com o meio, podendo os traços psicológicos ser desenvolvidos,
reorganizados e modificados a partir do contexto em que vive o individuo. O
meio pode favorecer ou impedir o ajustamento emocional das pessoas,
distinguindo entre as principais barreiras ao ajustamento que são situacionais,
interpessoais e intrapessoais.
As características de personalidade dos membros da organização
também influenciam a estrutura da organização, tanto mais fortemente quanto
a posição que esses indivíduos ocupem na hierarquia organizacional. As
instituições exercem uma constante pressão para tornar seus membros
31
metódicos e disciplinados, exigindo alto grau de conformidade com os padrões
de comportamentos estabelecidos, observando-se o desenvolvimento de
características conformistas desses indivíduos mais comprometidos com o
poder e o status conformam-se mais, pois seus valores e motivos básicos os
levam a adaptar seus sentimentos, pensamentos e ações as demandas do
contexto social.
Toda influência da estrutura organizacional sobre a personalidade dos
indivíduos, dependendo de suas próprias características de personalidade,
sendo o impacto das forças da estrutura social na personalidade menos
significativo quando os indivíduos centram seus objetivos e valores individuais
na independência intelectual, auto-realização e liberdade pessoal. Essas
forças internas, que emanam da personalidade, representam a tentativa do
individuo para estruturar sua realidade social e definir dentro dela o seu lugar.
Umas das personalidades determinantes no comportamento humano é
a ética, um pensamento filosófico acerca do comportamento moral do homem,
dos problemas morais e dos juízos morais enquanto a moral é o conjunto de
normas, princípios e valores, aceitos ou descobertos de forma livre e
consciente, que regulam o comportamento individual dos homens. A filosofia
define a ética como o estudo da conduta ideal, esta decorrente de um conceito
mais amplo de “homem ideal”.
Podemos concluir que a ética disciplina o comportamento do homem,
quer o exterior e social, quer o intimo e subjetivo. Prescreve deveres para
realização de valores.
“O homem que aspira à perfeição moral, ocupa-se da
virtude; o homem não comprometido com os valores
morais, pensa apenas na sua acomodação na terra; o
homem ético pensa apenas nos deveres e sanções; o
32
homem sem ética pensa apenas nos seus direitos e
benefícios.” (Confúcio.A.C.)
Não ter a ética como um dever, os conceitos da virtude podem explicar
quando foram absorvidos pela educação ou pela ambiência do ser. A agressão
aos bons costumes, quando se consagra como prática aceita socialmente,
compromete o futuro das novas gerações, por desrespeito ao passado e
negligência no presente. Em tudo parece haver uma tendência para a
organização e os seres humanos não fogem a essa vocação. Em cada
agrupamento, no entanto, depende de uma disciplina comportamental e de
conduta. Atualmente o estudo da ética não pode desprezar a associação da
razão com a emoção.
A profissão não deve ser considerada como um somatório de
características distintivas, mas como um processo de emergência e de
diferenciação social de determinado grupo ocupacional, que faz variar o
estatuto e o reconhecimento das profissões ao longo dos tempos.
Sociologicamente, profissão pode ser entendida como o desempenho de uma
atividade humana, apoiada num saber e em valores próprios.
A regulação ética do desempenho profissional surge deste modo, a par
da formação interiorizada no decorrer de uma longa escolarização, da
profissionalização dos docentes e da existência de associações, como um dos
elementos constitutivos do profissionalismo.
A ética é indispensável ao profissional porque na ação humana “o fazer”
e o “agir” estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência
que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se
refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no
desempenho de sua profissão.
33
Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante
evidenciada na vida profissional, porque cada individuo tem responsabilidades
individuais e responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que dela se
beneficiam. O valor ético do esforço humano é variável em função de seu
alcance em face da comunidade. Se o trabalho executado é só para auferir
renda, em geral, tem seu valor restrito.
Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho
executado, pela natureza do conhecimento exigido preferencialmente para tal
execução e pela identidade de habilitação para o exercício da mesma. A
classe profissional é, pois, um grupo dentro da sociedade, especifica definido
por sua especialidade de desempenho de tarefa.
A divisão do trabalho é antiga, ligada que está à vocação e cada um
para determinadas tarefas e às circunstancias que obrigam, às vezes, a
assumir esse ou aquele trabalho; ficou pratico para o homem, em comunidade,
transferir tarefas e executar a sua. A formação das classes profissionais
decorreu de forma natural, há milênios, e se dividiram cada vez mais. A
organização das classes trabalhadoras começou na idade média com os
artesãos que se reuniram em corporações. A união dos que realizam o mesmo
trabalho foi uma evolução natural e hoje se acha não só regulada por lei, mas
consolida em instituições fortíssimas de classe.
O senso de responsabilidade é um elemento fundamental no exercício
profissional. Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe
terá maior probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses do
grupo dentro e fora da organização. As pessoas que optam por não assumir
responsabilidades podem ter dificuldades em encontrar significado em suas
vidas, pois seu comportamento é regido pelas recompensas e sanções de
outras pessoas.
34
Hoje em dia as organizações buscam melhorar o ambiente de trabalho,
qualidade e produtividade por meio de ética. Uma abordagem mais profunda
vem sendo feita nas organizações sobre a importância da ética dentro do local
de trabalho, nas relações interpessoais e no desempenho das tarefas
cotidianas entre os integrantes da equipe. Um ambiente de trabalho que
propicie regras claras e justas fornece um balizamento ético-moral e a
manutenção de altos índices de motivação produtividade e qualidade.
A preocupação das organizações com a ética propicia, além do
cumprimento das leis, qualidade e redução de custos por pequenos deslizes
éticos, verificando diariamente e que podem trazer prejuízos à qualidade dos
relacionamentos e ao próprio desenvolvimento do processo de trabalho.
Não saber definir ética de desonestidade é enorme. A ética, no fundo, é
a procura do bem comum, o respeito próximo. Todos devem conservar a ética
sempre, independente do tamanho da questão, pois agir com correção é o que
se espera dos demais. O senso de ética acontece quando cada um faz sua
opção, e ai funciona a consciência de cada um.
A elaboração e outorga de um código de ética é um elemento
constitutivo da identidade profissional de uma organização ou equipe. Sem um
não há uma comunidade. As vantagens fundamentais de um código advêm,
portanto, da promoção de uma identidade profissional, a qual se espelha na
imagem interna e externa da profissão e na afirmação da autonomia em
relação à heteronomia dos regulamentos governamentais. Os códigos têm a
função de garantir a qualidade dos serviços que se prestam e asseverar que os
profissionais são dignos de confiança por parte dos seus concidadãos, uma
vez que atuam com o rigor e a seriedade a que o código de ética lhes adverte.
O comportamento ético deve ser procurado principalmente por aqueles
que, na maioria das vezes exercem suas funções em equipes
multiprofissionais em qualquer organização. Inúmeros elementos de respeito,
35
moralidade, responsabilidade e princípios éticos devem estar envolvidos na
postura desses profissionais, que estarão em contato com outros indivíduos,
cujas escolhas morais podem não ser claramente definidas. Cabe a cada um,
então, a consciência de estar respaldado em princípios éticos que estão além
de interesses passageiros e de conveniências pessoais, pelos quais o seu
fazer profissional vai estar resguardado.
2.2 – Antipatia e Empatia
Entre os processos organizacionais modernos, ainda embalsados em
tecnologia, são decorrentes e dependentes de relacionamento humano. Nesse
contexto a noção de EMPATIA tem uma notável importância. Entretanto
precisamos compreender a sua total abrangência, refletir sobre os sentimentos
de antipatia e simpatia que são correlatos e igualmente importantes, ocorrem
juntos, terão que ser refletidos (até porque só ocorrem na presença do outro,
são fenômenos sociais)
Antipatia pode derivar em constrangimento, sabotagem e violência. A
característica interessante notada, é que em um primeiro momento, ocorre de
forma imediata e gratuita, isto é, sem conhecer a outra pessoa, podendo ser
modificado somente com interação, convivência e comunicação.
'Uma Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação'
comenta sobre o “...princípio da simpatia e antipatia tende
ao máximo a pecar por severidade excessiva. Tende ele a
aplicar castigo em muitos casos em que é injusto fazê-lo,
e, em casos em que se justifica uma punição, a aplicar
severidade maior do que a merecida. Não existe ato
algum imaginável, por mais trivial e por menos censurável
que seja, que o princípio da simpatia e antipatia não
encontre algum motivo para punir. Quer se trate de
diferenças de gosto, quer se trate de diferenças de
36
opinião, sempre se encontra motivo para punir. Não existe
nenhum desacordo, por mais trivial que seja, que a
perseverança não consiga transformar num incidente
sério. Cada qual se torna, aos olhos do seu semelhante,
um inimigo e, se a lei o permitir, um criminoso. Este é um
dos aspectos sob os quais a espécie humana se distingue
- para seu desabono - dos animais”(Jeremy Bentham,
2011).
Empatia é uma tendência para sentir o que sentiria, caso estivesse na
situação e nas circunstâncias experimentadas por outra pessoa. Sendo um
estado de Sintonia Emocional e cognitiva com outra pessoa, atingido,
especificamente, através da compreensão da situação dessa outra pessoa a
partir de dentro, ou seja, do que essa situação significa para ela. A empatia
pode preceder, ou não a simpatia. O papel da empatia é muito discutido, quer
na nossa compreensão das outras pessoas, quer nas nossas respostas éticas.
É uma projeção imaginativa dentro da situação de outra pessoa,
especialmente para a apreciação de suas qualidades emocionais e
motivacionais. O contagio emocional, pelo qual alguém percebe a emoção
visível de outra pessoa, às vezes inconscientemente e sem referência da sua
causa ou do seu objeto.
Por se considerada uma precondição do pensamento ético e a maior
colaboradora para a união social e para o altruísmo, atribuição de estado
mental, uso da linguagem e interpretação. Comportamento que nos leva a
entender como outra pessoa age ou pensar daquela maneira. Demonstra que
concordamos com a pessoa (pelo menos a principio). Quando usamos a
empatia reduzimos a carga emocional, o que nos aproxima da pessoa e
possibilita a explanação dos argumentos.
37
Sempre ao usarmos a empatia, o obstáculo permanecera, pois ela
apenas prepara para a aplicação de outros argumentos que superarão o
obstáculo.
Exemplificaríamos varias maneiras de como usar a empatia, dentre
delas teríamos: Acho que compreendo o que o senhor quer dizer.... ,
Entretanto, seu ponto de vista... , Muitas pessoas pensam assim... , Poderia
parecer, entretanto...., Posso apreciar sua opinião sobre este ponto...., enfim
teríamos vários e varias formas de empatia.
Mas além desses comportamentos, há outros que podem ser usados
independentemente de como esteja agindo a outra pessoa, pois são
mecanismos que ajudam na conquista das pessoas ou na nossa aproximação
dentro e fora das organizações. São elas elogio favor, identificação e
testemunha.
Todos esses comportamentos têm suas aprendizagens possíveis, como
a capacidade de se colocar no lugar do outro, ter percepção de saber o que as
pessoas estão sentindo e passando, ter habilidade de ouvir pacientemente e
atenção aquilo que estão nos comunicando, através de gestos, palavras e até
mesmo atos, e por ultimo saber respeitar as diferenças entre as pessoas como
raça, culturas, filosofias, religiões e formas de pensar.
A prática da empatia tem grande importância para a convivência
saudável e harmoniosa dentro da organização entre as pessoas. É a
verdadeira inteligência emocional em uso, o que é importante para as pessoas
serem bem sucedidas nos relacionamentos pessoais e profissionais.
Em todas as relações humanas envolvemos sentimentos, que nos
aproximam ou afastam das outras pessoas. Precisamos urgentemente rever
nossa vida e prioridades. Vejamos o que a bíblia tem a nos dizer sobre isso: “
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alegre-se com quem se alegra e chore com os que choram”, “o amor seja
vivido sem hipocrisia (mascaras)...”
A bíblia volta a nos dar uma aula de vida mostrando que a empatia traz
benefícios tremendos as relações interpessoais em qualquer lugar e ocasião,
desde do casamento e a vida em família ate ao ambiente das grandes
organizações. É bom ver pessoas que já compreenderam este principio
motivadas e produzindo, entendendo que as pessoas têm prioridade sobre as
coisas e que 5 minutos de empatia em seus relacionamentos acrescenta um
tipo de realização que nenhum bem material pode trazer.
“Não há "boas" ou "más" pessoas. Algumas são um
pouco melhor ou um pouco pior, mas todas são mais
motivadas pela incompreensão (ignorância) do que pela
maldade. Ou seja, pela cegueira para com o que está
acontecendo no coração do outro.”
(Tennessee Williams)
Os empáticos são pessoas que encaram a vida e as situações de mais
maneira mais humana e munido por uma desenvoltura que alivia tensões,
estresse e as prepara para receber o melhor. Tornar-se amigo nas horas de
tristeza e alegria, como a bíblia nos recomenda, pode abrir portas de
relacionamento e amizade que nunca sonhou ter.
39
CAPÍTULO III
PRÁTICAS NOCIVAS
Dentro das organizações as relações pessoais podem sofrer influências
que atingirão a todos do grupo. Uma dessas influências é a agressividade que
é uma característica natural, humana ou animal, que tem a função de defesa
diante dos “assaltos” e perigos enfrentados. A agressividade nas relações
humanas, fora das situações de perigo é a atitude interior da pessoa que
apresenta disposição contínua para o desencadeamento de comportamentos
hostis e destrutivos, causada e alimentada pelo acúmulo de experiências
frustradoras durante a vida.
Já a frustração é um sentimento de carência, comum nas pessoas que
se sentem privadas da satisfação de necessidades naturais e impedidas de
atingir suas motivações, anseios e ideais.
Todos os seres humanos têm necessidades naturais: de auto-estima, de
afeto, de aprovação social, de independência, de realização, de alimentos
(fome), de repouso, de atividade produtiva, de líquido (sede), de sono, etc...
Essas necessidades criam motivações dentro de todos nós, que se
apresentam como anseios, ideais ou desejos: desejo de felicidade, desejo de
saúde, desejo de sucesso, desejo de riqueza.
A agressividade nos relacionamentos é uma reação ao sentimento
interior de frustração, de carência, diante da impossibilidade ou incapacidade
de satisfazer necessidades naturais e atingir motivações.
40
Quando nos sentimos satisfeitos e motivados não sentimos
agressividade. Por isso, é importante focalizar que a nossa agressividade nos
relacionamentos humanos é uma reação aos nossos sentimentos interiores de
frustração, de carência e de insatisfação conosco, de não gostarmos de nós, e
acabamos descarregando nos outros.
Sentimentos que acabarão gerando assédio moral e ate mesmo invasão
de privacidade feita por alguns colegas de trabalho. Hoje as organizações
estão cheio de processos de colaboradores que não respeitam o próximo e
acabam se tornando problemas sérios dentro dos ambientes de trabalho.
3.1 – Assédio Moral
Um dos que mais causa conseqüências jurídicas nos ambientes de
trabalho chama-se Assédio Moral que caracteriza-se por ser uma conduta
abusiva, de natureza psicológica, que atenta contra a dignidade psíquica, de
forma repetitiva e prolongada, e que expõe o colega de trabalho a situações
humilhantes e constrangedoras, capazes de causar ofensa à personalidade, á
dignidade ou à integridade psíquica,e que tenha por efeito excluir a posição do
empregado no emprego ou deteriorar o ambiente de trabalho, durante a
jornada de trabalho e no exercício de suas funções.
“O Assédio moral é fenômeno destruidor do ambiente de
trabalho, não só diminuindo a produtividade como
favorecendo ao absenteísmo, devido aos desgastes
psicológicos que provoca” (HIRIGOYEN, 2000, p.18).
O assédio moral muitas vezes são cometidos por superiores
hierárquicos, de forma constante e repetitiva, com intuito de humilhar o
empregado, criando assim uma tensão psicológica que culmina num gradual
41
isolamento do trabalhador dos círculos da empresa e na redução da auto-
estima. Inclusive quadros depressivos tiveram origem no assédio moral.
Ter um relacionamento interpessoal bom entre equipe e seus lideres,
facilita o não aparecimento dessa causas jurídicas e assim evitando prejuízos
as organizações.
“O que se pretende com a agressão moral contra o
empregado, além do enquadramento, é “a eliminação da
sua autodeterminação no trabalho ou a degradação das
suas condições pessoais no trabalho”. (LUIS CLÁUDIO
GOMES, 2006,)
Uma equipe unida jamais terá um membro passando por vexames ou
humilhações vindas de seus líderes ou gerentes.
Por isso ter respeito entre os membros da equipe, ter cuidados com
apelidos pejorativos, alcunhas maliciosas, racismo, sexismo, homofobia,
xenofobia, ou seja, atitudes discriminatórias como estas, além de tornarem o
ambiente de trabalho horrível, destroem qualquer objetivo estratégico traçado
pela organização.
Vários países têm legislações severas em relação ao assédio moral. No
Brasil o código civil é bem severo com os empregadores fazendo-os pagarem
indenizações altíssimas às vítimas de assédio e dependendo da conseqüência
psicológica, a justiça manda o empregador custear despesas com médicos,
remédios, enfermeiros, psicólogos ou terapeutas, entre outras.
A obrigação de indenizar como conseqüência da prática de assédio
moral representa significativo avanço na sociedade, que caminha em direção à
igualdade de tratamento e ao respeito à dignidade da pessoa humana. Porém,
42
vale ressaltar que a área de Gestão de Pessoas precisa estar atenta e
preparada com psicólogos para amenizar a questão do assédio moral nas
organizações, a partir de diagnósticos e entendimento da situação, para que,
no futuro consigamos diminuir cada vez mais as causas levantadas.
3.2 – Invasão de Privacidade
Organizações de todo o mundo estão ficando preocupadas com o
aumento de uma mania, que está contaminando as equipes e seus membros
nos ambientes de trabalho, que é a tal invasão de privacidade, uma prática
nociva dentro das organizações, que causa enormes prejuízos aos
relacionamentos interpessoais das equipes.
Umas das formas mais comuns são os emails invadidos e sendo
expostos a todos como forma de piada, ou expondo a pessoa e sua vida
pessoal aos demais membros da equipe.
As organizações já estão bloqueando alguns e-mail´s sobre
determinados assuntos, justamente para impedir a má utilização do e-mail,
mas também proteger os colaboradores do restante dos outros colaboradores,
evitando assim, destruição prematura das equipes por causa da invasão de
privacidade. Logo criou-se na nossa legislação alguns leis.
"E-mail caracteriza-se como correspondência pessoal. O
fato de ter sido enviado por computador da empresa não
lhe retira essa qualidade. Mesmo que o objetivo da
empresa seja a fiscalização dos serviços, o poder diretivo
cede ao direito do obreiro à intimidade. Um único e-mail,
enviado para fins particulares, em horário de café, não
tipifica justa causa. Recurso provido.” (CF, art. 5°, inciso
VIII).
43
É necessário construirmos, como já foi mencionado, um Plano de Ética,
bem como um Plano de Convivência, a fim de aprimorarmos as relações
interpessoais sem ruídos e pré-conceitos. É importante deixarmos bem claro
quais são as possíveis punições para certas práticas
44
CAPÍTULO IV
COMPETÊNCIAS COMO MELHORIAS
Competência é um termo utilizado para qualificar a pessoa apta a
realizar, no presente, sua atividade com maestria, tendo, para tanto, suficiente
conhecimento, habilidades e atitudes. Esse conceito trata a competência como
um termo amplo, composto por aspectos intelectuais, emocionais e morais,
importante para o desempenho adequado das funções nas quais o profissional
é dito competente. Além disso, a definição deixa claro que não se pode atribuir
a um individuo o titulo de competente ou incompetente, já que esses são “
estados” e não situações imutáveis . E é justamente por isso, que todos os
profissionais, mesmo aqueles já reconhecidos como competentes, devem
buscar o aperfeiçoamento contínuo (FLEURY; FLEURY, 2001, 2002)
A definição anterior deixa claro as três dimensões da competência: o
“saber” (conhecimento), o “saber fazer” (habilidades) e o “saber ser “ (atitudes).
Dessa forma, ser competente passa a ser a conseqüência da utilização
adequada pelo profissional de seus atributos de competência, isto é, dos
conhecimentos, habilidades e atitudes que possui, e, que são compatíveis com
a função que ele desempenha.
As competências nas organizações tendem a ser caracterizados como a
contribuição das pessoas para a capacidade da organização de interagir com
seu ambiente, mantendo ou ampliando suas vantagens competitivas (HAMEL;
PRAHALAD, 1990). O uso do conceito de competência permitiu o surgimento
de uma gestão de pessoas mais alinhada com as expectativas e as
45
necessidades das organizações e dos indivíduos (DUTRA, 2004;FISCHER,
2002;ZARIFIAN,2001).
4.1 – Gestão de pessoas por competência.
A gestão de pessoas por competências (GPPC) é um modelo de gestão
que visa reconhecer, formar e ampliar conhecimentos, habilidades e atitudes,
de forma que agregam valor à organização e ao individuo (DUTRA, 2004).
Esse modelo é particularmente útil ás organizações para as quais o
aprimoramento, a inovação e a aprendizagem organizacional são
determinantes para a sua competitividade.
Um modelo de gestão de pessoas, segundo Fischer (2002) e Dutra
(2004), pode ser definido como a maneira pela qual uma empresa se estrutura
definindo princípios, estratégias, políticas e processos de gestão. Por meio
desses mecanismos, implementa diretrizes e orienta estilos de atuação dos
gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham.
Esse modelo deve se consolidar tendo como base uma perspectiva de
administração de carreiras. A carreira não deve ser entendida como um
caminho rígido, mas como uma seqüência de posições e de trabalhos
realizados pela pessoa, articulada de forma a conciliar o desenvolvimento
pessoal com o desenvolvimento organizacional. Os principais agentes do
sistema de administração de carreira são as próprias pessoas, que baseadas
em seu projeto profissional e no conhecimento das oportunidades oferecidas
pela empresa e pelo mercado de trabalho, gerenciam suas carreiras. À
empresa cabe estimular e apoiar as pessoas em seu crescimento profissional
(DUTRA, 2004;SILVA, 2003;ARTHUR,1996).
O desenvolvimento de um individuo dentro da organização pode ser
identificado pela sua capacidade de assumir e executar atribuições e
responsabilidades de maior complexidade, e como esta maior complexidade
46
tende a fazer com que o individuo agregue mais valor a organização, é preciso
estabelecer uma ligação direta entre o desenvolvimento e remuneração. Os
indivíduos mais competentes em geral são chamados a encarar novos
desafios e, na medida em que correspondem de maneira positiva, recebem
desafios ainda maiores. Os sistemas tradicionais ( estratégias de controle) não
conseguem dar respostas adequadas a tal situação, pois reconhecem os
indivíduos apenas pelo que fazem não pelo que entregam, e porque não
conseguem mensurar a ampliação do espaço ocupacional das pessoas
(ZARIFIAN, 2001).
Este tipo de gestão coloca a organização e pessoas, lado a lado,
propiciam um processo continuo de troca de competências. A empresa
transfere seu patrimônio para as pessoas, enriquecendo-as e preparando-as
para enfrentar novas situações profissionais e pessoais, dentro e fora da
organização. As pessoas por sua vez, ao desenvolver competência individual,
transferem para a organização seu aprendizado, dando-lhe condições para
enfrentar novos desafios (ARTHUR, 1996)
Integra ainda o modelo de gestão de uma organização, o estilo de
gestão dos gestores diretos das equipes de trabalho, ou seja, a maneira pela
qual o gestor atua ao estabelecer limites ou estimular determinados padrões
de comportamento. O desenho organizacional do trabalho dos profissionais
especializados e a forma pela qual eles prestam serviços a seus clientes
também são elementos constituintes do modelo (FISCHER, 2002).
4.2 – Competência interpessoal.
A competência interpessoal, ou seja, capacidade de interagir de forma
construtiva com as pessoas, tal como o auto-conhecimento, é um exercício
constante de expansão de auto-consciência e da consciência do outro.
47
“competência Interpessoal é a habilidade de lidar
eficazmente com relações interpessoais, de lidar com
outras pessoas de forma adequada às necessidades de
cada uma e as exigências de situação.{...} , competência
Interpessoal é portanto resultante de percepção acurada
realística das situações interpessoais e de habilidades
especificas comportamentais que conduzem a
conseqüências significativas nos relacionamentos
duradouros e autênticos, satisfatórios para as pessoas
envolvidas “. (MOSCOVI 1998,p.36-38)
Saber lidar com conflitos, gerir o relacionamento com seres que
pensam, agem e reagem diferentemente de nos. Estar inserido em grupos faz
parte da essência do ser humano. Todo individuo necessita de ter outro
semelhante como referencia sobre suas ações e reações na vida social.
Conseguir perceber esta necessidade e extrair dela o maior de todos os
tesouros, que é o conhecimento.
Os indivíduos começam a crescer mentalmente e socialmente quando
exercita a convivência e, principalmente as relações de convívios com vários
grupos de pessoas. Não existe aprendizado quando cada um só consegue
viver e trabalhar com pessoas semelhantes a si mesmo, seja por idéias,
posturas ou metodologias de trabalho. Ao contrário, pois é a diferença que nos
projeta e transforma diariamente. Por muitas vezes podemos ter o impulso de
desejar um mundo repleto de si mesmo, ou seja, todos com as características
da sua personalidade. Isso seria um verdadeiro caos, pois se isso fosse
possível , a todos iriam se retrair e viver rodeados de “ clones “ , ou seja,
viveríamos retraídos dentro de nós mesmos e pouco crescimento haveria no
mundo. Foram as pessoas tidas como mais “ diferentes” que realmente
fizeram a diferença no mundo e deixaram suas marcas para sempre.
Precisamos nos propor a desvendar os mistérios do outros, não sua vida, mas
48
sua essência, seus valores, seus motivos, através de uma visão totalmente
nova e analítica.
Nos tempos atuais ainda existem profissionais que se recusam a
trabalhar em grupo, ou melhor, até “ aparentemente” , por obrigação, fazem
parte de grupos de trabalho. Mas não exercem a plenitude da troca de tarefas,
do monitoramento destas tarefas, do desempenho do grupo. Elas insistem em
tentar apenas fazer “ o seu trabalho”. Elas não tomam o trabalho do outro
como seu também, e nem querem dividir o delas como os outros.
“Sentimentos positivos de simpatia e atração provocarão
aumento de interação e cooperação, repecurtindo
favoravelmente nas atividades e ensejando maior
produtividade. Por outro lado, sentimentos negativos de
antipatia e rejeição tenderão à diminuição das interações,
ao afastamento, à menor comunicação, repercutindo
desfavoravelmente nas atividades, com provável queda
de produtividade. Esse ciclo de atividades-interações-
sentimentos não se relaciona diretamente com a
competência de cada pessoa. Profissionais competentes
individualmente podem render muito abaixo de sua
capacidade por influência do grupo e da situação de
trabalho” (MOSCOVI,1998,p.34)
É preciso conscientizar-se que tanto o sucesso como o fracasso
dependem de todos para que aconteça. Não aponte alguém por algo que não
deu certo, ou até aponte, indicando a seta primeiramente para você mesmo e
refletindo sobre a ação do outro. Quem precisa de culpados na verdade está
esquivando-se de responsabilidade.
A reflexão sobre competência interpessoal retrata toda numa trajetória
de aprendizado sobre padrões de ética social, ética profissional, conduta
49
moral, profissionalismo, respeito profissional, etiqueta social e profissional,
conquistas, motivação, stresse, saúde no trabalho, condições de trabalho
dentre outros aspectos.
4.3 – Planejamento estratégico como plano de ação.
Uma grande organização que caminha em direção ao sucesso tem
como alicerce, um grande planejamento estratégico que caminha junto com
sua missão e visão proporcionando a todos seus colaboradores um bem estar
forte e duradouro.
“Ou você tem uma estratégia própria, ou então é parte da
estratégia de algum, sintetizada nesta frase a importância
de planejamento futuro da organização, seja qual for o
seu tamanho ou área de atuação.” (ALVIM
TOFLER,1985, p.31)
Dentro desse planejamento não pode faltar alguns processos que alem
de mexer com bem estar futuro da empresa, consolida questões como
relacionamento interpessoal um viés importante dentro da organização. Dentre
estes processos estão a gestão de pessoas que vem passando por uma
transformação intensa.
O grande desafio das empresas hoje é identificar e implantar técnicas
de gestão que podem garantir o sucesso no mercado competitivo que se
posicionam. Nesse contexto a organização precisa estar alinhada com
definições estratégicas claras, sustentadas por uma gestão com amplo
envolvimento e participação de seus colaboradores.
Toda organização que pretende ter de si mesma uma visão estratégica
precisa levar em conta um fluxo de conhecimentos que afeta o resultado com
um todo.
50
Planejar envolve coletar informações e diagnosticar a
situação; estabelecer objetivos e metas; formular política
e procedimentos para orientar as decisões; elaborar e
implantar planos, programas e projetos para alcançar as
metas e montar seus cronogramas para acompanhar a
execução. Manter o diagnóstico atualizado. (LACOMBE &
HEILBOM,2003.p.49)
Para implantar dentro da estratégia da organização ações que permitam
conhecer, potencializar, integrar e subsidiar a gestão dos talentos e das
competências individuais e institucionais em diferentes perfis de organização e
empresa, precisa-se consolidar como o ativo mais importante entre as
organizações modernas que são as competências pessoais e corporativas.
Um modelo adotado hoje em dia é o modelo de gestão de
competências, que visa alcançar os objetivos organizacionais por meio de
alinhamento entre a estratégia organizacional e as estratégias de gestão do
capital Humano.
Hoje em dia as grandes organizações precisam tornar seu planejamento
estratégico como uma ferramenta capaz de realizar e desenvolver todos os
planos de ação em prol da organização, não esquecendo jamais dos seus
colaboradores
4.4 – Feedback.
Outro processo importante que parece não ter muito importância dentro
das empresas são os Feedbacks, de uma maneira geral, sendo utilizado em
todas as hierarquias dentro da organização.
”A definição de elogio ou feedback positivo pode ser
entendida como aquele que identifica o comportamento
51
ou resultados desejados de seu pessoal ou aqueles que
ultrapassam as expectativas. O propósito do elogio é
incrementar os comportamentos desejados em seu
pessoal ou a performance dele. O impacto do elogio é
significativo, aumenta a confiança do colaborador, a
performance e a motivação”. (Hataway, 2006, p.25)
O feedback é uma informação especial que requer habilidades de
percepção e acuidade sensorial, confiança mútua, habilidade técnica aos
sentimentos dos outros. É uma informação que flui entre pessoas e que se
relaciona com suas interações no aqui e agora.
De uma maneira geral, para que o feedback seja útil, a pessoa que o
recebe deve entender a informação, ser capaz de aceita-la e de fazer algo com
a mesma.
O feedback efetivo é a informação que pode ser ouvida pelo receptor
sem que este se torne defensivo, não utiliza-se seus mecanismos de defesa.
Mantém a relação, aberta, saudável e intacta. Valida o processo para
interações futuras.
Os feedback são passados de varias maneiras, dizendo a pessoa que
fez certo, dê sugestões do que pode ser melhorado, finalize sempre fazendo
uma avaliação positiva, assinalando os acertos, dando sugestões criativas.
Faze colocações em termos de comportamento observável e especifico,
sempre incluindo exemplos de quais são as áreas de alto e baixo
desempenho, além dos comportamentos específicos e sensorialmente
observáveis que aparecem limitando ou contribuindo para a efetividade do
trabalho.
52
Evitar termos carregados e emocionais que gerem atitudes defensivas
por parte do ouvinte. Finalizando com reforço da auto-estima é recomendado,
pois uma apreciação geral positiva do que a pessoa fez, sempre faz o
relacionamento interpessoal entre todos do grupo ser positivo.
53
CAPÍTULO V
ESTUDO DE CASO
Aplicamos um questionário contendo 5 perguntas a 32 funcionários de
uma empresa, a qual denomina-se empresa X, e também a 5 supervisores da
mesma empresa, que foram abordados com apenas 1 questão. Não iremos
identificar a empresa e nem seus membros a pedido de todos.
Os funcionários atingiam uma faixa etária 18 a 25 anos, sendo a maioria
solteiros. Já os supervisores, da faixa etária de 25 a 50 anos.
5.1 – QUESTÕES DE PESQUISA AOS FUNCIONÁRIOS
Pergunta 1: A visão do relacionamento interpessoal na empresa X.
23 funcionários responderam que o relacionamento interpessoal na
empresa X é realmente um relacionamento de amizade, onde todos podem
contar com esse entrosamento, mesmo fora da empresa X e que é amizade de
verdade.
9 funcionários atentaram para a amizade passageira e declararam que o
relacionamento é difícil, pois nunca as pessoas possuem os mesmos
interesses e acreditam que nem sempre podem confiar uma nas outras.
Conclui-se que na experiência diária que temos da relação interpessoal,
os fatores que influenciam nossas percepções e nossos comportamentos são
54
tão numerosos e variados que não é fácil reduzir a um processo típico, todo
fenômeno de relação interpessoal, ou seja, é complicado analisar se alguém é
entrosado com você ou se apenas passam horas juntos, sem entrosamento.
A amizade acolhedora, comum em pensamentos e vontades, é realmente
uma virtude, é algo natural. Ela abre a porta para uma fuga do egoísmo e só
ocorre entre pessoas de bem e determinadas a satisfazerem seus mais íntimos
desejos. Seria uma forma de satisfazer muitas de nossas carências
emocionais. A amizade verdadeira não tem fim e quem tiver um amigo, cuide
muito bem, porque ele vale muito mais que um tesouro. A amizade sincera é
capaz de trazer a felicidade e despertar a alegria uns aos outros.
Pergunta 2: Relações de amor
28 dos entrevistados acreditam que os relacionamentos de amor na
empresa são coisas passageiras que pode acontecer com qualquer um, mas
que por via das dúvidas não preferem se arriscar, achando tudo ser muito
complicado.
4 dos entrevistados citam que já tiveram um relacionamento amoroso na
empresa X, sendo que para 2 deles, esse relacionamento está sendo
duradouro, e os demais preferem não se ater ao futuro do caso em questão.
Atentamos para o fato de que o amor, sendo um sentimento de
dedicação absoluta, amizade e carinho, deve ser vivido intensamente, sem
receios. Porém, o que se percebe atualmente é que os interesses próprios e as
emoções intensas, mas passageiras, têm sido valorizados em detrimento do
amor.
A maioria das pessoas se baseia apenas na aparência física quando
escolhe um parceiro, tornando cada vez mais distante a idéia de amor
55
verdadeiro defendida por Platão: o amor é o desejo do belo, do bem, da
sabedoria, da felicidade, do absoluto.
Pergunta 3: Relações funcionais
31 dos entrevistados atentam para o fato da funcionalidade na empresa
x, pois segundo eles os supervisores levam o relacionamento interpessoal
muito restrito e os funcionários não acham abertura para fazer desse
relacionamento, um relacionamento de amizade.
1 entrevistado concorda com os demais, porém não faz questão a
sugestão dos demais amigos.
Como visto no decorrer da revisão bibliográfica, uma relação funcional
impessoal, será obstáculo à atualização não por estar privada de elementos
pessoais, mas porque o individuo que a vive tem expectativas mais que
funcionais quando entra em relação com alguém. Assim também como o
fenômeno de despersonalização das relações interpessoais em meio urbano,
não pode ser condenado só pelo fato de privilegiar relações funcionais. Tudo
dependerá da possibilidade que cada individuo tem de estabelecer também
outras relações que não sejam apenas restritas ao trabalho, isso dependerá de
cada pessoa.
Pergunta 4: o perdão na empresa x
28 dos entrevistados atentam para o fato de que na empresa x existem
muitas divergências de opiniões que acabam por alterar os relacionamentos,
muitas vezes de forma drástica, e os mesmos não se restabelecem mais, pois
o perdão segundo eles não existe nessas instituições, os amigos se magoam
facilmente e levam tudo para o lado pessoal e a partir daí, nem se falam mais,
o que torna tudo muito mais complicado.
56
4 dos entrevistados não se importam com esse lado de perdão, pois
acreditam que o relacionamento é mesmo passageiro e não valorizam os
ocorridos.
Concluímos que refletir sobre a evolução do ser humano, em especial
neste século, é fazer uma retomada de vários elementos que se inter-
relacionam cada vez mais. Atentando-se a questão do perdão, deduzimos que
falta mais humanização nas relações, mais amor e mais confiança, toda vez
que se aproximar de um colega, seria bom transformá-lo em um amigo.
Pergunta 5: relacionamento supervisor – funcionário
29 dos entrevistados acreditam que o relacionamento supervisor e
funcionário não é amigável, e que tudo é muito e muitas vezes falta de
abertura para se chegar mais a pessoa do supervisor, o que segundo eles se
ocorresse à equipe de trabalho teria muito mais sucesso.
2 dos entrevistados têm um relacionamento de amizade com os
supervisores e não opinam.
O problema é que a grande maioria dos supervisores, ainda se encontra
fechada às mudanças ocorridas na sociedade e afirma de forma irredutível que
isso é utopia.
Diante do exposto, a eficácia de um supervisor consiste em: constituir a
sua própria equipe e escolher adequadamente as pessoas que irão trabalhar
com ele. Formar e manter uma equipe bem selecionada é um indicio da
eficácia da liderança; treinar e desenvolver continuamente as pessoas,
mantendo um elevado grau de habilidades e de conhecimento.
O supervisor consegue a plena capacitação pessoal de sua equipe
através das relações interpessoais e da transmissão de informações,
57
transferência de habilidades, mudança de atitudes e desenvolvimento de
conceitos e filosofias de trabalho. Uma equipe altamente preparada para
inovação e para os desafios de tarefas gradativamente mais complexas e
diferentes; analisar e planejar o trabalho de modo a assegurar um desenho de
tarefas altamente sintonizado com as capacidades individuais dos membros de
sua equipe e gerenciar as mudanças necessárias para manter constante essa
sintonia entre o desenvolvimento individual e grupal e a conseqüente
modernização das atividades e serviços. O líder ajuda os subordinados a,
continuamente, reformatarem e redesenharem as suas tarefas e cargos para o
alcance e manutenção de elevados graus de satisfação profissional; liderar
pessoas e grupos de trabalho, traçando e revendo constantemente os
objetivos a serem alcançados e conduzindo os esforços de modo a obter
ações eficientes e altamente produtivas. O líder consegue o comprometimento
sincero das pessoas com relação a objetivos e metas individuais, grupais e
organizacionais.
Assim, considera-se que o supervisor deve saber antes de tudo que
amizade e entrosamento, é como o que há de mais necessário para se viver.
Mas será que é possível ficar longe fisicamente de um amigo. Sinceramente,
acredito que não, porque os amigos distantes sentem se você não esta bem,
sabem o que acontece contigo, mas estão longe demais para nos abraçar e
dar o ombro para desabafar, atos importantes e indispensáveis numa relação
entre amigos. Ter um amigo é mais do que simplesmente tê-lo, é compartilhar
todos os momentos de sua vida.
5.2 – QUESTÕES DE PESQUISA AOS SUPERVISORES
4 dos supervisores entrevistados acreditam que a relação interpessoal é
à base de tudo e que com carinho e amizade se vence qualquer desafio, e
se tem muito sucesso em qualquer organização.
58
1 supervisor x analisa a relação interpessoal como oportunidade de se
dar, é um ato de dar e receber e que é complicado se você não sente que
existe abertura para tal relacionamento.
A comunicação é mais básica e vital de todas as necessidades do
homem que, necessita se fazer entender e cooperar uns com os outros. O
que o homem pensa, é importante, mas não o suficiente para uma boa
comunicação, é preciso ser transmitido através dos desejos e anseios, por
meio de comunicação. Ela se realiza não só por palavras, mas por
pequenos gestos associados às palavras, e só então a comunicação se
estabelece; se não soubermos expressar, mas tem que ser conciliada, tom
de voz, fisiologia e postura corporal.
São impressionantes a energia e o tempo que se perde com os erros de
comunicação, ou seja, recados mal escritos, mas expressados, tudo isto
provoca, prejuízos e conflitos. Temos que ousar e sair da zona de conforto,
deixarmos de fazer somente as coisas que estamos acostumados. O
verdadeiro aprendizado sempre ocorre fora da rotina, temos dificuldades
com o novo, até que o aprendemos e o enfrentamos. A linguagem que gera
ação é quando as pessoas criam novas realidades, buscam a qualidade
total no que fazem. A inteligência é capaz de fazer distinções. Portanto,
quanto mais você for capaz de distinguir aspectos concretos ou abstratos e
aplicá-los em sua vida diária, mais inteligente você será considerado.
A linguagem cria realidade. Há cinco atos básicos de linguagem que
devem ser priorizados. Solicitação, oferta, promessa, declaração e
ascensão. Para que dê bons resultados, é preciso aprender a criar contexto
favorável e reciprocidade.
Se você domina certos assuntos, você consegue criar uma aura de
autoridade que lhe dará poder em qualquer solicitação que fizer, sem
confundir autoridade com prepotência, admitir um erro é muito proveitoso
59
em qualquer relação, pois você estará abrindo o território da confiança, sua
fala têm que estar sintonizada com o que você prega ou diz com o que
pensa e pratica.
Quando você faz o que gosta, faz com competência, a maneira como
vem atuando na vida, ajudará a moldar a confiança que as pessoas vão
depositar em você, confiança deve ser recíproca em qualquer relação. Para
exprimir a confiança que você tem para com o outro não seja
demasiadamente rígido; todos merecem uma oportunidade, e errar faz
parte do aprendizado, procure fazer com que os pontos positivos superem
os negativos, sem ser ingênuo, e quando a confiança não puder retornar,
exerça a prudência na forma de agir. Se você for um bom comunicador
procure observar antes de falar, quanto mais a sua linguagem estiver
sintonizada mais bem recebida será.
Uma oferta uma vez aceita por outra pessoa, passa a ser uma
promessa, e você fica comprometido em fazer algo por alguém, a forma
correta é dar o primeiro passo e receber depois, em dobro ou muito mais,
se fizer promessa e não cumprir acaba decepcionando as pessoas e a si
próprio, alem do mais acaba perdendo a credibilidade junto ao seu grupo
social, e quando exerce a posição de líder acaba perdendo o respeito
individual dos membros do grupo e até do próprio grupo.
Em nossa comunicação com o universo; nosso estado mental é decisivo
para que possamos comandá-lo de acordo com o que acreditamos. Se
estamos convictos que isto ou aquilo é bom, com certeza será bom, mas
devemos tomar todo cuidado com a forma de enxergar e interpretar, para
não criar realidades negativas. A afirmação sobre determinado fato que
pode ser verdadeiro ou falso, isto vai depender das evidencias a serem
aceitas ou não. A avaliação, porém, está fora da acessão do verdadeiro ou
falso, mesmo não sendo real, basta ser aceito. Quando acontece um fato e
o explicamos, a explicação substitui o fato, porque a explicação é
60
linguagem do fato; uma avaliação que fazemos do fato passa a ser
verdadeira mesmo não sendo, pois a linguagem é soberana diante dos
acontecimentos.
Quando você se comunica com alguém todo o seu corpo fala. Observe
a si e as outras pessoas, percebendo nelas mais do que palavras; olhe nos
olhos enquanto conversa, como dizem os olhos são janelas da alma e não
conseguem omitir a verdade real.
Ao olharmos duas pessoas conversando, mesmo sem ouvir o que elas
falam, podemos perceber como está a comunicação entre elas. Mesmo à
distância percebemos o clima favorável, uma simetria corporal, a
comunicação deve estar em sintonia. Assumir a posição do outro para que
possamos pensar igual, assim assumiremos a direção da comunicação e
conduziremos o destino das influências como desejarmos, pois com
sensibilidade podemos absorver os momentos das pessoas.
Há dois tipos de poder, o poder posicional e o pessoal, poder posicional
é determinado pela sociedade ou por um superior hierárquico de uma
determinada organização; o poder pessoal é o poder da comunicação, a
eficiência com que se comunica para conseguir alcançar seus objetivos. Ao
abordar uma pessoa, o bom comunicador também será considerado um
líder, pois a liderança se conquista com este dom do relacionamento. O
líder sabe estimular seu grupo, e como formador de opinião consegue fazer
com que os membros do seu grupo mostrem o melhor de cada pessoa; o
ouvir na maioria das vezes acaba sendo mais importante do que falar,
sendo um bom ouvinte, você acaba colhendo informações preciosas.
Comunicar-se com eficácia e fazer com que outro acredite em você, e
para que isto aconteça é preciso acreditar no que você esta vendendo,
desde um produto até a sua imagem como pessoa pública.
61
Podemos até vender ou fazer propaganda de um que produto que você
não tem a sua confiança e eficácia, podemos atingir a expectativa do
cliente, mas não nos sentiríamos realizados profissionalmente, pois
confiança é fundamental.
A confiança é intuitiva, e nos valemos dela para transmitir no contato
pessoal da apresentação de um produto, e quando esta credibilidade é
quebrada dificilmente haverá uma segunda chance; os clientes de hoje nos
não dão oportunidade para acertar de novo, errou hoje perdeu o amanhã.
Uma trajetória de sucesso, tradição e confiança, com certeza gerará um
futuro promissor. Goste do que faz, é preciso valorizar o que faz, é
necessário que faça o melhor para ter retorno não só do lucro deste
produto, mas para angariar novos clientes fiéis.
Não é impossível ao ser humano saber tudo, mas descobrir e
reconhecer que não sabe e já é saber, pois estará abrindo a porta para o
aprendizado. Um bom comunicador é na prática um professor, pois não é
somente na escola que aprendemos e ensinamos. A vida em sua
praticidade também transmite conhecimento principalmente do trato com as
pessoas, isto acontece em todos os ambientes ao tentarmos convencer
alguém de alguma coisa, estamos de uma forma ou de outra ensinando
com exemplos vivenciais. Criar um pacto é uma das formas de chamar
atenção dos ouvintes, mas você precisa acima de tudo, ser você mesmo,
porque quanto mais espontâneo você for, melhor transmitirá o que deseja
enfatizar e repetir os pontos mais importantes é fundamental. Às vezes nos
enchemos de informações, e no momento subseqüente esquecemos tudo,
precisamos aprender a ouvir e levar os conhecimentos adquiridos para o
patamar das informações mais importantes, ou seja, tudo que ouvimos,
mesmo que repetitivos, tem algo a ser reaprendido e aproveitado.
62
5.3 – CONCLUSÃO DA PESQUISA
Conclui-se com o presente estudo que quanto mais você observa o
comportamento dos outros, agindo operacionalmente ou emocionalmente,
mais vai ampliando seu potencial de sensitividade e o elenco de
comportamento analisado. Assim, você terá mais condições de interpretar os
outros pelo que eles são e não pelo que você gostaria que eles fossem,
através de suas expectativas.
No estudo de caso, analisou-se que a compreensão dos outros é a
aptidão para sentir o que os outros pensam e sentem, a isso chamamos de
sensibilidade social ou empatia, que significa compreender como uma pessoa
se sente em função de um sentimento, mas não se envolver neles,
compreende também flexibilidade de comportamento, ou seja, a maneira como
devo me conduzir aproximadamente em uma dada situação.
Nas relações que o homem estabelece com as pessoas, devem ser
considerados os seguintes aspectos: relação individuo-individuo, individuo-
grupo, individuo-organização. Em todas as relações analisadas, são
considerados os processos subjacentes aos comportamentos e influências dos
indivíduos e grupos, com a finalidade de se entender de forma especifica o
comportamento como determinado por múltiplos fatores, entre eles os sócio-
econômico-culturais.
O processo de socialização tende a direcionar a vontade e os valores
intrínsecos do individuo, que desde sua infância incorpora normas e valores
vigentes na família, em seus pares, na sociedade, enfim, estabelecendo
funções instrumentais, consumatórias, ajustadoras ou utilitárias, ego-defensiva,
expressão de valores, de controle e apropriando-se dos fatores condicionantes
de uma sociedade.
63
As relações interpessoais são caminhos para conduzir homens e
instituições, as relações interpessoais ocorrem em qualquer área das ciências
conhecidas pelo homem, as relações são necessariamente necessárias para
existir uma sociedade, um tanto redundante, mas a premissa para o bom
relacionamento se institui a partir deste modelo, com aquisição de competência
nestas relações.
Para que ocorra esta relação, a amizade é carro chefe, pois se move
pessoas não só para ideais, mas também para sentir necessidades de querer.
Aí inicia-se o surgimento nos cuidados das relações interpessoais, é o
reconhecimento dos cuidados que se deve ter para com outro, é muito
importante, como foram mostradas anteriormente, as preocupações com o ser
humano, suas reações quando em situações da relação humana.
As relações interpessoais são complexas, pois não se pode dizer o que
o homem deve ou não fazer, pois como mencionamos anteriormente, ter boa
vontade e mais do que nunca respeito para quem você irá iniciar o dialogo.
64
CONCLUSÃO
Esta monografia pôde constatar que quanto mais você observa o
comportamento dos outros, agindo operacionalmente ou emocionalmente,
mais vai ampliando seu potencial de sensitividade e o elenco de
comportamento analisado.
Assim, dentro das organizações você terá mais condições de interpretar
os membros da equipe pelo que eles são e não pelo que você gostaria que
eles fossem.
A compreensão é a aptidão que uma organização dever ter para avaliar
melhor seus colaboradores, ter uma sensibilidade social ou empatia , é
compreender como uma pessoa se sente em função de um sentimento, mas
não se envolver neles, compreende também flexibilidade de comportamento,
ou seja, a maneira de como devo me conduzir apropriadamente numa situação
dada.
As grandes organizações e seus líderes têm algumas ferramentas que
servem para conduzir as relações interpessoais, pois, a partir da estratégia
estabelecida pela a organização, a relação interpessoal pode ser colocada
numa gestão de pessoas eficiente e comprometida com o ser humano e seus
sentimentos.
Uma equipe que tenha bom relacionamento interpessoal significa que a
organização tem uma proposta clara objetivando com a sua estratégia
principal, chegando assim ao patamar de poder ter de seus colaboradores
toda motivação necessária para a amplitude e sucesso da empresa.
65
A relação interpessoal começa desde do dia que nascemos, depois
crescemos e aprimoramos, quando começamos a trabalhar passamos a dividir
e compartilhar responsabilidades e objetivos entre pessoas que nem
conhecemos, que precisam estar sintonizados conosco num único objetivo,
sempre respeitando as diferenças e desigualdades, tendo ética sabendo ser
social e concorrente ao mesmo tempo.
Ter a vontade de todo dia ver seu grupo de trabalho significa ter uma
motivação a mais, significa contar com esse grupo em todos os sentidos, é
saber que os líderes sabem tratar a relação interpessoal visando a melhoria
para todos , não perdendo o foco do negócio.
Proteger subordinados contra todos e contra tudo, é uma das
obrigações morais da organização, pois assim, tem o respeito de seus
subordinados sem perder a motivação. Por isso, uso de ferramentas de gestão
de pessoas,e com um planejamento estratégico humano, torna fácil usar
vários planos de ação dentro dos relacionamentos interpessoal para um
melhor aproveitamento da equipe.
As relações interpessoais são complexas, mas quando a organização
tem sua missão, visão e ética voltada para seus membros tratando-os como
seres humanos, esta mesma organização só tende a ter sucesso e alcançar
seus objetivos, pois ela sabe que seu maior negócio são pessoas que
compõem sua empresa. Saber respeitar e valorizar o ser humano é maior meta
de uma grande organização, não há relacionamento interpessoal que interfira
no sucesso por ela alcançado.
66
ANEXOS
QUESTIONÁRIO RELAÇÕES INTERPESSOAIS-FUNCIONÁRIOS NOME COMPLETO:....................................................IDADE:............. 1.Como você caracteriza o relacionamento interpessoal no contexto da empresa X? ( ) Bom ( ) Médio ( ) Ruim JUSTIFICATIVA _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ 2.Você acredita em relações de amor no âmbito da empresa X? ( ) Sim ( ) Não JUSTIFICATIVA _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ 3.Como são as relações funcionais na empresa X? ( ) Boa ( ) Média ( ) Ruim JUSTIFICATIVA _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________
67
QUESTIONÁRIO RELAÇÕES INTERPESSOAIS-SUPERVISOR NOME COMPLETO:....................................................IDADE:............. 1.Caracterize as relações interpessoais na empresa X ( ) Boa ( ) Média ( ) Ruim JUSTIFICATIVA _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________
68
BIBLIOGRAFIA
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trabalho/21079 > Acessado em 01/02/2011
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Entendendo a Relação Interpessoal 11
1.1 – Percepção e Comunicação 12
1.2 – Sociabilidade e Socialidade 16
1.3 – Tipologia das Relações Interpessoais 21
CAPÍTULO II
Comportamento Humano 28
2.1 – Personalidade e Ética 30
2.2 – Antipatia e Empatia 35
CAPÍTULO III
Práticas Nocivas 39
3.1 – Assédio Moral 40
3.2 – Invasão de Privacidade 42
CAPÍTULO IV
Competências como melhorias 44
4.1 – Gestão de Pessoas por competência 45
4.2 – Competência Interpessoal 46
4.3 – Planejamento Estratégico como Plano de Ação 48
4.4 – Feedback 50
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CAPÍTULO V
Estudo de Caso
5.1– Questões aos colaboradores 53
5.2 – Questões aos Supervisores 56
5.3 – Resumo da Pesquisa 61
PESQUISA DE CAMPO 63
CONCLUSÃO 65
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 67
ÍNDICE 70
FOLHA DE AVALIAÇÃO 72
73
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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