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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NA PRÁTICA PSICOMOTORA
Por: Luiz Carlos Guimarães da Silva Júnior.
Orientador
Prof.ª Ms. Fátima Alves
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NA PRÁTICA PSICOMOTORA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Psicomotricidade.
Por: Luiz Carlos Guimarães da Silva Júnior.
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus por estar
sempre comigo, me guiando pelos
melhores caminhos, cuidando de minha
saúde.
À meus pais, Luiz e Elizabeth, e irmãs,
Fabrízia e Flaviane, por me darem todo
o apoio e condições para eu melhorar
como pessoa, nos meus estudos e
minha carreira profissional.
À minha namorada Amanda, por tudo
que ela representa, por todo incentivo,
paciência e carinho que tem comigo.
E aos amigos e professores de pós-
graduação, os quais me fizeram
aprender muito e enriqueceram meu
conhecimento.
4
DEDICATÓRIA
Esse trabalho é dedicado primeiramente e
sempre à Deus, para a minha família e
namorada, amigos e professores da pós-
graduação e todos os profissionais que
tenham interesse e preocupação com a
educação infantil.
5
RESUMO
O foco principal do presente estudo é o de identificar os benefícios da
utilização dos jogos nas escolas para o desenvolvimento infantil. Os jogos são
com certeza, recursos riquíssimos para desenvolver o conhecimento e
habilidades se forem bem elaborados e explorados. Levando-se em
consideração a preocupação crescente em ensinar os conteúdos da forma
mais adequada possível, buscando uma formação qualitativa aos alunos, este
trabalho pode ser um grande aliado aos profissionais da educação, pois tratará
de temas como a psicomotricidade e suas áreas de atuação, desvendará
questões relativas aos jogos, sobretudo os cooperativos e competitivos e fará
uma relação direta entre os jogos e seus benefícios na psicomotricidade
funcional e relacional.
6
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa teórica com base em uma revisão
bibliográfica. Houve uma grande utilização de livros sobre o assunto, artigos,
revistas e pesquisas na internet.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8
CAPÍTULO I - Psicomotricidade....................................................................... 10
CAPÍTULO II - Jogos........................................................................................ 18
CAPÍTULO III - Benefícios dos jogos com a psicomotricidade funcional e
relacional........................................................................................................... 25
CONCLUSÃO................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 34
ÍNDICE.............................................................................................................. 38
8
INTRODUÇÃO
O tema do presente estudo se justifica em razão da possibilidade de
fornecer subsídios aos profissionais de educação física e professores de outras
áreas educacionais que trabalham diretamente com jogos para as crianças.
É válido ressaltar que o propósito principal do presente estudo é o
de identificar os benefícios proporcionados pelos jogos para o desenvolvimento
psicomotor na infância e assim, contribuir para definir princípios norteadores
que possibilitem a correta utilização de diferentes tipos de jogos.
É importante citar que a aprendizagem da criança está diretamente
ligada ao desenvolvimento psicomotor, sendo de suma importância integrar a
psicomotricidade com a educação física.
Segundo Barreto (2000), o desenvolvimento psicomotor é importante
na prevenção de problemas de aprendizagem.
Então, faz-se necessário obter um conhecimento sobre a
psicomotricidade e seus objetivos, suas áreas de atuação e principalmente
seus elementos psicomotores, que serão tratados no primeiro capítulo.
Nos últimos anos, nota-se uma tendência cada vez maior à adesão
dos jogos nas escolas, não só na educação física, como também em outras
disciplinas curriculares, dada a crescente relevância que está sendo criada à
cerca dos benefícios da prática dos jogos.
Lara (2004) afirma que os jogos bem elaborados e explorados
podem ser vistos como uma estratégia de ensino, podendo atingir diferentes
9
objetivos que variam desde o simples treinamento, até a construção de um
determinado conhecimento.
Sendo assim, no segundo capítulo serão abordados os jogos, sua
definição, tipos de jogos, como os jogos cooperativos e os jogos competitivos e
quais são seus objetivos.
Nesse contexto, é sabido que os jogos estão sendo grandes aliados
no processo de ensino-aprendizagem, principalmente porque facilitam a
multidisciplinaridade, podendo-se introduzir elementos da geografia,
matemática, português e todas as outras disciplinas.
As contribuições da prática tanto dos jogos cooperativos quanto dos
jogos competitivos e sua relação com a psicomotricidade funcional e relacional
da criança, ou seja, os benefícios proporcionados pelos jogos em relação aos
aspectos motores e emocionais, sobretudo na faixa etária de 3 a 6 anos, será
analisada no terceiro capítulo.
Diversos estudos demonstram que, por meio dos jogos, a criança vê
e constrói o mundo. Em função disso, cabe ao professor saber a importância
dos jogos no desenvolvimento infantil e utilizá-los de forma significativa.
10
CAPÍTULO I
PSICOMOTRICIDADE
Nesse capítulo serão apresentados conceitos e objetivos da
psicomotricidade e seus elementos psicomotores.
1.1 - Conceitos e objetivos da psicomotricidade
“A psicomotricidade é uma ciência que tem por objetivo o estudo do
homem, através do seu corpo em movimento, nas relações com seu mundo
interno e externo.” (1°Congresso Brasileiro de Terapia Psicomotora 1982, apud
Mello 2002).
E para Bueno, J. (1998):
“É uma ciência relativamente nova que, por ter o homem como objeto
de estudo, engloba várias outras áreas: educacionais, pedagógicas e de
saúde. Envolve-se com o desenvolvimento global e harmônico do indivíduo
desde o nascimento. Portanto, é a ligação entre o psiquismo e a
motricidade”.
De acordo com Rocha (2007), a psicomotricidade é a relação entre
o pensamento e a ação, envolvendo a emoção.
Assim, procura educar o movimento ao mesmo tempo em que
envolve as funções da inteligência.
11
Sendo assim, estimular o desenvolvimento psicomotor é de
fundamental importância para desenvolver não só o corpo, mas também a
mente e a afetividade, proporcionando ao ser uma consciência de indivíduo
integral.
Conforme Darido (2003), o autor que mais influenciou o pensamento
psicomotricista no Brasil foi o francês Jean Le Bouch, através da publicação de
seus livros, da sua presença no Brasil e de seus seguidores, presentes em
várias partes do mundo.
Segundo Alves (2006):
O objetivo da psicomotricidade é o desenvolvimento das possibilidades
motoras e criativas do ser humano em sua globalidade, partindo do seu
corpo, levando a centralizar sua atividade e a procura do movimento e do
ato, incluindo tudo o que deriva dela própria: disfunções, patologias,
educação, aprendizagem e outros.
Muitos autores citam que as áreas de atuação da psicomotricidade
são: a estimulação psicomotora, a educação psicomotora, reeducação
psicomotora e terapia psicomotora. Neste trabalho o enfoque principal será
dado na área da educação psicomotora.
Lapierre (2002) cita a relevância da educação psicomotora dizendo
que esta deve ser a base de toda educação pré-escolar.
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação
de base na escola primária. Ela condiciona todos os aprendizados pré-
escolares; leva a criança a tomar consciência do seu corpo, da lateralidade, a
12
situar-se no espaço, a dominar o tempo, a adquirir habilmente a coordenação
de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser praticada
desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança, permite prevenir
inadaptações, difíceis de corrigir quando já estruturadas. (LE BOULCH, 1984,
p.235)
É uma atividade preventiva que através da prática psicomotora
propicia o desenvolvimento das capacidades básicas, sensoriais, perceptivas e
motoras, favorecendo a uma organização mais adequada ao desenvolvimento
da aprendizagem.
Por fim, Vayer (1984) cita que se trata de uma educação global que,
associando os potenciais intelectuais, afetivos, sociais, motores e psicomotores
da criança, lhe dá segurança, equilíbrio e permite o seu desenvolvimento,
organizando corretamente as suas relações com os diferentes meios nos quais
tem de evoluir.
A psicomotricidade apresenta o aspecto comunicativo do indivíduo e
pode-se dividi-la em funcional e relacional.
1.2 - Parte Funcional
A parte funcional representa os elementos psicomotores como
equilíbrio, tônus, coordenação motora global e fina, estruturação corporal,
lateralidade e estrutura espacial, temporal e ritmo, relaxamento e capacidades
perceptivas.
13
1.2.1 - Equilíbrio
É o peso corporal e a ação da gravidade exercida na criança que a
leva ao amadurecimento da equilibração.
O equilíbrio pode ser estático ou dinâmico. O equilíbrio estático
requer que a criança mantenha uma postura fixa, como equilibrar-se em uma
bicicleta parada. É necessário ter calma, uma respiração tranqüila e fixar um
ponto. Já o equilíbrio dinâmico deve ser observado em locomoção, como
andar, correr, saltar, diminuir a base, mudar de posição, este exige uma
reorganização muscular quase constante.
1.2.2 - Tônus
O tônus é uma tensão muscular existente tanto em repouso quanto
em movimento e é essencial para a pessoa adquirir movimentos manuais
coordenados.
Segundo Le Boulch (1984), é uma atividade primitiva e permanente
do músculo.
Pode ser muscular, quando executa o movimento; afetivo, quando
se refere ao estado de espírito apresentado; e mental que é a capacidade de
atenção no momento da ação.
1.2.3 - Coordenação Motora (Praxia) Global e Fina
A coordenação motora global ou praxia global é a possibilidade do
controle e da organização da musculatura ampla para a realização de
movimentos complexos como andar, correr, saltar, rastejar, entre outros.
14
Conforme Filho (2001), é vislumbrada nos grandes movimentos com
todo o corpo, envolvendo as grandes massas musculares.
Já a coordenação motora fina, de acordo com Mello (2002), é o
trabalho de forma ordenada dos pequenos músculos. Englobam principalmente
a atividade manual e digital, ocular, labial e lingual.
1.2.4 - Estruturação Corporal
É a tomada de consciência total do corpo; em conseqüência, a
criança passa a indicar e nomear as partes dele.
Frosting (1982) indica-nos que o correto conhecimento do corpo é
composto por três elementos: imagem corporal, conceito de corpo e esquema
corporal.
A imagem corporal, que é a experiência do individuo em relação ao
próprio corpo sujeito, impressão subjetiva.
O conhecimento corporal que é o conhecimento intelectual que se
tem do próprio corpo.
E esquema corporal que é a tomada de consciência de cada
segmento do corpo (interna e externa), o desenvolvimento do esquema
corporal dá-se a partir da experiência vivida pelo individuo com base na
disponibilidade do conhecimento que tem sobre o próprio corpo e de sua
relação com o mundo que o cerca.
15
1.2.5 - Lateralidade
É a conscientização integrada e simbólica interiorizada dos dois
lados do corpo, lado esquerdo e lado direito. Para a lateralidade é de suma
importância a noção de linha média do corpo. Essa noção depende da
integração bilateral, é uma aquisição básica para a orientação no espaço.
Essa conscientização do corpo pressupõe a noção de direita e
esquerda e, sendo que a lateralidade com mais força, precisão, preferência,
velocidade e coordenação, melhor será a capacidade e a dominância cerebral.
Conforme Ferreira (1992), todas as funções corporais são
determinadas pelo lado esquerdo ou pelo direito, não se trata se a pessoa será
destra ou canhota, mas sim dos hemisférios do cérebro.
1.2.6 - Organização espacial, temporal e ritmo
Organização espacial é a capacidade de orientar-se diante de um
espaço físico e de perceber a relação de proximidade de coisas entre si.
Refere-se às relações de perto, longe, em cima, embaixo, dentro, fora, entre
outros.
Organização temporal é a capacidade de avaliar tempo dentro da
ação, organizar-se a partir do próprio ritmo, situar o presente em relação a um
antes e a um depois; é avaliar o movimento no tempo, distinguir o rápido do
lento sabendo situar o momento do tempo em relação aos outros.
Fonseca (1992) reforça que a estruturação temporal implica
simultaneidade, sequencialização e sincronização, sendo a sua unidade de
extensão o ritmo. Este envolve a conscientização da igualdade dos intervalos
16
de tempo, bem como a recepção, memorização e reprodução motora de ritmos,
estando presente em várias áreas do comportamento, como na motricidade, na
audição, na visão e nas aprendizagens escolares da leitura, escrita e cálculo.
Há uma estreita ligação entre ritmo, organização espacial e
temporal.
Com isso, com base nas estruturas rítmicas, pode-se compreender
a noção da estruturação dos dados espaciais e temporais, de um ponto de
vista gnósico (reconhecimento) e práxico (realização) (Fonseca, 1976).
1.2.7 - Relaxamento
O relaxamento tem como objetivo reduzir as tensões psíquicas para
chegar a uma descontração muscular proporcionando um conhecimento
corporal mais eficaz.
Também procura regularizar os ritmos orgânicos como a circulação
e a respiração.
1.2.8 - Capacidades perceptivas
O grande objetivo das percepções é a capacidade de reconhecer e
compreender estímulos proporcionando a aprendizagem.
Filho (2001) descreve como a aquisição de conhecimentos por
meio de impressões sensoriais do mundo exterior e do próprio corpo. É o
fenômeno de captar, distinguir, associar e interpretar as sensações.
Ainda segundo o autor, essas sensações podem ser percebidas da
forma visual, auditiva, gustativa, olfativa e termo tátil.
17
1.3 - Parte Relacional
Já a parte relacional engloba conceitos como a comunicação, a
expressão, agressividade, afetividade, limite e corporeidade.
A psicomotricidade relacional propõe operar em aspectos psico-
afetivos que geram atitudes relacionais, oferecendo um espaço de jogo
espontâneo com o seu grupo, para que possa manifestar suas necessidades e
desejos, buscando potencializar e, muitas vezes resgatar o prazer corporal,
através do movimento, reconhecendo uma unidade corporal.
Ela nos dá a possibilidade de entender, de forma lúdica, as reais
necessidades afetivas e relacionais das crianças, oportunizando espaços para
que elas sejam trabalhadas e melhor desenvolvidas, tanto individual quanto
socialmente.
Henri Wallon (1971) diz que o movimento humano surge das
emoções, que a criança é pura emoção durante uma longa fase de sua vida.
E ainda segundo este mesmo autor, é a afetividade quem determina
a atitude geral da pessoa diante de qualquer experiência vivencial, percebe os
fatos de maneira agradável ou sofrível, confere uma disposição indiferente ou
entusiasmada e determina sentimentos que oscilam entre dois pólos, a
depressão e a euforia.
18
CAPÍTULO II
JOGOS
Em diversas práticas pedagógicas observa-se que o uso dos jogos é
cada vez mais constante e quase sempre se fundamenta nos estudos sobre
seu papel no desenvolvimento infantil. Isso já é suficiente para justificar a
importância da atividade lúdica como recurso pedagógico.
Assim sendo, faz-se necessário conceituar os jogos e diferenciar
dois tipos de jogos; os competitivos e os cooperativos.
2.1 - Conceituando o jogo
Segundo Huizinga (2001), o jogo foi uma das ocorrências mais
antigas dentro das culturas na história da humanidade. E ele salienta ainda,
que entre os animais as brincadeiras também existem tal como existem entre
os homens.
No século XVIII, estudiosos como Pestalozzi e Rousseau
começaram a introduzir os jogos na educação ao afirmar sobre a importância
destes como instrumento formativo.
Entre as várias funções, os jogos sempre foram instrumentos de
ensino e aprendizado e, também uma forma de linguagem usada para a
transmissão das conquistas da sociedade em vários campos do conhecimento.
Ao ensinarem um jogo, os membros mais velhos de um grupo transmitiam, e
19
ainda transmitem aos jovens e às crianças uma série de conhecimentos que
fazem parte do patrimônio cultural do grupo. Ou seja, ao ensinarem um jogo,
estão ensinando a própria vida (CIVITA, 1978).
De acordo com Oliveira (2002), o jogo humano requer a capacidade
de se relacionar com diferentes parceiros e com ele comunicar-se por meio de
diferentes linguagens, para criar o novo e tomar decisões.
De fato, por meio dos jogos uma criança pode aprender os valores,
costumes e crenças da cultura da sociedade na qual ela está inserida fazendo
com que ela se torne um adulto preparado para encarar as dificuldades da
vida.
Conforme Huizinga (2001), o jogo para a criança, não é equivalente
ao jogo para o adulto, pois não é uma simples recreação. O adulto que joga
afasta-se da realidade, enquanto a criança ao brincar/jogar avança para novas
etapas de domínio do mundo que a cerca.
Assim, entende-se que o jogo é uma forma recreativa, mas
plenamente objetiva, de ensinar a melhor maneira de a criança se adaptar, ou
buscar, ou ainda criar possibilidades para superar as dificuldades trazidas pelo
jogo, e com isso ampliar o seu conhecimento, suas habilidades físicas e
principalmente a sua autoconfiança.
Conforme Tremea (2000), as principais características que
distinguem os vários tipos de jogos demonstram a importância no
desenvolvimento da criança. A maneira como se realiza o jogo, envolve várias
ações que geram múltiplos sentimentos, como exaltação, tensão, alegria,
20
frustração... Também através do jogo, a criança manifesta sua criatividade,
espontaneidade, iniciativa e imaginação.
Faz-se necessário ressaltar que, de acordo com Valentim (2005),
alguns educadores resistem em adotar os jogos em seus planejamentos de
aula, utilizando-os apenas como recreação informal. Isto porque estes jogos
precisam ser planejados e executados cuidadosamente, para que se obtenha
um trabalho eficaz com objetivos educacionais.
Cabe ao professor propiciar novas oportunidades e materiais que
enriqueçam os jogos, respeitando os interesses e necessidades da criança;
valorizar as preferências de cada criança e oferecer situações desafiadoras
que motivem diferentes respostas, estimulando a criatividade e a redescoberta.
2.2 - Jogos Competitivos
A palavra competição é carregada de conotações negativas porque
para muitos professores, ela causa rivalidades e sentimentos de fracasso e
rejeição.
Só que em grande parte dos jogos a competição é inevitável e o que
pode e deve ser feito é tratá-la de uma maneira positiva e não evitá-la.
Para Kamii (1991) o dever do professor não é evitar jogos
competitivos, mas guiar as crianças quanto a esse desenvolvimento, para que
elas se tornem jogadoras justas e capazes de comandar a si próprias.
21
A prática do jogo, individual ou coletivo, caracteriza-se sob a forma
de competição, regida por regras. É evidente que não se pode confundir essa
idéia de competição com a que a mídia oferece nos esportes de alto
rendimento. O aspecto competitivo é fundamental à medida que possibilite
prazer durante a ação e reflita um momento agradável aos jogadores, em que
estes não buscam apenas o resultado, mas viver uma experiência rica, lidando
com a vitória e derrota (GONÇALVES, 2002).
Tendo em vista que a nossa sociedade é baseada no consumo e
orientada para a produtividade, muitas vezes o único caminho que surge é o da
competição entre as pessoas.
Em conseqüência, os jogos competitivos são defendidos por alguns
profissionais como um elemento importante na educação das crianças, tendo
como fundamento de que assim ficariam melhores preparadas para viverem
num mundo competitivo como o nosso.
Porém, deve-se ressaltar que trabalhar em excesso com a
competição pode diminuir a auto-estima e criar uma insegurança na criança
prejudicando seu desenvolvimento.
Segundo Abrahão (2004), a atividade esportiva pode desencadear
comportamentos e desenvolver aprendizagens que contribuam com o
crescimento pessoal e social do indivíduo, bem como, numa situação inversa,
gerar atitudes inadequadas ou prejudiciais ao próprio sujeito e ao seu contexto
de vivência. A integridade física, moral e social de cada um dos alunos da
turma deve ser almejada e discutida por todos.
22
De acordo com Fernandes (2006), o esporte (as diversas
modalidades esportivas) faz parte da vida da escola. Por isso, o profissional
não pode negligenciar a competição inerente desses tipos de jogos, mas
intervir de maneira coerente, visando à formação de um ser social, que possua
espírito de equipe, mostrando aos alunos que todos têm sua função dentro do
jogo e que a falta de um deles fará a diferença.
Assim, o grande desafio para o professor é modificar sua prática de
ensino e cumprir seu papel de mediador, mostrando aos alunos que aquele é
um espaço de aprendizagem.
2.3 - Jogos Cooperativos
A participação e a inclusão de todos os alunos é um fator de extrema
importância no que diz respeito às aulas de educação física escolar. Respeitar
as diferenças individuais e aprender sobre si mesmo e sobre o outro em
situações de diversidade de idéias, ações, habilidades e sentimentos é
participar de um processo inclusivo, onde há cooperação.
E quando se fala sobre os jogos cooperativos, Terry Orlick torna-se
a principal referência em estudos e trabalhos sobre esse tema. Para ele, os
jogos cooperativos começaram há milhares de anos, quando membros das
comunidades tribais se uniam para celebrar a vida (ORLICK,1989).
Orlick (1989) categorizou os jogos cooperativos da seguinte forma:
23
• Jogo cooperativo sem perdedores: São os jogos plenamente cooperativos,
pois todos jogam juntos para superar um desafio comum e não há
perdedores.
• Jogos cooperativos de resultado coletivo: São formadas duas ou mais
equipes, mas o objetivo do jogo só é alcançado com todos jogando juntos,
por um objetivo ou resultado comum a todos.
• Jogo de inversão: Esses quebram o padrão de times fixos, em que
dependendo do jogo, os jogadores trocam de times a todo instante,
dificultando reconhecer vencedores e perdedores.
• Jogos semicooperativos: Esses jogos favorecem o aumento da cooperação
do grupo, e oferece as mesmas oportunidades de jogar para todas as
pessoas do time, mesmo um com menor habilidade, pois existem regras
para facilitar a participação desses. Os times continuam jogando um contra
o outro, mas a importância do resultado é diminuída, pois a ênfase passa
ser o envolvimento ativo no jogo e a diversão.
Um dos precursores desse tema aqui no Brasil é Fábio Brotto. Este
autor ressalta a importância desses jogos e cita que quando jogamos
cooperativamente, podemos nos expressar autêntica e espontaneamente,
como alguém que é importante e tem valor, essencialmente, por ser quem é, e
não pelos pontos que marca ou resultados que alcança (BROTTO, 2002).
Entende-se que as características dos jogos cooperativos são que
eles buscam a participação de todos; jogam-se uns com os outros e não uns
contra os outros, joga-se para superar desafios coletivos e não para vencer os
24
outros, estimulam o raciocínio e o trabalho em equipe, eliminam o medo e o
sentimento de fracasso e fortalecem a confiança e a auto-estima.
Para Murcia (2005), os jogos cooperativos formam um conjunto de
atividades lúdicas cuja característica primordial é propor a cooperação como a
única forma de interação entre seus participantes, que praticam ações
conjuntas implicadas na participação de todos, que levam ao alcance de um
objetivo comum.
A proposta de Orlick (1989) é de, através dos Jogos Cooperativos,
diminuir o problema da agressividade nos esportes infantis ensinando às
crianças valores apropriados e criando, para isso, estratégias que tornem o
resultado numérico dos jogos menos importante. A partir daí, ensinar nossas
crianças a amar os esportes ao invés de vencer os jogos.
Assim, os jogos cooperativos surgem como uma alternativa aos
jogos competitivos, sendo essencialmente baseado na cooperação, na
aceitação, no envolvimento e na diversão, tendo como propósito mudar as
características de exclusão, seletividade, agressividade e exacerbação da
competitividade dos jogos ocidentais.
25
CAPITULO III
Relação dos benefícios dos jogos com a psicomotricidade
funcional e relacional
Neste capítulo serão tratados os benefícios dos jogos tanto na parte
funcional quanto na parte relacional para as crianças, sobretudo na faixa etária
de 3 a 6 anos.
3.1 - Estágio de desenvolvimento
Sabe-se que um bom jogo deve ser interessante e desafiador e para
que isso ocorra é necessário considerar o valor do conteúdo do jogo em
relação ao estágio de desenvolvimento em que a criança se encontra.
Para Piaget (1980), o período dos 2 aos 7 anos de idade
aproximadamente abrange a primeira infância e refere-se ao estágio pré-
operatório, que é anterior ao aparecimento das operações propriamente ditas,
mas prolonga os mecanismo de assimilação e a construção do real própria ao
período sensório-motor anterior. A criança passa a interiorizar os esquemas de
ação (o que faz na ação passa a fazer também em pensamento) e a fazer uso
da função simbólica.
Galvão (2000), cita que Wallon chama a fase dos 3 aos 6 anos de
estágio personalístico, onde aparece a imitação inteligente, a qual constrói os
significados diferenciados que a criança dá para a própria ação. Nessa fase, a
26
criança está voltada novamente para si própria. Para isso, a criança coloca-se
em oposição ao outro num mecanismo de diferenciar-se. A criança, mediada
pela fala e pelo domínio do “meu/minha”, faz com que as idéias atinjam o
sentimento de propriedade das coisas. A tarefa central é o processo de
formação da personalidade. Aos 6 anos a criança passa ao estágio categorial
trazendo avanços na inteligência. No estágio da adolescência, a criança volta-
se a questões pessoais, morais, predominando a afetividade.
O estágio dos 3 aos 6 anos é um período de mudanças tanto na
estruturação espaço-temporal quanto do esquema corporal.
Conforme Le Boulch (1982), dos 3 aos 6 anos a criança entra no
estágio da personalidade que tem como característica, a busca da
independência e do enriquecimento de seu Ego. O estágio dos 3 aos 6 anos é
um período transitório tanto na estruturação espaço temporal quanto na
estruturação do esquema corporal. Nessa fase a educação psicomotora é
importante, pois a criança, com a emergência da função de interiorização para
conhecer o seu próprio "eu", passa a perceber o seu corpo e suas
características corporais, começa a importante etapa na evolução da imagem
do corpo, a estruturação do esquema corporal, sendo este o instrumento de
inserção na realidade.
De uma forma geral, todos os indivíduos vivenciam suas fases na
mesma seqüência, porém, o início e o término de cada uma delas pode sofrer
variações em função das características da estrutura biológica de cada
indivíduo e da riqueza (ou não) dos estímulos proporcionados pelo meio
ambiente em que ele estiver inserido.
27
Por isso, conforme Furtado (1999), é que a divisão nessas faixas
etárias é uma referência, e não uma norma rígida.
Na faixa etária estudada, percebe-se que as crianças imitam seus
colegas mais velhos, mas muitas vezes, jogam sozinhas sem tentar ganhar. No
decorrer da idade que ela começa a comparar as suas atuações e tentar
vencer os adversários.
Alves (2007) afirma que a educação deve ser pensada em função da
criança, preocupando-se com sua idade, necessidades e interesses. A
determinação do estágio de desenvolvimento da criança implicará na
adaptação da mesma ao meio em que vive, pois se estabelecerá as condutas
educativas que poderão favorecer os diversos aspectos de desenvolvimento e
conhecimento.
O grande desafio do professor é o fato de ser uma faixa etária onde
as crianças modificam drasticamente sua maneira de jogar. Uma criança pode
jogar de modo diferente de acordo com o grupo em que ela se encontra, sendo
muitas vezes de forma competitiva ou não. Em virtude disso, faz-se necessário
um bom preparo profissional.
3.2 – Benefícios dos jogos na parte funcional e relacional
Como recurso pedagógico, o jogo pode proporcionar uma atividade
com grande valor educativo. Primeiramente, porque satisfaz uma necessidade
interior que cada criança tem, o impulso natural para o lúdico. Também a
28
maneira de jogar apresenta duas características importantes: o prazer e o
esforço espontâneo. Desta maneira, o jogo se torna uma atividade de grande
motivação, liberando a espontaneidade e estimulando a ação. Durante o jogo,
a atividade física e mental ativa funções psiconeurológicas e as operações
mentais, estimulando o pensamento. Assim, o jogo incorpora várias dimensões
da personalidade, sendo elas: afetiva, motora e cognitiva (TREMEA, 2000).
Utilizar o jogo tendo como objetivo principal a educação, é apenas
uma das diversas maneiras de se empregar o material simplesmente para um
jogo. Sendo ele educativo, propicia à criança o acesso a novos conhecimentos,
bem como a aprender através das repetições, permitindo também desenvolver
sua capacidade intelectual e motora.
Situando a importância do jogo, para o Referencial Curricular
Nacional (1998), a criança precisa brincar, ter prazer e alegria para crescer,
precisa do jogo como forma de equilíbrio entre ela e o mundo e através do
lúdico a criança se desenvolve.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), nos
jogos, ao interagirem com os adversários, os alunos podem desenvolver o
respeito mútuo, buscando participar de forma leal e não violenta. Confrontar-se
com o resultado de um jogo e com a presença de um árbitro permitem a
vivência e o desenvolvimento da capacidade de julgamento de justiça (e de
injustiça). Principalmente nos jogos, em que é fundamental que se trabalhe em
equipe, a solidariedade pode ser exercida e valorizada.
E também com relação à postura diante do adversário podem-se
desenvolver atitudes de solidariedade e dignidade, nos momentos em que, por
29
exemplo, quem ganha é capaz de não provocar e não humilhar, e quem perde
pode reconhecer a vitória dos outros sem se sentir humilhado.
O jogo não pode ser visto apenas como divertimento e
entretenimento e para gastar energias, pois ele favorece o desenvolvimento
físico, cognitivo, afetivo, social e moral e para Piaget (1971), o jogo é a
construção do conhecimento principalmente, nos períodos sensório-motor e
pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas,
estruturam seu espaço e o seu tempo, desenvolvem a noção de casualidade,
chegando à representação e, finalmente a lógica.
Nota-se que nos jogos existe uma interação entre professor e aluno
e isso contribui para que haja uma aprendizagem significativa e prazerosa
porque proporciona à criança a sair do processo egocêntrico e passar à
socialização.
Fonseca (1996) argumenta que no jogo a criança tem a
oportunidade de estruturar o seu esquema corporal, a sua relação com o
espaço e o tempo, a ampliar a utilização do perceptivo motor e ainda estampar
sua afetividade, proporcionando o desencadear de suas emoções.
O jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos,
ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa
lugar de extraordinária importância na educação escolar.
Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação
muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o
advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas
e as coisas do ambiente em que se vive (TEZANI, 2004).
30
De fato, as crianças, ao jogar, aprendem a lidar com símbolos, a
fazer estimativas, a calcular estratégias possíveis e, inclusive, a criar regras e
convenções. E estas atitudes frente ao jogo, fazem com que sejam favorecidas
as relações sociais das crianças.
Para Kishimoto (1996), o jogo é também fator de desenvolvimento
orgânico e funcional porque é através do movimento desencadeado no jogo
que acontece a mielinização dos nervos e as conexões que interligam estas
comunicações multiplicam-se, favorecendo o enriquecimento das estruturas
cerebrais.
Desse modo, o jogo, em seu sentido integral, é o mais eficiente meio
estimulador das inteligências. O espaço do jogo permite que a criança realize
tudo quanto deseja. É uma atividade criadora necessária para a expressão da
personalidade e a evolução da imagem do corpo, principalmente nessa faixa
etária de 3 a 6 anos.
Há de se ressaltar, no entanto, que todo jogo deve ser analisado
pelo professor antes de ser aplicado com os alunos. Também acrescenta Lara
(2004) que não se deve tornar o jogo algo obrigatório; sempre buscar jogos em
que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que
descobrir as melhores estratégias; estabelecer regras, que podem ser
modificadas no decorrer do jogo; trabalhar a frustração pela derrota na criança,
no sentido de minimizála; estudar o jogo antes de aplicá-lo e analisar as
jogadas durante e depois da prática.
É importante observar que nos jogos e na vida, no dia a dia, as
mesmas operações são requisitadas, assim ao jogar o sujeito exercita-se
31
cognitivamente, socialmente e afetivamente, pois o seu desejo de jogar é
determinante para que o possa fazer.
Por fim, nota-se que os jogos são situações em que a criança revela
uma maneira própria de ver e pensar o mundo, aprende a se relacionar com os
companheiros, a trocar pontos de vista com outras perspectivas possíveis, a
raciocinar sobre o dia-a-dia, aprimorar as coordenações de movimentos; enfim,
compreendidos a sua importância, eles podem tornar-se uma atividade
pedagógica indispensável à formação de conceitos.
32
CONCLUSÃO
O presente estudo apresentou a importância dos jogos na prática
psicomotora, salientando os benefícios para o desenvolvimento da criança e
sua contribuição na aprendizagem infantil, haja vista que o jogo vem a ser uma
atividade própria da infância se desenvolvendo de forma individual e coletiva e
contribuindo assim para o crescimento pessoal da criança.
Após essa pesquisa teórica, constatou-se que o objetivo dos jogos é
proporcionar um desenvolvimento adequado para todos os praticantes
fazendo-os adquirir habilidades motoras e contribuir com a socialização através
das relações com o seu eu e tudo que o cerca. Quando a criança brinca ou
participa de jogos, libera necessidades e interesses espontaneamente, aprende
de uma forma mais ampla, flexibilizando seus pensamentos, criando e
recriando seu tempo e espaço e consegue adaptar-se melhor às modificações
na vida real incorporando novos conhecimentos e atitudes.
Contudo, nota-se que a criança utiliza uma lógica diferente para
pensar em cada etapa da vida. Assim, é de suma importância que os
professores, sobretudo os responsáveis pela educação infantil e fundamental,
observem fatores relevantes como as etapas do desenvolvimento da criança,
permiti-las, mediante o jogo, exercer uma função de ajustamento,
individualmente ou com outras crianças e estimulando-as a se interessarem
pelos jogos, reconhecendo suas dificuldades e detectando suas falhas e erros
na tentativa de saná-los.
33
Nessa perspectiva, é importante que novas condutas sejam
tomadas, para que os futuros professores possam transcender a mera função
de transmitir conhecimento, contemplando os objetivos de um programa
moderno de educação baseado na prática psicomotora, inserindo os jogos
competitivos, para a criança lidar com a vitória e a derrota, pois em situações
reais da vida algumas vezes se ganha, outras se perde; mas também os jogos
cooperativos para trabalhar a inclusão, o sentido de grupo, de cooperação,
socialização e principalmente diversão.
Portanto, enfatizando o jogo na sala de aula, estaremos tornando a
educação mais compatível com o desenvolvimento natural das crianças, isto é,
contribuiremos para que a aprendizagem escolar seja relevante para o
desenvolvimento, ocasionando uma convivência agradável, sendo um meio de
liberar tensões e fonte de alegria, prazer e descontração para os alunos.
Conclui-se, então, que através dos jogos é possível trabalhar as
mais diversificadas atividades, despertando o interesse e estimulando a
descoberta de novas experiências de movimento, cabendo, principalmente aos
professores, intervir e contribuir nesta descoberta, proporcionando atividades
adequadas de acordo com o grau de maturação de cada um, para que possa
ocorrer um desenvolvimento motor e psicomotor, contemplando os aspectos
afetivos, cognitivos, sociais e culturais dos alunos.
34
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38
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
PSICOMOTRICIDADE 10
1.1 - Conceitos e objetivos da psicomotricidade
1.2 – Parte Funcional 12
1.2.1 - Equilíbrio 13
1.2.2 - Tônus
1.2.3 - Coordenação Motora (Praxia) Global e Fina
1.2.4 - Estruturação Corporal 14
1.2.5 - Lateralidade 15
1.2.6 - Organização espacial, temporal e ritmo
1.2.7 - Relaxamento 16
1.2.8 - Capacidades perceptivas
1.3 – Parte Relacional 17
CAPÍTULO II
JOGOS 18
2.1 - Conceituando o jogo
2.2 – Jogos Competitivos 20
2.3 – Jogos Cooperativos 22
39
CAPÍTULO III
Relação dos benefícios dos jogos com a
psicomotricidade funcional e relacional 25
3.1 - Estágio de desenvolvimento
3.2 – Benefícios dos jogos na parte funcional e relacional 27
CONCLUSÃO 32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34
ÍNDICE 38