49
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA PARA O REFLEXO DA IMAGEM POSITIVA Por: Tereza Cristina Ramos Granja Orientador Prof. Maria da Conceição Maggioni Poppe Rio de Janeiro 2009

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · empresas; e do livro de Tomasi e Medeiros, Comunicação Empresarial, com o propósito de compreender a comunicação e

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA PARA O

REFLEXO DA IMAGEM POSITIVA

Por: Tereza Cristina Ramos Granja

Orientador

Prof. Maria da Conceição Maggioni Poppe

Rio de Janeiro

2009

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO INTERNA PARA O

REFLEXO DA IMAGEM POSITIVA

A apresentação desta monografia à Universidade

Candido Mendes tem como requisito parcial a

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Recursos Humanos por Tereza Cristina Ramos

Granja.

3

AGRADECIMENTOS

A Deus pelas bênçãos em minha vida,

aos meus amados pais, que me

incentivaram na leitura desde pequena,

e que me mostraram o caminho da

conquista através dos estudos. A

minha querida e amada irmã, Ana. E

ao meu marido Eli.

4

DEDICATÓRIA

Dedico aos meus pais, que sempre me

apoiaram, ao meu irmão Nando, ao meu

marido Eli, pelo seu carinho e dedicação,

a Laika, a alegria de minha vida, e

principalmente a minha irmã Ana, que

sem o seu incentivo, não estaria

realizando mais um curso em minha vida

acadêmica.

5

RESUMO

Os estragos da má comunicação são bem conhecidos: desgaste nas

relações, perda de tempo com retrabalho, mal-entendidos indesejados,

agressões involuntárias, perda de motivação e stress. Tudo isso na maioria

dos casos, é resultante da comunicação cheia de ruídos entre seus

funcionários e da desmotivação na execução de suas tarefas, não somente

agravando a situação conflituosa, mas também comprometendo o

desempenho da própria organização e de sua imagem. A comunicação pode

ser utilizada como um processo de informação ou estímulo, uma ferramenta

poderosa a ser usada pelo setor de Recursos Humanos, com o seu público

interno e/ou externo, visando fortalecer a imagem da empresa. O funcionário

bem informado sente-se parte da empresa, comprometido e motivado com a

organização. Por esse motivo, hoje se faz imprescindível uma forma mais

eficiente e eficaz na utilização da comunicação principalmente face à

globalização, que exige respostas imediatas e oportunas das organizações. Os

gerentes, conscientes de tal fato, buscam modernas ferramentas de

comunicação. O resultado, como conseqüência, é a implementação de plano

específico do setor de Recursos Humanos que aos poucos permite a evolução

natural da resolução dos conflitos, da melhora da alta administração e do

entrosamento dentro dos grupos da organização. Deixa-se de trabalhar com

uma estrutura impositiva para proporcionar um ambiente de trabalho

colaborativo apoiado pela alta administração. Além disso, é relevante

asseverar que os objetivos e as missões das organizações constituem-se

norteadores e sustentáculos do sistema, sendo respeitados e identificados

como impulsionadores da gestão da administração, para fazer nascer

organizações mais ágeis e competitivas.

6

METODOLOGIA

A metodologia usada para a confecção desse estudo foi a pesquisa

bibliográfica, com maior destaque nos livros de Idalberto Chiavenato, que

mostrou a importância histórica e o ciclo de formação da comunicação nas

empresas; e do livro de Tomasi e Medeiros, Comunicação Empresarial, com o

propósito de compreender a comunicação e suas influências na organização e

na imagem da empresa.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

COMUNICAÇÃO: CONCEITO E SEUS ELEMENTOS 10

CAPÍTULO II

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 18

CAPÍTULO III

COMUNICAÇÃO E A IMAGEM 33

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44

ÍNDICE 45

8

INTRODUÇÃO

A comunicação é um grande desafio, especialmente no ambiente

organizacional, onde se deve comunicar de maneira objetiva e eficaz.

Comunicar ideias, trocar informações de forma precisa, dar instruções de

maneira clara, e responder as ideias dos outros de forma a estabelecer

relações de confiança e respeito devem fazer parte do plano estratégico de

uma empresa em que vise fortalecer sua imagem.

A imagem institucional é o resultado de múltiplas ações, inclusive da

comunicação que desempenha um papel fundamental na execução dos seus

objetivos.

A imagem de uma organização é formada pela visão dos consumidores,

fornecedores, colaboradores, etc. e o resultado dessa visibilidade pode ocorrer

de maneira positiva ou de maneira negativa.

Hoje, o setor de Recursos Humanos integra a organização de uma

forma mais dinâmica contribuindo para diminuição das distâncias das camadas

hierarquizadas e transformando a comunicação como integrante de um grande

esquema empresarial com a redução das distorções das mensagens dentro da

empresa.

Portanto, este trabalho tem como objetivo relatar as vertentes da

comunicação interna no processo da imagem da instituição.

Esse estudo se estrutura em três capítulos: O primeiro conceitua a ideia,

relata sobre o sistema de informação e as etapas de formação da mensagem.

Esses estudos indicam a importância da comunicação sobre os

relacionamentos entre as pessoas e o seu desempenho, a influência das

variáveis sociais e emocionais e a importância da influência do contexto na

9 transmissão das informações e suas consequências para formação da imagem

organizacional.

A abordagem do segundo capítulo concentra seus registros na

comunicação utilizada nas empresas, seus objetivos e consequências.

Sem o apoio da alta administração nas orientações tomadas, de nada

adiantam para a eficiência e eficácia nos resultados nos trabalhos dos

funcionários. O administrador só alcança resultados através da efetiva

cooperação dos subordinados.

Por isso, é relatado como a comunicação se estrutura dentro de uma

empresa, a influência da má comunicação e os tipos de comunicação

utilizadas com seu público interno e externo.

E por fim, o último capítulo relata os caminhos para criação da imagem

de uma organização, a importância do feedback e da contínua necessidade do

retorno e abertura de espaço para inovações e expansão de ideias e de

atitudes de todos que trabalhem na empresa.

10

CAPÍTULO I

COMUNICAÇÃO: CONCEITO E SEUS ELEMENTOS

Para Chiavenato comunicação: “É a troca de informações entre

indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação. Constitui

um dos processos fundamentais da experiência humana e da organização

social”. (2000, p.142)

A comunicação entre um emissor e receptor precisa de um código para

que seja formulada a mensagem, esta será enviada em forma de um sinal,

como ondas sonoras ou letras, por exemplo, e por meio de um canal, ar ou

papel. O receptor que recebe a mensagem a decodifica e interpreta o

significado. Na comunicação falada a linguagem funciona como um código. A

comunicação interpessoal pode ser direta, que é a verbal ou não verbal, por

meio de gestos ou sinais e também pode ser de forma indireta, à distância, por

meio de Internet, telefone ou carta.

O sistema de comunicação consiste em seis componentes:

1. Fonte - significa a pessoa, coisa ou processo que emite ou fornece as

mensagens por intermédio do sistema.

2. Transmissor - significa o processo ou equipamento que opera a

mensagem, transmitindo-a da fonte ao canal. O transmissor codifica a

mensagem fornecida pela fonte para poder transmiti-la.

3. Canal - significa o equipamento ou o meio que é utilizado entre o

transmissor e o receptor para transmissão da mensagem

4. Receptor - significa o processo ou equipamento que recebe a

mensagem no canal. O receptor decodifica a mensagem para colocá-la

à disposição do destino. Todo receptor é um decodificador de

mensagem.

11 5. Destino - significa a pessoa, coisa ou processo a quem é destinada à

mensagem no ponto final do sistema de comunicação.

6. Ruído - significa a quantidade de perturbações indesejáveis que tendem

a deturpar e alterar de maneira imprevisível, as mensagens

transmitidas. A palavra interferência é utilizada para conotar uma

perturbação de origem externa ao sistema, mas que influencia

negativamente o seu funcionamento, como é o caso de ligações

cruzadas, ambiente barulhento, interrupções, interferências climáticas,

etc. Num sistema de comunicações toda fonte de erros ou distorções

está incluída no conceito de ruído. Uma informação ambígua ou que

induz a erro é uma informação que contém ruído.

Para se conseguir uma eficiência na comunicação o emissor deve tentar

afetar seu receptor de modo a fazê-lo compreender sua mensagem e assim

conseguir modificar seu comportamento e ideias. É claro que variáveis podem

interferir nesse processo, é desse ponto que surge a importância em se

conhecer o receptor e as possíveis interferências que poderiam dificultar a

comunicação.

1.1 - A Importância da Comunicação nas Empresas

A comunicação é um dos fatores que deve ganhar atenção da alta

direção empresarial, pois está presente em tudo que se faz para o

desenvolvimento e expansão da empresa. Em qualquer atividade que se faça

há interação entre as pessoas, entre um indivíduo e um grupo ou entre os

grupos, internos e/ou externos à organização. Enfim, há comunicação o tempo

todo. É de tamanha importância o que Maria Schuler afirma: “A única maneira

de haver organização é através da comunicação”, (apud Tomasi e Medeiros,

2007, p.6).

12

As empresas ocupam-se do seu patrimônio investindo em maquinários

para aumento de produção ou no que for necessário ao seu lucro, mas pouca

atenção dá às comunicações externas e internas que circulam em suas

organizações.

A comunicação pode ser vista de uma forma simplista, onde um emissor

transmite ao receptor uma mensagem, porém essa visão não explica a

comunicação humana de uma forma complexa, onde a situação contextual e o

psicológico têm influência sobre as decodificações das mensagens.

A comunicação tem que ser vista como um instrumento de influência e

mudança no sistema.

1.2- Modelo Sistêmico de Comunicação: A Influência do

Contexto e do Psicológico

A eficiência da comunicação está baseada no equilíbrio das variáveis

que possam interferir no processo de comunicação, e este alcance seu

objetivo maior, que é envolver seu receptor para fazê-lo participar das ideias do

emissor.

Os elementos da comunicação dentro de um contexto social podem ser

valiosos para compreender sua função e o seu papel na comunicação. Essa

visão traz uma dimensão estratégica à comunicação onde o emissor e o

receptor faz parte de um processo em que a interpretação e a resposta podem

modificar o comportamento do indivíduo.

Como fator estratégico, entre os elementos da comunicação, o mais

importante é o canal. Estabelecido o meio, a escolha da linguagem mais

adequada resultará em uma comunicação mais eficiente, conseguindo

resultados mais satisfatórios.

Dentro de uma organização a escolha do canal de comunicação é uma

das mais complexas decisões para o planejamento da comunicação. Pois,

13 para se alcançar os resultados esperados, o profissional de uma organização

deve levar em consideração, quanto a atingir seus clientes ou os seus

colaboradores, o conhecimento dos receptores da mensagem (quem são?), e

os objetivos para a escolha dos veículos da comunicação.

1.2.1- A Importância do Contexto na Comunicação

Quando o emissor faz a escolha dos códigos (palavras, símbolos, etc.)

para a mensagem ele atribui aos seus dados uma intenção persuasiva para

quando o destinatário recebê-las dê-lhes sentido ao que percebe da

mensagem. Este pode valorizar ou não determinados signos. Se o receptor é

passivo ele recebe a mensagem e não a utiliza, se é ativo, ele pode reagir ao

recebê-la, ou então, provocar no emissor a emissão de uma mensagem,

quando este for proativo. Uma tosse, um franzir de um cenho, uma risada,

todos podem ser estímulos provocadores da emissão de uma mensagem.

Todavia, para uma decodificação dos códigos, é importante observar os

outros elementos do sistema de comunicação, tão importantes. A mensagem

deve estar adequada ao canal e deve haver uma preocupação por parte do

emissor em inspirar credibilidade. Se a linguagem utilizada não está ao alcance

do receptor, a comunicação não se efetiva. Todo receptor utiliza filtros próprios

na interpretação de mensagens e pode haver a existência de ruídos que

impedem que a comunicação se estabeleça.

Desta forma observa-se que uma mesma mensagem pode ser lida com

significados diferentes por diversos receptores, pois as características

pessoais, culturais e motivacionais, não podem ser desconsiderados na

análise do processo da comunicação.

Outros fatores de influência na comunicação é a percepção do indivíduo

sobre a realidade e as variações em um ambiente, como luz, cores, higiene,

ventilação e disposição dos objetos.

14 O clima interpessoal é outro fator decisivo na comunicação, pois o

destinatário da mensagem pode ser adverso ao ambiente que denote poder,

ao se sentir um clima de adversários entre os interlocutores, ou de

animosidade, ao se ter uma comunicação entre pessoas de relações

amistosas. Por isso, é importante conquistar confiança para depois haver

comunicação, elemento condicional para sua eficácia.

Os ruídos que interferem na comunicação podem ser: técnicos,

organizacionais, semânticos, de atitudes e comportamento, segundo Carolina

Tomasi, (2007):

• Técnicos: dizem respeito ao canal de transmissão e a seus defeitos;

• Organizacionais: são relativos ao estabelecimento de redes de

comunicação ou conjuntos de canais de informação no interior de uma

organização;

• Semânticos: são originados de imprecisão ou ambiguidade das

expressões utilizadas;

• Atitudes e comportamentos: dizem respeito tanto a emissor quanto a

receptor: influência sobre o que dizem e como dizem.

1.2.2 – O Psicológico nas Relações Interpessoais da

Comunicação

A maneira como nos comunicamos transmite como queremos nos

relacionar e a comunicação não verbal é uma forma de interação humana que

às vezes confirma o que é dito, outras vezes, contradiz o que é dito

verbalmente. Há momentos em que nos comunicamos superficialmente e

imaginamos que o outro entenderá perfeitamente o que queremos transmitir o

que culmina em distorções gerando problemas nos nossos relacionamentos.

Essas distorções podem ser causadas pelas nossas emoções, percepções do

outro e até expectativas que influenciam em nosso comportamento e nas

nossas mensagens

15 A qualidade das relações interpessoais na empresa influi no processo

de comunicação resultando no grau de desempenho do profissional. E os

principais fatores, segundo Octaviano M. Neto, que interferem na relação entre

o processo de comunicação e as relações interpessoais são:

1. Percepção – As pessoas tendem a criar suposições sobre as atitudes

dos outros e a percebê-las segundo as suas interpretações subjetivas.

2. Necessidades pessoais – O homem tem suas próprias necessidades e

o comportamento humano reflete essas carências na tentativa de

superação dessas necessidades. Mas, em comunicação, é necessário

que se tenha a preocupação em satisfazer a necessidade do receptor

da mensagem.

3. Confiança – Nas relações interpessoais é necessário que haja um

mínimo de confiança para que a comunicação no ambiente de trabalho

flua eficazmente e se obtenha resultados.

4. Empatia _ É um fator de grande influência nas relações, pois afeta a

comunicação resultando na produtividade.

5. Sentimentos – As boas relações interpessoais motivam a expressão

dos sentimentos. As pessoas que se relacionam em grupos geralmente

são as que têm maior afinidade entre si, no entanto, é fundamental não

deixar os sentimentos afetarem a qualidade da comunicação, pois

sentimentos tendenciosos influenciam no conteúdo e provocariam

ruídos à mensagem.

1.3 - Metáforas da Comunicação

O estudo da comunicação dentro das empresas, nos dias de hoje, é

mais complexo e há uma interação com outras ciências como psicologia e

sociologia, entre outras, enfim, ganhou status e é vista pelos estudiosos

modernos como uma perspectiva estratégica, por estar relacionada com o

16 comportamento humano. Hoje há uma análise crítica e um estudo dos reflexos

no ambiente interno e externo das organizações. Observou-se que a

comunicação não era neutra e os fluxos das informações quando não

equilibradas podem influenciar em ausência de resposta ou resposta negativa

ou comprometedora para a imagem da empresa.

O mais recente estudo, de Gareth Morgan (apud Tomasi e Medeiros,

2007, p.37), em que pesquisou as organizações e as comparou a uma

metáfora: “As organizações são muitas coisas ao mesmo tempo!”. Elas podem

ser comparadas à máquina, a organismo, a cérebros, a culturas, a sistemas

políticos, a prisões psíquicas e a fluxo e transformação ou instrumentos de

comunicação”.

Assim também se fez com a comunicação organizacional onde sete

metáforas foram estudadas: conduíte, lente, linkage, performance, símbolo,

voz e discurso. Vejamos brevemente cada uma delas:

• Conduíte - É a transmissão de ideias em uma só direção, é a

comunicação linear, de mão única, da fonte para o receptor. Os

receptores são passivos e reativos.

• Lente - A comunicação nas organizações tem os dados filtrados,

disseminam inovação e mudança. A filtragem ocorre naturalmente, as

mensagens são alteradas de indivíduo para indivíduo, podem ser

resumidas, abreviadas, condensadas e o emissor e o receptor são

ativos no processo.

• Linkage - A comunicação age para ligar, construindo contratos

relacionais, a organização é vista como rede de indivíduos inter-

relacionados.

• Performance - A comunicação é vista como interação social:

mensagem - feedback - resposta.

17 • Símbolo - Os integrantes de uma organização utilizam linguagem,

interpretam ideias. Analogamente é um texto escrito por seus

integrantes. Os membros criam seus símbolos e os seus significados.

Esses funcionam para socializar novatos, resolver problemas, legitimar

relações de poder e identificar compromissos interpessoais. Esses

símbolos dão vida às suas crenças e comportamentos.

• Voz - “A comunicação é a expressão e a organização é um coro de

vozes” (Tomasi, 2007). Nem todos os membros têm voz igual. Há a

ideologia em que utilizam a comunicação para controle ou que silenciam

vozes não escolarizadas ou vozes femininas, por exemplo.

• Discurso - A linguagem é algo que representa objetos e sinaliza

significados particulares, reflete as intenções do que é dito e o sentido

está na estrutura das conversações.

Esses estudos ainda recebem críticas, pois as análises são vistas como

parciais, além de não focalizarem o silêncio como uma comunicação não

verbal.

18

CAPÍTULO II

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Segundo Octaviano, (2003) comunicação organizacional é: “A

comunicação praticada nas empresas para conduzir as ações e alcançar os

resultados desejados”. (p.14)

As comunicações dentro das organizações podem ser falhas e, nos dias

atuais, compele aos administradores assegurar a participação das pessoas de

hierarquia inferiores na solução de problemas da empresa, devem procurar

incentivar a franqueza e a confiança entre indivíduos e grupos nas empresas.

A comunicação é uma atividade administrativa que deve visar dois

objetivos principais:

• Proporcionar informação e compreensão necessárias para que as

pessoas possam se conduzir em suas tarefas;

• Proporcionar as atitudes necessárias que promovam a motivação,

cooperação e satisfação nos cargos.

Esses objetivos promovem um ambiente que conduz a um espírito de

equipe e a um melhor desempenho nas tarefas. Esse espírito de equipe

promove a eficiência e a eficácia com que as pessoas trabalham. O avanço

tecnológico por si só não produz efeitos se a qualidade da administração sobre

os grupos de pessoas não permitir uma aplicação efetiva dos recursos

humanos e materiais.

O espírito de equipe compreende o moral elevado e isso reflete no clima

das relações humanas, que se desenvolve quando existe um adequado

entrosamento entre as pessoas de maneira formal e/ou informal. Comunicação

de boa qualidade e em nível satisfatório compreende a colaboração humana, e

19 é ela que determina a organização informal. Esta informalidade entre os

grupos é um fenômeno social baseado em afinidade, em reações a situações e

expectativas.

Sem o apoio da alta administração o trabalhador não alcançará, com

eficácia, os objetivos esperados. O administrador só alcança resultados

através da efetiva cooperação dos subordinados motivados.

A comunicação pode ser verbal ou escrita, utilizada em ambiente

interno, entre os funcionários, a fim de produzir ações e provocar resultados

dos colaboradores, e também pode ser praticada em ambiente externo, com

clientes e fornecedores para fins administrativos e negociais.

Essas comunicações utilizam linguagem apropriada ao ambiente

empresarial com a responsabilidade de circularem ideias e informações a fim

de motivar, orientar e conduzir os colaboradores funcionais.

2.1 – O Papel da Administração

A alta administração cabe adotar medidas que assegurem um clima que

estimule a prática continuada da atividade de comunicação. Um dos papéis

fundamentais da organização seria estabelecer políticas de comunicação

compatível com os objetivos estratégicos e negociais. O apoio e o

envolvimento da alta administração são cruciais para que o processo de

comunicação seja bem executado.

O resultado da utilização de instrumentos de comunicação sem um

planejamento, escolhidos sem critérios, acaba por não contribuir e em até

prejudicar o andamento dos resultados desejados da empresa. A comunicação

geralmente é subestimada, de forma que sua aplicação não visa as

consequências quando uma mensagem é interpretada de forma errônea, pois

existe todo um processo de seleção, rejeição, aceitação e interpretação da

informação que é uma atividade desempenhada individualmente e por isso

cada pessoa pode interpretar de forma diferente, conforme as variáveis

20 ambientais e pessoais. Por isso, é aconselhável que se tenha um

conhecimento do público alvo da informação.

O apoio da alta administração deve ser aliado ao recurso humano, pois

este setor tem um papel importante no auxílio à empresa de forma a

instrumentalizar a organização e seus gerentes para o uso estratégico da

comunicação com seus executivos e colaboradores.

2.1.1 – Direção da Comunicação

Existem duas direções que a comunicação flui, a descendente e a

ascendente. O tipo de comunicação mais utilizado nas empresas é a

descendente, ou seja, “de cima para baixo”. Esta comunicação vai da alta

direção ao subordinado. As informações são normalmente os princípios e as

normas orientadoras do funcionamento da empresa. As mensagens são

escritas, utilizando-se de canais formais, não propiciando relações

interpessoais entre o emissor e o receptor. Tem caráter impessoal. Este tipo de

comunicação não permite se trocar ideias e constituem grande parte das

comunicações empresariais, principalmente quando se quer que as

informações cheguem ao grande número de pessoas.

Os canais formais são os instrumentos oficiais, pelos quais passam as

informações que visam assegurar o funcionamento eficiente da empresa

(memorandos, circulares, portarias, relatórios e etc.).

O outro tipo de direção que a comunicação flui é a ascendente. São as

informações que vão dos trabalhadores à alta direção. A comunicação

ascendente utiliza-se também de canais formais, como os relatórios

administrativos, para a transmissão de informações importantes para o

funcionamento da empresa, além de, opiniões, atitudes e sugestões. Através

desse fluxo de comunicação a direção pode verificar se sua política está sendo

aceita e cumprida. É a informação de retorno que a hierarquia superior tem do

cumprimento dos objetivos da empresa.

2.1.2 – Canais de Comunicação

21 Cada empresa utiliza-se de um canal ou de um padrão de comunicação.

Esse padrão ou canal de informações entre as pessoas pode fluir em direções

diferentes e conforme o seu sentido apresentará características de controle ou

de desestímulo.

Os padrões, cadeias ou redes de comunicação depende de fatores

situacionais e uma mensagem pode ser enviada de uma pessoa a outra

através de várias alternativas de canais de comunicação.

A troca de informações pessoais ou operacionais utiliza duas espécies

de canais, estas têm duas denominações: uma é a formal e a outra é a

informal.

Pelos “canais formais” circulam tanto a comunicação descendente

quanto a ascendente. Geralmente, pela comunicação descendente utiliza-se

as mensagens escritas: memorando, circular, relatório, e-mail, etc. São

instrumentos adequados e utilizados em vários níveis de uma organização.

Esses instrumentos são utilizados de forma que cheguem a todos a mesma

informação. Tem o papel de comunicar “oficialmente” evitando problemas de

distorções na mensagem que é passada.

Nos “canais informais” circula, principalmente, a comunicação verbal. A

partir dos contatos e grupos que se formam dentro da empresa, as pessoas

utilizam-se de sinais ou códigos não formais. As pessoas procuram se ajustar

ao seu “grupo social” na organização a fim de interagir pela necessidade de

reconhecimento e aprovação. Os meios informais não são planejados pela

diretoria e fogem ao seu controle. As mensagens são livres expressões e

manifestações dos trabalhadores. Caracteriza-se pela rede de boatos, ou seja,

a rapidez com que as informações são disseminadas, e sem rigidez nas

informações, estas podendo ser alteradas para mais ou para menos.

A formação desses grupos influencia o clima organizacional. E para que

se tenha um “clima” positivo é necessário que a alta administração estabeleça

uma compreensão melhor dessas relações na sua organização a fim de obter

22 resultados satisfatórios de seus subordinados e a manutenção de uma

atmosfera em que a pessoa seja encorajada a exprimir-se de forma livre.

2.1.3 – Barreiras da Comunicação

As dificuldades na transmissão das mensagens são melhores percebida

nas redes informais de comunicação. Diferentes valores, experiências,

percepções e preconceitos existentes entre o emissor e o receptor de qualquer

mensagem formam uma das barreiras à comunicação de forma que a

mensagem pode ser recebida de maneira distorcida.

Nas organizações a hierarquia superior geralmente bloqueia as

comunicações de “baixo para cima”. Esse impedimento seria para não por em

risco o efeito negativo dos relatos dos subordinados sobre seu desempenho

e/ou uma suposta avaliação como inadequado ou ineficiente do seu trabalho.

Resultante da experiência profissional nas empresas e do trabalho de

pesquisa, Octaviano M. Neto conheceu e descreveu três atitudes por parte das

hierarquias superiores, que depreciam a comunicação organizacional:

“1)(...) comunicação exclusivamente para dar ordens para

baixo e receber relatórios situacionais, verbais ou

escritos, de baixo para cima (...) criando a pior das

barreiras: o aparente desinteresse em participar

(esquecendo ou desprezando o fator ‘comunicação’

como agente de integração e participação).

2)(...) evitarem comunicar-se com escalões inferiores

pela suposição de que, ao se comunicar, estão ‘dando

espaço’ demais e se ‘expondo ’ mais do que deveriam.

3) A pior delas – A atitude dos profissionais do topo ou da

média gerência de não comunicarem, ou comunicarem

23 menos do que deveriam, por acreditar que ‘saber mais

que os outros’ lhes assegura maior liderança ou mais

poder (...)”. (MACHADO NETO, 2003, p.21)

É necessário que não haja incompatibilidade entre os objetivos do

emissor e do receptor para que a comunicação não se torne inviável.

Desenvolver expectativas referentes à receptividade da mensagem e tentar

prever como reagirão à nossa comunicação dificulta o surgimento de

obstáculos à comunicação.

2.2 -Comunicação Administrativa

É a forma de comunicação utilizada para os assuntos relativos ao

cotidiano da administração na empresa. Para estas formas, como exemplo,

temos: memorando, circulares, cartas e relatórios.

Esses instrumentos de comunicação têm como objetivo orientar,

atualizar e ordenar o fluxo das atividades funcionais. Também podem ser

instrumentos de ruídos nas empresas e, entre os problemas apresentados

temos:

• Excesso de informação;

• Inadequado planejamento do consumo da informação (informações em

excesso ou insuficientes);

• Inadequação do canal escolhido;

• Oportunidade da comunicação (comunicações que demoram a chegar

podem causar desinteresse);

• Inadequação de linguagem.

2.2.1- Comunicação Escrita

24 A comunicação escrita no ambiente de trabalho aplicados aos

documentos internos, e-mails, e propostas traz um desafio aos profissionais,

pois tem como dilema saber redigir com eficácia e qualidade, porém nem

sempre uma boa redação consegue comunicar com clareza e objetividade.

Os textos na escrita ainda são praticados com inúmeras deficiências,

pois o uso de excesso de detalhes, de “modismo”, redundância, palavras

impróprias e jargões fazem uma redação sem qualidade que dificultam a

compreensão.

Tomasi e Medeiros (2007, p.87) afirmam:

“Um comunicador é atento ao contexto (social, cultural,

profissional) das mensagens, aos estereótipos, aos ruídos

da comunicação. Enfim, ocupa-se de gerar uma resposta

para sua mensagem e, por isso, emprega um vocabulário

comum, do conhecimento do receptor, sem nunca perder

de vista o objetivo da comunicação. Se experiente, o

comunicador se apresentará de forma concisa,

econômica, construirá frases curtas, normalmente

coordenadas, e se ocupará de uma apresentação estética

da mensagem que agrade o receptor. Portanto,

mensagens diretas, claras, simples, sem palavras

rebuscadas que o receptor não entende. Finalmente

usará expressões cativantes, persuasivas, expressões

que manifestam educação, gentileza, respeito”.

2.2.2- Comunicação Oral

Estas comunicações são muito utilizadas em conversas, entrevistas,

reuniões, telefonemas e nos treinamentos oferecidos dentro das organizações.

Tomasi e Medeiros (2007, p.91) orientam

25

“O palestrante não deve perder de vista o nível da plateia

para poder utilizar vocabulário adequado ao repertório da

plateia. E, antes de falar, deve preparar-se, sabendo o

que deve dizer no início, no meio e pro final. Não deve

desconsiderar que são fatores fundamentais: a dicção

clara, a entonação variada, os gestos adequados, os

questionamentos da plateia. (...)”.

2.2.3 - Comunicação Não Verbal

A comunicação empresarial envolve também a comunicação gestual ou

comunicação não verbal.

Juntamente com as palavras, são comunicadas nossas emoções. Estas

podem ser de ansiedade, frustração, alegria, tranquilidade, agressividade,

equilíbrio, tristeza e são transmitidas pelo tom de voz, pelas expressões faciais,

pelos gestos, pela postura ou pelos olhos.

Tomasi e Medeiros (2007, p.90) afirmam:

26

“O interlocutor deve ocupar-se da comunicação não

verbal para que não se frustre. Uma mensagem pode ser

perdida se sua comunicação não se der adequadamente.

Um aviso dito com aspereza pode não conseguir

resultado positivo, enquanto o mesmo aviso dito com

delicadeza pode alcançar o objetivo de quem o

expressou”.

Portanto, para nos comunicarmos precisamos estar atentos à nossa

emoção, nos autoconhecer, para que a nossa conduta seja correspondente à

intenção que temos ao nos comunicarmos, pois a postura e os gestos são uma

linguagem que denotam de forma natural o que não é dito verbalmente.

2.3 - Comunicação Estratégica

A comunicação não deve ser tratada como uma atividade isolada dentro

da empresa, ela deve estar conectada à missão e a visão organizacional. O

alto escalão deve ver a comunicação como uma ferramenta para que o público

interno tenha como seus os objetivos organizacionais. Se for tratada como

uma função meramente de informações para solucionar problemas não haverá

contribuição para uma visão global e estratégica organizacional.

A comunicação não é um ato em linha reta que sai do emissor e chega

ao receptor e ponto final. Não é um processo de resultados imediatos. O ato

comunicativo pode gerar conseqüências que se bem planejadas farão parte de

um plano estratégico da empresa para o seu progresso e desenvolvimento

junto a seus funcionários e aos seus consumidores.

Um trabalho executado com eficiência em uma empresa sinaliza o grau

de produtividade institucional. A quantidade e a qualidade dessas atividades é

a chave para uma empresa se igualar à concorrência e superá-la no mercado.

27

2.3.1 - A Comunicação Externa

A comunicação empresarial, nos tempos modernos, deve se preocupar

com os seus outros ouvintes, na troca de informações. A sua linguagem deve

ter várias facetas para que possa atender não só os anseios do seu público

interno, mas também manter as relações públicas, a propaganda do seu

produto, a sociedade, formadores de opinião e principalmente, os

consumidores. Deve ter como referência o planejamento estratégico da

empresa e uma linguagem multidisciplinar. Isso é fundamental para construção

de imagem institucional consistente.

2.3.1.1 - Ouvidoria

Executar com atenção e solucionar com eficiência as opiniões e

reclamações dos seus clientes, é um canal de comunicação que abre as portas

das empresas ao consumidor, este tendo quem saiba ouvi-lo, torna-se mais

satisfeito e conseqüentemente fiel ao produto.

A empresa não deve se preocupar em somente vender, hoje a sua meta

é satisfazer o cliente e isto só se consegue com um canal aberto de

comunicação. A empresa conectada ao seu desenvolvimento está aberta em

buscar aprimoramento através das deficiências detectadas na ouvidoria.

2.3.2 - Comunicação Interna

O público interno da empresa deve receber atenção ímpar, pois as

pessoas que nela trabalham, além de colaboradores são consumidores e,

obter o seu engajamento nos projetos empresariais ajudará no

desenvolvimento competitivo da empresa. A comunicação interna deve ser

feita com respeito e aprimoramento e, principalmente transparência nas

dificuldades, para que seja formada uma opinião de espírito de equipe, com

participação de todos. Para isso é preciso que se estimule, motive, diferencie,

promova e premie. É um processo cotidiano e permanente. É preciso que o

trabalhador tenha consciência dos objetivos e das estratégicas da empresa. É

28 pela comunicação que se diz aos empregados o que deles se espera. A

comunicação interna deve estar comprometida com os valores dos

empregados, muito além de uma comunicação fria, como jornal, vídeo, mural

ou alto-falantes.

Portanto, uma comunicação pessoal é vista como uma arma de gestão

estratégica para que se consiga uma percepção positiva sobre a empresa e

seus produtos.

Todos dentro da empresa são construtores da imagem na organização,

por isso, dos colaboradores aos gerentes, deve se ter comunicação coerente

com os objetivos estratégicos.

2.3.2.1 - Comunicação Gerencial

O gerente, em geral, a fonte das comunicações organizacionais,

posicionado entre diretores e subordinados, é um pólo emissor e receptor de

informações.

Em algumas empresas existe a tendência de alguns gerentes reterem

informações, ou seja, os chefes não gostam de passar informações para seus

subordinados, pois temem que poderiam estar compartilhando poder.

Segundo Tomasi e Medeiros (2007, p 92):

“A eficácia de uma comunicação depende da definição

dos objetivos, da capacidade de codificação, da

capacidade de empatia, da capacidade de compreender o

ambiente. Quanto maior o entrosamento de gerente e

subordinado maior a possibilidade de eficácia da

comunicação”.

29

Assim a atitude do gerente é relevante para a eficácia de uma

comunicação. Se um gerente não está bem, está irritado, a mensagem

transmitida estará contaminada por esse comportamento e, portanto a

comunicação se dará de uma má forma, com ruídos na comunicação

provocando ressentimentos e ou um ambiente de mal-estar na empresa.

Outras possibilidades de ruídos nas comunicações empresariais são

quanto aos fluxos das informações. O fluxo descendente (de cima para baixo),

as comunicações gerenciais são formais e, na maioria das vezes, parte delas

são retidas para barganha de status e dominação.

A comunicação ascendente (de baixo para cima) tende a ser mais

formal quando tem como objetivo transmitir informação referente ao trabalho a

ser executado.

A comunicação lateral, entre pessoas do mesmo nível hierárquico, deve

ser de forma que as comunicações sejam estratégicas, para consecução dos

objetivos da empresa.

E por fim, o fluxo de comunicação diagonal, em que um gerente de um

departamento se comunica com um empregado de outro. Estas comunicações

podem gerar ruídos, em geral, um gerente não gosta de ser passado por cima

ao saber que um empregado seu, recebeu informações antes dele.

Os gerentes devem ser capazes de disporem de habilidades suficientes

para comunicação oral e escrita. Não ter domínio do “que” e “como” falar com

o seu receptor é um risco à transmissão das mensagens na comunicação.

Enfim, a eficácia da comunicação gerencial deve estar baseada nos

interesses pessoais do seu interlocutor e dos organizacionais, com isso

selecionará informações relevantes para sua ação. Ao conhecer o receptor de

sua mensagem (seu perfil), estará diminuindo os riscos de ruído. Porém, deve

saber identificá-los, quando houver, (não deve passar por cima de problemas).

Deverá saber usar uma linguagem apropriada, saber reconhecer o momento

apropriado para a comunicação, ter pleno domínio do que vai comunicar,

30 aceitar sugestões, correções e principalmente ser flexível no seu ponto de

vista.

2.4 – Endomarketing

É o processo de marketing interno, ou seja, comunicação interna para

os funcionários. Seu objetivo é contribuir para a consecução de um clima

positivo, favorável ao cumprimento das metas da organização, ao crescimento

e realização do lucro.

Investir em comunicação interna, se não houver da direção uma

disposição a ouvir não haverá resultados de ideias, de inovação e de

compartilhamento. É preciso que a direção dê retorno a questões que são

procuradas.

As ações desse processo devem estimular o empregado para integrá-lo

à empresa, retribuir-lhe por seu empenho com remuneração e prêmios. Deve-

se comunicar de tudo o que acontece na empresa, enfrentando conflitos e

resistências, portanto deve-se admitir e resolver os problemas. É a importância

dada ao colaborador no processo produtivo e no respeito como ser humano,

com potencialidades e dificuldades.

A comunicação interna está relacionada à cultura da empresa, a direção

precisa estar aberta a ideias e inovações, não pode ser centralizadora e

fechada ao diálogo.

Tomasi e Medeiros (2007, p.94) relacionam em seu livro as

conseqüências da prática da comunicação interna:

1. Melhoria da produtividade;

2. Integração das pessoas dentro de uma equipe;

3. Competitividade dos produtos e serviços;

4. Incentivo de comportamento de cooperação;

31 5. Promoção da lealdade entre os empregados e para com a empresa;

6. Geração de ideias novas e soluções criativas;

7. Melhoria do clima interno e do relacionamento interpessoal.

2.5 - Liderança e a Comunicação

Numa empresa os líderes não são necessariamente os chefes,

capatazes ou encarregados de setor, mas sim aquelas pessoas que, por

qualquer motivo, desfrutam de uma certa ascendência sobre os demais.

A identificação dos líderes em uma empresa pode ser importante tática

para o êxito das mensagens de uma publicação empresarial junto aos seus

colaboradores, assim como o preparo de material visando atingir

especialmente tais líderes. A identificação dessas pessoas cabe ao setor de

Recursos Humanos que tem um papel, importante no conjunto de fatores

estratégicos da empresa.

É responsabilidade do líder o investimento na habilidade de comunicar-

se eficazmente. As funções do líder passam pela orientação aos seus

comandados em estabelecer uma relação de confiança com troca de

conhecimentos e maior flexibilidade de análise e de crítica. Os Recursos

Humanos vem em auxílio do aprendizado e no aprimoramento desta habilidade

nos líderes para o crescimento da equipe.

Um líder deve estar atento aos seus liderados, colocar-se no lugar

deles, desenvolver empatia. Deve tentar entendê-los de forma mais próxima,

conhecer seus valores e suas crenças para tomar decisões usando seus

atributos de liderança com sabedoria. Assim observar e saber ouvir são

habilidades essenciais para a eficácia da comunicação interpessoal.

A comunicação é o elemento essencial para formação e união de uma

equipe. Os funcionários só seguirão seu líder se souberem o que está

acontecendo. E, ser líder é ser mais que um gerente, para Chapman (1996) é:

32 1. Manter seus funcionários informados;

2. Saber conduzir uma reunião de equipe;

3. Reconhecer que a comunicação é força vital de uma empresa;

4. Estabelecer um sistema de comunicação nos dois sentidos dentro da

empresa, para que a comunicação flua para cima e para baixo;

5. Ser um bom ouvinte;

6. Estar disposto a dedicar mais tempo à comunicação;

7. Aperfeiçoar as habilidades como orador à frente de um grupo e como

líder de um pequeno grupo além de suas competências em

aconselhamento e comunicação individual.

O líder é aquele que se faz entender pelo grupo é o que se preocupa em

transmitir aos membros de sua equipe o conhecimento do resultado do seu

trabalho e de seu desempenho como equipe.

CAPÍTULO III

COMUNICAÇÃO E A IMAGEM

33 É fundamental que as atividades da comunicação empresarial sejam

articuladas com o planejamento estratégico da empresa e que tenham como

objetivo a construção da imagem institucional da empresa, “A imagem

institucional de uma empresa é formada pela imagem do produto e pela

imagem da relação com o consumidor”, segundo Pimenta, (apud Tomasi e

Medeiros, 2007, p.83).

A comunicação, que hoje tem uma função estratégica, tem por objetivos

criar, manter ou mudar, se for negativa, a imagem da empresa. E para isso,

antes de tudo, é preciso mudar o relacionamento com a sociedade. Segundo

Tomasi e Medeiros (2007), é preciso que as empresas tenham visão dos

fatores que influenciam a organização e que a imagem da empresa possa

melhorar quando está associada a eventos culturais e esportivos, por exemplo.

A sociedade vê as organizações como úteis e comprometidas com valores

para o desenvolvimento cultural do cidadão.

Para alguns autores de comunicação, a ideia de que a imagem de uma

empresa é seu maior patrimônio, e que cabe a comunicação organizacional

construir e manter esse bem da empresa. Dessa forma tudo o que está ligado

à organização contribui para sua imagem, inclusive as pessoas que nela

trabalham.

A construção da imagem tem como principal objetivo à legitimidade da

empresa no mercado e esta ação terá a contribuição do público interno para a

conquista do público externo.

A imagem é o resultado de múltiplas ações da comunicação, que

desempenha um papel fundamental na consecução deste objetivo. Uma

dessas ações é criar uma imagem favorável ou melhorar a imagem

desfavorável, pois essas imagens podem ter influência negativa em novos

lançamentos e no empreendedorismo da empresa. Se ela quer criar um

destaque no mercado tem que trabalhar para criar e manter uma imagem

positiva para aceitação dos seus produtos.

34 A imagem é a representação da percepção que os consumidores tem de

uma empresa, essa ideia é formada pelo consumo dos produtos e pelos seus

serviços.

Essa percepção é um grande ganho para a instituição, pois influencia

nas decisões de compra e consumo, assim a empresa ganha a fidelização do

consumidor.

Nunca podemos esquecer que imagem e identidade de uma empresa

são coisas diferentes, mas têm que estar interligadas. A identidade é

constituída por valores, princípios, conceitos e sistemas, é a personalidade da

empresa, ou seja, aquilo que ela realmente é.

3.1 - A Construção da Imagem Através do Feedback

A comunicação é a base das relações interpessoais e tem como objetivo

exercer influência em outra pessoa. Assim, toda ação de comunicação visa

gerar uma reação. A comunicação interpessoal acontece com a

interdependência entre a ação e a reação, pois o emissor influencia o receptor

e vice-versa. Ambos utilizam a reação um do outro, que serve como feedback.

E o que é feedback? É um processo que ajuda na melhoria e

manutenção dos comportamentos dentro da empresa. É a resposta e o retorno

do que é passado em nossas comunicações. É a certeza do que foi

compreendido, e também, o acréscimo de ideias e de sugestões à mensagem

que foi passada. A prática do feedback pode ajudar bastante na melhoria da

comunicação interpessoal, pois esse processo tem a intenção de construir e de

ajudar no desenvolvimento das relações interpessoais e conseqüentemente na

expansão da empresa.

Com a melhoria das relações interpessoais a competência dos

profissionais são desenvolvidas e essa mudança reflete nos funcionários níveis

altos de produtividade, pois com a prática do feedback as relações se tornam

mais produtivas no trabalho, e as expectativas das pessoas em relação às

35 outras são diminuídas, pois existem explicações quanto às dúvidas levantadas

e as comunicações são feitas de forma construtiva e ética.

A empresa precisa fazer com que os colaboradores se sintam

importantes e o líder de uma equipe deve ter a atitude de motivá-los.

Motivá-los é atender as suas necessidades emocionais. É fazê-los se

sentirem parte do contexto. Satisfeitas as necessidades básicas2 de sua equipe

é preciso se preocupar com as necessidades sociais dos membros, as

necessidades do ego e da satisfação pessoal, dando-lhes oportunidades de

realizar coisas, de inovar, de elogiá-los pelos seus sucessos, dando-lhes

feedback do seu trabalho e que possam desfrutar sentimentos como de

efetivamente participarem de uma equipe e dos sucessos alcançados pela

organização.

A força vital de qualquer relacionamento é a comunicação nos dois

sentidos. Portanto, para aumentar a produtividade é preciso manter seus

funcionários informados e ser um bom ouvinte para que eles possam se

comunicar. O conhecimento e a utilização do feedback aumentam a eficácia no

processo de comunicação.

.

______________

2 Na teoria de Maslow as necessidades são classificadas segundo as prioridades: 1) fisiológicas: alimento, higiene, 2) segurança; 3)

sociais: uma pessoa precisa ser aceita e desfrutar de companhia; 4) ego: reconhecimento dos outros; 5) satisfação pessoal. (apud

Chiavenato, 2000)

A imagem de uma empresa é baseada na produtividade das pessoas

que trabalham na organização. E a estratégia para conseguir isso é o

planejamento gerencial, a prioridade é tornar excitantes as atividades

relacionadas aos consumidores e aos serviços.

As atitudes positivas devem ser passadas, pois os membros de uma

equipe entram em sintonia e conseguem perceber essas variações

36 emocionais. È importante compartilhar as boas notícias e não descarregar

problemas sobre os membros.

Essa forma de se trabalhar em conjunto é chamada de empowerment,

Chapman, (1996) a definiu como uma nova forma de:

“... relacionamento entre funcionários e de um novo

relacionamento entre as pessoas e a organização. Todos

se sentem responsáveis por suas funções, e têm um certo

sentimento de propriedade do todo. A equipe de trabalho

não age apenas em reação às demandas, ela inicia a

ação. O funcionário tomas as decisões, e não apenas as

segue. Todos sentem que estão continuamente

aprendendo e desenvolvendo novas habilidades para

atender novas demandas” (p.152)

Estabelecer boas relações de comunicação na empresa beneficia a

todos, pois quando se tratam os funcionários com cuidado, dando feedback

dos problemas, eles darão em troca um tratamento melhor aos seus colegas e

aos seus clientes.

37

3.2 - O Papel do Setor de Recursos Humanos na Empresa

O sistema de Recursos Humanos está fundamentado, na filosofia da

empresa, a qual é o esqueleto dorsal em que se ramificam os princípios que

caracterizarão sua atuação no mercado. Dessa linha de pensamento se visa

orientar a produção de bens e serviços, melhorando a qualidade final do

produto e do controle de qualidade. Baseados nas exigências do mercado, o

Recursos Humanos visa também dar condições para uma melhor prestação de

serviços à comunidade (preservação de imagem; atividades culturais e sociais;

defesa do meio ambiente, etc.

Para isso, as empresas necessitam adotar planejamentos estratégicos

que visem reestruturar o sistema de Recursos Humanos tornando-o mais ágil e

eficiente. O papel que este departamento deve adotar deve estar pautado no

incentivo ao diálogo entre empregados e chefias possibilitando um clima de

franqueza e objetividade nas negociações trabalhistas aumentando com isso a

produtividade do trabalho.

Planejar é dar corpo às ideias e aos propósitos, de modo a localizar,

identificar e estruturar as atividades que nos levarão à consecução de

determinados objetivos.

Por outro lado, as organizações modernas atuam em ambientes cada

vez mais competitivos, turbulentos e em permanente mutação. E é nesse

contexto que as empresas se veem obrigadas a aperfeiçoar seus

procedimentos, detectando as inovações ambientais como, por exemplo,

avanço tecnológico, preservação ecológica e mercado consumidor.

O enfoque do planejamento estratégico parte do princípio de um

ambiente em constante transformação e avaliação de metas.

A estratégia constitui-se num processo onde se manifestam ações

destinadas a atingir objetivos de curto, médio e de longo alcance. Para que

esses atos aconteçam no dia a dia do mercado com a eficiência (capacidade

38 de produzir um efeito) e com eficácia (capacidade de produzir um efeito com

qualidade) necessários, é preciso que se utilizem certos processos adequados

como, por exemplo, o planejamento estratégico.

O propósito central do Planejamento Estratégico do setor de Recursos

Humanos é integrar os vários procedimentos, políticas e objetivos do RH à

proposta estratégica geral da empresa porque grande parte dos membros de

uma empresa não consegue chegar ao cume do seu potencial. Essa

defasagem operacional (a diferença entre o que poderiam produzir e o que

produzem) pode ser diminuída com um trabalho na área de relação humana. É

preciso criar relacionamentos saudáveis, com confiança e diálogo. Isso pode

contribuir para minimizar a defasagem dos seus funcionários e

conseqüentemente a defasagem organizacional, pois os indivíduos e as

organizações não podem manter consistentemente todo o seu potencial por

todo o tempo.

Sendo um processo de tomada de decisões, o Planejamento Estratégico

de Recursos Humanos projeta ações futuras e formula estratégias com vistas à

enfrentar situações e desafios surgidos no ambiente do mercado de trabalho.

3.3 – O Setor de Recursos Humanos Adaptando-se às

Mudanças

Um dos princípios organizacionais consagrados na atualidade

empresarial é que a divisão de grandes unidades administrativas em unidade

menores torna o trabalho mais produtivo. E, com o aumento e a complexidade

das funções da unidade de Recursos Humanos, torna-se indispensável a sua

reestruturação, de modo a caracterizar suas várias subunidades (seções,

setores, serviços).

Dessa forma, a estrutura organizacional de Recursos Humanos tem

como propósito central agilizar a plena utilização do potencial humano rumo

aos objetivos empresariais e, a reestruturação da área, tem o objetivo de

39 distribuir as funções de modo a fazer cumprir o planejamento estratégico da

empresa.

A constituição de setores ou subunidades de Recursos Humanos

autossuficientes, geridas de forma racional e respondendo de imediato às

pressões do mercado, transforma os responsáveis por seus setores em

autênticos gestores de pequenas empresas prestadoras de serviços.

Desse modo, o gerente de Recursos Humanos não pode e nem deve

ser um centralizador de decisões, pois sua área de atividades, hoje mais do

que ontem, deve estar plenamente identificada com a flexibilidade e rapidez de

absorção de mão-de-obra bem preparada e motivada para o trabalho.

Para que haja uma efetiva descentralização das atividades de Recursos

Humanos, é preciso que seus membros sejam aptos para se comunicar e

queiram de fato contribuir com sua ação para descentralizar; que desejem

realizar um propósito comum: a de seguir as metas da unidade e da empresa.

Conduzindo o empregado à participação, o processo de delegação é

uma fonte de motivação para o trabalho. Ao delegar as tarefas a seus

colaboradores o gerente de Recursos Humanos tem como vantagem o

aumento da produtividade dos funcionários no exercício de suas tarefas;

criação de um clima positivo no ambiente de trabalho e o aumento do grau de

confiança no relacionamento entre o gerente e seus liderados, além de

descobrir novos talentos e de conseguir um melhor e maior participação dos

colaboradores no exercício de suas tarefas.

Os Recursos Humanos passam a ter uma importância estratégica no

desenvolvimento das organizações. Assim nascem projetos nas empresas em

que a comunicação ganha mais importância, não só tem mais cuidados e

estratégias para construir os veículos internos de comunicação, mas também

fornecem informações mais transparentes.

40

3.4 – Comunicação Valorizada Pelo Setor de Recursos

Humanos

Nas últimas décadas o segmento de Recursos Humanos vem passando

por relevantes transformações, culminando em mudanças na sua filosofia de

atuação, representadas por um modelo de Recursos Humanos empreendedor,

como também, em um novo perfil de competências exigidas para nos

profissionais da área. Tais transformações têm viabilizado uma atuação mais

diretiva no que refere ao desenvolvimento do capital intelectual dos

funcionários nas empresas.

A intranet é um exemplo que tem permitido a implantação da

comunicação interna. Este trabalho visa a melhoria na qualidade da

comunicação do setor de Recursos Humanos com seus funcionários. Esta

ferramenta possibilita o fácil acesso à informações de diversas áreas da

empresa, interagindo mais diretamente com o Recursos Humanos.

Para as empresas, com olho no futuro, está cada vez mais claro que os

manuais e códigos de ética não dão conta de anos de uma cultura burocrática,

hierárquica e autoritária que despreza o potencial humano. Precisamos mudar

o estilo de tratar os colaboradores para mexer com os sentires e pensares das

pessoas.

Acreditar que treinamento, silêncio e obediência sem reflexão não são

mais receitas de sucesso é o caminho para uma empresa que se prepara para

o mundo de hoje. Para não matar a auto-estima de seus empregados e impedir

a criatividade é cada vez mais necessário uma liderança que gere motivação

para colaborar, converse com empregados e estimule a autocapacitação.

Comunicação face a face virou uma nova maneira de se tratar os

colaboradores.

A organização transformou os analistas de Recursos Humanos em

agentes de engrenagem, no processo de comunicação. Investir no

desenvolvimento humano, no empreendedorismo, na habilidade em se

41 relacionar e de saber ouvir, desenvolve a capacitação de entender as

intenções do outro, aprender a focar no que está sendo dito pelo outro.

Valorizar o feedback, que é dado através das chefias, tornando-o uma

das principais ferramentas de comunicação interna, feito através do contato

diário mantido com a mão-de-obra produtiva, é possível levantar as

necessidades da empresa e ajudar a identificar onde elas precisam ser

trabalhadas pela equipes do Recursos Humanos.

O perfil dos analistas, do setor de Recursos Humanos, que atuam nas

empresas deve estar preparados para reconhecerem virtudes tanto no silêncio

quanto no diálogo. Devem ser habilidosos para saber enxergar os conflitos e

buscar soluções. Devem saber compreender os profissionais cabendo

verbalizar e transmitir à empresa o que os funcionários esperam deles.

42

CONCLUSÃO

O importante é procurar considerar a comunicação como uma ação

integrada de meios, formas, recursos e intenções. Hoje, as empresas pensam

na comunicação como uma função de estratégia para assessorar a

administração na conquista de melhores resultados. Modernamente, a gestão

de recursos humanos vê a comunicação como um investimento empresarial.

É a comunicação que proporciona a reunião das partes distintas da

empresa, produzindo as condições para um trabalho coordenado entre os

grupos da estrutura organizacional, permitindo, enfim, que as hierarquias

superiores da empresa atinjam as metas programadas.

É fundamental compreender o quanto nossos comportamentos afetam

os outros e no desempenho da equipe. A organização que se preocupa com

seus empregados e pares tendem a crescer mais no mercado, pois uma

relação de confiança recíproca entre os colaboradores contribui para

diminuição das barreiras da comunicação. E essa confiança gerada no dia a

dia no trabalho é repassada na confecção dos produtos, nos serviços

prestados e conseqüentemente na imagem da empresa.

Hoje com a globalização e mudanças aceleradas no mercado

empresarial o aprendizado e a adaptação são fatores imprescindíveis para o

crescimento organizacional. Por isso, o setor de Recursos Humanos tem papel

fundamental no auxílio da expansão da empresa: a capacidade de transformar

a visão do crescimento em realidade através da prática de uma comunicação

mais honesta e incentivadora.

O comportamento humano é influenciado pelas atitudes e normas

informais existentes nos grupos dos quais participa e é dentro da organização

que surgem as oportunidades de relações humanas, devido ao grande número

de grupos e interações resultantes. E é sobre esses grupos que o setor de

43 recursos humanos deve ter uma aplicação efetiva, atuando nos diversos

canais de comunicação para chegar a todos os tipos de públicos e alcançar

com uma comunicação eficaz, as necessidades das diversas leituras que o ser

humano necessita.

O zelo pela imagem positiva da organização cabe a empresa como um

todo. Todos que nela trabalham tem sua parcela de responsabilidade, mas o

alcance desse propósito só se conseguirá com a implantação de diversos

fatores integrados, entre eles, uma comunicação que seja eficaz, aberta e

clara, onde não haja informações sonegadas, incompletas e principalmente

mal intencionadas.

44

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CARVALHO, Antônio Vieira de. Recursos Humanos: Desafios e Estratégicas.

São Paulo: Pioneira, 1989.

CHAPMAN, Elwood N. Relações Humanas na Pequena Empresa. Rio de

Janeiro: Qualitymark Ed., 1996.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos: Fundamentos

básicos. São Paulo: Atlas, 1999.

____________________. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6 ed,

Rio de Janeiro: Campus, 2000.

MACHADO NETO, Octaviano. Competência em Comunicação Organizacional

Escrita: O manual da Comunicação Escrita Utilizada nas Empresas: Novas

técnicas, parâmetros e princípios para o planejamento e a produção de

comunicação escrita na atividade profissional. - Rio de Janeiro: Qualitymark,

2003. capítulo 1 (Comunicação Escrita e Comunicação Organizacional).

REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do. Comunicação Empresarial,

Comunicação Institucional: Conceitos, estratégias, sistemas, estrutura,

planejamento e técnicas. São Paulo: Sumus, 1986.

TOMASI, Carolina e MEDEIROS, João Bosco. Comunicação Empresarial. São

Paulo: Atlas, 2007.

45

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

COMUNICAÇÃO: CONCEITO E SEUS ELEMENTOS 10

1.1 - A Importância da Comunicação nas Empresas 11

1.2 – Modelo Sistêmico de Comunicação: A Influência do Contexto e do

Psicológico 12

1.2.1 – A Importância do Contexto na Comunicação 13

1.2.2 – O Psicológico nas Relações Interpessoais da Comunicação 14

1.3 – Metáforas da Comunicação 15

CAPÍTULO II

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 18

2.1- O Papel da Administração 19

2.1.1 – Direção da Comunicação 20

2.1.2 – Canais de Comunicação 21

2.1.3 – Barreiras da Comunicação 22

2.2 – Comunicação Administrativa 23

2.2.1 – Comunicação Escrita 24

2.2.2 – Comunicação Oral 25

2.2.3 – Comunicação Não Verbal 25

46 2.3 – Comunicação Estratégica 26

2.3.1 – A comunicação Externa 27

2.3..1.1 – Ouvidoria 27

2.3.2 – Comunicação Interna 27

2.3..2.1 – Comunicação Gerencial 28

2.4 – Endomarketing 30

2.5 – Liderança e a Comunicação 31

CAPÍTULO III

COMUNICAÇÃO E A IMAGEM 33

3.1 – A Construção da Imagem através do Feedback 34

3.2 – O papel do Setor de Recursos Humanos na Empresa 37

3.3 – O Setor de Recursos Humanos Adaptando-se às Mudanças 38

3.4 – Comunicação Valorizada pelo Setor de Recursos Humanos 40

CONCLUSÃO 42

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44

ÍNDICE 45

47

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes

Título da Monografia: A Importância da Comunicação Interna para o

Reflexo da Imagem Positiva

Autor: Tereza Cristina Ramos Granja

Data da entrega:

Avaliado por:Maria da Conceição M. Poppe Conceito:

48

ATIVIDADES CULTURAIS

49