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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVM PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU FERNANDA RITTER LEICHTER COMO OS SABERES DA NEUROCIÊNCIA CONTEMPORÂNEA CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO PESSOAL DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES PROF. ORIENTADORA: GLÓRIA JESUS RIO DE JANEIRO 2017

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVM PÓS GRADUAÇÃO LATO … · 3 RESUMO Introdução: Esse trabalho aborda a importância e os saberes da neurociência contemporânea dentro das organização

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

AVM PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU

FERNANDA RITTER LEICHTER

COMO OS SABERES DA NEUROCIÊNCIA CONTEMPORÂNEA CONTRIBUEM

PARA O DESENVOLVIMENTO PESSOAL DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES

PROF. ORIENTADORA: GLÓRIA JESUS

RIO DE JANEIRO

2017

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COMO OS SABERES DA NEUROCIÊNCIA CONTEMPORÂNEA CONTRIBUEM

PARA O DESENVOLVIMENTO PESSOAL DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES

FERNANDA RITTER LEICHTER

Monografia apresentada ao Instituto Cândido Meneses, pela AVM como requisito parcial para a

obtenção do título de especialista em Pedagogia Empresarial.

Orientadora: Ms. Glória Jesus

RIO DE JANEIRO

2017

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RESUMO

Introdução: Esse trabalho aborda a importância e os saberes da neurociência

contemporânea dentro das organização empresarias, sendo apresentados de três

formas. A neurociência é um assunto que tem sido discutido amplamente na

sociedade, principalmente com grande enfoque em notícias televisivas, jornais,

reportagens mídia, em geral. Objetivo: Descrever de que forma os saberes da

neurociência contemporânea resulta na capacidade de respostas comportamentais

das pessoas que trabalham no ambiente empresarial e sua relação com a

neurociência na atualidade. Metodologia: O instrumento de pesquisa será uma

abordagem teórica em, utilizando livros, artigos e pesquisa qualitativa para melhor

compreender de que forma funciona no nosso cérebro e como podemos atribuir a

neurociência no contexto empresarial. Resultados: Os desafios e as tarefas da Mente

Criativa que está desenhada para o agora e consolidada no futuro imediato. Os

gestores e os inovadores organizacionais deve ter pelo menos, no plano das ações

humanas, a certeza da dualidade entre Raciocínio e Criatividade os quais devem ser

cada vez mais Simultâneos. É importante ressaltar que o cérebro vai se modelando

conforme estimulado. Por isso a importância dos estudos da neurociência em

qualquer área. Conclusão: Através deste trabalho realizado, percebi a importância

da neurociência em todos os contextos e que não podemos desvincular ela do ramo

empresarial. Muitas empresas ainda veem o indivíduo como raso, sem uma ligação

com o mundo externo. Podemos perceber com esse presente trabalho, que muito do

que somos hoje está relacionado com o que vivemos e agimos em sociedade. A

neurociência vem contribuindo muito para essa percepção.

Palavras-chave: Empresas, Neurociências, Memória

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METODOLOGIA

Este capítulo demonstra a forma que será desenvolvido o trabalho “Como os

saberes da neurociência contemporânea contribuem para o desenvolvimento pessoal

dentro das organizações”. Será realizado em forma de pesquisa qualitativa. Segundo

Bogdan e Biklen (1982, p 27) no seu livro A pesquisa qualitativa, apresentam ela de

tal maneira “A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de

dados e o pesquisador como seu principal instrumento pessoal.”

Neste aspecto percebe – se que o pesquisador está inteiramente ligado com a

pesquisa qualitativa. Contudo o pesquisador precisa estar aberto para novos olhares

e ter uma pesquisa flexível para conseguir alterá-la, assim que necessário for.

Este trabalho também será desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica.

Segundo Boccato:

A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos

publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado

na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição

temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação. (BOCCATO, apud PIZZANI, SILVA, BELO, HAYASHI, 2006, p 266)

Para compreender e estudar a neurociência contemporânea a metodologia

teórica vai ser baseados nos autores BEAR. M; CONNORS. B; PARADISO.M. 2008 ;

BORELLA. M; SACCHELLI. T. 2008 ;FIORI, Nicole, 2008; Tamayo, .Schwartz, S.,

1993.

Para compreender o desenvolvimento e a história das organizações atuais a

metodologia teórica vai se basear nos autores ZAHRA, 2000; SEIFFERT,2005;CRUZ

,1998.

O instrumento de pesquisa será baseado através de estudos e

aprofundamentos teóricos e também será baseada em artigos e revistas científicas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..........................................................................................................06

Capítulo I – A Neurociência na atualidade.............................................................09

Capítulo II- As organizações e empreendedorismo..............................................19

Capítulo III- A importância da Neurociência nas empresas

contemporâneas.......................................................................................................28

CONCLUSÃO...........................................................................................................37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................39

INTRODUÇÃO

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Esse trabalho aborda a neurociência contemporânea nas empresas atuais. A

neurociência é um assunto que tem sido discutido amplamente na sociedade,

principalmente com grande enfoque em notícias televisivas, jornais, reportagens

mídia, em geral.

Este trabalho pretende abordar a importância e os saberes da neurociência

contemporânea dentro das organização empresarias, sendo apresentados de três

formas.

No primeiro capítulo será escrito a importância e o alavanque da neurociência

para a sociedade atual.

A neurociência é um campo de estudo que vem crescendo muito na

contemporaneidade. Suas propostas e ideias vem se aperfeiçoando e contribuindo

para melhor entendermos de que forma nosso cérebro trabalha.

Levando em consideração, que o estudo da neurociência vem contribuindo

muito para entendermos melhor o funcionamento do sistema cerebral, a neurociência

não se torna apenas um campo de estudo, mas um caminho para compreendermos e

sabermos lidar melhor com o ser humano.

Observando a estrutura do sistema nervoso, percebemos que eles têm partes

situadas dentro do cérebro e da coluna vertebral e outras distribuídas por todo corpo.

As primeiras recebem o nome coletivo de sistema nervoso central (SNC), e as últimas

de sistema nervoso periférico(SNP).

É no sistema nervoso central que está a grande maioria das células nervosas,

seus prolongamentos e os contatos que fazem entre si. No sistema nervoso periférico

estão relativamente poucas células, mas um grande número de prolongamentos chamados fibras

nervosas, agrupados em filetes alongados chamados nervos.

Os nervos (conjunto de neurônios) podem ser divididos em nervos que levam

informação para o SNC e nervos que levam informação do SNC. Os primeiros são chamados

fibras aferentes e os últimos de fibras eferentes. As fibras aferentes enviam sinais dos

receptores (células que respondem ao estímulo sensorial nos olhos, ouvidos, pele,

nariz, músculos, articulações) para o SNC. As fibras eferentes enviam sinais do SNC

para os músculos e as glândulas.

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O desenvolvimento recente que as neurociências têm experimentado leva-nos

a uma aproximação, a passos largos, do conhecimento do funcionamento do cérebro.

Embora grande parte destes estudos tenha sido realizada em animais, as evidências

obtidas têm contribuído, sobremaneira, para o nosso entendimento das bases neuro-

humorais do comportamento humano.

Nesse sentido, com base na literatura pertinente, este artigo constitui-se em

uma abordagem objetiva dos principais tópicos da chamada neurociência

contemporânea, tendo em vista que o volume de informações nessa área cresce a

uma velocidade impressionante, os esforços para sistematizar os conhecimentos

adquiridos neste campo tornam-se cada vez mais necessários e importantes.

Estamos vivendo em uma sociedade, onde as pessoas estão muito

acomodadas em sua rotina diária; como fazer sempre o mesmo caminho do trabalho

para casa, da casa para trabalho, sem se preocupar em fazer coisas novas e

diferentes para ir trabalhando o cérebro e criando novas sinapses.

O segundo capítulo vai tratar do funcionamento das organizações e

empreendedorismo, desde suas histórias até seu lugar na sociedade e de que forma

se destacam no mercado de trabalho.

As empresas estão cada vez mais precisando se modelar a esse processo

tecnológico e corriqueiro da rotina diária, levando em conta a saúde mental do seu

funcionário.

A sociedade está se adaptando e criando formas de melhor se apresentar no

mundo dos negócios. A área administrativa e o empreendedorismo estão crescendo

e tomando uma dimensão enorme para dar conta do processo da rápida produção

atual.

Com bases, nesses dois estudos que vem sendo muito discutidos atualmente,

o terceiro capitulo, busca fazer uma interconexão dos dois vinculando os estudos da

neurociência contemporânea com as práticas empresariais.

Sabendo que a neurociência é a ciência que estuda o cérebro humano,

podemos vê-la em um contexto empresarial com o intuito de auxiliar e estudar o

cérebro com atividades que desenvolvam a capacidade da formação do indivíduo.

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A relação desse vínculo precisa ser trabalhada de forma conjunta por

empreendedores e funcionários, pois um auxilia o outro, fortalecendo o crescimento

da empresa.

Para considerarmos a neurociência em um ambiente empresarial, precisamos

considerar e estimular o funcionário dentro da empresa, para que tenha uma boa

alavanca no aprendizado organizacional.

Esse trabalho irá abordar como os saberes da neurociência contemporânea

podem contribuir para o desenvolvimento pessoal dentro das organizações,

juntamente com estudos teóricos para ver de que forma isso pode ir auxiliando dentro

das empresas.

Com isso, busca-se facilitar a relação gerente – trabalhador com os saberes da

neurociências contemporâneas.

Quanto mais se estabelece uma boa relação gerente- trabalhador com os

saberes da neurociência contemporânea maiores serão as chances de crescimento e

sucesso da empresa.

CAPÍTULO I

A NEUROCIÊNCIA NA ATUALIDADE

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De que modo o cérebro aprende? Como podemos nos lembrar de algumas

coisas e esquecer outras que recentemente aprendemos? Nosso cérebro é uma

máquina que vamos aperfeiçoando ao longo do tempo e nossa memória é um dos

processos fundamentais para que essa “máquina” funcione.

No que se refere memória e cognição me baseio nos estudos Roberto Lend. A

partir dos estudos, encontramos o que podemos chamar de metacognição, que refere-

se a capacidade do ser humano refletir sobre seu conhecimento. A mesma permite

que tenhamos um controle do objeto afetivo, sensório e motor podendo manipulá-la

mas controlá-la ao mesmo instante. Segundo Peixoto:

“...o conhecimento metacognitivo permite decidir sobre eventos, tais

como prosseguir ou não no ritmo atual de estudo, intensificar esforços,

reduzir o empenho ou abandonar a tarefa.” (Peixoto, 2007).

Desse modo, pode-se dizer que a relação entre objetivo e dados cognitivos está

ligada com a estratégia utilizada no esforço do indivíduo em aprender.

Segundo Lend não devemos achar que a criança está “perdendo tempo”

quando está jogando um vídeo game e em seguida muda para matemática, ela está

tornando o cérebro mais maduro e aprimorando a atenção e memória.

Podemos dizer que memória não é local, ou está localizada em apenas um

lugar do nosso cérebro. Memória é um conjunto de funções, onde uma não trabalha

sem a outra.

A linguagem verbal estrutura grande parte da nossa memória e cognição. Se

perguntarmos a várias pessoas se lembram o que aconteceu aos 2 anos de idade,

bem provável que a maioria diga “não”, pois uma criança por mais que possua outros

tipos de comunicação (como o corpo, o grito, o choro) ainda não possui a memória

consolidada. Ao longo da vida, conforme vamos aumentando nossa linguagem verbal,

vamos aprimorando nossas memórias.

Temos muitos tipos de memória, entre elas :

Memória de trabalho: pode ser conhecida como um centro de operações é

aí que são arquivadas e mantidas todas as nossas informações que podem

ser trazidas à consciência.

Nas memória de longa duração ou permanente estão contidas as

lembranças mais antigas.

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Memória de curto prazo é aquela memória que dura segundos ou horas e

que provavelmente se esquecerá em semanas.

Memória declarativa são aquelas memórias de utilização diárias que

possibilita evocar fatos e eventos ocorrentes.

Memória não- declarativa é aquela memória dividida em categorias, a que

se destaca é a memória de procedimento, para habilidades e

comportamentos adquiridos e armazenados em nosso encéfalo.

A memória pode ser definida como a capacidade de um organismo alterar seu

comportamento em decorrência de experiências prévias. Do ponto de vista fisiológico,

essa capacidade é resultado de modificações na circuitaria neural em função da

interação do indivíduo com o ambiente.

A formação de novas memórias envolve mudanças nas sinapses existentes

(como a do terminal “A“ com o neurônio pós-sináptico) ou a formação de novas

sinapses (como a do terminal axonal “B” sobre o terminal “A”. Essas alterações levam

à alteração e estabelecimento de circuitos neurais que representam as memórias

arquivadas.

Para transformarmos uma memória de curta para longa duração é necessário

repetição, informações (adaptação , sobrevivência), super aprendizagem , prática

distribuída, prática concentrada.

Esse conhecimento atual resultou do trabalho de inúmeros personagens;

destacaremos os principais em um breve histórico do estudo da memória. As primeiras

indagações de que se têm notícia na história da humanidade sobre a natureza da

memória foram formuladas pelos filósofos gregos e, posteriormente, reformuladas

pelos pensadores iluministas.

No entanto, o estudo experimental da memória teve início no século XIX, com

o desenvolvimento do que hoje denominamos Psicologia Experimental. Hermann

Ebbinghaus (1880) realizou uma série de estudos (avaliando sua própria memória)

envolvendo a memorização de listas de sílabas sem sentido e a recordação das

mesmas diferentes períodos de tempo depois de sua apresentação.

Podemos perceber que conforme vamos lapidando nosso cérebro ele vai

aprimorando as formas de armazenamento. Da mesma maneira como treinamos

nosso corpo, com academia, exercícios físicos, devemos treinar nossa mente, toda

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vez que praticamos algo novo, realizamos novos caminhos, estudamos e vamos

adquirindo novas informações, vamos construindo novas sinapses e fazendo com que

se transforme em memória de curta e longa duração.

Müller e Pilzecker (1900), inspirados pelos trabalhos de Ebbinghaus, realizaram

testes que envolviam a apresentação de pares de sílabas que cuja lembrança deveria

ocorrer após um intervalo de tempo, oferecendo-se apenas um dos elementos de cada

par; uma lista distratora era oferecida para um segundo grupo de voluntários durante

o intervalo de tempo entre a lista apresentada e a lembrança da primeira lista.

Os autores notaram que os voluntários cuja atenção foi desviada do material

estudado exibiram lembrança menor do que o grupo de voluntários sem desvio da

atenção; assim, enfatizaram a fragilidade das memórias quando a atenção é desviada

(Lechner e col.,1999). Esses autores descreveram também o efeito de perseveração,

em que testes posteriores eram afetados por testes prévios.

Para entender um ser humano, precisamos conhecê-lo e para conhecê-lo é

fundamental que entendemos como o cérebro humano aprende e se modifica ao longo

do tempo.

Pode-se dizer que o estudo e o conhecimento da Neurociência é fundamental

para o comportamento humano e seu desenvolvimento e devemos aprimorar nosso

cérebro sempre. Assim como afirma BEAR:

No cérebro humano existem aproximadamente cem bilhões

de neurônios (unidade básica que processa a informação no cérebro)

e, cada um destes pode se conectar a milhares de outros, fazendo com

que os sinais de informação fluam maciçamente em várias direções

simultaneamente, as chamadas conexões neurais ou sinapses (BEAR,

CONNORS, PARADISO, 2002, p. 704).

Até o final do século 20, acreditava-se que o cérebro adulto era um computador

que não podia ser atualizado. Pensava- se que ao nascer já se tinha um número

determinado de células cerebrais (neurônios) e que esses mesmo nos

acompanhariam até a fase adulta, onde jamais seriam recuperados e nosso cérebro

iria “morrendo” lentamente.

No século XIX, cientistas como Darwin e Freud, consideraram o papel do

encéfalo na expressão das emoções, onde eram observadas as expressões das

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experiências emocionais dos animais e humanos. O psicólogo americano William

James em 1984, propôs que a emoção era a resposta das alterações fisiológicas em

nosso organismo, essa teoria foi contestada por Cannon ? Bard, em 1987 que criticou

de modo persuasivo a teoria de James; propondo que a experiência emocional pode

ocorrer independente de uma expressão emocional; onde as emoções podem ser

experimentadas mesmo quando não sentimos as mudanças fisiológicas acontecerem.

Por volta de 1930, James Papez, acreditava que houvesse um sistema da

emoção que ligaria como o córtex e o hipotálamo, de forma anatômica os

componentes do circuito de Papez estão interconectados e essas estruturas envolve

a emoção, que é constituído pelo circuito básico das emoções que composto pelo giro

do cíngulo, giro parahipocampampal, hipocampo, fórnix, corpo mamilar, núcleos

anterior e no tálamo. No circuito de Papez, o hipotálamo governa a expressão

comportamental da emoção.

Contudo, com o passar dos anos, os estudos a respeito do cérebro e de seu

funcionamento foram se aperfeiçoando e se descobriu que o cérebro humano é um

órgão muito poderoso, complexo, flexível e maleável ao que se imaginava vinte anos

atrás.

O mesmo se pensava a respeito das redes neurais, que uma vez destruídas,

jamais poderiam ser restabelecidas. Entretanto, podemos perceber, que as células

celebrais que temos ao nascer, não somente podem ser recuperadas, mas também,

reproduzidas no decorrer das nossas vidas.

O sistema límbico é formado por estruturas pertencentes a região cortical e

subcortical, por alguns núcleos nervosos e por conexões nervosas que interligam as

estruturas; repetindo as mesmas funções hipotalâmicas com a diferença de as

mesmas serem mais elaboradas e, sofrerem ação do neocórtex.

O neurologista francês Paul Broca, publicou um artigo no ano de 1878, onde

designou que a coleção de áreas corticais encontradas na superfície medial do

cérebro, como sendo sistema límbico, pois formam uma borda ao redor do tronco

encefálico. Segundo o autor Bear (2002, p. 584) "de acordo com essa definição o lobo

límbico consiste do córtex ao redor do corpo caloso, principalmente no giro cingulado,

e o córtex na superfície medial do lobo temporal, incluindo o hipocampo."

Prazer e recompensa são umas das emoções mais antigas a ser estudadas

pelos os neurofisiologistas devido a finalidade do estabelecer a relação do

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funcionamento cerebral e o circuito encefálico específico. Alguns cientistas relatam

que o centro de recompensa pode ser prolongado até o tronco cerebral.

O centro da recompensa está relacionado ao feixe

prosencefálico medial, nos núcleos lateral e ventromedial do

hipotálamo, havendo conexões com o septo, a amígdala, algumas

áreas do tálamo e os gânglios da base. Já o centro de "punição" é

descrito com localização na área cinzenta central que rodeia o

aqueduto cerebral de Sylvius, no mesencéfalo, estendendo-se às

zonas periventriculares do hipotálamo e tálamo, estando relacionado à

amígdala e ao hipocampo e, também, às porções mediais do

hipotálamo e às porções laterais da área tegmental do mesencéfalo

(BARRETO , 2010, 389-390).

A neuroplasticidade veio para nos mostrar a capacidade de remapeamento das

conexões das nossas células nervosas, o processo que nos ajuda a continuamente

aprender. Assim como afirma Borella e Scchelli

[...] a neuroplasticidade é qualquer modificação do sistema nervoso

que não seja periódica e que tenha duração maior que poucos

segundos ou ainda a capacidade de adaptação do sistema nervoso,

especialmente a dos neurônios, às mudanças nas condições do

ambiente que ocorrem no dia a dia da vida dos indivíduos, um conceito

amplo que se estende desde a resposta a lesões traumáticas

destrutivas até as sutis alterações resultantes dos processos de

aprendizagem e memória[...] (Marcella de Pinho Borella, Tatiana

Sacchelli, 2008, p 6)

A plasticidade deriva da palavra grega “plastikos” podendo ser definida como

uma mudança adaptativa na estrutura e nas funções do sistema nervoso, que ocorrem

em qualquer Durante muitos anos considerou-se o sistema nervoso central (SNC)

como uma estrutura funcionalmente imutável e anatomicamente estática. O dogma

“sem novos neurônios” significou em todo esse tempo que não haveria a possibilidade

da formação de novas conexões.

O sistema, uma vez concluído seu desenvolvimento embrionário, era uma

entidade terminada e definitiva, graças a sua incapacidade de proliferação e a sua

irreversibilidade de diferenciação celular, mutável somente por lesões ou

degenerações e irreparável por sua própria natureza.

Nos últimos 40 anos essa opinião mudou radicalmente. O rígido esquema de

circuitos invariáveis, tanto no número de suas unidades como nas conexões entre

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elas, tem sido substituída progressivamente por um sistema onde ocorre uma

modificação dinâmica em resposta a mudanças no ambiente.

Essa nova visão é sustentada no conceito de neuroplasticidade e é hoje um

elemento unificador essencial para compreender os processos tão aparentemente

diferentes como o aprendizado e a recuperação estágio da ontogenia, como função

de interações com o ambiente interno ou externo ou, ainda, como resultado de injúrias,

de traumatismos ou de lesões que afetam o ambiente neural.

Os mecanismos anteriormente descritos, explicavam a Potenciação em Longo

Prazo (LTP) em termos de modificações moleculares que conduzem a mudanças

funcionais. Existem evidências de que além das fases mais tardias (maior que 8

horas), podem aparecer mudanças detectáveis na morfologia das sinapses que

também poderiam estar implicadas na LTP.

A sucessão de mecanismos implicados no sustento temporal da LTP

demonstra uma estreita sobreposição dos mecanismos neuroplásticos, começando

por trocas da área funcional e culminando com processos de crescimento. Assim, a

LTP seria uma forma de plasticidade neuronal funcional que poderia determinar

processos posteriores de neuroplasticidade, seja por crescimento das sinapses

existentes, ou até mesmo pelo surgimento de novos neurônios.

Quando ocorre uma lesão do SNC em regiões maduras e compostas

principalmente por corpos celulares, as células morrem. Os neurônios não podem ser

substituídos porque as células intactas remanescentes na área estão fora do ciclo

mitótico e não podem mais se dividir. Entretanto, muitos tipos de lesões ao SNC

ocorrem em regiões onde a agressão causa lesões de axônios e não dos corpos

celulares.

Sabe-se que os axônios do sistema nervoso periférico podem regenerar-se por

crescimento a partir do coto proximal. Isto ocorre de forma muito restrita no SNC dos

mamíferos. Parece que essa dificuldade de regeneração não se deve a uma

incapacidade fundamental dos neurônios centrais, pois parte dos neurônios lesados

encontram sinais de regeneração abortiva, chamada de brotamento (sprouting)

regenerativo. Mas há evidencias de que a mielina central e os oligodendrócitos que a

produzem contêm substâncias que inibem a regeneração axonal.

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A regeneração axonal é útil, sobretudo para a reparação de tratos de fibras

largas, como os do nervo óptico (que não é um nervo periférico) ou os que atuam na

medula espinhal. Atualmente, novas estratégias são testadas para promover sua

regeneração: pontes de nervo periférico, fatores tróficos ou anticorpos mononucleares

desenhados para bloquear os fatores inibidores da glia.

Outra forma bem estudada de plasticidade axonal é a chamada colateralização

ou brotamento colateral. A colateralização se diferencia da regeneração devido ao

crescimento ocorrer em axônios sãos, que podem advir de neurônios não-afetados

pela lesão ou de ramos colaterais dos axônios lesados que não foram afetados. Este

segundo mecanismo pode ser chamado de “efeito de poda” (pruning). Assim, os

eventos responsáveis por ambas as formas de crescimento axonal colateral parecem

ser muito similares, apesar dos agentes diferentes que a iniciam.

A colateralização pode ocorrer a partir de axônios do mesmo tipo dos

lesionados (colateralização homotípica) ou de outro tipo (colateralização heterotípica).

Se a colateralização é homotípica, seu valor restaurativo é mais evidente, mas uma

colateralização heterotípica também pode ser benéfica. Isso porque a presença de

fibras aferentes é necessária para a manutenção dendrítica e também porque a

colateralização heterotípica pode contribuir para o equilíbrio excitatório-inibitório e,

com isso, permitir uma restauração parcial da função neural.

Os agentes que iniciam a colateralização não são conhecidos com precisão,

mas foram formuladas hipóteses que poderiam desencadear esses processos:

Especializações pós-sinápticas vazantes: Os axônios sobreviventes após a

degeneração dos cotos distais das fibras secionadas detectariam a presença de

“placas vazantes” e isso estimularia seu crescimento.

Ausência de inibição competitiva: A densidade de inervação de um neurônio

poderia ser controlada por sinais inibitórios que limitam o crescimento axonal. A perda

de uma quantidade substancial dos terminais eliminaria este freio ao crescimento

axonal.

Mudanças na atividade sináptica: A perda de aferentes alteraria a atividade dos

neurônios. Isto, por sua vez, poderia conduzir a liberação de fatores tróficos de

crescimento axonal.

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Presença de terminais em degeneração: As terminações que degeneram

poderiam liberam substâncias que estimulariam a colateralização.

Células da glia: As células da glia que fagocitam os axônios degenerados,

poderiam liberar fatores tróficos que estimulam o crescimento colateral.

A ação cooperativa desses fatores poderia contribuir para criar o que se tem

chamado de ambiente promotor de crescimento, que auxiliam no progresso de

colateralização. Existem alguns fatores de extrema importância para a colateralização

como, por exemplo, a ativação de receptores do tipo NMDA nos neurônios pós-

sipnáticos parece ser necessária para promover o crescimento axial. O bloqueio

destes receptores impede a indução de uma proteína, a GAP-43, envolvida no

crescimento lateral.

A fosfoproteína GAP-43 (Growth Associated Protein) se relaciona com as

terminações axônicas e poderia ter alguma função na transmissão sináptica normal,

mas sua expressão se incrementa dramaticamente em axônios que se alongam. Os

níveis mais altos de GAP-43 se encontram sempre em neurônios que colateralizam e

se considera, para tanto, como um marcador específico de axônios em crescimento.

Outro aspecto que parece importante para o início e desenvolvimento da

colateralização são as interações gliais. Existe uma sequência de ativações gliais que

envolvem primeiro a microglia e logo incluem os astrócitos. A função fagocitária

corresponde predominantemente a microglia, enquanto que os astrócitos parecem

responsáveis pela produção de fatores tróficos que estimulam o crescimento axonal.

O processo de colateralização geralmente se conclui com a formação de novas

sinapses, que substituem as que foram perdidas pela degeneração retrógrada dos

axônios destruídos. Este processo é chamado de sinaptogênese reativa para

diferenciar da sinaptogênese, que normalmente se sucede às etapas intermediárias

do desenvolvimento embrionário.

Além disso, não parece existir diferença alguma entre os mecanismos de uma

e de outra. O broto e a extensão de novos ramos axonais seriam totalmente inúteis se

não culminasse com a formação de novos contatos sinápticos. A sinaptogênese

reativa é parte indissolúvel de um processo único que se inicia com a colateralização

e conclui-se com a formação de novos contatos funcionais.

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Acredita-se que processo de colateralização seguido da formação de novos

contatos sinápticos, pode desempenhar um papel muito importante na recuperação

das funções perdidas como consequência da lesão ou no retardo do aparecimento de

enfermidades neurodegenerativas.

Podemos perceber, que quando usamos nosso cérebro de outras formas,

criamos novos caminhos para a comunicação neural. E mesmo, quando adultos, o

que aprendemos e adaptamos ao longo da vida, reorganiza nossos neurônios.

Sendo o encéfalo o mecanismo de grande importância para o estudo da

neurociência. Pode- se dizer que esse estudo avançou muito, são várias as finalidades

das pesquisas na área da neurociência. Entre elas, destaque para o entendimento de

como nossas vivências são capazes de alterar o cérebro e como interferem no seu

desenvolvimento de neurônios existentes.

Portanto, a neuroplasticidade é o que nos permite aprender, memorizar e

adaptar através da nossa experiência.

Descobriu-se também, que assim como um músculo o nosso cérebro pode ser

treinado e exercitado para produzir resultados incríveis, nossos neurônios podem se

reproduzir e estabelecer conexões a todo momento. Assim como afirma Mason e

Smith (2006,p.16) “...um músculo o cérebro pode ser treinado e exercitado para

produzir resultados extraordinários”.

Todas essas descobertas são possíveis graças ao estudo da neurociência, uma

área que vem se destacando cada vez mais e que se ocupa a estudar o sistema

nervoso, visando desvendar seu funcionamento, estrutura, desenvolvimento e

eventuais alterações que venha sofrer.

A neurociência começa a partir do contexto onde tudo que aprendemos e de

que forma aprendemos, passa pelos sentidos, as experiências que passamos em

nossas vidas são informações que chegam ao sistema nervoso central na forma de

estímulos sensoriais. O encéfalo processa essas informações procurando compará-

las com outras que já estejam previamente guardadas, reconhecendo-as ou não.

Segundo Hipócrates:

O homem deve saber que de nenhum outro lugar, mas apenas

do encéfalo, vem a alegria, o prazer, o riso e a diversão, o pensar, o luto, o desalento e a lamentação. E por isso, de uma maneira especial, nós adquirimos sabedoria e conhecimento e enxergamos e ouvimos e

sabemos o que é justo e injusto, o que é bom e o que é ruim, o que é doce e o que é insípido ...(Hipócrates, 1996, p.34)

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É pelo órgão que nos tornamos loucos e delirantes, e medos e terrores nos

assombram... todas essas coisas nós temos que suportar do encéfalo.

Não se pode falar de Neurociência, sem falar de cérebro, sem falar de memória,

sem falar de sentidos, sem falar em estímulos e sem falar em vivência. Precisamos

compreender que o estudo da Neurociência não apenas abrange um novo olhar, como

também possibilita para novos caminhos e vivências do dia-a-dia quando este não

está sadio... Nesse sentido, opino que o encéfalo que exerce o maior poder sobre o

homem. (HIPÓCRATES, Séc. IVa.c, p.4)

Pode-se dizer que o encéfalo possui numerosos sistemas para desempenhar

e várias funções relacionadas com sensações. Esse mecanismo não envolve apenas

os aspectos físicos dessa informação (cor, forma, tamanho), mas também

relacionando-as com os aspectos diretamente ligados aos sentimentos e emoções.

Sendo o encéfalo o mecanismo de grande importância para o estudo da

Neurociência. Pode-se dizer que esse estudo avançou muito, são várias as finalidades

das pesquisas na área da neurociência. Entre elas, destaque para o entendimento de

como nossas vivências são capazes de alterar o cérebro e como interferem no seu

desenvolvimento.

CAPÍTULO II

AS ORGANIZAÇÕES E EMPREENDEDORISMO

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A história do empreendedorismo começa muito antes do que podemos

imaginar. No Brasil o empreendedorismo já estava presente na história do país, desde

as tribos indígenas até a colonização com a chegadas dos portugueses.

Mas, foi no final de século XVII que o país começou a se destacar no mundo

dos negócios. A grande alavanca para o empreendedor foi a revolução Industrial, onde

as máquinas se destacavam tomando o lugar do trabalho humano. A revolução

industrial trouxe riqueza para os burgueses, porém, deixando as pessoas de baixa

renda na miséria.

Vários empreendedores deixaram sua marca na história do país de várias

formas como o famoso Barão de Mauá (conhecido por inúmeros projetos comerciais

na fabricação de engenhos de açúcar) Contudo, foi somente no período pós- ditadura

que a economia no Brasil, alavancou e foi tomando seu lugar desde então.

A humanidade passa por uma revolução que mudaria os rumos da história das

organizações: a Revolução Industrial. O modelo de estrutura piramidal que antes dava

controle e estabilidade torna-se obsoleto.

Surge então o Fordismo, um sistema econômico e social baseado

na industrialização, padronização e produção em massa. As organizações neste novo

paradigma precisam trabalhar como máquinas de alto rendimento com peças e

recursos substituíveis para sobreviver no mercado.

O poder que antes era privilégio de poucos agora conta com

um dispositivo onde quem conseguir mais méritos pode ir subindo até chegar ao topo

da comando para obter privilégios. O líder gerencia processos e resultados deixando

as relações em segundo plano. Mas ao mesmo tempo há maestria em processos,

inovação, produtividade e resultado.

O mundo passa então por uma nova revolução que alguns chamam de Quarta

Revolução Industrial ou Revolução da Informação. Uma transição de modelo sócio-

econômico comparado à transição do feudalismo para o capitalismo onde o

centralizado e hierárquico dá lugar à rede. Nenhuma outra revolução causou tantas

mudanças em tão pouco tempo.

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Para responder este novo desafio, surgem as organizações evolutivas onde

a liderança situacional se opõe à hierarquia e o modelo de gestão é mais horizontal e

participativo.

O comando e controle dá lugar a autonomia e confiança. A grande cola que une

os membros da organização é o propósito coletivo e, servindo ao propósito coletivo é

possível se desenvolver como indivíduo, retroalimentando o processo.

O mercado vem passando por transformações econômicas que, no todo, exige

mudanças no processo de produção de bens, serviços e gestão comercial.

Economicamente, a globalização reflete a busca por novos produtos e serviços. Esta

luta será vencida por empresas que oferecem produtos novos, de melhor qualidade e

a preços mais competitivos.

As variáveis – inovação, preço e qualidade – tendem a caminhar para lados

diferentes, exceto quando a tecnologia é utilizada como instrumento para esta

finalidade. A tecnologia, nas últimas décadas, é um recurso das organizações que

possibilita o aumento da produção e nem sempre isso se traduz em elevação de

custos na mesma proporção.

O pressuposto é de que o modelo burocrático está-se tornando cada vez menos

eficiente, em face da maior turbulência dos ambientes em que as organizações

operam. A partir daí, o autor procura responder à questão: "De que forma o sistema

burocrático vem sendo modificado no sentido de melhor enfrentar os problemas que

o atormentam? " e, qual a contribuição das ciências do comportamento a respeito?

Das previsões merece destaque a inferência de que a imperfeição do mercado

conduzirá a uma economia oligopolista controlada por governo-empresa assumindo o

ambiente características tais como: "... mais interdependência que concorrência, mais

turbulência que estabilidade, e mais empresas maiores que menores".

Essa colocação tem analogia com o que J. K. Galbraith, anos mais tarde,

analisaria sob os títulos de "simbiose burocrática" e "sistema de planejamento".

Porém, enquanto um se preocupou com as questões de poder, Bennis interessou-se

pelo desafio que as ciências do comportamento têm à sua frente, a parti r de como a

grande maioria das organizações do futuro irão operar.

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Conforme Bennis, os grupos serão dirigidos segundo modelos mais orgânicos

que se caracterizam por confiança mútua; interdependência, participação e

responsabilidade de grupos múltiplos; controle e responsabilidade amplamente

compartilhados; e solução de conflitos através de negociação.

Em oposição aos modelos mecânicos que enfatizam: relacionamento

autoridade-obediência; responsabilidade delegada e dirigida (rigidamente aceita);

rigorosa divisão do trabalho e supervisão hierárquica; tomada de decisão centralizada

e, solução de conflito mediante supressão, arbitragem e luta.

Assim, a burocracia, como conhecemos, será substituída por uma estrutura

definida como "orgânico-flexível", ou seja, sistemas flexíveis e temporários que,

envolvendo diversos especialistas, sejam ligados por peritos em coordenação.

Listando valores implícitos no termo democracia e aplicáveis às organizações,

Bennis preconiza a inevitabilidade desse sistema democrático, dada a sua capacidade

de enfrentar com êxito as exigências da civilização contemporânea. Outros pontos

abordados são o conceito de saúde organizacional, a teoria da liderança e a fonte de

poder e a personalidade (pressupostos, papéis, suas intervenções e seus objetivos)

do agente de mudança.

Após a conceituação e posicionamento da técnica de mudança planejada num

corpo teórico maior, o autor apresenta uma tipologia dos processos de mudança e,

através de um exame comparativo com pesquisa operacional, procura aclarar a idéia

sobre os problemas que interessam a essas técnicas e sobre as condicionantes do

sucesso de um programa de mudança.

Reconhece, contudo, que não há uma teoria de mudança social, pelo menos

de acordo com requisitos operacionais. No entanto, a complexidade dos sistemas

sociais estimula os cientistas do comportamento e lhes garante que, atuando sobre o

planejamento e controle das mudanças, poderão induzir os sistemas à maior eficiência

Como a tecnologia, a inovação conquista cada vez mais sua importância e, ao

mesmo tempo, é generalizada quando se trata de administração. Inovação origina do

verbo innovo, innovare e significa renovar ou introduzir novidades de qualquer

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espécie; inovação origina da palavra innovatione, a qual significa renovado ou tornado

novo.

Em qualquer atividade humana que se renova e se atualiza, a inovação está

presente, desempenhando papel fundamental para as empresas. As empresas para

sobreviverem necessitam introduzir novidades tecnológicas e organizacionais ao

longo da sua vida (BARBIERI e ÁLVARES, 2003).

Atualmente a economia moderna é, geralmente, dividida em dois grandes

ramos: a microeconomia, que estuda os comportamentos individuais, e a

macroeconomia, que estuda o resultado agregado dos vários comportamentos

individuais.

A economia é, geralmente, dividida em dois grandes ramos: a microeconomia,

que estuda os comportamentos individuais, e a macroeconomia, que estuda o

resultado agregado dos vários comportamentos individuais.

Atualmente, a economia aplica o seu corpo de conhecimento para análise e

gestão dos mais variados tipos de organizações humanas (entidades públicas,

empresas privadas, cooperativas etc.) e domínios (internacional, finanças,

desenvolvimento dos países, ambiente, mercado de trabalho, cultura, agricultura,

etc.).

Dessa forma, a economia também classifica o empreendedorismo como o

quinto fator de produção e canal indutor de relações de mercado sustentáveis e

duradouras. Schumpeter (1997) afirma que o empreendedorismo consiste em fazer

as coisas acontecerem. Podemos consistir que o empreendedorismo é um negócio

que precisa e necessita ser modificado todo o tempo.

O empreendedorismo corporativo engloba atividades de criação, renovação ou inovação, que ocorre dentro ou fora da organização, inovando em processos, produtos e mercados... o empreendedorismo

refere-se ao processo de criar novos negócios em organizações existentes para aumentar a lucratividade e fortalecer sua posição competitiva ou renovar estrategicamente o negócio existente.(Zahra (2000, apud Seiffert, 2005)

O crescimento econômico foi meteórico, a geração de empregos também. A

tecnologia nos surpreendeu (e continua surpreendendo). A inovação social ampliou o

acesso.

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Temos mais conforto, mais experiências, novas relações com coisas e pessoas

e, em geral, mais qualidade de vida por causa de novos negócios e iniciativas. Por

isso, é inegável a importância do empreendedorismo nas nossas vidas.

Empreendedores questionam a realidade e fazem acontecer a evolução todos

os dias, em todas as partes do Brasil e do mundo. Ao inovar e solucionar problemas

de outras pessoas, de outras empresas ou de toda a sociedade, um empreendedor e

seu novo negócio promovem um grande desenvolvimento.

Sendo assim, o empreendedorismo deve se destacar pelo seu diferencial

dentro das organizações. Segundo Cruz;1998, podemos destacar alguns tipos de

organizações como:

Hierárquica – Conhecida como estrutura orientada para funções, um estrutura

funcional, justamente por basear nas funções existentes da empresa.

Matricial – Caracteriza por atuar em grupo de trabalho formandos

horizontalmente como participantes de todas as funções.

Virtual – Conhecida como a estrutura e não estrutura da atualidade. Podendo

se destacar como virtuais, físicas ou lógicas.

Há pessoas com um forte espírito empreendedor que o exercem em diferentes

lugares e situações: em casa, quando decidem fazer uma reforma que otimize o

espaço; na empresa em que trabalham, quando um projeto precisa ser levado adiante;

na vida, quando chega o momento de mudar. Aplicam todo esse potencial em um

novo negócio – do tamanho que seja, contribuem gerando empregos para sua

comunidade, gerando renda para a economia local, e solucionam uma demanda por

meio da inovação.

Com isso, é fundamental que a pessoa apresente essas características

empreendedoras:

Otimismo: sempre ver e esperar o melhor. Sempre acreditar que vai dar certo.

Autoconfiança: o empreendedor precisa acreditar em si mesmo, em seus

talentos e opiniões.

Coragem para aceitar riscos: um empreendedor precisa lidar bem com riscos.

Desejo de protagonismo: desejo de ser reconhecido, tomar as rédeas da sua

vida e ser pleno.

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Resiliência e perseverança: não desistem facilmente. Superam desafios e vão

até o fim.

Estamos vivendo num mundo que os pesquisadores chamam de VICA (volátil,

incerto, complexo e ambíguo).

As atividades relacionadas com inovação envolvem um grau elevado de

incerteza a ser enfrentada pela empresa, e a imitação está relacionada com o um grau

de incerteza inferior que certas empresas estão dispostas a aceitar.

Inovar significa direcionar muitos esforços e investimentos a estas atividades,

enfrentando riscos como o de não ter a inovação aceita no mercado, gerando

prejuízos que muitas vezes podem eliminar a empresa do mercado. Imitar significa a

oportunidade de “queimar etapas” rumo à competitividade.

Sendo assim, as empresas são obrigadas a escolher a melhor maneira de

manter-se competitiva no mercado. Para isso, cada empresa irá considerar suas

capacidades internas, decidindo-se, em linhas gerais, por inovar ou imitar.

Essas formas de organizações e empreendedorismo se destacam pela forma

diferenciada dentro do mercado de trabalho, sendo, muitas vezes umas mais eficazes

que as outras, sendo elas trabalhadas de forma individual ou coletiva.

Naturalmente o conceito de organização em rede está intimamente ligado ao

conceito de Sociedade da Informação, que segundo Gouveia e Gaio (2004)

“corresponde a uma sociedade que recorre predominantemente às Tecnologias da

Comunicação e Informação para a troca de informação em formato digital, suportando

a interacção entre indivíduos e entre estes e instituições, recorrendo a práticas e

métodos em construção permanente” A organização em rede é possível devido a um

uso crescente do formato digital que é possibilitado pelo uso intensivo de tecnologias

de informação e comunicação.

Uma organização em rede corresponde à interligação de uma organização,

(conjunto de individuos que interagem de forma a alcançar determinadas tarefas tendo

um propósito, uma missão em comum) com outras organizações, no sentido de

estabelecer parcerias e estreitar sinergias no sentido de alcançar os propósitos a que

se propõem. Redes não são organismos com um estrutura organizacional definida e

uniforme, normalmente é flexível fluida plural e descentralizada.

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Em rede as partes se unem para perseguir os objetivos específicos acordando

os princípios acordados. As redes permitem a convivência e o trabalho comum de

grupos, indivíduos e organizações bem diferentes, que não necessitam de alterar as

suas posições particulares para atuarem em conjunto. Atualmente uma organização

não consegue sobreviver isolada. Cada vez mais é essencial a partilha de informação,

de competências, de conhecimento, conseguindo dessa forma maximizar as mais-

valias de cada uma das organizações podendo apresentar-se um benefício superior.

As empresas possuem certas rotinas organizacionais que determinam o que

fazer e como fazer, que devem ser flexíveis o suficiente para enfrentar as mudanças

do ambiente externo.

Essas mudanças, na verdade inovações introduzidas pelos demais agentes,

podem forçar as empresas a fazer alterações necessárias (mais inovações) para

garantir a sua sobrevivência no mercado. Uma empresa inovadora não irá

simplesmente parar de inovar após ter apresentado alguma inovação. Ela certamente

buscará desenvolver forças no mercado e prevenir-se contra pressões competitivas

geradas pela imitação e difusão de sua inovação. Para tal é necessário continuar

inovando (Clark, 1985).

O aprendizado individual tem um impacto significativo para a prática coletiva,

pois a aprendizagem coletiva se inicia a partir do individual do indivíduo.

Embora nos usemos o termo ”criação” de conhecimento

organizacional, a organização não pode criar o conhecimento por sí própria sem a iniciativa do indivíduo e a interação que acontece dentro do grupo.( Nonaka e Takeuchi; 1997, p.14)

Aprendizagem é um processo de mudança, resultante de prática ou experiência

anterior, que pode vir, ou não, a manifestar-se em uma mudança perceptível de

comportamento. Uma experiência anterior que um indivíduo tenha tido, pode contribuir

para que o mesmo manifeste uma mudança em seu comportamento.

A aprendizagem raramente é fácil. Para muitos é uma experiência

profundamente dolorosa, associado a provações anteriores na escola. Entretanto,

estamos deslocando-nos claramente para um mundo de trabalho em que a

aprendizagem contínua constitui a norma.

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A aprendizagem, seja ela em nível organizacional ou individual, sugere uma

freqüência em sua busca, uma vez que a informação não se esgota.

Cada vez mais as organizações percebem o valor de seus funcionários,

denominando-os colaboradores. É uma grandiosa mudança de paradigmas. O que

antes era descartável, agora passou a ser determinante.

Descobriu-se que o homem, enquanto funcionário, pode pensar. Mais do que

isso, descobriu-se que ele pode gerar conhecimento.

Nesse contexto, surge o termo aprendizagem organizacional, levantado como

a grande bandeira das organizações do futuro, chegando a ser considerada por alguns

autores, como Kiernan (1998), como a religião da organização do futuro.

Aprendizagem organizacional pode ser definida como a aquisição de

conhecimentos, habilidades, valores, convicções e atitudes que acentuem a

manutenção, o crescimento e o desenvolvimento da organização.

Uma organização que aprende é uma organização habilitada na criação, na

aquisição e na transferência de conhecimento e em modificar seu comportamento

para refletir novos conhecimentos e percepções.

As pressões competitivas acabam por estimular a imitação e a consequente difusão

das inovações através do sistema econômico. Não adotar uma inovação crucial pode

significar estar fora do mercado, pois as tecnologias já estabelecidas ficam obsoletas.

Sendo assim, a difusão não é uma escolha estratégica, mas o resultado de

diferentes escolhas, realizadas pelo inovador e pelos imitadores que somadas, dão a

real forma do desenvolvimento tecnológico.

A lógica das empresas buscarem lucros através de diferenciação ou

melhoramento dos produtos continua só que em uma escala menor.

Neste momento, com um maior número de empresas imitando esta escala

menor são exploradas as chamadas inovações incrementais, caracterizadas por

agregarem melhorias em inovações já apresentadas ao mercado, já que nestes casos,

as empresas não estarão fazendo apenas uma simples imitação.

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Podemos destacar aqui, um empreendedorismo que visa o capital e a

organização grupal, Não desprender o indivíduo, pois, é indivíduo que que faz as

organizações alavancarem. Pois é dele que depende o fracasso e sucesso das

empresas.

CAPÍTULO III

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A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA NAS EMPRESAS

CONTEMPORÂNEAS

Podemos perceber que a compreensão do indivíduo sozinho, é fundamental

para o desenvolvimento do indivíduo dentro das organizações. A neurociência muito

tem para contribuir com esse desenvolvimento das pessoas dentro das empresas.

Neurociência é o estudo científico do sistema nervoso. Tradicionalmente, a

Neurociência tem sido vista como um ramo da biologia. Entretanto, atualmente ela é

uma ciência interdisciplinar que colabora com outros campos como a educação,

química, ciência da computação, engenharia, antropologia, linguística, matemática,

medicina e disciplinas afins, filosofia, física e psicologia.

O termo Neurobiologia é usualmente usado alternadamente com o termo

Neurociência, embora o primeiro se refira especificamente a biologia do sistema

nervoso, enquanto o último se refere à inteira ciência do sistema nervoso.

O escopo da Neurociência tem sido ampliado para incluir diferentes

abordagens usadas para estudar os aspectos moleculares, celulares, de

desenvolvimento, estruturais, funcionais, evolutivos, e médicos do sistema nervoso,

ainda sendo ampliado para incluir a cibernética como estudo da comunicação e

controle no animal e na máquina com resultados fecundos para ambas áreas do

conhecimento.

Certamente você já se perguntou: “O que é que eu tenho dentro da minha

cabeça?”. “Como é este cérebro que carrego sobre os meus ombros?” Mesmo sendo

uma resposta não muito fácil de ser respondida, ela é absolutamente necessária, pois

é com este questionamento que teremos uma adequada ideia da maravilha

que levamos no interior de nossa cabeça.

A década de 1990 foi decisiva para o desenvolvimento dos conhecimentos

sobre o funcionamento do cérebro humano. Declarada pelos EUA como a “Década do

Cérebro”, grandes investimentos foram feitos na formação de grupos de pesquisa,

criação de laboratórios, distribuição de bolsas para pesquisadores e realização de

estudos para desenvolvimento na área de drogas e em instrumentação.

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O cérebro que carregamos internamente à nossa “caixa craniana” é algo

fascinante, e é mais do que isto, é algo altamente sofisticado e misterioso, cujo peso

é de aproximadamente 1 kg. Se examinamos os registros da história da humanidade,

podemos afirmar estar ele no ápice do seu desenvolvimento.

Por outro lado, e o que é maravilhoso e quase inacreditável, ele é constituído

de trilhões de células, as quais movimentam-se cada uma diferentemente das

outras, sem deixar de se comunicar uma com as outras. O cérebro é uma rede

multifuncional e transdisciplinar estruturada por ligações incomuns.

O resultado é que, já a partir de 1995, multiplicaram-se os periódicos e livros

com resultados de pesquisas relatando a nova visão do funcionamento cerebral em

relação às mais diversas áreas do conhecimento: medicina, biologia, química,

psicologia, psiquiatria, administração/gestão, ensino, etc.

Dentro da neurociência, há um segmento chamado “cronobiologia”, que

consegue identificar em quais horários do dia o organismo humano produz mais

substâncias químicas para a atividade física e mental. Se o gestor souber explorar tais

períodos, pode conseguir um aumento significativo de produtividade.

As pesquisas e os conhecimentos aplicados ao cérebro, têm conseguido bons

e animadores resultados nas organizações voltadas ao desenvolvimento de práticas

para a geração de Inovações. A década de 1990 foi importante para a ampliação e

igualmente o aperfeiçoamento dos desenvolvimentos de novos conhecimentos sobre

o funcionamento do nosso cérebro.

Esta ênfase fez com que declarassem esta década, como a “Década do

Cérebro”. Para tornar estas ações efetivas, grandes investimentos foram feitos com o

propósito de apoiar e estruturar grupos de estudo e de pesquisa, para a

operacionalização de laboratórios específicos, a sistematização da distribuição de

bolsas de estudo para a implementação de pesquisas

doxcérebro.

Os resultados foram muito satisfatórios e já a partir de 1995, multiplicavam-se

os artigos, as revistas periódicas e uma série de livros, os quais descreviam os

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resultados de pesquisas, e igualmente apresentando uma nova concepção e visão

de como-funciona-o-até-então-pouco conhecido cérebro.

O nosso cenário empresarial atual vive numa intensa competitividade, na qual,

sobrevive o mais forte, para que novos negócios e ideias sejam criados. São muitas

iniciativas da gestão ou RH quanto a formação profissional. Mas, de que forma a

neurociência pode contribuir para isso?

Sabendo que a neurociência é a ciência que estuda o cérebro humano.

Podemos ver ela em um contexto empresarial com o intuito de auxiliar e estudar o

cérebro com atividades que desenvolvam a capacidade formação do indivíduo. Entre

elas:

Ser visionário- É preciso compreender com antecedência

Planejar para alcançar – Planejar é o primeiro passa para saber onde se deseja

chegar

Estudar – Estudar formalmente, sempre buscando se aperfeiçoar

Arriscar- Empreendedores precisam saber se arriscar mais.

Persistir- Levar o erro como aprendizado construtivo.

Gratidão – Jamais esquecer o quanto lutou para chegar onde chegou.

Os tópicos acima são os objetivos e visam que um bom empreendedor precisa

ter para se destacar no mercado de trabalho.

O aprendizado neurológico tem 4 etapas:

Aquisição de dados

Informação (que é a repetição dos dados recebidos, mesmo que eles ainda

não tenham significado compreensível),

Conhecimento (quando o significado é compreendido);

Saber (quando o conhecimento está gravado nas células, não é mais

esquecido).

Alguns dos conhecimentos mais significativos provém dos recentes estudos

sobre memória e aprendizado, juntamente com o mapeamento da área de emoções.

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Destes segmentos de conhecimento do cérebro, já podemos hoje tirar

informações as quais simplesmente revolucionam a forma como uma empresa deve

selecionar, treinar, motivar e organizar seu pessoal, de modo a criar condições as

mais apropriadas para o aumento da satisfação e desempenhos pessoais, da

liberação natural de Criatividade, maior desempenho na dinâmica do processo

empresarialeobtençãoxdosxmelhoresxresultadosxnaxformaçãoxdexequipes

Imagine uma fruta que não existe, na sua mão, por exemplo, uma laranja na

sua mão esquerda. Indo mais adiante, imagine uma faca na sua mão direita. Com a

laranja e a faca, imagine então a ação de descascar a laranja. Mesmo não existindo

a laranja nem a faca, nos sentimos confortáveis para pensar e ver a ação de descascar

a laranja. Esta imagem de faca e laranja habita e se fixa na nossa mente.

Para avançar na compreensão da Neurociência, e sermos um pouco de

Neurocientístas, imaginemos a ação de descascar a laranja. Imaginar esta ação não

nos causa nenhuma dificuldade, pois no nosso dia-a-dia, já fizemos ou

desenvolvemos várias vezes esta ação.

A pergunta que fica é: De que é feita essa imagem?, Como ela se “sustenta”

ou permanece na nossa mente?. A resposta e a explicação deste “fenômeno” é o

grande desafio que os pesquisadores em Neurociência, os neurocientistas estão

debruçados buscando o porquê e do como estas coisas acontecem na nossa mente.

A resposta ainda não existe, mas espera-se que ela não demore.

O pensamento não é capturável, atualmente, mesmo com as mais avançadas

e complexas máquinas apropriadas para estas ações, que são os tomógrafos

utilizados para desenvolver diagnósticos médicos de altíssima precisão e

resolutividade. Isto representa dizer que, mesmo com o avanço científico da medicina

no campo do diagnóstico do cérebro, pensamentos e imagens não são captados pelas

máquinas de ressonância magnética.

Este evento ou fato descrito anteriormente, constitui-se no tema central das

Neurociências. Para avançar e dar alguns passos neste tema tão desafiador

“Neurociência-Criatividade-Inovação”, vamos nos valer da ajuda do pesquisador e

cientista, o professor João de Fernandes Teixeira no seu livro “Mente, cérebro &

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cognição” o qual nos induz refletir profundamente sobre os temas Racionalidade” e

“Criatividade”.

Diz o renomado pesquisador-escritor: “O problema mente-cérebro nos coloca a

pergunta se o mundo é composto somente de um tipo de substância -e essa

substância seria física- ou se temos dois tipos de substâncias bem

distintas.

que este fenômeno –a geração de Inovações- ocorre tão mais facilmente

quanto mais,-motivadas,,.

que a Inovação surge, naturalmente, como resultado do estabelecimento e

desenvolvimento contínuo de um ambiente “intra-emprendedor”, ou seja, onde

há o adequado reconhecimento, a clara e fluída comunicação, o apoio

individual não somente pelas chefias, mas principalmente pelos colegas de

trabalho, ambiente físico amigável, e maior e contínuo estímulo, etc..

Feitas estas considerações é possível, concluir que para o adequado

desenvolvimento do capital humano e ganho de eficiência nos processos relacionados

à Inovação, é necessária a aplicação de conhecimentos básicos das Neurociências

na seleção, no treinamento e no desenvolvimento pessoal, na criação de ambientes

físicos amigáveis e de comunicação adequados, além do estabelecimento de novas

formas de gestão para um ganho efetivo de qualidade nos processos internos e, não

menos importante, no relacionamento diferenciado com parceiros competidores.

Se a racionalidade tem como base a estrutura do cérebro a partir dos recursos

proporcionados pela configuração dos neurônios, a Criatividade por sua vez parece

ser a versatilidade-mental de brincar com esses recursos para inventar o novo.

Ou seja, usar o raciocínio é antes de tudo, uma capacidade inerente a todo e

qualquer ser humano e por isso aprendemos a falar, escrever,e a realizar tarefas

cotidianas continuamente e resolver problemas tais como: se necessito trocar uma

lâmpada queimada, e verifico estar ela está alta demais, utilizo e valho-me de uma

cadeira e após subir nela, realizo a troca tão desejada da lâmpada. Ninguém tolera a

escuridão.

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Não podemos porém, nos esquecer de que existe um significado volume

de adversidades frente os quais o raciocínio organizado e a capacidade de pensar

de forma madura se sente incapacitado de dar uma resposta inovadora e inéditas.

Emerge então a desejada postura irreverente de, fugindo e se desviando da

linearidade e de sequencialidade racional, identificar possibilidades diferenciadas,

muitas vezes absurdas e fora do contexto da linearidade do pensamento existente ,

mas capazes de trazer consigo de modo inerente analogias e metáforas.

Assim como o cérebro tem dificuldades para processar informação em tempos

de mudança, ele também fica reativo quando há alguma expectativa e só volta a

funcionar normalmente quando se sente seguro, de acordo com o médico e coach do

Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) Rogério de Fraga:

Quando vão ocorrer demissões, ou troca de liderança em uma empresa, os funcionários ficam em clima de expectativa e o trabalho

para. Se a liderança souber identificar isso ele pode trabalhar para diminuir a ansiedade da equipe (Fraga;2013).

Uma maneira de amenizar esse problema é estabelecer um prazo para que as

mudanças aconteçam, segundo ele. “O tempo pré-determinado cria um arrefecimento

da expectativa, torna a situação mais fácil. Mas os prazos têm que ser cumpridos,

caso contrário o efeito é reverso”.

Para considerarmos a neurociência em um ambiente empresarial, precisamos

considerar e estimular o funcionário dentro da empresa, para que tenha uma boa

alavanca no aprendizado organizacional. Contudo o aprendizado não se dá de forma

repentina como afirma Kaplan e Norton:

O aprendizado não é um Big Bang, não se trata de uma grande explosão

repentina. É algo que ocorre de centenas maneiras, em centenas de lugares, em toda

organização. O aprendizado em si e o objetivo do aprendizado são operacionais ou

táticos. Já o agregado do aprendizado é estratégico. (Kaplan e Norton; 2001, apud

Guaragna;2007)

Aprender e memorizar aquilo exige foco. O problema: seu cérebro gosta de

ficar viajando. Uma chave para diminuir isso pode ser eliminar o multitarefa. Isto é,

você vai fazer uma coisa de cada vez. A regra será o “monotarefa” — nela, você

dedica toda a sua concentração a só uma atividade.

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Superar as armadilhas do passado para alcançar o sucesso. O começo do ano

não poderia ser melhor para isso. Pesquisas do Google para “parar de fumar” ou

“dieta” aumentam em segundas-feiras e primeiros dias do mês. É isso: dá a sensação

de algo novo, momento de sair da rotina.

As técnicas usadas pelos neurocientistas tem sido expandidas enormemente,

com contribuições desde estudos moleculares e celulares de neurônios individuais até

do "imageamento" (criar imagens de) de tarefas sensoriais e motoras no cérebro.

Avanços teóricos recentes na neurociência têm sido auxiliados pelo estudo das

redes neurais ou com apenas a concepção de circuitos (sistemas) e processamento

de informações que tornam-se modelos de investigação com tecnologia biomédica

e/ou clínica.xDado o número crescente de cientistas que estudam o sistema nervoso,

várias proeminentes organizações de Neurociência tem sido formadas para prover um

fórum para todos os neurocientistas e educadores.

Por exemplo, a International Brain Research Organization foi fundada em

1960, a Society for Neuroscience em 1969, a Sociedade Brasileira de Neurociências

e Comportamento em 1976 e a Sociedade Portuguesa de Neurociências em 1992.

Podemos ver aqui, que em um ambiente empresarial para um bom

desenvolvimento pessoal o aprendizado precisa ser estimulado e incentivado, por

gestores, para melhor desenvolvimento pessoal de seus funcionários.

A esmagadora maioria das pessoas é mais produtiva entre as 6h e as 10h e

entre 16h e 20h. No restante do tempo, o corpo precisa se esforçar mais, então o

volume e qualidade do trabalho são menores”, segundo a neuropsicóloga e fundadora

da Tai Consultoria, Inês Cozzo.

Ainda segundo ela, logo depois das refeições (chamado período pós-prandial),

o organismo se concentra em fazer a digestão e, por isso, neste período, as pessoas

ficam com o raciocínio mais lento.

Com isso, é importante que gestores tenham um bom conhecimento de

neurociência, pois ela tem muito a contribuir, para desenvolver habilidades como

memória, raciocínio lógico, entre outros.

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Alguns dos conhecimentos mais significativos provêem dos recentes estudos

sobre memória e aprendizado, juntamente com o mapeamento da área de emoções.

Destes segmentos do conhecimento, já podemos, hoje, tirar informações que

simplesmente revolucionam a forma como uma empresa deve selecionar, treinar,

motivar e organizar seu pessoal, de maneira a criar condições mais apropriadas para

o aumento da satisfação e desempenho pessoais, liberação natural de criatividade,

maior desempenho na dinâmica do processo empresarial e obtenção dos melhores

resultados na formação de equipes.

Tudo isso, traduzindo-se na maximização de retorno para os próprios

funcionários, administradores e, principalmente, acionistas.

A neurociência vem contribuir para o desenvolvimento e capacidade do cérebro

evoluir e se modelar de acordo com o espaço que lhe permite. Como afirma Miguel

Nicoelis: O cérebro tem opinião. Tem uma opinião. Esse ponto de vista foi construído

ao longo da nossa espécie do ponto de vista evolutivo.

Nosso cérebro tem a total condição e capacidade de manter arquivado e

organizado todos os conteúdos que foram memorizados de maneira e modo seletivo

pela vida inteira e, para poder realizar e implementar um padrão linear para usar a

experiência e vivência, e mais ainda, demonstrar com evidências tangíveis,

inteligência em aprender e organizar tarefas.

Porém, é preciso desenvolver e implementar uma postura

empreendedora para projetar alternativas, imaginar e até fantasiar situações -

colocar em funcionamento a Criatividade-.

Mais ainda, é preciso, geral e costumeiramente, contrariar a habitual e própria

linearidade do cérebro - que teima em seguir este padrão já conhecido -, para dar

forma e materialidade ao que não existe. Práticas de pensamento simultâneo e

paralelo devem ser implementadas e praticadas com insistência até a sua

consolidação.

Estes são os desafios e as tarefas da Mente Criativa que está desenhada para

o agora e consolidada no futuro imediato. Os gestores e os inovadores

organizacionais deve ter pelo menos, no plano das ações humanas, a certeza da

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dualidade entre Raciocínio e Criatividade os quais devem ser cada vez mais

Simultâneos.

Cabe aqui ressaltar que o cérebro vai se modelando conforme estimulado. Por

isso a importância dos estudos da neurociência em qualquer área.

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CONCLUSÃO

Através deste trabalho realizado, percebi a importância da neurociência em

todos os contextos e que não podemos desvincular ela do ramo empresarial.

Estudar a neurociência é compreender a forma de pensar, agir e viver, pode-

se compreender e entender que nossa personalidade que temos hoje, está vinculada

com a ligação materna e o laço afetivo que estabelecemos muito antes de nascer.

A neurociência reune as disciplinas biológica que estudam o sistema nervoso,

normal e patológico. Estudo da realização física do processo de informação do

sistema nervoso.

Essa evolução da dos estudos da neurociência é fundamental para a

construção dessa ciência no mercado de trabalho, principalmente no ramo

empresarial.

No decorrer dos estudos, podemos ver que as empresas estão se

aperfeiçoando aos poucos, que muito já cresceu, mas, que muito ainda pode crescer.

As empresas precisam se apropriar mais do estudo e das práticas da neurociência.

Muitas empresas ainda veem o indivíduo como raso, sem uma ligação com o

mundo externo. Podemos perceber com esse presente trabalho, que muito do que

somos hoje está relacionado com o que vivemos e agimos em sociedade. A

neurociência vem contribuindo muito para essa percepção.

No estilo de liderança autoritário predomina a alta exigência e a baixa

responsabilidade. São empresários que valorizam a autoridade, a ordem e a estrutura

tradicional sem atentar às demandas do funcionário.

Buscam a obediência os funcionários sem considerar que, nessa etapa, eles

precisam ensiná-las a seguir regras. Não permitem que elas participem de decisões,

consideram pouco o que funcionários sentem ou falam e não demonstram interesse e

afetividade por eles.

Com esse trabalho percebi que o nosso cérebro pode ser constantemente

trabalhado. Contudo se trabalharmos o nosso cérebro constantemente com vivência

a coisas novas, ele vai sendo surpreendido aos poucos.

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Cabe a cada pessoa o conhecimento de trabalhar o cérebro constantemente

para melhor desenvolvimento, intrapessoal e social.

Acredito que o que falta nas empresas para compreender a importância da

neurociência é entender um pouco mais sobre essa máquina tão fundamental

chamada cérebro.

Esse trabalho é se suma importância pois as empresas se bem informadas,

vão saber trabalhar e lidar melhor com os estudos e contribuições da neurociência

para o mercado de trabalho.

Considero que o trabalho realizado, alcançou os objetivos propostos

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