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UNIVERSIDADE DE UBERABA TATIANY FRANÇA DIAS DE MELO RELAÇÃO ENTRE OS BIÓTIPOS PERIODONTAIS E REABSORÇÃO ÓSSEA UBERABA-MG 2014

UNIVERSIDADE DE UBERABA TATIANY FRANÇA DIAS DE MELO€¦ · existência de uma acentuada diferença periodontal, chamada de biótipo periodontal ou gengival. De acordo com a literatura13

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UNIVERSIDADE DE UBERABA

TATIANY FRANÇA DIAS DE MELO

RELAÇÃO ENTRE OS BIÓTIPOS PERIODONTAIS E REABSORÇÃO ÓSSEA

UBERABA-MG

2014

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TATIANY FRANÇA DIAS DE MELO

RELAÇÃO ENTRE OS BIÓTIPOS PERIODONTAIS E REABSORÇÃO ÓSSEA

UBERABA-MG

2014

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

como parte dos requisitos para obtenção do título

de Especialista em Implantodontia da

Universidade de Uberaba.

Orientador: Prof. Dr. Saturnino Calabrez Filho.

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FICHA CATALOGRÁFICA

Melo, Tatiany França Dias de.

M491r Relação entre os biótipos periodontais e reabsorção óssea /

Tatiany França Dias de Melo -- Uberaba, 2014.

17 f.

Trabalho de Conclusão de (Pós-graduação em Implantodontia) --

Universidade de Uberaba.

Orientador: Prof. Dr. Saturnino Calabrez Filho

1. Odontologia. 2. Implantes dentários. I. Título.

CDD: 617.693

Ficha elaborada por Marcos Antônio de Melo Silva - Bibliotecário - CRB6 2461

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FOLHA DE APROVAÇÃO

TATIANY FRANÇA DIAS DE MELO

RELAÇÃO ENTRE OS BIÓTIPOS PERIODONTAIS E REABSORÇÃO ÓSSEA

Aprovada em:______/_______/________.

BANCA EXAMINADORA:

______________________________________________________

______________________________________________________

_______________________________________________________

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como

parte dos requisitos para obtenção do título de

Especialista em Implantodontia da Universidade de

Uberaba.

Área de concentração: Implante.

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Dedico este trabalho com todo meu amor e carinho para meu avô (Paulo Dias de Melo) (in

memorian) pelo grande exemplo de honestidade, dignidade, lealdade e de perseverança que

foi durante a vida. Sei que no plano superior em que se encontra, está feliz por mais esta

conquista.

Dedico aos meus pais e irmão (Rubens Dias de Melo, Tânia Maria França de Melo e

Rubens Dias de Melo Júnior) por sempre estarem presente ao meu lado, me apoiando e

incentivando. Dedico também ao prof. Dr. Saturnino Calabrez Filho, orientador deste

trabalho, pelo brilhante profissional, professor e pelo ser humano grandioso que é.

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Agradeço, em primeiro lugar a Deus, por sempre estar presente na minha vida, por

ter me dado mais esta oportunidade na minha vida profissional.

Em segundo lugar, agradeço aos meus pais e irmão (Rubens Dias de Melo, Tânia

Maria França de Melo e Rubens Dias de Melo Júnior) pelo amor, carinho, honestidade,

lealdade, dignidade, generosidade, confiança, apoio, incentivo, pelo exemplo de caráter e

profissionais que são e por sempre estarem presentes ao meu lado. Sem essa base meus

objetivos de vida seriam muito mais difíceis de serem alcançados!

Agradeço também ao prof. Dr. Saturnino Calabrez Filho pela dedicação, orientação

e por ter aceito ser orientador desse trabalho, que se fez fundamental para realização desse,

pela oportunidade de realizar esse trabalho e por ser essa pessoa magnífica e brilhante

profissional.

Quero agradecer aos colegas de turma, em especial aos que realmente se mostraram

serem amigos e que também pude aprender com eles o conhecimento que possuem. Foi

muito satisfatório poder conviver com vocês.

Aos professores pelos ensinamentos.

A todos vocês MUITO OBRIGADA!

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“ O rio atinge seu objetivo porque aprendeu a contornar os obstáculos.”

(Augusto Cury)

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RESUMO

O correto diagnóstico dos biótipos periodontais (delgado/espesso/misto), que deve ser

realizado durante a fase de planejamento do tratamento, é essencial para uma correta e

adequada fases cirúrgica e protética, uma vez que os biótipos gengivais reagem de maneira

distintas frente uma incisão e confecção de retalhos (espessura total ou mucoperiósteo,

parcial, dividido e incisões sem retalho ou flapless). Ao utilizar retalho de espessura total

em um biótipo gengival delgado, devido a elevação do periósteo juntamente com a mucosa,

esse biótipo delgado terá uma grande chance de ter como resultado pós-cirúrgico retração

gengival e reabsorção óssea, o que implica negativamente na estética final e na menor

sobrevida dos implantes. Esse resultado negativo não ocorrerá em nenhum biótipo

gengival, ao utilizar outros tipos de retalho (espessura parcial, dividido e incisões flapless),

pois manterão o adequado contorno e volume de tecido mole, pelo fato de permanecer o

periósteo aderido ao osso.

Palavras-chave: biótipos periodontais, reabsorção óssea, tipos de retalhos.

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ABSTRACT

The right diagnosis of gingival biotypes (thin/thick/mixed) must be achieve during the

phase of planning of treatment, which is essential for the correct and appropriate surgery

and prosthetics phases, once the gingival biotypes reacts the differents forms in the

presence of incision and make flap in these softs tissues. When using full thickness flap in

thin gingival biotype, due the elevation of the periosteum along with the mucosa, this thin

biotype will have a great chance to have as post-surgical outcome a recession gums and

bone resorption, which implies in a negative in the final aesthetic and a less survival of the

implants. This negative result post-surgical will not occur in a not any gingival biotype,

when using the others kinds of flap (partial thickness, divided and flapless) because

maintains the appropriate profile and the volume of the soft tissue, because maintain in

place the periosteum.

Keywords: gingival biotypes, bone resorption, kinds of flaps.

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PROPOSIÇÃO

O propósito deste trabalho é relatar a importância da identificação dos biótipos periodontais

para a correta manipulação desses tecidos moles e duros nas fases cirúrgica e protética, para

que o implante dental instalado tenha adequado volume ósseo e tecido mole recobrindo-o,

não ocorrendo assim a reabsorção óssea, o que ficará funcional e esteticamente corretos,

devolvendo ao paciente a função mastigatória satisfatória e harmonia do sistema.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 10

2 DISCUSSÃO............................................................................................................... 16

3 CONCLUSÃO............................................................................................................ 19

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 20

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos tempos a população tem demonstrado um maior interesse pela estética

e Odontologia, levando a um crescente desenvolvimento desta área e como consequência

uma maior busca de restaurações com aspectos naturais, como: coroas totais, facetas

laminadas, de modo a devolver ao paciente a função e a beleza em relação à dentição

natural. Como resultado tem-se uma grande procura para a substituição de dentes perdidos.

O implante é cada vez mais utilizado na Odontologia, caracterizado por apresentar um

cilindro de titânio, que mimetiza a função natural da raiz do dente. A prótese sobre esse

implante pode ser cimentada ou parafusada, que terá a mesma função da coroa de um dente

natural1.

A Implantodontia respaldou, por um período de tempo como sucesso dos implantes

dentais, a ocorrência do fenômeno da osseointegração2, que é definida como a aposição

direta de tecido ósseo com a superfície de titânio3.

Na Implantodontia moderna deseja-se obter não apenas a osseointegração4, mas a

integração harmoniosa entre implantes e tecidos moles e duros, o que leva a uma maior

longevidade desses implantes, incluindo a análise do biótipo periodontal do paciente, que

pode ser delgado, espesso e misto6.

É de extrema relevância diagnosticar o biótipo gengival do paciente na fase de

planejamento do tratamento, a fim de realizar uma abordagem cirúrgica e protética mais

adequada ao caso clínico8, evitando assim a formação da reabsorção óssea. Outros fatores

devem ser analisados como possíveis causas de perda óssea em torno dos implantes são:

calor e pressão gerados excessivamente durante a instalação dos implantes, trauma oclusal,

alterações do espaço biológico e a biomecânica do desenho do implante9.

A importância de determinar o biótipo periodontal do paciente, refere-se as reações

dos biótipos frente a um trauma cirúrgico no momento da instalação dos implantes. Por

possuírem características anatômicas e fisiológicas específicas, sabe-se que o biótipo

delgado é mais propenso a ocorrer retração gengival como resposta da reabsorção óssea,

que o biótipo gengival espesso, sendo em ambos biótipos realizado o mesmo tipo de retalho

cirúrgico, o de espessura total5. Ao realizar um retalho parcial, ou um retalho dividido, essa

reabsorção óssea e retração gengival não ocorrerá, pois o periósteo é preservado sobre o

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tecido ósseo, permitindo assim um bom e contínuo suprimento sanguíneo para o osso

subjacente8.

Desse modo é fundamental saber realizar e indicar a utilização do retalho cirúrgico

(espessura total, parcial, dividido e retalho flapless) em que não necessita visualizar o osso,

para que se mantenha um adequado e harmonioso volume de tecidos moles e duros ao redor

dos implantes e dos dentes adjacentes8

Segundo o autor10

a reabsorção quando estava presente até a terceira rosca do

implante era considerado como sucesso do mesmo, enquanto nas pesquisas atuais alguns

autores têm relatado que o resultado final no tratamento com implantes dentais depende de

características dos pacientes e propriedades específicas da anatomia e fisiologia do local

que será instalado o implante11

.

Osseointegração é definida como um termo histológico em que se tem a aposição de

tecido ósseo em contato direto com a superfície do implante, tendo assim uma perfeita

cicatrização do implante instalado, sem a interposição de tecido conjuntivo na interface3.

Para as porções de pescoço e corpo do implante a osseointegração ocorre de

maneira distinta, pois o corpo do implante apresenta uma superfície áspera, o que atrai

maior quantidade de osteoblastos para a região, acarretando uma maior síntese de matriz

óssea. Já o pescoço do implante, que possui uma porção lisa, não atrairá os osteoblastos

para a formação óssea futura4.

O autor12

citou que uma equipe de pesquisadores relatou as contra-indicações dos

implantes dentais, como: a baixa qualidade e quantidade óssea e a proximidade com

estruturas anatômicas. Como fatores sistêmicos foram relatados: diabetes não-controlada,

discrasias sanguíneas (leucopenia, anemia), osteoporose, etilismo, desordens psiquiátricas,

alto índice de irradiação nas regiões de cabeça e pescoço e contra-indicações gerais para a

cirurgia.

A taxa de sobrevida dos implantes dentais é altamente dependente da integração

entre implante e tecidos duros e moles da cavidade oral. Em implantes osseointegrados com

sucesso, uma análise da interface implante/tecidos começa na região de crista óssea. No

primeiro ano de função do implante instalado com êxito, observa-se uma perda óssea menor

ou igual a 0,2 milímetros anualmente. Seis hipóteses são plausíveis para essa perda óssea,

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como: trauma cirúrgico, sobrecarga oclusal, peri-implantite, presença de microgap,

diminuição do espaço biológico6.

Na Implantodontia moderna é importante ocorrer não somente a osseointegração,

mas principalmente o sucesso no suporte funcional da prótese sobre implante. Desse modo

é importante realizar uma minuciosa avaliação dos tecidos moles em torno dos dentes

vizinhos, de maneira a garantir que tenha osso suficiente e manutenção dos tecidos moles5,

realizando assim uma abordagem cirúrgica e protética mais adequada ao caso clínico8.

A literatura13

mostra que a aparência saudável dos tecidos periodontais difere de

indivíduo para indivíduo. De um lado, o periodonto tem como característica anatômica:

uma volumosa, espessa e fibrótica faixa de gengiva marginal, tecidos queratinizados

geralmente abundantes, dentes curtos e largos, com contornos gengivais planos, papilas

mais curtas e largas, osso subjacente espesso e denso. De outro lado, as características

anatômicas periodontais apresentam-se como: estreita e festonada faixa de gengiva

marginal, dentes estreitos e alongados, papilas longas e triangulares, menor quantidade de

tecido queratinizado e arquitetura óssea subjacente caracterizada por deiscências e

fenestrações. Essas duas características anatômicas distintas servem para ilustrar a

existência de uma acentuada diferença periodontal, chamada de biótipo periodontal ou

gengival.

De acordo com a literatura13

citado pelo autor2 foi estabelecido dois tipos de padrão

tecidual: fino/festonado e plano/espesso.

A determinação do biótipo periodontal é um dos caminhos para o sucesso na

Periodontia e Implantodontia, uma vez que compreende-se melhor como as patologias se

desenvolvem em diferentes situações, como por exemplo: o entendimento da formação da

bolsa periodontal ou da retração gengival ao redor dos dentes com margem gengival

inflamada, a repercussão biológica de preparos intra-sulculares, o impacto biológico da

remodelação tecidual após a extração dental ou instalação de implantes2.

Entre as possíveis causas de reabsorção óssea em torno de implantes dentais, pode-

se citar: trauma cirúrgico, torque dado inadvertidamente no momento da instalação do

implante em especial em implantes com desenhos de parafusados cônicos, qualidade óssea

da região, carregamento inadequado do implante e o calor excessivo gerado na instalação

do implante. Outros fatores também foram relatados como causas de perda óssea:

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alterações do espaço biológico em torno dos implantes, características da superfície do

implante e a porção polida do pescoço do implante em contato com o osso9,14

.

A estabilidade da gengiva marginal, papilas peri-implantares e do osso subjacente

depende de fatores relacionados, como os biológicos (distância biológica e biótipo

gengival), cirúrgicos (tipos de retalhos: espessura total ou mucoperiósteo, parcial, dividido

e procedimentos sem retalhos ou flapless), implante (formato e posição final) e protéticos.

Uma vez decidido o local para instalação do implante, deve-se observar a relação dos

tecidos moles e duros, pois determinam os contornos gengivais e alturas das papilas. O

modo pelo qual os tecidos moles são manejados e incisados também influencia o grau de

reabsorção e estabilidade dos tecidos duros5.

A importância da preservação do espaço biológico, que é definido como a distância

necessária para a existência da saúde dos tecidos moles e duros entre a base do sulco

gengival e a crista óssea alveolar, pois não terá aumento da reabsorção da crista óssea,

mantendo em posição adequada as margens dos tecidos moles, não causando assim um

impacto negativo na estética final15

.

Foi observado que a presença de tecido ósseo entre um dente e um implante, ou

entre dois implantes, é um importante critério para a formação e preservação das papilas,

como por exemplo: ao se medir do ponto de contato interproximal até a crista óssea for de

0,5mm ou menos, a papila estará presente em cem por cento dos casos15

.

Uma das causas comuns que tem sido proposta para a falha de implantes é o trauma

cirúrgico6, em que a técnica precisa de incisão e o desenho do retalho são de fundamental

importância. Quando realizados inadverdidamente8 tem-se como resultado a formação de

fibras de tecido conjuntivo e extensão apical do epitélio juncional. No momento da

perfuração óssea para instalação do implante, o calor gerado e a pressão excessiva

empregada na região de crista óssea também contribuem para a reabsorção óssea, que é

uma das causas de perda de implante6.

A indicação e o uso da técnica de incisão, com a confecção do tipo de retalho

(espessura total, parcial, divido e flapless) de acordo com o biótipo gengival do paciente

desempenham importante função, pois não causarão injúrias aos tecidos moles e duros, não

tendo assim um resultado desfavorável8.

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A elevação do retalho de espessura total, que é elevado para facilitar a visualização

da região que será instalado o implante e identificar estruturas anatômicas, também tem

sido relatado como causa de reabsorção óssea, principalmente quando realizado no biótipo

delgado, pela ruptura dos vasos supraperiostais. Alguns pesquisadores têm relatado que a

perda óssea horizontal após uma cirurgia óssea, com utilização de retalho mucoperiósteo é

de aproximadamente 0,8mm. O osso reabsorvido é observado no segundo estágio da

cirurgia (cirurgia de reabertura para colocação dos cicatrizadores) em implantes

osseointegrados com sucesso, é geralmente vertical e tem sido medido entre 0,2mm e

1,3mm. Esse osso perdido precocemente ao redor dos implantes é definido como

saucerização. As características desse osso reabsorvido devido ao trauma cirúrgico e

realização de retalho de espessura total, tem sido mais encontrada uma perda óssea vertical

que horizontal6-7

.

Como fator primário para a escolha do protocolo cirúrgico mais adequado para o

caso clínico, é fundamental saber reconhecer e identificar o biótipo periodontal do paciente,

utilizando a melhor incisão e desenho do retalho5.

Perante o biótipo gengival do paciente é possível prever uma espessura constante de

tecido mole peri-implantar seguindo-se os contornos horizontais e verticais festonados do

tecido ósseo subjacente5.

Clinicamente é possível fazer uma diferenciação entre os biótipos espesso e

delgado, utilizando uma sonda periodontal inserida no sulco gengival, ao meio da face dos

incisivos centrais superiores, em que o biótipo delgado mostra a sombra de cor cinza da

sonda periodontal por baixo da gengiva marginal, ao passo que o biótipo espesso, a sonda

fica oculta na gengiva marginal13

.

Dessa maneira, o biótipo espesso é mais resistente ao trauma cirúrgico, por possuir

características de gengiva marginal mais espessa e fibrótica, tecidos queratinizados

geralmente são abundantes e tecido ósseo subjacente mais denso e espesso. Já o biótipo

delgado é mais propenso a ocorrer retração gengival e reabsorção óssea como consequência

do trauma cirúrgico, por possuir características anatômicas como: estreita faixa de gengiva

marginal, menor quantidade de tecido queratinizado e osso subjacente caracterizado com

deiscências e fenestrações. Diante disso, entende-se melhor a importância de se examinar o

biótipo gengival5. Também é fundamental uma avaliação pré-operatória do paciente,

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incluindo exames de imagem como: radiografias periapicais e panorâmicas, como também

a solicitação de tomografia computadorizada (TC) com utilização do guia radiográfico em

posição na área edêntula, para avaliação da topografia óssea e estruturas anatômicas da

região a ser instalado o implante17

.

Análises realizadas sugerem que o trauma cirúrgico com rebatimento de um retalho

de espessura total, gera reabsorção do osso alveolar exposto. A extensão da perda óssea

vertical depende da espessura inicial das paredes na osteotomia, que permanecem após o

preparo cirúrgico. Como resultado, a instalação de implantes unitários usando retalhos com

extensões limitadas, minimiza a contração das papilas e do osso interproximal, como

verificado na literatura18

ao compararem a perda na crista óssea interproximal após o

rebatimento de um retalho mucoperiósteo amplo e incluindo as papilas, com um retalho de

espessura que mantém pelo menos 0,1mm das papilas interproximais, verificaram que a

reabsorção óssea interproximal para retalhos amplos foi de 1,2mm maior que nos casos

com rebatimento mínimos de retalho 5,18

.

Já as incisões realizadas com bisturi circular (punch), em que não necessita descolar

o periósteo para visualizar o osso têm vantagens, pois diminui o tempo cirúrgico, permite

um melhor contorno da mucosa, ausência de retalho mucoperiósteo e assim ausência de

suturas, não tendo retração gengival e reabsorção óssea por não ter interrupção na irrigação

sanguínea para o tecido ósseo8.

Desse modo é fundamental realizar procedimentos cirúrgicos minimamente

invasivos, para garantir que as margens gengivais mantenham suas posições originais,

tendo certeza do adequado volume ósseo subjacente5, o que garante a manutenção dos

volumes teciduais, melhores resultados estéticos, maior longevidade dos implantes dentais

e menos desconforto ao paciente, principalmente no biótipo delgado, uma vez que o

periósteo não será afastado com o retalho, mantendo o suprimento sanguíneo suficiente ao

tecido ósseo subjacente, não ocorrendo no pós-cirúrgico retração gengival e reabsorção

óssea, mantendo assim um adequado contorno gengival ao redor dos dentes e implantes8.

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16

3 DISCUSSÃO

Devido ao grande interesse pela estética, os pesquisadores vêm realizando trabalhos

e experimentos sobre os implantes dentais, aprimorando técnicas e materiais1. Atualmente,

é grande a demanda de tratamentos com implantes, sendo instalados por ano cerca de

500.000 implantes, com índice de sucesso de noventa e cinco por cento. Esse sucesso é

resultado dos avanços nas pesquisas científicas, que evoluíram o desenho e a superfície dos

implantes e também procedimentos regenerativos de tecidos moles e duros, mais

apropriados ao biótipo periodontal do paciente8.

Na Implantodontia moderna é relevante ocorrer não apenas a osseointegração, mas

principalmente o sucesso no suporte funcional da prótese implantossuportada5. Desse

modo, é essencial para um bom e adequado tratamento cirúrgico e protético, diagnosticar o

biótipo gengival do paciente (delgado/espesso) durante a fase de planejamento do

tratamento8, fato também observado pelo autor

5 em que a escolha do protocolo cirúrgico

mais adequado para o caso clínico é fundamental reconhecer o biótipo periodontal do

paciente, utilizando a melhor incisão e desenho do retalho.

Importantes fatores para um bom resultado estético com implantes dentais são os

níveis de suporte ósseo e dimensões dos tecidos moles adjacentes a dentes e implantes18

,

como também relatado pela literatura6,19

que a taxa de sobrevida dos implantes dentais é

altamente dependente da integração entre implantes e tecidos duros e moles da cavidade

oral.

Uma das causas comuns que têm sido relatada para a falha de implantes é o trauma

cirúrgico, uma vez que os biótipos gengivais respondem de maneiras distintas, quando

submetidos à injúria e manipulação cirúrgica6, fato também observado pelo autor

8 em que a

técnica precisa de incisão e o tipo de retalho de acordo com o biótipo gengival do paciente

desempenham importante função, uma vez que não causarão injúrias aos tecidos moles e

duros, não ocorrendo falha de implantes dentais.

Outras possíveis causas de reabsorção óssea citadas pela literatura6

são: sobrecarga

oclusal, peri-implantite, presença de microgap e diminuição do espaço biológico.

Autores9,14

também relataram como causas de perda óssea em torno de implantes:

características da superfície do implante, torque dado inadvertidamente no momento da

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17

instalação do implante, qualidade óssea da região, carregamento inadequado do implante e

o calor excessivo gerado na instalação do implante.

De acordo com a literatura5,8

associando-se o biótipo gengival e o retalho de

espessura total, que oferece uma melhor visão8, observa-se como resultado pós-cirúrgico a

retração gengival e a reabsorção óssea, principalmente quando o biótipo periodontal é do

tipo delgado, o que ocorre em menor taxa no biótipo espesso, indo ao encontro com o

autor5, que relata maior resistência do biótipo espesso frente ao mesmo tipo de retalho

(espessura total) por apresentar características de gengiva marginal mais espessa e fibrótica,

maior quantidade de tecido queratinizado e tecido ósseo subjacente mais denso e espesso,

que são características anatômicas opostas presentes no biótipo gengival delgado, estando

de acordo com a literatura6, que afirmaram que os biótipos periodontais reagem de modos

distintos ao serem submetidos ao mesmo tipo de retalho, por apresentarem características

anatômicas e fisiológicas distintas.

Já as incisões realizadas com bisturi circular, indicado quando se tem um adequado

volume de tecido ósseo subjacente a mucosa, apresenta vantagens pois: diminui o tempo

cirúrgico, permite melhor contorno da mucosa, ausência de suturas e por não necessitar de

descolar o periósteo o tecido gengival não terá retração e reabsorção óssea pós-cirúrgica8,

por não ocorrer a ruptura dos vasos supraperiostais5-6-7

.

Desse modo de acordo com a literatura5 é fundamental realizar procedimentos

minimamente invasivos, a fim de garantir que as margens gengivais mantenham as

posições originais garantindo dessa maneira a manutenção dos volumes teciduais, melhores

resultados estéticos, maior longevidade dos implantes dentais, como também descrito por

outros autores6,8

uma vez que o periósteo não será afastado, por não utilizar retalho de

espessura total, será mantido o suprimento sanguíneo suficiente ao tecido ósseo subjacente,

não ocorrendo no pós-cirúrgico retração gengival e reabsorção óssea, principalmente no

biótipo delgado, mantendo um adequado contorno gengival ao redor dos dentes e

implantes.

Portanto, de acordo com os autores5,8

é fundamental para o sucesso final dos

implantes dentais, avaliar os biótipos gengivais e manejar corretamente os tecidos moles

periodontais, confeccionando o tipo de retalho mais adequado ao caso clínico do paciente8,

evitando assim a ocorrência de retração gengival e reabsorção óssea pós-cirúrgica5-6

, o que

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18

auxiliará não apenas na estética final, mas também na maior taxa de sobrevida dos

implantes6.

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4 CONCLUSÃO

De acordo com a literatura concluimos que:

A) O sucesso no tratamento final com implantes dentais é dependente da integração

harmoniosa entre os tecidos: ósseo, conjuntivo e epitelial.

B) Uma das causas comuns relatadas como falhas de implantes é o trauma cirúrgico, pois

os biótipos gengivais (delgado/espesso) reagem de modos distintos ao serem submetidos à

injúria e a manipulação cirúrgica.

C) Ao confeccionar um retalho de espessura total, sabe-se que o biótipo delgado tem maior

chance de sofrer retração gengival e reabsorção óssea pós-cirúrgica.

D) Ao utilizar retalhos parciais, divididos e incisões sem retalhos no biótipo periodontal

delgado tem-se várias vantagens como: ausência de retração gengival e reabsorção óssea,

manutenção de um adequado volume e contorno da mucosa, diminuição do tempo cirúrgico

e ausência de suturas.

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20

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Sieber C. A key to enhancing natural esthetics in anterior restorations: the ligth-optical

behavior on spinell luminaries. J Esthet. Dent., Philadelphia 1996; 8: 99-119.

2- Joly JC, Carvalho PFM, Silva, RC. Reconstrução Tecidual Estética. São Paulo: 2010.p.

26-37.

3- Parlar A, Bosshardt DD, Unsal B, Cetiner D, Haytaç C, Lang, NP. New formation of

periodontal tissues around titanium implants in a novel dentin chamber model. Clin Oral

Implants Research 2005; 16: 259-267.

4- Schwartz-Arad D, Herzberg R, Levin L. Evaluation of long-term implant success. J

Periodontol 2005; 76 (10): 1623-1628.

5- Canullo L, Cocchetto R, Loi I. Remodelagem óssea peri-implantar. Bases científicas e

implicações clínicas. São Paulo: 2012. p. 25-45.

6- Oh TJ, Yoon J, Misch CE, Wang HL. The cause of early implant bone loss: Myth or

Science? J Periodontol 2002; 73 (03): 322-33.

7- Staffileno H. Significant differences and advantages between the full thickness and split

thickness flaps. J Periodontol 1974; 45 (06): 421-425.

8- Souza MS. Suturas na Implantodontia [ dissertação ]. Rio de Janeiro: Centro de Pós-

Graduação da Academia de Odontologia do Rio de Janeiro; 2011.

9- Misch CE. Implantes dentais contemporâneos. São Paulo: 2008. p. 68-88.

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10- Albrektsson T, Zarb GA, Worthington P, Eriksson AR. The long-term efficacy of

currently used dental implants: a review and proposed criteria of success. J Oral

Maxillofacial Implants 1986; 1 (01): 11-25.

11- Manzs MC. Factors associated with radiographic vertical bone loss around implants

placed in a clinical study. Ann Periodontol 2000; 5 (01): 137-151.

12- Cochran D. Implant Therapy I. Ann Periodontol 1996; 1 (01): 707-790.

13- De Rouck T, Eghbali R, Collys K, De Bruyn H, Cosyn J. The gingival biotype

revisited: transparency of the periodontal probe through the gingival margen as a method to

discriminate thin from thick gingiva. J Clin Periodontol 2009; 36: 428-433.

14- Kitamura E, Stegaroiu R, Nomura S, Miyaakama O. Biomechanical aspects of marginal

bone resorption around osseointegrated implants: considerations based on a three-

dimensional finite element analysis. Clin Oral Implants 2004; 15: 401-12.

15- Danza M, Zollino I, Avantaggiato A, Lucchese A, Carinci F. Distance between

implants has a potential impact of crestal bone resorption. The Saudi Dental Journal 2011;

23: 129-133.

16- Linkevicius T, Apse P, Grybauskas S, Puisys A. Reaction of crestal bone around

implants depending on mucosal tissue thickness. A 1-year prospective clinical study.

Stomatologija, Baltic Dental and Maxillofacial Journal 2009; 11 (03): 83-91.

17- Iacono VJ. Dental Implants in a Periodontal Therapy. J Periodontol 2000; 71 (12):

1934-42.

18- Cardaropoli G, Lekholm U, Wennström JL. Tissue alterations at implant-supported

single-tooth replacements: a 1-year prospective clinical study. Clin Oral Implants Research

2006; 17: 165-171.

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19- Cochran D, Hermann JS, Schenk RK, Higginbottom FL, Buser D. Biologic width

around titanium implants. A histometric analysis of the implanto-gingival junction around

unloaded and loaded nonsubmerged implants in the canine mandible. J Periodontol 1997;

68 (02): 186-198.

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NORMAS DE PUBLICAÇÃO REVISTA IMPLANTNEWS

1. OBJETIVO

A revista ImplantNews, de periodicidade bimestral, destina-se à publicação de trabalhos

inéditos de pesquisa aplicada, bem como artigos de atualização, relatos de casos clínicos e

revisão da literatura na área de Implantodontia e de especialidades multidisciplinares que a

envolvam.

2. NORMAS

2.1. Os trabalhos enviados para publicação devem ser inéditos, não sendo permitida a sua

apresentação simultânea em outro periódico.

2.2. Os trabalhos deverão ser enviados via e-mail ou correio.

2.2.1. No caso de envio por correio, o arquivo deverá ser gravado em CD, em formato

DOC, acompanhado de uma cópia em papel, com informações para contato (endereço,

telefone e e-mail do autor responsável). O CD deverá estar com a identificação do autor

responsável, em sua face não gravável, com caneta retroprojetor.

2.2.2. No caso de envio por e-mail, é necessário colocar no assunto da mensagem o título

do trabalho, além de especificar no corpo do e-mail, em tópicos, o que está sendo enviado.

2.3. O material enviado, uma vez publicado o trabalho, não será devolvido.

2.4. A revista ImplantNews reserva todos os direitos autorais do trabalho publicado.

2.5. A revista ImplantNews receberá para publicação trabalhos redigidos em português.

2.6. A revista PerioNews submeterá os originais à apreciação do Conselho Científico, que

decidirá sobre a sua aceitação.

Os nomes dos relatores/avaliadores permanecerão em sigilo e estes não terão ciência dos

autores do trabalho analisado.

2.7. O trabalho deverá ser enviado juntamente com o Termo de Cessão de Direitos Autorais

e Formulário de Conflito de Interesses, assinados pelo(s) autor(es) ou pelo autor

responsável, conforme modelo encontrado neste PDF.

2.8. As informações contidas no Formulário de Conflito de Interesses deverão ser

acrescentadas ao final do artigo, em forma de texto, como Nota de Esclarecimento.

Exemplo:

Nota de esclarecimento:

Nós, os autores deste trabalho, não recebemos apoio financeiro para pesquisa dado por

organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Nós, ou os

membros de nossas famílias, não recebemos honorários de consultoria ou fomos pagos

como avaliadores por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação

deste trabalho, não possuímos ações ou investimentos em organizações que também

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possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Não recebemos honorários

de apresentações vindos de organizações que com fins lucrativos possam ter ganho ou

perda com a publicação deste trabalho, não estamos empregados pela entidade comercial

que patrocinou o estudo e também não possuímos patentes ou royalties, nem trabalhamos

como testemunha especializada, ou realizamos atividades para uma entidade com interesse

financeiro nesta área.

2.9. Os trabalhos desenvolvidos em instituições oficiais de ensino e/ou pesquisa deverão

conter no texto referências à aprovação pelo Comitê de Ética. A experimentação

envolvendo pesquisa com humanos deve ser conduzida de acordo com princípios éticos

(Declaração de Helsinki, versão 2008).

2.10. Todos os trabalhos com imagens de pacientes, lábios, dentes, faces etc., com

identificação ou não, deverão conter cópia do Formulário de Consentimento do Paciente,

assinado por este.

3. APRESENTAÇÃO

3.1. Estrutura

3.1.1. Trabalhos científicos (pesquisas, artigos e teses) – Deverão conter título em

português, nome(s) do(s) autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução

e/ou revisão da literatura, proposição, material(ais) e método(s), resultados, discussão,

conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em inglês (abstract), unitermos

em inglês (keywords) e referências bibliográficas.

Limites: texto com, no máximo, 35.000 caracteres (com espaços), 4 tabelas ou quadros e 20

imagens (sendo, no máximo, 4 gráficos e 16 figuras).

3.1.2. Revisão da literatura – Deverão conter título em português, nome(s) do(s) autor(es),

titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou proposição, revisão da

literatura, discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês, resumo em inglês

(abstract), unitermos em inglês (keywords) e referências bibliográficas.

Limites: texto com, no máximo, 25.000 caracteres (com espaços), 10 páginas de texto, 4

tabelas ou quadros e 20 imagens (sendo, no máximo, 4 gráficos e 16 figuras).

3.1.3. Relato de caso(s) clínico(s) – Deverão conter título em português, nome(s) do(s)

autor(es), titulação do(s) autor(es), resumo, unitermos, introdução e/ou proposição, relato

do(s) caso(s) clínico(s), discussão, conclusão, nota de esclarecimento, título em inglês,

resumo em inglês (abstract), unitermos em inglês (keywords) e referências bibliográficas.

Limites: texto com, no máximo, 18.000 caracteres (com espaços), 2 tabelas ou quadros e 34

imagens (sendo, no máximo, 2 gráficos e 32 figuras).

3.2. Formatação de página:

1. Margens superior e inferior: 2,5 cm

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2. Margens esquerda e direita: 3 cm

3. Tamanho do papel: carta

4. Alinhamento do texto: justificado

5. Recuo especial da primeira linha dos parágrafos: 1,25 cm

6. Espaçamento entre linhas: 1,5 linhas

7. Controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado

8. As páginas devem ser numeradas

3.3. Formatação de texto:

1. Tipo de fonte: times new roman

2. Tamanho da fonte: 12

3. Título em português: máximo de 90 caracteres

4. Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulos principais

5. Resumos em português e inglês: máximo de 250 palavras cada

6. Unitermos e keywords: máximo de cinco. Consultar Descritores em Ciências da

Saúde – Bireme (www.bireme.br/decs/)

3.4 Citações de referências bibliográficas

1. No texto, seguir o Sistema Numérico de Citação, no qual somente os números

índices das referências, na forma sobrescrita, são indicados no texto.

2. Números sequenciais devem ser separados por hífen (ex.: 4-5); números aleatórios

devem ser separados por vírgula (ex.: 7, 12, 21).

3. Não citar os nomes dos autores e o ano de publicação.

Exemplos:

Errado: “Bergstrom J, Preber H² (1994)...”

Correto: “Vários autores¹-²-³ avaliaram que a saúde geral e local do paciente é necessária

para o sucesso do tratamento”; “Outros autores¹-³ concordam...”

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

4.1. Quantidade máxima de 30 referências bibliográficas por trabalho.

4.2. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade única e exclusiva dos

autores.

4.3. A apresentação das referências bibliográficas deve seguir a normatização do estilo

Vancouver, conforme orientações fornecidas pelo International Committee of Medical

Journal Editors (www.icmje.org) no “Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to

Biomedical Journals”.

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4.4. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o “List of Journals

Indexed in Index Medicus” e impressos sem negrito, itálico ou grifo/sublinhado.

4.5. As referências devem ser numeradas em ordem de entrada no texto pelos

sobrenomes dos autores, que devem ser seguidos pelos seus prenomes abreviados, sem

ponto ou vírgula. A vírgula só deve ser usada entre os nomes dos diferentes autores. Incluir

ano, volume, número (fascículo) e páginas do artigo logo após o título do periódico.

Exemplo:

“Schmidlin PR, Sahrmann P, Ramel C, Imfeld T, Müller J, Roos M et al. Peri-implantitis

prevalence and treatment in implantoriented private practices: A cross-sectional postal and

Internet survey. SchweizMonatsschrZahnmed 2012;122(12):1136-44.”

4.5.1. Nas publicações com até seis autores, citam-se todos.

4.5.2. Nas publicações com sete ou mais autores, citam-se os seis primeiros e, em seguida,

a expressão latina et al.

4.6. Deve-se evitar a citação de comunicações pessoais, trabalhos em andamento e os não

publicados; caso seja estritamente necessária sua citação, as informações não devem ser

incluídas na lista de referências, mas citadas em notas de rodapé.

4.7. Exemplos

4.7.1. Livro:

Brånemark P-I, Hansson BO, Adell R, Breine U, Lindstrom J, Hallen O et al.

Osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaw. Experience form a 10-

year period. Stockholm: Alqvist&Wiksell International, 1977.

4.7.2. Capítulo de livro:

Baron R. Mechanics and regulation on ostoclastic bone resorption. In: Norton LA,

Burstone CJ. The biology of tooth movement.Florida: CRC, 1989. p.269-73.

4.7.3. Editor(es) ou compilador(es) como autor(es):

Brånemark PI, Oliveira MF (eds). Craniofacial prostheses:

anaplastologyandosseointegration. Chigago: Quintessence; 1997.

4.7.4. Organização ou sociedade como autor:

ClinicalResearch Associates. Glass ionomer-resin: state of art. Clin Res Assoc Newsletter

1993;17:1-2.

4.7.5. Artigo de periódico:

Diacov NL, Sá JR. Absenteísmo odontológico. RevOdontUnesp 1988;17(1/2):183-9.

4.7.6. Artigo sem indicação de autor:

Fracture strength of human teeth with cavity preparations. J Prosthet Dent

1980;43(4):419-22.

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4.7.7. Resumo:

Steet TC. Marginal adaptation of composite restoration with and without flowable liner

[abstract].J Dent Res 2000;79:1002.

4.7.8. Dissertação e tese:

Molina SMG. Avaliação do desenvolvimento físico de préescolares de Piracicaba, SP

[tese]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas;1997.

4.7.9. Trabalho apresentado em evento:

Buser D. Estética em implantes de um ponto de vista cirúrgico. In: 3º Congresso

Internacional de Osseointegração: 2002; APCD - São Paulo. Anais. São Paulo: EVM;

2002. p. 18.

4.7.10. Artigo em periódico on-line/internet:

Tanriverdiet al. Na in vitro test model for investigation of desinfection of dentinal tubules

infected whith enterococcus faecalis. Braz Dent J 1997,8(2):67- 72. [Online] Available

from Internet.[cited 30-6-1998]. ISSN 0103-6440.

5. TABELAS OU QUADROS

5.1. Devem constar sob as denominações “Tabela” ou “Quadro” no arquivo eletrônico e ser

numerados em algarismos arábicos.

5.2. A legenda deve acompanhar a tabela ou o quadro e ser posicionada abaixo destes ou

indicada de forma clara e objetiva no texto ou em documento anexo.

5.3. Devem ser autoexplicativos e, obrigatoriamente, citados no corpo do texto na ordem de

sua numeração.

5.4. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos em nota colocada abaixo do corpo

da tabela/quadro ou em sua legenda.

6. IMAGENS (Figuras e Gráficos)

6.1. Figuras

6.1.1. Devem constar sob a denominação “Figura” e ser numeradas com algarismos

arábicos.

6.1.2. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivo ou folha impressa à parte.

6.1.3. Devem, obrigatoriamente, ser citadas no corpo do texto na ordem de sua numeração.

6.1.4. Sinais ou siglas devem estar traduzidos em sua legenda.

6.1.5. Na apresentação de imagens e texto, deve-se evitar o uso de iniciais, nome e número

de registro de pacientes. O paciente não poderá ser identificado ou estar reconhecível em

fotografias, a menos que expresse por escrito o seu consentimento, o qual deve acompanhar

o trabalho enviado.

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6.1.6. Devem possuir boa qualidade técnica e artística, utilizando o recurso de resolução

máxima do equipamento/ câmera fotográfica.

6.1.7. Devem ser enviadas via e-mail ou gravadas em CD, com resolução mínima de

300dpi, nos formatos TIF ou JPG e largura mínima de 10 cm.

6.1.8. Não devem, em hipótese alguma, ser enviadas incorporadas a arquivos de programas

de apresentação (PowerPoint), editores de texto (Word for Windows) ou planilhas

eletrônicas (Excel).

6.2. Gráficos

6.2.1. Devem constar sob a denominação “Figura”, numerados com algarismos arábicos e

fornecidos, preferencialmente, em arquivo à parte, com largura mínima de 10 cm.

6.2.2. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivo ou folha impressa à parte,

ordenadas sequencialmente com as figuras.

6.2.3. Devem ser, obrigatoriamente, citados no corpo do texto, na ordem de sua numeração.

6.2.4. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos em sua legenda.

6.2.5. As grandezas demonstradas na forma de barra, setor, curva ou outra forma gráfica

devem vir acompanhadas dos respectivos valores numéricos para permitir sua reprodução

com precisão.