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UNIVERSIDADE DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE - UNIARP PEDAGOGIA
LEOMAR ALVES MENDES
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA
CAÇADOR - SC 2010
LEOMAR ALVES MENDES
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para a obtenção do titulo Licenciado em Pedagogia, pela Universidade Alto Vale do Rio do Peixe, sob orientação do professor Paulo Roberto Gonçalves
CAÇADOR - SC 2010
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho em primeiro momento para Deus, que me deus forças para não desistir no meio da caminhada, aos meus pais que sempre estavam me incentivando para continuar os estudos, às vezes por mais difíceis que fosse.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que estiveram presentes nessa caminhada, em especial aos
meus pais, pois sem eles nós não estaríamos aqui, a professora Jussara
Fonseca, quem ministrava as aulas de psicopedagogia, a onde eu acabei me
interessando pelo assunto.
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. "Sobretudo tenho medo de dizer por que no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo" (Clarice Lispector)
RESUMO
O presente trabalho apresenta a pesquisa sobre a importância do
psicopedagogo na escola, realizando uma analise de instituição que possui um
psicopedagogo atuando, e uma instituição que não possui um psicopedagogo.
Ressaltando a importância deste profissional no auxilio do processo de ensino
aprendizagem das crianças na escola, onde é necessário que as crianças
passem por avaliações de profissionais competentes para identificar suas
dificuldades de aprendizagem. Assim tendo um psicopedagogo na instituição
acelera o processo e ajuda que a criança receba o tratamento escolar
necessária a sua dificuldade.
PALAVRAS-CHAVE: PSICOPEDAGOGO, INSTITUIÇÃO, DIFICULDADE
ABSTRACT
This paper presents a survey on the importance of psychopedagogists in school, performing an analysis of an institution that has psychopedagogists working in an institution and an institution that does not have an psychopedagogists. Emphasizing the importance of professional help in the process of teaching and learning of children in school, where because of the failures is necessary that school children often pass through assessments of competent professionals to identify their learning difficulties. So having an institution in psychopedagogists accelerates the process and help the child receive the necessary treatment school to its difficulty. KEYWORDS: PSYCHOPEDAGOGUE, INSTITUTION, DIFFICULTY.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................. 9
1. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................. 11
1.1. Histórico da psicopedagogia ........................................................... 11
1.2. O que é psicopedagogia .................................................................. 12
1.3. Regulamentação da profissão de psicopedagogo ........................... 12
1.4. A importância do psicopedagogo na escola .................................... 13
1.5. O psicopedagogo e suas áreas ....................................................... 15
1.6. A psicopedagogia institucional ........................................................ 17
1.7. O psicopedagogo e a família do educando ..................................... 19
2. ANALISE DOS DADOS COLETADOS ............................................. 22
2.1. Pontos de vista ................................................................................ 27
3. RELAÇÃO DA PEDAGOGIA COM O TEMA .................................... 28
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 30
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 32
INTRODUÇÃO
O presente trabalho é o resultado de uma pesquisa bibliográfica
complementada com algumas entrevistas e visitas a instituições educacionais e
trata da importância do psicopedagogo na escola.
A Psicopedagogia constitui-se em uma justaposição de dois saberes -
psicologia e pedagogia - que vai muito além da simples junção dessas duas
palavras, isto significa que é muito mais complexa do que a simples
aglomeração de duas palavras, visa a identificar a complexidade inerente ao
que produz o saber e o não saber. É uma ciência que estuda o processo de
aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de
construção do conhecimento. Surgiu no Brasil devido ao grande número de
crianças com fracasso escolar e de a psicologia e a pedagogia, isoladamente,
não darem conta de resolver tais fracassos.
O Psicopedagogo, por sua vez, tem a função de observar e avaliar qual
a verdadeira necessidade da escola e atender aos seus anseios, bem como
verificar, junto ao Projeto Político-Pedagógico, como a escola conduz o
processo ensino e aprendizagem, como garante o sucesso de seus alunos e
como a família exerce o seu papel de parceira nesse processo.
Considerando a escola responsável por grande parte da formação do ser
humano, o trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter
preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para
solução dos problemas. Com esta finalidade e em decorrência do grande
número de crianças com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios
que englobam a família e a escola, a intervenção psicopedagógica ganha,
atualmente, espaço nas instituições de ensino.
Considerando a escola responsável por grande parte da formação do ser
humano, o trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter
preventivo no sentido de procurar e criar competências e habilidades para
solução dos problemas em decorrência do grande número de crianças com
dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a
escola.
Este trabalho tem como objetivo principal conhecer a importância do
trabalho do psicopedagogo na escola e como de como funciona o trabalho
9
psicopedagógico na instituição de ensino, realizando a comparação de escolas
com a atuação deste profissional e escolas sem a atuação desse profissional,
analisando o papel desempenhado pelo psicopedagogo na instituição de
ensino.
O trabalho esta dividido em três capítulos, no primeiro capitulo será
apresentado uma pesquisa bibliográfica referente a psicopedagogia, definindo
o que e para que serve esta ciência.
No segundo capitulo, será realizada uma analise dos dados coletados
por meio dos questionários entregues aos profissionais da área de educação
que atuam em uma instituição que possui o psicopedagogo e de uma
instituição que não possui o psicopedagogo atuando na instituição.
O terceiro capitulo, apresentará uma analise de contribuições que o
curso trouxe para a construção deste trabalho de conclusão de curso e qual a
relação das disciplinas com o tema escolhido.
10
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. Histórico da psicopedagogia
Os primeiros estudos relacionados com a psicopedagogia aconteceram
no inicio do século XIX, com contribuições da psicologia, medicina e
psicanálise, para ser usada com crianças com dificuldade de aprendizagem,
estes estudos aconteceram na França. Os estudos franceses influenciaram a
iniciação psicopedagógica na Argentina e esta no Brasil.
Na literatura francesa – que, como vimos, influencia as idéias sobre psicopedagogia na Argentina (a qual, por sua vez, influencia a práxis brasileira) – encontra-se, entre outros, os trabalhos de Janine Mery, a psicopedagoga francesa que apresenta algumas considerações sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas idéias na Europa, e os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico psicopedagógico na França,..., onde se percebeu as primeiras tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de aprendizagem (BOSSA, 2000, p. 37)
Esperava-se através desta união Psicologia-Psicanálise-Pedagogia,
conhecer a criança e o seu meio, para que fosse possível compreender o
caso para determinar uma ação reeducadora.
Diferenciar os que não aprendiam, apesar de serem inteligentes,
daqueles que apresentavam alguma deficiência mental, física ou sensorial
era uma das preocupações da época.
Observamos que a psicopedagogia teve uma trajetória significativa
tendo inicialmente um caráter médico-pedagógico dos quais faziam parte da
equipe do Centro Psicopedagógico: médicos, psicólogos, psicanalistas e
pedagogos.
Os cursos na área de Psicopedagogia começam a surgir nos anos 70,
mas é na década de 90 que se multiplicam.
A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos
médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de
aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de
especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto
Alegre, com a duração de dois anos.
Em 1996 foi aprovado em Assembléia Geral no III Congresso Brasileiro
de Psicopedagogia, o Código de Ética que assinala dentre outras coisas, que a
11
Psicopedagogia é um campo de atuação em saúde e educação que lida com o
processo de aprendizagem humana, é de natureza interdisciplinar e o trabalho
pode se dar na clínica ou instituição, de caráter preventivo e/ou remediativo e
cabe ao psicopedagogo por direito e não por obrigação, seguir esse código.
1.2. O que é Psicopedagogia
Para entender o que é Psicopedagogia, é importante ir além da simples
junção dos conhecimentos oriundos da Psicologia e da Pedagogia, que ocorre
com bastante freqüência no senso comum, isto porque, em sua própria
denominação Psicopedagogia aparecem suas partes constitutivas – psicologia
+ pedagogia – e que oferece uma definição reducionista a seu respeito.
Na realidade, a Psicopedagogia é um campo do conhecimento que se
propõe a integrar, de modo coerente, conhecimentos e princípios de diferentes
Ciências Humanas com a meta de adquirir uma ampla compreensão sobre os
variados processos inerentes ao aprender humano. Enquanto área de
conhecimento multidisciplinar interessa a Psicopedagogia compreender como
ocorrem os processos de aprendizagem e entender as possíveis dificuldades
situadas neste movimento. Para tal, faz uso da integração e síntese de vários
campos do conhecimento, tais com a Psicologia, a Psicanálise, a Filosofia, a
Psicologia Transpessoal, a Pedagogia, a Neurologia, entre outros.
1.3. A regulamentação da profissão de Psicopedagogo
No Brasil, a formação do psicopedagogo vem ocorrendo em caráter
regular e oficial desde a década de 70 em instituições universitárias de renome.
Esta formação foi regulamentada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC)
em cursos de pós-graduação e especialização, com carga horária mínima de
360h. O curso deve atender às exigências mínimas do Conselho Federal de
Educação quanto à carga horária, critérios de avaliação, corpo docente e
outras. Não há normas e critérios para a estrutura curricular, o que leva a uma
grande diversificação na formação.
Os cursos de psicopedagogia formam profissionais aptos a trabalhar na
área clínica e institucional, que pode ser a escolar, a hospitalar e a empresarial.
12
No Brasil, só poderão exercer a profissão de psicopedagogo os portadores de
certificado de conclusão em curso de especialização em psicopedagogia em
nível de pós-graduação, expedido por instituições devidamente autorizadas ou
credenciadas nos termos da lei vigente - Resolução 12/83, de 06/10/83 - que
forma os especialistas, no caso, os então chamados especialistas em
psicopedagogia ou psicopedagogos.
A lei que trata do reconhecimento da profissão de psicopedagogo está
na câmara dos deputados federais. Psicopedagogos elaboraram vários
documentos nos anos de 1995 e 1996, explicitando suas atribuições, seu
campo de atuação, sua área científica e seus critérios de formação acadêmica,
um trabalho que contou com a colaboração de muitos.
O psicopedagogo possui a Associação Brasileira de Psicopedagogia
(ABPp) como elo de interlocução. A ABPp iniciou com um grupo de estudos
formado por profissionais preocupados com os problemas de aprendizagem,
sendo que, atualmente, também busca o reconhecimento da profissão.
1.4. A importância do Psicopedagogo na Escola
Diante do baixo desempenho escolar, as escolas estão cada vez mais
preocupadas com os alunos que têm dificuldades de aprendizagem, não
sabem mais o que fazer com as crianças que não aprendem de acordo com o
processo considerado normal e não possuem uma política de intervenção
capaz de contribuir para a superação dos problemas de aprendizagem.
Neste contexto, o psicopedagogo institucional, como um profissional
qualificado, está apto a trabalhar na área da educação, dando assistência aos
professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das
condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção dos
problemas de aprendizagem.
Por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita
uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de
aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe
escolar, está mobilizado na construção de um espaço adequado às condições
de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. Elege a metodologia
13
e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal
processo.
Os desafios que surgem para o psicopedagogo dentro da instituição
escolar relacionam-se de modo significativo. A sua formação pessoal e
profissional implicam a configuração de uma identidade própria e singular que
seja capaz de reunir qualidades, habilidades e competências de atuação na
instituição escolar.
A psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de
aprendizagem e com os problemas dele decorrentes. Acreditamos que, se
existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o
número de crianças com problemas seria bem menor.
Ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de
aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em
suas dificuldades, encaminhando-o, por meio de um relatório, quando
necessário, para outros profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista,
etc. que realizam diagnóstico especializado e exames complementares com o
intuito de favorecer o desenvolvimento da potencialização humana no processo
de aquisição do saber.
Evidências sugerem que um grande número de alunos possui
características que requerem atenção educacional diferenciada. Neste sentido,
um trabalho psicopedagógico pode contribuir muito, auxiliando educadores a
aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias do ensino-aprendizagem e
as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e
sintetizando-as numa ação educativa. Esse trabalho permite que o educador se
olhe como aprendente e como ensinante.
Além do já mencionado, o psicopedagogo está preparado para auxiliar
os educadores realizando atendimentos pedagógicos individualizados,
contribuindo para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao
professor ver alternativas de ação e ver como as demais técnicas podem
intervir, bem como participando do diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem
e do atendimento a um pequeno grupo de alunos.
Para o psicopedagogo, a experiência de intervenção junto ao professor,
num processo de parceria, possibilita uma aprendizagem muito importante e
enriquecedora, principalmente se os professores forem especialistas nas suas
14
disciplinas. Não só a sua intervenção junto ao professor é positiva. Também o
é a sua participação em reuniões de pais, esclarecendo o desenvolvimento dos
filhos; em conselhos de classe, avaliando o processo metodológico; na escola
como um todo, acompanhando a relação professor e aluno, aluno e aluno,
aluno que vem de outra escola, sugerindo atividades, buscando estratégias e
apoio.
Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo
aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a
integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as
características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando
processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo
participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no
contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os
professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola
frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da
criança ou, da própria ensinagem.
O estudo psicopedagógico atinge seus objetivos quando, ampliando a
compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de
determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para
atender às necessidades de aprendizagem. Para isso, deve analisar o Projeto
Político-Pedagógico, sobretudo quais as suas propostas de ensino e o que é
valorizado como aprendizagem. Desta forma, o fazer psicopedagógico se
transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxílio de
aprendizagem.
1.5. Psicopedagogo e suas áreas
O psicopedagogo pode atuar em diversas áreas, de forma preventiva e
terapêutica, para compreender os processos de desenvolvimento e das
aprendizagens humanas, recorrendo a várias estratégias objetivando se ocupar
dos problemas que podem surgir.
15
Segundo Bossa (1994, p.23),
... cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem.
Numa linha preventiva, o psicopedagogo pode desempenhar uma
prática docente, envolvendo a preparação de profissionais da educação, ou
atuar dentro da própria escola. Na sua função preventiva, cabe ao
psicopedagogo detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem;
participar da dinâmica das relações da comunidade educativa a fim de
favorecer o processo de integração e troca; promover orientações
metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos;
realizar processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto
na forma individual quanto em grupo.
Numa linha terapêutica, o psicopedagogo trata das dificuldades de
aprendizagem, diagnosticando, desenvolvendo técnicas remediativas,
orientando pais e professores, estabelecendo contato com outros profissionais
das áreas psicológica, psicomotora. Fonoaudiológica e educacional, pois tais
dificuldades são multifatoriais em sua origem e, muitas vezes, no seu
tratamento. Esse profissional deve ser um mediador em todo esse processo,
indo além da simples junção dos conhecimentos da psicologia e da pedagogia.
O psicopedagogo pode atuar tanto na Saúde como na Educação, já que
o seu saber visa compreender as variadas dimensões da aprendizagem
humana. Da mesma forma, pode trabalhar com crianças hospitalizadas e seu
processo de aprendizagem em parceria com a equipe multidisciplinar da
instituição hospitalar, tais como psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e
médicos.
No campo empresarial, o psicopedagogo pode contribuir com as
relações, ou seja, com a melhoria da qualidade das relações inter e
intrapessoais dos indivíduos que trabalham na empresa.
16
A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas
dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico.
Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a
família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do
desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas
características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não
são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar,
analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.
A psicopedagogia está dividida em duas parte a onde se constitui em
clinica e institucional. A clinica esta voltada mais para a parte de o profissional
trabalhar em consultório, já a institucional e mais voltada para a instituição ou a
escola.
O psicopedagogo na instituição escolar poderá ajudar os professores,
auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os
alunos possam entender melhor as aulas ajudar na elaboração do projeto
pedagógico; orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de
aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem; realizar um diagnóstico
institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam
estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem; encaminhar o aluno para
um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de
avaliações psicopedagógicos; conversar com os pais para fornecer
orientações; auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição
possam ter um bom relacionamento entre si; Conversar com a criança ou
adolescente quando este precisar de orientação.
A psicopedagogia institucional caracteriza-se pela própria
intencionalidade do trabalho. Atuamos como psicopedagogos na construção do
conhecimento do sujeito, que neste momento é a instituição com sua filosofia,
valores e ideologia. A demanda da instituição está associada forma de existir
do sujeito em relação a instituição, seja ele a família, a escola, uma empresa
industrial, um hospital, uma creche, uma organização assistencial.
1.6. A psicopedagogia institucional
A Psicopedagogia Institucional é uma atividade ainda nova.
17
O psicopedagogo é um profissional liberal especializado em problemas
de aprendizagem, e com as dificuldades de aprender em todos os níveis.
O processo de aprendizagem fica muito preso dentro da escola e com
isso comprometido e os psicopedagogos aprendem que: “eu aprendo com
você, você aprende comigo, eu aprendo quando no encontro com o outro, o
que ele me passa, quando ressoa dentro da minha história de vida e a história
de vida do outro, fazendo sentido” (BOSSA, 1994).
O papel do psicopedagogo numa instituição consiste em diagnosticar
através de um processo investigativo, as causas que podem estar impedindo o
curso regular da aprendizagem institucional, a circulação do conhecimento, o
papel das lideranças e dos liderados, bem como os motivos que podem levar
ao insucesso organizacional.
O profissional contratado assiste aos educandos na melhoria de seu
desempenho tanto nos aspectos de eficiência como na introdução da
tecnologia, ou seja, no aprimoramento das relações interpessoais.
O Psicopedagogo faz sua intervenção a partir da história da organização
e de suas características atuais. Nesta perspectiva, a contribuição da
Psicopedagogia é empenhar-se em levar a instituição à vivência que permita
aos personagens (funcionários) desse cotidiano dar-se conta da importância do
seu trabalho para a manutenção da saúde e sobrevivência organizacional,
atuando diretamente nas relações de aprendizagem.
O trabalho do Psicopedagogo Institucional poderá ser dividido em 4 etapas:
Identificação do Problema (Diagnóstico Psicopedagógico);
Caracterização da Organização;
Intervenção;
Integração.
O Psicopedagogo também pode atuar como Assessor pedagógico em
instituições escolares, direcionando a potencialização da competência dos
professores. Geralmente a assessoria é utilizada como um recurso, a fim de
que estas possam dar uma resposta adequada às necessidades dos alunos
diante das dificuldades para aprender, bem como facilitar a relação ensino /
aprendizagem.
Para trabalhar em instituições, o psicopedagogo deve adquirir
competências na área administrativa e de planejamento estratégico, conhecer
18
teorias sobre liderança, comportamento grupal e análise de potencial e
desempenho.
A instituição que aceitou a proposta é uma escola municipal de
Contagem, onde funcionam o primeiro e o segundo ciclo em turnos diferentes e
uma creche em período integral. A escola conta com uma equipe composta por
professores regentes, de apoio, de intervenção, artes e educação física. E
também com uma organização hierárquica democratizada em que a direção e
a supervisão são eleitas pelos pais dos alunos e alunos maiores de onze anos.
Para fins organizacionais são divididas as atribuições do primeiro e do segundo
ciclo. Como o maior interesse é a questão da alfabetização, a atuação se
limitou ao primeiro ciclo, sendo duas turmas finais do mesmo e uma do
segundo ano do primeiro ciclo. O trabalho poderia ser mais efetivo se
envolvesse toda a escola. Entretanto, por questões externas, isso não foi
possível. Mas, com certeza atingiu em menor ou maior grau toda a equipe.
Bassedas (1996:XIV) acredita que “além da organização formal das escolas,
desenvolve-se, diariamente, um complexo mundo de relações humanas que
forma a estrutura básica da ação educadora.” Assim, como as relações foram
de alguma forma alteradas durante a atuação, houve uma interferência na
dinâmica educacional como um todo.
O diagnóstico psicopedagógico institucional “busca conhecer, olhar e escutar a relação do sujeito com o conhecimento objetivando a melhoria do ensino e da aprendizagem, ou seja, para ajudar a família, a escola (em todos os níveis – administrativo, docente, técnico, discente) a cumprir o seu papel, atuando como um articulador do ensino e da aprendizagem.” (Bassedas, 1996: 24)
1.7. O psicopedagogo e a família do educando
O aprendizado não é adquirido somente na escola, é construído pela
criança em contato com o social, junto com sua família e no mundo que o
cerca. A família é o primeiro vínculo com a criança e é responsável por grande
parte de sua educação, e de sua aprendizagem, e por meio desta
aprendizagem ela é inserida no mundo cultural, simbólico e começa a construir
seus saberes. Na realidade atual, o que temos observado é que as famílias
estão meio perdidas, não sabendo lidar com situações novas: pais que
trabalham o dia todo fora de casa, pais que brigam o tempo todo,
19
desempregados, usando drogas, pais analfabetos, separados e mães
solteiras. Essas famílias acabam transferindo para a criança, e esta entra num
processo de dificuldade, e acabam depositando toda a responsabilidade para
a escola, sendo que, em decorrência disso, presenciamos gerações cada vez
mais dependentes, e a escola tendo que desviar de suas devidas funções para
poder suprir outras necessidades. Cabe ai o psicopedagogo intervir junto à
família das crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, por meio
de uma entrevista e de uma anamese com essa família, para tomar
conhecimento de informações sobre sua vida orgânica, cognitiva, social e
emocional.
Estar atentos no que a família pensa, seus anseios, seus objetivos e
expectativas com relação ao desenvolvimento do filho é de grande importância
para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico. Vale lembrar o que diz Bossa
(1994, p. 74), sobre o diagnóstico:
O diagnóstico é um processo contínuo sempre revisável, onde a intervenção do psicopedagogo inicia, segundo vimos afirmando, numa atitude investigadora, até a intervenção. É preciso observar que esta atitude investigadora, de fato, prossegue durante todo o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo de observação ou acompanhamento da evolução do sujeito.
Às vezes, quando o fracasso escolar não está associado às desordens
neurológicas, a família tem grande participação nesse fracasso. Percebe-se
nos problemas, lentidão de raciocínio, falta de atenção, e desinteresse. Esses
aspectos precisam ser trabalhados para se obter melhor rendimento intelectual.
A família desempenha um papel importante na condução e evolução do
problema acima mencionado, muitas vezes não quer enxergar essa criança
com dificuldades que muitas vezes está pedindo socorro, pedindo um abraço,
um carinho, para chamar a atenção para o seu pedido, a sua carência. Esse
vínculo afetivo é muito importante para o desenvolvimento da criança.
Sabemos que uma criança só aprende se tem o desejo de aprender, e para
isso é importante que os pais contribuam nesse processo.
É cobrado da criança que esta seja bem sucedida. Porém quando este
desejo não si realiza, surge a frustração e a raiva que acabam colocando a
criança num estado de menos valia, e proporcionando as dificuldades de
aprendizagem.
20
A intervenção psicopedagógica propõe a incluir os pais no processo,
através de reuniões, possibilitando o acompanhamento do trabalho junto aos
professores. Sendo assim os pais ocupam um novo espaço no contexto do
trabalho, opinando e participando, e isto é de suma importância.
22
2. ANALISE DOS DADOS COLETADOS
1-No seu ponto de vista, você acha que seria melhor ter um profissional em
cada escola ou não faz diferença ter esse profissional?
A partir das analises que se refere à atuação do psicopedagogo
podemos perceber que as escolas que não tem esse profissional sofrem para
poder manter uma educação de total qualidade, porém sem esse profissional
nas escolas, os professores acabam tendo que encaminhar a criança para um
local longe da escola, e as vezes esta criança não tem condições de ir até o
profissional.
É nesta parte que acaba entrando esta pergunta se faria a diferença ou
não ter esse profissional, a onde fica a idéia do professor A:
Sito: “ Ter um profissional nesta área e muito importante para nos profissionais
em pedagogia muitas vezes entramos em sala de aula sem ter a noção do
mundo que rodeia a educação e os problemas que o acompanham, mas assim
como é importante este profissional da psicopedagogia também é importante o
professor ir em buscar a resposta e não esperar prontas”.
Assim como foi citado na resposta podemos dizer que não apenas o
professor devera ficar sentado esperando a resposta e também ver no que
poderá ajudar, pois é ele que terá um convívio mais amplo com a criança, pois
estará em contado todos os dias percebendo onde estão as maiores
dificuldades apresentando-as ao profissional e este realizando o devido
trabalho com a criança.
Alem desse encaminhamento com os principais problemas podemos
dizer também que ficar parado não solucionara nada, pois assim da a entender
que não esta interessado na solução do problema que o aluno esta passando
no momento sendo que isto poderá fazer com que esta criança sofra
conseqüências para a vida inteira.
23
2- A psicopedagogia seria uma área a ser mais explorada pelos profissionais
que já estão atuando, ou é melhor que não interfiram em sala de aula, pois a
sala é do professor?
Segundo as pesquisas realizadas verifica-se que os professores
necessitam de ajuda extra classe, pois hoje o índice de fracassos escolares é
muito grande, fazendo assim com que o professor sozinho não consiga
solucionar os problemas enfrentados nas salas de aula.
Trabalhando juntamente com o profissional especializado o professor
consegue obter algumas soluções mais imediatas dos casos de fracassos que
não são muito agravados.
Aí fica uma deficiência dos governos que não ajudam dando curso de
aperfeiçoamento para os professores da rede publica de ensino e também as
privadas, pois é com educação de qualidade que poderemos ter um pais
melhor.
Vejamos o que diz o professor B: “Sim desde que o profissional
acompanhe o aluno em sala, mas não interfira durante a aula, depois no
momento certo passe o que esta acontecendo com aquele aluno pro professor
e assim juntos poderão traçar estratégias pra ajudá-lo na sua aprendizagem”.
Após esta declaração podemos ver bem que a sala não é apenas do
professor, e sim de todos que venham somar para a qualidade de ensino das
crianças e com uma analise mais técnica do que as criança com dificuldades
estão passando no momento.
23
3- Você, como professor acha que esse profissional serviria para ajudar e
manter todos da escola unidos para o melhor das crianças? Justifique a sua
resposta.
Penso que cada vez mais esta concorrida na área de trabalho, não só na
área da educação, mas não podemos dizer que apenas um profissional vai
fazer com que una todos da escola para ajudar as crianças, a onde deveríamos
entrar em consenso para esta realidade, pois cada vez mais um quer passar a
perna uns nos outros, pois quer que apenas o seu trabalho apareça e não o do
outro, ao invés de trabalharem todos juntos para as aprendizagem das
crianças.
Mesmo assim eles continuam cada vez mais egoísta, pensando só em si
e acaba esquecendo dos alunos e parte que se refere ao aluno.
Vejamos o que o professor C nos diz: “Acredito que sim, pois temos
tantos problemas nas escolas que o professor sozinho não tem como resolver.
O professor esta tão acumulado de responsabilidade que as vezes ele não
percebe que ele também precisa de ajuda para desenvolver em bom trabalho
junto as crianças e tendo junto um profissional ajudam as coisas melhorarem”.
Creio que cada vez mais vemos escolas com poucas crianças e
adolescentes, pois elas já não possuem um incentivo para continuar a estudar,
a onde, os professores se sobrecarregam com muitas coisa e acabam não
incentivando as crianças a voltarem a estuda.
Com isso fica cada vez mais crianças com dificuldades que as vezes já
vem de casa e acabam ficando sem orientação necessária para o seu
problema de aprendizagem, pois o professor não percebe que esta criança não
esta evoluindo como deveria evoluir na questão de aprendizagem.
24
4- Você como professor acha que seria bom ter um estudo mais aprofundado
sobre a psicopedagogia na faculdade nos cursos de licenciatura, por exemplo,
na pedagogia, letras e etc?
Penso que seria muito importante, pois nos cursos de hoje não temos
um amplo domínio sobre como lidar com as dificuldades encontradas nas
crianças e acabamos recorrendo para um profissional que não esta presente
em sala de aula para nos ajudar.
Pois se tivermos esse estudo aprofundado na instituição de ensino que
freqüentamos, poderá nos ajudar futuramente para podermos ter uma ajuda a
mais para que possamos ajudar de melhor maneiras as crianças que possuem
certas dificuldades em sala de aula.
Vejam os o diz o professor Q: “É bem interessante poder entender e
ajudar nossos alunos com um simples desenho. Mas no meu ponto de vista um
professor tem que estar buscando e estudando sempre e esta área é uma área
que deveríamos estudar separadamente, pois é muito ampla e merece total
compreensão para futura aplicação”.
Assim que podermos ter este estudo um pouco mais profundo
poderemos ver que não se trata apenas de uma disciplina no curso e sim com
uma profissão, pois é com ela que poderemos ver as dificuldades das crianças
e também nos ajudara a fazer com que o encaminhamento para um
profissional que atue na área já esteja sabendo do que se trata, para poder
ajudar e contribuir para o seu trabalho.
Não colocaremos só o fato da psicopedagogia e sim de outro tantos
assunto que deveriam ser tratados com mais especificações nesses cursos,
pois assim eles ficam meio vazios para os que estão saindo formado, a onde, a
gente não sabe o que ira passar dentro de uma sala de aula, quais serão os
nossos aluno e como poderemos ajudar.
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5- Mesmo sem ter o tempo necessário para acompanhar cada aluno da sala,
você defende ter um profissional na escola, atuando como psicopedagogo?
Com o passar dos anos vemos que cada vez mais crianças sofrem com
algum problema de aprendizagem, e muitas escolas não possuem um
psicopedagogo nas suas dependências para poder ajudar e quando essas
crianças precisam da ajuda desse profissional temos que encaminhar para um
fora da escola, assim fica ruim para o aluno, pois assim ele as vezes não
consegue ir ate esse profissional ou não tem dinheiro para pagar uma consulta,
daí a criança acaba as vezes ate mesmo repetindo o ano pois não conseguiu
aprender.
O professor F nos diz: “Penso que seria e é o correto ter um profissional
psicopedagogo na escola”. É um elemento para há mais para juntos, estarem
desenvolvendo todas as áreas possíveis do desenvolvimento cognitivo, objetivo
e de integração entre ambos.
Atividades globais que iriam enriquecer a sala de aula e um suporte para
o professor desenvolver suas atividades melhor”.
Cada vez mais pensamos que um profissional qualificado nessa área
iria contribuiria positivamente para o crescimento da aprendizagem ma escola.
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2.1. Pontos de vista
A necessidade de um profissional com o suporte que o psicopedagogo
apresenta com a sua formação é fundamental tanto nas escolas publicas como
nas escolas particulares.
O psicopedagogo ajudará os professores no dia-a-dia com seus alunos,
trabalhando juntamente para a solução das dificuldades de aprendizagem
apresentadas pelos alunos nas salas de aula, facilitando também para o aluno
a para a família, pois com o profissional dentro da escola o aluno não precisará
ser encaminhado para um consultório fora da escola, tendo que se deslocar e
muitas vezes pagar para receber este apoio pedagógico.
A intervenção psicopedagógica na escola ocorrendo em horários extra
classe, facilitam ainda mais o andamento do processo da escola, pois as aulas
da classe ocorrem normalmente e o aluno que necessita de apoio
psicopedagógico freqüentará esta aula no contra-turno.
Com o trabalho psicopedagógico na escola o fantasma dos alunos com
dificuldades, diminuirá e os professores que atuam em sala de aula ficarão
muito mais tranqüilos, pois muitos professores atuantes em sala de aula
alegam não saber o que fazer com o aluno que não aprende, ou que apresenta
algum tipo de dificuldade.
Assim o trabalho do psicopedagogo nas escolas é de fundamental
importância para o decorrer do trabalho, entrando na equipe docente da escola
para somar conhecimentos e auxiliar no desenvolvimento do trabalho
pedagógico da escola, e principalmente dar o suporte necessário para os
alunos que acabam perdidos sem a ajuda.
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3. RELAÇÃO DA PEDAGOGIA COM O TEMA
De modo geral todas as matérias têm uma fundamental importância para
a formação pedagógica em um todo, pois os conhecimentos adquiridos no
curso de pedagogia são de modo geral amplos, dando foco para a pratica
integral da pedagogia nas escolas e não apenas em específicos como os
outros cursos de licenciatura.
Analisando a psicopedagogia com a minha formação, acrescenta muito
nos meus conhecimentos, pois pretendo aperfeiçoar-me nesta área para atuar.
É uma área que me chamou muita atenção, não sendo apenas por ter poucos
profissionais atuando, e por trabalhar diretamente nas dificuldades da criança,
auxiliando-as a encontrar soluções para seus problemas de aprendizagem que
apenas com um professor não será solucionado na sala de aula.
Após passar os quatro anos em sala de aula, percebe-se que chegamos
à ponto em que não podemos mais parar e olhar para trás e ver o que
aconteceu com o passado, mas sim o que vai ser a partir de agora na nossa
vida e o que queremos para o nosso futuro.
Após analisar o tema escolhido para elaboração do projeto de pesquisa
e após concluí-lo com o trabalho de conclusão de curso, verificando quais
disciplinas deram mais ênfase para esta escolha, e qual a relação do tema com
a prática pedagógica nas escolas, podemos citar todas as matérias onde tudo
nos ajudou para chegar na decisão do tema. Sito em especial as matérias da
psicopedagogia e psicologia da educação.
Com o tema principal, a matéria mais ligada a essa pratica, é a matéria
de Psicopedagogia, que direcionou seu estudo diretamente ao assunto,
mostrando-nos os caminhos psicopedagógicos, a história e as maneiras de
usá-las no dia-a-dia da profissão. A disciplina apresentou-nos as dificuldades
enfrentadas hoje nas escolas, pois quase nenhuma possui um Psicopedagogo
para atuar diretamente com seus alunos. Obrigando aos alunos, familiares e
corpo docente das escolas procurarem fora da instituição o auxilio necessário
para a solução dos problemas de aprendizagens enfrentados nas salas de
aula.
A psicologia da educação ajudou-me muito a entender como devemos
trabalhar o desenvolvimento psicológico da criança, de um modo em geral para
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saber o que a criança está sentido e como poderemos ajudar a criança a sair
dessa situação.
Além dessas disciplinas, as disciplinas de Fundamentos e metodologia
da educação especial, têm grande contribuição para a escolha do tema, as
qual fala diretamente do aluno com necessidades especiais, e utilizam as
praticas psicopedagógicas para auxiliar no desenvolvimento integral dessas
crianças.
A criança é um meio de futuro para a humanidade, e se nós não
tratarmos dos problemas de aprendizado, elas podem chegar a vida adulta com
sérios problemas. Vejo que cada um pode fazer um pouco diferente para ajudar
essas crianças para um melhor aprendizado, a onde tudo começa em casa,
pois os pais devem sempre ajudar e ensinar seus filhos, mesmo que não
saibam muito, mas o pouco que saibam já é o suficiente para dar um valor de
vida que cada um cria em sua infância e com o passar do tempo vai adquirindo
mais experiência na sua vida.
Analisando a psicopedagogia com a minha formação, acrescenta muito
nos meus conhecimentos, pois pretendo aperfeiçoar-me nesta área para atuar.
É uma área que me chamou muita atenção, não sendo apenas por ter poucos
profissionais atuando, e por trabalhar diretamente nas dificuldades da criança,
auxiliando-as a encontrar soluções para seus problemas de aprendizagem que
apenas com um professor não será solucionado na sala de aula.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando os estudos realizados referente a pratica do
psicopedagogo nas instituições escolares conclui-se que sua presença é
fundamental para o desenvolvimento do trabalho pedagógico nas instituições,
onde todas as escolas deveriam ter um profissional atuante para fazer parte do
corpo docente da escola, auxiliando na construção do trabalho de forma mais
eficaz e ágil.
A Psicopedagogia é uma ciência separada da psicologia e da
pedagogia, a qual não significa apenas a junção das duas, e sim a
Psicopedagogia é um campo do conhecimento que se propõe a integrar, de
modo coerente, conhecimentos e princípios de diferentes Ciências Humanas
com a meta de adquirir uma ampla compreensão sobre os variados processos
inerentes ao aprender humano. Enquanto área de conhecimento
multidisciplinar interessa a Psicopedagogia compreender como ocorrem os
processos de aprendizagem e entender as possíveis dificuldades situadas
neste movimento.
A formação em Psicopedagogia ocorre no Brasil em universidades
desde 1970, sendo regulamentada pelo MEC, em cursos de pós-graduação,
dando habilitação ao profissional trabalhar na área clinica e institucional, sendo
esta em hospitais, empresas ou escolas.
A lei vigente que dá a formação do psicopedagogo é a Resolução 12/83,
de 06/10/83 - que forma os especialistas, no caso, os então chamados
"especialistas em psicopedagogia" ou psicopedagogos. A instituição que
oferece o curso tem que estar de acordo com as normas educacionais para
emitir certificados de pós graduação.
Os alunos com dificuldades de aprendizagem muitas vezes ficam
esquecidos nas escolas, e os professores em sala de aula não sabem como
agir para sanar as dificuldades de aprendizagens apresentadas pelos
educandos, assim aumentando cada vez mais os índices de reprovações, e
evasões escolares, pois os educandos são dados como desinteressados,
preguiçosos, e muitos outros, sendo que os problemas de aprendizagem
muitas vezes são os culpados desses fracassos escolares.
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Portanto, obtendo um profissional apto a trabalhar diretamente com
essas dificuldades apresentadas nos alunos, facilita o trabalho do professor em
sala de aula, pois o psicopedagogo institucional atua orientando o professor e o
aluno referente as dificuldades, deixando esse educando amparada perante
suas dificuldades no processo de ensino aprendizagem.
Com as orientações do psicopedagogo e a intervenção psicopedagógica
perante o aluno facilita muito mais o trabalho do professor em sala de aula,
pois o mesmo tem uma turma inteira para trabalhar e mais o aluno com
dificuldade, e o psicopedagogo pensará especificamente no problema de
aprendizagem desse determinado aluno, o qual passara ao professor que terá
muito mais facilmente o resultado em conjunto com o psicopedagogo. Mas, a
atuação psicopedagógica institucional dentro das escolas ainda não tem seu
espaço bem definido, apesar de ser o berço desse profissional. A proposta de
atuação em psicopedagogia institucional como estágio para um curso de pós-
graduação é normalmente aceita, e, em seguida, a direção da escola sugere
aquela salinha não utilizada pela escola onde poderiam ser realizados os
atendimentos às crianças com dificuldade de aprendizagem. Isso demonstra
que a atuação do profissional psicopedagogo é vista como mais uma
fragmentação. Ao elucidar a proposta de acompanhar as professoras em sua
atuação docente com o objetivo de auxiliar a turma, em especial as crianças
com dificuldades, e argumentar quais seriam os pontos produtivos, ante o
desinteresse da coordenação, a atuação continuava a ser considerada uma
“avaliação” (pejorativa) da instituição e seus profissionais.
Com as analises dos questionários aplicados aos profissionais da área
da educação concluímos que como citam os autores pesquisados o trabalho do
psicopedagogo institucional é de fundamental importância para a escola, pois
com um trabalho em equipe com o professor na sala de aula os problemas de
aprendizagem dos educandos serão vistos com muito mais ênfase do que só
mesmo o professor em sala de aula. Pois muitas vezes o professor em sala de
aula não tem o preparo suficiente para solucionar os problemas de
aprendizagem deixando assim o educando sem o auxilio necessário.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ALENCAR, Eunice Soriano. Novas Contribuições da Psicologia aos Processos
de Ensino e Aprendizagem. São Paulo: Ed. Cortez, 1992.
BASSEDAS, Eulália. Intervenção educativa e diagnóstico piscopedagógico.
São Paulo: Artmed, 1996.
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.
MARTA, Kohl de Oliveira. VYGOTSKY: Aprendizado e desenvolvimento num
processo histórico. São Paulo: Spcione, 2004.
Acesso on-line em <http://www.psicopedagogiaonline.com.br>. disponível em
12 de Outubro de 2010.
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