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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA JOELZA MATOS DA FONSECA LUIZ CARLOS SÉRGIO RODRIGUES A ESTRATÉGIA COMPETITIVA NAS EMPRESAS SALVADOR-BA 2003

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA JOELZA … · Michael Porter defendeu a existência de cinco forças competitivas no mercado, para as quais as estratégias devem voltadas. Palavras-chave:

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

JOELZA MATOS DA FONSECA LUIZ CARLOS SÉRGIO RODRIGUES

A ESTRATÉGIA COMPETITIVA NAS EMPRESAS

SALVADOR-BA 2003

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JOELZA MATOS DA FONSECA LUIZ CARLOS SÉRGIO RODRIGUES

A ESTRATÉGIA COMPETITIVA NAS EMPRESAS

Monografia apresentada à Universidade Federal da Bahia – UFBA – como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Administração de Negócios.

Professor Orientador: Eduardo Fausto

SALVADOR-BA 2003

AGRADECIMENTOS

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A Deus que fez e faz tudo por nós e ilumina a nossa vida.

A Deus que faz infinitamente mais.

Agradecemos as nossas famílias pela sua compreensão

quando, por dedicação aos trabalhos acadêmicos, as

privamos das nossas presenças, e das nossas atenções.

Ao nosso professor orientador, a segurança que nos transmitiu

e a paciência para tirar nossas dúvidas.

Aos nossos colegas, agradecemos pela cumplicidade que se

fez necessária, em algumas horas, e pela sensibilidade do

calar em outros momentos.

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Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado. Mas, nada pode ser modificado até que seja enfrentado.

James Baldwin,

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RESUMO

Este trabalho apresenta uma análise sobre as estratégias utilizadas pelas empresas para se tornarem competitivas. O conceito de estratégia apresenta algumas divergências, conforme determinados autores. Busca-se, com esse texto, fazer um levantamento, certamente não exaustivo nem o único possível, sobre a diversidade das definições do conceito de estratégia e dos seus processos de formação. Subjacente às definições de estratégia está, implícita ou explicitamente, uma dimensão que dá sentido à relação entre empresa e meio envolvente. A globalização exigiu que as empresas, ao enfrentarem suas concorrentes, utilizassem estratégias cada vez mais competitivas. Michael Porter defendeu a existência de cinco forças competitivas no mercado, para as quais as estratégias devem voltadas. Palavras-chave: Estratégia – Competitividade – Concorrência - Sucesso

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I

ESTRATÉGIA COMPETITIVA 09

1.Conceituação 09

Convergência dos conceitos sobre estratégia 11

1.2 Divergência dos conceitos sobre estratégia 12

1.3 A formação das estratégias 13

1.3.1. Estratégia como um processo racional e formal 14

1.3.2. A formação da estratégia como um processo negociado 14

1.3.3. A formação da estratégia como um processo

em construção permanente 15

CAPÍTULO II

GLOBALIZAÇÃO E COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS 17

2. Considerações sobre a globalização dos mercados 17

2.1. A necessidade de flexibilização 19

2.2. A influência da globalização nas empresas 20

2.3 Os níveis de competitividade nas empresas 21

CAPÍTULO III

AS CINCO FORÇAS COMPETITIVAS DO MERCADO 23

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3. Determinação das forças competitivas 23

CONSIDERAÇÕES FINAIS 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40

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INTRODUÇÃO

Estratégias competitivas são meios, cursos de ações, iniciativas para que as

empresas utilizam para alcançar seus objetivos. Geralmente, essas estratégias

estão condicionadas aos recursos competitivos das empresas e às condições do

ambiente de negócio.

A atratividade de uma empresa determina a sua rentabilidade. Por outro lado,

segundo Michael Porter (1998) as regras da concorrência determinam essa

atratividade e geram a estratégia competitiva.

O objetivo da estratégia competitiva é compreender as normas da concorrência de

tal forma que as coloque a favor da empresa. Essas regras estão englobadas em

cinco forças competitivas: a entrada de novos concorrentes, a ameaça dos

substitutos, o poder de negociação dos compradores, o poder de negociação dos

fornecedores e a rivalidade ente os concorrentes.

Esse trabalho monográfico tem como objetivo fazer uma análise sobre a causa e

o porquê das empresas utilizarem estratégias competitivas para assegurar uma

posição de vantagem sobre as suas concorrentes.

A escolha do tema justifica-se pela relevância que o mesmo apresenta não só no

espaço acadêmico, mas em todas as organizações, como um dado de suma

importância para a sua administração, pois todas as empresas possuem a

preocupação de implantar uma estratégia competitiva sustentável, a fim de

assegurar o seu sucesso.

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Para a elaboração desse trabalho, utilizou-se a pesquisa bibliográfica com a

finalidade de compilar as idéias e aprofundá-las.

A pesquisa bibliográfica é o resultado de uma leitura exploratória para verificar até

que ponto a obra consultada é útil para a pesquisa. Após essa fase, o

pesquisador selecionou os textos relacionados ao assunto da pesquisa, para

numa postura de análise e reflexão, compilar as idéias que melhor se ativessem

ao tema da sua produção.

Foram consultados os títulos que constam da referência bibliográfica, dando-se

destaque às idéias de diversos autores, dentre eles: Michel Porter, Cyntia A.

Montgomery, Ricardo Motta, Isabel Nicolau, Djalma Oliveira, que embasaram esse

trabalho científico.

Para facilitar a compreensão desse texto monográfico, o mesmo foi dividido em

três capítulos. No primeiro, fez-se uma análise sobre os diversos conceitos de

estratégia, enfatizando os principais pontos em comum contidos neles e suas

divergências. Destaca-se, nesse mesmo capítulo, a formação das estratégias e o

seu valor competitivo. No segundo capítulo, aborda-se a competitividade que se

tornou mais acirrada após a globalização. Tenta-se demonstrar a diferença entre

um mercado globalizado e um multinacional, analisando-se, também, os diversos

níveis das estratégias. No terceiro e último capítulo, enfocam-se as Cinco Forças

Competitivas do Mercado, segundo Michael Porter e como as estratégias

competitivas devem estar voltadas para elas.

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CAPÍTULO I

ESTRATÉGIA COMPETITIVA

1. Conceituação

Estratégia competitiva é o conjunto de planos, políticas, programas e ações que

uma empresa ou unidade de negócios desenvolve para ampliar ou manter, de

forma sustentável, suas vantagens competitivas frente aos concorrentes. Para

Ohmae (1998), sem competidores não existiria necessidade de estratégia, visto

que o único propósito do planejamento estratégico é tornar a empresa apta a

ganhar, tão eficientemente quanto possível, uma vantagem sustentável sobre seus

concorrentes.

Para Michael (1986), a estratégia competitiva objetiva estabelecer uma posição

lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a competição industrial.

Estratégia é uma das palavras mais utilizadas na vida empresarial. Isso ocorre na

literatura especializada e nos mais diversos textos, inclusive nos jornalísticos.

Entretanto, é muito ampla a conotação que lhe é dada, por isso os gestores de

empresas, para garantir o sucesso da sua operacionalização, precisam definir o

conceito que atribuem a esse termo, ao implantar estratégias nas suas

organizações.

Segundo Montgomery e Porter (1998), nos anos 60, Kenneth R. Andrews e C.

Roland Christensen articularam o conceito de estratégia, baseando-se em uma

visão holística sobre empresa.

Conforme Andrews e Chistensen, estratégia é:

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“(...) a adequação entre as capacidades únicas de uma empresa e as exigências

competitivas de um setor que a distinga das demais”. ( Apud MONTGOMERY;

PORTER, 1998, p. 22).

Estratégia é a busca deliberada de um plano de ação para desenvolver e ajustar a

vantagem competitiva de uma empresa. (HENDERSON, apud MONTGOMERY;

PORTER, 1998, p. 5).

Isabel Nicolau (2003), destaca as seguintes definições para o conceito de

estratégia:

“Estratégia é o padrão de objetivos, fins ou metas e principais políticas e planos

para atingir esses objetivos, estabelecidos de forma a definir qual o negócio em

que a empresa está e o tipo de empresa que é ou vai ser”. (ANDREWS).

“Estratégia é a determinação dos objetivos básicos de longo prazo de uma

empresa, é a adoção das ações adequadas e a afetação de recursos para atingir

esses objetivos ao mais alto nível da gestão”. ( CHANDLER).

“Estratégia é um conjunto de regras de tomada de decisão em condições de

desconhecimento parcial. As decisões estratégicas dizem respeito à relação entre

a empresa e o seu ecossistema”. (ANSOF).

“Estratégia refere-se à relação entre a empresa e o seu meio envolvente: relação

atual (situação estratégica) e relação futura (plano estratégico, que é um conjunto

de objetivos e ações a tomar para atingir esses objetivos)”. (KATZ).

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De acordo com Michael Porter, “A essência da formulação de uma estratégia

competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio ambiente” (1986, p.22).

O conceito de estratégia tem muitas dimensões, o que apresenta dificuldades para

uma definição consensual. Desta forma, existem diversas convergências e

também muitas convergências na sua conceituação. (HAMBRICK, 1983).

1.1 Convergência dos conceitos sobre estratégia

Os significados de estratégia apontam para a inseparabilidade entre a organização

e o meio envolvente. Se esse meio significa uma condição para a sua atividade,

ele demonstra também as oportunidades que devem ser aproveitadas. A

importância da tomada de decisões estratégicas que sinalizam para o futuro da

empresa é outro ponto de convergência entre as definições de estratégia.

(PORTER, 1986).

A estratégia diz respeito tanto a organização como ao ambiente. ‘Uma premissa básica para se pensar a respeito de estratégia diz respeito a impossibilidade de separar organização e ambiente... A organização usa a estratégia para lidar com as mudanças nos ambientes’. (MINTZBERG AHLSTRAND; LAMPEL, 2002, p.21).

Existe concordância para o fato de que as estratégias se elaboram ao nível da

organização e ao nível das atividades que nela se desenvolvem . Há também

um consenso para o fato de que todas as empresas possuem, de forma

subjacente ao seu comportamento, uma estratégia implícita ou explícita e de que

estratégia planejada não é estratégia executada.

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1.2 Divergência dos conceitos sobre estratégia

As diversas definições sobre estratégias apresentam algumas dessemelhanças.

Geralmente, o conceito de estratégia denota um sentido militar, do qual se exclui

a escolha dos fins pertencentes ao domínio político e dos planos detalhados para

consegui-lo. Este fato é denominando de táctica.

Em gestão empresarial, alguns autores distinguem a definição de objetivos e a

formulação da estratégia.

Estratégia é então "a principal ligação entre fins e objetivos e políticas funcionais

de vários sectores da empresa e planos operacionais que guiam as atividades

diárias" (FISHMANN, ALMEIDA, 1985).

Um ponto de vista mais amplo do conceito é partilhado por outros autores, que

consideram os objetivos inseparáveis da definição de políticas e das ações

organizadas para atingi-los. Neste sentido, estratégia é a determinação dos

objetivos de longo prazo, das políticas e ações organizadas para atingi-los.

Dessa forma , o processo de tomada de decisão, ou seja, a definição de regras

de decisão, quando as condições não são totalmente conhecidas, é

particularmente acentuado por Ansoff (1965); enquanto a indústria, área principal

em que a concorrência acontece, é fundamental em FISHMANN (1985). (Apud

NICOLAU, 2003).

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Esta diversidade de definições, umas mais restritas, outras mais abrangentes, que

se centram ou não em certos aspectos particulares, levantam a questão de decidir

qual a perspectiva considerada mais pertinente para o estudo desta matéria.

Dois aspectos apresentam-se como importantes:

O primeiro é relacionar a estratégia ao futuro da empresa e o segundo é que, na

gestão das organizações, os processos de definição dos objetivos, dos meios e

das formas para atingi-los e a sua concretização, na prática, não podem ser

desligados, pois são processos integrados e coerentes.

1.4 A formação das estratégias

Existe um íntimo relacionamento entre as definições de estratégia e os processos

que lhe dão origem. Entretanto, este não é um processo igual em todas as

empresas, visto que ele é resultante de uma conjugação de fatores externos às

organizações, como as suas características e o meio envolvente, e de condições

internas, tais como capacidades materiais e humanas, dimensão organizacional. O

conjunto desses fatores espelha a situação particular de cada organização.

Conforme Isabel Nicolau (2003), de uma forma ampla, pode-se conceber, na

formação da estratégia, três linhas básicas:

ü Estratégia como um processo racional e formal;

ü Estratégia como um processo negociado;

ü Estratégia como um processo em construção permanente.

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1.3.1. Estratégia como um processo racional e formal

Segundo esta concepção, a formação da estratégia ocorre através de várias

etapas consecutivas, racionais e analíticas, envolvendo critérios objetivos. Esses

critérios se baseiam na racionalidade econômica e ajudam os gerentes de

empresas na análise das alternativas estratégicas e na tomada de decisão. O

processo se formaliza através do plano. Este é a estrutura que explicita as

estratégias nos diversos níveis da empresa, sendo, desta forma, o principal

instrumento para uma gestão de sucesso.

Essa visão é a que predomina na literatura. Comungam desse pensamento

autores como: Learned, Christensen, Andrews e Guth, Andrews, Steiner e Miner,

Hoffer e Schendel, Jauch e Glueck, Porter. (NICOLAU, 2003).

Mesmo admitindo que muitas organizações possuem estratégias implícitas e

lineares, a maioria dos autores também reconhece que essas empresas traduzem

as suas estratégias através de um plano.

O planejamento estratégico proporciona uma estrutura unificada através

da qual os gestores podem tratar os principais problemas da empresa,

identificar mais facilmente novas oportunidades, avaliar as forças que

podem ser potenciadas e as

fraquezas que devem ser corrigidas (FISHMANN; ALMEIDA, 1995).

1.3.2. A formação da estratégia como um processo negociado

Considerando a empresa mais como um corpo social do que como uma unidade

técnico-econômica, outros autores admitem que apenas as pessoas são capazes

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de possuir objetivos. Dessa forma, a formação de estratégia resulta de um

processo de negociação entre os grupos que pertencem à empresa. Conforme

esta visão, é enfatizado o papel assumido pelos atores do meio envolvente e se

exacerba a importância da inclusão da dimensão social e política no processo de

formação da estratégia. Defendem essa teoria autores como Cyert e March,

Simon, Murray, Thiertart. (Apud FISHMANN; ALMEIDA, 1995).

O processo de negociação e a sua aceitação pela estrutura organizacional são os

aspectos mais importantes a considerar na formação da estratégia.

As principais diferenças entre essas duas concepções na formação da estratégia

consistem no fato de que, no primeiro caso, é dado especial enfoque à análise

objetiva do meio envolvente e dos recursos e capacidades internas e, no segundo

caso, são os sistemas de valores internos e externos que determinam quais as

estratégias desejáveis. Por outro lado, são os recursos e capacidades internas

que condicionam a escolha final.

“Se a formulação de estratégia pode ser um processo de planejamento e análise,

cognição e aprendizado, também pode ser um processo de negociação e

concessão entre indivíduos, grupos e coalizões”. (MINTZBERG, 2002).

1.3.3. A formação da estratégia como um processo em construção permanente

A complexidade do processo da formação da estratégia não é alcançada, em

todas as suas dimensões, pelas perspectivas anteriores.

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O sistema de planejamento formal baseia-se em fatores quantitativos e

negligencia os aspectos qualitativos (comportamentais e organizacionais),

enquanto a abordagem comportamental aprofunda as relações psico-sociológicas

de poder e comportamentos no processo de formação da estratégia.

Todavia, em determinadas organizações ou em certos contextos de alterações

profundas e imprevisíveis do meio envolvente, a estratégia não se apresenta

através de processos claros, ordenados e controlados nem se encontra explícita

em qualquer documento. As ações que se vão desencadeando, cujas implicações

futuras são imprevisíveis, tenderão a desenvolver uma convergência de

comportamento que configura uma estratégia.

Dessa maneira, a lógica sinaliza que se deve proceder com flexibilidade e

experimentalmente, partindo de conceitos vastos para ações específicas,

retardando estas tanto quanto possível, com vista a reduzir a incerteza e se

beneficiar da melhor informação disponível.

Esta perspectiva foi introduzida por Lindbloom, e desenvolveu-se com Quinn e

também partilhada por Mintzberg, com a noção de "incrementalismo lógico", em

que se pressupõe a existência de um ator ou de um núcleo central que controla e

dá lógica ao processo. (NICOLAU, 2003).

Embora apresentadas de forma separada, estas abordagens não podem ser

consideradas como alternativas, como excludentes. Na prática, a formação da

estratégia nas organizações pode incluir, simultaneamente, os três processos.

Pode passar pelo esforço de racionalização e planejamento estratégico, seguir um

processo de negociação com os atores internos e externos que o torne aceitável e

ser suficientemente flexível para não desprezar o processo de aprendizagem.

CAPÍTULO II

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GLOBALIZAÇÃO E COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS

2. Considerações sobre a globalização dos mercados

Vive-se em um período de transformações, que influenciam não apenas o

cenário econômico, político, cultural, social, mas também o empresarial. Este

clima de evolução e desenvolvimento em ritmo acelerado possibilita o surgimento

de novas formas de planejamento e realização de negócios, de utilização de

recursos e de atendimento e relacionamento com clientes, fornecedores,

acionistas, funcionários, e também com a comunidade na qual a empresa está

inserida.

Nesta sociedade global, cuja característica é a concorrência cada vez mais

acirrada, o grande desafio das empresas reside na capacidade de busca de novas

tecnologias, mercados e novos métodos de gerenciamento.

Destaque-se que o que era concebido como inovador, há cerca de uma década,

hoje é considerado obsoleto.

Nos anos 80, qualidade e preço baixo eram requisitos obrigatórios para que uma

empresa pudesse vender com êxito o seu produto. Atualmente, só isso não basta.

É essencial que a organização tenha um diferencial a mais para oferecer a seus

clientes. Atualmente, já não é mais possível desenvolver e comercializar um

produto somente para o mercado doméstico da empresa. A concorrência se firma

em um âmbito bem mais amplo, estendendo-se por todo o mundo.

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Essas mudanças ocorridas no mundo atual são implementadas pela globalização

dos mercados, cujas características são o uso cada vez maior da tecnologia de

informação, tendo o auxílio da rede mundial de computadores. Motta (1995)

Resultante da força unificadora dessa tecnologia, surge uma realidade comercial

nova que é o surgimento de mercados globais que ofertam produtos padronizados

para todas as partes do mundo. As organizações que aderiram a este novo

mercado, agregaram benefícios na escala de produção, na distribuição, no

marketing e na gerência. (MONTGOMERY E PORTER, 1998).

A organização multinacional comercial está perdendo espaço para a o mercado

globalizado, pois organização global difere de organização multinacional.

A corporação multinacional e a global não são a mesma coisa. A corporação multinacional comercial opera em vários países, e ajusta seus produtos e práticas a cada um deles (...). A corporação global opera (...) como se o mundo inteiro (...) fosse uma entidade única; ela vende as mesmas coisas da mesma maneira em todos os lugares. Theodore Levitt. (Apud MONTGOMERY E PORTER, 1998, p.198).

Quando o produtor global proporciona custos mais baixos internacionalmente, a

aceitação do seu produto se difunde exponencialmente e isso torna o mercado

mais agressivo.

As empresas buscam adorar estratégias “globais” a fim de criar vantagem

competitiva. Para isso é necessário inovar as capacitações domésticas de tal

forma que as atividades estrangeiras sejam suplementares e não imprescindíveis.

Na verdade, adotar uma perspectiva global é importante para criar uma vantagem competitiva. Mas confiar em atividades no exterior que suplantem capacidades domésticas é sempre uma solução secundária. Inovar para vencer desvantagens de fatores locais é melhor do

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que terceirizar; desenvolver fornecedores e compradores domésticos é melhor do que confiar somente nos estrangeiros. (PORTER apud MONTGOMERY E PORTER, 1998, p.173).

2.1. A necessidade de flexibilização

A expressão flexibilidade deve ser bem assimilada pelas empresas, pois no

mundo globalizado elas devem se adaptar ao ambiente, para poder se impor

perante ele. Os líderes das organizações estão dando ênfase ao rápido

desenvolvimento de produtos e serviços, sistemas flexíveis e adaptáveis de

produção e incentivos para o trabalho em equipe.

As empresas de sucesso deverão utilizar estratégias muito mais amplas e

integradas, demarcando as relações entre fornecedores, distribuidores e clientes,

a fim de obter parcerias. Essas empresas se anteciparão às necessidades dos

seus clientes, inovando em seus negócios e tendo cautela em relação ao

ambiente externo.

A procura por novos mercados é um fator importante para a competitividade das

empresas, pois através das alianças econômicas globais, surgem novas

implicações como a habilidade da empresa em conseguir e manter a qualidade de

seus produtos e serviços. Para tentar assegurar essa estratégia, Motta (1995,

p.14) afirma que “A assimilação de necessidades e expectativas dos clientes, dos

ambientes de negócios e das diferenças culturais são fatores críticos de sucesso

no gerenciamento de empresas inseridas em negócios globalmente cada vez mais

dispersos."

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Uma empresa que atua em mercados globais tem dificuldade em ajustar seus

enfoques e estratégias às necessidades peculiares de cada mercado, sem se

afastar da missão da própria organização. Desta forma, é imprescindível que a

empresa detenha um excelente nível de poder de comunicação, além de

compreender as necessidades características desses mercados.

2.2. A influência da globalização nas empresas

A inovação tecnológica trouxe para as empresas a busca do aprimoramento da

qualidade dos seus produtos e serviços, reduzindo os seus custos e atentando-se

continuamente para as necessidades e exigências dos consumidores.

Enquanto se estava em um cenário de mercado fechado, as empresas não se

preocupavam em investir na melhoria contínua, mas, com a abertura da economia,

ocorreu a entrada de novas empresas, elevando, assim, o nível de competitividade

e fazendo com que as organizações investissem, cada vez mais, na melhoria de

seus produtos e serviços.

De acordo com Marcovitch (1995), a globalização dos mercados promoveu

alianças empresariais entre concorrentes. As empresas globais limitam a incerteza

do meio externo expandindo sua esfera de influência, gerando volumes

expressivos de faturamento e viabilizando vultuosos investimentos em pesquisa e

desenvolvimento.

Esses investimentos asseguram vantagens competitivas, que buscam combinar

recursos para produzir bens e serviços de elevada qualidade com custos

reduzidos. Esta é uma vantagem que a globalização propicia para os mercados no

final do século XX.

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A fim de se tornar competitiva, uma empresa deve deter um sistema de

informação que lhe possibilite:

ü Flexibilidade: Um dos princípios dentro da estrutura moderna é que o

associado (funcionário) deve ser polivalente, sendo capaz de exercer várias

funções, conhecendo o todo da empresa, para que consiga ter um bom

desempenho.

ü Eficiência: Centralização de seus esforços no desempenho de tarefas que

agregam valor à empresa, terceirizando aquelas que só acrescentam

custo. Porém, deve alocar seu tempo gerenciando e monitorando a liquidez

da empresa, tendo capacidade para automatizar ou delegar a terceiros as

chamadas tarefas auxiliares e atividades de controle.

ü Agilidade: Capacidade para agir rapidamente no processo de tomada de

decisões. Umas das formas de se adquirir essa habilidade é facilitar a

circulação da informação dentro da empresa.

ü Segurança: Conciliação entre o objetivo de agilizar o processo decisório

com a necessidade de segurança, a fim de proteger a organização contra

erros e fraudes.

2.3 Os níveis de competitividade nas empresas

Segundo Marcovitch (1995), existem 3 níveis de competitividade.

ü competitividade estrutural;

ü competitividade setorial;

ü competitividade empresarial.

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Na competitividade estrutural, é imprescindível que se mantenha a melhor

qualidade. Na setorial, há uma proposta de se estabelecer uma articulação entre

todos os setores. Desta forma, o setor econômico propicia um certo potencial para

o crescimento, enquanto este também oferece retorno econômico sobre os

investimentos. Na competitividade empresarial, as organizações geram produtos

superiores, tanto no preço quanto na qualidade, aos da concorrência.

Os três níveis de competitividade não se excluem, mas interagem entre si. A união

dos mesmos ocasiona uma base auto-sustentável de competição.

Em qualquer um desses níveis de competitividade é essencial a capacitação

tecnológica, ou seja, que se faça uso de todos os conhecimentos, de todos os

recursos dentro de um processo decisório ou em qualquer fator que esteja

relacionado à produtividade e à qualidade. Desta forma, a questão da

concorrência num nível industrial, no sentido de fornecer subsídios para a

circulação das informações, faz com que os gestores consigam uma melhor

competitividade em suas empresas.

Partindo desses princípios, a empresa deve esboçar seu próprio setor, seus

clientes, enfim, deve interferir em todos os setores, com a perspectiva de obter um

melhor desempenho.

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CAPÍTULO III

AS CINCO FORÇAS COMPETITIVAS DO MERCADO

3. Determinação das forças competitivas

A competição é a essência da formulação estratégica. Todavia, ela não se

apresenta somente através dos concorrentes de uma empresa.

Dessa forma, clientes, fornecedores, entrantes potenciais, substitutos, são também elementos competitivos de uma empresa e, dessa forma, são seus “concorrentes”. Porter (Apud MONTGOMERY E PORTER, 1998, p.173)

A concorrência atua sempre no sentido de diminuir a taxa de retorno sobre o

capital invertido, ou o retorno que uma empresa teria numa condição de

concorrência total. O conjunto das forças competitivas determina a capacidade das

empresas terem seu retorno acima da média.

As cinco forças competitivas, segundo a Teoria de Michael Porter são: entrada,

ameaça de substituição, poder de negociação dos compradores, poder de

negociação dos fornecedores e rivalidade entre os concorrentes. (PORTER, 1986).

O conhecimento dessas forças destaca os pontos críticos de uma empresa, tanto

os positivos quanto os negativos, indicam as áreas em que mudanças estratégicas

podem ocasionar em retornos significativos para as empresas.

Forças que dirigem a concorrência

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Fonte: Porter, 1986, p.23

a) Ameaças de novos entrantes

Segundo Porter (1989), os novos entrantes em uma indústria podem trazer

recursos substanciais à capacidade de produção, além de um grande desejo de

ganhar parcela do mercado. O resultado pode ser uma queda nos preços ou nos

custos, e, como conseqüência, uma redução da rentabilidade. Assim, a

intensidade da força representada pela ameaça de novos entrantes depende das

barreiras de entrada criadas ou estabelecidas pelas empresas existentes. e em

função das fortes barreiras de entrada, da reação potencial dos concorrentes

existentes e do crescimento do setor.

Uma das entradas mais significativas corresponde às exigências de capital para o

empreendimento e investimento em tecnologia, com vistas ao desenvolvimento e

produção. Isso ocorre porque esses setores exigem intensa conformidade técnica

e capacidade de inovação de produtos, além da necessidade de despesas com

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serviços de assistência técnica aos clientes, em função das especificidades dos

produtos. Quando uma empresa almeja entrar em um mercado, a depender do

produto, tem dificuldades de licenciamento para produzir e, em alguns casos, terá

que desenvolver tecnologia própria ou buscar produtos alternativos, o que requer

altos investimentos em P&D.

Outro aspecto a ser ressaltado diz respeito à identificação dos compradores com

as marcas existentes, fazendo com que o entrante desenvolva um árduo trabalho

de conquista desse mercado, que não apresenta tendência de crescimento. Esta

identificação é gerada pela capacidade que tem a empresa de responder às

necessidades de inovação impostas pelo mercado de calçados e pelo nível de

assistência técnica concedida, criando assim uma espécie de diferenciação tanto

em nível do produto como em nível dos serviços prestados. Estes fatores impõem

aos novos concorrentes elevados investimentos financeiros em instalações de

produção, em equipamentos modernos e em pesquisa e desenvolvimento de

novos produtos.

b) Poder de negociação dos fornecedores

O poder de negociação dos fornecedores determina o custo das matérias-primas e

de outros insumos. Isso leva as empresas a desenvolverem acordos e parcerias

tanto para o fornecimento de matérias-primas quanto para o desenvolvimento de

novos produtos e novas tecnologias. Apesar dessa importância relativa, não foi

observado, que as empresas tenham um poder de barganha elevado em relação

aos seus fornecedores. Até porque estes fazem parte de poderosos grupos

internacionais, detentores da tecnologia e atuantes no mercado mundial.

Desta forma, os acordos e as parcerias com os fornecedores são de crucial

importância para a competitividade das empresas, dada a extrema necessidade

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de lançamento de novos produtos e a utilização de tecnologias adequadas à sua

produção. Fornecedores muito poderosos reduzem a rentabilidade da indústria

compradora e, neste caso, uma das alternativas para a libertação dos

compradores desse poder é o desenvolvimento de tecnologias de produção

próprias.

c) Poder de negociação dos compradores

Segundo Porter (1989), os compradores ou clientes competem com a indústria ao

barganhar por menores preços, por melhor qualidade ou mais serviços em relação

aos produtos que estão adquirindo e assim influenciar nos resultados econômicos

ou na rentabilidade da indústria.

As empresas, normalmente, comercializam diretamente com outras empresas,

sejam grandes, médias, pequenas ou microempresas. Elas desenvolvem, junto à

clientela, um trabalho que visa a auxiliá-las com suporte técnico, realizando cursos

e, até mesmo, auditorias no processo produtivo. Através desse serviço, assegura-

se a correta utilização dos seus produtos, desenvolvem um diferencial que lhes

atribui uma espécie de custo de mudança, bem como asseguram a imagem do

produto e a fidelidade da marca. Algumas empresas prestam esses serviços

mesmo quando se trata de clientes que compram em pequenas quantidades,

visando à conquista de pequenos segmentos que poderão tornar-se grandes, no

futuro.

d) Ameaça de produtos substitutos

Os substitutos afetam a demanda de um ou mais produtos de uma indústria, seja

pelo preço favorável, seja pela qualidade, uma vez que esses dois atributos

melhoram as condições de satisfação das necessidades do comprador.

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e) Rivalidade entre os concorrentes

De acordo com o Michael Porter (1989), a concorrência entre as empresas de uma

indústria é definida pela disputa por posição em um mesmo mercado. A rivalidade

existente entre as empresas pode ser caracterizada pelo uso de táticas como:

concorrência de preços, campanha de publicidade, prestação de algum tipo de

serviço a clientes e introdução de novos produtos. A intensidade da concorrência

na indústria e a rivalidade existente entre as empresas podem ser verificadas pelo

número de concorrentes existentes e pelo equilíbrio entre eles.

A capacidade de inovação e os serviços de assistência técnica são os principais

fatores determinantes da concorrência das indústrias. Diante disso, as empresas

precisam de significativo investimento em P&D e de parcerias com empresas

internacionais intensivas em pesquisa e detentoras de novas tecnologias.

É importante destacar que a diferenciação de produto teve suas possibilidades

ampliadas com a absorção de novas tecnologias em termos de equipamentos,

interligando as etapas do processo produtivo, traduzindo-se numa ampliação da

linha de produtos. Esse fato determinou que a entrada de novas empresas ficasse

restrita aos segmentos de mercado de produtos mais simples.

A rivalidade entre os concorrentes é intensa e, embora as diversas empresas

tenham seu espaço conquistado no mercado, a fidelidade não é um atributo

plenamente confiável, fazendo com que tais empresas estejam constantemente

inovando, aprimorando os produtos e o atendimento a seus clientes.

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A ação que forças competitivas exercem, numa organização comercial, determina

a lucratividade da indústria, pois elas influenciam no preço, no custo e nos

investimentos, fatores básicos para a rentabilidade. O poder de barganha do

comprador e a ameaça de produtos substitutos possuem considerável influência

sobre os preços que a indústria pode cobrar de seus compradores. O poder de

negociação dos compradores pode também gerar influência nos custos e nos

investimentos, porque esses clientes exigem serviços onerosos. O poder de

barganha dos fornecedores define os custos das matérias-primas e de outros

insumos. A intensidade da concorrência influencia os preços, como também os

custos para competir no desenvolvimento de produtos, propaganda e vendas.

O potencial de cada uma das cinco forças competitivas

ocorre em função da estrutura industrial, ou seja, das

características econômicas e técnicas peculiares à

estrutura da empresa. A importância dos fatores que

definem a estrutura de uma indústria e a intensidade

relativa das forças competitivas variam de indústria para

indústria, podendo modificar-se à medida que uma

indústria evolui. As características que dão origem às

forças competitivas são:

a) O poder dos fornecedores dá-se em função dos seguintes fatores:

• grau de concentração (poucos fornecedores);

• setor comprador pouco ou nada importante;

• inexistência de substitutos para seu produto;

• importância do seu produto como componente do produto da

indústria compradora;

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• porte das empresas;

• ameaça de integração para frente.

b) O poder dos compradores dá-se em função dos seguintes fatores:

• grau de concentração (poucos clientes) em comparação

com a indústria ofertante;

• porte das empresas;

• alta participação do produto adquirido nos custos totais;

• disponibilidade de informações sobre mercado, preço e

custo de fornecedores da indústria;

• padronização ou não-diferenciação dos produtos

adquiridos;

• lucratividade de suas operações;

• ameaça de integração para trás.

c) A ameaça de produtos substitutos é significativa nas seguintes

hipóteses:

• a evolução tecnológica possibilita reduções de preço e melhoria

de desempenho;

• as margens elevadas desses produtos possibilitam reduções de

preço.

d) A ameaça de novos entrantes em uma indústria depende das barreiras à

entrada.

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A intensidade dessas barreiras está relacionada com os seguintes

aspectos:

• economias de escala;

• desvantagens de custo, independentemente do porte da

empresa;

• diferenciação de produto;

• exigências de capital;

• política governamental;

• acesso à estrutura de distribuição.

e) A rivalidade entre os concorrentes depende dos seguintes pressupostos:

• concorrentes numerosos e bem equilibrados;

• crescimento lento da indústria;

• custos fixos altos ou perecibilidade do produto;

• ausência de diferenciação ou custos de mudança;

• aumento de capacidade em grandes saltos;

• diversidades de estratégias, de origens e de personalidades

apresentadas pelos rivais;

• barreiras de saídas elevadas.

Com base nas cinco forças competitivas apresentadas, a empresa possui

condições de avaliar os seus pontos fortes e fracos mais evidentes, de forma a

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posicionar-se adequadamente, defendendo-se contra essas forças ou

influenciando-as a seu favor.

Essa análise possibilita o desenvolvimento de um plano de ação que irá

determinar o comportamento da empresa no ambiente competitivo, através de três

posturas não excludentes:

a) a empresa pode buscar o posicionamento, defendendo-se contra as forças

competitivas ou descobrindo posições onde as forças são mais fracas;

b) a empresa pode ser mais ofensiva, alterando as causas das forças

competitivas, influenciando o equilíbrio destas;

c) a empresa pode antecipar as mudanças nos fatores subjacentes às forças e,

também, sua reação a essas alterações, antes mesmo do reconhecimento dos

concorrentes.

O entendimento da estrutura da empresa amplia a sua capacidade competitiva,

pois faz reconhecer que a competição se dá também com clientes e fornecedores

pelo poder de negociação, atentando-se para a entrada de novos competidores e

produtos substitutos na indústria.

A contribuição de Porter (1989) ao estudo das estratégias competitivas significa a

afirmação da primazia da estrutura sobre a estratégia, na medida em que as

tipologias definidas a partir de estratégias mestras - liderança de custo,

diferenciação e focus - estão associadas a forças estruturais específicas.

No entanto, o retorno a uma visão estruturalista em Porter (1986) não representou

uma reafirmação das forças estruturais a partir das bases produtivo-tecnológicas,

como defendida no modelo de estrutura-conduta-desempenho. Aqui, as forças

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estruturais são analisadas a partir da lógica de valorização de uma “unidade de

capital”, muito mais abrangente do que a lógica produtiva. Desta forma, as cinco

forças estruturais - potenciais entrantes, atuais rivais, consumidores,

fornecedores e substitutos - servem para organizar diferentes estratégias

competitivas, que visam obter melhor posição ou vantagem no processo de

valorização do capital.

Por sua vez, essa valorização envolve diversas dimensões de políticas, ou

instrumentalizações da estratégia mestra, quer compreendam as políticas de

compras, marketing, serviços, recursos humanos, controle de qualidade e outras

dimensões organizacionais

A contribuição de Porter proporcionou uma melhor sistematização das estratégias,

de sua relação com a estrutura, no que se refere à concepção e implementação

das mesmas pelas unidades de capital/unidades empresariais. No entanto, a

metodologia que ele empregou para a elaboração da tipologia de estratégias deixa

escapar dimensões dinâmicas da contribuição neochumpeteriana.

Desta forma, a endogeneização do processo inovador, intrínseco ao

neoschumpeterianismo é limitada, já que conceitualmente a especificação das

estratégias mestras e suas possibilidades de alteração estão circunscritas às

forças estruturais previamente definidas, inclusive à tecnologia. O processo de

inovação tecnológica está conceitualmente restrito pelo próprio escopo da

tipologia, que compreende, no máximo, a caracterização setorial, sem alcançar,

no entanto, a macroeconômica, características dos modelos neoschumpeterianos .

Michel Porter, em 1989, tenta exceder estas limitações, apresentando um modelo

macroeconômico, caracterizado pelo “diamante nacional” onde quatro dimensões

- os recursos produtivos, a infra-estrutura tecnológica, os mercados de

consumidores e de fornecedores e o aparato político institucional - estabelecem

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as relações de vantagens competitivas dinâmicas entre as nações. O escopo de

análise é, portanto, ampliado para o espaço nacional.

A internalização do processo inovador é apresentada pela capacitação

tecnológico-organizacional adquirida por um setor industrial localizado em uma

nação no desenvolvimento de seus recursos produtivos. O aprofundamento das

suas vantagens competitivas se dá a partir da qualificação/especialização destes

atributos. Associa-se, portanto, à estratégia empresarial, às políticas industriais e

tecnológicas.

O Estado, que antes não tinha conceitualmente um espaço definido entre as cinco

forças competitivas, é agregado como sexta força, enquanto o ordenador do

conjunto de instrumentos políticos – institucionais capazes de influenciar na

formulação das próprias estratégias das unidades de capital.

Mesmo ampliando o escopo das estratégias competitivas, incorporando agora os

condicionantes da dinâmica tecnológica nacional e internacional, ainda não é

explícita a relação entre estrutura e estratégia (conduta) no modelo de Porter. A

competitividade (desempenho) das nações ainda está dependente às

características do “diamante” que, ao ampliar o escopo das forças estruturais,

estas não deixam de ter um papel determinante sobre a competição

intercapitalista (conduta) nacional/internacional.

Mesmo que permaneça como desafio teórico, a necessidade de se enfocar a

relação entre estrutura e estratégia como uma via de duas mãos, a conceituação

de competitividade em Porter em muito evoluiu de um exercício de estática

comparativa.

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Este conceito, agora devidamente relacionado como o de ciência e tecnologia

(C&T), a partir do esforço de internalização do processo inovador da tradição

neoschumpeteriana, é ampliado para abranger:

• o papel do “diamante nacional” sobre as estratégias empresariais;

• as diversas dimensões das estratégias empresarias mencionadas

anteriormente, e suas articulações com a dimensão tecnológica;

• a possibilidade de transformação das estruturas industriais a partir das

estratégias.

Desta forma, competitividade deixa de ser um conceito meramente

microeconômico e passa a se definir no escopo das possibilidades de interação

entre empresas, entre setores industriais e entre nações. Os indicadores de

desempenho que caracterizam a competitividade devem levar em conta os

aspectos qualitativos e quantitativos do resultado da competição, assim como a

capacidade destas de transformar, através das estratégias empresariais, as

forças estruturais da indústria.

Além disso, devem ser consideradas as possibilidades de reconstruir vantagens

propícias ao desenvolvimento do “diamante nacional” e, ao mesmo tempo,

permitir que estas vantagens alcançadas pela indústria sejam competitivas e

sustentáveis ao longo do tempo.

Dessa forma, a competitividade de um complexo, setor industrial, ou empresa é

entendida como a conquista da melhor posição no mercado - o resultado da

seleção - exigindo um esforço de criar e recriar mecanismos para manter esta

posição.

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Evidencia-se, pois, da discussão teórica sobre competitividade industrial que o

conceito mais elaborado significa uma nova definição de papéis dos agentes

econômicos e do aparato político-institucional. Deve-se levar em conta que a

posição competitiva, adquirida em um determinado tempo histórico da estrutura, é

cumulativa e que seus efeitos são perceptíveis na posição competitiva futura.

Portanto, a competitividade não só é adquirida, mas exige esforços contínuos

para que se possa reforçar o processo seletivo a favor da indústria, em específico,

e da nação como um todo. Esse aspecto cumulativo está no âmago da relação,

entre duas vias, da estrutura e da estratégia.

Destaque-se que o conceito de competitividade está relacionado a uma

determinada percepção da dinâmica industrial e uma concepção específica do

papel que a tecnologia (inclusive os elementos reunidos sob o rótulo de

Tecnologia Industrial Básica – TIB) exerce sobre o processo de concorrência.

Resta, porém, a definição de indicadores que possam ser mensurados em

análises empíricas e que, ao mesmo tempo, incorporem os elementos da

discussão teórica sobre competitividade.

Os indicadores de competitividade podem ser classificados em dois grupos que,

para efeito de análise, se distinguem nas seguintes dimensões :

• percepção da estrutura industrial;

• concepção da função tecnológica;

• percepção do processo competitivo;

• percepção do grau de estabilidade das forças estruturais;

• percepção do papel do estado.

De uma maneira geral, para o primeiro grupo prevaleceu a percepção da estrutura

industrial como homogênea. A função tecnológica é analisada a partir da função

de produção, enfatizando os aspectos produtivos. O processo competitivo

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fundamenta-se na percepção da concorrência pelas forças do mercado.

Conseqüentemente, a eficiência se traduz em diferenciais de preços, custos,

rentabilidade, produtividade, tendo como parâmetros os níveis atingíveis em

perfeita competição.

No segundo grupo de indicadores, prevalece a percepção da estrutura industrial

como heterogênea. A função tecnológica é analisada a partir de variáveis

qualitativas e quantitativas, onde a assimetria tecnológica direciona a análise da

difusão. Estando a tecnologia intrinsecamente associada ao processo competitivo,

a estabilidade de forças estruturais é associada à capacidade das estratégias

empresarias em reconfigurarem a estruturas. O conceito de eficiência está,

portanto relativizado pelo padrão concorrencial (práticas competitivas) e pela

seletividade na utilização e construção de fatores produtivos

Torna-se evidente que nenhum indicador é completo e que são distintos os tipos

de dificuldades encontradas nos indicadores de cada um dos grupos. Embora os

indicadores do primeiro grupo deixem de captar aspectos qualitativos e dinâmicos,

apresentam um potencial de mensuração maior. Já os indicadores do segundo

grupo, por incorporarem aspectos organizacionais e estratégicos, encontram

dificuldades para construir medidas que captem o caráter dinâmico das variáveis

adotadas. Por sua vez, a tentativa de analisar a competitividade de forma

sistêmica, pode levar a uma dificuldade de hierarquizar os fatores intervenientes

na competitividade.

A análise de eficiência deve incorporar questões de estratégias competitivas, onde

as relações entre os níveis empresarial e setorial estão sistematicamente

articuladas e agregadas aos níveis do complexo industrial e da macroeconomia.

Significa ainda que a função tecnológica, entendida em seus aspectos

quantitativos e qualitativos, deve direcionar a análise relacionando-a ao papel de

tecnologia (incluindo os elementos da TIB) com o conceito de competitividade.

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Para isso, torna-se necessário captar os aspectos qualitativos e quantitativos das

estratégias empresariais, analisando de que maneira a configuração estrutural

permitirá ou não que as estratégias impulsionem a sua reconfiguração estrutural,

de forma a garantir a sustentabilidade da posição competitiva. Tornar-se também

necessário analisar a base produtiva-tecnológica na ótica da unidade de capital e

enfocar a variável tecnológica articulada com outras dimensões estratégicas -

recursos humanos, marketing serviços etc - de forma a captar a situação

competitiva atual e sua dinâmica. A dinâmica, por sua vez, é refletida tanto nas

possibilidades da fronteira tecnológica, como nas expectativas sociais e

empresarias, tendo em vista que são essas perspectivas que nortearão o

movimento de reconfiguração estrutural.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A competitividade sempre foi uma marca entre as empresas. Para assegurar o

sucesso, as empresas fazem uso de estratégias que lhes permitam uma posição

confortável no mercado.

Há diversos conceitos sobre estratégias, todos apresentam convergências e

divergências entre si. Porém, em todas as conotações dadas à estratégia, é senso

comum que a empresa não pode estar dissociada do seu meio envolvente.

A estratégia é uma arma decisiva para a empresa. O posicionamento estratégico -

fazer as coisas de um modo diferente da concorrência - é ainda mais fundamental,

dada a dificuldade, cada vez maior, em manter vantagens operacionais.

O processo de formação da estratégia pode ser de diferentes formas. Entretanto,

qualquer que seja ele, a estratégia cria a oportunidade para as pessoas com

diferentes objetivos pessoais ultrapassarem essas diferenças e estabelecerem

objetivos para a organização.

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Com a globalização, o mercado ficou mais competitivo e esse fato exigiu das

empresas estratégias mais competitivas.

Michael Porter desenvolveu uma teoria sobre As Cinco Forças Competitivas do

Mercado. Essas forças competitivas definem a intensidade da concorrência e

também a rentabilidade da indústria. Ainda segundo Porter, a estratégia resume o

propósito, a razão de ser da organização e por isso precisa ser tratada com

critério. Pode-se identificar tanto pontos a favor quanto contra a estratégia. A

estratégia, encarada-se em termos de ações estratégicas, pode causar rigidez,

bloqueios cognitivos e resistência a mudanças. A ausência dela deixa a empresa

sem parâmetros para medir seu desempenho, sem senso de direção.

Conclui-se pois que estratégia é o conjunto formado pelos valores, motivação,

situações desejadas pela organização, dentro de uma seqüência coerente de

decisões, na direção da busca de legitimação, sobrevivência e de aumentos na

eficácia e eficiência. Estratégia e organização são entidades intrinsecamente

ligadas, que devem estar em equilíbrio ou o sucesso da empresa se tornará

impossível.

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