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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS DE PASSO FUNDO CURSO DE MEDICINA GEANCARLOS GRASSELLI AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DOS PACIENTES COM LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL TRATADOS POR ABORDAGEM MEDIAL PASSO FUNDO 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS DE … GRASSELLI.… · A displasia de desenvolvimento do quadril (DDQ) é um termo utilizado que engloba um espectro de anormalidades

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

CAMPUS DE PASSO FUNDO

CURSO DE MEDICINA

GEANCARLOS GRASSELLI

AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DOS PACIENTES COM LUXAÇÃO

CONGÊNITA DO QUADRIL TRATADOS POR ABORDAGEM MEDIAL

PASSO FUNDO

2018

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GEANCARLOS GRASSELLI

AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DOS PACIENTES COM LUXAÇÃO

CONGÊNITA DO QUADRIL TRATADOS POR ABORDAGEM MEDIAL

Trabalho de conclusão de curso de graduação

apresentado como requisito para obtenção de grau de

Bacharel em Medicina da Universidade Federal da

Fronteira Sul.

Orientador: Profª MSc. Jung Ho Kim

PASSO FUNDO

2018

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Geancarlos Grasselli

AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DOS PACIENTES COM

LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL TRATADOS POR ABORDAGEM

MEDIAL

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado à Faculdade de Medicina da

Universidade Federal da Fronteira Sul como requisito parcial para a obtenção do título de

Bacharel em Medicina.

Defendido em: 26 de novembro de 2018.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________

Nome do professor – instituição

___________________________________________

Nome do professor - instituição

___________________________________________

Nome do professor – instituição (orientador)

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Aos meus pais, ao meu amor, a toda minha família

e aos meus amigos que, com muito carinho е

apoio, não mediram esforços para que eu chegasse

até esta etapa da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço aos meus pais pelo amor, compreensão e dedicação para

tornar esse momento possível. Muito obrigado.

Ao meu amor e colega de jornada, agradeço pelo apoio, carinho, paciência e

companheirismo. Juntos, compartilhamos alegrias e frustações. Esse foi apenas nosso primeiro

passo para um futuro brilhante, cheio de conquistas comemoradas no Paisano.

Ao Magnelson que me mostrou como a seriedade, a disciplina e a boa relação

interpessoal levam ao sucesso.

Aos colegas pela parceria durante esses 6 anos que com certeza se estenderão por toda

a vida.

Aos professores agradeço imensamente pela coragem e pela abdicação ao dedicarem-se

ao ensino. Em especial, agradeço a Profª Ivana que no momento mais enlouquecedor do curso

nos trouxe tranquilidade.

Ao meu orientador e amigo Dr Jung Ho Kim pela ajuda durante todo esse período,

exemplo de profissionalismo e ética.

A banca de avaliação do TCC pela disponibilidade para agregar conhecimento ao

trabalho.

A todos os profissionais e as pessoas que trabalharam na criação e na manutenção do

projeto UFFS Campus Passo Fundo. É imensurável o legado que a instituição está construindo

para nossa região.

Agradeço ao técnico Renato Gaúcho por ter colocado Bressan no jogo contra o River

Plate. Tornou o final do TCC uma tarefa mais leve.

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O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder

entusiasmo.

(Winston Churchill)

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RESUMO

Este volume de trabalho de conclusão de curso (TCC) mostra a pesquisa com o tema

“Avaliação clínica e radiológica dos pacientes com luxação congênita do quadril tratados por

abordagem medial” orientado pelo professor Msc. Jung Ho Kim.

Nele está descrito a caracterização da patologia e o detalhamento do Projeto de Pesquisa

elaborado no segundo semestre de 2017 na disciplina de TCC I que foi baseado no Manual de

Trabalhos Acadêmicos da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e, posteriormente,

submetido à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFFS (Anexo 1).

Seus resultados estão sintetizados no artigo científico elaborado a partir dos dados

coletados em 2018 no Ambulatório de Ortopedia Pediátrica do Hospital São Vicente de Paulo

durante a disciplina de TCC II e está construído de acordo com as normas da Revista Brasileira

de Ortopedia (Anexo 2). O artigo presente neste volume conta com sua própria estruturação

(resumo, introdução, metodologia, resultados, discussão, conclusão e referências) e está

indexado no item 3 (três) do sumário.

Contém, também, de forma detalhada, os demais elementos que compõe a estrutura do

volume final do TCC II da UFFS.

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ABSTRACT

This volume is contains the items required for the academic component Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) and presents the research "Clinical and radiological evaluation of

patients with congenital dislocation of the hip treated by medial approach" which was overseen

by Professor Msc. Jung Ho Kim.

It describes the characterization of the pathology and the detailing of the Research

Project that was elaborated in the second semester of 2017 as a part of the discipline TCC I and

based on the Manual of Academic Essays of the Universidade Federal da Fronteira Sul

(UFFS).

Its results are summarized in the scientific article, based on the data collected in 2018

at the Pediatric Orthopedics Clinic of the São Vicente de Paulo Hospital during the discipline

of TCC II and written according to the norms of the journal Revista Brasileira de Ortopedia

(Annex 2). The article in this volume has its own structure (summary, introduction,

methodology, results, discussion, conclusion and references) that is indexed in item 3 (three) of

the summary.

It also contains, in detail, the other elements that compose the structure of the final

volume of TCC II of UFFS

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 12

2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................. 13

2.1. PROJETO DE PESQUISA ............................................................................................ 13

2.1.1. Resumo ....................................................................................................................... 13

2.1.2. Tema ........................................................................................................................... 13

2.1.3. Problema .................................................................................................................... 13

2.1.4. Hipótese ...................................................................................................................... 14

2.1.5. Objetivos .................................................................................................................... 14

2.1.5.1. Objetivo geral .......................................................................................................... 14

2.1.5.2. Objetivos específicos ............................................................................................... 14

2.1.6. Justificativa ................................................................................................................ 14

2.1.7. Referêncial teórico .................................................................................................... 15

2.1.8. Metodologia ............................................................................................................... 19

2.1.9. Recursos ..................................................................................................................... 21

2.1.10. Cronograma ............................................................................................................ 21

2.1.11. Referências .............................................................................................................. 22

2.1.12. Apêndices ................................................................................................................. 24

APÊNDICE A – LISTA DE VARIÁVEIS ........................................................................ 24

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ........ 25

APÊNDICE C – TERMO DE ASSENTIMENTO ........................................................... 27

APÊNDICE D – FICHA DE COLETA DE DADOS ....................................................... 29

2.2 RELATÓRIO DE PESQUISA ....................................................................................... 30

2.2.1 - Apresentação ............................................................................................................ 30

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2.2.2 – Desenvolvimento ..................................................................................................... 30

2.2.3. Considerações finais ................................................................................................. 31

3 ARTIGO CIENTÍFICO .................................................................................................. 32

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 42

5. ANEXOS .......................................................................................................................... 43

ANEXO 1 – Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa ............................ 43

ANEXO 2 – Instruções para Publicação na Revista Brasileira de Ortopedia ...................... 46

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1 INTRODUÇÃO

A displasia de desenvolvimento do quadril (DDQ) é um termo utilizado que engloba

um espectro de anormalidades anatômicas do quadril em crianças. Dependendo o grau de

acometimento articular, podemos encontrar um quadril em três condições: instável,

subluxado ou luxado (SIZINIO, 2017). Na luxação, há perda total do contato articular entre

a cabeça femoral e o acetábulo.

O tratamento da luxação congênita do quadril (LQC) objetiva restaurar a anatomia

articular bem como promover uma função adequada. Para avaliar esses dois parâmetros,

existem escalas e índices consagrados como a de Ponseti e o índice acetabular,

respectivamente.

A idade do paciente no momento do diagnóstico é um parâmetro fundamental para

decidir a modalidade terapêutica para atingir esses objetivos (MURPHY; KIM, 2016). De

um modo geral, crianças menores de 6 meses são submetidas ao uso suspensório de Pavlik

(SIZINIO,2017), entre 6 e 12 meses a redução incruenta com imobilização gessada ou a

cirurgia são as opções de tratamento (SIZINIO,2017), já no período entre 12 e 18 meses

normalmente sugere-se a redução aberta utilizando-se de duas abordagens: medial e

anterior, ambas com boa segurança (MURPHY; KIM, 2016). Não existe consenso na

literatura em qual abordagem é preferível nesses casos, mas sabe-se que com um tratamento

com resultados insatisfatórios ou com idades acima de 18 meses, novas abordagens

cirúrgicas associadas a osteotomias femorais podem ser necessárias. (MURPHY; KIM,

2016) (SIZÍNIO, 2017).

Dessa maneira, caso a abordagem medial tenha bons resultados, mensurados através

de escalas clÍnicas e radiológicas, ela surge como uma ótima opção de tratamento pois não

interfere no sítio cirúrgico de uma próxima intervenção caso necessário.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1. PROJETO DE PESQUISA

2.1.1. Resumo

A displasia de desenvolvimento do quadril (DDQ) é um termo utilizado que engloba um

espectro de anormalidades anatômicas do quadril em crianças. Na luxação congênita do quadril

(LCQ) há perda total do contato articular entre a cabeça femoral e o acetábulo. A idade do

paciente no momento do diagnóstico da LCQ é um parâmetro fundamental para decidir a

modalidade terapêutica para restaurar a anatomia e a função da articulação. O tratamento

depende da idade da criança, podendo ser conservador, com uso de suspensório, ou cirúrgico,

através da abordagem medial ou lateral. Em pacientes com idade entre 06 e 18 meses que

necessitam de cirurgia, ainda não existe um consenso na literatura entre a melhor forma de

abordagem. O objetivo deste trabalho é avaliar crianças nessa faixa etária, por escalas clínicas

(Ponseti) e radiológicas (índice-acetabular), que foram submetidas a correção cirúrgica da LCQ

por abordagem medial. O projeto é um estudo transversal do tipo coorte histórica, quantitativo,

que será realizado no Ambulatório de Especialidades da Universidade Federal da Fronteira Sul

na cidade de Passo Fundo – RS, durante o período de 15 de julho a 20 de dezembro de 2018,

avaliando pacientes que foram tratados entre janeiro de 2011 a dezembro de 2017. As crianças,

juntos de seus responsáveis, serão convidadas a realizar uma consulta clínica e uma radiografia

de pelve para avaliação da articulação coxofemoral, quando serão aplicadas a escala de Ponseti

e a medição do índice acetabular. A partir dele, espera-se descobrir se crianças operadas por

abordagem medial apresentam boas respostas clínicas e radiológicas através de parâmetros

consolidados na literatura.

2.1.2. Tema

Abordagem cirúrgica na luxação congênita do quadril.

2.1.3. Problema

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A abordagem medial para tratamento cirúrgico da luxação congênita do quadril é uma

boa opção para pacientes diagnosticados entre 06 e 18 meses de idade?

2.1.4. Hipótese

A abordagem medial para tratamento cirúrgico da luxação congênita do quadril traz

bons resultados clínicos e radiológicos.

2.1.5. Objetivos

2.1.5.1. Objetivo geral

Avaliar clínica e radiologicamente os pacientes com luxação congênita do quadril

tratados por abordagem medial com idade entre 06 e 18 meses e fazer uma correlação clínico-

funcional-radiológica entre a escala de Ponseti e o índice acetabular.

2.1.5.2. Objetivos específicos

Avaliar a presença de dor nos pacientes submetidos a essa técnica cirúrigica.

Medir o grau de mobilidade articular após a correção por abordagem medial pela

medição dos eixos de movimento coxo-femoral através de angulômetros.

Verificar a presença de claudicação após procedimento durante o exame clínico.

Quantificar o índice acetabular dos pacientes através de um exame radiológico

padronizado.

2.1.6. Justificativa

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Apesar dos riscos de realizar uma correção por abordagem medial na luxação

congênita de quadril, optando-se por esse método existe a possibilidade de obtenção de bons

resultados clínicos e radiológicos ao paciente no primeiro momento. Além disso, caso

necessária uma próxima intervenção com a associação da osteotomia femoral, que deve ser

realizada por abordagem lateral, esse sítio cirúrgico ainda não terá sido manipulado, fato que

propicia um melhor resultado cirúrgico. Dessa maneira, faz-se necessário o estudo dos

pacientes submetidos a essa técnica para concluir se a correção por abordagem medial pode

ser considerada a primeira opção de tratamento.

2.1.7. Referêncial teórico

A displasia de desenvolvimento do quadril (DDQ) representa um espectro de

anormalidades anatômicas do quadril em crianças, as quais podem se manifestar desde o

nascimento ou nos primeiros meses de vida (SIZINIO, 2017). Clinicamente a displasia pode

se manifestar como instabilidade articular, subluxação e luxação, essa última caracterizada

pela perda da congruência entre a cabeça femoral e o acetábulo. A luxação do quadril é

dividida em três grandes categorias: a teratológica, que ocorre antes do nascimento e envolve

graves deformidades do acetábulo, da cápsula e do fêmur proximal, associada a outras

malformações, como mielomeningocele, artrogripose múltipla congênita, agenesia

lombossacral e anomalias cromossômicas; a neurológica, em decorrência dos desequilíbrios

musculares pós-natais, como na paralisia cerebral; e a típica, que ocorre em crianças normais

(SIZINIO, 2017).

A luxação congênita do quadril tem uma incidência de 1 em cada 1.000 recém-

nascidos. Porém aproximadamente 5 em cada 1.000 apresentam manobra de Ortolani

positiva ao nascimento (GUARNIERO, 2010). A patologia é nove vezes mais comum em

meninas, com incidência dez vezes maior se história familiar com pais portadores de DDQ

e sete vezes maior nos casos de irmãos com essa patologia (GIANINI, 2017). Nos casos em

que o feto se apresenta em posição pélvica, em posição agripina e em flexão total e rotação

externa do quadril, a incidência também é maior (GIANINI,2017). Outras deformidades

congênitas estão em associação com essa patologia, como o torcicolo congênito e o matatarso

aduto (SIZINIO, 2017). Gestações que cursam com oligodrâmnio também são fator de risco

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(GIANINI, 2017).

A causa da DDQ é multifatorial, destacando-se a hiperlassidão ligamentar (WYNNE-

DAVIES, 1970), a excessiva anteversão femoral, a anteversão com a presença ou não de

deficiência acetabular e a má posição intrauterina (WILKINSON, 2012).

O diagnóstico clínico de displasia congênita do quadril apresenta diversos sinais e

sintomas, dependendo da faixa etária de suspeição diagnóstica, do grau de deslocamento da

cabeça femoral e da condição do deslocamento, se pré-natal, perinatal ou pós-natal (SIZINIO,

2017).

Entre 0 e 2 meses de vida, os sinais sugestivos de DDQ são: pregas poplíteas e dobras

da coxa assimétricas, encurtamento aparente do fêmur (sinal de Galeazzi), assimetria das

dobras inguinais, frouxidão na extensão do quadril e joelho, projeção da linha de Klisic

abaixo do umbigo, ponta do trocanter maior acima da linha de Nélaton. Nessa faixa etária,

os testes diagnósticos utilizados são os de Barlow e Ortolani (SIZINIO, 2017).

Na faixa etária de 3 a 12 meses, os achados clínicos consistem na limitação da

abdução do quadril a 90 graus de flexão, sinal de Galeazzi positivo, postura de rotação lateral

do membro inferior com aparente encurtamento assimetria marcada das dobras inguinais, das

coxas e das pregas poplíteas, sinal da telescopagem, proeminência do trocanter maior. Nesse

contexto, o teste de Ortolani é variável (SIZINIO, 2017).

Após o início da marcha, as manifestações clínicas mais comuns são as alterações

de postura, com lordose lombar excessiva, abdome protuberante e trocanter maior

proeminente, sinal de Trendelemburg positivo, claudicação, marcha na ponta do pé e

contratura de adução do quadril aumentada com desenvolvimento de joelho valgo

compensatório (SIZINIO, 2017).

Para fins de auxílio diagnóstico, métodos de imagem complementares podem ser

utilizados, sendo que a ultrassonografia é o método padrão-ouro até os 6 meses de idade,

cujos resultados são graduados através da escala de Graf. A partir dos 3 meses, a radiografia

de pelve pode servir de auxílio diagnóstico, visto que centros de ossificação estão mais

desenvolvidos, tornando-se mais visíveis por esse método, mas a principal ferramenta

complementar ainda é a ultrassonografia. Após os 6 meses, a radiografia de pelve torna-se

o exame de escolha (SKINNER, 2015).

O tratamento da luxação congênita do quadril depende também da faixa etária do

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paciente, sendo que até os 6 meses de idade é optado pelo uso do suspensório de Pavlik. Entre

6 e 12 meses a redução incruenta com imobilização gessada ou a cirurgia são as opções de

tratamento (SKINNER, 2015). A partir dos 12 meses, normalmente é necessário a

realização de abordagem cirúrgica associada a imobilização gessada (MURPHY; KIM,

2016). Nesses casos, a abordagem cirúrgica tem finalidade de corrigir detalhes anatômicos

de impeçam a correta congruência articular, como a interposição de partes moles, contratura

de musculatura, hiperlassidão ligamentar, dentre outras (MURPHY; KIM, 2016).

Existem duas abordagens possíveis para a redução cruenta da articulação. A

abordagem anterior com incisão do tipo biquini é a mais utilizada, possibilitando a liberação

das partes moles envolvidas, a capsulotomia e os procedimentos ósseos acetabulares quando

necessários e a capsuloplastia de contenção e manutenção da redução (SIZINIO, 2017). A

outra técnica é a abordagem por via medial ou de Ludloff que dá acesso adequado às

estruturas que impedem a redução, com exceção da cápsula articular, não permitindo uma

capsulorrafia adequada e trazendo grande risco de lesão da artéria femoral circunflexa medial

com consequente necrose avascular da cabeça femoral. (SIZÍNIO, 2017). Advogados da

abordagem medial argumentam que ela proporciona uma incisão estética, com fácil acesso

cirúrgico dos possíveis obstáculos e casos bilaterais podem ser operados num mesmo tempo

cirúrgico (MURPHY; KIM, 2016). Além disso, em pacientes mais velhos ou em casos que

os resultados cirúrgicos da primeira abordagem não foram satisfatórios, a redução com

osteotomia do fêmur pode ser necessária e essa utiliza-se de uma abordagem antero-lateral

(MURPHY; KIM, 2016). Assim, caso a abordagem medial ofereça bons resultados de

imediato, ainda poderia fornecer um bom sítio cirúrgico para uma segunda abordagem,

diferentemente da abordagem lateral. O quadril é uma das maiores articulações do corpo. É

caracterizada como sendo sinovial, ou seja, recoberta por uma cápsula articular onde em

seu interior circula o líquido sinovial que tem a função de lubrificar e nutrir seus elementos.

Além disso, possui um conjunto de ligamentos externos que fornecem estabilidade para a

estrutura.

Funcionalmente, classificada como do tipo esferóide, portanto as superfícies ósseas

de contanto permitem que a articulação realize movimentos em todos os planos: flexão,

extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa. Na Tabela 1 está descrita a

amplitude de movimento normal da articulação coxo-femoral (LEITE, 2013). A obtenção

desses valores durante um exame clínico fornece um bom parâmetro para a avaliação da

função articular.

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18

Tabela 1 – Amplitude de movimento do quadril

Movimento Amplitude (em graus)

Flexão 0 – 120º

Extensão 0 – 30º

Adução 0 – 30º

Abdução 0 – 45º

Rotação Interna 0 – 30º

Rotação Externa 0 – 45º

Fonte: adaptado de Leite, p. 187-202, 2013.

Para a realização da avaliação funcional e morfológica da articulação do quadril,

foram confeccionados escalas e índices que levam aspectos clínicos ou radiológicos em sua

composição, permitindo, dessa maneira, avaliar o resultado cirúrgico dos pacientes

submetidos à correção. A escala de Ponseti, publicada em 1944 (PONSETI, 1944), leva em

consideração os aspectos clínicos do paciente de maneira simples e objetiva, sendo graduada

conforme a Tabela 2.

Tabela 2 – Escala de Ponseti

Classificação de Ponseti Descrição

1 Assintomático

2 Dor leve no quadril após longas caminhadas

3 Manca, movimento livre e sem dor

4 Manca, com limitação de movimento e sem dor

5 Manca com dor

6 Manca, com limitação de movimento e dor

Fonte: Adaptado de Ponseti, p. 783, 1944.

O índice acetabular é uma medida radiográfica utilizada para avaliação da presença

de displasia acetabular através da radiografia de pelve em pacientes com esqueleto imaturo.

A medida é formada através da intersecção das linhas de Hilgenreiner, formada por uma linha

horizontal que passa pelo topo das áreas claras da cartilagem trirradiada, e de outra linha que

passa pela borda superior do acetábulo. Em recém-nascidos, o ângulo poder ser de até 40

graus (NELSON, 2017). A partir de 4 meses de idade, considera-se normal um ângulo

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entorno de 29 graus, sendo que quanto maior o valor mais grave é a displasia (SIZÍNIO,

2017).

2.1.8. Metodologia

O presente projeto é desenhado como uma coorte histórica, do tipo não comparativa,

quantitativa, a qual será realizada no Ambulatório de Especialidades da Universidade

Federal da Fronteira Sul na cidade de Passo Fundo – RS, durante o período de 15 de julho

a 20 de dezembro de 2018. Serão analisados os pacientes tratados por abordagem medial

pelo serviço de ortopedia pediátrica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo

Fundo – RS no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2017. Dessa maneira, a amostra

definida de forma não probabilística e selecionada por conveniência, será composta de

crianças de ambos os sexos, com idade entre 06 e 18 meses no momento da cirurgia –

realizada no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2017, totalizando 25 indivíduos.

Serão excluídos da pesquisa os pacientes que após serem submetidos à correção por

abordagem medial receberam outro método de tratamento, indivíduos que perderam o

seguimento estipulado no decorrer do tratamento e os que foram diagnosticados com

alguma patologia do colágeno.

As variáveis pesquisadas (Apêndice A) incluem aspectos clínicos e radiológicos, tais

como: a claudicação ao deambular, a presença de dor, a limitação do movimento articular,

e a medição do índice acetabular. As informações serão coletadas do próprio banco dados

do serviço de ortopedia pediátrica do HSVP, do exame clínico dos pacientes e das suas

radiografias padronizadas realizadas no momento da consulta. A logística do trabalho está

descrita a seguir.

Primeiramente, os pesquisadores acessarão o banco de dados do serviço de ortopedia

pediátrica do HSVP de modo a realizar um levantamento de todos os pacientes com luxação

congênita do quadril que foram tratados por abordagem medial no período mencionado.

Esses pacientes serão contatados via telefone e, mediante concordância em participar do

estudo, serão agendados, conforme sua disponibilidade no período estipulado para a coleta

de dados, para uma consulta clínica e para um exame radiológico que será realizado no

mesmo momento e local, ambos sem ônus ao participante.

Na consulta clínica, os pacientes serão atendidos sempre pelo mesmo grupo de

avaliadores, sendo que inicialmente será solicitado o consentimento dos pais ou responsáveis

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por meio do termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice B) e o assentimento

(Apêndice C) dos pacientes, buscando ilustrar os riscos, os benefícios, e a metodologia do

trabalho da maneira mais didática possível de acordo com sua faixa etária.

Durante o exame clínico, o paciente será avaliado segundo os critérios de Ponseti,

descritos na Tabela 2, e terá a mobilidade articular coxofemoral medida através de

goniômetro. Essa medição consiste na utilização da régua ortopédica para graduação da

amplitude do movimento articular das crianças ao exame físico em todos os planos descritos

na Tabela 1. Após essa etapa, ele será submetido ao exame radiológico simples na incidência

anteroposterior da pelve em posição de batráquio conforme o protocolo estabelecido e, então,

medido o índice acetabular na radiografia.

Todos os dados serão registrados em uma ficha codificada (Apêndice D), contendo

as informações da entrevista, do exame clínico e da radiografia, sendo estas compiladas no

valor da escala de Ponseti e no índice acetabuar. Os dados serão tabulados no software

LibreeOffice Calc 5.2 e analisados estatisticamente pelo programa PSPP versão 1.0.1, ambos

de distribuição livre. Será realizado o cálculo das médias, dos desvios-padrão e das

distribuições de frequência da escala de Ponseti e do índice-acetabular.

Os participantes poderão estar sujeitos ao risco de identificação pela eventual

exposição dos dados, o qual será minimizado pela substituição do seu nome por um código

no momento da digitação das informações. Em caso de divulgação de informações de

identificação, o estudo será cancelado. Outros riscos potenciais são: a exposição à radiação

do exame de imagem, atenuado pelo protocolo de segurança ao paciente, utilizado no

Ambulatório; o abalo emocional, visto que durante a entrevista o responsável ou a criança

podem ficar sensibilizados pela história pessoal com a patologia e caso isto ocorra, o

entrevistador adotará postura de escuta, a fim de amenizar a emoção gerada, sendo que, em

situações extremas, a entrevista será interrompida e a participante será encaminhada para

atendimento no Ambulatório de Psiquiatria da Universidade Federal da Fronteira Sul; o dano

físico durante o exame clínico do paciente para a medição da amplitude de movimento da

articulação, sendo que se houver intercorrências os pesquisadores realizarão o primeiro

atendimento e a criança será encaminhada ao serviço de emergência do Hospital São Vicente

de Paulo. Demais riscos não previstos também podem ocorrer e, caso eles aconteçam

acima do nível aceitável, a atividade geradora do risco será cancelada.

O benefício em participar consiste no aumento do conhecimento científico sobre sua

patologia e técnica de tratamento, bem como poderá servir para guiar condutas nos outros

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casos de DDQ beneficiando os portadores dessa patologia. Ademais, o paciente receberá uma

avaliação de sua condição clínica e radiológica com escalas consagradas na literatura para

sua patologia imediatamente após a entrevista e o exame de imagem. Com o fim da análise,

ocorrerá a divulgação dos resultados gerais para os participantes através do contato, por

telefone ou e-mail, para a devolutiva da pesquisa.

Este estudo está em conformidade com a resolução 466/2012 que dispõe sobre a ética

envolvendo pesquisa com seres humanos no Brasil. Assim, será submetido ao Centro de

Gerenciamento em Pesquisas (CGP-HSVP), Comissão de Pesquisas e Pós-Graduação

(CPPG) e, após ciência e concordância, por meio da, o protocolo de estudo será submetido

ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS.

2.1.9. Recursos

Todos os recursos necessários para o desenvolvimento do projeto ficarão sob

completa responsabilidade do autor sendo descritos a seguir na Tabela 3.

Tabela 3 – Materiais e seus custos

Item Unidade Quantidade Custo

Unitário

Custo Total

Canetas Caixa com 10 1 R$ 20,00 R$ 20,00

Impressões Impressões 50 R$ 0,10 R$ 5,00

Pranchetas Pranchetas 2 R$ 4,90 R$ 9,80

Pastas Pasta 5 R$ 2,00 R$ 10,00

Vale-transporte Vale-

transporte

20 R$ 3,00 R$ 60,00

Total R$ 104,80

Fonte: Os autores.

2.1.10. Cronograma

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O cronograma do projeto segue detalhado com as atividades propostas e seus

respectivos prazos na Tabela 4.

Tabela 4 – Cronograma do projeto

ETAPAS 11/17 12/17 07/18 08/18 09/18 10/18 11/18 12/18

Leitura da Bibliografia X X X X X X X X

Coleta dos dados

X X X X X X

Tabulação de Dados

X X

Análise e interpretação de

resultados

X X

Redação e divulgação de

resultados

X

Fonte: Os autores.

2.1.11. Referências

GUARNIERO, Roberto et al. Displasia do desenvolvimento do quadril: atualização. Revista

Brasileira de Ortopedia, v. 45, n. 2, p. 116-121, 2010.

LEITE, N. M.; FALOPPA, F. Propedêutica ortopédica e traumatológica. Porto Alegre:

Artmed, 2013. 598p.

MURPHY, Robert F.; KIM, Young-Jo. Surgical management of pediatric developmental

dysplasia of the hip. JAAOS-Journal of the American Academy of Orthopaedic

Surgeons, v. 24, n. 9, p. 615-624, 2016.

NELSON. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B. Jenson, Robert Kliegman.

20.ed.. Elsevier. 2017.

PONSETI, Ignacio. Causes of failure in the treatment of congenital dislocation of the hip.

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JBJS, v. 26, n. 4, p. 775-792, 1944.

SIZINIO, Hebert K. Ortopedia e traumatologia: princípios e práticas. 5. Ed – Porto Alegre.

Artmed, p. 614 – 619, 2017.

SKINNER, H. B.; MCMAHON, P. J. Current ortopedia: diagnóstico e tratamento. 5. ed.

Porto Alegre: AMGH, p. 672, 2015.

WILKINSON, John A. Congenital displacement of the hip joint. Springer Science &

Business Media, 2012.

WYNNE-DAVIES, Ruth. Acetabular dysplasia and familial joint laxity: two etiological

factors in congenital dislocation of the hip. Bone & Joint Journal, v. 52, n. 4, p. 704-716,

1970.

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2.1.12. Apêndices

APÊNDICE A – LISTA DE VARIÁVEIS

Seguem descritas abaixo as variáveis qualitativas (Tabela 4) e quantitativas (Tabela5)

que serão pesquisadas neste projeto bem como sua graduação e codificação para ficha de

tabulação dos dados.

Tabela 4 - Variáveis qualitativas

Variáveis Unidade de medida Codificação

Sexo Masculino ou

Feminino

1 (masculino) ou 2 (feminino)

Dor ao deambular Sim ou não 1 (sim) ou 2 (não)

Manca (claudicação) Sim ou não 1 (sim) ou 2 (não)

Fonte: Os autores.

Tabela 5 - Variáveis quantitativas

Variáveis Unidade de medida Codificação

Idade Anos 1 a 6

Limitação de

movimento

Graus 0 a 180º

Escala de Ponseti Graduada de 1 a 6 1 a 6

Índice Acetabular Graus 0 a 90º

Fonte: Os autores.

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APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado a autorizar seu filho (a)/dependente a participar da

pesquisa intitulada “Avaliação clínica e radiológica dos pacientes com luxação congênita

do quadril tratados por abordagem medial”, visto que seu dependente foi diagnosticado e

tratado para essa patologia no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2017.

Esse trabalho tem como finalidade avaliar, através de uma consulta clínica e também

de uma radiografia, os pacientes portadores dessa patologia tratados cirurgicamente no

serviço de Ortopedia e Traumatologia do HSVP por abordagem medial. O projeto de

pesquisa surgiu como necessidade de avaliar como se encontram os pacientes que

realizaram cirurgia no quadril devido a luxação congênita. O pesquisador responsável é o

Dr. Jung Ho Kim, ortopedista pediátrico e professor de medicina da Universidade Federal

da Fronteira Sul (UFFS), e também terá a participação de Geancarlos Grasselli, acadêmico

de medicina da mesma instituição.

Ao participar deste estudo, você permitirá que o pesquisador acesse o prontuário

eletrônico, realize um exame clínico e uma radiografia de pelve da criança. Durante a

consulta será questionado sobre alguns dados do paciente como: a idade, o sexo e a presença

de dor ao caminhar. No momento do exame físico, ocorrerá a observação da marcha e a

medição dos ângulos de movimento da articulação do quadril com régua ortopédica. A

realização da radiografia é o último passo e faz-se necessária para a avaliação da articulação

do osso da coxa com a bacia.

As crianças poderão estar sujeitas ao risco de identificação pela eventual exposição

dos dados, o qual será minimizado pela substituição do seu nome por um código no momento

da digitação das informações. Em caso de divulgação de informações de identificação, o

estudo será cancelado. Outros riscos potenciais são: a exposição à radiação do exame de

imagem, atenuado pelo protocolo de segurança ao paciente, utilizado no Ambulatório; o

abalo emocional, visto que durante a entrevista o responsável ou a criança podem ficar

sensibilizados pela história pessoal com a patologia e caso isto ocorra, o entrevistador adotará

postura de escuta, a fim de amenizar a emoção gerada, sendo que, em situações extremas, a

entrevista será interrompida e a participante será encaminhada para atendimento no

Ambulatório de Psiquiatria da Universidade Federal da Fronteira Sul; o dano físico durante

o exame clínico do paciente para a medição da amplitude de movimento da articulação, sendo

que se houver intercorrências os pesquisadores realizarão o primeiro atendimento e a criança

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26

será encaminhada ao serviço de emergência do Hospital São Vicente de Paulo. Demais riscos

não previstos também podem ocorrer e, caso eles aconteçam acima do nível aceitável, a

atividade geradora do risco será cancelada.

O benefício em participar consiste no aumento do conhecimento científico sobre sua

patologia e sua técnica de tratamento, bem como poderá servir para guiar condutas em outros

casos de luxação congênita do quadril beneficiando outras crianças com essa patologia.

Ademais, a criança receberá uma avaliação de sua condição clínica e radiológica com escalas

reconhecidas no meio médico para sua doença imediatamente após a entrevista e o exame

de imagem. Após o término da pesquisa, você receberá os resultados através de e-mail ou

telefone, conforme sua preferência.

Na publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais

rigoroso sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-lo(a).

Você tem liberdade de se recusar a participar ou se recusar a continuar participando

em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para o seu dependente. A sua

participação não envolve gastos, bem como não haverá nenhum tipo de pagamento.

Sempre que quiser poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do

telefone do pesquisador do projeto: (54)996057513. Se necessário através do telefone da

Comitê de Ética em Pesquisa da UFFS através do contato (49)2049-3745 ou pelo endereço

Av. General Osório, 413-D, Edifício Mantelli, 3º andar, sala 3-1-B, Bairro Jardim Itália,

Chapecó-SC, CEP 89802-265.

Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para

participar desta pesquisa.

Assinatura do Responsável

Assinatura do Pesquisador

, de de 2018

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APÊNDICE C – TERMO DE ASSENTIMENTO

Você está sendo convidado (a) para participar do trabalho criado pelo professor Dr.

Msc Jung Ho Kim chamado de “Avaliação clínica e radiológica dos pacientes com luxação

congênita do quadril tratados por abordagem medial” com a ajuda do aluno Geancarlos

Grasselli.

Nesta pesquisa nós estamos tentando descobrir como tratar a sua doença no quadril

da melhor forma possível pois ele nasceu um pouco fora do lugar. Você apenas precisará

fazer uma consulta e tirar uma “foto do quadril doente” para que possamos saber como você

está. Não passará por nenhum tipo de “vergonha” ou dor. Quando terminarmos o trabalho e

contarmos para todos o resultado, ninguém saberá que você participou. Além disso, vamos

conversar com você para contar o que encontramos. Esse trabalho não vai custar dinheiro

para seus pais e também você não ganhará nada por isso.

O legal de participar é que vamos aprender como ajudar outras crianças que tem a

mesma doença no quadril que você e também saberemos como você está se sentindo depois

da cirurgia no quadril. Mesmo sua família deixando participar, você não é obrigado e pode

parar quando quiser. Os perigos que você poderá correr: saberem que você participou, um

pequeno risco ao fazer o raio-x, cair durante a consulta ou ficar triste por lembrar da sua

doença. Mas não se preocupe, caso qualquer coisa aconteça vamos parar o trabalho e te ajudar

no que precisar

Qualquer pergunta que você tiver poderá fazer qualquer hora ou pedir para que seu

responsável fale com Jung Ho Kim pelo telefone (54) 996057513. Poderá também entrar em

contato com o Comitê de Ética na Pesquisa com Seres-Humanos da UFFS pelo telefone (49)

2049-3745 ou pelo endereço Av. General Osório, 413-D, Edifício Mantelli, 3º andar, sala

3-1-B, Bairro Jardim Itália, Chapecó-SC, CEP 89802-265.

Eu aceito participar do projeto citado acima, voluntariamente, após ter sido

devidamente esclarecido.

Assinatura do(a)

participante

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Assinatura do(a) pesquisador(a)

, de de 2018

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APÊNDICE D – FICHA DE COLETA DE DADOS

Avaliação clínica e radiológica dos pacientes com luxação congênita do quadril tratados

por abordagem medial

Pesquisador responsável: Jung Ho Kim

Contatos: 54 996057513 / [email protected]

CAMPO DO ENTREVISTADOR

1. Nº do questionário: nques: _ _ _

2. Data da entrevista: data: _ _/_ _/_ _ _ _

3. Data da cirurgia: datacir: _ _/_ _/ _ _ _ _

IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE

4. Qual seu nome completo?

5. Qual o nome do seu responsável?

____________________________________________________

QUESTIONÁRIO DIRIGIDO

6. Qual a sua idade? idade: _ _

7. Qual seu sexo? sex: _ _

8. O paciente apresenta dor ao caminhar? dor:_ _

9. O paciente manca? manca: _

10. Se sim na pergunta anterior, quantos metros? mancamet: _ _ _

11.Quantos graus de movimento em flexão do quadril? flex: _ _ _

12. Quantos graus de movimento em extensão do quadril? exten: _ _ _

13. Quantos graus de movimento em adução do quadril? adução: _ _ _

14. Quantos graus de movimento em abdução do quadril? abdução: _ _ _

15. Quantos graus de movimento em rotação interna do quadril? rotint: _ _ _

16. Quantos graus de movimento em rotação externa do quadril? rotext: _ _ _

17. Qual a sua graduação na escala de Ponseti? ponseti: _

18. Qual o valor do índice acetabular na sua radiografia? iacet: _ _ _

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2.2 RELATÓRIO DE PESQUISA

2.2.1 - Apresentação

Após a elaboração do projeto de pesquisa no segundo semestre de 2017, ocorreu a

submissão do trabalho ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Fronteira

Sul (CEP-UFFS). A devolutiva do CEP-UFFS ocorreu no primeiro semestre de 2018

solicitando algumas modificações no projeto. Após a regularização mediante ao comitê com

sua consequente aprovação no mesmo período (Anexo 1), iniciou-se a coleta de dados entre os

meses de junho a novembro de 2018 no Ambulatório de ortopedia do HSVP-IOT e através das

pesquisas de prontuário conforme explicado abaixo.

2.2.2 – Desenvolvimento

Durante o aguardo a resposta do comitê de ética, foi percebida a necessidade de alterar

a metodologia de participação da pesquisa com a finalidade de não perdermos amostra devido

a logística do deslocamento. Essas alterações foram enviadas ao CEP-UFFS como emenda do

projeto original.

Assim, foi proposto para os pacientes que haviam realizado uma consulta nos últimos

três meses no serviço, com o prontuário adequadamente preenchido e com um exame

radiológico atualizado que não seria necessário seu deslocamento até o Ambulatório de

Ortopedia para realizar suas avaliações. Esses pacientes foram contatados por telefone,

recebendo orientações sobre o propósito da pesquisa, sua justificativa, forma de participação, o

sigilo dos dados, bem como poderiam optar pela maneira mais adequada para receberem os

resultados encontrados ao término do trabalho. O telefonema que apresentava a concordância

em participar do projeto foi gravado pelo aplicativo móvel gratuito “Call Recorder” e ficou

arquivado com os responsáveis pelo projeto. Ademais, os cinco pacientes (38,5%) que

utilizaram essa logística de participação escolheram receber o termo de assentimento e o termo

de concordância da pesquisa via mensageiro eletrônico (“WhatsApp”).

Durante a execução do projeto, sem dúvida a maior dificuldade encontrada foi o

recrutamento dos participantes. A amostra inicial foi calculada em 25 pacientes, houve a

participação de apenas treze crianças (52%), sendo que cinco (38,5%) foram incluídas através

da análise do prontuário e as oito (61,5%) vieram até o ambulatório de ortopedia. Sendo assim,

houve uma perda de doze indivíduos (48%) da pesquisa devido à dificuldade de comunicação

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ou deslocamento.

Após a conclusão da coleta de dados e o preenchimento das fichas de dados pelo próprio

pesquisador acompanhado do orientador a fim de diminuir os erros de digitação, iniciou-se o

cálculo das médias e seus respectivos desvios-padrão para a discussão dos resultados e,

posteriormente, confecção do artigo.

2.2.3. Considerações finais

Esse estudo não conseguiu atingir a meta estipulada de amostra devido à dificuldade

logística e de contato com os pacientes. Fez-se necessário alterar a metodologia inicial proposta

a fim de conseguir mais dados para produzir um trabalho significativo. Dessa maneira, é

fundamental a manutenção do vínculo com os pacientes para avaliar sua evolução, visto que a

própria literatura médica é escassa sobre esse tema.

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1- Acadêmico de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Passo Fundo – RS.

2- Mestre em ortopedia, chefe do serviço de ortopedia pediátrica do IOT/HSVP de Passo Fundo – RS, docente da

faculdade de medicina da UFFS Campus Passo Fundo – RS.

Endereço para contato: [email protected]

3 ARTIGO CIENTÍFICO

AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DOS PACIENTES COM LUXAÇÃO

CONGÊNITA DO QUADRIL TRATADOS POR ABORDAGEM MEDIAL

Geancarlos Grasselli¹, Msc. Jung Ho Kim²

RESUMO

Objetivo: avaliar clínica e radiologicamente os pacientes com luxação congênita do quadril

(LQC) tratados por abordagem medial com idade entre 06 e 18 meses, realizando uma

correlação clínico- funcional-radiológica entre a escala de Ponseti e o índice acetabular.

Métodos: trata-se de uma coorte histórica que avaliou 13 crianças portadoras de LQC tratadas

cirurgicamente por abordagem medial no serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital São

Vicente de Paulo e do Instituto de Ortopedia e Traumatologia de Passo Fundo – RS com idades

entre 6 e 18 meses no momento da cirurgia. Os parâmetros clínicos e funcionais foram

graduados através da escala de Ponseti. Já a análise radiológica baseou-se nos valores do índice

acetabular.

Resultados: aplicando a escala de Ponseti, dez pacientes (76,9%) obtiveram um bom resultado

clínico, três um nível regular (23,1%) e nenhum foi avaliado como insatisfatório (0%). Em

relação a quantificação do índice acetabular, um criança (7,8%) obteve o resultado dentro da

normalidade para sua idade, seis (46,1%) apresentaram um nível médio de displasia e os outros

seis restantes (46,1%) apresentaram uma alteração severa da articulação.

Conclusão: o tratamento da luxação congênita do quadril por abordagem medial em pacientes

com idade entre 6 e 18 meses pode apresentar bons resultados clínicos e radiológicos com um

tempo de seguimento adequado dos casos.

Palavras chave: Luxação congênita do quadril. Abordagem medial. Cirurgia.

ABSTRACT

Objective: to evaluate clinically and radiologically the patients with congenital hip dislocation

(CHD) treated by a medial approach in patients aged between 06 and 18 months, performing a

clinical-functional-radiological correlation between the Ponseti scale and the acetabular index.

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Methods: this was a historical cohort that evaluated 13 children aged between 6 and 18 months

with CHD surgically treated by a medial approach at the Pediatric Orthopedics Service of the

Hospital São Vicente de Paulo and the Instituto de Ortopedia e Traumatologia of Passo Fundo

- RS. Clinical and functional parameters were graded through the Ponseti scale. The radiological

analysis was based on the acetabular index values.

Results: twenty patients (76.9%) had a good clinical outcome, three were on a regular level

(23.1%) and none were evaluated as unsatisfactory (0%). Regarding the quantification of the

acetabular index, one child (7.8%) obtained the result within the normal range for her age, six

(46.1%) had an average level of dysplasia and the remaining six (46.1%) had a mean level of

dysplasia presented a severe alteration of the joint.

Conclusion: the treatment of congenital dislocation of the hip by medial approach in patients

aged between 6 and 18 months can present good clinical and radiological results with an

adequate follow-up of the cases.

Keywords: Congenital hip dislocation. Medial approach. Surgery.

INTRODUÇÃO

A displasia de desenvolvimento do quadril é um termo utilizado que engloba um

espectro de anormalidades anatômicas do quadril em crianças. Na luxação, há perda total do

contato articular entre a cabeça femoral e o acetábulo. A patologia apresenta uma incidência de

1 para cada 1.000 recém- nascidos¹, tendo como fatores de risco o sexo feminino, a posição

pélvica no terceiro trimestre, história familiar positiva e utilização de faixas apertadas que

envolvem o quadril da criança.²

Sua causa é multifatorial, destacando-se a hiperlassidão ligamentar3, a excessiva

anteversão femoral com a presença ou não de deficiência acetabular e a má posição

intrauterina4.

O diagnóstico clínico de luxação congênita do quadril apresenta diversos sinais e

sintomas, dependendo da faixa etária de suspeição diagnóstica, do grau de deslocamento da

cabeça femoral além da condição do deslocamento, se pré-natal, perinatal ou pós-natal5.

A ultrassonografia do quadril é o método de imagem padrão-ouro para o diagnóstico de

luxação congênita desde o nascimento até os 4 a 6 meses de idade6, cujos resultados são

graduados através da escala de Graf7. Após os 6 meses, a radiografia de pelve torna-se o exame

de escolha8, apresetando o índice acetabular (IA) como uma das ferramentas para avaliar a

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displasia da articulação.

O tratamento objetiva restaurar a anatomia articular, bem como, promover uma função

adequada. Conforme a faixa etária do paciente escolhe-se a abordagem terapêutica, sendo que

até os 6 meses de idade é optado pelo uso do suspensório de Pavlik.5

Na faixa etária de 6 a 18 meses, a redução incruenta com imobilização gessada ou a

cirurgia são as opções de tratamento, não existindo consenso na literatura sobre a melhor opção

a ser seguida. Para auxiliar na decisão de tratamento nesse contexto, pode ser aplicado o

conceito de safe zone9, no qual o quadril reduzido de forma incrueta é submetido a uma flexão

de 90 a 110 graus e abduzido progressivamente até sua luxação durante a artrografia. Caso isso

ocorra com um âgulo menor de 40 graus, considera-se com alto risco de luxação e a terapêutica

cirurgica é indicada, podendo ser realizada por abordagem medial ou anterior, ambas com boa

segurança.10

O objetivo deste estudo foi avaliar clínica e radiologicamente os pacientes com luxação

congênita do quadril, tratados por abordagem medial, com idade entre 06 e 18 meses, realizando

uma correlação clínico-funcional-radiológica entre a escala de Ponseti e o índice acetabular.

MATERIAS E MÉTODOS:

Este estudo foi submetido à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal da Fronteira Sul. Caracterizado como coorte histórica, avaliou 13 crianças portadoras

de LQC tratadas cirurgicamente, por abordagem medial, apresentando uma safe zone menor de

40 graus, no serviço de Ortopedia Pediátrica do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e do

Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) de Passo Fundo – RS, no periodo de 2011 a 2017,

com idades entre 6 e 18 meses no momento da cirurgia.

Em relação ao sexo, dois pacientes eram masculinos (15,4%) e onze femininos (84,6%).

A média de idade, no momento da cirurgia, foi de 11,5 meses, com desvio padrão (DP) de 4,6

meses. Já o tempo médio de avaliação pós-operatória foi de 39,6 meses (DP= 20). Observou-

se que cinco (38,5%) crianças eram acometidas no lado direito e oito (61,5%) no esquerdo

(tabela 1).

Tabela 1 – Dados referentes aos pacientes segundo sua identificação, sexo, lado do

quadril acometido, idade no momento da cirurgia e idade na reavaliação.

Identificação Sexo Lado Idade na cirurgia Idade na reavaliação

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acometido (meses) (meses)

SWD Fem. Esq. 8 84

VV Masc. Dir. 11 48

BVS Fem. Esq. 7 36

BRA Fem. Esq. 9 36

HSB Fem. Dir. 6 36

NHT Masc. Esq. 15 60

GLH Fem. Dir. 15 48

HAA Fem. Esq. 6 24

MAL Fem. Esq. 18 60

LGV Fem. Esq. 7 14

AGO Fem. Dir. 18 30

GGT Fem. Dir. 12 15

LSS Fem. Esq. 17 24

Masc: masculino; Fem: feminino; Dir: direito; Esq: esquerdo.

A avaliação foi iniciada com a realização de uma radiografia de bacia, nas incidências

antero-posterior e batráquio, com a finalidade de quantificar o IA conforme descrito por

Kleinberg. A medida é formada através da intersecção das linhas de Hilgenreiner, formada por

uma linha horizontal que passa pelo topo das áreas claras da cartilagem trirradiada, e de outra

linha que passa pela borda superior do acetábulo11. A partir do valor encontrado, classificaram-

se os ângulos em normais, com displasia leve e com displasia grave, seguindo os padrões

propostos por AKEL12 (tabela 2).

Após realizou-se uma consulta clínica, quando questionou-se o responsável sobre a

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presença de dor e de claudicação durante a marcha da criança. Além disso, realizou-se a medida,

em graus, do arco de movimento do quadril, nos planos de extensão, flexão, abdução, adução,

rotação externa e interna, seguindo os parâmentros de LEITE13. Com o subsídio destes dados,

os pacientes foram graduados seguindo a escala clínico-funcional de Ponseti14 (tabela 3).

Considerou-se bom resultado quando classifcados em 1 ou 2, regular em 3 ou 4 e insatisfatório

nos níveis 5 ou 6 da escala mencionada.

Tabela 3 – Escala de Ponseti

Classificação de Ponseti Descrição

1 Assintomático

2 Dor leve no quadril após longas caminhadas

3 Manca, movimento livre e sem dor

4 Manca, com limitação de movimento e sem dor

5 Manca com dor

6 Manca, com limitação de movimento e dor

Fonte: PONSETI14

RESULTADOS

A tabela 4 descreve os dados obtidos em relação ao arco de movimento da articulação,

o valor do índice acetabular encontrado na radiografia além do grau de displasia do quadril.5

Tabela 4 – Dados referentes a identificação do paciente, seu sexo, o lado acometido na patologia,

os ângulos de movimento nos planos de flexão, extensão, adução, abdução, rotação interna,

rotação externa, o ìndice acetabular e o grau de displasia apresentado.

Identificação Sexo Lado FLE EXT ADU ABD ROI ROE IA Displasia

SWD Fem. Esq. 130 30 35 50 60 40 17 Normal

VV Masc. Dir. 130 30 35 60 50 40 24,8 Severo

BVS Fem. Esq. 130 30 30 50 60 40 23,5 Médio

BRA Fem. Esq. 130 30 40 50 50 40 27,5 Severo

HSB Fem. Dir. 130 20 40 50 45 40 25,6 Médio

NHT Masc. Esq. 140 30 40 50 50 45 32 Severo

GLH Fem. Dir. 130 20 30 60 40 40 36 Severo

HAA Fem. Esq. 140 20 30 65 45 40 30 Médio

MAL Fem. Esq. 130 30 30 60 50 40 20 Médio

LGV Fem. Esq. 140 20 30 60 50 50 33 Médio

AGO Fem. Dir. 130 30 40 60 45 45 34 Severo

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37

GGT Fem. Dir. 130 20 20 50 40 20 34 Severo

LSS Fem. Esq. 140 30 20 50 30 20 30 Médio

Masc: masculino; Fem: feminino; Dir: direito; Esq: esquerdo.

Analisando os dados obtidos em relação ao arco de movimento dos pacientes, apenas

dois (15,4%) apresentaram redução importante da amplitude nos planos de adução e rotação

externa do membro. Nos demais casos (84,6%) não foram encontrados alterações significativas

nos parâmetros testados.

Em relação a quantificação do índice acetabular, um criança (7,8%) obteve o resultado

dentro da normalidade para sua idade, seis (46,1%) apresentaram um nível médio de displasia,

já os seis (46,1%) restantes apresentaram uma alteração severa da articulação.

A tabela 5 apresenta os resultados encontrados no questionário dirigido para os

elementos da escala de Ponseti.

Tabela 5 – Dados referentes a identificação, a queixa de dor durante a marcha, a

amplitude do arco de movimento, a presença de claudicação e sua respectiva distância

para aparecimento além da graduação na escala de Ponseti. (n=13)

Identificação Dor Arco de

movimento

Claudicação Distância para

claudicar (metros)

Ponseti

SWD Nega Normal Nega Nega 1

VV Sim Normal Sim 200 3

BVS Nega Normal Nega Nega 1

BRA Nega Normal Nega Nega 1

HSB Nega Normal Nega Nega 1

NHT Nega Normal Nega Nega 1

GLH Nega Normal Nega Nega 1

HAA Nega Normal Nega Nega 1

MAL Nega Normal Nega Nega 1

LGV Nega Normal Nega Nega 1

AGO Nega Normal Nega Nega 1

GGT* Nega Diminuído Sim Mínima* 4

LSS Nega Diminuído Nega Nega 4

Mínima*: paciente já inicia a marcha apresentando claudicação.

No quesito dor, apenas um paciente (7,8%) apresentou a queixa durante a entrevista. A

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diminuição do arco de movimento foi notado em duas crianças (15,4%). A presença de

claudicação também foi vista em apenas dois pacientes (15,4%), sendo que em um dos casos

(50%) já apresentava-a no início da marcha e o outro (50%) após duzentos metros de

caminhada.

Por fim, aplicando a escala de Ponseti para a classificação proposta pelo presente estudo,

pode-se perceber que dez pacientes obtiveram um bom resultado clínico (76,9%), três um nível

regular (23,1%) e nenhum foi avaliado como insatisfatório (0%).

DISCUSSÃO

Quando indicada, a abordagem cirúrgica tem finalidade de corrigir detalhes anatômicos

que impeçam a correta congruência articular, como a interposição de partes moles, a contratura

da musculatura, a hiperlassidão ligamentar, dentre outras alterações.10

Existem duas abordagens possíveis para a redução cruenta da articulação. A abordagem

anterior com incisão do tipo biquini é a mais utilizada, pois possibilita a liberação das partes

moles envolvidas, a capsulotomia, os procedimentos ósseos acetabulares, além da

capsuloplastia de contenção e manutenção da redução5. A outra técnica é a abordagem por via

medial ou de Ludloff que dá acesso adequado às estruturas que impedem a redução, com

exceção da cápsula articular, não permitindo uma capsulorrafia adequada e trazendo grande

risco de lesão da artéria femoral circunflexa medial com consequente necrose avascular da

cabeça femoral.5

Advogados da abordagem medial argumentam que ela proporciona uma incisão estética,

com fácil acesso cirúrgico dos possíveis obstáculos. Ademais, nos casos de acometimento

bilateral ambos podem ser operados num mesmo tempo cirúrgico10. Além disso, em pacientes

mais velhos ou em casos que os resultados cirúrgicos da primeira abordagem não foram

satisfatórios, a redução com osteotomia do fêmur pode ser necessária e essa utiliza-se de uma

abordagem antero-lateral obrigatória10. Dessa maneira, caso a abordagem medial ofereça bons

resultados de imediato, ainda poderia fornecer um bom sítio cirúrgico para uma segunda

abordagem cruenta, diferentemente da técnica lateral.

Baseado nos dados encontrados, apenas dois pacientes (15,8%) evoluíram com

limitação da adução e rotação externa. Ambos apresentaram uma inferiorização da cabeça

femoral na radiografia após a retirada do aparelho gessado, o qual é indicado no pós operatório

para evitar contraturas do aparelho flexor15, resultando em perda parcial da congruência

articular. Além disso, nesses mesmos dois casos (15,8%) notou-se a presença de claudicação,

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complicação também explicada pelo mecanismo acima. Os autores acreditam que a mobilidade

será recuperada e a claudicação diminuirá com a evolução da marcha do paciente.

O índice acetabular dentro do valor de normalidade para idade foi encontrado em apenas

um caso (7,8%). Deve-se ressaltar que esse desfecho favorável pode ser atribuído pelo longo

tempo de seguimento do paciente (76 meses), visto que após o restabelecimento da anatomia

do quadril ativam-se os centros de ossificação secundários do acetábulo16 com consequente

melhora do parâmetro durante o crescimento da criança. Além disso, sabe-se que o diagnóstico

e o tratamento precoce da luxação congênita do quadril favorece o bom prognóstico da

patologia17, fato que pode ser inferido observando os dois grupos de pacientes com displasia

moderada e severa, cuja idade média no momento da cirurgia foi de 10,2 (DP= 5,7) e 13,3

meses (DP= 3,3), respectivamente.

A presença de dor durante a marcha ocorreu em um caso (7,8%). Esse paciente evoluiu

com com necrose da cabeça femoral, uma complicação descrita da cirurgia por abordagem

medial5, justificando sua sintomatologia.

Ao relacionar a classificação clínica dos pacientes com os valores do índice acetabular,

percebeu-se que entre as crianças classificadas como bom resultado, uma apresentou ângulo

normal (10%), cinco displasia média (50%) e quatro displasia severa (40%). Dos casos

graduados como regulares clinicamente, um paciente tinha displasia média (33,3%) e os outros

dois displasia severa (66,7%). Assim, a resposta clínica dos pacientes após restabelecimento da

congruência articular parece ser mais imediata que a normalização do ângulo radiológico

através da reossificação acetabular conforme já mecionado, necessitando estudos com um

maior tempo de acompanhamento desses casos18. Já os cenários de desfechos menos favoráveis

do estudo estão associados as complicações do procedimento terapêutico proposto (necrose da

cabeça femoral e a inferiorização do fêmur), sugerindo que esses fatos possam ser mais

relevantes que a prórpia displasia residual.

A literatura médica é pobre em trabalhos que avaliem os resultados em pacientes

portadores de luxação congênita do quadril submetidos a abordagem medial com idade entre 6

e 18 meses, impedindo a comparação de dados com este estudo para obter-se repostas mais

contundentes. Nesse contexto, faz-se fundamental o acompanhamento desses casos para a

realização de novos avaliações buscandos descrever a eficácia dessa modalidade terapêutica.

CONCLUSÃO

De acordo com esse estudo, o tratamento da luxação congênita do quadril por

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abordagem medial em pacientes com idade entre 6 e 18 meses pode apresentar bons resultados

clínicos e radiológicos com um tempo de seguimento adequado dos casos.

REFERÊNCIAS

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Brasileira de Ortopedia, 45(2), 116-121.

2. Shipman SA, Helfand M, Moyer VA, Yawn BP. Screening for developmental dysplasia

of the hip: a systematic literature review for the US Preventive Services Task Force.

Pediatrics 2006; 117:e557

3. Davies, R. W. (1970). Acetabular dysplasia and familial joint laxity: two etiological

factors in congenital dislocation of the hip. J Bone Joint Surg, 52, 704-716.

4. Wilkinson, J. A. (2012). Congenital displacement of the hip joint. Springer Science &

Business Media.

5. Hebert, S. K., de Barros Filho, T. E., Xavier, R., & Pardini Jr, A. G. (2016). Ortopedia

e Traumatologia-: Principios e Prática. Artmed Editora.

6. Elbourne, D., Dezateux, C., Arthur, R., Clarke, N. M. P., Gray, A., King, A., ... & UK

Collaborative Hip Trial Group. (2002). Ultrasonography in the diagnosis and

management of developmental hip dysplasia (UK Hip Trial): clinical and economic

results of a multicentre randomised controlled trial. The Lancet, 360(9350), 2009-2017.

7. Graf, R. (1983). New possibilities for the diagnosis of congenital hip joint dislocation

by ultrasonography. Journal of pediatric orthopedics, 3(3), 354-359.

8. Skinner, H. B., Macmahon, P. J. Current ortopedia: diagnóstico e tratamento. 5. ed.

Porto Alegre: AMGH; 2015.

9. Ramsey, P. L., Lasser, S., & MacEwen, G. D. (1976). Congenital dislocation of the hip.

Use of the Pavlik harness in the child during the first six months of life. The Journal of

bone and joint surgery. American volume, 58(7), 1000-1004.

10. Murphy, R. F., & Kim, Y. J. (2016). Surgical management of pediatric developmental

dysplasia of the hip. Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons, 24(9),

615-624.

11. Kleinberg, S., & LIEBERMAN, H. S. (1936). The acetabular index in infants in relation

to congenital dislocation of the hip. Archives of Surgery, 32(6), 1049-1054.

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41

12. Akel, I., Songur, M., Karahan, S., Yilmaz, G., Demirkiran, H. G., & Tumer, Y. (2013.

Acetabular index values in healthy Turkish children between 6 months and 8 years of

age: a cross-sectional radiological study. Acta Orthop Traumatol Turc, 47(1), 38-42.

13. Leite, N. M., Faloppa, F. Propedêutica ortopédica e traumatológica. 1. Ed. Porto Alegre:

Artmed; 2013.

14. Ponseti, I. (1944). Causes of failure in the treatment of congenital dislocation of the

hip. JBJS, 26(4), 775-792.

15. Moseley, C. F. (2001). Developmental hip dysplasia and dislocation: management of

the older child. Instructional course lectures, 50, 547-553.

16. Dunn PM. The anatomy and pathology of congenital dislocation of the hip. Clin Orthop

Relat Res 1976; :23.

17. Holman J, Carroll KL, Murray KA, et al. Long-term follow-up of open reduction

surgery for developmental dislocation of the hip. J Pediatr Orthop 2012; 32:121.

18. Lindstrom JR, Ponseti IV, Wenger DR: Acetabular development after reduction in

congenital dislocation of the hip. J Bone Joint Surg Am 1979;61:112.

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42

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A luxação congênita do quadril é uma importante patologia da ortopedia pediátrica,

apresentando divergência na literatura médica em relação ao melhor tratamento cirúrgico para

os pacientes entre os 6 e 18 meses de idade.

Conforme os achados do artigo aqui apresentado, a abordagem medial pode oferecer

bons resultados clínicos e radiológicos para esses pacientes, contudo faz-se necessária uma

maior amostragem de pacientes bem como um maior tempo de seguimento desses casos para a

confecção de trabalhos científicos de maior valor.

Apesar das dificuldades encontradas na obtenção dos dados para a realização da

pesquisa, esse estudo foi de grande valia para o início do debate acerca do assunto, visto que

não foram encontrados estudos na área avaliando essa técnica cirúrgica na faixa etária

especificada.

Espera-se que com esse trabalho seja percebida a relevância do tema e a lacuna do saber

médico que necessita ser preenchida, estimulando a curiosidade dos próprios pesquisadores

para darem continuidade ao projeto e, também, encontrarem aliados para a construção do

conhecimento sobre o tema.

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43

5. ANEXOS

ANEXO 1 – Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: AVALIAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DOS PACIENTES COM

LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL TRATADOS POR ABORDAGEM MEDIAL

Pesquisador: Jung Ho Kim

Área Temática:

Versão: 2

CAAE: 88524318.9.0000.5564

Instituição Proponente: UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS

Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER

Número do Parecer: 2.769.302

Apresentação do Projeto:

A pesquisador atendeu as pendências indicadas pelo CEP.

Objetivo da Pesquisa:

Já apresentado em parecer anterior.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Já apresentado em parecer anterior.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

A pesquisador atendeu as pendências indicadas pelo CEP.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

A pesquisador atendeu as pendências indicadas pelo CEP.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Não há impedimentos éticos ao desenvolvimento do estudo.

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44

Considerações Finais a critério do CEP:

Prezado (a) Pesquisador(a)

A partir desse momento o CEP passa a ser corresponsável, em termos éticos, do seu projeto de

pesquisa – vide artigo X.3.9. da Resolução 466 de 12/12/2012.

Fique atento(a) para as suas obrigações junto a este CEP ao longo da realização da sua

pesquisa. Tenha em mente a Resolução CNS 466 de 12/12/2012, a Norma Operacional

CNS 001/2013 e o Capítulo III da Resolução CNS 251/1997. A página do CEP/UFFS

apresenta alguns pontos no documento “Deveres do Pesquisador”.

Lembre-se que:

1. No prazo máximo de 6 meses, a contar da emissão deste parecer consubstanciado,

deverá ser enviado um relatório parcial a este CEP (via NOTIFICAÇÃO, na Plataforma

Brasil) referindo em que fase do projeto a pesquisa se encontra. Veja modelo na página do

CEP/UFFS. Um novo relatório parcial deverá ser enviado a cada 6 meses, até que seja

enviado o relatório final.

2. Qualquer alteração que ocorra no decorrer da execução do seu projeto e que não tenha

sido prevista deve ser imediatamente comunicada ao CEP por meio de EMENDA, na

Plataforma Brasil. O não cumprimento desta determinação acarretará na suspensão

ética do seu projeto.

3. Ao final da pesquisa deverá ser encaminhado o relatório final por meio de

NOTIFICAÇÃO, na Plataforma Brasil. Deverá ser anexado comprovação de

publicização dos resultados. Veja modelo na página do CEP/UFFS.

Em caso de dúvida:

Contate o CEP/UFFS: (49) 2049-3745 (8:00 às 12:00 e 14:00 às 17:00) ou

[email protected];

Contate a Plataforma Brasil pelo telefone 136, opção 8 e opção 9, solicitando ao atendente

suporte Plataforma Brasil das 08h às 20h, de segunda a sexta;

Contate a “central de suporte” da Plataforma Brasil, clicando no ícone no canto superior

direito da página eletrônica da Plataforma Brasil. O atendimento é online.

Boa pesquisa!

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45

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

Tipo Documento Arquiv

o

Postagem Autor Situaçã

o

Informações

Básicas do Projeto

PB_INFORMAÇÕES_BÁSICAS_D

O_P ROJETO_1106247.pdf

20/06/201

8 01:26:16

Aceito

Outros cartapendencias.pdf 20/06/201

8 01:25:25

Jung Ho

Kim

Aceito

Projeto Detalhado /

Brochura

Investigado

r

projetodetalhadomodificado.pdf 20/06/201

8

01:10:48

Jung Ho Kim Aceito

Cronograma cronogramamodificado.pdf 20/06/2018

01:10:09

Jung Ho Kim Aceito

TCLE / Termos

de Assentimento

/ Justificativa de Ausência

tclemodificado.pdf 20/06/201

8

01:08:47

Jung Ho Kim Aceito

TCLE / Termos de Assentimento

/ Justificativa

de Ausência

assentimentomodificado.pdf 20/06/2018

01:08:11

Jung Ho Kim Aceito

Orçamento orcamento.pdf 13/04/2018

15:37:13

Jung Ho Kim Aceito

Declaração de

Instituição e

Infraestrutur

a

parecerhsvp.pdf 13/04/201

8

15:35:15

Jung Ho Kim Aceito

Folha de Rosto folhaderosto.pdf 13/04/2018

15:14:40

Jung Ho Kim Aceito

Situação do Parecer:

Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

CHAPECO, 12 de Julho de 2018

Assinado por:

Valéria Silvana Faganello Madureira (Coordenador)

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ANEXO 2 – Instruções para Publicação na Revista Brasileira de Ortopedia

INTRODUÇÃO

A Revista Brasileira de Ortopedia (RBO) é o órgão de publicação científica da Sociedade

Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e se propõe a divulgar artigos que contribuam

para o aperfeiçoamento e o desenvolvimento da prática, da pesquisa e do ensino da Ortopedia

e de especialidades afins. Publicada bimestralmente nos meses de fevereiro, abril, junho,

agosto, outubro e dezembro com absoluta regularidade desde sua primeira edição, em 1965.

Tipos de artigo

A revista recebe para publicação artigos para as seguintes seções: Artigos Originais, Artigos de

Atualização, Artigos de Revisão Sistemática e Meta-Análise e Cartas ao Editor. Os artigos

poderão ser escritos em Português e Inglês.

Artigo original

Descreve pesquisa experimental ou investigação clínica - prospectiva ou retrospectiva,

randomizada ou duplo cego. Deve ter: Título em português e inglês, Resumo em português e

inglês estruturado em (Objetivo, Métodos, Resultados e Conclusão), Palavras-chave,

Introdução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões e Referências.

Máximo de 2.500 palavras, 30 referências, 10 figuras e 6 tabelas.

Artigo de atualização

Revisões do estado da arte sobre determinado tema, escrito por especialista a convite do

editor-chefe. Deve ter Resumo em português e inglês com Palavras-chave, Título e

Referências.

Máximo de 4.000 palavras, 60 referências, 3 figuras e 2 tabelas.

Artigo de revisão sistemática e meta-análise

Tem como finalidade examinar a bibliografia publicada sobre determinado assunto fazendo

avaliação crítica e sistematizada da literatura sobre certo tema específico, além de apresentar

conclusões importantes baseadas nessa literatura. Deve ter Resumo em português e inglês com

Palavras- chave, Título e Referências.

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47

Máximo de 4.000 palavras, 60 referências, 3 figuras e 2 tabelas.

Carta ao editor

Tem por objetivo comentar ou discutir trabalhos publicados na revista ou relatar pesquisas

originais em andamento.

É publicada a critério dos Editores, com a respectiva réplica quando pertinente. Máximo

de 500 palavras, 4 referências e 2 figuras.

Editorial

Escritos a convite do editor-chefe, apresentando comentários de trabalhos relevantes da própria

revista, pesquisas importantes publicadas ou comunicações dos editores de interesse para a

especialidade.

Máximo de 500 palavras.

Check-list para submissão

Você pode usar esta lista para fazer um check-list final do seu artigo antes de enviá-lo para

avaliação pela revista.

Certifique-se de que os seguintes itens estão presentes:

Author Agreement (Carta de Autorização para Publicação);

Carta assinada por todos os autores (máximo seis), autorizando sua publicação, declarando que

o mesmo é inédito e que não foi ou está submetido para publicação em outro periódico;

Cover Letter (Carta de Apresentação);

Parecer consubstanciado do CEP – Plataforma Brasil (item imprescindível no processo da

submissão do artigo);

Manuscript (Manuscrito)

Arquivo completo do artigo com referências, preferencialmente com resumo e palavras-chave.

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Figuras, Tabelas, Gráficos (Arquivos individuais enviados à parte). Certifique-se de que todas

citações de figuras e tabelas no texto correspondem aos arquivos enviados; arquivos

suplementares (quando necessário).

Que um autor foi designado como o autor para correspondência, incluindo-se seus detalhes de

contato: e-mail e endereço postal completo

Considerações adicionais

A gramática e ortografia do texto do manuscrito foram verificadas; todas as referências

mencionadas na seção Referências são citadas no texto, e vice-versa; foi obtida permissão para

uso de material protegido por direitos autorais de outras fontes (incluindo a Internet); foram

feitas declarações de conflitos de interesse relevantes; as diretrizes da revista detalhadas neste

guia foram revisadas.

Para mais informações, visite o nosso Centro de suporte.

ANTES DE COMEÇAR

Ética na publicação

Por favor, veja nossas páginas informativas sobre Ética na publicação e Diretrizes éticas para

publicação em revistas científicas.

Direitos humanos e de animais

Caso sua pesquisa envolva seres humanos, o autor deve garantir que o trabalho foi realizado de

acordo com o Código de Ética da World Medical Association (Declaration of Helsinki). De

com os Requerimentos aos manuscritos submetidos a revistas biomédicas, os autores devem

incluir no manuscrito uma declaração de foi obtido consentimento informado para

experimentos envolvendo seres humanos. O direito à privacidade, nesse caso, também deve ser

observado. Todos os experimentos com animais devem estar de acordo com os parâmetros de

cada país e os autores devem indicar claramente no manuscrito quais parâmetros foram

seguidos.

Declaração de conflito de interesses

Todos os autores devem divulgar quaisquer relações financeiras e pessoais com outras pessoas

ou organizações que possam influenciar de forma inadequada (viés) seu trabalho. Exemplos de

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49

potenciais conflitos de interesse incluem empregos, consultorias, propriedade de ações,

honorários, testemunhos de peritos remunerados, pedidos de patentes/ inscrições e subsídios ou

outros tipos de financiamento. Caso não haja conflitos de interesse, por favor, registre isso:

“Conflitos de interesse: nenhum”. Mais informações.

Declaração de envio e verificação

A submissão de um manuscrito implica que o trabalho descrito não foi publicado anteriormente

(exceto sob a forma de resumo ou como parte de uma palestra ou tese acadêmica publicada, ou

como pré-impressão eletrônica, consulte a seção ‘Publicação múltipla, redundante ou

concorrente’ de nossa política de ética para mais informações), que não está sendo avaliado

para publicação em outro lugar, que sua publicação foi aprovada por todos os autores e tácita

ou explicitamente pelas autoridades responsáveis onde o trabalho foi realizado e que, se aceito,

não será publicado em outro lugar na mesma forma, em inglês ou em qualquer outro idioma,

inclusive eletronicamente, sem o consentimento por escrito do detentor dos direitos autorais.

Para verificar a originalidade do manuscrito, ele pode ser verificado pelo serviço de detecção

de originalidade CrossCheck.

Autoria

Todos os autores (máximo seis) devem ter contribuído de forma substancial em todos os

seguintes aspectos: (1) concepção e delineamento do estudo, ou aquisição de dados, ou análise

e interpretação de dados, (2) escrita do artigo ou revisão crítica do conteúdo intelectual

relevante, (3) aprovação final da versão a ser submetida.

Mudanças na autoria

Espera-se que os autores avaliem cuidadosamente a lista e a ordem dos autores antes de

submeter seu manuscrito e que forneçam a lista definitiva de autores no momento da submissão.

Qualquer adição, remoção ou rearranjo de nomes de autores na lista de autoria deve ser feita

somente antes da aceitação do manuscrito e somente se aprovado pelo editor da revista. Para

solicitar tal alteração, o editor deve receber do autor para correspondência o seguinte: (a) o

motivo da mudança na lista de autores e (b) confirmação por escrito (e-mail, carta) de todos os

autores concordando com a adição, remoção ou rearranjo. No caso de adição ou remoção de

autores, isso inclui a confirmação do autor adicionado ou removido. Somente em circunstâncias

excepcionais, o editor aceitará a adição, supressão ou rearranjo de autores após o manuscrito

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50

ter sido aceito. Enquanto o editor estiver avaliando o pedido, a publicação do manuscrito

permanecerá suspensa. Se o manuscrito já tiver sido publicado on-line, qualquer solicitação

aprovada pelo editor resultará em uma retificação.

Direitos autorais

Após a aceitação de um artigo, os autores devem assinar o Journal Publishing Agreement

(Acordo de Publicação de Artigo) (ver mais informações sobre esse item) de forma a atribuir à

Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia os direitos autorais do manuscrito e de

quaisquer tabelas, ilustrações ou outro material submetido para publicação como parte do

manuscrito (o “Artigo”) em todas as formas e mídias (já conhecidas ou desenvolvidas

posteriormente), em todo o mundo, em todos os idiomas, por toda a duração dos direitos

autorais, efetivando-se a partir do momento em que o Artigo for aceito para publicação. Um e-

mail será enviado ao autor para correspondência confirmando o recebimento do manuscrito

junto com o Journal Publishing Agreement ou um link para a versão on-line desse acordo.

Direitos do autorComo autor, você (ou seu empregador ou instituição) tem certos direitos de

reúso do seu trabalho. Mais informações.

A Elsevier apoia o compartilhamento responsável

Descubra como você pode compartilhar sua pesquisa publicada nesta revista.

Papel da fonte de financiamento

Deve-se identificar quem forneceu apoio financeiro para a realização da pesquisa e/ou

preparação do artigo e descrever brevemente o papel do(s) patrocinador(es), se houver, no

delineamento do estudo; na coleta, análise e interpretação de dados; na redação do manuscrito;

e na decisão de enviar o artigo para publicação. Se a fonte (ou fontes) de financiamento não

teve (ou tiveram) tal participação, isso deve ser mencionado.

Acesso aberto

Esta revista é uma revista revisada por pares, de acesso aberto subsidiado pela Sociedade

Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), que arca com os custos de publicação da

revista. Os autores não precisam pagar qualquer Taxa para Processamento de Artigo (APC –

Article Processing Charge) ou Taxa de Publicação de Acesso Aberto. Todos os artigos

revisados por pares publicados nesta revista são de acesso aberto. Isso significa que o artigo é

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51

universalmente e livremente acessível através da internet de forma permanente, em um formato

facilmente legível, imediatamente após a publicação. A permissão de reúso é definida pela

seguinte licença Creative Commons:

Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs (CC BY-NC-ND)

Para fins não comerciais, permite que outros distribuam e copiem o artigo, e o incluam em um

trabalho coletivo (como uma antologia), desde que se dê crédito ao(s) autor(es) e desde que não

se altere ou modifique o artigo.

Elsevier Publishing Campus

O Elsevier Publishing Campus (www.publishingcampus.com) é uma plataforma on-line que

oferece palestras gratuitas, treinamento interativo e conselhos profissionais para apoiá-lo na

publicação de sua pesquisa. A seção College of Skills oferece módulos sobre como preparar,

escrever e estruturar seu artigo e explica como os editores analisarão o seu artigo quando ele

for submetido para publicação. Use esses recursos para garantir que sua publicação seja a

melhor possível.

Consentimento informado e detalhes do paciente

Estudos envolvendo pacientes ou voluntários requerem a aprovação do comitê de ética e o

consentimento informado, que devem ser documentados no artigo. Consentimentos, permissões

e desobrigações pertinentes devem ser obtidos sempre que um autor desejar incluir detalhes de

casos ou outras informações pessoais ou imagens de pacientes e de quaisquer outros indivíduos

em uma publicação da Elsevier. Os consentimentos por escrito devem ser mantidos pelo autor

e cópias dos consentimentos ou provas de que tais consentimentos foram obtidos devem ser

fornecidos à Elsevier mediante solicitação. Para mais informações, reveja a Política da Elsevier

sobre uso de imagens ou informações pessoais de pacientes ou outros indivíduos. A menos que

você tenha permissão por escrito do paciente (ou, se for o caso, dos parentes mais próximos ou

tutores), os detalhes pessoais de qualquer paciente incluído em qualquer parte do artigo e em

qualquer material complementar (incluindo todas as ilustrações e vídeos) devem ser removidos

antes da submissão.

Submissão

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52

Nosso sistema de submissão on-line é um guia passo-a-passo dos procedimentos para inserção

dos detalhes do seu manuscrito e para o upload de seus arquivos. O sistema converte os arquivos

de seu artigo em um único arquivo PDF usado no processo de revisão por pares (peer-review).

Arquivos editáveis (por exemplo, Word, LaTeX) são necessários para compor seu manuscrito

para publicação final. Toda a correspondência, incluindo a notificação da decisão do Editor e

os pedidos de revisão, são enviados por e-mail.

Por favor, envie seu manuscrito por meio do site: www.evise.com/evise/jrnl/RBO

PREPARAÇÃO

Peer reviews (avaliação por pares)

Esta revista opera com o sistema de revisão por pares duplo-cega. Todos os manuscritos serão

inicialmente avaliados quanto à adequação à revista. Os manuscritos que passarem por essa

primeira triagem são, então, enviados a pelo menos dois especialistas independentes que

avaliarão a qualidade científica do trabalho. O editor é o responsável pela decisão final quanto

ao aceite ou rejeição do manuscrito. A decisão do editor é definitiva. Mais informações sobre

os tipos de avaliação por pares.

Uso do processador de texto

É importante que o arquivo seja salvo no formato original do processador de texto utilizado. O

texto deve estar em formato de coluna única. Mantenha o layout do texto o mais simples

possível. A maioria dos códigos de formatação será removida e substituída no processamento

do artigo. Em particular, não use as opções do processador de texto para justificar texto ou

hifenizar palavras. Destaques como negrito, itálico, subscrito, sobrescrito, etc. podem ser

usados. Ao preparar tabelas, se você estiver usando uma grade na criação das tabelas, use apenas

uma grade para cada tabela individualmente, e não uma grade para cada linha. Se nenhuma

grade for utilizada, use a tabulação, e não espaços, para alinhar as colunas. O texto eletrônico

deve ser preparado de forma muito semelhante ao dos manuscritos convencionais (veja também

o Guia para publicar com a Elsevier). Observe que os arquivos de origem das figuras, das

tabelas e dos gráficos serão necessários, independentemente se você irá embuti-los ou não no

texto. Veja também a seção sobre imagens eletrônicas.

Para evitar erros desnecessários, é aconselhável usar as funções “verificação ortográfica” e

“verificação gramatical” do seu processador de texto.

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Estrutura do artigo

Subdivisão – seções não numeradas

Divida seu manuscrito em seções claras. Cada subseção deve ter um título próprio, que

aparecerá um uma linha separada. As subseções devem ser usadas ao máximo quando houver

menção a outras partes do mesmo manuscrito: faça referência ao título da subseção em vez de

escrever apenas “anteriormente”, por exemplo.

Introdução

Declare os objetivos do trabalho e contextualize-os, evitando fazer uma revisão muito detalhada

da literatura e resumir os resultados.

Material e métodos

Descreva em detalhes os métodos empregados para que eles possam ser reproduzidos. Métodos

já publicados devem ser indicados por uma referência bibliográfica: apenas as modificações

relevantes devem ser explicitadas, neste caso.

Resultados

Os resultados devem ser apresentados de maneira clara e concisa.

Discussão

Deve explorar o significado dos resultados do trabalho, e não simplesmente repeti-los. Evite o

excesso de citações e de discussão da literatura.

Conclusões

As principais conclusões do estudo podem ser apresentadas em uma breve seção de conclusões.

Informações essenciais para a página de rosto

Título: Deve ser conciso e informativo. Os títulos costumam ser usados em sistemas de

busca de informações. Sempre que possível, evite abreviações e formulas.

Nomes dos autores (máximo seis) e afiliações: Apresente de maneira clara e precisa

os nomes e os sobrenomes de cada de autores, verificando a grafia correta de cada um.

Explicite o endereço da afiliação dos autores abaixo dos nomes. Indique todas as

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afiliações por meio de letras minúsculas sobrescritas após o nome de cada autor e antes

de cada afiliação. Apresente o endereço de cada afiliação, incluindo cidade, estado e

país, além do e-mail de cada autor. As afiliações devem ser apresentadas em ordem

hierárquica crescente (p.e: Departamento, Faculdade/Instituto e Universidade) e na

língua original da instituição ou na versão em inglês quando a escrita não é latina (p.e:

Johns Hopkins University, Universidade de São Paulo, Université Paris-Sorbonne).

Autor para correspondência: Indique claramente quem lidará com todas as trocas

mensagens em todas as etapas de avaliação, produção e pós-publicação. Assegure-se de

que o e-mail informado esteja correto e de que os contatos do autor para correspondência

estejam atualizados.

Resumo

Um resumo estruturado em seções deve contextualizar a pesquisa e explicitar seus objetivos,

procedimentos básicos (seleção dos dados, métodos analíticos e observacionais), principais

achados (elencando os efeitos específicos e a significância estatística, se possível) e conclusões.

Deve ressaltar os aspectos novos e relevantes do estudo ou observações.

Palavras-chave

Logo após o resumo, liste, no máximo, seis palavras-chave, para representar o conteúdo do

artigo. Os descritores, ou palavras-chave, devem-se basear nos Descritores em Ciências da

Saúde (DECS), disponíveis em: http://www.decs.bvs.br; ou nos Medical Subject Headings

(MeSH), disponíveis em: www.nlm.nih.gov/

Agradecimentos

Agrupe os agradecimentos em uma seção separada ao fim do artigo antes das referências e,

portanto, não os inclua na página de abertura, como uma nota de rodapé para o título ou de

outra forma. Liste aqui os indivíduos que forneceram ajuda durante a pesquisa (por exemplo,

fornecendo ajuda linguística, assistência escrita ou prova de leitura do artigo, etc.).

Formatando as fontes de financiamento

Liste as fontes de financiamento usando a forma padrão para facilitar o cumprimento dos

requisitos do financiador:

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Financiamento: Esse trabalho recebeu financiamento do National Institutes of Health [números

dos financiamentos xxxx, yyyy]; the Bill & Melinda Gates Foundation, Seattle, WA [número

do financiamento zzzz]; e dos United States Institutes of Peace [número do financiamento aaaa].

Não é necessário incluir descrições detalhadas sobre o programa ou tipo de financiamento e

prêmios. Quando a verba recebida é parte de um financiamento maior ou de outros recursos

disponíveis para uma universidade, faculdade ou outra instituição de pesquisa, cite o nome do

instituto ou organização que forneceu o financiamento.

Se nenhum financiamento foi fornecido para a pesquisa, inclua a seguinte frase:

Esta pesquisa não recebeu nenhum financiamento específico de agências de financiamento dos

setores público, comercial ou sem fins lucrativos.

Imagens

Manipulação de imagens

Embora seja aceito que os autores às vezes precisem manipular imagens para obter maior

clareza, a manipulação para fins de dolo ou fraude será vista como abuso ético científico e será

tratada de acordo. Para imagens gráficas, esta revista aplica a seguinte política: nenhum recurso

específico pode ser aprimorado, obscurecido, movido, removido ou introduzido em uma

imagem. Os ajustes de brilho, contraste ou equilíbrio de cores são aceitáveis se, e enquanto não

obscurecerem ou eliminarem qualquer informação presente no original. Os ajustes não lineares

(por exemplo, alterações nas configurações de gama) devem ser divulgados na legenda da

figura.

Imagens eletrônicas Pontos gerais

Certifique-se de usar letras uniformes e de ajustar as dimensões da sua imagem original.

Fontes sugeridas: Arial (ou Helvetica), Times New Roman (ou Times), Symbol,

Courier.

Numere as ilustrações de acordo com a sequência em que aparecem no texto.

Use uma convenção lógica para nomear seus arquivos de ilustrações.

Envie legenda para cada uma das ilustrações.

Envie as ilustrações em um tamanho próximo ao que se deseja publicar.

Envie cada ilustração em um arquivo em separado.

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Um guia detalhado sobre imagens eletrônicas está disponível.

Você é convidado a visitar este site; alguns trechos das informações detalhadas são

fornecidos aqui.

Formatos

Se as suas imagens eletrônicas forem criadas em um aplicativo do Microsoft Office

(Word, PowerPoint, Excel), forneça “como está” no formato de documento original.

Independentemente do aplicativo utilizado que não seja o Microsoft Office, quando sua

imagem eletrônica for finalizada, utilize “Salvar como” ou converta as imagens para um

dos seguintes formatos (observe os requisitos de resolução para desenhos em linha

contínua, meio-tom e combinações de desenho/meio-tom descritos a seguir).

EPS (ou PDF): Desenhos vetoriais, incorporar todas as fontes utilizadas.

TIFF (ou JPEG): Fotografias em cores ou em tons de cinza (meios-tons), mantenha um mínimo

de 300 dpi.

TIFF (ou JPEG): Desenho de linha de bitmap (pixels pretos e brancos puros), mantenha um

mínimo de 1000 dpi.

TIFF (ou JPEG): Combinações de linha de bitmap/meio-tom (colorido ou escala de cinza),

mantenha um mínimo de 500 dpi.

Por favor não:

Forneça arquivos otimizados para o uso da tela (por exemplo, GIF, BMP, PICT, WPG);

esses formatos tipicamente têm um baixo número de pixels e um conjunto limitado de

cores;

Forneça arquivos com resolução muito baixa;

Envie gráficos desproporcionalmente grandes para o conteúdo.

Imagens coloridas

Por favor certifique-se de que os arquivos de imagens estão em um formato aceitável (TIFF [ou

JPEG), EPS [ou PDF] ou arquivos do MS Office) e com a resolução correta. Se, juntamente

com o seu artigo aceito, você enviar figuras de cor utilizáveis, a Elsevier assegurará, sem custo

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adicional, que essas figuras aparecerão em cores on-line (por exemplo, ScienceDirect e outros

sites) independentemente dessas ilustrações serem ou não reproduzidas na versão impressa.

Serviços de ilustração

O Elsevier’s WebShop oferece serviços de ilustração aos autores que estão se preparando para

enviar um manuscrito, mas estão preocupados com a qualidade das imagens que acompanham

o artigo. Os experientes ilustradores da Elsevier podem produzir imagens científicas, técnicas

e de estilo médico, bem como uma gama completa de quadros, tabelas e gráficos. O “polimento”

da imagem também está disponível; nossos ilustradores trabalham suas imagens e as aprimoram

para um padrão profissional. Visite o site para saber mais a respeito disso.

Tabelas

Por favor, envie as tabelas como texto editável e não como imagem. As tabelas podem ser

colocadas ao lado do texto relevante no artigo, ou em páginas separadas no fim. Numere as

tabelas de forma consecutiva de acordo com sua ordem no texto e coloque as notas de tabela

abaixo do corpo da mesma. Seja moderado no uso das tabelas, e assegure-se de que os dados

apresentados nas mesmas não duplicam os resultados descritos em outro lugar no artigo. Evite

usar grades verticais e sombreamento nas células da tabela.

Referências

Citação no texto

Certifique-se de que todas as referências citadas no texto também estão presentes na lista de

referências (e vice-versa). Qualquer referência citada no resumo deve ser fornecida na íntegra.

Não recomendamos o uso de resultados não publicados e comunicações pessoais na lista de

referências, mas eles podem ser mencionados no texto. Se essas referências estiverem incluídas

na lista de referências, elas devem seguir o estilo de referência padrão da revista e devem incluir

uma substituição da data de publicação por “Resultados não publicados” ou “Comunicação

pessoal”. A citação de uma referência como in press implica que o item foi aceito para

publicação.

Links de referências

Maior exposição da pesquisa e revisão por pares de alta qualidade são asseguradas por links

on-line às fontes citadas. Para permitir-nos criar links para serviços de resumos e indexação,

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como Scopus, CrossRef e PubMed, assegure-se de que os dados fornecidos nas referências

estão corretos. Lembre-se que sobrenomes, títulos de revistas/livros, ano de publicação e

paginação incorretos podem impedir a criação de links. Ao copiar referências, por favor tenha

cuidado, porque as mesmas já podem conter erros. O uso do DOI — identificador de objeto

digital (Digital Object Identifier) é encorajado.

Um DOI pode ser usado para citar e criar um link para artigos eletrônicos em que um artigo

está in-press e detalhes de citação completa ainda não são conhecidos, mas o artigo está

disponível on-line. O DOI nunca muda, então você pode usá-lo como um link permanente para

qualquer artigo eletrônico.

Um exemplo de uma citação usando um DOI para um artigo que ainda não foi publicado é:

VanDecar JC, Russo RM, James DE, Ambeh WB, Franke M. Aseismic continuation of the

Lesser Antilles slab beneath northeastern Venezuela. J Geoph Res. 2003.

https://doi.org/10.1029/2001JB000884. Por favor, observe que o formato dessas citações deve

seguir o mesmo estilo das demais referências no manuscrito.

Referências da web

A URL completa deve ser fornecida e a data em que a referência foi acessada pela última vez.

Qualquer informação adicional, se conhecida (DOI, nomes de autores, datas, referência a uma

publicação-fonte etc.), também deve ser fornecida. As referências da Web podem ser listadas

separadamente (por exemplo, após a lista de referências) sob um título diferente, se desejado,

ou podem ser incluídas na lista de referência.

Referências de dados

Esta revista sugere que você cite conjuntos de dados subjacentes ou relevantes em seu

manuscrito citando-os em seu texto e incluindo uma referência de dados em sua lista de

referências. As referências de dados devem incluir os seguintes elementos: nome(s) do(s)

autor(es), título do conjunto de dados, repositório de dados, versão (quando disponível), ano e

identificador persistente. Adicione [conjunto de dados] imediatamente antes da referência para

que possamos identificá- la corretamente como uma referência de dados. O identificador

[conjunto de dados] não aparecerá no seu artigo publicado.

Reference style

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Texto: Indique as referências por números sobrescritos no texto. Os autores podem até ser

mencionados no corpo do texto, mas o número da referência deve ser sempre informado.

Listagem: Numere as referências na listagem de acordo com a ordem em que aparecem no

texto. Adote o estilo Vancouver, conforme mostrado nos exemplos a seguir. Em todas as

referências, cite todos os autores, até o sexto autor. Quando houver mais de seis autores, cite os

seis primeiros, seguidos pela expressão “et al.”

Exemplos:

Artigos em revistas científicas:

1. Borges JLP, Milani C, Kuwajima SS, Laredo Filho J. Tratamento da luxação congênita

de quadril com suspensório de Pavlik e monitorização ultra-sonográfica. Rev Bras

Ortop. 2002; 37(1/2):5-12.

2. Bridwell KH, Anderson PA , Boden SD , Vaccaro AR , Wang JC. What’s new in spine

surgery. J Bone Joint Surg Am. 2005; 87(8):1892-901.

Schreurs BW, Zengerink M, Welten ML, van Kampen A, Slooff TJ. Bone impaction

grafting and a cemented cup after acetabular fracture at 3-18 years. Clin Orthop Relat

Res. 2005; (437):145-51.

Livros:

Baxter D. The foot and ankle in sport. St Louis: Mosby; 1995. Chapters in books:

Johnson KA. Posterior tibial tendon. In: Baxter D. The foot and ankle in sport. St Louis:

Mosby; 1995. p. 43-51.

Dissertações e teses:

Laredo Filho J. Contribuição ao estudo clínico-estatístico e genealógico-estatístico do pé torto

congênito equinovaro [thesis]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista

de Medicina; 1968.

Publicações eletrônicas:

1. Lino Junior W, Belangero WD. Efeito do Hólmio YAG laser (Ho: YAG) sobre o tendão

patelar de ratos após 12 e 24 semanas de seguimento. Acta Ortop Bras [periodical on

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60

the Internet]. 2005 [cited 2005, Aug 27];13(2):[about 5 p.]. Available

from:http://www.scielo.br/

2. Feller J. Anterior cruciate ligament rupture: is osteoarthritis inevitable? Br J Sports Med

[serial on the Internet]. 2004 [cited 2005, Aug 27]; 38(4): [about 2 p.]. Available

from: http://bjsm.bmjjournals.

Fonte para os títulos abreviados das revistas

O nome da revista científica deve ser abreviado de acordo com a Lista mundial de títulos

abreviados.

Vídeo

A Elsevier aceita material de vídeo e sequências de animação para apoiar e aprimorar suas

pesquisas científicas. Os autores que têm arquivos de vídeo ou animação que desejam enviar

com seu artigo são fortemente encorajados a incluir links para estes dentro do corpo do artigo.

Isso pode ser feito da mesma maneira que uma figura ou tabela, referindo-se ao conteúdo de

vídeo ou animação e mostrando no corpo do texto onde ele deve ser colocado. Todos os

arquivos enviados devem ser devidamente identificados de modo que se relacionem

diretamente com o conteúdo do arquivo de vídeo. Para garantir que seu vídeo ou material de

animação esteja apropriado para uso, por favor forneça os arquivos em um dos nossos formatos

de arquivo recomendados com um tamanho máximo total de 150 MB. Qualquer arquivo único

não deve exceder 50 MB. Os arquivos de vídeo e animação fornecidos serão publicados on-line

na versão eletrônica do seu artigo nos produtos de web da Elsevier, incluindo o ScienceDirect.

Por favor forneça imagens estáticas com seus arquivos: você pode escolher qualquer quadro do

vídeo ou animação ou fazer uma imagem separada. Essa imagem estática será usada em vez de

ícones padrão, para personalizar o link para seus dados de vídeo. Para obter instruções mais

detalhadas, visite nossas páginas de instruções de vídeo. Nota: uma vez que o vídeo e a

animação não podem ser incorporados à versão impressa da revista, por favor forneça o texto

para ambas as versões eletrônica e impressa para as partes do artigo que se referem a esse

conteúdo.

Material suplementar

Materiais suplementares, como tabelas, imagens e clipes de som, podem ser publicados com

seu artigo para aprimorá-lo. Os itens suplementares enviados são publicados exatamente como

são recebidos (arquivos do Excel ou PowerPoint aparecerão dessa forma on-line). Por favor,

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envie seu material junto com o artigo e forneça uma legenda concisa e descritiva para cada

arquivo suplementar. Se você deseja fazer alterações no material suplementar durante qualquer

etapa do processo, certifique-se de fornecer um arquivo atualizado. Não anote quaisquer

correções em uma versão anterior. Por favor, desabilite a opção “Controlar alterações” nos

arquivos do Microsoft Office, pois estas aparecerão na versão publicada.

Dados de pesquisa

Esta revista incentiva e permite que você compartilhe dados que suportem a publicação de sua

pesquisa onde for apropriado, e permite que você interligue os dados com seus artigos

publicados. Dados de pesquisa referem-se aos resultados de observações ou experimentação

que validam os achados da pesquisa. Para facilitar a reprodutibilidade e o reúso dos dados, esta

revista também o incentiva a compartilhar seu software, código, modelos, algoritmos,

protocolos, métodos e outros materiais úteis relacionados com o projeto.

A seguir são mostradas várias maneiras pelas quais você pode associar dados ao seu artigo ou

fazer uma declaração sobre a disponibilidade de seus dados ao enviar seu manuscrito. Se estiver

compartilhando dados de uma dessas maneiras, você é encorajado a citar os dados em seu

manuscrito e na lista de referências. Consulte a seção “Referências” para obter mais

informações sobre a citação de dados. Para obter mais informações sobre o depósito,

compartilhamento e uso de dados de pesquisa e outros materiais de pesquisa relevantes, visite

a página de Dados de Pesquisa.

Data linking

Se você disponibilizou seus dados de pesquisa em um repositório de dados, é possível vincular

seu artigo diretamente ao conjunto de dados. A Elsevier colabora com uma série de repositórios

para vincular artigos no ScienceDirect a repositórios relevantes, dando aos leitores acesso a

dados subjacentes que lhes dará uma melhor compreensão da pesquisa descrita.

Existem diferentes maneiras de vincular seus conjuntos de dados ao seu artigo. Quando

disponível, você pode vincular diretamente seu conjunto de dados ao seu artigo, fornecendoas

informações relevantes no sistema de submissão. Para mais informações, visite a página de

vinculação de bancos de dados.

Para os repositórios de dados suportados, um banner do repositório aparecerá automaticamente

ao lado do seu artigo publicado no ScienceDirect.

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Além disso, você pode vincular a dados ou entidades relevantes através de identificadores

dentro do texto de seu manuscrito, utilizando o seguinte formato: Banco de Dados: xxxx (por

ex., TAIR: AT1G01020; CCDC: 734053; PDB: 1XFN).

Declaração de dados

Para promover a transparência, encorajamos os autores a declarar a disponibilidade de seus

dados ao submeter o artigo. Isso pode ser um requisito da instituição de fomento. Caso seus

dados não estejam disponíveis para acesso ou não forem adequados para publicação, você terá

a oportunidade de descrever o motivo durante o processo de submissão, afirmando, por

exemplo, que os dados da pesquisa são confidenciais. Caso submeta este formulário com o seu

manuscrito como um material suplementar, esta declaração aparecerá junto ao seu artigo

publicado no ScienceDirect.

Depósito dos dados e vinculação

A Elsevier encoraja e apoia os autores a compartilhar os dados brutos relacionados com o

manuscrito enviado. Quano possível, é estabelecido um hyperlink entre o artigo e os dados.

Mais informações sobre o depósito, compartilhamento e uso de dados de pesquisa.

APÓS O ACEITE

Provas

Um conjunto de provas (em arquivos PDF) será enviado por e-mail para o autor correspondente

ou um link será fornecido no e-mail para que os autores possam baixar os próprios arquivos. A

Elsevier agora fornece aos autores provas em PDF que podem receber anotações; para isso,

você precisará fazer o download do programa Adobe Reader, versão 9 (ou posterior). As

instruções sobre como fazer anotações nos arquivos PDF acompanharão as provas (também

fornecidas on- line). Os requisitos exatos do sistema são fornecidos no site da Adobe. Se não

desejar usar a função de anotações em PDF, você pode listar as correções (incluindo as respostas

ao Formulário de Consulta) e devolvê-las por e-mail. Por favor, liste suas correções citando o

número da linha. Se, por qualquer motivo, isso não for possível, marque as correções e

quaisquer outros comentários (incluindo as respostas ao Formulário de consulta) em uma

impressão de sua prova, escaneie as páginas e devolva-as por e-mail. Por favor, use esta prova

apenas para verificar a composição, edição, integridade e exatidão do texto, tabelas e figuras.

Alterações significativas no artigo aceito para publicação só serão consideradas nesta etapa com

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permissão do editor-chefe da revista. Faremos todo o possível para que seu artigo seja publicado

com rapidez e precisão. É importante garantir que todas as correções sejam enviadas de volta

para nós em uma única comunicação: por favor, verifique atentamente antes de responder, pois

a inclusão de quaisquer correções subsequentes não será garantida. A revisão é responsabilidade

exclusiva do autor.

PERGUNTAS DOS AUTORES

Visite o Centro de Apoio da Elsevier para encontrar as respostas de que você precisa. Aqui você

encontrará tudo, desde Perguntas Frequentes até maneiras de entrar em contato. Você também

pode verificar o status do seu artigo enviado ou verificar quando seu artigo aceito será

publicado.