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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA JORDÃO CAMPOS MORAIS PINHEIRO ESTUDO DE CASO PARA MELHORIA DE CONFIABILIDADE NO SISTEMA ELÉTRICO DA REGIONAL FORTALEZA DO SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE FONTES EM RAMPA FORTALEZA 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE … Elétrica_Monografia... · todos os cálculos de curto-circuito e parametrização da proteção de média tensão (relé), cálculos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

JORDÃO CAMPOS MORAIS PINHEIRO

ESTUDO DE CASO PARA MELHORIA DE CONFIABILIDADE NO SISTEMA ELÉTRICO DA REGIONAL FORTALEZA DO SERVIÇO

FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE FONTES EM RAMPA

FORTALEZA

2015

JORDÃO CAMPOS MORAIS PINHEIRO

ESTUDO DE CASO PARA MELHORIA DE CONFIABILIDADE NO S ISTEMA ELÉTRICO DA REGIONAL FORTALEZA DO SERVIÇO FEDERAL D E

PROCESSAMENTO DE DADOS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE FONTES EM RAMPA

Monografia apresentada ao Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará como parte dos requisitos para a obtenção de Graduação em Engenharia Elétrica.

Orientador: Prof. M.Sc. Carlos Gustavo Castelo Branco.

FORTALEZA

2015

A Deus.

Aos meus pais, Morais e Gláucia.

Ao meu irmão, Isaac.

AGRADECIMENTOS

A Deus, por tornar tudo isso possível.

Ao meu Pai, a minha Mãe e ao meu Irmão, por todo o apoio ao longo dos anos de estudo.

Ao meu orientador prof. Carlos Gustavo Castelo Branco e o ao prof. Tomaz Nunes Cavalcante Neto, pelo ensino durante o curso e pelo apoio na elaboração desta monografia.

Ao meu supervisor de estágio Eng. Eletricista Francisco Gualberto Santos Filho, pela oportunidade dada e o apoio na elaboração desta monografia.

Aos amigos que fiz na universidade, que compartilharam das mesmas dificuldades ao longo do curso.

Aos demais professores que proporcionaram o ensino da Engenharia Elétrica.

A todas as pessoas que de forma direta ou indireta colaboraram ao longo da minha graduação.

“A persistência é o caminho do êxito”

(Charles Chaplin)

RESUMO

A quantidade de instalações com cargas consideradas críticas, ou seja, aquelas que no

caso de parada de funcionamento causam grande prejuízo financeiro ou até risco de morte, é

cada vez maior. Assim, a alimentação de energia elétrica para essas cargas tem que apresentar

alto nível de confiabilidade. Com o crescimento da utilização da informática nas empresas,

cargas críticas do tipo data center tem se tornado muito utilizadas. É o caso do Serviço

Federal de Processamento de Dados (SERPRO), regional Fortaleza, que apresenta esse tipo de

carga. A instalação conta com sistema ininterrupto de fornecimento de energia, constituído

pela ação coordenada entre no-break’s (também chamados de UPS) e grupos motores

geradores (GMG’s), que mantém a alimentação do data center, entre outras cargas, em caso

de falta de energia da concessionária local. A transição de fontes de energia na instalação

atualmente acontece com interrupção de carga, o que ocasiona utilizações dos UPS’s que

poderiam ser dispensadas com a implementação da transferência de fontes em rampa, que é o

foco deste trabalho. Com a utilização deste modo de operação, será visto que ocorrerão

vantagens técnicas e econômicas no uso dos UPS’s, maximizando a vida útil dos mesmos.

Além disso também é feito um estudo de viabilidade econômica para a utilização dos grupos

geradores no horário de ponta, sendo que será mostrado que a utilização dos mesmos para este

fim é muito mais vantajosa com a transferência de fontes em rampa. Este trabalho contém

todos os cálculos de curto-circuito e parametrização da proteção de média tensão (relé),

cálculos estes necessários para se colocar em prática esse tipo de operação de transferência de

fontes. Também é discutida a classificação da instalação, referente à parte elétrica, de acordo

com a classificação TIER, criada pelo Uptime Institute e que é utilizada a nível mundial para

qualificar a confiabilidade e a redundância de instalações do tipo data center, sendo explicado

como a aplicação da transferência de fontes em rampa vai trazer melhorias para a

confiabilidade do sistema elétrico da instalação.

Palavras-chave: Transferência de fontes de energia em rampa. Classificação TIER. Data

Center. UPS. GMG.

ABSTRACT

The amount of installations considered with critical loads, therefore, the ones that in

case of operation stop event cause great financial loss or even life-threatening, are increasing.

Thus, the electric power supply to the loads must have a high level of reliability. As there is a

growing use of information technology in enterprises, critical load data center type has

become more used. This is the case of the Federal Data Processing Service (SERPRO),

Fortaleza, which presents such loads. The facility has uninterrupted system power supply,

consisting of coordinated action between no break’s (also called UPS) and Engine-Generator

Groups, that maintains the power of the data center, among other charges, in case of lack of

local energy. The transition of power sources at the facility currently happens with load

interruption, which causes more use of the UPS’s that could be disbanded with the

implementation of sources transfer in ramp, which is the aim of this work. Using that

operation mode will be possible to realize the economical and technical advantages of UPS’s

use, increasing their battery life. Besides that, it is also done a study of economical viability to

use generator groups at peak hours that shows that using those generators is much more

advantageous with the sources transfer in ramp. This work contains all calculations of short-

circuit and parameterization of medium voltage protection (relé), calculations that are

required to put in practice such sources transfer operation. It is also discussed the

classification of installation, referring to electrical parts, according to TIER classification

created by the Uptime Institute, which is used worldwide to qualify reliability and redundancy

of data center-type facilities, being explained as the application of sources transfer in ramp

that will convey improvement for the reliability of the electric system of the installation.

Key-Words : Transfer of power sources in ramp. Tier classification. Data Center. UPS. GMG.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo da classificação TIER ............................................................................................ 27

Tabela 2 – Média de consumo mensal de energia da instalação ........................................................... 69

Tabela 3 – Custos e economia mensal na utilização dos GMG de 625 kVA no horário de ponta ........ 73

Tabela 4 – Custos e economia mensal na utilização do GMG de 575 kVA no horário de ponta ......... 73

Tabela 5 – Custos e economia com o uso do GMG de 625 kVA de acordo com o aumento de consumo

............................................................................................................................................................... 75

Tabela 6 – Custos e economia com o uso do GMG de 575 kVA de acordo com o aumento de consumo

............................................................................................................................................................... 76

Tabela 7– Custos e economia com o uso do GMG de 625 kVA de acordo com a variação do preço do

kW/h ...................................................................................................................................................... 77

Tabela 8 – Custos e economia com o uso do GMG de 575 kVA de acordo com a variação do preço do

kW/h..................................................................................................................................................78

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Indústrias são instalações que geralmente contém cargas de missão crítica ........................ 18

Figura 2 – Exemplo de data center ........................................................................................................ 21

Figura 3 – Exemplo de um No-break utilizado para prover redundância elétrica a uma instalação...... 24

Figura 4 – Um UPS de 100kVA ............................................................................................................ 30

Figura 5 – Diagrama do modelo UPS off-line ....................................................................................... 31

Figura 6 – Diagrama do modelo UPS line interative ............................................................................. 32

Figura 7– Diagrama do modelo UPS dupla conversão .......................................................................... 33

Figura 8 – Um Grupo Motor gerador (GMG) ........................................................................................ 36

Figura 9 – Danos causados por um curto-circuito em um quadro elétrico ............................................ 44

Figura 10 – Curto-circuito trifásico ....................................................................................................... 45

Figura 11 – Curto-Circuito bifásico ....................................................................................................... 45

Figura 12 - Curto-Circuito bifásico-terra ............................................................................................... 46

Figura 13 – Curto-Circuito fase-terra ou monofásico ............................................................................ 46

Figura 14 – UPS’s de 40 kVA e 60 kVA respectivamente, presentes na instalação ............................. 49

Figura 15 – UPS de 160 kVA, presente na instalação ........................................................................... 50

Figura 16 – Grupo Gerador de 575 kVA da instalação ......................................................................... 59

Figura 17 – Grupo Gerador de 625 kVA da instalação ......................................................................... 59

Figura 18 – Esquema de transferência de com interrupção de carga ..................................................... 65

Figura 19 – Esquema de transferência em rampa .................................................................................. 67

Figura 20 – Preço do kW/h no horário de ponta segundo o site da COELCE 72

Figura 21 – Gráfico da economia mensal com o uso do GMG de 625 kVA x Consumo mensal ........ 75

Figura 22 – Gráfico da economia mensal com o uso do GMG de 575 kVA x Consumo mensal ........ 76

Figura 23 – Gráfico da economia mensal com o uso do GMG de 625 kVA x Preço do kW/h ............ 78

Figura 24 – Gráfico da economia mensal com o uso do GMG de 575 kVA x Preço do kW/h ............ 79

Figura 25 – Sistema de transferência em rampa para geradores conectados na baixa tensão ............... 85

Figura 26 – Diagrama unifilar de impedâncias do SERPRO regional Fortaleza ................................... 86

Figura 27 – Coordenograma de fase ...................................................................................................... 87

Figura 28 – Coordenograma de neutro .................................................................................................. 88

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

GMG – Grupo Motor Gerador

UPS - Uninterruptible Power Supply

SERPRO – Serviço Federal de Processamento de Dados

TIA - Telecommunications Industry Association

CA – Corrente Alternada

CC – Corrente Contínua

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

IEC - International Electrotechnical Commission

ANSI - American National Standards Institute

IEEE - Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos

TI – Tecnologia da Informação

QTA – Quadro de Transferência Automático

CLP – Controlador Lógico Programável

USCA – Unidade de Supervisão de Corrente Alternada

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 14

1.1. OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 15

1.2. ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................. 15

2. CONCEITOS TEÓRICOS ................................................................................................. 17

2.1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS COM CARGAS DE MISSÃO CRÍTICA ................... 17

2.2. DATA CENTERS ....................................................................................................... 20

2.3. REDUNDÂNCIA ........................................................................................................ 22

2.3.1. N : Requisitos básicos de funcionamento ............................................................. 23

2.3.2. Redundância N+1 ................................................................................................ 23

2.3.3. Redundância N+2 ................................................................................................ 23

2.3.4. Redundância 2N .................................................................................................. 23

2.3.5. Redundância 2 (N+1) ........................................................................................... 24

2.4. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO TIER .................................................................... 24

2.4.1. Data Center TIER I – Básico ............................................................................... 25

2.4.2. Data Center TIER II – Componentes redundantes .............................................. 26

2.4.3. Data Center TIER III .......................................................................................... 26

2.4.4. Data Center TIER IV – Alta tolerância a falhas .................................................. 27

2.5. SISTEMAS ININTERRUPTOS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA .................... 28

2.5.1. NO BREAK'S ou UPS ......................................................................................... 29

2.5.1.1. TOPOLOGIAS ................................................................................................ 31

2.5.1.2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA .................................................................... 33

2.5.2. GRUPOS GERADORES ..................................................................................... 35

2.5.2.1. RECOMENDAÇÕES QUANTO AO NÍVEL DE CARGA ATENDIDA ......... 39

2.5.2.2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA .................................................................... 40

2.5.2.3. CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UTILIZAÇÃO DO ÓLEO DI ESEL EM MOTOR ...................................................................................................................... 41

2.6. CURTO-CIRCUITOS ................................................................................................ 43

2.6.1. TIPOS DE CURTO-CIRCUITO ......................................................................... 44

2.6.1.1. Curto-circuito trifásico .................................................................................... 44

2.6.1.2. Curto-circuito bifásico ..................................................................................... 45

2.6.1.3. Curto-circuito fase-terra .................................................................................. 46

3. SISTEMA ELÉTRICO DO SERPRO REGIONAL FORTALEZA ................................... 48

3.1. O SERPRO ................................................................................................................. 48

3.2. NO-BREAK'S (UPS’s) ................................................................................................ 49

3.2.1. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ........................................................................ 50

3.2.1.1. Condutores .......................................................................................................... 50

3.2.1.2. Disjuntores de Proteção e Manobras ............................................................... 51

3.2.1.3. Transformadores Trifásicos de Baixa Tensão .................................................. 52

3.2.2. UPS 40kVA, 60kVA e 160kVA – COMPONENTES E MODO DE OPERAÇÃO 53

3.2.2.1. Conversor de Entrada ..................................................................................... 53

3.2.2.2. Inversor ........................................................................................................... 54

3.2.2.3. Chave Estática e Bypass .................................................................................. 54

3.2.2.4. Banco de Baterias e Carregador ...................................................................... 55

3.2.2.5. Modo de operação ............................................................................................ 55

3.2.3. INTEGRAÇÃO DAS UPS DE 40 KVA, 60 KVA E 160 KVA .............................. 56

3.3. GRUPOS GERADORES ............................................................................................ 57

3.3.1. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ........................................................................ 60

3.3.1.1. Condutores ...................................................................................................... 60

3.3.1.2. Motores Diesel ................................................................................................. 60

3.3.1.3. Geradores ........................................................................................................ 61

3.3.1.4. Quadro de Comando Automático .................................................................... 61

3.3.1.5. Retificador de Bateria ...................................................................................... 63

3.3.1.6. Carenagem ...................................................................................................... 63

3.3.1.7. Tanque de Combustível Externo ...................................................................... 64

3.4. SITUAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE FONTES DE ENERGIA DO SERPRO (REDE-GMG / GMG-REDE) ................................................................................................ 64

3.4.1. SITUAÇÃO ATUAL: COM INTERRUPÇÃO DE CARGA ............................... 64

3.4.2. SITUAÇÃO A SER IMPLEMENTADA: TRANSFERÊNCIA DE FONTE S EM RAMPA.. ........................................................................................................................... 66

3.5. JUSTIFICATIVAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO .................................................... 67

3.5.1. AUMENTO DA VIDA ÚTIL DAS BATERIAS DOS UPS'S ............................... 67

3.5.2. MELHOR APROVEITAMENTO DO ÓLEO DIESEL ...................................... 68

3.5.3. UTILIZAÇÃO DOS GRUPOS GERADORES EM HORÁRIO DE PONTA ...... 69

3.5.4. GASTOS COM EQUIPAMENTOS............................................................................79

3.6. CLASSIFICAÇÃO TIER DO SERPRO – INSTALAÇÕES ELÉTRICA S .............. ...80

4. CÁLCULO DOS CURTO-CIRCUITOS E PARAMETRIZAÇÃO DO REL É PARA IMPLEMENTAÇÃO DA TRANFERÊNCIA DE FONTES EM RAMPA ................................. 83

4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS..................................................................................... 83

4.2. DIAGRAMA UNIFILAR DE IMPEDÂNCIAS .......................................................... 86

4.3. CÁLCULOS ............................................................................................................... 87

4.4. COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE .......................................................................... 87

4.4.1. Coordenograma de Fase .......................................................................................... 87

4.4.2. Coordenograma de Neutro ...................................................................................... 88

4.5. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ...................... 89

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 90

6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 92

7. ANEXOS ............................................................................................................................ 94

ANEXO A – DIAGRAMA UNIFILAR GERAL ........................................................................ 94

ANEXO B – ESQUEMA DE LIGAÇÃO DOS UPS ................................................................... 94

ANEXO C – ORDEM DE AJUSTE DA PROTEÇÃO (OAP) DA COEL CE ............................. 95

ANEXO D – CÁLCULOS DE CURTO-CIRCUITO E AJUSTES DO R ELÉ DE MÉDIA TENSÃO................................................................................................................................................97

ANEXO E – DADOS DE CONSUMO DE ÓLEO DIESEL DOS GERADORES ......................127

14

1. INTRODUÇÃO

Diversos tipos de instalações ao redor do mundo contam com as chamadas cargas

críticas, que são cargas que estão ligadas diretamente a processos essenciais no

funcionamento de uma instalação, como, por exemplo, empresas que contém data centers;

hospitais; instalações militares etc. A interrupção da alimentação de energia elétrica nessas

instalações, ainda que por um período curto de tempo, pode ocasionar perdas financeiras

bastante elevadas ou até mesmo colocar em risco vidas humanas. Nesses casos, é necessário

que sejam utilizados os chamados sistemas ininterruptos de energia.

Os sistemas ininterruptos de energia são uma fonte de energia secundária, sendo

utilizados como uma fonte reserva de energia elétrica quando de uma falha da rede elétrica da

concessionária, suprindo as cargas consideradas críticas da instalação e proporcionado, assim,

uma continuidade dos processos e/ou serviços até que ocorra a normalização do

funcionamento da fonte de energia elétrica primária [1]. São compostos pelos No Break's

também chamados de UPS (sigla para “uninterruptible power supply”/suprimento ininterrupto

de energia), que alimentam a instalação por meio de um conjunto de baterias, quando entram

em operação. Em muitos casos, os No-break's operam em conjunto com sistemas de energia

de emergência, que são compostos pelos grupos motores geradores (GMG's), sendo os que

usam o diesel como combustível os mais utilizados. As baterias dos No Break's são

dimensionadas para garantir uma autonomia por um período mínimo de 15 minutos. Este

tempo é suficiente para partida e conexão do(s) GMG(s) em caso de falta de energia elétrica

da fonte primária (concessionária), sendo os mesmos ficando responsáveis pelo fornecimento

de energia até a volta da energia da concessionária.

A forma de transferência de carga entre as fontes de alimentação

(concessionária/GMG; GMG/concessionária), pode ser de forma abrupta (com interrupção de

carga) ou gradual (sem interrupção de carga, também chamada “em rampa”), sendo que a

15

utilização de uma ou outra depende muito dos processos e/ou serviços presentes numa

instalação. A utilização da transferência de fonte em rampa (sem interrupção de carga), é mais

vantajosa para as instalações com data centers, como é o caso da regional Fortaleza do

SERPRO, pois evita uma diminuição da vida útil dos UPS, além de outras vantagens. Os

detalhes a esse respeito serão explicados no prosseguimento deste trabalho, assim como o

crescimento, importância e as classificações em relação à confiabilidade das instalações do

tipo data center, de acordo com os critérios e as normas mais utilizadas para este fim,

especificamente a norma internacional TIA 942 [2] e a classificação do Uptime Institute.

Para implementação da transferência de fontes em rampa, é necessário fazer o estudo

de curto-circuito da instalação, para assim, poder dimensionar e parametrizar os equipamentos

de proteção necessários para esse tipo de função (disjuntor de média tensão e relé de média

tensão), de acordo com os critérios da concessionária local, no caso, a COELCE.

1.1. OBJETIVO GERAL

Fazer o estudo de caso para a implementação de transferência de fontes em rampa nas

instalações do SERPRO regional Fortaleza, a fim de melhorar a confiabilidade elétrica da

instalação, que contém carga crítica do tipo data center.

1.2. ESTRUTURA DO TRABALHO

No capítulo 1 são apresentados, de forma geral, alguns conceitos básicos que são

detalhados ao decorrer do trabalho, além do objetivo geral do mesmo.

No capítulo 2 são discutidos com mais detalhes, conceitos teóricos relevantes em

relação às instalações elétricas com cargas críticas, com ênfase em cargas críticas do tipo data

center, que é caso do SERPRO. São descritos conceitos e a importância de instalações com

carga crítica e conceitos sobre a utilização dos dois principais equipamentos que formam um

sistema ininterrupto de energia (UPS’s e Grupos Motores Geradores). São apresentados

16

também conceitos sobre a classificação de instalações que contém data center, de acordo com

as exigências da norma TIA 942 e da classificação TIER do Uptime Institute.

No capítulo 3 são apresentados detalhes do sistema elétrico do SERPRO regional

Fortaleza, como as redundâncias de fontes de energia elétrica (UPS, GMG’s), descrevendo

detalhes de seus componentes e modos de funcionamento; integração entre as fontes

redundantes, entre outros detalhes. Também é explicada a proposta de mudança a ser feita na

transição de fontes de energia (implementação de transferência em rampa), assim como as

justificativas para a utilização desse modo de operação na instalação, descrevendo os

benefícios que ela vai trazer para a mesma. Uma das justificativas é a utilização dos GMG’s

no horário de ponta, onde é então feito um estudo de viabilidade econômica do uso dos

equipamentos para este fim.

No capítulo 4 são apresentados conceitos e exigências para a implementação da

transferência de fontes em rampa, de acordo com as diretrizes da Coelce, presentes na sua

norma DT- 104, de 2010. Também são apresentados os coordenogramas necessários para a

verificação de coordenação da proteção da instalação com a proteção da Coelce. Os cálculos

de curto-circuito e os cálculos de parametrização do equipamento de proteção (relé de média

tensão), para que seja possível a implementação da transferência de fontes em rampa,

encontram-se no anexo D.

No capítulo 5 são realizadas as conclusões deste trabalho, com a análise dos resultados

a serem obtidos com a instalação da transferência de fontes em rampa.

17

2. CONCEITOS TEÓRICOS

2.1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS COM CARGAS DE MISSÃO CRÍTICA

Instalações com carga de missão crítica são instalações que contém equipamentos cuja

interrupção de funcionamento pode resultar em prejuízos para os usuários e/ou beneficiários

dos serviços aos quais se destinam, logo, instalações desse tipo necessitam de energia segura e

de boa qualidade. Informações disponíveis por diversas pesquisas relacionadas aos custos

envolvidos em eventos isolados indicam expressivas perdas financeiras associadas, por

exemplo, a uma falha ou interrupção de suprimento de energia. Por exemplo, uma interrupção

por um minuto no suprimento de energia de uma mineradora pode causar um prejuízo

operacional de 100 mil dólares ou entre 400 e 600 mil dólares se o mesmo vier a ocorrer em

uma refinaria de petróleo [1].

A lista é bastante extensa e a ordem de grandeza dos prejuízos é similar. Os serviços

com cargas de missão crítica foram aprimorados com a evolução dos hardwares e softwares

ao longo dos anos. Esta nova tecnologia, que era cara e inacessível nas décadas de 1970 e

1980, foi barateada com a sua evolução e seu custo benefício se tornou cada vez mais

vantajoso em relação às perdas tidas, caso um sistema para o qual são destinados pare de

funcionar.

Uma abordagem abrangente relaciona as cargas críticas com os riscos das atividades a

serem desenvolvidas, podendo-se destacar 3 tipos: riscos materiais, riscos financeiros e riscos

envolvendo vidas humanas.

Alguns exemplos de instalações que estão associadas a esse tipo de “tratamento

especial” são:

• Hospitais;

18

• Instalações industriais onde uma parada do processo resulta em perda de produção não

recuperável e/ou em danos aos equipamentos tais como fábricas de vidro, siderurgia,

sistemas de envase, etc;

• Instalações de defesa e militares;

• Indústrias de fabricação de semicondutores, indústrias químicas e farmacêuticas,

indústrias petroquímicas;

• Data centers e instituições financeiras;

• Transporte urbano e trens;

• Instalações associadas à infraestrutura de cidades como sistemas de energia e

telecomunicações e saneamento.

Figura 1 – Exemplo prático de instalações elétricas para aplicação em missão crítica - Industrial

Fonte: Agência Sebrae de notícias

Um dos requisitos básicos de uma instalação com cargas críticas é que, além do

suprimento de energia pela concessionária, as instalações são também alimentadas por

sistemas de fontes interligadas que aumentam os indicadores de confiabilidade, tornando-os

expressivos a ponto de muitas vezes manter a indisponibilidade de suprimento de energia a

alguns minutos por ano. Com isso, essas instalações possibilitam que os seus componentes

19

sejam mantidos sem interrupção de operação das cargas alimentadas, inclusive nas atividades

de manutenção. A tecnologia destes componentes é, evidentemente, muito superior àquelas

aplicadas nas outras instalações clássicas. Algumas instalações contam até mesmo com

circuitos de alimentação vindos de subestações diferentes, sendo que, devido aos

consideráveis volumes de carga, a alimentação geralmente é feita em média ou alta tensão,

que apresentam indicadores de qualidade de energia bem superiores aos das instalações

alimentadas em baixa tensão.

Estas instalações normalmente são projetadas com modelos que não só atendem às normas

brasileiras clássicas, como as ABNT NBR 5410, ABNT NBR 14039, ABNT NBR 5419 entre

outras, mas também as recomendações de normas internacionais como o conjunto de normas

IEC, ANSI e IEEE.

Outro aspecto importante nesse tipo de instalação é a constante busca por melhores formas

e práticas de concepção e operação nas instalações, sendo a redução de energia gasta nos

processos um trabalho contínuo de potenciais de redução. Outras ações de sustentabilidade

são também tomadas pela equipe de operação e manutenção. Não são tolerados componentes

como transformadores sobrecarregados, banco de capacitores em situação de ressonância e

ocorrências de explosões intempestivas. Portanto, a confiabilidade envolve ações que vão

desde a concepção dos projetos das instalações, até os procedimentos de operação e as rotinas

de manutenção.

Tão importante quanto à confiabilidade, que indica a segurança de que a instalação

não vai falhar e provocar interrupções não programadas, a disponibilidade indica a quantidade

de horas por ano que a instalação estará disponível e operante, ou seja, em que o usuário não

será afetado por paralisações no suprimento de energia, climatização, água, telecomunicações,

etc. Apesar de o conceito de disponibilidade englobar o conceito de confiabilidade,

normalmente, ele é mais utilizado para diferenciar os tempos de interrupção programada para

ampliação das instalações ou para manutenção. Alta disponibilidade exige basicamente

20

topologia redundante ativa (dual-bus), além dos elementos necessários a uma alta

confiabilidade, de forma a permitir que paradas de manutenção/ampliação sejam efetuadas em

apenas um dos ramos de suprimento, enquanto o outro fica operante de forma transparente

para o usuário. Em termos econômico-financeiros, normalmente em instalações de grande

porte, os custos para implantação de infraestrutura redundante são bem menores que os

prejuízos provocados por paradas programadas [1].

Com o avanço da tecnologia ao longo dos anos, as instalações de cargas críticas se

moveram no caminho de torna-se mais eficientes e menos dispendiosas. Quando no passado

buscava-se disponibilidade a qualquer custo, hoje se busca o equilíbrio entre disponibilidade e

eficiência.

2.2. DATA CENTERS

Um dos principais tipos de instalações com carga crítica, são as instalações que

contém data center. Um data center é um ambiente que abriga servidores e outros

componentes como sistemas de armazenamento de dados e ativos de rede (switches,

roteadores etc), e tem como objetivo principal garantir a disponibilidade de equipamentos que

rodam sistemas essenciais para o funcionamento de uma organização. Ao longo da última

década a proliferação de tecnologias baseadas em rede e independentes de plataforma tornou

o data center mais estratégico do que nunca ao elevar a produtividade, incrementar os

processos de negócios e acelerar as mudanças. Os data centers são o foco estratégico dos

esforços de TI para proteger, otimizar e ampliar um negócio de forma lucrativa [1].

Um data center é constituído de várias áreas, entre elas, a área de telecomunicações,

responsável pela área de cabeamento estruturado e dados; a área de energia composta por

grupos geradores e nobreaks; a área de refrigeração composta pelo ar condicionado; a área de

segurança composta por controle de acesso e sistema integrado de TV; a área de detecção e

21

combate a incêndio; a área de supervisórios responsáveis pela automação integrada, entre

outras áreas de menor impacto.

Com o crescimento do uso da computação em nuvem, os data centers tornam-se, cada

vez mais, imprescindíveis na vida das empresas, e exigências como tempo de disponibilidade

e confiabilidade viram pré-requisitos, para assegurar o mínimo de qualidade dos serviços

prestados.

Figura 2 – Exemplo de data center

Fonte : DeServ Tecnologia e Serviços

Os índices de confiabilidade são quantificados percentualmente, por exemplo,

99,99999%, o que significa um altíssimo índice de segurança de que a instalação não falhe no

ponto de entrega do insumo, mesmo que para isso seja necessário prever redundância dupla,

tripla ou até quádrupla de sistemas. Ainda assim, um índice de confiabilidade de 99,99999%,

traduzido em termos de tempo, significaria 3 segundos de interrupção por ano, o que, no caso

do suprimento de energia de um data center, pode significar a parada de todos os

computadores e a indisponibilidade dos sistemas computacionais por pelo menos 4 horas, até

que os vários sistemas de grande porte que estavam sendo processados sejam novamente

recuperados e postos novamente em operação.

22

Em relação às normas, no Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT) desenvolveu a NBR 14565:2012, que estabelece as normas e melhores práticas de

cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers, sendo que a mesma é

baseada na norma internacional ISO/IEC 11801:2002 e ISO/IEC 24764. A norma brasileira

especifica, dentre outros, a estrutura do cabeamento, as interfaces para tomadas de

telecomunicações e de equipamentos, requisitos de desempenho de enlaces e dos canais de

cabeamento, requisitos de distâncias mínimas e máximas, requisitos de conformidade e

procedimentos de teste, verificação e certificação. Além disso, recomenda melhores práticas

para projeto e instalação de infraestrutura para data centers, cabeamento para sistemas de

automação e controle e simbologia para projeto de cabeamento. Para padronizar as instalações

de data centers em escala internacional, existe a norma ISO/IEC 24764:2010. Já nos Estados

Unidos, as normas seguidas para estes tipos de instalações são a TIA 942/2005 e a

ANSI/BICSI-002 [1].

Como os data centers são termômetros da saúde de muitas organizações, uma

infraestrutura confiável, flexível e redundante torna-se obrigatória. Devido a sua natureza, os

data centers devem evitar períodos de downtime e, para isso, os sistemas elétricos

desempenham um papel de fundamental importância. Para assegurar um alto índice de

confiabilidade e disponibilidade em um data center, entre outros aspectos, é necessário

assegurar energia com qualidade, segura e ininterrupta, para alimentar todos os sistemas e

subsistemas do mesmo.

2.3. REDUNDÂNCIA

O termo redundância representa a capacidade de um sistema em superar a falha de um

de seus componentes por meio do uso de recursos redundantes, ou seja, um sistema

redundante possui um segundo dispositivo que está imediatamente disponível para uso

quando da falha do dispositivo primário do sistema.

23

A norma largamente utilizada que se aplica na infraestrutura de um data center, de

acordo com a sua disponibilidade e a sua redundância é a ANSI/TIA 942

(Telecommunications Infrastructure Standard for Data Center) Infraestrutura de

Telecomunicações para Data Centers, de 2005. Segunda a mesma [2], as redundâncias (de

equipamentos de TI, alimentação de energia etc) são definidas da seguinte maneira:

2.3.1. N : Requisitos básicos de funcionamento

O sistema tem os requisitos básicos para o funcionamento e não possui nenhuma

redundância.

2.3.2. Redundância N+1

A redundância N+1 provê uma unidade, módulo, caminho ou sistema adicional em

relação aos requisitos mínimos. A falha ou manutenção em uma unidade, módulo ou caminho,

não vai interromper as operações da instalação. Um exemplo seria uma instalação que possui

um no-break para o caso de falta de energia da concessionária.

2.3.3. Redundância N+2

A redundância N+2 provê duas unidades, módulos, caminhos ou sistemas adicionais

em relação aos requisitos mínimos. A falha ou manutenção em duas unidades, módulos ou

caminhos, não vai interromper as operações da instalação. Um exemplo seria uma instalação

que possui um no-break e um grupo gerador para o caso de falta de energia da concessionária.

2.3.4. Redundância 2N

A redundância 2N provê duas unidades, módulos, caminhos ou sistemas completos

para a instalação. Seria, por exemplo, uma instalação alimentada por duas concessionárias de

distribuição de energia diferentes ou até mesmo duas ligações provenientes de subestações

diferentes da mesma concessionária.

24

2.3.5. Redundância 2 (N+1)

Seria a redundância 2N adicionada de mais alguma unidade, módulo, caminho ou

sistema. Por exemplo, uma instalação alimentada por duas concessionárias de distribuição de

energia diferentes, sendo que houvesse também um no-break para o caso de falta de energia

das duas concessionárias.

Figura 3 – Exemplo de um No-break utilizado para prover redundância elétrica a uma instalação

Fonte :NHS Nobreaks e Estabilizadores

Os sistemas em redundância buscam que a instalação tenha a capacidade de entrar em

algum processo de manutenção, retrofit ou teste sem a necessidade de interrupção das

operações. Também é válido citar que, a infraestrutura para implantação de um sistema de

redundância deve levar em consideração um futuro aumento de carga, deixando alguma

''folga'' na capacidade dos equipamentos destinados a este fim.

2.4. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO TIER

A classificação de infraestrutura de data center (TIER), tem como objetivo delimitar a

topologia para projetistas e operadores e de mensurar o desempenho final requerido pelo nível

de criticidade da planta. Segundo Marin [3], o Uptime Institute foi pioneiro por esta

25

classificação, começando seus estudos em 1995, sendo largamente reconhecida e utilizada

mundialmente como referência em projetos de data center. Sua classificação foca no

desempenho e na integração dos componentes, como: capacidade de redundância dos

elementos, capacidade de manutenção concorrente e capacidade de tolerância a falhas. As

quatro possíveis classificações TIER foram originalmente definidas pelo Uptime Institute no

seu documento “Data Center Site Infrastructure Tier Standard: Topology”. São elas:

2.4.1. Data Center TIER I – Básico

Um data-center TIER I é suscetível a interrupção de funcionamento em situações

planejadas e não-planejadas. Ele possui um sistema de distribuição de energia e um sistema de

resfriamento, não contém um piso elevado, no-break's ou um grupo gerador, prevendo assim

um nível mínimo de distribuição de energia elétrica para atender exigências de carga elétrica,

com nenhuma redundância de rotas físicas ou lógicas. Neste caso uma falha elétrica ou uma

manutenção poderá ocasionar a interrupção parcial ou total das operações. Não é necessária

redundância de alimentação de energia na entrada da empresa. Deve prever um sistema de

acondicionamento de ar simples/múltiplos com a capacidade de resfriamento combinada para

manter a temperatura e a umidade relativa das áreas críticas nas condições projetadas, sem

unidades redundantes.

Apresenta como potenciais pontos de falha:

• Falta de energia da concessionária no data center ou na Central da Operadora de

Telecomunicações

• Falha de equipamentos da Operadora

Tier 1 possui uma disponibilidade de 99.671% e pode ter um downtime (tempo que o

sistema não está operacional) de 28,8 horas/ano, sem redundância energética ou de

refrigeração.

26

2.4.2. Data Center TIER II – Componentes redundantes

Instalações TIER II são um pouco menos suscetíveis a interrupções de funcionamento,

seja por eventos planejados ou não planejados, do que as instalações básicas TIER I. Contém

módulos UPS redundantes em N+1(básico mais um) e sala que utiliza estrutura com piso

elevado. É necessário um sistema de gerador elétrico dimensionado para controlar todas as

cargas do data center, apesar de não ser necessário conjuntos de geradores redundantes.

Também não é necessária qualquer redundância na entrada de serviço de distribuição de

energia. Os sistemas de ar-condicionado devem ser projetados para a operação contínua 7 dias

/24 horas/365 dias/ano, e incorporam um mínimo de redundância N+1.

Assim, um data center Tier 2 possui uma disponibilidade de 99.749%, podendo ter em

média um downtime de 22 horas/ano e redundância parcial em energia e refrigeração.

2.4.3. Data Center TIER III

Um data center TIER III tem pelo menos dois caminhos para o sistema distribuição de

energia e de refrigeração, mas só um caminho está ativo por vez, sendo que também possui

equipamentos redundantes no esquema N+1. A infraestrutura do data center dessa categoria

permite a execução de atividades programadas sem a necessidade de desligamento do

hardware. As atividades programadas incluem: manutenção preventiva dos equipamentos;

reparo ou substituição de componentes, testes de componentes ou sistemas, entre outros. No

caso de grandes instalações são utilizados sistemas de refrigeração redundantes que possuem

saídas separadas, o que permite a possibilidade de interrupção de um destes componentes sem

interrupção do serviço de refrigeração.

Assim, um data center TIER III possui uma disponibilidade de 99.982%, podendo ter

em média um downtime de 1.6 horas/ano.

27

2.4.4. Data Center TIER IV – Alta tolerância a falhas

Os data center’s com classificação TIER IV devem prover uma disponibilidade

elétrica com uma configuração “2(N+1)", dessa maneira o edifício deve ter pelo menos duas

alimentações de energia vindas das concessionárias a partir de diferentes subestações para fins

de redundância, sendo que os dois caminhos ficam ativos ao mesmo tempo. Tem mais de um

caminho também para o sistema de resfriamento. Uma vez que dois caminhos estão

normalmente ativos, a infraestrutura provê um maior grau de proteção contra falhas.

Na classificação TIER 4 todos os computadores e equipamentos de telecomunicação

possuem múltiplas alimentações de energia, assim os equipamentos continuam funcionando

mesmo se uma das entradas de energia parar de funcionar. Os equipamentos ativos de

informática (roteadores, modens das operadoras, comutadores LAN/SAN) devem ser

redundantes. O sistema deve prover a comutação automática para os equipamentos de backup.

Estes tipos de data centers não são comuns, por causa dos altos custos de construção e

operação, e geralmente se justificam apenas quando falamos de processamentos que exigem

alto sigilo e disponibilidade tendendo a 100%. A capacidade dos equipamentos, condutores e

afins deve suportar a situação em que toda a carga fica em um só caminho, enquanto o outro

estaria em manutenção.

Assim, um data center Tier IV possui uma disponibilidade de 99.995%, podendo ter

em média um downtime de 0.4 horas/ano. A tabela 1 resume as principais características dos

quatro tipos de classificação TIER.

Tabela 1 – Resumo da classificação TIER

TIER I

• Única rota para sistemas de energia e

ventilação

• Sem redundância

• Suscetível a interrupções por atividades

planejadas e não planejadas

28

• 28,8 horas de downtime anuais

TIER II

• Única rota para sistemas de energia e

ventilação

• Componentes redundantes

• Piso Elevado

• Menos suscetível a interrupções comparado

ao TIER I

• 22 horas de downtime anuais

TIER III

• Múltiplas rotas para sistemas de energia e

ventilação(somente uma ativa)

• Componentes redundantes

• Permite qualquer alteração de layout e

manutenção sem interrupções das atividades

operacionais

• 1,6 horas de downtime anuais

TIER IV

• Sistemas de energia e ventilação distribuídos

• Componentes redundantes

• Todos os hardwares devem possuir fonte de

energia redundante

• Sustentar ao máximo uma falha não planejada

• 0,4 horas de downtime anuais

Fonte : Autoria Própria

2.5. SISTEMAS ININTERRUPTOS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA

O planejamento e implementação de redundância e contingência de energia elétrica em

uma instalação deve:

• Prever um sistema alternativo de fornecimento de energia;

• Selecionar as áreas com maior prioridade para o abastecimento de energia;

• Definir o período de autonomia para o sistema;

• Prover os recursos necessários para o funcionamento do sistema alternativo durante o

período de autonomia pretendido.

29

Um sistema ininterrupto de energia não tange apenas a existência ou não da

alimentação de energia elétrica num determinado momento, mas também age em relação à

qualidade dessa energia, como quando ocorrem variações na tensão ou frequência nominal da

rede da concessionária, em relação a um valor pré-estabelecido (+/- 10% de Vnominal ou +/-

5% da frequência nominal, por exemplo).

Como as instalações da empresa na qual esse trabalho se baseia conta com carga de

missão crítica do tipo data center e, como foi dito nas seções anteriores, esse tipo de carga

necessita de alto nível de confiabilidade tanto dos equipamentos utilizados no seu

funcionamento, como no fornecimento da energia que alimenta os mesmos. Como o foco do

trabalho é a parte elétrica das instalações com carga de missão crítica, especificamente nas

instalações do SERPRO Regional Fortaleza, é válido falar de uma maneira geral, e destacando

algumas particularidades, sobre os dois principais equipamentos utilizados para a formação de

um sistema ininterrupto de fornecimento de energia, para um caso de falha na rede da

concessionária, que são os nobreak's e os grupos motores geradores.

2.5.1. NO BREAK'S ou UPS

Os No Break’s também chamados de UPS ( uninterruptible power supply/ fonte de

alimentação ininterrupta) são equipamentos que atuam como um sistema secundário de

energia elétrica, suprindo energia as cargas ligadas a ele, no caso de interrupção de

fornecimento de energia da fonte primária, geralmente uma concessionária de energia elétrica.

Sua fonte de energia é uma bateria que fica sendo carregada quando a fonte de energia

primária está funcionando corretamente. Sua autonomia geralmente varia entre 10 e 15

minutos, dependendo da quantidade e potência dos equipamentos conectados a ele.

Até os anos 1970, quando a eletrônica de potência e o uso de computadores ainda

davam os seus primeiros passos, a única tecnologia disponível no mercado para a manutenção

30

da alimentação de energia elétrica eram os chamados UPS rotativos, que se utilizavam de

geradores diesel acoplados a alternadores de energia por meio de um volante de inércia, que

mantinha a energia ativa para a carga em caso de falha da rede. Esse tipo de tecnologia era

cara e ineficaz. Com o avanço da eletrônica de potência e da eletrônica digital, com os

surgimentos de semicondutores de potência e dos circuitos integrados, surgiram os UPS's

estáticos, que no início ainda eram caros e ineficientes, em termos de geração de perdas

elétricas, porém eram bastante robustos.

Com o tempo foram implementadas as UPS's a tecnologia de PWM, que utiliza o

princípio de regulação, comparando o sinal de saída com um sinal de referência. Após alguns

anos os transistores de potência antigos foram sendo substituídos por transistores do tipo

IGBT, chaveiam mais rápido. Como os controles são muito rápidos e as frequências de

chaveamento elevadas, as grandezas elétricas de saída de um UPS passaram a ser muito

melhor reguladas[1].

Figura 4 – Um UPS de 100kVA

Fonte : Schneider Eletric

31

2.5.1.1. TOPOLOGIAS

A topologia dos UPS designa a disposição lógica dos seus elementos, o que resulta na

forma como os equipamentos funcionam para atender a sua finalidade. Existem 3 topologias

de UPS: UPS off line; UPS line interative; UPS online dupla conversão. Todos os UPS's

disponíveis no mercado aplicam uma dessas três topologias.

UPS offline

É a topologia mais simples das três. A carga é alimentada diretamente pela rede

elétrica, que também alimenta um retificador, o qual tem a função de manter o banco de

baterias carregado. Numa falta da rede elétrica, a chave de saída comuta para o ramo inversor

que passa a usar a energia vinda das baterias e assim mantém as cargas alimentadas. O

esquema dessa topologia pode ser vista na figura 5.

Figura 5 – Diagrama do modelo UPS off-line

Fonte: Revista O Setor Elétrico

Esse tipo de topologia é a mais barata, já que o ramo de eletrônica de potência é

dimensionado para funcionar somente quando de uma falha de energia. Trata-se de um

equipamento simples e pouco eficaz, sendo utilizado, usualmente, apenas no mercado

doméstico e em pequenos negócios.

32

UPS line interative

A topologia line interative é a topologia off line, adicionada de alguns elementos que

tornam o UPS mais confiável e complexo. Nessa topologia, a carga continua sendo

alimentada diretamente pela rede elétrica, mas não de forma direta. A energia passa por um

''tratamento'', através de um regulador de tensão e de filtros LC. A rede também mantém a

bateria carregada através do uso de um retificador, como na topologia anterior. Quando a

energia da rede é interrompida ou sai da tolerância, a chave de transferência comuta, dessa

maneira a carga passa a ser alimentada pelo inversor do UPS, com a energia vinda das

baterias. O esquema dessa topologia pode ser vista na figura 6.

Figura 6 – Diagrama do modelo UPS line interative

Fonte: Revista O Setor Elétrico

Nesse tipo de topologia, o UPS é mais robusto e oferece maior qualidade de proteção a

carga.

UPS Dupla Conversão

A topologia de dupla conversão recebe esse nome pois a energia que vem da rede da

concessionária passa por duas conversões, sendo que primeiro a corrente CA é transformada

em CC para carregar as baterias e suprir a energia para o inversor, onde sofre nova

transformação, de CC para CA, para só então ir alimentar as cargas. No regime normal de

operação a energia da rede alimenta o retificador, que faz a conversão CA/CC. A energia CC

alimenta, de forma direta ou indireta, o banco de baterias e também a entrada do inversor (de

33

forma direta ou indireta, dependendo da tecnologia empregada). O inversor faz a

transformação da energia CC em uma energia CA completamente desvinculada da energia

vinda da rede da concessionária, sempre com tensão e frequência reguladas. No caso de queda

de energia as baterias entram em ação para prover energia para as cargas. O esquema dessa

topologia pode ser vista na figura 7.

Figura 7– Diagrama do modelo UPS dupla conversão

Fonte: Revista O Setor Elétrico

Qualquer que seja o estado de operação (normal ou emergência), as cargas são sempre

alimentadas por uma energia limpa, sempre regulada em tensão e frequência. Os UPS com

essa topologia são os mais caros disponíveis no mercado, pois os componentes de eletrônica

de potência tem que ser dimensionados para operar 100 % do tempo com a potência nominal

do UPS passando por eles. Pelas vantagens e qualidades de manter a energia na carga limpa e

regulad, os UPS’s com essa topologia são os mais utilizados em instalações de cargas críticas.

2.5.1.2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA

É fato que, um plano efetivo de manutenção preventiva poupará tempo e dinheiro,

diminuindo as interrupções do serviço e os custos em caso de período de inatividade, bem

como aumentando o retorno global do investimento e estendendo a vida útil do equipamento

de missão crítica.

34

Entre as causas mais comuns que causam falhas em UPS estão:

• Baterias

As baterias são o coração de qualquer UPS e exigem inspeção e manutenção,

independentemente da sua idade ou tempo de garantia. Pesquisas realizadas no setor mostram

que até 20% das falhas de UPS podem ser atribuídas a baterias ruins, com a temperatura e as

descargas acumuladas citadas como as principais razões. Durante uma visita de manutenção

preventiva, os dados são obtidos a partir de procedimentos de testes exaustivos, durante os

quais a medição da impedância ou da condutância mostra o desempenho da bateria e

identifica qualquer bateria com potencial de falha interna.

• Conexões internas dos UPS’s

Podem ser afetadas por vibrações do edifício ou de máquinas próximas aos UPS.

Recomenda-se que o UPS seja verificado a cada três meses para que os pontos quentes sejam

analisados.

• Ventiladores

Ventiladores podem falhar devido às suas próprias limitações mecânicas ou elétricas,

ou quando os seus rolamentos tornam-se secos. Alguns ventiladores podem apresentar um

bom desempenho por mais de dez anos de uso contínuo, enquanto outros funcionam apenas

por curtos períodos antes de travar por razões mecânicas.

• Capacitores

Um UPS típico contém uma dúzia ou mais de capacitores eletrolíticos de diferentes

tipos e valores, que fazem o papel de suavizar e filtrar as flutuações de tensão. Como acontece

com as baterias, os capacitores também sofrem degradação ao longo do tempo. Quando

acontece a falha de um capacitor, pode ser que não ocorram efeitos imediatos, mas os outros

capacitores ficam operando com capacidade acima do normal, para compensar o capacitor

35

defeituoso, o que reduz a vida útil dos mesmos. Assim, a inspeção dos capacitores numa

manutenção preventiva otimiza o funcionamento do UPS e também aumenta a sua vida útil.

• Contatores

Os contatores podem acumular uma camada fina de poeira e outras substâncias

resistivas, sendo necessário realizar as inspeções e a limpeza para evitar falhas prematuras.

• Filtros de ar

Os filtros de ar podem ficar bloqueados pelo acúmulo de poeira e causar o

desligamento do UPS devido ao sobreaquecimento. Por isso, eles devem ser inspecionados

todos os meses, sendo a troca dos filtros um componente barato de um plano de manutenção

eficaz para UPS.

Assim, a manutenção preventiva é crucial para alcançar o desempenho máximo do

equipamento, oferecendo a oportunidade de detectar e corrigir eventuais problemas antes que

eles se tornem significativos e caros, minimizando assim o risco de paradas não planejadas.

2.5.2. GRUPOS GERADORES

Um Grupo Motor Gerador (GMG) é um equipamento que possui um motor (que pode

ter como combustível o diesel, a gasolina ou gás natural), o qual seu eixo encontra-se

acoplado a um gerador de moderna tecnologia e montado sobre base metálica, com

acionamento manual ou automático. Os GMG’s podem ser usados de forma singela ou em

paralelo com outros grupos geradores e podem ou não estar instalados em contêineres

atenuadores de ruídos.

36

Devido à sua importância, os grupos geradores devem ser selecionados e utilizados de

modo a fornecer um suprimento de energia elétrica confiável, de qualidade, e, na quantidade

necessária. Cada instalação de um grupo gerador requer a utilização de um equipamento de

transferência de energia, seja(m) ele(s) chave(s) comutadora(s) ou chave(s) de paralelismo. O

equipamento correto de trabalho e sua correta aplicação são fundamentais para sua operação

confiável e segura.

Figura 8 – Um Grupo Motor gerador (GMG)

Fonte: Cummings Power Generation

Os GMG’s são bastante utilizados em indústrias, mas atualmente, não só os

parques industriais buscam esse tipo de equipamento, mas outros segmentos da atividade

econômica também aderem a essa tecnologia, tais como hotéis, shopping centers etc.

Em geral, a potência dessas unidades supre somente parte da carga, chamada de carga

crítica ou prioritária, tais como iluminação de emergência, máquinas que operam com

materiais plásticos que endurecem em seu interior, sistemas frios de fábricas de cerveja etc.

37

A indústria pode adquirir a sua unidade de geração com a capacidade superior a suas

necessidades atuais, conectando-se ao mesmo tempo a rede elétrica da concessionária. Se o

custo da energia gerada por ela for inferior ao valor da energia comprada ao seu fornecedor, a

indústria deixa de comprar desse fornecedor e passa a gerar a sua própria energia. Caso

contrário, a geração própria poderia ser utilizada somente no horário de ponta de carga,

reduzindo substancialmente o valor da fatura de energia elétrica [4].

A classificação quanto ao regime de operação de um grupo gerador (segundo sua

potência nominal) é especificada pelo fabricante. Esta classificação estabelece as condições

de carga máxima permitida para um grupo gerador. Essa classificação pode ser do tipo:

Stand-by

Os GMG’s que funcionam em regime de stand by fornecem energia durante uma

interrupção no fornecimento pela fonte de energia usual (rede da concessionária). Para esta

classificação, não se admite qualquer valor para capacidade de sobrecarga sustentada. Esta

classificação é aplicada apenas para instalações servidas por uma fonte usual e confiável de

energia e cargas variáveis que apresentem um fator médio de consumo de carga

correspondente à 80% da classificação stand by durante um período de tempo máximo de 200

horas de operação por ano, ou, por um período de tempo máximo de 25 horas por ano, com

consumo de carga correspondente à 100% de sua classificação stand by.

A classificação stand by é utilizada somente para definir aplicações de emergência e

stand by, nas quais o grupo gerador serve como uma reserva para a fonte usual de energia.

Prime

Os GMG’s que funcionam em regime Prime fornecem energia elétrica em substituição

a energia adquirida da empresa distribuidora. O número de horas de operação permitido por

38

ano é ilimitado para aplicações com carga variável, porém, é limitado para aplicações com

carga constante, conforme se descreve abaixo:

• Operação com tempo ilimitado

Permite que o grupo gerador esteja disponível por um número “ilimitado” de horas de

operação, ao ano, em aplicações com carga variável. Aplicações que exijam qualquer

operação em paralelo com a fonte usual de energia, com carga constante, estão sujeitas à

limitações de tempo de funcionamento. Em aplicações com carga variável, o fator de carga

médio não deve exceder 70% da Classificação de Energia Prime. Uma capacidade de

sobrecarga de 10%, é admissível, por um período máximo de 1 hora para cada de um período

de 12 horas de operação, porém, não deverá exceder 25 horas ao ano. O tempo total de

operação na classificação “Prime” não deve exceder 500 horas por ano.

• Operação com tempo limitado

Permite que o grupo gerador esteja disponível por um número ‘’limitado” de horas de

operação, ao ano, em aplicações com carga constante, tais como, energia interrompível,

redução de carga, corte de pico e outras aplicações que, em geral, envolvem a operação em

paralelo com a fonte usual de energia. Os grupos geradores podem operar em paralelo com a

fonte usual de energia durante até 750 horas por ano, em valores de potência que não excedam

a classificação de “Energia Prime”. Deve-se ressaltar que a vida útil do motor será reduzida

caso seja utilizado de modo constante para alimentar altos valores de carga. Qualquer

aplicação que exija mais de 750 horas de operação por ano conforme os parâmetros da

classificação “Prime”, deverá, ao invés disso, utilizar a classificação Energia de Carga Básica.

A classificação “Energia de Carga Básica” aplica-se ao fornecimento contínuo de energia

para uma carga de até 100% da classificação básica, por um número ilimitado de horas. Não é

especificada qualquer capacidade de sobrecarga sustentada disponível para esta classificação.

39

Esta classificação aplica-se para a operação de carga básica pela fonte usual de energia. Neste

tipo de aplicação, os grupos geradores são conectados em paralelo com a fonte usual de

energia e trabalham sob carga constante por longos períodos de tempo [5].

2.5.2.1. RECOMENDAÇÕES QUANTO AO NÍVEL DE CARGA

ATENDIDA

Os grupos geradores não devem operar com carga muito abaixo da sua capacidade

nominal, sob risco de trazer danos ao motor e também reduzir sua vida útil. Os motores diesel

são projetados e seus componentes internos normalmente dimensionados para condições de

carga próximas da nominal, ocasião em que seus sistemas internos atingem temperaturas cujas

dilatações térmicas permitem vedações mais eficientes, como é o caso dos anéis de vedação

dos cilindros do motor. Com cargas reduzidas, os sistemas de água de arrefecimento, óleo

lubrificante e outros, trabalham em temperaturas mais baixas, caracterizando uma anomalia às

condições do equipamento. Os riscos de problemas e intensidade dos desgastes no motor

estarão diretamente associados ao tempo de operação que o grupo gerador ficar submetido a

estas condições de baixa carga [6]. Nessa condição, o acabamento acetinado das paredes

internas dos cilindros do motor transforma-se em um espelhado polido devido à fricção

constante dos pistões. Esta condição é conhecida como um "espelhamento" dos cilindros. Isto

é péssimo, uma vez que todas as propriedades de lubrificação são perdidas, pois o óleo não

pode aderir aos lados [7]. Além disso, a operação com baixa carga também pode provocar

acúmulo de óleos não queimados pelo motor no interior do silencioso da tubulação de gases

de descarga. Esta situação pode trazer risco de explosão ao silencioso, caso o motor passe a

operar com cargas elevadas e consequentes altas temperaturas no interior desse acessório [6].

Em geral, os fabricantes de grupos geradores não recomendam utilizar o equipamento

com uma carga que corresponda menos do que 30% de sua potência nominal.

40

2.5.2.2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Uma rotina de manutenções tem o objetivo de garantir a operacionalidade do grupo

gerador nas condições apropriadas, o que proporciona um melhor desempenho e rendimento

ao equipamento, além de evitar a incidência de falhas, prolongando a sua vida útil.

Os fabricantes recomendam diferentes tipos de manutenção, de feitos de período em

período(semanal, mensal etc), como:

Manutenção Semanal:

• Realizar inspeção visual, principalmente no que diz respeito aos contatos dos relés;

• Examinar as condições das baterias de partida dos grupos geradores, verificando o

nível do eletrólito, o aperto dos terminais de conexão dos cabos e a tensão por

elemento, com o retificador desligado;

• Verificar o funcionamento de todas as sinalizações e do alarme sonoro;

• Verificar o funcionamento das chaves seletoras, checando a área de contato das

mesmas.

Manutenção Mensal:

• Examinar possíveis faíscamentos nos contatos auxiliares dos relés, assim como nos

disjuntores do circuito de força, trocando-os quando a superfície de contato não

apresentar mais condições de trabalho;

• Examinar os conectores de interligação interna e externa, observando qualquer mau

contato que tenha surgido;

• Retirar a poeira acumulada na parte interna do quadro, usando preferencialmente

aspirador de pó com ponteira plástica e um pequeno pincel isento de óleos, tintas,

graxas, etc.

Manutenção Trimestral:

• Fazer um reaperto geral em todos os parafusos que contenham ligações elétricas;

41

• Verificar a precisão de ajuste dos sensores, bem como da sua atuação;

• Verificar ajustes dos temporizadores em geral;

• Testar todos os sobressalentes;

• Testar o sistema de sinalização e comando por interrupção de fusível, usando um

fusível de alarme queimado como simulador.

Além disso, é recomendável fazer o equipamento funcionar, manual ou

automaticamente, pelo menos duas vezes por mês, preferencialmente com carga. Também é

recomendado examinar durante o funcionamento do grupo gerador a temperatura dos relés,

contatores, transformadores, etc. Em relação aos principais consumíveis, que são os óleos

lubrificantes e filtros de óleo, recomenda-se a troca/substituição destes componentes após

250h de uso do equipamento, ou no prazo de 12 meses nos casos em que o grupo gerador seja

utilizado em sistema de stand-by/emergência.

2.5.2.3. CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DE UTILIZAÇÃO

DO ÓLEO DIESEL EM MOTOR

Os GMG's com motores a diesel são os mais utilizados no mercado. Segundo Mamede

[4], o motor a diesel é dito de “ignição por compressão’’, o que quer dizer que a mistura de

combustível é inflamada quando uma nuvem de óleo é injetada pela bomba de alta pressão no

ar quente contido no cilindro. O aquecimento do ar é devido a compressão praticamente

adiabática (sem troca de calor com o exterior), sendo efetuada pelo pistão do motor. Ao

contrário, no motor de ciclo Otto a ignição é desencadeada pela centelha que salta entre os

eletrodos da vela de ignição. Esta diferença entre os modos de inflamar a carga impõe

características físico-químicas distintas aos combustíveis usados em um e outro desses

motores.

42

O combustível do ciclo Otto utiliza derivados leves do petróleo (naftas leves, propano,

butano etc), gás natural, álcool e outras substâncias gasosas ou que possam ser facilmente

vaporizadas antes de entrar no cilindro do motor. Por outro lado, esses combustíveis devem

resistir a compressão moderada típica do ciclo Otto (de 1 para até 12 atmosferas) sem entrar

em ignição que seria, nestes casos, explosiva devido à elevada velocidade de propagação da

chama nesses combustíveis e à decomposição e recomposição molecular. O parâmetro que

caracteriza a resistência à ignição por compreensão é o Número de Octano (NO). Para o

combustível do ciclo Otto é desejável elevado número de octano.

Por outro lado, a facilidade de um combustível entrar em compressão é expressa pelo

Número de Cetano(NC). O número de cetano do combustível diesel caracteriza, em certa

medida, cinética da combustão; e tem, portanto, influência no espectro de substâncias

emitidas pelo motor. O combustível diesel é uma mistura de hidrocarbonetos de moléculas

mais pesadas do que as dos hidrocarbonetos da gasolina e, consequência, de menor razão de

massas hidrogênio/carbono, o que determina elevada emissão de compostos de carbono por

unidade de energia final entregue ao motor. Entretanto, as características do ciclo diesel que

asseguram rendimento térmico superior ao do ciclo de Otto ( como o fato operar com grande

excesso de ar) compensam amplamente a desvantagem decorrente da composição do

combustível, quando o parâmetro de interesse é emissão de poluentes e energia de utilização.

No Brasil, a partir do início da década de 1990 houve um movimento de melhoria da

qualidade do diesel motivado pela legislação sobre a qualidade do ar. Na atualidade, há quatro

faixas de especificação do número de cetano para uso rodoviário, urbano, metropolitano,

ensaios e outros usos. A faixa de variação vai de NC=40 a 45. Nos países onde a legislação

ambiental é mais rigorosa, o diesel urbano tem NC=50.

Outras características relevantes do combustível diesel (para emissões) são a

densidade, a viscosidade, a composição, o teor de enxofre, a presença de contaminantes, o

43

teor de hidrocarbonetos cíclicos (aromáticos, derivados da cadeia fundamental do benzeno) e,

obviamente, o poder calorífico.

2.6. CURTO-CIRCUITOS

Um curto-circuito é uma redução abrupta e acentuada de um circuito, o que ocasiona

um aumento da corrente que circula no mesmo (chamada corrente de curto-circuito ou de

falta) em valores bem acima dos nominais.

Segundo Stevenson [8], essa corrente é determinada pelas forças eletromotrizes

internas das máquinas do circuito, por suas impedâncias e pelas impedâncias do circuito

situadas entre as máquinas e a falta.

A análise de curto-circuito é de extrema importância para um correto planejamento e

proteção de um sistema elétrico, seja ele em baixa ou alta tensão. Os valores dessas correntes

são baseados no conhecimento das impedâncias, desde o ponto de defeito até a fonte

geradora.

De acordo com Mamede [4], as correntes de curto circuito adquirem valores de grande

intensidade, porém com duração geralmente limitada a frações de segundo. São provocadas

geralmente pela perda de isolamento de algum elemento energizado do sistema elétrico. Os

valores de pico estão, normalmente, compreendidos entre 10 e 100 vezes a corrente nominal

no ponto de defeito e dependem da localização deste. Além das avarias provocadas com a

queima de alguns componentes da instalação, as correntes de curto-circuito geram solicitações

de natureza mecânica, atuando, principalmente, sobre os barramentos, chaves e condutores,

ocasionando o rompimento dos apoios e deformações na estrutura dos quadros de

distribuição, caso o dimensionamento destes não seja adequado aos esforços eletromecânicos

resultantes.

44

Figura 9 – Danos causados por um curto-circuito em um quadro elétrico

Fonte : Scheneider Eletric

2.6.1. TIPOS DE CURTO-CIRCUITO

Os curtos-circuitos podem ser de 3 tipos:

2.6.1.1. Curto-circuito trifásico

Caracteriza-se quando as tensões nas três fases se anulam no ponto de defeito. Por

serem geralmente de maior valor, são de fundamental importância devido a larga faixa de

aplicação, como nos seguintes casos:

• Ajustes dos dispositivos de proteção contra sobrecorrente;

• Capacidade térmica dos cabos e equipamentos;

• Capacidade de interrupção dos disjuntores;

• Capacidade dinâmica dos barramentos coletores.

A figura 10 ilustra um curto circuito trifásico.

45

Figura 10 – Curto-circuito trifásico

Fonte : SANTOS, Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade de São Paulo[9]

2.6.1.2. Curto-circuito bifásico

Ocorre em duas situações distintas:

• No contato somente entre dois condutores de fases diferentes, como ilustra a figura 11

Figura 11 – Curto-Circuito bifásico

Fonte : SANTOS, Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade de São Paulo[9]

• No contato entre duas fases diferentes mais a participação do elemento terra, como

ilustra a figura 12.

46

Figura 12 - Curto-Circuito bifásico-terra

Fonte : SANTOS, Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade de São Paulo[9]

2.6.1.3. Curto-circuito fase-terra

Ocorre quando há contato entre o condutor de fase e a terra, conforme ilustra a figura

13. As correntes de curto fase-terra são utilizadas para os seguintes casos:

• Seção mínima do condutor de uma malha de terra;

• Ajuste dos valores mínimos dos dispositivos de proteção contra sobrecorrentes;

• Limite das tensões de passo e de toque;

• Dimensionamento do resistor de aterramento.

Figura 13 – Curto-Circuito fase-terra ou monofásico

Fonte : SANTOS, Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade de São Paulo[9]

Os curtos-circuitos podem ainda ser classificados em relação à presença ou não de

uma impedância de falta, ou seja, uma impedância situada entre os pontos de potencial

47

diferente, onde ocorreu o curto-circuito. Quando não existe uma impedância presente, os

curtos-circuitos são chamados de curtos-circuitos francos.

O conhecimento dos valores das correntes de curto-circuito é a base de qualquer

sistema de proteção elétrica de uma instalação. Com eles são dimensionados os fusíveis e

disjuntores, além de determinados os valores nominais dos dispositivos e equipamentos a

serem utilizados em função dos limites da corrente de curto-circuito indicados por seus

fabricantes.

O detalhamento dos cálculos das correntes de curto-circuito, assim como os cálculos

de parametrização do relé de média tensão da instalação, está presente no capítulo 4.

48

3. SISTEMA ELÉTRICO DO SERPRO REGIONAL FORTALEZA

3.1. O SERPRO

O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) é uma empresa pública

vinculada ao Ministério da Fazenda. Foi criada no dia 1º de dezembro de 1964, pela Lei nº

4.516, com o objetivo de modernizar e dar agilidade a setores estratégicos da Administração

Pública brasileira. A empresa, cujo negócio é a prestação de serviços em Tecnologia da

Informação e Comunicações para o setor público, é considerada uma das maiores

organizações públicas de TI no mundo.

O Serpro desenvolve programas e serviços que permitem maior controle e

transparência sobre a receita e os gastos públicos, além de facilitar a relação dos cidadãos com

o governo. Consolidou-se aprimorando tecnologias adotadas por diversos órgãos públicos

federais, estaduais e municipais, e incorporadas à vida do cidadão brasileiro. A sede situa-se

em Brasília (DF), possuindo regionais em 11 capitais de acordo com as regiões fiscais

(Brasília, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo,

Curitiba, Porto Alegre e Florianópolis) e escritórios em todos os estados da federação. São

cerca de 10 mil empregados alocados em mais de 330 municípios brasileiros.

Dentre as várias soluções desenvolvidas com essas características destacam-se a

declaração do Imposto de Renda via Internet (ReceitaNet), a nova Carteira Nacional de

Habilitação, o novo Passaporte Brasileiro e os sistemas que controlam e facilitam o comércio

exterior brasileiro (Siscomex).

49

3.2. NO-BREAK'S (UPS’s)

É importante ressaltar que a rede elétrica interna do SERPRO - Regional Fortaleza, é

provida na tensão de 220V fase-fase, diferente do padrão de distribuição da concessionária

local, que é de 380V fase-fase. Em virtude disso é necessária a utilização de transformadores

de baixa tensão para adequações dos níveis de tensão dos equipamentos com as instalações.

O sistema elétrico do SERPRO é contém 3 equipamentos UPSs, sendo um de 40kVA-

380V(Newave), um de 60kVA-380V(Siemens) e um de 160kVA-380V(GE), com seus

respectivos bancos de baterias, transformadores (380/220V) elevadores e rebaixadores, na

entrada e saída dos mesmos, de forma a adequar a tensão do equipamento (380V trifásica) à

rede de alimentação da Regional Fortaleza do SERPRO (220V trifásica).

Figura 14 – UPS’s de 40 kVA e 60 kVA respectivamente, presentes na instalação

Fonte : SERPRO Regional Fortaleza

50

Figura 15 – UPS de 160 kVA, presente na instalação

Fonte : SERPRO Regional Fortaleza

3.2.1. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

As informações foram obtidas da própria documentação e/ou verificação nas

instalações do SERPRO Regional Fortaleza [10].

3.2.1.1. Condutores

Constituídos de cobre, têmpera mole, encordoamento classe 5, com isolação em

composto termofixo em dupla camada de borracha HEPR (EPR/B-alto módulo), enchimento

de composto poliolefílico não halogenado, cobertura constituída por composto termoplástico

com base poliolefílica não halogenada, com características de não propagação e auto-

extinção. Tensão de isolamento 0,6/1kV. Operam para as seguintes temperaturas máximas:

90º C em serviço contínuo, 130º C para sobrecarga e 250º C para curto circuito.

51

Nos casos em que a cobertura do condutor não permite a sua identificação por cores, a

identificação dos mesmos é executada por meio de instalação de anilhas específicas e

apropriadas que garantem a identificação das funções (fase,neutro,terra) nos seus respectivos

circuitos, conforme prescrito na NBR 5410 [11].

Na planta do esquema de ligação dos UPS em anexo estão indicadas as seções

nominais dos condutores que são utilizados.

3.2.1.2. Disjuntores de Proteção e Manobras

São construídos em caixa moldada de resina termoplástica injetada, compostas por

câmera de extinção de arco, bobina de disparo magnético, elemento bimetálico, terminal

superior e inferior com bornes apropriados para conexão de cabos ou terminais, contato fixo e

móvel confeccionados em prata tungstênio e mecanismo de disparo independente, que

permite a abertura do disjuntor, mesmo com a alavanca travada na posição ligado.

Os disjuntores possuem as características relacionadas abaixo:

• Número de pólos: 3;

• Corrente Nominal: indicada em planta de esquema de ligação dos UPS em anexo;

• Frequência: 50/60 Hz;

• Manobras Elétricas: 10.000 operações;

• Manobras Mecânicas: 20.000 operações;

• Grau de proteção: IP 21;

• Temperatura Ambiente: -25º C a + 55 º C.

52

3.2.1.3. Transformadores Trifásicos de Baixa Tensão

Para adequação do nível de tensão dos UPS instalados, que são trifásicos 380V, ao

sistema elétrico da Regional Fortaleza do SERPRO que é 220V entre fases, se faz necessário

a utilização de um transformador trifásico elevador 220/380V na entrada do UPS e um

rebaixador na saída do mesmo, com as seguintes características básicas:

• Primário em ligação Delta (220V para o transformador elevador e 380V para o

rebaixador);

• Secundário em ligação Estrela com neutro acessível (380V para o transformador

elevador e 220V para o rebaixador);

• Isolamento a seco;

• Instalação abrigada;

• Frequência 60hz;

• Nível de isolamento 1,2kV;

• Classe de temperatura 'B'.

O transformadores elevadores 220V/380V, localizados a montante dos UPS, possuem

uma potência nominal superior à dos UPS que alimentam, devido a alimentação do UPS,

inclusive em condição de alimentação das cargas e carregamento das baterias

simultaneamente. Já os transformadores rebaixadores 380V/220V, instalados nas saídas dos

UPS's, podem ter a mesma potência nominal dos mesmos.

53

3.2.2. UPS 40kVA, 60kVA e 160kVA – COMPONENTES E MODO DE

OPERAÇÃO

Os UPS são dotados de:

• Conversor de entrada (retificador);

• Inversor;

• Chave estática;

• Chave bypass de manutenção;

• Banco de Baterias.

3.2.2.1. Conversor de Entrada

O conversor da entrada do sistema consiste na utilização de um retificador, que

converte a tensão de entrada num barramento CC desregulado. Este barramento CC

desregulado é convertido num barramento CC controlado através de um conversor elevador.

Este conversor elevador fornece energia para o inversor e para o carregador de baterias ao

mesmo tempo. Além disso, o mesmo provê a correção do fator de potência da entrada do

UPS.

• Tensão de entrada do conversor de entrada: 380Vca - 15% / +20%;

• Frequência de entrada do conversor de entrada: 60Hz +/- 10Hz;

• Fator de Potência de entrada: >0,98.

54

3.2.2.2. Inversor

O Inversor é formado por ponte transistorizada do tipo IGBT, com controle através

de microcontrolador. Possui proteção contra curto-circuito, sobrecarga e sobretemperatura.

Outras características:

• Tensão de Saída do Inversor: 380/220V VCA 3 F (entre fase-fase);

• Regulação Estática do Inversor: +/- 1%;

• Distorção Harmônica Total de Tensão do Inversor THDv: < 3% para cargas não

lineares;

• Variação de Frequência do Inversor: +/- 0,1% (interna) +/-4%(sincronizado);

• Capacidade de Curto Circuito no Inversor: 2,5 vezes In entre Fases, 4,0 vezes In entre

Fase e Neutro.

3.2.2.3. Chave Estática e Bypass

Os UPS's possuem chave estática de transferência composta por tiristores de alta

capacidade de corrente. A chave estática possui contator de entrada para a proteção de retorno

de corrente (backfeed protection). Os UPS's possuem uma chave seccionadora para

possibilitar a execução de bypass manual do UPS. Características:

• Tensão de entrada do bypass: 380Vca - 10% / +10%;

• Frequência de entrada do Bypass: 60Hz +/- 0,5%;

• Sobrecarga: 200% por 2 minutos;

• Sobrecarga instantânea: 1000 vezes In por 10ms.

55

3.2.2.4. Banco de Baterias e Carregador

Os UPS possuem banco de baterias, acondicionados em gabinete próprio com

autonomia mínima para suprir o sistema à plena carga, pelo menos, por um período de 15

minutos. A bateria empregada tem tempo de vida útil de até 5 anos a 25°C.

Se a bateria está descarregada, o carregador de baterias deverá carregar o banco de

baterias em até 90% da sua condição plenamente carregada, preferencialmente dentro de

6(seis) a 8(oito) horas de operação. A tensão de saída do carregador de baterias deverá ser

automaticamente ajustada em relação à temperatura ambiente de acordo com a recomendação

do fabricante da bateria para evitar sobrecarga. A corrente de carga deverá ser limitada em

função da corrente máxima recomendada pelo fabricante das baterias.

3.2.2.5. Modo de operação

Normal: Em condições normais a carga permanente é alimentada pelos inversores

com amplitude e frequência constantes. O retificador, alimentado pela rede, fornece energia

ao inversor e simultaneamente fornece energia para alimentar o carregador de baterias que

mantém as baterias carregadas. O inversor converte a tensão CC em uma tensão senoidal

nova, com amplitude e frequência constantes independentemente da corrente de entrada.

Falha CA: Quando a qualidade da energia da alimentação não está dentro dos

padrões de tolerância do equipamento, a bateria fornece a energia CC para o inversor. O

inversor irá manter a saída com tensão CA contínua até que a tensão da bateria atinja o limite

inferior da capacidade de operação do inversor/bateria. Durante o período de descarga, o

tempo estimado de autonomia é mostrado no display gráfico do UPS. Antes da descarga

completa da bateria, o UPS deverá enviar um alarme (parada iminente) para advertir o

operador que a bateria está quase descarregada e o UPS está prestes a desligar.

56

Retorno da Rede CA: Assim que a rede CA é restabelecida, o retificador inicia sua

operação automaticamente, fornecendo energia CC para o inversor e recarregando a bateria.

Se o inversor foi previamente desligado devido ao fim da carga da bateria, a carga será

inicialmente alimentada pelo by-pass eletrônico(chave estática). Quando a bateria estiver

suficientemente recarregada para garantir um tempo mínimo de operação com a carga atual, o

Inversor iniciará sua operação automaticamente e a carga será transferida para o inversor.

Transferência Para o By-Pass Automático: Em operação normal, a carga é

alimentada pelo inversor da UPS. Quando o sistema de controle detecta uma falha no

inversor, uma condição de sobrecarga ou de uma condição de curto-circuito, o bypass

automático irá transferir a carga crítica para a rede CA sem interrupção. Quando houver a

recuperação do inversor, ou a condição de sobrecarga ou curto-circuito sejam corrigidas, a

carga será automaticamente transferida para o inversor. Se a UPS não é capaz de retornar ao

modo normal depois de uma transferência automática, um alarme é enviado ao operador.

Transferência Para o By-Pass Manual: A UPS deve possuir chave seccionadora

de by-pass para possibilitar o desligamento dos equipamentos e garantir a operação da carga

pela rede. Essa operação deve ser possível de realizar sem interrupções para a carga.

3.2.3. INTEGRAÇÃO DAS UPS DE 40 KVA, 60 KVA E 160 KVA

O sistema de UPS’s do SERPRO funciona em conjunto para suprir as cargas da

instalação da seguinte maneira:

• O UPS de 40kVA é responsável pela alimentação das cargas críticas do Datacenter do

SERPRO;

• O UPS de 60 kVA é responsável pelas cargas de parte das estações de trabalho e em

caso de falha do UPS de 40 kVA, ele passa a alimentar também as cargas do mesmo;

57

• O UPS de 160kVA é responsável por outra parte das estações de trabalho e em caso de

falha do UPS de 60kVA ele passa a alimentar também as cargas do mesmo, ficando

responsável, assim, pela alimentação das cargas dos UPS's de 40kVA e o 60kVA.

Assim, no caso de falha do UPS de 40kVA ou do UPS de 60kVA, as cargas são

transferidas automaticamente sem interrupção de fornecimento de energia, para os UPS's de

60kVA e de 160kVA respectivamente, criando assim um sistema de redundância em

''cascata'' dos UPS. A transferência de carga de um UPS para outro se dá através da chave

estática by-pass presente no equipamento.

Na planta do esquema de ligação dos UPS's em anexo, podem ser vistos os detalhes

das conexões dos mesmos.

3.3. GRUPOS GERADORES

O SERPRO possui dois grupos geradores a diesel, sendo um da marca Heimer de

575kVA e o outro da marca Ottomotores de 625kVA. Ambos os equipamentos são instalados

em contêineres supersilenciados.

A atual filosofia de funcionamento do sistema é tal que quando houver interrupção do

fornecimento de energia elétrica da concessionária, o relé que monitora a rede (Intelli ATS

PWR) manda acionar o GMG ativo. Este mesmo relé envia comando para o quadro de

transferência automática (QTA) transferir a alimentação das cargas essenciais da rede da

Coelce para o grupo gerador. O GMG ativado leva um pequeno tempo para chegar à tensão e

frequência nominais da concessionária, o que faz que durante esse o tempo entre a falta,

acionamento do GMG e a transferência da fonte de alimentação, as cargas críticas são

supridas pelos bancos de bateria dos UPS’s, portanto estas cargas não sentem a falta

momentânea de energia. Passado esse tempo de sincronização, o GMG passa a suprir a carga

que antes era suprida pela concessionária e faz com que os UPS's voltem ao seu modo de

58

funcionamento normal de não falta de energia (monitoramento da rede e carregamento de

baterias).

A escolha do grupo gerador a ser utilizado quando de uma falta de energia elétrica

seria feita de maneira automática pelo CLP presente no quadro de seleção dos grupos

geradores instalado próximo aos mesmos (QIG). A escolha do GMG encontra-se atualmente

no modo manual, ou seja, o operador que indica o grupo gerador que entrará em

funcionamento. O modo planejado e ideal seria o controlador verificar o grupo gerador com

menor número de horas de funcionamento, colocando o mesmo em carga. Em caso de falha

do GMG do ativo, o segundo GMG sincronizaria com a rede UPS e assumiria a carga em um

menor tempo de transição possível. Esse modo de seleção ainda não está em funcionamento,

pois o CLP responsável por essa seleção não está chaveando para o GMG em stand-by

quando da falha do GMG ativo. A empresa responsável pelo fornecimento e instalação do

controlador já foi contatada e o problema será sanado em breve. De qualquer maneira a

continuidade do fornecimento de energia elétrica é mantida no modo de funcionamento atual.

Mais detalhes sobre os modos de funcionamento dos grupos geradores serão apresentados nas

seções que seguem.

Assim, os geradores estão sempre em regime de um ativo e outro reserva. Os

equipamentos nunca operam em paralelo.

59

Figura 16 – Grupo Gerador de 575 kVA da instalação

Fonte: SERPRO Regional Fortaleza

Figura 17 – Grupo Gerador de 625 kVA da instalação

Fonte: SERPRO Regional Fortaleza

60

3.3.1. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Trata-se de 02 (dois) Grupos Motor-Gerador (GMG) diesel, de operação

automática/manual, com potência de 575 kVA e 625 kVA, fator de potência mínimo de 0.8,

tensão nominal 220/127V, 3 fases, frequência nominal 60Hz, composto de motor diesel e

alternador síncrono acoplados em sistema monobloco, montados em base de aço com

amortecedores de vibração, de instalação ao tempo, abrigado em contêiner super silenciado à

prova de intempéries, dotado de quadro de comando automático, tipo microprocessado,

chaves de transferência e tanques de combustível. As informações foram obtidas da própria

documentação e/ou verificação nas instalações do SERPRO Regional Fortaleza [10].

3.3.1.1. Condutores

Os condutores são de tipo semelhante aos citados na seção dos UPS's. No diagrama

unifilar geral em anexo estão indicadas as seções nominais dos condutores utilizados.

3.3.1.2. Motores Diesel

• Tipo: injeção eletrônica, turbo compressor de sobre alimentação com pós arrefecedor

por carga de ar e 8 cilindros em "V";

• Sistema de gerenciamento: eletrônico para regulagem de velocidade, controle e

monitoramento do motor;

• Sistema de arrefecimento: radiador, intercooler ar-ar, ventilador e bomba centrífuga;

• Filtros: de ar, tipo seco, com elemento descartável, lubrificação em elemento

substituível, combustível tipo descartável;

• Sistema elétrico: 24 Vcc dotado de alternador para carga das baterias.

61

3.3.1.3. Geradores

• Tipo: alternador síncrono, trifásico, Brushless, especial para alimentar cargas

deformantes em CPDs e de sistemas de Comunicação de Dados, sendo parte delas

suportadas por UPSs;

• Excitação: excitatriz rotativa sem escovas com regulador, eletrônico, automático de

tensão;

• Potência em regime contínuo: 520 kVA (GMG – 575kVA) e 569 kVA (GMG –

625kVA);

• Tensão: 220/127 V;

• Frequência: 60 Hz;

• Ligação: estrela com neutro acessível (GMG-575 kVA) e estrela paralelo (GMG-625

kVA);

• Numero de polos/RPM: 4/1800;

• Grau de proteção: IP 21;

• Classe de isolamento: H (180ºC);

• Regulação: regulador de tensão eletrônico para mais/menos 2% em toda faixa de

carga;

• Refrigeração: ventilador centrífugo montado no próprio eixo;

• Distorção harmônica: < 3% entre fases e < 5% entre fase e neutro, com FP = 0,8

indutivo.

3.3.1.4. Quadro de Comando Automático

Funciona sob comando automático, manual ou teste, sendo que esta seleção se dará

através de operações em seu painel frontal.

62

Funcionamento automático

Estando a rede em condições normais a carga será alimentada por esta, sendo

sinalizado no quadro por LED, essa condição. Em caso de falha o gerador assume a carga da

instalação, sendo que:

• Tempo de confirmação de falha da rede: ajustável de 1 a 99 segundos;

• Faixa de supervisão da rede: sobretensão e subtensão (± 5%);

• Faixa de supervisão da tensão do grupo: sobretensão e subtensão (± 10%);

• Faixa de supervisão da frequência do grupo: sobrefreqüência e subfreqüência (±

2,5%);

• Três (03) tentativas de partida com intervalos reguláveis de 1 a 99 segundos.

Após a terceira tentativa, não ocorrendo partida, será sinalizado falha. Após a partida,

ocorrendo estabilização de pressão, tensão e frequência, o grupo assume a alimentação de

carga. Ao normalizar a rede ocorre a transferência grupo/rede, a partir da confirmação da

normalidade da rede (ajustável de 1 a 999 segundos). O grupo permanece de 1 a 999 segundos

(ajustável) em resfriamento, sendo após isso, comandada a parada. Ocorrendo anormalidade

no período de resfriamento, o grupo reassume a alimentação da carga.

Funcionamento Manual

Quando selecionado o modo "manual" podem ser realizadas as seguintes operações:

• Partida do grupo, pelo acionamento do comando de partida no frontal;

• Transferência de carga da rede/grupo e grupo/rede pelo acionamento dos respectivos

comandos no frontal;

• Parada do grupo, pelo acionamento do comando de parada no frontal.

63

Teste

Quando selecionado o modo "teste" será simulada a falta de energia da rede, sendo

chamada a partida do grupo, porém a carga permanecerá alimentada pela rede, para a

transferência basta efetuar o comando manual.

Se durante o funcionamento do grupo, tanto em automático, manual como em teste,

ocorrer algum defeito, será sinalizado no frontal do painel de comando a indicação do alarme

ocorrido e ativado o alarme sonoro.

3.3.1.5. Retificador de Bateria

Para manter a bateria de partida e comando do Grupo Gerador em um nível de

desejável é utilizado um retificador automático com as seguintes características:

• Tensão de alimentação(fase-neutro): 127 VCA;

• Tensão de saída, nominal: 24 Vcc;

• Corrente de saída, máxima: 5A.

3.3.1.6. Carenagem

Os GMG's estão instalados em contêiner's super silenciados "SSL", que reduzem

o nível de ruído para aproximadamente 75dB(A), valor este constituído pela média dos

valores obtidos a 1,5m das faces laterais, vértices, frontal e traseira do equipamento (com

ruído de fundo inferior a 65dB(A) no mesmo ponto). A base do contêiner é constituída em

perfis de chapa de aço dobrada, soldada, com travessas de reforço e suportes para fixação do

motor, gerador, carenagem e chapa de fechamento formando o piso interno. Possui quatro

olhais para içamento soldados nas extremidades da base.

A carenagem é confeccionada em chapa metálica USG#14 (1,90mm), composta por

painéis aparafusados entre si, fixada a base metálica também por meio de parafusos e dotada

64

de portas para acesso e manutenção. Carenagem com revestimento acústico nas laterais/teto,

na região do grupo gerador. A captação de ar frio é feita pela parte traseira, através de

veneziana e atenuador de ruído de fluxo horizontal, contendo material com característica

fono-absorvente de alto desempenho. A expulsão de ar quente dá-se pela parte dianteira,

através do atenuador de ruído de fluxo horizontal, contendo material com característica fono-

absorvente de alto desempenho.

O escapamento de gases é formado por silenciosos de alta performance, tipo

hospitalar, montados externamente sobre o teto do contêiner. A tubulação é devidamente

conectada ao motor diesel através de segmento elástico com descarga para o exterior, dotada

de tampa oscilante. A tubulação interna é isolada termicamente.

3.3.1.7. Tanque de Combustível Externo

Cada GMG possui um tanque metálico, aéreo, cilíndrico e vertical, com capacidade de

1.000 litros, montado lateralmente junto ao grupo gerador, em sua base. O tanque é fabricado

com aço inoxidável, contém indicador de nível, arranjo para ventilação, dreno com plugue,

tubo para enchimento e filtro de combustível. Os GMG's também contam com uma bacia e

tanque de contenção, localizada abaixo dos mesmos.

3.4. SITUAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE FONTES DE ENERGIA DO SERPRO

(REDE-GMG / GMG-REDE)

3.4.1. SITUAÇÃO ATUAL: COM INTERRUPÇÃO DE CARGA

A transferência de carga entre a Rede-GMG e o GMG-Rede ocorre atualmente com

interrupção de carga. Quando da falta de energia elétrica da concessionária as cargas críticas

do SERPRO passam a ser alimentadas pelas baterias dos UPS's de 40kVA, 60 kVA e 160kVA

65

de acordo com o esquema elétrico de redundância entre eles, conforme já foi explicado na

seção que tratava dos UPS's presentes na instalação. A alimentação das cargas pelos UPS's

ocorre até grupo gerador estar com tensão e frequência iguais aos da rede, o que ocorre em

pouco mais de 10 segundos. A partir de então as cargas críticas passam a ser alimentadas pelo

grupo gerador em funcionamento e os UPS's voltam ao estado de carregamento de baterias e

monitoramento da rede.

Quando ocorre o retorno da energia elétrica da concessionária, ocorre novamente uma

interrupção de fornecimento de energia para a instalação, no momento de transição entre o

grupo gerador e a rede da COELCE. Dessa maneira, no momento da transição das fontes, as

cargas críticas novamente passam a ser alimentadas pelos UPS's, por um breve momento,

quando então as mesmas voltam a ser alimentadas pela energia proveniente da COELCE e o

grupo gerador, antes em funcionamento, é desligado automaticamente. Assim no processo

entre a falta de alimentação por parte da concessionária e a normalização da alimentação pela

mesma, o sistema de UPS's da instalação é usado duas vezes.

Figura 18 - Esquema de transferência com interrupção de carga

Fonte : Autoria Própria

66

3.4.2. SITUAÇÃO A SER IMPLEMENTADA: TRANSFERÊNCIA DE

FONTES EM RAMPA

A transferência de carga em rampa ocorre com a transferência gradual da alimentação

no sentido Rede-GMG ou do sentido GMG-Rede. Assim o gerador deve estar ativamente

sincronizado e em paralelo com a rede da concessionária de energia. O sistema de

transferência monitora a energia circulante e atua sobre o sistema de combustível do motor do

grupo gerador. Como a transferência da carga entre as duas fontes de energia é feita de

maneira gradual e relativamente lenta, permite que ocorra um ajuste no consumo de

combustível e no sistema de excitação do gerador. Assim a instalação é mantida energizada

durante a transição.

Quando um equipamento de geração de energia é conectado em paralelo com a rede da

concessionária, os dois sistemas tornam-se um sistema “combinado” e qualquer incidente que

ocorra na rede da concessionária poderá atingir os geradores, e vice-versa. As especificações

de um equipamento de proteção para a conexão em paralelo com a rede da concessionária

variam de acordo com o tipo de equipamento de geração de energia, com as características do

local e com as características da rede da concessionária. Além disso, os regulamentos e

normas técnicas regionais podem variar entre diferentes concessionárias.

Normalmente, grupos geradores conectados em paralelo com a rede pública são

equipados com um relé de checagem de sincronismo (25), sistema de proteção contra

baixa/alta tensão(27/59), sistema de proteção contra potência reversa na rede interna (32),

sistema de proteção contra sobrecorrente (51) e sistema de proteção contra queda/elevação da

frequência (81 U/O).

Na seção relativa ao cálculo dos curtos-circuitos da instalação serão apresentadas as

exigências técnicas de acordo com as normas da COELCE.

67

Figura 19 – Esquema de transferência em rampa

Fonte: Autoria Própria

3.5. JUSTIFICATIVAS PARA A IMPLEMENTAÇÃO

3.5.1. AUMENTO DA VIDA ÚTIL DAS BATERIAS DOS UPS'S

Conforme já foi explicado, quando da volta de energia elétrica da concessionária, após

uma falta de energia, os UPS's entram em funcionamento, para que não haja interrupção de

energia elétrica aos equipamentos da instalação, durante a transição das fontes de energia

(GMG-COELCE). Na ocorrência de falta de energia da concessionária, obviamente, os UPS's

tem que entrar em operação mesmo, para suprir energia aos equipamentos, mas no momento

da volta de energia da rede o seu uso pode ser dispensado pela implementação da transição

em rampa das fontes de alimentação do SERPRO. Como, na implementação desse método, a

volta de energia da rede ocorre com uma transição gradual entre as fontes (GMG-COELCE),

não acontece mais uma interrupção de carga, não precisando os UPS's suprirem as mesmas.

Implementado esse novo método de transição de fontes, ocorre que a cada falta de

fornecimento de energia da concessionária, a utilização dos UPS's cai de duas para uma (50%

menos a cada falha), sendo acionados somente no momento de falta de energia da rede. Como

68

o número de ciclos de carga e descarga que as baterias dos UPS's são submetidas é um dos

principais fatores que alteram a sua vida útil, a diminuição desses ciclos tende a aumentar o

tempo de vida útil das baterias, que em média é de 5 anos, mas que pode sofrer uma

diminuição de 1 ano ou mais até, na ocorrência de cargas e descargas com frequência

excessiva, o que prejudicaria a confiabilidade do fornecimento de energia dos UPS. Sendo o

SERPRO uma empresa com carga crítica do tipo datacenter, essa queda de confiabilidade

pode ser extremamente prejudicial.

Os UPS’s da instalação são de elevada potência, sendo que os seus custos de aquisição

não são nada baratos, estando na faixa de dezenas de milhares de reais. Assim, o aumento da

vida útil das baterias e dos próprios UPS’s é bastante válido para uma diminuição

significativa de custos a médio/longo prazo.

3.5.2. MELHOR APROVEITAMENTO DO ÓLEO DIESEL

Nas instalações dos grupos geradores estão presentes dois tanques de armazenamento

de óleo diesel com capacidade de 1000 litros cada, dando bastante tempo de autonomia para

os grupos geradores, servindo assim de prevenção para o caso de uma falta de energia

prolongada por parte da concessionária. Ocorre que, após um período de poucos meses, o

restante do óleo que eventualmente não tenha sido utilizado, é descartado. Para um melhor

aproveitamento do óleo diesel adquirido, pode-se fazer um planejamento para o uso dos

GMG's por breves períodos, o que serviria como uma forma de manutenção preventiva dos

GMG's, além do fato de ocasionar um melhor aproveitamento do óleo diesel, utilizando de

melhor forma os recursos financeiros destinados a instalação. Uma rotina de funcionamento

periódico para os grupos geradores mantém lubrificados os componentes do motor, aumenta a

confiabilidade da partida e impede a oxidação dos contatos elétricos.

Como atualmente a transição de fontes da instalação é feita com interrupção de carga,

seria necessário o uso dos UPS's para fazer a transição Rede-GMG sem interromper o

69

fornecimento de energia elétrica. Conforme já foi dito no tópico anterior, a frequência de

ciclos de descarregamento e carregamento é um dos principais fatores que modificam a vida

útil das baterias. Sendo assim, o planejamento para o uso programado dos GMG's traz mais

benefícios, técnico e financeiramente, para a instalação no caso da existência de transferência

em rampa das fontes de alimentação, já que dispensaria o uso dos UPS’s no momento de

transição das fontes.

3.5.3. UTILIZAÇÃO DOS GRUPOS GERADORES EM HORÁRIO DE

PONTA

Uma outra utilidade para os grupos geradores seria a produção de energia em horário

de ponta, já que o SERPRO se encontra na modalidade horosazonal verde, que apresenta

taxas distintas para o horário de ponta e fora de ponta, sendo a tarifa do horário de ponta

consideravelmente mais cara. Por isso, é válido verificar a viabilidade econômica para o uso

dos grupos geradores para este fim.

Foi feita uma estimativa da média de consumo no horário de ponta na instalação,

baseada nas faturas de energia da empresa entre os períodos de 03/2014 e 02/2015, conforme

segue na tabela 2:

Tabela 2 – Média de consumo mensal de energia da instalação

Fonte: Autoria Própria

MÊS CONSUMO(kW/h)03/2014 855404/2014 811805/2014 787106/2014 884407/2014 738008/2014 798109/2014 735310/2014 799111/2014 854312/2014 810901/2015 763602/2015 7860

MÉDIA: 8020

70

A seguir foi feito o cálculo do custo médio de consumo de óleo diesel do grupo

gerador baseado no preço final do óleo diesel comprado pelo SERPRO, já considerando no

preço do óleo, as despesas com o transporte. A estimativa do consumo de óleo diesel do grupo

gerador foi feita baseada na carga que ele vai alimentar, calculada da seguinte maneira:

Consumo médio por hora no horário de ponta

CMHP = MCM/THP (1)

Onde:

• CMHP - Consumo médio por hora no horário de ponta (kW/h)

• MCM - Média de consumo mensal no horário de ponta (kW/h)

• THP - total de horas na ponta por mês

O total de horas no horário de ponta no mês é 66, já que o horário de ponta no Ceará

vai das 17:30 as 20:30, de segunda a sexta, menos em dias de feriado. Logo considera-se 22

dias por mês (o mês, menos os fins de semana)[12]. Assim, temos:

CMHP = 8020/66 = 121,5 kW

Com esse valor é possível calcular a porcentagem da potência em que os geradores

estarão operando [13], sendo que a potência dos geradores em regime prime é de 455 kW e

410 kW para os geradores de 625 kVA e 575 kVA respectivamente (dados retirados de

catálogos técnicos). Dessa maneira, temos:

% de potência utilizada do gerador de 625 kVA = (121,5 kW / 455 kW) x 100 = 26,71 %

% de potência utilizada do gerador de 575 kVA = (121,5 kW / 410 kW) x 100 = 29,64 %

Com essa porcentagem de potência, é possível estimar o consumo de óleo diesel do

grupo gerador. Consultando os catálogos técnicos dos grupos geradores e fazendo uma

interpolação entre os valores conhecidos, viu-se que o consumo de óleo diesel pode ser

71

estimado em 45 l/h e 43,08 l/h, para as porcentagens de potência utilizadas dos geradores no

horário de ponta na instalação (26,71% e 29,64%).

Dessa maneira, o custo médio mensal por consumo de óleo diesel do grupo gerador é:

CM_GMG's = Cod x H_h.p. x D x Preço do óleo diesel (2)

Onde:

• CM_GMG – Custo médio mensal por consumo de óleo diesel do grupo geradore

• Cod – Consumo de óleo diesel do grupo gerador de acordo com a potência da carga

alimentada (121,5 kW)

• H_h.p. - Quantidade de horas utilizadas no horário de ponta

Como já foi dito, o consumo de óleo diesel é de aproximadamente 45 l/h e 43,08 l/h,

dependendo do gerador, para a potência requerida por hora pela instalação no horário de ponta

(121,5 kW). A quantidade de horas utilizadas por dia no horário de ponta é 3 (entre 17:30 e

20:30) e são considerados 22 dias de utilização por mês (o mês menos os fins de semana). O

preço do óleo diesel, já considerando os gastos com transporte até a instalação, é de R$ 3,20 /

l [10]. Assim, temos:

CM_GMG de 625 kVA = 45 x 3 x 22 x 3,20 = R$ 9504,00 / mês

CM_GMG de 575 kVA = 43,08 x 3 x 22 x 3,20 = R$ 9098,50 / mês

O custo mensal com a manutenção do grupo gerador é de R$ 1162, 50 (dado fornecido

pelo SERPRO). Assim o custo mensal total dos grupos geradores é:

Custo Mensal Total do GMG de 625 kVA = 9504 + 1162,50 = R$ 10666,50/mês

Custo Mensal Total do GMG de 575 kVA =9098,50 + 1162,50 = R$ 10261,00/mês

O custo médio do consumo mensal no horário de ponta, considerando a alimentação

vinda da Coelce, é calculado da seguinte maneira:

CMCHP = MCM x Custo do kW/h no horário de ponta (3)

72

Onde:

• CMCHP – Custo médio de consumo mensal no horário de ponta (R$/mês)

• MCM - Média de consumo mensal no horário de ponta (kW/h)

O custo considerado do kW/h no horário de ponta foi de R$ 1, 63988, dado esse, retirado

do site da COELCE[14] em Maio/2015, conforme mostra a figura 20.

Figura 20 – Preço do kW/h no horário de ponta segundo o site da Coelce

Fonte: Coelce

Assim, temos:

CMCHP = 8020 x 1,63988 = R$ 13151,83 / mês

Calculados os custos médios mensais pelas duas formas de alimentação no horário de

ponta (Coelce e GMG's), pode-se calcular se ocorre ou não economia por mês, subtraindo-se

o valor do custo da Coelce pelo custo dos GMG's. Os resultados podem ser vistos na tabela 3

e na tabela 4, para os geradores de 625 kVA e 575 kVA respectivamente.

73

Tabela 3 – Custos e economia mensal na utilização dos GMG de 625 kVA no horário de ponta

Fonte : Autoria Própria

Tabela 4 – Custos e economia mensal na utilização do GMG de 575 kVA no horário de ponta

Fonte : Autoria Própria

Conclui-se que existe economia na operação dos geradores em horário de ponta. Com

o consumo atual no horário de ponta (média de 8020 kW por mês) e com o preço do kW/h

atual, os gastos com combustível e manutenção para geração de energia pelos GMG's são

8020

1,63988

R$ 13.151,84

121,545

322

R$ 3,20R$ 1.162,50

R$ 9.504,00R$ 2.485,34R$ 29.824,05

Consumo do Grupo Gerador (l/h):

COELCE

Média de consumo mensal(kW/h):

Preço do kW/h:

Custo Médio de Consumo(Coelce):

GMG'sConsumo médio por hora (kW/h)

Horas utilizadas:

Economia Anual:Economia Mensal :

Custo Médio dos GMG_H.Ponta(Consumo de diesel)):

Preço do óleo diesel (incluindo logística):Dias utilizados por mês:

Custo Mensal de Manutenção:

8020

1,63988

R$ 13.151,84

121,543,08

322

R$ 3,20

R$ 1.162,50

R$ 9.098,77R$ 2.890,57R$ 34.686,80

Consumo do Grupo Gerador (l/h):

COELCE

Média de consumo mensal(kW/h):

Preço do kW/h:

Custo Médio de Consumo(Coelce):

GMG'sConsumo médio por hora (kW/h)

Horas utilizadas:Dias utilizados por mês:

Preço do óleo diesel (incluindo logística):

Custo Médio dos GMG_H.Ponta(Consumo de diesel)):

Economia Mensal :Economia Anual:

Custo Mensal de Manutenção:

74

menores do que os gastos provenientes do fornecimento de energia pela COELCE. Um ponto

negativo seria que o a carga demandada por hora (121,5 kW) no horário de ponta é baixa em

relação à potência nominal dos geradores, ocasionando que os GMG's ficariam operando com

carga inferior a 30% de sua potência nominal, o que não é recomendado pelos fabricantes de

grupo geradores, pois isso causa o espelhamento das camisas dos pistões do motor dos

GMG's, como já foi dito na seção 2.5.2.1.

Uma possibilidade para corrigir esse problema seria uma simples manobra nas cargas

no horário de ponta, por exemplo, colocando em funcionamento alguns ares-condicionados

que já estariam desligados nesse horário, fazendo que os GMG’s funcionassem com no

mínimo 30 % de sua potência nominal. De qualquer maneira, em um futuro aumento de

consumo por parte da instalação, a carga exigida do GMG provavelmente já será maior do

que 30%, sendo que no estado atual de consumo elas já são bem próximas desse patamar

(26,71% e 29,64%). Para isso deve-se observar um aumento de consumo no horário de ponta,

através do acompanhamento das faturas de energia.

Foram calculadas várias possibilidades de aumento de consumo e o impacto delas na

economia mensal. Para ilustrar melhor essa possibilidade, a tabela 5 mostra os custos e a

economia ao utilizar o GMG de 625 kVA para diversos valores de consumo e a figura 21

mostra o gráfico em que se pode ver a evolução da economia mensal ,ao utilizar esse mesmo

gerador, em função do aumento de consumo, levando em consideração o custo do kW/h em

R$1,63988. Do mesmo modo a tabela 6 mostra os custos e a economia ao utilizar o GMG de

575 kVA para diversos valores de consumo e a figura 22 mostra o gráfico em que se pode ver

a evolução da economia mensal , ao utilizar esse mesmo gerador, em função do aumento de

consumo, levando em consideração o custo do kW/h em R$1,63988.

75

Tabela 5 – Custos e economia com o uso do GMG de 625 kVA de acordo com o aumento de consumo

Fonte : Autoria Própria

Figura 21 – Gráfico da economia mensal com o uso do GMG de 625 kVA x Consumo mensal

Fonte : Autoria Própria

Consumo no H.P.(kW)

Custo Mensal_H.P.(COELCE

)

Custo Mensal_H.P.(GMG's

)

Custo mensal de manutenção

Economia MensalEconomia

Anual

8020 R$ 13.151,84 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 R$ 2.485,34 R$ 29.824,059000 R$ 14.758,92 R$ 10.006,57 R$ 1.162,50 R$ 3.589,85 R$ 43.078,229500 R$ 15.578,86 R$ 10.263,25 R$ 1.162,50 R$ 4.153,11 R$ 49.837,3710000 R$ 16.398,80 R$ 10.519,92 R$ 1.162,50 R$ 4.716,38 R$ 56.596,5210500 R$ 17.218,74 R$ 10.776,60 R$ 1.162,50 R$ 5.279,64 R$ 63.355,6711000 R$ 18.038,68 R$ 11.033,28 R$ 1.162,50 R$ 5.842,90 R$ 70.114,8211500 R$ 18.858,62 R$ 11.289,96 R$ 1.162,50 R$ 6.406,16 R$ 76.873,9612000 R$ 19.678,56 R$ 11.546,63 R$ 1.162,50 R$ 6.969,43 R$ 83.633,1112500 R$ 20.498,50 R$ 11.803,31 R$ 1.162,50 R$ 7.532,69 R$ 90.392,2613000 R$ 21.318,44 R$ 12.059,99 R$ 1.162,50 R$ 8.095,95 R$ 97.151,4113500 R$ 22.138,38 R$ 12.316,67 R$ 1.162,50 R$ 8.659,21 R$ 103.910,5614000 R$ 22.958,32 R$ 12.573,34 R$ 1.162,50 R$ 9.222,48 R$ 110.669,71

76

Tabela 6 – Custos e economia com o uso do GMG de 575 kVA de acordo com o aumento de consumo

Fonte: Autoria Própria

Figura 22 – Gráfico da economia mensal com o uso do GMG de 575 kVA x Consumo mensal

Fonte: Autoria Própria

O custo do kW/h é outro fator que é preponderante para tornar a possibilidade do uso

dos geradores no horário de ponta viável ou não, mesmo que a instalação não aumente a

média de consumo, continuando com a média de consumo atual, em 8020 kW. Atualmente o

Brasil se encontra em crise energética, estando o preço do kW/h sofrendo ajustes mensais em

função da cor da bandeira tarifária em que o país se encontra (verde, amarela ou

vermelha)[15]. De acordo com o aumento ou a diminuição do preço do kW/h, a economia

Consumo no H.P.(kW)

Custo Mensal_H.P.(COELCE

)

Custo Mensal_H.P.(GMG's

)

Custo mensal de manutenção

Economia MensalEconomia

Anual

8020 R$ 13.151,84 R$ 9.098,77 R$ 1.162,50 R$ 2.890,57 R$ 34.686,809000 R$ 14.758,92 R$ 9.771,86 R$ 1.162,50 R$ 3.824,56 R$ 45.894,689500 R$ 15.578,86 R$ 10.115,28 R$ 1.162,50 R$ 4.301,08 R$ 51.612,9810000 R$ 16.398,80 R$ 10.458,69 R$ 1.162,50 R$ 4.777,61 R$ 57.331,2910500 R$ 17.218,74 R$ 10.802,11 R$ 1.162,50 R$ 5.254,13 R$ 63.049,5911000 R$ 18.038,68 R$ 11.145,52 R$ 1.162,50 R$ 5.730,66 R$ 68.767,9011500 R$ 18.858,62 R$ 11.488,94 R$ 1.162,50 R$ 6.207,18 R$ 74.486,2012000 R$ 19.678,56 R$ 11.832,35 R$ 1.162,50 R$ 6.683,71 R$ 80.204,5112500 R$ 20.498,50 R$ 12.175,77 R$ 1.162,50 R$ 7.160,23 R$ 85.922,8113000 R$ 21.318,44 R$ 12.519,18 R$ 1.162,50 R$ 7.636,76 R$ 91.641,1113500 R$ 22.138,38 R$ 12.862,60 R$ 1.162,50 R$ 8.113,28 R$ 97.359,4214000 R$ 22.958,32 R$ 13.206,01 R$ 1.162,50 R$ 8.589,81 R$ 103.077,72

77

mensal na utilização dos geradores em horário de ponta pode existir ou não. Foram calculadas

várias possibilidades de preço do kW/h e o impacto delas na economia mensal. Para ilustrar

melhor essa possibilidade, a tabela 7 mostra os custos e a economia ao utilizar o GMG de 625

kVA para diversos valores de preço do kW/h e a figura 23 mostra o gráfico em que se pode

ver a evolução da economia mensal ,ao utilizar esse mesmo gerador, em função do preço do

kW/h. Do mesmo modo a tabela 8 mostra os custos e a economia ao utilizar o GMG de 575

kVA para diversos valores de preço do kW/h e a figura 24 mostra o gráfico em que se pode

ver a evolução da economia mensal ,ao utilizar esse mesmo gerador, em função do preço do

kW/h. Para esses cálculos levou-se em consideração o consumo médio mensal atual, de

8020 kW.

Tabela 7 - Custos e economia com o uso do GMG de 625 kVA de acordo com a variação do preço do kW/h

Fonte: Autoria Própria

Preço do kW/h(R$)Custo

Mensal_H.P.(COELCE)

Custo Mensal_H.P.(GMG's

)

Custo mensal de manutenção

Economia MensalEconomia

Anual

1,05 R$ 8.421,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 -R$ 2.245,50 -R$ 26.946,001,1 R$ 8.822,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 -R$ 1.844,50 -R$ 22.134,001,15 R$ 9.223,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 -R$ 1.443,50 -R$ 17.322,001,2 R$ 9.624,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 -R$ 1.042,50 -R$ 12.510,001,25 R$ 10.025,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 -R$ 641,50 -R$ 7.698,001,3 R$ 10.426,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 -R$ 240,50 -R$ 2.886,001,35 R$ 10.827,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 R$ 160,50 R$ 1.926,001,4 R$ 11.228,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 R$ 561,50 R$ 6.738,001,45 R$ 11.629,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 R$ 962,50 R$ 11.550,001,5 R$ 12.030,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 R$ 1.363,50 R$ 16.362,001,55 R$ 12.431,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 R$ 1.764,50 R$ 21.174,001,6 R$ 12.832,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 R$ 2.165,50 R$ 25.986,001,65 R$ 13.233,00 R$ 9.504,00 R$ 1.162,50 R$ 2.566,50 R$ 30.798,00

78

Figura 23 – Gráfico da economia mensal com o uso do GMG de 625 kVA x Preço do kW/h

Fonte: Autoria Própria

Tabela 8 - Custos e economia com o uso do GMG de 575 kVA de acordo com a variação do preço do kW/h

Fonte: Autoria Própria

Preço do kW/h(R$)Custo

Mensal_H.P.(COELCE)

Custo Mensal_H.P.(GMG's

)

Custo mensal de manutenção

Economia MensalEconomia

Anual

1,05 R$ 8.421,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 -R$ 1.840,00 -R$ 22.079,951,1 R$ 8.822,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 -R$ 1.439,00 -R$ 17.267,951,15 R$ 9.223,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 -R$ 1.038,00 -R$ 12.455,951,2 R$ 9.624,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 -R$ 637,00 -R$ 7.643,951,25 R$ 10.025,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 -R$ 236,00 -R$ 2.831,951,3 R$ 10.426,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 R$ 165,00 R$ 1.980,051,35 R$ 10.827,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 R$ 566,00 R$ 6.792,051,4 R$ 11.228,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 R$ 967,00 R$ 11.604,051,45 R$ 11.629,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 R$ 1.368,00 R$ 16.416,051,5 R$ 12.030,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 R$ 1.769,00 R$ 21.228,051,55 R$ 12.431,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 R$ 2.170,00 R$ 26.040,051,6 R$ 12.832,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 R$ 2.571,00 R$ 30.852,051,65 R$ 13.233,00 R$ 9.098,50 R$ 1.162,50 R$ 2.972,00 R$ 35.664,05

79

Figura 24 – Gráfico da economia mensal com o uso do GMG de 575 kVA x Preço do kW/h

Fonte: Autoria Própria

Como na utilização dos GMG’s em horário de ponta seria feita uma transferência de

fontes, mais uma vez seria vantajoso ter a transferência de fontes em rampa, já que os UPS

não precisariam ser acionados para segurar a carga no momento da transição Rede-GMG,

assim como na transição GMG-Rede. Com isso os UPS seriam poupados do uso pelo menos

44 vezes por mês (22 dias de uso por mês dos GMG’s em horário de ponta, sendo que a cada

dia seriam utilizados duas vezes; uma para a transição rede-GMG e outra para a transição

GMG-rede). Assim, a utilização dos geradores no horário de ponta seria muito mais vantajosa

tecnicamente, com a implementação de transferência de fontes em rampa.

3.5.4. GASTOS COM EQUIPAMENTOS

A implementação da transferência de fontes em rampa traz consigo, além dos

benefícios já comentados, custos com a aquisição dos equipamentos necessários para colocar

em funcionamento esse modo de operação.

80

A Coelce exige além das habituais proteções para ligações em média tensão (no caso

de subestação abrigada, as funções 50/51, 50/51N) um número maior de funções de proteção

para este modo de operação, como já foi discutido na seção 4.1. Assim, o relé de proteção de

média tensão da instalação, que não contém o restante das funções de proteção, teria que ser

trocado por outro modelo. Além disso, os gastos com transformadores de corrente (TC’s) e

transformadores de potencial (TP’s), além da fiação necessária para fazer a ligação entre os

equipamentos também são necessários.

No caso específico do SERPRO Regional Fortaleza, esses gastos já tinham sido

inclusos nas despesas anuais de manutenção da instalação, referentes a 2015, em que estavam

previstas as trocas do disjuntor e do relé de média tensão. Logo, já eram custos programados,

visando à implementação do novo modo de operação de transferência de fontes na instalação.

Outro ponto importante é que a chave de transferência automática em funcionamento

na instalação, não seria segura para o modo de operação de transferência de fontes em rampa.

Porém, a regional Fortaleza recebeu uma chave de transferência, vinda de outra regional do

SERPRO, que se adequa as condições de segurança para o novo modo de operação. Assim, o

gasto com a aquisição deste equipamento não será mais necessário.

3.6. CLASSIFICAÇÃO TIER DO SERPRO – INSTALAÇÕES ELÉTRICA S

A classificação TIER leva em consideração a disponibilidade e redundância em

relação à alimentação de energia elétrica, sistema de refrigeração, equipamentos de TI e

estrutura do local onde se encontra o datacenter. O foco deste trabalho é a parte elétrica do

SERPRO regional Fortaleza, especialmente no que se refere à confiabilidade e redundância na

alimentação da carga crítica do tipo datacenter, presente na instalação. Dessa maneira, a

classificação TIER será discutida referindo-se a essa área, não cabendo aqui à discussão das

demais.

81

A classificação TIER III, no que se refere à parte elétrica, exige que a instalação tenha

dois caminhos distintos de alimentação da fonte primária de energia elétrica, ou seja, a

instalação tem que ter dois alimentadores vindos de duas subestações diferentes da mesma

concessionária ou até mesmo de duas concessionárias diferentes. Além disso, exige também

que a instalação possua um UPS em cada um desses caminhos (N+1) e um grupo gerador. O

SERPRO regional Fortaleza não possui a infraestrutura de dois alimentadores distintos,

embora exista o plano de aplicar essa redundância na instalação futuramente. Assim a

regional Fortaleza não poderia ser classificada como TIER III, se enquadrando na

classificação TIER II.

Acontece que a instalação apresenta particularidades que a classificariam como uma

espécie de “TIER II reforçado”, já que a mesma possui três UPS’s em esquema de

redundância, como já foi explicado neste capítulo, apresentando assim, uma redundância N+3

no que se refere aos UPS’s. Além disso, a instalação também conta com outro grupo gerador,

adequadamente dimensionado para as necessidades da empresa, que fica na reserva. Com

isso, a redundância seria N+2 no que se refere aos grupos motores geradores (GMG’s).

Outro fator positivo, que deixaria o sistema elétrico da instalação mais robusto, é

justamente a implementação da transferência de fontes em rampa, que este trabalho discute e

faz o estudo de caso para a referida instalação. A partir de quando esse modo de operação for

adotado, a regional Fortaleza do SERPRO efetivamente terá um aumento de confiabilidade no

seu sistema elétrico, pelos motivos já discutidos neste capítulo, além dos possíveis benefícios

econômicos também já discutidos.

Apesar de que, mesmo com essas particularidades, a instalação não poder ainda ser

classificada como TIER III, no que se refere à parte elétrica, fica claro que a mesma apresenta

um grau de confiabilidade elétrica elevado, o que é essencial para uma instalação que contém

data center. O aumento dessa confiabilidade, com a transferência das fontes em rampa, é

82

bastante válido para uma instalação desse tipo. Com a futura instalação da infraestrutura dos

dois alimentadores vindos de subestações distintas, poderá então ocorrer um “upgrade” na

classificação TIER da parte elétrica da instalação.

83

4. CÁLCULO DOS CURTO-CIRCUITOS E PARAMETRIZAÇÃO DO REL É PARA IMPLEMENTAÇÃO DA TRANFERÊNCIA DE FONTES EM RAMPA

4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Coelce determina as diretrizes a serem seguidas para a instalação de grupos

geradores através da DT-104 de 2010 [16] (Instruções para Instalação de Geradores

Particulares), tanto para geradores com interrupção na transferência de cargas quanto para

geradores com sistema de transferência em rampa.

Para a transferência em rampa ela diz :

• No sistema de transferência em rampa, no qual as cargas são transferidas do sistema

elétrico da Coelce para o grupo gerador e vice-versa de forma ininterrupta, é permitido

o paralelismo momentâneo entre o grupo gerador e o sistema elétrico da Coelce,

garantindo um tempo máximo de 15s de paralelismo.

• A energia fornecida por duas fontes distintas deve ser supervisionada por uma

Unidade de Supervisão, Controle e Proteção, com o objetivo de supervisionar o

sincronismo, controlar, e proteger o sistema de possíveis defeitos no grupo gerador.

• A energia elétrica proveniente do gerador não pode causar nenhuma interferência na

medição da Coelce.

• O gerador deve ser instalado na baixa tensão. Caso seja necessário a instalação na

média tensão deve ser utilizado transformador(es) elevador(es).

Quanto ao intertravamento e proteção ela diz :

• O intertravamento deve ser elétrico

• A proteção deve ser feita através de disjuntor tripolar com relés contendo funções

50/51, 50/51N,67 e 67N

• Deve possuir um transformador de acoplamento, em caso de intertravamento na média

tensão

84

• Deve possuir uma unidade de supervisão, controle e proteção do sistema. Esta unidade

deve fazer a verificação do sincronismo entre o grupo gerador e o sistema Coelce

referente à freqüência (60Hz) e tensão (módulo e ângulo), e executar a transferência

de cargas de forma automática

• A Unidade de Supervisão de Corrente Alternada – USCA deve conter, no mínimo, as

seguintes funções de proteção:

� 25: sincronismo;

� 27: subtensão;

� 27N: subtensão de neutro;

� 46: desequilíbrio de corrente de fase;

� 47: desequilíbrio de tensão;

� 50/51: sobrecorrente instantânea e temporizada de fase;

� 50/51N: sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro;

� 59: sobretensão;

� 59N: sobretensão de neutro;

� 67: sobrecorrente direcional;

� 67N: sobrecorrente direcional de neutro;

� 81 O/U: sobrefrequência e subfrequência.

• Funções opcionais podem ser instaladas na USCA, a critério do cliente ou por

solicitação da Coelce, são elas as seguintes:

� 32: direcional de Potência;

� 51V: sobrecorrente com restrição de tensão;

� 62: temporizador.

• As funções exigidas no item anterior, com exceção das funções 25 e 27, podem ser

instaladas no disjuntor geral em substituição a USCA com prévia análise da Coelce.

85

• No caso de falta de fornecimento de energia elétrica pelo sistema elétrico da Coelce, o

tempo de entrada do gerador em funcionamento deve ser superior a 90 segundos.

A norma também mostra o diagrama unifilar com o esquema de ligação padrão para o

sistema de transferência em rampa, sendo os geradores ligados na baixa tensão, conforme é

mostrado na figura 25.

Figura 25 – Sistema de transferência em rampa para geradores conectados na baixa tensão

Fonte : Decisão Técnica 104 - Coelce

86

4.2. DIAGRAMA UNIFILAR DE IMPEDÂNCIAS

Na figura 26 está indicado o esquema de impedâncias presentes na instalação, desde

fontes de alimentação até o quadro de transferência automática (QTA). Essas são as

impedâncias necessárias para os cálculos de curto-circuito exigidos pela Coelce, que pede os

valores dos curtos na barra da subestação dela, que alimenta o SERPRO (TAP), além dos

valores de curtos-circuito no ponto de entrega (Pta) e no QTA.

Figura 26 – Diagrama unifilar de impedâncias do SERPRO regional Fortaleza

Fonte : Autoria Própria

Os dois GMG’s são intertravados entre si para funcionamento em regime de

revezamento. Os GMGs são conectados através do quadro QIG, que possui a chave reversora

que impede a alimentação paralela dos equipamentos.

87

4.3. CÁLCULOS

Os cálculos de curto- circuito e dos ajustes para realizar a parametrização do relé de

média tensão, estão presentes no ANEXO D. A teoria para os cálculos, pode ser

encontrada em Stevenson [8] e Kindermann [17] e [18].

4.4. COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE

Calculados os curtos-circuitos e os ajustes para parametrizar o relé de média tensão,

podem-se elaborar os coordenogramas de fase e neutro, que permitem verificar se os

equipamentos de proteção da instalação estão coordenados com os equipamentos de proteção

da Coelce.

4.4.1. Coordenograma de Fase

Abaixo está apresentado o coordenograma de fase do sistema de proteção do

cliente/concessionária.

Figura 27 – Coordenograma de fase

Fonte: Autoria Própria

88

Observa-se ocorre a coordenação entre as funções de sobrecorrente de fase da

instalação, uma vez que a curva de disparo dos elementos de proteção mais próximos da carga

estão no lado esquerdo do gráfico, indicando que suas atuações são mais rápidas que a dos

elementos mais próximos à fonte.

4.4.2. Coordenograma de Neutro

Abaixo está apresentado o coordenograma de neutro do sistema de proteção do

cliente/concessionária.

Figura 28 – Coordenograma de neutro

Fonte: Autoria Própria

Observa-se ocorre a coordenação entre as funções de sobrecorrente de neutro da

instalação, uma vez que a curva de disparo dos elementos de proteção mais próximos da carga

estão no lado esquerdo do gráfico, indicando que suas atuações são mais rápidas que a dos

elementos mais próximos à fonte.

89

4.5. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

As funções de proteção serão ajustadas no relé de proteção primário associado ao

disjuntor geral de média tensão. A proteção secundária será por meio de disjuntor de baixa

tensão, mais especificamente o SACE EMAX E3N 32 (3200A – 65kA) de fabricação da

ABB, associado ao relé PR122/P-LI, que fornece proteção contra sobrecarga e curto-circuito.

O monitoramento da rede e comando de paralelismo será efetuado na USCA por meio

do controlador COMAP Intelli ATS PWR. A verificação de sincronismo é realizada por este

controlador.

A proteção dos GMGs será por meio dos relés Deep Sea DSE 5520 para o GMG 01 de

575kVA e o DSE 7720 para o GMG 02 de 625kVA, ambos com os ajustes das proteções

conforme parametrização do fabricante dos geradores. Além das proteções dos controladores

existem ainda disjuntores na saída de cada GMG, no caso do GMG 01 o disjuntor geral é de

fabricação ABB, o SACE S7S, associado ao relé SACE PR211. Já o disjuntor do GMG 02 é o

Schneider Masterpact NT16 H1 com o relé Micrologic 2.0.

90

5. CONCLUSÃO

O estudo de caso para a implementação de transferência de fontes de energia em

rampa no sistema elétrico do SERPRO regional Fortaleza, que se trata de uma instalação com

cargas críticas, foi bastante válido para uma melhoria técnica/financeira da instalação.

A implementação da transferência de fontes de energia em rampa, vai trazer benefícios

para as instalações elétricas da regional, já que aumenta a vida útil das baterias dos UPS,

assim como os próprios componentes internos do equipamento, uma vez que os mesmos serão

exigidos um menor número de vezes a cada falta de energia e/ou transferência programada de

fontes.

No caso de falta de energia a utilização dos UPS’s diminui 50 % a cada falta, já que

os equipamentos não serão mais usados na transição ocasionada pela volta de energia elétrica

da concessionária (transição GMG/Rede). No caso da transferência programada de fontes, que

seriam a transição Rede/GMG e posteriormente GMG/Rede, para melhor aproveitamento do

óleo diesel que eventualmente sobra no tanque de armazenamento ou a transição Rede/GMG

e posteriormente GMG/Rede para a utilização dos geradores no horário de ponta; a

transferência em rampa é muito mais vantajosa tecnicamente para a instalação, já que também

irá poupar a utilização dos UPS’s no momento da transição de fontes, tanto na transferência

Rede/GMG como na transferência GMG/Rede.

Particularmente no caso da utilização dos grupos geradores no horário de ponta, o

estudo de viabilidade econômica feito neste trabalho apontou que é atrativo o uso dos GMG’s

da instalação para este fim, considerado o consumo da instalação e o aumento de preço do

kW/h no país. Assim, o estudo feito vai proporcionar uma diminuição dos gastos com

consumo de energia elétrica na instalação. Com a utilização da transferência em rampa, os

UPS’s seriam poupados nas duas transições feitas por dia para este fim, num total de 44

91

transições por mês (duas transições por dia x 22 dias de horário de ponta no mês), que podem

ser dispensadas por este modo de operação.

Para a implementação desse modo de operação, teve que ser feito o levantamento das

impedâncias da instalação até o quadro geral de baixa tensão (seções dos cabos, número de

cabos em paralelo, impedâncias dos geradores, impedância do transformador etc), para o fim

de realizar os cálculos de curto-circuito e , com isso, parametrizar os ajustes do novo relé de

proteção de média tensão a ser instalado na subestação presente no subsolo da instalação.

Além disso, esse levantamento serviu também para atualizar o diagrama unifilar geral da

instalação.

Esse modo de operação vai aumentar a confiabilidade na alimentação de energia

elétrica da instalação, já que os UPS’s serão menos exigidos, ficando consideravelmente mais

baixa a possibilidade de um desgaste precoce por usos excessivos (e assim diminuindo a

possibilidade de uma eventual falha do equipamento), o que resultará numa maximização da

vida útil dos mesmos. Esse fator é bastante atrativo para o SERPRO, já que se trata de uma

instalação com cargas críticas do tipo data center. Além disso, como se tratam de

equipamentos bastante caros, a implementação de transferência de fontes em rampa é bastante

útil para diminuir os gastos a médio e longo prazo, principalmente por se tratar de uma

instituição pública. Dessa maneira, conclui-se que estudo de caso realizado nesse trabalho vai

efetivamente trazer melhorias, tanto na parte técnica quanto na parte econômica da empresa.

Para trabalhos futuros, a elaboração do projeto para utilizar dois alimentadores vindos

de diferentes subestações da concessionária é bastante válida para a instalação, pois

proporcionaria um aumento ainda maior na confiabilidade do sistema elétrico da empresa,

inclusive podendo melhorar sua classificação TIER, referente à parte elétrica, de TIER 2 para

TIER 3.

92

6. BIBLIOGRAFIA

[1] O SETOR ELÉTRICO, Revista. Instalações em Cargas de Missão Crítica. Conjunto de 12 artigos publicados em 2013. Também disponível em: www.osetoreletrico.com.br/web. Acesso em Abril de 2015. [2] TIA 942: Telecommunications Infrastructure Standard for Data Centers. Telecommunications Industry Association. EUA, 2005. [3] MARIN, Paulo S. Data centers: Desvendando cada passo: conceitos, projeto, infraestrutura física e eficiência energética. 1. ed. São Paulo: Érica, 2011.

[4] MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. 8º edição. São Paulo. LTC, 2010. [5] CUMMINS POWER GENERATOR. Manual de Aplicações para Grupos Geradores Arrefecidos a Água, 2011. Disponível para download em: www.cumminspower.com.br.

[6] SILVA GALDINO, Jean CARLOS. Apostila Grupo Motor Gerador. Instituto Federal Rio Grande do Norte, 2011. [7] PEREIRA, José CLÁUDIO. Motores e Geradores: Princípios de funcionamento, instalação, operação e manutenção de grupos diesel geradores. Disponível em: http://www.joseclaudio.eng.br/grupos_geradores_1.html. Acesso em 15 de Março de 2015. [8] STEVENSON Jr.,William D. Elementos de Análise de Sistemas de Potência. McGraw Hill, 1978.

[9] SANTOS, Vanessa Malaco dos. Estudo De Caso De Curto-Circuito Em Um Sistema

Elétrico Industrial. Trabalho de conclusão de curso em Engenharia Elétrica. Escola de

Engenharia de São Carlos. Universidade de São Paulo, 2009.

[10] SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO), Regional

Fortaleza. Disponibilização de dados técnicos do sistema elétrico da regional Fortaleza,

2015.

[11] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS : NBR 5410: Instalações

Elétricas de Baixa Tensão, 2008.

[12] CAVALCANTE NETO, Tomaz NUNES. Disciplina de Conservação de Energia

Elétrica: Notas de Aula. Universidade Federal do Ceará, 2014.

93

[13] GONÇALVES FILHO, Francisco MOLINARI. ; GARBELINI, Luigi MARANI;

IZYCKI, Luis GUILHERME. Estudo de caso para implantação de grupo moto-gerador

na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Trabalho de Conclusão de Curso em

Engenharia Elétrica. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2014.

[14] COELCE. Tarifas de Fornecimento do Grupo A. Disponível em www.coelce.com.br.

Acesso em 20 de Maio de 2015.

[15] ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Site disponível em: www.aneel.gov.br.

Acesso em 18 de Maio de 2015.

[16] DECISÃO TÉCNICA. DT-104: Instruções para Instalação de Geradores

Particulares. Revisão 3. COELCE, Fortaleza, 2010.

[17] KINDERMANN, Geraldo. Curto-Circuito . 5ª edição. LabPlan. Santa Catarina, 2010.

[18] KINDERMANN, Geraldo. Proteção de Sistemas Elétricos de Potência Volume I . 3ª

edição. LabPlan. Santa Catarina, 2012.

94

7. ANEXOS

ANEXO A – DIAGRAMA UNIFILAR GERAL

Impresso em A0

ANEXO B – ESQUEMA DE LIGAÇÃO DOS UPS

Impresso em A0

95

ANEXO C – ORDEM DE AJUSTE DA PROTEÇÃO (OAP) DA COEL CE

96

ANEXO D - CÁLCULOS DE CURTO-CIRCUITO E AJUSTES DO R ELÉ DE MÉDIA TENSÃO

1 - VALORES DE BASE E IMPEDÂNCIAS

Potência de base: Sb 100 10

6⋅:= VA Impedância de contato : Zcontato 100:= Ω

Tensão de base(baixa tensão): Vb_baixa 220:= V

Tensão de base(alta tensão): Vb_alta 13.8 103⋅:= V

Corrente de base 1 : Ib_altaSb

3 Vb_alta⋅4.184 10

3×=:= A

Corrente de base 2: Ib_baixaSb

3 Vb_baixa⋅2.624 10

5×=:= A

Impedância de base1: Zb_altaVb_alta

2

Sb1.904=:= Ω

Impedância de base2: Zb_baixaVb_baixa

2

Sb4.84 10

4−×=:= Ω

Potência de base do gerador 1: Sb_gerador1 625 103⋅:= VA

Tensão de base do gerador: Vb_gerador 220:= V

Potência de base do gerador 2: Sb_gerador2 575 103⋅:= VA

Impedância reduzida barra 15kV da subestação

Zus1 0.0059 0.6677i+:= p.u. L 0.145:= km

Zus0 0.6199i:= p.u.

Impedância do condutor da subestação da COELCE até o ponto deentrega (Zuc_coelce)

Ω

kmZ1cabo_coelce 0.2231 0.404i+:=

Z0cabo_coelce 0.3991 1.9282i+:=Ω

km

Multiplicando pela distância temos :

Sequência positiva

Zuc1_coelce0.145 Z1cabo_coelce⋅( )

Zb_alta0.017 0.0308i+=:= p.u.

Sequência zero

Zuc0_coelce0.145 Z0cabo_coelce⋅( )

Zb_alta0.0304 0.1468i+=:= p.u.

Impedância do Condutor do Ramal de Entrada (Zuc_RE)

Ω

kmZ1cabo_RE 0.4450 0.1127i+:=

Z0cabo_RE 2.2450 2.5991i+:=Ω

km

Multiplicando pela distância temos( l= 0,83km) :

Sequência positiva

Zu1_cabo_RE0.083 Z1cabo_RE⋅( )

Zb_alta0.0194 4.9118i 10

3−×+=:= p.u.

Sequência zero

Zu0_cabo_RE0.083 Z0cabo_RE⋅( )

Zb_alta0.0978 0.1133i+=:= p.u.

Impedância do Trafo(Zu_trafo)

Z%trafo 5.2% 0.052=:=

Ptrafo 1000 103⋅:= VA

Vtrafo 13.8 103⋅:= V

Zu_trafo Z%trafoVtrafo

2

Vb_alta2

⋅Sb

Ptrafo

⋅ 5.2=:= p.u.

Zu_trafo 5.2i 5.2i=:=

Impedância do Condutor de ligação do trafo ao QTA(Z u_TQTA)

Condutor 1: Cabos de 630 mm ²

Z1_630 0.0292 0.1042i+:=Ω

km

Z0_630 1.8376 2.3001i+:= Condutores_fase_630 4:=Ω

km

Multiplicando pela distância temos( l=0,010 km) :

Sequência positiva

Zu1_6300.010 Z1_630⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_630⋅0.1508 0.5382i+=:= p.u.

Sequência zero

Zu0_6300.010 Z0_630⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_630⋅9.4917 11.8807i+=:= p.u.

Condutor 2: Cabos de 240 mm ²

Z1_240 0.0958 0.1070i+:=Ω

km

Z0_240 1.8958 2.4312i+:= Condutores_fase_240 7:=Ω

km

Multiplicando pela distância temos( l=0,015 km) :

Sequência positiva

Zu1_2400.015 Z1_240⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_240⋅0.4241 0.4737i+=:= p.u.

Sequência zero

Zu0_2400.015 Z0_240⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_240⋅8.3934 10.7639i+=:= p.u.

TOTAL

Zu1_TQTA Zu1_630 Zu1_240+ 0.575 1.012i+=:= p.u.

Zu0_TQTA Zu0_630 Zu0_240+ 17.885 22.645i+=:= p.u.

Impedância do Condutor de 240 mm² de ligação do QIG aoQTA(Zu_240)

Ω

kmCondutores_fase_240 5:=

Z1_240 0.0958 0.1070i+:=

Z0_240 1.8958 2.4312i+:=Ω

km

Multiplicando pela distância temos(l= 0,035 km):

Sequência positiva

Zu1_2400.035 Z1_240⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_240⋅1.3855 1.5475i+=:= p.u.

Sequência zero

Zu0_2400.035 Z0_240⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_240⋅27.4186 35.162i+=:= p.u.

Impedância do Condutor de 240 mm² de ligação do GMG de 625kVA ao QIG(Zu_240_GMG625)

Ω

kmCondutores_fase_240 4:=

Z1_240 0.0958 0.1070i+:=

Z0_240 1.8958 2.4312i+:=Ω

km

Multiplicando pela distância temos(l= 0,025 km)

:Sequência positiva

Zu1_240_GMG6250.025 Z1_240⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_240⋅1.2371 1.3817i+=:= p.u.

Sequência zero

Zu0_240_GMG6250.025 Z0_240⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_240⋅24.4809 31.3946i+=:= p.u.

Impedância do Condutor de 240 mm² de ligação do GMG de 575kVA ao QIG(Zu_240_GMG575)

Ω

kmCondutores_fase_240 4:=

Z1_240 0.0958 0.1070i+:=

Z0_240 1.8958 2.4312i+:=Ω

km

Multiplicando pela distância temos(l= 0,010 km):

Sequência positiva

Zu1_240_GMG5750.010 Z1_240⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_240⋅0.4948 0.5527i+=:= p.u.

Sequência zero

Zu0_240_GMG5750.010 Z0_240⋅( )

Zb_baixa Condutores_fase_240⋅9.7924 12.5579i+=:= p.u.

Impedâncias do gerador 1 (625kVA)

Impedância de seq. positiva do gerador: Z1_gerador1 0.1302i:=

Impedância de seq. negativa do gerador: Z2_gerador1 0.1412i:=

Impedância de seq. zero do gerador: Z0_gerador1 0.0217i:=

Tranformando em P.U.

Sequência positiva

Zu1_gerador1 Z1_gerador1Sb

Sb_gerador1

⋅Vb_gerador

2

Vb_baixa2

⋅ 20.832i=:=

Sequência negativa

Zu2_gerador1 Z2_gerador1Sb

Sb_gerador1

⋅Vb_gerador

2

Vb_baixa2

⋅ 22.592i=:=

Sequência zero

Zu0_gerador1 Z0_gerador1Sb

Sb_gerador1

⋅Vb_gerador

2

Vb_baixa2

⋅ 3.472i=:=

Impedâncias do gerador 2 (575kVA)

Impedância de seq. positiva do gerador: Z1_gerador2 0.165i:=

Impedância de seq. negativa do gerador: Z2_gerador2 0.165i:=

Impedância de seq. zero do gerador: Z0_gerador2 0.0310i:=

Tranformando em P.U.

Sequência positiva

Zu1_gerador2 Z1_gerador2Sb

Sb_gerador2

⋅Vb_gerador

2

Vb_baixa2

⋅ 28.696i=:=

Sequência negativa

Zu2_gerador2 Z2_gerador2Sb

Sb_gerador2

⋅Vb_gerador

2

Vb_baixa2

⋅ 28.696i=:=

Sequência zero

Zu0_gerador2 Z0_gerador2Sb

Sb_gerador2

⋅Vb_gerador

2

Vb_baixa2

⋅ 5.391i=:=

2 - CÁLCULO DOS CURTOS-CIRCUITOS

2.1 - CASO 1 - ALIMENTAÇÃO DA COELCE

2.1.1 - BARRA DA COELCE

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_BC Zus1 5.9 103−× 0.668i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_BC Zus0 0.62i=:= p.u.

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_BCIb_alta

Zeq1_BC:=

Icc3f_BC 6.266 103×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_BC Icc3f_BC3

2⋅:=

Icc2f_BC 5.426 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_BC 3Ib_alta

2 Zeq1_BC⋅ Zeq0_BC+⋅:=

Icc1f_BC 6.419 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_alta52.51=:=

Icc1f_mín_BC 3Ib_alta

2 Zeq1_BC⋅ Zeq0_BC+ 3 Zcontato_pu⋅+⋅:=

Icc1f_mín_BC 79.662= A

2.1.2 - PONTO DE ENTREGA

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_Pta Zus1 Zuc1_coelce+ 0.023 0.698i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_Pta Zus0 Zuc0_coelce+ 0.03 0.767i+=:= p.u.

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_PtaIb_alta

Zeq1_Pta:=

Icc3f_Pta 5.987 103×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_Pta Icc3f_Pta3

2⋅:=

Icc2f_Pta 5.185 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_Pta 3Ib_alta

2 Zeq1_Pta⋅ Zeq0_Pta+⋅:=

Icc1f_Pta 5.797 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_alta52.51=:=

Icc1f_mín_Pta 3Ib_alta

2 Zeq1_Pta⋅ Zeq0_Pta+ 3 Zcontato_pu⋅+⋅:=

Icc1f_mín_Pta 79.628= A

2.1.3 - QTA

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_QTA Zus1 Zuc1_coelce+ Zu1_cabo_RE+ Zu_trafo+ Zu1_TQTA+ 0.617 6.915i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_QTA = Infinito

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_QTAIb_baixa

Zeq1_QTA:=

Icc3f_QTA 3.78 104×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_QTA Icc3f_QTA3

2⋅:=

Icc2f_QTA 3.273 104×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Não existe contribuição da Coelce para o curto-circ uito monofásico no QGBT, pois otrafo tem ligação delta-estrela

2.2 - CASO 2 - ALIMENTAÇÃO DO GRUPO GERADOR (625 KVA)

2.2.1 - BARRA DA COELCE

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_BC_caso2 Zu1_gerador1 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE Zuc1_coelce++

...:=

Zeq1_BC_caso2 3.234 30.009i+= p.u .

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_Pta_caso2 = Infinito

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_BC_caso2Ib_alta

Zeq1_BC_caso2:=

Icc3f_BC_caso2 138.613= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_BC_caso2 Icc3f_BC_caso23

2⋅:=

Icc2f_BC_caso2 120.042= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Não existe contribuição do gerador para o curto-cir cuito monofásico, pois o trafotem ligação delta-estrela

2.2.2 - PONTO DE ENTREGA

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_Pta_caso2 Zu1_gerador1 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE+

...:=

Zeq1_Pta_caso2 3.217 29.978i+= p.u .

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_Pta_caso2 = Infinito

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_Pta_caso2Ib_alta

Zeq1_Pta_caso2:=

Icc3f_Pta_caso2 138.762= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_Pta_caso2 Icc3f_Pta_caso23

2⋅:=

Icc2f_Pta_caso2 120.171= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Não existe contribuição do gerador para o curto-cir cuito monofásico, pois o trafotem ligação delta-estrela

2.2.3 - QTA

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_QTA_caso2 Zu1_gerador1 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+:=

Zeq1_QTA_caso2 2.623 23.761i+= p.u .

Impedância equivalente de sequência negativa

Zeq2_QTA_caso2 Zu2_gerador1 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+:=

Zeq2_QTA_caso2 2.623 25.521i+= p.u .

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_QTA_caso2 Zu0_gerador1 Zu0_240_GMG625+ Zu0_240+:=

Zeq0_QTA_caso2 51.899 70.029i+= p.u .

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_QTA_caso2Ib_baixa

Zeq1_QTA_caso2:=

Icc3f_QTA_caso2 1.098 104×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_QTA_caso2 Icc3f_QTA_caso23

2⋅:=

Icc2f_QTA_caso2 9.507 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_QTA_caso2 3Ib_baixa

Zeq1_QTA_caso2 Zeq2_QTA_caso2+ Zeq0_QTA_caso2+⋅:=

Icc1f_QTA_caso2 5.951 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_baixa2.066 10

5×=:= p.u .

Icc1f_min_QTA_caso2 3Ib_baixa

Zeq1_QTA_caso2 Zeq2_QTA_caso2+ Zeq0_QTA_caso2+3 Zcontato_pu⋅+

...⋅:=

Icc1f_min_QTA_caso2 1.27= A

2.3 - CASO 3 - ALIMENTAÇÃO DA COELCE E DO GRUPO GERADOR ( 625 KVA)

2.3.1 - BARRA DA COELCE

Impedância equivalente de sequência positiva

Z1_Coelce Zus1 5.9 103−× 0.668i+=:= p.u.

Z1_gerador1 Zu1_gerador1 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE Zuc1_coelce++

...:=

Z1_gerador1 3.234 30.009i+= p.u.

Z1eq_BC_caso3Z1_Coelce Z1_gerador1⋅( )

Z1_Coelce Z1_gerador1+( )7.164 10

3−× 0.653i+=:= p.u.

. Impedância equivalente de sequência negativa

Z2_Coelce Zus1 5.9 103−× 0.668i+=:= p.u.

Z2_gerador1 Zu1_gerador2 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE Zuc1_coelce++

...:=

Z2_gerador1 3.234 37.873i+= p.u.

Z2eq_BC_caso3Z2_Coelce Z2_gerador1⋅( )

Z2_Coelce Z2_gerador1+( )6.663 10

3−× 0.656i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Z0_Coelce Zus0 0.62i=:= p.u.

Z0_gerador = Infinito

Z0eq_BC_caso3 Z0_Coelce 0.62i=:= p.u.

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_BC_caso3Ib_alta

Z1eq_BC_caso3:=

Icc3f_BC_caso3 6.404 103×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_BC_caso3 Icc3f_BC_caso33

2⋅:=

Icc2f_BC_caso3 5.546 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_BC_caso3 3Ib_alta

Z1eq_BC_caso3 Z2eq_BC_caso3+ Z0eq_BC_caso3+⋅:=

Icc1f_BC_caso3 6.505 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_alta52.51=:= p.u .

Icc1f_min_BC_caso3 3Ib_alta

Z1eq_BC_caso3 Z2eq_BC_caso3+ Z0eq_BC_caso3+ 3 Zcontato_pu⋅+⋅:=

Icc1f_min_BC_caso3 79.661= A

Contribuição da Coelce e do gerador

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

COELCE

COELCE

Icc_3f_Coelce_BC_caso3 Icc3f_BC_caso3Z1_gerador1

Z1_gerador1 Z1_Coelce+⋅:=

Icc_3f_Coelce_BC_caso3 6.266 103×= A

GERADOR

Icc_3f_gerador_BC_caso3 Icc3f_BC_caso3 Icc_3f_Coelce_BC_caso3−:=

Icc_3f_gerador_BC_caso3 137.955= A

CURTO CIRCUITO MONOFÁSICO

COELCE

Icc_1f_Coelce_BC_caso3Icc1f_BC_caso3

3

Z1_gerador1

Z1_gerador1 Z1_Coelce+⋅

Icc1f_BC_caso3

3

Z2_gerador1

Z2_gerador1 Z2_Coelce+⋅+

...

Icc1f_BC_caso3

3+

...

:=

Icc_1f_Coelce_BC_caso3 6.421 103×= A

GERADOR

Icc_1f_gerador_BC_caso3 Icc1f_BC_caso3 Icc_1f_Coelce_BC_caso3−:=

Icc_1f_gerador_BC_caso3 84.042= A

2.3.2 - PONTO DE ENTREGA

Impedância equivalente de sequência positiva

Z1_Coelce Zus1 Zuc1_coelce+ 0.023 0.698i+=:= p.u.

Z1_gerador1 Zu1_gerador1 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE+

...:=

Z1eq_Pta_caso3Z1_Coelce Z1_gerador1⋅( )

Z1_Coelce Z1_gerador1+( )0.024 0.683i+=:= p.u.

. Impedância equivalente de sequência negativa

Z2_Coelce Zus1 Zuc1_coelce+ 0.023 0.698i+=:= p.u.

Z2_gerador1 Zu1_gerador2 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE+

...:=

Z2eq_Pta_caso3Z2_Coelce Z2_gerador1⋅( )

Z2_Coelce Z2_gerador1+( )0.023 0.686i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Z0_Coelce Zus0 Zuc0_coelce+ 0.03 0.767i+=:= p.u.

Z0_gerador = Infinito

Z0eq_Pta_caso3 Z0_Coelce 0.03 0.767i+=:= p.u.

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_Pta_caso3Ib_alta

Z1eq_Pta_caso3:=

Icc3f_Pta_caso3 6.125 103×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_Pta_caso3 Icc3f_Pta_caso33

2⋅:=

Icc2f_Pta_caso3 5.304 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_Pta_caso3 3Ib_alta

Z1eq_Pta_caso3 Z2eq_Pta_caso3+ Z0eq_Pta_caso3+⋅:=

Icc1f_Pta_caso3 5.874 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_alta52.51=:= p.u .

Icc1f_min_Pta_caso3 3Ib_alta

Z1eq_Pta_caso3 Z2eq_Pta_caso3+ Z0eq_Pta_caso3+ 3 Zcontato_pu⋅+⋅:=

Icc1f_min_Pta_caso3 79.628= A

Contribuição da Coelce e do gerador

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

COELCE

Icc_3f_Coelce_Pta_caso3 Icc3f_Pta_caso3Z1_gerador1

Z1_gerador1 Z1_Coelce+⋅:=

Icc_3f_Coelce_Pta_caso3 5.987 103×= A

GERADOR

Icc_3f_gerador_Pta_caso3 Icc3f_Pta_caso3 Icc_3f_Coelce_Pta_caso3−:=

Icc_3f_gerador_Pta_caso3 138.389= A

CURTO CIRCUITO MONOFÁSICO

COELCE

COELCE

Icc_1f_Coelce_Pta_caso3Icc1f_Pta_caso3

3

Z1_gerador1

Z1_gerador1 Z1_Coelce+⋅

Icc1f_Pta_caso3

3

Z2_gerador1

Z2_gerador1 Z2_Coelce+⋅+

...

Icc1f_Pta_caso3

3+

...

:=

Icc_1f_Coelce_Pta_caso3 5.795 103×= A

GERADOR

Icc_1f_gerador_Pta_caso3 Icc1f_Pta_caso3 Icc_1f_Coelce_Pta_caso3−:=

Icc_1f_gerador_Pta_caso3 79.576= A

2.3.3 - QTA

Impedância equivalente de sequência positiva

Z1_Coelce_QTA Zus1 Zuc1_coelce+ Zu1_cabo_RE+ Zu_trafo+ Zu1_TQTA+ 0.617 6.915i+=:=

Z1_gerador1_QTA Zu1_gerador1 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+ 2.623 23.761i+=:= p.u.

Z1eq_QTA_caso3Z1_Coelce_QTA Z1_gerador1_QTA⋅( )

Z1_Coelce_QTA Z1_gerador1_QTA+( )0.504 5.357i+=:= p.u.

. Impedância equivalente de sequência negativa

Z2_Coelce_QTA Zus1 Zuc1_coelce+ Zu1_cabo_RE+ Zu_trafo+ Zu1_TQTA+ 0.617 6.915i+=:=

Z2_gerador1_QTA Zu2_gerador1 Zu1_240_GMG625+ Zu1_240+:=

Z2eq_QTA_caso3Z2_Coelce_QTA Z2_gerador1_QTA⋅( )

Z2_Coelce_QTA Z2_gerador1_QTA+( )0.501 5.441i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Z0_Coelce_QTA Zu_trafo Zu0_TQTA+ 17.885 27.845i+=:= p.u.

Z0_gerador1_QTA Zu0_gerador1 Zu0_240_GMG625+ Zu0_240+ 51.899 70.029i+=:= p.u.

Z0eq_QTA_caso3Z0_Coelce_QTA Z0_gerador1_QTA⋅( )

Z0_Coelce_QTA Z0_gerador1_QTA+( )13.338 19.949i+=:= p.u.

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_QTA_caso3Ib_baixa

Z1eq_QTA_caso3:=

Icc3f_QTA_caso3 4.878 104×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_QTA_caso3 Icc3f_QTA_caso33

2⋅ 4.224 10

4×=:= A

Icc2f_QTA_caso3 4.224 104×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_QTA_caso3 3Ib_baixa

Z1eq_QTA_caso3 Z2eq_QTA_caso3+ Z0eq_QTA_caso3+⋅:=

Icc1f_QTA_caso3 2.32 104×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_baixa2.066 10

5×=:= p.u .

Icc1f_min_QTA_caso3 3Ib_baixa

Z1eq_QTA_caso3 Z2eq_QTA_caso3+ Z0eq_QTA_caso3+3 Zcontato_pu⋅+

...⋅:=

Icc1f_min_QTA_caso3 1.27= A

Contribuição da Coelce e do gerador

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

COELCE

Icc_3f_Coelce_QTA_caso3 Icc3f_QTA_caso3Z1_gerador1_QTA

Z1_gerador1_QTA Z1_Coelce_QTA+⋅:=

Icc_3f_Coelce_QTA_caso3 3.78 104×= A

GERADOR

Icc_3f_gerador_QTA_caso3 Icc3f_QTA_caso3 Icc_3f_Coelce_QTA_caso3−:=

Icc_3f_gerador_QTA_caso3 1.098 104×= A

CURTO CIRCUITO MONOFÁSICO

COELCE

Icc_1f_Coelce_QTA_caso3Icc1f_QTA_caso3

3

Z1_gerador1_QTA

Z1_gerador1_QTA Z1_Coelce_QTA+⋅

Icc1f_QTA_caso3

3

Z2_gerador1_QTA

Z2_gerador1_QTA Z2_Coelce_QTA+⋅+

...

Icc1f_QTA_caso3

3+

...

:=

Icc_1f_Coelce_QTA_caso3 1.982 104×= A

GERADOR Icc_1f_gerador_QTA_caso3 Icc1f_QTA_caso3 Icc_1f_Coelce_QTA_caso3−:=

Icc_1f_gerador_QTA_caso3 3.388 103×= A

______________________________________________________________________________

2.4 - CASO 4 - ALIMENTAÇÃO DO GRUPO GERADOR (575 KVA)

2.4.1 - BARRA DA COELCE

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_BC_caso4 Zu1_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE Zuc1_coelce++

...:=

Zeq1_BC_caso4 2.492 37.043i+= p.u .

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_BC_caso4 = Infinito

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_BC_caso4Ib_alta

Zeq1_BC_caso4:=

Icc3f_BC_caso4 112.686= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_BC_caso4 Icc3f_BC_caso43

2⋅:=

Icc2f_BC_caso4 97.589= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Não existe contribuição do gerador para o curto-cir cuito monofásico, pois o trafotem ligação delta-estrela

2.4.2 - PONTO DE ENTREGA

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_Pta_caso4 Zu1_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE+

...:=

Zeq1_Pta_caso4 2.475 37.013i+= p.u .

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_Pta_caso4 = Infinito

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_Pta_caso4Ib_alta

Zeq1_Pta_caso4:=

Icc3f_Pta_caso4 112.782= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_Pta_caso4 Icc3f_Pta_caso43

2⋅:=

Icc2f_Pta_caso4 97.672= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Não existe contribuição do gerador para o curto-cir cuito monofásico, pois o trafotem ligação delta-estrela

2.4.3 - QTA

Impedância equivalente de sequência positiva

Zeq1_QTA_caso4 Zu1_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+:=

Zeq1_QTA_caso4 1.88 30.796i+= p.u .

Impedância equivalente de sequência negativa

Zeq2_QTA_caso4 Zu2_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+:=

Zeq2_QTA_caso4 1.88 30.796i+= p.u .

Impedância equivalente de sequência zero

Zeq0_QTA_caso4 Zu0_gerador2 Zu0_240_GMG575+ Zu0_240+:=

Zeq0_QTA_caso4 37.211 53.111i+= p.u .

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_QTA_caso4Ib_baixa

Zeq1_QTA_caso4:=

Icc3f_QTA_caso4 8.506 103×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_QTA_caso4 Icc3f_QTA_caso43

2⋅:=

Icc2f_QTA_caso4 7.366 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_QTA_caso4 3Ib_baixa

Zeq1_QTA_caso4 Zeq2_QTA_caso4+ Zeq0_QTA_caso4+⋅:=

Icc1f_QTA_caso4 6.464 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_baixa2.066 10

5×=:= p.u .

Icc1f_min_QTA_caso4 3Ib_baixa

Zeq1_QTA_caso4 Zeq2_QTA_caso4+ Zeq0_QTA_caso4+3 Zcontato_pu⋅+

...⋅:=

Icc1f_min_QTA_caso4 1.27= A

2.5 - CASO 5 - ALIMENTAÇÃO DA COELCE E DO GRUPO GERADOR ( 575 kVA)

2.5.1 - BARRA DO COELCE

Impedância equivalente de sequência positiva

Z1_Coelce Zus1 5.9 103−× 0.668i+=:= p.u.

Z1_gerador2 Zu1_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE Zuc1_coelce++

...:=

Z1_gerador2 2.492 37.043i+= p.u.

Z1eq_BC_caso5Z1_Coelce Z1_gerador2⋅( )

Z1_Coelce Z1_gerador2+( )6.471 10

3−× 0.656i+=:=

. Impedância equivalente de sequência negativa

Z2_Coelce Zus1 5.9 103−× 0.668i+=:= p.u.

Z2_gerador2 Zu2_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE Zuc1_coelce++

...:=

Z2_gerador2 2.492 37.043i+= p.u.

Z2eq_BC_caso5Z2_Coelce Z2_gerador2⋅( )

Z2_Coelce Z2_gerador2+( )6.471 10

3−× 0.656i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Z0_Coelce Zus0 0.62i=:= p.u.

Z0_gerador2 = Infinito

Z0eq_BC_caso5 Z0_Coelce 0.62i=:= p.u.

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_BC_caso5Ib_alta

Z1eq_BC_caso5:=

Icc3f_BC_caso5 6.378 103×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_BC_caso5 Icc3f_BC_caso53

2⋅:=

Icc2f_BC_caso5 5.524 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_BC_caso5 3Ib_alta

Z1eq_BC_caso5 Z2eq_BC_caso5+ Z0eq_BC_caso5+⋅:=

Icc1f_BC_caso5 6.497 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_alta52.51=:= p.u .

Icc1f_min_BC_caso5 3Ib_alta

Z1eq_BC_caso5 Z2eq_BC_caso5+ Z0eq_BC_caso5+ 3 Zcontato_pu⋅+⋅:=

Icc1f_min_BC_caso5 79.662= A

Contribuição da Coelce e do gerador

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

COELCE

Icc_3f_Coelce_BC_caso5 Icc3f_BC_caso5Z1_gerador2

Z1_gerador2 Z1_Coelce+⋅:=

Icc_3f_Coelce_BC_caso5 6.266 103×= A

GERADOR

Icc_3f_gerador_BC_caso5 Icc3f_BC_caso5 Icc_3f_Coelce_BC_caso5−:=

Icc_3f_gerador_BC_caso5 112.497= A

CURTO CIRCUITO MONOFÁSICOCOELCE

Icc_1f_Coelce_BC_caso5Icc1f_BC_caso5

3

Z1_gerador2

Z1_gerador2 Z1_Coelce+⋅

Icc1f_BC_caso5

3

Z2_gerador2

Z2_gerador2 Z2_Coelce+⋅+

...

Icc1f_BC_caso5

3+

...

:=

Icc_1f_Coelce_BC_caso5 6.421 103×= A

GERADOR Icc_1f_gerador_BC_caso5 Icc1f_BC_caso5 Icc_1f_Coelce_BC_caso5−:=

Icc_1f_gerador_BC_caso5 76.399= A

2.5.2 - PONTO DE ENTREGA

Impedância equivalente de sequência positiva

Z1_Coelce Zus1 Zuc1_coelce+ 0.023 0.698i+=:= p.u.

Z1_gerador2 Zu1_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE+

...:=

Z1eq_Pta_caso5Z1_Coelce Z1_gerador2⋅( )

Z1_Coelce Z1_gerador2+( )0.023 0.686i+=:= p.u.

. Impedância equivalente de sequência negativa

Z2_Coelce Zus1 Zuc1_coelce+ 0.023 0.698i+=:= p.u.

Z2_gerador2 Zu2_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+ Zu1_TQTA+ Zu_trafo+Zu1_cabo_RE+

...:=

Z2eq_Pta_caso5Z2_Coelce Z2_gerador2⋅( )

Z2_Coelce Z2_gerador2+( )0.023 0.686i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Z0_Coelce Zus0 Zuc0_coelce+ 0.03 0.767i+=:= p.u.

Z0_gerador2 = Infinito

Z0eq_Pta_caso5 Z0_Coelce 0.03 0.767i+=:= p.u.

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_Pta_caso5Ib_alta

Z1eq_Pta_caso5:=

Icc3f_Pta_caso5 6.099 103×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_Pta_caso5 Icc3f_Pta_caso53

2⋅:=

Icc2f_Pta_caso5 5.282 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_Pta_caso5 3Ib_alta

Z1eq_Pta_caso5 Z2eq_Pta_caso5+ Z0eq_Pta_caso5+⋅:=

Icc1f_Pta_caso5 5.867 103×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_alta52.51=:= p.u .

Icc1f_min_Pta_caso5 3Ib_alta

Z1eq_Pta_caso5 Z2eq_Pta_caso5+ Z0eq_Pta_caso5+ 3 Zcontato_pu⋅+⋅:=

Icc1f_min_Pta_caso5 79.629= A

Contribuição da Coelce e do gerador

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

COELCE

Icc_3f_Coelce_Pta_caso5 Icc3f_Pta_caso5Z1_gerador2

Z1_gerador2 Z1_Coelce+⋅:=

Icc_3f_Coelce_Pta_caso5 5.987 103×= A

GERADOR Icc_3f_gerador_Pta_caso5 Icc3f_Pta_caso5 Icc_3f_Coelce_Pta_caso5−:=

Icc_3f_gerador_Pta_caso5 112.718= A

CURTO CIRCUITO MONOFÁSICOCOELCE

Icc_1f_Coelce_Pta_caso5Icc1f_Pta_caso5

3

Z1_gerador2

Z1_gerador2 Z1_Coelce+⋅

Icc1f_Pta_caso5

3

Z2_gerador2

Z2_gerador2 Z2_Coelce+⋅+

...

Icc1f_Pta_caso5

3+

...

:=

Icc_1f_Coelce_Pta_caso5 5.795 103×= A

GERADOR Icc_1f_gerador_Pta_caso5 Icc1f_Pta_caso5 Icc_1f_Coelce_Pta_caso5−:=

Icc_1f_gerador_Pta_caso5 72.287= A

2.5.3 - QTA

Impedância equivalente de sequência positiva

Z1_Coelce_QTA Zus1 Zuc1_coelce+ Zu1_cabo_RE+ Zu_trafo+ Zu1_TQTA+ 0.617 6.915i+=:=

Z1_gerador2_QTA Zu1_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+ 1.88 30.796i+=:= p.u.

Z1eq_QTA_caso5Z1_Coelce_QTA Z1_gerador2_QTA⋅( )

Z1_Coelce_QTA Z1_gerador2_QTA+( )0.475 5.648i+=:= p.u.

. Impedância equivalente de sequência negativa

Z2_Coelce_QTA Zus1 Zuc1_coelce+ Zu1_cabo_RE+ Zu_trafo+ Zu1_TQTA+ 0.617 6.915i+=:=

Z2_gerador2_QTA Zu2_gerador2 Zu1_240_GMG575+ Zu1_240+ 1.88 30.796i+=:= p.u.

Z2eq_QTA_caso5Z2_Coelce_QTA Z2_gerador2_QTA⋅( )

Z2_Coelce_QTA Z2_gerador2_QTA+( )0.475 5.648i+=:= p.u.

Impedância equivalente de sequência zero

Z0_Coelce_QTA Zu_trafo Zu0_TQTA+ 17.885 27.845i+=:= p.u.

Z0_gerador2_QTA Zu0_gerador2 Zu0_240_GMG575+ Zu0_240+ 37.211 53.111i+=:= p.u.

Z0eq_QTA_caso5Z0_Coelce_QTA Z0_gerador2_QTA⋅( )

Z0_Coelce_QTA Z0_gerador2_QTA+( )12.093 18.277i+=:= p.u.

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

Icc3f_QTA_caso5Ib_baixa

Z1eq_QTA_caso5:=

Icc3f_QTA_caso5 4.63 104×= A

CURTO CIRCUITO BIFÁSICO

Icc2f_QTA_caso5 Icc3f_QTA_caso53

2⋅:=

Icc2f_QTA_caso5 4.01 104×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA

Icc1f_QTA_caso5 3Ib_baixa

Z1eq_QTA_caso5 Z2eq_QTA_caso5+ Z0eq_QTA_caso5+⋅:=

Icc1f_QTA_caso5 2.436 104×= A

CURTO CIRCUITO FASE-TERRA MÍNIMO

Zcontato_puZcontato

Zb_baixa2.066 10

5×=:= p.u .

Icc1f_min_QTA_caso5 3Ib_baixa

Z1eq_QTA_caso5 Z2eq_QTA_caso5+ Z0eq_QTA_caso5+3 Zcontato_pu⋅+

...⋅:=

Icc1f_min_QTA_caso5 1.27= A

Contribuição da Coelce e do gerador(575kVA)

CURTO CIRCUITO TRIFÁSICO

COELCE

Icc_3f_Coelce_QTA_caso5 Icc3f_QTA_caso5Z1_gerador2_QTA

Z1_gerador2_QTA Z1_Coelce_QTA+⋅:=

Icc_3f_Coelce_QTA_caso5 3.78 104×= A

GERADOR

Icc_3f_gerador_QTA_caso5 Icc3f_QTA_caso5 Icc_3f_Coelce_QTA_caso5−:=

Icc_3f_gerador_QTA_caso5 8.503 103×= A

CURTO CIRCUITO MONOFÁSICO

COELCE

Icc_1f_Coelce_QTA_caso5Icc1f_QTA_caso5

3

Z1_gerador2_QTA

Z1_gerador2_QTA Z1_Coelce_QTA+⋅

Icc1f_QTA_caso5

3

Z2_gerador2_QTA

Z2_gerador2_QTA Z2_Coelce_QTA+⋅+

...

Icc1f_QTA_caso5

3+

...

:=

Icc_1f_Coelce_QTA_caso5 2.138 104×= A

GERADOR

Icc_1f_gerador_QTA_caso5 Icc1f_QTA_caso5 Icc_1f_Coelce_QTA_caso5−:=

Icc_1f_gerador_QTA_caso5 2.982 103×= A

Resumo dos Curtos-Circuitos

Na Barra 15kV – SED TAP (MT)

Casos NÍVEL DE CURTO -CIRCUITO (A)

TRIFÁSICO BIFÁSICO MONOFÁSICO MONOFÁSICO MÍNIMO

1. Coelce 6266 5426 6419 79,662

2. GMG 1 (625kVA) 138,613 120,042 0 0

3. Coelce + GMG 1 6404 5546 6505 79,662

4.GMG 2 (575kVA) 112,686 97,589 0 0

5. Coelce + GMG 2 6378 5524 6497 79,662

No Ponto de Entrega do Cliente (MT)

Casos NÍVEL DE CURTO-CIRCUITO (A)

TRIFÁSICO BIFÁSICO MONOFÁSICO MONOFÁSICO MÍNIMO

1. Coelce 5987 5185 5797 79,628

2. GMG 1 (625kVA) 138,762 120,171 0 0

3. Coelce + GMG 1 6125 5304 5878 79,628

4.GMG 2 (575kVA) 112,782 97,672 0 0

5. Coelce + GMG 2 6099 5282 5867 79,628

No QTA do Cliente (BT)

No QTA do Cliente (BT)

Casos NÍVEL DE CURTO-CIRCUITO (A)

TRIFÁSICO BIFÁSICO MONOFÁSICO MONOFÁSICO MÍNIMO

1. Coelce 37800 32730 0 0

2. GMG 1 (625kVA) 10980 9507 5951 1,27

3. Coelce + GMG 1 48780 42240 23200 1,27

4.GMG 2 (575kVA) 8506 7366 6464 1,27

5. Coelce + GMG 2 46300 40100 24360 1,27

3 - DIMENSIONAMENTO DOS TC'S

3.1 - Critério da corrente primária

Corrente nominal: InominalPtrafo

3 13800⋅41.837=:=

A corrente no primário do TC tem que ser superior a 50% da corrente nominal do circuito a ser protegido, logo :

Corrente no primário do TC: IpTC_critério1 1.5 Inominal⋅ 62.755=:=

3.2 - Cirtério da máxima corrente de curto-circuito

Maior corrente de curto circuito: Icc_máx 5973:= A

Fator de sobrecorrente: FS 20:=

Icc_máx

FS298.65=

Como a corrente primária do TC deve ser maior que a relação Iccmáx/FS, então os TC'sadotados deverão ter relação mínima de 400/5

3.3 - Critério da saturação AC

Vs = Zs x Is RTC400

580=:=

3.3.1 - Cálculo de Zs

Zs = Ztc + Zcabos + Zr

I - Ztc

Ztc 0.00234 RTC⋅( ) 0.0262+ 0.213=:= Ω

II - ZcabosΩ

kmLcabo 0.002:= km Fator 2:=

Zcabo4mm² 5.52:=

Zcabos Fator Zcabo4mm²⋅ Lcabo⋅ 0.022=:= Ω

III - Z do relé

Zr 2 20⋅ 103−⋅ 0.04=:= Ω Utiliza-se dois terminais

IV - Impedância de saturação

Zs Ztc Zcabos+ Zr+ 0.275=:= Ω

3.3.2 - Burden Nominal

Vsat_nominal 200:= V In_secundárioTC 5:= A

ZburdenVsat_nominal

FS In_secundárioTC⋅2=:= Ω

3.3.3 - Tensão máxima entregue pelo secundário do T C (nominal)

VsTC_máx_nominal Zburden FS⋅ In_secundárioTC⋅ 200=:= V

3.3.4 - Tensão máxima entregue pelo secundário do T C (calculada)

IsTC_máxIcc_máx

RTC74.662=:=

VsTC_máx_calculado Zs IsTC_máx⋅ 20.568=:= V

COMO A TENSÃO NOMINAL MÁXIMA NO SECUNDÁRIO DO TC É MAIOR DO QUE ATENSÃO MÁXIMA CALCULADA NO SECUNDÁRIO DO TC, ENTÃO O TC SELECIONADO(400/5 - 10B200) SATISFAZ O CRITÉRIO DE SATURAÇÃO AC PARA A APLICAÇÃO.

3.4 - Critério da saturação DC

Vs = Zs x Is x (1 + X/R)

X_Pta 0.7:=

R_Pta 0.023:=

X_Pta

R_Pta30.435=

3.4.1 - Fator de Assimetria

t 0.00416:= s ( considerando-se o valor de pico do primeiro semiciclo da corrente de falta )

FA 1 2 e

2− t⋅( )

X_Pta

R_Pta

377⋅+ 1.675=:=

3.4.2 - Corrente de falta assimétrica

Icca FA Icc_máx⋅ 1 104×=:= A

3.4.3 - Impedância de saturação

Conforme calculado anteriormente:

Zs Ztc Zcabos+ Zr+ 0.275=:= Ω

3.4.4 - Tensão máxima entregue pelo secundário do T C (nominal)

VsTC_máx_nominal Zburden FS⋅ In_secundárioTC⋅ 200=:= V

3.4.5 - Tensão máxima entregue pelo secundário do T C (calculada)

IsTC_máxIcca

RTC125.027=:=

VsTC_máx_calculado Zs IsTC_máx⋅ 1X_Pta

R_Pta+

⋅ 1.083 103×=:= V

A condição de saturação DC não foi sa�sfeita, devido principalmente ao desequilíbrio na

relação X/R no PTA, tornando inviável técnica e economicamente a aquisição e instalação de

um TC que atenda ao critério. Desta forma será man�da a especificação do TC em 400/5 -

10B200, sabendo porém que o relé de proteção SEPAM S-42 apresenta algoritmo específico

para iden�ficar e atuar mesmo em casos de saturação DC dos TCs de proteção.

4 - AJUSTES DA PROTEÇÃO

PROTEÇÃO TAP CURVA INST.

13,8 600/5 600 50/51 FASE 5 0,07535(DT=0,1

0S)M.I

13,8 600/5 24 50/51N NEUTRO 0,2 0,4259(DT=0,15

S)M.I

1ALIMENTADOR

RELIG. 21F4

ORDEM DE AJUSTE DE PROTEÇÃO - SE:TAUAPE-TAP

EQUIPAMENTO OU LT PROTEGIDO

CÓDIGO ANSI

CORRENTE DE PICK-

UP(A)RTCTENSÃO(Kv)ITEM

TIPO DE CURVA

AJUSTE DA PROTEÇÃO

Ipickup_fase 600:= A β 13.5:=

Ipickup_neutro 24:= A α 1:=

TAP_fase 5:=

TAP_neutro 0.2:=

dt_fase 0.075:=

dt_neutro 0.425:=

4.1 - Tempo de atuação na barra da coelce

|FASE REDE( ) |

| NEUTRO REDE( )||

M_faseIcc3f_BC

Ipickup_fase:= |

| M_neutroIcc1f_mín_BC

Ipickup_neutro:=|

|||

M_fase 10.443= || M_neutro 3.319=||||

t_faseβ dt_fase⋅( )

M_faseα

1−:= |

| t_neutroβ dt_neutro⋅( )

M_neutroα

1−:=|

|||||

t_fase 0.107= s || t_neutro 2.474= s ||||||||||||

4.2 - Tempo de atuação no ponto de entrega(Pta)

|FASE REDE( ) |

| NEUTRO REDE( )||

M_faseIcc3f_Pta

Ipickup_fase:= |

| M_neutroIcc1f_mín_Pta

Ipickup_neutro:=|

|||

M_fase 9.978= || M_neutro 3.318=||||

t_faseβ dt_fase⋅( )

M_faseα

1−:= |

| t_neutroβ dt_neutro⋅( )

M_neutroα

1−:=|

|||||

t_fase 0.113= s || t_neutro 2.475= s ||||||

4.3 - Ajustes do relé (SERPRO)

Kfase 1.25:=

Kneutro 0.2:=

Função 51 e 51 N

4.3.1 - TAP e corrente de pick-up

FASE || NEUTRO |||

TAP_faseKfase Inominal⋅( )

RTC:= |

| TAP_neutroKneutro Inominal⋅( )

RTC:=|

||

TAP_fase 0.654= A || TAP_neutro 0.105= A|||||

Ipickup_fase TAP_fase RTC⋅:= || Ipickup_neutro TAP_neutro RTC⋅:=||

Ipickup_fase 52.296= A |Ipickup_neutro 8.367= A

4.3.2 - Tempo de atuação com curva inversa ( Curva EI - IEC para fase, Curva MI praNeutro)

dt_fase 0.15:= β 80:= βn 13.5:=Fase Neutrodt_neutro 0.1:= α 2:= αn 1:=

FASE | NEUTRO |||||

M_faseIcc3f_Pta

Ipickup_fase:= | M_neutro

Icc1f_mín_Pta

Ipickup_neutro:=|

||||

M_fase 114.476= | M_neutro 9.517=|||

M_fase 20:= |||||| t_neutro

βn dt_neutro⋅( )

M_neutroαn

1−:=

t_faseβ dt_fase⋅( )

M_faseα

1−:= |

||||||| t_neutro 0.159= s |

t_fase 0.03= s ||||||

4.4 - Ajuste da função instantânea

A unidade instantânea não deverá atuar para a corrente transitória de magnetização dotransformador. No caso das instalações do SERPRO o transformador é do tipo seco de1000kVA, para o qual admitimos uma corrente de In-rush de 14xIn com tempo de duraçãoda ordem de 0,1s. Porém a unidade instantânea deverá atuar no menor valor decurto-circuito presumido no ponto em análise, para tanto será adotado como parâmetro ocurto-circuito bifásico.

||

FASE (50) | NEUTRO (50)||||

Icc2f_Pta 5.185 103×= A | Icc1f_mín_Pta 79.628= A

||||||

Iinstantâneo_faseIcc2f_Pta

RTC< | Iinstantâneo_neutro

Icc1f_mín_Pta

RTC<|

|||||

Iinstantâneo_fase 64.6< | Iinstantâneo_neutro 0.995<|||||

Valor selecionado = 7.5 A | Valor selecionado = 0.8 A|||

Iinstantâneo_fase 7.5 RTC⋅ 600=:= A | Iinstantâneo_neutro 0.8 RTC⋅ 64=:=||

5 - CORRENTE DE PARTIDA ( I inrush )

Inominal 41.837= A

Iinrush 14 Inominal⋅:=

Iinrush 585.718= A

A corrente ajustada para a função intantânea de fase( 50) é maior do que a corrente demagnetização do transformador. Logo o valor dela pode ser adotado.

6 - AJUSTE DAS OUTRAS PROTEÇÕES

6.1 - Relé de proteção principal

6.1.1 - Subtensão(27)

Adotado um valor de 10 %

Uajuste 0.9 220⋅:=

Uajuste 198= V

Será utilizada um curva de tempo definido com tempo de atuação de 1s

6.1.2 - Subtensão Residual (27N)

O tempo de atuação será menor do que o tempo de religamento do alimentador daconcessionária(0,5s).

Uajuste 0.15 220⋅:=

Uajuste 33= V

6.1.3 - Potência Reversa(32)

Sendo adotando o trip no sentido gerador--->Coelce, a potência de ajuste será de :

Pajuste_reverso 23:= kW

A curva adotada será de tempo definido com tempo de atuação de 0,5 s

6.1.4 - Direcional de sobrecorrente de fase (67)

Essa função será utilizada para detecção de falta de fase na rede da concessionária nomomento do paralelismo.

Iajuste_direcional 24:= A

O tempo de atuação adotado será de 0,2 s e o ângulo característico de 45º, com atuação nosentido gerador---->Coelce.

6.1.5 - Sobretensão(59)

Adotado um valor de 10 %

Uajuste 1.1 220⋅:=

Uajuste 242= V

Será utilizada um curva de tempo definido com tempo de atuação de 1s

6.1.6 - Sobretensão Residual (59N)

Uajuste 0.15 220⋅:=

Uajuste 33= V

O tempo de atuação será menor do que o tempo de religamento do alimentador daconcessionária(0,5s).

6.1.7 - Subfrequência e sobrefrequência (81 L/H)

Adotado um valor de 2,5 % da frequência nominal. Será utilizada uma curva de tempo definidocom tempo de atuação de 0,5 s.

f_ajuste_81L 58.5:= Hz

f_ajuste_81H 61.5:= Hz

6.1.8 - Verificação de sincronismo(25)

Será verificado o sincronismo para o fechamento do paralelismo entre os geradores e aconcessionária, através do controlador Comap Inteli ATS PWR.

6.1.9 - Sequência negativa (46)

Ib 76:= A

I2

0.1 Ib⋅:=

I2

7.6= A

Será utilizada um curva de tempo definido com tempo de atuação de 1s

6.1.10 - Desequilíbrio de Tensão (47)

Adotado um valor de 10 %

Uajuste 0.9 220⋅:=

Uajuste 198= V

Será utilizada um curva de tempo definido com tempo de atuação de 1s

127

ANEXO E – DADOS DE CONSUMO DE ÓLEO DIESEL DOS GERADORES

128