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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL - PROFMAT JAMERSON RIBEIRO DO NASCIMENTO A ESTATÍSTICA NO ENSINO BÁSICO: ABORDAGEM NO ENEM E UMA ANÁLISE EM ALGUNS MATERIAIS DIDÁTICOS JUAZEIRO DO NORTE 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL - PROFMAT

JAMERSON RIBEIRO DO NASCIMENTO

A ESTATÍSTICA NO ENSINO BÁSICO: ABORDAGEM NO ENEM E UMA

ANÁLISE EM ALGUNS MATERIAIS DIDÁTICOS

JUAZEIRO DO NORTE

2014

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JAMERSON RIBEIRO DO NASCIMENTO

A ESTATÍSTICA NO ENSINO BÁSICO: ABORDAGEM NO ENEM E UMA ANÁLISE

EM ALGUNS MATERIAIS DIDÁTICOS

Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Matemática em Rede Nacional, do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Matemática. Área de concentração: Ensino de Matemática. Orientador: Prof. Dr. Flávio França Cruz.

JUAZEIRO DO NORTE

2014

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca do Curso de Matemática N195e Nascimento, Jamerson Ribeiro do A estatística no ensino básico: abordagem no Enem e uma análise em alguns materiais didáticos / Jamerson Ribeiro do Nascimento. - 2014. 74 f. : il., enc.; 31 cm

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Matemática, Programa de Pós-Graduação em Matemática em Rede Nacional, Juazeiro do Norte, 2014.

Área de Concentração: Ensino de Matemática. Orientação: Prof. Dr. Flávio França Cruz.

1. Estatística. 2. Estatística – Estudo e ensino. 3. Exame Nacional do Ensino Médio. I. Título.

CDD 519.5

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JAMERSON RIBEIRO DO NASCIMENTO

A ESTATÍSTICA NO ENSINO BÁSICO: ABORDAGEM NO ENEM E UMA ANÁLISE

EM ALGUNS MATERIAIS DIDÁTICOS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Programa e Pós-graduação em Matemática em rede nacional (PROFMAT), do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em Matemática. Área de concentração: Ensino de Matemática.

Data da Aprovação: ___ de Junho de 2014.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________

Prof. Dr. Flávio França Cruz (orientador) Universidade Regional do Cariri (URCA)

Prof. Ms. Tiago de Silva Alencar Universidade Regional do Cariri (URCA)

Prof. Ms. Valéria Gerônimo Pedrosa Alencar Universidade Regional do Cariri (URCA)

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Dedico aos meus pais José Lobo do Nascimento e Maria Silva Ribeiro do Nascimento, aos meus irmãos Jayane, Jadson e Jardell, a minha tia Rozani e aos meus bons amigos, pelo amor, por toda a motivação e apoio, pelo incentivo e companheirismo, pelo exemplo de vida que se fazem, e pela força proporcionada a mim nos bons e maus momentos.

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AGRADECIMENTOS

A DEUS, que sempre se fez presente em todo o meu caminho percorrido e

nas conquistas adquiridas e por sempre me guiar na minha vida.

Aos meus pais pela minha formação como cidadão, pela minha educação, por

sempre me motivarem e proporcionar-me a chance de alcançar meus objetivos

fornecendo geralmente o que eu precisava e não o que eu queria.

Aos meus amigos Jonas, Ronaldo, Gervânia e Israel pelos conselhos e apoios

nos momentos de dúvida e de ausência.

A Andreza Camila pelo seu sacrifício, apoio, esforço e excelente intenção em

me ajudar, nos diversos momentos de dificuldades e ausência.

A minha passada e atual direção escolar na pessoa de Carlos Vidal bem como

seu núcleo gestor e atual diretor D’Assis bem como seu núcleo gestor pela

compreensão que predominou em meus momentos de ausência tão necessários

para a conclusão desse curso.

Ao meu orientador Prof. Dr. Flávio França Cruz pela aceitação em ajudar-me,

pelo compartilhamento do saber, pela disponibilidade, pela amizade e por contribuir

de forma direta na minha formação.

A Erivelton pelos conselhos que contribuíram para a realização desse

trabalho.

A Simony Barbosa e Else Barbosa pelo apoio, ajuda, acolhimento e amizade.

Aos meus colegas aqui do profmat pela convivência e aprendizado coletivo

que se somava a cada encontro.

Aos meus demais professores pelo apoio e presença ativa nas constantes

buscas pelo conhecimento.

À Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e ao Instituto de Matemática

Pura e Aplicada (IMPA), que oportunizaram este programa de pós-graduação.

Aos meus amigos da graduação que mesmo ausentes foram e são exemplos

e referências para meu aprendizado.

Aos meus familiares que me incentivaram e que muitas vezes compreenderam

a minha ausência nos momento de convivência coletiva.

Ao meu tio Cícero Lobo pela ajuda nos tempos de graduação.

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RESUMO

A Estatística hoje permeia a maioria dos meios de comunicação e se mostra também rigorosamente útil em diversos setores da nossa economia, agricultura, comércio, pesquisas e ciências de modo geral. É a parte da matemática que se preocupa com a coleta e descrição dos dados geralmente valores que depois de organizados e apresentados, objetivam entre outros, a tomada de futuras decisões facilitando e condicionando os estudos a um melhor desempenho e resultado. O estudo da estatística contribui para uma formação consciente dos alunos, sua presença indistinta no dia a dia ajuda a formular os problemas e modelar situações práticas nas mais diferentes áreas sociais. O ensino da estatística deve ser trabalhado já no ensino fundamental e o uso de ferramentas e meios que tornem esse estudo consistente deve ser adotado e abraçado pelos professores. Este estudo tem como escopo evidenciar a importância da estatística na nossa prática de evolução educacional e social, ressaltar meios e ferramentas que podem contribuir para o melhoramento desse ensino e consequentemente da aprendizagem em estatística, chamar um pouco a atenção do aluno e dos professores sobre a baixa relevância que se tem dado a esse conteúdo e por fim propomos um material de apoio com as principais definições em estatística e sua saturada presença no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

PALAVRAS-CHAVE: Estatística. Ensino da estatística.

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ABSTRACT

The Statistics today permeates most of the media and also shows rigorously useful in many sectors of our economy, agriculture, trade, research and general sciences. It is the part of mathematics that is concerned with the collection and description of data values that usually after organized and presented, aim to among others, the future decision-making easier and conditioning studies to better performance and results. The statistical study contributes to a conscious training of students, their indistinct presence in everyday life helps formulate problems and modeling more practical situations in different social areas. The teaching of statistics should be working already in elementary school and the use of tools and resources that make this robust study should be adopted and embraced by teachers. This study has the objective to highlight the importance of statistics in our practice of educational and social development, emphasizing means and tools that can contribute to the improvement of this teaching and learning consequently statisticians call a little attention from students and teachers about the low relevance that has been given to such content and finally we propose a support material with the main definitions in statistics and its saturated presence in the Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

KEYWORDS: Statistics. Teaching statistics.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 4.1: Gráfico em linha mostrando a oferta de emprego para gerentes e diretos

em São Paulo ............................................................................................................ 35

Figura 4.2: Exemplo de Gráfico de Barras horizontal ............................................... 36

Figura 4.3: Tabela de frequência absoluta e gráfico setor circular com registro de

problemas com máquinas agrícolas .......................................................................... 37

Figura 4.4: Gráfico Histograma de peso (em Newtons) de crianças numa creche ... 39

Figura 4.5: Gráfico pictograma de grandes edifícios (Nome e data de criação) ....... 40

Figura 4.6: Gráfico Pictograma de Produção de mel em seis países ....................... 40

Figura 4.7: Gráfico Histograma de frequência absoluta de duração do tempo de

banhos ...................................................................................................................... 52

Figura 4.8: Gráfico em barras do número de espécies em extinção ........................ 58

Figura 4.9: Tabela de quantidades de idosos e crianças com problemas

respiratórios.. ............................................................................................................. 59

Figura 4.10: Tabela percentual das regiões do Brasil, sobre mães que, em 2005,

amamentavam seus filhos nos primeiros meses de vida .......................................... 59

Figura 4.11: Gráfico de barras da temperatura média do pescado .......................... 60

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Figura 4.12: Gráfico de barras sobre a classificação de países na Produção de mel

em 2007 .................................................................................................................... 61

Figura 4.13: Gráficos em barras sobre Consumo de Energia e Consumo de água ..62

Figura 4.14: Gráfico em linha sobre análise do desmatamento da Amazônia em 20

anos... ....................................................................................................................... 63

Figura 4.15: Gráfico de barras sobrepostas mostrando a sustentabilidade e proteção

dos Biomas brasileiros... ........................................................................................... 63

Figura 4.16: Gráfico comparativo sobre o Café no Brasil com sua produção,

rendimento e área plantada entre 2001 e 2008......................................................... 64

Figura 4.17: Gráfico em linha sobre o crescimento Urbano em todo o mundo ......... 65

Figura 4.18: Gráfico de barras sobre a pontuação de cinco equipes numa gincana.66

Figura 4.19: Gráfico em barras sobre Média de alunos do curso ............................. 66

Figura 4.20: Gráfico histograma sobre gasto de água por tipos de alimentos... ....... 67

Figura 4.21: Gráfico de barras horizontal sobre a classificação de estados do Brasil

no desmatamento (Km²)... ......................................................................................... 68

Figura 4.22: Gráfico de dispersão mostrando a quantidade de gols marcados em

copas mundo... .......................................................................................................... 68

Figura 4.23: Tabela de registros das temperaturas em graus (C°) no decorrer de 29

dias... ......................................................................................................................... 69

Figura 4.24: Gráfico em linha mostrando dados Percentuais da Participação do

agronegócio no PIB brasileiro. .................................................................................. 70

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Figura 4.25: Gráfico comparativo, em 5 anos, sobre extensão média de gelo

marítimo.................................................................................................. ................... 71

Figura 4.26: Duplo gráfico comparativo em linha sobre Reclamações diárias

recebidas e resolvidas no SAC... .............................................................................. 71

Figura 4.27: Gráfico de colunas compostas comparando a quantidade de

compradores entre dois produtos A e B... ................................................................. 72

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 4.1: Gráfico de colunas compostas sobre a plantação de grãos nas cidades

locais da região do Cariri – CE .................................................................................. 37

Gráfico 4.2: Setor circular mostrando a preferência por Modalidade esportiva ........ 38

Gráfico 4.3: Histograma das alturas dos estudantes do 3º Ano D ............................ 39

Gráfico 4.4: Gráfico de dispersão sobre os alunos do 1º ano em duas escoas nos

três últimos anos em Juazeiro do Norte – CE ........................................................... 41

Gráfico 4.5: Gráfico de dispersão dos Casais da tabela 3.10. e suas respectivas

tendências lineares ................................................................................................... 47

Gráfico 4.6: Gráfico setor circular mostrando a quantidades de hotéis pesquisados

por diária ................................................................................................................... 73

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LISTA DE TABELAS

Tabela 4.1: Dados registrados de forma aleatória após 20 lançamentos de um dado

................................................................................................................................. 30

Tabela 4.2: Dados registrados do exemplo 1 de forma ordenada (crescente) ......... 30

Tabela 4.3: Tabela de frequência absoluta do exemplo 1 ........................................ 31

Tabela 4.4: Tabela de frequência relativa do exemplo 1 ......................................... 32

Tabela 4.5: Tabela contendo valores não ordenados das alturas de 40 alunos do

exemplo 2... ............................................................................................................... 32

Tabela 4.6: Tabela contendo valores ordenados das alturas de 40 alunos do

exemplo 2 .................................................................................................................. 32

Tabela 4.7: Tabela da frequência absoluta de 4 classes do exemplo 2 ................. ..33

Tabela 4.8: Tabela da frequência absoluta de 7 classes obtidas através da regra de

Sturges (1926) do exemplo 2 ............................................................ ....................... .34

Tabela 4.9: tabela de frequência absoluta obtida da tabela 3.8 onde se considerou-

se o final de cada intervalo ........................................................................................ 44

Tabela 4.10: Tabela com os valores dos desvios e seus respectivos quadrados ..... 49

Tabela 4.11: Frequência absoluta dos intervalos de duração de tempo no banho ... 50

Tabela 4.12: tabela contendo os valores dos pontos médios das classes, frequência

absoluta e relativa dos intervalos de duração de tempo no banho............................ 51

Tabela 4.13: Tabela de pontos médios e frequências absolutas das classes (Faixas

salariais) .................................................................................................................... 54

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Tabela 4.14: Tabela de pontos médios e Desvios quadráticos das classes (Faixas

salariais)................................................................ ................................. ...................55

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LISTA DE QUADROS

Quadro 3.1: Relação dos livros didáticos analisados... ............................................ 25

Quadro 4.1: Quantidade de alunos no 1º ano em duas escoas nos três últimos anos

em Juazeiro do Norte – CE... .................................................................................... 41

Quadro 4.2: Tabela de idades de casais com casamentos marcados... .................. 42

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 16

2 O ENSINO DA ESTATÍSTICA ................................................................... 19

3 ANÁLISES DE ALGUNS LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO MÉDIO ....... 24

3.1 Considerações finais sobre as coleções ............................................... 28

4 MATERIAL DE ESTATÍSTICA ELABORADO PARA O ENSINO MÉDIO. 28

4.1 Estatística ................................................................................................. 28

4.1.1 População e amostra ............................................................................... 28

4.1.2 População finita ........................................................................................ 29

4.1.3 População infinita ..................................................................................... 29

4.1.4 Variáveis .................................................................................................... 29

4.1.5 Dados brutos ............................................................................................ 30

4.1.6 Rol .............................................................................................................. 30

4.1.7 Distribuições de frequência .................................................................... 31

4.1.8 Gráficos ..................................................................................................... 35

4.1.8.1 Gráfico de Segmentos ou Linha ................................................................. 35

4.1.8.2 Gráfico de barras ........................................................................................ 35

4.1.8.3 Gráfico de Setores...................................................................................... 36

4.1.8.4 Histograma ................................................................................................. 37

4.1.8.5 Gráfico pictograma ..................................................................................... 39

4.1.8.6 Gráficos de dispersão ................................................................................. 40

4.1.9 Medidas de Tendência Central ................................................................ 42

4.1.9.1 dia aritm tica ................................................................................... 42

4.1.9.2 Média Aritmética ponderada ....................................................................... 43

4.1.9.3 Mediana (Md) ............................................................................................. 44

4.1.9.4 Moda (Mo) .................................................................................................. 45

4.1.10 Medidas de Dispersão .............................................................................. 46

4.1.10.1 Amplitude total (At) ..................................................................................... 47

4.1.10.2 Variância (V) e Desvio padrão (Dp) ............................................................ 47

4.1.10.3 Desvio dio D ........................................................................................ 48

4.1.11 Medidas de centralidade e de dispersão para dados agrupados......... 49

4.1.11.1 Cálculo da média ........................................................................................ 50

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4.1.11.2 Mediana (Md) ............................................................................................. 51

4.1.11.3 Classe modal .............................................................................................. 52

4.1.11.4 Variância e desvio padrão ......................................................................... 53

4.2 De olho no ENEM ..................................................................................... 56

4.2.1 Um pouco da história e os objetivos do ENEM .................................... 56

4.2.2 Aplicações e abordagens da estatística no ENEM ............................... 57

REFERÊNCIAS ......................................................................................... 72

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1 INTRODUÇÃO

Hoje nos situamos em um cenário onde as informações são transmitidas ou

absorvidas de forma intensa e em muitos casos de forma não trivial, pois os dados

das mais comuns informações são em geral dados matemáticos. Esse variado

tratamento dessas informações é abordado pelo que definimos por estatística.

A estatística é ramo da matemática que se ocupa com o colhimento e

tratamento da informação. Os estudos e conclusões obtidos com os dados

estatísticos colhidos e apresentados nos possibilitam meios mais seguros nas

decisões futuras, isto é, certa garantia no que diz respeito a previsões sobre o objeto

de estudo.

Segundo registros, nas primeiras civilizações a criação de ―taxas‖ ou

equivalentemente os impostos, só foram possíveis pelos governantes, após

levantamentos de dados sobre quantidades de habitantes, suas rendas e bens que

eles possuíam, somente após todo esse conhecimento dos bens do estado como

um todo foi que se obtiveram as devidas cobranças. Essa ação de recolhimento de

dados e informações da época denominou-se a expressão estatística originada do

termo ―Estado‖.

A estatística está presente em nosso cotidiano de forma constante e

fortemente inserida no currículo de matemática da educação básica. Apresenta-se

como uma ciência interdisciplinar, mostrando-se uma valiosa e poderosa ferramenta

na tomada de decisões seja em empresas, comércio em geral, no próprio campo de

estudos e pesquisas ou na própria divulgação dos fatos pelos jornais, revistas,

televisão, internet etc. Através de tabelas, gráficos, gráficos de setores, pictogramas

que são comumente apresentados. Ela está entre os assuntos cobrados no Exame

Nacional do Ensino Médio (ENEM), possui uma enorme importância para

compreensão do cidadão da sociedade, porem nem todos os indivíduos conseguem

codificar de forma clara essa linguagem informativa tida por muitos de nossos alunos

até como uma linguagem complexa.

Hoje fazemos parte de uma sociedade que se encontra em constante

mudança e evolução, sabermos nos situar nela é crucial, assim como dispor de

habilidade com as mais incomuns adversidades nos nossos ambientes de trabalho

ou mesmo no nosso dia a dia sobre alterações financeiras, vendas, prever possíveis

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ganhos ou perdas no mercado, no turismo ou na agricultura ou até no nosso

consumo é uma tarefa indispensável que a estatística no proporciona.

Podemos afirmar que o médico, o educador, o agricultor, o economista, o

político e outros que constituem a nossa sociedade se utilizam, em seus respectivos

ambientes de trabalho, de conteúdos estatísticos como um forte instrumento às

pesquisas e casualidades. A própria estatística tem acompanhado a evolução da

nossa sociedade desde os tempos remotos onde se faziam simples catalogações de

números e registros até as mais atuais formas e meios valiosos de previsão

tornando-a indispensável para nossa atual realidade.

Inúmeras são as aplicações da estatística nas mais diversas áreas de estudo

e pesquisa, pois se trata de uma ciência interdisciplinar.

No que tange ao aspecto curricular, os Parâmetros Curriculares Nacionais

(PCN - BRASIL) ressaltam que:

―Em um mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais

ganham novos contornos, todas as áreas requerem alguma competência em

matemática e a possibilidade de compreender conceitos e procedimentos

matemáticos é necessário tanto para tirar conclusões e fazer argumentações,

quanto para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar decisões em sua

vida pessoal e profissional‖.

A fim de atingirmos as recomendações e exigência em âmbitos estadual e

federal é preciso que os conteúdos ministrados em sala de aula estejam em sintonia

com esses contornos e mudanças presentes na nossa sociedade e que os mesmos

não se encontrem distantes da realidade vivenciada pelos alunos, que eles possam,

na medida do possível, poder aplicar os conteúdos na sua própria vivência e que os

mesmo sirvam de ferramenta nas suas ações de trabalho, consumo e vida de modo

geral. Dessa maneira o processo educacional terá mais sentido.

O objetivo principal com a criação desse trabalho é de tentar despertar no

aluno, a melhoria ou mesmo o próprio domínio como dados estatísticos, que ele

aprenda a identificar as diversas informações que estão sintetizadas nos vários tipos

de gráficos e tabelas, bem como a relação entre esses dados. Tentaremos mostrar a

grande importância que este conteúdo se faz ao aluno, seja na sua formação

educacional e/ou cidadã e como é intensa a presença da estatística no seu dia a dia.

Fornecer aos professores meios que possam contribuir para um melhor ensino

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desse conteúdo, como por exemplo, os recursos tecnológicos cada vez mais

presentes em nossos ambientes sociais.

Também queremos evidenciar aos docentes alguns problemas que o aluno se

depara ao lidar com estudo sobre estatística nas escolas e tentar aqui expor o fato

de que em muitos ambientes de aprendizagem e salas de aula por alguns tipos de

motivos se tem dado pouca relevância aos conteúdos estatísticos.

Objetivamos também fornecer ao docente na seção três, um melhor

esclarecimento dos quatro livros didáticos em matemática mais utilizados na cidade

de Juazeiro do Norte – CE, no que diz respeito ao conteúdo estatístico seguidos de

alguns comentários e com base nessa análise e outros materiais referenciados

nesse trabalho, reforçar esse estudo estatístico, ofertando ao aluno, na seção

quatro, um material a nível também de ensino médio com as principais definições e

exemplos locais.

Por fim, ainda na seção quatro, evidenciamos que este conteúdo é

fortemente cobrado diretamente ou indiretamente pelo bastante popular e hoje muito

importante aos discentes, Exame Nacional do ensino Médio o ENEM.

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2 O ENSINO DA ESTATÍSTICA

O desenvolvimento da estatística no processo de aprendizagem nas escolas

básicas tem sido o foco de pesquisas e estudos que objetivam evidenciar a enorme

relevância desse tema.

Podemos Atualmente afirmar que as propostas curriculares enfatizam a busca

pelo domínio e prática desse conteúdo em diversos níveis e formas de aplicação no

processo de ensino e aprendizagem. Essa atenção especial para com esse tema se

dá pela notável importância de poderem, por exemplo, realizar sondagens, analisar

índices de custo de vida, tomar decisões em várias situações do cotidiano etc.

Percebemos como é influente e importante o contínuo uso da estatística em

nosso cotidiano através de pesquisas sobre inflação, eleições, censos, tomadas de

decisões em nossos trabalhos, empresas e instituições, daí a importância de nos

familiarizarmos com essa linguagem a fim de que possamos integrar de forma ativa

a sociedade como ressaltam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a

própria Lei de Diretrizes e Bases LDB. No artigo 35 da LDB estão anunciadas as

intenções:

I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II. a preparação básica para o trabalho e o exercício da cidadania do

educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar

com flexibilidades a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento

posteriores;

III. o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico;

IV. a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática no ensino de cada

disciplina.

Com o objetivo de participar de maneira ativa na sociedade, o aluno deve

atingir esses objetivos mencionados acima. Porém percebemos também algumas

circunstâncias que contribuem para a não realização dessas etapas do processo de

ensino e aprendizagem e consequentemente, o fracasso no alcance dos objetivos

mencionados acima. Citaremos alguns argumentos para que o aluno tenha um olhar

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especial e, é claro, um cuidado redobrado quando se confrontar com esse conteúdo,

como por exemplo, a superficialidade do conteúdo estatístico nas salas de aula, o

tratamento que se dá em muitos ambientes de aprendizagem a esse conteúdo e as

dificuldades que o aluno se depara, por exemplo, na interpretação de gráficos de um

modo geral e o tratamento e análise da informação.

A relevância que se deve ter com tema em questão, deve ser acentuada, haja

vista toda a exigência cobrada pelos PCN’s. A inclusão da estatística nos currículos

da educação básica já é uma realidade em muitas escolas do país. A maioria dos

livros e matérias didáticos traz um capítulo abordando exclusivamente esse

conteúdo.

Nos ambientes diversos de aprendizagem, em se tratando de estatística, não

se pode apenas, se deter a fórmulas que envolvam o cálculo de médias, modas ou

medianas. Isso é algo extremamente superficial e, hoje, totalmente inadmissível.

Vivemos em uma sociedade que se modifica constantemente onde se faz um uso

demasiado da informação, portanto é vital para compreensão do discente que os

ambientes de aprendizagem envolvam muito mais que fórmulas e tão poucas

associações ao nosso dia a dia.

Segundo o artigo de Hélio Rosset Júnior,

É fundamental que as práticas e os conteúdos ministrados em sala estejam em sintonia com as novas exigências do mundo em que vivemos, para que a educação não seja algo distante da vida dos alunos, mas , ao contrário, seja parte integrante de suas experiências para uma existência melhor. (JÚNIOR, 2007, p. 35).

Da mesma forma, o professor como principal responsável pela condução do

processo de aprendizagem deve possuir uma postura crítica, que não se limite

apenas a conceitos ou cálculos de poucos valores como retrata Lopes,

Uma educação estatística crítica requer do professor uma atitude de respeito aos saberes que o estudante traz à escola, que foram adquiridos por sua vida em sociedade. Em nosso modo de entender, seria necessária a discussão de temas como poluição dos rios e mares, os baixos níveis do bem estar da população, o abandono da saúde pública, questões que estão em manchetes de jornais diários, revistas e em reportagens de televisão. (LOPES, 2008, p. 57).

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Ressaltamos que em diversos ambientes de aprendizagem, além de não

fornecer a relevância no estudo da estatística como se é exigido, é comum que,

esse conteúdo seja trabalhado só nos finais dos anos letivos, quando resta tempo,

diga-se de passagem, o que é extremamente prejudicial ao discente, uma vez que a

absorção preliminar do mesmo lhe serviria, por exemplo, no melhor entendimento

dos demais conteúdos do seu próprio livro didático, como enfatizam os estudiosos

nesse estudo apontando e exemplificando constantemente a intensa presença da

estatística nas áreas ―divergentes‖ da própria matemática, quando tratam da

interdisciplinaridade.

Outro fator crucial para o bom desempenho do estudo do discente com o

conteúdo em questão é a condução do processo de aprendizagem por parte do

professor, que pode fazer uso das diversas formas de mídias tecnológicas que

permeiam nosso dia a dia e que em muitos casos se fazem presentes em nossas

escolas e ambientes de aprendizagem, como forma de uma ferramenta adicional

que venha contribuir para uma melhor visualização ou interpretação dos dados e

consequentemente com um melhor aproveitamento por parte do discente. Por

exemplo, com o uso de um projetor, data show ou uma lousa interativa, o professor

pode interagir com seus alunos , exemplificando, construindo gráficos a partir de

uma situação local ou mesmo daquele ambiente de aprendizagem, o que não seria

viável se fizesse apenas uso do livro didático.

É preciso que o professor se encontre capacitado para tais ações e

principalmente, que ele reconheça a enorme importância e ganhos no processo de

aprendizagem com essas práticas e uso destas ferramentas tecnológicas.

No ensino do conteúdo estatístico é muito importante que se evidencie a

presença da estatística em diversos meios de comunicação como jornais, revistas, o

rádio, livros didáticos e televisão, lidamos frequentemente com os mais diversos

tipos de dados e entendemos que essa linguagem é crucial na nossa participação

como cidadãos ativos. Muitas vezes a apresentação desses dados consiste em

formas de tabela e/ou gráficos.

Essa apresentação objetiva resumir ou sintetizar o contexto que está sendo

apresentado de uma forma que toda a informação daquele trabalho ou daquela

pesquisa não seja perdida ou mesmo ignorada, permitindo em alguns casos, a

tomada de decisões para ações futuras. Essa tomada de decisões seria na verdade

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22

uma espécie de conclusão, que seria obtida após a leitura, a análise e a

interpretação dos dados.

É com essa linguagem que o aluno deve se preparar a fim de compreender

cada vez melhor o que lhe cerca como evidencia e destaca Hélio Rosset Júnior em

seu artigo página 3,

Existe um ditado matemático que diz: ―Um gráfico bem construído equivale a mil palavras‖. Essa nova linguagem que passa a demandar das pessoas o entendimento e o domínio de novos códigos diferentes do ―ler e escrever‖ tradicionais, nessa perspectiva que o mundo moderno caminha, com tecnologias voláteis, otimizando espaços, tempo, recursos, e fazendo uso intenso dos argumentos estatísticos. (JÚNIOR, 2007, p. 35).

Já existe em âmbito nacional um tratamento mais abrangente no ensino da

estatística visando o envolvimento do aluno, que mesmo no ensino fundamental,

seja capaz de absorver esses dados estatísticos bem como criticá-los por meio de

análises consistentes e usá-los na tomada de decisões, visando possíveis previsões

através dos mesmos,

A Estatística e a Probabilidade são temas essenciais da educação para a cidadania, uma vez que possibilitam o desenvolvimento de uma análise crítica sobre diferentes aspectos científicos, tecnológicos

e/ou sociais. (Lopes, 1998, p. 22).

Nesse sentido devemos pensar e construir as nossas aulas de forma que

atenda as exigências da nossa atual realidade, para que o aluno possa relacionar o

conteúdo visto em sala com o seu cotidiano, bem como interpretar cada vez melhor

as informações nos gráficos e tabelas do seu cotidiano.

O conteúdo de estatística vem ganhando cada vez mais visibilidade, pois

diversos trabalhos de áreas como comércio, agricultura, vendas de um modo geral,

pesquisas sobre crescimento populacional ou urbano, construções etc. se utilizam

dessa linguagem inclusive as provas e diversos testes como, por exemplo, o Exame

Nacional do Ensino Médio - ENEM.

O próprio Exame Nacional do Ensino Médio, hoje a maior seleção dos

discentes que almejam o ingresso no ensino superior no país, se encontra, ao longo

de suas edições, saturado de informações estatísticas, o que evidencia uma

intenção por parte do próprio governo, na necessidade dos sistemas escolares

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23

valorizarem o ensino da estatística como mais um fator de implemento da cidadania

plena.

Antigamente, o cidadão completamente alfabetizado precisava apenas saber ler e escrever, porém nos dias de hoje, a alfabetização plena passa pela leitura e escrita, adicionada às noções de informática/tecnologia e conhecimentos de Estatística. (Júnior, H.R., 2007, p 35-37)

Cita Hélio Rosetti Júnior em seu artigo: Educação Estatística no Ensino Básico

pág. 3, reafirmando o que concluímos no nesse trabalho sobre como a sociedade

está constantemente em processo de mudança e na mesma proporção dessa

evolução se dá os diversos meios de transmissão de informações e exigências no

contexto de um modo geral. Dessa forma os ambientes escolares e de

aprendizagem como um todo, não podem deixar de trabalhar de modo até

disseminado nas suas estruturas de ensino, os conteúdos estatísticos.

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24

3 ANÁLISES DE ALGUNS LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO MÉDIO

Nesta seção, apresentamos alguns comentários sobre como a estatística é

abordada por quatro dos livros didáticos adotados pelas escolas da rede pública na

cidade Juazeiro do Norte – CE. Devemos ressaltar que, não temos aqui a menor

intenção de criticar ou qualificar as obras destes autores já renomados em nosso

país, mas apenas a intenção de informar aos nossos leitores e alunos um apanhado

do conteúdo estatístico trazido e abordado por essas obras.

Os livros didáticos são fornecidos gratuitamente aos alunos da rede pública de

ensino, pelo Governo Federal desde o ano de 2004-2005 através do Programa

Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) que teve sua implantação

em 2004 com o objetivo de universalizar os livros didáticos utilizados pelos alunos

do ensino médio em todo país. Na cidade de Juazeiro do Norte bem como no estado

do Ceará, existe uma seleção dos possíveis livros candidatos. Depois de definidos

os livros candidatos, geralmente num evento estadual, as escolas optam pela

escolha do livro que será utilizado pelos próximos três anos.

Mesmo diante das diversas ferramentas tecnológicas, os livros didáticos são

na maioria das vezes os responsáveis pelo bom andamento do processo, pois ainda

é a ferramenta principal do professor e, portanto responsáveis pelas escolhas e

construções das ações e estratégias que permeiam as aulas.

Os livros analisados, devidamente descritos por seus autores, volume e

editora estão listados no quadro 2.1, mostrado abaixo:

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25

Coleção Autores Editora Volume

Novo olhar Joamir Souza FTD 3

Matemática :

Paiva

Paiva Moderna 3

Matemática –

ciência e

aplicações

Gelson Iezze

Osvaldo Dolce

David Degenszajn

Roberto Périgo

Nilze De Almeida

Saraiva 3

Matemática

Ensino Médio

Kátia Stocco Smole

& Maria Ignez Diniz

Saraiva 3

Quadro 3.1: Relação dos livros didáticos analisados

Numa análise inicial, os livros apresentam seus conteúdos de maneira não

divergente às normas e critérios sugeridos nos Parâmetros Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio (PCNEM) implantados em 2000; Diretrizes Curriculares de

Matemática no Estado do Ceará e nos PCN+ (Orientações Educacionais

Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais) de 2002.

No que tange a estatística, cada um dos quatro livros traz de forma clara e

exemplificada a definição de estatística, definição essa introduzida com algumas

contextualizações do cotidiano, sempre com situações atuais comuns representadas

por gráficos e/ou tabelas.

Os quatro livros apresentam textos e exemplos em formas de gráficos ou

tabelas ilustrando outras áreas de ensino como dados geográficos, dados históricos,

dados econômicos, etc., mostrando assim a forte presença da estatística não só na

matemática, más também nas diversas formas de comunicação. A exemplificação

das diversas tabelas e gráficos é abordada por todos os livros e somente na coleção

―Novo olhar‖, não se tem a presença constante do gráfico de setores nos exemplos

abordados, exceto na introdução. As quatro coleções analisadas trazem, em

definições e em exemplos, a representação por histograma que é um modelo

semelhante ao gráfico de barras em colunas verticais.

As coleções citam e definem os elementos básicos da estatística, como

população ou universo e amostra. È abordado a distribuição de frequência dos

dados, o agrupamento dos dados em classe e amplitude. Os quatro livros definem e

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exemplificam as medidas de tendência central (média, moda e mediana) e as

medidas de posição (variância e desvio padrão).

Ressaltamos que dentre os livros analisados nenhum enfatizou a questão

relativa à população finita e infinita, o que poderia dinamizar melhor o conceito de

população nas diversas situações que são exemplificadas. Outra importante

ressalva é que as coleções ―Novo olhar‖ e ― atemática – Ciência e Aplicações‖

apresenta de forma até destacada os cálculos de medida de tendência central com

dados agrupados em classe e somente a coleção ― atemática – Ciência e

Aplicações‖ apresenta cálculos para medidas de dispersão com dados agrupados

em classe, o que acreditamos ser útil em situações de longas séries de dados. Uma

vez que diversas informações são apresentadas em um quadro ou numa tabela,

obtemos análise de forma bem mais rápida. Outra vantagem bastante significativa

está na visão global dos dados e variáveis em estudo. A partir dos dados

apresentados desta maneira, é possível lançar afirmações de forma mais coerente e

ter melhores conclusões sobre o fenômeno estudado.

As coleções apresentam diversos exemplos que reforçam as definições

previamente apresentadas, bem como exercícios semelhantes aos exercícios e

exemplos resolvidos. É possível perceber nas quatro coleções uma preocupação

com a abordagem da estatística no ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. São

ilustradas questões modelo de forte semelhança com questões já cobradas em

exames anteriores do ENEM e, em algumas coleções inclusive, há questões que já

estiveram no exame nacional do ensino médio. Em todas as coleções são

abordadas questões de diversos concursos e vestibulares, dentre esses,

vestibulares federais que atualmente aderiram ao sistema de avaliações do ENEM

como seleção para ingresso de alunos.

3.1 Considerações finais sobre as coleções

Embora todas as coleções tenham apresentado o conteúdo coerente com as

normas e crit rios sugeridos nos PCN’s, numa comparação entre as coleções

analisadas, destacamos a coleção ― atemática – Ciência e Aplicações‖ como a mais

completa por possuir de forma exclusiva abordagens e partes do conteúdo em

estatística como as medidas de dispersão para dados agrupados. Ressaltamos

ainda que essa coleção, diferentemente das demais analisadas, traz a extensão do

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conteúdo com probabilidade e tipos de distribuições em estatística, raramente

trabalhado nas escolas públicas.

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28

4 MATERIAL DE ESTATÍSTICA ELABORADO PARA O ENSINO MÉDIO

Com base nos quatro livros analisados, elaboramos um material que objetiva

apoiar alunos do ensino médio no estudo da estatística, as principais definições de

estatística bem como as medidas mais trabalhadas pelos alunos nessa etapa da

educação básica. Contemplamos também uma seção dedicada ao ENEM (Exame

Nacional do Ensino Médio) que atualmente é a maior seleção dos alunos para

ingresso no ensino superior. Nessa seção, o nosso objetivo é mostrar como é

abordada a estatística tanto na matemática quanto em outras áreas e como ela vem

sendo cobrada no Exame Nacional do Ensino Médio.

4.1 Estatística

O que é estatística? O que ela nos fornece? São essas algumas das mais

comuns perguntas que alunos do ensino médio se fazem quando se deparam com

estatística. Podemos definir a estatística como a parte da matemática aplicada que

nos fornece métodos para coleta, organização, análise e interpretação de dados e,

de posse desses dados, que podem ser apresentados de diversas formas, podemos

tomar decisões futuras. A estatística se divide em dois importantes ramos: A

Estatística Descritiva que se ocupa da coleta, organização, descrição e de cálculos

dos dados e a Estatística Indutiva ou Inferencial que interpreta e analisa dados

através de diferentes métodos ligados a teoria das probabilidades dando uma

margem de incerteza.

4.1.1 População e Amostra

A definição de população ou universo consiste em um conjunto de elementos

que possuam uma característica em comum. Depois de estabelecido o princípio da

pesquisa, a mesma deve atender um público específico, conhecido esse público, os

dados são coletados de acordo com o que se objetiva na pesquisa. O público pode

ser: os eleitores brasileiros, os torcedores do ICASA, os professores de matemática

do Estado do Ceará, os alunos do PROFMAT, etc. Esse público recebe o nome de

população. A População também pode ser relacionada a um conjunto de objetos ou

informações. Na estatística, a população é classificada como finita e infinita.

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A amostra é uma parte da população, ou seja, é qualquer subconjunto não

vazio extraído de um conjunto maior denominado população. Em casos em que a

população é infinita, ou considerada como tal, torna-se impossível o estudo de um

fenômeno, considerando-se todos os dados. Dessa forma, número de entrevistas ou

observações coletadas corresponde a uma quantidade determinada de elementos

do conjunto, são submetidos ao estudo pré-estabelecido e os resultados,

generalizados a toda População.

4.1.2 População finita

São os casos em que a população possui uma quantidade finita ou limitada

de elementos. Por exemplo, os alunos do terceiro ano de uma determinada escola,

os sócios torcedores de um clube de futebol local, quantidade de escolas de

Juazeiro, etc.

4.1.3 População infinita

Quando o número de elementos que compõe o conjunto é infinito. Uma

observação é que alguns materiais ressaltam que grupos ou conjuntos de elementos

onde a quantidade é muito elevada e que torna inviável a participação integral de

todos os componentes do conjunto são considerados também infinitos. Por exemplo,

a população da cidade de São Paulo, o número de bactérias de uma cidade, o

número de torcedores da equipe do Flamengo nos estados brasileiros, a população

constituída de todos os resultados (1,2,3,4,5 e 6) em sucessivos lançamentos de um

dado, etc.

4.1.4 Variáveis

Suponha que cada entrevistado de uma amostra selecionada teve que

responder perguntas tais como: Qual a sua idade? Qual é o seu estado civil? Qual

sua renda mensal? Que tipo de desodorante você prefere: Aerossol, roll-on ou

creme? Quantas vezes por dia você aplica o desodorante? Você testaria uma nova

marca de desodorante?

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Cada um dos itens levantados pela pesquisa- os quais nos permitirão fazer

uma análise desejada é denominada variável. Variáveis como ―estado civil‖, ―tipo de

desodorante‖, ―possibilidade de troca de desodorante‖ apresentam como resposta

um atributo, qualidade ou preferência do entrevistado(a). As variáveis desse tipo são

classificadas como qualitativas. Já a variável ―renda mensal‖, ―Idade‖, ―Numero de

vezes de aplicação de um desodorante‖ apresentam como resposta o número obtido

por contagem ou mensuração. As variáveis desse tipo são classificadas como

quantitativas.

4.1.5 Dados brutos

Dados brutos são os dados coletados, mas ainda não organizados

numericamente. Vejamos o exemplo abaixo.

Exemplo 1: No lançamento de um dado observaram-se as faces voltadas para cima.

Tabela 4.1: Dados registrados de forma aleatória após 20 lançamentos de um dado.

3 6 2 2 1

4 5 3 1 6

3 3 2 5 1

1 6 3 4 3

4.1.6 Rol

É quando os dados de certa grandeza são ―organizados‖, isto é, ordenados

em ordem crescente ou decrescente facilitando a observação e análise dos dados.

Vejamos, no caso do exemplo ilustrado acima, temos,

Tabela 4.2: Dados registrados do exemplo 1 de forma ordenada (crescente).

1 1 1 1 2

2 2 3 3 3

3 3 3 4 4

5 5 6 6 6

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4.1.7 Distribuições de frequência

Em Estatística, a distribuição de frequência consiste na organização dos

dados de acordo com as ocorrências dos diferentes resultados observados, é um

agrupamento de valores que uma ou mais variáveis podem assumir em uma

amostra. Frequência Absoluta indicada em geral por f é o número de vezes que um

valor da variável, de uma pesquisa é citado. Por exemplo, no lançamento do dado

observaram-se os resultados.

Tabela 4.3: Tabela de frequência absoluta do exemplo 1.

Face do Dado Frequência Absoluta (f)

1 4

2 3

3 6

4 2

5 2

6 3

A frequência com que apareceu a face três foi superior as demais faces.

Frequência Relativa, geralmente indicada por fr, é a razão entre a frequência

absoluta de uma variável e o total (n) de citações de todas as variáveis da pesquisa.

Assim de modo geral, podemos representar fr por:

fr =

Observe que, 0 ≤ fr ≤ n. Desse modo temos que fr ≥ 0 e fr ≤ 1, nos motivando

a expressar também a frequência relativa por meio de porcentagem, o que é em

geral mais prático. No exemplo acima temos que a frequência relativa pode ser

representada por

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Tabela 4.4: Tabela de frequência relativa do exemplo 1.

Face do

Dado

Frequência

Absoluta (f)

Frequência

Relativa (fr)

Frequência

Relativa (fr)

1 4 4/20 0,2 = 20%

2 3 3/20 0,15 = 15%

3 6 6/20 0,3 = 30%

4 2 2/20 0,1 = 10%

5 2 2/20 0,1 = 10%

6 3 3/20 0,15 = 15%

Exemplo 2. Na escola Figueiredo Correia, situada na cidade de Juazeiro do Norte -

CE registrou-se a altura medida em metros dos alunos da turma D do 3º ano

científico no ano letivo de 2014:

Os Dados brutos estão na tabela abaixo:

Tabela 4.5: Tabela contendo valores não ordenados das alturas de 40 alunos do exemplo 2.

1,63 1,78 1,65 1,82 1,79 1,59 1,66 1,65

1,64 1,69 1,71 1,64 1,63 1,70 1,73 1,71

1,66 1,64 1,65 1,67 1,67 1,66 1,73 1,62

1,62 1,71 1,67 1,73 1,72 1,67 1,71 1,71

1,67 1,78 1,72 1,54 1,68 1,73 1,75 1,63

Como podemos perceber, poucas informações podem ser obtidas ao se deparar

com o quadro acima. Vejamos os dados dispostos em Rol,

Tabela 4.6: Tabela contendo valores ordenados das alturas de 40 alunos do exemplo 2.

1,54 1,59 1,62 1,62 1,63 1,63 1,63 1,64

1,64 1,64 1,65 1,65 1,65 1,66 1,66 1,66

1,67 1,67 1,67 1,67 1,67 1,68 1,69 1,70

1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,72 1,72 1,73

1,73 1,73 1,73 1,75 1,78 1,78 1,79 1,82

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Já podemos perceber de maneira clara o maior e menor valor obtido na

pesquisa. Mesmo tendo os dados de maneira ordenada não temos a mais viável das

apresentações. Faremos um agrupamento desses dados buscando dispô-los em

intervalos, a esse tipo de disposição em intervalos chamamos de classe, algo que

sintetiza melhor a apresentação das alturas dos alunos.

Para construirmos precisamos determinar a quantidade de intervalos (classes)

e como um dado valor pertence ou não a essa classe.

A amplitude total das observações (AT) é 1,54 – 1,82= 0,28. O número de

classes (k) pode ser determinado arbitrariamente ou de acordo algum modelo pré-

estabelecido. Vamos tomar uma amplitude entre as classes de 0,07 obtendo

consequentemente 4 classes. Uma maneira de calcular a quantidade de classes é

através da regra de Sturges (1926),

,

onde, n é o número de observações, ou tamanho da amostra. Uma forma de

determinar a amplitude de cada classe h é utilizar a seguinte fórmula,

h =

.

Na distribuição por intervalos ou classes usamos o símbolo ― ˫ ‖ entre os

valores e a interpretação é dada da seguinte forma:

• 1,54 ˫ 1,61: a classe compreende os números de 1,54 inclusive , at 1,61

(exclusive).

• 1,68 ˫ 1,75: a classe compreende os números de 1,68 inclusive , at 1,75

(exclusive).

• 1,75 ˫ 1,82: a classe compreende os números de 1,75 inclusive , at 1,82

(inclusive), pois trata – se da última classe. Construindo dessa forma a tabela

teremos,

Tabela 4.7: Tabela da frequência absoluta de 4 classes do exemplo 2.

Altura dos alunos Frequência (f)

1,54 ˫ 1,61 2

1,61 ˫ 1,68 19

1,68 ˫ 1,75 14

1,75 ˫ 1,82 5

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Não é recomendado o uso de apenas quatro classes, o que motivou tal

realização foi o fato de que 0,07 é um divisor de 0,28, recomenda-se quantidades

entre no mínimo cinco e no máximo quinze classes. Para fazer uma nova tabela,

mais criteriosa, usando os dados fornecidos, basta seguir a sequência de cálculos

que definem os valores de referência; primeiramente, deve ser calculada a

quantidade de classes. São 40 dados, logo,

= 6,29

e a amplitude de cada classe será,

h =

= 0,044.

Assim serão sete classes de amplitude 0,4. Construindo, dessa forma, a tabela

abaixo,

Tabela 4.8: Tabela da frequência absoluta de 7 classes obtidas através da regra de Sturges (1926)

do exemplo 2.

Altura dos alunos Frequência (f)

1,54 ˫ 1,58 1

1,58 ˫ 1,62 1

1,62 ˫ 1,66 11

1,66 ˫ 1,70 10

1,70 ˫ 1,74 12

1,74 ˫ 1,78 1

1,78 ˫ 1,82 4

Observando-se as tabelas, fica evidente que quando o conjunto a ser

analisado tiver uma quantidade de elementos relativamente grande, as tabelas que

apresentam os dados agrupados sintetizam melhor o fenômeno em estudo, pois dão

uma visão global das informações. Cabe salientar que a escolha da tabela adequada

depende da quantidade de valores a serem analisados.

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4.1.8 Gráficos

Os gráficos possuem um importante papel na estatística, estão comumente

presentes das mais diversas formas, quando o assunto é transmitir ou informar os

resultados de uma pesquisa. Eles constituem uma forma objetiva de representar os

dados estatísticos e objetivam proporcionar ao leitor uma forma clara e sintetizada

de interpretação. A mesma informação pode ser transmitida por diferentes modelos

de gráficos, porém de acordo com a característica da informação precisamos

escolher o gráfico mais adequado.

4.1.8.1 Gráfico de Segmentos ou Linha

São usados geralmente para mostrar a evolução ou não das frequências dos

valores de uma variável durante certo período de tempo. Por exemplo,

Figura 4.1: Gráfico em linha mostrando a oferta de emprego para gerentes e diretos em São Paulo Fonte: Jornais de São Paulo – 30 set. 2005.

4.1.8.2 Gráfico de barras

São gráficos que apresentam seus dados por meio de barras retangulares

geralmente preenchidas por cores que possuem a finalidade de distinguir/classificar

um tipo de outro. Podem ser verticais (colunas) ou horizontais. Valores positivos e

valores negativos podem ser diferenciados em relação a uma linha de base no ponto

zero (Geralmente o eixo das abcissas do plano cartesiano). O gráfico de barras é

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utilizado quando temos dados qualitativos. São geralmente usados para comparação

de valores de mesma variável num mesmo período de tempo. Vejamos um exemplo,

Figura 4.2: Exemplo de Gráfico de Barras horizontal.

Fonte: <http://profanadeinformatica.blogspot.com.br/2014/02/prova-caern-2014-economista-

e_15.html>. Acesso em: 18 de maio

Exemplo 2. Gráfico comparativo com os produtos alimentícios arroz, feijão e milho

presentes no inverno de 2014 em 20 locais diferentes de plantação de três cidades

locais.

Gráfico 4.1: Gráfico de colunas compostas sobre a plantação de grãos nas cidades locais da região do Cariri - CE

Fonte: Entrevista com pequenos agricultores da região do cariri

4.1.8.3 Gráfico de Setores

O gráfico de setores ou gráfico de pizza, é muito presente na transmissão da

informação que objetiva comparar a parte analisada com o todo. É geralmente

0

2

4

6

8

10

12

Juazeiro Crato Barbalha

Arroz

Feijão

Milho

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representado por porcentagem e seu todo (Pizza) é proporcionalmente repartido em

pedaços (fatias) de acordo com a respectiva porcentagem de cada fatia. As fatias

são geralmente destacadas também por cores. O uso de muitas fatias pode

prejudicar esse tipo de representação mesmo quando o objetivo seja comparar um

tipo ou atributo com o todo analisado.

Exemplo 1

Figura 4.3: Tabela de frequência absoluta e gráfico setor circular com registro de problemas com

máquinas agrícolas.

Fonte: Autor criação de slides.

Exemplo 2

Gráfico 4.2: Setor circular mostrando a preferência por Modalidade esportiva

Fonte: Dados fictícios

4.1.8.4 Histograma

Apresenta de maneira semelhante ao gráfico de barras (vertical) só que os

retângulos são dispostos de forma contínua. É bastante utilizado em pesquisas cuja

40%

30%

15%

10% 5%

Futebol

Vôlei

Basquete

Natação

Outros

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variável é contínua e nesses casos a base de cada retângulo constitui um intervalo

de classe sempre representado a partir do eixo horizontal e a altura de cada

retângulo é proporcional ao valor de sua frequência.

Exemplo. Construiremos um histograma que represente a altura dos alunos do 3º

ano D, mostrado na tabela 3.8.

Tabela 4.8: Tabela da frequência absoluta formado por 7 classes obtidas através da regra de

Sturges(1926) do exemplo 2.

Altura dos alunos Frequência (f)

1,54 ˫ 1,58 1

1,58 ˫ 1,62 1

1,62 ˫ 1,66 11

1,66 ˫ 1,70 10

1,70 ˫ 1,74 12

1,74 ˫ 1,78 1

1,78 ˫ 1,82 4

Exemplo de histograma

Gráfico 4.3: Histograma das alturas dos estudantes do 3º Ano D.

Outro exemplo desse tipo de gráfico:

1 1

11 12

10

1

4

0

5

10

15

1,54 1,58 1,62 1,66 1,7 1,74 1,78 à 1,82

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39

Figura 4.4: Gráfico Histograma de peso (em Newtons) de crianças numa creche.

Fonte:< http://aaa.lusoaloja.com/estatistica/estatisticaG.htm >. Acesso em: 22 de maio.

4.1.8.5 Gráfico pictograma

São gráficos semelhantes ao gráfico de barras, porém, em vez de barras se

tem ilustrado o desenho do que se aborda na pesquisa como sandálias, gotas de

água ilustrando por exemplo o consumo, casas, árvores etc.

Exemplos:

Figura 4.5: Gráfico pictograma de grandes edifícios (Nome e data de criação)

Fonte: http://professorandrios.blogspot.com.br/2011/08/representacao-grafica-de-dados.html>.

Acesso em: 22 de maio

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40

Exemplo 2:

Figura 4.6: Gráfico Pictograma de Produção de mel em seis países,

Fonte:<http://professorandrios.blogspot.com.br/2011/08/representacao-grafica-de-dados.html>.

Acesso em: 22 de maio.

4.1.8.6 Gráficos de dispersão

São muito utilizados quando se deseja fazer comparações entres duas ou

mais variáveis em estudo. É representado no plano cartesiano XOY e suas

indicações geralmente em relação ao período de tempo expressam valores de

variáveis quantitativas medidas de cada elemento do conjunto de dados. Como

exemplo, analisaremos o quadro 3.1 sobre o ingresso de alunos no ensino médio

nos três anos letivos mais recentes em duas escolas da rede estadual de Juazeiro

do Norte – CE.

Escolas 2012 2013 2014

E.E.F.M José Bezerra de Menezes 238 243 225

E.E.F.M Figueiredo correia 354 417 389

Quadro 4.1: Quantidade de alunos no 1º ano em duas escoas nos três últimos anos em Juazeiro do

Norte - CE

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41

Gráfico 4.4: Gráfico de dispersão sobre os alunos do 1º ano em duas escoas nos três últimos anos

em Juazeiro do Norte - CE

Fonte: Dados coletados com as secretarias escolares

Outro modelo deste tipo de gráfico também um pouco utilizado é o gráfico

ilustrado no exemplo abaixo.

Exemplo 2. O quadro abaixo se encontra o registro da idade 12 de casais que

marcaram o casório na primeira semana de maio de 2014 num cartório de Juazeiro

do Norte – CE.

Homem

(Idade)

22 29 31 26 28 27 26 27 32 23 27 29

Mulher

(Idade)

16 24 22 26 29 30 17 24 23 19 20 27

Quadro 4.2: Tabela de idades de casais com casamentos marcados

Ilustração gráfica

Gráfico 4.5: Gráfico de dispersão dos Casais da tabela 3.10. e suas respectivas tendências lineares

Fonte: Dados coletados do único Cartório localizado no sítio Marrocos, Juazeiro do Norte - CE

0

100

200

300

400

500

2012 2013 2014

Figueiredo Correia

José Bezerra

0

5

10

15

20

25

30

35

0 5 10 15

Homem

Mulher

Linear (Homem)

Linear (Mulher)

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42

4.1.9 Medidas de Tendência Central

Também conhecidas como medidas de posição. São utilizadas quando se

objetiva encontrar um valor que caracterize ou represente um conjunto de valores

sem perder a essência da propriedade do conjunto analisado. As principais medidas

de tendência central são a média aritmética, a mediana e a moda.

4.1.9.1 Média aritmética (

Dado uma lista ou mesmo um conjunto de valores {x1,x2,x3,...,xn}, definimos o

valor da média aritmética ( como sendo a razão entre a soma desses valores pela

quantidade “n” presente no conjunto, ou seja,

.

Exemplo 1: Deseja-se obter a média de idade entre um grupo de pessoas que

apresentaram idades: 23,42,14,21,17 e 8.

Solução: Basta somarmos todas as idades e dividirmos pela quantidade de idades

apresentadas por todo o grupo.

= 25.

Logo, a média de idade solicitada do grupo será de 25 anos.

Exemplo 2: Qual a média bimestral de aluno que obteve as notas: 6.0, 7.0, 9.0 e

2.8?

Solução:

= 6.2 .

Logo, a média bimestral será de 6.2 anos.

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43

4.1.9.2 Média Aritmética ponderada

Não difere do conceito de média aritmética simples vista acima, porém

existem situações em que certo valor aparece mais de uma vez. Nesse caso

dizemos que esse valor possui frequência dois, por exemplo, se aparece duas vezes

ou equivalentemente peso dois, ou ainda, peso três se ele aparece três vezes e

assim sucessivamente. É conveniente agrupar esses valores comuns de acordo com

sua frequência ou peso e dividir a soma desses agrupamentos pela quantidade,

obtendo,

p =

.

Exemplo 1: Na pesquisa envolvendo as alturas (em metros) dos alunos do 3º ano já

mostradas na tabela 3.8, vamos considerar apenas o final dos intervalos de classes

e suas respectivas frequências.

Tabela 4.9: tabela de frequência absoluta obtida da tabela 3.8 onde se considerou-se o final de cada

intervalo.

Altura dos alunos Frequência (f)

1,58 1

1,62 1

1,66 11

1,70 10

1,74 12

1,78 1

1,82 4

Nesse caso, a média ponderada seria:

p =

p =

= 1,708

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44

Logo, a média de altura dos alunos do quadro acima é aproximadamente 1,71

metros.

Outro caso comum de média ponderada é quando se trata de pesos entre os

valores de um conjunto ou lista, o que na verdade é o mesmo que frequência.

Exemplo 2: Num certo concurso, para ser aprovado, os candidatos teriam que

realizar três provas constituídas somente de matemática (1ª prova), português (2ª

prova) e conhecimentos específicos. A primeira prova tinha peso 3, a segunda peso

2 e a última peso 4. João obteve nas respectivas provas as notas : 5.0 , 6.0 e 9.0.

Qual foi a média desse candidato?

Solução: Trata – se de um caso clássico de média ponderada. Logo:

p

=

= 7.0

É a média final obtida por João no concurso.

Exemplo 3: Um bracelete de massa igual à 450 g é constituído de ouro da seguinte

forma, 100 g são de ouro 12 quilates, 150 g de ouro 15 quilates e 200 g de ouro 17

quilates. Um potencial comprador deseja conhecer ( em quilates) a liga metálica

encontrada no bracelete. Qual é o valor que deve ser informado pelo vendedor?

Solução: A situação ilustrada acima é um caso de média ponderada. Então:

p

=

= 15.22

que corresponde a média dos quilates encontrados no objeto a partir de suas

respectivas proporções.

4.1.9.3 Mediana (Md)

Como o próprio nome já diz é um valor posição mediana, ou seja, um valor de

posição central de um conjunto ou uma lista de valores. Uma importante observação

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é que esses valores que se encontram presentes no conjunto em questão ou mesmo

na lista devem estar em forma de rol. A mediana não é influenciada por valores que

divirjam muito dos demais como o que ocorre com a média aritmética, isso porque

nesse caso o que configura a representação da mediana é a posição central de um

dado valor.

Se na lista (disposta em rol) existe uma quantidade ímpar de valores, existirá

um valor central e esse será a mediana, caso contrário, se tivermos uma quantidade

par de valores, a mediana será a média aritmética dos dois valores posicionados no

centro.

Exemplo 1: A pontuação do ICASA (Time de Futebol de juazeiro do Norte - CE) no

campeonato Cearense de 2014 na primeira fase foi de 24 pontos obtidos pelas 6

vitórias e 4 empates nos 16 jogos disputados. Nesse caso sabendo que pela vitória

ganha – se 3 pontos, empate ganha – se 1 ponto e derrota ganha – se 0 pontos,

obtemos a lista de pontos em rol:

0 , 0 , 0 , 0 , 0 , 0 , 1 , 1 , 1 , 1 , 3 , 3 , 3 , 3 , 3 , 3

Logo a mediana dos pontos da primeira fase é:

Md =

= 1

Exemplo 2: Qual é a mediana de um grupo cujas idades apresentadas são de, 23,

42, 14, 21, 17 e 8 anos?

Solução: O rol dos valores: 8, 14, 21, 23, 42 e como a quantidade das idades é

ímpar á mediana será 21 que ocupa a posição central.

4.1.9.4 Moda (Mo)

É o valor da lista que mais aparece na pesquisa, ou equivalentemente, o valor

que possui maior frequência absoluta. Existem casos em que esse valor da moda

(valor modal) não existe. Por exemplo: C = {1,2,3,4,5,6,7,8,9} , onde nenhum valor

possui uma frequência maior que os demais, nesses casos chamamos

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denominamos a lista de amodal. Em casos onde o conjunto possui mais de uma

moda, duas modas, por exemplo, denominamos de bimodal. Exemplo,

B = {1,1,1,2,2,3,3,3,4,5,6,7} possui 1 e 3 como valores modais. Outro exemplo de

destaque é em relação ao conjunto A={1,1,1,2,2,2,3,3,3,4,4,4,5,5,5} que é

classificado como amodal pois não há valor dentre os apresentados que tenha maior

frequência que os demais.

4.1.10 Medidas de Dispersão

As medidas de dispersão são vitais quando se objetiva descrever o

comportamento dos dados em questão. Variação dos dados em relação às medidas

como média ou mediana de uma pesquisa nos possibilita um estudo mais minucioso

do comportamento dos dados, se a distribuição de frequência segue uma forma

uniforme ou não, nos auxiliando de uma forma mais precisa sobre o comportamento

dos dados.

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47

4.1.10.1 Amplitude total (At)

É considerada a mais simples dentre as medidas de dispersão, pois para

obtê-la basta efetuar a diferença entre o maior e o menor do conjunto de valores.

Não nos fornece tanta informação como outras medidas que veremos mais adiante.

Exemplo: Vamos utilizar a tabela 3.6 de alturas do 3º ano D já exemplificada.

Em Rol:

Tabela 4.6

1,54 1,59 1,62 1,62 1,63 1,63 1,63 1,64

1,64 1,64 1,65 1,65 1,65 1,66 1,66 1,66

1,67 1,67 1,67 1,67 1,67 1,68 1,69 1,70

1,71 1,71 1,71 1,71 1,71 1,72 1,72 1,73

1,73 1,73 1,73 1,75 1,78 1,78 1,79 1,82

Logo a Amplitude é dada por,

At = 1,82 – 1,54 = 0,28.

Observe que esse valor não traz muitas informações sobre os dados da tabela.

4.1.10.2 Variância (V) e Desvio padrão (Dp)

Definimos a Variância ―V” de um conjunto qualquer de valores como a média

quadrática dos desvios tomados em relação à média desse conjunto, que pode ser

calculada por:

V = ( ) ( ) ( ) ( )

Onde n é a quantidade de valores, a m dia aritm tica dos ―n‖ valores e V a

variância.

O que se objetiva efetuando o cálculo acima, é medir o grau de dispersão de

uma série de valores obtidos numa dada pesquisa em torno de sua média. Como a

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média é um valor que representa uma característica da lista de valores é relevante

se conhecer as variações (desvios) desses valores em torno da média.

A variância é uma importante medida de dispersão, mas, seu resultado é

dado em unidade de medida que é o quadrado da original. Muitas dessas medidas

não têm nenhum sentido prático. Ficaria sem sentido analisar, por exemplo,

(massa)², (peso)², (renda)2, etc. Logo, como alternativa para contornar essas

situações, existe uma medida denominada desvio-padrão (Dp), definida como a raiz

quadrada da variância:

Dp = √( ) ( ) ( ) ( )

4.1.10.3 Desvio dio D

medida de dispersão que muito utilizada e indicada por D ). é obtida

através da relação

D | | | | | | | |

Exemplo: Vamos calcular a variância o desvio padrão e o desvio médio do conjunto

X = {5, 10, 15, 20, 25, 30, 35}.

olução: Calculando a m dia aritm tica, encontraremos 20. Vamos construir

uma tabela com os elementos das medidas de dispersão solicitadas.

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Tabela 4.10: Tabela com os valores dos desvios e seus respectivos quadrados.

Dados da série Desvios Quadrados dos desvios

X1 = 5 5 – 20 = -15 225

X2 = 10 10 – 20 = -10 100

X3 = 15 15 – 20 = -5 25

X4 = 20 20 – 20 = 0 0

X5 = 25 25 – 20 = 5 25

X6 = 30 30 – 20 = 10 100

X7 = 35 35 – 20 = 15 225

Total 700

• Desvio m dio : D | | | | | | | | | | | |

= 8,57

• A Variância : V =

= 100.

• O desvio padrão é: Dp = √ = 10

4.1.11 Medidas de centralidade e de dispersão para dados agrupados

Existem situações em que os dados das pesquisas estão agrupados em

intervalos de classe. Nesses casos, não é possível saber como os valores estão

distribuídos em cada faixa como devemos proceder para obter valores como

mediana, média, moda ou as também importantes medidas de dispersão?

Ilustramos um exemplo do qual nos utilizaremos para tentar exemplificar a solução

para todos esses valores.

A situação ilustrada a seguir foi extraída do livro Fundamentos da Matemática

Elementar vol. 11 cuja referência se encontra devidamente registrada.

Exemplo: Em uma academia de ginastica deseja-se implantar um programa de

racionamento de energia elétrica, que inclui, entre outras medidas, uma campanha

de incentivo a redução de tempo de banho nos vestiários. Durante uma semana,

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50

registrou-se o tempo de duração dos banhos dos usuários. Os dados coletados

estão organizados na tabela:

Tabela 4.11: Frequência absoluta dos intervalos de duração de tempo no banho

Tempo de duração

(em minutos)

Frequência

Absoluta

1 ˫ 4 18

4 ˫ 7 108

7 ˫ 10 270

10 ˫ 13 150

13 ˫ 16 54

Total 600

4.1.11.1 Cálculo da média

Em geral a média para dados agrupados é dada por,

= X1Fr1 + X2Fr2 + X3Fr3 + ... + XiFri

Onde, Xi é o ponto médio da classe i , (Fr)i é a frequência relativa à classe i .

Ou ainda de forma mais detalhada,

Onde, Xi é o ponto médio da classe i;

f i é a frequência absoluta referente à cada classe i

e os valores 1,2,3,..., i representam a quantidade de classes.

Retomando o exemplo da academia de ginástica, temos a seguinte tabela:

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Tabela 4.12: tabela contendo os valores dos pontos médios das classes, frequência absoluta e

relativa dos intervalos de duração de tempo no banho.

Tempo de duração

(em minutos)

Ponto médio

(Xi)

Frequência

Absoluta (f i)

Frequência

Relativa (Fr)i

1 ˫ 4 X1 = 2,5 f 1 = 18

4 ˫ 7 X2 = 5,5 f 2 = 108

7 ˫ 10 X3 = 8,5 f 3 = 270

10 ˫ 13 X4 = 11,5 f 4 = 150

13 ˫ 16 X5 = 14,5 f 5 = 54

O tempo médio do banho é dado por,

= 9,07

Ou seja, aproximadamente 9 minutos e 4 segundos.

4.1.11.2 Mediana (Md)

Para calcular a mediana em situações com variáveis contínuas onde seus

valores estão distribuídos em intervalos de classe, considera-se 50% dos valores

distribuídos estão acima da mediana e 50% abaixo.

É bastante útil construirmos um histograma de porcentagem das classes

(frequência relativa). Utilizando o exemplo da academia, temos:

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52

Figura 4.7: Gráfico Histograma de frequência absoluta de duração do tempo de banhos Fonte: Autor usando uma Câmera fotográfica digital

Podemos concluir que a mediana pertence a terceira classe 7 ˫ 10 uma vez

que a frequência acumulada das duas classes é 3% + 18% = 21% e das três

primeiras classes é 3% + 18% + 45% = 66%.

Observe pela imagem que, na terceira classe, o retângulo sombreado e o

retângulo inteiro (que define o intervalo) têm a mesma altura. Então, a área de cada

um desses retângulos (expressa como porcentagem da área total sob o histograma)

é proporcional ao tamanho de sua base. Temos,

• Retângulo sombreado → base: Md – 7 e área: 50% - 21%

• Retângulo ―inteiro‖ → base: 10 – 7 e área: 45%

Obtemos apartir dos dados, a seguinte proporção,

(aproximadamente 8 minutos e 55 segundos)

4.1.11.3 Classe modal

Sendo os dados da variável contínua e estando distribuídos em classas de

mesma amplitude, a classe modal é dada pela classe que reúne a maior frequência

seja ela abosoluta ou relativa.

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53

No exemplo da academia a classe de maior frequência é a de 7 à 10

minutos.Também percebemos pela tabela () que essa classe concentra 270 valores

correspondentes a 45% do dados da amostra. Assim, dizemos que a classe modal é

o intervalo 7 ˫ 10.

4.1.11.4 Variância e desvio padrão

Utiliza – se a mesma hipotese usada no cálculo da média (que os valores

estão homogeneamente distribuídos dentro de cada intervalo) para o cálculo da

variância e do desvio padrão em valores distribuidos em intervalos.

De modo geral a variância nessas situações é dada por:

V = ( ) ( ) ( ) ( )

Onde:

Xi é o ponto médio da classe ou intervalo i;

a m dia aritm tica

fi é a frequência absoluta refernete ao intervalo i.

E o desvio padrão (Dp) é o raíz quadrada da variância mostrada acima.

Consideremos, como forma de um exemplo, a situação ilustrada na tabela

abaixo, que analisou os salários de 200 funcionários de uma determinada empresa.

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54

Tabela 4.13: Tabela de pontos médios e frequências absolutas das classes(Faixas salariais).

Faixa salarial

(em salários mínimos)

Ponto médio

(Xi)

Número de funcionários

(frequência absoluta: fi)

2 ˫ 6 4 45

6 ˫ 10 8 63

10 ˫ 14 12 36

14 ˫ 18 16 31

18 ˫ 22 20 17

22 ˫ 22 24 8

Temos, que a média salarial será,

• Para cada intervalo, avaliamos o desvio quadrático do ponto m dio correspondente

com base no valor obtido para à média.

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55

Tabela 4.14: Tabela de pontos médios e Desvios quadráticos das classes(Faixas salariais).

Faixa salarial

(em salários mínimos)

Ponto médio

(Xi)

Desvio Quadrático

2 ˫ 6 4 (4 – 10,72)² = 45,16

6 ˫ 10 8 (8 – 10,72)² = 7,39

10 ˫ 14 12 (12 – 10,72)² = 1,64

14 ˫ 18 16 (16 – 10,72)² = 27,88

18 ˫ 22 20 (20 – 10,72)² = 86,11

22 ˫ 22 24 (24 – 10,72)² = 176,36

• Para obter então variância, iremos calcular a média desses desvios, observando

seus respectivos pesos, isto é, as respectivas frequências absolutas

correspondentes:

V =

( )

E portanto o desvio padrão é : Dp = √ = 5, 64 (salários mínimos).

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56

4.2 De olho no ENEM

Destacamos exclusivamente essa seção com abordagens, comentários,

formas de acesso, um pouco da história e surgimento, o objetivo e tentaremos por

fim mostrar como vem sendo cobrada a estatística e como a mesma está presente

no Exame Nacional do Ensino Médio conhecido nacionalmente por ENEM apontado

como a melhor maneira e reconhecida também como a mais democrática via de

ingresso no ensino superior.

4.2.1 Um pouco da história e os objetivos do ENEM

O primeiro ENEM foi realizado 1998, contou com 157,2 mil inscritos e já na

sua 4ª edição alcançou uma quantidade expressiva de participantes que atingiu 1,2

milhões e 1,6 milhões de inscritos, em 2004 o Ministério da Educação (MEC) instituiu

o Programa Universidade para Todos (ProUni) e vinculou a concessão de bolsas em

IES privadas à nota obtida no Exame, foi nesse período que os alunos que

almejavam um curso superior passaram a ter um olhar mais diferenciado com o

exame e da mesma forma as diversas Instituições de Ensino Superior (IES)

nacionais que inicialmente resistiram ao exame como processo de seleção, foi

quando se iniciou de fato a popularização do Enem.

No ano seguinte, o Enem alcançava a marca histórica de 3 milhões de

inscritos e 2,2 milhões de participantes. Em 2006, o Enem estabeleceu novo

recorde, com 3,7 milhões de inscritos e 2,8 milhões de participantes e hoje no ano

de 2014 na sua 16ª edição foram efetuadas mais de 9 milhões de inscrições. Alguns

fatores influenciaram de uma maneira bastante relevante todo esse sucesso,

podemos citar, por exemplo, o apoio as secretarias estaduais de educação, as

escolas de ensino médio, as instituições de ensino superior e a isenção do

pagamento da taxa de inscrição para os alunos da escola pública. O principal foco

desses candidatos é a possibilidade do acesso ao ensino superior hoje muito

almejado pelos estudantes, pois anota obtida no Enem pode significar tanto uma

bolsa integral ou parcial do ProUni quanto a conquista de uma vaga em algumas das

mais prestigiadas instituições de ensino superior do País, entre elas as

universidades públicas mais concorridas. Hoje já são mais de 600 IES cadastradas

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57

no Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa (Inep) para utilizar os resultados do

Enem em seus processos seletivos, seja de forma parcial ou substitutiva.

O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) é a forma de selecionar candidatos de

acordo com a nota obtida no ENEM e das vagas ofertadas pela instituições que

aderiram ao processo. O MEC é quem gerencia o (SiSU), que é um método onde o

aluno se cadastra e pode fazer buscas por cursos e universidades públicas de seu

gosto, das quais tenham aderido o Enem como forma de seleção dos candidatos.

Assim que o candidato fizer sua escolha, ele passa a concorrer a uma vaga por meio

de sua nota adquirida no exame. O meio de acesso e acompanhamento no ENEM é

pelo site do Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa (Inep).

O exame é individual, de caráter voluntário, oferecido todos os anos pelo

governo Federal aos estudantes que estão concluindo ou que já concluíram o ensino

médio em anos anteriores. Seu objetivo principal é possibilitar uma referência para

auto avaliação, a partir das competências e habilidades que estruturam o Exame.

Diferentemente dos modelos e processos avaliativos tradicionais, a prova do Enem é

interdisciplinar e bastante contextualizada. Enquanto os vestibulares promovem uma

excessiva valorização da memória, uso de fórmulas e memorização de conteúdos, o

Enem coloca o estudante diante de situações-problemas e pede que mais do que

saber conceitos, ele saiba aplicá-los.

O Enem não mede a capacidade do estudante de assimilar e acumular

informações, e sim o incentiva a aprender a pensar, a refletir e a ―saber como fazer‖.

Valoriza, portanto, a autonomia do jovem na hora de fazer escolhas e tomar

decisões. O Enem vem crescendo a cada ano e tem levado muitas pessoas de

diferentes classes sociais a conquistarem seus sonhos. Este Exame é visto como a

democratização do processo seletivo, deixando o velho método de seleção para

trás. Hoje tamanha dimensão ganhou essa avaliação que já se cogita nas seleções

de emprego o desempenho do candidato no ENEM.

4.2.2 Aplicações e abordagens da estatística no ENEM

O ENEM aborda questões contextualizadas e conteúdos como estatística tem

presença certa, pois estão fortemente presentes nas diversas transmissões de

comunicação, formas de dados, nas linguagens e apresentações sintetizadas de

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informações. Podemos afirmar, não de forma precisa, mais cerca de 30% à 40% da

prova do ENEM trabalha com algum tipo ou forma de dado estatístico. Sobre

estatística e seus elementos mais notáveis no ensino médio como questões

envolvendo média aritmética, moda ou mediana bem como as medidas de dispersão

estão sim presentes nos últimos exames, mas não nessa margem de porcentagem.

O que podemos perceber quanto a esse conteúdo é que nos deparamos, com certa

intensidade, com questões envolvendo um gráfico, uma tabela ou uma lista de

valores com algum dado estatístico. Saber ler e interpretar de forma clara e precisa

um gráfico seja lá ele qual for ou mesmo tabelas, pode contribuir para um melhor

desempenho no Exame. A seguir ilustraremos essa forte presença estatística em

questões e gráficos já abordados no exame.

(ENEM 2007) O gráfico abaixo, obtido a partir de dados do Ministério do Meio

Ambiente, mostra o crescimento do número de espécies da fauna brasileira

ameaçadas de extinção.

Figura 4.8: Gráfico em barras do número de espécies em extinção

Se mantida, pelos próximos anos, a tendência de crescimento mostrada no gráfico,

o número de espécies ameaçadas de extinção em 2011 será igual a:

A. 465. B. 493. C. 498. D. 538. E. 699.

(ENEM 2007) A queima de cana aumenta a concentração de dióxido de carbono e

de material particulado na atmosfera, causa alteração do clima e contribui para o

aumento de doenças respiratórias. A tabela abaixo apresenta números relativos a

pacientes internados em um hospital no período da queima da cana.

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Figura 4.9: Tabela de quantidades de idosos e crianças com problemas respiratórios.

Escolhendo-se aleatoriamente um paciente internado nesse hospital por problemas

respiratórios causados pelas queimadas, a probabilidade de que ele seja uma

criança é igual a:

A. 0.26, o que sugere a necessidade de implementação de medidas que reforcem a

atenção ao idoso internado com problemas respiratórios.

B. 0.50, o que comprova ser de grau médio a gravidade dos problemas respiratórios

que atingem a população nas regiões das queimadas.

C. 0.63, o que mostra que nenhum aspecto relativo à saúde infantil pode ser

negligenciado.

D. 0.67, o que indica a necessidade de campanhas de conscientização que

objetivem a eliminação das queimadas.

E. 0.75, o que sugere a necessidade de que, em áreas atingidas pelos efeitos das

queimadas, o atendimento hospitalar no setor de pediatria seja reforçado.

(ENEM 2007) A tabela abaixo representa, nas diversas regiões do Brasil, a

porcentagem de mães que, em 2005, amamentavam seus filhos nos primeiros

meses de vida.

Figura 4.10: Tabela percentual das regiões do Brasil, sobre mães que, em 2005, amamentavam seus

filhos nos primeiros meses de vida.

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Ao ingerir leite materno, a criança adquire anticorpos importantes que a defendem

de doenças típicas da primeira infância. Nesse sentido, a tabela mostra que, em

2005, percentualmente, as crianças brasileiras que estavam mais protegidas dessas

doenças eram as da região:

A. Norte. B. Nordeste C. Sudeste. D. Sul. E. Centro-Oeste.

(ENEM 2007)

Figura 4.11: Gráfico de barras da temperatura média do pescado

Uma das principais causas da degradação de peixes frescos é a contaminação por

bactérias. O gráfico apresenta resultados de um estudo acerca da temperatura de

peixes frescos vendidos em cinco peixarias. O ideal é que esses peixes sejam

vendidos com temperaturas entre 2 ºC e 4 ºC. Selecionando-se aleatoriamente uma

das cinco peixarias pesquisadas, a probabilidade de ela vender peixes frescos na

condição ideal é igual a:

A.

. B.

. C.

. D.

. E.

.

(ENEM 2007)

Figura 4.12: Gráfico de barras sobre a classificação de países na Produção de mel em 2007

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É título adequado para a matéria jornalística em que o gráfico acima seja

apresentado:

A. Apicultura: Brasil ocupa a 33.a posição no ranking mundial de produção de mel —

as abelhas estão desaparecendo no país

B. O milagre do mel: a apicultura se expande e coloca o país entre os seis primeiros

no ranking mundial de produção.

C. Pescadores do mel: Brasil explora regiões de mangue para produção do mel e

ultrapassa a Argentina no ranking mundial

D. Sabor bem brasileiro: Brasil inunda o mercado mundial com a produção de 15 mil

toneladas de mel em 2005

E. Sabor de mel: China é o gigante na produção de mel no mundo e o Brasil está em

15.o lugar no ranking

(ENEM 2007)

Figura 4.13: Gráficos em barras sobre Consumo de Energia e Consumo d água Fonte: Associação brasileira de defesa ao consumidor (com adaptações).

As figuras acima apresentam dados referentes aos consumos de energia elétrica e

de água relativos a cinco máquinas industriais de lavar roupa comercializadas no

Brasil. A máquina ideal, quanto a rendimento econômico e ambiental, é aquela que

gasta, simultaneamente, menos energia e água. Com base nessas informações,

conclui-se que, no conjunto pesquisado:

A. Quanto mais uma máquina de lavar roupa economiza água, mais ela consome

energia elétrica.

B. a quantidade de energia elétrica consumida por uma máquina de lavar roupa é

inversamente proporcional à quantidade de água consumida por ela.

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C. a máquina I é ideal, de acordo com a definição apresentada.

D. a máquina que menos consome energia elétrica não é a que consome menos

água.

E. a máquina que mais consome energia elétrica não é a que consome mais água.

(ENEM 2008) O gráfico abaixo mostra a área desmatada da Amazônia, em km², a

cada ano, no período de 1988 a 2008.

Figura 4.14: Gráfico em linha sobre análise do desmatamento da Amazônia em 20 anos.

As informações do gráfico indicam que:

A. O maior desmatamento ocorreu em 2004.

B. A área desmatada foi menor em 1997 que em 2007.

C. A área desmatada a cada ano manteve-se constante entre 1998 e 2001.

D. A área desmatada por ano foi maior entre 1994 e 1995 que entre 1997 e

1998.

E. o total de área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é maior que 60.000 km².

(ENEM 2008)

Figura 4.15: Gráfico de barras sobrepostas mostrando a sustentabilidade e proteção dos Biomas

brasileiros.

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Analisando-se os dados do gráfico acima, que remetem a critérios e objetivos no

estabelecimento de unidades de conservação no Brasil, constata-se que:

A. O equilíbrio entre unidades de conservação de proteção integral e de uso

sustentável já atingido garante a preservação presente e futura da Amazônia.

B. As condições de aridez e a pequena diversidade biológica observadas na

Caatinga explicam por que a área destinada à proteção integral desse bioma é

menor que a dos demais biomas brasileiros.

C. O Cerrado, a Mata Atlântica e o Pampa, biomas mais intensamente modificados

pela ação humana, apresentam proporção maior de unidades de proteção integral

que de unidades de uso sustentável.

D. O estabelecimento de unidades de conservação deve ser incentivado para a

preservação dos recursos hídricos e a manutenção da biodiversidade.

E. A sustentabilidade do Pantanal é inatingível, razão pela qual não foram criadas

unidades de uso sustentável nesse bioma.

(ENEM 2008) No gráfico a seguir, está especificada a produção brasileira de café,

em toneladas; a área plantada, em hectares (ha); e o rendimento médio do plantio,

em kg/ha, no período de 2001 a 2008.

Figura 4.16: Gráfico comparativo sobre o Café no Brasil com sua produção, rendimento e área

plantada entre 2001 e 2008.

A análise dos dados mostrados no gráfico revela que:

A. A produção em 2003 foi superior a 2.100.000 toneladas de grãos.

B. a produção brasileira foi crescente ao longo de todo o período observado.

C. a área plantada decresceu a cada ano no período de 2001 a 2008.

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D. os aumentos na produção correspondem a aumentos no rendimento médio do

plantio.

E. a área plantada em 2007 foi maior que a de 2001.

(ENEM 2008) Uma pesquisa da ONU estima que, já em 2008,pela primeira vez na

história das civilizações, a maioria das pessoas viverá na zona urbana. O gráfico a

seguir mostra o crescimento da população urbana desde 1950, quando essa

população era de 700 milhões de pessoas, e apresenta uma previsão para 2030,

baseada em crescimento linear no período de 2008 a 2030.

Figura 4.17: Gráfico em linha sobre o crescimento Urbano em todo o mundo.

De acordo com o gráfico, a população urbana mundial em 2020 corresponderá,

aproximadamente, a quantos bilhões de pessoas?

A. 4,00. B. 4,10. C. 4,15. D. 4,25. E. 4,50.

(ENEM 2009) Cinco equipes A, B, C, D e E disputaram uma prova de gincana na

qual as pontuações recebidas podiam ser 0, 1, 2, ou 3. A média das cinco equipes

foi de 2 pontos. As notas das equipes foram colocadas no gráfico a seguir,

entretanto, esqueceu-se de representar as notas da equipe D e equipe E.

Figura 4.18: Gráfico de barras sobre a pontuação de cinco equipes numa gincana.

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Mesmo sem aparecer às notas das equipes D e E, pode-se concluir que os valores

da moda e da mediana são respectivamente:

A. 1,5 e 2,0 B. 2,0 e 1,5 C. 2,0 e 2,0 D. 2,0 e 3,0 E. 3,0 e 2,0

(ENEM 2009) Considere que as médias finais dos alunos de um curso foram

representadas no gráfico a seguir.

Figura 4.19: Gráfico em barras sobre Média de alunos do curso

Sabendo que a média para aprovação nesse curso era maior ou igual a 6,0, qual foi

a porcentagem de alunos aprovados?

A. 18% B. 21% C.36% D. 50% E. 72%

(ENEM 2009) Nos últimos anos, o aumento da população, aliado ao crescente

consumo de água, tem gerado inúmeras preocupações, incluindo o uso desta na

produção de alimentos. O gráfico mostra a quantidade de litros de água necessária

para a produção de 1 kg de alguns alimentos

Figura 4.20: Gráfico histograma sobre gasto de água por tipos de alimentos

Com base no gráfico mostrado, para a produção de 100 kg de milho, 100 kg de trigo,

100 kg de arroz, 100 kg de carne de porco e 600 kg de carne de boi, a quantidade

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média necessária de água, por quilograma de alimento produzido, é

aproximadamente igual a:

A. 415 litros por quilograma.

B. 11 200 litros por quilograma.

C. 27 000 litros por quilograma.

D. 2 240 000 litros por quilograma.

E. 2 700 000 litros por quilograma.

(ENEM 2010) Em sete de abril de 2004, um site publicou um ranking de

desmatamento, conforme o gráfico, da chamada Amazônia legal, integrada por nove

estados.

Figura 4.21: Gráfico de barras horizontal sobre a classificação de estados do Brasil no

desmatamento (Km²).

Considerando-se que até 2009 o desmatamento cresceu 10,5% em relação aos

dados de 2004, o desmatamento médio de 2009 está entre:

A. 100 Km² e 900 Km²

B. 1 000 Km² e 2 700 Km²

C. 2 800 Km² e 3 200 Km²

D. 3 300 Km² e 4 000 Km²

E. 4 100 Km² e 5 800 Km²

(ENEM 2010) O gráfico apresenta a quantidade de gols marcados pelos artilheiros

das copas do mundo desde a copa de 1930 até a de 2006.

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Figura 4.22: Gráfico de dispersão mostrando a quantidade de gols marcados em copas mundo.

A partir dos dados apresentados, qual a mediana das quantidades de gols marcados

pelos artilheiros das copas do mundo?

A. 6 gols B. 6,5 gols C. 7 gols D. 7,3 gols E. 8,5 gols

(ENEM 2011) Uma equipe de especialistas do centro meteorológico de uma cidade

mediu a temperatura do ambiente, sempre no mesmo horário, durante 15 dias

intercalados, a partir do primeiro dia de um mês. Esse tipo de procedimento é

frequente, uma vez que os dados coletados servem climáticas ao longo dos meses e

anos. As medições ocorridas nesse período estão indicadas no quadro:

Figura 4.23: Tabela de registros das temperaturas em graus (C°) no decorrer de 29 dias.

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Em relação à temperatura, os valores da média, mediana e moda são,

respectivamente, iguais a:

A. 17 °C, 17 °C e 13,5 °C.

B. 17 °C, 18 °C e 13,5 °C.

C. 17 °C, 13,5 °C e 18 °C.

D. 17 °C, 18 °C e 21,5 °C.

E. 17 °C, 13,5 °C e 21,5 °C.

(ENEM 2011) O termo agronegócio não se refere apenas à agricultura e à pecuária,

pois as atividades ligadas a essa produção incluem fornecedores de equipamentos,

serviços para a zona rural, industrialização e comercialização dos produtos. O

gráfico mostra a participação do agronegócio no PIB brasileiro:

Figura 4.24: Gráfico em linha mostrando dados Percentuais da Participação do agronegócio no PIB brasileiro.

Esse gráfico foi usado em uma palestra na qual o orador ressaltou uma queda da

participação do agronegócio no PIB brasileiro e a posterior recuperação dessa

participação, em termos percentuais. Segundo o gráfico, o período de queda ocorreu

entre os anos de:

A. 1998 e 2001

B. 2001 e 2003

C. 2003 e 2006

D. 2003 e 2007

E. 2003 e 2008

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(ENEM 2012) O gráfico mostra a variação da extensão média de gelo marítimo, em

milhões de quilômetros quadrados, comparando dados dos anos 1995, 1998, 2000,

2005 e 2007. Os dados correspondem aos meses de junho a setembro. O Ártico

começa a recobrar o gelo quando termina o verão, em meados de setembro. O gelo

do mar atua como o sistema de resfriamento da Terra, refletindo quase toda a luz

solar de volta ao espaço. Águas de oceanos escuros, por sua vez, absorvem a luz

solar e reforçam o aquecimento do Ártico, ocasionando derretimento crescente do

gelo.

Figura 4.25: Gráfico comparativo, em 5 anos, sobre extensão média de gelo marítimo.

Com base no gráfico e nas informações do texto, é possível inferir que houve

maior aquecimento global em:

A. 1995. B.1998. C. 2000. D. 2005. E. 2007.

(ENEM 2012) A figura a seguir apresenta dois gráficos com informações sobre as

reclamações diárias recebidas e resolvidas pelo Setor de Atendimento ao Cliente

(SAC) de uma empresa, em uma dada semana. O gráfico de linha tracejada informa

o número de reclamações recebidas no dia, o de linha contínua é o número de

reclamações resolvidas no dia. As reclamações podem ser resolvidas no mesmo dia

ou demorarem mais de um dia para serem resolvidas.

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Figura 4.26: Duplo gráfico comparativo em linha sobre Reclamações diárias recebidas e resolvidas no SAC.

Fonte: Disponível em: <http://blog.bibliotecaunix.org>. Acesso em: 21 jan. 2012 (adaptado).

O gerente de atendimento deseja identificar os dias da semana em que o

nível de eficiência pode ser considerado muito bom, ou seja, os dias em que o

número de reclamações resolvidas excede o número de reclamações recebidas.

O gerente de atendimento pode concluir baseado no conceito de eficiência

utilizado na empresa e nas informações do gráfico, que o nível de eficiência foi muito

bom na:

A. Segunda e na terça-feira.

B. Terça e na quarta-feira.

C. Terça e na quinta-feira.

D. Quinta-feira, no sábado e no domingo.

E. Segunda, na quinta e na sexta-feira.

(ENEM 2013) Uma loja acompanhou o número de compradores de dois produtos, A

e B durante dois meses de janeiro, fevereiro e março de 2012. Com isso, obteve

esse gráfico:

Figura 4.27: Gráfico de colunas compostas comparando a quantidade de compradores entre dois

produtos A e B.

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A loja sorteará um brinde entre os compradores do produto A e outro brinde

entre os compradores do produto B. Qual a probabilidade de que os dois sorteados

tenham feito suas compras em fevereiro de 2012?

A.

B.

C.

D.

E.

(ENEM 2013) Foi realizado um levantamento nos 200 hotéis de uma cidade, no qual

foram anotados os valores, em reais, das diárias para um quarto padrão de casal e a

quantidade de hotéis para cada valor da diária. Os valores das diárias foram: A = R$

200,00; B = R$ 300,00; C = R$ 400,00 e D = R$ 600,00. No gráfico, as áreas

representam as quantidades de hotéis pesquisados, em porcentagem, para cada

valor da diária.

Gráfico 4.6: Gráfico setor circular mostrando a quantidades de hotéis pesquisados por diária

O valor mediano da diária, em reais, para o quarto padrão de casal nessa cidade, é:

A. 300,00 B. 345,00 C. 350,00 D. 375,00 E. 400,00

A 25%

B 25% C

10%

D 40%

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REFERÊNCIAS

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