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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
JOSÉ ENI MARQUES MOTA
ANÁLISE DO PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR
INDIVIDUAL (MEI) DA CIDADE DO NATAL
NATAL-RN
2018
JOSÉ ENI MARQUES MOTA
ANÁLISE DO PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR
INDIVIDUAL (MEI) DA CIDADE DO NATAL
Monografia apresentada ao Departamento de Econo-
mia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito para conclusão do Curso de Ciências
Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte.
Orientador: Professor Thales Augusto Medeiros Penha
NATAL-RN
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA
Mota, José Eni Marques.
Análise do perfil do microempreendedor individual (MEI) da cidade do Natal / José
Eni Marques Mota. - Natal, 2018.
53f.: il.
Monografia (Graduação em Ciências Econômicas) - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Economia.
Orientador: Prof. Dr. Thales Augusto Medeiros Penha.
1. Economia - Monografia. 2. Microempreendedor individual - Monografia. 3. Em-
preendedor - Monografia. 4. Empreendedorismo - Monografia. I. Penha, Thales Au-
gusto Medeiros. II. Título.
RN/UF/CCSA CDU 334.012.65
JOSÉ ENI MARQUES MOTA
ANÁLISE DO PERFIL DO MICROEMPREENDEDOR
INDIVIDUAL (MEI) DA CIDADE DO NATAL
Monografia apresentada ao Departamento de Econo-
mia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito para conclusão do Curso de Ciências
Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte.
Aprovada em: ___/___/_____
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________________
Prof Dr. Thales Augusto Medeiros Penha
Orientador/ DEPEC UFRN
_______________________________________________________
Profa Dra. Valdênia Apolinário
Examinador/ DEPEC UFRN
DEDICATÓRIA
A Deus, por me proporcionar mais uma vitória
na minha vida. Pela minha família, em especial
meus pais pelo amor constante, carinho e incen-
tivo.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me dar a chance de concluir o curso superior.
A toda minha família: à minha mãe, Terezinha Marques Mota; ao meu pai
Joaquim Gonçalves Mota (falecido); aos meus irmãos, Aldeni, Dalvani, Adalbeni, Evani e Ro-
sani por estarem sempre ao meu lado, apoiando-me em todos os momentos.
A minha esposa Márcia David Mota e minha filha Nathalia David Mota, pelo
carinho e companheirismo.
Não poderia deixar de menciona meus colegas de curso, pela convivência e
ajuda mútua, e aos professores que contribuíram com seus conhecimentos na minha formação
acadêmica.
Sinceramente, devo essa conquista a estas pessoas que me ajudaram na sua
forma, para que eu pudesse alcançar essa conquista.
“Empreendedores são aqueles que entendem que há
uma pequena diferença entre obstáculos e oportuni-
dades e são capazes de transformar ambos em vanta-
gem”
Nicolau Maquiavel
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Regiões administrativas do município de Natal .................................................... 28
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Geração de emprego e renda...................................................................................20
Tabela 2 – Localização do negócio ........................................................................................ 37
Tabela 3 – Adesão ao MEI .................................................................................................... 38
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Evolução do número de MEI em Natal-RN ........................................................ 30
Gráfico 2 – Ramo de atividade ............................................................................................... 31
Gráfico 3 – Atividades formalizadas na indústria .................................................................. 32
Gráfico 4 – Atividades formalizadas no comércio ................................................................. 33
Gráfico 5 – Atividades formalizadas no serviço..................................................................... 34
Gráfico 6 – Gênero ................................................................................................................. 35
Gráfico 7 – Idade .................................................................................................................... 36
Gráfico 8 – Escolaridade ........................................................................................................ 36
Gráfico 9 – Tempo que atuou na informalidade ..................................................................... 37
Gráfico 10 – Forma de conhecimento da Lei do MEI ............................................................ 38
Gráfico 11 – Dificuldades para formalização do MEI ............................................................ 39
Gráfico 12 – Principal vantagem como MEI .......................................................................... 40
Gráfico 13 – Facilidade de acesso ao sistema bancário após formalização ........................... 40
Gráfico 14 – Conseguiu empréstimos após formalização ...................................................... 41
Gráfico 15 – Aumento de produção/vendas/serviços após formalização ............................... 42
Gráfico 16 – Negocia com governo após formalização.......................................................... 42
Gráfico 17 – Percebeu mudanças após a formalização .......................................................... 43
LISTA DE ABREVIATURAS
MEI: Microempreendedor Individual
ME: Micro Empresa
EPP: Empresas de Pequeno Porte
SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
CEBRAE: Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa
JUCERN: Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Norte
PNAD: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
GEM: Global Entrepreneurship Monitor
ONU: Organização das Nações Unidas
CADIN: Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal
SERASA: Centralização de Serviços dos Bancos
RESUMO
O presente estudo apresenta como tema Análise do perfil do Microempreendedor Individual
(MEI). O objetivo desta pesquisa é mostrar o perfil do Microempreendedor Individual da cidade
do Natal-RN. A hipótese consiste na consideração do perfil do microempreendedor do municí-
pio de Natal como fator de desenvolvimento. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa
descritiva e qualitativa, a partir de informações fornecidos pela JUCERN. A coleta de dados
aconteceu através da aplicação de questionários com 15 questões, a 48 microempreendedores
nas 04 (quatro) regiões administrativas do Natal. Um fato chamou bastante atenção: o perfil dos
referidos empreendedores individuais encontra-se em equilíbrio, ou seja, 50% são homens e 50
% são mulheres, os com idade entre 36 e 46 anos encontram-se como mais propícios a correr
risco de iniciar um empreendimento. A predominância dos pesquisados possui ensino médio, o
serviço ganha destaque como maior ramo de atividade. Mostra-se, no geral que grande número
empreendedores iniciaram seus negócios como autônomo, em sua residência, a formalização
poderia lhes trazer a possibilidades de prospectar benefícios sociais e financeiro.
Palavras-chave: Microempreendedor Individual. MEI. Empreendedor. Benefícios.
ABSTRACT
The present research has as its theme the Analysis of the profile of the individual microentre-
preneur-MEI of the city of Natal. The objective of this research is to show the profile of the
individual microentrepreneur of the city of Natal-RN. The hypothesis consists of the conside-
ration of the profile of the microentrepreneur of the municipality of Natal as a development
factor. Methodologically, this is a descriptive and qualitative research, based on information
provided by JUCERN. Data collection was done through the application of questionnaires with
15 questions, to 48 mi-cro-entrepreneurs in the 04 (four) administrative regions of Natal. One
fact has drawn attention to this: the profile of individual microentrepreneurs is well balanced,
that is, 50% are men and 50% are women, those between the ages of 36 and 46 are the most
likely to be at risk of starting a venture. Most of those surveyed have high school, the service is
highlighted as the largest branch of activity. It is shown, in general, that large numbers of en-
trepreneurs started their business as autonomous, in their residence, formalization could bring
them the possibilities of prospecting social and financial benefits.
Keywords: Individual entrepreneur. Entrepreneur. Benefits.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 13
1 ALGUNS ASPECTOS SOBRE O EMPREENDEDORISMO ....................................... 15
1.1 Empreendedorismo ....................................................................................................... 15
1.2 Microempreendedor Individual .................................................................................... 22
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................................... 27
2.1 Tipo de Pesquisa ........................................................................................................... 27
2.2 Coleta de Dados ............................................................................................................ 27
2.3 Definição da Área e/ou População-Alvo ...................................................................... 27
2.4 Plano de Análise de Dados ........................................................................................... 29
3 PERFIL DO MICROEMPREEDEDOR INDIVIDUAL NA CIDADE DE NATAL ... 30
3.1 Apresentação dos Resultados ........................................................................................ 30
3.2 Análise dos Resultados ................................................................................................. 43
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 47
APÊNDICE ............................................................................................................................ 50
13
INTRODUÇÃO
A predominância dos brasileiros gostaria de poder seu próprio negócio. O desejo de
não possuir patrão ou não precisar se subordinar a alguém leva a muitos a aceitação do risco,
abrindo sua própria empresa. Porém, esquecem que uma empresa não vive apenas do capital e
a vontade de trabalhar.
O trabalho informal sempre foi visto como alternativa das pessoas superarem a falta
de emprego e renda. Há indivíduos que preferem atuar profissionalmente de forma autônoma,
o que se denomina de autoemprego. Segundo dados da Pnad, computados pelo Sebrae (2017),
no ano de 2016, havia, aproximadamente, 22 milhões de brasileiros trabalhando na informali-
dade. Diante desse enorme contingente, o Governo Federal vislumbrou a possibilidade de inse-
rir estes agentes na economia formal, de modo a conseguir tributar as atividades econômicas e,
assim, permitir que eles tenham acesso às políticas econômicas, financeiras e sociais. Desta
forma, o governo federal criou a figura do Microempreendedor Individual.
Logo, o Programa Empreendedor Individual, criado a partir da Lei Complementar Nº
128/2008, já proporcionou a formalização superior a 7 milhões de trabalhadores que viviam na
informalidade (SEBRAE, 2017). O Empreendedor Individual é favorecido pelos órgãos federal,
estadual e municipal, com tratamento simplificado e diferenciado, em participar, deste pro-
grama oferecido pelo governo federal (RANCIARO, 2010).
A regulamentação do Microempreendedor Individual (MEI) visa facilitar a gestão le-
gal dos indivíduos que trabalham por si só ou tem um pequeno negócio, com objetivo de regu-
larizar o trabalho de milhões de trabalhadores que ainda permanecem na informalidade. A Lei
do Microempreendedor Individual é uma forma inovadora e desburocratizante de legalização
de pequenos negócios e serviços, com pagamento reduzido de contribuições sociais e impostos.
Tem-se que o tem apresentado uma taxa importante de crescimento no decurso dos
últimos anos. No período entre 2012 e 2015, o índice de cobertura praticamente triplicou, saindo
de 9,5% para quase 25% número de trabalhadores formais. Com este aumento, verificou-se que
na integralidade do território nacional, com maior destaque a região Sudeste, onde concentra-
se um pouco mais da metade dos MEIs, 51%. Apesar deste avanço da região Sudeste, a região
Nordeste aparece como a segunda região com maior número de MEIs, concentrando quase
20%. Todavia, percebe-se que nesta, os Estados apresentam taxas de crescimento distintas, des-
tacando-se positivamente os Estados da Bahia, Ceará e Pernambuco. Pode-se citar Sergipe,
14
Alagoas e Rio Grande do Norte como os estados que apresentam as menores taxas (SEBRAE,
2016).
Apesar do Rio Grande do Norte ser o Estado com uma das menores quantidades abso-
lutas de MEIs, observa-se que este apresentou um crescimento acumulado desta modalidade
em mais 50%, sendo que a cidade de Natal foi a principal responsável por tal resultado. Deste
modo, observa-se que o programa apresentou resultados consideráveis. No entanto, do ponto
de vista de melhorar a performance do programa, é fundamental entender o seguinte problema:
qual o perfil dos MEIs que conseguiram formalização na cidade do Natal? A resposta deste
problema de pesquisa é importante para entender porque o Rio Grande do Norte, dentre os
Estados do Nordeste, foi aquele que apresentou os resultados mais tímidos.
Portanto, este trabalho tem como objetivo investigar o perfil do Microempreendedor
Individual-MEI da cidade do Natal, a fim de constatar até que ponto a Lei Complementar nº
128, de 19/12/2008 conseguiu criar as condições especiais para que o trabalhador, antes infor-
mal, pudesse tornar-se um pequeno empresário, legalizado e amparado por lei.
15
Capítulo 1
ALGUNS ASPECTOS SOBRE O EMPREENDEDORISMO
Este capítulo destaca os aspectos teóricos que fundamentam o estudo, com base em
tópicos pertinentes ao tema estudado, com destaque para empreendedorismo e microempreen-
dedor individual e seus conceitos peculiares.
1.1 Empreendedorismo
A respeito do empreendedorismo, Dornelas (2001) explica que é o processo de criar e
inovar produtos, ideias, projetos e ações que tenham um valor econômico e social para a orga-
nização, que requer planejamento e monitoramento sistemático, comprometimento, busca de
oportunidades e iniciativa, persistência e visão.
O empreendedorismo pode ser compreendido como a capacidade de fazer acontecer
com criatividade e motivação. Consiste no prazer de realizar com sinergismo e inovação qual-
quer projeto pessoal ou organizacional, em desafio permanente às oportunidades e riscos. É
assumir um comportamento proativo diante de questões que precisam ser resolvidas (BAGGIO;
BAGGIO, 2014, p. 26).
Barreto (1998) define empreendedorismo como a habilidade de se conceber e estabe-
lecer algo partindo de muito pouco ou quase nada, considerando o empreendedorismo como
um comportamento ou processo voltado para a criação e desenvolvimento de determinado ne-
gócio que trará resultados positivos.
Empreendedorismo é muito mais que a construção de um novo empreendimento. Iden-
tifica-se que diversos são os conceitos para definir o empreendedorismo como processo, porém,
na sua essência é uma mentalidade, uma maneira de pensar e agir. Contudo, apesar das diferen-
ças, existem alguns aspetos comuns: riscos, criatividade, independência e recompensas.
Segundo Dolabela (2008), o empreendedorismo trata-se de um tema novo ou mo-
dismo: existe desde a primeira ação humana inovadora, com vistas a melhorar as relações do
homem com os demais e com a natureza. Hoje, o Empreendedorismo é praticado diferente-
mente daquele observado no tempo das cavernas, porém, suas essências são similares. O ser
humano é dotado de várias características próprias, de forma que a proatividade proporciona-
lhe a busca de melhor qualidade de vida, em qualquer época, lugar e, independentemente de
16
sua condição, a necessidade de sobrevivência na atualidade tem despertado e criado no homem
novas formas de gerar emprego e renda.
O Empreendedorismo tem origem do termo “entrepreneur” que significa aquele que
assume riscos e começa algo novo. No século XII era utilizado para se indicar a aquele
que estimula brigas; no século XVII descrevia uma pessoa que tomava responsabili-
dade de dirigia uma ação militar e, apenas no início do século XVIII, o termo foi usado
para se referir à pessoa que criava e conduzia projetos ou criava e conduzia empreen-
dimentos (FILION, 1999, p. 18).
Foi Richard Cantillon, um notório escritor e economista irlandês, quem utilizou pela
primeira vez, dentro da teoria econômica, o termo francês entrepreneur, que significa fazer algo
diferente; é aquele que assume riscos e começa algo novo. De acordo com Guimarães (2002),
até o século XVIII, entrepreneur era uma palavra geralmente relacionada à expedições militares
e significava “assumir empreitada que exigia esforço e muito empenho”. Cantillon é também o
primeiro a oferecer uma visão clara sobre a função sócio-econômica do empreendedor (PAIVA,
2004) e a assinalar que a ação de empreender está envolvida pela incerteza, sobretudo quanto
ao lucro.
Contudo, Marco Polo, navegador italiano, é uma das primeiras pessoas que se pode
denominar de empreendedor e de ter umas características ligadas ao empreendedo-
rismo, que recebeu dinheiro para explorar novas rotas marítimas comerciais para o
Oriente (COSTA; BARROS; CARVALHO, 2011, p.237).
Jean-Baptiste Say, economista de origem francesa, reformulou o conceito de empre-
endedorismo, incluindo em sua definição as habilidades gerencias, o julgamento, a perseve-
rança de criar outros valores na economia e até mesmo em áreas com baixa produtividade, com
possibilidades de obter melhores rendimentos na atividade que se propõe a exercer. Say consi-
derava que o empreendedor era responsável pelo desenvolvimento e crescimento econômico,
reuniu os fatores de produção, estabeleceu o valor dos salários, o juro pago, aluguel e lucros,
recebeu o título de pai do empreendedorismo (BITAR et al., 2014).
O economista austríaco Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) é um dos autores mo-
dernos de maior expressão dentro da teoria do empreendedorismo. Foi Schumpeter quem rede-
finiu o papel do empreendedor e introduziu a função de criar mudanças na alocação de recursos
como própria do empreendedor. Os neoschumperiamos relativizam o subjetivismo de Schum-
peter, afirmando que para inovar, cabe forjar um sistema local, racional e nacional de inovação;
ou seja, o ambiente é relevante. Tratou-se de um dos primeiros a ressaltar o papel da inovação
no processo empreendedor, o que ele chamou de “destruição criativa”, sendo a “força motriz
17
do crescimento econômico sustentado a longo prazo, apesar de que poderia destruir empresas
bem estabelecidas, reduzindo, desta forma, o monopólio do poder” (SCHUMPETER, 1949,
apud DORNELAS, 2001, p.28)
Mais tarde, o economista britânico Marshall (1930/1961) definiu a função empreen-
dedora como o fornecimento de inovações para a eficiência e consequentemente, o
progresso. Knigt em 1921 foi o primeiro contribuinte americano da teoria sobre o
empreendedorismo, observou que o empreendedor é aquele que mesmo com incer-
teza, é capaz de tomar decisões com responsabilidade (COSTA; BARROS; CARVA-
LHO, 2011, p.391).
Segundo Bernardi (2005), o empreendedorismo é composto por diferentes caracterís-
ticas, presentes em diferentes perfis de personalidade, em que se destacam: senso de oportuni-
dade, dominância, agressividade e energia para realizar, autoconfiança, otimismo, dinamismo,
independência, persistência, flexibilidade e resistência a frustrações, criatividade, propensão ao
risco, liderança carismática, habilidade de equilibrar “sonho e realização” e habilidade de rela-
cionamento.
O empreendedorismo é um conjunto de comportamentos e hábitos. Até pouco tempo,
se imaginava que o empreendedor nascia empreendedor, mas hoje é sabido que as característi-
cas de um empresário de sucesso podem ser adquiridas com capacitação adequada.
Dornelas (2008) classifica os empreendedores em oito tipos, conforme abaixo listado:
a) Empreendedor nato: Tratam-se dos indivíduos com maior reconhecimento e acla-
mação, apresentando uma trajetória notável, dando início às suas grandes conquistas em cir-
cunstâncias precárias. Na juventude, começam a trabalhar e surge a capacidade de negociar e
de promover vendas com habilidade. No ocidente, tal modalidade de empreendedor é nata e, na
sua predominância, são provenientes do exterior ou seus ascendentes são estrangeiros. Sua na-
tureza é pautada pelo otimismo, encontrando-se totalmente comprometidos em satisfazer seus
objetivos. As referências destes indivíduos consistem em referências religiosas e familiares e,
por fim, os concernidos empreendedores tornam-se a própria referência. Em geral, tais indiví-
duos apresentam grande admiração pela mão, pelo pai ou por familiares íntimos.
b) Empreendedor capaz de aprender: Tal modalidade de empreendedor é aquele indi-
víduo que surpreende a todos, de forma que sua inserção no referido meio se deu quando surgiu
uma oportunidade, no mundo dos negócios, levando o indivíduo a decidir alterar suas atividades
laborais, passando a comprometer-se, em sua integralidade, ao próprio negócio. Em circunstân-
cias pretéritas, jamais considerara tornar-se empreendedor, visto que vislumbrava apenas a car-
reira corporativa como forma de ascendência. A tomada da decisão se dá no momento no qual
18
um terceiro realiza o convite para sua entrada em uma participação societária ou quando o pró-
prio indivíduo se dá conta que é capaz de construir seu próprio negócio.
c) Empreendedor em série: Este empreendedor cultiva uma ininterrupta paixão pelos
negócios que realiza, o que decorre do amor que sente pelo empreendimento em si. Não satis-
faz-se pela construção de um negócio e nele permanecer, sem vislumbrar seu crescimento ex-
ponencial. Sua personalidade é dinâmica e opta pela instigação de criar coisas novas e estar à
frente das grandes corporações, no âmbito executivo, sendo necessária a prática constante de
desafios, para que sua motivação mantenha-se nos níveis máximos. Em determinadas ocasiões,
ocorre seu envolvimento em uma ampla diversidade de negócios em determinado período tem-
poral, não sendo natural que este indivíduo apresente frustrações em sua vida profissional. Caso
haja algum histórico negativo, este o motivará para vencer as etapas posteriores.
d) Empreendedor corporativo: Consistem em executivos de elevada competência, de-
tentores de amplos conhecimentos em ferramentas administrativas e com grandes propriedades
gestoras. São pessoas que exercem seu trabalho visando os resultados, almejando o seu desen-
volvimento no âmbito corporativo. Seu trabalho não lhe permite ter a totalidade da autonomia,
o que os leva a aceitar os riscos, sendo eficazes na comunicação e na comercialização das ideais
que possuem. Sua rede de trabalho é implementada nos ambientes internos e externos da cor-
poração, sendo dotados de grande capacidade de convencimento, facilitando a captação de pes-
soas para dedicarem-se à sua equipe, sendo capazes de reconhecer o trabalho do seu grupo. São
indivíduos portadores de grande capacidade de autopromoção e de ambição, de forma que não
são satisfeitos com seus rendimentos e são norteados por metas arrojadas. Sua saída da organi-
zação pode implicar em conflitos, tendo em vista que encontra-se habituado à recepção de pri-
vilégios diversos.
e) Empreendedor social: Seu objetivo é a construção de uma realidade mais confortá-
vel para a sociedade, o que o leva a lidar com causas humanitárias, comprometendo-se intensa-
mente. Apresenta características assemelhadas às outras modalidades de empreendedores; ou-
trossim, a divergência é a sua realização ao ver as implicações positivas de seus projetos para
outrem, em detrimento de si. Considerando-se as modalidades de empreendedores, o empreen-
dedor social destaca-se por não visar a ampliação de seus atributos financeiros, optando por
partilhar os resultados com os demais indivíduos.
f) Empreendedor por necessidade: Esta modalidade constrói um negócio próprio de-
vido a ausência de alternativas, de forma que o acesso ao emprego encontra-se vedado ou por-
que ocorreu sua demissão, não havendo opção, se não o trabalho pelos próprios meios. Em
19
geral, seu envolvimento se dá em negociações pautadas pela informalidade, promovendo o de-
senvolvimento de atividades elementares, promovendo a prestação de serviços e obtendo um
diminuto resultado financeiro. Trata-se de um vultuoso impasse social, tendo em vista que tal
modalidade não apresenta contribuições para o desenvolvimento econômico, apesar dos gran-
des esforços empreendidos por este indivíduo. Observa-se que a transformação do indivíduo
em empreendedor devido à sua necessidade é um evento oriundo, na realidade, da economia
deprimida, da redução do emprego formal e do salário mínimo insuficiente, representando me-
nos de 25% do mínimo constitucional. Desta feita, tal realidade apresenta-se como uma carac-
terística relevante no empreendedorismo potiguar, considerando-se a elevada exploração dos
setores de serviços e comércio.
g) Empreendedor por sucessão familiar: O herdeiro recepciona o objetivo de conduzir
o legado familiar, tendo em vista que tal tipo de organização encontra-se presente na realidade
corporativa em nível mundial e diversas empresas são originárias pelo trabalho de famílias vol-
tadas ao empreendedorismo, com capacidade de transmitir aos seus ascendentes sua capacidade
de empreender. Desta forma, o sucessor capta o ato de empreender através da capacidade fami-
liar, dando continuidade aos procederes da sua família. A maioria destes indivíduos compreen-
dem precocemente o funcionamento da empresa e adota suas responsabilidades da empresa,
assumindo cargos elevados já na juventude; surge, em alguns, o desejo de inovar, ao passo que
outros permanecem conservando os valores e procedimentos.
h) Empreendedor planejado: A totalidade teórica a respeito do empreendedor exitoso
é apresentada com o lastro do planejamento, sendo esta uma etapa relevante para o sucesso do
empreendimento, o que comprova-se com o decorrer dos últimos anos, tendo em vista que o
ato de planejar intensifica a possibilidade da boa sucessão de uma organização e, desta forma,
permite que uma maior quantidade de empreendedores emprega tal técnica, assegurando a oti-
mização dos resultados. Preceitos elementares, como a redução dos riscos e a visão com o futuro
do negócio caracteriza como planejado ou normal o empreendedor, de forma que este trata-se
da modalidade mais completa, no que alude ao conceito de empreendedor e que deve servir
como referência. Entretanto, não apresenta uma quantidade considerável de indivíduos, nos dias
atuais.
Segundo Silveira (2015), o tema Empreendedorismo vem sendo abordado de diversas
formas, por diferentes autores, ao longo de sua história. Isso ocorre porque o tema tem sido
objeto de estudo das mais diversas áreas das ciências humanas como a Economia e a Adminis-
tração. A sua relevância no contexto socioeconômico mundial se dá por conta que os empreen-
dimentos são grandes impulsionadores e alternativa na geração de renda e emprego.
20
Nesta realidade, tem-se os seguintes dados do empreendedorismo, em concernência à
geração de emprego e renda:
Tabela 1 – Geração de emprego e renda
Item Representação
Pequenos negócios formalizados 10.932.000
Total das empresas brasileiras 95%
Geração de emprego e renda em novas vagas de emprego 99,7%
Vagas de emprego 17,1 milhões
Fonte: SEBRAE, 2016
Observa-se, desta forma, a relevância do empreendedorismo para a geração de emprego
e renda.
Em conformidade com os conceitos de Dolabela (1999), tal significado muda de
acordo com o país e a época, sendo que, no fim do século XVII, empreender era a firme reso-
lução de fazer qualquer coisa e, no início do século XX, o termo designava os grandes capitães
de indústria, tais como Ford nos Estados Unidos, Peugeot na França, Cadbury na Inglaterra e
Toyota no Japão. “Eles não estavam interessados somente em economia, mas também em em-
presas, criação de novos empreendimentos, desenvolvimento e gerenciamento de negócios”
(FILION, 1999, p. 6).
Segundo Giffhon (2017), a atividade empreendedora também possui suas dificuldades.
Cerca de 91% não conseguem linhas de crédito. Para contornar, acabam recorrendo ao crédito
pessoal ou ainda pedem emprestado a familiares e amigos. A falta de “tempo é considerado
artigo de luxo para os empreendedores dessa área”, diz Loyola (2017, p.1). “Entre operaciona-
lizar o negócio, cuidar da parte financeira e fazer a divulgação, as duas últimas tarefas acabam
sendo deixadas em segundo plano”. Outra dificuldade é conciliar a vida pessoal e empreende-
dorismo, pois sempre acaba não conseguindo separar canais como Facebook, WhatsApp e conta
corrente. Existem muitos microempreendedores que não tem um cadastro de fornecedores, pou-
cos investem em site próprio e e-mail marketing ou campanhas digitais direcionadas.
Schumpeter, no século XX, define que “o empreendedor é aquele que destrói a ordem
econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas
de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais” (SCHUMPETER, 1949, apud
DORNELAS, 2001, p. 37).
21
Segundo Dornelas (2008), empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria
um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de
empreendedorismo, encontra-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreende-
dor: 1) tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz; 2) utiliza os recursos
disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive; 3)
aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.
Conforme SEBRAE (2007), no empreendedorismo, a possibilidade de realização pes-
soal é grande, é possível unir prazer e trabalho, sendo esta a principal diferenciação do mesmo,
pois ele promove nas pessoas a vontade de criar algo novo, diferente do que os outros já fizeram,
ou seja, o empreendedorismo consiste essencialmente em fazer as coisas que geralmente não
são feitas quando se relaciona a negócios.
O empreendedorismo surgiu da observação, da percepção e análise de atividades, ten-
dências e desenvolvimentos na cultura, na sociedade, nos hábitos sociais de consumo. Surge
das oportunidades identificadas de necessidades percebidas e, principalmente, de necessidades
não atendidas que podem definir uma oportunidade de negócio (BERNARDI, 2005).
Segundo Silveira (2015), a capacidade de inovação foi uma nova dimensão incorpo-
rada aos estudos sobre empreendedorismo a partir da década de 1980, sendo que alguns autores
como Schumpeter (1982) 1 apud Freire et al. (2011) defendem que esta é a principal caracterís-
tica, ou seja, que empreendedor é sinônimo de inovação. Além disso, o empreendedor, no mo-
mento que combina recursos de uma nova maneira, auxilia a promover o desenvolvimento e o
crescimento econômico.
O empreendedor é pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de
sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com
esse arsenal, transformar ideias em realidade, para benefício próprio e para benefício da comu-
nidade. Por ter criatividade em um alto nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação
e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o habilita a transformar uma ideia
simples e mal estruturada em algo concreto e bem sucedido no mercado (CHIAVENATO,
2008).
Segundo SEBRAE (2014), os empreendedores que possuem a característica de serem
persistentes desenvolvem a habilidade de ultrapassar obstáculos, avaliar seus planos para
alcançar seus objetivos, mudam suas táticas, mas não desistem.
1 Esta visão Schumpeteriana de que o empreendedor é o agente fundamental do processo é vista por uma parte dos
schumpeterianos, pois uma abordagem mais moderna considera que o ambiente que cerca o empreendedor também
é fundamental para o processo de empreendedorismo e dinâmica econômica.
22
1.2 Microempreendedor Individual – MEI
O povo brasileiro tem uma cultura empreendedora. De acordo com o relatório do GEM
(Global Entrepreneurship Monitor), um estudo da ONU (Organização das Nações Unidas), que
abrange 69 nações e que busca analisar as iniciativas empreendedoras em âmbito mundial, pu-
blicado no ano de 2012, o Brasil está na lista dos dez países em que mais se registra empreen-
dedores no mundo, ocupando a quarta posição no total geral (Rodrigues, 2013). Em um cenário
de grande número de negócios informais e elevado índice de desemprego, surge o Empreende-
dor Individual no Brasil, instituída pela Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008,
entidades empresariais, governo, municípios e câmara dos deputados federais resolvem forma-
lizar a figura do Microempreendedor Individual, que é uma forma rápida e desburocratizada de
regularizar uma nova empresa.
O Empreendedor Individual é proveniente do assentimento da Lei Complementar nº
128/2008 pelo Congresso Nacional, sendo, à época, imediatamente sancionada pelo então Pre-
sidente da República Federativa do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva. Devido à sua natureza
Complementar, estabelece segurança ao Empreendedor Individual, visto que este é ciente da
estabilidade das normas e sua alteração posterior carece de votação de outra Lei Complementar,
também pelo Congresso e demandante de sanção presidencial. Desta feita, há consolidada se-
gurança jurídica, no concernente ao estabelecimento das atuais normas, para que não sejam
facilmente alteradas (BRASIL, 2011).
Segundo Silveira (2015), até chegar a lei do MEI, outros desafios foram conquistados
através da Lei Complementar nº 123/06, que criou o Simples Nacional, simplificando o trata-
mento jurídico para as Micro Empresa (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), beneficiando
pequenas empresas já constituídas. As dificuldades para abrir uma pequena empresa ainda exis-
tiam e havia diversos pequenos negócios com baixo faturamento, de forma que a Lei nº 123/06
não conseguia proporcionar compensações vantajosas; ainda faltava regulamentar uma lei que
beneficiasse também aqueles que faturava valores abaixo de R$ 240,000 (duzentos e quarenta
mil reais) mensais.
No ano de 2008, foi sancionada a lei Complementar nº 128/08, que entrou em vigor
em 2009, onde pessoas que tinham pequenos empreendimentos podem tornar-se empreendedo-
res individuais, ou seja, o que no Brasil é o Empresário Individual a que se refere o artigo 966
do Código Civil Brasileiro. (SILVEIRA, 2015, p.23).
23
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econô-
mica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou cola-
boradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Conforme Fagundes (2014), as características dos microempreendedores individuais
formalizados no Brasil, destes 53% são do sexo masculino, e 47% do sexo feminino. As mu-
lheres estão empreendendo bastante, principalmente no setor do comércio (42%), nos serviços
(39,9%) e (18,1%) na indústria. As atividades preferidas pelas mulheres são: comércio de arti-
gos de vestuário, serviços de cabeleireiros e atividades de estética. Quanto ao público mascu-
lino, a participação maior é na construção civil e no comércio varejista de artigos de vestuário
e acessórios.
A escolha da localização para o funcionamento inicial acontece na sua própria casa e,
antes de iniciar atividade como autônoma, a maioria eram empregados possuíam carteira assi-
nada e após perderem o posto de trabalho, nasce o desejo com a necessidade de se tornar mi-
croempreendedor informal, por consequência surge as principais dificuldades: conseguir cré-
dito/capital de giro; conquistar clientes/vender; administrar o próprio negócio; a concorrência;
cumprir as obrigações legais (SEBRAE, 2016).
No Brasil, as dez atividades mais procuradas pelos empreendedores individuais são:
comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, cabeleireiros, obras de alvenaria, lan-
chonetes e casas de chá, de sucos e similares, outras atividades de tratamento de beleza, mini-
mercados, mercearias e armazéns, bares e outros estabelecimentos especializados em servir be-
bidas, instalação e manutenção elétrica, fornecimento de alimentos preparados para o consumo
domiciliar e comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumes e de higiene pessoal (SE-
BRAE, 2016).
De acordo com SEBRAE (2016), alguns setores apresentam mais MEIs por exigir me-
nor custo de investimento inicial, baixo valor de produtos e serviços e o grande tamanho do
mercado consumidor. O setor de serviços apresenta maior número de adesão ao MEI, o fator
conhecimento é o principal capital e visa atender às necessidades básicas do indivíduo. Outros
setores necessitam de maior investimento inicial para a realidade do microempreendedor, pois
o alto valor de produtos e matéria prima inviabiliza a opção por outra atividade e o mercado
consumidor passa ser mais restrito; assim, o número de MEIs se torna menor.
Segundo Fagundes (2014), a principal dificuldade que os MEIs têm enfrentado está no
acesso ao crédito, tomar dinheiro emprestado, o que explica o fato de que somente 12,5% dos
24
microempreendedores individuais tentaram buscar empréstimo e conseguiram. No Brasil, mui-
tos empreendedores precisam se desfazer de bens para conseguir o capital necessário aos inves-
timentos, enquanto isso, os bancos públicos preferem emprestar o dinheiro as grandes empresas.
O Crediamigo (BNB) surgiu como alternativa de crédito para o capital de giro, financiamentos
de máquinas, equipamentos e pequenas reformas, mas ainda não conseguiu facilitar o acesso
ao crédito na sua plenitude. Afirmam os microempreendedores que: os valores são pequenos,
taxa de abertura de crédito, falta de carência, prazo curto e garantia em grupo solidário. Já as
instituições financeiras alegam que o motivo para não ofertar empréstimos são: falta de garan-
tias reais, registro no CADIN/SERASA, insuficiência de documentos, inadimplência da em-
presa, linhas de crédito fechadas e projeto inviável.
Segundo SEBRAE (2016), algumas pesquisas têm apontado que a lei do MEI impac-
tou positivamente na constituição de novos negócios desde da sua criação. Após a formalização,
houve mudanças em quatro aspectos importantes ligados ao negócio, como o aumento do fatu-
ramento, melhores condições de compra, ampliação e possibilidade de venda para o governo,
elevação da frequência de vendas para outras empresas. A possibilidade de emitir nota fiscal
facilita as vendas para outras empresas, o aumento (68%) foi muito significativo para a maioria
dos microempreendedores após a formalização.
A lei do MEI surge com a proposta de reduzir o número de pessoas que trabalham na
informalidade no Brasil e tem alcançado, a cada ano, um grande número de adesão. A Lei
Complementar 128/2009 ou Lei do MEI, como é conhecida, é uma forma inovadora e desbu-
rocratizante de legalização de pequenos negócios e serviços e do pagamento em conjunto de
impostos e contribuições, resultando numa substancial redução de custos e de obrigações aces-
sórias. Ainda precisa de alguns ajustes, principalmente no que se refere ter acesso ao crédito
oferecido pelos agentes financeiros (SEBRAE, 2013).
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD),
do IBGE, a quantidade de trabalhadores que almejam ocupação encontra-se em queda: no início
ao término do ano de 2017, caiu de 13,7% para 11,8%, ao passo que a quantidade de trabalha-
dores sem registro em carteira aumento 5,7% no referido período, apresentando-se um índice
de 23,2 milhões de indivíduos na informalidade, implicando numa ascendência de 4,8%, com-
parando-se com o mesmo período do ano de 2016. Entre os anos de 2015 e 2016, a economia
perdeu 2,87 milhões de empregos formais (NUNES, 2018).
Segundo a FDC (2018), atualmente surge novos tipos de microempreendedores, estes
podem ser classificados pelo formato:
1. Empreendedor Informal
25
O empreendedor informal não possuí CNPJ ou não fornece nota fiscal. É aquele de-
senvolvido pela maioria dos brasileiros que têm o sonho de abrir seu próprio negócio. Barracas
de rua ou lojinhas de garagem são exemplos clássicos de empreendimentos que atuam na infor-
malidade com frequência.
2. Empreendedor Cooperado
Esse formato de empreendedor surge a partir da união de vários empreendedores indi-
viduais. Eles se apoiam mutuamente e, assim, ganham força e recursos — sem perder suas
características próprias.
3. Empreendedor Individual Formalizado
Existem duas alternativas de formalização para o Empreendedor Individual: MEI ou
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI). Nos dois casos, a iniciativa em-
preendedora continua sendo “solitária”. O Empreendedor Individual tem menor escala, mas,
sendo formalizado, está submetido aos mesmos direitos e obrigações de uma grande corpora-
ção.
4. Empreendedor por meio de Franquias
As franquias são um formato de empreendedorismo que facilita muito a iniciativa de
abrir um negócio, já que o franqueado recebe um modelo pronto de empresa e precisa apenas
implementá-lo. Alguns exemplos típicos de franquias são as escolas de idiomas e os restauran-
tes de fast food.
5. Empreendedor Social
Os negócios sociais integram a lógica dos diferentes setores econômicos e oferecem
produtos e serviços de qualidade à população excluída do mercado tradicional, ajudando a com-
bater a pobreza e diminuir a desigualdade. Inclusão social, geração de renda e qualidade de vida
são os objetivos principais dos negócios sociais, que também são economicamente rentáveis.
6. Empreendedor Digital
Esse é um formato de empreendedor que tem tudo a ver com a dinâmica de consumo
atual. Afinal de contas, hoje, existe um volume gigantesco de relações de compra que são efe-
tuadas no meio digital. Fala-se sobre de e-commerces, infoprodutos (como e-books e cursos
virtuais), serviços prestados à distância.
Pode-se citar casos mundialmente conhecidos, como o do brasileiro Érico Rocha, que
desenvolveu um negócio on-line oferecendo livros, cursos, treinamentos e organizando eventos
sobre marketing digital.
26
A grande vantagem do empreendedorismo digital é a acessibilidade. Qualquer pessoa,
com um computador e acesso à internet, pode embarcar nessa tendência.
27
Capítulo 2
Procedimentos Metodológicos
Este capítulo apresenta a proposta de metodologia utilizada para o desenvolvimento
do processo de coleta e análise de dados. Trata-se de um capítulo importante para o estudo, pois
é através da metodologia que é possível alcançar os resultados desejados.
2.1 Tipo de pesquisa
Quanto à abordagem do problema, esta pesquisa tem caráter quanti-qualitativo, dado
que busca descrever a realidade do perfil empreendedor do Microempreendedor Individual do
município de Natal.
A presente pesquisa caracteriza-se como de natureza aplicada, pois parte da aplicação
de teorias consagradas na literatura para encontrar resultados empíricos. Este trabalho trata-se
de uma pesquisa descritiva visando compreender o perfil dos microempreendedores individu-
ais.
2.2 Coletas de Dados
Com o propósito de conhecer o perfil Microempreendedor Individual da cidade do
Natal, foi feita uma coleta de dados por meio de questionário elaborado pelo pesquisador.
Como o objetivo é revelar o perfil do MEI da cidade do Natal, o questionário foi cons-
tituído por perguntas relacionadas às características básicas de um empreendedor. Iniciando por
questões de identificação da amostra como: sexo, idade, escolaridade. Passando para perguntas
com situações problemas onde pela resposta são analisadas as atitudes empreendedoras básicas.
A amostra foi composta por 48 microempreendedores individuais formalizados. O
questionário foi aplicado de forma impressa. Sobre os locais escolhidos para aplicação da pes-
quisa, foram escolhidas as 4 regiões administrativas (norte, sul, leste e oeste) do município de
Natal-RN. O questionário foi aplicado no período de 02 a 13 de outubro de 2017.
2.3 Definição da Área e/ou População-Alvo
O município de Natal está dividido em 04 (quatro) regiões administrativas, as quais
foram referência para a aplicação do questionário para coleta dos dados. A população alvo da
28
amostra compreende os microempreendedores individuais que se cadastraram junto à Lei do
MEI no município no ano de 2017, segundo dados do Portal do Microempreendedor Individual
(2016).
A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas com visitas no endereço da empresa,
registrado na junta comercial do Estado do RN, realizadas no mês de outubro/2017. Aplicou-se
um questionário impresso, com 15 perguntas objetivas. Tal procedimento foi necessário para
colher dados importantes para o estudo, sendo uma das técnicas mais usadas para a obtenção
de informações nesse tipo de pesquisa.
Figura 1 - Regiões administrativas do município de Natal
Fonte: TEIXEIRA (2015)
29
2.4 Plano de Análise dos Dados
Após a coleta de dados para o desenvolvimento do trabalho, foi realizada a primeira
etapa do tratamento das informações coletadas, através da tabulação dos resultados da pes-
quisa, onde resultou na geração de planilhas, tabelas, gráficos e legendas, com emprego do
Microsoft Office Excel e também ocorreu a utilização da ferramenta de pesquisa do Google.
30
Capítulo 3
Perfil do Microempreendedor Individual na Cidade de Natal
Apresentam-se a seguir os resultados da pesquisa que teve por objetivo analisar o perfil
do Microempreendedor Individual da cidade do Natal-RN, a partir das informações coletadas
através dos questionários aplicados em 48 (quarenta e oito) estabelecimentos formais e dados
obtidos no portal do empreendedor.
3.1 Apresentação dos Resultados
De acordo com o Gráfico 1, no fim de 2010, o número de microempreendedores indi-
viduais em Natal chega próximo a 4.000 formalizações efetuadas no portal do empreendedor,
no referido ano. Já em 2012, o SEBRAE divulgou uma pesquisa traçando o perfil do Microem-
preendedor Individual, apontando que de julho de 2009, momento em que se deu o início do
processo de formalizações, a dezembro de 2012, foram formalizados, em Natal-RN, 13.333,
com destaque para uma taxa de crescimento de (47.22%). Seguindo a evolução do crescimento,
verifica-se, através do portal, que ao final do ano de 2016, encontram-se formalizados em Natal-
RN 31.138 (trinta e um mil, cento e trinta e oito) Microempreendedores Individuais, apontando
para uma taxa de crescimento de 15,46%, comparando com os 26.969 de 2015 e alcança o
número de 36.455 optantes em 2017, com uma taxa de crescimento de 17,07% comparado com
ano anterior.
Gráfico 1 - Evolução do número de MEI em Natal-RN
Fonte: Elaborado pelo autor (adaptado do Portal do Empreendedor) (2017)
1
3997
8727
13333
17571
22042
26969
31138
36455
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
Optantes2009
Optantes2010
Optantes2011
Optantes2012
Optantes2013
Optantes2014
Optantes2015
Optantes2016
Optantes2017
31
Percebe-se, com clareza, que a prestação de serviços aparece com 52% como o maior
ramo de atividade mais expressivo dentre os microempreendedores da cidade do Natal, en-
quanto 28% atuam no comércio e 20% no ramo da indústria.
Gráfico 2 - Ramo de Atividade
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Conforme demonstra o Gráfico 3, o setor com menor número de microempreendedores
individuais é o industrial (20%). Observa-se que a atividade de fabricação de produtos diversos
não especificados anteriormente (a fabricação de artefatos de pelos; plumas; chifres e garras,
perucas; inclusive cílios postiços e afins) aparece com 23% como o maior ramo de atividade
dentro do setor da indústria.
20%
28%
52%
0
5
10
15
20
25
30
Indústria Comércio Serviços
32
Gráfico 3 - Atividades formalizadas no setor industrial
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Conforme demonstra o Gráfico 4, o setor comercial aparece com o segundo com maior
número de microempreendedores individuais (28%). Observa-se que a atividade comércio va-
rejista de artigos do vestuário e acessórios (comércio varejista de artigos do vestuário novos de
qualquer material; tais como: vestidos; blusas; calças; roupas íntimas; uniformes escolares e
similares) aparecem com 20% como o maior ramo de atividade dentro do comercio.
11%
11%
11%
23%
11%
11%
11%
11%
CONFECÇÃO, SOB MEDIDA, DE PEÇAS DO VESTUÁRIO, EXCETO ROUPAS ÍNTIMAS
CONFECÇÃO DE PEÇAS DO VESTUÁRIO, EXCETO ROUPAS ÍNTIMAS E AS CONFECCIONADASSOB MEDIDA
FABRICAÇÃO DE BIJUTERIAS E ARTEFATOS SEMELHANTES
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE
FABRICAÇÃO DE CALÇADOS DE MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE
CONFECÇÃO, SOB MEDIDA, DE PEÇAS DO VESTUÁRIO, EXCETO ROUPAS ÍNTIMAS
FABRICAÇÃO DE ESQUADRIAS DE METAL
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DERIVADOS DO CACAU E DE CHOCOLATES
33
Gráfico 4 - Atividades formalizadas no setor comercial
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Conforme demonstra o Gráfico 5, o setor de serviços aparece como o maior setor de
microempreendedores individuais (52%). Observa-se que a atividade cabeleireiro, manicure e
pedicure (atividades de lavagem, corte, penteado, tingimento e outros tratamento do cabelo)
aparecem com 24% como o maior ramo de atividade dentro do setor de serviços.
15%
7%
7%
7%
8%8%
8%
8%
8%
8%
8%
8%
COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS
COMÉRCIO VAREJISTA DE GÁS LIQÜEFEITO DE PETRÓLEO (GLP)
COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS ARTIGOS DE USO DOMÉSTICO NÃO ESPECIFICADOSANTERIORMENTECOMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE
CONFECÇÃO, SOB MEDIDA, DE PEÇAS DO VESTUÁRIO, EXCETO ROUPAS ÍNTIMAS
COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE CAÇA, PESCA E CAMPING
COMÉRCIO VAREJISTA DE BEBIDAS
BARES E OUTROS ESTABELECIMENTOS ESPECIALIZADOS EM SERVIR BEBIDAS
COMÉRCIO VAREJISTA DE ANIMAIS VIVOS E DE ARTIGOS E ALIMENTOS PARA ANIMAISDE ESTIMAÇÃOCOMÉRCIO VAREJISTA DE BEBIDAS
COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EM GERAL
COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS ARTIGOS DE USO DOMÉSTICO NÃO ESPECIFICADOSANTERIORMENTE
34
Gráfico 5 - Atividades formalizadas no setor de serviço
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Observa-se que o gênero dos microempreendedores individuais estudado apresenta um
equilíbrio de 50% para homens e 50% para mulheres. As principais atividades realizadas por
homens, tem-se: comércio varejista de bebidas, comércio varejista de material de construções
4% 4%4%
24%
4%
8%8%
4%
4%
4%
4%
4%
4%
12%
4% 4%
ATIVIDADES DE CONTABILIDADE
ATIVIDADES DE PRODUÇÃO DE FOTOGRAFIAS, EXCETO AÉREA E SUBMARINA
ATIVIDADES DE SONORIZAÇÃO E DE ILUMINAÇÃO
CABELEIREIROS, MANICURE E PEDICURE
FORNECIMENTO DE ALIMENTOS PREPARADOS PARA CONSUMO DOMICILIAR
IMPRESSÃO DE MATERIAL PARA USO PUBLICITÁRIO
MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MOTOCICLETAS E MOTONETAS
MARKETING DIRETO
ORGANIZAÇÃO DE EXCURSÕES EM VEÍCULOS RODOVIÁRIOS PRÓPRIOS, MUNICIPAL
OUTROS ALOJAMENTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE
PROMOÇÃO DE VENDAS
REPARAÇÃO DE ARTIGOS DO MOBILIÁRIO
REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO
SERVIÇOS AMBULANTES DE ALIMENTAÇÃO
SERVIÇOS DE ENTREGA RÁPIDA
SERVIÇOS DE PINTURA DE EDIFÍCIOS EM GERAL
35
em geral e manutenção e reparos de motocicletas e motonetas. Enquanto as realizadas por mu-
lheres são: cabeleiras, comércio varejista de peças de vestuário e fornecimento de alimentos
preparados para consumo domiciliar. Percebe-se que as mulheres vêm empreendendo tanto
quantos os homens em Natal, não sendo diferente no Brasil.
Gráfico 6 - Gênero do Empreendedor Individual
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Conforme mostra no Gráfico 7, a maioria dos microempreendedores da amostra en-
contra-se na faixa etária entre 26 a 46 anos, com 52,08% das ocorrências, seguida por 41,67%
cuja a idade os 47 a 66 anos. Os microempreendedores com mais de 66 anos representam pouco
mais de 2%, enquanto os de até 25 anos são de 4,17% da amostra pesquisada. É importante
destaca que as principais atividades práticas por mulheres são: cabeleireiros e confecção, sob
medida, de peças do vestuário, exceto roupas íntimas, enquanto as praticadas por homens são:
comércio varejista e serviços ambulantes de alimentação.
Mulheres Homens
36
Gráfico 7 - Idade do Empreendedor Individual
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
No Gráfico 8 observa-se que a maioria dos microempreendedores da amostra estudada
possuem o Ensino Médio, verificado que estes são 47,92%, enquanto 43,75% têm Ensino Fun-
damental. Os microempreendedores com Ensino Superior representam 8,33%. É importante
destacar que apesar de conter no questionário, vide apêndice, se os empreendedores possuíam
pós-graduação, não foi identificado ninguém com tal nível de instrução.
Gráfico 8 - Escolaridade
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
2
3
22
17
3
1
0 5 10 15 20 25
Até 25 anos
De 26 a 35 Anos
De 36 a 46 Anos
De 47 a 56 Anos
De 57 a 66 Anos
Mais de 66 Anos
43,75%
47,92%
8,3
3%
Analfabeto
EnsinoFundamental
Ensino Médio
Ensino Superior
Pós-Graduação
37
Em termo de estrutura do negócio, observa-se que a maioria dos microempreendedores
realiza suas atividades em outros locais (pontos comerciais, sala, loja), totalizando 54,17% da
amostra pesquisada, seguido pelo os que atuam em casa com 27,08%. Os que atuam em outras
empresas encontra-se na ordem de 16,67%, os que atuam na rua são apenas 2,08%.
Tabela 2 – Localização do negócio
DESCRIÇÃO FREQUÊNCIA (Nº) OCORRÊNCIA (%)
Em casa
Na rua
13
1
27,08
2,08
Em outras empresas 8 16,67
Outros 26 54,17
TOTAL 48 100%
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
É importante destacar que uma grande maioria atua como empreendedor há um tempo
considerável, de modo que mais de 3/4 atuaram na informalidade por tempo maior de 4 anos.
E também se destaca que muitos deles atuaram um período relevante na informalidade, de modo
que cerca de 47,92% atuaram na informalidade por um período de 4 anos, enquanto 27,08%
foram informais por mais de 8 anos. Os que atuaram na informalidade entre 05 a 06 anos soma
14,58%, seguidos por 10,42% cujo período informal foi entre 07 a 08 anos.
Gráfico 9 - Tempo que atuou na informalidade
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
6
17
7
5
13
0 5 10 15 20
Acima de 8Anos
De 7 a 8 Anos
De 5 a 6 Anos
De 3 a 4 Anos
De 1 a 2 anos
38
Quanto à forma pela qual tiveram conhecimento da Lei do Microempreendedor Indi-
vidual, pode-se observar que 20 empreendedores conheceram pelo o SEBRAE, o que representa
41,67% da amostra, seguido pelo total dos que conheceram pela mídia (televisão e internet);
juntos, somam 14 empreendedores, cerca de 29,17%. Os que tiveram conhecimento da Lei do
MEI pelas instituições (escolas, universidades, bancos) são 06 pesquisados com 12,50%, os
outros somado são 08 pesquisados, representam 16,66% da amostra.
Gráfico 10 - Forma de conhecimento da Lei do MEI
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
A forma utilizada pelos microempreendedores da cidade do Natal para se formalizar,
predomina através do SEBRAE, com 47,92%, seguido pelo os que buscaram auxílio de conta-
bilista, verificado 25,00% dos casos. Já os que se formalizaram pelo uso da internet (sozinho e
amigo) somam 14,58%, enquanto 12,50% são os que obtiveram ajuda de familiares e outros.
Tabela 3 – Adesão ao MEI
DESCRIÇÃO FREQUÊNCIA (Nº) OCORRÊNCIA (%)
Internet
Sebrae
7
23
14,58
47,92
Contadores 12 25,00
Outros 6 12,50
TOTAL 48 100%
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
11
3
20
6
34
1
0
5
10
15
20
25
Qu
anti
dad
e
Televisão Internet Sebrae Instituições Contadores Amigos Outros
39
Considerando-se os entrevistados sobre as dificuldades na formalização do MEI, ob-
serva-se que 85% dos microempreendedores afirmaram não ter havido obstáculo. Apenas 15%
mencionaram que encontraram algum tipo de dificuldade.
Gráfico 11 - Dificuldades para formalização do MEI
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Percebe-se que a principal vantagem ao formalizar-se como MEI seria o acesso ao
sistema financeiro, relatado por 24 entrevistados, cerca de 50% da amostra, enquanto 09 entre-
vistados ou 18,58% consideram que percebem vantagens no se refere aos direitos previdenciá-
rios. A possibilidade de emissão de nota fiscal foi a vantagem considerada por 08 entrevistados
ou 16,67% da amostra, enquanto 07 entrevistados ou 14,58% mencionaram que a comprovação
de renda foi a vantagem considerada principal, de forma que outras não apareceram na pesquisa.
15%
85%
Sim Não
40
Gráfico 12 - Principal vantagem a formalizar-se como MEI
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Questionados sobre a facilidade de acesso ao sistema bancário após a formalização,
pode-se verificar que a maioria dos microempreendedores da amostra, aproximadamente
54,17% responderam NÃO, enquanto que 39,58% responderam SIM, seguido por 6,25% que
responderam até certo ponto.
Gráfico 13 - Facilidade de acesso ao sistema bancário após a formalização
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
9
24
78
00
5
10
15
20
25
30
Direitosprevidênciarios
Acesso aosistema
financeiro
Comprovação deRenda
Emissão de NotaFiscal
Outras
41
Em relação a conseguir empréstimos após a formalização, observa-se que os empre-
endedores que não buscaram é a maioria, com 18 entrevistados, cerca de 37,50%, seguido pelos
que conseguiram são 16 entrevistados ou 33,33% que responderam sim. No entanto, 14 entre-
vistados ou 29,17% responderam que buscaram, mas não conseguiram algum tipo de emprés-
timo.
Gráfico 14 - Conseguiu empréstimos após a formalização
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Conforme os resultados do Gráfico 15, pode-se constatar que a maioria dos microem-
preendedores da cidade do Natal afirmaram que observaram incremento nas atividades empre-
sariais após a formalização, identificado em 52% dos casos. No entanto, essa percepção sobre
aumento no volume das atividades econômicas não é verificada por 44% dos integrantes da
amostra. Os que responderam indiferente são 4% dos entrevistados, representado tal percentual
pela cor cinza.
16
18
14
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Sim Não Buscou Buscou, mais não conseguiu
42
Gráfico 15 - Aumento na produção/vendas/serviços após a formalização
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Conforme os resultados do Gráfico 16, alusivos à negociação de tributos municipais,
estaduais e federais, observa-se que 38 entrevistados, cerca de 79,17% dos microempreendedo-
res da cidade do Natal, não conseguiram negociar com os governos. Os que conseguiram foram
apenas entrevistados, pouco mais de 4% da amostra e os que não buscaram negociar com os
governos são 8 microempreendedores, ou seja, 16,67% não tentaram qualquer possibilidade de
negociar com os governos municipais, estaduais ou federal.
Gráfico 16 - Conseguiu negociar com o governo após a formalização
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
Sobre as mudanças após a formalização de sua atividade, cerca de 67% perceberam
mudanças positivas como: cadastro nacional de pessoal jurídica, emissão de nota fiscal, alvará
de funcionamento, isenção de impostos federais, acesso ao sistema bancário e outros. Porém,
52%44%
4%
2
38
8
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Sim Não Não buscou
43
aproximadamente 29% não perceberam mudanças significativas e 4% afirmaram ter sido indi-
ferentes à formalização.
Gráfico 17 - Percebeu mudanças após a formalização
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de pesquisa de campo (2017)
3.2 Análise dos Resultados
Este trabalho buscou analisar o perfil do Microempreendedor Individual do município
de Natal-RN. Percebe-se que estes pequenos empresários formam uma nova categoria de em-
preendedores do tipo pessoas jurídicas, a qual os governos municipais e estaduais devem estar
atentos, no sentido de conhecer o perfil, características e necessidades, para adequar suas polí-
ticas públicas, no sentido de incluir essa categoria na contratação de seus produtos e serviços.
Diante dos resultados obtidos, sobre o perfil do MEI, observou-se que a proporção por
gênero é igual, a faixa etária predominante é entre 36 a 46 anos iniciam uma atividade empre-
endedora cuja escolaridade com maior ênfase é o Ensino Médio e exercem suas atividades em
pontos comerciais, sala ou loja.
Em relação à atividade economia principal em que se insere o MEI da cidade do Natal,
verificou-se que os microempreendedores são, em sua maioria, prestadores de serviços. Quanto
à forma pela qual conheceram e aderiram ao programa da lei do MEI predomina sendo através
do SEBRAE, já os que não tiveram dificuldades em sua formalização atingem 85% dos entre-
vistados.
32
14
2
0
5
10
15
20
25
30
35
Sim Não Indiferente
44
Perguntados sobre a principal vantagem a formalizar-se como MEI, metade dos entre-
vistados afirmou que seria o acesso ao sistema financeiro e mais da metade relatou que teve
dificuldades ao sistema bancário. Com relação aos que conseguiram empréstimos, a maioria
não buscou. Porém, após a formalização, mais da metade teve incremento nas suas atividades.
A respeito dos que conseguiram negociar com o governo, sua expressividade é baixa. Entre-
tanto, muitos perceberam melhorias ao conquistar seu cadastro como pessoa jurídica assim
como foi possibilitada a emissão de nota fiscal e obtenção de alvará de funcionamento.
Acredita-se que os resultados deste trabalho possam fornecer informações que possi-
bilitem aos governos conhecerem melhor as características do microempresário local e, por
consequência, direcionar ações políticas capazes de incentivar e facilitar as ações destes em-
preendedores.
45
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o tema de análise do perfil do MEI da cidade do Natal, a pesquisa aplicou o
questionário aos trabalhadores já formalizados pela Lei nº 128, de 19 de dezembro de 2008,
sendo possível levantar o perfil empreendedor do Microempreendedor Individual da cidade do
Natal.
O perfil empreendedor do Microempreendedor Individual da cidade do Natal é cons-
tituído por 50% de homens e 50% por mulheres. Tanto os homens quanto as mulheres estão
dispostos a correr riscos e dentre os entrevistados, registrou-se que os que tem entre 36 a 46
anos de idade são os principais atuantes e possuem o ensino médio completo. Por oportunidade,
a prestação de serviços tem grande destaque na totalidade das atividades mais praticada entre
os entrevistados. Quanto ao local de atuação dos microempreendedores, cerca de 54,17%, rea-
lizam suas atividades em pontos comerciais, salas e lojas. Aproximadamente 47,92% atuaram
na informalidade por até 4 anos e 41,67% obtiveram conhecimento da Lei do Microempreen-
dedor Individual através do SEBRAE. Percebeu-se, no geral, que empreendedores individuais
buscam uma otimização na sua organização, visando a praticar um perfil mais ativos nas toma-
das de decisões, frente às dificuldades. Os pesquisados têm consciência que precisam constan-
temente trabalhar a habilidade de persistir em seus valores. São felizes no que fazem e mostram-
se dispostos a não abrir mão de seus sonhos
Foi feita uma pesquisa bibliográfica sobre o que é empreendedorismo e os resultados
da pesquisa apontam evidências de que empreendedorismo é uma capacidade adquirida e apli-
cada em ideias, criação de novos projetos ou aperfeiçoamentos de projetos já existentes. Tam-
bém é essencial ao crescimento econômico do país, visto que gera muita riqueza e visa melho-
ramento de condições da população. Dentre muitos benefícios do Microempreendedor Indivi-
dual, tem-se a redução da carga impostos, isenção de tributos federais, não ocorrência de buro-
cracia, contratação de um funcionário com menor custo, cobertura previdenciária e outros tan-
tos.
Por fim, viu-se que a lei do MEI trouxe novas políticas e incentivos a milhares de
pequenos empreendedores, que, na sua maioria, não tiveram dificuldades para se legalizar e
têm o acesso ao sistema financeiro com uma das principais vantagens na formalização. Sugere-
se conscientizar aqueles que vivem na informalidade que se legalizem para terem acesso a be-
nefícios, que serão de suma importância para seu negócio e, assim, buscarem, através do Mi-
croempreendedor Individual, exercer seu trabalho de forma correta e alcançar o futuro tão so-
nhado.
46
Na Região Nordeste, a adesão ao MEI, entre os anos de 2013 e 2015, por Estado,
obteve a seguinte caracterização: Paraíba (aumento de 58,9%); Ceará (expansão de 56,2%),
Piauí (ampliação de 54,2%), Maranhão (53,6%), Pernambuco (52,5%), Rio Grande do Norte
(52,1%), Sergipe (48,1%), Bahia (42,7%) e Alagoas (41,6%). Observa-se, pois, que dentre os
nove Estados da concernida região, o Rio Grande do Norte encontra-se na 6ª posição (SEBRAE,
2016). Face ao exposto, compreende-se que tal questão decorre da natureza das atividades de-
sempenhadas na capital potiguar, com predominância da prestação de serviço, que não de-
manda, obrigatoriamente, da adesão ao MEI, tendo em vista que a necessidade de emissão de
notas fiscais e empréstimos é mais demandada nos âmbitos do comércio e da indústria.
Com a presente pesquisa, foi possível identificar que muitos trabalhadores viram a
oportunidade nesta lei para colocar seus sonhos em prática, de forma menos burocratizada e
com benefícios assegurados.
Concluiu-se que a pesquisa foi importante, pois mostrou o perfil do Microempreende-
dor Individual da cidade do Natal, servindo de base para pesquisas futuras. Sugere-se, por fim,
um estudo do perfil dos microempreendedores individuais das capitais brasileiras, destacando
as semelhanças e diferenças entre elas, bem como um estudo sobre o que é preciso para aper-
feiçoamento das atitudes empreendedoras do Microempreendedor Individual.
Conclusivamente, acredita-se que a natureza da predominância dos microempresários
informais, operantes no Estado do Rio Grande do Norte, não apresenta interesse em formalizar-
se devido à ausência de motivações, tendo em vista que, conforme observado na presente pes-
quisa, a concessão de crédito não é facilitada, assim como a natureza do setor predominante,
que é a prestação de serviços, no presente Estado, não demanda da formalização do trabalhador.
47
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50
APÊNCIDE – ROTEIRO PARA COLETA DE DADOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
ROTEIRO PARA COLETA DE DADOS
Nome do Pesquisador: _____________________________________________
Área/Bairro:____________________________________ Data: ___/____/____
1 - Sexo
( ) Feminino
( ) Masculino
2 – Idade
( ) De 18 a 25 anos
( ) De 26 a 35 anos
( ) De 36 a 46 anos
( ) De 47 a 56 anos
( ) De 57 a 66 anos
( ) Mais de 66 anos
3 - Escolaridade
( ) Analfabeto
( ) Ensino Fundamental
( ) Ensino Médio
( ) Ensino Superior
( ) Pós-Graduação
51
4 - Ramo de atividade
( ) Indústria
( ) Comércio
( ) Prestação de serviços
5 - Onde está localizado o seu negócio?
( ) Em casa
( ) Na rua
( ) Em outra empresa
( ) Outros
6 - Tempo de atuação na informalidade?: .......................................................
7 - Como tomou conhecimento do MEI?
( ) Televisão
( ) Internet
( ) SEBRAE
( ) Instituições (escolas, universidades)
( ) Profissionais da Contabilidade
( ) Amigos, familiares
( ) Outros
8 - Como aderiu ao MEI
( ) Sozinho pela Internet
( ) Pela Internet, com ajuda de amigo
( ) No SEBRAE
( ) Com Profissional da Contabilidade
52
( ) Amigos, familiares
( ) Outros
9 - Teve dificuldades para formalização?
( ) Sim
( ) Não
10 - Qual a principal vantagem que o levou a formalizar-se como MEI?
( ) Direitos previdenciários/benefícios sociais
( ) Acesso ao sistema financeiro (crédito, conta bancária, maquineta de cartão)
( ) Comprovação de renda
( ) Possibilidade de emissão de Nota Fiscal (aumento das vendas)
( ) Outras
11 – Teve facilidade de acesso ao sistema bancário após formalização?
( ) Sim
( ) Não
( ) Até certo ponto
12 - Após a formalização já recebeu algum empréstimo de banco?
( ) Sim
( ) Não buscou
( ) Buscou, mas não conseguiu
13 - Após a formalização aumentaram as produções/vendas/serviços?
53
( ) Sim
( ) Não
( ) Indiferente
14 – Após a formalização conseguiu negociar com o governo (municipal, estadual
ou federal)?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não buscou
15 – Você percebeu mudanças após a formalização como Empreendedor
Individual?
( ) Sim
( ) Não
( ) Indiferente
OBS: Essa pesquisa de campo, tem o objetivo de formular o perfil do Empreendedor Individual da cidade
do Natal, e apresentar os resultados no trabalho de conclusão do curso de Ciências Econômicas da Uni-
versidade Federal do Rio Grande do Norte – 2018.1. Matricula: 2011047072 – Nome: José Eni Marques Mota.