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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Rede Nordeste de Biotecnologia- RENORBIO
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
INTERAÇÃO DE MICRORGANISMOS NA SOLUBILIZAÇÃO DE FÓSFORO
E POTÁSSIO DE ROCHAS PARA PRODUÇÃO DE BIOFERTILIZANTES
VALÉRIA NOGUEIRA DA SILVA
Natal-RN
2013
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
2
VALÉRIA NOGUEIRA DA SILVA
INTERAÇÃO DE MICRORGANISMOS NA SOLUBILIZAÇÃO DE FÓSFORO
E POTÁSSIO DE ROCHAS PARA PRODUÇÃO DE BIOFERTILIZANTES
Tese de Doutorado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
(RENORBIO - Rede Nordeste de
Biotecnologia) da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte como parte dos
requisitos para obtenção do título de Doutora
em Biotecnologia.
Área de concentração: Biotecnologia
Industrial.
Linha de pesquisa: Bioprocessos.
Orientadora: Dra. Gorete Ribeiro de Macedo
Natal-RN
2013
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
3
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do Centro de
Biociências
Silva, Valéria Nogueira da.
Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de
rochas para produção de biofertilizantes / Valéria Nogueira da Silva. –
Natal, RN, 2013.
129 f.: il.
Orientadora: Profa. Dra. Gorete Ribeiro de Macedo.
Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Rede Nordeste de Biotecnologia-RENORBIO. Programa de Pós-
Graduação em Biotecnologia.
1. Biofertilizantes – Tese 2. Caupi – Tese 3. Rochas – Tese. I.
Macedo, Gorete Ribeiro de. II. Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. III. Título.
RN/UF/BSE-CB CDU 631.8
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
4
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
5
À
Deus, pela graça de existir em nossas vidas, a meus incansáveis, queridos e
amados pais, Dalva de Melo e Apolino Nogueira “in memoriam”, que me deram a
chance de vir ao mundo ensinando-me a lutar sempre pelo certo e pelo justo. Ao meu
irmão Apolino José Nogueira com sua indispensável ajuda e paciência, a meu esposo,
Luiz Eduardo de Souza, que, com seu carinho, compreensão e ajuda também comigo
caminhou. A todos vocês, muito obrigada pelo acalanto, pela grande paciência e por
terem me incentivado e apoiado nos momentos mais difíceis desta longa jornada.
DEDICO
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
6
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus que nunca nos desampara, e nesta longa caminhada,
dando-me força, fé e esperança para superar todos os obstáculos.
A minha família, em especial a meus queridos e sempre amados pais Dalva e
Apolino, a meu irmão Apolino José, e a meu esposo Luiz Eduardo, que sem eles
certamente ficaria mais difícil concluir este trabalho.
A professora e pesquisadora Dra. Gorete Ribeiro de Macedo pela orientação e
confiança no transcorrer deste trabalho.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pela
concessão da bolsa.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte pela oportunidade de poder
especializar-me na área de Biotecnologia Industrial.
Aos colegas do Laboratório de Engenharia Bioquímica pelos anos de
convivência e bons momentos que compartilhamos.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte-EMPARN que
me acolheu para realização do experimento de casa de vegetação, e pela ajuda de seus
pesquisadores Dr. José Flamarion de Oliveira, Dr. João Maria P. de Lima, Dr. José
Araújo Dantas, e ao técnico Marcos.
Aos pesquisadores Dr. Leon Rabinovitch (FIOCRUZ), Dr. Carlos Lopes
(EMBRAPA Hortaliças), Dra. Silva Regina Batistuzzo (UFRN), Dra. Maria Inez de M.
Sarquis (FIOCRUZ), pela doação das cepas. E ao professor e pesquisador Newton
Pereira Stamford da Universidade Federal Rural de Pernambuco pela doação de parte do
material para minha Tese.
Aos Professores do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia pelos
ensinamentos dados ao longo do Doutorado.
Ao funcionário do Programa de Pós-graduação da RENORBIO Sant Clair
Palmier que esteve sempre disposto a colaborar com dedicação.
E finalmente a todos que contribuíram de uma forma ou de outra para a
realização deste trabalho e aqueles que no momento não se encontram listados aqui,
mais que, por isso não deixaram de ser extremamente importante para mim.
O meu sincero Muito Obrigada.
vi
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
7
SUMÁRIO
Pág.
LISTA DE FIGURAS x
LISTA DE TABELAS xi
LISTA DE QUADROS xii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS xiii
RESUMO 14
ABSTRACT 15
1. INTRODUÇÃO 17
2. REVISÃO DE LITERATURA 21
2.1 Fertilizante Químico 21
2.1.1 Características e cenário de fertilizante químico no Brasil e no mundo 21
2.2 Fertilizante Natural como Adubo na Agricultura 23
2.2.1 Rochagem 23
2.2.2 Efeito da rochagem no solo, nutrição e desenvolvimento das culturas 24
2.3 Biofertilizantes para uma Agricultura Sustentável 26
2.4 Solo, Interações entre Microrganismos e a Planta 27
2.4.1 Microrganismos solubilizadores e seus mecanismos em benefício das
culturas
29
2.5 O Paenibacillus polymyxa 31
2.6 A Cultura do Feijão Caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) 34
2.6.1 Características 34
2.6.2. Cenário e importância sócio-econômica 35
3. MATERIAL E MÉTODOS 38
3.1 Grupo de Ensaio I: Biossolubilização de Rochas Fosfatadas e Potássica em
Laboratório.
38
3.1.1 Bactérias e fungos utilizados no ensaio 38
3.1.2 Cultivo dos microrganismos 40
3.1.3 Substrato utilizado 40
3.1.4 Seleção dos microrganismos 41
3.1.5 Análise química das rochas 44
vii
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
8
3.1.6 Análise estatística 44
3.2 Grupo de Ensaio II: Influência de Biofertilizantes de Rochas e da
Bactéria Paenibacillus polymyxa no Desenvolvimento de Feijão Caupi (Vigna
unguiculata L. Walp.).
45
3.2.1 Produção dos biofertilizantes fosfatado e potássico 45
3.2.2 Característica do local de realização do bioensaio 45
3.2.3 Substrato utilizado 46
3.2.4 Calagem do solo 46
3.2.5 Características da cultivar 46
3.2.6 Bactérias utilizadas no bioensaio 47
3.2.7 Cultivo dos microrganismos 48
3.2.8 Tratamentos utilizados 48
3.2.9 Plantio e inoculação 50
3.2.10 Colheita e análise química do tecido vegetal 51
3.2.11 Variáveis de crescimento da planta 51
3.2.12 Análises químicas do solo 52
3.2.13 Adsorção de fósforo no solo 53
3.2.14 Análise estatística 54
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 56
4.1 Grupo de Ensaio I - Biossolubilização de Rochas Fosfatadas e Potássica
em Laboratório.
56
4.1.1 Cinética de liberação de potássio (K) 56
4.1.2 Cinética de liberação de fósforo (P) 61
4.2 Grupo de Ensaio II - Influência de Biofertilizantes de Rochas e da
Bactéria P. polymyxa no Desenvolvimento de Feijão Caupi (Vigna unguiculata
L. Walp.).
67
4.2.1 Efeito das Fontes de Fertilizantes nas Propriedades Químicas do Solo 67
4.2.1.1 Características do solo utilizado no bioensaio 67
4.2.1.2 Macronutrientes no solo e capacidade de troca de cátions (CTC) 68
4.2.1.3 Influência do biofertilizante nos valores de pH, alumínio (Al+3
) e fósforo
(P) no solo
70
viii
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
9
4.2.1.4 Capacidade máxima de adsorção de fósforo (P) no solo cultivado com
caupi
73
4.2.1.5. Micronutrientes no solo 74
4.2.2 Efeito das Fontes de Fertilizantes nas Características da Planta 76
4.2.2.1 Teores de macronutriente na matéria seca da parte aérea 76
4.2.2.2 Teores de micronutriente na matéria seca da parte aérea 81
4.2.2.3 Altura de planta, número de folhas e diâmetro do caule 83
4.2.2.4 Acúmulo de matéria seca da parte aérea (MSPA) 85
4.2.2.5 Peso e número de grãos frescos do feijão vigna 86
CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS
FUTUROS
88
5. CONCLUSÕES 90
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 93
7. APÊNDICES 111
ix
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
10
LISTA DE FIGURAS
Pág.
FIGURA 1: Visão geral do bioensaio com Placas de Petri contendo rocha potássica
(a) e rocha fosfatada (b), inoculada e co-inoculada.
43
FIGURA 2: Tratamento representado por inoculação com a bactéria do gênero R.
solanacearum (a) e, o tratamento representado por co-inoculação com as bactérias
dos gêneros A. thiooxidans + C. violaceum (b).
43
FIGURA 3: Inoculação efetuada nas sementes com a bactéria do gênero
Bradyrhizobium japonicum.
50
FIGURA 4: Visão geral do bioensaio após desbastes. 50
FIGURA 5: Curva de liberação de K em pó de rocha potássica representado pelo
tratamento co-inoculado com P. polymyxa + R. solanacearum, em relação ao
tratamento controle (tempo 0, sem inoculação).
60
FIGURA 6: Curva de liberação de P em pó de rocha fosfatada representado pelo
tratamento co-inoculado com P. polymyxa + C. violaceum, em relação ao
tratamento controle (tempo 0, sem inoculação).
63
FIGURA 7: Teor de N na parte aérea do feijão caupi em função dos tratamentos
estudados.
76
FIGURA 8: Teores de P (a) e K (b) na parte aérea do feijão caupi em função dos
tratamentos estudados.
78
FIGURA 9: Teores de Ca (a) e Mg (b) na parte aérea do feijão caupi em função
dos tratamentos estudados.
80
FIGURA 10: Teor de Zn na parte aérea do feijão caupi em relação aos tratamentos
estudados.
81
FIGURA 11: Teor de Fe (a) e Mn (b) na parte aérea do feijão caupi em relação aos
tratamentos estudados.
82
FIGURA 12: Produção de matéria seca (g vaso-1
) da parte aérea do feijão caupi em
relação às fertilizações estudadas.
85
x
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
11
LISTA DE TABELAS
Pág.
TABELA 1: Gêneros dos microrganismos empregados no Grupo de ensaio I com
seus respectivos meios de culturas e procedências.
39
TABELA 2: Gêneros dos microrganismos empregados no Grupo de ensaio II com
seus respectivos meios de culturas e procedências.
47
TABELA 3: Tratamentos com adubações e suas respectivas doses. 49
TABELA 4: Tratamentos de inoculação com a bactéria do gênero P. polymyxa e
suas respectivas doses.
50
TABELA 5: Efeito dos tratamentos inoculados, com um microrganismo, na
solubilização da rocha potássica (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação
(dias).
58
TABELA 6: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na
solubilização da rocha potássica (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação
(dias).
58
TABELA 7: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na
solubilização da rocha potássica (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação
(dias).
59
TABELA 8: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na
solubilização da rocha potássica (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação
(dias).
60
TABELA 9: Efeito dos tratamentos inoculados, com um microrganismo, na
solubilização da rocha fosfatada (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação
(dias).
63
TABELA 10 Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na
solubilização da rocha fosfatada (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação
(dias).
64
TABELA 11: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na
solubilização da rocha fosfatada (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação
(dias).
66
TABELA 12: Características físicas do horizonte A do Argissolo Amarelo 68
xi
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
12
Distrófico utilizado no experimento.
TABELA 13: Características químicas do horizonte A do Argissolo Amarelo
Distrófico utilizado no ensaio.
68
TABELA 14: Efeito dos tratamentos sobre o teor de Ca+2
, Mg+2
, K+ (cmolc kg
-1) e
CTC no solo, aos 75 dias após o plantio.
69
TABELA 15: Efeito dos tratamentos sobre o pH, Al+3
e P do solo, aos 75 dias após
o plantio.
71
TABELA 16: Capacidade máxima de adsorção de P (mg g-1
). 73
TABELA 17: Valores de micronutrientes no solo (mg dm-3
) em função dos
tratamentos estudados.
75
TABELA 18: Altura de planta (cm), número de folhas (planta) e diâmetro do caule
(mm).
84
TABELA 19: Rendimento de peso fresco (g planta-1
) e número de grãos (planta)
de feijão caupi em função dos tratamentos estudados.
87
LISTA DE QUADROS
Pág.
QUADRO 1: Tratamentos (T) inoculados com um microrganismo 41
QUADRO 2: Tratamentos (T) co-inoculados com dois microrganismos 42
xii
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
13
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
FBN Fixação Biológica de Nitrogênio
L. Carlos Lineu - criador da nomenclatura binomial e
da classificação científica
Walp. Wilhelm Gerhard Walpers - autor que classificou a espécie
Vigna unguiculata
FMAs Fungos micorrízicos arbusculares
MSF Microrganismos solubilizadores de fosfatos
BDL 2, 3-butanodiol
RPCPs Rizobactérias promotoras de crescimento de plantas
NPK Fertilizante químico a base de nitrogênio, fósforo e potássio
FPK Fertilizante químico com fósforo e potássio em mistura
RPK Rocha moída fosfatada e potássica em mistura
BPK Biofertilizante de rocha moída fosfatada e potássica em mistura
SFT Fertilizante químico Superfosfato triplo
IPA Instituto Agronômico de Pernambuco
BRS Variedade ou Cultivar de semente de feijão caupi do Rio
Grande do Norte (Potiguar)
MSPA Matéria seca da parte aérea (g)
Mehlich I Solução extratora para fósforo e potássio
CTC Capacidade de Troca de Cátions adsorvidos nas partículas do
solo (cmolc kg-1
)
cmolc dm-3
Centimol de carga por decímetro cúbico
CMAP Capacidade Máxima de Adsorção de fosforo (P) nas partículas
solo
ppm Parte por milhão
rpm Rotação por minuto
xiii
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
14
RESUMO
Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de rochas para
produção de biofertilizantes.
A agricultura atual se baseia no uso intensivo de fertilizantes industrializados, por sua
resposta rápida, porém traz consequências danosas ao ambiente, e faz-se necessário o uso
de insumos modernos. Uma alternativa é o uso de biofertilizantes de rochas na agricultura,
um produto de fácil manuseio, com efeito residual maior e não agride o meio ambiente. O
objetivo do estudo foi avaliar a inoculação e co-inoculação de diferentes microrganismos
na solubilização de fósforo e potássio de rochas moídas avaliando o melhor desempenho
microbiano(s) na produção de biofertilizantes comparando com as rochas puras nas
propriedades químicas do solo e, verificar o efeito da inoculação da bactéria Paenibacillus
polymyxa na absorção dos minerais solubilizados no desenvolvimento do feijão caupi
(Vigna unguiculata [L.] Walp.). O primeiro bioensaio foi conduzido em Laboratório
(UFRN) por 72 dias em Placas de Petri, onde o pó de rocha era acrescido de 10% de
enxofre e inoculados e co-inoculados com suspensão bacteriana de Paenibacillus polymyxa
cultivada em meio caldo triptona de soja, Ralstonia solanacearum em meio Kelman,
Cromobacterium violaceum em meio Luria-Bertani e Acidithiobacillus thiooxidans em
meio Tuovinen e Kelly, e os fungos Penicillium fellutanum e Tricoderma humatum em
meio contendo extrato de malte. A cada 12 dias, amostras eram retiradas a fim de construir
uma curva de liberação dos minerais. O segundo bioensaio foi conduzido em casa de
vegetação da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, onde utilizou-se
10 kg do Argissolo Amarelo Distrófico, por vaso, com adição dos tratamentos super
fosfato simples (SS), cloreto de potássio (KCl), rocha pura, biofertilizantes nas doses 40,
70, 100 e 200% da recomendação para SS e KCl, e uma testemunha, inoculados ou não
com a bactéria P. polymyxa. Foram utilizadas sementes da caupi BRS Potiguar e co-
inoculadas com suspensão bacteriana de Bradyrhizobium japonicum e P. polymyxa. A
primeira colheita foi aos 45 dias de plantio avaliando a matéria seca da parte aérea
(MSPA), teores de macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg,) e micronutrientes (Zn, Fe, Mn) na
MSPA. A segunda colheita aos 75 dias avaliando teores de macro e micronutrientes na
planta e no solo, e a capacidade máxima de adsorção de P (CMAP) no solo. Os resultados
mostraram que houve sinergismo nas co-inoculações com P. polymyxa+R. solanacearum
e, P. polymyxa+C. violaceum com maiores solubilizações de K e P, respectivamente, e
melhor tempo de solubilização aos 36 dias. O pH foi mais reduzido nos biofertilizantes de
maiores doses, e houve melhoras com sua adição para P na maior dose. Houve redução
significativa da CMAP com o aumento da dose do biofertilizante. Houve efeito da
fertilização na absorção, com melhoras para P, K e MSPA com SS+KCL, e N, Ca e Mg
para biofertilizantes. De modo geral, o P. polymyxa não influenciou na absorção dos
elementos na planta. Para Ca e K houve melhoras com SS+KCl, e para Mg com rocha
pura. O fertilizante químico foi significativamente superior para peso e número de grãos,
sem a presença do P. polymyxa. Na presença da bactéria, biofertilizantes e fertilizante
químico apresentaram valores positivos em relação à rocha e testemunha. Os dados
evidenciaram que as rochas e os biofertilizantes podem suprir a necessidade de nutrientes
às plantas revelando-se como potencial para uma agricultura sustentável.
Palavras-chaves: Caupi, rochas, biofertilizantes, co-inoculações, MSFP.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
15
ABSTRACT
Interaction of microorganisms in solubilization phosphorus and potassium of rocks in
the production of biofertilizers.
The present model of agriculture is based on intensive use of industrial inputs, due to its
rapid response, but it brings harmful consequences to the environment, and it is
necessary the use of modern inputs. And an alternative is the use of rock biofertilizers in
agriculture, a product easy to use, with higher residual effect and does not harm the
environment. The objective of study was to evaluate the inoculation and co-inoculation
of different microorganisms in the solubilization of rock phosphate and potash ground
microbial evaluating the best performance in the production of biofertilizers comparing
with rocks pure in soil chemical properties and, verify effect of inoculation of the
bacterium Paenibacillus polymyxa in the absorption of minerals dissolved in the
development of cowpea (Vigna unguiculata [L.] Walp.). The first bioassay was
conducted in Laboratory (UFRN) for 72 days in Petri dishes, where the rock powder
was increased by 10% and sulfur co-inoculated and inoculated with bacterial suspension
of Paenibacillus polymyxa grown in medium tryptone soy broth, Ralstonia
solanacearum in medium Kelman, Cromobacterium violaceum in medium Luria-
Bertani and Acidithiobacillus thiooxidans in medium Tuovinen and Kelly,and fungi
Trichoderma humatum and Penicillium fellutanum in malt extract. Every 12 days,
samples were removed in order to build up the release curve of minerals. The second
bioassay was conducted in a greenhouse of the Agricultural Research Corporation of
Rio Grande do Norte in experimental delineation in randomized block designs, was
used 10 kg of an Yellow Argissolo Dystrophic per pot with the addition of treatments
super phosphate simple (SS), potassium chloride (KCl), pure rock, biofertilizers in
doses 40, 70, 100 and 200% of the recommendation for SS and KCl, and a control, or
not inoculated with bacteria P. polymyxa. Were used seeds of cowpea BRS Potiguar and
co-inoculated with the bacterial suspension of Bradyrhizobium japonicum and P.
polymyxa. The first crop was harvested 45 days after planting, were evaluated in the dry
matter (ADM), macronutrients (N, P, K, Ca, Mg) and micronutrients (Zn, Fe, Mn) in
ADM. And the second at 75 days assessing levels of macro end micronutrients in plants
and soil, and the maximum adsorption capacity of P in soil. The results showed
synergism in co-inoculations with P. polymyxa+R. solanacearum and, P. polymyxa+C.
violaceum solubilizations providing higher P and K, respectively, and better
solubilization time at 36 days. The pH was lower in biofertilizers higher doses, but there
was better with their addition to P at the highest dose. Significant reduction of
maximum adsorption capacity of phosphorus with increasing dose of biofertilizer. For
K and Ca was better with SS+KCl, and Mg to pure rock. There was an effect of
fertilization on the absorption, with better results for P, K and ADM with SS+KCL, and
N, Ca and Mg for biofertilizers. Generally, the P. polymyxa not influence the absorption
of the elements in the plant. In treatments with the uninoculated P. polymyxa chemical
fertilizer had an average significantly higher for weight and number of grains. And in
the presence of the bacteria, biofertilizers and chemical fertilizers had positive values in
relation to rock and control. The data show that the rocks and biofertilizers could meet
the need of nutrients the plants revealed as potential for sustainable agriculture.
Keywords: Cowpe, rocks, biofertilizers, co-inoculations, MSFP.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
16
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
17
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, apesar de sua grande extensão, são relativamente poucas as áreas que
apresentam solos com uma boa condição de fertilidade. A maior parte dos solos
brasileiros necessita de adubos ou corretivos para que suportem o potencial genético
produtivo das culturas. Fundamentados em sistemas produtivistas, a maioria dos
agricultores brasileiros tem usado indiscriminadamente fertilizantes para sustentar
grandes produtividades (Neto e Silva, 2010). Tal prática na agricultura tornou o país
altamente dependente dos insumos agrominerais, seja pela necessidade de fornecimento
externo de matéria-prima, ou pelas elevadas quantidades utilizadas e alto custo,
originando problemas na produção e economia do país (Dalcin, 2008).
Sabe-se que o Fósforo (P), Nitrogênio (N) e o Potássio (K), são os principais
macronutrientes necessários à planta. Na crosta terrestre, o Fósforo é um elemento
pouco abundante, concentrando-se principalmente em jazidas sedimentares, além de
jazidas magmáticas (Chaves e Oba, 2004). Estimativas indicam que as reservas
mundiais de fósforo com atual viabilidade econômica para exploração podem ser
suficientes somente até 2050 (Vance et al., 2003). Logo, é necessário investigar e
estudar a eficiência agronômica de fontes alternativas de fósforo e potássio, visto que a
maioria dos solos agricultáveis do mundo é pobre em pelo menos um nutriente para as
plantas (Baligar et al., 2001).
Fertilizantes solúveis em água, como o superfosfato triplo ou superfosfato
simples, utilizados pelos agricultores de baixa renda, é limitado nos países em
desenvolvimento, principalmente pelo seu custo (Paçô e Oliveira, 2010). Uma
alternativa ecologicamente correta para reposição do solo de nutrientes removidos pela
cultura é o uso de pó de rocha (rochagem), um produto obtido pelo beneficiamento
simples de matérias minerais, disponibilizando os nutrientes para as plantas por um
período mais longo do que o de fertilizantes convencionais (Bezerra et al, 2010).
O uso de rochas moídas na agricultura exerce a função de adubos restituidores
de nutrientes para as culturas, como o feijão caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.), uma
das leguminosas mais consumidas do mundo, e com grande impacto na região Nordeste,
pois é responsável pela geração de emprego e renda no campo, portanto de grande
importância sócio econômica. O feijão caupi é uma das principais fontes de proteínas de
origem vegetal de baixo custo, especialmente para as populações de baixa renda e seu
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
18
cultivo geralmente é praticado predominantemente por pequenos e médios produtores,
porém, com baixo nível tecnológico (Freire Filho et al., 2006). As cultivares de feijão
caupi possuem a vantagem de se beneficiar através da capacidade de fixação biológica
de nitrogênio (FBN) atmosférico em simbiose com as bactérias do gênero Rhizobium e
Bradyrhizobium, fornecendo o nitrogênio necessário para a cultura produzir o
suficiente, reduzindo os gastos com adubos nitrogenados e diminuindo assim, os custos
com a sua produção (Guedes et al., 2010).
Um mecanismo alternativo e promissor para o aumento da produtividade da
cultura é o uso da biotecnologia, especialmente os processos biológicos que acontecem
no sistema solo/planta realizados por microrganismos, constituindo a base sobre a qual a
agricultura agroecológica se sustenta (Aquino e Correia, 2005). A associação de plantas
com microrganismos pode exercer funções importantes na nutrição e sobrevivência da
cultura através de diferentes mecanismos, como por exemplo, o aumento da absorção de
nutrientes contidos na solução do solo (Silva et al., 2007). A utilização da microbiota do
solo com maior capacidade para solubilizar fósforo e potássio de rocha é de grande
importância, sobretudo, na interação com microrganismos fixadores de N2.
O emprego desses microrganismos visando melhoria da produtividade agrícola
será, possivelmente, uma das ferramentas mais promissoras para a agricultura atual no
mundo, sobretudo devido à demanda emergente para a diminuição da dependência de
fertilizantes químicos e a necessidade de desenvolvimento da agricultura sustentável
(Moreira e Siqueira, 2006). Com base no exposto, este trabalho teve como objetivos:
1) Verificar a viabilidade da inoculação e co-inoculação das bactérias Paenibacillus
polymyxa, Ralstonia solanacearum, Cromobacterium violaceum e Acidithiobacillus
thiooxidans e dos fungos Penicillium fellutanum e Tricoderma humatum na
solubilização de fósforo e potássio de rochas moídas, avaliando o melhor tempo de
biossolubilização para produção mais eficiente de biofertilizantes naturais.
2) Comparar o efeito da adubação com fertilizante químico, biofertilizante e rochas
moídas puras nas propriedades químicas do solo e nas características da planta.
3) Verificar a adsorção de fósforo pelo solo provenientes das fertilizações, fazendo
simulações dos resultados através do modelo matemático de Langmuir.
4) Verificar o efeito da inoculação com a bactéria Paenibacillus polymyxa na absorção
dos minerais solubilizados no desenvolvimento da cultura do feijão caupi;
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
19
Para uma melhor compreensão do estudo, a presente Tese foi dividida em
capítulos.
O Capítulo 1 apresenta uma Introdução onde contextualiza a importância do
estudo com seus objetivos;
O Capítulo 2 proporciona uma Revisão de Literatura abordando temas de
relevância para um melhor entendimento do tema da Tese;
O Capítulo 3 descreve o Material e Métodos, detalhadamente, empregados nos
grupos de ensaios realizados, com o propósito de alcançar os objetivos;
O Capítulo 4 apresenta uma redação dos Resultados e Discussão obtidos, na
forma teórica, em figuras e tabelas;
O Capítulo 5 destaca as Conclusões com os pontos de maiores relevâncias
encontrados nos Resultados e Discussão;
O Capítulo 6 apresenta as Referências Bibliográficas citadas ao longo do
presente estudo. E por fim, são apresentados os Apêndices para complementação dos
assuntos abordados no corpo do trabalho.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
20
CAPÍTULO 2
REVISÃO DE LITERATURA
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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2. REVISÃO DE LITERATURA
O presente capítulo aponta os temas de maior importância no estudo, ou seja, a
situação do Brasil e do mundo em relação aos fertilizantes químicos fosfatados e
potássicos, com a possibilidade de ser substituído por um fertilizante natural na
agricultura, a rochagem, e seus efeitos no solo e nutrição da planta, como produto
alternativo aos fertilizantes químicos para uma agricultura sustentável sem agressão ao
meio ambiente. Posteriormente contextualiza o biofertilizante, uma opção para melhorar
a disponibilidade de nutrientes em pós de rocha pela ação dos microrganismos com seus
mecanismos ação em benefício a planta. Em seguida destaca-se a bactéria Paenibacillus
polymyxa por seu potencial biotecnológico e para a cultura do feijão caupi (Vigna
unguiculata) com grande importância para a Região Nordeste.
2.1 Fertilizante Químico
2.1.1 Características e cenário de fertilizante químico no Brasil e no mundo
Desde tempos imemoriais, esterco, restos de plantas e de animais, tortas de
grãos vegetais (resíduo da extração do óleo), farinha de ossos e de conchas, cinzas, entre
outros materiais, são fontes importantes de fertilizantes. É importante ressaltar,
entretanto que a adubação tem duas funções diferentes: fornecer ao solo os nutrientes de
que ele é deficiente, além de adequar as condições físicas de aeração, drenagem e
proliferação de microrganismos (Chaves, 2010).
As plantas precisam de diferentes elementos químicos para suas funções vitais,
são os chamados elementos essenciais para as plantas, os quais se dividem em macro e
micronutrientes. Dentre os chamados macronutrientes, o nitrogênio (N), fósforo (P) e
potássio (K) são essenciais em grandes quantidades para as plantas e o cálcio (Ca),
magnésio (M) e enxofre (S) necessários em doses relativamente elevadas. Os
micronutrientes zinco (Zn), ferro (Fe), manganês (Mn), cobre (Cu), boro (B),
molibdênio (Mo) e cloro (Cl) são necessários em quantidades menores, porém, sabe-se
que desempenham funções essenciais no metabolismo da planta, sem as quais a
produção das culturas é inviabilizada (Resende, 2005). Todos os elementos essenciais
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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para as plantas precisam ser adicionados ao solo e isto é feito através dos adubos. As
matérias-primas para estes produtos são os fertilizantes e umas das vertentes
tecnológicas são os fertilizantes solúveis, que aportam obrigatoriamente N, P e K e,
frequentemente, os demais nutrientes, em formulações preparadas de acordo com as
necessidades do solo que irão adubar. As fontes de fósforo mais comuns são os
fosfatados, e uma das fontes de potássio mais usadas é adicionada na forma de cloreto
de potássio (KCl) (Chaves, 2010).
Características geológicas condicionam o país à necessidade do emprego
maciço de fertilizantes para reposição das quantidades dos elementos vitais retirados do
solo pelos processos de intemperismos durante milhões de anos (Souza e Fonseca,
2009).
A fertilidade natural da maior parte dos solos brasileiros reduz a produção
agrícola, tornando indispensável o uso de fertilizantes para corrigir as insuficiências
nutricionais e aumentar, assim, o rendimento das culturas. Tal prática na agricultura
tornou o país altamente dependente dos fertilizantes, seja pela necessidade de
fornecimento externo de matéria-prima, ou pelas elevadas quantidades utilizadas e
elevado custo, originando problemas na produção e economia do país (Dalcin, 2008).
Em 2008, em torno de 83,8% da produção mundial de rocha fosfática esteve
concentrada em sete países, destacando-se a China, os Estados Unidos, Marrocos,
Rússia, Tunísia, Brasil e Jordânia. Os cinco primeiros são responsáveis por 76,5% do
total de 167 milhões de toneladas de rocha produzidas no mundo. O Brasil ocupou em
2008 a 6.ª colocação dentre os produtores mundiais e manteve relações comerciais
referentes à rocha fosfática e produtos intermediários para fertilizantes com o Marrocos
(68%), Israel (7,6%), Togo (16,7%) e República Federativa da Rússia, Argélia, Estados
Unidos, China e Tunísia juntos com 7,70% de participação (Souza e Fonseca, 2009). As
reservas no país estão concentradas, principalmente, nos Estados de MG (67,9%), GO
(13,8%), SP (6,1%) e o restante nos estados de SC, CE, PE, BA, PB, TO, MA, PI, MS e
RN com possibilidades potenciais verificadas por trabalhos de pesquisa realizados. As
empresas nacionais produzem 80% da necessidade de rocha fosfática, mas não de
fosfato, cuja dependência ainda é hoje de 50% (Souza e Fonseca, 2009).
Com relação ao potássio, o Brasil é grande consumidor e importador de
potássio fertilizante e as reservas estimadas de minério bruto como fontes de cloreto de
potássio comportariam sua exploração até o ano de 2017 (Martins, 2001). Em termos
mundiais, os dois principais países em reservas de sais de potássio são o Canadá
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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(47,5%) e a Rússia (35,5%) e o Brasil ocupa a 11ª colocação no ranking mundial. As
reservas oficiais de sais de potássio no Brasil são da ordem de 14,9 milhões de
toneladas localizadas nos estados de SE (Bacia Sedimentar de Sergipe) e AM (Bacia
Sedimentar do Amazonas-Solimões) (Oliveira, 2012). Embora tenha apresentado
crescimento em 2006, no estado de SE, a produção de cloreto de potássio apresentou
queda em 2007 com produção interna de 10% do consumo interno aparente, sendo o
restante suprido via importação (Rodrigues, 2009), pois em 2008 os principais
fornecedores foram Canadá (33%), o maior produtor mundial, a Bielorússia (29%),
Alemanha (13,0%), Israel (12,0%) e a Rússia (11,0%) (Oliveira, 2012). Uma redução da
demanda de fertilizante artificial nos plantios comerciais, por meio de técnicas
alternativas, trará um grande impacto na economia do Brasil (Aquarone et al., 2002).
As entregas de fertilizantes ao consumidor final encerraram o primeiro
semestre de 2012 com aproximadamente 12 milhões de toneladas, indicando aumento
de 5,6% em relação ao mesmo período de 2011. As importações com 7,8 milhões de
toneladas, contra apenas 208 mil toneladas de exportações de fertilizantes e formulações
químicas a base de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). As condições de déficit de
provisão de fertilizantes comprometem seriamente a competitividade do agronegócio,
na medida em que o Brasil apresenta essa forte dependência externa de insumos
agrominerais (Anda, 2012). Com essa vulnerabilidade dos insumos químicos, faz-se
necessárias fontes alternativas ecologicamente corretas e economicamente sustentáveis
para adubação do solo, como por exemplo, as rochas moídas.
2.2 Fertilizante Natural como Adubo na Agricultura
2.2.1 Rochagem
A tecnologia da rochagem foi primeiramente sugerida por Josué Guimarães e
Vlademir Ilchenko, no Brasil, na década de 1950. Posteriormente, o professor Othon
Leonardos, da Universidade de Brasília, fez diversas pesquisas relacionadas ao tema
sendo considerado como o grande precursor da rochagem no Brasil (Martins e
Theodoro, 2010). Emprestada dos termos agronômicos fosfatagem e calagem,
rochagem é a correção do solo com rochas moídas, também denominada de
“remineralização” (Martins e Theodoro, 2010).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
24
A rochagem tem como sua característica principal a composição
multielementar e a capacidade de solubilização gradual dos nutrientes, o que é
apropriada às condições altamente favoráveis à lixiviação dos minerais, principalmente
em solos tropicais degradados (Van Straaten, 2006; Melamed et al., 2007).
O país dispõe de uma grande distribuição e abundância de rochas silicatadas
em seu território, e estes materiais podem ser obtidos a baixo custo como subproduto de
pedreiras locais (Theodoro e Leonardos, 2006).
A utilização de pós de rochas como produto alternativo na fertilização de solos
veio com o intuito de reduzir o custo de produção das culturas pelo uso de adubos
minerais, pois, são consideradas efetivas, como por exemplo, no suprimento de K,
mesmo quando aplicados in natura (Barbosa, 2011). Partindo da hipótese de que, sendo
o Brasil um país agrícola e bastante dependente do mercado internacional e, que estes
fertilizantes químicos comerciais têm alcançado preços que comprometem o equilíbrio
do setor, o país está na necessidade de encontrar novas rotas tecnológicas que possam
diminuir esta dependência do comércio internacional. Assim, pesquisas vêm sendo
feitas em função de buscar alternativas ao uso de fertilizantes químicos solúveis em
virtude dos atuais aumentos dos custos de obtenção destes insumos e dos impactos
ambientais causados pelo emprego permanente de produtos a base de NPK (Theodoro e
Leonardos, 2006).
A técnica da rochagem baseia-se no uso de rochas moídas ricas em micro e
macronutrientes como forma de melhorar os níveis de fertilidade dos solos, uma vez
que o Brasil é possuidor de grande geodiversidade podendo viabilizar o uso de
diferentes tipos de rochas em diferentes regiões para alcançar padrões de fertilidade
compatíveis as suas necessidades e facilitar mecanismos de desenvolvimento regional,
dentro de padrões do ponto de vista ambiental, sustentável e econômico (Martins e
Theodoro, 2010).
2.2.2 Efeito da rochagem no solo, nutrição e desenvolvimento das culturas
A nutrição de plantas tem papel decisivo no século XXI, especialmente nos
países em desenvolvimento, como o Brasil, podendo considerar como pontos
fundamentais de estudo o diagnóstico da deficiência e de nutrientes nas culturas, a
correção dos solos improdutivos com uma quantidade mínima de fertilizantes e o
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
25
desenvolvimento de cultivares com alta eficiência de utilização de nutrientes dos solos
(Dalcin, 2008).
O uso do pó de rocha (rochagem) é uma alternativa ecológica para reposição de
nutrientes ao solo removidos pela cultura (Bezerra et al., 2010), pois a agricultura
moderna exige o uso de fertilizantes e corretivos com a finalidade de proporcionar
acréscimo na produção de alimentos, tendo em vista critérios econômicos, porém,
mantendo a fertilidade do solo (Raij, 1986).
A aplicação de pó de rocha como fertilizante em ambientes tropicais
comparados a ambientes de clima temperado possui vantagens como reação entre
superfícies minerais e a solução do solo, que são intensificadas em função da
temperatura e da umidade (Van Straaten, 2006).
A utilização do pó de rocha, por proporcionar um melhor desenvolvimento das
plantas cultivadas, aumenta a quantidade e qualidade de húmus produzido pela planta,
além de aumentar a atividade dos microrganismos, o controle da erosão do solo e a
matéria orgânica do solo, contribuindo na resistência das plantas à ação das pragas,
doenças, secas e geadas, devido à melhoria do seu estado nutricional. O pó de rocha
também proporciona uma diminuição da dependência de fertilizantes químicos
convencionais, pesticidas e herbicidas, cuja produção requer um elevado consumo de
energia (Melamed et al., 2007; Cola e Simão, 2012).
Algumas vantagens da utilização dos pós de rochas são a correção do pH do
solo, a redução da adsorção de fósforo devido a riqueza em silicatos, o efeito residual
prolongado, ou seja aumento da reserva nutricional do solo por um período maior do
que o dos fertilizantes convencionais, sem perdas por lixiviação, aumentando, assim a
produção (Harley e Gilkes, 2000; Hinsinger et al., 2001). Porém, segundo Ferreira et al.
(2009), apesar do aumento da utilização de rochas naturais moídas na agricultura, ainda
são raros os estudos com base científica que avaliaram o efeito destas no
desenvolvimento de plantas cultivadas.
Das rochas moídas de uso mais comum na agricultura, destacam-se os fosfatos
naturais e as calcárias, originários de rochas sedimentares, pois são mais
intemperizados, sendo assim, mais aceitos como fertilizantes e corretivos na agricultura,
além das rochas ígneas e metamórficas, frequentemente ricas em K, Ca e Mg, bem
como pela presença de micronutrientes, mesmo em menor quantidade (Leonardos et al.,
1987; Knapik, 2005).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
26
2.3 Biofertilizantes para uma Agricultura Sustentável
De acordo com a lei Lei 6.894 (Brasil, 1980), biofertilizante é um produto que
contenha princípio ativo apto a melhorar, direta ou indiretamente, o desenvolvimento
das plantas.
Conforme Andrade e Nogueira (2005) a potência biológica de um
biofertilizante é expressa pela grande quantidade de microrganismos existentes,
responsáveis pela liberação de metabólitos.
Vessey (2003) propôs em seu estudo que o termo biofertilizante fosse definido
como uma substância que contém microrganismos vivos que, quando aplicado à
superfície das sementes, das plantas ou do solo, colonizaria a rizosfera (Luster et al.,
2009) ou o interior da planta e promoveria o crescimento através do aumento da
disponibilidade e do fornecimento dos principais nutrientes para a planta hospedeira
(Algam, et al., 2010).
Segundo Medeiros et al. (2003), os biofertilizantes possuem compostos
bioativos, resultado da biodigestão de compostos orgânicos de origem animal e vegetal,
onde podem ser encontradas células vivas ou latentes de microrganismos aeróbio,
anaeróbio e fermentação (bactérias, fungos e algas), quelatos organominerais e
metabólitos, incluindo proteínas, antibióticos, vitaminas, toxinas, fenóis, ésteres e
ácidos, inclusive de ação fitohormonal, produzidos e liberados pelos microrganismos,
além de enzimas. Essas enzimas podem continuar ativas por longo tempo no solo,
desempenhando sua atividade de acordo com sua especificidade. Essa longa viabilidade
se deve ao fato delas interagirem com as superfícies carregadas dos colóides do solo,
orgânicos e minerais, permanecendo protegidas da ação de proteases e mantendo sua
capacidade catalítica (Andrade e Nogueira, 2005). A ação antibiótica e indução de
resistência sistêmica da planta são, provavelmente, os principais mecanismos de ação
dos biofertilizantes sobre as pragas (D’Andrea e Medeiros, 2002; Abdlwareth, et al.,
2012).
Embora o teor de nutrientes dos biofertilizantes contenha apenas 10 ou 20%
dos nutrientes encontrados nos fertilizantes químicos existentes, esses adubos são de
fundamental importância para agricultura, visto que atuam nos mecanismos físicos,
químicos e biológicos do solo, dependendo da forma e quantidade utilizada (Yamada,
1995).
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Com a necessidade iminente de uma agricultura mais sustentável e menos
agressiva ao meio ambiente, devido a uma série de transtornos ambientais causados pela
agricultura convencional, como a poluição de solos e dos recursos hídricos, os
processos mediados pelos microrganismos torna-se essenciais na preservação e na
conservação dos recursos naturais (Figueiredo et al., 2008).
2.4 Solo, Interações entre Microrganismos e a Planta
O solo não é simplesmente uma massa de detritos inertes, resultante do
intemperismo físico e químico das rochas e dos restos vegetais e animais pelos
processos da atmosfera, mas sim, uma massa prolífica e cheia de vida, sendo desta
forma um sistema complexo e dinâmico, onde fatores de natureza física, química e
biológica interagem continuamente, sob a influência dos diversos fatores climáticos
(Araújo e Monteiro, 2007). É um material heterogêneo, contendo fases sólida, líquida e
gasosa, na qual todas essas fases interagem com os nutrientes minerais. As partículas
inorgânicas da fase sólida fornecem um reservatório dos elementos potássio, cálcio,
magnésio e ferro, e compostos orgânicos constituídos de nitrogênio, fósforo e enxofre,
dentre outros elementos. A fase líquida do solo, a solução do solo, serve como meio
para o movimento de íons minerais até a superfície da raiz. Gases como oxigênio,
dióxido de carbono e nitrogênio estão dissolvidos na solução de solo, e as raízes fazem
as trocas gasosas com o solo (Reichardt e Timm, 2004). A solução do solo possui
composição variável causado por uma série de processos dinâmicos entre as fases
sólidas e líquidas, à absorção de nutrientes pelas raízes e subsequente transporte para a
parte aérea da planta. Se a velocidade com que um nutriente passa da fase sólida do solo
(partículas) para líquida (solução do solo) for pequena, em relação à absorção e
necessidade da planta, provocará uma deficiência nutricional (Reichardt e Timm, 2004).
Solos de regiões tropicais, além da deficiência mineral generalizada,
apresentam grande capacidade de fixação de fosfato (precipitação e adsorção), pois
tornam-se mais eletropositivos em profundidade, com maior capacidade de adsorver
ânions, como os fosfatos. Nesses solos, que são altamente intemperizados, predominam
os minerais de argila 1:1, como a caulinita e os óxidos de Fe (hematita e goethita) e Al
(gibbsita) com elevada afinidade para adsorção do P (Souza et al., 2006; Zoz et al.,
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
28
2009). Tal comportamento pode ser conferido ao bloqueio das cargas livres de adsorção
de fósforo no solo pelo fósforo adicionado com o fertilizante, onde os fosfatos se ligam
às cargas positivas de óxidos de Fe e Al das partículas do solo (Sheng-Li et al., 2008).
A intensidade desse fenômeno é influenciada pela natureza e quantidade dos
sítios de adsorção, os quais variam com fatores intrínsecos e extrínsecos ao próprio solo,
como textura, pH, balanço de cargas, matéria orgânica, tipo de ácidos orgânicos e a
atividade microbiana do solo, além da própria mineralogia (Souza et al., 2006; Zoz et
al., 2009).
A disponibilidade de nutrientes pelas plantas é influenciada pelas propriedades
físicas, químicas e biológicas do solo e o pH do solo é uma das propriedades químicas
mais importantes na determinação da disponibilidade de nutrientes para as plantas. Tal
disponibilidade dos micronutrientes aumenta com a diminuição do pH do solo para os
elementos Fe, Cu, Zn e Mn (Fageria, 1998; Kirkby e Römheld, 2007; Hirata e Filho,
2011).
O interesse da aplicação de microrganismos neste campo de estudo tem
aumentado à medida que se descobre que eles exercem funções importantes à planta. Do
ponto de vista biológico, o solo consiste em um ecossistema diversificado no qual as
raízes das plantas e os microrganismos competem fortemente pelos nutrientes minerais.
Apesar dessa competição, as raízes e os microrganismos podem formar alianças
(simbioses) para benefício mútuo (Taiz e Zeiger, 2009). Os microrganismos são
componentes importantes no sistema solo-planta, onde estão envolvidos em uma rede de
interações que afetam o desenvolvimento das culturas (Barea et al., 2005; Vassilev et
al., 2006). A relevância dessa biota para o ecossistema é redundância, uma vez que suas
funções envolvem desde a preservação de água até o sequestro de substâncias tóxicas,
com reflexos para o ambiente e as culturas (Silveira e Freitas, 2007). Os
microrganismos participam dos ciclos biogeoquímicos do carbono, nitrogênio, fósforo e
enxofre, e contribui com os processos ligados à cadeia trófica, intrínseco a fertilidade do
solo e a produtividade das culturas (Scheunert, 1994; Hirata e Filho, 2011). A relação
entre a microbiota e a qualidade ambiental é bastante estreita (Silveira e Freitas, 2007).
O processo de imobilização provenientes dos microrganismos representa
quantidades apreciáveis de nutrientes, como N, P, K e Ca, em sua biomassa, que são
posteriormente disponíveis aos vegetais. A biomassa microbiana é reciclada cerca de 10
vezes mais rapidamente que a fração orgânica morta do solo, logo, a quantidade de
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
29
nutrientes presentes nas células dos microrganismos é bastante significativa diante da
ciclagem de nutrientes em todo o ecossistema (Andreola e Fernandes, 2007).
As relações ecológicas das diferentes populações de microrganismos no solo
são difíceis de serem caracterizadas. Nos ecossistemas naturais a diversidade e o
número de microrganismos na comunidade apresentam pequenas oscilações, resultantes
das alterações ambientais. Por causa destas oscilações, o equilíbrio microbiológico nos
solos tem sido considerado como equilíbrio dinâmico (Cardoso, 1992; Nahas et al.,
2009). A inoculação de microrganismos benéficos constitui melhoras no
desenvolvimento das plantas (Caravaca et al., 2002; Hayat et al., 2010), controle de
fitopatôgeno (Abdlwareth, et al., 2012), além de favorecer seu estabelecimento frente a
condições adversas, como salinidade (Giri e Mukerji, 2004). Contribui no
desenvolvimento da planta (Hayat et al., 2010), da biomassa da parte aérea, do caule, da
raiz e na formação de pêlos radiculares e foliares da planta e na lignificação de vasos do
xilema (Pillay e Nowak, 1997). Dentre os grupos de microrganismos com comprovado
potencial ao benefício das plantas, têm-se as bactérias do gênero rizóbio (Silva et al.,
2006, 2007), fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) (Silva, 2003) e bactérias
solubilizadoras de fosfato e potássio (Stamford et al., 2006, 2008).
2.4.1 Microrganismos solubilizadores e seus mecanismos em benefício das culturas
Os microrganismos constituem o principal componente da biodiversidade nos
agroecossistemas, mas são necessários avanços tecnológicos apropriados para
quantificar esta diversidade. Os avanços no conhecimento vêm precedidos normalmente
de alguma inovação tecnológica que permite medir e ou observar algo novo. Por outro
lado, sabe-se que nos solos tropicais existe grande diversidade de microrganismos e
muitos ainda são totalmente desconhecidos. É preciso conhecer e estudar essa
diversidade para utilizá-la adequadamente e preservá-la (Figueiredo et al., 2008; Hirata
e Filho, 2011).
Segundo Silva Filho et al. (2002), populações de microrganismos
solubilizadores de fosfatos (MSF) existentes nos solos estão entre 104 e 10
7 g
-1 de solo,
podendo variar de acordo com o local e o método de avaliação, e na ordem de 106 g
-1 de
solo da rizosfera de diversas leguminosas. A eficiência da solubilização pode diferenciar
entre gêneros e famílias de microrganismos, em muitos casos a eficiência dos fungos é
mais evidenciada que as bactérias, embora estas sejam encontradas em maior número
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
30
(Eira, 1992). Dentre os diferentes grupos de microrganismos do solo que possuem
potencial na biossolubilização de nutrientes, destacam-se as bactérias dos gêneros
Rhizobium (Sridevi e Mallaiah, 2009), Paenibacillus (Lal e Tabacchioni, 2009; Wang
et al., 2012), Bacillus (Silva Filho e Vidor, 2001), e entre os fungos os Aspergillus e
Penicillium (Lopes-Assad et al., 2006; Souchie e Abboud, 2007; Lian et al., 2008).
Wang et al. (2012) em seu trabalho com Paenibacillus polymyxa e
Paenibacillus macerans constataram que esses microrganismos poderiam, diretamente,
aumentar a disponibilidade de P no solo para as raízes das plantas e, indiretamente,
melhorar a captação do elemento aos fungos micorrízicos arbusculares,.
Lopes-Assad et al. (2006) avaliou em seu trabalho o processo de
biossolubilização de minerais, a partir da ação de Aspergillus niger em dois pós de
rochas silicáticas contendo minerais ricos em potássio e observou que a acidificação do
meio promovida pelo fungo aumentou a solubilização de K. Souchie e Abboud (2007)
em seu trabalho objetivando isolar e identificar fungos e bactérias solubilizadores P,
também observaram que isolados de Aspergillus e Penicillium apresentaram maior
habilidade em solubilizar P de Araxá pelo abaixamento do pH.
Sridevi e Mallaiah (2009) estudando quarenta e seis isolados de Rhizobium de
raízes de leguminosas observaram habilidades nesses microrganismos em solubilizar
fósforo e que este fato, poderia ser utilizado para se compreender o mecanismo de
aquisição de fosfato em plantas hospedeiras, a partir do qual eles foram isolados.
Os microrganismos apresentam uma grande diversidade genética e realizam
funções únicas e essenciais na manutenção de ecossistemas, como componentes
fundamentais de cadeias alimentares, reciclagem de nutrientes e nos diversos ciclos
biogeoquímicos existentes (Leite, 2009). A biodegradação é um processo considerado
complexo e multifacetado, envolvendo um grande número e diferentes espécies
microbianas. A completa degradação de um composto orgânico para CO2 e outros
minerais é resultado das atividades microbiana, tanto individual como sob a forma de
consórcios (Sun et al., 2004). Segundo estudos realizados por Andrade e Nogueira
(2005) o CO2 produzido é convertido em ácido carbônico (H2CO3) que atua na
dissolução dos minerais, contribuindo ainda mais para a formação do solo.
Os grupos funcionais, ou consórcios, são grupos de populações microbianas
com metabolismos semelhantes e processo fisiológico complementares, que participam
de um mesmo processo de transformação de um dado nutriente no solo, onde uma
mesma população pode participar da etapa de um ou mais ciclos biogeoquímico
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
31
(Andrade e Nogueira, 2005; Hirata e Filho, 2011). As interações microbianas possuem
grande importância ecológica para a manutenção da vida no planeta e,
consequentemente, no solo, já que este é parte de um todo, pois muitos minerais estão
em formas pouco solúveis e essa biota atua na disponibilização dos elementos
essenciais para o crescimento da planta, como o fósforo e o potássio (Silva Filho et al.,
2002; Alves et al., 2010). Essa disponibilização se dá por meio de vários mecanismos
como a produção de ácidos orgânicos, tais como o málico, láctico, fórmico, acético,
oxálico, tartárico e cítrico, ácidos inorgânicos e/ou diminuição do pH (Narloch, 2002;
Lopes-Assad et al., 2006; Hayat et al., 2010).
Vários outros mecanismos têm influências benéficas nas plantas (Cola e
Simão, 2012), entre eles a assimilação microbiana do K solúvel com posterior liberação
para o solo (Harley e Gilkes, 2000), além do cálcio e ferro que ao absorvê-los
acompanhados dos fosfatos, tornam o fósforo disponível (Narloch, 2002; Hayat et al.,
2010). A mineralização é outro processo usado pelos microrganismos para
disponibilização do P, onde compostos orgânicos contendo P, entre outros minerais, os
tornam assimiláveis as plantas por meio de atividades enzimáticas específicas (Nahas et
al., 1982). Segundo Goldstein (1986), existe ainda o efeito genético na contribuição da
biossolubilização, que auxilia no acesso aos minerais disponíveis no meio ambiente. No
entanto, Narloch (2002) nega a possibilidade de que um gene ou grupo de genes, esteja
envolvido nessa solubilização, nem que seja comum a todos os microrganismos
solubilizadores.
2.5 O Paenibacillus polymyxa
O gênero Paenibacillus, antes chamados de Bacillus, foi estudado e
denominado por Ash et al. (1991), porém, são intitulados atualmente de Paenibacillus
polymyxa. Entretanto é também conhecida como Aerobacillus polymyxa, Granulobacter
polymyxa, Clostridium polymyxa (Mariotto, 2007).
Compreende mais de 30 espécies anaeróbios facultativos e formador de
endósporos (Lal e Tabacchioni, 2009). Conforme estudos realizados por He et al.
(2007), o P. polymyxa é uma bactéria Gram-positiva, aeróbia e classificada como
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
32
rizobactérias promotora de crescimento de plantas, sendo um microrganismo não
patógeno (Lal e Tabacchioni, 2009).
Pertencem ao gênero Bacillus as bactérias produtoras de endosporos, com
células em bastonete, aeróbias ou aeróbias facultativas, não crescem a 45ºC nem em
meio a pH 3.0 (Freitas, 1994).
Bactérias que crescem próximo às raízes e são estimuladas pelos exsudatos
radiculares e que têm a capacidade de promover o crescimento vegetal através de
diferentes mecanismos, quando inoculadas nas sementes ou no solo, são chamadas
rizobactérias. Podem também apresentar efeito sinergístico com a fixação simbiótica do
nitrogênio, no caso das leguminosas (Cattelan,1995; Hayat et al., 2010).
Uma bactéria pode estimular o crescimento da planta por um ou mais
mecanismos, e também usar diferentes habilidades para promoção do crescimento em
vários momentos do ciclo de vida do vegetal (Hayat et al. 2010; Ahmad et al., 2008) A
promoção do crecimento da planta por rizobactéria pode ocorrer por mecanismos
diretos ou indiretos. Por mecanismos diretos, promovido na ausência de
microrganismos patogênicos (Luz, 1996), tem-se fixação de nitrogênio, produção de
fitohormônio, aumento da disponibilidade de ferro, solubilização de fósforo, etc. (Hayat
et al. 2010). Por mecanismos indiretos, o crescimento é estimulado por um ou vários
mecanismos para o controle de microrganismos patogênicos (Timmusk et al. 2009),
podendo destacar antibioses, indução de resistência, competição por nutrientes,
predatismo e parasitismo, entre outros (Hayat et al. 2010). O P.polymyxa produz
substâncias antagonistas para controle de vários patógenos do solo em casa de
vegetação e no campo (Li et al., 2010; Li et al., 2011).
Durante as duas últimas décadas, tem havido um crescente interesse pelo P.
polymyxa por sua importância ecológica e biotecnológica. Apesar de sua limitada
informação genômica, essa bactéria apresenta uma grande variedade de características,
incluindo, solubilização de fósforo no solo, produção de exopolissacarídeos, proteínas,
enzimas hidrolíticas, antibióticos como bacitracina, polimixina, tirocidina, gramicidina e
circulina (Luerce, 2002). Outras aplicações incluem produção de sideróforos, auxina,
giberelinas, β-glucano, lectina, floculantes, compostos fenólicos, proteases, quitinase,
enzima fibrinolítica, produção dos aromas 2, 3-butanodiol (BDL) e acetoína, forma
biofilme, biossorção de metais pesados, são fixadores do nitrogênio atmosférico, além
de possuir antagonismo contra espécies de Vibrio (Lal e Tabacchioni, 2009).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
33
Segundo Uroz et al. (2009), plantas e microrganismos estão envolvidos na
solubilização de minerais colonizando suas superfícies, especialmente poros e fendas.
Deo e Natarajan (1999) pesquisaram o comportamento dos polissacarídeos
extracelulares e proteínas de células de B. polymyxa na presença dos minerais de
hematita, calcita, coríndon e quartzo, onde observaram que a interação da bactéria com
os minerais levou a modificações significativas na superfície dos mesmos. O quartzo
tornou-se mais hidrofóbico, enquanto calcita, hematita e coríndon apresentaram- se mais
hidrofílicos. Tais modificações foram atribuídas à maior afinidade dos minerais pelas
moléculas presentes na parede celular.
Segundo Mankad e Nauman (1992) o P. polymyxa excreta ainda etanol,
diacetil, acetato de etila, ácido láctico, acético, acetona e ácido fórmico como produtos
da fermentação de glicose.
O conhecimento do mecanismo de ação das rizobactérias promotoras de
crescimento de plantas (RPCPs) decidirá a melhor utilização dos seus efeitos benéficos,
em cada interação planta-bactéria. Uma vez que o modo de ação e a ocorrência do
benefício variam com a espécie de planta e/ou bactéria, sendo vital conhecer o
mecanismo dessas interações nas condições brasileiras, pois é o conhecimento dos
processos e a aplicação de técnicas que resultam em uma utilização mais eficiente de
insumos (Freitas, 1994). Uma vez que, o principal uso de microrganismos endofíticos
no futuro seja derivado não da manipulação genética pela tecnologia do DNA
recombinante, mas sim da extração de compostos deles derivados, como os metabólitos
que podem ser empregados na agricultura por meio de inoculantes, produção de
biofertilizantes, podendo proteger e maximizar o desenvolvimento das plantas
(Azevedo, 1998; Algam, et al., 2010).
O P. polymyxa tem atraído considerável interesse devido ao seu grande
potencial biotecnológico em diferentes processos industriais e na utilização para uma
agricultura sustentável. Sendo considerada uma das mais significativas bactérias
anaeróbias facultativa utilizadas industrialmente. É uma espécie que habita diferentes
nichos como o solo, rizosfera e o rizoplano de gramíneas, como trigo, milho, sorgo e
cana-de-açúcar, sedimentos marinhos, além de ser também um endofítico em uma gama
de plantas hospedeiras (Santos et al., 2002; Lal e Tabacchioni, 2009).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
34
2.6 A Cultura do Feijão Caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.)
2.6.1 Características
O feijão caupi apresenta-se por vários nomes vulgares, como feijão-de-corda e
feijão macassar na região Nordeste, feijão-da-estrada e feijão-de-praia no Norte, feijão-
miúdo na região Sul (Freire Filho et al., 1983), feijão-catador e feijão gerutuba em
algumas regiões do estado da Bahia e Norte de Minas Gerais, além de feijão fradinho no
estado do Rio de Janeiro. É uma planta Dicotyledonea, pertencente a ordem Fabales,
família Fabaceae, subfamília Faboideae, tribo Phaseoleae, subtribo Phaseolinea,
gênero Vigna, secção Catiang e espécie Vigna unguiculata (L.) Walp. (Padulosi e Ng,
1997).
Ao contrário do feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) e de outras
leguminosas, o caupi adapta-se relativamente bem a uma ampla faixa de clima e solo
(Pinho et al., 2005) e, por apresentar elevada capacidade de fixação biológica de
nitrogênio atmosférico, adapta-se bem a solos de baixa fertilidade nas mais diversas
condições de manejos culturais. Tolerante a altas temperaturas, na faixa de 18°C a
34°C, e à estação seca, o feijão caupi possui boas condições para adaptação e expansão
de áreas exploradas (Ehlers e Hall, 1997; Guedes et al., 2010).
Com base em estudos realizados por Melo (1999) quase toda a produção do
caupi vem do plantio em regime de sequeiro, onde tem expressiva área cultivada no
Brasil. Nos cultivos irrigados, mais perto dos grandes centros, boa parte de sua
produção destina-se ao consumo na forma de feijão verde e vagens como hortaliça
sendo também utilizada na produção de ramos e folhas para alimentação animal
(Oliveira e Carvalho, 1998). Em sistemas familiares de produção, os agricultores
empregam princípios de utilização sustentável dos recursos naturais a partir de plantio
em consórcios (Silva et al., 2011). Devido à sua rusticidade, rapidez e baixo custo de
produção, o caupi é estrategicamente cultivado em lugar de outras culturas nos períodos
de estiagens prolongadas para a produção de grãos secos, assegurando altos retornos
econômicos na sua exploração (Melo, 1999).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
35
2.6.2. Cenário e importância sócio-econômica
Estimativas recentes mostram que a fixação biológica de nitrogênio pode
representar uma economia da ordem de US$ 13 milhões, somente para a região
Nordeste do Brasil (Rumjanek et al., 2005). O feijão caupi é uma das leguminosas mais
consumidas do mundo e responsável pela geração de emprego e renda no campo,
portanto de grande importância sócio econômica. Em 2011 foram colhidos no Brasil
em torno de 1,6 milhão de hectares, com produção de 822 mil toneladas, média de 525
kg/ha. A maior produção concentra-se no Nordeste, com 84% da área plantada e 68% da
produção nacional. A cultura do caupi mantém a cada ano no país 1,2 milhão de
empregos diretos (EMBRAPA, 2013).
O feijão caupi está presente em 65 países de diferentes continentes, na Ásia e
Oceania, sudeste da Europa, sudeste dos EUA, África, America Central e do Sul,
(Singh, 2002). No Brasil é mais consumido especialmente na região Nordeste, graças a
forte influência da cultura africana desde o século XVII. Ainda hoje a África possui a
maior área plantada de caupi no mundo, com quase 9.000.000 de hectares (Cravo e
Souza, 2007). A maior produção concentrar-se na região Nordeste e, o caupi, em maior
ou menor escala, é cultivado em todas as regiões do país onde os principais estados
produtores são Ceará, Piauí e Bahia, e na região Norte nos estados do Pará e Rondônia.
A melhor prova de sua importância é que foi uma das poucas espécies escolhidas pela
National Aeronautical and Space Administration (NASA) para ser cultivada e estudada
nas estações espaciais (Ehlers e Hall, 1997).
O caupi, com relação a outras culturas, possui uma ampla variabilidade
genética, no qual o torna bastante versátil para praticamente todos os caracteres de
interesse agronômico (Nascimento et al., 2012). Além de sua ampla capacidade de
adaptação e elevado potencial produtivo, é uma excelente fonte de proteínas (24% em
média) de origem vegetal de baixo custo, especialmente para as populações de baixa
renda (Freire Filho, 2005; Guedes et al., 2010), apresentando todos os aminoácidos
essenciais. Possui em torno de 62% de carboidratos, vitaminas, minerais, bem como
grande quantidade de fibras dietéticas, baixa quantidade de gordura (teor de óleo 2%,
em média) e não contém colesterol (Andrade Junior et al., 2003). Seu valor nutricional é
superior ao do feijão comum (Phaseolus vulgaris L.), haja vista possuir maior conteúdo
de metionina, cisteína e triptofano, apresentando, portanto, uma proteína de melhor
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
36
qualidade (Oliveira e Carvalho, 1998). É uma leguminosa que se beneficia do
Nitrogênio atmosférico através da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium,
Bradyrhizobium e Sinorhizobium, denominados genericamente de rizóbios (Vargas e
Hungria, 1997; Soares et al., 2006), processo conhecido como Fixação Biológica de
Nitrogênio (FBN). É uma espécie estratégica podendo associar-se com microrganismos
do solo, um dos mecanismos alternativo para o melhoramento de plantas, apresentando
simbiose com bactéria do gênero rizóbio e com os fungos micorrízicos proporcionando
grande capacidade de exploração do solo, que é de fundamental importância tanto para
o equilíbrio biológico como para a reciclagem de nutriente, equilibrando o estado
nutricional das plantas (Ambrosano et al., 2000; Hayat et al., 2010).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
37
CAPÍTULO 3
MATERIAL E MÉTODOS
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
38
3. MATERIAL E MÉTODOS
Foram realizados dois grupos de ensaios, onde o primeiro objetivou estudar,
em laboratório, a solubilização de rochas fosfatada e potássica por diferentes
microrganismos, avaliando a capacidade solubilizadora de forma isolada, com um
microrganismo e de forma consorciada, com dois microrganismos, para produção mais
eficiente de biofertilizantes. O segundo grupo de ensaio avalia os efeitos da aplicação
dos biofertilizantes produzidos, com os microrganismos que obtiveram melhores
desempenhos na solubilização de fósforo e potássio das rochas, nas propriedades
químicas do solo e da planta de feijão caupi (Vigna unguiculata L. Walp.) em relação
aos fertilizantes químicos comerciais e às rochas moídas puras.
3.1 Grupo de Ensaio I: Biossolubilização de Rochas Fosfatadas e Potássica em
Laboratório.
O primeiro grupo de ensaio foi realizado no Laboratório de Engenharia
Bioquímica (LEB) do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
3.1.1 Bactérias e fungos utilizados no ensaio
As estirpes utilizadas no presente estudo foram obtidas de diferentes coleções e
estão listadas na Tabela 1.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
39
Tabela 1: Gêneros dos microrganismos empregados no Grupo de ensaio I com seus
respectivos meios de culturas e procedências.
Gêneros das bactérias e fungos Código de acesso Procedência
Paenibacillus polymyxa
TSB (Caldo triptona de soja)
(Silva et al., 2007)
421
Laboratório de Fisiologia
Bacteriana- Instituto Oswaldo
Cruz/ FIOCRUZ.
Dr. Leon Rabinovitch.
Acidithiobacillus thiooxidans
TK (Tuovinen e Kelly, 1973)
-------
Laboratório de Microbiologia
(UFRPE).
Dr. Newton Pereira Stamford.
Ralstonia solanacearum
(Kelman, 1954)
381
EMBRAPA Hortaliças
(CNPH).
Dr. Carlos Lopes.
Cromobacterium violaceum
(Luria-Bertani) (Sambrook e
Russel, 2001)
------
Laboratório de Biologia
Molecular e Genômica
(UFRN).
Dra. Silva Regina Batistuzzo.
Penicillium fellutanum
Extrato de malte + peptona +
glicose (Silva e Prata, 2005)
4229
Coleção de cultura de fungos
do Instituto Oswaldo Cruz/
FIOCRUZ.
Dra. Maria Inez de M. Sarquis.
Trichoderma humatum
Extrato de malte (Rifai, 1969)
3861
Coleção de cultura de fungos
do Instituto Oswaldo Cruz/
FIOCRUZ.
Dra. Maria Inez de M. Sarquis.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
40
3.1.2 Cultivo dos microrganismos
A estirpe do gênero P. polymyxa foi cultivada em meio TSA (Ágar triptona de
soja), a temperatura de 32 ºC, pH 7.0, por um período de 3 a 4 dias e, posteriormente,
cultivada em meio TSB (Caldo triptona de soja) em incubador rotativo a 150 rpm por
48h, segundo Silva et al. (2007). A bactéria A. thiooxidans foi cultivada em meio
líquido T&K (Tuovinen e Kelly, 1973) a uma temperatura de 30 °C, pH 4.5, por um
período de 15-20 dias em incubador rotativo a 170 rpm e, posteriormente, mantidas em
geladeira por um período máximo de 60 dias. Em relação à bactéria R. solanacearum
empregou-se a metodologia descrita por Kelman (1954) na qual foi cultivada a uma
temperatura de 33 °C, pH 7.0, por um período de 3 dias e, logo após, incubada em
incubador rotativo a 150 rpm sob a mesma temperatura. Enquanto a estirpe de C.
violaceum foi cultivada em meio Luria-Bertani (LB) em incubador rotativo a 170 rpm
por um período de 48 horas, a uma temperatura de 30 ºC e pH 7.0 (Sambrook e Russel,
2001). O fungo P. fellutanum foi cultivado em meio com extrato de malte (2% extrato
de malte, 0,1% peptona, 2% glicose) de acordo com Silva e Prata (2005) e, o fungo T.
humatum cultivado em meio com 2% extrato de malte, segundo Rifai (1969). Ambos os
fungos foram incubados em incubador rotativo a 150 rpm, a uma temperatura de 30 ºC e
pH 5.0, por um período de 3 a 5 dias. Todos os microrganismos foram multiplicados
até chegaram à fase estacionária.
A Composição dos meios de culturas dos microrganismos utilizados no
trabalho de Tese encontram-se no Apêndice 1.
3.1.3 Substrato utilizado
O substrato utilizado foi à rocha com potássio da Região de Santa Luzia no
estado da Paraíba, que possui 17,7% de potássio (K2O) total, com granulometria em
torno de 0,002 e 0,05 mm (Cola e Simão, 2012), e a rocha com fósforo do estado do
Paraná, com 12% de (P2O2) total e granulometria variando de 0,002 a 0,2 mm (Bioland,
2012). As análises químicas das rochas puras foram realizadas na EMPARN, conforme
a metodologia da EMBRAPA (1999).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
41
3.1.4 Seleção dos microrganismos
Para testar a eficiência dos microrganismos na solubilização das rochas
fosfatada e potássica, os tratamentos foram representados por inoculações isoladas (com
apenas um microrganismo) e co-inoculações (com dois microrganismos) com todas as
combinações possíveis dois a dois, conforme Quadros 1 e 2, respectivamente.
Quadro 1: Tratamentos (T) inoculados com um microrganismo
Tratamentos inoculados
T1: Paenibacillus polymyxa
T4: Cromobacterium violaceum
T2: Acidithiobacillus thiooxidans
T5: Penicillium fellutanum
T3: Ralstonia solanacearum
T6: Trichoderma humatum
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
42
Quadro 2: Tratamentos (T) co-inoculados com dois microrganismos
Tratamentos co-inoculados
T1: Paenibacillus
polymyxa +
Acidithiobacillus
thiooxidans
T6: Acidithiobacillus
thiooxidans +
Cromobacterium
violaceum
T11: Ralstonia
solanacearum +
Penicillium
fellutanum
T2: Paenibacillus
polymyxa +
Ralstonia
solanacearum
T7: Acidithiobacillus
thiooxidans +
Ralstonia
solanacearum
T12: Ralstonia
solanacearum +
Trichoderma
humatum
T3: Paenibacillus
polymyxa +
Cromobacterium
violaceum
T8: Acidithiobacillus
thiooxidans +
Penicillium
fellutanum
T13: Cromobacterium
violaceum +
Penicillium
fellutanum
T4: Paenibacillus
polymyxa +
Penicillium
fellutanum
T9: Acidithiobacillus
thiooxidans +
Trichoderma
humatum
T14: Cromobacterium
violaceum +
Trichoderma
humatum
T5: Paenibacillus
polymyxa +
Trichoderma
humatum
T10: Ralstonia
solanacearum +
Cromobacterium
violaceum
T15: Penicillium
fellutanum +
Trichoderma
humatum
Em placas de Petri, o pó de rocha foi misturado com enxofre elementar (Sº) na
proporção de 10%, colocando-se 12,0g de S para 120,0g da rocha (Stamford et al.,
2008). Todos os microrganismos foram multiplicados em seus respectivos meios de
culturas até chegarem à fase estacionária. Posteriormente, foram realizadas as
inoculações colocando-se 6,0 mL de inóculo, por microrganismo, em cada placa com
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
43
sua respectiva rocha moída. As placas de Petri foram mantidas com teor de água de
aproximadamente 80% da capacidade de campo. O bioensaio foi realizado em triplicata
com duração de 72 dias e, em intervalos de 12 dias, amostras eram retiradas com o
objetivo de observar o comportamento da biossolubilização de K e P. Logo após as
coletas, as amostras foram mantidas em estufa a uma temperatura de 70 °C por 3-4 dias,
para posterior análise.
A Figura 1 mostra uma visão geral do bioensaio em placas de Petri contendo
rochas potássica e fosfatada e, a Figura 2 apresenta as placas de Petri com seus
respectivos tratamentos inoculado e co-inoculado.
(a)
(b)
Figura 1: Visão geral do bioensaio com Placas de Petri contendo rocha potássica (a) e
rocha fosfatada (b), inoculadas e co-inoculadas.
(a)
(b)
Figura 2: Tratamento representado por inoculação com a bactéria do gênero R.
solanacearum (a) e, o tratamento representado por co-inoculação com as bactérias dos
gêneros A. thiooxidans + C. violaceum (b).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
44
3.1.5 Análise química das rochas
Para determinação do P e K disponíveis nas rochas fosfatadas e potássicas,
respectivamente, após incubação de 72 dias, foram realizadas as seguintes análises
químicas no Laboratório de Engenharia Bioquímica (LEB) – UFRN, utilizando a
metodologia da EMBRAPA (1999). O procedimento e a curva utilizada para
determinação de fósforo e potássio disponíveis encontram-se no Apêndice 2.
-Fósforo disponível – para determinação do fósforo disponível utilizou-se a solução
extratora Mehlich I (HCl 0,05 M + H2SO4 0,0125 M) onde foi determinado por
colorimetria utilizando o ácido ascórbico como redutor em comprimento de onda de 660
nm. A análise de densidade óptica foi realizada em espectrofotômetro, modelo Gênesys
10-UV.
- Potássio disponível - na determinação do potássio disponível, este foi extraído com
solução extratora Mehlich I (HCl 0,05 M + H2SO4 0,0125 M) e determinado por
espectrometria de absorção atômica, modelo AA240 Varian em comprimento de onda
de 766,491 nm.
3.1.6 Análise estatística
Os resultados foram analisados estatisticamente através de análise de variância
(ANOVA) seguindo o modelo de delineamento experimental inteiramente casualizado
(DIC) com parcelas subdividas no tempo, e a comparação das médias foi feito pelo teste
de Tukey em nível de 5% de probabilidade como procedimentos pós ANOVA,
utilizando-se 21 tratamentos com três repetições, utilizando o software SISVAR 5.3
(Ferreira, 2010).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
45
3.2 Grupo de Ensaio II: Influência de Biofertilizantes de Rochas e da Bactéria
Paenibacillus polymyxa no Desenvolvimento de Feijão Caupi (Vigna unguiculata
L. Walp.).
O segundo grupo de ensaio foi conduzido em casa de vegetação da Empresa de
Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte - EMPARN (Estação Experimental Dr.
Rommel Mesquita de Faria).
3.2.1 Produção dos biofertilizantes fosfatado e potássico
Os biofertilizantes produzidos em laboratório para serem utilizados no grupo
de ensaio II foram confeccionados, a partir dos melhores resultados da solubilização das
rochas com fósforo e potássio pelos microrganismos estudados no grupo de ensaio I. Os
melhores desempenhos na biossolubilização das rochas potássica e fosfatada foram para
as co-inoculações com o P. polymyxa+R. solanacearum e P. polymyxa+C. violaceum,
respectivamente.
Os biofertilizantes foram produzidos, individualmente, em bandejas de dois
quilos, onde o pó de rocha foi misturado com enxofre elementar (Sº) na proporção de
10%, colocando-se 200,0g do Sº para 2000,0g da rocha (Stamford et al., 2008). Os
inóculos das bactérias P. polymyxa, R. solanacearum e C. violaceum foram produzidos
conforme descrito no grupo de ensaio I. Posteriormente, foi realizada a inoculação
colocando-se 100,0mL de inóculo, por microrganismo, em cada bandeja com sua
respectiva rocha moída. As bandejas foram mantidas com teor de água de
aproximadamente 80% da capacidade de campo. A produção do biofertilizante teve a
duração de 36 dias de incubação. Logo após, os biofertilizantes produzidos foram
mantidos em estufa a uma temperatura de 70 °C até completa secagem do material.
3.2.2 Característica do local de realização do bioensaio
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN)
está localizada no município de Parnamirim/RN, a 15 km da estrada Natal/Jiqui,
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
46
coordenadas geográficas 5°55’45” S e 35°11’21” W e área total de 520 ha. O clima
local é tropical chuvoso, com temperatura média anual de 26,4ºC e precipitação média
anual em torno de 1500 a 1600 mm, com estação chuvosa no período entre os meses de
abril e setembro (Barbosa apud Lima et al., 2010). A Empresa está dividida entre a área
de Mata Atlântica e as áreas de plantios.
3.2.3 Substrato utilizado
O substrato utilizado foi um Argissolo Amarelo Distrófico típico textura
arenosa/média, de acordo com os critérios de classificação de solo da EMBRAPA
(1999). O Argissolo é originário da Estação Experimental da EMPARN e apresentou-se
numa faixa inicial de pH 5.8.
3.2.4 Calagem do solo
A calagem foi realizada com adição de calcário dolomítico, e calculada em
função da análise química do solo com o objetivo de elevar o pH para 6.5, bem como
elevar as concentrações dos elementos cálcio (Ca) e magnésio (Mg) no solo (IPA,
2008).
3.2.5 Características da cultivar
Como planta teste foi utilizada a cultivar de sementes de feijão caupi (Vigna
unguiculata L. Walp.), BRS Potiguar, do Rio Grande do Norte, com alto potencial de
produção e valor comercial dos grãos para cultivo em sequeiro e irrigado nas
microrregiões de Mossoró, Chapada do Apodi, Médio Oeste, Pau dos Ferros e Vale do
Açu. O peso médio de 100 sementes quando secas foi de 23,20 g. A produtividade
esperada no sistema sequeiro é de 700 kg/ha e 1800 kg/ha em cultivo irrigado
(EMPARN, 2012). Possui hábito de crescimento indeterminado com porte semi-
enramador e tipo da folha semi-globosa. Apresenta flor violeta, vagem seca palha, hilo
branco, forma da semente oval, tegumento esverdeado, comprimento médio da vagem
de 23 cm, número de grãos por vagem de 13-15, com inserção da vagem ao nível da
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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folhagem. Seu ciclo médio da semeadura ao início da floração é de 56 dias e com ciclo
total da semeadura à maturação de 60-70 dias (Torres et al., 2008).
3.2.6 Bactérias utilizadas no bioensaio
A bactéria B. japonicum foi utilizada com função de fertilizante nitrogenado
para a cultura do feijão caupi. Enquanto a bactéria do gênero P. polymyxa foi
empregada nesse ensaio para observar seu desempenho na absorção dos macro e
micronutrientes para o caupi. As estirpes de Bradyrhizobium e Paenibacillus com suas
respectivas procedências encontram-se na Tabela 2.
Tabela 2. Gêneros dos microrganismos empregados no Grupo de ensaio II com seus
respectivos meios de culturas e procedências.
Gêneros das bactérias Código de acesso Procedência
Bradyrhizobium japonicum
YMA (Agar, manitol e
extrato de levedura),
Vincent (1970).
BR 3267 / SEMIA 6462
Dra. Rosa Maria Pitar
Coleção de Culturas de Bactérias
Diazotróficas (CCBD).
EMBRAPA Agrobiologia-
Rodovia BR 465, Km 7,
Seropédica, R.J. Brasil.
Paenibacillus polymyxa
TSB (Caldo triptona de
soja),
(Silva et al., 2007).
421
Dr. Leon Rabinovitch
Coleção de Culturas do Gênero
Bacillus e Gêneros Correlatos
(CCGB). Laboratório de
Fisiologia Bacteriana.
Instituto Oswaldo Cruz
(FIOCRUZ). Av. Brasil, 4365,
Maguinhos. Rio de Janeiro, R.J.
Brasil.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
48
3.2.7 Cultivo dos microrganismos
Em relação à bactéria B. japonicum, esta foi cultivada em meio YMA (Agar,
manitol e extrato de levedura) com vermelho congo como indicador, a temperatura de
28 ºC, pH 6.8 por um período de 3 a 4 dias e, posteriormente, cultivada em meio YM
(manitol e extrato de levedura) pelo mesmo período e temperatura, em incubador
rotativo a 150 rpm, segundo Vincent (1970). A estirpe do gênero P. polymyxa foi
cultivada utilizando o meio TSA (Caldo triptona de soja e ágar) a temperatura de 32 ºC,
pH 7.0, por um período de 3 a 4 dias e, logo após, cultivada em meio TSB (Caldo
triptona de soja) em incubador rotativo a 150 rpm por 48h, segundo Silva et al. (2007).
Todos os microrganismos, em seus respectivos tempos de cultivo, chegaram à fase
estacionária.
3.2.8 Tratamentos utilizados
O ensaio foi realizado utilizando-se 7 tratamentos de adubações (Tabela 3),
onde estes estavam na presença de 2 tratamentos de inoculações, ou seja, na presença da
bactéria P. polymyxa, ou em sua ausência, Tabela 4.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
49
Tabela 3: Tratamentos com adubações e suas respectivas doses.
Tratamentos de adubações Doses
FPK100 Fertilizantes superfosfato simples (SS) +
cloreto de potássio (KCl), com dose
correspondente a 100% da quantidade
recomendada para o feijão caupi, de acordo
com a análise química do solo. Ou seja, 22,2 g
de SS + 5,2 g de KCl.
RPK100
Rocha fosfatada (RP) + rocha potássica (RK),
com dose correspondente a 100% da
quantidade recomendada para superfosfato
simples e cloreto de potássio,
respectivamente. Ou seja, 22,2 g de RP + 5,2
g de RK.
BPK200
Biofertilizante fosfatado (BP) + biofertilizante
potássico (BK), com dose correspondente a
200% das quantidades recomendadas para
superfosfato simples e cloreto de potássio,
respectivamente. Ou seja, 44,4 g de BP + 10,4
g de BK.
BPK100
Biofertilizante fosfatado (BP) + biofertilizante
potássico (BK), com dose correspondente a
100 % das quantidades recomendadas para
superfosfato simples e cloreto de potássio,
respectivamente. Ou seja, 22,2 g de BP + 5,2
g de BK.
BPK70
Biofertilizante fosfatado (BP) + biofertilizante
potássico (BK), com dose correspondente a
70% das quantidades recomendadas para
superfosfato simples e cloreto de potássio,
respectivamente. Ou seja, 15,6 g de BP + 3,6
g de BK.
BPK40
Biofertilizante fosfatado (BP) + biofertilizante
potássico (BK), com dose correspondente a
40% das quantidades recomendadas para
superfosfato simples e cloreto de potássio,
respectivamente. Ou seja, 8,9 g de BP + 2,1 g
de BK.
T=0
Testemunha absoluta sem aplicação dos
adubos químicos, biofertilizantes e rochas
moídas.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
50
Tabela 4: Tratamentos de inoculação com a bactéria do gênero P. polymyxa e suas
respectivas doses.
Tratamentos de inoculação Dose
Com P. polymyxa
1,0 mL de inóculo por semente
Sem P. polymyxa
Ausência do inóculo
3.2.9 Plantio e inoculação
Foi utilizado 10,0 kg do Argissolo vaso-1
e adicionado suas respectivas
quantidades de adubações, conforme descrito anteriormente (Tabela 3). Em seguida,
foram colocados seis sementes vaso-1
da cultivar do feijão caupi, previamente
desinfestadas com álcool a 70% por 1,5 minuto e hipoclorito de sódio a 1,0% por 2,5
minutos. Logo após, lavadas sucessivamente em água destilada por sete vezes.
A inoculação foi efetuada nas sementes a uma profundidade de 3,5 cm,
colocando-se 2,0 mL da cultura líquida de Bradyrhizobium, por semente e 1,0 mL da
cultura de Paenibacillus, por semente, Figura 3. Todos os microrganismos, nos seus
respectivos tempos de cultivos, chegaram à fase estacionária. Após oito dias de plantio
foi efetuado o desbaste, deixando duas plantas por vaso, Figura 4.
Figura 3: Inoculação efetuada nas
sementes com a bactéria do gênero
Bradyrhizobium japonicum.
Figura 4: Visão geral do bioensaio após
desbastes.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
51
3.2.10 Colheita e análise química do tecido vegetal
As análises químicas foram realizadas no Laboratório de Análise de Vegetal da
Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, da Escola Agrícola de Jundiaí
(EAJ)-UFRN e no Laboratório de Fertilidade do Solo da EMPARN, seguindo a
metodologia descrita pela EMBRAPA (1999).
O experimento foi realizado com duas plantas de feijão caupi por vaso e a
colheita foi realizada em 2 etapas. Na primeira coleta, aos 45 dias após plantio, foi
colhida uma planta por vaso. Após a colheita, as plantas foram lavadas e mantidas em
estufa, modelo SPLABOR, à temperatura de 65 °C, por três dias, até atingirem massa
constante. Após as determinações da massa seca da parte aérea (MSPA), as amostras
foram moídas em moinho, modelo Willey, para posterior análise química do tecido
vegetal, como descrito a seguir:
- Nitrogênio - foi determinado através do método semi-micro Kjeldahl, em extrato de
digestão com H2SO4 98%, seguida por destilação com NaOH e titulação com HCl
0,01M.
- Fósforo, potássio, cálcio, magnésio, zinco, ferro e manganês - foram extraídos por
digestão nítrico-perclórica (HNO3 65% + HClO4 72%) na proporção 3:1 v/v. O fósforo
foi determinado em espectrofotômetro UV-VIS, modelo Biospectro; o K foi
determinado por fotometria de chama, modelo Micronal B462 e, os elementos Ca, Mg,
Zn, Fe e Mn por espectrometria de absorção atômica, modelo AA240 Varian em
comprimento de onda de 422,7 nm para cálcio, 285,2 nm para magnésio, 213,9 nm para
zinco, 248,3 nm para ferro, 279,5 nm para manganês.
3.2.11 Variáveis de crescimento da planta
A segunda coleta foi realizada aos 75 dias após o plantio e foi colhida a última
planta por vaso para determinação das variáveis de crescimento: altura de planta,
diâmetro do caule, número de folhas e produtividade dos grãos. A altura da planta foi
determinada com régua graduada em mm, desde o colo até a última folha, o diâmetro do
caule foi medido a 5,0 cm do colo da planta usando paquímetro digital.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
52
3.2.12 Análises químicas do solo
As análises químicas foram realizadas no Laboratório de Fertilidade do Solo da
Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, da Escola Agrícola de Jundiaí
(EAJ) - UFRN e da EMPARN.
Na segunda coleta, para verificar a influência das fertilizações nas propriedades
químicas do solo, amostras do solo foram coletadas das parcelas (vasos) e realizadas as
seguintes análises, segundo a metodologia descrita pela EMBRAPA (1999).
- pH em H2O - determinado em suspensão solo-água (1:2,5) e analisado em
potenciômetro, marca Hanna pH 21.
Fósforo disponível – utilizou-se a solução extratora Mehlich I (HCl 0,05 M + H2SO4
0,0125 M) e foi determinado em comprimento de onde 660 nm, utilizando o ácido
ascórbico como redutor. A análise de densidade óptica foi realizada em
espectrofotômetro UV-VIS, modelo Biospectro.
- Potássio e sódio disponíveis - extraído com solução extratora Mehlich I (HCl 0,05 M
+ H2SO4 0,0125 M) e determinados por fotômetro de chama, modelo Micronal B462.
- Magnésio, cálcio e alumínio trocáveis - foram extraídos com solução KCl 1,0 M. O
cálcio e magnésio foram determinados por espectrofotometria de absorção atômica,
modelo AA240 Varian, em comprimento de onda de 422,7 nm para cálcio e 285,2 nm
para magnésio. O alumínio determinado por volumetria com NaOH.
- Ferro, manganês e zinco trocáveis - foram extraídos com solução KCl 1,0 M, e
determinados por espectrofotometria de absorção atômica, modelo AA240 Varian, em
comprimento de onda de 248,3 nm para ferro, 279,5 nm para manganês e 213,9 nm para
zinco.
- Acidez potencial (H + Al) – em potenciômetro, marca HANNA pH 21, extração por
acetato de cálcio a pH 7,0 e determinados por volumetria com NaOH.
- Capacidade de Troca de Cátions (CTC) - calculada segundo a expressão:
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
53
CTC = Ca2+
+ Mg2+
+ Na+ + K
+ + H+ + Al3+
3.2.13 Adsorção de fósforo no solo
Para determinar a adsorção do fósforo no solo, 2,5 g de solo (terra fina seca ao
ar) foram mantidos em contato, mediante agitação por 24 horas, com 50,0 mL de
soluções contendo 0; 25,0; 50,0; 75,0 e 100,0 mg L-1
de P, na forma de KH2PO4. O
fósforo foi analisado posteriormente na solução de equilíbrio (sobrenadante) por
colorimetria, pelo método baseado no complexo fosfomolíbdico usando o ácido
ascórbico como redutor (EMBRAPA, 1999). O fósforo adsorvido pela fase sólida
(solo) foi calculado por diferença entre o fósforo adicionado e o quantificado na solução
de equilíbrio.
Os valores obtidos foram ajustados à isoterma de Langmuir plotando-se a
quantidade de fósforo adsorvido por unidade de massa solo, na ordenada, e a
concentração de fósforo na solução de equilíbrio na abcissa. A forma hiperbólica da
equação de Langmuir é dada, segundo Sparks (1995), pela Equação 1:
(1)
em que:
q = quantidade de P adsorvido por unidade da fase sólida (solo);
a = constante relacionada com a energia de ligação ;
b = capacidade máxima de adsorção de P;
C = concentração de equilíbrio de P na fase fluida (sobrenadante).
Para estimativas das constantes a e b, a equação hiperbólica de Langmuir foi
transformada em sua forma linear (Olsen e Watanabe, 1957), dada pela Equação 2.
(2)
A capacidade máxima de adsorção do fósforo (b) foi determinada pelo valor
inverso da declividade da reta, a constante de energia de adsorção (a) pela relação entre
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
54
a declividade da reta e a interseção da mesma com o eixo das ordenadas (Olsen e
Watanabe, 1957).
Os gráficos originados da Equação de Langmuir para obtenção dos valores da
Capacidade Máxima de Adsorção de Fósforo (CMAP) no solo, encontram-se no
Apêndice 3.
3.2.14 Análise estatística
Os resultados foram analisados estatisticamente através de análise de variância
(ANOVA) seguindo um modelo de delineamento em blocos inteiramente casualizados,
e a comparação das médias foram realizadas através do teste de Tukey em nível de 5%
de probabilidade, usando-se o software ASSISTAT 7.6 (Silva, 1996), totalizando 14
tratamentos e 4 blocos.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
55
CAPÍTULO 4
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
56
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Grupo de Ensaio I - Biossolubilização de Rochas Fosfatadas e Potássica em
Laboratório.
O presente ensaio fornece informações a respeito do melhor tempo de
solubilização efetuado por diferentes microrganismos em tratamentos inoculados e co-
inoculados para produção mais eficiente de biofertilizantes, a partir de rochas moídas
fosfatada e potássica para a melhoria da adubação na cultura do feijão caupi.
As curvas de liberação de fósforo e potássio em pó de rocha apresentaram uma
tendência em seguir às quatro fases da curva de crescimento populacional microbiano
em uma situação próxima do real, quando uma população cresce em ambiente fechado.
A solução extratora Mehlich I solubilizou 39,54 mg dm-3
de K disponível da
rocha potássica e 602,81 mg dm-3
de P disponível da rocha fosfatada.
Em relação à análise de variância, esta mostrou que as variáveis tratamento,
tempo e tratamento x tempo foram significativos em nível de 5% de probabilidade pelo
teste de Tukey.
4.1.1 Cinética de liberação de potássio (K)
Em relação à cinética de liberação de potássio, verifica-se uma homogeneidade
no comportamento dos microrganismos, havendo uma contínua e crescente liberação de
K até aos 36 dias (p<0,05) de incubação com posterior decréscimo no processo.
Entretanto, estudos realizados por Stamford et al. (2008) em placas de Petri, incubadas a
um período de 30, 45 e 60 dias com rocha fosfatada, enxofre e inoculadas com a estirpe
do gênero Aciditiobacillus, verificaram que o melhor tempo de solubilização para P e K
foi aos 60 dias de incubação. Foi observado, em todos os tratamentos estudados, uma
alta variabilidade na quantidade do mineral liberado com teores variando de 57,30 a
109,83 mg K dm-3
, comparados ao controle 39,54 mg K dm-3
, rocha pura (tempo 0),
sem inóculo.
Houve maior capacidade solubilizadora entre as bactérias comparadas aos
fungos nos tratamentos inoculados, Tabela 5. Segundo Eira (1992) a capacidade
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
57
solubilizadora difere entre os gêneros de microrganismos e, apesar de existir um maior
número de bactérias solubilizadoras em relação aos fungos, estes apresentam maior
atividade para o processo (Moreira e Siqueira, 2006) o que não foi constatado no
presente estudo. Tal fato pode estar relacionado aos diferentes fatores nutricionais
presentes nos meios de cultura como glicose e fontes diversas de nitrogênio, dentre elas,
extrato de levedura, triptona e peptona. Silva Filho e Vidor (2000 e 2001) comentam
que a capacidade e o potencial de solubilização dos microrganismos variaram com os
fatores nutricionais do meio, ocorrendo somente em presença de uma fonte de carbono
ao meio, como xilose, frutose e glicose, além de fontes de P, N, Fe, Ca e P sugerindo,
ainda, que as deficiências nutricionais podem favorecer a produção e/ou a liberação de
ácidos.
Em todos os microrganismos estudados na tabela 5, o tempo de incubação de 36
dias promoveu valores significativamente maiores de K disponível, em relação aos
demais tempos de incubação.
Aos 36 dias de incubação, não houve diferença significativa nos valores
liberados de K entre os tratamentos inoculados (Tabela 5), com exceção do P. polymyxa
(101,33 mg K dm-3
), que obteve melhor resultado diferenciando-se significativamente
pelo teste de Tukey (p<0,05), e com diferença de 56,54% em relação ao tratamento com
P. fellutanum (57,30 mg K dm-3
). Sabe-se que a bactéria P. polymyxa é produtora de
uma grande variedade de metabólitos, dentre eles, polissacarídeos extracelulares,
proteínas, enzimas e ácidos orgânicos, tais como, ácido fórmico, oxálico e acético. Com
isso, tais metabólitos podem ter contribuído para uma maior solubilização do potássio
na rocha moída. Segundo Deo e Natarajan (1999) e Botero et al. (2008), essas
macromoléculas na presença de minerais podem levar a modificações nas propriedades
de suas superfícies, e tais modificações podem ser atribuídas a maior afinidade dos
minerais por essas macromoléculas presentes na parede celular do microrganismo.
Em relação aos tratamentos co-inoculados (Tabela 6), não foi observado
diferença significativa entre os microrganismos no tempo de 36 dias. Onde neste, os
dados revelaram que a solubilização variou de 61,57 mg K dm-3
(A. thiooxidans + P.
felutanum) a 65,84 mg K dm-3
(R. solanacearum + P. felutanum). Igualmente acontece
na Tabela 7, onde os tratamentos co-inoculados apresentaram uma pequena variação,
com uma solubilização de 70,85 mg K dm-3
por C. violaceum + P. felutanum, enquanto
o maior valor (74,96 mg K dm-3
) foi solubilizado por C. violaceum + T. humatum.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
58
Tabela 5: Efeito dos tratamentos inoculados, com um microrganismo, na solubilização da
rocha potássica (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação (dias)
Tratamentos
inoculados
Tempo de incubação (dias)
12 24 36 48 60 72
P.
polymyxa
72,48
aE
86,83
aB
101,33
aA
79,34
aCD
85,21
aBC
73,19
aDE
C.
violaceum
45,40
bD
56,43
bB
66,74
bA
53,06
bBC
50,11
bBCD
49,13
bCD
R.
solanacearum
44,86
bC
55,33
bcB
62,93
bcA
52,81
bB
52,33
bB
49,22
bBC
A.
thiooxidans
40,96
bC
51,27
bcdB
63,71
bcA
50,20
bB
46,29
bcBC
46,27
bBC
P.
fellutanum
40,92
bC
46,69
dBC
57,30
cA
48,08
bB
43,20
cBC
44,31
bBC
T.
humatum
41,89
bC
49,02
cdB
62,83
bcA
49,46
bB
45,85
bcBC
43,33
bBC Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível
de 5% probabilidade pelo teste de Tukey. Desvios padrões: tratamentos = 2.61; tempos = 2.74. CV tratamentos
= 4.68%; tempos = 4.91%.
Tabela 6: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na solubilização
da rocha potássica (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação (dias)
Tratamentos
co-inoculados Tempo de incubação (dias)
12 24 36 48 60 72
A. thiooxidans +
T. humatum 48,28
abB
52,32
aB
64,00
aA
54,65
aB
28,70
aC
47,83
abB
A. thiooxidans +
P. fellutanum 45,31
bC
54,31
aABC 61,57
aA
54,96
aAB
31,41
aD
48,18
abBC
R. solanacearum
+ T. humatum 54,23
aB
52,28
aB
63,89
aA
56,19
aAB
34,62
aC
40,79
bC
R. solanacearum
+ P. fellutanum 46,96
abC
56,40
aB 65,84
aA
52,78
aBC
35,84
aD
51,54
aBC
T. humatum+
P. fellutanum 49,78
abBC
53,35
aB
63,83
aA
50,17
aBC
36,65
aD
42,41
bCD Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível
de 5% probabilidade pelo teste de Tukey. Desvios padrões: tratamentos = 4.39; tempos = 3.73. CV tratamentos
= 8.78%; tempos = 7.47%.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
59
Tabela 7: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na solubilização
da rocha potássica (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação (dias)
Tratamentos
co-inoculados
Tempo de incubação (dias)
12 24 36 48 60 72
C. violaceum+
P. fellutanum 49,86
aB
58,94
aB 70,85
aA
55,10
aB
52,13
bB
52,21
aB
C. violaceum +
R. solanacearum 51,97
aB
60,19
aB
74,05
aA
61,37
aB
60,06
abB
51,52
aB
C. violaceum +
T. humatum 50,58
aC
63,66
aAB 74,96
aA
58,64
aBC
64,57
aAB
50,66
aC
A. thiooxidans +
R. solanacearum 51,22
aC
62,66
aAB
73,47
aA
58,43
aBC
58,29
abBC
50,83
aC
A. thiooxidans +
C. violaceum 50,18
aB
57,76
aB
72,19
aA
59,60
aB
17,31
cC
52,02
aB Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível
de 5% probabilidade pelo teste de Tukey. Desvios padrões: tratamentos = 5.38; tempos = 4.70. CV tratamentos
= 9.35%; tempos = 8.17%.
Em relação à Tabela 8, o tempo de incubação de 36 dias apresentou valores
significativamente superiores de K disponíveis na maioria dos tratamentos. Observou-se
maior sinergismo entre os microrganismos, otimizando o processo de solubilização do
K entre todos os tratamentos co-inoculados, nos quais apresentaram diferença
significativa (p<0,05) entre eles. Aos 36 dias incubação, destaca-se o tratamento co-
inoculado entre P. polymyxa + R. solanacearum, que solubilizou 109,83 mg K dm-3
,
representado graficamente na Figura 5, proporcionando maior eficiência na
solubilização do pó de rocha com um incremento de 2,8 vezes de K disponível em
relação ao controle extraído com Mehlich I (39,54 mg K dm-3
). A tabela 8 mostra
também que P. polymyxa + R. solanacearum apresentaram K disponível
estatísticamente superior aos tratamentos co-inoculados com P. polymyxa + T. humtum
(92,21 mg K dm-3
) e com P. polymyxa + A. thiooxidans (95,60 mg K dm-3
), que
obtiveram menores médias, aos 36 dias de incubação. Guimarães et al. (2006),
trabalhando com 40 isolados de fungos inoculados em meio líquido com rocha moída,
observaram que houve acréscimo de até 80% nos teores de K liberados comparados ao
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
60
controle, atribuindo o mecanismo de liberação do mineral dependente do genótipo do
fungo.
Tabela 8: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na solubilização
da rocha potássica (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação (dias)
Tratamentos
co-inoculados
Tempo de incubação (dias)
12 24 36 48 60 72
P. polymyxa +
T. humatum 90,56
aAB
95,73
bA 92,21
cA
89,13
aAB
82,76
bB
87,67
bAB
P. polymyxa +
A. thiooxidans 88,82
aAB
94,99
bA 95,60
cA
86,66
aAB
85,67
abB
85,16
bcB
P. polymyxa +
P. fellutanum 86,54
aBC
90,08
bB
99,91
bcA
82,82
aBCD
79,42
bCD
77,16
cD
P. polymyxa +
C. violaceum 75,13
bE
98,23
abB
108,09
abA
86,52
aCD
94,15
aBC
77,73
cDE
P. polymyxa +
R. solanacearum 92,82
aC
106,06
aAB 109,83
aA
89,32
aC
91,80
aC
97,64
aBC Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível
de 5% probabilidade pelo teste de Tukey. Desvios padrões: tratamentos = 4.37; tempos = 3.80. CV tratamentos
= 4.82%; tempos = 4.19%.
Figura 5: Curva de liberação de K em pó de rocha potássica representado pelo tratamento co-
inoculado com P. polymyxa + R. solanacearum, em relação ao tratamento controle (tempo 0,
sem inoculação). Desvios padrões nos tempos: (12) = 5,24; (24) = 6,82; (36) = 3,07; (48) =
6,36; (60) = 3,24; (72) = 2,06.
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
0 12 24 36 48 60 72
K (m
g d
m-3
)
Tempo (dias)
P. polymyxa + R. solanacearum
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
61
Esses resultados sugerem formação de grupos funcionais com metabolismos
semelhantes interagindo entre si. Segundo Andrade e Nogueira (2005), determinados
grupos de populações de microrganismos desempenham mecanismos fisiológicos
complementares que participam de um ou mais ciclos biogeoquímicos, que podem
envolver a produção de produtos metabólicos. Max et al. (2010), em sua revisão sobre
produção de ácido cítrico, apresentam uma relação de fungos capazes de produzi-lo. O
ácido cítrico, bem como todos aqueles pertencentes ao grupo dos ácidos orgânicos, teria
a capacidade de acidificar o meio, desestabilizando os minerais presentes e,
provavelmente, liberando o potássio (Lopes-Assad et al., 2006).
Essas estirpes revelam-se com grande potencial para aplicação em uma
agricultura sustentável, pois o suprimento natural de K no solo não é suficiente para
sustentar altas produções de muitas culturas (Furlani, 2004; Dalcin, 2008), devendo
assim ser fornecido ao solo, uma vez que sua deficiência reduz significativamente as
colheitas e a qualidade dos produtos (Lopes-Assad et al., 2006), visto que o mineral atua
na ativação enzimática, síntese de proteína, fotossíntese, transporte de açúcares no
floema, regulação osmótica, entre outros.
4.1.2 Cinética de liberação de fósforo (P)
Em relação à cinética de liberação do fósforo em pó de rocha, durante os 72 dias
de incubação, foi observado que houve melhor desempenho dos microrganismos no
tempo de 36 dias de incubação, em 42,8% dos tratamentos estudados. Pode-se observar
comportamento instável entres os diferentes microrganismos quanto à atividade
solubilizadora, com diferença significativa (p<0,05) entre eles. Tal instabilidade na fase
de declínio, ou seja, a partir do seu maior ponto de solubilização, sugere processo de
morte na maioria das células viáveis, mineralizando o P ao meio, enquanto outras estão
ainda se dividindo e absorvendo-o. Segundo Mendes e Junior (2003) o P imobilizado na
biomassa microbiana constitui-se um reservatório lábil desse nutriente.
Em relação aos tratamentos inoculados, Tabela 9, houve melhores desempenhos
para os tratamentos com a bactéria C. violaceum e com a bactéria P. polymyxa, no
tempo de 36 dias, em relação aos demais tratamentos. Observou-se ainda que, a C.
violaceum apresentou maior solubilização (817,47 mg P dm-3
), 35,6% acima do
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
62
tratamento controle extraído com Mehlich I (602,81 mg dm-3
), assim como o tratamento
com P. polymyxa (783,88 mg P dm-3
), 30% acima do controle. Entretanto, o efeito
simultâneo na rocha fosfatada, quando foi realizada a co-inoculação (P. polymyxa + C.
violaceum), alcançou maior média, 934,35 mg P dm-3
, superando a disponibilidade do
mineral (55%) comparado ao controle não inoculado (602,81 mg P dm-3
), no tempo 0,
conforme representado graficamente na Figura 6, garantindo assim, maior efeito na
solubilização. Este resultado sugere acúmulo de enzimas e/ou outros metabólitos para o
processo. De acordo com Kiss et al. (1975) as enzimas possuem papel fundamental no
ciclo de nutrientes no solo e resultam da proliferação de diversos grupos microbianos e
do acúmulo dessas atividades enzimáticas. A capacidade que os microrganismos têm de
se adaptarem a diversas condições ambientais é facilitada por seu metabolismo versátil,
uma vez que são produtores de ácidos como o acético e fórmico, além de enzimas
requeridas para adaptação a uma determinada condição ambiental, permitindo assim, às
bactérias aproveitarem determinados substratos, pois apresentam genes responsáveis
pela produção dessas enzimas necessárias a realização de tal função (Momem e
Hoshino, 2000; Singh et al., 2010).
De modo geral, houve melhoras para os demais tratamentos co-inoculados
(Tabela 10), em relação ao controle. Estes resultados confirmam, mais uma vez, a
importância da interação entre grupos funcionais de diferentes microrganismos que
possam contribuir para melhorar a nutrição e produtividade da planta, através de seus
produtos metabólitos, pois, os microrganismos não vivem no solo de formas isoladas,
mas numa comunidade complexa (Pereira, 2000, apud Dantas et al., 2009). Essas
interações microbiológicas possuem importância para a manutenção da vida no solo e,
consequentemente para o planeta (Andrade e Nogueira, 2005). Esses consórcios de
diferentes espécies realizam um papel importante em área tropical e subtropical, devido
à efetiva utilização dos recursos naturais, através de suas interações interespecíficas,
beneficiando umas as outras, aumentando a captação de nutrientes, principalmente o
fósforo (Li et al., 2003). As bactérias C. violaceum e P. polymyxa, destacam-se
novamente na co-inoculação, revelando-se de grande potencial agronômico,
solubilizando 934,35 mg dm-3
de P disponível, no tempo de incubação de 36 dias
(Tabela 10).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
63
Tabela 9: Efeito dos tratamentos inoculados, com um microrganismo, na solubilização da
rocha fosfatada (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação (dias)
Tratamentos
inoculados
Tempo de incubação (dias)
12 24 36 48 60 72
C. violaceum
707,48
aAB
701,09
aAB 817,47
aA
717,71
aAB
629,87
aB
641,94
aB
P. polymyxa
720,01
aAB
757,21
aAB 783,88
aA
662,19
aAB
622,11
aB
636,50
aB
R.
solanacearum 642,76
aAB
715,47
aA
563,22
bBC
708,76
aA
628,21
aAB
472,89
bC
A.
thiooxidans 665,20
aABC
664,21
aABC
573,90
bBC
747,04
aA
698,63
aAB
544,74
abC
P. fellutanum 711,22
aA
694,00
aAB
697,35
abAB
710,10
aA
730,78
aA
564,06
abB
T. humatum 684,65
aAB
697,64
aAB
704,25
abAB
763,16
aA
605,85
aB
625,84
aAB Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível
de 5% probabilidade pelo teste de Tukey. Desvios padrões: tratamentos = 62.01 ; tempos = 59.39. CV
tratamentos = 9.22%; tempos = 8.83%.
Figura 6: Curva de liberação de P em pó de rocha fosfatada representado pelo tratamento co-inoculado
com P. polymyxa + C. violaceum, em relação ao tratamento controle (tempo 0, sem inoculação). Desvios
padrões nos tempos: (12) = 31,92 ; (24) =76,73 ; (36) = 16,36 ; (48) = 153,84 ; (60) = 63,67 ; (72) = 27,00.
550
600
650
700
750
800
850
900
950
0 12 24 36 48 60 72
P (m
g
dm
-3)
Tempo ( dias)
P.polymyxa + C. violaceum
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
64
Tabela 10: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na solubilização da
rocha fosfatada (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação (dias)
Tratamentos
co-inoculados
Tempo de incubação (dias)
12 24 36 48 60 72
P. polymyxa
+C. violaceum 772,57
aBC
878,32
aAB 934,35
aA
582,86
bcD
726,74
aBCD
632,22
abCD
P. polymyxa
+A.
thiooxidans 688,40
abB
704,73
bAB
843,05
abA
733,83
abAB
662,22
abB
706,53
aAB
P. polymyxa
+R.
solanacearum 713,46
abAB
718,51
bAB
814,35
abA
736,07
abAB
742,61
aAB
660,25
abB
A. thiooxidans
+ T. humatum 638,27
abB
641,12
bB
832,15
abA
739,43
aAB
727,64
aAB
617,91
abB
A. thiooxidans
+ C. violaceum 669,88
abAB
659,09
bAB
736,43
bA
505,02
cC
638,95
abABC
549,79
bBC
C. violaceum
+P. fellutanum 614,70
bAB
605,55
bAB
736,43
bA
631,33
abcAB
514,13
bB
628,35
abAB Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível de 5%
probabilidade pelo teste de Tukey. Desvios padrões: tratamentos = 69.89 ; tempos = 63.31. CV tratamentos = 10.09%;
tempos = 9.14%.
Com relação à Tabela 11, observou-se variações no melhor tempo de
solubilização (entre 12 e 60 dias), bem como, foi verificado maior instabilidade entre os
diferentes grupos de microrganismos, sugerindo vários mecanismos que podem ter
influenciado nas diferentes capacidades solubilizadoras que foi de 410,90 mg P dm-3
no tratamento co-inoculado com R. solanacearum + T. humatum, aos 60 dias de
incubação, a 837,87 mg P dm-3
para P. polymyxa + P. fellutanum, aos 24 dias de
incubação. As relações ecológicas das diferentes populações de microrganismos do solo
são muitas vezes complexas, e em ecossistemas naturais, a diversidade, bem como o
número de microrganismos na comunidade proporcionam oscilações resultantes das
alterações ambientais. E é através destas oscilações, que o equilíbrio microbiológico nos
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
65
solos tem sido considerado como equilíbrio dinâmico (Cardoso, 1992; Nahas et al.,
2009).
Segundo Nahas (1999), o desempenho da habilidade biossolubilizadora depende
da linhagem, do tipo de fosfato a ser solubilizado, e da natureza dos materiais orgânicos
produzidos. Song et al. (2008) relatam que a solubilização de fosfato inorgânico
insolúvel pela bactéria da espécie Burkholderia cepacia está relacionada com o
decréscimo do pH do meio. Por outro lado, Goldstein (1986) acredita ser razoável a
existência de um sistema genético nas bactérias que auxiliaria o acesso aos minerais
disponíveis no meio externo. Entretanto, não se pode esperar que a solubilização de
fosfatos seja expressa por um único gene ou por um grupo de genes e que seja comum a
todos os microrganismos solubilizadores (Narloch, 2002).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
66
Tabela 11: Efeito dos tratamentos co-inoculados, com dois microrganismos, na solubilização
da rocha fosfatada (mg dm-3
) em relação ao tempo de incubação (dias)
Tratamentos
co-
inoculados
Tempo de incubação (dias)
12 24 36 48 60 72
P. polymyxa
+
T. humatum
727,49
abABC
826,50
aA
782,32
aAB
837,04
aA
680,51
aBC
629,06
aC
P. polymyxa
+
P. fellutanum
716,83
abcAB 837,87
aA
627,02
bB
666,21
bB
697,17
aB
624,10
abB
R.
solanacearum
+
P. fellutanum
786,78
aA
586,14
dBC
469,13
cC
609,86
bB
446,98
cC
634,55
aB
R.
solanacearum
+A.
thiooxidans
719,07
abcAB
768,35
abA
682,62
abAB
455,36
cC
646,39
abAB
619,45
abB
R.
solanacearum
+T. humatum
744,51
abA
753,31
abcA
716,86
abA
653,60
bAB 410,90
cC
568,18
abB
R.
solanacearum
+
C. violaceum
656,41
abcA
631,74
bcdA
696,85
abA
729,66
abA
685,82
aA
610,94
abA
C. violaceum
+T. humatum
602,17
bcCD
795,36
aA
776,68
abAB
685,72
bABC
515,06
bcD
654,09
aBCD
A.
thiooxidans +
P. fellutanum
656,60
abcA
612,21
cdA
661,05
abA
692,22
abA
720,98
aA
606,68
abA
T. humatum +
P. fellutanum
572,05
cBC
598,65
dABC
667,49
abAB
733,41
abA
604,53
abABC
476,07
bC Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível de
5% probabilidade pelo teste de Tukey. Desvios padrões: tratamentos = 54.40; tempos = 58.82. CV tratamentos =
8.26%; tempos = 8.93%.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
67
4.2 Grupo de Ensaio II - Influência de Biofertilizantes de Rochas e da Bactéria P.
polymyxa no Desenvolvimento de Feijão Caupi (Vigna unguiculata L. Walp.).
O presente ensaio apresenta os resultados obtidos com aplicação dos
biofertilizantes de rochas produzidos, comparando–os com os fertilizantes químicos e
rochas moídas puras nas propriedades químicas do solo e das plantas de feijão caupi
(Vigna unguiculata L. Walp.). Também foi observada a influência da inoculação da
bactéria P. polymyxa no solo na absorção dos nutrientes biossolubilizados para as
plantas.
4.2.1 Efeito das Fontes de Fertilizantes nas Propriedades Químicas do Solo
4.2.1.1 Características do solo utilizado no bioensaio
As Tabelas 12 e 13 mostram os parâmetros físicos e químicos,
respectivamente, do solo utilizado no ensaio, tendo-se como base para se observar a
influência dos biofertilizantes e rochas puras na melhoria de suas características. As
amostras do solo foram coletadas na camada superficial (0 a 20,0 cm), pré-tratadas,
sendo secas ao ar, destorroadas e passadas em peneiras com abertura de 2,0 mm e as
análises químicas e físicas foram efetuadas na Empresa de Pesquisa Agropecuária do
Rio Grande do Norte ( EMPARN).
De acordo com os critérios de classificação de solo da EMBRAPA (1999), o
mesmo foi classificado como um Argissolo Amarelo Distrófico, com textura
arenosa/média. Apresentou-se numa faixa fracamente ácida (pH 5.8) e com valores para
os macronutrientes P (2,0 mg dm-3
), K (0,08 cmolc dm-3
) e Na (0,03 cmolc dm-3
)
considerados baixos em termos de fertilidade do solo para a cultura do caupi (IPA,
2008). Com relação ao Ca e Mg, os valores correspondentes a 0,71 cmolc dm-3
e 0,39
cmolcdm-3
, respectivamente, também são considerados baixos para o bom
desenvolvimento da cultura do caupi (IPA, 2008). No que se refere ao Al não foi
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
68
observado leitura para esse elemento. Este fato se deu, provavelmente, devido ao valor
de pH, no qual possa ter indisponibilizado esse mineral no solo.
Tabela 12: Características físicas do horizonte A do Argissolo Amarelo Distrófico
utilizado no experimento.
Parâmetros Valores
Densidade global (kg dm-3
) 1,36
Retenção de umidade (1/3 da atmosfera) 4,07
Composição granulométrica g kg-1
Areia 933,0
Argila 40,0
Silte 27,0
Classificação textural Areia
Tabela 13: Características químicas do horizonte A do Argissolo Amarelo Distrófico
utilizado no ensaio.
pH
H2O
P K Na Ca Mg Al H
---mg dm-3
--- ---------------------------------cmolc dm-3
-----------------------------
5.80 2,0 0,08 0,03 0,71 0,39 0,0 1,73
4.2.1.2. Macronutrientes no solo e capacidade de troca de cátions (CTC)
Com relação aos macronutrientes disponíveis no solo observa-se diferenças
significativas entre os tratamentos (Tabela 14).
Os valores de Ca+2
trocáveis foram significativamente superiores nos
tratamentos FPK100 (6,55 cmolc kg-1
) e RPK100 (1,60 cmolc kg-1
) do solo não
inoculado com P. polymyxa, em relação aos outros tratamentos, sendo o nível de Ca+2
no solo considerado alto no tratamento FPK100 e médio no tratamento RPK100 (IPA,
2008). A mesma tendência ocorreu no solo inoculado com P. polymyxa, com valores de
Ca+2
estatisticamente mais elevados nos tratamentos FPK100 (5,40 cmolc kg-1
) e
RPK100 (1,67 cmolc kg-1
), em relação aos demais.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
69
No que se refere aos teores de Mg+2
trocáveis no solo, os tratamentos RPK100 e
T=0 apresentaram valores significativamente superiores aos outros tratamentos
estudados, nos solos inoculado e não inoculado com P. polymyxa. Os valores de Mg+2
do solo nestes tratamentos, no entanto, são considerados de níveis médios para efeito de
fertilidade do solo para plantas (IPA, 2008). Apesar do feijão caupi ser uma cultura
bastante eficiente em solos de baixa fertilidade natural, esta cultura necessita de Ca+2
e
Mg+2
, em pH próximo da neutralidade, o que acontece com os tratamentos (T=0, RPK e
FPK) com pH mais elevados.
Com relação à inoculação da bactéria P. polymyxa não houve diferença
significativa entre os valores dos macronutrientes do solo inoculado ou não inoculado.
Em alguns casos, os valores dos macronutrientes no solo não inoculado foram maiores
que no solo inoculado com P. polymyxa, provavelmente devido à necessidade da
bactéria em imobilizar nutrientes para o seu metabolismo. Os microrganismos são
responsáveis pelos processos de imobilização representando eles uma quantidade
considerável de nutrientes, potencialmente disponíveis as plantas, e armazenados na
biomassa microbiana que podem atingir valores equivalentes a 100,0 kg de N, 80,0 kg
de P, 70,0 kg de K e 11,0 kg de Ca por hectare (Andreola e Fernandes, 2007).
Tabela 14: Efeito dos tratamentos sobre o teor de Ca+2
, Mg+2
, K+ (cmolc kg
-1) e CTC no solo,
aos 75 dias após o plantio.
Inoculação Fertilização
FPK100 RPK100 BPK 200 BPK 100 BPK 70 BPK 40 T=0
Ca+2
Sem P. polymyxa 6,55 Aa 1,60 Ba 0,99 CDa 0,74 Da 0,76 Da 0,85 CDa 1,31 BCa
Com P. polymyxa 5,40 Ab 1,67 Ba 1,01 CDa 0,78 Da 0,76 Da 0,91 CDa 1,35 BCa
Mg+2
Sem P. polymyxa 0,23 Ba 0,87 Aa 0,20 Ba 0,17 Ba 0,17 Ba 0,25 Ba 0,85 Aa
Com P. polymyxa 0,21 Ba 0,88 Aa 0,20 Ba 0,15 Ba 0,16 Ba 0,24 Ba 0,84 Aa
K+
Sem P. polymyxa 0,30 Aa 0,08 Ba 0,06 Ba 0,06 Ba 0,06 Ba 0,05 Ba 0,06 Ba
Com P. polymyxa 0,28 Aa 0,08 Ba 0,07 Ba 0,06 Ba 0,05 Ba 0,05 Ba 0,05 Ba
CTC
Sem P. polymyxa 9,51 Aa 2,91 Ca 4,45 Ba 3,50 BCa 3,82 BCa 3,12 Ca 2,99 Ca
Com P. polymyxa 8,02 Ab 3,21 CDa 4,65 Ba 3,81 BCa 3,58 CDa 3,40 CDa 2,68 Da
Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível
5% probabilidade pelo teste de Tukey. CV (Ca+2
) = 13.86%; CV (Mg+2
)= 20.88%; CV (K+)= 26.31%; CV
(CTC)= 10.66%.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
70
Para o K+ trocável, houve aumento significativo (p<0.05) no solo adubado com
fertilizantes químicos em relação aos outros tratamentos estudados. Contudo, existiram
melhoras também para as rochas (RPK100) em relação ao solo não adubado (T=0).
Segundo IPA (2008), teores de K+ menores que 0,12 e maiores que 0,23 cmolc kg
-1no
solo são considerados baixo e alto, respectivamente, para o cultivo do caupi. Segundo
Melo et al. (2005), a quantidade de potássio considerada crítica para o desenvolvimento
normal do feijão caupi está entre 20,0 e 40,0 kg ha-1
. Oliveira et al. (2009) observaram
produtividades em caupi com valores acima de 150,0 kg ha-1
no solo. No presente
estudo foi adicionado 60,0 kg ha-1
, segundo recomendação de adubação. Logo, os
baixos valores no solo de K+ deve-se provavelmente ao abaixamento do pH solo,
limitando a disponibilidade do elemento, como mencionado por Malavolta et al. (1997).
No que se refere à capacidade de troca de cátions (CTC) dos solos foi verificado
que os tratamentos estudados variaram de 2,68 a 9,51 cmolc kg-1
de solo, refletindo as
diferenças dos teores de cátions trocáveis no solo devido aos tratamentos estudados. A
aplicação do fertilizante químico (FPK100) proporcionou valores de CTC
significativamente superiores (9,51 e 8,02 cmolc kg-1
), nos solos sem e com inoculação
com P. polymyxa, respectivamente, em relação aos outros tratamentos estudados. Estes
valores são considerados adequados, segundo os critérios de classes de interpretação de
fertilidade do solo citados por Ribeiro et al. (1999). O biofertilizante de rocha com a
maior dose (BPK200) apresentou aumento significativo (45,0%) na capacidade de troca
de cátions no solo (CTC), em relação à rocha moída (RPK100) e de 73,0% em relação à
testemunha (T=0), no solo inoculado com P. polymyxa, com valores de CTC
considerados médios, conforme Ribeiro et al. (1999). A mesma tendência ocorreu em
solo na ausência da bactéria.
4.2.1.3 Influência do biofertilizante nos valores de pH, alumínio (Al+3
) e fósforo (P) no
solo
Os valores relacionados ao pH, alumínio (Al+3
) e fósforo (P) no solo encontram-
se na Tabela 15, onde verifica-se que com relação ao pH do solo, os valores obtidos em
função dos tratamentos mostraram redução significativa do pH do tratamento
testemunha (6,2) para 4,1; 4,0 e 3,9 nas doses mais elevadas dos biofertilizante BPK70,
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
71
BPK100 e BPK 200, respectivamente, no solo inoculado e não inoculado com P.
polymyxa. A mesma tendência ocorreu no solo inoculado com P. polymyxa, onde os
solos adubados com BPK70, BPK100 e BPK 200 apresentaram valores de pH
significativamente mais baixos, comparado aos outros tratamentos estudados. Stamford
et al. (2004 e 2006) também verificaram redução do pH do solo cultivado com feijão
caupi quando aplicou biofertilizante de rocha nas doses mais elevadas, enfatizando o
efeito do Acidithiobacillus e do enxofre usado na produção do biofertilizante, o que
resulta na geração de ácido sulfúrico e consequente diminuição do pH do solo.
Não houve diferença significativa em todos os tratamentos de fertilização
estudados nos valores de pH do solo inoculado com P. polymyxa em relação ao não
inoculado, com exceção da testemunha. O pH do solo pode afetar a atividade dos
microrganismos, podendo ser um fator de seleção que afeta diretamente a composição de
diferentes espécies microbianas do solo (Narloch, 2002; Kim et al., 2007; Arias et al.,
2010).
Tabela 15: Efeito dos tratamentos sobre o pH, Al+3
e P do solo, aos 75 dias após o plantio.
Inoculação Fertilização
FPK100 RPK100 BPK 200 BPK 100 BPK 70 BPK 40 T=0
pH
Sem P. polymyxa 5,4 Ca 6,7 Aa 3,9 Ea 4,0 Ea 4,1 Ea 4,6 Da 6,2 Bb
Com P. polymyxa 5,3 Ba 6,5 Aa 3,8 Da 4,0 Da 4,2 CDa 4,5 Ca 6,5 Aa
Al +3 (cmolc dm-3)
Sem P. polymyxa 0,16 Ca 0,00 Da 0,39 Aa 0,34 ABa 0,26 Ba 0,15 Ca 0,00 Da
Com P. polymyxa 0,21 Ca 0,00 Da 0,39 Aa 0,33 ABa 0,28 BCa 0,19 Ca 0,00 Da
P (mg dm-3)
Sem P. polymyxa 618 Ba 388 Ca 868,8 Aa 466,5 BCa 286,5 CDa 160,8 DEa 12,3 Ea
Com P. polymyxa 523,5 Ba 460,3 Ba 803,3 Aa 398,8 Ba 380,3 Ba 179 Ca 18,8 Ca
Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao
nível 5% probabilidade pelo teste de Tukey. CV (pH ) = 4.21%; CV (Al +3
) = 21.58 %; CV (PO4-) = 21.26%.
O pH adubado com rocha moída apresentou valor significativamente mais alto,
em relação aos demais tratamentos. A variação do pH em função dos tratamentos,
parece não ter afetado a absorção da maioria dos macronutrientes na biomassa seca,
levando em consideração os valores do T=0 (pH 6,2) e RPK100 (pH 6,7) que estariam
mais disponíveis nessa faixa (Malavolta et al., 1997). Tal fato não refletiu no
desenvolvimento do caupi, que não foi prejudicado pela produção da biomassa seca,
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
72
conforme relatado mais adiante. A promoção do crescimento vegetal por rizobactérias
promotoras de crescimento em plantas é quantificado, entre outras variáveis, pela
biomassa (Lucy et al., 2004). Resultados semelhantes foram encontrados por Stamford
et al. (2003 e 2004a) onde mostraram que o feijão caupi foi tolerante ao baixo pH do
solo, pela ação do Acidithiobacillus presente nos biofertilizantes de rochas produzidos,
sem diminuir o rendimento da cultura.
No presente estudo, a falta de resposta negativa do feijão caupi ao baixo pH do
solo possivelmente ocorreu devido a uma combinação de fatores como, por exemplo, o
aumento do P disponível no solo devido à aplicação dos fertilizantes e biofertilizantes e
pela adaptação do feijão caupi a solos ácidos (Stamford et al., 2006).
No que se refere ao alumínio (Al+3
) no solo, observa-se que os valores foram
significativamente mais elevados nos tratamentos com biofertilizantes em todas as
doses aplicadas, com valores máximos nos tratamentos BPK200 e BPK100. Os teores
de Al+3
nos solos dos tratamentos estudados refletiram no pH do solo, que foram mais
baixos nos tratamentos com biofertilizantes. O solo com aplicação do fertilizante
químico (FPK100) apresentou um nível de Al+3
estatisticamente semelhante ao
biofertilizante na menor dosagem (BPK40). Os tratamentos com rocha moída (RPK100)
e testemunha (T=0) apresentaram teor de Al+3
zero, possivelmente devido ao pH destes
tratamentos que foram mais elevados.
Com relação ao teor de P, que na testemunha foi de 12,3 mg dm-3 no solo sem P.
polymyxa, alcançou valores bastante expressivos em todos os tratamentos, em especial o
BPK200 que apresentou valor significativamente superior (868,8 mg dm-3
), comparados
aos outros tratamentos estudados. Com exceção do solo adubado com BPK40, todos os
outros tratamentos fertilizados apresentaram valores estatisticamente superiores ao solo
sem adubação (T=0). Esta tendência ocorreu nos solos inoculados e não inoculados com
P. polymyxa. Os valores de P disponíveis nos solos dos tratamentos fertilizados são
considerados como altos em termos de fertilidade do solo (IPA, 2008). O P é o nutriente
que mais limita o crescimento das plantas, e em quantidades adequadas, estimula o
desenvolvimento das raízes estando assim relacionado à absorção de nutrientes e,
consequentemente, à eficiência nutricional (Fageria, 1998).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
73
4.2.1.4 Capacidade máxima de adsorção de fósforo (P) no solo cultivado com caupi
A Tabela 16 mostra os dados da Capacidade Máxima de Adsorção de P (CMAP)
em função dos tratamentos estudados. Verifica-se que o tratamento testemunha e
RPK100 apresentaram valores de CMAP significativamente mais elevados, em relação
aos demais tratamentos, nos solos com ou sem inoculação com P. polymyxa.
A aplicação das rochas fosfatada e potássica puras (RPK100) não alterou a
capacidade de adsorção do fósforo no solo, observando-se valores médios de 0,792 mg
g-1
e 0,830 mg g-1
nos solos com e sem inoculação com P. polymyxa, respectivamente.
Estes resultados demonstram à baixa ou lenta liberação de P do fosfato natural devido
sua baixa reatividade no solo, não ocupando as cargas positivas livres para adsorção do
fósforo na matriz do solo. Zoz et al. (2009) também verificaram que a aplicação de
fosfato natural não alterou a adsorção de P em um Latossolo Vermelho.
Entre os tratamentos com biofertilizantes, verifica-se redução da CMAP com o
aumento de suas doses, com valores variando de 0,653 mg g-1
de P no tratamento
BPK40 a 0,414 mg g-1
de P no tratamento BPK200 no solo não inoculado com P.
polymyxa. Na presença da bactéria, os valores variaram de 0,668 mg g-1
no tratamento
BPK40 até 0,460 mg g-1
no tratamento BPK200. Souza et al. (2006) estudaram o efeito
da adubação e calagem sobre a adsorção do P no solo e também verificaram redução da
CMAP do solo com o aumento da dose de adubação.
Tabela 16: Capacidade máxima de adsorção de P (mg g-1
).
Inoculação Fertilização
FPK100 RPK100 BPK 200 BPK 100 BPK 70 BPK 40 T=0
CMAP
Sem P. polymyxa 0,337 Ea 0,792 ABa 0,414 DEa 0,527 CDa 0,598 Ca 0,653 BCa 0,854 Aa
Com P. polymyxa 0,385 Da 0,830 Aa 0,460 CDa 0,570 BCa 0,643 Ba 0,668 Ba 0,913 Aa
Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao
nível 5% probabilidade pelo teste de Tukey. CV (CMAP) = 10.65 %.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
74
O tratamento FPK100 apresentou valor de CMAP mais baixo em relação aos
outros tratamentos, tanto no solo inoculado com P. polymyxa (0,385 mg g-1
) como no
solo não inoculado (0,337 mg g-1
). Esse comportamento pode ser atribuído ao bloqueio
das cargas livres de adsorção de fósforo no solo devido ao fósforo adicionado com o
fertilizante, onde os fosfatos se ligam às cargas positivas de óxidos de Fe+2
e Al+2
das
partículas do solo (Sheng-Li, 2008; Matias, 2010). Zoz et al. (2009) também
constataram redução do P adsorvido em Latossolo Vermelho devido a adubação
fosfatada com superfosfato simples.
Não houve efeito significativo da inoculação do solo com P. polymyxa nos
valores da capacidade máxima de adsorção de fósforo no solo estudado.
4.2.1.5. Micronutrientes no solo
Sabe-se que a disponibilidade dos micronutrientes, como Fe+2
, Cu+2
, Zn+2
e
Mn+2
, aumenta com a diminuição do pH do solo (Fageria, 1998; Kirkby e Römheld,
2007). Como na maioria dos tratamentos o pH do solo encontrou-se numa faixa ácida, é
provável que tal fato tenha beneficiado a liberação desses nutrientes para o feijão caupi.
Em relação aos micronutrientes, Tabela 17, observa-se que para o ferro no solo,
os tratamentos com biofertilizantes e fertilizante químico apresentaram valores
significativamente superiores à testemunha, chegando a um aumento de 6 vezes (BPK
200) na presença da bactéria P. polymyxa. Com exceção do tratamento testemunha
(T=0), os teores de Fe no solo são considerados em níveis adequados para as plantas
(Ribeiro et al., 1999).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
75
Tabela 17: Valores de micronutrientes no solo (mg dm-3
) em função dos tratamentos
estudados.
Inoculação Fertilização
FPK100 RPK100 BPK 200 BPK 100 BPK 70 BPK 40 T=0
Fe+2
Sem P.
polymyxa 87,61 Aa 39,43 CDa 105,64 Aa 60,02 Ba 57,65 BCa 43,18 BCa 22,38 Da
Com P.
polymyxa 76,03 Ba 43,08 Ca 96,68 Aa 60,27 BCa 56,40 Ca 48,32 Ca 15,88 Da
Mn+2
Sem P.
polymyxa 4,45 CDa 10,46 Aa 10,76 Aa 7,38 Ba 6,60 BCa 6,05 BCa 2,43 Da
Com P.
polymyxa 4,71 CDa 11,06 Aa 9,34 ABa 6,70 BCa 6,31 Ca 6,33 Ca 2,08 Da
Zn+2
Sem P.
polymyxa 8,67 Aa 3,71 Ba 2,62 Ca 2,61 Ca 2,73 BCa 2,69 BCa 3,13 BCa
Com P.
polymyxa 8,74 Aa 3,36 Ba 2,49 Ba 2,82 Ba 2,72 Ba 3,06 Ba 3,09 Ba
Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível
5% probabilidade pelo teste de Tukey. CV (Fe+2
) = 14.39%; CV (Mn+2
) = 19.37 %; CV (Zn+2
) = 12.58%.
Com exceção do fertilizante químico, os tratamentos com biofertilizantes e a
rocha moída apresentaram valores de manganês (Mn+2
) no solo significativamente
superiores em relação à testemunha, chegando a 5,5 vezes de aumento na maior dose do
biofertilizante (BKP200) em solo inoculado. Observa-se, ainda, que os teores desses
elementos no solo aumentaram na proporção inversa aos valores de pH, conforme
mostrado anteriormente (Tabela 15), o que favoreceu uma maior disponibilização destes
elementos para as plantas. Ferreira et al. (2009), trabalhando com Phaseolus vulgaris,
também observaram variação nos teores de Mn+2
no solo de acordo com as doses de
fertilizantes basálticos aplicados ao solo. De acordo com os valores citados por Ribeiro
et al. (1999), apenas os teores do micronutriente Mn+2
dos tratamentos BPK200 e
RPK100 são considerados em níveis adequados para as plantas.
Segundo a EMBRAPA (2012) são raras as informações técnicas sobre as
necessidades de micronutrientes em solos onde é cultivado o feijão caupi, ou pelo
menos nas regiões Norte e Nordeste do Brasil (Freire Filho et al., 2005).
Com relação ao micronutriente zinco (Zn+2
), Oliveira e Dantas (1984)
comentam que teores entre 4,0 e 20,0 ppm no solo são considerados suficiente para a
cultura, o que ocorreu apenas para o tratamento com fertilização química (FPK100), que
apresentou valores significativamente superiores (8,67 e 8,74 mg dm-3
) em relação aos
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
76
demais tratamentos, no qual variaram entre 2,49 a 3,71 mg dm-3
. Ferreira et al. (2009)
observaram que não ocorreu diferenças entre as diferentes doses de rochas moídas de
basalto, atribuindo tal fato a não solubilização do mineral presente na rocha durante o
período avaliado.
4.2.2 Efeito das Fontes de Fertilizantes nas Características da Planta
4.2.2.1 Teores de macronutriente na matéria seca da parte aérea
Em se tratando do teor de nitrogênio (N) na matéria seca do caupi, Figura 7,
verificou-se efeito significativo superior no tratamento BKP100, em relação aos
tratamentos RKP100 e FPK100 no solo não inoculado com P. polymyxa. Porém, Silva
et al. (2006) não constataram diferença (p<0.05) nos tratamentos estudados com a co-
inoculação de Bradyrhizobium sp. com P. polymyxa para nitrogênio. Luz (1996) relata
que muitas rizobactérias promotoras de crescimento em plantas têm mostrado que,
apesar de serem descritas como fixadoras de nitrogênio, a quantidade fixada por
algumas espécies é limitada e parece não ser significante.
Figura 7: Teor de N na parte aérea do feijão caupi em função dos tratamentos estudados. Letras
maiúsculas comparam tratamentos de inoculação dentro do mesmo tratamento de fertilização; Letras
minúsculas comparam tratamentos de fertilização dentro do mesmo tratamento de inoculação. Médias
com letras iguais não diferem estatisticamente entre si ao nível 5 % probabilidade pelo teste de Tukey.
CV (N) = 10.98 %
Ab Ab
Aab Aa
Aab Aab
Aab Aa
Aa
Aa Ba
Aa Aa
Aa
0
5
10
15
20
25
30
35
40
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
N (
g k
g-1
)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fontes de P e K
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
77
Segundo dados citados por Freire Filho et al. (2005), os teores de N na matéria
seca da parte aérea do feijão caupi são considerados adequados para o bom
desenvolvimento desta cultura em todos os tratamentos estudados no presente trabalho.
O nitrogênio promove crescimento vigoroso, sendo essencial para produção de
aminoácidos, proteínas e hormônios de crescimento.
Em relação aos teores de fósforo e potássio, Figuras 8a e 8b, respectivamente, na
matéria seca do feijão caupi, verifica-se que o tratamento com fertilização química
(FKP100) apresentou valores significativamente superiores comparados aos demais
tratamentos nos solos inoculados e não inoculados com P. polymyxa, respectivamente.
Este resultado pode estar relacionado ao fato desses nutrientes encontrarem-se numa
forma solúvel e prontamente assimilável as plantas no fertilizante químico, promovendo
uma absorção mais rápida desses elementos pelo feijão. Apenas o tratamento FKP100
apresentou níveis de P e K considerados adequados para o cultivo do feijão caupi
(Freire Filho et al., 2005).
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
78
(a)
(b)
Figura 8: Teores de P (a) e K (b) na parte aérea do feijão caupi em função dos tratamentos estudados.
Letras maiúsculas comparam tratamentos de inoculação dentro do mesmo tratamento de fertilização;
Letras minúsculas comparam tratamentos de fertilização dentro do mesmo tratamento de inoculação.
Médias com letras iguais não diferem estatisticamente entre si ao nível 5 % probabilidade pelo teste de
Tukey. CV (P) = 11.91 %; CV (K) = 45.98 %.
Aa
Ab Ab Ab Ab Ab Ab
Aa
Ab Ab Ab Ab Ab Ab
0
2
4
6
8
10
12
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
P(
g k
g-1
)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fontes de P e K
Aa
Ab
Ab Ab Ab Ab
Ab
Aa
Ab Ab Ab Ab Ab Ab
0
5
10
15
20
25
30
35
40
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
K(
g k
g-1
)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fontes de P e K
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
79
Em se tratando dos macronutrientes cálcio (Ca+2
) e magnésio (Mg+2
), Figuras 9a
e 9b, respectivamente, de maneira geral, os tratamentos com biofertilizantes
apresentaram valores significativamente superiores quando comparado ao fertilizante
químico (FPK100) em solo não inoculado com o P. polymyxa. No solo na presença da
bactéria, os teores de Ca+2
e Mg+2
, no tratamento BPK40, foram estatisticamente
maiores, em relação a adubação química. Porém, os valores encontrados para Ca+2
são
considerados deficientes para o bom desenvolvimento desta cultura. Enquanto os níveis
de Mg+2
são considerados adequados para o crescimento do caupi, com exceção do
tratamento FPK100 (Freire Filho et al., 2005).
Segundo Zambolim et al. (2005), o Ca+2
está ligado a integridade da membrana,
parede celular e crescimento da raiz, e o Mg+2
é constituinte da clorofila, importante na
fotossíntese. De maneira geral, não houve efeito significativo (p<0,05) da inoculação do
P. polymyxa na absorção dos macronutrientes na matéria seca da parte aérea do feijão
caupi nos seus respectivos tratamento. No entanto, Silva et al. (2006) constataram a
eficiência da co-infecção com bactérias dos gêneros Paenibacillus e Bradyrhizobium na
absorção do cálcio, ferro e fósforo em plantas de caupi sob diferentes métodos de
inoculação com fertilizante solúvel, em solo autoclavado.
No presente trabalho, possivelmente o período da colheita do feijão caupi (45
dias) possa ter relevância na interferência de um melhor desempenho da bactéria P.
polymyxa em utilizar possíveis mecanismos (Lal e Tabacchioni, 2009) para absorção
dos minerais em tempo hábil a colheita do caupi. Isso implica que o aperfeiçoamento
deste processo exige ainda uma avaliação de adequação do melhor tempo para
incubação do biofertilizante adicionado ao solo e das condições de incubação. Uma vez
que a disponibilidade de nutrientes pode variar com as condições do meio ambiente
como a atividade microbiana altamente competitiva na rizosfera (Huber e Wilhelm,
1988; Luster et al., 2009), tipo de solo, espécie e idade da planta, temperatura, pH e
ação das raízes (Harley e Gilkes, 2000) e tipo de rocha, pois, conforme Nahas e Assis
(1992) verificaram que fosfatos de rochas de diferentes origens influenciam quanto à
capacidade solubilizadora do fungo Aspergillus niger.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
80
(a)
(b)
Figura 9: Teores de Ca (a) e Mg (b) na parte aérea do feijão caupi em função dos tratamentos estudados.
Letras maiúsculas comparam tratamentos de inoculação dentro do mesmo tratamento de fertilização;
Letras minúsculas comparam tratamentos de fertilização dentro do mesmo tratamento de inoculação.
Médias com letras iguais não diferem estatisticamente entre si ao nível 5 % probabilidade pelo teste de
Tukey. CV (Ca) = 11.72 %; CV (Mg) = 17.7 %
Ac Abc
Aa Aab Aa
Aab Aabc
Ab
Aab Aab Aab Aab
Aa
Aab
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
Ca
(g k
g-1
)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fontes de P e K
Ab
Aab
Aa Aa
Aa Aa Aa
Ab
Aab
Aab Aab Aab
Aa
Aab
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
Mg (
g k
g-1
)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fontes de P e K
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
81
4.2.2.2 Teores de micronutriente na matéria seca da parte aérea
Os resultados relacionados aos teores de micronutrientes na matéria seca do
feijão caupi encontram-se nas Figuras 10 e 11. Em relação ao Zinco (Figura 10) e Ferro
(Figura 11a) verifica-se que não houve diferença significativa (p<0.05) entre os teores
destes elementos na matéria seca do caupi nos tratamentos estudados. Com relação ao
manganês (Figura 11b), observa-se, de modo geral, que o tratamento com o fertilizante
químico (FKP100) e com biofertilizantes (BKP200, BKP100 e BKP70), na presença ou
ausência da bactéria, também não apresentaram diferença estatística entre si, mas foram
significativamente superiores ao tratamento testemunha (T=0). Concluindo que os
biofertilizantes foram eficientes na liberação desses elementos para o feijão caupi,
igualando-se ao fertilizante químico.
Figura 10: Teor de Zn na parte aérea do feijão caupi em relação aos tratamentos estudados. Letras
maiúsculas comparam tratamentos de inoculação dentro do mesmo tratamento de fertilização; Letras
minúsculas comparam tratamentos de fertilização dentro do mesmo tratamento de inoculação. Médias
com letras iguais não diferem estatisticamente entre si ao nível 5 % probabilidade pelo teste de Tukey.
CV (Zn) = 15.88 %.
Aa
Aa
Aa Aa Aa
Aa Aa
Aa
Aa Aa
Aa
Aa Aa
Aa
0
10
20
30
40
50
60
70
80
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
Zn (
mg k
g-1
)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fontes de P e K
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
82
(a)
(b)
Figura 11: Teor de Fe (a) e Mn (b) na parte aérea do feijão caupi em relação aos tratamentos estudados.
Letras maiúsculas comparam tratamentos de inoculação dentro do mesmo tratamento de fertilização;
Letras minúsculas comparam tratamentos de fertilização dentro do mesmo tratamento de inoculação.
Médias com letras iguais não diferem estatisticamente entre si ao nível 5% probabilidade pelo teste de
Tukey. CV (Fe) = 25.25%; CV (Mn) = 35.9 %.
Aa
Aa Aa
Aa Aa Aa Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
Aa
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
Fe
(mg k
g-1
)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fonte de P e K
Ba
Ac
Aab
Aab
Aab
Abc
Ac
Aa
Acd
Aab
Abc
Aab
Abcd
Ad
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
Mn (
mg k
g-1
)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fontes de P e K
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
83
Com base nos estudos realizados por Freire Filho et al. (2005), os teores foliares
de ferro e manganês encontraram-se abaixo do adequado para a cultura, enquanto que
para o zinco valores acima de 50,0 mg kg-1
foram observados na biomassa seca do caupi
em todos os tratamentos, considerados adequados para o seu bom desenvolvimento.
Silva et al. (2006) encontraram valores superiores de ferro de até 103,9% na matéria
seca no feijão caupi, quando inoculado com a bactéria P. polymyxa em relação a
testemunha. Fageria (2000), avaliando a aplicação de doses de Zn+2
(0 até 120,0 mg
kg-1
) na adubação do feijoeiro, verificou que não houve diferença significativa na
produção de massa seca aérea entre os tratamentos estudados. Sabe-se que o Zn+2
exerce grande influência sobre a nodulação e a fixação simbiótica do nitrogênio pelas
leguminosas sendo componente e ativador enzimático (Melo, 2005).
Em relação à inoculação com o P. polymyxa, observou-se sinais positivos na
absorção dos elementos nas doses estudadas, porém houve efeito significativo apenas
para o manganês no tratamento com fertilizante químico, aumentando de 153,25 mg
dm-3
no solo não inoculado para 209,00 mg dm-3
quando inoculado com a bactéria.
O mecanismo pelo qual a bactéria P. polymyxa se mostrou muitas vezes positiva,
ainda que não significativamente, na absorção dos macro e micronutrientes na parte
aérea do feijão vigna, pode estar associado entre outros mecanismos à produção de
metabólitos secundários, pois segundo Cattelan (1995) e Silva et al. 2006, tais
substâncias, produzidas por rizobactérias promotoras de crescimento em plantas, podem
oferecer aumentos nas concentrações de N, P, Fe, Ca e Cu, na parte aérea do
hospedeiro. Embora tenha sido observada instabilidade na resposta à inoculação com a
estirpe de P. polymyxa, esta propiciou benefícios às plantas em relação às variáveis
estudadas.
4.2.2.3 Altura de planta, número de folhas e diâmetro do caule
Com relação às variáveis altura de planta, número de folhas e diâmetro do caule,
Tabela 18, verificou-se que a adubação com fertilizante químico (FPK100)
proporcionou valor de altura de plantas significativamente superior em relação aos
outros tratamentos, no solo inoculado com P. polymyxa. No solo sem inoculação com a
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
84
bactéria, não houve diferença significativa entre os tratamentos com adubação química
(FPK100), rocha moída (RPK100) e biofertilizante (BPK200). Stamford et al. (2005)
estudaram o efeito da aplicação de biofertilizante de rocha fosfatada na cultura da sabiá
(Mimosa caesalpiniifolia) e não verificaram diferenças significativas entre o adubo
superfosfato simples e os tratamentos com biofertilizantes de rocha aplicado em
diversas doses. Alves et al. (2010) obtiveram valores positivos no uso do complexo
rocha-fungo como fonte alternativa de potássio para crescimento de eucalipto.
Tabela 18: Altura de planta (cm), número de folhas (planta) e diâmetro do caule (mm)
Inoculação Fertilização
FPK100 RPK 100 BPK 200 BPK 100 BPK 70 BPK40 T=0
Altura de plantas
Sem P. polymyxa 102,75 Ab 73,50 ABCa 79,50 ABa 68,75 BCa 46,75 CDa 36,75 Db 30,25 Da
Com P. polymyxa 128,50 Aa 48,50 BCb 47,75 BCb 49,50 BCa 44,25 Ca 77,75 Ba 35,88 Ca
Número de folhas
Sem P. polymyxa 24,25 ABa 12,75 BCa 20,50 ABa 29,75 Aa 20,25 ABa 11,75 Ca 10,00 Ca
Com P. polymyxa 28,00 Aa 13,50 BCa 14,75 BCa 21,00 ABb 21,25 ABa 17,75 ABCa 7,25 Ca
Diâmetro do caule
Sem P. polymyxa 10,20 Aa 5,27 Ba 6,59 Ba 6,24 Ba 6,05 Ba 5,72 Ba 5,10 Ba
Com P. polymyxa 11,05 Aa 5,61 BCa 6,16 BCa 6,35 BCa 6,58 Ba 5,81 BCa 4,80 Ca
Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao
nível 5% probabilidade pelo teste de Tukey. CV (Altura) = 22.24%; CV (N.°folhas) = 29.86 %; CV (Caule) =
10.91 %.
Em se tratando da variável número de folhas do caupi, verificou-se a mesma
tendência em solo com ou sem a presença da bactéria, onde se observa que os melhores
resultados foram para os tratamentos com adubação química (FPK100) e biofertilizantes
nas maiores doses (BPK200, BPK100 e BPK70), quando comparado à rocha moída
(RPK100) e testemunha (T=0), indicando a eficiência dos biofertilizantes de rochas no
desenvolvimento da cultura. Lima et al. (2007) também verificaram efeitos similares
entre adubação química e adubação com biofertilizantes de rocha no número de folhas
de alface.
Com relação ao diâmetro do caule no feijão, a fertilização química com
superfosfato simples e cloreto de potássio (FPK100), proporcionou valor
significativamente superior, em relação aos demais tratamentos estudados, nos solos
sem e com a inoculação da bactéria P. polymyxa. O feijão caupi não respondeu à
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
85
aplicação de biofertilizante de rocha e rocha moída (RPK100) nos valores de diâmetro
do caule, pois não foi observado diferença significativa destes com o tratamento
testemunha sem adubação (T=0).
4.2.2.4 Acúmulo de matéria seca da parte aérea (MSPA)
A Figura 12 mostra o resultado obtido em relação à produção da matéria seca da
parte aérea do feijão caupi em função das fertilizações com P e K, e da inoculação com
a bactéria do gênero P. polymyxa. Pode-se observar que o tratamento com fertilizante
químico (FKP100) apresentou valores significativamente superiores (p<0.05) aos
demais tratamentos estudados. Esta tendência ocorreu nos solos inoculados e não
inoculados com o P. polymyxa. Provavelmente, isso de deve a grande quantidade desses
macronutrientes (P e K) solúveis no solo, sendo assim, promovendo o crescimento de
forma mais rápida, uma vez que, esses minerais estão envolvidos no desenvolvimento
dos caules e folhas.
Figura 12: Produção de matéria seca (g vaso
-1) da parte aérea do feijão caupi em relação às fertilizações
estudadas. Letras maiúsculas comparam tratamentos de inoculação dentro do mesmo tratamento de
fertilização; Letras minúsculas comparam tratamentos de fertilização dentro do mesmo tratamento de
inoculação. Médias com letras iguais não diferem estatisticamente entre si ao nível 5 % probabilidade
pelo teste de Tukey. CV (MSPA) = 27.85 %.
Aa
Ab
Ab Bb Ab Ab
Ab
Aa
Ab
Ab Ab
Ab
Ab
Ab
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
FKP100 RKP100 BKP200 BKP100 BKP70 BKP40 T=0
MS
PA
(g)
Sem P.polymyxa Com P.polymyxa
Fontes de P e K
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
86
Não houve diferença significativa nos valores de matéria seca entre o tratamento
testemunha e os tratamentos com aplicação de biofertilizantes e rocha moída, apesar de
verificados ganhos de aproximadamente 2 vezes no acúmulo de biomassa seca
(BKP100=4,50 g vaso-1
) em relação ao tratamento testemunha (T=2,10 g vaso-1
),
quando inoculado com o P. polymyxa, e acréscimo de 1,5 vezes na biomassa seca
(BKP200=3,2 g vaso-1
) quando na ausência da bactéria. Apenas no tratamento BKP100
a inoculação com P. polymyxa promoveu aumento significativo da matéria seca da parte
aérea do feijão caupi (52,0%) em relação ao solo não inoculado.
Esses incrementos na biomassa seca podem estar associados a mecanismos
diretos pela produção de hormônios de crescimento (citocinina, giberelinas, auxinas),
aumento da disponibilidade de ferro, e/ou efeitos indiretos como biocontrole (Timmusk
et al., 2009), produção de antibiótico e competição por nutrientes, como relatado por Lal
e Tabacchioni (2009). Moura et al. (2007) trabalhando com adubação em melão não
constataram diferença (p<0.05) entre os tratamentos, porém, houve melhor resultado
para o biofertilizante no maior nível (BP200) e a mistura de rochas (RP+RK) no dobro
da dose recomendada para fertilizante químico acrescido de enxofre. O mesmo foi
relatado por Stamford et al., (2004a) trabalhando com feijão caupi inoculado com
rizóbio. Motta et al. (1992), trabalhando com doses variadas de basalto, observaram
tendência de decréscimo na produção de matéria seca de aveia com o aumento das doses
de basalto.
4.2.2.5 Peso e número de grãos frescos do feijão vigna
Os resultados relacionados ao rendimento de peso de grãos frescos e número de
grãos encontram-se na Tabela 19. Observa-se, de maneira geral, menores valores para
os tratamentos na presença do P. polymyxa, que pode está relacionado a gasto de
energia da planta pela bactéria, visto que, esse microrganismo é fixador de nitrogênio
(Silva et al., 2007). Na fixação biológica, o nitrogênio atmosférico (N2) é transformado
em amônia (NH3) a custas de energia da planta. Além da energia necessária para a
redução do nitrogênio, faz-se necessário o provimento de esqueletos carbônicos para a
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
87
bactéria fixadora, necessitando, portanto, de um gasto extra de energia metabólica.
(Fagan et al., 2007).
Em relação ao solo não inoculado com P. polymyxa, o tratamento com
fertilização química (FPK100) apresentou valor de peso dos grãos (13,03g planta-1
)
significativamente superior, em relação aos outros tratamentos estudados. De modo
geral, os tratamentos com biofertilizantes em todas as doses aplicadas apresentaram
peso dos grãos estatisticamente superiores, em relação à testemunha (T=0). A aplicação
da rocha moída (RPK100) não apresentou diferença significativa nos valores de peso
dos grãos, em relação à testemunha, indicando a baixa solubilidade dos nutrientes
provenientes da rocha pura para as plantas do caupi. Nos tratamentos com adubação
fosfatada e potássica aliada à inoculação com a bactéria P. polymyxa, observa-se que
não houve diferença entre o fertilizante químico e os biofertilizantes, indicando uma
interação positiva entre o biofertilizante e a bactéria P. polymyxa. Stamford et al. (2006)
verificaram maiores rendimentos no peso dos grãos de caupi nos solos adubados com
biofertilizantes, em relação aos tratamentos com adubação química e rocha moída, no
entanto, as doses dos biofertilizantes foram maiores que no presente estudo.
Tabela 19: Rendimento de peso fresco (g planta-1
) e número de grãos (planta) de feijão caupi em
função dos tratamentos estudados.
Inoculação Fertilização
FPK100 RPK100 BPK 200 BPK 100 BPK 70 BPK 40 T=0
Peso grãos frescos
Sem P. polymyxa 13,03 Aa 1,13 CDa 6,42 Ba 6,55 Ba 5,89 Ba 5,20 BCa 0,23 Da
Com P. polymyxa 8,26 Ab 1,21 Ba 7,68 Aa 6,07 Aa 4,89 ABa 4,13 ABa 0,84 Ba
Número de grãos
Sem P. polymyxa 53,25 Aa 6,00 Ca 27,25 Ba 24,50 Ba 23,50 Ba 22,75 Ba 1,00 Ca
Com P. polymyxa 29,75 Ab 6,00 BCa 29,50 Aa 22,50 Aa 18,25 ABCa 20,25 ABa 4,50 Ca
Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível
5% probabilidade pelo teste de Tukey. CV (Peso grãos) = 40.37 %; CV (N.° grãos) = 34.26 %.
Com relação à variável número de grãos, os valores médios variaram entre 53,25
a 1,00 g planta-1
na adubação química (FPK100) e testemunha (T=0) respectivamente,
no solo não inoculado com P. polymyxa. Com a inoculação da bactéria, não houve
diferença estatística entre os valores de número de grãos do tratamento com adução
química e os tratamentos com aplicação de biofertilizantes, sugerindo que a bactéria tem
potencial para ser utilizada como inoculante na cultura do feijão caupi. Gaing e Gaur
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
88
(1991), trabalhando com feijão, observaram que a espécie de Bacillus subtilis aumentou
a produção de grãos, em solo deficiente de P suplementado com fosfato de rocha.
Verifica-se ainda, de modo geral, que o peso e o número de grãos tendem a
crescer à medida que os níveis de biofertilizantes aumentam, de modo que os
biofertilizantes obtiveram valores estatisticamente superiores aos tratamentos com rocha
e testemunha, onde este apresentou a menor resposta. O mesmo comportamento foi
observado no trabalho de Stamford et al.(2006) com feijão caupi.
Kudla et al. (1996) estudaram o efeito de doses variadas de pó de basalto sobre o
crescimento de trigo e obtiveram efeito positivo sobre a produção de grãos, mas com
tendência a diminuir com o aumento da dose utilizada. Ferreira et al. (2009) não
observaram efeito dos tratamentos com pó de basalto sobre a produtividade do feijão,
atribuindo tal fato ao pouco tempo de reação ao pó de rocha no solo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS
FUTUROS
Os resultados apresentados neste trabalho mostraram que a pesquisa poderá ser
desenvolvida para outras culturas de importância econômica e não só para a região
Nordeste como para todo o país. Podendo ser observado um impacto econômico com a
diminuição dos custos, pela substituição ou diminuição na utilização dos fertilizantes
químicos. Além da possibilidade de recuperação de áreas deficientes em potássio e
fósforo, com aumento da fertilidade dos solos.
A realização da pesquisa aponta desenvolvimento de biotecnologia econômica e
com repercussão no impacto ambiental, tendo em vista a produção de biofertilizante,
sem utilização de insumos químicos, e, portanto passível de uso para uma agricultura
ecológica e sustentável, podendo ser obtidos por agricultores. Além disso, este tema
abre uma perspectiva para produção de biofertilizantes capazes de promover melhorias
na agricultura, disponibilizando insumos a partir de interações de microrganismos mais
adaptados para maximizar o potencial de solubilização de rochas fosfatadas e
potássicas, em beneficio à planta.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
89
CAPÍTULO 5
CONCLUSÕES
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
90
5. CONCLUSÕES
1) O sinergismo entre as estirpes estudadas favoreceu o processo de
biossolubilização de P e K de rocha na produção mais eficiente de biofertilizante. A co-
inoculação das bactérias P. polymyxa+R. solanacearum apresentou melhor desempenho
para K disponível, e as bactérias P. polymyxa+C. violaceum promoveram maior
solubilização de P na rocha.
2) O melhor tempo de biossolubilização proporcionado pelos microrganismos
inoculado e co-inoculado ocorreu aos 36 dias de incubação para de P e K de rochas.
3) A maior dose no biofertilizante promoveu maior redução do pH do solo e os
maiores valores de P disponível. A adubação mineral promoveu maiores valores de Ca
e K no solo, bem como para a capacidade de troca de cátions.
4) A adubação com fertilizante químico e biofertilizante reduziram a capacidade
máxima de adsorção de fósforo do solo estudado.
5) Houve efeito da fertilização na absorção dos macronutrientes na planta, com
melhores resultados para P e K na adubação mineral, e maior absorção de N, Ca e Mg
com aplicação dos biofertilizantes.
6) A aplicação dos biofertilizantes nas maiores doses (BPK200 e BPK100)
inoculados com a bactéria P. polymyxa proporcionaram peso fresco e rendimento de
grãos do feijão caupi semelhante ao fertilizante químico.
7) A pesquisa revelou a possibilidade do uso de biofertilizantes nas suas maiores
doses (BPK200 e BPK100) como produto alternativo ou complementar de fertilizantes
minerais, revelando-se como potencial para uma agricultura sustentável.
8) A inoculação da bactéria P. polymyxa apresentou variações entre os tratamentos
e as variáveis estudadas, sem um comportamento padrão. O aperfeiçoamento deste
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
91
processo exige ainda uma avaliação de adequação do melhor tempo para incubação do
biofertilizante adicionado ao solo.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
92
CAPÍTULO 6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
110
APÊNDICES
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
111
7. APÊNDICES
APÊNDICE 1
7.1 Composição dos meios de culturas dos microrganismos utilizados no Trabalho
de Tese.
1. Meio Caldo Triptona de Soja (TSB)- Kit para a bactéria Paenibacillus polymyxa
(Silva, 2003).
Composição Quantidade (g L-1
) TSB 30
Ágar 15
Água destilada 1000 mL
pH final 6,8 - 7,2
2. Meio TK para a bactéria Acidithiobacillus thiooxidans (Tuovinen e Kelly, 1973).
Composição Quantidade (g L-1
) (NH4)2 SO4 0,5
KH2PO4 0,4
MgSO4.7H2O 0,4
Água destilada 1000 mL
pH final 1,8 - 2,8
3. Meio Kelman para a bactéria Ralstonia solanacearum (Kelman, 1954).
Composição Quantidade (g L-1
) Peptona 10
Triptona 1
Glicose 5
Ágar 15
Água destilada 1000 mL
pH final 7,0
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
112
4. Meio Luria Bertani (LB) para a bactéria Cromobacterium violaceum (Sambrook and
Russel, 2001).
Composição Quantidade (g L-1
)
Triptona 10
Extrato de levedura 5
NaCl 5
Ágar 15
Água destilada 1000 mL
pH final 6,8 -7,0
5. Meio Extrato de malte – Kit para o fungo Penicillium fellutanum (Silva e Prata,
2005).
Composição Quantidade (g L-1
) Extrato de malte 2%
Peptona 0,1%
Glicose 2%
Ágar 2%
Água destilada 1000 mL
pH final 5,0
6. Meio Extrato de malte - Kit para o fungo Trichoderma humatum (Rifai, 1969).
Composição Quantidade (g L-1
) Extrato de malte 2%
Ágar 2%
Água destilada 1000 mL
pH final 5,0
7. Meio YMA para a bactéria Bradyrhizobium japonicum (Vincent, 1970).
Composição Quantidade (g L-1
) Manitol 10
K2HPO4 0,5
MgSO4.7H2O 0,2
NaCl 0,1
Extrato de levedura 0,5
Ágar 15
Água destilada 1000 mL
pH final 6,8 - 7,0
Todas as soluções foram esterilizadas em autoclave em temperatura de 121 ºC por
15-20 minutos.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
113
APÊNDICE 2
7.2 Soluções- padrão de potássio (K) e fósforo (P) segundo a metodologia da
EMBRAPA (1999).
7.2.1 Solução- padrão de potássio (K) em concentrações de 0,1; 0,2; 0,3; 0,4 mmol
de K+
/L)
Solução extratora de Mehlich 1 ou duplo ácido (HCl 0,05 M + H2SO4 0,0125 M)
– Pipetar 43mL de ácido clorídrico (HCl) e 6,9 mL de ácido sulfúrico (H2SO4)
em aproximadamente 5 litros água destilada, posteriormente completar para 10
litros.
Solução- padrão diluída de potássio (1,0 mmol de K+
/L)
- Pipetar 100 mL da solução concentrada de potássio (10,0 mmol de K+
/L), e
completar o volume para1000 mL de água destilada.
Soluções- padrão de potássio (0,1; 0,2; 0,3; 0,4 mmol de K+
/L)
Pipetar Volume
50, 100, 150, 200 mL da solução diluída
de potássio (1,0 mmol de K+
/L)
Completar para 500 mL da solução
extratora de Mehlich 1, para cada padrão.
7.2.2 Solução -padrão de fósforo (P) em concentrações de 1, 2, 3,4,mg de P/L
Solução extratora de Mehlich 1 ou duplo ácido (HCl 0,05 M + H2SO4 0,0125 M)
Solução- padrão de fósforo (50 mg de P/L)
- Pesar 0,2195g do reagente fosfato monobásico de potássio (KH2PO4),
previamente seco em estufa (105°C). Dissolver em aproximadamente 300mL de
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
114
água destilada. Adicionar 3mL de ácido sulfúrico, deixar esfriar, e completar
para o 1000mL.
Soluções- padrão de fósforo (1; 2; 3; 4 mg de P /L)
Pipetar Volume
10, 20, 30, 40 mL da solução-
padrão de 50 mg de P/L
Completar em balão de 250 mL com
solução extratora de Mehlich 1, para cada
padrão.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
115
APÊNDICE 3
Gráficos originados da Equação de Langmuir para obtenção dos valores da
Capacidade Máxima de Adsorção de Fósforo (CMAP) no solo, Tabela abaixo:
Tabela: Capacidade máxima de adsorção de P (mg g-1
).
Inoculação
Fertilização
FPK100 RPK100 BPK 200 BPK 100 BPK 70 BPK 40 T=0
CMAP
Sem P. polymyxa 0,337 Ea 0,792 ABa 0,414 DEa 0,527 CDa 0,598 Ca 0,653 BCa 0,854 Aa
Com P. polymyxa 0,385 Da 0,830 Aa 0,460 CDa 0,570 BCa 0,643 Ba 0,668 Ba 0,913 Aa
Letras maiúsculas iguais nas linhas e minúsculas iguais nas colunas não diferem estatisticamente entre si ao nível 5%
probabilidade pelo teste de Tukey.
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
116
FPK100 sem Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-1 20 40 60 80 100 120 140
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-1 20 40 60 80 100 120 140
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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FPK100 com Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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RPK100 sem Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
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0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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RPK100 com Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
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0,60
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0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
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-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
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0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
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BPK200 sem Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
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0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
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q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
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BPK200 com Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
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0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
122
BPK100 sem Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
123
BPK100 com Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
124
BPK70 sem Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
125
BPK70 com Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
126
BPK40 sem Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
127
BPK40 com Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150 q
(m
g P
g-1
)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
128
T= 0 (Testemunha) sem Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,10
0,30
0,50
0,70
0,90
1,10
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,10
0,30
0,50
0,70
0,90
1,10
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
Silva, V. N. da Interação de microrganismos na solubilização de fósforo e potássio de..
129
T= 0 (Testemunha) com Paenibacillus polymyxa
BLOCO 1 BLOCO 2
BLOCO 3 BLOCO 4
-0,10
0,10
0,30
0,50
0,70
0,90
1,10
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L) -0,10
0,10
0,30
0,50
0,70
0,90
1,10
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)
-0,10
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
-10 10 30 50 70 90 110 130 150
q (
mg
P g
-1)
C = Concentração de Equilíbrio (mg/L)