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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Planejamento e Prática Interdisciplinares Um desafio à nossa prática¹ Belina Fabi da Silva Costa Araguaína, 2011 __________________________________ 1 - Relatório analítico apresentado ao Curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Coordenação Pedagógica, como exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Coordenação Pedagógica, sob a orientação da professora Maria Alves F .de Freitas.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

Planejamento e Prática Interdisciplinares – Um desafio à nossa prática¹

Belina Fabi da Silva Costa

Araguaína, 2011

__________________________________

1 - Relatório analítico apresentado ao Curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Coordenação Pedagógica, como exigência

parcial para obtenção do título de Especialista em Coordenação Pedagógica, sob a orientação da professora Maria Alves F .de

Freitas.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

PLANEJAMENTO E PRÁTICA INTERDISCIPLINARES – UM DESAFIO À NOSSA PRÁTICA

Belina Fabi da Silva Costa1

Araguaína, 2011

1 Licenciatura Plena em Letras pela Fundação Universidade do Tocantins-UNITINS.

RESUMO

Este trabalho de pesquisa-ação se limitou a investigar como são articuladas teoria e prática

interdisciplinares no dia a dia do fazer pedagógico do contingente de educadores do Colégio Estadual Rui

Barbosa em Araguaína – TO, identificando o teor do embasamento teórico que os mesmos já possuem

sobre o tema, ao mesmo tempo em que verifica as evidências concernentes à prática interdisciplinar no

cotidiano dessa escola, objetivando colaborar para promoção de uma formação mais holística do

educando através da superação da prática disciplinar fragmentada e de um trabalho pautado no diálogo

entre teoria e prática interdisciplinares.

PALAVRAS-CHAVE: Interdisciplinaridade, Formação, Prática Pedagógica.

1 .INTRODUÇÃO

O presente relatório mostra os resultados da pesquisa feita no CERB - Colégio Estadual Rui

Barbosa em Araguaína – TO, com o objetivo de identificar em meio ao contingente de educadores da

referida escola, o teor do embasamento teórico prévio que a equipe pedagógica já possuía sobre o tema

proposto, ao mesmo tempo em que verificou a existência de evidências concernentes à prática

interdisciplinar no cotidiano dessa escola. Tendo em vista a necessidade contemporânea do diálogo entre

teoria e prática interdisciplinares com o objetivo de promover uma formação mais holística do educando.

O contexto educativo está em constante processo de inovação, através de novas pedagogias tenta-

se alcançar o aluno como um todo, almejando-se atacar e suprir suas reais necessidades de aprendizagem.

Dentre as várias pedagogias testadas no decorrer da história da educação em nosso país, a da

interdisciplinaridade, embora não sendo recente, tem sido disseminada teoricamente como o meio mais

eficaz de combater a fragmentação do conhecimento transmitido no dia a dia em sala de aula; o qual,

segundo Heloísa Luck (2010), consiste num conhecimento limitado que, de forma concomitanteproduz

um mosaico de informações desarticuladas e antagônicas à realidade do educando.

Em decorrência desse processo, “surge como uma demanda cada vez mais clara e evidente entre

os educadores a necessidade de se promover e superar essa fragmentação, em busca de uma visão e ação

globalizadora e mais humana.”1 (LUCK, 2010, p.10)

Essa tomada de consciência deve partir de cada profissional que, por sua vez, também enfrentam

algumas barreiras no sentido de entender o que é, como fazer, como avaliar e como mensurar os

resultados advindos de um trabalho dessa natureza.

O professor defronta-se então, com a necessidade de promover uma auto reorganização do

conhecimento e prática pedagógica para sua própria orientação nessa perspectiva pedagógica

diferenciada, a fim de reproduzir conceitos nos quais ele realmente acredite. Envolvendo-se num

1 LUCK, Heloísa, Pedagogia Interdisciplinar. São Paulo: Ed. Vozes Cortez, 2008.

processo de transformação que implica a apropriação dos conhecimentos prévios que o professor já

possui e que foram apreendidos na sua formação profissional, a sua relação com a prática pedagógica

concretizada no cotidiano escolar. (BOLZAN, 2009, p.13)

Em associação a essa mesma fragmentação, rompeu-se o elo da simplicidade e

estabeleceu-se a crescente complexidade da realidade, fazendo com que o homem se encontre

despreparado para enfrentar os problemas globais que exigem dele não apenas uma formação

polivalente, mas uma formação orientada para a visão globalizadora da realidade e uma atitude

contínua de aprender a aprender. (LUCK, 20101, p.9).

Neste sentido, este trabalho limita-se a expor os resultados da investigar de como a pedagogia da

interdisciplinaridade tem sido conceituada pela equipe pedagógica no CERB, os níveis de aceitação e

prática diária, assim como os resultados obtidos com o trabalho já realizado até então e o que pode ser

feito no sentido de aperfeiçoá-lo.

Das bibliografias exploradas e nas quais está embasada a fundamentação teórica para construção

deste trabalho ressalte-se a relevante contribuição de Ivani Fazenda, Heloísa Luck, Dóris Bolzan, dentre

outros autores que contribuíram de forma significativa para sua concretização.

Ressalte-se a importância da visão e conceitos sobre interdisciplinaridade já estabelecidos por

alguns desses pesquisadores:

Embora não seja recente, segundo Heloísa Luck (2010), a interdisciplinaridade é uma ‘ideia-

força’, que agora se manifesta, a partir do alargamento conceitual e da tomada de consciência cada vez

mais clara da fragmentação vivenciada pelo homem em geral pelos educadores no seu dia-a-dia.

Através da interdisciplinaridade,

Busca-se estabelecer o sentido de unidade na diversidade, mediante uma visão de conjunto, que

permita ao homem fazer sentido dos conhecimentos e das informações dissociados e até mesmo

antagônicos que vem recebendo, de tal modo que possa reencontrar a identidade do saber na

multiplicidade de conhecimentos. (LUCK, 2010, p.43).

Numa concepção mais simplista, Tânia Dias Queiroz e Márcia Maria Villanacci Braga (2002,

p.33) afirmam que: “Podemos compreender a interdisciplinaridade como sendo um caminhar lado a lado,

juntos, sinônimo de cumplicidade”2, afirmam ainda que “segundo alguns teóricos, ou aprendemos a

2QUEIROZ, Tânia Dias, Márcia Maria Villanacci Braga. Como obter sucesso em sala de aula? Possibilidades teóricas e práticas

sociointeracionistas, interdisciplinares, transversais e contextualizadas para o Ensino Fundamental. 1ª Ed. – São Paulo: Rideel, 2002. –

(Série pedagogia da esperança).

caminhar juntos ou morreremos juntos”. Daí a importância da efetivação do planejamento em conjunto,

do comungar ideias e objetivos comuns, atentando-se para o fato de que planejar juntos não implica

necessariamente em planejar em conjunto.

Nesse contexto, entende-se que a tomada de consciência do papel do professor é entendida aqui

como elemento dinamizador do processo tendo em vista um redirecionamentode sua prática pedagógica.

Para Dóris Bolzan (2009, p.23), “as crenças e concepções teóricas implícitas que os professores tem

acerca de seu fazer pedagógico podem sinalizar a maneira como eles processam as informações e como

percebem as formas de intervenção didática, como marco de referência para sua prática”3.

E nesse sentido, as pesquisas mostram que a tendência do professor é ensinar da forma como fora

ensinado. O professor encontra-se muitas vezes, atado aos moldes de como fora educado. Para explicar

essa questão, Ivani Fazenda (2008, p.12) utiliza a expressão “ambiguidade na didática interdisciplinar”,

afirmando que “vivemos radicalmente os efeitos dessa ambiguidade quando analisamos as formas como

educamos, ou como fomos educados”4. Essa ambiguidade, diz respeito ao antes e o agora de um

determinado modo de pensar e fazer pedagógico.

Tânia Dias Queiroz e Márcia Maria Villanacci Braga (2002, p.35), afirmam que “por mais que nos

esforcemos para mudar nossa maneira de pensar, sentir, agir, somos fruto do nosso tempo e espaço”.

Fatores que teoricamente confirmam a razão do comportamento comumente observado em vários

educadores do nosso tempo ao demonstrarem certo temor pelo conhecimento e receio de que “o novo

conhecimento e a nova situação possam desmascarar fraquezas”, além disso, a prática nos mostra que

“quem trabalha com a novidade pode cometer erros”5. (2002, p.38)

3BOLZAN, Doris Pires Vargas. Formaçãode Professores: compartilhandoe reconstruindo conhecimentos.Porto Alegre: Mediação, 2002.

4FAZENDA, Ivani C. A.(Org.) O que é Interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.

5QUEIROZ, Tânia Dias, Márcia Maria Villanacci Braga. Como obter sucesso em sala de aula? Possibilidades teóricas e práticas

sociointeracionistas, interdisciplinares, transversais e contextualizadas para o Ensino Fundamental. 1ª Ed. – São Paulo: Rideel, 2002. –

(Série pedagogia da esperança).

Todavia, conforme Ivani Fazenda (2008), “a exigência interdisciplinar que a educação indica:

reveste-se, sobretudo, de aspectos pluridisciplinares e transdisciplinares que permitirão novas formas de

cooperação, principalmente o caminho no sentido de uma policompetência.” Mas que, contudo, “ainda se

encaixa nos moldes convencionais” (2008, p.12), uma vez que “as instituições encontram-se atadas a

planos rígidos e comuns, e não perdoam quem ousa transgredir sua acomodação”. (2008,p.15)

Assim sendo,

O primeiro passo para aquisição conceitual interdisciplinar seria o abandono das posições

acadêmicasprepotentes, unidirecionais, não rigorosas que fatalmente são restritivas, primitivas e

“tacanhas”, impeditivas de aberturas novas, camisas-de-força que acabam por restringir alguns

olhares, taxando-os de menores. Necessitamos, para isso, exercitar nosso olhar mais

comprometido e atentopara as práticas pedagógicas rotineiras emenos pretensiosas e arrogantes em

que a educação se exerce com competência. (FAZENDA, 2008, p.13)

Para Nogueira (2001, p.71), a interdisciplinaridade é uma das características inerentes ao próprio

professor, como também a forma como a mesma é expressa ao exercer a profissão. Ou seja, o professor é

por natureza, um indivíduo de pensamento, formação e conduta interdisciplinares.

Paulo Freire (1985), afirma que a interdisciplinaridade deveria ser para nós, um fato consumado. E

o professor vendo e sabendo disso, deveria ter um plano de trabalho, que não levasse em conta a ofensa

dos salários imorais e as salas superlotadas, não se apropriando do discurso do acomodado, do

comodismo e da quietude os quais não podemos aceitar calados e sem lutar.

O nosso plano de análise levou-nos a observar os ambientes e as formas como essa competência é

expressa no dia a dia da escola estadual Rui Barbosa; pois segundo Antônio Joaquim Severino, “antes de

perguntar como o problema se coloca em relação ao conhecimento, é preciso saber qual o lugar que o

conhecimento ocupa em nossa existência”.6 (SEVERINO apud FAZENDA, 2008, p.33)

Retomamos o pensamento de Paulo Freire (1996, p.10), quando afirma que “de nada adianta o

discurso competente se a ação pedagógica é impermeável a mudanças”. 7Com esse intuito, observamos

detidamente a articulação dos planejamentos entre os professores e a prática em sala de aula,

6FAZENDA, Ivani C. A.(Org.) O que é Interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.

7FREIRE, Paulo.Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo Paz e Terra, 1996.

analisamosas teorias coexistentes através da aplicação de questionário aos professores, coordenadores

pedagógicos e breve entrevista com representantes de alunos e com o gestor pedagógico, instrumentos

esses que nortearam e influenciaram no desenvolvimento e nos resultados dessa pesquisa ação.

2. DESENVOLVIMENTO

A realização de uma pesquisa explicativa nos deu base para identificação dos fatores que

contribuíam para a ocorrência dos fenômenos em questão, ao mesmo tempo em que objetivamos intervir

nessa realidade a fim de aprimorá-la através dos procedimentos técnicos da pesquisa ação.

O processo de pesquisa ação foi de caráter participativo, e para a geração de dados elaboramos e

aplicamos questionários estruturados com algumas questões fechadas e outras discursivas, para a

apreciação do diagnóstico da realidade escolar no que diz respeito à prática interdisciplinar. Participaram

da pesquisa como colaboradores, parte da equipe pedagógica do CERB, mais especificamente os

professores que atuam do 6º ao 9º ano e ensino médio, coordenadores pedagógicos que acompanham os

professores desse nível, gestor pedagógico e representante de alunos das séries equivalentes.

Partimos da visão e experiência que os professores da nossa equipe pedagógica já possuíam sobre

o tema, a fim de que fosse realizado um trabalho que atendesse às reais necessidades do grupo,

oferecendo assim, subsídios necessários para a sensibilização do grupo docente sobre a importância do

trabalho interdisciplinar e mesmo a melhoria do que já vinha sendo realizado nesse sentido. Para tanto,

aplicamos um questionário de sondagem junto à equipe docente, objetivando obtermos um diagnóstico

dessa realidade, para a realização de um trabalho de qualidade, que servisse também como meio de

intervenção para melhoria contínua do fazer pedagógico praticado até então nessa instituição de ensino,

seguindo o pensamento de Dóris Bolzan (2009, p.13), ao afirmar que “esse processo de transformação

implica a apropriação dos conhecimentos prévios dos professores, conhecimentos pedagógicos

apreendidos na formação profissional e sua relação com a prática pedagógica desenvolvida no cotidiano

escolar”8.

2.1 –Instrumentos utilizados

Um questionário de sondagem foi aplicado por ocasião da realização do Dia Pedagógico que

aconteceu no dia 05 de maio de 2011, momento destinado ao estudo e discussão de temas pertinentes para

8 BOLZAN, Doris Pires Vargas. Formaçãode Professores: compartilhandoe reconstruindo conhecimentos. Porto Alegre: Mediação, 2002.

o momento. Ao todo, responderam ao questionário 09 professores dentre os que atuam no Ensino

Fundamental 2ª fase e Ensino Médio nesta instituição, de um total de 10 docentes que estavam presentes

na ocasião. No mesmo instrumento de coleta de dados foi reservado espaço para que o docente

explicitasse o que é necessário para que se comece a trabalhar, trabalhar mais ou trabalhar melhor as aulas

interdisciplinares. O mesmo questionário foi aplicado para os coordenadores pedagógicos, uma vez que

para acompanhar os planejamentos e orientá-los na prática diária faz-se necessário um conhecimento e

prática senão iguais, mais aprofundados do que aqueles que se espera por parte dos próprios professores.

A pesquisa entre os alunos foi feita por amostragem, em que os mesmos foram questionados a

respeito de seu conhecimento teórico acerca do tema, e se reconheciam esse tipo de trabalho nas aulas

ministradas por seus professores. Não obstante, as respostas coincidiram negativamente, sendo que alguns

ainda tentaram definir o sentido da palavra, mas sem êxito.

Através da entrevista realizada com o gestor pedagógico da unidade escolar observamos que, pelo

seu pouco tempo de atuação em sala de aula, não foi possível trabalhar projetos interdisciplinares.

Todavia, o mesmo possui conhecimento teórico razoável sobre o tema e reconhece a necessidade maior

investimento na prática interdisciplinar. Diagnosticamos também a necessidade da realização de

capacitação concernente ao tema, tanto para os professores como para a equipe gestora.

A análise das questões propostas no questionáriodestinado aos professores possibilitou a reflexão

sobre seu conhecimento prévio a respeito do tema proposto, sua participação, atuação e desempenho em

atividades dessa natureza, conhecimento teórico e subsídios que pudessem ampará-los em tais atividades,

planejamento e visão de melhoria na qualidade de seu trabalho atravésda realização de atividades desse

nível.

“É necessário que se dê atenção ao estágio em que o corpo docente de uma escola se encontra, em relação

ao processo interdisciplinar, e motivá-loa expressar e discutir em conjunto os problemas principais do

ensino e seus esforços, sob a ótica da elaboração globalizadora do conhecimento.” (LUCK, 2010, p.24).

Para que esse processo se torne factível, é de fundamental importância que a equipe gestora esteja

capacitada, fator diagnosticado também através do questionário direcionado aos coordenadores

pedagógicos e da entrevista com o gestor pedagógico da unidade escolar, os quais chegaram ao consenso

de que também precisavam de maior aprimoramento em relação ao tema para, então, auxiliar os

professores com maior propriedade tanto no acompanhamento do planejamento quanto nodirecionamento

da realização de ações dessa natureza.

Observamos ainda que mesmo afirmando conhecer e entender o que é uma proposta

interdisciplinar de ensinocomo recurso que contribui para a melhoria da qualidade e aproveitamento das

aulas, não menos que 90% dos profissionais que atuam nesta unidade escolar não trabalhavam

regularmente com aulas interdisciplinares. A princípio, tal fato pareceu-nos contraditório, contudo,

algumas justificativas foram elaboradas através de colocações e sugestões que responderam ao

questionamento: o que é necessário para você, professor, começar a trabalhar, trabalhar mais ou trabalhar

melhor as aulas interdisciplinares?”, dentre as sugestões registradas nos questionários citamos:

articulação de projeto interdisciplinar para nortear o planejamento das ações, necessidade de maior

embasamento teórico como subsídio para a prática diária, e realização do planejamento em conjunto

pautado no compromisso e envolvimento de todos. Atentamos para o fato de que as observações feitas

eram pertinentes e tinham fundamento, ao mesmo tempo em que revelavam as reais necessidades da

equipe e que não foram citadas apenascomo uma “desculpa” para a não realização de práticas dessa

natureza, pelo contrário, revelaram o desejo e intenção da equipe em atuar interdisciplinarmente.

Reconhece-se que, para o desenvolvimento da interdisciplinaridade, é fundamental que haja

diálogo, engajamento, participação dos professores, na construção de um projeto comum voltado

para a superação da fragmentação do ensino e de seu processo pedagógico. No entanto, essas não

são características facilmente encontradas nas escolas em geral. Registra-se, em muitas delas,

muito mais um desejo de que tal situação ocorra, acompanhado de grande lamentação pela

dificuldade da prática pedagógica, em decorrência dessa falta. (LUCK, 2010, p.60).

2.2 – Formação Continuada

A realização da Formação Continuada abordando o referido tema partiu das sugestões registradas

nos questionários de sondagem, e aconteceu de 09 a 12 de maio de 2011. Na oportunidade, foi realizada

uma oficina de leitura interdisciplinar com mostra de ação do projeto interdisciplinar de leitura, palestra

sobre o tema e articulação de projeto interdisciplinar.

2.2.1 – Oficina Interdisciplinar de Leitura

A oficina foi ministrada pelas professoras de Língua Portuguesa e Matemática9na qual foi

apresentado um projeto de leitura que já vinha sendo desenvolvido com as turmas do fundamental II.

9Maria Helena Pires, professora de Língua Portuguesa, formada em Letras com especialização na mesma área.

Luciana Ribeiro Cruz, professora de Matemática, formada em Matemática com especialização na mesma área.

Uma amostra da ação foi socializada através da interação com os professores através da leitura,

transposição textual e posterior socialização dos trabalhos pelos grupos que serviu como evidência de

uma das formas de trabalho interdisciplinar que já tem sido realizado no âmbito escolar.

As professoras monitoras do projeto relataram que os alunos haviam sido envolvidos pela leitura

com maior intensidade, principalmente na área da matemática, pois se mostra como algo novo e

diferenciado.

Para Heloísa Luck (2010, p.58), é importante entender e valorizar “todo esforço orientado por uma

intenção de construção da interdisciplinaridade, como parte de um processo contínuo”, uma vez que o

mesmo “vai alargando o entendimento dos professores envolvidos, ao mesmo tempo em que vai

transformando a realidade pedagógica.”10

2.2.2.- Palestra sobre trabalho interdisciplinar

A palestra abordando o tema foi ministrada pela equipe de currículo da DREA (Diretoria Regional

de Ensino de Araguaína), durante a qual alguns pontos salientados foram: ação recíproca entre

disciplinas, o foco é sempre o ensino aprendizado, criação de uma nova rede de saberes, aprendizado

completo, e conhecimentos que vão além do conteúdo ensinado.

Nesse momento propiciou-se a explicitação pelos professores de algumas conclusões como: só há

trabalho interdisciplinar quando há planejamento interdisciplinar, alguns professores tem dificuldade de

relacionar as áreas, ou até mesmo em dominar outras disciplinas pertinentes à sua, como no caso da

Geografia analítica, que envolve a Matemática e Inglês, alguns professores não dominam a própria

disciplina. Alguns dos motivos colocados pela palestrante que dificultam o trabalho dessa natureza

foram: dificuldades inerentes às limitações de cada profissional, como por exemplo, a elaboração de

textos pelos professores da área das Exatas; dificuldade em se desvencilhar do livro didático uma vez que

o uso diário do mesmo “facilita a vida” do professor.

Segundo Heloísa Luck (2010),o estabelecimento de um trabalho diferenciado provoca, como toda

atividade a que não se está habituado, uma sobrecarga de trabalho.

10 LUCK, Heloísa, Pedagogia Interdisciplinar. São Paulo: Ed. Vozes Cortez, 2008.

Diante, pois, de novos desafios e necessidades, o homem, coletivamente organizado, busca novas

formas de solução para os mesmos, surgindo, muitas vezes, tantas concepções sobre as

dificuldades e tantas soluções possíveis, quantos grupos e pessoas que procurem articular essas

questões, gerando assim, não apenas maior complexidade, mas também maior fragmentação e

desintegração na compreensão da realidade. (LUCK, 2010, p.13)

2.2.3 – Articulação de projeto interdisciplinar

Foi articulada a elaboração de um Projeto Interdisciplinar cujo tema e ações estariam voltadas para

as necessidades de nossos educandos, como também contemplariam as séries e disciplinas críticas como

meio de melhorar a qualidade da aprendizagem nesta unidade escolar, garantindo a permanência com

sucesso do alunado na escola, através de aulas diferenciadas e enriquecidas ao sabor da

interdisciplinaridade. Alguns pontos salientados para introdução do trabalho foram: o que já temos?

Onde queremos chegar? O que já está dando certo? O que precisa melhorar?

Da sistemática da montagem do projeto: após delimitação do tema - Integração Escola

Comunidade, dividimos os grupos para montagem do projeto e elaboração dos objetivos, estratégias,

metas e ações. O projeto contemplou algumas das ações constantes no PPP na meta Interdisciplinar como

meio de reorganizar e/ou replanejar as ações já elaboradas de modo a alcançar melhores resultados

atentando-nos para o fato de que a temática do trabalho deve levar em conta a realidade e a necessidade

da escola e não apenas uma “temática do momento”; ressaltando-se que todo trabalho desenvolvido

deveria estar de acordo com o PPP da escola.

Como ponto de partida para a montagem do projeto interdisciplinar, foram listados os pontos

positivos na visão da própria equipe, dentre eles: equipe coesa e empenhada. Dos pontos negativos

citados: o tempo, insuficiente para o planejamento. Das sugestões propostas: eleger um coordenador para

cada grupo que serviria como “ponte”, auxiliando na comunicação entre as disciplinas e realização de

reuniões sistematizadas para avaliação do processo.

Durante a elaboração do projeto foi possível observar o nível de dificuldade da equipe docente em

articular ações que realmente atendessem ao tema. Dificuldade essa que posteriormentese agravariam

quando da realização das mesmas evidenciando novamente certo nível de desarticulação entre teoria e

prática interdisciplinares.

Dentre os imprevistos que surgiram quando da realização das ações do projeto registramos que,o

índice de rotatividade dos professores nesse mesmo período de realização das ações interferiu nos

resultados almejados, uma vez que 25% dos professores que participaram da formação foram substituídos

em razão da contratação de pessoal concursado. Contudo, a equipe procurou concretizar as ações com

eficiência.

2.3 – Discussão dos Resultados

Os resultados do andamento do processo foram discutidos com os professores com o objetivo de

diagnosticar os avanços conquistados até então, como também a necessidade de aperfeiçoamento para o

alcance de melhores resultados. A discussão foi realizadacom grupos de professores no horário de seus

respectivos planejamentos, tendo por eixo norteador os seguintes questionamentos:

1.A partir da Formação realizada, o quê mudou em relação à sua concepção de

interdisciplinaridade?

2.Em que a Formação Continuada contribuiu para a sua prática pedagógica?

3. Comente o quê você tem observado com relação à montagem e desenvolvimento do Projeto

Interdisciplinar.

Observamos através dos comentários feitos durante a socialização que, mesmo afirmando já

conhecer teoricamente o sentido da prática interdisciplinar, alguns professores demonstram estar

equivocados ao confirmarem que “a formação veio esclarecer muitas dúvidas de ‘como’ trabalhar sobre o

tema inclusive através da troca de experiências e de exemplos colocados pelos colegas de atividades

interdisciplinares exitosas realizadas em outras escolas”. Outras observações feitas na ocasião: “As ações

do projeto foram iniciadas contudo não foram finalizadas ainda, havendo necessidade de socialização das

mesmas para avaliação dos resultados alcançados até então.” “A Formação foi muito útil na teoria, mas

seria necessário a realização de uma Oficina para enriquecer mais a nossa prática.” “O professor não tem

‘fôlego’ para acompanhar o desfecho do processo de algumas ações, as quais precisam ser acompanhadas

mais de perto posteriormente à sua realização.” Aumentando assim, a validade de seus efeitos. Na visão

do gestor pedagógico, “o trabalho desenvolvido serviu como ‘termômetro’ para mensurar o que já

sabemos e o que játemos feito enquanto equipe no sentido de expressar uma prática pedagógica

interdisciplinar, o que tambémservirá como ponto de partida para a continuidade e melhoria do trabalho

realizado até então.”

Observamos que, tanto para os professores quanto para a equipe gestora, inclusive o gestor

pedagógico, a articulação e realização do projeto nesta escola serviram como meio de enriquecimentoda

base teórica do que viria a ser a prática pedagógica efetivamente interdisciplinar, além de ter apontado

caminhos para o aperfeiçoamento da mesma.

2.4 – Resultados alcançados

O desfecho desta pesquisa ação nos mostrou que parte da limitação que o professor tem em realizar

atividades interdisciplinares advém dos métodos conservadores e fragmentados pelos quais também

foram educados, sendo a tendência do professor tão somente reproduzi-los. Portanto, para que esse

quadro seja mudado se faz necessária a superação dessa condição de professor passivo perante uma

necessidade emergente de inovação pedagógicapara professor articulador de situações de

contextualização interdisciplinar. Essa iniciativa deve partir da conscientização do profissional no tocante

à necessidade de atender a uma estrutura pedagógica holística que emerge com uma didática

globalizadora e dinâmica e sem dúvida mais complexa.

Os resultados ainda são poucos e quase que imperceptíveis, mas podemos afirmar que somaram

esforços ao que já vinha sendo desenvolvido nesse sentido.

Sem dúvida alguma, ainda é insuficiente no contexto educacional do CERB o desenvolvimento de

experiências concretas voltadas para a prática intencional de construção interdisciplinar apresentando

assim maiores avanços nesse campo, todavia, o investimento no trabalho de sensibilização, mudança de

postura pedagógica, quebra de paradigmas, deve ser de caráter contínuo e, não obstante, seus resultados

também terão maior qualidade e serão mais perceptíveis à medida que mais a escola se empenhar nesse

sentido.

Durante os momentos destinados à socialização do projeto com os grupos docentes evidenciou-se

a necessidade da realização de encontros mais freqüentes com toda a equipe para monitoramento das

ações, como também da articulação de Oficinas regulares de atividades interdisciplinares sugerida pelos

próprios professores, confirmando a fala de um dos componentes da equipe ao afirmar que “a semente foi

jogada, agora precisamos cultivá-la.”

3 .CONCLUSÃO

Este trabalho de pesquisa-ação se deteve em investigar como são articuladas teoria e prática

interdisciplinares no dia a dia do fazer pedagógico em meio ao contingente de educadores do Colégio

Estadual Rui Barbosa em Araguaína – TO, objetivando identificar o teor do embasamento teórico prévio

que a equipe pedagógica já possuía sobre o tema proposto, ao mesmo tempo em que verificava as

evidências concernentes à prática interdisciplinar no cotidiano dessa escola. Tendo em vista a

necessidade contemporânea do diálogo entre teoria e prática interdisciplinares com o objetivo de

promover uma formação mais holística do educando através de um contexto educativo inovador e

interdisciplinar, através do qualse tenta alcançar o aluno como um todo, almejando-se atacar e suprir suas

reais necessidades de aprendizagem.

A problemática foi abordada através da tentativa de sensibilizar os docentes da necessidade da

tomada de consciência por parte de cada profissional, no sentido de promover uma auto reorganização do

conhecimento e prática pedagógica, em busca de uma visão globalizadora e humana que amenizasse a

fragmentação disciplinar no cotidiano curricular trabalhado pela escola. Nesse contexto, a experiência

consistiu em desafio para os profissionais, visando à superação de obstáculos os quais consistiam na

resistência às inovações, às transformações, a adequação à realidade.

As leituras, debates e formação sobre o tema proposto nos mostraram que parte da limitação que o

professor tem em realizar atividades interdisciplinares advém dos métodos conservadores e fragmentados

pelos quais também foram educados, sendo a tendência do professor tão somente reproduzi-los. Portanto,

para que esse quadro seja mudado se faz necessária a superação dessa condição de professor passivo para

professor articulador. Essa iniciativa deve partir da conscientização do profissional no tocante à

necessidade de atender a uma estrutura pedagógica holística que emerge com uma didática globalizadora

e dinâmica e sem dúvida mais complexa.

Por muito tempo fomos disciplinares, e não seremos interdisciplinares, transversais,

contextualizados de uma hora para outra, num passe de mágica. Daí nossas dificuldades em adquirir essa

nova visão, e colocar na sala de aula essa nova realidade. (Tânia e Márcia, 2002, p.37)

Para tanto, a pesquisa contou com o engajamento do grupo gestor, coordenadores e gestor

pedagógico, no sentido de propiciar circunstâncias que favoreceram a capacitação em serviço da equipe

pedagógica, pois o investimento no trabalho de sensibilização, mudança de postura pedagógica, quebra de

paradigmas, deve ser de caráter contínuo e, não obstante, seus resultados também terão maior qualidade e

serão mais perceptíveis à medida que mais a escola se empenhar nesse sentido.

Concluímos, através dos comentários dos próprios professores que, mesmo afirmando já conhecer

teoricamente o sentido da prática interdisciplinar antes da realização da formação continuada, alguns

professores reconheceram que estavam equivocados ao declararem que “a formação veio esclarecer

muitas dúvidas de ‘como’ trabalhar sobre o tema”.

A sugestão pelos professores da realização de uma Oficina para enriquecimento da prática

interdisciplinar foi muito útil, pois visa aumentar a validade dos efeitos das ações realizadas tanto quanto

explicita o desejo de aprimoramento contínuo por parte dos mesmos no que concerne ao tema em questão.

Concordando com Fazenda (2008, p.19), os estudos e pesquisas realizados até então sobre a

temática são motivo de polêmica, porém indicam caminhos e possibilidades para novas

pesquisasconstituindo-se nos primeiros degraus para a construção de estratégias metodológicas criativas e

eficientes que resultem na real efetivação da prática interdisciplinar, e mais precisamente, no contexto

educacional do CERB.

Em suma, o desfecho da pesquisa propiciou à coordenação pedagógica a apropriação de uma visão

mais amplificada da realidade escolar no tocante ao tema pesquisado, possibilitando através da análise

crítica das evidências extraídas desta mesma realidade, condições para atuar com maior propriedade junto

ao corpo docente, intervindo, contribuindo e/ou modificando essa realidade de forma positiva e

enriquecedora.

Os registros da socialização dos resultados revelam de modo surpreendente a mudança de

pensamento de alguns profissionais que julgavam deter o conhecimento necessário para uma prática

interdisciplinar plena e que, todavia, se depararam com o sentido mais aprofundado dessa prática através

da realização das ações articuladas para esse fim por meio desta pesquisa ação.

4 .REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

*BOLZAN, Doris Pires Vargas. Formação de Professores: compartilhando e reconstruindo

conhecimentos.Porto Alegre: Mediação, 2002.

* FAZENDA, Ivani C. A.(Org.) O que é Interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008.

* FAZENDA, Ivani C. A.(Org.) Didática e interdisciplinaridade. Campinas-SP: Papirus, 1998.

*FREIRE, Paulo.Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo Paz

e Terra, 1996.

*LUCK, Heloísa, Pedagogia Interdisciplinar. São Paulo: Ed. Vozes Cortez, 2008.

*NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia de Projetos. Campinas – São Paulo: Papirus, 2010.

*PPP, Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Rui Barbosa.

*QUEIROZ, Tânia Dias, Márcia Maria Villanacci Braga. Como obter sucesso em sala de aula?

Possibilidades teóricas e práticas sociointeracionistas, interdisciplinares, transversais e

contextualizadas para o Ensino Fundamental. 1ª Ed. – São Paulo: Rideel, 2002. – (Série pedagogia

da esperança).

ANEXO1

GRÁFICO CONDENSADO DOS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE

COLETA DE DADOS:

QUESTIONÁRIO DESTINADO AO PROFESSOR

Total de professores que respondeu ao questionário: 09.

PERGUNTA

SIM

NÃO

01 Você conhece e entende o que é uma proposta interdisciplinar de ensino? 09 0

02 Já participou de alguma formação envolvendo esse tema? 03 06

03 Já desenvolveu ou está desenvolvendo alguma atividade interdisciplinar

em sua escola ou noutra escola onde já tenha trabalhado?

03 06

04 Possui conhecimento teórico sobre o assunto? 08 01

05 Possui acervo pessoal que possa subsidiá-lo na área? 02 07

06 A biblioteca de sua escola possui acervo que possa subsidiá-lo na área? 09 0

07 Tem facilidade em planejar aulas interdisciplinares? 03 06

08 Tem facilidade em ministrar aulas interdisciplinares? 05 04

09 Trabalha regularmente com aulas interdisciplinares? 01 08

10 Reconhece a aula interdisciplinar como um recurso que contribui para a

melhoria da qualidade e aproveitamento das aulas?

09 0

PROFESSOR: O que é necessário para você começar a trabalhar, ou trabalhar mais ou trabalhar melhor

as aulas interdisciplinares?

ANEXO 2

GRÁFICO CONDENSADO DOS RESULTADOS DA APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE

COLETA DE DADOS:

QUESTIONÁRIO DESTINADO AO COORDENADOR PEDAGÓGICO

O presente questionário foi aplicado para os 04 coordenadores pedagógicos que compõem a equipe

gestora da unidade escolar.

PERGUNTA

SIM

NÃO

01 Você conhece e entende o que é uma proposta interdisciplinar de

ensino?

04 0

02 Já participou de alguma formação envolvendo esse tema? 03 01

03 Já desenvolveu ou está desenvolvendo alguma atividade

interdisciplinar em conjunto com os professores da sua escola?

02 02

04 Possui conhecimento teórico sobre o assunto? 03 01

05 Possui acervo pessoal que possa subsidiá-lo na área? 02 02

06 A biblioteca de sua escola possui acervo que possa subsidiá-lo na área? 04 0

07 Tem facilidade de orientar os professores de sua equipe no

planejamento de aulas interdisciplinares?

02 06

08 Reconhece a aula interdisciplinar como um recurso que contribui para

a melhoria da qualidade e aproveitamento das aulas?

04 0

COORDENADOR PEDAGÓGICO: O que é necessário para você começar a trabalhar junto com sua

equipe de professores, ou trabalhar mais outrabalhar melhor as aulas interdisciplinares?

ANEXO3

EVIDÊNCIAS DA REALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação Continuada do Colégio Estadual Rui Barbosa que aconteceu nos dias de 09 a

12 de maio de 2011, abordou alguns temas pertinentes para o momento e, dentre

eles,importância do trabalho interdisciplinar com posterior articulação de um projeto

dentro do tema.

As professoras de Língua Portuguesa (Maria Helena, à direita)e Matemática Luciana Ribeiro,

à esquerda)realizando uma Oficina de Leitura com a equipe pedagógica, como demonstração

do trabalho que já vem sendo desenvolvido por elas nessa unidade escolar como prática

interdisciplinar.

Momento de leitura em grupos de variados gêneros textuais de Língua Portuguesa e

Matemática. Como exemplo, na prática do trabalho feito pelas monitoras do projeto. As

leituras foram socializadas em seguida através da transposição textual.

Equipe do Currículo da DRE de Araguaína, composta por profissionais na área de

Humanas,convidada para falar sobre a importância do trabalhointerdisciplinar.

Orientação pelo gestor pedagógico James Araújo Aguiar, e a coordenadora pedagógica Belina

Fabi da Silva Costa sobre a articulação e elaboração do Projeto Interdisciplinar.

Cada etapa do projeto foi articulada pelos grupos de trabalho com posterior socialização dos

resultados. Com previsão de ser colocado em prática a partir do segundo semestre de 2011.