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1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP BRUNO ELIAS DE FARIAS POLITICAS PÚBLICAS: O JOGO ESTRATÉGICO GOVERNAMENTAL PARA GESTÃO DOS CONFLITOS SOCIAIS Volta Redonda 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PNAP

BRUNO ELIAS DE FARIAS

POLITICAS PÚBLICAS: O JOGO ESTRATÉGICO GOVERNAMENTAL PARA GESTÃO DOS CONFLITOS SOCIAIS

Volta Redonda 2015

BRUNO ELIAS DE FARIAS

POLITICAS PÚBLICAS: O JOGO ESTRATÉGICO GOVERNAMENTAL PARA GESTÃO DOS CONFLITOS SOCIAIS

Monografia apresentada ao Curso de Administração Pública, modalidade semipresencial, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração Pública.

Equipe de Orientação: Profª Isabel Cabral, Camyla D’eliz e Zilmar Alcântara.

Volta Redonda 2015

Dedico este trabalho a Caíque e Paulinho, pela capacidade de reinventar o mundo com a força da alma. Pela esperança e agilidade em transformar solos inóspitos em florestas encantadas. Filhos, ao nosso encontro: imperecível amor.

Aos meus pais, Ana e Claudemir, que desde o início acompanharam o meu desempenho, esforço e dedicação para que esta etapa fosse concretizada. À minha irmã, Ana Carolina, que em período de provas e, sobretudo, nos períodos de dificuldades, seu apoio foi fundamental. Em especial ao querido amigo Gondra.

Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.

(Rui Barbosa)

RESUMO

Investigar o papel do Estado e dos seus agentes governamentais no campo de formação de Políticas Públicas, sobretudo, aquelas que se dedicam à mediação dos atritos sociais existentes e, historicamente, incompreendidos. Não é de se negar que os abismos sócio-econômicos influenciam diretamente o enfrentamento da temática, bastando não só combatê-los, mas também reorganizar a administração pública com intuito de sustentar políticas capazes de erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades. O objetivo geral é buscar esclarecimentos sobre a eficácia das políticas públicas em vigor no Brasil. A pesquisa atribuída ao trabalho foi realizada no período compreendido entre 23/10 a 30/10/2014, buscou-se evidenciar, através de entrevista (aplicada por questionários), a percepção por amostra, tendo como alvo um grupo de cidadãos, considerando suas diversas percepções sobre os programas implementados pelo governo federal analisando as políticas publicas. O presente Trabalho de Conclusão de Curso conduz ao pensar “reflexivo” sobre os programas aos quais parcela de vinte e cinco cidadãos se enquadra como beneficiários. Palavras-Chave: Políticas Públicas; Conflitos Sociais; Administração Pública.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 9

1.1 Delimitação do Tema...................................................................................... 10

1.2 Justificativa......................................................................................................10

1.3 Relevância do Estudo .....................................................................................13

1.4 Delimitação do problema ................................................................................13

2 OBJETIVO..............................................................................................................15

2.1 Objetivo Geral..................................................................................................15

2.2 Objetivos Específicos......................................................................................15

3 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................16

3.1 Jogo Estratégico Governamental....................................................................16

3.2 Gestão Estratégica Governamental................................................................16

3.3 Planejamento Estratégico Situacional.............................................................17

3.4 Políticas Públicas e Sociedade.......................................................................17

3.5 Conflitos Sociais Contemporâneos.................................................................20

4 METODOLOGIA.................................................................................................... 21

4.1 Quanto aos objetivos.......................................................................................21

4.2 Quanto aos procedimentos.............................................................................22

4.3 Quanto à abordagem......................................................................................23

4.4 Coleta de dados..............................................................................................23

4.5 Tratamento dos dados....................................................................................24

4.6 Limitação do método.......................................................................................24

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................26

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................28

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................29

APÊNDICE................................................................................................................31

8

1. INTRODUÇÃO

Como forma de complementar a literatura nesta área, este tema foi escolhido

por entender que as demandas que eclodem do meio social são pontos de interesse

da Administração Pública, que no seu papel de norteadora das Políticas Públicas do

Estado, utiliza-se de ferramentas e decisões estratégicas para gerir soluções aos

questionamentos sociais mais complexos.

A fim de proporcionar aos indivíduos condições de enfrentamento das

desigualdades, combatendo-as de modo direcionado e diferenciado, o Planejamento

Estratégico tem em vista o recorte temporal da sociedade, os impactos oriundos do

planejamento atual, a avaliação dos resultados futuros; assim como sua

aplicabilidade, materialidade e efetividade a médio e longo prazo.

Os Atores Sociais (que ultrapassam a lógica eleitoral), o posicionamento

estratégico do Governo e as Políticas Públicas resultantes deste processo são alvos

de análise e questionamento ao decorrer desta pesquisa, tendo como foco a

avaliação das condições de planejamento e implantação de políticas públicas que

ofereçam resposta salutar aos problemas enfrentados pela sociedade, sejam eles

em sua iminência, num determinado momento ou aqueles que, historicamente,

ficaram incompreendidos.

Assim, as proposições de melhorias nas políticas de gestão, implantação,

revisão e controle da eficácia dos planos governamentais aqui levantados terão por

objetivo imprimir maior qualidade na criação de Políticas Públicas.

O envolvimento da população na formulação e propositura de temas,

sobretudo, é indispensável ao caráter participativo e democrático de uma sociedade

pluralista - palco de fatos e atos sociais - demandando respostas que atendam aos

interesses coletivos: étnicos, ideológicos, políticos, culturais, crenças, de

diversidade.

Diante do exposto surgem os seguintes questionamentos: é possível

identificar a percepção dos beneficiários de políticas públicas em relação a sua

eficácia?

1.1. Delimitações do Tema

Em alusão ao contexto governamental e às propostas de aprimoramento do

aparato estatal encontra-se no cerne da temática o conceito de Democracia. As

Políticas Públicas implementadas pelo Estado devem se nortear pelos aspectos

mais nobres e justos de formação do regime de governo adotado pelo Estado

brasileiro: o democrático.

Na releitura sobre o assunto em Nogueira (2001, p. 126) obtêm-se reflexões

sobre o tema abordado pela presente pesquisa:

Em boa medida, a democracia é um jogo de poderes e contra poderes. Sua natureza é dada pela intervenção deliberada de sujeitos organizados. Trata-se de uma construção que depende de correlação de forças, de capacidades organizacionais, técnicas políticas e intelectuais, e que não vive fora do conflito, do confronto constante entre as partes e os poderes. Toda democracia é forma (instituição, regras) e movimento, silêncio e ruído. Em seu coração pulsa uma aposta: a de que é possível mudar o modo de vida e de decisão, deslocar hegemonias e formar novos pactos. Na metáfora do teatro, ela afirma ser possível que a platéia domine a cena e vincule o palco a si (NOGUEIRA, 2001, p.126).

1.2. Justificativa

Os protestos de junho de 2013 ensejaram novas perspectivas no contexto

democrático e político no Brasil. Com uma série de marchas e reivindicações

oportunas para o estudo, aprofundando a participação do cidadão no contexto da

Administração Pública, onde a dicotomia existente entre Burocracia/Cidadão resultou

na contribuição fática desta pesquisa sobre o panorama social, com ênfase à Gestão

Governamental e a implementação de Políticas Públicas.

A Agenda Pública que, segundo SECCHI (2012), “é o conjunto de problemas ou

temas entendidos pela Administração Pública como relevantes”, foi posta em pauta

sob um novo horizonte, desta vez as novas oportunidades de consenso entre os

atores envolvidos no processo foram bases para articulação de projetos

governamentais que enfatizam políticas públicas e sociais, num profundo esforço de

estabelecer, num contexto de caos social, o papel do Estado como centro das

decisões políticas e governamentais, sob a perspectiva democrática e de

participação dos cidadãos.

Como num presságio aos acontecimentos daquele ano, em agosto de 2012,

quase um ano antes dos protestos que tomaram as ruas em diversos pontos do

país, o IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, cuja missão é

“produzir, articular e disseminar conhecimentos para aperfeiçoar as políticas públicas

e contribuir para o planejamento do desenvolvimento brasileiro”, através do governo

federal, na competência da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da

República, publicou o seu vigésimo periódico com o tema – POLÍTICAS PÚBLICAS:

Acompanhamento e Análise. Em seu conteúdo o referido trabalho aborda

estratégias de gestão para diversos setores, como: Previdência Social, Assistência

Social, Saúde, Educação, Cultura, Trabalho e Renda, Desenvolvimento Rural,

Igualdade Racial e Igualdade de Gênero, o que corrobora ao desenvolvimento desta

monografia.

Além disto, a iniciativa popular para propositura de Reforma Política no Estado

tornou-se um novo marco na Agenda Política, que em (SECCHI, 2012, pág. 87)

compreende-se como um “conjunto de problemas ou temas que a comunidade

política percebe como merecedor de intervenção pública”.

De acordo com Pochmann (2005, p.25) as políticas sociais são consideradas

como “mecanismos eficientes para a democratização do acesso a bens e serviços

para a população e também atuam como condições necessárias ao desenvolvimento

econômico e social.” Entende-se, portanto, que o processo de redemocratização no

país, efetivado pela promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil,

em 1988, teve por objetivo atender às expectativas de uma sociedade em constante

mutação. Onde em seu preâmbulo identifica-se:

[...] em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos [...] (CF, 1988).

A necessidade de análise e revisão dos serviços oferecidos aos

administrados se tornou uma realidade impossível de ser ignorada pelos gestores

públicos na recente reforma do aparelho do Estado – Gerencialista.

Com o avanço das pressões populares (opinião pública) torna-se notória a

necessidade de posicionamento estatal frente às mazelas a que o povo é acometido,

que numa atuação multicêntrica, exige a criação de Políticas Públicas coadunadas

ao desenvolvimento humano e ao bem estar social, como bem alude o texto

constitucional supracitado. Extrapola-se, assim, a idéia de gestão governamental

direcionada por interesses particulares e sob a ótica meramente estadista. É o povo

pelo "povo", atuando no planejamento governamental no seu conceito mais amplo

de democracia, exercendo-a como precipuamente deve ser.

A investigação científica se faz necessária, pois os destinatários das políticas

públicas - atores de ampla relevância no processo decisório de um país - carecem

de propostas adequadas aos seus pleitos enquanto cidadãos. A sociedade, no

entanto, será agraciada com mais uma releitura criativa, através de um estudo

descritivo e exploratório que evidencia as desigualdades existentes neste cenário

real e cotidiano, bem como a necessidade de atuação dos agentes públicos na

antecipação pro ativa de problemas que a população, porventura, venha enfrentar.

O Jogo Estratégico começa quando se entende a relevância dos elementos

que afetam as demandas sociais, além de mensuradas a viabilidade estrutural,

política, administrativa e orçamentária, que ofereçam desafios à aplicação do

planejamento integrado às tendências evolutivas de uma sociedade transacional.

Cabe ressaltar que o estudo abrange as Políticas Públicas em seu espectro

amplo [genérico e abrangente], sem direcioná-lo a uma parcela social específica.

Limitando-se ao conceito estrutural de criação, com foco na eficiência e eficácia,

além de verificado o ciclo das políticas públicas e suas fases de implementação.

1.3. Relevância do Estudo

Com bases sólidas e estruturadas o estudo torna-se relevante quando da

proposição de modernidade nos enfrentamentos públicos, que culminam numa

postura do Estado frente aos desafios atuais que consistem em proporcionar uma

releitura no contexto das políticas públicas no cenário atual, numa construção que

tenha como objetivo contemplar as necessidades sociais existentes nos diversos

segmentos da sociedade.

As Políticas Públicas, portanto, são respostas às problemáticas sociais mais

complexas, conduzindo o gestor público, ou o analista de políticas públicas os rumos

a serem tomados quando se fazem necessárias sua análise e interpretação.

1.4. Delimitação do Problema

Identifica-se como principal ator nesta “ciranda” o cidadão como sujeito de

direito, a quem o Estado se compromete pela manutenção do bem-estar bem como

da paz social, assim como a consecução do bem comum. “[...] que tem por objeto os

órgãos, agentes e pessoa jurídica administrativa que integram a administração

pública [...]” como apregoa Di Pietro (2008, p107).

Orientados por princípios objetivos e subjetivos, a Administração Pública

executa, portanto, as políticas estatais com foco na contraprestação através de

serviços públicos de qualidade sob uma ótica clientelista, uma vez que com o

pagamento dos tributos, compete aos gestores proporcionar condições igualitárias e

distributivas das riquezas arrecadadas, seja em forma de serviço, assistência,

saúde, educação, segurança, lazer, etc.

Uma vez identificadas tais premissas, cabe o destaque para o aprimoramento

das estratégias estatais para o enfoque na eficiência e qualidade dos serviços

prestados à sociedade. Ainda de acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro a

eficiência na Administração Pública:

“[...] pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a administração pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público [...]” (Di Pietro, 2008 p. 78)

Com isso identificamos como necessária e salutar a reformulação das

políticas de atendimento à sociedade nos seus mais diversos setores, carentes de

novas proposituras e redimensionamentos vitais.

Assim, questiona-se até que ponto é possível, através da análise da

qualidade dos serviços públicos prestados à sociedade, avaliar e programar as

políticas estatais sob a ótica estrategista governamental. De que maneira o Estado,

tendo como “braço” de atuação a Administração Pública, seja ela de modo direto ou

indireto, possui força e eficácia suficiente para o atendimento das demandas que

socialmente inspiram cuidados diferenciados?

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

O objetivo geral é buscar identificar a percepção do beneficiário sobre a

política pública assistencialista, analisado sob a ótica da sua implementação e de

seus sentimentos como usuário.

2.2 Objetivos Específicos

O presente trabalho tem por objetivos: (1) Analisar a literatura existente que

remete ao contexto histórico dos estudos das Políticas Públicas; (2) Perceber o perfil

dos beneficiários de políticas públicas e o sua reflexão sobre elas.

3. REVISÃO DA LITERATURA 3.1 Jogo Estratégico Governamental

Se tratando de um complexo sistema de interação, onde diversos sujeitos de

direito estão vulneráveis a conflitos, e diferentes tipos de ideologias, considera-se

como estratégico nesta ciranda - somatório maior de forças à fraquezas - o

pensamento de que o Estado é provedor de atendimento aos diversos interesses,

sem a possibilidade concreta, como num planejamento estratégico governamental

da esfera privada, de obter resultados padronizados. Sob esta perspectiva prevalece

a da imprevisibilidade comportamental dos indivíduos envolvidos no processo, uma

vez considerados criativos e participativos nas estratégias governamentais, que

dependem do plano de governo concebido para o período para solução de suas

demandas. Assim, temos em Luiz Carlos Bresser-Pereira (1995, pág 58) a seguinte

reflexão:

É um princípio básico da ação humana, da atuação das organizações, e também do PEG, o fato de que todas as decisões têm um custo de operação e que, se equivocadas, demandam a absorção de custos de oportunidade econômicos e políticos. (BRESSER-PEREIRA, 1995, pág 58)

Contanto, não é possível protagonizar um capítulo final para os eventos e

diálogos cotidianos, tendo a política o papel de descortinar o palco onde os atores,

aludindo à sociedade em cena, buscam soluções para seus pleitos enquanto

cidadãos num cenário surpreendente de incertezas e conflitos. Os estudos e

apicações desenvolvidas pelo professor Carlos Matus (1996), sugere o

Planejamento Estratégico Governamental sobre a reflexão de que política é uma

arte, sugerindo fazer possível no futuro o que outrora seria considerado impossível.

Através desta perspectiva nos orientamos ao entendimento onde o limiar do

pensamento estratégico público encontra fundamento na política, não só aquela

considerada como política pública fundamental de governo, mas Política em seu

parecer aristotélico.

3.2 Gestão Estratégica Governamental

Percebemos que é necessário, para melhor embasamento do estudo,

debruçar-se sobre a análise do método NAE – Núcleo de Assuntos Estratégicos,

elaborado pelo Ministério do Planejamento brasileiro e nas cinco macro funções

oferecidas por sua metodologia, no que diz respeito ao estudo das Políticas Públicas

e no modo como os governos assumem suas estratégias. A dizer, segundo

entendimento dos autores J. Giacomoni e Jose Luiz Pagnussat, entende-se como:

(a) Elaboração Política; (b) Diagnóstico ambiental e temporal; (c) Solução

estratégica; (d) Validação e avaliação; (e) Gestão do futuro.

É cíclico, observar que, os critérios seguidos, de acordo com o estudo feito no

âmbito federal, nos indicam uma preocupação do governo em gestar de modo

eficiente e eficaz os planos de governos, bem como abrir espaço ao diálogo com os

integrantes do processo, pois teoricamente é possível analisar que na elaboração

política, quesito (a) do estudo [na teórica democrática] estão abertos os espaços ao

discurso democrático e participativo, inerentes à prática de políticas públicas

consonantes ao entendimento massificado de manobras e ajustes governamentais à

prática do bom governo.

3.3 Planejamento Estratégico Situacional

Em Matus (1996), encontramos profundos estudos destinados ao

entendimento e compreensão do Planejamento Estratégico Situacional ligado ao

campo de públicas. Dentre eles destaca-se o entendimento de que “no jogo social, o

futuro é nebuloso: não é predizível.” Encontramos, assim, respaldo teórico para

sustentar a ideia de que ao gestor público, quando da implantação da política

pública, cabe a noção da necessidade de verificar o momento estratégico para

equilibrar de modo sustentável e equilibrado as inequações existentes na sociedade.

É o “aprender a jogar” tipo de conhecimento necessário à gestão estratégica, que

considera variáveis e situações sazonais, cotidianas, corriqueiras, costumeiras que

surgem da necessidade de mudança e adaptação das políticas de governos aos

acontecimentos fáticos. Considera ainda, segundo entendimento do autor as forças

desenvolvidas entre oponentes e aliados. Como na das quatro forças, que mantêm

equilibrado o sino.

3.4 Políticas Públicas e Sociedade

Consolidada nos últimos sessenta anos (de acordo com SECCHI, 2012) o

estudo das Políticas Públicas têm exercido fundamental colaboração para o avanço

de temas que abrangem o universo político-administrativo, bem como sua natureza e

seus fenômenos sociais evolutivos. Ainda segundo este, afirma que o conceito de

Políticas Públicas deve ser enfrentando de modo embrionário, a garantir a

sustentabilidade sem gravames à sociedade pela sua implementação, ocasionando

por conseqüência a necessidade de que todo ciclo se renove devido a eficácia

momentânea daquela que seria uma Política Pública com objetivo de combater um

problema social, resultando outros em igual ou maior proporção no espaço

sociotemporal pesquisado.

Faz-se necessário, portanto, a investigação precisa e bem apurada pelas

esferas estatais, de modo a definir a ação que traga ao processo conseqüências

acabativas de qualidade à problemática de estudo no campo das Políticas Públicas

na sociedade.

O estudo da origem e da ontologia das questões relacionadas ao tema é uma

forma de entender o “como”, o “momento” e o “porquê” do surgimento das Políticas

Públicas, além de conhecer seus pensadores e a trajetória ao longo da história.

Tendo como pressuposto duas correntes teóricas identificaremos o “como”,

que se perfaz na perspectiva primeira no pressuposto de que, em democracias

estáveis, é aquilo que o governo faz ou deixa de fazer, considerando-se então, por

esta ótica, a característica de que qualquer ação ou não ação estatal pode ser

considerada uma Política Pública. A segunda linha para entender Políticas Públicas

refere-se ao estudo dedicado por pesquisadores que pormenorizam a análise de

modo científico, investigando socialmente o “como” nasce uma Política Pública,

contribuindo para reforçar o referencial e a literatura com estudos e pesquisas

desenvolvidas relativas ao tema.

O “momento” de surgimento das Políticas Públicas, historicamente, foi

marcado pela tradição oriunda na Europa, orientadas pela busca por uma explicação

sobre o papel do Estado e o governo que, segundo o conceito euro centrista, são

naturalmente os produtores de Políticas Públicas. Diferentemente, nos Estados

Unidos, a disciplina ganha seus maiores incentivadores nas Academias, sem

grandes questionamentos sobre o papel do Estado mas com um profundo enfoque

na ação dos governos, com forte influência da Ciência Política influenciando este

ramo de saber. No Brasil, segundo entendimento Tânia Bacelar de Araújo (2000,

p.3), o cerne do surgimento das Políticas Públicas se deu no contexto histórico,

onde:

Essencialmente, o que caracterizava o Estado brasileiro nesse período (1920-1980) era seu caráter desenvolvimentista, conservador, centralizador e autoritário. Esse perfil, autoritário e conservador, também se traduzem na maneira como tradicionalmente são pensadas as políticas sociais. Quem está lá em Brasília tende a pensar que o Brasil é uma média. E a média não diz quase nada do Brasil, que é um país muito heterogêneo (Tânia Bacelar, 2000, p. 3)

A despeito das inúmeras divergências, parece satisfatória, quanto ao

entendimento do “porquê” na Política Pública, a definição prática e minimalista que a

considera como um ramo de conhecimento da Ciência Política, que se preza ao

estudo sobre o porquê [motivos pelos quais] os governos optam por determinadas

ações, ainda que não exista uma única ou melhor forma de defini-la.

A literatura abrange quatro grandes autores como responsáveis pela difusão

das Políticas Públicas enquanto objeto de pesquisa. A começar trataremos H.

Laswell (1936), que introduz um conceito de policy analysis, que nada mais é do que

um conceito de análise de Política Pública, integrando a aplicabilidade

governamental com o conhecimento que é produzido no campo de pesquisa

científica, desenvolvendo um importante diálogo entre todos os grupos de interesses

envolvidos na temática. Em contrapartida, H. Simon, na segunda metade da década

de 50, desenvolve a teoria da racionalidade dos governos, com o conceito de

policymakers, ou seja, fazedores de política pública, envolvendo todos os atores que

protagonizam a elaboração e o surgimento de uma política pública elaborando-se,

assim, um conjunto de regras que tenha como objetivo o alcance de resultados, sem

que haja a busca por interesses próprios e difusos àqueles que tratam da

coletividade. Em C. Lindblom (1959;1979), questiona-se os conceitos incorporados à

literatura pelos pensadores Laswell e Simon, pois este entende que é necessário a

introduzir, além das atuais, outras variáveis ao ciclo de análise das Políticas

Públicas, onde além da racionalidade há de se perceber outras variáveis

associadas, tais como o processo eleitoral, o papel da eleições, a formação dos

partidos políticos e o envolvimento dos grupos de interesses. Por último D. Easton

(1965) entende o surgimento das Políticas Públicas como um processo sistêmico,

onde através dos inputs [entradas] recebidas pelos atores no processo social,

obtém-se os resultados e os efeitos esperados para atingir a eficácia das demandas.

3.5 Conflitos Sociais Contemporâneos

À Luz da contemporaneidade, a análise desta pesquisa busca investigar os

motivos que conflitam os blocos sociais, como em alusão às placas tectônicas em

movimento, que geram verdadeiros terremotos, que visam tão somente remontar a

realidade redistributiva expressa em movimentos sociais que atribui aos cidadãos à

causa primeira das políticas de governo, e não ao poder econômico.

Cria-se, portanto, um espectro favorável a criação de Políticas Públicas

voltadas ao desenvolvimento de políticas públicas com adornos na democracia,

como nos conflitos que incentivaram as Manifestações dos Vinte Centavos ou

Jornadas de Junho que ensejaram a reforma no sistema de transporte e uma

profunda reflexão no âmbito central da Administração Pública sobre as demandas

dos cidadãos, que levou às ruas as propostas de mudanças oriundas de entidades

organizadas e não organizadas com fins de reivindicar melhorias, aspirando uma

nova postura do Estado frente às proposituras da agenda informal.

Os atos públicos através das manifestações populares ensejaram, portanto,

rumores de mudança na política e no modo de gestão pública aplicado até aquele

momento.

4. METODOLOGIA 4.1 Quanto aos Objetivos

No decorrer do estudo classifica-se que o tipo de pesquisa aqui relatado

divide-se em Descritiva e Exploratória, pois os fenômenos abordados ao longo da

investigação caracterizam-se pela abordagem das duas metodologias. Apesar dos

fatos e atos sociais não estarem passíveis de análises meramente laboratoriais,

onde prevalece a técnica e experimentação para busca dos resultados desejados.

Em Gil (2008) define pesquisa descritiva como aquela que “descreve as

características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas

peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais

como o questionário e a observação sistemática.”

O mesmo autor trata da Pesquisa Exploratória como a que é capaz de:

“Proporcionar maior familiaridade com o problema (explicitá-lo). Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso.” (GIL, 2008).

Assim, pretende-se evidenciar um método que melhor compreenda as

tipologias de pesquisa aplicadas às Políticas Públicas, bem como à Gestão

Governamental e ao Planejamento Público, ampliando o cabedal de conhecimento

nestas temáticas, proporcionando novas interpretações e análises.

Lowi (1964, p. 689), orienta a analise de Políticas Públicas, no tocante de sua

tipologia, seguindo o critério de “impacto esperado na sociedade”. Por esta vertente,

através da investigação científica, cabe elucidar os quatro tipos de políticas públicas

questionadas pelo autor: Políticas regulatórias, distributivas, redistributivas e

constitutivas.

Seguindo este viés, o estudo acadêmico se preza a busca de evidências que

constate tais premissas, além da análise e interpretação do espectro pluralista dos

processos socialmente embrionários, de ampla influência para Administração

Pública.

4.2 Quanto aos Procedimentos

Os procedimentos utilizados para resolução e transcorrer da investigação

baseia-se em estudo de caso, que de acordo com (GIL, 2008) “consiste no estudo

profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e

detalhado conhecimento”.

Propõem-se a contextualização dos problemas sociais e atuais, dada sua

base estrutural para resolução (carente de soluções), seguindo uma linha

investigativa ativo-social que busque indagações, aponte pistas, suscite conclusões.

Para tanto, entende-se que a base motriz desta pesquisa se deve ao alcance

das causas de enfrentamento público em sua gênesis, valendo-se da análise dos

principais problemas que afligem os atores sociais e sugerindo formas de reflexão

sobre as medidas que atualmente colaboram para o aprimoramento das demandas

que surgem da arena social.

O que necessitamos saber? É a pergunta que permeia o processo de

investigação, contextualizados através de uma análise interdisciplinar onde seus

fundamentos encontram razões sob a ótica das Ciências Políticas, Sociologia,

Economia e o mais relevante – do direcionamento estratégico da Administração

Pública -, que tenha como foco projetar e conduzir a avaliação de Políticas Públicas

no contexto brasileiro.

Os governos, as organizações, a sociedade, o terceiro setor, grupos de

interesse, os movimentos sociais, a mídia, portanto, auxiliam como principal fonte de

informações sobre o status quo visando ao alcance de uma situação melhor.

Assim o levantamento e confronto de dados; a interpretação; a aplicabilidade

e a eficácia de um programa, ou qualquer outro que seja fruto de uma política

pública, será nosso maior foco em termos procedimental, extraindo conclusões que

se encaixe o mais próximo possível com a necessidade de regulação de problemas

que afligem os atores sociais. Vale ressaltar que o arcabouço bibliográfico existente,

por não ser excludente, será utilizado como fonte de pesquisa e direcionamento da

linha específica de estudo.

4.3 Quanto à Abordagem

Busca-se mensurar com base na abordagem quantitativa, como bem expõe

(Richardson) 2008, p. 71 “este método é frequentemente aplicado nos estudos

descritivos (aqueles que procuram descobrir e classificar a relação entre variáveis),

os quais propõem investigar ‘o que é’, ou seja, a descobrir as características de um

fenômeno como tal.” Algumas fontes de informações relativas aos aspectos da

pesquisa, estão refletidas e mensuradas em número, fornecendo base e

sustentação às idéias aqui firmadas. Para tanto, foi necessário o levantamento de

informações, a busca de estatísticas e indicadores que apontaram o cenário e

indicadores passíveis de análise da realidade social através de entrevistas.

Conforme apêndice.

Em paralelo, na abordagem qualitativa a indução da pesquisa se desdobra na

noção e equivalência da realidade com o objeto de estudo, considerando que seja

mais convincente e próxima do esperado em se tratando de uma pesquisa em que o

contexto pode ser alterado a qualquer momento. Segundo entendimento de Demo

(1996) concluiu-se que “o centro da questão qualitativa é o fenômeno participativo.”

4.4 Coleta de Dados

Foi utilizada a pesquisa de opinião, abordando de modo aleatório uma

pequena parcela de uma população. A técnica adotada qualifica-se através de uma

pesquisa Descritiva, que – possuem como objetivo a descrição das características

de uma população, fenômeno ou de um a experiência. Gil (2008).

A estrutura utilizada no levantamento de dados da pesquisa foi a entrevista

através de questionário. Para atender aos anseios das crescentes demandas

sociais, considera-se necessário avaliação das políticas já implementadas e ao

mesmo tempo a análise do processo migratório da população atendida, além da

eficácia de sua implantação.

Como forma de apurar as estratégias da administração pública, busca-se

analisar os dados resultantes de pesquisas e indicadores, demonstrando as

principais ações e medidas impostas pelo governo que tenham como foco principal o

atendimento de carências encontradas e que sejam objetos passíveis de

interpretação pelo campo de estudo sobre a ótica das políticas públicas.

4.5 Tratamento dos Dados

Deve-se a manipulação de dados, qualitativos e quantitativos, que expressem

a dimensão em que se inserem os principais atores envolvidos no contexto

situacional da pesquisa. Sob o auxílio de fontes primárias e secundárias, o

cruzamento das informações se dará sempre com uma análise interpretativa, com

base na literatura existente, abordando o referencial teórico, com a prática

disponibilizada e com a forma com que os dados se apresentam.

Ao longo da pesquisa foram analisadas, durante o período de 23/10/2014 a

30/10/2014, o funcionamento e os mecanismos de implementação das políticas

públicas no Estado brasileiro. Considerando-se os fatores que motivaram os

diversos envolvidos na busca de uma solução prática para os problemas

socialmente em voga.

Como principal fonte, analisa-se os sites de pesquisa do MPOG – Ministério

do Planejamento, Orçamento e Gestão, IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e

Pesquisa, IPEA – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas e CAIXA

ECONÔMICA FEDERAL, empresa pública responsável pela execução dos

programas sociais do governo. Além de toda bibliografia complementar que auxiliou

o tratamento e interpretação dos dados estatísticos. A pesquisa ocorreu por

amostragem.

4.6 Limitação do Método

O método limita-se ao aspecto temporal e a diversidade regional que uma

política pública pode alcançar, dado a expansão geográfica e as sazonalidades

existentes de uma região para outra.

Muito embora a pesquisa tenha a tendência de fomentar as ações

estratégicas no âmbito do governo federal, as influências sócio-geográficas, dada a

dimensão espacial existente no país, evidencia o caráter local influenciado por

fatores externos, sugerindo tratamentos diferenciados quanto as necessidades de

análise de políticas públicas. Portanto, algumas variações no comportamento dos

dados analisados podem apresentar limitações ao método de pesquisa adotado.

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Na tentativa de responder a questionamentos a respeito de programas de

investimento do governo em Políticas Públicas, foi realizada pesquisa de opinião,

compondo perguntas abertas e fechadas, conforme formulário (anexo 1), onde

através de amostragem aleatória simples, de um grupo de vinte e cinco pessoas,

com idade média de 37 anos, renda per capita de R$ 1.125,00.

A pesquisa abrange geograficamente seis municípios: Rio de Janeiro, Rio das

Ostras, Macaé, Campos e Itaocara. E foi aplicada entre o período de 23/10/2014 a

30/10/2014 e, o universo pesquisado foi delimitado a partir de uma relação nominal

entre beneficiados e não beneficiados de políticas públicas, contatando-se por

amostragem que 100% dos entrevistados utilizam de políticas de fomentos em

algum setor social.

Entende-se que a amostra utilizada na metodologia científica corresponde a

um pequeno grupo, significativo de um todo, que representa uma população. Cabe-

se, portanto, aprofundamento teórico no intuito de obter-se estratégia que tenha

como resposta o entendimento de maior espectro à população pesquisada.

A qualidade da informação deve-se ao contexto de sua aplicação, onde na

entrevista apontada, em processo randômico, 100% dos participantes se dizem ter

sido beneficiado por algum programa de Política Pública do Governo Federal com

maior incidência e prevalência dos recursos habitacionais, que assumiram maior

tendência. Aproximadamente, 79% dos entrevistados, possuem financiamento

habitacional ativo, com tempo superior a 10 anos para atingir o objetivo: liquidação

de contrato habitacional, tratando-se de uma política pública implementada pelo

governo federal e, executada pela empresa pública Caixa Econômica Federal.

O grau de satisfação com a política pública utilizada pelos entrevistados varia

de acordo com a entrevista, por tratar-se de uma pergunta aberta. Destaca-se a

resposta apresentada por D, de Macaé, 31 anos, desempregada, beneficiária do

programa “Minha Casa, Minha Vida”: - considero as taxas aplicadas ao contrato de

difícil amortização pela minha atual situação, no longo prazo não há benefício, mas

sim uma bola de neve, difícil de sair – alega. Pensa a possibilidade de não conseguir

se recuperar das prestações em atraso e, na possibilidade de expandir sua renda

com a locação do objeto gerador do financiamento, fruto da política pública de

fomento a moradia, implantada pelo governo.

Já para J, de Itaocara, 22 anos, estudante, beneficiado pelo programa “FIES”

– Financiamento Estudantil, também executado pela Caixa Econômica Federal, na

figura do governo federal, a percepção é diferente: - foi difícil, houve certa burocracia

para concessão desta linha de crédito, mas que sem ela seria impossível realizar o

meu sonho, cursar Psicologia. Tentei faculdades públicas, mas não obtive bons

resultados no ENEM, assim considero bastante necessário o incentivo aos

estudantes realizarem seus objetivos. – conclui, questionando que hoje em dia só

não estuda quem realmente não tem interesse e coragem, e disposição, pois a todos

são dadas as condições adequadas para acesso à graduação.

Dentre os entrevistados, os que mais alegaram sofrer retaliação social foram

os beneficiários do programa Bolsa Família, totalizando 75% neste quesito. A

principal alegação é o preconceito que sofrem, desde o cadastramento até o

recebimento. Segundo informações, são tidos como “acomodados”, traduz-se assim

que, de acordo com a entrevista, são vistos como uma parcela social que não

dispõem de ânimo definitivo ao labor, ao passo que contestam.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sintetiza-se o presente trabalho com base nos formulários de pesquisa e no

referencial teórico sugerido ao longo da monografia. No transcorrer do texto, é

possível evidenciar que as políticas públicas se perfazem através de um referencial

teórico, que visa embasar o resultado da entrevistas realizadas.

O atendimento ao objetivo geral é cumprido quando no decorrer das

entrevistas se percebe familiaridade do tema com os questionários aplicados,

orientando-se por um viés mais estreitado em se tratando de aplicação fática e o

trabalhos de campo, que interage diretamente com a população que se beneficia,

direta ou indiretamente de algum programa do Estado. O que proporciona maior

credibilidade ao trabalho quanto a sua necessidade investigativa.

A contribuição da presente temática proporciona à comunidade acadêmica a

possibilidade de novas releituras num campo de saber tão escasso – ao mesmo

tempo amplo -, e carente de aprofundamentos norteadores de novas reflexões no

que concerne o campo de Públicas.

Para tanto, as leituras e reflexões nos autores citados neste trabalho

corroboram para percepções e perspectivas mais aprofundadas, sugerindo novos

trabalhos e pesquisas que contribuam na digna e árdua tarefa de emancipação de

camadas da sociedade.

O enfoque? Políticas Públicas!

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Tânia Bacelar. Ensaios sobre o Desenvolvimento Brasileiro: heranças e urgências. Rio de Janeiro: Revan; FASE, 2000. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <www.planalto.gov.br> Acesso em 25 nov. 2013. ________. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <www.ibge.gov.br > Acesso em 04 nov. 2013. ________. Ministério do Planejamento. Disponível em: <www.planejamento.gov.br> Acesso em 04 nov. 2013. BORBA, JULIAN. Ciência política. - Florianópolis: SEaD/UFSC, 2006.128p

CARAZZATO, Josefina. Planejamento Público: a contribuição teórico-metodológica de Carlos Matus. Campinas, 2000. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, UNICAMP.

CARLOS, Bresser- Pereira. Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado,1995. DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18 ed. São Paulo: Atlas, 2008. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. LIANE Carly Hermes Zanella. Metodologia de estudo e de pesquisa em administração /– Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009. 164p MATUS, Carlos. Estratégias políticas: Chimpanzé, Maquiavel e Gandhi. São Paulo: Edições Fundap, 1996. NOGUEIRA, Marco Aurélio. As possibilidades da política: ideias para a reforma democrática do Estado. São Paulo: Paz e Terra, 1998. PEREIRA, José Matias. CURSO DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL: Foco nas Políticas Públicas e nos Indicadores Sociais. Editora Atlas - 1ª Edição - 2012

HUERTAS, Franco. O método PES: entrevista com Matus. São Paulo: Editora FUNDAP, 1996.

POCHMANN, Márcio. Atlas da exclusão social. Vol. 5: agenda não liberal de inclusão social no Brasil. São Paulo: Cortez, 2005.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1989. SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas Conceitos, Esquemas de Análise, Casos Práticos. Editora CENGAGE - 2ª Edição – 2013. TEIXEIRA, P.R. Políticas públicas em aids. In: PARKER, R. (org.) Políticas, instituições e aids. Rio de Janeiro: Jorge Zahar/ABIA, 1997. Cap.2, p. 43-68.

APÊNDICE

Obrigado pela Participação!

Este questionário é parte de um Trabalho de Conclusão de Curso em

Administração Pública, da Universidade Federal Fluminense e, tem o objetivo de

identificar a percepção dos cidadãos quantos às práticas de Políticas Públicas do

Governo Federal.

1. Em que cidade Reside?

( ) Rio de Janeiro ( ) Rio das Ostras ( ) Macaé ( ) Qual? _____________________

3. Qual a sua idade? __________________

4. Qual a renda familiar Bruta? ___________________

5. Já foi beneficiado por alguma política pública do governo?

( ) Bolsa Família ( ) Programa de Cotas ( ) Habitacional ( ) FIES ( ) Outra

________________

6. Qual tempo foi necessário para atingir o objetivo?

( ) 1 ano ( ) 3 anos ( ) 5 anos ( ) 7 anos ( ) mais

7. Em sua opinião, qual o grau de satisfação com o a política implantada?

8. Percebeu algum tipo de retaliação Política ou Social na utilização do benefício?